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Prof. Adolfo Sérgio Furtado da Silva ERGONOMIA 1
ERGONOMIA
ERGONOMIA 2Prof. Adolfo Sérgio Furtado da Silva
Definição:
Estuda as interações entre o trabalho e o ser humano sob
o ponto de vista dos movimentos músculo-esqueletais
envolvidos, e as suas conseqüências;
Analisa basicamente a questão das posturas corporais
no trabalho e a aplicação de forças;
2.3 - Biomecânica Ocupacional
ERGONOMIA 3Prof. Adolfo Sérgio Furtado da Silva
Definição:
2.3 - Biomecânica Ocupacional
ERGONOMIA 4Prof. Adolfo Sérgio Furtado da Silva
TAREFAS MANUAIS E MOVIMENTOS DAS MÃOS
Atividade da mão e tarefa manualImportância da mão nos gestos de trabalho:
grande plasticidade mecânica, importante
mobilidade dos dedos em relação a multiplicidade
de ossos, músculos e articulações e, em relação a
fineza da inervação motora e sensitiva (tato);
2.3 - Biomecânica Ocupacional
ERGONOMIA 5Prof. Adolfo Sérgio Furtado da Silva
desfavorável favorável
2.3 - Biomecânica Ocupacional
ERGONOMIA 6Prof. Adolfo Sérgio Furtado da Silva
Os movimentos manuais: Os movimentos especificamente manuais: Envolvem
atividades de manipulação com imobilização do tronco, dos
braços, dos ante-braços. Esses movimentos são encontrados
em tarefas finas e delicadas como micro-soldagem, desenho
decorativo em cerâmica, relojoaria, micro-eletrônica.
2.3 - Biomecânica Ocupacional
ERGONOMIA 7Prof. Adolfo Sérgio Furtado da Silva
Os movimentos não especificamente manuais:
Envolvem um certo número de segmentos corporais:
mobilização do ante-braço, do braço e, às vezes, de
movimentos de acompanhamento do tronco. Esta
mobilização é necessária à aplicação de força e a realização
eficaz do gesto de trabalho, como por exemplo em tarefas de
aperto de parafusos de maiores dimensões.
2.3 - Biomecânica Ocupacional
ERGONOMIA 8Prof. Adolfo Sérgio Furtado da Silva
Envolvimento do tronco, do braço e do antebraço, além , é claro, da mão, para a realização do gesto de trabalho
2.3 - Biomecânica Ocupacional
ERGONOMIA 9Prof. Adolfo Sérgio Furtado da Silva
OS GESTOS DE TRABALHO
Tipos de gestos em função dos circuitos empregados: Os gestos voluntários:
São os gestos realizados de forma consciente pelo sujeito e que envolve o córtex cerebral. Como todos os gestos, eles subentendem uma interação entre a força muscular e a força gravitacional. Eles podem ser:
Gestos voluntários subentendidos: São gestos lentos, tensos, operados por contração dos músculos sinérgicos e de controle, que trabalham em sentido opostos.
2.3 - Biomecânica Ocupacional
ERGONOMIA 10Prof. Adolfo Sérgio Furtado da Silva
Gestos voluntários balísticos: São gestos mais econômicos em termos energéticos, eles são muito mais rápidos e a ação simultânea dos músculos sinérgicos e de controle é bastante reduzida. Este tipo de gesto é utilizado, por exemplo, em caso de perigo, quando de uma parada brusca de uma máquina em funcionamento. O movimento balístico termina, então, sobre o botão vermelho de parada de urgência, que está localizado, normalmente, ao lado do painel de comando das máquinas e equipamentos, cujo diâmetro é aproximadamente o da palma da mão.
2.3 - Biomecânica Ocupacional
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Os gestos automáticos ou automático-voluntários:São os gestos que correspondem às atividades motoras que envolvem um nível de integração sub-cortical. Pode ser observado em trabalhadores experientes. Um exemplo de atividade automática-voluntária é dado pela análise do comportamento operativo de um motorista quando da condução de um veículo em uma rua bastante conhecida.
Os gestos reflexos:São gestos que correspondem a circuitos reflexos bem conhecidos, do ponto de vista fisiológico. Este tipo de gesto ocorre, por exemplo, em caso de perigo para a integridade física corporal do sujeito: reação à choque, calor, gesto de proteção do rosto.
2.3 - Biomecânica Ocupacional
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A classificação dos gestos em função do tipo de tarefa:
A tarefa de ajustamento contínuo:
Este tipo de tarefa é caracterizada pela necessidade de
ajustar, a cada instante, a ação motora a seu objetivo.
As informações vindo do ambiente de trabalho e
variando de forma aleatória, exigem uma resposta
motora contínua e permanentemente corrigida. Por
exemplo, a condução de um automóvel e o corte de
determinados materiais segundo um traçado pré-
determinado.
2.3 - Biomecânica Ocupacional
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A tarefa de ajustamento descontínuo:Este tipo de tarefa é caracterizada pelo fato de que a
necessidade de ajustar a ação motora ao seu objetivo não
ocorre a todo instante. As informações provenientes do
ambiente de trabalho são independentes da natureza da
resposta motora precedente. Entram neste tipo de tarefa
aquelas que comportam uma única e mesma ação (por
exemplo: girar um botão com duas posições) e aquelas que
comportam uma seqüência de gestos, mais ou menos
isolados (por exemplo: digitação, onde após um erro o
digitador pode perfeitamente continuar a digitar o texto)
2.3 - Biomecânica Ocupacional
ERGONOMIA 14Prof. Adolfo Sérgio Furtado da Silva
A aprendizagem: A aprendizagem de um trabalho consiste em criar circuitos sensório-motores preferenciais que, na medida em que vão sendo elaborados, tendem a se tornar cada vez menos conscientes;Neste sentido, o endereço gestual máximo é obtido quando este circuito torna-se perfeitamente automático;Dois processos neuro-fisiológicos concorrem à aprendizagem: o processo central e o periférico.
OS FATORES QUE INFLUENCIAM OS GESTOS:
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Processo central:Estabelecimento de planos de cooperação muscular,
por meio da criação de vias neuro-fisiológicas
particulares;
Nota-se ao nível dos gestos uma diminuição
progressiva dos movimentos acessórios (diminuição das
co-contrações) dos grupos musculares cuja intervenção
é útil à atividade considerada;
Objetivamente, isto se traduz por um gesto fácil e
simples com um sujeito experiente, em oposição à um
gesto hesitante e contraído com um sujeito aprendiz.
2.3 - Biomecânica Ocupacional
ERGONOMIA 16Prof. Adolfo Sérgio Furtado da Silva
Processo periférico:Adaptação fisiológica cardio-respiratória, muscular, desenvolvimento do tato. Por exemplo: ao nível muscular observa-se um aumento da força e da velocidade de execução.Na prática, para a aprendizagem, na medida em que se necessita uma forte concentração mental e motora, é desejável, ao menos no início, que as seções sejam curtas e repetitivas.
2.3 - Biomecânica Ocupacional
ERGONOMIA 17Prof. Adolfo Sérgio Furtado da Silva
Os estereótipos mentais: DEFINIÇÃO:Estereótipo é a tendência que um sujeito tem de
atingir uma certa reação dos aparelhos que ele utiliza
quando ele age sobre um comando, assim como o
significado que ele tem tendência a dar na interpretação
de uma informação lida sobre um painel, por exemplo;Identifica-se dois tipos de estereótipos mentais: os
universais e os culturais.
2.3 - Biomecânica Ocupacional
ERGONOMIA 18Prof. Adolfo Sérgio Furtado da Silva
Existem determinados estereótipos, universalmente aceitos,
que podem ser caracterizados qualitativa e
quantitativamente.
Noção qualitativa:A noção qualitativa está relacionada com a ação motora
realizada. Por exemplo: quando uma alavanca é puxada
de sua posição central para a direita ou para frente,
espera-se que a agulha de um painel que visualize esta
ação, gire no sentido horário ou para cima, conforme
Figura 2.1.
2.3 - Biomecânica Ocupacional
19Figura 2.1 - Esteriótipos universais: noção qualitativa
2.3 - Biomecânica Ocupacional
ERGONOMIA 20Prof. Adolfo Sérgio Furtado da Silva
Noção quantitativa:
Sobre uma escala graduada horizontal o zero está a
esquerda;
Sobre uma escala graduada vertical o zero está em
baixo;
Nestes dois casos, um aumento do parâmetro que se
estuda, deverá se traduzir, respectivamente, por um
deslocamento da esquerda para a direita, e de baixo
para cima, conforme Figura 2.2.
2.3 - Biomecânica Ocupacional
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Figura 2.2 - Esteriótipos universais: noção quantitativa
2.3 - Biomecânica Ocupacional
ERGONOMIA 22Prof. Adolfo Sérgio Furtado da Silva
O tremor:
Consiste em uma oscilação concomitante ao esforço
aplicado, desenvolvido para conservar a posição ou a
direção fixada do gesto.
O tremor diminui com a aprendizagem, em caso de
trabalho com atrito ou se o membro superior for apoiado
(se isto for possível), assim como se o corpo for bem
equilibrado.
O tremor aumenta em caso de fadiga, quando se faz
um esforço para não tremer ou em caso de emoção.
2.3 - Biomecânica Ocupacional
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