projecto curricular de instituiÇÃo · projecto curricular de instituição – 3ano lectivo...
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CENTRO SOCIAL DA QUINTA DA BOA VISTA
PROJECTO CURRICULAR DE INSTITUIÇÃO 2010/2013
Rua da Escola, 86 Meleças 2605 - 212 Belas
Tel: 219164809
E-mail: csqbv1@sapo.pt
Centro Social da Quinta da Boa Vista
Projecto Curricular de Instituição – Ano Lectivo 2010/2011 2
Índice 1. Introdução ............................................................................................................................. 3
2. Caracterização da Comunidade Educativos/Diagnóstico ................................................. 4
2.1. Realidade Envolvente ...................................................................................................... 4
2.2. Organização Institucional ................................................................................................ 4
2.3. Recursos Humanos .......................................................................................................... 4
2.4. Recursos Físicos e Materiais ........................................................................................... 5
2.5. Público-alvo ..................................................................................................................... 5
3. Objectivos Gerais ................................................................................................................. 7
3.1. Creche .............................................................................................................................. 7
3.2. Jardim de Infância............................................................................................................ 8
3.3. CATL ............................................................................................................................... 9
4. Fundamentação das Opções Educativas .......................................................................... 11
4.1. Creche ............................................................................................................................ 11
4.2. Jardim de Infância.......................................................................................................... 11
4.3. ATL................................................................................................................................ 11
5. Metodologia ......................................................................................................................... 12
6. Intenções de trabalho para o Ano Lectivo ....................................................................... 13
6.1. Opções e Prioridades Curriculares................................................................................. 13
6.2. Objectivos e Estratégias ................................................................................................. 13
6.2.1. Creche ..................................................................................................................... 13
6.2.2. Jardim de Infância ................................................................................................... 22
6.3. Previsão e Intervenientes e Definição de Papeis ........................................................... 28
7. Relação com as famílias e outros parceiros educativos .................................................. 29
8. Projectos .............................................................................................................................. 30
8.1. Projecto Eco-Escola ....................................................................................................... 30
8.2. Conviver e Partilhar ....................................................................................................... 30
9. Tema Anual ......................................................................................................................... 32
10. Bibliografia ....................................................................................................................... 33
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Projecto Curricular de Instituição – Ano Lectivo 2010/2011 3
1. INTRODUÇÃO
O Projecto Curricular trata-se de o suporte profissional de cada educador na organização
da componente educativa da sua sala e do grupo de crianças. Por sua vez, o currículo é um
conjunto de aprendizagens que compreende não só os conteúdos a ensinar e a fazer aprender,
mas também outras actividades desenvolvidas fora das áreas disciplinares: das dimensões do
ser, do formar-se, do transformar-se, do decidir e do intervir.
Neste sentido, este projecto pretende traduzir as opções pedagógicas, prioridades,
planos, contributos e critérios, estabelecidos de acordo com a realidade envolvente,
pretendendo ser uma orientação para um melhor funcionamento da nossa Instituição.
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Projecto Curricular de Instituição – Ano Lectivo 2010/2011 4
2. CARACTERIZAÇÃO DO CONTEXTO EDUCATIVO
2.1. Realidade Envolvente
O CSQBV está situado em Meleças, numa das zonas limítrofes da Freguesia de Belas
(Concelho de Sintra), na confluência com as Freguesias de Rio de Mouro e Algueirão – Mem-
Martins. Localiza-se numa área de paisagem rural, rodeada de espaços verdes, situada a cerca
de 1 Km da estação de comboios de Mira-Sintra - Meleças.
As nossas crianças são principalmente oriundas de meios densamente povoados
(Rinchoa, Cacém, Mercês e Mem-Martins).
2.2. Organização Institucional
A Instituição é constituída por todos os associados em pleno direito de funções. Os
órgãos que dirigem a nossa Instituição são eleitos por mandatos de 3 anos, dividindo-se em
assembleia-geral, direcção e conselho fiscal.
À Assembleia-Geral compete dirigir os trabalhos das sessões das assembleias, onde todos
os associados propõem ideias/projectos e estão envolvidos nas decisões e escolhas da e para a
Instituição. Reúne, em princípio, 2 vezes por ano (Novembro e Março), e todos os associados
devem estar presentes.
À Direcção compete administrar e dirigir a Instituição, zelar pelo cumprimento das
decisões dos outros órgãos e representar a Instituição. Reúne mensalmente e podem fazer
chegar até este órgão todos os pedidos/questões que entenderem relevantes.
Ao Conselho Fiscal compete vigiar pelo cumprimento da lei e dos estatutos e, em
especial, fiscalizar a escrituração e dar parecer sobre o relatório de contas e orçamento
elaborados pela Direcção.
O exercício de qualquer cargo nos corpos gerentes é não remunerado e voluntário e pode
ser exercício de qualquer associado que seja eleito em assembleia-geral.
2.3. Recursos Humanos
O CSQBV tem ao seu serviço 55 trabalhadores efectivos distribuídos pelas diferentes
funções: 1 coordenadora de pessoal, 1 coordenadora pedagógica, 9 educadoras de infância, 3
técnicas de ATL, 1 psicóloga, 1 professor de educação física, 20 auxiliares de acção
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educativa, 3 administrativos, 6 auxiliares de limpeza, 1 cozinheira, 4 auxiliares de cozinha, 2
motoristas, 2 auxiliares de carrinha e 1 jardineiro.
O CSQBV tem um médico que presta apoio aos alunos, funcionários e comunidade
envolvente duas vezes por semana.
2.4. Recursos Físicos e Materiais
O CSQBV tem um espaço exterior excepcional e único na zona, com potencialidades
para proporcionar riquíssimas experiências em termos de desenvolvimento global das crianças
e jovens. Possui um ringue, parque infantil, jardins imensos, uma zona com “animais de
quinta” e espaços de “cultivo” para além da vasta área florestal que o circunda. Por esses
motivos, o CSQBV é conhecido como a “Quinta”.
Edifício principal Anexos construídos de raiz
3 salas de creche
2 salas de jardim-de-infância,
1 sala de reuniões
1 gabinete de Apoio
1 secretaria
1 gabinete de coordenação
pedagógica
1 refeitório
1 bar
Cozinha
Despensa
Instalações sanitárias para crianças e
adultos
Torreão/mufla
2 salas de creche
3 salas de jardim de infância
3 salas de CATL
1 pequeno Ginásio
Lavandaria
Portaria
Instalações sanitárias para crianças e
adultos
2.5. Público-alvo
Esta instituição destina-se a crianças desde os 4 meses até completar o 1º ciclo de ensino
Básico (10 anos).
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Projecto Curricular de Instituição – Ano Lectivo 2010/2011 6
A Creche do CSQBV abrange um total de 81 crianças com idades compreendidas entre
os 4 e os 36 meses. Para tal, existem 4 educadoras, uma por sala, e 10 auxiliares de acção
educativa.
O jardim-de-infância abrange 125 crianças com idades compreendidas entre os 3 e os 5
anos. Relativamente aos recursos humanos, possui 5 educadoras e 7 auxiliares de acção
educativa.
Os grupos do centro de Actividades de Tempos Livres (ATL) dependem das classes do
Ensino Básico da Escola EB1 de Meleças. Actualmente estão subdivididas em 6 grupos (110
alunos no total), estando cada técnica responsável por 2 grupos (um de manhã e outro à tarde).
Proporcionamos Educação Musical e Educação Física para todos os grupos durante a sua
permanência no CATL. Além disso, proporcionamos o espaço para que o Agrupamento de
Escolas D. Domingo Jardo) possa dar algumas das Actividades Extra Curriculares (AEC)
obrigatórias (Inglês a todos os anos) assim como o espaço para o apoio ao estudo.
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3. OBJECTIVOS GERAIS
3.1. Creche
Entende-se a creche como um sistema permanente de comunicação e de relações, de
socialização e individualização, capaz de oferecer à criança condições óptimas que propiciem
o seu desenvolvimento. Um ambiente responsável pela protecção da saúde física e mental das
crianças, favorecendo, entre outras, a satisfação das necessidades emocionais básicas de
intimidade, de atenção, de aceitação, de descoberta, de formação do eu em relação ao outro e
de desenvolvimento da auto-estima.
Os objectivos pedagógicos gerais da creche são os seguintes:
a) Proporcionar às crianças oportunidades que facilitem o desenvolvimento cognitivo,
afectivo, social e psicomotor.
b) Entender e respeitar as características individuais de cada criança, assim como as suas
necessidades básicas.
c) Proporcionar à criança ocasiões de bem-estar e de segurança no âmbito da saúde
individual e colectiva.
d) Incentivar a autonomia da criança e a sua socialização como processo de crescimento
e desenvolvimento.
e) Proporcionar um ambiente de segurança e afectividade.
f) Promover a capacidade criativa, o espírito de iniciativa e a responsabilidade, numa
atitude de livre expressão e de respeito pelo outro.
g) Favorecer a igualdade de oportunidades entre todas as crianças, respeitando o seu
ritmo e a sua individualidade.
h) Despistar e compensar inadaptações físicas, sociais ou culturais ou deficiências nas
crianças.
i) Desenvolver a comunicação e a expressão de modo a que cada criança seja espontânea
e criativa.
j) Manutenção de um ambiente físico, com boas condições sanitárias e de segurança.
k) Participar activamente na implementação e realização de todas as actividades e
situações decorrentes do ambiente educativo.
l) Promover a participação da família no processo educativo dos filhos.
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m) Promover a comunicação com os Pais para que a Instituição seja o prolongamento da
família.
n) Valorizar e respeitar o ritmo individual de cada criança.
o) Envolver a criança em momentos afectivos (mimos, colo, jogos de esconde-esconde,
beijinhos).
p) Privilegiar e estabelecer fortes laços afectivos com a criança.
q) Facilitar a integração da criança no grupo, respeitando a diferença, preservando a
individualidade de cada uma.
r) Proporcionar um ambiente calmo, mas rico em estímulos (sensoriais, verbais,
físicos…), conduzidos de forma equilibrada e coerente.
s) Desenvolver o sentido de competência acreditando nas suas potencialidades (sentar,
gatinhar, andar, falar, comer sozinho, controle dos esfíncteres).
t) Promover e incentivar a relação Família/ Creche.
3.2. Jardim de Infância
A Lei-Quadro da Educação Pré-Escolar estabelece como principio geral que “a Educação
Pré-Escolar é a primeira etapa da educação básica no processo de educação ao longo da vida,
sendo complementar da acção educativa da família, com a qual deve estabelecer estreita
relação, favorecendo a formação e o desenvolvimento equilibrado da criança, tendo em vista a
sua plena inserção na sociedade como ser autónomo, livre e solidário” (Orientações
Curriculares, 1997; pág. 15).
Os objectivos pedagógicos gerais que nos propomos a atingir são os seguintes:
a) Promover o desenvolvimento pessoal e social da criança com base em experiências de
vida democrática numa perspectiva de educação para a cidadania;
b) Fomentar a inserção da criança em grupos sociais diversos, no respeito pela pluralidade
das culturas, favorecendo uma progressiva consciência como membro da sociedade;
c) Contribuir para a igualdade de oportunidades no acesso à escola e para o sucesso da
aprendizagem;
d) Estimular o desenvolvimento global da criança no respeito pelas características
individuais, incutindo comportamentos que favoreçam aprendizagens significativas e
diferenciadas;
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Projecto Curricular de Instituição – Ano Lectivo 2010/2011 9
e) Desenvolver a expressão e a comunicação através de linguagens múltiplas como meios
de relação, de informação, de sensibilização estética e de compreensão do mundo;
f) Despertar a curiosidade e o pensamento crítico;
g) Proporcionar à criança ocasiões de bem-estar e de segurança, nomeadamente no âmbito
da saúde individual e colectiva;
h) Proceder à despistagem de inadaptações, deficiências ou precocidades e promover a
melhor orientação e encaminhamento da criança;
i) Incentivar a participação das famílias no processo educativo e estabelecer relações de
efectiva colaboração com a comunidade.
(Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar)
3.3. ATL
O centro de Actividades de Tempos Livres (ATL) é um espaço lúdico com preocupações
sócio-educativas, tendo como função complementar o processo educativo e formativo dos
alunos, através da participação em actividades organizadas e orientadas.
As actividades atenderão a um projecto de trabalho definido, tendo presente como
finalidade a ocupação do tempo não lectivo dos alunos, visando o desenvolvimento integral e
harmonioso da criança, quer ao nível psicomotor como do cognitivo e sócio-afectivo.
Os objectivos pedagógicos gerais que o CATL se propõe a atingir são os seguintes:
a) Promover nas crianças o desenvolvimento a nível pessoal e social, através do
relacionamento com os pares e com o Mundo;
b) Proporcionar o desenvolvimento físico e motor, valorizar actividades manuais e
promover a educação artística, de modo a sensibilizar para as diversas formas de
expressão estética, detectando e estimulando aptidões nesses domínios;
c) Desenvolver necessidades da descoberta, interesses e aptidões, o espírito crítico e a
criatividade;
d) Permitir a cada criança, através de participação de vida em grupo, a oportunidade da
sua inserção na sociedade;
e) Trabalhar as expressões a todos os níveis, contribuindo para a afirmação da
personalidade, estruturação do pensamento e formação do carácter;
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f) Manter as crianças em espaços estruturados e vigiados;
g) Realizar pequenos/grandes projectos que envolvam as crianças e as preparem para ser
adultos conscientes e activos na comunidade;
h) Promover o gosto pela leitura, recorrendo a materiais e suportes variados;
i) Favorecer a inter-ligação família/escola/C.A.T.L./comunidade, contribuindo para uma
valorização, aproveitamento e rentabilização de todos os recursos do meio.
(Orientação Curricular e Programas do 1º ciclo)
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4. FUNDAMENTAÇÃO DAS OPÇÕES EDUCATIVAS
4.1. Creche
Perante a realidade existente propomo-nos:
- Promover o desenvolvimento global da criança, respeitando o ritmo individual
- Promover a identidade pessoal e social das crianças
- Promover a segurança e a autonomia
- Privilegiar a criação de laços afectivos
- Proporcionar um ambiente calmo, rico em estímulos
- Integrar sempre os interesses e solicitações das crianças
- Promover e incentivar a relação escola/família
De modo, a levarmos a cabo estas intenções baseamo-nos em muitas das actividades
propostas pelo autor Manuel Alves Ribeiro Figueiredo na edição “Aprendizagem Activa na
Creche”, editora Bola de Neve 2007 e em muitos dos valores defendidos pelas orientações
curriculares para a educação pré-escolar.
4.2. Jardim de Infância
O princípio geral e os objectivos pedagógicos enunciados na Lei-Quadro, enquadram os
fundamentos e a organização das Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar.
4.3. ATL
De acordo com a Lei de Bases do Sistema Educativo, a Educação Extra Escolar tem
como objectivo permitir a cada indivíduo enriquecer o tempo livre, aumentando os seus
conhecimentos e desenvolvendo as suas potencialidades de forma criativa.
Deste modo, o objectivo primordial do Centro de Actividades de Tempos Livres do
Centro Social Quinta da Boa Vista, é uma Educação Global, ou seja, promover um contacto
com diversas modalidades do saber, enriquecer a criança a nível cultural e cívico,
proporcionar diversão e lazer, e, simultaneamente, desenvolver aptidões que lhe permitam um
crescimento saudável, logo, uma melhor inserção na vida activa e/ou escolar.
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Projecto Curricular de Instituição – Ano Lectivo 2010/2011 12
5. METODOLOGIA
A intencionalidade do processo educativo que caracteriza a intervenção profissional do
educador passa por diferentes etapas interligadas que se vão sucedendo e aprofundando, o que
pressupõe:
OBSERVAR Cada criança
O grupo
O Contexto Familiar
Proporcionando
diferenciação
pedagógica
Planeamento e Avaliação
PLANEAR Promove aprendizagens
significativas e diversificadas
Implica:
Reflexão sobre as intenções
educativas
Articulação das áreas de
conteúdo
Participação das crianças no
planeamento
AGIR Concretização da acção
AVALIAR O processo de evolução da
criança
COMUNICAR Partilhar com a equipa
pedagógica / os pais
ARTICULAR Promover a continuidade
educativa a articulação com o
1º Ciclo
“A avaliação é um elemento integrante e regulador da prática educativa que implica
procedimentos adequados à especificidade da actividade educativa, tendo em conta a eficácia
das respostas educativas. Permitindo uma recolha sistemática de informações, a avaliação
implica uma tomada de consciência da acção, sendo esta baseada num processo contínuo de
análise que sustenta a adequação do processo educativo às necessidades de casa criança e do
grupo, tendo em conta a sua evolução” Ministério da Educação (2007)
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Projecto Curricular de Instituição – Ano Lectivo 2010/2011 13
6. INTENÇÕES DE TRABALHO PARA O ANO LECTIVO
6.1. Opções e prioridades curriculares
De acordo, com as Orientações Curriculares, que se pretende ter como referência,
considerar-se-ão “áreas de conteúdo como âmbitos de saber, com uma estrutura própria e com
pertinência sócio - cultural, que incluem diferentes tipos de aprendizagem, não apenas
conhecimentos, mas também atitudes e saber-fazer”.
6.2. Objectivos e Estratégias
6.2.1. Creche
Área de Formação Pessoal e Social
“A Formação Pessoal e Social integra as outras áreas, pois tem a ver com a forma como a
criança se relaciona consigo própria, com os outros e com o mundo, num processo que
implica o desenvolvimento de atitudes e valores, atravessando a área de Expressão e
Comunicação com os seus diferentes domínios e a área de Conhecimento do Mundo que,
também se articulam entre si.” (Orientações Curriculares, 1997, p. 49)
Dos 4 aos 12 meses
OBJECTIVOS:
Estimular a cooperação activa e a autonomia na criança em diversos momentos do dia:
refeições, higiene...
Fomentar as interacções sociais com os adultos significativos, com os seus pares e em
grupo
Promover a tolerância com o outro e as relações de afecto e carinho
ESTRATÉGIAS:
Favorecer situações que promovam a cooperação e autonomia na criança
Utilizar a expressão facial como forma de comunicação de sensações e sentimentos
Desenvolver jogos colectivos e sociais que criem laços afectivos de união
Estimular o jogo simbólico (“faz de conta”)
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Dos 12 aos 24 meses
OBJECTIVOS:
Promover a autonomia da criança, adequando o grau de exigência às suas reais
capacidades
Aquisição de hábitos de alimentação, higiene...
Promover as relações positivas com o adulto e com os pares
Compreender as necessidades do outro e promover o respeito pelas mesmas
Desenvolver a iniciação do controlo dos esfíncteres de acordo com a maturidade de
cada criança
Promover a crescente resistência à frustração
ESTRATÉGIAS:
Jogos colectivos que promovam os afectos
Possibilitar à criança situações que promovam a gestão de conflitos e resistência à
frustração
Dos 24 aos 36 meses
OBJECTIVOS:
Criar laços afectivos entre crianças e crianças e os adultos
Desenvolver e promover a auto confiança
Promover a autonomia e independência em diversos momentos do dia
Introdução de regras e seu cumprimento
Privilegiar o respeito pelo outro e a cooperação
Desenvolver a tolerância à frustração
ESTRATÉGIAS:
Promover as relações de afecto
Valorizar os progressos e novas aquisições, demonstrando-o à criança
Reforçar positivamente os comportamentos assertivos
Promover o contacto e o respeito pelo outro através do jogo, trabalhos colectivos...
Ajudar a criança a gerir os conflitos através do diálogo e da compreensão
Área de Expressão e Comunicação
“O domínio das diferentes formas de expressão implica diversificar as situações e
experiências de aprendizagem, de modo a que a criança vá dominando e utilizando o seu
corpo e contactando com diferentes materiais que poderá explorar, manipular e transformar
de forma a tomar consciência de si próprio na relação com os objectos.” (Orientações
Curriculares, 1997,p. 57)
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Domínio da Expressão Motora, Dramática, Plástica e Musical
Expressão Motora: ajuda a criança a ter consciência do seu corpo, apercebendo-
se das capacidades e potencialidades que pode desenvolver.
Expressão Dramática: “é um meio de descoberta de si e do outro, de afirmação
de si próprio na relação com o(s) outro(s) que corresponde a uma forma de se
apropriar de situações sociais.” (Orientações Curriculares, 1997, p.59)
Expressão Plástica: é um “processo de exploração e descoberta de diferentes
possibilidades e materiais” (Orientações Curriculares, 1997, p.61) que permite à
criança a exteriorização de emoções, apelando à sua criatividade.
Expressão Musical assenta num trabalho de exploração de sons e ritmos, que a
criança vai aprendendo a identificar e a produzir.
Domínio da Linguagem Oral e Abordagem à Escrita
“Criar um clima de comunicação em que a linguagem do educador... constitua um
modelo para a interacção e a aprendizagem das crianças.” (Orientações Curriculares,
1997, p.66)
Domínio da Matemática
A partir das vivências diárias as crianças vão estruturando e desenvolvendo o
pensamento lógico-matemático: a aquisição de noções de tamanho, cor, peso, quantidade. O
tomar consciência das propriedades dos objectos é indispensável para a concretização de
operações de classificação, seriação e de número.
Área de Expressão e Comunicação
Para a faixa etária dos 4 aos 12 meses e dos 12 meses aos 24 meses, não foram definidos os
diferentes domínios por se considerar que estão ainda muito interligados.
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Dos 4 aos 12 meses
OBJECTIVOS:
Promover o desenvolvimento muscular necessário à aquisição da marcha
Promover uma maior autonomia no arrastar, gatinhar, sentar, etc.
Valorizar e reagir positivamente ás vocalizações da criança
Desenvolver os movimentos da mão, atingindo a coordenação óculo- manual
Desenvolver a audição descriminada
Desenvolver a vocalização e a linguagem, bem como a compreensão de algumas
palavras e ordens simples
ESTRATÉGIAS:
Estimulação dos movimentos das crianças através de pequenos movimentos, canções,
música, jogos, palavras, imitação...
Imitação de vozes, murmúrios e balbucios do bebé
Imitação de sons propostos pelo adulto
Reforçar a expressão facial quando dirigida à criança
Conversar muito e calmamente com a criança
Promover a resposta por parte da criança a questões colocadas
Colocar à disposição da criança brinquedos variados que se destaquem pelo som, cor,
forma, textura, cheiro...
Dos 12 aos 24 meses
OBJECTIVOS:
Promover o progresso constante no andar, desde o caminhar vacilante até ao andar
seguro em diversas superfícies
Iniciação do domínio do corpo: melhoria da agilidade, flexibilidade, equilíbrio...
Valorização da linguagem como meio de comunicação
Compreensão de diferentes chamadas, orientações...
Reconhecer as diferentes partes do corpo, nome das pessoas, objectos...
Estimular a observação, exploração, imitação, linguagem expressiva, repetição de
palavras, …
ESTRATÉGIAS:
Possibilitar a marcha em diversas superfícies
Jogos de construção, observação e imitação
Contactar com brinquedos de diversas características: cor, tamanho, cavidades...
Distinção através do tacto de diversos materiais e texturas
Discriminação de tamanhos, características e utilização de diferentes objectos
Utilização e domínio de ambas as mãos
Proporcionar o maior contacto possível com objectos reais e presentes no quotidiano
Conversas de grupo e individuais sobre diversos temas
Desenvolver a imitação através de jogos de imitação de palavras
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Projecto Curricular de Instituição – Ano Lectivo 2010/2011 17
Canções, danças e pequenas dramatizações narrativas, utilizando um suporte visual
(imagens)
Dos 24 aos 36 meses
Domínio das Expressões: Expressão Motora
OBJECTIVOS:
Proporcionar à criança um total domínio motor
Desenvolver o reconhecimento do seu corpo e esquema corporal
Desenvolver a destreza manual e motricidade fina
Reconhecer as possibilidades do próprio corpo
ESTRATÉGIAS:
Promover jogos corporais e de movimento
Manipular diversos materiais em diversas situações: pincel, lápis, massa de cores,
peças de encaixe, enfiamentos, livros, talheres...
Desenvolver jogos de reconhecimento de diferentes partes do corpo, no próprio e no
outro.
Dos 24 aos 36 meses
Domínio das Expressões: Expressão Dramática
OBJECTIVOS:
Promover o carácter lúdico
Desenvolver a comunicação verbal e não verbal
Desenvolver a imaginação, criatividade e diversas formas de linguagem
Promover a interpretação corporal e a compreensão do corpo como um todo capaz de
transmitir sentimentos e sensações
ESTRATÉGIAS:
Brincar livremente nas diversas áreas (casinha, garagem...) sob observação activa do
adulto
Jogos expressivos sobre diversos temas e situações conhecidas das crianças
Promover e desenvolver o jogo simbólico
Desenvolver pequenas dramatizações
Dos 24 aos 36 meses
Domínio das Expressões: Expressão Plástica
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Projecto Curricular de Instituição – Ano Lectivo 2010/2011 18
OBJECTIVOS:
Exploração de diversos materiais e técnicas compreendendo as suas diversas
possibilidades
Proporcionar diferentes possibilidades de expressão através da plástica
Iniciação da representação gráfica
Iniciação do trabalho colectivo
Desenvolver a criatividade e imaginação
ESTRATÉGIAS:
Proporcionar à criança o contacto com diversos materiais e técnicas
Incentivar a representação gráfica a partir de conversas sobre acontecimentos
passados, imagens, observações...
Iniciar o trabalho de conjunto promovendo o respeito pelo outro
Proporcionar à criança experiências diversificadas e completas possíveis de modo a
promover e criatividade e imaginação
Dos 24 aos 36 meses
Domínio das Expressões: Expressão Musical
OBJECTIVOS:
Promover a discriminação e memória auditiva
Promover a exploração e conhecimento de diversos instrumentos musicais
Utilizar a música como promotora de sensações e expressões
ESTRATÉGIAS:
Escutar activamente (participando) diversos tipos de música
Exploração de diversos ritmos e sons e sua reprodução
Levar a que a criança cante e oiça cantar
Promover a repetição de lengalengas, quadras, rimas...
Manipular e experimentar diversos instrumentos musicais
Utilizar músicas contrastantes de modo a proporcionar à criança diversas sensações
Dos 24 aos 36 meses
Domínio da Linguagem Oral e Abordagem à Escrita
OBJECTIVOS:
Aquisição de novos vocábulos
Promover a comunicação oral espontânea em diálogo ou conversas de grupo
Eliminar possíveis incorrecções de articulação ou dicção
Iniciar o estabelecimento de relação entre a palavra escrita e a oral
ESTRATÉGIAS:
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Projecto Curricular de Instituição – Ano Lectivo 2010/2011 19
Ouvir e contar histórias, lengalengas, trava-línguas...
Cantar canções
Promover conversas sobre temas diversos
Através de imagens ou exemplos reais introduzir novos vocábulos
Levar a criança a comunicar sentimentos, desejos, expectativas... oralmente
Utilizar e apresentar a palavra escrita como contendo mensagem assim como a
linguagem oral
Dos 24 aos 36 meses
Domínio da matemática:
OBJECTIVOS:
Desenvolver noções de espaço
Exploração de cores, tamanhos e formas
Aquisição das noções de quantidade (pouco/muito) e de tempo (ontem/hoje)
ESTRATÉGIAS:
Promover a observação e a expressão de diferentes características identificadas
Realizar jogos de encaixe, observação, construção...
Explorar o espaço de modo a tomar consciência do mesmo em relação a si e ao outro
Identificar diferentes características em pessoas, objectos, situações...
Desenvolver conversas sobre situações decorrentes ou passadas
Área de Conhecimento do Mundo
“A Área de Conhecimento do Mundo enraíza-se na curiosidade natural da criança e no seu
desejo de saber e compreender porquê. Curiosidade que é fomentada e alargada...através de
oportunidades de contactar com novas situações que são simultaneamente ocasiões de
descoberta e de exploração do mundo.” (Orientações Curriculares para a Educação Pré
Escolar, 1997,p. 79)
Dos 4 aos 12 meses
OBJECTIVOS:
Despertar a reacção dos sentidos da criança perante diversos estímulos
Reconhecimento de pessoas e objectos
Desenvolver a memória
Distinguir “eu” dos outros
ESTRATÉGIAS:
Centro Social da Quinta da Boa Vista
Projecto Curricular de Instituição – Ano Lectivo 2010/2011 20
Proporcionar o contacto com objectos reais
Saídas para o meio envolvente, proporcionando a observação do mesmo
Contacto com brinquedos diversos
Dos 12 aos 24 meses
OBJECTIVOS:
Promover um progressivo conhecimento do meio envolvente através de diversas
experiências
Compreensão da relação que possa existir entre diversos objectos e situações
Desenvolvimento do poder de concentração e da memória
Discriminação de sons e desenvolvimento da memória auditiva
ESTRATÉGIAS:
Conversar sobre acontecimentos decorrentes e situações passadas que envolvam a
criança
Comparar e comentar diferentes partes do corpo, imagens ou objectos
Utilizar diversos suportes auditivos quer reais como artificiais (gravações)
Explorar as diversas possibilidades da música
Dos 24 aos 36 meses
OBJECTIVOS:
Tornar a criança numa observadora activa do mundo que a rodeia
Desenvolver a capacidade de atenção, memorização e associação
Explorar alguns temas representativos e interessantes para a criança
Partir do conhecimento da criança para novas aquisições
Partilha de conhecimentos entre os pares de modo a privilegiar a diversidade
ESTRATÉGIAS:
Observar em conjunto com a criança o meio envolvente e retirar algumas questões e
conclusões da observação
Promover a associação de ideias e de situações observadas
Partindo dos interesses da criança alargar os seus conhecimentos através da
experiência e participação activa
Valorizar o conhecimento de cada criança e levar a que o partilhe com o outro
Sempre que se pretende mostrar à criança determinado elemento ou situação, na sua
ausência, a representação será o mais real possível.
6.2.2. Jardim de Infância
Área de Formação Pessoal e Social
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A Formação Pessoal e Social é considerada uma área integradora e transversal, dado
que todas as componentes curriculares deverão contribuir para promover nas crianças atitudes
e valores que lhes permitam tornarem-se cidadãos conscientes e solidários, capacitando-as
para a resolução de problemas da vida. Também a educação pré-escolar deve favorecer a
formação da criança, tendo em vista a sua inserção na sociedade como ser autónomo livre e
solidário.
OBJECTIVOS ESTRATÉGIAS
Conhecimento do próprio corpo
Conhecer as diferentes partes do corpo
e as possibilidades motoras
Desenvolver imagem positiva e
correcta do seu corpo e de si (auto-
estima)
Adquirir confiança e segurança na
utilização do próprio corpo
Desenvolver autonomia pessoal;
vestir, despir, calçar, higiene, regras
de sala, etc.)
Incentivar / incrementar
comportamentos
Respeitar / aceitar as diferenças e
ritmos do outro
Cooperar – saber utilizar brinquedos;
materiais dos outros e os de todos
Tolerar – saber escolher e respeitar
Justiça – apresentar e emitir opiniões
sobre trabalhos individuais e de grupo
Responsabilizar – ser justo na
resolução de problemas, no cuidado
com os bens; seus, do outro e da sala
Respeitar regras – liderança
democrática
Sensibilizar para os valores morais
Expressão corporal de emoções,
sensações, sentimentos
Conversas temáticas, intercâmbios de
opinião
Registo escrito
Historias que ajudem à integração da
ideia e realidade do outro e à
descoberta da sua identidade
Diálogos sugeridos e/ou espontâneos
Situações de silêncio e de reflexão
sobre o trabalho do dia a dia:
Problema
Hipótese
Experiência
Resultado/Conclusão
Resolução de tarefas simples e
problemas do dia a dia, iniciativa
própria e à superação das dificuldades
quotidianas
Criar regras, normas simples aceites,
compreendidas pelo grupo que
orientem a vida colectiva na sala e
escola
Jogos e actividades orientadas no
sentido de proporcionar o
desenvolvimento dos objectivos
Área da Expressão e Comunicação
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“O domínio das diferentes formas de expressão implica diversificar as situações e
experiências de aprendizagem, de modo a que a criança vá dominando e utilizando o seu
corpo e contactando com diferentes materiais que poderá explorar, manipular e transformar de
forma a tomar consciência de si próprio na relação com os objectos.”
Domínio da Expressão Motora, Dramática, Plástica e Musical
o Expressão Motora
Tendo em conta o desenvolvimento motor de cada criança, a educação pré-escolar
deve proporcionar ocasiões de exercício da motricidade global e também da motricidade fina,
de modo a permitir que todas e cada uma aprendam a utilizar e dominar melhor o seu próprio
corpo.
OBJECTIVOS ESTRATÉGIAS
Desenvolver imagem corporal
ajustada e positiva
Iniciar e confirmar a definição da
própria lateralidade
Desenvolver o equilíbrio e o controle
da postura
Controlar as diferentes formas de
deslocação (andar, correr, saltar)
coordenando os diversos movimentos
implicados
Desenvolver a coordenação viso
motora global e aplicada à
manipulação de objecto
Desenvolvimento dos sentidos
Desenvolver a motricidade fina
Noção de orientação temporal (ontem,
hoje, amanhã…)
Dar a conhecer jogo de diferentes
épocas, regiões, países…
Actividades de distinção e/ou
enumeração das diferentes partes do
corpo
Actividades para o conhecimento dos
órgãos sensoriais e articulações
Actividades de respiração
Actividades de equilíbrio estático e
dinâmico
Actividades de deslocação e postura
Actividades de imagem corporal no
espelho
Actividades sobre coordenadas
espaciais (acima/abaixo, adiante/atrás,
direito/esquerdo)
Actividades de reprodução gráfica
(modelagem, pintura, etc.)
Execução de jogos das diferentes
épocas, países…
o Expressão Dramática
A Expressão Dramática é uma forma de a criança se descobrir a si e o outro,
“de afirmação de si próprio na relação com o(s) outro(s) que corresponde a uma forma de se
apropriar de situações sociais” (Ministério da Educação, 1997, p.59). Neste sentido o jogo
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simbólico é importante para o desenvolvimento global da criança, pois permite-lhe manifestar
sentimentos, dramatizar acontecimentos que a perturbe, etc. O jogo simbólico permite “à
criança recrear experiências de vida quotidiana, situações imaginárias e utilizar os objectos
livremente, atribuindo-lhe significados múltiplos.” (Ministério da Educação, 1997, p. 60).
OBJECTIVOS ESTRATÉGIAS
Desenvolvimento da expressão
corporal como meio de comunicação
verbal
Desenvolvimento da expressividade
como meio de comunicação de
estados interiores (sentimentos,
emoções, etc.)
Desenvolver a criatividade e
expressividade
Estimular a educação estética e a
sensibilidade
Estimular a vivência em grupo e a
capacidade de organização colectiva
Estimular a desinibição e a confiança
em si próprio
Desenvolvimento da auto-estima
Estimular as capacidades expressivas
e de comunicação interpessoal
Estimular a coordenação, o equilíbrio
e a orientação espacial
Adquirir consciência do seu corpo e
das suas possibilidades
Representação de cenas simples
ligadas ao quotidiano
Dramatizações simples de histórias
Expressão corporal de situações
imaginárias
Expressão corporal de sentimentos
Jogos específicos
Movimentos orientados
Danças
Teatro com fantoches ou sombras
chinesas
Jogos dramáticos, de mímica e gestos
Expressão livre de sentimentos e
gestos
Invenção de histórias
Jogos de imitação
Brincar livremente – jogo simbólico
(faz de conta)
Poemas e lenga-lengas
o Expressão Plástica
A expressão plástica implica um controlo da motricidade fina que a relaciona com a
expressão motora, mas recorre a materiais e instrumentos específicos e a códigos próprios que
são mediadores desta forma de expressão.
As actividades de expressão plástica são da iniciativa da criança que exterioriza
espontaneamente imagens que interiormente construiu. Tornam-se situações educativas
quando implicam um forte envolvimento da criança que se traduz pelo prazer e desejo de
explorar e de realizar um trabalho que considera acabado.
OBJECTIVOS ESTRATÉGIAS
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Controle perceptivo motor do traço
Coordenação viso manual
Alcançar uma progressiva habilidade
e agilidade manual
Desenvolvimento do sentido do tacto
Conhecer e manipular diversos
materiais e suportes plásticos
Expressar-se livremente, mediante
diversas técnicas
Identificar um leque de cores
(primárias, secundárias, degradês,
etc.)
Estimular a criatividade, imaginação e
curiosidade
Desenvolvimento da educação
estética
Respeitar o trabalho dos outros
Saber valorizar o seu trabalho e o dos
outros, estimulando a atitude crítica
Promover a criação de hábitos de
limpeza e arrumação dos instrumentos
e materiais utilizados
Modelagem com diferentes materiais
(plasticina, massa pão, barro, etc.)
Dobragens simples
Recortes, rasgagens e colagens
Pintura em diversos suportes (papel,
cerâmica, cartão, vidro, pano, etc.)
Estampagem com rolhas, carimbos de
batata, esponja, etc.
Desenho em diversos suportes e com
vários tipos de lápis (ceras, giz,
carvão, pau, etc.)
Picotagem
Digitinta
Trabalhos a 3 dimensões
Trabalhos com materiais de
desperdício
Experiência para obtenção de cores
secundárias a partir de cores primárias
Uso da cor
Trabalhos livres e orientados
Trabalhos individuais e em pequenos e
grandes grupos
Expressão livre
Desenho figurativo e representação da
figura humana
Desenho não figurativo
o Expressão Musical
A expressão musical assenta num trabalho de exploração de sons e ritmos que a
criança produz e explora espontaneamente, que vai aprendendo a identificar e a produzir.
A expressão musical está intimamente relacionada com a educação musical que se
desenvolve, na educação pré-escolar, em torno de cinco eixos fundamentais: escutar, cantar,
dançar, tocar e criar.
OBJECTIVOS ESTRATÉGIAS
Desenvolvimento auditivo
Desenvolvimento da memória
auditiva
Estimular a criatividade e a
expressividade
Incentivar o uso de instrumentos
Canções, danças e rodas
Execução e uso de instrumentos
musicais
Identificar e reproduzir sons:
Fortes/fracos
Timbres
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musicais
Estimular o gosto e o conhecimento
musical
Duração
Graves/agudos
Da natureza
Jogos rítmicos, auditivos, musicais,
imitação e reconhecimento de sons
Identificação de sons produzidos pelo
próprio corpo
Domínio da Linguagem Oral e Abordagem à Escrita
Qualquer que seja o domínio do português oral com que as crianças chegam à
educação pré-escolar, as capacidades de compreensão e produção linguística deverão ser
progressivamente alargadas, através das interacções com o educador, com as outras crianças e
com outros adultos.
Não há hoje em dia crianças que não contactem com o código escrito e que, por isso,
ao entrar para a educação pré-escolar não tenham já algumas ideias sobre a escrita. Ao fazer,
neste domínio, referência à abordagem à escrita pretende-se acentuar a importância de tirar
partido do que a criança já sabe, permitindo-lhe contactar com as diferentes funções do código
escrito. Não se trata de uma introdução formal e “clássica” à leitura e à escrita, mas de
facilitar a emergência da linguagem escrita.
OBJECTIVOS ESTRATÉGIAS
Desenvolvimento da expressão oral
Desenvolvimento da compreensão
oral
Desenvolvimento grafo motor
Estimular e fomentar a expressão
linguística
Estimular a aquisição de novo
vocabulário
Estimular a criatividade e a
expressividade
Estimular a articulação correcta das
palavras e a estruturação das frases
Aquisição de vocabulário
Compreender e executar ordens ou
instruções dadas verbalmente
Transmitir e exprimir oralmente uma
ideia, uma situação ou sentimentos
Pronunciar correctamente as palavras
contando histórias ou verbalizando
situações
Histórias com sons e imagens
Poemas, rimas, lenga-lengas, canções
Conversas e diálogos em grupo e
respectivo registo
Descrição oral e interpretação de
imagens
Jogos de linguagem e vocabulário
Livros ilustrados
Jogos de observação
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Jogos que impliquem verbalização e
compreensão de mensagens e
instruções
Reprodução de diferentes formas de
comunicação escrita e oral
Domínio da Matemática
As crianças vão espontaneamente construindo noções matemáticas a partir das
vivências do dia-a-dia. O papel da matemática na estruturação do pensamento, as suas funções
na vida corrente e a sua importância para aprendizagens futuras, determina a atenção que lhe
deve ser dada na educação pré-escolar, cujo quotidiano oferece múltiplas possibilidades de
aprendizagens matemáticas.
OBJECTIVOS ESTRATÉGIAS
Desenvolvimento da capacidade de
seriar, agrupar, contar e classificar
Conceito de semelhante e diferente
Noção de conjunto e relações de
pertença
Desenvolver a aquisição e
consolidação do conceito de número
Desenvolvimento de vocabulário
relacionado com as noções espaciais e
de quantidade (aqui/ali,
muito/pouco/menos, etc.)
Desenvolvimento do cálculo mental
com vários elementos
Noção de volume, espessura e
diferentes formas
Comparação de objectos e
agrupamento em colecção atendendo
às semelhanças e diferenças
Explorar objectos e descobrir as
características dos mesmos
Dominós para associação de cor,
forma e tamanho
Cartões para
ordenar/associar/classificar
Jogos de construção
Jogos de enfiamentos e encaixe
Puzzles
Jogos de associação de ideias
Jogos específicos orientados
Jogos de orientação espacial e
temporal
Observar e reproduzir algo (pensar e
fazer)
Explorar e observar diferentes
materiais (terra, areia, água, barro,
peças para empilhar, colar, etc.)
Todas as actividades que promovam:
Observação directa
Manipulação e exploração
Actividades plásticas e gráficas
Constituição e quantificação das
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famílias, idades e características
Área do Conhecimento do Mundo
Os seres humanos desenvolvem-se e aprendem em interacção com o mundo que os
rodeia. A criança quando inicia a educação pré-escolar já sabe muitas coisas sobre o
“mundo”, já construiu algumas ideias sobre as relações com os outros, sobre o mundo natural
e o construído pelo homem, como se usam e manipulam os objectos.
A curiosidade natural das crianças e o seu desejo de saber é a manifestação da busca
de compreender e dar sentido ao mundo que é própria do ser humano que origina as formas
mais elaboradas do pensamento, o desenvolvimento das ciências, das técnicas e, também das
artes.
OBJECTIVOS ESTRATÉGIAS
Abordagem simples e genérica à
multiculturalidade
Alargar conhecimentos e noções
Dar resposta às perguntas da criança
Estimulara o desejo e a curiosidade de
conhecer e saber
Fomentar e potenciar a experiência
directa da criança com o ambiente,
através da investigação experimental
simples (observação directa, recolha
de material…)
Educar para a democracia e cidadania
Incentivar e reforçar os valores de
solidariedade e cooperação
Conhecimento/realização de jogos e
regras de diferentes épocas, regiões,
países…
Histórias, lenga-lengas, poesias, jogos
das diferentes épocas, regiões,
países…
Trabalho de investigação: descoberta e
experimentação de jogos
Visitas a locais que possibilitem o
desenvolvimento e vivências de jogos
Realização de registos escritos
devidamente ilustrados pelas crianças.
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6.3. Previsão e Intervenientes e Definições de Papéis
Comunidade escolar Troca de saberes, diversificação de relações sociais, educação
formal e informal, estabelecimento de relações securizantes.
Família
Participação directa e indirecta, livre acesso à Instituição e troca
de impressões com a Educadora titular de sala, participação em
diversas actividades colectivas e individuais propostas pela
Instituição ou pelas próprias famílias.
Comunidade
envolvente
Troca de experiências, “importação e exportação de saberes”
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7. RELAÇÃO COM AS FAMÍLIAS E OUTROS PARCEIROS EDUCATIVOS
Na nossa actividade diária damos grande relevância ao trabalho com as famílias e
comunidade, como forma de desenvolver, alargar e enriquecer situações de aprendizagem.
Objectivos gerais
- Sensibilizar os pais/familiares para a importância das actividades/acções desenvolvidas na
Instituição;
- Promover o interesse e participação, dos pais/familiares, no processo educativo dos seus
educandos;
- Estimular e intensificar a cooperação dos pais/familiares no dia-a-dia da Instituição;
- Aproveitar a potencialidade do meio envolvente para proporcionar novas experiências;
- Valorizar a diversificação de saberes, interesses e hobbies;
- Articular com a escola do 1º ciclo, para preparar a transição das crianças de 5/6 anos;
- Articular com diferentes parceiros sociais para melhorar a qualidade educativa;
- Articular com outros técnicos com vista à inclusão de crianças com N.E.E.
Estratégias/Acções
- Divulgar as actividades e projectos desenvolvidos na sala (placares, jornal, site, blog);
- Incentivar encontros formais e informais;
- Implicar as crianças na preparação/organização dos encontros/reuniões;
- Fomentar a participação de familiares nas actividades/projectos desenvolvidos nas salas;
- Pedir a colaboração dos pais /familiares em festas/convívios e visitas de estudo;
- Trazer à Instituição pessoas exteriores à comunidade escolar de modo a partilhar saberes
- Aproveitar diferentes espaços existentes na zona;
- Facilitar a transição das crianças de cinco anos para o 1º ciclo do ensino básico;
- Realizar trabalho conjunto com os alunos do ensino básico;
- Realizar trabalho conjunto com outros parceiros para melhor inclusão/qualidade de vida das
crianças com N.E.E;
- Realizar trabalho conjunto com outros técnicos.
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8. PROJECTOS
8.1. Projecto Eco-Escolas
O Projecto Eco-Escolas é um projecto de âmbito internacional que pretende:
- encorajar acções, reconhecer e premiar o trabalho desenvolvido pela escola na
melhoria do seu desempenho ambiental, gestão do espaço escolar e sensibilização da
comunidade.
- estimular o hábito de participação envolvendo activamente as crianças e os jovens na
tomada de decisões e implementação das acções.
- motivar para a necessidade de mudança de atitudes e adopção de comportamentos
sustentáveis no quotidiano, ao nível pessoal, familiar e comunitário.
- fornecer formação, enquadramento e apoio a muitas das actividades que as escolas
desenvolvem.
- divulgar boas práticas e fortalecer o trabalho em rede a nível nacional e internacional
- contribuir para a criação de parcerias e sinergias locais na perspectiva de
implementação da Agenda 21 Local.
Seguindo uma metodologia constituída e inspirada na Agenda 21 que de forma
simplificada se enuncia em 7 passos: conselho eco-escolas; auditoria ambiental; plano de
acção; monitorização/avaliação; trabalho curricular; divulgação à comunidade; eco-código.
Em termos temáticos deverão ser tratados por todas as Eco-Escolas os temas base: água,
resíduos, energia e alterações climáticas e ainda, complementarmente: biodiversidade,
agricultura biológica, espaços exteriores, ruído e transportes. Existem ainda temas
complementares, que poderão ser desenvolvidos pelas Escolas.
Desde o ano lectivo 2008/2009 que o CSQBV tem efectuado a candidatura ao Galardão,
ganhando o titulo de Eco-Escola.
8.2. Projecto “Conviver e Partilhar”
Este projecto procura desenvolver mais acções junto da comunidade envolvente. Deste
modo, pretende-se que todos os meses um grupo de crianças se dirija ao Centro de dia
URPITMA (União de Reformados, Pensionistas e Idosos de Tala-Meleças e Arredores) com
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o intuito de apresentar algo relacionado com uma data comemorativa ou com um projecto
(Projecto Eco-Escolas ou Tema Anual).
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9. TEMA ANUAL
O tema anual é escolhido no fim do ano lectivo anterior e surge para dar resposta a uma
preocupação/necessidade sentida. O ano lectivo é planeado em torno do tema anual pela
Equipa Pedagógica, sendo desenvolvido um esforço para o integrar com os restantes projectos
a decorrer.
Este tema é tratado de uma forma transversal a todas as áreas de desenvolvimento e a
todos os grupos, possibilitando a cada sala adaptar e desenvolver os conteúdos de acordo com
a idade, interesses e necessidades do grupo.
O planeamento do tema anual inclui ainda a calendarização de acções comuns a todas as
salas (por exemplo, dias ou semanas temáticas) e o envolvimento da comunidade educativa
(por exemplo, através de formações, actividades).
Exemplos de temas:
Ano lectivo 2008/2009 - Eco-Quinta (implementação do Projecto Eco-Escolas)
Ano lectivo 2009/ 2010 - Há vida na Quinta (onde se abordou o tema biodiversidade, partindo
da biodiversidade existente na nossa “Quinta”)
Ano lectivo 2010/2011 - Saber comer dá saúde e faz crescer (alimentação)
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10. BIBLIOGRAFIA
Bredekamp, S. e Rosengrant, T. (Eds.). (1993). Reaching potentials: Appropriate curriculum
and assessment for young children (Vol.1). Washington, DC: National Association for the
Education of Young Children.
Figueiredo, M. A. R. (2004). Projecto Curricular no Jardim-de-infância. Bola de Neve.
Hohmann, M. & Weikart, D. (1997). Educar a Criança. Fundação Calouste Gulbenkian:
Lisboa.
Ministério da Educação (1997). Orientações Curriculares para a Educação Pré-escolar.
Departamento da Educação Básica: Núcleo da Educação Pré-escolar.
Ministério da Educação (2007). Circular nº17/DSDC/DEPEB/2007
Portugal, Gabriela; Princípios Educativos para a Primeira Infância.
Sá, E. (2003). Psicologia dos Pais e do Brincar. 4ª Edição.
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