proteccao integradaviseu
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A protecção das plantas numa encruzilhadaPedro Aguiar Pinto (ISA/UTL)
9º Encontro Nacional de Protecção IntegradaSessão IV – O ensino e a formação profissional da fitofarmacologia e da
protecção integrada
18 de Novembro de 2011
Agronomia e Agricultura
AgriculturaAgriculturaAs culturas que se
praticam e o modo como são cultivadas são decisões humanas, dependendo também da utilidade dos produtos, custos de produção e risco envolvido
Objectivo principal:produção de alimentos e fibra
DecisãoTomar uma decisão é algo de que nos orgulhamos muito. Contudo, só tomamos uma decisão quando não temos a certeza do que fazer. Por isso, a decisão está intimamente ligada ao conceito de incerteza.
Implica observação – avaliação – escolha – acção
Conhecimento – reduz a incerteza
AgronomiaAgronomiaA produção de materiais
orgânicos nos campos agrícolas depende das capacidades fisiológicas das plantas e animais e do ambiente em que crescem. Estas matérias são sujeito de análises ecológicas, baseadas em princípios biológicos, químicos e físicos.
Como nasce uma Ciência
Conhecimento sistematizado movido por três linhas de força principais
Scientia – (lat.) ConhecimentoScientia – (lat.) Conhecimento
Ciência – empreendimento Ciência – empreendimento humano que cria e organiza humano que cria e organiza conhecimentoconhecimento
• 1813 Humphry-Davy 1813 Humphry-Davy – Elements of Agricultural Chemistry
• 1823 Elias Fries1823 Elias Fries– Systema mycologicum
• 1838 Carl Burmeister1838 Carl Burmeister– Manual de Entomologia
• 1840 Justus von Liebig1840 Justus von Liebig– Lei do mínimo
• 1855 Alphonse de Candolle1855 Alphonse de Candolle– Géographie botanique raisonnée
• 1859 Charles Darwin1859 Charles Darwin– The origin of species (Economia da
Natureza)• 1866 Gregor Mendel1866 Gregor Mendel
– Experiências de hibridação em plantas• 1866 Ernst Haeckel1866 Ernst Haeckel
– General Morphology (oecologia)• 1886 Vasili Dokouchaev1886 Vasili Dokouchaev
– Classificação de solos• 1888 Martinus Willem 1888 Martinus Willem
BeijerinkBeijerink– Rhizobium
• 1802 Inglaterra1802 Inglaterra– Debulhadora a vapor
• 1820 Inglaterra1820 Inglaterra– Introdução do guano na
Europa• 1826 Inglaterra1826 Inglaterra
– Primeira gadanheira mecânica
• 1831-361831-36– Viagem do H.M.S. Beagle
• 1845 Inglaterra1845 Inglaterra– Produção de superfosfato
• 1850 França1850 França– Uso de enxofre contra o
oídio• 1860 Estados Unidos1860 Estados Unidos
– Mecanização em série do matadouro de Chicago
• 1865 1865 França, Portugal, França, Portugal, Espanha, ItáliaEspanha, Itália
– Invasão da filoxera• 1870 Estados Unidos1870 Estados Unidos
– Ceifeira-atadeira mecânica
• 1879 Inglaterra e 1879 Inglaterra e FrançaFrança
– Fosfato Thomas• 1890 França1890 França
– Primeiros herbicidas
• 1802 Alemanha1802 Alemanha– Primeira Escola Superior de
Agronomia em Möglin(Thaer)
• 1815 Hungria1815 Hungria– Segunda Escola Superior de
Agricultura da Europa em Georgikon (Samuel Tessedik)
• 1818 Alemanha1818 Alemanha– Hoenheim (Schwertz)
• 1820 França1820 França– Escola Agro-Florestal de
Roville(1822)– Escola Agro-Florestal de
Nancy (1824)– Escola Agro-Florestal de
Grignon (1826)
• 1843 John Bennet 1843 John Bennet LawesLawes
– Rothamstead• 1853 Portugal1853 Portugal
– Instituto Agrícola de Lisboa• Cursos para abegões,
lavradores e agrónomos
• 1862 Estados Unidos1862 Estados Unidos– Land-grant Universities
• 1871 Itália1871 Itália– Enciclopedia Agraria Italiana
(Gaetano Cantoni)• 1911 Portugal1911 Portugal
– Instituto Superior de Agronomia
• 19591959 – Stern et al. The integrated control
concept (Hilgardia) Univ. of California
• 1910’s 1910’s – Tratamento de sementes com
organo-mercuriais• 1920’s EUA1920’s EUA
– Aplicação aérea de insecticidas em pó (Ohio)
– Níveis de tolerância ao arsénio estabelecidos pela FDA para maçãs
• 1930’s1930’s– Brometo de metilo (França)– Bacillus thuringiensis– DDT (Suíça)
• 1940’s1940’s– 2,4 D– Introdução dos insecticidas
organo-fosforados (paratião)• 1950’s1950’s
– Introdução do paraquato• 1960’s1960’s
– Primeiro fungicida sistémico• 1970’s1970’s
– Glifosato– Suspensão DDT para quase
os usos não médicos
Auto-regulação
Solo nu
Estádios pioneiros
Ambiente mais
estável
Menor quantidade de energia
requerida para regulação e
adptação a um ambiente instável
Mais energia disponível para
suporte da biomassa; > eficiência de
transferência de energia
Mais espécies; cadeias
tróficas mais compridas;
comunidades mais
complexas; melhor
regulação interna.
Aumento da especialização das espécies
Extinção de populações
sobregeneralizadas dos estádios iniciais
Sobreespecialização de espécies; estabelecimento de
populações demasiado pequenas na comunidade
Diminuição da eficiência de mecanismos de auto-regulação
Extinção de populações sobrespecializadas
Maior capacidade de auto-regulação
Integração
CULTURARotações
Pesticidas
Fertilizantes
Trabalho do solo
INORGÂNICO ORGÂNICO
HERBICIDA INSECTICIDA FUNGICIDA
INFESTANTES PRAGAS DOENÇAS
IncorporaçãoNecessidades de nutrientes
Inco
rpora
ção / t
ipo de p
este
PerturbaçãoPerturbação
Resíduos das culturas
Necessidades em nutrientes
Competição
AtaqueAtaque
Tipo de pesticida
Necessidade de pesticida
TransporteTransporte Transporte
Crescimento
Cresc
imen
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nutri
ente
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ento
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idade
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as
Divers
idade
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onist
as
Crescimento / nutrientes
Adsorpção/sorpção
Nutriente
Interacções I
Adubos influenciam o crescimento das culturas e das infestantes
Adubos podem aumentar a incidência de doenças e ataques de pragas
MO pode diminuir a incidência de doenças pelo aumento da diversidade de espécies
MO pode adsorver e inactivar pesticidas
O aumento da sustentabilidade dos sistemas de Agricultura, não depende apenas da redução ou melhoria da eficiência no emprego de factores externos, mas sobretudo, de uma melhor compreensão do modo como os principais componentes interactuam. Uma lista incompleta e ocasionalmente especulativa pode ser alinhavada.
MO pode fornecer alimentação alternativa para pragas marginais
mobilizações podem aumentar ou diminuir a incidência de pragas, doenças ou infestantes
mobilizações afectam a quantidade de fertilizante necessário
mobilizações estabelecem o contacto entre a praga ou doença e o pesticida
Interacções II
Mobilizações incorporam matéria orgânica no solo
herbicidas influenciam a acção de pragas e doenças
insecticidas podem diminuir a incidência de vírus
insecticidas podem aumentar a população de infestantes
fungicidas podem eliminar fungos do solo que exercem controlo sobre populações de insectos ou nemátodos
fungicidas podem diminuir populações de microorganismos benéficos, ao mesmo tempo que as de microoganismos prejudiciais
rotações diminuem a incidência da maior parte de doenças, pragas e infestantes
rotações disponibilizam nutrientes
Os factos são teimosos, mas as estatísticas são mais maleáveis.
Mark TwainMuito raciocínio e pouca
observação conduzem ao erro. Muita observação e pouco raciocínio levam à verdade.
Alexis Carrell(prémio Nobel Medicina -1912)
12Observação
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