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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
FACULDADE DE ENGENHARIA FLORESTAL
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA FLORESTAL
Psittacanthus sp. NA
ARBORIZAÇÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE
MATO GROSSO, campus CUIABÁ
THEONIZI ANGÉLICA SILVA ALBUÊS
CUIABÁ - MT
2017
THEONIZI ANGÉLICA SILVA ALBUÊS
Psittacanthus sp. NA
ARBORIZAÇÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE
MATO GROSSO, campus CUIABÁ
Orientador: Prof. Dr. Sidney Fernando Caldeira
Monografia apresentado à disciplina Trabalho de conclusão de Curso do Departamento de Engenharia Florestal, da Faculdade de Engenharia Florestal – Universidade Federal de Mato Grosso, como parte das exigências para obtenção do título de Bacharel em Engenharia Florestal.
CUIABÁ – MT
2017
iv
Dedico
Dedico este trabalho primeiramente a Deus, por ser essencial
em minha vida, meu guia, sempre presente nas horas de angústia, à
minha mãe Zita da Silva, meu marido Augusto César Freitas Nunes,
minha avó Deodata Pereira da Silva e meu irmão Elizio Adriani Silva
Albuês, pois sem eles eu não teria forças para atravessar essa longa
jornada.
v
AGRADECIMENTOS
A minha mãe, pois sem ela a jornada e a realização do curso
seria muito mais difícil, e portanto devo tudo a ela.
Ao meu marido por ser um grande parceiro, não apenas no
matrimônio, mas na vida profissional também, auxiliou neste trabalho
desde a coleta até a formatação do mesmo. Sempre me apoiou e me
animou nas horas mais difíceis. Muito obrigada!
A Universidade Federal de Mato Grosso, a faculdade de
Engenharia Florestal, todos os docentes e técnicos administrativos pela
oportunidade e apoio. Gratidão!
Aos colegas Poliane, Kamila, Ayrton e equipe PET, nas coletas
de dados e discussão do assunto para que fosse possível a conclusão do
mesmo.
A Poliane e Kamila, por além de todo apoio como colegas de
profissão, são minhas amigas, psicólogas e contribuíram de forma
especial pela amizade e todo apoio emocional durante todo o trabalho
Gratidão!
Agradeço ao (des)orientador prof. Dr. Sidney Fernando
Caldeira pelo compartilhar do conhecimento e aguçar nossa curiosidade
para o despertar científico. Sua paixão pela profissão e a observação para
os mínimos detalhes, nos motiva sempre em querer aprender e melhorar.
Muito obrigada!
A banca examinadora pela colaboração dada: Prof. Dr. Diego
Tyszka Martines e mestranda Poliane Pierra Maroto Patricio.
Ao grupo ADENDRO, Michelly Casagrande, Jefferson Melo e
Alan Falavinha pela parceria, por cada nascer do sol ao final de cada
trabalho, lanches, estresses e alegrias no decorrer de todo curso. Além de
colegas de profissão os tenho como amigos que me deram todo suporte
nestes cinco anos.
vi
À minha amiga Mariana Ribeiro Vingi, pela amizade, a irmã que
tenho por escolha, por todo carinho e dedicação em momentos cruciais
na minha vida. Grata!
A Profª. Mariana Peres Lima Chave e Carvalho, grupo GAIA,
por toda confiança e trabalhos realizados. O que possibilitou conciliar
minha atual profissão com a anterior de técnica em enfermagem, o
despertar pelo empreendedorismo e trabalho em grupo.
À Diana D’Paula e Ângela Costa, amigas que ganhei que me
ajudaram da forma mais simples e carinhosa quando estava para surtar.
Agradecida pelas conversas renovadoras (Risos).
Aos meus amigos e familiares pela paciência ao entender
minha ausência pois tinha algum trabalho ou prova para fazer, sem falar
da motivação em permanecer firma na luta da faculdade.
Agradeço aos meus colegas de classe e com certeza futuros
excelentes profissionais.
E por fim agradeço a todos os amigos que fiz ao longo dessa
jornada na faculdade.
E finalmente agradeço a Deus e toda sua equipe espiritual, por
oportunizar estes agradecimentos a todos que tornaram minha vida mais
leve e amorosa, além disso, em ter me premiada com minha família e
amigos. Deus, que a mim designou missões pelas quais já sabia que eu
iria batalhar e vencer, portanto agradecer é pouco. Por isso, continuamos
na luta para conquistar e vencer, e até mesmo cair e perder, para a
realização dos sonhos.
SUMÁRIO
AGRADECIMENTOS................................................................................. V
LISTA DE TABELAS E QUADROS ....................................................... VIII
LISTA DE FIGURAS ................................................................................ IX
RESUMO ................................................................................................... X
1. INTRODUÇÃO ................................................................................. 11
2. OBJETIVOS ..................................................................................... 13
2.1. OBJETIVO GERAL .................................................................... 13
2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS ...................................................... 13
3. REVISÃO DE LITERATURA ............................................................ 14
3.1. ARBORIZAÇÃO......................................................................... 14
3.2. HEMIPARASITAS...................................................................... 17
3.3. PSITTACANTHUS SP. ..................................................................... 20
4. MATERIAL E MÉTODOS ................................................................. 23
4.1. CARATERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO ........................................... 23
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO ....................................................... 27
5.1. ESTADO FITOSSANITÁRIO .............................................................. 28
5.2. ÍNDICE DE INFESTAÇÃO ENTRE HOSPEDEIROS E HEMIPARASITAS ...... 31
5.2.1. Grau e intensidade de infestação........................................... 39
6. CONCLUSÃO ................................................................................... 42
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................ 43
ANEXOS .................................................................................................. 48
viii
LISTA DE TABELAS E QUADROS
QUADRO 1 - LEVANTAMENTO FLORISTICO NA ARBORIZAÇÃO DA UFMT, campus CUIABÁ, 2008...........................................................................................................16 QUADRO 2 – CLASSIFICAÇÃO DO ESTADO FITOSSANITÁRIO DAS ÁRVORES DA UFMT, campus CUIABÁ, SEGUNDO OS CRITÉRIOS ESTABELECIDOS POR Schneider et al. (1988) ......................................................................................................24 QUADRO 3 – CLASSIFICAÇÃO DO SINTOMA DE DANO FITOSSANITÁRIO LOCALIZADO NA PARTE AÉREA DAS ÁRVORES DA UFMT, campus CUIABÁ............................................................................25 TABELA 1 - DEZ PRINCIPAIS FAMÍLIAS, ESPÉCIES ARBÓREAS E O NÚMERO DE INDIVÍDUOS COM E SEM A PRESENÇA DO HEMIPARASITA Psittacanthus sp. E A O RESPECTIVA FREQUÊNCIA DE INFESTAÇÃO POR ESPÉCIE NA ARBORIZAÇÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO, campus CUIABÁ.....................................................................................................35
ix
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 – COTILÉDONES DE ERVA-DE-PASSARINHO EM PROCESSO DE GERMINAÇÃO COM RESÍDUO DA CASCA DO FRUTO E PRESENÇA DE GOMA EXSUDADA DO HOSPDEIRO, UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO campus CUIABÁ, 2016. ......................................................................................................18 FIGURA 2 – ASPECTO DE Psittacanthus sp. SOBRE PLANTA DE Handroanthus impetiginosus na UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO, campus CUIABÁ, 2016............................................................22 FIGURA 3 – UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO campus CUIABÁ, 2016. FONTE: GOOGLE EARTH..............................................23 FIGURA 4 – FREQUÊNCIA DO ESTADO FITOSSANITÁRIO DAS ÁRVORES DA UFMT, campus CUIABÁ, SEGUNDO OS CRITÉRIOS ESTABELECIDOS POR Schneider et al. (1988).............................................................................................28 FIGURA 5 - DANOS NO FUSTE DEVIDO AO ATAQUE DE CUPINS EM INDIVÍDUOS QUE COMPÕE A ARBORIZAÇÃO DA UFMT, campus CUIABÁ, 2016...........................................................................................29 FIGURA 6 - LOCAL E INTENSIDADE DE DOENÇA DAS ESPÉCIES COM PROBLEMAS DE SANIDADE e Psittacanthus sp. PRESENTES NA ARBORIZAÇÃO DA UFMT, campus CUIABÁ, 2016...........................................................................................................30 FIGURA 7 - ABUNDÂNCIA DE Psittacanthus sp. NAS FAMILIAS DE MAIOR REPRESENTATIVIDADE NA ARBORIZAÇÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO, campus CUIABÁ.....................................................................................................33 FIGURA 8 - FREQUENCIA RELATIVA DE ESPÉCIES ARBOREAS QUE NÃO APRESENTARAM Psittacanthus sp., E FREQUÊNCIA DE ÁRVORES COM COTILÉDONES MORTOS, UFMT, campus CUIABÁ......................................................................................... 34 FIGURA 9 – GRAU DE INFESTAÇÃO DE Psittacanthus sp. NAS ÁRVORES DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO, campus CUIABÁ. BAIXA ATÉ 10%; MÉDIA DE 10 A 30% E ALTA MAIS DE 30% DA ÁREA DA COPA..................................................................................40
x
RESUMO
ALBUÊS, Theonizi Angélica Silva. Psittacanthus sp. NA ARBORIZAÇÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO, campus CUIABÁ. 2017. Monografia (Graduação em Engenharia Florestal) – Universidade Federal de Mato Grosso, Cuiabá-MT. Orientador: Prof. Dr. Sidney Fernando Caldeira. Este trabalho teve como objetivo analisar a incidência de Psittacanthus sp. na arborização da Universidade Federal de Mato Grosso, campus Cuiabá. Para tal, foi realizado o censo florístico de toda área da instituição, o estado fitossanitário das árvores, assim como o levantamento da incidência deste tipo de erva-de-passarinho. Fatores como famílias arbóreas com maior ocorrência deste hemiparasita, o grau e a intensidade de infestação foram verificados. Constatou-se a presença de 4267 árvores distribuídas em 47 famílias, sendo que em 632 indivíduos foi registrada a presença do hemiparasita Psittacanthus sp., correspondente à 14,81%. A maior frequência de infestação ocorreu em 24 famílias destacando-se a Fabaceae e a Anacardiaceae, 7,48% e 2,58%, respectivamente. A intensidade de infestação foi mediana, padronizada como taxas equivalentes à ocupação entre 10 a 30% da copa. Quanto à infestação de hemiparasitas, a arborização do campus necessita de operações técnicas fitossanitárias para diminuir o prejuízo às árvores sem prejudicar a fauna ornitológica. Palavras-chave: Erva-de-passarinho; hemiparasita; vegetação urbana; Loranthaceae.
11
1. INTRODUÇÃO
A vida agitada das cidades proveniente dos processos de
urbanização, como o transtorno do trânsito e a poluição sonora e visual
dos recursos hídricos, têm tornado cada vez mais necessária a presença
de fragmentos verdes nas zonas urbanas. Neste sentido, a arborização é
um importante componente do sistema urbano, colaborando na melhoria
da qualidade de vida dos habitantes das cidades.
Dentre as vantagens decorrentes da arborização está o
conforto climático, decorrente da absorção, reflexão e interceptação da
radiação solar pelas árvores, que influenciam a umidade e a temperatura
do ar, o movimento do ar e ação do vento na área urbana.
A arborização ainda diminui significativamente a poluição, pois
as árvores removem as partículas do ar e alguns poluentes químicos do
ambiente. Finalmente, contribuem na redução de ruídos e na valorização
da estética da cidade, o que resulta em bem-estar físico e mental da
população (ROTTA, 2001).
Na estrutura da arborização urbana pode-se encontrar, os
hemiparasitas, que são atrativos para as aves, pois deles são extraídos
vários recursos para sua subsistência, tais como: frutos, flores, sementes,
água e invertebrados. Representa função importante na ecologia das
espécies frugívoras. Portanto, as aves são as principais dispersoras de
sementes dessas plantas, intituladas de ervas-de-passarinho (NADKARNI
& MATELSON, 1989). Essas plantas se fixam em árvores hospedeiras,
onde se desenvolvem e ocupam parcial ou totalmente a copa, reduzindo a
sua eficiência fotossintética.
As árvores com alto grau de infestação por ervas-de-
passarinho, por exemplo, estão mais predispostas ao ataque de insetos e
mais predispostas a estresses ambientais do que indivíduos saudáveis,
podendo levar à redução da taxa de crescimento e, consequentemente, a
um estado de declínio, comprometendo também a arquitetura das árvores
(NORTON; CARPENTER, 1998; WHITE et al., 2011).
12
Assim, o presente estudo tem como objetivo quantificar e
qualificar o estado fitossanitário da arborização da UFMT campus Cuiabá
com destaque para a incidência do hemiparasita Psittacanthus sp.
13
2. OBJETIVOS
2.1. OBJETIVO GERAL
Quantificar e qualificar o estado fitossanitário na arborização da
UFMT campus Cuiabá com destaque para a incidência do hemiparasita
Psittacanthus sp.
2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Identificar as famílias botânicas e as espécies com maior
ocorrência do hemiparasita Psittacanthus sp.;
Determinar a quantidade e o grau de infestação do
hemiparasita Psittacanthus sp.
14
3. REVISÃO DE LITERATURA
3.1. ARBORIZAÇÃO
A importância dos parques urbanos e espaços verdes para a
qualidade de vida urbanizada está relacionada com a presença de
recursos como os parques urbanos e florestas, os corredores verdes, e os
elementos árvores e água no conjunto urbano, que melhoram o
microclima, diminuem a poluição do ar, reduzem a velocidade do vento e
protegem o solo e a fauna (CHIESURA, 2004).
Essas melhorias advindas do uso dos serviços ambientais
como água, ar, vento, diminuição da poluição sonora e equilíbrio do
microclima, proporcionam serviços sociais e psicológicos. Sendo assim, é
possível se obter uma fonte de recreação e lazer urbanos, estimulando a
ampliação do círculo social (SOUZA, 1995)
Em continuidade, ao que se refere ao meio ambiente, a
arborização inclui melhoria do microclima, amenização da poluição
atmosférica e acústica. Além disso, assegura a proteção do solo e fauna,
diminuição da velocidade do vento e fornecimento de sombra à população
humana (SCHALLENBERGER et al., 2010).
Com a crescente busca de espaços verdes pela sociedade
atual, a arborização de vias públicas, parques e praças é alternativa para
as cidades. Visto que as árvores urbanas, quando bem implantadas e
manejadas, transmitem múltiplos benefícios. Estes podem ser de ordem
estética, relacionados principalmente a efeitos visuais que as plantas
fornecem, proporcionando o contato do homem com a natureza. O que
promove um efeito harmônico através de suas linhas suaves e orgânicas,
formas, cores e texturas, criando paisagens específicas e garantindo
identidade às ruas (SCHALLENBERGER et al., 2010).
Segundo Sousa e Machado (2007), o que difere as Unidades
de Conservação de Proteção Integral, de cunho preservacionista, em
relação aos parques urbanos é que estes são de cunho conservacionista,
15
cujo desígnio é a conscientização da população ao uso racional dos
recursos naturais. Os visitantes ao terem o contato com o local, em busca
de descanso, também reflitam sobre assuntos ambientais como a coleta
seletiva, o incremento considerável de automóveis, o aumento das
construções urbanas e a captação e o reuso da água. Uma maneira de
demonstrar a relevância do meio ambiente em uma escala maior de
indivíduos.
A arborização em centros urbanos motiva de forma positiva o
turismo, o entretenimento e as atividades físicas. Logo, tem-se a
diminuição do índice de sedentarismo na sociedade, assim como o
progresso da educação ambiental com base em princípios sociais,
econômicos e políticos (BIONDI; ALTHAUS, 2005).
Ainda, as áreas verdes colaboram na diminuição do impacto da
água da chuva sobre a superfície do solo, consequentemente, permitem a
sua maior permeabilidade, o que proporciona a redução do fluxo
superficial, assim como a absorção em maior proporção do dióxido de
carbono e da radiação ultravioleta (MILANO; DALCIN, 2000).
Vários são os casos de danos a bens públicos e privados,
ocasionados por queda de galhos ou de toda árvore. Logo, a
mensuração e a análise das condições delas, são primordiais para que se
evitem essas avarias e o seu melhor estabelecimento. Para tanto, usa-se
de tratamentos silviculturais como poda, cuidados fitossanitários ou
desbaste, para preservar ou aprimorar o valor silvicultural da floresta
urbana (ARAUJO; ARAUJO, 2002; LOUMAN et al., 2001).
Gonçalves et al. (2007) atentaram com a determinação para
exame de normas para definir as causas da supressão de certo indivíduo
arbóreo, ao ponderar algumas variáveis como: a paisagística, ao
averiguar a riqueza da espécie na área analisada; a afetividade, que
corresponde à importância da população pelo indivíduo arbóreo e a
colocação em contato com o conjunto urbano; a ecologia, envolvendo a
origem da espécie, a idade e a importância ecológica do indivíduo no
local, o estado fitossanitário, presença de pragas, doenças e demais
situações como madeira frágil e possíveis riscos devido a conflitos
aéreos, subterrâneos e possíveis quedas.
16
O campus da UFMT dispõe de área verde composta por
vegetação característica do bioma cerrado e espécies exóticas. Conforme
Vilanova e Guarim (2008) podem ser encontradas no campus da UFMT
as seguintes espécies nativas do bioma Cerrado (Quadro 1).
QUADRO 1 - LEVANTAMENTO FLORISTICO NA ARBORIZAÇÃO DA UFMT, campus CUIABÁ EM 2008. (FONTE: VILANOVA; GUARIM, 2008).
Nome Vernáculo Nome Científico
Açoita cavalo Luehea paniculata Mart.
Acuri Attalea phalerata Mart. Ex
Spreng.
Angico branco Anadenanthera colubrina (Vell.)
Brenan
Angico vermelho Anadenanthera peregrina var.
falcata (Benth.) Altschul
Aroeira Myracrodruon urundeuva
(Allemão) Engl.
Carvalho rosa Roupala brasiliensis Klotszsch
Cedro Cedrela fissilis Vell.
Chico magro Guazuma ulmifolia Lamarck
Figueira Ficus elástica Roxb.
Gonçaleiro Astronium fraxinifolium
Schott
Ipê amarelo Handroanthus chrysotrichus (Mart.
ex D.C.) Mattos
Ipê branco Handroanthus roseo-albus (Ridl.)
Mattos
Pau – ferro Libidibia ferrea var. leiostachya
(Mart.) L. P. Queiros
Tarumã Vitex megapotamica (Sprengel)
Moldenke
17
3.2. HEMIPARASITAS
A arborização urbana é prejudicada por um dos fatores bióticos
que é a infestação nas árvores provenientes da erva-de-passarinho, que,
em desequilíbrio, afeta a arquitetura das árvores. Os hemiparasitas são
plantas perenes, com folhas sempre verdes, que se predem aos galhos e
aos troncos do vegetal hospedeiro lenhoso, tanto arbustivo como arbóreo,
local favorável para seu estabelecimento, consequentemente, dominam
fragmentos ou integralmente a copa da árvore.
Por meio de haustórios, que são raízes especiais do
hemiparasita, ao penetrarem a casca do hospedeiro, extraem sais
minerais e água, por causa disso, são denominadas hemiparasitas, por
fazerem a fotossíntese para metabolizar esses elementos orgânicos, ou
seja, não necessitam do solo para seu estabelecimento. Desta forma,
cooperam para sua fácil aptidão de proliferação e difícil erradicação,
consequentemente, prejudicam todo projeto de arborização (TATTAR,
1978; ROTTA, 2001; TAINTER, 2002).
As ervas-de-passarinho pertencem a um grupo de
hemiparasitas composto pelas famílias Loranthaceae, Viscaceae,
Misodendraceae, Eremolepidaceae e Santalaceae (RESTREPO et al.,
citados por AUKEMA, 2003), porém apenas a Viscaceae e Loranthaceae,
são de essencial importância internacional (TAINTER, 2002). A família
Loranthaceae é a maior e contém pelo menos nove gêneros, muitos dos
quais são abundantes nos trópicos, agredindo número significativo de
hospedeiros (HARRIS, 1992; TAINTER, 2002).
Os pássaros dispersam, em geral, as espécies de
Loranthaceae com extraordinária eficiência. As pseudobagas sucosas
atraem e são avidamente deglutidas por essas aves, cujo fluxo intestinal é
muito rápido. O embrião, já liberto dos envoltórios seminais pela
digestão, é depositado por meio de defecação sobre o hospedeiro
(RIZZINI, 1984).
Desta forma, as sementes liberadas são aderidas pelas fezes
nas plantas hospedeiras e por terem um revestimento de consistência
18
mucilaginosa. Assim, os pássaros atuam tanto como agentes
disseminadores quanto como facilitadores da germinação. Tal relação
harmônica é definida como mutualismo (BARCIK et al., 2002;
BRONSTEIN,2009).
FIGURA 1 – COTILÉDONES DE ERVA-DE-PASSARINHO EM PROCESSO DE GERMINAÇÃO COM RESÍDUO DA CASCA DO FRUTO E PRESENÇA DE GOMA EXSUDADA DO HOSPDEIRO, UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO campus CUIABÁ, 2016.
Determinadas espécies de ervas-de-passarinho tem relevância
econômica, devido as injúrias que provocam nas plantações (CAZETTA;
GALLETTI, 2003). A dimensão do dano modifica em questão do
hemiparasita, de sua longevidade e da intensidade da infestação.
Em vista disso, há diminuição do vigor, cultivo de frutos e
sementes, formação de galhas, folhagem esparsa, menor
desenvolvimento dos tecidos lenhosos, morte do ápice, propensão ao
ataque de insetos e doenças e, também, a morte antecipada do indivíduo,
19
são alguns resultados ocasionados por hemiparasitas nas árvores
hospedeiras (HARRIS, 1992).
Quanto maior a intensidade de infestação nas árvores, maior
será sua predisposição à seca ou outro estresse ambiental adverso
comparados a indivíduos saudáveis da mesma espécie assim como a
diminuição do vigor, devido à competição por espaço de crescimento e luz
solar, deixando-as predispostas a acometimentos por qualquer agente
biótico. Até mesmo, o hospedeiro moderadamente infestado pelo fator
biótico em questão, apresenta significativo declínio na taxa de
crescimento, ou seja, apresenta desenvolvimento reduzido (TATTAR,
1978; CAZETTA; GALLETTI, 2003), além de modificar suas qualidades
estéticas.
As ervas-de-passarinho apresentam aspectos benéficos, por
qualidades medicinais, tal como a espécie Strutranthus flexicaulis,
originária do Brasil e América Tropical, utilizada como energético e
também contra leucorréia, bronquite e tumores diversos (ALMEIDA,
1993). Recomenda-se o uso das folhas de Struthanthus sp. como
expectorante em bronquite, tosse e coqueluche (MARTINS, 1995).
No entanto, Martins (2006) apontou dois casos de intoxicação
no Estado do Rio de Janeiro, após a ingestão do suco de Strutanthus
marginatus (erva-de-passarinho) que hospedava a Datura suaveolens
(trombeteira). Todavia, o componente químico, alcaloide tropânico, que foi
o principal responsável pelo envenenamento, tem origem da trombeteira,
que teve sua absorção via haustórios pelo S. marginatus.
São catalogadas algumas espécies de ervas-de-passarinho,
onde cada uma pode hospedar em apenas uma espécie, chamadas
especialistas, enquanto outras alojam em diversas espécies de árvores,
denominadas como generalistas (CAZETTA e GALETTI, 2003).
Segunda Rotta (2001) os gêneros de hemiparasitas mais
populares são: Tripodanthusa cutifolius; Struthanthus vulgaris;
Struthanthus polyrhysus; Struthanthus uraguensis (Loranthaceae); e
Phoradendron linearifolium (Viscaceae). Outras duas espécies possuem
ocorrência rara: Psittacanthus sp. e Phoradendron piperoides
(Loranthaceae).
20
3.3. Psittacanthus sp.
A Psittacanthus sp. é uma planta arbustiva; erguida; ramificada;
caule cilíndrico; folhas simples; maleáveis quando jovens; rígidas e
quebradiças na maturidade; 5-15 cm de comprimento; 6-9 cm de largura;
inflorescência umbela composta; flores amarelas quando jovens e
alaranjadas na maturidade; e fruto drupáceo, com uma única semente
(CONCEIÇÃO et al., 2010).
Em continuidade, Rotta et al. (2005) apresentaram chave
dicotômica para identificação de espécies de ervas-de-passarinho, onde
as Psittacanthus sp. apresentam flores com mais de 3 cm de
comprimento; pediceladas; e anteras dorsifixas ou sagitadas.
Os seus frutos são carnudos e modificam de cor, desde o
verde quando está imaturo, até o negro-purpúreo quando em estado de
maturação, que por sua vez, acontece de forma assíncrônica. Assim, a
dispersão dos mesmos, é restrita apenas a um grupo de frugívoros, que
em sua maioria são consumidores casuais (LÓPEZ DE BUEN e
ORNELAS, 2001).
Pimentel, et al. (2013), observou a fenologia da espécie
Psittacanthus dichroos, em um fragmento de Mata Atlântica da Paraíba.
Onde a produção de botões florais e flores, frutos verdes e maduros se dá
no decorrer do ano todo, exceto no mês de abril, que não houve floração.
O desenvolvimento de botões destaca-se nos meses de junho, dezembro
e janeiro, enquanto a floração teve seu ápice nos meses de julho, janeiro
e fevereiro. A florescência teve baixa atividade nos dois primeiros meses
do ano, e teve comportamento assincrônica, nos dois anos consecutivos.
Segundo critério de Newstrom (1994), P. dichroos apresenta
uma constância de floração com padrão irregular. Conhecer essa
dinâmica no ambiente de estudo permite, portanto, promover estratégias
eficazes de conservação e manter o ambiente em equilíbrio (PIMENTEL,
et al. 2013).
21
No entanto o desenvolvimento do hemiparasita em seus
hospedeiros depende do comportamento alimentar do agente dispersor.
Como, por exemplo, na dispersão de Psittacanthus robustus por Tersina
viridis (Thraupidae), considerado seu maior dispersor, com os seus
hábitos de refluxo e higienização do bico na árvore hospedeira (ARRUDA
et al., 2006).
Complementarmente, Dantas (2005) constatou que tanto a
idade quanto a altura, são variáveis que interferiram positivamente no
sucesso de instalação do hemiparasita. Visto que as árvores mais altas
de Kielmeyera rugosa Choisy, tiveram mais infestação por Psittacanthus
dichrous Mart., por terem maior visitação das aves dispersoras. Já os
indivíduos mais velhos, geralmente, apresentam maior porte e tempo de
exposição, fatores estes que favorecem a ocorrência de hemiparasita.
Sette (1942) relata a ação danosa de Psittacanthus dichrous
em cajueiro na região de Recife no Estado de Pernambuco. Porém,
demonstra pontos positivos da espécie ao ser utilizada para tratamento de
hipertensão arterial (SETTE,1947).
Para fins terapêuticos as folhas de Loranthaceae são usadas
de forma oral ou tópico, como no caso de úlceras, afecções da pele,
chagas abertas, pneumonia e diabetes. Como demonstrado pela
população de Caxias, no Estado do Maranhão, que tem preferência por
Psittacanthus sp, do qual foi observada apenas em cajueiro (Anacardium
occidentale) (CONCEIÇÃO, 2010).
Segundo Rizzini (1995), Psittacanthus robustus é um
representante característico da família Loranthaceae em região de campo
rupestre. Já em Curitiba, o hemiparasita Psittacanthus sp. é de ocorrência
muito rara, e não foi incluso para elucidações fotográficas do catálogo
desenvolvido pela EMBRAPA (ROTTA et al., 2005).
22
FIGURA 2 – ASPECTO DE Psittacanthus sp. SOBRE PLANTA DE Handroanthus impetiginosus NA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO, campus CUIABÁ, 2016.
23
4. MATERIAL E MÉTODOS
4.1. CARATERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO
O estudo foi realizado na Universidade Federal de Mato Grosso
– UFMT, campus Cuiabá, circunscrita às coordenadas 5º 36' 31" de
latitude Sul e 56º 03' 49" latitude Oeste, com altitude média em torno de
176 m em relação ao nível do mar. A região apresenta predominância do
bioma Cerrado (Figura 3).
O clima é do tipo Tropical com estação seca (Aw), segundo a
classificação de Köppen-Geier, com temperatura média anual de 23ºC e
precipitação pluviométrica variando entre 1.200 a 2.000 mm (SOUZA et
al., 2013). A coleta dos dados foi feita partindo-se de um censo,
diagnosticando todas as árvores dentro da UFMT, campus Cuiabá (Figura
3).
FIGURA 3 – UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO campus CUIABÁ, 2016. FONTE: GOOGLE EARTH.
24
Para análise florística e riqueza de espécies foi utilizada
metodologia adaptada de Finger (2011), onde todos os indivíduos
arbóreos do campus foram identificados quanto à família, gênero e
espécie.
Desta forma, todas as árvores receberam uma placa metálica
de alumínio com número de identificação. Assim, para análise qualitativa
e quantitativa das árvores, utilizou-se a metodologia adaptada de Finger
(2011) e de Silva Filho (2002) juntamente com formulários pré-
estruturados.
As identificações do material botânico foram efetivadas por
modelos clássicos empregados pela taxonomia, com base em tipos
morfológicos florais e vegetativos, com a utilização de coleções botânicas.
As espécies conhecidas foram identificadas in loco e as demais tiveram o
material botânico coletado e foram identificadas posteriormente.
Em continuidade, o material botânico dos indivíduos arbóreos
foram identificados no Laboratório de Dendrologia, da Faculdade de
Engenharia Florestal. Enquanto as ervas-de-passarinho a equipe do
Herbário Central da Universidade Federal de Mato Grosso auxiliaram na
identificação, concomitante à literatura e especialistas.
Em seguida foi avaliado o estado fitossanitário de cada árvore,
de acordo com a classificação segundo os critérios apresentados por
Schneider et al. (1988) (Quadro 2).
QUADRO 2 – CLASSIFICAÇÃO DO ESTADO FITOSSANITÁRIO DAS ÁRVORES DA UFMT, campus CUIABÁ, SEGUNDO OS CRITÉRIOS DE Schneider et al. (1988).
Cod. CARACTERÍSTICAS
1 Indivíduo saudável
2 Danos abióticos ocasionados por vento, chuva, granizo, descarga
elétrica natural e ferimentos por ferramentas ou maquinário
3 Danos por insetos ou pragas, como folhas consumidas ou com galhas,
troncos com cupins, galhas, buracos ou perfurações
4 Danos por microrganismos ou doenças como manchas, podridões,
galhas, seca ou amarelecimento
5 Danos por animais, como galhos quebrados, troncos feridos ou mudas
(cont...)
25
quebradas
6 Danos complexos que envolvam os anteriores, para os quais não seja
possível determinar a causa primária
7 Árvore morta, totalmente desfolhada, seca, com parte podres, mas
ainda em pé
Após a determinação do estado fitossanitário, quando possível,
foi qualificado o sintoma de acordo com o local de ocorrência (Quadro 3).
QUADRO 3 – CLASSIFICAÇÃO DO SINTOMA DE DANO FITOSSANITÁRIO LOCALIZADO NA PARTE AÉREA DAS ÁRVORES DA UFMT, CAMPUS CUIABÁ.
Cod. Característica
1 Sintoma em folhas, como manchas, amarelecimento, pústulas,
necroses, murcha ou seca parcial ou total
2 Sintoma em sementes, como manchas, podridões, invaginações,
quebras ou exsudação
3 Sintomas em frutos, como manchas ou podridões
4 Sintomas em ramos, como rachaduras, descoloração, galhas, cancros,
necrose, exsudação, depressão ou seca
5 Sintomas no fuste, como os mesmos discriminados para os ramos
A intensidade dos danos também foi determinada, tomando-se
como referência o percentual da área afetada do vegetal (Quadro 3).
Assim a intensidade foi caracterizada como baixa, quando os sintomas
estavam presentes em até 10% da área da parte considerada; média com
sintomas presentes de 10 até 30% e, de alta intensidade, com sintomas
presentes em mais de 30% da área considerada da parte da árvore.
Para o hemiparasita, contabilizou-se o número de ocorrências
em cada indivíduo arbóreo; e o grau de infestação foi determinado
conforme a ocupação do mesmo comparado à área total da copa, cujo
critério foi numericamente o mesmo utilizado para a intensidade do estado
fitossanitário. Assim, foi considerado grau 0, quando não houve registro
da erva-de-passarinho na copa da árvore; grau 1, até 10%; grau 2 de 10 a
26
30%, e grau 3, mais de 30% da copa representada pela ocupação da
erva-de-passarinho.
Desta forma, os dados foram analisados a partir da estatística
descritiva, com a estruturação de gráficos e tabelas. A tabulação dos
dados, montagem dos gráficos e os cálculos serão realizados por meio do
programa Excel, versão 2016.
27
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Após a conclusão do levantamento, foi constatada a existência
de 4.267 espécimes arbóreas dentro do campus Cuiabá UFMT,
distribuídas em 47 famílias (ANEXO 1). As famílias com maior frequência
foram: Fabaceae, Malvaceae e Myrtaceae, com destaque para as
espécies: Licania tomentosa, Mangifera indica e Jacaranda cuspidifolia.
A maioria dos indivíduos, 72,6% é de espécies autóctones do Brasil,
23,7% são alóctones e 3,7% não foram identificadas. (PATRÍCIO, 2017).
Portanto a arborização da UFMT está em conformidade com o
(DECRETO Nº 5.144, 2012), onde a Prefeitura de Cuiabá, estabelece que
que no plantio de espécies arbóreas seja utilizada a proporção de 70% de
espécies nativas do Brasil e 30% exóticas. Ainda que não houve a
implantação das espécies segundo o decreto vigente, visto que a
Universidade Federal de Mato Grosso foi criada por meio da Lei 5.647, de
10 de dezembro de 1970.
O emprego de indivíduos autóctones na arborização urbana é
relevante, pois, por apresentar predicados adequados ao meio e
preservação da heterogeneidade biológica, atributos estes, essenciais
para o equilíbrio do ambiente em questão (CEMIG, 2011). Entretanto, a
predominância de espécies alóctones na maioria das cidades brasileiras é
comum, geralmente acima de 70% do censo (LIMA NETO e BIONDI,
2011).
De acordo com Matos e Queiroz (2009) destacam os
benefícios do uso das espécies nativas, tais como subsídios na
conservação da flora e riqueza genética, maior resiliência a pragas e
doenças, disponibilidade de materiais para programas de reflorestamento
e arborização, mantimento para a fauna, ampliação da biodiversidade
urbana e emprego em programas de educação ambiental.
28
5.1. ESTADO FITOSSANITÁRIO
Quanto à sanidade dos indivíduos arbóreos, foram registrados
valores de 2,3% para plantas sadias e 1,8% para plantas mortas. Do
restante, 83,1% das árvores apresentaram danos de origem abiótica, com
prováveis causas como: radiação solar, temperatura, chuva, vento,
descarga elétrica natural, o tipo de solo, entre outros.
De modo acumulativo, ainda foram registrados indivíduos com
danos de origem biótica. As causas de maior ocorrência estão
relacionadas à ação de microrganismos e de insetos, e as de menor
frequência estão relacionadas à ação de animais ou danos complexos,
para os quais não foi possível determinar a origem (Figura 4).
FIGURA 4 – FREQUÊNCIA DO ESTADO FITOSSANITÁRIO DAS ÁRVORES DA UFMT, campus CUIABÁ, SEGUNDO OS CRITÉRIOS ESTABELECIDOS POR Schneider et al. (1988).
As árvores urbanas, de um modo geral, por não estarem em
seu habitat natural, terão maior predisposição à ocorrência de pragas e
doenças, resultado de um ambiente ecologicamente desequilibrado.
Portanto, as espécies com maior representatividade quanto aos
indivíduos em declínio no estado fitossanitário foram: Licania tomentosa
2,3
83,1
62,9 68,3
8,7 4,0 1,8
ESTADO FITOSSANITÁRIO (%)
Saudável Abióticos Insetos ou pragas
Microo. ou doenças Animais Complexos
Mortos
29
(5,37%), Mangifera indica (11,03%), Jacaranda cuspidifolia (3,79%),
Handroanthus impetiginosus (3,60%) e Anadenanthera peregrina
(2,74%) (Tabela 2).
Segundo Guia et al. (2008) verificaram que 34,82% de
infestação por cupins na composição arbórea do Parque Antônio Pires de
Campos, Cuiabá (MT), valor próximo ao encontrado no campus 27%
(Figura 5). O autor frisa que alguns danos nos vegetais, iniciou-se devido
a podas sem técnicas e as áreas expostas servem como porta de entrada
pra pragas e doenças.
FIGURA 5 – DANOS NO FUSTE DEVIDO AO ATAQUE DE CUPINS EM
INDIVÍDUOS QUE COMPÕE A ARBORIZAÇÃO DA UFMT,
campus CUIABÁ, 2016.
Para os indivíduos com danos por microrganismos ou doenças,
53,5% está concentrado nas folhas, 32,5% no fuste, 30,4% nos galhos,
1,9% nos frutos e apenas 0,1% em sementes (Figura 6).
30
FIGURA 6 – LOCAL E INTENSIDADE DE DOENÇA DAS ESPÉCIES COM PROBLEMAS DE SANIDADE e Psittacanthus sp. PRESENTES NA ARBORIZAÇÃO DA UFMT, campus CUIABÁ, 2016.
Do total, 68,4% dos indivíduos apresentavam-se sintomáticos a
alterações causadas por microrganismos. Dado este classificado como
alto nível de intensidade. Valor superior ao encontrado por Faleiro e
Wender (2007) na Universidade Federal de Uberlândia que observou
57,41% dos indivíduos no campus Umuarama.
Os sintomas para frutos e sementes foram os que obtiveram
menor valor. Todavia, o que não são considerados significativos, visto que
a incidência destes está intrinsicamente ligada à fenologia da espécie
arbórea, o que pode não ter coincidido com a época da coleta de dados.
Ainda, Milano e Dalcin (2000), apontam que o declínio da
árvore é devido ao meio em que está inserida, pequenos intervalos de
estresse são recuperados com dificuldade, os mecanismos de defesa são
prejudicados, predispondo a planta à ataques de xilófagos e
microrganismos levando-a a morte.
O controle biológico é uma proposta de controle de doenças na
arborização urbana, seja do aspecto ambiental quanto do prático. Assim,
a riqueza florística, num ecossistema urbano, proporciona maior equilíbrio
ecológica. E os novos habitats, favorecem o aparecimento de outras
espécies de flora e fauna, havendo com que as interações ecológicas
1392 4 44 625 739
629 32
376 444
264
2
7 298
206
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Folhas Sementes Frutos Galhos Fuste
LOCAL E INTENSIDADE DE DANOS
Baixa Média Alta
31
(competição, predação, simbiose) sejam maiores, dificultando o
aparecimento de pragas que coloquem em risco as populações (
UTHKHEDE et al.,1997; GUZZO, 1991; citados por FALEIRO e
WENDER, 2007).
5.2. ÍNDICE DE INFESTAÇÃO ENTRE HOSPEDEIROS E HEMIPARASITAS
Do total de árvores encontradas no campus, 773 apresentavam
algum tipo de hemiparasita, o que corresponde a 18,11%. Destas, 633
estavam hemiparasitadas por Psittacanthus sp. o que equivale a 14,84%
de frequência. Esses dados se assemelham com trabalhos realizados em
arborização urbana de Rotta (2001) que diagnosticou 14% de incidências
de hemiparasitas na vegetação de Curitiba (PR), onde o mesmo
considera este valor de baixo nível de infestação ao se analisar a
população geral do local.
Todavia, na região do Rio Grande do Sul, segundo Oliveira e
Kappel (1994) e Ruschel e Leite (2002) a incidência registrada de
hemiparasitas na arborização urbana foi menor, 8,62% e 9,40%,
respectivamente. Diferentemente de Leal et al. (2006), que apontaram na
floresta urbana na capital do Paraná, presença de 28,19% de árvores com
a presença de hemiparasitas.
Em continuidade, esses autores diagnosticaram as espécies
mais comuns: Tripodanthus acutifolius (Ruiz & Pav.) Tiegh., Struthanthus
vulgaris Mart., Struthanthus polyrhysus Mart., Struthanthus uraguensis
(Hook. & Arn.) G. Don. (Loranthaceae) e Phoradendron linearifolium
Eichl. (Viscaceae).
Entretanto, de acordo com Rotta (2001), duas espécies de
hemiparasitas são raras na região de Curitiba (PR): Psittacanthus sp. e
Phoradendron piperoides (H. B. K.) Nutt. (Loranthaceae). No entanto a
incidência de Psittacanthus sp. de, aproximadamente, 15% no campus
Cuiabá, pode ser considerada relevante, pois se trata apenas de uma
espécie de erva de passarinho.
32
Destacamos a diferença climática entre as capitais, que pode
influencias no desenvolvimento do hemiparasita, assim como no tipo de
fauna de cada região. Além de frisar o processo acelerado de
urbanização da UFMT, que teve sua criação na década de 70, no distrito
do Coxipó da Ponte e a pavimentação da avenida Fernando Corrêa da
Costa. Estes eventos valorizou a região, assim surgiram bairros
residenciais e o distrito industrial (ROMANCINI, 1996).
Assim, a UFMT, por ter uma área verde considerável, fonte de
abrigo e alimentos para a ornitofauna, é de suma importância para o
refúgio das mesmas, devido a intensa urbanização da região do Coxipó.
Fato este importante, para um manejo consciente da erva-de-passarinho,
para que não haja o desequilíbrio ecológico e a intensidade do
hemiparasita não torne praga para arborização.
Arruda (2004), registrou 17,7% de árvores com a presença do
hemiparasita Struthanthus polyanthus em região de Cerrado em Minas
Gerais, percentagem e bioma próximos aos levantado no presente
estudo. Ainda destaca que a S. polyanthus tem comportamento
generalista, porém com preferência por espécies vegetais com traços
morfológicos e ecológicos, como casca rugosa e propensão do
hospedeiro.
Segundo White et al. (2011), a discrepância nos índices de
infestação é decorrente à presença ou falta de práticas silviculturais,
controle de pragas, ao tipo de vegetação existente, e às condições
climáticas da região.
Ao analisar por famílias arbóreas, a Psittacanthus sp.,
apresentou maior incidência nas Fabaceae (7,5%) com o total de
espécies, seguida por Anacardiacea (2,6%) e Bignoniaceae (1,7%).
Contudo, estas famílias foram aquelas de maior abundancia relativa no
campus (Figura 5).
33
FIGURA 7 – ABUNDÂNCIA DE Psittacanthus sp. NAS FAMILIAS DE MAIOR REPRESENTATIVIDADE NA ARBORIZAÇÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO, campus CUIABÁ.
De acordo com White et al. (2011), no campus da Universidade
Federal de Sergipe, foram registradas 40 espécies, 38 gêneros e 16
famílias, destacando-as entre elas a Fabaceae e a Anacardiaceae com o
maior número de indivíduos.
Em continuidade, de um total de 4.267 indivíduos arbóreos
encontrados na UFMT, apenas 48 espécies foram infestadas por
Psittacanthus sp., entre elas Anadenanthera peregrina (2,34%),
Jacaranda cuspidifolia (2,53%) e Astronium fraxinifolium (1,21%). A
insfestação dentro da espécie hospedeira corresponde a: 50%, 39% e
39%, respectivamente. Sendo as duas primeiras da família Fabaceae e a
última da Anacardiaceae; (Tabela 1).
Entretanto, 3560 indivíduos não estavam infestados por ervas-
de-passarinho, o que corresponde a 81,89%. Tais como: Copaifera
langsdorffii (1,01%), Hymenaea stigonocarpa (0,7%), Inga laurina
(0,63%), Peltophorum dubium (0,56%) (ANEXO A).
7,5
2,6
1,7
0,7
0,5
0,5
0,2
0,2
0,1
0,1
FABACEAE
ANACARDIACEAE
BIGNONIACEAE
CHRYSOBALANACEAE
MYRTACEAE
MALVACEAE
BORAGINACEAE
COMBRETACEAE
SAPINDACEAE
MELIACEAE
0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0 7,0 8,0 9,0 10,0
FAMÍLIAS COM MAIOR INFESTAÇÃO (%)
34
Entretanto, Monteiro et al. (1992) destacam a espécie Vochysia
thyrsoidea Pohl, (Vochysiaceae) como a principal hospedeira do
Psittacanthus robustus no Cerrado brasileiro. O que difere ao encontrado
na UFMT, visto que no campus, a família Vochysiaceae, num total de 72
indivíduos, apenas 4 estavam infestados por Psittacanthus sp.
FIGURA 8 – FREQUENCIA RELATIVA DE ESPÉCIES ARBOREAS QUE
NÃO APRESENTARAM Psittacanthus sp., E FREQUÊNCIA DE ÁRVORES COM COTILÉDONES MORTOS, UFMT, campus CUIABÁ.
Das 184 espécies encontradas no campus apenas 104 não
foram infestadas por Psittacanthus sp., no entanto, 32 espécies das 104,
apresentavam em suas estruturas cotilédones mortos do hemiparasita.
Portanto há a ocorrência do agente dispersor, porém não há condições
viáveis para o desenvolvimento da plântula.
Neste contexto, o processo de colonização do hemiparasita no
ambiente depende das taxas de deposição de sementes, germinação e
sobrevivência das ervas-de-passarinho. Desta forma, se tratando de uma
metapopulação, a extinção de subpopulações corresponde à extinção
local da população de hemiparasitas (AUKEMA E MARTÍNEZ DEL RIO,
2002; citado por TEODORO, 2010).
4,31
2,44
0,75
FREQUÊNCIA RELATIVA DE ESPÉCIES SEM Psittacanthus sp.
Total de Espécies Árvores sem Psittacanthus sp.
Cotilédones mortos
35
TABELA 1 – DEZ PRINCIPAIS FAMÍLIAS, ESPÉCIES ARBÓREAS E O NÚMERO DE INDIVÍDUOS COM E SEM A PRESENÇA DO HEMIPARASITA Psittacanthus sp. E A O RESPECTIVA FREQUÊNCIA DE INFESTAÇÃO POR ESPÉCIE NA ARBORIZAÇÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO, campus CUIABÁ.
N FAMÍLIA ÁRVORE HOSPEDEIRA PRESENTE AUSENTE INFESTAÇÃO (%)
1 Fabaceae Albizia hasslerii 1 21 5
2 Fabaceae Albizia lebbeck (L.) Benth. 23 26 47
3 Fabaceae Amburana acreana (Ducke) A.C. Sm. 2 17 11
4 Fabaceae Anadenanthera faltaca 16 18 47
5 Fabaceae Anadenanthera peregrina (L.) Speg. 100 100 50
6 Fabaceae Andira cuyabensis Benth. 1 9 10
7 Fabaceae Bauhinia rufa 1 0 100
8 Fabaceae Bowdichia virgilioides Kunth 1 20 5
9 Fabaceae Cassia fístula 2 11 15
10 Fabaceae Cassia siamea 7 26 21
11 Fabaceae Copaifera langsdorffii Desf. 1 10 9
12 Fabaceae Delonix regia (Bojer ex Hook.) Raf. 2 51 4
13 Fabaceae Dipteryx alata Vogel 16 107 13
14 Fabaceae Enterolobium contortisiliquum (Vell.)
Morong
8 38 17
15 Fabaceae Hymenaea courbaril L. 2 13 13
16 Fabaceae Hymenaea stigonocarpa Mart. ex Hayne 2 11 15
(cont...)
36
17 Fabaceae Inga laurina 1 46 2
18 Fabaceae Inga sp. 2 5 29
19 Fabaceae Jacaranda cuspidifolia Mart. 108 168 39
20 Fabaceae Leucaena lanceolata S. Watson 2 27 7
21 Fabaceae Machaerium acutifolium 2 4 33
22 Fabaceae Mimosa caesalpiniifolia Benth. 1 29 3
23 Fabaceae Platymiscium pinnatum 1 9 10
24 Fabaceae Samanea tubulosa (Benth.) Barneby &
J.W. Grimes
5 53 9
25 Fabaceae Vatairea macrocarpa (Benth.) Ducke 12 11 52
26 Anacardiaceae Astronium fraxinifolium Schott 52 82 39
27 Anacardiaceae Mangifera indica L. 39 289 12
28 Anacardiaceae Myracrodruon urundeuva Allemão 18 30 38
29 Anacardiaceae Spondias purpurea 1 10 9
30 Bignoniaceae Handroanthus aureus Mattos 1 41 2
31 Bignoniaceae Handroanthus avellanedae (Lorentz ex
Griseb.) Mattos
20 33 38
32 Bignoniaceae Handroanthus chrysotrichus 3 4 43
33 Bignoniaceae Handroanthus haptaphyllus 3 12 20
34 Bignoniaceae Handroanthus impetiginosus 42 196 18
(cont...)
37
35 Bignoniaceae Handroanthus roseo-albus (Ridl.) Mattos 1 10 9
36 Bignoniaceae Handroanthus serratifolius (Vahl) S.O.
Grose
2 25 7
37 Chrysobalanaceae Licania tomentosa (Benth.) Fritsch 29 346 8
38 Myrtaceae Eucalyptus sp 1 2 11 15
39 Myrtaceae Eucalyptus sp 3 1 2 33
40 Myrtaceae Eucalyptus sp. 1 10 9
41 Myrtaceae Psidium guajava 14 48 23
42 Myrtaceae Syzygium comuni 1 1 50
43 Myrtaceae Syzygium jambolanum 2 5 29
44 Malvaceae Ceiba boliviana 5 15 25
45 Malvaceae Chorisia speciosa 4 7 36
46 Malvaceae Eriotheca gracilipes 1 4 20
47 Malvaceae Guazuma tomentosa Kunth 1 8 11
48 Malvaceae Guazuma ulmifolia Pers. 7 35 17
49 Malvaceae Luehea paniculata Mart. 1 14 7
50 Malvaceae Pseudobombax longiflorum 1 5 17
51 Boraginaceae Cordia glabrata 9 87 9
52 Combretaceae Buchenavia tomentosa Eichler 2 22 8
53 Combretaceae Terminalia argentea Mart. ex Succ. 2 5 29
(cont...)
38
54 Combretaceae Terminalia catappa L. 5 7 42
55 Meliaceae Azadirachta indica A. Juss. 1 2 33
56 Meliaceae Cedrela fissilis 2 9 18
57 Meliaceae Swietenia macrophylla King 3 97 3
58 Sapindaceae Magonia pubescens A. St.-Hil. 6 18 25
Total Geral 601 2320 21
*E.P.: erva de passarinho.
39
De acordo com Leal et al. (2006), a infestação está diretamente
conexa à espécie do hospedeiro, já que alguns são bastante sensíveis,
enquanto as demais, são tolerantes ou até mesmo resistentes. Desta
maneira, o comportamento é observado as espécies descriminadas na
(Tabela 1).
Ao analisar a morfologia das espécies Anadenanthera peregrina
(L.) Speg., Jacaranda cuspidifolia Mart., e Vatairea macrocarpa (Benth.)
Ducke, todas apresentam cascas rugosas, favorecendo a fixação das
sementes da erva de passarinho. Assim, Arruda (2004) destaca que o tipo
de casca rugosa e a abundância dos hospedeiros demonstram ser fatores
importantes para o sucesso de infestação.
Portanto, do ponto de vista ecológico, visando o aumento da
população responsável pela dispersão das sementes de hemiparasita, a
implantação de árvores com morfologia de casca rugosa resultará em
maior disponibilidade de alimentos a fauna.
Entretanto, quando o objetivo da arborização urbana é com o
mínimo possível de incidência de hemiparasita, o uso de árvores com
casca lisa é adequado, além de diminuir a necessidade de intervenções
de tratamentos silviculturais na vegetação urbana.
5.2.1. Grau e intensidade de infestação
Na UFMT, aproximadamente 58% das árvores hemiparasitadas
enquadravam-se na classe “Baixo” de infestação. Essa classe diferiu das
classes “Médio” e “Alto”, com graus de infestação de 21,8% e 19,9%,
respectivamente (Figura 9).
40
FIGURA 9 – GRAU DE INFESTAÇÃO DE Psittacanthus sp. NAS ÁRVORES DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO, campus CUIABÁ. BAIXA ATÉ 10%; MÉDIA DE 10 A 30% E ALTA MAIS DE 30% DA ÁREA DA COPA.
Leal et al. (2006), em estudo realizado em árvores urbanas de
Curitiba, encontraram o grau de infestação no estágio inicial mais
frequente (68,84%), seguido pelo estágio mediano (13,49%) e estágio
final (17,66%). Porém, para determinar o grau de infestação, utilizaram o
método de Oliveira e Kappel (1994). Onde: classe “Baixa”, a incidência de
hemiparasitas são inferiores a 25% da copa do hospedeiro; “Média”,
quando são a partir de 25% e inferior a 50%; acima deste é “Alta”.
Estes valores representam taxas de infestação para as quais
os tratamentos silviculturais de remoção impõem excesso de remoção da
copa que podem inviabilizar a recuperação das árvores pela redução
expressiva na taxa de fotossíntese.
Portanto, árvores que apresentam a classe “Baixa” do
hemiparasita, é possível utilizar de métodos de poda ou a retirada manual
do mesmo, sem maior comprometimento do hospedeiro. Já indivíduos
acometidos pelas classes “Média” e “Alta” necessitam de cuidados
especiais, pois tendem a entrar em declínio e, consequentemente, a
morte.
No entanto, nos resultados aqui registrados, em 21,8% das
árvores a incidência Psittacanthus sp. ocupava de 10 a 30% da copa,
369 138
126
779 759
1448
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Baixa Média Alta
GRAU E INTENSIDADE
GRAU INTENSIDADE
41
incidência média, enquanto em 19,9% a incidência foi alta. Tal resultado,
demonstra a carência nas atividades de manejo silvicultural e aplicações
de medidas não eficazes para a infestação do hemiparasita.
42
6. CONCLUSÃO
A arborização do campus, apesar da falha de um bom plano de
arborização e tratamentos silviculturais, destacam à ação de
microrganismos e de insetos, como as causas de maior ocorrência.
Enquanto a infestação de Psittacanthus sp. é considerada baixa. Porém,
um acompanhamento do desenvolvimento da área verde da UFMT é de
suma importância.
As famílias que tiveram maior infestação do hemiparasita
foram: Fabaceae, Anacardiaceae e Bignoniaceae, além de terem sido as
que tiveram maior abundância no campus. Na totalidade da UFMT, a
intensidade de hemiparasitismo concentra-se em grau “baixo”,
considerada dano de fácil reestabelecimento da planta hospedeira.
Psittacanthus sp. produz flores e frutos praticamente todo o
ano,
Portanto, maior disponibilidade de alimento para uma variedade de aves
presentes na UFMT. Por ser tratar de um hemiparasita, fazem-se
necessários estudos da fenologia de suas hospedeiras, relacionando com
fatores bióticos e abióticos, para melhor entender o funcionamento e
sincronia de suas fenofases.
.
43
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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48
ANEXO
49
ANEXO A – ESPÉCIE ARBÓREA, NOME VERNÁCULO, ORIGEM, FAMÍLIA, NÚMERO DE INDIVÍDUOS COM E SEM A
PRESENÇA DO HEMIPARASITA Psittacanthus sp., PRESENÇA DE COTILÉDONES MORTAS, ABUNDÂNCIA ABSOLUTA E RELATIVA NA ARBORIZAÇÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO, campus CUIABÁ.FLORÍSTICA DAS ESPÉCIES IDENTIFICADAS NA ARBORIZAÇÃO DA UFMT, campus CUIABÁ, 2016.
N ESPÉCIES NOME POPULAR ORIGEM* FAMÍLIA COM E.P.**
SEM E.P.**
ÁRVORES COM
COTILÉDONES E.P.**
AB ÁRV.*** (%)
1 Acosmium subelegans (Mohlenbr.) Yakovlev
Amendoim-do-cerrado
N Fabaceae 0 6 0 0,14
2 Adenanthera pavonina L. Tento-carolina E Fabaceae 0 3 0 0,07
3 Albizia lebbeck (L.) Benth. Albizia E Fabaceae 23 26 7 1,15
4 Amburana acreana (Ducke) A.C. Sm. Cerejeira N Fabaceae 2 17 1 0,45
5 Anadenanthera falcata (Benth.) Speg.
Angico-do-cerrado N Fabaceae 16 18 10 0,80
6 Anadenanthera peregrina (L.) Speg. Angico-vermelho N Fabaceae 100 100 34 4,69
7 Andira cuyabensis Benth. Morcegueira N Fabaceae 1 9 1 0,23
8 Bauhinia cuiabensis Steud. Pata-de-vaca N Fabaceae 0 1 0 0,02
9 Bauhinia L. sp 1 Pata-de-vaca N Fabaceae 0 1 0 0,02
10 Bauhinia L. sp 2 Pata-de-vaca N Fabaceae 0 1 0 0,02
11 Bauhinia rufa (Bong.) Steud. Pata-de-vaca N Fabaceae 1 0 0 0,02
12 Bauhinia sp. Pata-de-vaca N Fabaceae 0 2 0 0,05
13 Bauhinia variegata L. Pata-de-vaca N Fabaceae 0 5 0 0,12
14 Bowdichia virgilioides Kunth Sucupira-preta N Fabaceae 1 20 0 0,49
15 Caesalpinia echinata Lam. Pau-brasil N Fabaceae 0 4 0 0,09
(cont...)
50
16 Caesalpinia ferrea Mart. ex Tul. Pau-ferro N Fabaceae 0 3 0 0,07
17 Cassia fistula L. Chuva-de-ouro E Fabaceae 2 11 0 0,30
18 Cassia siamea Lam. Acácia-amarela E Fabaceae 7 26 4 0,77
19 Clitoria fairchildiana R.A. Howard Sombreiro N Fabaceae 0 11 1 0,26
20 Copaifera langsdorffii Desf. Copaiba N Fabaceae 1 10 3 0,26
21 Delonix regia (Bojer ex Hook.) Raf. Flamboiant E Fabaceae 2 51 11 1,24
22 Dipteryx alata Vogel Cumbarú N Fabaceae 16 107 28 2,88
23 Enterolobium contortisiliquum (Vell.) Morong
Orelha-de-negro N Fabaceae 8 38 11 1,08
24 Erythrina mulungu Mart. ex Benth. Mulungú E Fabaceae 0 1 1 0,02
26 Hymenaea courbaril L. Jatobá-da-mata N Fabaceae 2 13 4 0,35
27 Hymenaea stigonocarpa Mart. ex Hayne
Jatobá-do-cerrado N Fabaceae 2 11 3 0,30
28 Inga edulis Mart. Ingá-de-metro N Fabaceae 0 5 1 0,12
29 Inga laurina (Sw.) Willd. Ingá-mirin N Fabaceae 1 46 6 1,10
30 Inga Mill. - N Fabaceae 2 5 3 0,16
32 Machaerium aculeatum Raddi Jacaranda-de-espinho
N Fabaceae 0 8 0 0,19
33 Machaerium acutifolium Vogel Jacarandá-do-campo
N Fabaceae 2 4 1 0,14
34 Mimosa caesalpiniifolia Benth. Sansão-do-campo N Fabaceae 1 29 1 0,70
35 Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. Canafístula N Fabaceae 0 13 3 0,30
36 Plathymenia reticulata Benth. Vinhático N Fabaceae 0 3 0 0,07
37 Platymiscium floribundum Vogel Jacarandá-do-litoral N Fabaceae 0 1 0 0,02
(cont...)
51
38 Platymiscium pinnatum (Jacq.) Dugand
Quira N Fabaceae 1 9 2 0,23
39 Platypodium elegans Vogel Jacarandá-branco N Fabaceae 0 12 1 0,28
40 Samanea tubulosa (Benth.) Barneby & J.W. Grimes
Sete-cascas N Fabaceae 5 53 8 1,36
41 Schizolobium parahyba var. amazonicum (Huber ex Ducke) Barneby
Pinho-cuiabano N Fabaceae 0 4 0 0,09
42 Stryphnodendron adstringens (Mart.) Coville
Barbatimão N Fabaceae 0 1 0 0,02
43 Tamarindus indica L. Tamarindo E Fabaceae 0 21 3 0,49
44 Vatairea macrocarpa (Benth.) Ducke Angelim-amargoso N Fabaceae 12 11 4 0,54
45 Zygia P. Browne - N Fabaceae 0 1 0 0,02
46 Astronium fraxinifolium Schott Gonçaleiro N Anacardiaceae 52 82 20 3,14
47 Mangifera indica L. Mangueira E Anacardiaceae 39 289 37 7,69
48 Myracrodruon urundeuva Allemão Aroeira-do-cerrado N Anacardiaceae 18 30 6 1,12
49 Spondias dulcis Parkinson Cajá-manga E Anacardiaceae 0 7 0 0,16
50 Spondias mombim L. Cajá-mirim N Anacardiaceae 0 3 2 0,07
51 Spondias purpurea L. Ciriguela E Anacardiaceae 1 10 1 0,26
52 Tapirira guianensis Aubl. Fruto-de-pombo N Anacardiaceae 0 7 1 0,16
53 Cybistax antisyphilitica (Mart.) Mart. Ipê-verde N Bignoniaceae 0 3 0 0,07
54 Handroanthus aureus Mattos Para-tudo N Bignoniaceae 1 41 9 0,98
55 Handroanthus avellanedae (Lorentz ex Griseb.) Mattos
Ipê-rosa N Bignoniaceae 20 33 19 1,24
56 Handroanthus chrysotrichus (Mart. ex A. DC.) Mattos
Ipê-tabaco N Bignoniaceae 3 4 2 0,16
57 Handroanthus heptaphyllus (Vell.) Piúva-do-pantanal N Bignoniaceae 3 12 3 0,35
(cont...)
52
Mattos
58 Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos
Ipê-roxo N Bignoniaceae 42 196 56 5,58
59 Handroanthus ochraceus (Cham.) Mattos
Ipê-tabaco N Bignoniaceae 0 2 0 0,05
60 Handroanthus roseo-albus (Ridl.) Mattos
Ipê-branco N Bignoniaceae 1 10 3 0,26
61 Handroanthus serratifolius (Vahl) S.O. Grose
Ipê-amarelo N Bignoniaceae 2 25 5 0,63
62 Spathodea campanulata P. Beauv. Espatódia E Bignoniaceae 0 2 0 0,05
63 Hirtella gracilipes (Hook. f.) Prance Irtela N Chrysobalanaceae 0 5 0 0,12
64 Licania tomentosa (Benth.) Fritsch Oiti N Chrysobalanaceae 29 346 37 8,79
65 Alibertia edulis (Rich.) A. Rich. ex DC.
Mamelada-bola N Rubiaceae 0 9 1 0,21
66 Genipa americana L. Jenipapo N Rubiaceae 2 160 24 3,80
67 Morinda citrifolia L. Noni E Rubiaceae 0 5 0 0,12
68 Moringa oleifera L. Acácia-branca E Rubiaceae 0 2 0 0,05
69 Rubiaceae 1 - - Rubiaceae 0 8 1 0,19
70 Anacardium occidentale L. Cajueiro N Myrtaceae 0 61 6 1,43
71 Eucalyptus L'Hér. Eucalipto E Myrtaceae 1 10 0 0,26
72 Eucalyptus L'Hér. sp 1 Eucalipto E Myrtaceae 2 11 0 0,30
73 Eucalyptus L'Hér. sp 2 Eucalipto E Myrtaceae 0 3 0 0,07
74 Eucalyptus L'Hér. sp 3 Eucalipto E Myrtaceae 1 2 0 0,07
75 Eugenia bimarginata DC. Jaboticaba-do-cerrado
N Myrtaceae 0 1 1 0,02
76 Eugenia emarginata (Kunth) DC. Goiabinha-do-cerrado
N Myrtaceae 0 2 0 0,05
(cont...)
53
77 Plinia cauliflora (DC.) Kausel Jaboticaba N Myrtaceae 0 4 0 0,09
78 Psidium guajava L. Goiabeira E Myrtaceae 14 48 8 1,45
79 Psidium L. sp 2 Goiabeira E Myrtaceae 0 1 0 0,02
80 Syzygium cumini (L.) Skeels Jambolão E Myrtaceae 1 1 0 0,05
81 Syzygium jambolanum (Lam.) DC. Jamelão E Myrtaceae 2 5 1 0,16
82 Bertholletia excelsa Bonpl. Castaha-do-brasil N Lechytidaceae 0 1 1 0,02
83 Cariniana rubra Gardner ex Miers Jequitibá N Lechytidaceae 2 161 17 3,82
84 Apeiba tibourbou Aubl. Pau-de-jangada N Malvaceae 0 4 1 0,09
86 Chorisia speciosa A. St.-Hil. Paneira-rosa N Malvaceae 4 7 1 0,26
87 Eriotheca gracilipes (K. Schum.) A. Robyns
Paineirinha N Malvaceae 1 4 1 0,12
88 Guazuma tomentosa Kunth Mutamba N Malvaceae 1 8 1 0,21
89 Guazuma ulmifolia Pers. Chico-magro N Malvaceae 7 35 3 0,98
90 Luehea grandiflora Mart. Açoita-cavalo N Malvaceae 0 11 1 0,26
91 Luehea paniculata Mart. Açoita-cavalo N Malvaceae 1 14 0 0,35
92 Malvaceae 1 - - Malvaceae 0 2 0 0,05
93 Malvaceae 2 - - Malvaceae 0 1 0 0,02
94 Ochroma pyramidale (Cav. ex Lam.) Urb.
Pau-de-balsa N Malvaceae 0 2 0 0,05
95 Pachira aquatica Aubl. Paquira N Malvaceae 0 11 1 0,26
96 Pseudobombax longiflorum (Mart.) A. Robyns
Imbiriçu-liso N Malvaceae 1 5 0 0,14
97 Pseudobombax tomentosum (Mart. & Zucc.) A. Robyns
Imbiruçu-felpudo N Malvaceae 0 4 1 0,09
98 Sterculia striata A. St.-Hil. & Naudin Amendoim-de-bugre
N Malvaceae 0 5 1 0,12
(cont...)
54
99 Cordia aff. myxa L. Baba-de-boi E Boraginaceae 0 24 0 0,56
100 Cordia ecalyculata Vell. Cafezinho N Boraginaceae 0 5 0 0,12
101 Cordia glabrata (Mart.) A. DC. Louro-branco N Boraginaceae 9 87 12 2,25
102 Cordia trichotoma (Vell.) Arráb. ex Steud.
Louro-pardo N Boraginaceae 0 12 2 0,28
103 Azadirachta indica A. Juss. Neem-indiano E Meliaceae 1 2 2 0,07
105 Swietenia macrophylla King Mogno N Meliaceae 3 97 6 2,34
106 Acrocomia aculeata (Jacq.) Lodd. ex Mart.
Bocaiúva N Arecaceae 82 1 1 1,95
107 Attalea phalerata Mart. ex Spreng. Acuri N Arecaceae 0 1 0 0,02
108 Copernicia australis Becc. Carandá N Arecaceae 0 3 0 0,07
109 Copernicia prunifera (Mill.) H.E. Moore
Carnaúba N Arecaceae 0 1 0 0,02
110 Qualea grandiflora Mart. Pau-terrão N Vochysiaceae 2 13 0 0,35
111 Qualea parviflora Mart. Pau-terra N Vochysiaceae 0 2 0 0,05
112 Vochysia divergens Pohl Cambará-rugoso N Vochysiaceae 0 43 2 1,01
113 Vochysia haenkeana Mart. Cambará-liso N Vochysiaceae 2 10 3 0,28
114 Albizia hasslerii (Chod.) Burkart. Farinha-seca N Fabaceae 1 21 4 0,52
115 Annona coriacea Mart. Fruta-do-conde N Annonaceae 0 2 0 0,05
116 Annona crassiflora Mart. Pinha N Annonaceae 0 4 0 0,09
117 Annona reticulata L. Coração-de-boi N Annonaceae 0 1 0 0,02
118 Artocarpus heterophyllus Lam. Jaqueira E Moraceae 0 23 1 0,54
119 Aspidosperma cylindrocarpon Muell. Arg.
Peroba-poca N Apocynaceae 0 5 1 0,12
120 Aspidosperma riedelii Müll.Arg Guatambu-mirim N Apocynaceae 2 11 4 0,30
(cont...)
55
121 Aspidosperma subincanum Mart. ex A. DC
Guatambu-do cerrado
N Apocynaceae 0 6 1 0,14
122 Bixa orellana L. Urucum N Bixaceae 0 1 0 0,02
123 Brosimum gaudichaudii Trecul Mama-de-cadela N Moraceae 0 5 1 0,12
124 Buchenavia tomentosa Eichler Tarumarana N Combretaceae 2 22 9 0,56
125 Byrsonima coccolobifolia Kunth Murici-rosa N Malpighiaceae 0 1 0 0,02
126 Calophyllum brasiliense Cambess. Jacareúba N Calophyllaceae 0 1 0 0,02
127 Capparis retusa Gris. Poroto guaicurú E Capparaceae 0 1 0 0,02
128 Carica sp. Mamoeiro N Caricaceae 0 1 0 0,02
129 Caryocar brasiliense A. St.-Hil. Pequi N Caryocaceae 0 27 8 0,63
130 Caryocar villosum (Aubl.) Pers. Pequiá N Caryocaceae 0 3 1 0,07
131 Casearia sylvestris Sw. Guaçatonga N Salicaceae 3 19 2 0,52
132 Cecropia pachystachya Trec. Embaúba N Urticaceae 4 55 1 1,38
133 Cedrela fissilis Vell. Cedro-rosa N Meliaceae 2 9 1 0,26
134 Ceiba boliviana Britten & Baker f. Paineira N Malvaceae 5 15 4 0,47
135 Citrus sp. Laranjeira E Rutaceae 0 3 0 0,07
136 Citrus sp.1 Laranjeira E Rutaceae 0 2 0 0,05
137 Citrus sp.2 Laranjeira E Rutaceae 0 1 0 0,02
138 Coccoloba mollis Casar. Pau-jaú N Polygonaceae 0 1 0 0,02
139 Curatella americana L. Lixeira E Dilleniaceae 0 61 4 1,43
140 Dilodendron bipinnatum Radlk. Maria-pobre N Sapindaceae 0 2 0 0,05
141 Dracaena L. Dracena E Dracaeenaceae 0 1 0 0,02
142 Erythroxylum suberosum A. St.-Hil. Cabelo-de-negro N Connaraceae 0 11 0 0,26
(cont...)
56
143 Euphorbiaceae 1 - - Euphorbiaceae 0 1 0 0,02
144 Ficus benjamina L. Figueira-benjamin N Moraceae 2 11 1 0,30
145 Ficus gomelleira Kunth & C.D. Bouché
Gameleira-branca N Moraceae 0 7 0 0,16
146 Ficus insipida Willd. Figueira N Moraceae 0 7 0 0,16
147 Garcinia gardneriana (Planch. & Triana) Zappi
Bacupari N Bacupari 0 1 0 0,02
148 Gmelina arborea Roxb. ex Sm. Guimelina E Lamiaceae 0 30 3 0,70
149 Guarea silvatica C. DC. Marinheiro N Meliaceae 0 2 0 0,05
150 Guettarda viburnoides Cham. & Schltdl.
Papagaio N Simaroubaceae 0 10 3 0,23
151 Hevea brasiliensis (Willd. ex A. Juss.) Müll. Arg.
Seringueira N Euphorbiaceae 1 66 14 1,57
152 Indeterminda 5 - - - 0 1 1 0,02
153 Jacaranda cuspidifolia Mart. Caroba N Bignoniaceae 108 168 68 6,47
154 Lagenaria siceraria (Molina) Standl. Cabaça E Cucurbitaceae 0 2 0 0,05
155 Leucaena lanceolata S. Watson Leucena E Fabaceae 2 27 4 0,68
156 Maclura tinctoria (L.) D. Don ex Steud.
Maclura N Moraceae 1 4 2 0,12
157 Magnolia grandiflora L. Magnólia E Magnoliaceae 0 1 0 0,02
158 Magonia pubescens A. St.-Hil. Timbó N Sapindaceae 6 18 0 0,56
159 Malpighia glabra L. Acerola E Malpighiaceae 0 9 0 0,21
160 Muntingia calabura L. Calabura N Muntingiaceae 0 11 0 0,26
161 Murraya paniculata (L.) Jack Falsa-murta E Rutaceae 0 12 0 0,28
162 NI II - - - 0 1 0 0,02
163 Persea americana Mill. Abacateiro N Lauraceae 0 2 0 0,05
(cont...)
57
164 Physocalymma scaberrimum Pohl Aricá N Lythraceae 0 9 1 0,21
165 Pinus caribaea Morelet Pinheiro E Pinaceae 0 1 0 0,02
166 Plumeria rubra L. Jasmim-manga E Apocynaceae 0 1 0 0,02
167 Pouteria caimito (Ruiz & Pav.) Radlk. Abiu N Sapotaceae 0 2 1 0,05
168 Pouteria gardneri (Mart. & Miq.) Baehni
Abiú-roxo N Sapotaceae 2 2 1 0,09
169 Pouteria ramiflora (Mart.) Radlk. Fruta-de-veado N Sapotaceae 0 3 0 0,07
170 Protium heptaphyllum (Aubl.) Marchand
Amescla N Burseraceae 1 13 2 0,33
171 Rhamnidium elaeocarpum Reissek Saraguají N Rhamnaceae 0 3 0 0,07
172 Roupala montana Aubl. Carne-de-vaca N Proteaceae 0 1 0 0,02
173 Sapium lanceolatum Huber Abobrão N Euphobiaceae 0 2 0 0,05
174 Simarouba versicolor St.-Hil. Pau-de-perdiz N Simaroubaceae 2 13 3 0,35
175 Talisia esculenta (A. St.-Hil.) Radlk. Pitomba N Sapindaceae 0 15 0 0,35
176 Tectona grandis L. f. Teca E Lamiaceae 1 8 0 0,21
177 Terminalia argentea Mart. ex Succ. Capitão-do-mato N Combretaceae 2 5 1 0,16
178 Terminalia catappa L. Sete-copas E Combretaceae 5 7 3 0,28
179 Trema micrantha (L.) Blume Candiúba N Cannabaceae 1 3 0 0,09
180 Triplaris americana L. Formigueira N Polygonaceae 0 2 0 0,05
181 Vitex cymosa Bertero ex Spreng. Tarumã N Lamiaceae 1 6 1 0,16
182 Vitex polygama Cham. Tarumã N Lamiaceae 1 4 0 0,12
183 Xilopia aromatica Mart. Pimenta-de-macaco
N Annonaceae 0 5 0 0,12
184 Zanthoxylum rhoifolium Lam. Mamica-de-porca N Rutaceae 0 6 0 0,14
100
*ORIGEM: Nativa do Brasil (N), Exótica (E). **E.P: Erva de passarinho. ***AB. ARV.: Abundância árvores.
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