relatÓrio anual de execuÇÃo do contrato de … · classificação de risco (protocolo de...
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Audes Magalhães Feitosa
Superintendente
Júlio Tadeu Arraes
Direção Técnica
Ana Kelly Araújo
Direção Administrativo-Financeira
Rodrigo Pedrosa
Direção de Ensino e Pesquisa
Suellen Cintra
Coordenação de Enfermagem
SUMÁRIO
1 O HOSPITAL DOM HELDER CÂMARA ...................... 7
1.1 Localização: BR 101 Sul, Km 95 – Cabo de Santo
Agostinho/PE; Público Estadual – Administração Indireta; ... 7
1.2 Contrato de Gestão Nº06/2010, assinado em 24/05/2010; .. 7
1.3 Gestão Operacionalizada pela Organização Social Fundação
Martiniano Fernandes - IMIP Hospitalar; .................... 7
1.4 Exclusivo para atendimento SUS de média e alta
complexidade; .............................................. 7
1.5 Data inauguração: 01/07/2010; .......................... 7
1.6 Hospital referenciado para recebimento de pacientes pela
Central de Regulação de leitos da SES/PE, SAMU e Corpo de
Bombeiros; ................................................. 7
1.7 Atendimento inicialmente realizado com acolhimento e
classificação de risco (Protocolo de Manchester - SUS/BH); . 7
1.8 Área de abrangência: Cabo de Santo Agostinho, Jaboatão
dos Guararapes, Ipojuca, Sirinhaém, Palmares, Escada,
Tamandaré, Primavera, Rio Formoso, Barreiros e São José da
Coroa Grande; .............................................. 7
1.9 Hospital de Médio Porte com 169 leitos, sendo: 112
leitos em enfermarias, 5 leitos de isolamento, 28 leitos em 3
UTI e 24 leitos de observação na emergência (dos quais 20
reversíveis); .............................................. 7
1.10 Especialidades Médicas de Referência: .................. 7
1.11 Especialidades Médicas de Apoio: ....................... 7
1.12 Equipe Multidisciplinar: ............................... 8
1.13 Distribuição de leitos por clínica: .................... 8
1.14 Recursos Humanos: ...................................... 8
1.15 Serviços oferecidos aos pacientes: ..................... 8
2 PRINCIPAIS AVANÇOS OBTIDOS EM 2014 ............... 10
2.1 Solidificação do modelo de gestão; .................... 10
2.2 Melhoria dos indicadores assistenciais; ............... 10
2.3 Consolidação do HDH como referência no atendimento em
Traumatologia e Cardiologia Clínica e Cirúrgica; .......... 10
2.4 Aprovação do incentivo financeiro pelo Ministério da
Educação e Cultura para a estruturação do Programa de
Residência Médica; ........................................ 10
2.5 Fortalecimento das Residências: Médica em Traumato-
ortopedia e de Enfermagem em Cardiologia; ................. 10
2.6 Aprovação das Residências: Médica em Medicina Interna e
de Fisioterapia em Terapia Intensiva; ..................... 10
2.7 Redução dos custos mantendo o equilíbrio financeiro; .. 10
2.8 Melhoria no engajamento dos colaboradores; ............ 10
2.9 Construção do novo acesso pela antiga BR 101; ......... 10
2.10 Melhoria no monitoramento do sistema de informação e
resultados. ............................................... 10
3 OBSTÁCULOS DE 2014 ............................... 11
3.1 Inexistência de repasse adicional para o custeio do
excedente de atendimento realizado acima das metas
contratuais; .............................................. 11
3.2 Permanente ocupação superior a capacidade instalada; .. 11
3.3 Atraso dos repasses de custeio; ....................... 11
3.4 Inexistência de leitos de retaguarda disponibilizados
para os pacientes do HDH; ................................. 11
3.5 Equipes subdimensionadas; ............................. 11
3.6 Salários pouco atrativos, perfil de alguns profissionais
com baixa qualificação, ocasionando alta rotatividade e
absenteísmo. .............................................. 11
4 DESAFIOS PARA 2015 ............................... 12
5 DESEMPENHO ASSISTENCIAL .......................... 13
5.1 Nível de Cumprimento das Metas ........................ 14
5.1.1 Sub-Componente: Internação ........................ 14
5.1.2 Sub-Componente: Atendimento de Urgência Referenciado
........................................................ 15
5.1.3 Sub-Componente: Atendimento Ambulatorial .......... 16
5.1.4 Sub-Componente: Atividade em Bloco Cirúrgico ...... 17
6 INDICADORES DE QUALIDADE ......................... 19
6.1 Percentual de AIH referente às Saídas Hospitalares .... 19
6.2 CID Secundário ........................................ 19
6.2.1 Clínica Médica .................................... 20
6.2.2 Clínica Cirúrgica ................................. 20
6.3 Percentual de CEP Válido/Compatível ................... 21
6.4 Atenção ao Usuário .................................... 22
6.4.1 Resolução de queixas .............................. 22
6.4.2 Pesquisa de satisfação ............................ 23
6.5 Controle de Infecção Hospitalar ....................... 25
6.6 Taxa de Mortalidade Operatória ........................ 26
6.7 Taxa de Ocupação ...................................... 27
6.8 Tempo de permanência hospitalar ....................... 27
7 COMISSÕES HOSPITALARES ........................... 29
7.1 Comissão de Ética Médica .............................. 29
7.2 Comissão de Prontuários Médicos ....................... 29
7.3 Comissão de Óbito ..................................... 30
7.4 Notificação de acidentes por meio de transporte
terrestre ................................................. 31
7.5 Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos
para Transplante - CIHDOTT ................................ 31
7.6 Comissão de Segurança do Paciente ..................... 32
8 GESTÃO FINANCEIRA ................................ 34
9 ACONTECEU NO HDH EM 2014 ......................... 36
9.1 Diretoria de Ensino e Pesquisa ........................ 36
9.2 Serviço Social ........................................ 36
9.3 Serviço de Fisioterapia ............................... 40
9.3.1 Desafios para 2015 ................................ 40
9.4 Agência Transfusional ................................. 41
9.5 Nutrição .............................................. 42
9.6 Psicologia ............................................ 42
9.7 Educação Permanente ................................... 47
9.7.1 Desafios para 2015 ................................ 50
9.8 Núcleo Interno de Regulação - NIR ..................... 50
9.9 Coordenação Médica – Clínica Traumatológica ........... 53
10 RELATÓRIO DE EXECUÇÃO FÍSICO-FINANCEIRA .......... 55
11 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................. 56
7
1 O HOSPITAL DOM HELDER CÂMARA
1.1 Localização: BR 101 Sul, Km 95 – Cabo de Santo
Agostinho/PE; Público Estadual – Administração Indireta;
1.2 Contrato de Gestão Nº06/2010, assinado em 24/05/2010;
1.3 Gestão Operacionalizada pela Organização Social Fundação
Martiniano Fernandes - IMIP Hospitalar;
1.4 Exclusivo para atendimento SUS de média e alta
complexidade;
1.5 Data inauguração: 01/07/2010;
1.6 Hospital referenciado para recebimento de pacientes pela
Central de Regulação de leitos da SES/PE, SAMU e Corpo de
Bombeiros;
1.7 Atendimento inicialmente realizado com acolhimento e
classificação de risco (Protocolo de Manchester - SUS/BH);
1.8 Área de abrangência: Cabo de Santo Agostinho, Jaboatão dos
Guararapes, Ipojuca, Sirinhaém, Palmares, Escada,
Tamandaré, Primavera, Rio Formoso, Barreiros e São José da
Coroa Grande;
1.9 Hospital de Médio Porte com 169 leitos, sendo: 112 leitos
em enfermarias, 5 leitos de isolamento, 28 leitos em 3 UTI
e 24 leitos de observação na emergência (dos quais 20
reversíveis);
1.10 Especialidades Médicas de Referência:
Traumatologia;
Cirurgia do Trauma (Cirurgia Geral);
Cardiologia Clínica e Intervencionista (Hemodinâmica);
Cirurgia Cardíaca;
Clínica Médica.
1.11 Especialidades Médicas de Apoio:
Anestesiologia;
Terapia Intensiva;
Radiologia;
8
Endoscopia digestiva;
Nefrologia;
Cirurgia Plástica Reconstrutora;
Cirurgia Vascular;
Neurologia Clínica;
1.12 Equipe Multidisciplinar:
Enfermagem;
Nutrição e Dietética;
Psicologia;
Serviço Social;
Fisioterapia;
Fonoaudiologia.
1.13 Distribuição de leitos por clínica:
Clínica Médica: 21 leitos de enfermaria e 10 leitos UTI;
Cardiologia Clínica: 24 leitos de enfermaria e 09 leitos
UTI;
Cirurgia Cardíaca: 16 leitos de enfermaria e 09 leitos
UTI;
Traumatologia: 48 leitos de enfermaria;
Cirurgia do Trauma (Cirurgia Geral): 08 leitos de
enfermaria.
1.14 Recursos Humanos:
Médicos (CLT, PJ e Cooperativa): 164;
Enfermeiros: 101;
Técnicos em Enfermagem: 308;
Demais Colaboradores: 421;
Terceirizados: 113;
Total Geral: 1.107.
1.15 Serviços oferecidos aos pacientes:
Atendimento de urgência com observação até 24h;
Internamento nas clínicas de referência;
9
Exames complementares: cateterismo cardíaco, estudo
eletrofisiológico, tomografia computadorizada, Holter,
ecocardiograma transtorácico e transesofágico, teste
ergométrico computadorizado, eletrocardiograma,
endoscopia digestiva alta e colonoscopia, e
ultrassonografias;
Laboratório de análises clínicas: terceirizado ao
Laboratório Cerpe;
Agência Transfusional;
Ouvidoria.
10
2 PRINCIPAIS AVANÇOS OBTIDOS EM 2014
2.1 Solidificação do modelo de gestão;
2.2 Melhoria dos indicadores assistenciais;
2.3 Consolidação do HDH como referência no atendimento em
Traumatologia e Cardiologia Clínica e Cirúrgica;
2.4 Aprovação do incentivo financeiro pelo Ministério da
Educação e Cultura para a estruturação do Programa de
Residência Médica;
2.5 Fortalecimento das Residências: Médica em Traumato-
ortopedia e de Enfermagem em Cardiologia;
2.6 Aprovação das Residências: Médica em Medicina Interna e de
Fisioterapia em Terapia Intensiva;
2.7 Redução dos custos mantendo o equilíbrio financeiro;
2.8 Melhoria no engajamento dos colaboradores;
2.9 Construção do novo acesso pela antiga BR 101;
2.10 Melhoria no monitoramento do sistema de informação e
resultados.
11
3 OBSTÁCULOS DE 2014
3.1 Inexistência de repasse adicional para o custeio do
excedente de atendimento realizado acima das metas
contratuais;
3.2 Permanente ocupação superior a capacidade instalada;
3.3 Atraso dos repasses de custeio;
3.4 Inexistência de leitos de retaguarda disponibilizados para
os pacientes do HDH;
3.5 Equipes subdimensionadas;
3.6 Salários pouco atrativos, perfil de alguns profissionais
com baixa qualificação, ocasionando alta rotatividade e
absenteísmo.
12
4 DESAFIOS PARA 2015
Melhorar os indicadores assistenciais e de qualidade, com
manutenção do equilíbrio econômico-financeiro, disseminação da
cultura de humanização, fortalecimento do ensino e pesquisa e
compartilhamento do modelo de gestão.
13
5 DESEMPENHO ASSISTENCIAL
Nesta avaliação dos indicadores analisados totalizam 16
metas, sendo agrupadas em metas quantitativas e qualitativas.
A partir da análise comparativa dos serviços/procedimentos
realizados durante o ano de 2014 e as metas contratadas, e
assim pode-se constatar o nível de cumprimento alcançado.
As metas contratadas pela Secretaria estadual de Saúde do
estado de Pernambuco para o Hospital Dom Helder Câmara são
demonstradas abaixo:
Quadro 1: Indicadores e Metas Contratadas
Componente Sub - componente ANO 2014
Internação Nº total de saídas hospitalares 9.516
Atendimento ambulatorial
Nº de consultas ambulatoriais 42.000
Atendimento de urgência
Nº de consultas de urgência em atenção especializada
28.800
Atividades em Bloco Cirúrgico
Nº total de atividades em bloco cirúrgico 3.156
Percentual de AIH referentes às saídas hospitalares
%
Percentual de diagnósticos secundários em clínica médica
14%
Percentual de diagnósticos secundários em cirurgia clínica
22%
Percentual de CEP válido 100 %
Percentual de CEP compatível %
Percentual de resolução de queixas 80%
Pesquisa de Satisfação do Usuário
Densidade de Infecção Hospitalar em UTI Adulto Densidade de Incidência de Infecção Associada à Cateter Venoso em UTI Percentual de Utilização de Cateter Venoso Central na UTI Adulto
Taxa de Mortalidade Operatória
Percentual de Cirurgia de Urgência
Prestação de Serviços
Qualidade
Qualidade da Informação
Atenção ao Usuário
Envio do
relatório
mensal
Controle de Infecção Hospitalar
Mortalidade Operatória
1 0%
Indicador
100
100
14
5.1 Nível de Cumprimento das Metas
Para os itens que compõem as metas quantitativas do
contrato de gestão (componente prestação de serviço), tem-se
como referência a seguinte classificação:
Referências para as Metas
Nível Status
Maior que 100% Superada
De 85% a 100% Atingida
De 70% a 84,99% Não Atingida Nível 1
De 55,01% a 69,99 Não Atingida Nível 2
Menor que 55% Não Atingida Nível 3 Quadro 2: Metas Quantitativas
5.1.1 Sub-Componente: Internação
O indicador saídas hospitalares é representado pela soma de
altas, transferências externas e óbitos (Gráfico 1). Pode-se
verificar que o Hospital Dom Helder Câmara superou sua meta
nos quatro trimestres avaliados. As variações percebidas
durante o ano ocorreram entre 98,1% no 1º trimestre, e 105% no
3º trimestre.
Gráfico 1: Cumprimento da Meta Saídas Hospitalares
15
Gráfico 2: Média de cumprimento da Meta Saídas Hospitalares
por mês no trimestre e anual.
5.1.2 Sub-Componente: Atendimento de Urgência Referenciado
O indicador de atendimento de urgência alcançou média
mensal de 111,4% (variando entre 101,0% e 121,8%), observa-se
que em todos os meses superou a meta contratada, o que não é
desejado pelo dimensionamento do hospital e destaca-se o mês
de outubro que superou os 120%.
Gráfico 3: Cumprimento da Meta de Atendimento de Urgência
16
Gráfico 4: Média de cumprimento da Meta de Atendimento de
Urgência por mês no trimestre e anual
5.1.3 Sub-Componente: Atendimento Ambulatorial
O indicador atendimento ambulatorial superou a meta
estipulada, alcançando uma média mensal de 114,1%. O
atendimento nos últimos cinco meses de 2014 superou 120%,
marca que norteia limites do bom atendimento destinado aos
pacientes, principalmente devido ao espaço físico.
Gráfico 5: Cumprimento da Meta de Atendimentos Ambulatoriais
17
Gráfico 6: Média de Atendimentos Ambulatoriais por mês
no trimestre e anual
5.1.4 Sub-Componente: Atividade em Bloco Cirúrgico
Conforme demonstrado nas tabelas 1 e 2, em todos os meses,
a meta de atividade em bloco cirúrgico foi superada, tanto no
Bloco do 2º andar com média de 196,7%, como no Bloco da
Hemodinâmica com média de 151,9%. Por esta avaliação da média
histórica se faz necessário rever os valores de repasse para
estes serviços.
Atividade Cirúrgica Bloco do 2º andar
Traumatologia Cirurgia Geral
Cirurgia Cardíaca
Total Meta %
Janeiro 317 56 11 384 232 165,5%
Fevereiro 318 47 19 384 232 165,5%
Março 340 54 19 413 232 178,0%
Abril 394 37 9 440 232 189,7%
Maio 422 48 11 481 232 207,3%
Junho 384 49 17 450 232 194,0%
Julho 438 45 25 508 232 219,0%
Agosto 381 63 10 454 232 195,7%
Setembro 382 50 16 448 232 193,1%
Outubro 449 67 25 541 232 233,2%
Novembro 383 46 13 442 232 190,5%
Dezembro 452 57 21 530 232 228,4%
Total 4.660 619 196 5.475 2.784 196,7%
Tabela 1: Distribuição de Cirurgias no Bloco do 2º andar por especialidade
18
Atividade da Cirúrgica Bloco da Hemodinâmica
ATC Urgência
ATC Eletiva
MPP Total ATC
Total Geral
Meta ATC
%
Janeiro 53 14 11 67 78 31 216,1%
Fevereiro 35 17 11 52 63 31 167,7%
Março 31 11 9 42 51 31 135,5%
Abril 29 13 10 42 52 31 135,5%
Maio 30 16 10 46 56 31 148,4%
Junho 25 13 9 38 47 31 122,6%
Julho 26 18 11 44 55 31 141,9%
Agosto 34 13 14 47 61 31 151,6%
Setembro 40 8 13 48 61 31 154,8%
Outubro 27 22 14 49 63 31 158,1%
Novembro 29 11 9 40 49 31 129,0%
Dezembro 34 16 10 50 60 31 161,3%
Total 393 172 131 565 696 372 151,9%
Tabela 2: Distribuição de Cirurgias no Bloco da Hemodinâmica
19
6 INDICADORES DE QUALIDADE
6.1 Percentual de AIH referente às Saídas Hospitalares
Avalia a proporcionalidade de AIH em relação à atividade
hospitalar. Considerando-se que os hospitais sob o contrato de
gestão são emissores de AIH, sua meta a ser cumprida é a
apresentação da totalidade (100%) das AIH referentes às saídas
em cada mês de competência.
O percentual indicado de AIH referente às saídas
hospitalares, alcançou os valores que cumprem a meta
estipulada em todos os meses de 2014, o que comprova a
eficiência do faturamento. A média mensal foi de 112,2%
(variando de 107,6% a 117,9%) conforme tabela abaixo:
AIH / Saídas Hospitalares
Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez. Anual
AIH 906 836 790 918 966 796 894 922 973 998 840 1.006 904
Saídas 825 767 715 823 873 740 814 782 886 871 728 861 807
Realizados (%) 109,8 109,0 110,5 111,5 110,7 107,6 109,8 117,9 109,8 114,6 115,4 116,8 112,0
Tabela 3: Referente as AIH apresentadas no período
6.2 CID Secundário
O Diagnóstico Secundário é uma variável que deve ser
registrada, pois é fundamental para avaliar a complexidade das
internações. O preenchimento de apenas uma afecção (CID-10
Principal) para cada atendimento pode ocasionar a perda de
informações importantes, dificultando assim a avaliação do
perfil epidemiológico dos hospitais.
Com essa variável é possível especificar as afecções que
existem ou se desenvolvem durante o atendimento e que afetam
as condições do paciente, além de classificar as ocorrências e
circunstâncias ambientais como a causa de lesões,
envenenamentos etc. Cada especialidade tem um perfil próprio
relativo ao diagnóstico secundário. Na Clínica Cirúrgica
encontramos um percentual maior de diagnósticos secundários
que o da Clínica Médica porque é necessário especificar as
causas externas de lesões.
20
A fonte de informação para monitoramento é o banco de
dados do Sistema de Informações Hospitalares (SIH/SUS)
abrangendo todas as saídas ocorridas em cada mês.
6.2.1 Clínica Médica
Referente aos CID clínicos (Clínica Médica e Cardiologia
Clínica). Conforme demonstra a tabela abaixo, em todos os
meses a meta de CID secundário nos pacientes internados foi
alcançada, atingindo uma média anual de 60,2%, cuja meta é de
14%.
Mês AIH CID Principal CID Secundário %
Janeiro 420 420 261 62,1%
Fevereiro 431 431 270 62,6%
Março 362 362 248 40,7%
Abril 421 421 271 64,4%
Maio 439 439 239 54,4%
Junho 365 365 201 55,1%
Julho 395 395 251 63,5%
Agosto 438 438 297 67,8%
Setembro 465 465 264 56,8%
Outubro 434 434 237 54,6%
Novembro 370 370 191 51,6%
Dezembro 453 453 275 60,7%
Total 4.993 4.993 3.005 60,2% Tabela 4: Demonstração dos CID Secundários da Clínica Médica
6.2.2 Clínica Cirúrgica
Referente aos CID cirúrgicos (Traumatologia, Cirurgia
Geral e Cirurgia Cardíaca). Conforme demonstrado a tabela
abaixo, o CID secundário superou a meta de 22% para os
pacientes internados, com média de 86,4% no ano de 2014.
21
Mês AIH CID Principal CID Secundário %
Janeiro 486 486 411 84,6%
Fevereiro 405 405 360 88,9%
Março 428 428 373 46,6%
Abril 497 497 443 89,1%
Maio 527 527 463 87,9%
Junho 414 414 371 89,6%
Julho 503 503 438 87,1%
Agosto 484 484 430 88,8%
Setembro 510 510 432 84,7%
Outubro 564 564 459 81,4%
Novembro 470 470 390 83,0%
Dezembro 553 553 478 86,4%
Total 5.841 5.841 5.048 86,4% Tabela 5: Demonstração dos CID secundários da Clínica Cirúrgica
6.3 Percentual de CEP Válido/Compatível
O Objetivo é conhecer a localidade de residência do
paciente para avaliar a adequada inserção regional por meio da
caracterização da origem da demanda. O indicador permite
melhor planejamento regional dos serviços de saúde ao
identificar fluxos de referência corretos e incorretos.
O indicador utiliza a identificação correta do Código de
Endereçamento Postal (CEP) e do código do IBGE, obrigatórios
no Sistema de Informações Hospitalares (SIH/SUS) e registrado
na internação hospitalar ou atendimento ambulatorial do
paciente.
A meta é atingir 90% dos CEP válidos e compatíveis. No ano
de 2014 alcançamos a meta preconizada do percentual de CEP
válido/compatível em todos os meses, o menor valor atingido
foi de 97,9%, em outubro, com média anual de 98,6%. Conforme
demonstra a tabela 6.
22
Mês CEP
Válidos/Compatível CEP
Inválidos Total %
Janeiro 1.070 19 1.089 98,3%
Fevereiro 774 5 779 99,4%
Março 3.101 46 3.147 98,5%
Abril 994 19 1.013 98,1%
Maio 1.004 17 1.021 98,3%
Junho 915 16 931 98,3%
Julho 933 10 943 98,9%
Agosto 1.050 12 1.062 98,9%
Setembro 933 10 943 98,9%
Outubro 1.032 22 1.054 97,9%
Novembro 941 5 946 99,5%
Dezembro 1.010 15 1.025 98,5%
Total 13.757 196 13.953 98,6% Tabela 6: CEP cadastrados no período e distribuídos mês a mês
6.4 Atenção ao Usuário
6.4.1 Resolução de queixas
A meta é a resolução de 80% das queixas recebidas. Entende-
se por queixa o conjunto de reclamações recebidas por qualquer
meio, necessariamente com identificação do autor, e que deve
ser registrada adequadamente. Entende-se por resolução o
conjunto de ações geradas por uma queixa no sentido de
solucioná-la e que possa ser encaminhada a seu autor como
resposta ou esclarecimento ao problema apresentado.
Resolução das Queixas Recebidas
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total
Nº Queixas 4 3 4 6 5 3 1 2 2 1 2 2 3
Nº Resolução 4 3 4 6 5 3 1 2 2 1 2 2 3
% Resolução 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100
Tabela 7: Resolução de queixas
23
6.4.2 Pesquisa de satisfação
A pesquisa de satisfação do usuário referente ao
atendimento do hospital destina-se à avaliação da percepção da
qualidade do serviço pelos pacientes e acompanhantes. Em cada
trimestre será avaliada a pesquisa de satisfação do usuário
por meio dos questionários específicos, que deverão ser
aplicados mensalmente em pacientes internados e acompanhantes,
e a pacientes atendidos no ambulatório do hospital.
A avaliação da pesquisa de satisfação do usuário, que tem
como meta o percentual de resposta ao questionário ser igual
ou superior a 10%, tanto referente aos pacientes internados
como também, aos atendimentos ambulatoriais. As perguntas do
questionário são classificadas em duas categorias: Estrutura e
Atendimento, para uma melhor interpretação. Foram recebidos
3.448 questionários no ambulatório de egresso e 2.037 dos
usuários internados. Estes números correspondem, a média de
16,7% e 20,9% respectivamente.
Na tabela a seguir temos a demonstração mensal destes
parâmetros e média atingidas.
Questionários de Satisfação Recebidos nos Internamentos e Ambulatório Aplicação Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total
Internações 141 154 133 138 192 149 232 110 180 212 190 206 2.037
% 16,8 19,8 18,5 16,7 21,9 20,1 28,4 13,9 20,2 24,3 26,1 23,9 20,9
Ambulatório 403 447 330 231 217 228 304 416 303 322 210 309 3.448
% 25,0 12,1 25,0 15,0 12,0 16,8 15,4 22,5 16,3 15,0 10,6 14,5 16,7
Tabela 8: Cumprimento da Meta de Questionários
24
Critérios do Atendimento Acompanhante Média Percentual (%) Paciente Média Percentual (%)
Fraco Regular Bom Sem
Resposta Fraco Regular Bom
Sem Resposta
Informações sobre a saúde do Paciente 2,8% 13,5% 73,4% 10,4% 2,6% 12,6% 73,7% 11,1%
As explicações do Médico sobre a doença do Paciente e o tratamento que foi Realizado
2,6% 12,7% 75,4% 9,3% 2,0% 11,1% 74,5% 12,4%
Interesse do Profissional médico na escuta e no exame físico do Paciente
4,0% 16,8% 72,2% 6,9% 3,2% 14,4% 72,7% 9,7%
Boa vontade e disposição no atendimento médico
2,6% 15,6% 74,8% 7,0% 2,2% 12,8% 75,2% 9,8%
Boa vontade e disposição no atendimento de enfermagem
2,0% 15,2% 73,1% 9,5% 1,6% 13,4% 73,3% 11,7%
Boa vontade e disposição no atendimento do Administrativo
2,8% 15,7% 72,7% 8,8% 2,5% 13,9% 73,2% 10,4%
Segurança dos profissionais durante o atendimento
1,7% 12,8% 67,4% 18,1% 1,6% 10,9% 69,3% 18,2%
Educação e respeito no atendimento médico
2,4% 13,2% 77,2% 7,1% 2,6% 12,2% 75,6% 9,6%
Educação e respeito no atendimento de enfermagem
2,0% 13,6% 75,3% 9,1% 2,2% 12,0% 75,4% 10,4%
Educação e respeito no atendimento administrativo
2,2% 12,7% 76,5% 8,5% 2,1% 10,6% 77,0% 10,3%
Tabela 9: Satisfação dos usuários do Ambulatório de Egressos quanto
ao atendimento
Critérios da Estrutura
Acompanhante Média Percentual (%) Paciente Média Percentual (%)
Fraco Regular Bom Sem
Resposta Fraco Regular Bom
Sem Resposta
Limpeza e conforto das instalações 2,8% 14,0% 73,5% 9,7% 1,7% 13,1% 73,8% 11,4%
Sinalização interna da unidade 3,2% 15,2% 73,3% 8,3% 2,5% 13,9% 71,9% 11,7%
Tempo de espera para atendimento médico
7,0% 21,7% 64,7% 6,6% 4,7% 18,2% 67,4% 9,7%
Tempo de espera para atendimento de enfermagem
3,4% 19,0% 68,5% 9,1% 3,0% 13,0% 72,2% 11,8%
Tempo de espera para atendimento do administrativo
3,2% 16,0% 71,3% 9,3% 2,4% 13,4% 73,6% 10,7%
Ambiente hospitalar silencioso 8,6% 24,7% 57,8% 8,9% 6,9% 20,5% 60,6% 12,0%
Limpeza das roupas de cama e banho
2,8% 14,0% 73,5% 9,7% 1,7% 13,1% 73,8% 11,4%
Tabela 10: Satisfação dos usuários do Ambulatório de Egressos quanto
a estrutura
25
6.5 Controle de Infecção Hospitalar
Com a finalidade de avaliar a qualidade da assistência na
área de infecção hospitalar, apresentamos os indicadores que
são monitorados, que incluem:
Densidade de infecção hospitalar em UTI Adulto;
Densidade de infecção hospitalar em corrente sanguínea
associada e cateter venoso central em UTI Adulto;
Taxa de utilização de cateter venoso central na UTI
Adulto.
A CCIH realizou analise de 8.681 fichas de notificação de
um total de 9.740 saídas hospitalares no ano de 2014, que
correspondem a uma taxa de notificação de 89,12%. Destes, 599
pacientes foram diagnosticados como portadores de Infecção
Hospitalar, o que representa uma taxa de 6,9%.
Já a taxa de mortalidade por infecção hospitalar
corresponde a 1,46% dos notificados, com uma letalidade
43,64%.
Os indicadores de infecção hospitalar, infecção
comunitária e utilização de antimicrobianos estão dispostos na
tabela a seguir:
Tabela 11: Indicadores da CCIH relacionados com as saídas da unidade
Indicadores Nº Absoluto %
Taxa de notificação 8681 89,31% Taxa de infecção hospitalar 599 6,90% Taxa de doente com infecção Hospitalar
291 3,35%
Taxa de mortalidade por infecção hospitalar
127 1,46%
Taxa de letalidade por infecção hospitalar
127 43,64%
Taxa de infecção comunitária 972 11,19%
Taxa de pacientes que fizeram uso de antimicrobianos
Profilático Terapêutico Profilático Terapêutico
3021 2163 34,80% 24,91%
Saídas Total 9.740
26
6.6 Taxa de Mortalidade Operatória
Com a finalidade de monitorar o desempenho assistencial na
área de cirurgia, acompanhamos como indicador a Taxa de
Mortalidade Operatória, estratificando por Classes (de 1 a 5)
da Classificação da American Society of Anesthesiology do
Average Socre of Anesthesiology (ASA).
A taxa de Mortalidade Operatória é o número de óbitos
contabilizados até sete dias após o procedimento cirúrgico,
classificados por ASA no mês e dividido pelo número total de
cirurgias realizadas por mês, multiplicado por 100.
O Ministério da Saúde preconiza que a Taxa de Mortalidade
Operatório, seja menor que 2%.
A análise da tabela 12, detalha mensalmente este indicador
e o seu comportamento no decorrer do período de 2014.
Mês Nº de Pacientes
Operados ASA 1 ASA 2 ASA 3 ASA 4 ASA 5 ASA 6
Mortalidade Operatória
%
Janeiro 462 0 5 6 5 1 0 17 3,68%
Fevereiro 447 0 2 5 2 1 0 10 2,24%
Março 464 0 0 3 0 1 0 4 0,86%
Abril 492 0 2 5 1 0 0 8 1,63%
Maio 537 0 2 4 2 0 0 8 1,49%
Junho 497 0 1 5 5 0 0 11 2,21%
Julho 563 0 0 4 3 0 0 7 1,24%
Agosto 515 0 1 5 4 1 0 11 2,14%
Setembro 509 0 0 4 2 0 0 6 1,18%
Outubro 604 0 3 5 4 0 0 12 1,99%
Novembro 491 0 1 8 3 0 0 12 2,44%
Dezembro 590 0 3 6 2 1 0 12 2,03%
Total 6.171 0 20 60 33 5 0 118 1,91% Tabela 12: Distribuição dos óbitos operatórios
A mortalidade operatória oscila em torno de 1,9%. Este é o
reflexo do perfil da unidade de atenção terciária com
referência em cardiologia e cirurgia do trauma.
27
6.7 Taxa de Ocupação
A taxa de ocupação está acima do preconizado pelo
Ministério da Saúde que é de 80,0 a 85,0%. A média da taxa de
ocupação no HDH durante o ano de 2014 foi de 114,6%, o que
reflete em internações nos leitos de observação e em leitos
extras da emergência, ocasionando em glosas por excesso de
capacidade instalada.
Leito Operacional Dia Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez 1º Trim 2º Trim 3º Trim 4º Trim Anual
Cl ínica Cardiológica 773 736 809 811 870 857 907 899 884 915 853 877 2.318 2.538 2.690 2.645 10.191
Cirurgia Cardiológica 517 491 539 541 580 571 605 599 589 610 569 585 1.547 1.692 1.793 1.764 6.796
Cl ínica Cirurgica 135 110 187 223 211 146 262 252 242 254 258 271 432 580 756 783 2.551
Cl ínica Médica 853 853 890 1.007 985 1.050 1.014 1.061 1.004 1.031 1.056 1.059 2.596 3.042 3.079 3.146 11.863
Cl ínica Traumato-Ortopedia 1.969 1.758 1.946 1.649 1.601 1.606 1.583 1.560 1.560 1.560 1.495 1.579 5.673 4.856 4.703 4.634 19.866
UTI Adulto 310 280 310 300 310 300 309 310 300 310 300 310 900 910 919 920 3.649
UTI Coronária 558 504 558 540 558 540 558 558 540 558 540 558 1.620 1.638 1.656 1.656 6.570
Total 5.116 4.732 5.239 5.071 5.115 5.070 5.238 5.239 5.119 5.238 5.071 5.239 15.087 15.256 15.596 15.548 61.487 Tabela 13: Valores de composição do cálculo de Leitos Operacionais
Paciente Dia Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez 1º Trim 2º Trim 3º Trim 4º Trim Anual
Cl ínica Cardiológica 776 729 824 891 1.015 808 917 970 970 971 944 870 2.329 2.714 2.857 2.785 10.685
Cirurgia Cardiológica 518 486 549 594 676 539 611 647 647 647 629 580 1.553 1.809 1.905 1.856 7.123
Cl ínica Cirurgica 187 155 222 238 222 157 118 129 129 142 90 118 564 617 376 350 1.907
Cl ínica Médica 1.623 1.620 1.682 1.746 1.728 1.631 1.604 1.844 1.608 1.651 1.687 1.666 4.925 5.105 5.056 5.004 20.090
Cl ínica Traumato-Ortopedia 2.817 2.297 2.726 1.901 1.395 1.232 1.390 1.436 1.437 1.511 1.407 1.632 7.840 4.528 4.263 4.550 21.181
UTI Adulto 271 249 294 273 287 285 295 298 266 294 293 293 814 845 859 880 3.398
UTI Coronária 514 492 513 503 526 500 483 521 520 509 515 497 1.519 1.529 1.524 1.521 6.093
Total 6.706 6.028 6.810 6.146 5.849 5.152 5.418 5.845 5.577 5.725 5.565 5.656 19.544 17.147 16.840 16.946 70.477 Tabela 14: Valores de composição do cálculo de Paciente Dia
Taxa de Ocupação Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez 1º Trim 2º Trim 3º Trim 4º Trim Anual
Cl ínica Cardiológica 100,3% 99,0% 101,9% 109,9% 116,7% 94,3% 101,1% 107,9% 109,7% 106,1% 110,7% 99,2% 100,4% 106,9% 106,2% 105,3% 104,7%
Cirurgia Cardiológica 100,2% 99,0% 101,9% 109,8% 116,6% 94,4% 101,0% 108,0% 109,8% 106,1% 110,5% 99,1% 100,3% 106,9% 106,3% 105,3% 104,7%
Cl ínica Cirurgica 138,2% 140,9% 118,7% 106,7% 105,2% 107,5% 45,0% 51,2% 53,3% 55,9% 34,9% 43,5% 132,6% 106,5% 49,8% 44,8% 83,4%
Cl ínica Médica 190,2% 189,9% 189,0% 173,4% 175,4% 155,3% 158,2% 173,8% 160,2% 160,1% 159,8% 157,3% 189,7% 168,1% 164,0% 159,1% 170,2%
Cl ínica Traumato-Ortopedia 143,0% 130,7% 140,1% 115,3% 87,1% 76,7% 87,8% 92,1% 92,1% 96,9% 94,1% 103,4% 137,9% 93,0% 90,7% 98,1% 104,9%
UTI Adulto 87,4% 88,9% 94,8% 91,0% 92,6% 95,0% 95,5% 96,1% 88,7% 94,8% 97,7% 94,5% 90,4% 92,9% 93,4% 95,7% 93,1%
UTI Coronária 92,1% 97,6% 91,9% 93,1% 94,3% 92,6% 86,6% 93,4% 96,3% 91,2% 95,4% 89,1% 93,9% 93,3% 92,1% 91,9% 92,8%
Total 131,1% 127,4% 130,0% 121,2% 114,3% 101,6% 103,4% 111,6% 108,9% 109,3% 109,7% 108,0% 129,5% 112,4% 108,0% 109,0% 114,6% Tabela 15: Valores de composição do cálculo da Taxa de Ocupação
6.8 Tempo de permanência hospitalar
A taxa de permanência hospitalar ultrapassou o recomendado
pela portaria nº 1101/2002 do Ministério da Saúde, onde a
referência é de 5,98 dias. Esse tempo médio de permanência se
deve em função da gravidade/complexidade dos pacientes
internados.
28
Entretanto, essa permanência diminuiria com a
disponibilização de vagas para pacientes renais crônicos em
clínicas satélites de diálise, falta de vagas de UTI
conveniadas e a pequena quantidade de leitos para pacientes
crônicos na rede complementar.
Tempo de Permanência Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez 1º Trim 2º Trim 3º Trim 4º Trim Anual
Cl ínica Cardiológica 7,0 5,8 8,1 6,0 6,0 7,1 6,4 7,1 4,9 5,7 6,9 6,4 7,0 6,4 6,1 6,4 6,5
Cirurgia Cardiológica 5,8 5,9 7,8 9,7 10,1 8,4 7,6 9,1 8,4 7,4 10,0 7,2 6,5 9,4 8,4 8,2 8,1
Cl ínica Cirurgica 5,1 4,2 6,9 8,5 5,7 5,8 4,7 5,4 8,1 7,5 6,9 5,9 5,4 6,7 6,1 6,8 6,2
Cl ínica Médica 8,9 9,8 11,0 9,1 9,1 8,7 8,2 8,7 7,2 8,1 9,5 7,8 9,9 9,0 8,0 8,4 8,8
Cl ínica Traumato-Ortopedia 7,5 6,8 7,9 5,2 3,7 3,9 4,1 4,6 4,1 4,2 4,5 4,3 7,4 4,3 4,2 4,3 5,1
UTI Adulto 5,8 6,2 11,3 8,5 9,0 9,2 11,8 9,0 7,0 9,2 12,2 10,1 7,8 8,9 9,3 10,5 9,1
UTI Coronária 4,3 4,8 5,3 4,8 4,6 4,7 4,2 3,9 4,2 3,4 4,4 4,0 4,8 4,7 4,1 3,9 4,4
Total 8,0 7,8 9,5 7,5 6,7 6,9 6,6 7,4 6,3 6,6 7,6 6,6 8,4 7,0 6,8 6,9 7,3 Tabela 18: Valores de composição do cálculo de Tempo de Permanência
29
7 COMISSÕES HOSPITALARES
7.1 Comissão de Ética Médica
A comissão de ética médica do Hospital Dom Helder Câmara,
em 2014, era composta pelos seguintes membros:
Membros efetivos:
1. Suênia Tavares de Machado França – CRM 7904;
2. Luiz Carlos Leitão Adeodato – CRM 8730;
3. Tarcísio Raul Lavareda de Souza Filho – CRM 14897;
4. Elizabeth Klaus Wanderley – CRM 8302.
Não há membros suplentes. O membro Luiz Adeodato desligou-
se desta unidade no último mês de maio. Foi encaminhada ao
CREMEPE solicitação para realização de eleição de novos
membros para comissão.
Neste período foram encaminhadas duas denúncias sobre atos
médicos que foram tradadas pela comissão e não teve maiores
repercussões pelo Conselho Regional de Medicina.
7.2 Comissão de Prontuários Médicos
A comissão de revisão de prontuários do Hospital Dom Helder
Câmara avalia, conforme determinação contratual, 10% dos
prontuários referentes às altas do mês vigente, analisando
dados de identificação do paciente; fichas de internamento;
relatos de anamnese, exames físicos, exames complementares
solicitados e seus respectivos resultados; verifica a presença
da evolução multidisciplinar diária, relato da equipe completo
de todos os procedimentos realizados, legibilidade,
identificação do profissional, prescrição médica, sumário de
alta e a organização padronizada do prontuário.
A comissão é composta por representantes médicos e da
enfermagem.
30
Com média mensal de 80 prontuários avaliados e atingindo
também, uma média de 94,1% da análise final de adequação dos
itens observados. Sendo, 95,6% da Traumatologia, 92,8% da
Cardiologia, 93,1% da Clínica Médica e 92,5% da Cirurgia
Geral.
7.3 Comissão de Óbito
Em 2014 foram constatados 968 óbitos no Hospital Dom Hélder
Câmara, expedidas 822 declarações de Óbito, 45 foram
encaminhados ao SVO e 101 encaminhados ao IML. Destes, 503 do
sexo masculino e 465 do sexo feminino.
Mortalidade Nº de Óbitos %
Janeiro 100 11,9%
Fevereiro 76 9,8%
Março 79 11,0%
Abril 75 9,1%
Maio 79 9,0%
Junho 78 10,5%
Julho 86 10,5%
Agosto 85 10,7%
Setembro 71 8,0%
Outubro 84 9,6%
Novembro 74 10,2%
Dezembro 81 9,4%
Total 968 100%
Tabela 19: Óbitos da unidade
Mortalidade Nº de Óbitos %
10 aos 19 10 1,0%
20 aos 29 32 3,3%
30 aos 39 45 4,6%
40 aos 49 62 6,4%
59 aos 59 113 11,7%
Mais de 60 706 72,9%
Total 968 100%
Tabela 20: Óbitos por Faixa etária
31
Durante esse período, tivemos 30 óbitos de mulheres em
idade fértil (de 10 à 49 anos). Em relação ao número de óbitos
por Infarto Agudo do Miocárdio foram contabilizados 117
óbitos, sendo esse com causa imediata ou intermediária da
declaração de óbito.
Quanto à mortalidade pós-operatória do hospital,
considerando os óbitos que ocorreram em até sete dias após a
realização de procedimento cirúrgico, foram contabilizados 118
óbitos, com taxa de mortalidade operatória de 1,91% no ano de
2014.
7.4 Notificação de acidentes por meio de transporte terrestre
Com relação a notificação de acidentes por meio de
transporte terrestre, destacamos os acidentes por motocicleta
com um total de 58,7% dos acidentes.
Acidentes Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Anual %
Atropelamento 20 15 9 9 8 17 5 5 10 8 8 6 120 6,6%
Automóveis 14 31 22 23 17 11 10 19 12 33 13 16 221 12,1%
Motocicleta 153 116 4 110 99 87 78 54 72 112 103 83 1071 58,7%
Bicicleta 10 7 109 8 5 5 5 2 3 1 3 5 163 8,9%
Outros 7 19 14 17 24 18 20 24 9 13 30 54 249 13,7%
Total 204 188 158 167 153 138 118 104 106 167 157 164 1.824 100,0%
Tabela 21: Acidentes terrestre
7.5 Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos
para Transplante - CIHDOTT
A CIHDOTT do Hospital Dom Helder Câmara foi instituída com
o objetivo de realizar busca ativa dos potenciais doadores de
órgãos e tecidos, bem como sensibilizar os profissionais da
instituição e familiares, a respeito do processo de doação,
conforme as Portarias GM nº 1.752/05 e nº 1262/06.
32
Em 2014, a CIHDOTT notificou 952 óbitos no Hospital Dom
Hélder Câmara, sendo 804 inviáveis para doação, os maiores
indicadores de inviabilidade foram sepse e inadequação da
faixa etária. Dos 148 óbitos viáveis, foram realizadas 30
doações de córnea e destes, 01 foi doador de rins.
As principais dificuldades para doação foram: o não
comparecimento dos familiares a unidade, acionamento da
família por meio de terceiros com resgate funerário acionado
pela família.
Faixa etária Total de óbitos Viáveis Doadores %
2 até 18 anos 05 02 40,0%
18 até 40 anos 38 04 10,5%
40 até 60 anos 71 14 19,7%
60até 75 anos 59 10 16,9%
Sem Documentos 03 00 0,0%
Tabela 23: Total de Distribuição etária dos óbitos viáveis
7.6 Comissão de Segurança do Paciente
A Comissão de Segurança do Paciente do Hospital Dom Helder
Câmara, foi criada para promover e apoiar a implantação de
ações voltadas a segurança da assistência ao paciente.
Promovendo a profilaxia de lesões acidentais e garantindo a
segurança do paciente, utiliza-se de sistemas e processos
operacionais que minimizam a probabilidade de erros e
maximizem a probabilidade de interceptá-los quando de sua
ocorrência.
São objetivos desta comissão, evitar, prevenir e/ou
corrigir eventos adversos que podem resultar da prestação de
cuidados à saúde. Identificação, análise e gestão de riscos
relacionados ao paciente, visando proporcionar ao usuário um
atendimento mais seguro, minimizando os danos desnecessários,
vinculados à assistência.
33
A Comissão de Segurança do Paciente é composta por uma
equipe multidisciplinar, atuando como membros consultores e
executores, composta das seguintes coordenações: coordenações
médicas, de enfermagem, Diretoria Técnica, Comissão de
Curativos, Educação Permanente, CCIH, Agência Transfusional,
Farmácia, Engenharia Clínica, Bloco Cirúrgico, da Nutrição e
da Tecnologia da Informação.
34
8 GESTÃO FINANCEIRA
Resumo Financeiro do Exercício Valor
Valor Repassado no Exercício R$ 74.377.421,70
Despesa Total do Exercício -R$ 72.512.146,11
Saldo do Contrato de Gestão no Exercício R$ 1.865.275,59 Tabela 24: Resumo Financeiro 2014
Os dados acima correspondem aos valores informados na
planilha contábil-financeira da Secretaria Estadual de Saúde -
SES. No campo “despesa total do exercício”, os valores com as
despesas de insumos são os de consumo, e os valores com as
despesas com serviço terceirizado são por regime de
competência. No campo “valor repassado no exercício”, os
repasses do contrato de gestão foram registrados por
competência independente da sua data de pagamento. Assim, o
“saldo do contrato de gestão no exercício”, não considera o
saldo com despesa de insumos no estoque.
A proposta de repactuação para o 5º ano do contrato de
gestão, período 01 de julho de 2014 a 30 de junho de 2015, foi
apresentada em 11 de abril de 2014. Considerando a superação
das metas de atendimento, conforme demonstrado nas avaliações
trimestrais da SES e histórico de custo, foi solicitado a
majoração do repasse mensal para o valor de R$7.381.050,92,
correspondente a 22,78% de reajuste com a finalidade de
preservar o equilíbrio econômico-financeiro do contrato.
Entretanto, em 01 de julho de 2014, o reajuste concedido pela
SES foi de 8,35%, para o repasse mensal no valor de
R$6.454.251,02. Nesta proposta, não foi solicitado alteração
das metas contratuais, apenas o reajuste financeiro. Também,
foi considerado os dissídios anos 2014 e 2015, pois como o
final do período do quinto ano é em junho de 2015, os
dissídios do primeiro semestre 2015 foram incluídos nos
cálculos.
35
Com a repactuação não satisfatória, o saldo de provisão e
as necessidades de despesas com manutenção e infraestrutura
ficaram comprometidas. Porém, todos os compromissos
financeiros com pessoal e fornecedores foram liquidados. O
ano de 2014 foi concluído sem acúmulo de saldo devedor.
36
9 ACONTECEU NO HDH EM 2014
9.1 Diretoria de Ensino e Pesquisa
Em 2014 houve a mudança da direção de ensino e pesquisa no
mês de agosto. As principais realizações nesse período foram:
Consolidação do programa de residência médica em traumato-
ortopedia, com nomeação de novo supervisor de programa e
reestruturação e adequação do conteúdo teórico-prático
exigido pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC).
Aprovou-se 2 novos programas de residência (clínica médica
e fisioterapia intensiva)
Conseguiu-se incentivo financeiro do MEC para readequação
dos programas de residências já instalados (cardiologia
de traumato-ortopedia).
Incentivo ao corpo clinico a ingressar em programas de
pós-graduação (mestrado e doutorado).
Realização do concurso conjunto de acadêmicos de medicina
e enfermagem com o Hospital Miguel Arraes.
9.2 Serviço Social
Inserção de uma Assistente Social específica para
atendimento no ambulatório, contribuindo, assim, no processo
de referência e contra referência de pacientes do SUS.
Elaboração do plano de ação do Serviço Social e o
procedimento operacional padrão (POP), aprovado pela
direção técnica e superintendência em agosto de 2014, os
quais descrevem os objetivos e as principais ações
desenvolvidas pelo Serviço Social na unidade;
Construção do seminário e fluxo de violência, contribuindo
com a qualidade na assistência prestada às usuárias
vítimas de violência, em especial a doméstica que chega
ao HDH, conforme preconiza a política nacional de
assistência às vítimas de violência do SUS.
37
Foto 01: Seminário Notificação de violência
Realização de constantes atividades sócio-educativas
voltadas para os usuários e profissionais da unidade.
Dentre as ações realizadas destacam-se:
1) Ação no dia da mulher, com participação da equipe
multiprofissional do HDH. O evento ocorreu em março no
auditório e foi direcionado para usuários e
profissionais.
2) Seminário do dia do idoso, o qual também foi um evento
multiprofissional, incluída a participação do
superintendente Dr. Audes Feitosa.
3) roda de conversa no dia da pessoa com deficiência,
atividade voltada para os acompanhantes, com participação
da fisioterapia. Além de atividades semanais com os
usuários do ambulatório sobre temas ligados aos direitos
dos usuários do SUS e prevenção à saúde.
Realização de capacitações periódicas com a equipe do
Serviço Social do HDH, visando aprimorar a qualificação e
prestar assistência com mais qualidade aos usuários.
39
Foto 04: Sensibilização para doação de sangue e doação de órgãos
Fortalecimento da parceria HDH, Secretaria de Saúde do
Cabo de Santo Agostinho e Secretaria Estadual de Saúde
para pacientes com necessidade de Assistência Domiciliar.
Foto 05: Fortalecimento da Assistência Familiar
40
9.3 Serviço de Fisioterapia
Implantação do Programa de Residência em Fisioterapia em
Terapia Intensiva: 02 (dois) aprovados no último processo
de seleção da Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco
(início em março/2015). Desta forma contribuímos para
consolidação do papel do HDH como centro formador;
Criação do Ambulatório de Reabilitação Cardiopulmonar:
Iniciou suas atividades em outubro/2014 sendo um dos poucos
serviços com essa característica disponíveis na rede do SUS
em toda região norte/nordeste. Realiza cerca de 80
atendimentos/mês, contando com a atuação de 01 (um)
fisioterapeuta diarista, no turno da manhã.
9.3.1 Desafios para 2015
Aumento do número de vagas no Programa de Residência em
Fisioterapia em Terapia Intensiva para 03 (três). Ampliação
do período de atendimentos no Ambulatório de Reabilitação
Cardiopulmonar para 02 (dois) turnos atendendo, desta
forma, à demanda originária do ambulatório de egressos
desta unidade;
Ampliação do período de atendimentos nas enfermarias para
feriados e finais de semana, aumentando desta forma a
qualidade da assistência prestada neste setor, reduzindo as
admissões nas UTI, na área vermelha da emergência e
diminuindo o tempo de permanência hospitalar;
Ampliação da assistência fisioterapêutica para (02) dois
turnos (matutino e vespertino) na área vermelha da
emergência em virtude da elevada prevalência de pacientes
em ventilação mecânica invasiva ou não invasiva neste
setor.
41
9.4 Agência Transfusional
A Agência Transfusional é uma unidade de localização
geralmente intra-hospitalar que armazena, realiza testes de
compatibilidade entre doador e receptor e transfunde os
hemocomponentes liberados. O suprimento de hemocomponentes é
feito, mediante contrato, pelo HEMOPE. É responsável por
manter registros relativos aos testes e as transfusões
realizadas, garantindo a rastreabilidade dos hemocomponentes
recebidos e transfundidos incluindo o vínculo entre o
hemocomponente e o receptor, bem como, das unidades
descartadas.
FOTO 06: Palestra sobre Ciclo do Sangue e práticas hemoterápicas
A Agência Transfusional do HDH, também tem um papel
fundamental de orientação e sensibilização, quantos as
práticas hemoterápicas e a importância das doações de sangue,
trabalho este realizado principalmente com os acompanhantes
dos pacientes.
42
FOTO 07: Palestra Administração de hemocomponentes
9.5 Nutrição
Visando a segurança e satisfação da nutrição o setor passou
por uma reforma em sua estrutura física, contemplando a troca
do piso na sala de cocção e refeitório, construção de
prateleiras no estoque de gêneros secos, estoque de dietas e
lavagem de panelas e a pintura de todo setor. Destacando-se
pequenos e essenciais reparos.
A reforma foi planejada contemplando a diminuição do risco
de acidentes, e aumentando a segurança alimentar que é o
fundamento prioritário da equipe.
9.6 Psicologia
O Serviço de Psicologia do Hospital Dom Helder Câmara
trabalhou, durante o ano de 2014, viabilizando suas atividades
no sentido de alcançar o maior número de pacientes atendidos,
sem prejuízo à qualidade da assistência prestada.
43
O atendimento, a princípio, é realizado de forma subjetiva,
fazendo a escuta, e permitindo ao paciente o direito de livre
a expressão, respeitando sua autonomia e valorizando sua
personalização. Levamos em conta a acolhida do enfermo e o
nosso interesse pelo seu todo, atuamos como facilitadores das
emoções e reflexões.
Destacamos a seguir algumas ações que nos permitiram fazer
um Serviço de Psicologia mais dinâmico e atuante:
Em fevereiro de 2014 iniciamos o projeto “Oficina de
Música” onde buscamos e selecionamos músicos que se
disponibilizaram de forma voluntária, trazendo música
para nossos pacientes nos leitos das enfermarias, UTI e
emergência, momentos lúdicos que abrangem não só os
pacientes, como também acompanhantes, familiares,
colaboradores e equipes de serviço, sempre assistidos
pelos profissionais que fazem o apoio da Psicologia.
Foto 08: Oficina de Música Enfermaria - Parte I
44
Foto 09: Oficina de Música Enfermaria – Parte II
Foto 10: Oficina de Música Enfermaria – Parte III
45
Mais um projeto idealizado e colocado em prática foi o
“Trabalhando com o Lúdico” onde foi possível trazer para
o hospital voluntários selecionados, personificados,
ilustrando datas comemorativas, favorecendo aos
pacientes, familiares, acompanhantes e colaboradores
momentos diferenciados objetivando uma leitura positiva
frente ao processo de hospitalização e do adoecer.
Foto 11: Trabalhando o Lúdico – Parte I
46
Foto 12: Trabalhando o Lúdico – Parte II
A implantação do apoio psicológico compondo a equipe da
UTI de segunda a sexta feira, permanecendo durante o
horário de visita, levando, quando necessário,
intervenção psicológica e suporte emocional também para
familiares viabiliza a possibilidade de favorecer a
minimização de sofrimentos psíquicos ali instalados.
O início do serviço para atendimento ambulatorial,
enriquece nosso trabalho, nos permitindo, após
atendimento e avaliação, quando entendemos necessário e
acordado com o paciente, realizar encaminhamento para
intervenção psicoterapêutica no município de origem do
paciente, de forma articulada com a rede de saúde,
garantindo ao paciente a real possibilidade de
atendimento psicoterapêutico compatível com as suas
necessidades.
47
9.7 Educação Permanente
Conforme a Portaria GM/MS nº 1.996, de 20 de agosto de
2007, que dispõe sobre as diretrizes para a implementação da
Política Nacional de Educação Permanente em Saúde, é
importante considerar as especificidades do serviço, as
necessidades de formação e desenvolvimento para o trabalho em
saúde e a capacidade já instalada de oferta institucional de
ações formais de educação na saúde. Além disso, propõe-se a
proposição de intervenções, no planejamento e desenvolvimento
de ações que contribuam para o cumprimento das
responsabilidades assumidas, considerando a Gestão do serviço.
O Setor de Educação Permanente do HDH desenvolveu no
decorrer do ano de 2014, treinamentos dados aos funcionários de
enfermagem (Técnicos em enfermagem e Enfermeiros), tendo como
objetivo abordar as dificuldades existentes na prática
assistencial e capacitar os funcionários. Aulas diurnas e
noturnas tendo como meta 100% de presença da equipe.
Foto 13: Reuniões Científicas
48
Quantidade de
Participantes
865
104
57
6
1974
112
40
36
36
13
12
112
315
34
12
37
7
36
45
57
22
18
21
7
49
22
4.049TOTAL
Administração de Nutrição Parenteral Total (NPT)
Cuidados com o Pré e Pós-Operatório dos Procedimentos de Hemodinâmica
Administração de Hemocomponentes e suas reações transfusionais
Drogas Vasoativas (Equipe da Cardiologia)
Parada Cardiorrespiratória
Higiene e Limpeza no Controle da Infecção Hospitalar
Saúde do Idoso – Serviço Social
Público-Alvo - Enfermeiros
Público-Alvo - Enfermeiros e Técnicos de Enfermagem
Público-Alvo - Diversos Profissionais
Soluções para Prevenção de Lesões
Gaze com Polihexametileno de Biguanida-PHMB
Doenças passíveis de circulação durante e após a Copa do Mundo 2014
Atualização do procedimento de notificação de dados do SINATT
Identificação do Paciente – Protocolo de Segurança do Paciente
Violência e Saúde: Responsabilidade da notificação pelos profissionais de saúde
Atendimento Pré-Hospitalar – APH
Ciclo do sangue, práticas hemoterápicas
Atualização em Parada Cardiorrespiratória
Manuseio correto do Glicosímetro
Curso
Discussão do Procedimento Operacional Padrão - Módulo I ao VIII
O papel do CIHDOTT e a doação de órgãos
Segurança do Paciente e Ética profissional
Segurança do Paciente e Ética profissional (Continuação)
Norma Regulamentadora 32 (NR 32)
Montagem e Utilização do Ambú
Profilaxia de Tromboembolismo Venoso-TEV
Curativos
Manuseio correto do Glicosímetro
Tabela 25: Treinamento com Diversos Profissionais
50
Foto 16: Treinamento sobre TEV – Parte II
9.7.1 Desafios para 2015
Melhorar a qualidade da Assistência e humanização;
Estar à frente das necessidades dos profissionais dos
setores;
Atingir 100% dos profissionais do HDH;
Fortalecer as relações interpessoais entre os
colaboradores.
9.8 Núcleo Interno de Regulação - NIR
O Núcleo Interno de Regulação (NIR) é o setor responsável
pela regulação interna dos leitos da unidade, de acordo com as
necessidades do paciente e respeitando o perfil assistencial e
a capacidade instalada. O NIR faz a interface do hospital com
a central de regulação e os núcleos internos de outras
unidades, solicitando, quando necessário, exames, consultas e
transferências das especialidades que a unidade não dispõe.
O NIR pode ser considerado uma ferramenta de gestão que
trabalha de forma colegiada, em parceria com todos os setores
e seus responsáveis, tendo como foco a qualidade da
assistência prestada ao paciente.
51
Os gráficos sete e oito usam o seguinte critério: tendo
como referência a tabela do Sistema Único de Saúde – SUS, que
preconiza o tempo de internação permitido para cada
procedimento informado na Autorização de Internação Hospitalar
– AIH.
Conceituação Critérios de Atribuição de Conceito
- Bom 50% do Preconizado pela tabela SUS
- Regular > 50% até 100% do Preconizado pela tabela SUS
- Ruim > 100% até 200% do Preconizado pela tabela SUS
- Fora do Padrão > 200% do Preconizado pela tabela SUS
Quatro 3: Codificação da tabela de referência do tempo de permanência
O resultado obtido através de análises comparativas entre
as diárias e os procedimentos pelos quais os pacientes foram
internados e o tempo é apresentado no gráfico 07.
Gráfico 07: Tempo de Internamento x Procedimento de Internamento
por especialidade no ano de 2014
52
Pode-se observar que dos pacientes internados, distribuídos
por suas respectivas clínicas, obtivemos um desempenho acima
do esperado devido principalmente à falta de leitos de
retaguarda, clinica satélite para hemodiálise.
Gráfico 07: Tempo de internamento X Procedimento de Internamento
no ano de 2014
Ainda é possível destacar que os melhores desempenhos são
na clínica Ortopédica, clinica Cirúrgica e clinica
Cardiológica, com um indicador superior a 69% dos pacientes
tendo uma permanência igual ou inferior ao preconizado no SUS,
devido principalmente à eficiência na rotina cirúrgica e uma
hemodinâmica funcionando 24h.
O NIR neste processo, tem o papel de acompanhar e indicar
os pacientes internados com maior permanência, buscando assim
a eficientização das condutas para a evolução dos mesmos,
paralelamente buscamos um melhor desempenho da urgência
transferindo pacientes que tenham condições em parceria com a
central de leitos na busca de leitos fora da unidade.
53
9.9 Coordenação Médica – Clínica Traumatológica
“Padrão de excelência na traumatologia do HDH
Com base nas melhores diretrizes e guidelines, o Hospital Dom
Helder Câmara (HDH) criou um modelo para revolucionar o setor do
hospital onde a resolutividade é mais importante: a Traumatologia.
Todas as fraturas expostas são operadas no mesmo dia, e as
outras fraturas em até 24 ou 48 horas de internação - salvo,
contraindicação médica. Todo o processo é monitorado com o maior
cuidado possível, nada pode sair errado. Trata-se da atual rotina da
traumatologia do HDH, que adota um novo sistema de atendimento ao
paciente vítima de trauma, nomeado de Pronto Atendimento Inteligente
(HDH-PAI).
O processo sistematizado de atendimento busca chegar à maior
eficiência e se tornou uma obsessão da traumatologia do HDH. Um dos
diferencias significativos entre esse modelo e a assistência
tradicional está no tempo que o paciente leva para ter sua cirurgia
realizada. Se, antes, os casos menos complexos iriam parar no fim da
fila e aguardavam por dias até serem operados, o novo sistema reduz
drasticamente a espera para realizar sua cirurgia. Nosso tempo médio
de permanência, que girava em torno de sete à dez dias, hoje é
inferior a quatro dias.
A partir do momento em que chega à Emergência, o paciente começa
a ser monitorado, e cada fase é comunicada a equipe encarregada pelo
passo seguinte, componentes que colaboram para a eficiência e
agilidade, trazendo não só conforto para o paciente, mas também um
melhor resultado final dessa assistência.
Todos os procedimentos são monitorados e controlados pelo Núcleo
Interno de Regulação - NIR. De lá, monitoramos o horário da
solicitação, da execução e de quando o paciente foi reavaliado e
realizou exames. Isso é gerenciado dia a dia, para que os gargalos
sejam minimizados e os pacientes possam ser atendidos com mais
eficiência e agilidade. Com isso, a eficácia do atendimento também
tende a melhorar, sem perder o foco em segurança, qualidade e
humanização.
As coisas precisam acontecer o paciente não precisa ser visto
sempre pelo mesmo médico, pois tudo está compartilhado, o que
54
agiliza todo atendimento. Mas quem faz a revisão ambulatorial da
cirurgia é o traumatologista que realizou a cirurgia.
O HDH-PAI é uma criação para fazer frente a grande demanda da
traumatologia no litoral sul de Pernambuco. Para desenvolver esta
estratégia, os profissionais do HDH se basearam em vários estudos da
literatura mundial sobre o tema, não conhecemos outros modelos
semelhantes. Ao final, desenvolvemos uma metodologia própria. Sempre
na busca do #hdh4 (significado, hospital Dom Helder pra você).”
Audes Feitosa, Caderno Opinião do Diário de Pernambuco,
página a8 de 02 de agosto de 2014.
Foto 17: Reportagem do Jornal Diário de Pernambuco de 02.08.2014
55
10 RELATÓRIO DE EXECUÇÃO FÍSICO-FINANCEIRA
HOSPITAL DOM HELDER CAMARA
EXTRATO DE RELATÓRIO DE EXECUÇÃO FÍSICO-FINANCEIRA
EXERCÍCIO 2014
Nome e CNPJ: FUNDAÇÃO PROFESSOR MARTINIANO FERNANDES - 09.039.744/0001-94
Nome do Parceiro Público: Estado de Pernambuco - Secretaria Estadual de Saúde
Resumo do Objeto do Contrato de Gestão: Operacionalização da Gestão e a Execução de Ações e Serviços da Saúde a Serem Prestados no Hospital Metropolitano Sul Dom Helder Camara
Valor Estipulado no Contrato de Gestão: R$77.451.012,24
Data da Assinatura e de Término do Contrato de Gestão: 24 de Maio de 2010 - 24 de Maio de 2015
EXECUÇÃO FÍSICO-FINANCEIRA
Meta de Produtividade Pactuada
(Jan a Dez/2014) Indicador
Resultado Alcançado (Jan a Dez/2014)
1 - Internação 9.516 Saídas 9.740 Saídas
2 - Ambulatório 42.000 Consultas 47.913 Consultas
3 - Urgência 28.800 Atendimentos 31.963 Atendimentos
4 - Atividades em Bloco Cirúrgico 3.156 Cirurgias 6.171 Cirurgias
Meta de Qualidade Pactuada
(Jan a Dez/2014) Indicador
Resultado Alcançado (Jan a Dez/2014)
1- Qualidade da Informação
1.1 - Apresentar Faturametno AIH 100% das Saídas 111,3%
1.2 - Diagnóstico Secundário por Especialidade
22% Cl. Cirurgica 14% Cl. Médica
86,4% Cl. Cirurgica 62,2% Cl. Médica
1.3 - Taxa de Identificação da Origem do Paciente
98% CEP Válidos 98,7%
2- Atenção ao Usuário
2.1 - Resolução de Queixa Maior ou igual 80% 100,00%
2.2 - Pesquisa de Satisfação Maior ou igual 10% dos
atendimentos 20,9% (internados)
16,7% (ambulatorial)
3- Controle de Infecção Hospitalar Relatório Mensal CCIH
para UTI Adulto Meta Atingida
4 - Mortalidade Operatória Relatório Mensal 1,91%
Resumo Financeiro do Exercício Valor R$
Valor Repassado no Exercício R$ 74.377.421,70
Despesa Total do Exercício R$ (72.512.146,11)
Saldo do Contrato de Gestão no Exercício R$ 1.865.275,59
Responsável pela Execução do Contrato de Gestão AUDES DIOGENES DE MAGALHAES FEITOSA - SUPERINTENDENTE
56
11 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A análise das informações contidas neste relatório
confirmam a consolidação do Hospital Dom Helder Câmara como
uma referência no atendimento do SUS em nosso Estado. Há que
se considerar, que, a despeito de todas as adversidades
pertinentes à gestão de uma Unidade de Saúde numa região pobre
e com carências cristalizadas, não apenas atingimos plenamente
todas as metas definidas mas, em alguns casos, conseguimos
superá-las. Assim é que, diante dos resultados aqui expostos,
entendemos que além de ter sido possível consolidar o perfil
desta Unidade, conseguimos oferecer uma contribuição ao
Sistema Locorregional de atenção à saúde na busca da
eficiência e da humanização.
Destacamos, por oportuno, que o trabalho aqui realizado só
foi possível graças ao empenho de toda uma equipe que acredita
que as dificuldades devem ser enfrentadas como desafios e não
como impossibilidade. Reafirmamos portanto, nosso compromisso
de nos empenharmos no processo de repactuação e atualização de
contratos de gestão, com vistas à obtenção do objetivo maior
dos que militam na área de saúde: SERVIR SEMPRE MAIS E MELHOR.
Cabo de Santo Agostinho, 26 de Fevereiro de 2014
Audes Diógenes de Magalhães Feitosa
Superintendente
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