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FACULDADE ESTÁCIO DE SÁ
SÍNTESE DE FÁRMACO
RELATÓRIO: SÍNTESE DA ACETANILIDARosangela Pereira Teodosio1; Paulo 2; Rosemary Matias3
1Acadêmica do Curso de Farmácia da Faculdade de Estácio de Sá. 2Técnico do Laboratório de Química da Faculdade de Estácio de Sá. 3Professora da Disciplina de Química Analítica Qualitativa da Faculdade de Estácio de Sá.
RESUMO
Derivados acetilados de aminas aromáticas podem ser preparados por reações a partir das aminas aromáticas juntamente ao anidrido ou acido acético ou a mistura de ambos. Um dos derivados acetilados é a acetanilida, que é um reagente de partida para várias sínteses orgânicas. A acetanilida assim como a fenacetina possuem propriedades analgésico-antipiréticas. Analgésicos são drogas que aliviam a dor sem causar inconsciência, eles podem atuar perifericamente através da modificação dos impulsos nervosos na origem da dor e podem atuar centralmente através do bloqueio da transmissão nervosa no sistema nervoso central A acetanilida é bastante tóxica e causa sérios problemas no sistema de transporte de oxigênio da hemoglobina. Seu derivado p-etoxi, a fenacetina, é muito utilizado em combinação com salicilatos, que são substâncias excepcionalmente seguras, porém o uso em excesso pode causar efeitos adversos. Objetivos desta técnica são: realizar a síntese de purificação da acetanilida, a partir da acetilação da anilina .
Palavras-Chave: Síntese, Anilina , Anidrido acético
Introdução
INTRODUÇÃO
Derivados acetilados de aminas aromáticas
podem ser preparados por reações a partir das
aminas aromáticas juntamente ao anidrido ou acido
acético ou a mistura de ambos. Um dos derivados
acetilados é a acetanilida, que é um reagente de
partida para várias sínteses orgânicas (MORITA &
ROSELEY, 1972)
A acetanilida assim como a fenacetina
possuem propriedades analgésico-antipiréticas.
Analgésicos são drogas que aliviam a dor sem
causar inconsciência, eles podem atuar
perifericamente através da modificação dos
impulsos nervosos na origem da dor e podem atuar
centralmente através do bloqueio da transmissão
nervosa no sistema nervoso central A acetanilida é
bastante tóxica e causa sérios problemas no sistema
de transporte de oxigênio da hemoglobina. Seu
derivado p-etoxi, a fenacetina, é muito utilizado em
combinação com salicilatos, que são substâncias
excepcionalmente seguras, porém o uso em
excesso pode causar efeitos adversos
(KOROLKOVAS & BERICKHALTER, 1982)
As aminas podem ser aciladas de diversas
maneiras, utilizando – se anidrido acético, cloreto
de acetila ou ácido acético glacial. O anidrido
acético é o composto carboxílico mais utilizado e
preferido para a síntese em laboratório da
acetanilida, pois sua taxa de hidrólise é baixa o
suficiente para permitir que a acetilação ocorra em
solução aquosa e que se obtenha um produto de
alta pureza e com bom rendimento. Porém a
utilização do anidrido não é adequada para o uso
com aminas desativadas (bases fracas). A
utilização do acido acético glacial é
economicamente interessante comercialmente e o
uso do cloreto de acetila é insatisfatório para este
procedimento
Uma recristalização é uma purificação. O
seu procedimento vai depender do quão misturado
está o produto final e do quão solúvel ele é em
determinados solventes. O procedimento de
recristalização é dado em algumas etapas: escolha
do solvente, dissolução e filtração a quente,
cristalização, filtração e a secagem dos cristais.
Uma etapa importante deste procedimento é a
escolha do solvente que deve dissolver o sólido
enquanto quente, não deve dissolver o composto
enquanto frio, e deve manter as impurezas
dissolvidas nele.
Da Acetalida ao Paracetamol:
A história do paracetamol, que é um
análogo da acetanilida e da fenacetina (na verdade,
é o metabólito ativo das duas), remete a um
conjunto de descobertas.Tudo começou em 1886,
com a descoberta (acidental!) pelos pesquisadores
Arnold Cahn e Paul Hepp, de que a acetanilida
funcionava como um poderoso antipirético. Nesta
ocasião, eles estavam testando o naftaleno como
um possível vermífugo. Os primeiros resultados
não foram animadores, então, Hepp testou esse
composto num paciente que tinha uma grande
variedade de reclamações, incluindo vermes.
Pouco tempo depois, Hepp relatou ao seu colega
Campo Grande, junho de 2013. 2
que o naftaleno possuía uma propriedade milagrosa
de reduzir a febre. Na tentativa de verificar essa
observação, eles descobriram que o frasco que eles
pensavam ser de naftaleno, aparentemente, tinha
sido rotulado de forma errada. Ao analisar a
amostra contida no frasco, descobriram que não era
naftaleno, pois não tinha o cheiro característico (de
naftalina). Frustrados, eles procuraram o primo de
Hepp que era químico, e descobriram que a
substância presente no frasco era, na verdade, a
acetanilida. Pouco tempo depois, a acetanilida
passou a ser comercializada com o nome de
"Antifebrin" pela companhia Kalle.
A publicação de Cahn e Hepp, descrevendo suas
experiências com a acetanilida chamou a atenção
de Carl Duisberg, diretor de pesquisa da empresa
Bayer, na Alemanha. Duisberg tinha um problema,
que era se livrar de quase 50 toneladas de p-
aminofenol, um subproduto de síntese de outros
produtos da Bayer.
Foi então que Oscar Hinsberg,
químico da Bayer, percebeu a possibilidade de
converter o p-aminofenol num composto
semelhante a acetanilida, colocando um grupo acila
no nitrogênio. Na época, acreditava-se que todos os
compostos contendo um grupo hidroxila em um
anel de benzeno (fenóis) eram tóxicos. Hinsberg
concebeu um esquema de modificação estrutural, e
assim obteve a fenacetina.
A fenacetina se tornou um analgésico e antipirético
muito eficaz, sendo menos tóxico do que a
acetanilida. Ela foi utilizada por mais de 90 anos,
sendo um grande sucesso da Companhia Bayer, até
descobrirem que poderia ser carcinogênica e causar
danos aos rins no tratamento crônico. Hoje a
fenacetina não é mais utilizada, pois foi substituída
pelo paracetamol (KOROKOVAS &
BERICKHALTER, 1982)
Objetivos
Os objetivos desta técnica são: realizar a síntese e
purificação da acetanilida, a partir da acetilação da
anilina.
Reação:
Material e Métodos
Materiais:
bequer;
funil de buchner;
bastão de vidro;
papel de filtro;
Anilina;
Anidrido acético;
Ácido acético glacial;
Campo Grande, junho de 2013. 3
Reagentes:
C6H5NH2 ( d: 1,02) 15,5g = 15,2 ml = 0,17 mol
(CH3CO)2O (d: 1,08) 18,3g = 17 ml = 0,18 mol
CH3COOH (d: 1,05) 16,7g = 15,9 ml = 0,28 mol
CH3COONa 4,2g = 0,05 mol
Procedimento:
Em um béquer, em capela, fazer uma
suspensão de 4,2g de acetato de sódio anidro,
pulverizado, em 16,7g (15,9 mL) de ácido acético
glacial . Em seguida adicionar agitando 15,5g
(15,2 mL) de anilina, e finalmente 18,3g ( 17 mL)
de anidrido acético, em pequena porções . A
reação é rápida. Terminada a reação, adicionar à
mistura, com agitação, 250 mL de água, separando-
se a acetanilida em palhetas cristalinas, incolores.
Resfriar, filtrar em buchner, lavar com água gelada
para a remoção dos reagentes residuais. Secar ao ar
ou em estufa a 50ºC. Não é necessário maior
purificação. Nas condições de reação, forma-se
apenas o produto monoacilado; se houver
aquecimento prolongado, haverá diacetilação
(MORITA & ROSELEY, 1972).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
foto 1a
1a. Acetato de sódio (4,2g), 15,9 mL de ácido
acético gracial.
foto 2b
foto 2b
2b. adicionando 15,2 mL de anilina;
foto 3c
3c. adicionando 17 mL de anidrido acético em
pequenas porções, com constante agitação.
foto 4d
4d. precipitado acetanilida
Campo Grande, junho de 2013. 4
foto 5e
5e. Adicionado água destilada gelada.
foto 6f
6f. Após filtragem do material, obtem-se a
acetalinida purificada.
Conclusão
Mecanismo da reação: acetalinida
O presente experimento permite constatar a
eficiência do método de obtenção da acetanilida,
por meio da conversão do grupo amino da anilina
em um grupo acetamida, salientam-se maiores
cuidados no processo de purificação do produto,
pois é possível que muito do produto se perca
nessa etapa. Todavia é certa a obtenção da
acetanilida.
Agradecimentos
A Faculdade Estácio de Sá.
Referências
KOROLKOVAS, Andrys & berickhalter, Joseph H. Química Farmáceutica ed. Guanabara Koogan SP, 1982
MORITA, Tokio, Assunção. Roseley, Maria Veigas. Manual de soluções, reagentes e solventes: padronização, preparação, purificação. 2o ed. São Paulo . Edgar Bleicher, 1972.
RUSSEL, John B.; Química Geral; vol.2; 2ºed; São Paulo: Makron Books, 1994
SOLOMONS, T. W.; FRYHLE, C. B. Química Orgânica. 8ª Ed. Vol. 2. Rio de Janeiro: LTC, 2006.
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