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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO - SEED
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO - SUED
DIRETORIA DE POLÍTICAS E TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS – DPPE
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ - UFPR
MARIA GORETE OSTAPECHEM
PRÁTICA DE LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTOS A PARTIR DAS
CRÔNICAS DE LUÍS FERNANDO VERÍSSIMO: ADAPTAÇÃO PARA
CURTA-METRAGEM E FOTONOVELA
COLOMBO
2014
MARIA GORETE OSTAPECHEM
PRÁTICA DE LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTOS A PARTIR
DAS CRÔNICAS DE LUÍS FERNANDO VERÍSSIMO:
ADAPTAÇÃO PARA CURTA-METRAGEM E FOTONOVELA
COLOMBO
2014
Produção Didática Pedagógica -
Unidade Didática apresentada ao
Programa de Desenvolvimento
Educacional (PDE) da Secretaria do
Estado da Educação (SEED).
Orientador: Prof. Dr. Bruno B. Dallari
Título: Prática de Leitura e Produção de Textos a partir das Crônicas de Luís
Fernando Veríssimo: Adaptação para Curta-metragem e Fotonovela.
Autor: Maria Gorete Ostapechem
Disciplina/Área:
Português
Escola de Implementação do Projeto e sua localização:
Colégio Estadual Tancredo de Almeida Neves
Município da escola: Colombo - PR
Núcleo Regional de Educação: Metropolitano Norte
Professor Orientador: Bruno B. Dallari
Instituição de Ensino Superior: UFPR
Resumo:
Esta Unidade Didática intitulada: “Prática de
Leitura e Produção de Textos a partir das
Crônicas de Luís Fernando Veríssimo:
Adaptação para Curta-metragem e
Fotonovela” será realizada com alunos do 2º
ano do Ensino Médio, do Colégio Estadual
Tancredo de Almeida Neves, no município de
Colombo – PR, e tem por objetivo
proporcionar o desenvolvimento da leitura e
da escrita. Fundamentada pelas Diretrizes
Curriculares do Estado do Paraná, a qual
refere que: “É tarefa da escola possibilitar que
seus alunos participem de diferentes práticas
sociais que utilizem a leitura, a escrita e a
oralidade, com a finalidade de inseri-los nas
diversas esferas de interação”. A intenção é
despertar no educando o interesse, a
habilidade e a competência de leitor, pois a
falta de domínio da leitura e escrita interfere
na qualidade do ensino das escolas públicas,
e a má formação escolar exclui o sujeito da
sociedade, por não ser capaz interagir
coerentemente no espaço social. De acordo
com Bakhtin: ”os seres humanos agem em
determinadas esferas de atividades, e essas
esferas implicam a utilização da linguagem na
forma de enunciados nas esferas de suas
ações”.
Palavras-chave: Leitura e Escrita: Uma Prática Social.
Formato do Material Didático: Unidade Didática
Público:
Alunos do 2º ano do Ensino Médio.
APRESENTAÇÃO
Esta Produção Didática Pedagógica - PDE/2014-2015 propõe trabalhar
com os alunos do 2º ano do Ensino Médio, a formação do aluno leitor, e
desenvolver o processo da escrita utilizando-se das crônicas de Luís Fernando
Veríssimo. A partir deste trabalho, espera-se que o educando seja capaz de
extrair a essência do texto, de interpretar, de compreender, de produzir
relações a outros textos, seja veiculado nas mídias; no jornal impresso, em
revistas, artigos, livros científicos, e etc. Pois para as Diretrizes Curriculares do
Estado do Paraná, a prática da leitura nos diferentes contextos requer do
sujeito compreensão em relação às esferas discursivas em que os textos são
produzidos, onde circulam, assim como intenção do interlocutor. Um trabalho
que amplie o horizonte de expectativas do educando, pois percebe-se
fragilidades em relação à habilidade e competência leitora de sujeitos que
passaram pela educação básica e acadêmica.
O pré-adolescente, o jovem adolescente, que cursa as séries finais do
ensino fundamental e ensino médio demonstra claramente o desinteresse
quanto ao ato de ler, e isto, é incondicional à escola para que promova o
ensino e a aprendizagem.
Um dos problemas, talvez, da falta de hábito e gosto pela leitura é a de
muitos educadores valorizarem a condição de leitor, ao frequentador de
bibliotecas na busca da literatura paradidática; o que lê romances, poemas,
contos, crônicas, etc. e não reconhecer que leitor é o que lê revistas, artigos,
páginas policiais e esportivas de um jornal, etc., o que lê um manual de X-Box,
uma revista de seu interesse, é o que acessa e lê blog, Twitter, o edital de um
processo seletivo de concurso, compreende o contexto de uma propaganda, o
discurso de um representante da esfera política, o que analisa o contexto de
uma novela, de um programa de humor, de um desenho animado, etc.. Bruno
Dallari esclarece que hoje o aluno deve capacitar a leitura e a escrita em
sintonia com a produção midiática pensando nas relações que ela estabelece
com a sociedade. Ler é estar interado, inferenciar os fatos no espaço público, é
reconhecer leitor aquele que faz leitura além da decodificação de sinais; que ao
ler; compreenda, interprete, atribua sentido não superficial, pois nenhum
discurso é considerado neutro em significância. Pelo foco do trabalho ser os
problemas de leitura e escrita ele será baseado nas teorias de Bakhtin, que
define noções, conceitos e categorias de análise da linguagem com base nos
discursos sociais, sejam eles; artísticos, filosóficos, científicos e institucionais.
Bakhtin preocupou-se em estudar as formas da linguagem, é conhecido por
enxergar a linguagem como um constante processo de interação mediado pelo
diálogo. Para Bakhtin a língua só existe em função do uso que locutores e
interlocutores fazem dela em situações de comunicação, onde os sujeitos,
agentes das relações sociais são os responsáveis pela composição e estilo dos
discursos. E para cada esfera de produção, circulação e recepção de
discursos, existem gêneros apropriados que requerem uma escolha diferente
de palavras que determinam o estilo da mensagem. Para Bakhtin a
interlocução do ser é mediada pelo diálogo de uma linguagem não autônoma,
de uma língua viva que evolui historicamente na comunicação social, em que o
sujeito ao falar e escrever deixa marcas de seu convívio na sociedade e que o
signo ideológico e a ideologia são reflexos das estruturas sociais do locutor
para com o horizonte social.
Esta produção proporciona desenvolver a habilidade da leitura, e a
produção escrita, a partir da crônica literária, por abordar situações da
realidade e contextualizar a crítica, a reflexão, o humor, a partir da objetividade,
e da extensão do texto.
Este gênero caracteriza-se pela narração curta, descrição de fatos da
vida cotidiana, por poder ter caráter humorístico, crítico, satírico ou irônico,
possuir personagens comuns, seguir um tempo cronológico determinado, pelo
uso da oralidade na escrita e do coloquialismo na fala das personagens, e
ainda por classificar-se como lírica, filosófica, humorística, de ensaio e
jornalística, sendo a jornalística a mais conhecida, a qual aborda temas
específicos contemporâneos; de ordem esportiva, política, policial, noticiários,
etc.. Essas particularidades podem ser atrativas à prática da leitura e da
escrita, podendo resolver o problema nas disciplinas, o não gostar de ler, não
ser capaz de estabelecer inferências, compreender, enfim apropriar-se da
leitura além da decodificação. Bruno Dallari refere que: “a cada gênero
corresponde um repertório de temas que identifica um território de partilha
simbólica”. E a obra Marxismo e Filosofia da Linguagem, (1981, p. 22) cita a
linguagem como interação, e que segundo Bakhtin: “Os signos só emergem,
decididamente, do processo de interação entre uma consciência individual e
outra. Consequentemente, somente no processo de interação social.”
Enfim, a crônica, a maioria constituída pela linearidade das ações, não
carece inferi-la a outras leituras para que seja compreendida, com exceção às
mais elaboradas que exigem experiências leitoras, direcionadas a um público
exigente, intelectual, como muitas de Luís Fernando Veríssimo.
A preferência de trabalhar com os textos de Luís Fernando Veríssimo é
devida à sátira e humor dos textos, aos temas, aos fatos cotidianos presentes
situando o interlocutor ao contexto. Por exemplo; “O Analista de Bagé”,
personagem, cuja comicidade é refletida pela linguagem e pelo estereótipo
atribuído ao analista gaúcho, que supostamente vá prender o leitor à vontade
de ler, como também a personagem; “A Velhinha de Taubaté”. Além do humor,
os textos de Veríssimo caracterizam-se suas crônicas pela crítica em relação a
fatos sociais; sejam políticos, religiosos, de comportamentos familiares,
individuais do sujeito, étnicos, etc.. São textos que instigam o leitor à reflexão,
condizentes às Diretrizes Curriculares do Paraná, ao envolverem as demandas
sociais. Como exemplo de uma de suas frases, Luís F. Veríssimo diz: “Às
vezes, a única coisa verdadeira de um jornal é a data.” E outra: “No Brasil o
fundo do poço é apenas uma etapa.” Pois, segundo Fiorin (2011, p. 21),
Bakhtin diz que: ”um enunciado constitui-se a partir de outros enunciados.”
Para tanto, o trabalho com textos de Luís Fernando Veríssimo, além da sátira,
da comicidade, propiciam ao leitor a capacidade de uma formação leitora
refinada, propiciando analisar informações veiculadas nos diversos meios de
comunicação.
Sendo assim, cabe ao educador, enquanto escola, orientar sobre a
importância da aquisição do conhecimento por meio dos livros, que o livro é
apropriado à plenitude da formação intelectual, para que o indivíduo
compreenda de maneira crítica a sociedade sem que seja manipulado pelas
ideologias políticas, religiosas, étnicas, culturais e outras que venham
influenciá-lo.
OBJETIVOS
Objetivos gerais:
- Desenvolver um trabalho que possa conscientizar sobre a importância de ser
leitor e de comunicar-se por meio da escrita para a interação social;
- Orientar sobre a noção de que apenas as mídias, ou seja, as tecnologias não
dão conta da informação, da aprendizagem, e que o saber adquirido pelo livro
é relevante, mais fundamentado, enfim, transformador da realidade enquanto
aprendizagem;
- Desenvolver o senso crítico, inferencial, e reflexivo.
Objetivos Específicos:
- Promover a leitura e escrita a partir das crônicas de Luís Fernando Veríssimo;
- Despertar o senso crítico, a reflexão, a compreensão, a interpretação e a
inferência a outras leituras;
- Escrever de forma coerente e coesa;
- Perceber que cada de gênero possui suas especificidades em relação à
linguagem e ao contexto em que vinculará;
- Ao escrever, seguir o esquema que caracteriza o gênero sobre o qual é
proposta a produção;
- Debater o tema abordado pelos textos propostos;
- Realizar a produção de texto em outro gênero, como; roteiro de teatro, de
novela, de filme, escrever crônica, texto de opinião, paráfrase, ou seja,
adaptações, etc.;
- Instigar o desejo de ler outros textos, de gêneros diferentes e relacionar as
temáticas;
- Produzir, a partir do tema e texto selecionado pelos alunos, curta-metragem
ou fotonovela;
- Avaliar o desempenho do aluno referente ao interesse pelo que realizou a
partir das atribuições; a motivação em relação ao que fez, e também a
participação enquanto as atividades são desenvolvidas;
- Apresentar o resultado das atividades, ao colegiado, usando como recurso a
TV multimídia, a biblioteca e projetor;
- Inferir que a aprendizagem se concretiza pela leitura, que o sujeito pode ser
autodidata.
ESTRATÉGIAS DE AÇÃO
A Produção Didática Pedagógica do PDE-2014/2015 será realizada no
Colégio Estadual Tancredo de Almeida Neves – Colombo – PR, com alunos do
2º ano do Ensino Médio.
Na Semana Pedagógica de 2015 o Projeto de Intervenção e a Produção
Didática serão apresentados à equipe docente da escola para apreciação.
Neste evento pedagógico é oportunizado rever o Plano de Trabalho Docente,
ao qual serão acrescidas às atividades de implementação contidas na
Produção Didática, cujo foco é leitura e produção de textos utilizando-se das
crônicas de Luís Fernando Veríssimo.
As atividades em sala de aula serão iniciadas a partir da apresentação
do projeto aos alunos, os quais na sequência darão início ao trabalho de
implementação didática. Como o gênero a ser trabalhado será a crônica,
primeiramente o professor deve caracterizar este gênero, a partir de exemplos,
valendo-se para isso, de vídeos – os do episódio de Terça Insana, cujo título;
”Dona Edith” e do texto “Última Crônica”, sobre os quais serão sugeridas
questões para análise que instiguem à reflexão, e também a produção escrita
de um texto comentário sobre o tema.
Para avaliar se os alunos assimilaram como se caracteriza uma crônica
literária será oportunizado que assistam a mais um episódio de Terça Insana,
denominado “Vovó Arlinda” para que a partir da temática relatada pelo vídeo
produzam uma crônica e apresentem aos colegas de classe. A produção da
crônica será feita na sala de aula com mediação do professor.
Após familiaridade com o gênero em estudo, será feita a apresentação
do escritor Luís Fernando Veríssimo, através de informações biográficas
repassadas pelo professor e por meio de vídeos contendo entrevistas do
escritor, selecionados do canal youtube. Na sequência será mostrado um vídeo
de uma adaptação de crônica de Luís Fernando Veríssimo, chamado “Seu
Adélcio” e juntamente serão distribuídas cópias da crônica “Um dia de Merda”
para leitura. A sequência do trabalho se dará com a leitura, seguida de
atividades de análise da crônica “O Assalto”, e consequentemente a produção
de parágrafo dissertativo-argumentativo referente ao assunto da crônica “O
Assalto”. Os alunos, na sequência, farão uma pesquisa na internet de
ocorrências semelhantes ao do texto “O Assalto”. A pesquisa deve abordar
fatos que resultaram no cumprimento de penas criminais, e depois da pesquisa
pronta, apresentar o resultado à classe para discussão.
A próxima etapa das atividades consistirá na produção de paráfrase
referente à crônica “Inimigos” do escritor em estudo, que poderá ser feita em
dupla. Esta paráfrase será transformada em texto roteiro, após o professor
definir como se caracteriza um roteiro, a partir de exemplos. Depois de
conclusas, as atividades também serão apresentadas à turma da classe.
A sequência da produção partirá da divisão da turma em grupos, os
quais selecionarão uma crônica de Luís Fernando Veríssimo, farão a paráfrase,
e a transformarão em roteiro para que se chegue à etapa final da Produção
Didática: produção audiovisual; fotonovela ou curta-metragem, conforme
decisão do grupo de alunos. Nesta fase será necessário usar o contraturno, e
também muitas atividades deverão ser desenvolvidas como tarefa de casa,
pela necessidade de ensaios do grupo, organização do cenário de gravação
das cenas e tiragem de fotos, além de que, haverá a necessidade de utilizar
outros recursos, como softwares aplicativos para edição, o auxílio de pessoas
que colaborem na edição, o uso de câmera de vídeo e de fotografia, celulares,
tablete, capturador de áudio, etc., enfim os recursos necessários para finalizar
o trabalho.
Na última etapa, momento final, será oportunizado à comunidade escolar
prestigiar a produção dos alunos, utilizando para o evento o sistema de
projeção da escola.
MATERIAL DIDÁTICO
1º Momento:
- Apresentar a Produção Didática aos alunos, e orientar sobre as condições
para que se concretize.
- Definir as características da crônica literária a partir da leitura do texto:
“Última Crônica” de Fernando Sabino, do vídeo intitulado “Última Crônica” e do
episódio “Dona Edith” – Terça Insana.
“Dona Edith” - Terça Insana: Episódio que a partir da comicidade relata sobre
as dificuldades que o pobre da favela tem em suprir a alimentação e as
necessidades básicas de higiene.
Dona Edith – Terça insana: https://www.youtube.com/watch?v=zQQOzVF_zjs
A Última Crônica: A partir da metalinguagem o narrador relata a comemoração
de um aniversário cuja família tem dificuldades de suprir a comemoração.
A Última Crônica: https://www.youtube.com/watch?v=MODgSsn6XBM
Professor, todos os textos desta Produção-Didática estão em
fragmentos. Para serem utilizados no trabalho com alunos deverão ser
utilizados e reproduzidos na íntegra.
- Fragmento de texto:
A Última Crônica
A caminho de casa, entro num botequim para tomar café. Na realidade
estou adiando o momento de escrever. A perspectiva me assusta. Gostaria de
estar inspirado. Eu pretendia recolher da vida diária algo de seu disperso
conteúdo humano, que a faz mais digna de ser vivida. Estou sem assunto.
Lanço um último olhar fora de mim, onde vivem os assuntos que merecem uma
crônica.
Ao fundo do botequim, um casal de pretos acaba de sentar-se. A
compostura da humildade deixa-se acentuar pela presença de uma negrinha...
Fernando Sabino.
2º Momento:
- Retomar o texto e os vídeos para a seguinte análise:
a - Qual o tema abordado pelo texto Última Crônica e episódio do vídeo Dona
Edith?
b - A partir da definição de crônica, justifique com elementos extraídos dos
materiais, o que os caracterizam para serem denominados de crônica.
c - As situações relatadas pelo episódio de Terça Insana e pelo texto de
Fernando Sabino são frequentes da realidade? Justifique dando um exemplo.
d- Em que parte do texto, o autor afirma que os homens do seu tempo são o
assunto de suas crônicas?
e- Qual é a cena que o autor vê no texto? Quais são os personagens que dela
participam?
f- Há no texto e no vídeo uma passagem que denota claramente a pobreza dos
personagens. Qual situação é relatada pelo vídeo e pelo texto?
g- Que sentimentos o autor expressa para com a personagem-menina, do texto
Última Crônica, ao usar os diminutivos - arrumadinha, negrinha, menininha,
fitinha ? Qual será a intenção do autor?
h- Qual a passagem do texto que mostra o desprezo do dono do botequim para
com a família?
i- O que a passagem acima, na questão anterior, relacionada suscitou em
você?
j- Comente a última frase do penúltimo parágrafo.
l- Que tipos de sentimento o texto despertou em você?
m- Qual a mensagem que o texto trouxe?
n - Como você explicaria o último parágrafo?
o - Em dupla, e valendo-se das questões de reflexão, escrevam um comentário
em relação aos temas retrados e apresentem à classe.
3º Momento:
https://www.youtube.com/watch?v=S1ic15pmeQ0 – Terça Insana – Vovó
Arlinda, relata o fato das dificuldades e a falta de respeito pelos quais passam
os idosos aposentados.
- Assistir ao vídeo de Vovó Arlinda e a partir da temática escrever uma crônica
e apresentá-la à turma. A atividade poder ser feita em dupla.
4º Momento:
- Apresentar a biografia de Luís Fernando Veríssimo mediante aula expositiva e
ver entrevistas concedidas pelo escritor, conforme os links:
https://www.youtube.com/watch?v=igIVgjejLlg – Entrevista dada ao programa:
“Altas Horas” onde o escritor fala um pouco de suas produções e de que muitas
vezes outros escrevem passando-se por Luís Fernando Veríssimo.
https://www.youtube.com/watch?v=2R2RLDPfVH8 – Entrevista dada a TV
UNAERP - CANAL UNIVERSITÁRIO, programa “Ímpar”, onde o escritor fala
como deu início a sua carreira de escritor e também comenta sobre a situação
do leitor brasileiro.
- Apresentar a adaptação em vídeo cujo título; “Seu Adélcio” – Analista de
Bagé, e leitura das crônicas; “Um Dia de Merda” e “O Assalto” no intuito de
iniciar o trabalho com os textos de Luís Fernando Veríssimo:
Link: https://www.youtube.com/watch?v=IlPFPV5-iSY – “Seu Adélcio” um louco
que consulta com o analista e reclama das mulheres e do próprio analista.
- Fragmentos de textos:
Um Dia de Merda
Aeroporto, Santos Dumont, 15h30min. Senti um pequeno mal estar
causado por uma cólica intestinal, mas nada que uma urinada ou uma
barrigada não aliviasse. Mas, atrasado para chegar ao ônibus que me levaria
para o Galeão, de onde partiria o voo para Miami, resolvi segurar as pontas.
Afinal de contas são só uns 15 minutos de busão. “Chegando lá, tenho tempo
de sobra para dar aquela mijadinha esperta, tranquilo”. O avião só sairia às
16h30min…
Luís Fernando Veríssimo
O ASSALTO
Quando a empregada entrou no elevador, o garoto entrou atrás. Devia
ter uns dezesseis, dezessete anos. Preto. Desceram no mesmo andar. A
empregada com o coração batendo. O corredor estava escuro e a empregada
sentiu que o garoto a seguia. Botou a chave na fechadura da porta de serviço,
já em pânico. Com a porta aberta, virou-se de repente e gritou para o garoto:
Não me bate!
- Senhora?
- Faça o que quiser, mas não me bate!
- Não, senhora, eu...
A dona da casa veio ver o que estava havendo. Viu o garoto na porta e o
rosto apavorado da empregada e recuou, até pressionar as costas contra a
geladeira.
- Você está armado?
Luís Fernando Veríssimo
- Questões para reflexão:
a- A situação apresentada pelo texto no início se confirmou?
b- Qual era o objetivo do garoto, que tantas vezes perguntou se ali era o
apartamento 712?
c- O desespero, com relação a assaltos e a presença de um adolescente,
como o citado acima, parecem fazer com que as pessoas em alguns
momentos se portem como se fossem surdas? Diante de uma situação
como essa, se fossemos de classe média alta, isso também se daria
conosco? Por quê?
d- No texto há um juízo de valor? Qual seria?
e- É comum, através da raça, credo, vestimenta, não ouvirmos o que
alguém tem para falar e, de imediato, atribuirmos um juízo de valor?
f- À medida que vamos lendo o texto, esse “juízo” faz com que mudemos?
g- A mudança de juízo de valor aconteceu com a família e a empregada?
h- Qual a sua posição em relação ao desfecho?
i- Escreva um parágrafo dissertativo-argumentativo, sobre a essência da
história lida.
j- Pesquise na internet fatos como o da história, que por equívoco, levaram
pessoas a cumprirem penas, tirando-as do convívio social. Quais as
medidas, após ter sido descoberto o equívoco, foram tomadas. Essas
pessoas retornaram sua vida com normalidade? Apresentar o resultado
da pesquisa à classe.
5º Momento:
- Trabalhar o conceito de paráfrase textual e pedir que, em dupla, os
educandos elaborem a paráfrase referente ao texto ”Inimigos” do escritor Luís
Fernando Veríssimo.
- Caracterizar o estilo de texto roteiro, a partir de exemplo extraído do link
abaixo:
http://curtahistorias.mec.gov.br/images/pdf/dicas_producao_videos.pdf.
A partir da paráfrase elaborada na atividade anterior, retomá-la e transformá-la
em texto roteiro. Após conclusão deverá ser apresentado à classe.
- Fragmento de texto roteiro:
“A VIDA É MATEMÁTICA: CRAQUE”
1. CAMPO DE FUTEBOL EXTERNA/DIÁRIA
Dois moleques acabaram de jogar bola. Estão sentados num campinho de
terra, suados, um deles segura a bola.
MENINO 1
Eu vou parar de estudar. Estudar não dá dinheiro. Vou jogar futebol na Europa,
ficar milionário...
- Leitura do texto “Salinha Cheia” do livro Analista de Bagé, e vídeo cujo título:
“Homossexual”, utilizado para exemplificar adaptação em vídeo.
- Fragmento de texto:
Salinha cheia
― Se abanque, no más ― disse o analista de Bagé, indicando o divã.
― Eu, ahn, prefiro ficar de pé ― disse o moço.
― Se abanque, índio velho, que tá incluído no preço.
― Não, obrigado...
― Deita aí! ― disse o analista de Bagé, empurrando o paciente, que caiu de
costas no pelego.
O analista de Bagé sentou na sua banqueta e começou a picar fumo
para o palheiro. Como o moço não dissesse nada, falou:
― E então? Desembucha.
― É que eu tenho um probleminha...
Luís Fernando Veríssimo
Link do vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=f7NlkCpX__I –
“Homossexual”, relata sobre as transformações ocorridas em seu
comportamento e modo de vida.
6º Momento:
- Reunir-se em grupo, e a partir de livros do escritor Luís Fernando Veríssimo
que a escola dispõe, e também da busca na internet de textos do escritor,
selecionar uma crônica, parafraseá-la e transformá-la em roteiro de vídeo ou de
fotonovela.
- A partir do roteiro pronto, organizar-se para ensaios, cenários, gravação,
produção de fotos, edição do curta-metragem ou da fotonovela.
- Organizar os recursos tecnológicos que serão utilizados nas produções,
assim como os softwares e aplicativos a serem usados na edição, bem como
as pessoas que colaborarão para que o momento se concretize.
- Pela atividade requerer de tempo extra, faz-se necessário o complemento das
atividades em contraturno e como tarefa de casa.
7º Momento:
Apresentação do trabalho final à comunidade escolar.
RESULTADOS ESPERADOS
- Que o aluno desenvolva o hábito da leitura e a habilidade para escrever a
partir das crônicas;
- Tornar o aluno capaz de perceber criticamente os discursos que permeiam o
espaço social, e as mídias;
- O aluno perceba que a crônica circula em vários espaços e mídias;
- Notar que a linguagem deve adequar-se ao contexto e ao gênero;
- Tenha sua capacidade de produção escrita e oral melhoradas;
- Seja capaz de compreender, inferir, interpretar, argumentar, criticar
estabelecer relações com os variados gêneros que circulam no espaço público.
RECURSOS E MATERIAIS
- Livros do escritor Luís Fernando Veríssimo;
- Impressões de textos e fotocópias;
- TV multimídia;
- Quadro esferográfico;
- Computadores;
- Internet;
- Câmera filmadora e fotográfica;
- Microfones e celulares para captação de áudio;
- Objetos para cenário;
- Softwares aplicativos (Windows Movie Maker, Gimp, Adobe Premiere, Power
Point) para edição de vídeo e fotonovela;
- Projetor.
AVALIAÇÃO
A avaliação, conforme as Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná
visa contribuir para a compreensão das dificuldades de aprendizagem dos
alunos, com vistas às mudanças necessárias para que essa aprendizagem se
concretize, uma vez que ao término de cada momento será avaliado o
procedimento metodológico, assim como a correção das atividades de análise
de textos e das produções textuais, debatendo questões específicas,
reescrevendo os textos se necessário, sendo o resultado final do trabalho a
principal avaliação desta Produção-Didática.
RECOMENDAÇÕES AO PROFESSOR
A Produção-Didática foi elaborada a partir da seleção de recursos que
possam despertar o interesse do educando a realizar a proposta. Pois foram
selecionados vídeos e textos com temáticas que estão presentes no espaço
público, priorizando a comicidade, embora não deixem de refletir a crítica, que
seguramente possam interferir na melhoria do ensino e aprendizagem, uma
vez que a produção final remete ao uso das mídias e tecnologias, recursos
presentes no cotidiano dos alunos.
Professor, caso os alunos decidam pela fotonovela e não
queiram ser fotografados, podem utilizar recursos para foto de cenas; o uso toy
art (brinquedos de coleção), montagem de cenário a partir do recorte de
desenhos, imagens de revistas, etc., ou seja, como mandar a criatividade.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DALLARI, B. Bruno. Projeto Geral de pesquisa e Intervenção pedagógica
na escola. Mídia, cidadania e as novas práticas de letramento. UFPR:
2010.
FIORIN, José Luis. Introdução ao Pensamento de Bakthin. São Paulo: Ática,
2011.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de
Língua Portuguesa para a Educação Básica. Curitiba: SEED/PR, 2008.
VERÍSSIMO, Luís Fernando. O Analista de Bagé. 54 ed. São Paulo: L & PM,
1982.
WEB REFERÊNCIAS
BAKHTIN, Mikhail (V. N. Volochínov). Marxismo e Filosofia da Linguagem.
Problemas Fundamentais do Método Sociológico na Ciência da
Linguagem. Trad. Michael Lahud & Yara Frateschi Vieira. Col. Lucia Teixeira
Wisnik & Carlos Herinque D. Chagas Cruz. 2ª ed. São Paulo: Hucitec, 1981.
Disponível em: http://sociofespsp.files.wordpress.com/2012/05/bakhtin-mikhail-
marxismo-e-filosofia-da-linguagem.pdf. Acessado em: 03-05-2014.
http://curtahistorias.mec.gov.br/images/pdf/dicas_producao_videos.pdf -
Oficina de Produção de Vídeos. Acessado em: 16-09-2014.
https://www.youtube.com/watch?v=2R2RLDPfVH8 – Acessado em 13-09-14.
Entrevista com Luis Fernando Veríssimo.
https://www.youtube.com/watch?v=igIVgjejLlg - Acessado em 13-09-14.
Entrevista no programa; Altas Horas a Luís Fernando Veríssimo.
https://www.youtube.com/watch?v=IlPFPV5-iSY – Acessado em 13-09-14 –
vídeo; Seu Adélcio.
https://www.youtube.com/watch?v=f7NlkCpX__I – Acessado em 13-09-14.
Vídeo; Homossexual.
www.cyvjosealencar.seed.pr.gov.br/.../Luis%20Fernando%20Verissimo/ -
Acessado em 13-09-14. Texto; Salinha Cheia.
https://www.youtube.com/watch?v=zQQOzVF_zjs – Terça Insana; Dona Edith
– Acessado em: 13-09-14.
https://www.youtube.com/watch?v=S1ic15pmeQ0 – Terça Insana; Vovó
Arlinda – Acessado em: 13-09-14.
https://www.youtube.com/watch?v=MODgSsn6XBM– Última Crônica;
Fernando Sabino – Acessado em 13-09-14.
http://www.bolsademulher.com/forum/estilo/f14/162530/ - Um Dia de Merda;
Luís Fernando Veríssimo - Acessado em 24-09-14.
http://www.12rcmec.net/Conto/conto9.html - Inimigos; Luís Fernando
Veríssimo - Acessado em 25-09-14.
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