tricomoníase giardíase amebíase protozooses cavitárias

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TricomoníaseGiardíaseAmebíase

Protozooses Cavitárias

TricomoníaseTrichomonas vaginalis

Protozooses Cavitárias

Trichomonas vaginalis

Classe: TrichomonadaeFamília: TrichomonadidaeGênero: TrichomonasEspécies: T. vaginalis - vagina e uretra T. tenax - cavidade bucal

Trichomonas vaginalis

Trofozoítospiriformes4 flagelos livres1 flagelo + membrana ondulantedivisão bináriahabitat: trato urogenital

não tem mitocôndria- hidrogenossomos

- anaeróbio

Relação sexual

Trichomonas vaginalis

ciclo de vida direto

Não há formação de cistos!

Trichomonas vaginalis

Mecanismosde Transmissão

1. sexual+ freqüente

2. Água ?banho, roupas molhadas

Patologia - Tricomoníase

A infecção não se estabelece em vaginas normais -- facilitada por alterações flora bacteriana,

pH, descamação excessiva, etc.

Forma assintomática - comum homens- subclínica e benigna

Forma sintomática - + comum mulheres

pessoas infectadas - risco maior de adquirir HIV!

Adesão - 4 antígenos de superfícieEfeito citopático

enzimas hidrolíticas - cisteíno-proteases fatores de descolamento de células?

Processo inflamatório das células epiteliais - secreção branca e sem sangue (leucorréia) - descamação do epitélio que pode levar à ulceração

forte prurido

Patologia Tricomoníase

Trichomonas vaginalisRelação parasita-hospedeiro

Resposta imune protetora- IgA secretoraReinfecções - ausência de imunidade adquirida - grande variabilidade de isolados

 

Diagnóstico

Trichomonas vaginalis

- Exame direto mulher: secreção vaginal, homem: sedimento urinário- Cultura- PCR  

Epidemiologia e Tratamento

Cosmopolita: 20-40% mulheres 10-15 homens?? (casos não diagnosticados)Doença venéreaControle: educação sanitária, diagnóstico e tratamento precoce (inclusive de parceiros!) Vacinas?

Tratamento: metranidazol (mais freqüente)

Trichomonas vaginalis

CosmopolitaMorfologia semelhante T. vaginalis (menor)Habitat: cavidade bucal (tártaro)Não é patogênicoTransmissão saliva

Trichomonas tenax

GiardíaseGiardia duodenalis

Protozoários Cavitários

Giardia duodenalis

Ordem DiplomonadinaGênero Giardia

Espécie parasita do homem:G. duodenalesou G. lamblia ou G. intestinalis

parasita também animais domésticose silvestres - diferentes genótipos

EpidemiologiaCosmopolitapaíses desenvolvidos também tem!mais comum climas temperados do que tropicaisOMS: 500 mil novos casos/anomaior incidência em crianças

SP: 20-25% BA: 2%

Giardia duodenalisagente etiológico -

giardíase

Giardia duodenalis

- Eucarioto dos mais primitivos (Fóssil vivo – genoma quase completo)- Características de: Eucarioto – membrana nuclear, citoesqueletoProcarioto - ausência de nucléolo e de mitocôndria Metabolismo - anaeróbio

Ciclo de vida

Fezes1. Água2. Alimentos3. Direto(oral ou anal)

Giardia duodenalis

Transmissãoingestão de cistos

Trofozoíto

Cisto

Formas de vidaTrofozoíto piriforme com simetria bilateralachatamento dorsoventralsuperfície ventral - disco adesivo DA2 núcleos N2 axóstilos AX: feixes de fibras longitudinais2 corpos parabasais CP (Golgi)4 pares de flagelos posteriores

Giardia duodenalis

N

CP AX

DA

Formas de vidaTrofozoítohabitat: duodeno e parte do jejunomergulhados nas criptasaderidos mucosa - disco suctorial

metabolismo: anaeróbio(não tem mitocondria)aerotolerantenutrição: membrana e pinocitose

Deslocamento rápido batimento flagelos reprodução: divisão binária longitudinal cultivável

Giardia duodenalis

Formas de vidaCistosovóides com parede cística (quitina)4 núcleos (duplas estruturas internas)eliminados com as fezes formadasformas de resistência

água: 2 mesesEncistamento: colón

Desencistamentopassagem pelo estômago - eclosão intestino delgado 1 cisto - 2 trofozoítas

Giardia duodenalis

Mecanismo de infecção

Ingestão de cistos - eliminados fezes formadaságua ou alimento contaminado.

Trofozoítas - eliminados fezes diarréicas

Não resistem ao ambiente externo

Giardia duodenalis

patologia e sintomatologiaVariável:Enterite branda e autolimitada diarréias crônicas e debilitantes incubação: 12-20 dias - Assintomática - Sintomática (agudo-crônico)- Aguda, intermitente e autolimitante- Dores abdominais (cólicas)- Diarréia (líquida) - muco + gordura - ausência de hemáceas- mal absorção intestinal

Giardíase

Mecanismo de patogenicidade

- processo “principalmente” mecânico- parasitas em grande quantidade aderem e recobrem a parede do duodeno - “tapete”- “impression prints” - marcas deixadas quando o parasita descola, arrancando as microvilosidades

Giardia duodenalis

Mecanismos de Adesão via disco ventral Múltiplos mecanismos Ação hidrodinâmica: propulsão dos flagelos e a força

de sucção do disco ventral - processo físico de adesão. Receptores: lectinas ligantes de manose (superfície do

parasito) Contração das proteínas do disco ventral

Giardia duodenalis

Mecanismo de patogenicidade

- Evidências toxina (CRP136)

- Não ocorre invasão da mucosa

- O revestimento da parede do duodeno dificulta a absorção intestinal - diarréia

- Grande número de trofozoítas é eliminado.

Giardia duodenalis

Mecanismos de Escape

Giardia duodenalisrelação parasita-

hospedeiro

Variação antigênicaVSPs- antígenos de superfícieEvasão do sistema imuneSobrevivência diferentes condições intestinais

Resposta do hospedeiro Aguda - PMN e eosinófilos Crônica: inflamação - atrofia das microvilosidades HIV - não induz aumento ou gravidade de casos

 

 

DiagnósticoParasitológico de fezescistos em fezes sólidastrofozoítas em fezes líquidas ou aspirado de duodenopode requerer exames repetidos (3 amostras)

ImunológicoELISA - pesquisa de Ags nas fezes

Giardia duodenalis

Giardia duodenalis

Tratamento

Giardia duodenalis

ProfilaxiaSaneamento básico (água)Higiene - creches, asilosCuidados com alimentosTratamento dos doentesTratamento dos portadores assintomáticos - muito importanteAnimais doméstico (cães e gatos) são reservatórios

Derivados Nitroimidazólicos – Metronidazole Benzidazólicos – Albendazol- Resistência

Amebíase

Entamoeba histolytica

Protozoários Cavitários

Philum Sarcomastigophora Subphilum Sarcodina Ordem Amoebida Família Endamoebidae Gênero Entamoeba

Espécies parasitas homem E. histolytica E. coli E. dispar E. hartmanni E. gengivalis

Intestino

- Cavidade bucal

patogênica

Amebas

Amebas

Parasitas

Vida livre

Comensais

Vida livre eventualmente parasitas

Protozoários com inúmeros habitats:

Entamoeba histolytica

Acanthamoeba, Naegleria

Entamoeba coli, E. dispar, E. hartmanni, E. gengivalis, Endolimax nana, Iodamoeba bütschlii

Vários gêneros e espécies

Ciclo de vidahospedeiro

meio

Fezesalimentose água

Cisto

forma de resistência

Amebas

Trofozoíto

Eucariotos primitivos, não tem:

-Mitocôndria, REG, Aparelho de Golgi, Microtúbulos

Amebas

trofozoíto1 núcleo, pleomórficocitoplasma: ecto e endoplasmaingestão pinocitose/fagocitose: bactérias/hemáceas (forma invasiva) multiplicação: divisão binária simples

1-4 núcleosesféricos/ovaisforma de resistênciaeliminado nas fezes

cistoE. histolytica

Trofozoíto:forma ativa, que se alimenta (via pinocitose, fagocitose e membrana) e se reproduz rapidamente

E. histolytica

Metabolismo-aeróbico facultativo - microaerófila- principal fonte energética – glicose (estoque – vacúolos de glicogênio)

núcleo

AmebasTrofozoíto: pleomórfico, com grande variabilidade tamanhoMotilidade – pseudópodesCorrentes protoplásmicas

E. histolytica

Cisto:forma de resistência eliminada com as fezesMembrana plasmática + parede cística (quitina) 1-4 núcleos (N) (divisão endomitose)Vacúolos de glicogênio (V)Corpos cromatóides (CC) – agregados de ribossomos

N

N

V

CC

Cisto jovem cisto maduro

AMEBÍASE

Epidemiologia

Cosmopolita- varia de acordo com a região de 5 a 50% pessoas infectadas500 milhões de infectados, 10% com formas invasivasóbito anual 100.000 pessoas - regiões tropicais/subtropicais - condições precárias de higiene - estado nutricional deficienteAmericas: México, América Central, Perú, Colômbia, Equador Brasil: Até 30% (AM,PA, BA,PB,RS)

Ingestão de cistosDireta: pessoa-pessoaIndireta: água ou alimentos contaminadosCistos são viáveis por até ~ 30 dias no meio externo

Cistos - passam pelo estômago(quitina) – resiste pH ácido

- enzimas digestivas, pH alcalino - desencistamento – intestino delgado

- ciclo:luz intestino grossoTrofozoítas - destruídos no estômago

Mecanismos de transmissão

E. histolytica

E. histolytica

Ciclo de vida

E. histolytica

Desencistamentointestino delgado -eclosão37oC – ambiente anaerobiose1 Cisto 4 núcleos- divisões sucessivas8 amebas pequenas(fase metacística)Se alimentam e crescem (fase trofozoítica)

Habitat trofozoíto- luz intestino grosso

estômago

EncistamentoLuz intestino grosso

Amebíase- Formas clínicas- Forma assintomática - Forma intestinal (não invasiva)

- dores abdominais (cólicas)- diarréias (pode ficar crônica)

- Forma intestinal invasiva- colite amebiana aguda, desinteria grave (fezes

líquidas)-úlceras intestinais, abscessos

-Forma extra-intestinal- fígado- pulmão- cérebro- pele

E. histolytica

Forma intestinal

E. histolytica

Forma intestinal invasiva

amebíase intestinal- diarréias- colites- úlceras- perfurações - peritonite- - apendicite - amebomas-Forma aguda fulminante

amebíase intestinalFase (geralmente) não

patogênica

Forma invasivaFase patogênica???

Patogenia

E. histolytica

Patogenia

Trofozoítos

lise de células da mucosa intestinal

Adesão

Penetração

Citotoxicidade

AmebíaseE. histolytica

Mecanismos de invasão- Adesão - Destruição tecidual- Dispersão amebóide

extra-intestinal

Mecanismo de invasão1. Adesão - via receptores específicos - células do

epitélio intestinal2. Processo de destruição tecidual (origem do nome -

histolytica) - ação de enzimas (hialuronidase/proteases/mucoplissacaridases) - formação de úlcera típica

3. Dispersão – o trofozoíta cai na circulação e atinge o fígado via sistema porta (filopódios,fagocitose)

4. Formação de abscessos, necrose e até obstrução do sistema porta - pode levar o paciente a óbito.

E. histolytica

Membrana plasmática do trofozoíta

- composta principalmente por glicoproteínas - adesinas (glicoproteínas)- receptores para fibronectina e laminina-interação com membrana das células - “capping” e “shedding” de proteínas (importantes na evasão)-“turnover” contínuo de membrana plasmática- trofozoítas em movimento deixam um “rastro”- potentes proteases

E.histolyticaInteração trofozoítas com células do epitélio intestinal

proteína formadora de poros (“amebapore“)

E. histolytica

E. histolytica

Fatores líticos

1. mecanismos dependentes de contato-liberação peptídeos ativos - “amebapores”

atividade citolítica

2. mecanismos independentes de contato- liberação de colagenase e cisteíno-proteases

degradação matriz extra-celular

Fígado

Trofozoítointestino

AmebíaseForma extra-intestinal

E. histolytica

InvasãoDesenvolvimento de quadros

hepáticos, com abscessos no fígado que podem levar à

morte do hospedeiro

Patologia

E. histolytica

Adesão

Ulceraçãoperfuração

Abscessofígado

Amebíase - Patologia

AmebíaseForma extra-intestinal

cérebro

pulmão

fígado

E. histolytica

Forma invasiva: Patologia

Amebíase

Mecanismos de defesa do hospedeiro

1. camada mucosa - mucinas: gel aderente, previne adesão ‘as células epiteliais e facilita a eliminação do parasita.

2. Resposta Imune

E. histolytica: relação parasita-hospedeiro

AmebíaseE. histolytica: relação parasita-hospedeiro

Fatores de Virulência do parasita

- Capacidade de matar e fagocitar células do hospedeiro- Indução de morte celular de células do hospedeiro por apoptose (limita a inflamação e facilita a evasão da reposta imune).- Moléculas da membrana do trofozoíta - Glicoproteínas: 35kDaGal-specific lectin – fundamental para uma forte adesão - Glicolipídeos: Lipofosfoglicans (LPG) – quantidade relacionada com a virulência - Fatores líticos

DiagnósticoClínico – diarréia/síndrome do cólon irritável

Parasitológico de fezesPesquisa de cistos em fezes sólidas (diferenciar amebas não patogênicas)trofozoítas em fezes líquidas Cultura de fezes

Diagnóstico imunológico-ELISA para detecção de antígeno nas fezes-ELISA para detecção Acs IgG soro - amebíase invasiva

Diagnóstico Molecular- PCR (distingue espécies)

Amebíase: E. histolytica

DiagnósticoProblemas: - Diagnóstico diferencial amebas não patogênicas E. histolytica x E. coli E. histolytica x E. dispar

Amebíase: E. histolytica

Morfologia - trofozoítas

Entamoeba histolytica

Entamoeba coli

E. histolytica X E. coliDiagnóstico diferencial

Morfologia (cistos)

Entamoeba histolytica

Entamoeba coli

E. histolytica X E. coliDiagnóstico diferencial

Variabilidade da patogenia X origem geográfica

Dilema durante + de 50 anos:

Uma só espécie?Conversão não patogênica em patogênica?

Associação com bactérias

Duas espécies morfologicamente indistinguíveis?

Marcadores genotípicos confirmaramque existem 2 espécies

E. histolytica X E. disparDiagnóstico diferencial

E. histolytica: espécie patogênica (nem sempre) potencial invasivo

virulência dependente - cepa - resposta do hospedeiro

menos freqüente E. dispar: espécie não patogênica - raramente causa erosão de mucosa

10X mais freqüente portadores assintomáticos

E. histolytica X E. dispar

Tratamento1. Amebíase intestinal – Dicloracetamidas

Ação somente sobre trofozoítas

2. Amebíase teciduais – nitroimidazóis, deidrometina e emetina

+ usado metronidazol

E. histolytica

História natural da amebíase

Profilaxia e Controle

Vacinas (experimentais): alvos – trofozoítas (via oral) - cistos (impedir encistamento – bloqueio transmissão)

E. histolytica

Portadores assintomáticos!

1. Saneamento básico 2. Educação sanitária: 3. Tratamento de água4. Controle de alimentos (lavar frutas e

verduras).5. Tratamento das fontes de infecção6. Cuidados com higiene pessoal (lavar as

mãos).

Família VahlkamphidaeGênero Naegleria

Amebíase como doença oportunista

Família HartmannellidaeGênero Acanthamoeba

Amebas encontradas no solo e na água, bacteriófagas.

Parasitas facultativos em vertebrados. Família Leptomyxiidae Gênero Balamuthia

Meningoencefalite amebiana primária

Úlcera de córneaCeratite

Encefalite amebiana granulomatosa

Infecção cutânea crônicaimunodeprimidos

Trofozoítos internalizam e digerem microorganismos

Amebas de vida livre

Mecanismos de transmissão

AcanthamoebaNaegleria fowleriEncontradas em todo o mundo no solo, água (rios, lagos, piscinas, água encanada).Cistos estáveis por 8 meses ‘a temperatura ambiente.Naegleria fowleri – contato com água, contaminação via epitélio neurolfatório - indivíduos sadios

Acanthamoeba – contato com água, uso de lentes de contato.Contaminação local, via epitélio olfatório, via hematogênica.

Temperatura, dose infectante, imunidade de mucosa, imunodeficiência

AcanthamoebaA. culbertsoniA. polyphagaA. hatchettiA. castellanii

Acanthamoeba spp.

trofozoítos

cistos

Ameba de vida livre potencialmente patogênica

•Infecção ocular ceratites)

Acanthamoeba spp

Acanthamoeba - Patogenia

Infecção ocular

Micro-lesão ou trauma pré-existente(lentes de contato, por exemplo)

Contato adesão

efeito citopático

lesão/morte celular

Serino e cisteíno-proteases

Fagocitose/ apoptose

Persistência de cistos

AMEBAS DE VIDA LIVRE

• GAE (granulomatous amoebic encephalitis)

Acanthamoeba spp.

AcanthamoebaPacientes com imunodepressão

Encefalite amebiana granulomatosa

Infecção cutânea crônica

Endossimbiontes – Legionella e outras bactérias

Amebíase como doença oportunista

Família VahlkamphidaeGênero Naegleria Naegleria

fowleri

Termofílica

Meningoencefalite amebiana primária

Família VahlkamphidaeGênero Naegleria

N.gruberiN. lovaniensisN. australiensis

Naegleria fowleri

PatogeniaNaegleriaMeningoencefalite amebiana primária, ocorre principalmente em indivíduos jovens.Doença rara, mas fulminante. Meningoencefalite necrotizante hemorrágica.Mecanismos de invasão: adesão, proteína formadora de poros, fosfolipase, outras proteases.

DiagnósticoExame do LCR: hemorrágico, neutrófilos, glicose normal ou baixa, proteína elevada.

Pesquisa de trofozoítos

Ceratite – raspado de córnea e cultura.

Exame diretoCultura

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