um grande amor
Post on 08-Jul-2015
740 Views
Preview:
DESCRIPTION
TRANSCRIPT
UM GRANDE AMOR
Stella estava sentada na sala. Era inverno. Mas o maior
frio que ela sentia vinha de dentro. Da
alma.
Jamais ela sentira tanto medo da
tempestade, dos ventos gelados e da chuva. É que agora
estava sozinha.
Seu querido David havia morrido há 3 meses. Ela jamais poderia imaginar
que sentiria tanto a sua falta.
Desde que o diagnóstico de câncer terminal chegara, ela se preparara para a morte dele.
Ele também. Homem organizado, deixara toda a papelada em ordem.
Dinheiro não lhe faltaria para as necessidades. Ele pensara em tudo.
Mas a ausência dele era terrível. Ao terceiro toque da campainha, ela se levantou para
atender a porta.
Antes, olhou pela janela, um pouco desconfiada. Afinal, havia
tantos assaltos.
Era um rapaz com uma caixa grande. Viu o carro de entregas
estacionado em frente ao portão.
Abriu a porta e o ar gélido entrou, tomando conta da sala inteira.
É a senhora Araújo? –perguntou o funcionário.
Ao sinal afirmativo de Stella, ele pediu licença para entrar e colocou a caixa no meio da sala.
Antes que pudesse indagar qualquer coisa, o entregador, jovial, foi explicando:
A senhora nos desculpe. Era para entregar somente na véspera do Natal. Porém, hoje é o último dia de expediente no canil. Espero que a
senhora não se importe.
Entregou-lhe um envelope, abriu a encomenda e retirou o presente: um filhote de cão Labrador.
A carta explica tudo, continuou o rapaz. O cão foi comprado em julho, quando a mãe dele estava
prenhe.
Ele tem seis semanas de idade e é um cão doméstico.
A senhora espere um pouco que vou buscar o restante da encomenda.
Largou o cãozinho e ele foi se sentar aos pés de Stella, fungando feliz e olhando para ela.
O restante da encomenda era uma caixa enorme de alimentos para cães, uma correia e um livro
Como cuidar de seu cão Labrador.
Stella continuava parada, estática. Acabara de reconhecer no envelope a letra de David.
Quando o entregador se foi, ela andou de volta até a sua poltrona. Tremia inteira.
O cãozinho ficou ali, olhando-a ainda com seus olhos castanhos, à espera de um afago.
A carta não era longa mas repassada de carinho.
David a escrevera antes de morrer e a deixara com o proprietário do canil. Era seu último
presente de Natal.
Ele havia comprado o animal para lhe fazer companhia. A carta era cheia de amor e lhe dava ainda conselhos e incentivo para que fosse forte,
até o dia em que voltariam a ficar juntos, na espiritualidade.
Ela olhou para o cãozinho e estendeu a mão para o apanhar. Segurou-o nos braços. Pensou que fosse pesado, mas tinha o peso e tamanho
da almofada do sofá.
O animalzinho de pelos castanhos lhe lambeu o queixo e se aninhou em
seu pescoço.Ela chorou de saudade. Ele ficou ali, quietinho.Então, criaturinha, aqui
estamos você e eu.
O cachorrinho fungou, concordando, pondo
sua língua rosada para fora.
Stella sorriu.
Então, vamos para a cozinha fazer uma sopa? Vou lhe dar
ração e depois leremos um bom livro,
juntos. Que acha?
O cãozinho latiu e abanou a cauda, como se tivesse entendido exatamente o sentido de cada
uma das palavras. E acompanhou Stella até a cozinha.
REFLETINDO...
Na sua imensa sabedoria, Deus criou os animais para auxiliar o homem em suas tarefas, tanto
quanto para lhe prover algumas necessidades.
Também para servir de
amparo aos que andam sós, aos
famintos de afeto.
Tornam-se muitas dessas criaturas, em sua missão de servirem ao homem, excelentes
zeladores de vidas humanas.
Ao homem cabe amparar-lhes as vidas e retribuir-lhes com cuidados a atenção e
devotamento.
São também eles a manifestação do amor
de Deus na Terra.
PENSEMOS NISSO!!!
Fonte: Site “Momento Espírita”Formatação: jairowildgen2@hotmail.comFotos: Internetwww.slideshare.net/jairowildgen
top related