universidade federal do rio grande do norte centro … · – rn e parque zoobotânico arruda...
Post on 20-May-2020
1 Views
Preview:
TRANSCRIPT
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
CURSO DE TURISMO
Amanda Cristina Quadros de Souza
ANIMAIS SILVESTRES COMO ATRATIVO TURÍTICO:ESTRUTURA,
CONDIÇÕES E DIVERSÃO OFERECIDAS À TURISTAS DA REGIÃO
Natal
2015
Amanda Cristina Quadros de Souza
Zoológicos e Animais Silvestres como atrativo turístico: Um estudo em
Natal(RN) e João Pessoa(PB)
Monografia apresentada ao Curso de Turismo da Universidade Federal do Rio Grande do Norte como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Turismo.
Orientador: Prof. Dr. Mauro Lemuel de Oliveira Alexandre.
Natal
2015
Catalogação da Publicação na Fonte.
UFRN / Biblioteca Setorial do CCSA
Souza, Amanda Cristina Quadros de.
Animais silvestres como atrativo turístico: estrutura, condições e diversão oferecidas à turistas da
região / Amanda Cristina Quadros de Souza. - Natal, RN, 2015.
42f.
Orientador: Prof. Dr. Mauro Lemuel de Oliveira Alexandre.
Monografia (Graduação em Turismo) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Centro de
Ciências Sociais Aplicadas. Departamento de Turismo.
1. Turismo – Monografia. 2. Zoológico - Atrativo turístico - Monografia. 3. Turismo de natureza –
Monografia. I. Alexandre, Mauro Lemuel de Oliveira. II. Universidade Federal do Rio Grande do
Norte. III. Título.
RN/BS/CCSA CDU 338.483.11
ANIMAIS SILVESTRES COMO ATRATIVO TURISTICO: ESTRUTRURA, CONDIÇÕES E
DIVERSÃO OFERECIDAS Á TURISTAS EM ZOOLOGICOS DA REGIAO.
Monografia apresentada ao Curso de Turismo da Universidade Federal do Rio Grande do Norte como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Turismo.
Orientador: Prof. Dr. Mauro Lemuel de Oliveira Alexandre.
________________________________________________________ Prof. Dr. Mauro Lemuel de Oliveira Alexandre Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Presidente
________________________________________________________ Profa. Dra. Lissa Valeria Fernandes Ferreira
Universidade Federal do Rio Grande do Norte Examinador
________________________________________________________ Prof. Dr. Carlos Humberto Porto
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Examinador
Dedico aos meus pais,
que me deram a vida. Dedico essa vitória aos
senhores e ao meu irmão preferido. Amo vocês.
AGRADECIMENTOS
Primeiramente agradeço à Deus. Agradeço pelo fim de mais uma etapa
concluída em minha vida e pelos sonhos que se concretizam. Obrigada por não
me deixar esquecer que, em meio aos desertos, sou uma de suas favoritas.
Agradeço aos meus melhores amigos, os melhores amigos que alguém poderia
ter, meus pais e meu irmão. Em momento algum vocês desistiram de mim e em
todos os momentos me apoiaram, cada um à sua maneira. Muito obrigada.
Ao meu irmão preferido, Arthur Gerard, meu único irmão.
Agradeço aos meus avós paternos Geraldo Liberato e Maria Daluz e aos meus
avós maternos Olavo Quadros e Máxima Quadros in memoriam, pela
existência dos meus pais Franklin e Olga, pois sem eles NADA teria sido
possível, nenhum dos meus sonhos.
À tia Márcia e tio Duca in memoriam, tio Velho, tia Olinda, tia Olympia, tia
Olívia, tio Donga, tio Biu, meus tios maternos que também me ajudaram desde
o começo. Às minhas tias paternas tia Rita, tia Michel, tia Márcia, tia Tereza e
tia Brígida, muito obrigada pela ajuda e ambientação na cidade grande.
Ao meu primo Victor, que teve papel muito importante na minha mudança de
cidade. Obrigada por ter me ensinado à andar de ônibus e por ter sido minha
companhia quando eu estava só e meus pais longe.
Agradeço aos meus amigos de escola e de infância, todos eles. Em especial
Abmael, Victória, Gisele, Marina, Silas, Kaio, Priscila P., Klarinha, Jéssica,
Rafaella, Clara S., Fausto, Alisson, Rômulo, Peah, que me acompanham desde
muito antes da minha despedida para vir morar na capital. Vocês sempre
disseram que seria fácil. Acreditem, não foi. Vocês sempre estiveram comigo
todos os dias em pensamento e isso ajudou muito. Obrigada.
Aos meus novos amigos Thiago, Weslley e Idiamara, que dispensam o uso de
sobrenome. Agradeço, de todo o meu coração, toda ajuda que vocês me
deram, cada um à sua maneira. Muito obrigada.
Agradeço à Professora Sueli que me ajudou muito com o projeto, agradeço sua
paciência para comigo.
Professora Lissa com seu sorriso e alegria contagiante, que desde o começo
me apoiou e não me deixou desistir em momento algum, sempre me
apresentando alternativas para poder prosseguir. Obrigada.
Ao querido professor Carlos Porto, que aceitou carinhosamente o convite de
participar da minha banca, muito obrigada.
Agradeço ao querido professor e orientador Mauro que esteve comigo durante
os quatro longos anos da graduação e que nunca perdeu a sua preciosa
paciência comigo. Sempre ouvindo minhas ideias loucas e colocando os meus
pés no chão sem nunca me deixar viajar sozinha. Muito obrigada, professor.
Agradeço aos empreendimentos entrevistados por seu tempo e espaço. Muito
obrigada.
É difícil agradecer todas as pessoas que de algum modo, nos momentos
serenos e ou apreensivos, fizeram ou fazem parte da minha vida, por isso
agradeço à todos de coração.
E finalmente agradeço a Deus novamente, por proporcionar todos estes
agradecimentos à todos que tornaram minha vida mais afetuosa, agradeço por
uma família maravilhosa e amigos sinceros. Deus, que a mim atribuiu alma e
missões pelas quais já sabia que eu iria batalhar e vencer, agradecer é pouco.
Por isso lutar, conquistar, vencer e até mesmo cair e perder, e o principal, viver
é o meu modo de agradecer sempre.
“O homem não é nada além daquilo que a educação faz dele.”
(Immanuel Kant)
Souza, Amanda Cristina Quadros de. Animais Silvestres como atrativo
turístico: Estrutura, condições e diversão oferecidas à turistas em
Zoológicos da Região. 2015. P.40. Monografia ( Graduação em Turismo) -
Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
RESUMO
Os zoológicos vêm tornando-se um importante atrativo turístico. O presente estudo
comparativo foi realizado em dois zoológicos em diferentes capitais do nordeste do
Brasil, Natal/RN e João Pessoa/PB, com os objetivos: identificar os tipos de
equipamentos turísticos (zoológicos) que oferecem a experiência de
observação e contato com os animais silvestres onde foi evidenciado que 15
turistas disseram que a experiência é interessante e outras 15 pessoas
afirmaram que a experiência é boa, o segundo é descrever experiências e
percepções de turistas sobre as observações e contatos com animais silvestres
em zoológicos onde 49 pessoas que foram entrevistadas, indicariam o
zoológico como um atrativo turístico, no terceiro e último objetivo identificar na
visão do turista se o zoológico caracteriza exploração de animais silvestres,
dos 50 entrevistados, 49 pessoas disseram que a prática dos zoológicos não
pode ser caracterizada como exploração de animais.
Palavras-chave: Zoológicos. Atrativos Turísticos. Turistas. Empreendimentos.
Souza, Amanda Cristina Quadros de. Wild animals as a tourist attraction:
structure, conditions and fun offered to tourists in Zoos Region. 2015.
P.40. Monograph (Graduation in Tourism) - Federal University of Rio Grande do
Norte.
ABSTRACT
Zoos have become a major tourist attraction. This study was conducted in two
zoos in different capitals in Natal / RN and João Pessoa / PB. This monographic
study aims to: identify the types of tourist facilities (zoos) that offer the
experience of observation and contact with wild animals. It showed that 15
tourists said that the experience is interesting and 15 other people said that the
experience is good, the second one is to describe experiences and perceptions
of tourists on the observations and contact with wild animals in zoos then 49
people who were interviewed indicate the zoo as a tourist attraction, the third
and final objective to identify the Tourist Viewing the zoo features exploitation of
wild animals, of the 50 respondents, 49 people said that the practice of zoos
can not be characterized as farm animals.
Keywords: Zoos. Tourist Attractions. Tourists. Enterprises.
LISTA GRÁGICOS
Gráfico 1 – Motivação para visitação..............................................................26
Gráfico 2 – Análise da
infrestrutura......................................................................................................28
Gráfico 3 – Experiência e contato com os animais.........................................29
Gráfico 4 – Percepção sobre exploração de animais
silvestres..........................................................................................................29
Gráfico 5 – Recomendação a visitação em
zoológicos........................................................................................................30
LISTA DE ABREVIAÇÕES DE SIGLAS
PIB – Produto Interno Bruto
PNMT – Programa Nacional de Municipalização e Turismo
PNT – Plano Nacional do Turismo
SZB – Sociedade de Zoológicos e Aquários do Brasil
IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
IPHANEP – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba
SUMÁRIO
1INTRODUÇÃO.........................................................................................12
1.1 Problema.............................................................................................12
1.2Justificativa.........................................................................................13
1.3 Objetivos............................................................................................14
1.1.1Objetivo geral.....................................................................................14
1.1..2Objetivos específicos........................................................................14
2 REFEÊNCIAL TEÓRICO........................................................................15
2.1 Turismo de Natureza.........................................................................15
2.2 Recursos Naturais..............................................................................16
2.3 Zoológicos como atrativos turísticos..............................................18
3 METODOLOGIA DA PESQUISA............................................................20
3.1 População e Amostra.........................................................................21
3.2 Instrumento de Pesquisa...................................................................21
3.3 Coleta de dados..................................................................................23
3.4Técnicas de análise de dados.....................;......................................23
4 Caracterização e estrutura dos
zoológicos.................................................................................................23
4.1 Espécie variedades e atrativos..........................................................25
4.2 Visitações, atividades e programações............................................26
5 Análise de Dados...................................................................................27
6 Considerações Finais............................................................................32
REFERÊNCIAS...........................................................................................34
12
1 INTRODUÇÃO
1.1 PROBLEMA
Turismo é uma das atividades que mais cresce no Brasil e no mundo. A
atividade turística deixou de ser apenas o deslocamento de pessoas para ser
uma atividade complexa e elaborada ou não. Esta atividade tem diversos
segmentos e tipologia e como: hotelaria, agência de viagens, transportes e
diversos atrativos turísticos.
O turismo é um dos setores mais dinâmicos e que mais cresce no mundo,
representando 10,7% do Produto Interno Bruto (PIB) global. Com mais de 260
milhões de empregados e investimentos anuais de mais de US$ 800 bilhões,
aparece em posição de competição com alguns dos maiores e mais tradicional
setores da economia mundial, como a construção civil e a petroquímica.
(MTUR, 2009)
Os destinos turísticos sempre buscam explorar diversas características
artificiais e naturais presentes nessas localidades, os atrativos turísticos que
compõem seu produto. São várias as tipologias de atrativos turísticos no
mundo, como destaque tem-se: os zoológicos.
O zoológico, tem sido uma forma bastante utilizada como atrativo turístico,
onde vem se destacando pela procura dos turistas, com o intuito de fugir do
cotidiano e vivenciar experiências inusitadas através do contato com os
animais.
A visitação estimada em cerca de 30 milhões de visitantes por ano
demonstra também a importância destas instituições como centros de
educação ambiental para a população, aumentando o interesse, cuidado e
conhecimento sobre a fauna silvestre (MAGNANI, 2002).
De acordo coma Sociedade Brasileira de Zoológicos e Aquários do Brasil os
zoológicos devem promover a educação ambiental, bem como a conservação
ex-situ dos componentes da fauna, nos precisos termos da Lei nº 9.795/99, em
consonância com os princípios constitucionais previstos no Art. 225 da
Constituição da República Federativa do Brasil de 05 de outubro de 1988.
13
O Brasil tem o índice de crescimento de zoológicos espalhados pelo país. O
presente trabalho monográfico comparativo tem como objetos de estudo dois
zoológicos em capitais do nordeste do Brasil, são eles: Aquário Natal em Natal
– RN e Parque Zoobotânico Arruda Câmara em João pessoa- PB.
Partindo desse pressuposto que, os zoológicos são atrativos turísticos e
importantes meios de conservação da fauna e flora, têm-se como pergunta
chave da pesquisa: Como os animais silvestres são utilizados como
atrativos turísticos?
1.2 – Justificativa
O intuito da realização desta pesquisa surge a partir da experiência que a
pesquisadora obteve quando era estagiária no Aquário Natal, onde teve a
oportunidade de contato direta com animais silvestres e marinhos que existiam
nos recintos do empreendimento. Com esta experiência, obteve-se uma noção
sobre o tipo de cuidado que as espécies recebem. Este foi o fator que gerou a
curiosidade sobre a temática estudada na pesquisa.
Outro fator que levou a abordagem deste estudo é que no destino das
duas capitais estudadas estão passando por uma saturação ao longo dos anos.
Percebe-se que nestas duas cidades existem um conjunto de atratividades
utilizadas pela demanda turística, recebendo-os frequentemente,
principalmente na época do verão, porém existe uma necessidade da
reformulação desses atrativos, pois o turista que visita a cidade hoje vem em
busca de inovação e caso não encontre, em uma próxima visita o mesmo terá
que vislumbrar dos mesmos atrativos já visitados.
Segundo FIGUEIREDO (2001), além da conservação, outras importantes
funções dos zoológicos são o lazer das populações e a Educação Ambiental
que, por sua vez, é de extrema importância para a conscientização das
pessoas, mostrando a importância da conservação da biodiversidade, incluindo
as espécies da fauna ameaçadas de extinção.
Atualmente os zoológicos são atrativos turísticos que proporcionam ao
turista, conhecer a diversidade da fauna existente e exposta no local. Os
zoológicos podem ter vários objetivos como: lazer, pesquisa, estudo,
preservação ambiental e outros.
14
Com isso, a pesquisa, consiste na avaliação dos zoológicos como
atrativos turísticos e relatar a visão do turista para com os zoológicos
estudados e os animais expostos.
1.3 – Objetivos
1.3.1 Objetivo Geral
Analisar as características e dinâmicas dos zoológicos e suas espécies
de animais silvestres como atrativo turístico
1.3.2 Objetivos Específicos
a) Identificar os tipos de equipamentos turísticos (zoológicos) que
oferecem a experiência de observação e contato com os animais silvestres;
b) Descrever experiências e percepções de turistas sobre as observações
e contatos com animais silvestres em zoológicos;
c) Identificar na visão do turista se o zoológico caracteriza exploração de
animais silvestres.
15
2 Referencial Teórico
Nas últimas décadas é notório o crescimento da atividade turística no
Brasil e no mundo e consequentemente a necessidade de novos atrativos
turísticos. Os zoológicos, por sua vez, sugiram como uma alternativa de
atrativo turístico para que a população tivesse conhecimentos da fauna e
flora existente, trazendo assim a conscientização ambiental para a
população e visitantes do estabelecimento.
O presente trabalho monográfico inicia-se com pesquisa bibliográfica, e
tem como primeiro tema os zoológicos, sua finalidade, objetivos e suas
características.
Neste capitulo será evidenciado a atividade turística, relação entre
natureza e turismo, zoológico e atrativos turísticos, animais silvestres nos
zoológicos, visitação, atividades e programação, assim como a estrutura dos
empreendimentos estudados na pesquisa.
Este trabalho busca entender a relação entre os zoológicos, visitantes e
turistas, que por sua vez, estão á procura de novas experiências em suas
viagens.
Neste trabalho monográfico dois zoológicos foram analisados como
atrativos turísticos sendo nomeados estabelecimento “A” e estabelecimento
“B”, respectivamente.
2.1 – Turismo de Natureza
No Brasil, somente há duas décadas o turismo começou de fato a
desenvolver-se como atividade econômica. A modificação da postura da
sociedade frente à atividade turística fez com que o governo formulasse uma
política nacional de turismo, destacando a inserção do país no cenário mundial,
impulsionando dessa forma a economia nacional. Essa política propunha o
fomento turístico por intermédio de programas a serem difundidos por todas as
regiões, entre eles está o PNMT – Programa Nacional de Municipalização do
Turismo – na vigência do Governo da Presidente Dilma, foi reformulado e
renomeado para PNT – Plano Nacional de Turismo – com o Programa de
16
Regionalização do Turismo – Roteiros do Brasil que tem como pretensão
transformar os municípios com potencial turístico em pólos capacitados para a
gestão compartilhada com a iniciativa privada e esferas do Governo Federal,
na tentativa de minimizar os problemas financeiros encontrados nessas áreas e
superar a dificuldade da gestão centralizada (Ministério do Turismo, 2004).
É neste contexto que as capitais estudadas estão inseridas e percebe-se
que o enfoque é o “turismo de sol e mar”- segmento praticado nas regiões
litorâneas do país. Baseado nisso, surge a necessidade de apresentar um
produto diferenciado, para aumentar o leque dos produtos turísticos para o
turista.
O turismo baseado na natureza é em muitos países uma componente
chave da indústria turística (EAGLES, 2001). Segundo o mesmo autor, este
setor do turismo depende fundamentalmente de duas componentes: níveis de
qualidade ambiental e níveis de satisfação do consumidor, tendo já crescido
suficientemente para que possa ser subdividido em vários segmentos de
mercado diferentes.
De acordo com McKerher (2002), o turismo de natureza engloba
ecoturismo, turismo de aventura, turismo educacional e uma profusão de outros
tipos de experiências proporcionadas pelo turismo ao ar livre e alternativo. É o
segmento de mais rápido crescimento na indústria turística em diversos países.
Diante deste cenário a atividade turística está ligada à natureza, chamado
Turismo de Natureza, possui diversos segmentos como: ecoturismo,
geoturismo, turismo de aventura e outros. O turismo e a natureza estarão
sempre conectados, pois o primeiro é dependente do segundo para constituir
uma atividade turística.
Os zoológicos são vistos como atrativos turísticos diferenciados dos
demais por possuírem características distintas que se baseiam em aspectos
ecológicos, sócio ambientais, e proporcionam um contato próximo com
determinados animais em ambientes parecidos com os seus habitat.
Sendo assim, o presente estudo faz esta ligação do turismo com a
natureza, realizado através dos zoológicos. Como forma de conservação e
preservação da fauna e flora, oferecendo também palestras pedagógicas sobre
o mesmo.
17
2.2 – Turismo Ecológico
O meio ambiente é tema altamente debatido devido à questão da sua
preservação, outras temáticas também podem ser discutidas, levando em
conta sua relevância para existência de outros elementos, como o turismo, por
exemplo.
O turismo faz uso frequente dos recursos naturais, presentes nas
localidades, nestas localidades que se apropriam do turismo, os espaços de
visitação são constituídos basicamente por paisagens e riquezas provenientes
da natureza. Montanhas, vales, rios, lagoas e cachoeiras são exemplos do
usufruto do turismo sobre os recursos naturais.
Existe uma forte tendência da exploração da atividade turística nos
ambientes naturais, o turismo de massa praticado em todo nordeste do Brasil
possui a característica do sol e mar e sem esses dois elementos naturais esta
região não possuiria sua atratividade.
Outros segmentos de turismo também buscam através de recursos
naturais atraírem turistas que queiram o contato com a natureza de forma mais
intensa e que procurem interferir menos na preservação ambiental, como
ocorre no ecoturismo. É o que dever se levado em conta quando há utilização
dos recursos naturais e o que Bahl chama de “abordagem ecológica” (BAHL
2004, p. 66).
Segundo diz Russhmann (1997 p. 18), atualmente muitas pessoas desejam
sair de suas rotinas agitadas e assim fazer turismo em espaços fora deste contexto:
O turismo contemporâneo é um grande consumidor da natureza e
sua evolução, nas ultimas décadas, ocorre como consequência da
“busca do verde” e da “fuga” dos tumultos dos grandes
conglomerados urbanos pelas pessoas que tentam recuperar
equilíbrio psicofísico em contado com ambientes naturais durante seu
tempo de lazer. (RUSSHMANN 1997 p. 18):
“O Turismo e o meio ambiente estão intrinsecamente ligados e são
interdependentes. Se o Turismo continuar a crescer, teremos que encontrar
formas de melhorar a relação entre os dois e torná-lo mais sustentável”
(SWARBROOKE, 2000, p. 84).
Com o crescimento da atividade turística é nítido o crescimento dos
impactos no meio ambiente, quando esta atividade não realizada de forma
18
sustentável. Por isso é importante a conscientização de todos para a
preservação dos recursos naturais.
A natureza diferentemente da estrutura turística dos destinos, não pode
sofrer alterações por ação do homem, ninguém pode querer criar ou expandir
os recursos naturais, mas a respeito disso, Cooper e Flitcher (1997, p. 113)
apontam que “a presença turística que produz impactos na comunidade, no
meio ambiente e na economia local, é aceitável tanto pelos turistas quanto
pelos anfitriões e sustentável para o futuro”, fator aceito pelo setor privado
devido ao retorno lucrativo que a atividade turística fornece.
Os impactos nos recursos naturais podem ser tanto positivos quanto
negativos. Para que seja maximizado os impactos positivos e minimizar os
impactos negativos, muitos recorrem à conscientização ambiental.
Segundo o Vitae Civilis e o WWF – Brasil
A educação ambiental e a sensibilização dos visitantes também são
fundamentais e devem se premissas de todas as iniciativas de
turismo a serem implementadas. Por serem fundamentais para
processos de mudança de comportamento, devem buscar o resgate
do papel do ser humano em relação à natureza, a seus vínculos, à
população com a sua cultura e ao meio em que se insere. Tanto os
turistas que visitam as áreas naturais, quanto as populações que
nelas vive, têm de ter ciência dos benefícios que essa atividade
promove e as condições para que seu desenvolvimento ocorra de
maneira equilibrada. (2003, p. 28)
A educação ambiental é de suma importância para o aprendizado dos
jovens e adultos na conscientização sobre a necessidade de preservação da
fauna e flora, este é uma das inúmeras atividades oferecidas pelos
estabelecimentos desta área, chamando-se Turismo Pedagógico.
2.3 – Zoológicos e atrativos turísticos
Parques zoológicos são locais de recreação, mas também podem ser
definidos como museus, uma vez que são instituições que se ocupam com a
conservação, pesquisa e comunicação de elementos naturais, neste caso,
considerando-se os animais (ZOLCSAK, 2002).
19
Praticamente todas as grandes civilizações antigas mantiveram
coleções de animais, uma vez que esse hábito era sinal de riqueza e
poder dos governantes da época, que se sentiam mais fortes quando
cercados de animais perigosos e exóticos. Alguns pesquisadores
consideram o primeiro zoológico organizado como sendo o do Rei
Pitolomeu I do Egito. Essa coleção foi herdada de Alexandre, o
Grande, que durante as conquistas pelo mundo entre os anos 336 e
323 a. C. obteve animais como elefantes, ursos, macacos e outros.
Apesar de ter sido um grande conquistador, Alexandre cuidava muito
bem de sua coleção, que se diversificou com o passar do tempo
(FIGUEIREDO, 2001).
Com isso fica claro que manter animais em cativeiros é um hábito antigo
que perpetuou ao longo dos séculos, mudando somente sua finalidade. Antes,
os animais eram presos somente por esmero, hoje existe uma conscientização
por trás de cada zoológico que busca a preservação das espécies.
À medida que o espírito científico aumentava durante os Séculos
XVIII e XIX, os zoológicos passaram a ser vistos como locais de
estudo, e não apenas lugares para diversão. Com o desenvolvimento
de pesquisas sobre o comportamento dos animais na natureza,
observou-se a necessidade de enriquecer os recintos com elementos
que os tornassem semelhantes ao habitat natural do animal, tais
como abrigos, galhos e tocas, dentre outros. Com o passar do tempo,
recintos com grades e barras foram substituídos por fossos, valas e
outra barreiras invisíveis (COSTA, 2003).
No Brasil, o primeiro zoológico surgiu na última década do Século XIX,
quando o Museu Emílio Goeldi, no Pará, iniciou a criação de uma pequena
coleção de animais silvestres oriundos da Amazônia. Em seguida vieram o
zoológico do Rio de Janeiro e os demais que continuam a surgir a cada dia.
No Brasil há uma associação privada, sem fins lucrativos que visa
legalizar as atividades relacionadas com zoológicos e aquários no nosso País,
a SZB Sociedade de zoológicos e aquários do Brasil.
O primeiro capitulo do estatuto da SZB, refere-se aos conceitos, fundação
assim como a finalidade da mesma.
20
Artigo 1º- A SOCIEDADE DE ZOOLÓGICOS DO BRASIL, neste
estatuto designada, simplesmente, SZB, fundada em 23 de setembro
de 1977, registrada como entidade sem fins lucrativos no 1º cartório
de registro de imóveis e documentos e civil de pessoas jurídicas de
Sorocaba , sob o nº 262, em 02/04/1979, com sede e foro no
município de Sorocaba, Estado de São Paulo, na Rua Theodoro
Kaiser s/nº, inscrita no CNPJ sob o nº 50.794.593;/0001-83, é uma
associação de direito privado, constituída por tempo indeterminado,
sem fins econômicos, de caráter organizacional, educacional, na área
do meio ambiente, filantrópico, sem cunho político ou partidário, com
a finalidade de coordenar e dar soluções aos problemas técnicos
administrativos dos zoológicos e aquários do Brasil já inscritos ou que
venham se filiar a SZB. Parágrafo único- Para compor a associação a
entidade não fará distinção de sexo, cor, raça, credo ou ideologia
política entre seus associados
A SBZ trabalha para o fortalecimento dos aquários e zoológicos do Brasil,
através da realização de congressos e intercâmbios e vem modernizando as
instituições, aperfeiçoando os profissionais que trabalham com o manejo de
animais em cativeiro.
A contribuição que os zoológicos têm para com o Turismo é
imprescindível, tornando-se locais que oferecem serviços de exposição de
animais em recintos devidamente protegidos por se tratar de animais silvestres.
Os animais selvagens encontrados nos zoológicos acabam sendo fatores
primordiais para atrair visitação nos locais.
3 – Metodologia da Pesquisa
Buscando analisar a visão do turista sobre os zoológicos estudados, o
tipo de metodologia utilizada no presente estudo monográfico é caracterizada
pela natureza qualitativa de caráter descritivo e exploratório. Foram utilizadas
para o presente trabalho, pesquisas bibliográficas por meio de livros dos
autores e artigos científicos relacionados com o tema abordado.
Conforme Gil (1999), o objetivo principal da pesquisa é chegar a
resolução de problemas através de métodos científicos, ou seja, é um processo
eficaz, sistemático e formal de desenvolvimento de métodos científicos.
Segundo Denker:
21
A pesquisa exploratória procura aprimorar ideias ou descobrir intuições.” Na abordagem quantitativa tem-se riqueza de informações de forma mais especificas. A pesquisa também é exploratória por meio de pesquisas bibliográficas. (1998, p.124)
A mesma autora afirma que pesquisa descritiva:
sobre as pesquisas descritivas, explica que “A pesquisa descritiva em geral procura descrever fenômenos ou estabelecer relações entre variáveis. Utiliza técnicas de padronizadas de coleta de dados como questionário e a observação sistemática. (1998, p.124).
A abordagem escolhida para o presente trabalho foi a quantitativa. Esta
abordagem foi escolhida para obter maior número de respostas e assim
potencializar o estudo. Para melhor embasamento do estudo, houve pesquisa
bibliográficas através de livros, artigos sobre o tema estudado.
A metodologia escolhida para o presente trabalho, apresentou algumas
dificuldades e limitações, como o deslocamento para estudar o
estabelecimento ‘B’ por ser em outro estado e assim a dificuldade de
locomoção e financeira.
3.1 – População e Amostra
A população da pesquisa é composta por 50 turistas e visitantes, sendo
28 mulheres e 22 homens entre os zoológicos “A” e “B”.
Segundo Dencker (1998) a amostragem não-probabilística é qualquer tipo
de amostragem em que a possibilidade de escolher um determinado elemento
no universo é desconhecida.
Sendo assim, a população do presente estudo é constituída por turistas
ou visitantes dos zoológicos pesquisados. A amostragem foi recolhida nos dois
zoológicos: “A” localizado em Natal/RN e o zoológico “B” localizado em João
Pessoa/PB.
3.2 – Instrumento de Pesquisa
Para responder os objetivos específicos do presente trabalho
monográficos, foi elaborado e realizado a pesquisa através de questionários
aplicados nos zoológicos estudados.
O questionário foi estruturado, contando com 5 questões abertas, para
melhor identificação do perfil do entrevistado sendo visitante e/ou turista.
22
Além do questionário aplicado nos zoológicos estudados para pesquisa,
foi realizada uma entrevista com o responsável do zoológico “A” para obter
maior riqueza e detalhes nas informações.
3.3 – Coleta de dados
A coleta de dados segundo Dencker (1998) é a fase do método de
pesquisa que tem por objetivo obter informações sobre a realidade. Foram
aplicado questionários nos zoológicos “A” localizado em Natal/RN e zoológico
“B” localizado em João Pessoa/PB, afim de identificar a visão e experiências
dos turistas. Esta pesquisa foi realizada num espaço de tempo de 1 mês e
meio.
Em um segundo momento, foi realizada uma entrevista com Douglas
Brandão, turismólogo, biólogo e proprietário responsável do zoológico “A” com
a finalidade de expor as competências e serviços do zoológico.
Foi feito também contato com o responsável do empreendimento “B”
através das mídias sociais para que tivesse livre acesso nas informações e
coleta de dados.
3.4 – Técnicas de análise de dados
Após a obtenção dos questionários foi feito o levantamento e a análise
dos dados mais relevantes da pesquisa, a fim de explanar de forma
compreensível o objetivo deste trabalho.
O questionário presente neste trabalho, é composto por 5 questões já
citado, como por exemplo as questões à baixo.
O questionário possuía perguntas abertas, para que o entrevistado
tivesse maior liberdade de respostas. As perguntas abordadas no questionário
foram de acordo com:
2.1 – O que levou você a visitar um zoológico?
2.2 – Quais as condições e estrutura oferecidas para os animais nos
zoológicos?
2.3 – Como foi a experiência de contato direto com os animais?
23
2.4 – Até que ponto você acha que isso caracteriza exploração de
animais silvestres?
2.5 – Você recomendaria que se visitassem cada vez mais animais
silvestres em zoológicos?
4 – Caracterização e estrutura dos zoológicos
O presente estudo conta com dois estabelecimentos, localizados em
capitais diferentes. O primeiro é “o Aquário de Natal” e o segundo é o “Parque
Zoobotânico Arruda Câmara”. Ambos os estabelecimentos serão denominados
no estudo como estabelecimento A e estabelecimento B, respectivamente.
O estabelecimento “A” está localizado na Av. Litorânea, 1091 - Redinha,
Extremoz - RN, 59575-000. Seu funcionamento é diário das 08:00 ás 17:00
horas contando com estagiários para melhor atender os turistas. O valor da
entrada varia, se for integral é R$20,00 e estudante R$10,00, crianças de 02 a
07 anos, assim como, idosos tem direito a entrada meia, mediante a
documentação.
O estabelecimento “A” foi fundado em 15 de Janeiro de 1999 por Douglas
Brandão e Adilene Brandão, sua mãe. Douglas é formado em Ciências
Biológicas e Turismo e sua mãe Adilene vieram de Santos, no litoral Paulista,
com a ideia de serem os fundadores do primeiro Aquário de Natal e do Rio
Grande do Norte, e hoje também o primeiro zoológico do estado onde funciona
também o único centro de reabilitação de animais silvestres. O estabelecimento
citado é totalmente independente, não conta com ajuda financeira e não tem
nenhum parceiro além da Natal Divers- Centro de Mergulho, e juntos
promovem um mergulho com 5 tubarões da espécie lixa, rêmoras e 1 tartaruga
marinha da espécie verde.
O local mede 6 mil metros, sendo 4 mil metros de área construída, e conta
com um time de 34 funcionários, dentre eles: Estagiários, Biólogos,
Veterinários, Gerentes, Coordenadores, Tratadores e a Diretora-Proprietária.
“O AQUÁRIO, É CONFIADA PELOS ÓRGÃOS DE DEFESA DO MEIO
AMBIENTE, A TAREFA DE REABILITAÇÃO DOS ANIMAIS QUE SÃO
ENCONTRADOS NA ORLA E NAS ESTRADAS, MUITAS VEZES
DEBILITADOS E MALTRATADOS, QUE RECEBEM CUIDADOS
24
VETERINÁRIOS E APÓS UM PERÍODO DE OBSERVAÇÃO, SÃO
DEVOLVIDOS À NATUREZA” (SITE, 2015)
A grande dificuldade do estabelecimento “A” é que os órgãos protetores
como Polícia Ambiental, Ibama, Projeto Tamar, e até mesmo a população
deixam animais que precisam de cuidados, e por não possuir uma parceria
com nenhum órgão ou patrocínio de nenhum deles, mesmo assim não deixam
de dar assistência aos animais necessitados, dando-lhes uma nova
oportunidade de voltaram à natureza depois de reabilitados.
O segundo zoológico é o Parque Zoobotânico Arruda Câmara mais
conhecido como Zoológico da BICA, está localizado na rua Gouveia Nóbrega
S/Nº - Roger, Joao Pessoa/PB. Agora denominado de zoológico “B”, a entrada
do público tem o valor simbólico de R$1,00 e o estabelecimento funcionada das
7:30h às 17:00h e a bilheteria funciona até as 16h de terças aos domingos.
“O Parque Zoobotânico Arruda Câmara, mais conhecido por BICA, é
oriundo da antiga mata do Róger e possui atualmente 268 mil metros² de área.
Foi inaugurado precisamente às 13:00 horas do dia 24 de Dezembro de 1921.
Seu nome é uma homenagem a memória do ilustre botânico paraibano nascido
da cidade de Pombal, Dr. Manoel de Arruda Câmara.”
O parque foi tombado em 1941 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e
Artístico Nacional (IPHAN) e no ano de 1980 foi tombado pelo Instituto do
Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba (IPHAEP). No ano de
2006 passou a se chamar Parque Zoobotânico Arruda Câmara. Sendo um dos
melhores atrativos de lazer e entretenimento na cidade de Joao Pessoa.
O estabelecimento conta com um time de 58 funcionários, dentre eles
veterinários, educadores ambientais e seus estagiários que cuidam da
alimentação, ambientação e limpeza dos recintos dos animais, gerenciam
projetos de reprodução das espécies em cativeiro, principalmente as
ameaçadas de extinção.
25
4.2 – Espécie variedades e atrativos
No local “A” estão expostas 70 espécies, contabilizando 200 animais,
onde são apresentadas por estagiários dos cursos de Turismo, Guia de
Turismo, Ciências Biológicas, Medicina Veterinária, durante todo o percurso da
visitação.
São vários os serviços que o estabelecimento “A” oferece para seus
visitantes. Além do contato com os animais silvestres, os turistas têm à sua
disposição uma lanchonete e uma loja de suvenir para poderem levar alguma
lembrança do local.
O empreendimento estudado deixa claro a uma tríplice com a atividade
turística, tendo palestras sobre educação ambiental (Turismo Pedagógico), o
trabalho de reabilitação de animais silvestres feito palestra sobre
conscientização ambiental e oferece também é um campo de estudos
promovendo oportunidade aos universitários de vários cursos como (Biologia,
Medicina Veterinária, Ecologia, Zootecnia, Aquicultura, Turismo, Guia de
Turismo, etc) de aprimorarem seus conhecimentos sobre sua área. Para isso,
basta preencher um pre-agendamento no próprio site do estabelecimento. “A”.
O plantel do Zoológico “B” é formado por 93 espécies e 512 animais
divididos em 52 espécies e 130 indivíduos de aves, 19 espécies e 60 indivíduos
de mamíferos e 22 espécies e 322 indivíduos de répteis. No total, 92,5% das
espécies preservadas são da fauna nativa do Brasil, enquanto que, apenas
7,5% são da fauna exótica, ou seja, de outros países. (SITE, 2015)
O local “B” desenvolve trabalhos que visa o bem estar dos animais,
conservação e reprodução deles, isto através de através de investigação
científica e técnicas de enriquecimento ambiental, que proporcionem aos
animais reações naturais simulando o habitat.
O mesmo conta com profissionais das diversas áreas de atuação, que
relacionam se relacionam com o zoológico como: biólogos, veterinários e
zootecnistas, além de tratadores treinados para desenvolver os trabalhos de
forma que mantenham bem estar dos animais.
26
4.3 – Visitações, atividades e programações
O empreendimento “A” é aberto durante todo o ano, diariamente e é
possível fazer visitação com escolas, universidades e instituições no geral. O
estabelecimento promove palestras de conscientização ambiental, onde os
alunos, no final, tem oportunidade de ter um contato direto com o animal
silvestre, onde têm a oportunidade de tocarem uma jiboia.
Em datas específicas o estabelecimento conta uma programação toda
especial de acordo com o dia e conta com ajuda dos estagiários para
administrar essas funções recreativas. Devido à sazonalidade da atividade
turística o número de visitantes pode variar de acordo com as temporadas,
sendo em baixa temporada o número de 100 visitantes por dia e na alta
temporada já recebendo 700 pessoas.
No estabelecimento “B” é aberto de terça à domingo, tendo a segunda-
feira fechada para visitação pois o zoológico acredita que os animais merecem
descanso por não serem acostumados com os barulhos provenientes dos
visitantes.
“Com a fauna diversificada e ambiente agradável, o parque recebe uma
visitação anual de 120 mil pessoas. Os visitantes podem interagir com os
animais, realizar trilhas, piqueniques e participar de atividades, eco-educativas.
O objetivo é estimular o respeito e a preservação do meio ambiente, com foco
no conceito de que é preciso: conhecer e entender para preservar.”
27
5 – Análise de Dados
No presente capítulo serão apresentados os resultados obtidos a partir
da análise de dados. Os questionários foram aplicados nos dois
empreendimentos estudados, sendo obtidos 50 questionários.
A população da pesquisados zoológicos “A” e “B” é composta por 28
mulheres e 22 homens, que estão na faixa etária entre 20 e 55 anos.
Para melhor compreensão, os gráficos correspondentes a cada questão
estão colunas, podendo ser visto o número de respostas.
Gráfico 1: Motivação para visitação
2.1 – O que levou você a visitar um zoológico?
Fonte: dados da pesquisa, 2015.
De acordo com os entrevistados, 24 pessoas disseram que o motivo da
visitação no zoológico foi a curiosidade em conhecer os animais, 15
pessoas responderam que a motivação foi para acompanhar a família e por
último, 11 pessoas responderam que foram ao zoológico por indicação de
amigos e familiares.
24
15
11
0
5
10
15
20
25
30
Curiosidade Familia Indicação
Curiosidade
Familia
Indicação
28
Gráfico 2: Análise da infra estrutura
2.2 – Quais as condições e estrutura oferecidas para os animais nos
zoológicos?
Fonte: dados da pesquisa, 2015.
Na questão 2.2 as respostas estão de forma crescente, sendo as
respostas positivas, tendo em vista que nenhum dos entrevistados disse que as
instalações estava ruim, 4 pessoas responderam que as condições são
razoáveis, 28 pessoas afirmaram que as instalações eram boas, 6 pessoas
afirmaram que são muito boa, 8 pessoas afirmaram que são ótimas e por fim, 4
pessoas responderam que as instalações são excelentes.
0
4
28
6 8
4
0
5
10
15
20
25
30
Ruim
Razoável
Boa
Muito boa
Ótima
Excelente
29
Gráfico 3: Experiência e contato com os animais
2.3 – Como foi a experiência de contato direto com os animais?
Fonte: dados da pesquisa, 2015.
De acordo com os entrevistados 15 pessoas afirmaram que a
experiência de contato direto com animais foi boa,9 pessoas afirmaram que foi
muito boa, 4 pessoas afirmaram que foi ótima, 7 afirmaram que a experiência é
excelente e 15 pessoas também afirmaram que a experiência de contato com
os animais foi interessante.
0
15
9
4
7
15
0
2
4
6
8
10
12
14
16
Ruim
Boa
Muito boa
Ótima
Excelente
Interessante
30
Gráfico 4:Percepção sobre exploração de animais silvestres
2.4 – Até que ponto você acha que isso caracteriza exploração de animais
silvestres?
Fonte: dados da pesquisa, 2015.
De acordo com as 50 pessoas entrevistadas, 49 pessoas disseram que
esse tipo de prática não caracteriza exploração de animais silvestres, apenas 1
pessoa afirmou que esse tipo de exposição caracteriza exploração de animais.
1
49
0
10
20
30
40
50
60
Sim Não
Série1
31
Gráfico 5: Recomendação a visitação em zoológicos
2.5 – Você recomendaria que se visitassem cada vez mais animais silvestres
em zoológicos?
Fonte: dados da pesquisa, 2015.
Das 50 pessoas entrevistadas, 49 disseram que recomendariam o
destino turístico, e somente 1 pessoa disse que não recomendaria.
No decorrer da pesquisa, no zoológico “B” foi identificada uma resposta
que chamou bastante atenção para com a preocupação de maneira direta dos
animais:
“Referente à exploração dos animais, acredito pode-se dizer que existe
uma exploração sim, pois nem sempre tem a ver com maus tratos. Um leão
tem a savana toda para correr, enquanto aqui, ele está em um recinto onde não
se pode comparar o tamanho. Pode-se dizer também que os animais são muito
solitários, onde não existe contato e/ou interação com outros da mesma
espécie.”
49
0 1 0
10
20
30
40
50
60
Sim Não Não sei
Série1
32
6- Considerações Finais
O tema pesquisado foi sobre Animais Silvestres como atrativo turístico:
Estrutura, condições e diversão oferecidas à turistas em Zoológicos da Região,
localizados em capitais próximas que são Natal – RN e João Pessoa - PB. Esta
pesquisa monográfica contou com três objetivos específicos: Identificar os tipos
de equipamentos turísticos (zoológicos) que oferecem a experiência de
observação e contato com os animais silvestres, descrever experiências e
percepções de turistas sobre as observações e contatos com animais silvestres
em zoológicos e por ultimo identificar na visão do turista se o zoológico
caracteriza exploração de animais silvestres.
De acordo com o primeiro objetivo específico identificar os tipos de
equipamentos turísticos (zoológicos) que oferecem a experiência de
observação e contato com os animais silvestres, foi evidenciado que a maioria
dos turistas entrevistados de acordo com o gráfico 3, 15 pessoas disseram que
a experiência é interessante e outras 15 pessoas afirmaram que a experiência
é boa.
O segundo objetivo específico descrever experiências e percepções de
turistas sobre as observações e contatos com animais silvestres em
zoológicos, de acordo com o gráfico 5, 49 pessoas que foram entrevistadas,
indicariam o zoológico como um atrativo turístico por terem gostado do
ambiente e animais e ter tido uma experiência agradável na localidade.
No terceiro e último objetivo identificar na visão do turista se o zoológico
caracteriza exploração de animais silvestres, como já visto no gráfico 4 dos 50
entrevistados, 49 pessoas disseram que a prática dos zoológicos não podem
ser caracterizadas como exploração de animais.
De acordo com o presente estudo, pode-se afirmar que os zoológicos são
atrativos turísticos de grande relevância para a localidade e para os turistas. A
maioria dos turistas frequentadores deste tipo de equipamento turístico afirmam
ter vivenciado boas experiências.
Logo, vale ressaltar que é de suma importância a relação entre zoológico
e conscientização da fauna e flora aplicadas para a sociedade, turistas e
visitantes. Sendo assim, este trabalho vem acrescentar de maneira positiva
33
para o estudo bibliográfico sobre animais silvestres nos zoológicos, as
condições que os mesmos se encontram e a importância deste atrativo turístico
para as pessoas.
34
REFEÊNCIAS BAHL, Miguel. Viagens e roteiros turísticos. Curitiba: Protexto, 2004.
COOPER, Cris e FLETCHER, J. / Turismo, princípios y práticas. México, Diana,
1997.
COSTA, G. O. Situação Atual dos Recintos do Parque Zoológico Sargento
Prata, FortalezaCE. Monografia. Universidade Estadual do Ceará. 2003. 41p
DENKER, Ada de Freitas Maneti. Métodos e técnicas da pesquisa em
turismo. São Paulo: Futura, 1998.
Disponivel em: < http://www.joaopessoa.pb.gov.br/zoobica/equipe-tecnica/>
Acesso em 23 de outubro de 2015
Disponível em: < http://www.joaopessoa.pb.gov.br/zoobica/historia-da-
bica/historico-do-parque/ > Acesso em 21 de Outubro de 2015.
Disponível em: <http://www.aquarionatal.com.br/faqs> Acesso em: 18 de
Outubro de 2015
EAGLES, P. F. J. 2001. International Trends in Park Tourism. EUROPARC
2001, Edition 4, Matrei, 43 pp.
FIGUEIREDO, I. C. S. Histórico dos Zoológicos no Mundo. In: WEMMER,
C.; TEARE, J. A.; PIOKETT, C. Manual do Biólogo de Zoológico Para Países
em Desenvolvimento. São Carlos: Sociedade de Zoológicos do Brasil – SZB,
vii-x, 2001.
GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo:
Atlas,1999.
MAGNANI, F. Análise do panorama administrativo e operacional dos
zoológicos brasileiros. In. XXVI Congresso da Sociedade de Zoológicos do
Brasil e II Encontro de Zoológicos do Mercosul. Porto Alegre/RS, Anais de SZB,
p, 207. 2002.
MCKERHER, B. 2002. Turismo de Natureza: Planejamento e Sustentabilidade.
Contexto, 304p.
RUSSHMANN / A problemática da pesquisa do turismo ecológico no
Brasil: a produção do meio ambiente. São Paulo-SP papirus, 1997.
SWARBROOKE, John. Turismo sustentável: Conceitos e impacto ambiental. 3.ed. Traduzido por: Margarete Dias Pulido. São Paulo: Aleph, 2000. 1v. Tradução de: Sustainable Tourism Management.
35
VITAE CIVILIS e WWF- BRASIL. Sociedade e ecoturismo: na trilha do desenvolvimento sustentável. São Paulo: Peirópolis, 2003. ZOLCSAK, E. Estudo da capacidade de comunicação ambiental de exposição de animais vivos. In: JACOBI P. R. (org.) Ciência Ambiental: os desafios da interdisciplinaridade. São Paulo: Annablume, 61-81, 2002.
36
Apêndice
37
Roteiro de Entrevista- Empreendimento “B”
1- Dados do entrevistado
1.1 – Nome:__________________________________________
1.2 – Idade:___________________________________________
1.3 – Email:___________________________________________
2- Tópicos da Entrevista
2.1 – O que levou você a visitar um zoológico?
__________________________________________________________
2.2 – Quais as condições e estrutura oferecidas para os animais nos
zoológicos?
__________________________________________________________
2.3 – Como foi a experiência de contato direto com os animais?
_________________________________________________________
2.4 – Até que ponto você acha que isso caracteriza exploração de
animais silvestres? Fale sobre risco, contaminação e segurança.
__________________________________________________________
2.5 – Você recomendaria que se visitassem cada vez mais animais
silvestres em zoológicos? Acha que deveria ter mais opções como esta
nos destinos turísticos?
_________________________________________________________
38
Anexos
39
Anexo 01 - Mapa do Aquário Natal
(Fonte: http://www.aquarionatal.com.br/) Anexo 02 – Aquário Natal
(Fonte: http://www.aquarionatal.com.br)
40
Anexo 03 – A pesquisadora Amanda fazendo o mergulho no Aquário Natal
Anexo 04 – A pesquisadora no zoológico Arruda Câmara
41
Anexo 06 – A pesquisadora dentro o Zoológico da BICA
42
Anexo 07 – Mapa Aquário Natal
(Fonte:https://www.google.com.br/maps?bav=on.2,or.&bvm=bv.107467506,d.Y
2I&biw=1366&bih=623&dpr=1&q=zoologico+da+bica&um=1&ie=UTF-
8&sa=X&ved=0CAYQ_AUoAWoVChMIjKr3xZmYyQIVQROQCh2PgAA8)
top related