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UNIVERSIDADE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS - UNIPAC
FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE BARBACENA - FASAB
GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA
BRUNA ELISA FERREIRA MAYRINK
ELAINE MACEDO PERIARD
OS RESULTADOS DO TESTE DE SENTAR E LEVANTAR EM INDIVÍDUOS,
SEDENTÁRIOS, FUMANTES E PRATICANTES DE ATIVIDADE FÍSICA.
BARBACENA
2016
1
BRUNA ELISA FERREIRA MAYRINK
ELAINE MACEDO PERIARD
OS RESULTADOS DO TESTE DE SENTAR E LEVANTAR EM INDIVÍDUOS,
SEDENTÁRIOS, FUMANTES E PRATICANTES DE ATIVIDADE FÍSICA.
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado a
Graduação em Fisioterapia da Faculdade de
Ciências da Saúde de Barbacena – FASAB, da
Universidade Presidente Antônio Carlos –
UNIPAC, como um dos requisitos obrigatórios
para obtenção de Titulação de Bacharel em
Fisioterapia.
Orientadora: Professora Esp. Patrícia Maria de
Melo Carvalho
BARBACENA
2016
2
BRUNA ELISA FERREIRA MAYRINK
ELAINE MACEDO PERIARD
OS RESULTADOS DO TESTE DE SENTAR E LEVANTAR EM INDIVÍDUOS,
SEDENTÁRIOS, FUMANTES E PRATICANTES DE ATIVIDADE FÍSICA.
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado a
Graduação em Fisioterapia da Faculdade de
Ciências da Saúde de Barbacena – FASAB, da
Universidade Presidente Antônio Carlos –
UNIPAC, como um dos requisitos obrigatórios
para obtenção de Titulação de Bacharel em
Fisioterapia.
Aprovado em _____/_____/____________
BANCA EXAMINADORA
Esp. Patrícia Maria de Melo Carvalho
Universidade Presidente Antônio Carlos – UNIPAC
Esp. Gustavo Abreu Líbero
Universidade Presidente Antônio Carlos – UNIPAC
Dr. Eurico César Peixoto
Universidade Presidente Antônio Carlos – UNIPAC
3
Agradecimentos
Elaine Macedo Periard
Agradeço à Deus, pela força nos momentos em que ela me faltou.
Agradeço aos meus pais, meu irmão e familiares, pelo carinho, compreensão,
aconchego nos momentos felizes, mas, também nos momentos difíceis, e ao meu pai
principalmente, pelos conselhos e orientações, pois elas foram de vital importância.
Agradeço ao Fael, meu companheiro, meu porto seguro em todas as horas, obrigada
pelo carinho, afeto, paciência e principalmente por sempre me incentivar na carreira que
escolhi. Obrigada por eu poder contar com você.
Agradeço a Daniela, minha madrinha e companheira por estar lá, por qualquer que
fosse o motivo necessário.
Agradeço a Verinha, que me mostrou que não é necessário ter o mesmo sangue para se
agir como família, agradeço a você imensamente por todos os seus feitos.
Agradeço aos amigos que estiveram próximos, e também aqueles que caminharam
nessa luta juntos. À minha dupla Bruna, que sem ela com certeza o trabalho não seria
concretizado, obrigada pela confiança e parceria inigualável, à minha amiga Rosana, por
tamanho esforço, você é um exemplo a ser seguido. À minha amiga Bianca, por nos tornar
melhores como pessoa, simplesmente por estar por perto, por seu tamanho altruísmo. Enfim a
todo o G1 original, pela parceria no trabalho a cada dia, se eu pudesse escolher colegas de
trabalho, com certeza seriam vocês.
Agradeço à professora Patrícia, não só por nos orientar no trabalho, mas, por todas as
orientações e direcionamentos que a mim foram dados.
Agradeço à professora Priscylla, pelas orientações vocacionais e por ser essa pessoa
fácil de gostar, acredito que nossa amizade não termina com essa caminhada. Ao professor
Gláucio por todo o conhecimento, e por difundir esse conhecimento e não guardar pra si. Se
hoje sei muitas coisas, com certeza metade delas, foram ensinadas por você. Agradeço
também ao professor Gustavo, por nos ajudar na pesquisa com as voluntárias, pois se essa
pesquisa deu certo, a sua participação foi de suma importância.
Agradeço aos nossos maravilhosos voluntários pelo carinho e comprometimento com
nossa pesquisa, vocês são demais.
Enfim a todos que contribuíram e continuam contribuindo com a minha caminhada, o
meu muito obrigado.
4
Agradecimentos
Bruna Elisa Ferreira Mayrink
Agradeço primeiramente a Deus nosso Senhor, o qual sem Ele, eu jamais teria
chegado até aqui. Obrigada por me conceder o dom da vida e principalmente o dom de
aprender a ser Fisioterapeuta.
Aos meus pais, Eduardo e Ilza, pelo amor incondicional, por me concederem os
ensinamentos da vida, por acreditarem no meu potencial e principalmente por me oferecerem
palavras de conforto e ânimo para não desistir da batalha.
Ao meu marido João Henrique, primeiramente pelo seu amor e por sempre estar ao
meu lado, principalmente nestes longos 4 anos e meio, me incentivando, tendo paciência e
compreensão, me acalmando nos dias de desespero e angústia e claro acreditando que eu
chegaria até aqui.
Ao meu irmão Eduardo Júnior, que mesmo estando longe sempre acreditou que eu
conseguiria vencer.
Ao meu sobrinho Carlos Eduardo, pela sua alegria radiante que me animou nos dias
difíceis.
Ao meu avô Walter em especial, que pelos seus quase 90 anos de experiência de vida,
me orientou e me ensinou a ser uma pessoa melhor.
A minha Tia/Madrinha Palmira, um exemplo de superação e lutas, a qual eu me
espelho para a minha trajetória de vida.
Aos demais familiares que de alguma forma sempre confiaram e torceram por mim.
A minha amiga Elaine, pela sua dedicação nos estudos e por sempre estar disposta a
me ajudar e esclarecer as minhas dúvidas, muito obrigada por estarmos juntas nesta batalha e
chegarmos à conclusão da graduação.
As amigas Rosana e Bianca Puiatti, vocês sempre me concediam uma palavra de
ânimo e alegria, admiro o grande empenho de ambas.
As demais amigas da faculdade, que nos momentos de desespero, das provas difíceis,
sempre estávamos juntas e confiantes que chegaríamos até o final.
As minhas amigas de Barroso, que confiaram que eu conseguiria ser Fisioterapeuta,
em especial à Jéssica, pelos ensinamentos de Deus e à Mayara, pelas orientações
profissionais.
À professora Patrícia pela confiança e por nos orientar neste trabalho e aos demais
professores, pelos ensinamentos e exemplos profissionais.
5
Vigie seus pensamentos, eles se tornam palavras;
Vigie suas palavras, elas se tornam ações;
Vigie suas ações, elas se tornam hábitos;
Vigie seus hábitos, eles formam seu caráter;
Vigie seu caráter, ele se torna seu destino.
Frank Outlaw
6
“Até aqui me ajudou o SENHOR.”
(1 Samuel 7:12)
7
Resumo
Introdução Sugere-se na literatura que o sedentarismo e o tabagismo são fatores de risco
importantes para o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis. Acredita-se que
a prática de atividade física possa ser um aliado na prevenção destas doenças. Tem-se por
hipótese que o Teste de Sentar-Levantar possa ser um instrumento de caráter avaliativo
relacionado ao desempenho físico do indivíduo. Objetivo Avaliar os resultados do Teste de
Sentar Levantar em mulheres fumantes, sedentárias e praticantes de atividade física.
Métodos Após o cálculo amostral, 26 mulheres com idade compreendida entre 18 e 50 anos
(27,19±7,05 anos) foram submetidas à realização do Teste de Sentar-Levantar e avaliação dos
sinais vitais antes e após o teste, durante três semanas. As voluntárias foram divididas em três
grupos sendo: Fumantes; Praticantes de Atividade Física e Sedentárias, em seguida,
registraram-se os valores dos escores do teste e os sinais vitais para análise estatística, que
utilizou a média e o desvio padrão e para a normalidade dos dados o Teste de Shapiro Wilk. O
Coeficiente de Correlação Intra Classe foi calculado para a confiabilidade das medidas entre a
primeira e segunda semana, atrelado ao cálculo do Erro Típico da Medida. Uma ANOVA de
dois caminhos com medidas repetidas testou o efeito dos sinais vitais antes e após o teste e as
diferenças foram identificadas pelo Post Hoc de Bonferroni. Uma ANOVA de um caminho
foi usada para a comparação dos escores obtidos no teste, entre os três grupos, assim como o
Teste de Tukey. Foi realizada a análise de covariância (ANCOVA) para avaliação da
influência da fase do ciclo menstrual das participantes. O nível de significância adotado foi de
= 0,05. Todas as análises foram realizadas no software SPSS 17.0 for Windows®
(Chicago,
USA). Resultados O CCI foi de 0,893, com Erro Típico da Medida absoluto = 1. Os grupos
não apresentaram diferenças significativas nos escores obtidos a partir do teste, demonstrando
também baixa correlação (R= -0,232; p= 0,25). Por outro lado o grupo de fumantes e
sedentárias apresentaram valores significativos, quando comparados ao índice de massa
corporal (p=0,02) e mediante a análise da pressão arterial sistólica pré e pós-teste (p<0,05).
Conclusão Os escores do teste não apresentaram alterações significativas, quando
comparados entre os grupos estudados, pressupõe-se, entretanto, que a heterogeneidade da
amostra tenha influenciado.
Palavras - chave: Estilo de Vida Sedentário. Hábito de Fumar. Índice de Massa Corporal.
Exercício. Doença Crônica.
8
Abstract
Introduction It is suggested in the literature that sedentarism and smoking are important risk
factors for the development of chronic noncommunicable diseases. It is believed that the
practice of physical activity can be an ally in the prevention of these diseases. It has been
hypothetically that Sitting Lift Test can be an evaluative character instrument relating to the
physical performance of the individual. Objective To evaluate the Sit Lift Test results in
women smoking, sedentary and practitioners of physical activity. Methods After the sample
size calculation, 26 women aged between 18 and 50 years (27.19 ± 7.05 years) were
submitted to the Sitting Lift Testing and assessment of vital signs before and after the test for
three weeks. The volunteers were divided into three groups as follows: Smokers; Practitioners
of Physical Activity and Sedentary then recorded the values of test scores and vital signs for
statistical analysis using the mean and standard deviation and the data normality the Shapiro-
Wilk test. The intraclass correlation coefficient was calculated for the reliability of the
measurements between the first and second week, linked to the calculation of Measure
Typical Error. A two way ANOVA with repeated measures tested the effect of vital signs
before and after the test and differences were identified by Post Hoc Bonferroni Test. An
ANOVA one way was used to compare the scores of the test, among the three groups, as well
as the Tukey Test. covariance analysis was performed (ANCOVA) to evaluate the influence
of the phase of the menstrual cycle of participants. The significance level was set at = 0.05.
All analyzes were performed using SPSS 17.0 software for Windows (Chicago, USA).
Results The CCI was 0.893, with Typical Error of the Absolute Measure = 1. The groups did
not show significant differences in the scores from the test also demonstrated low correlation
(R = -0.232; p = 0.25). On the other hand the group of smokers and sedentary showed
significant values when compared to body mass index (p = 0.02) and by analyzing the systolic
blood pressure pre- and post-test (p <0.05). Conclusion The test scores did not show
significant changes when compared between studied groups, it is assumed, however, that the
heterogeneity of the sample has influenced.
Keywords: Sedentary Lifestyle. Smoking. Body Mass Index. Exercise. Chronic Disease.
9
Lista de Ilustrações
FIGURA 1: Modelo de equação da Carga Tabágica................................................................19
FIGURA 2: Tabela de Classificação dos Escores do TSL........................................................21
FIGURA 3: Tabela da Classificação do IMC...........................................................................22
FIGURA 4: Tabela da Classificação quanto ao IMC das voluntárias......................................23
FIGURA 5: Tabelada da Classificação quanto ao período do CM das voluntárias..................23
FIGURA 6: Gráfico dos Escores do TSL nos Grupos de Fumantes (FM), Praticantes de
Atividade Física (AF) e Sedentários (GS)...............................................................................24
FIGURA 7: Gráfico do Comportamento da PAS nos grupos de Fumantes, Praticantes de
Atividade Física e Sedentárias antes e após a realização do TSL.............................................25
FIGURA 8: Tabela da Comparação Pré vs. Pós da SpO2, FC e FR entre os Grupos na
realização do TSL.....................................................................................................................25
FIGURA 9: Tabela de Valores de referência para Frequência Cardíaca (FC), Frequência
Respiratória (FR) e Pressão Arterial (PA)................................................................................46
10
Lista de Tabelas
TABELA 1: Classificação dos Escores do TSL.......................................................................21
TABELA 2: Classificação do IMC...........................................................................................22
TABELA 3: Classificação quanto ao IMC das voluntárias......................................................23
TABELA 4: Classificação quanto ao período do CM das voluntárias.....................................23
TABELA 5: Comparação Pré vs. Pós da SpO2, FC e FR entre os Grupos na realização do
TSL............................................................................................................................................25
TABELA 6: Valores de referência para Frequência Cardíaca (FC), Frequência Respiratória
(FR) e Pressão Arterial (PA).....................................................................................................46
11
Lista de Abreviaturas e Siglas
AF - Praticante de Atividade Física
AIDS - Acquired Immunodeficiency Syndrome
Bpm - Batimentos por minuto
CA - Circunferência Abdominal
CEP - Comitê de Ética em Pesquisa
CM - Ciclo Menstrual
Cp/d – Número de cigarros fumados por dia
CT – Carga Tabágica
DCNT - Doenças Crônicas Não Transmissíveis
ETM – Erro Típico da Medida
FC - Frequência Cardíaca
FISIOLAB - Laboratório de Apoio a Iniciação Científica e Trabalho de Conclusão de Curso
da Fisioterapia
FM - Fumantes
FR - Frequência Respiratória
GS - Sedentárias
IMC - Índice de Massa Corporal
Irpm - Incursões respiratórias por minuto
NA – Número de anos como fumante.
OMS - Organização Mundial de Saúde
PA - Pressão Arterial
PAD - Pressão Arterial Diastólica
PAS - Pressão Arterial Sistólica
PC - Peso Corporal
RM - Repetições Máximas
SpO2 - Saturação periférica de Oxigênio
TCLE - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
TSL - Teste de Sentar-Levantar
UNIPAC - Universidade Presidente Antônio Carlos
12
Sumário
1 Introdução ......................................................................................................................... 13
2 Objetivos ............................................................................................................................ 15
2.1 Objetivos gerais ................................................................................................................ 15
2.2 Objetivos Específicos ........................................................................................................ 15
3 Materiais e métodos .......................................................................................................... 16
3.1 Estratégia de coleta de dados ........................................................................................... 16
3.2 Amostra ............................................................................................................................. 16
3.3 Procedimentos gerais ........................................................................................................ 17
3.4 Registro de dados .............................................................................................................. 18
3.5 Avaliação dos sinais vitais ................................................................................................ 19
3.6 Teste de Sentar-Levantar ................................................................................................. 20
3.7 Estatística .......................................................................................................................... 21
4 Resultados ......................................................................................................................... 22
5 Discussão ........................................................................................................................... 26
6 Conclusão .......................................................................................................................... 30
Referências ....................................................................................................................... 31
Apêndice A - Termo de consentimento para realização da pesquisa..........................38
Apêndice B - Termo de consentimento para realização da pesquisa..........................40
Apêndice C - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).........................42
Apêndice D - Tabela.........................................................................................................46
Apêndice E - Questionário..............................................................................................47
Anexo A - Carta de aceite................................................................................................48
Anexo B - Parecer consubstanciado do CEP.................................................................49
13
1 Introdução
Os fatores culturais e a vida moderna têm tornado o indivíduo cada dia mais
sedentário, mudanças de hábitos de vida, trabalhos intensivos e maiores aquisições de
produtos de tecnologia, têm contribuído para a inatividade física.1,2
Essa inatividade, considerada atualmente como uma epidemia, acomete em torno de
80,8% da população mundial, e está associada a dois milhões de mortes por ano.3 Tem sido
descrita como o principal fator de risco para Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT)
como, diabetes tipo 2, hipertensão, dislipidemia, obesidade, doenças cardiovasculares,
osteoporose, algumas formas de câncer, depressão, infarto agudo do miocárdio e intolerância
à glicose, doenças estas, que causarão 25 milhões de óbitos até o ano de 2.020.4,5,6,7
Observa-se na atualidade, maior participação das mulheres no mercado de trabalho e
no campo educacional, estes fatores têm impacto direto nos elevados índices de sedentarismo
do gênero. Dentre os relatos mais encontrados, a falta de tempo em decorrência das tarefas
excessivas do trabalho e da casa, são as que apresentam maior influência, limitando a prática
de atividade física.1,6,8
Embora a inatividade física apresente repercussões que predispõem o desenvolvimento
das DCNT, o tabagismo também é considerado grande precursor destas doenças, descrito pela
Organização Mundial de Saúde (OMS) como o principal fator de risco modificável,9,10,11,12,13
evidenciando elevados índices de óbitos, que superam as mortes causadas por Acquired
Immunodeficiency Syndrome (AIDS), cocaína, heroína, álcool, acidentes de trânsito,
incêndios, suicídios e tuberculose.9,12,13
No mundo, atualmente estima-se que 250 milhões de
mulheres sejam tabagistas.14
Estudos comprovam que, apesar de os indivíduos apresentarem conhecimentos sobre
esses fatores de risco e as possíveis implicações para a saúde, estes não são suficientes para
promover mudanças comportamentais, a fim de evitá-los.5 Acredita-se que a prática de
atividade física seja uma aliada na promoção da saúde e na melhora da qualidade de vida,
trazendo benefícios a estes indivíduos, por apresentar modificações eficazes nas repercussões
corporais, que ocorrem em decorrência dos fatores de risco, visto que estes associados, têm se
mostrado relativos aos elevados índices de mortalidade.15,16,17,18
Portanto, este estudo propôs avaliar as populações anteriormente descritas, através do
Teste de Sentar-Levantar (TSL) desenvolvido por Araújo,19,20,23
, pois, tem-se definido o teste
como um instrumento de caráter avaliativo, capaz de quantificar a capacidade física do
indivíduo, nas ações simples, que são os movimentos de sentar e levantar do solo, sem que
14
estes sejam necessariamente praticantes de atividade física.21
Entretanto, para a realização são
necessárias flexibilidade, coordenação, força muscular e equilíbrio corporal, pois estes
influenciam diretamente no desempenho e escore final.22
Logo o objetivo proposto foi de
avaliar os resultados do Teste de Sentar Levantar em mulheres fumantes, sedentárias e
praticantes de atividade física.
15
2 Objetivos
2.1 Objetivos gerais
Avaliar o desempenho de indivíduos do sexo feminino, com idade entre 18 e 50 anos
(27,19±7,05 anos), sendo estes sedentários, fumantes e praticantes de atividade física, através
do Teste de Sentar-Levantar.
2.2 Objetivos Específicos
Verificar o comportamento dos sinais vitais, Pressão Arterial (PA), Frequência
Cardíaca (FC), Frequência Respiratória (FR) e Saturação periférica de Oxigênio (SpO2) antes
e após o TSL.
16
3 Materiais e métodos
3.1 Estratégia de coleta de dados
O presente estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da
Universidade Presidente Antônio Carlos (UNIPAC), Barbacena – MG sob o protocolo de
número 1.355.913 com data de relatoria em 08 de dezembro de 2015 (Anexo B). As
voluntárias foram convidadas a participar da pesquisa, através de convites orais, cartazes
fixados nas dependências da universidade e por meio eletrônico, realizados pelos responsáveis
pela pesquisa.
Após o convite, as que compareceram receberam informações minuciosas sobre os
procedimentos do estudo e esclarecimentos sobre as visitas que realizariam, estando cientes
desde o princípio, que a qualquer momento poderiam retirar-se da pesquisa, sem nenhum ônus
ou prejuízo em função da decisão. Em seguida elas receberam o Termo de Consentimento
Livre e Esclarecido (TCLE), que descrevia sobre todos os procedimentos do estudo e em
conformidade com as informações o assinaram. (Apêndice C).
3.2 Amostra
O cálculo amostral foi realizado com base em um estudo piloto que envolveu a
participação de 10 voluntários do sexo feminino e utilizou-se a equação proposta por
Hopkins24
para desenhos experimentais de pesquisa clínica, de segmento transversal,
observacional, prospectivo, comparativo, analítico, formado por equipe de único centro, a fim
de alcançar um poder estatístico (1 – β) de 0,80.
Após a análise estatística sobre o estudo piloto, verificou-se que a amostra seria por
conveniência, devido a acessibilidade e população específica disponível, portanto, foi possível
obter um número total de amostragem de 26 indivíduos do sexo feminino, com idade entre 18
e 50 anos (27,19±7,05 anos), distribuídas em três grupos. Estes compreendiam três
características, sendo o primeiro composto por 10 mulheres sedentárias (GS), o segundo
grupo composto por oito praticantes de Atividade Física (AF),25
e o terceiro grupo composto
por oito mulheres que fumavam atualmente (FM). Optou-se por desenvolver a pesquisa com
indivíduos do sexo feminino, buscando a homogeneização do estudo e por estes terem
demonstrado maiores índices de fatores de risco para DCNT, quando comparados aos do sexo
masculino.6,14,26
A amostra foi composta pelas mulheres que se propuseram a participar da
17
pesquisa, sendo desconsiderados apenas aquelas que não se adequaram aos critérios de
inclusão e exclusão.
Foram adotados como critérios de inclusão, as participantes com faixa etária entre 18 e
50 anos, que compareceram para a realização da pesquisa, e que não apresentavam dor aguda,
lesões do sistema locomotor de membros inferiores, indivíduos submetidos à grandes
cirurgias recentemente, gestantes, amputados, portadores de próteses, indivíduos com
alterações vestibulares, por que estes fatores as incapacitariam na realização do teste.19
Foram adotados como critérios de exclusão, participantes que apresentaram valores de
Pressão Arterial (PA) diastólica >90 mmHg e sistólica >140 mmHg, após repouso de cinco
minutos em ambiente calmo, por serem consideradas hipertensos leves, estágio I.27
Também
foram excluídas as que apresentaram valores de Frequência Respiratória (FR) e Frequência
Cardíaca (FC), fora dos estabelecidos, sendo eles FC <50 batimentos por minuto (bpm),
considerados bradicardia, e >100 bpm, processo de taquicardia. Para a FR, os valores normais
adotados foram 12 a 20 incursões respiratórias por minuto (irpm).28,29
Além destes, também
foram excluídas aquelas que apresentaram valores de Saturação periférica de Oxigênio
(SpO2), divergentes dos esperados em indivíduos saudáveis, sendo considerados os valores de
referência >95% ou >90+3%, sendo que, para a pesquisa adotou-se o critério de >95%.30,31,32
Logo, seis indivíduos foram excluídos do estudo, porém além dos critérios definidos
acima, uma das participantes optou por não continuar como voluntária da pesquisa, e,
portanto, foi contabilizada como exclusão.
3.3 Procedimentos gerais
Foram realizadas três visitas no Laboratório de Apoio a Iniciação Científica e
Trabalho de Conclusão de Curso da Fisioterapia (FISIOLAB), localizado na Clínica Escola
“Vera Tamm de Andrada”, da Universidade Presidente Antônio Carlos – UNIPAC, Campus
Barbacena, situada à Rodovia MG, 338, km 12, s/nº - Colônia Rodrigo Silva - Barbacena/MG,
CEP 36201-143, para a coleta de dados, com intervalos semanais (mínimo de quatro e
máximo de nove dias). Na primeira visita que teve aproximadamente 20 a 30 minutos de
duração, as participantes leram e assinaram o TCLE, após terem recebido orientações sobre os
procedimentos e riscos, e terem sido esclarecidas todas as dúvidas em relação ao Teste de
Sentar e Levantar e sobre as medidas (FC, FR, PA e SpO2) pré e pós-teste.
As informações, sobre a roupa apropriada para a realização dos testes, as participantes
receberam por meio de contato eletrônico, sendo que estas envolviam roupas leves e
18
confortáveis que não restringiam a flexibilidade, extensão e flexão dos grupos musculares e
articulações envolvidas, como: camisetas, shorts, calças de tecido confortável, em resumo
vestimentas indicadas para a prática de atividade física.33,34
As participantes responderam questões constantes na ficha de registro como, nome,
data de nascimento, idade, uso de tabaco (quantos cigarros por dia/há quantos anos), prática
de atividade física e as medidas antropométricas foram verificadas para posterior cálculo do
Índice de Massa Corporal (IMC). Além desses dados, foram levantadas questões sobre as
participantes estarem ou não na fase folicular do ciclo menstrual, ou seja, fase de início da
menstruação, visto a influência de algumas fases do ciclo na prática do exercício.35
Inicialmente a participante foi orientada a permanecer sentada por cinco minutos em
repouso, foram avaliadas as variáveis (FC, FR, PA e SpO2), e posteriormente realizado o
teste, com quatro tentativas, este foi filmado com consentimento, para posterior comparação
dos escores. Em seguida as variáveis foram novamente verificadas e a participante após cinco
minutos de repouso, não apresentando nenhuma alteração e/ou desconforto, foi liberada.
Na segunda e terceira visitas, a participante ficou em repouso por cinco minutos, após,
foram avaliadas as variáveis que determinariam se ela poderia realizar o teste. Imediatamente
após o teste os valores de sinais vitais foram novamente verificados. Ao final dos
procedimentos, a participante sempre aguardava mais cinco minutos.
3.4 Registro de dados
Os principais dados como, nome, data de nascimento, idade, fase do ciclo menstrual,
uso de tabaco, e praticante de atividade física foram obtidas por meio de entrevista e
registrados na ficha elaborada para este fim (Apêndice E).
As informações sobre o peso das voluntárias foram obtidas através da balança da
marca Micheletti®, sem o uso de calçados. Para a verificação da altura, utilizou-se de uma fita
métrica fixa à parede da marca KaWe®. Foi realizado o posicionamento adequado, com o
dorso voltado para a parede e a cabeça alinhada, sem uso de calçados. Durante a mensuração
a participante foi orientada a manter o olhar sobre um ponto fixo para não comprometer o
posicionamento, até que sua medida fosse registrada. Essas informações foram obtidas para
que se pudesse realizar o cálculo do IMC, através da fórmula IMC = peso (kg)/(altura (m)2.36
Para determinação das inclusões no grupo FM, era necessário que a participante fosse
fumante ativa, portanto os dados obtidos foram utilizados para o cálculo da carga tabágica, a
partir da fórmula a seguir na FIG. 1.37,38
19
FIGURA 1 – Modelo de equação da Carga Tabágica.
Fonte: Faria et al.
37, Almeida et al.
38
Legenda: CT – Carga Tabágica; Cp/d – Número de cigarros fumados por dia; NA – Número de anos como
fumante.
O registro sobre a participante estar ou não na fase folicular do ciclo menstrual foi
considerado, por haver estreita relação entre as fases do ciclo menstrual e o impacto negativo
no exercício físico, principalmente quando consideradas a força muscular e a flexibilidade.39
3.5 Avaliação dos sinais vitais
A PA foi obtida utilizando estetoscópio da marca Premium Rappaport®
, e
esfigmomanômetro de coluna de mercúrio da marca UNILEC®.
Para a aferição foram utilizadas as orientações descritas na VI Diretriz Brasileira de
Hipertensão, de acordo com a descrição a seguir: O indivíduo foi orientado a permanecer
sentado, em repouso e em silêncio, com as pernas descruzadas a 90°, sem anteriormente ter
ingerido líquidos, cafés, bebidas alcoólicas, fumado e/ou praticado exercícios físicos nos
últimos 60 minutos.40
O braço foi apoiado na altura do coração, com a mão supinada e o
cotovelo semifletido. O manguito foi posicionado, dois a três centímetros acima da fossa
cubital, com a seta informativa direcionada para a artéria braquial e o estetoscópio foi
posicionado sobre a artéria. O manguito foi insuflado até 20 a 30 mmHg superiores à pressão
sistólica pré-estabelecida e sua deflação foi procedida lentamente, registrando a pressão
sistólica ao aparecimento do primeiro som de Korotkoff, e a pressão diastólica ao
desaparecimento do som. O valor aferido foi relatado ao avaliado e registrado na ficha.40,41
A FC e SpO2 foram obtidas através do Oxímetro de Pulso de Dedo Finger tip Pulse
Oximeter®
, marca Oled®
. Manteve-se o posicionamento de aferimento da PA, porém com a
mão pronada, o oxímetro foi colocado no dedo indicador da mão direita, após a área estar
limpa, sendo aguardados alguns segundos para que o aparelho calibrasse as informações e
essas fossem registradas e informadas à participante.32
20
A FR foi obtida por contagem em números ordinais durante um minuto, acompanhado
por um cronômetro KADIO®
KD 1069, sendo considerada a contagem como uma, ao final de
uma inspiração seguida da expiração. Está contagem foi realizada no momento em que se
verificava a oximetria de pulso, para que o avaliado não se sentisse ansioso com a contagem,
desencadeando alterações nos padrões respiratórios.29
3.6 Teste de Sentar-Levantar
O teste foi registrado em vídeo após consentimento verificado no TCLE, através de
uma câmera Fujifilm FinePix S2980®, para posterior comparação dos escores obtidos ao vivo.
O TSL foi realizado com base na descrição de Araújo,19
onde o indivíduo foi
posicionado sobre dois tatames emborrachados da marca Max Tmtxec® 10mm azul, trajando
as roupas anteriormente descritas e descalços. As orientações sobre a execução do teste foram
proferidas por um único avaliador, sendo que o outro se portava na região posterior e diagonal
ao indivíduo avaliado. As informações dadas as participantes foram: Deve-se sentar e levantar
do solo, tentando não desequilibrar e utilizando o menor número de apoios que conseguir.19
O participante realizou o teste, e escores de zero a cinco foram considerados
isoladamente tanto para a ação de sentar, como para a ação de levantar, assim como foram
subtraídos pontos, a cada apoio e desequilíbrio, de acordo com a TAB.1. Quando a
participante não apresentava controle do corpo e desabava no momento do apoio, o
movimento era desconsiderado, sendo necessária nova execução.19,21,23
As participantes foram
aconselhadas a realizar os atos de forma mais naturais possíveis, visto que o tempo não seria
considerado.19
21
FIGURA 2 - Tabela de classificação dos Escores do TSL.
Sentar Levantar
Nº de Apoios Escore Nº de Apoios Escore
0 5 0 5
1 4 1 4
2 3 2 3
3 2 3 2
4 1 4 1
>4 0
>4 0
Presença de desequilíbrio, subtração de (0,5)
ponto.
Presença de desequilíbrio, subtração de (0,5)
ponto.
-4,5; 4,0; 3,5; 3,0; 2,5; 2,0; 1,5; 1,0; 0,5; 0,0 -4,5; 4,0; 3,5; 3,0; 2,5; 2,0; 1,5; 1,0; 0,5; 0,0 Fonte: Lira et al
23
Legenda: TSL – Teste Sentar-Levantar
3.7 Estatística
A análise descritiva foi realizada através da média e desvio padrão e a normalidade
dos dados foi verificada através do teste de Shapiro Wilk.
O Coeficiente de Correlação Intra Classe (CCI) foi calculado para a confiabilidade da
medida entre a primeira e a segunda semana, atrelado ao cálculo do Erro Típico da Medida
(ETM).
Os dados da terceira semana foram utilizados para a análise exploratória, sendo que,
uma ANOVA de dois caminhos com medidas repetidas testou o efeito dos sinais vitais pré e
pós-teste e as diferenças foram identificadas pelo Post Hoc de Bonferroni.
Uma ANOVA de um caminho foi usada para a comparação dos escores obtidos no
teste, entre os três grupos e o Teste de Tukey. Para a comparação da interação das variáveis do
Ciclo menstrual das participantes a análise de covariância (ANCOVA) foi testada. A
correlação linear de Pearson foi realizada entre os escores do TSL e o IMC.
O nível de significância adotado foi de = 0,05. Todas as análises foram realizadas no
software SPSS 17.0 for Windows®
(Chicago, USA).
22
4 Resultados
O estudo foi composto por uma amostra de 26 mulheres (27,19±7,05 anos, 24,88±4,73
Kg/m2) as quais foram dividas em três grupos, sendo estes, um grupo composto por mulheres
fumantes atuais (FM, n=08) um composto por praticantes de atividades físicas (AF, n=08) e
outro composto por sedentárias (GS, n=10).
A relação dos resultados foi descrita com base nos valores descritos na terceira semana
de estudo, com característica exploratória.
O Coeficiente de Correlação Intra Classe obtido foi de 0,893, atrelado ao cálculo do
Erro Típico da Medida Absoluto (ETM absoluto = 1) e ETM% = 9%.
Dentre os grupos foram analisados o IMC de acordo com a classificação descrita na
(TAB. 2).
FIGURA 3 – Tabela da Classificação do IMC
Classificação IMC (kg/m2)
Abaixo do peso <18,5
Peso normal 18,5 e 24,9
Sobrepeso 25 e 29,9
Obesidade >30
Fonte: Petters et al. 2003;42
Guimarães et al. 2016;36
Wang et al. 2016;43
Abdulsalam et al. 2014.44
Legenda: IMC - Índice de Massa Corporal
As variáveis antropométricas foram comparadas através das médias e desvio padrão
do IMC, evidenciando os seguintes dados, grupo de fumantes (FM 28,04±6,18 Kg/m2), grupo
de atividade física (AF 25,01±3,09 Kg/m2) e grupo de sedentárias (GS 22,24±2,92 Kg/m
2).
Estes estão descritos na TAB. 3. Houve diferença significativas entre o IMC do Grupo das
Fumantes e das Sedentários (p=0,02).
Para a comparação das médias das idades e do IMC dos três grupos foi realizada uma
ANOVA de único fator e o teste de Tukey, com diferença significativa (p<0,05) para o IMC
dos grupos dos fumantes e sedentárias.
23
FIGURA 4 - Tabela da Classificação quanto ao IMC das voluntárias
Classificação do IMC (N=26) N (%)
Abaixo do Peso 1 3,8
Peso Normal 13 50,0
Classe I de Obesidade - Sobrepeso 9 34,6
Classe II de Obesidade – Obesidade 3 11,5
Total 26 100
Fonte: Dados da pesquisa
Legenda: IMC - Índice de Massa Corporal
Quanto ao Ciclo Menstrual (CM) da amostra estudada, 4 (15,4%) apresentaram-se na
fase folicular e 22 (84,3%) apresentaram-se nas demais fases não consideradas. A análise de
covariância (ANCOVA) foi realizada, sugerindo que não houve variância do CM das
participantes. Os dados estão descritos a seguir (TAB. 4).
FIGURA 5 - Tabela da Classificação quanto ao período do CM das voluntárias
Classificação CM N (%) P
Demais fases 22 84,3 0,135
Fase Folicular 4 15,4
Total 26 100,0 Fonte: Dados da pesquisa
Legenda: CM - Ciclo Menstrual
Para os escores obtidos no TSL utilizou-se o ANOVA de um caminho, entre os três
grupos na terceira semana. Os valores dos escores do TSL no grupo FM (7,81±1,43 pontos),
no grupo AF (7,06±2,32 pontos) e no grupo GS (8,70±1,22 pontos), foram verificados através
do teste de Post Hoc de Tukey, não apresentando valores significativos (p>0,05). Os dados do
GRAF. 1 estão descritos abaixo.
24
FIGURA 6 - Gráfico dos Escores do TSL nos Grupos de Fumantes (FM), Praticantes
de Atividade Física (AF) e Sedentárias (GS).
Fonte: Dados da pesquisa
Legenda: TSL – Teste Sentar-Levantar
Com o objetivo de avaliar os níveis de correlação dos escores obtidos no Teste de
Sentar-Levantar (TSL) dentre os grupos, utilizou-se o método da correlação linear de Pearson
(R= -0,232; p= 0,25) sendo este classificado como fraco e sem diferença significativa.
As Pressões Arteriais Sistólicas (PAS) pré e pós a realização do TSL, foram
comparadas entre si nos grupos FM (123,7±5,4 vs. 128±5,2 mmHg), AF (113,1±4,1 vs.
118,5±2,5 mmHg) e GS (105,8±3,2 vs. 111,8±3,9 mmHg), através do ANOVA de duas
entradas com medidas repetidas no fator tempo Pré vs. Pós, e posteriormente testado através
do Teste de Bonferroni, apresentando diferenças significativas de PAS entre os grupos de
Fumantes e Sedentários (p<0,05). Quanto ao grupo de Praticantes de Atividade Física não
houve diferença (p>0,05), sendo que os dados estão demonstrados a seguir no (GRAF. 2).
25
FIGURA 7 – Gráfico do Comportamento da PAS nos grupos de Fumantes, Praticantes
de Atividade Física e Sedentárias, antes e após a realização do TSL.
Fonte: Dados da pesquisa
Legenda: TSL – Teste Sentar-Levantar
Quanto as Pressões Arteriais Diastólicas (PAD) antes e após a realização do TSL entre
os grupo FM (79,7±2,8 vs. 79,7±2,8 mmHg), AF (70,2±1,9 vs. 70,75±1,8 mmHg) e GS
(72,0± 4,3 vs. 71,7 ± 4,5 mmHg), não foram encontradas diferenças significativas (p>0,05).
As demais variáveis avaliadas como, Saturação periférica de Oxigênio (SpO2),
Frequência Cardíaca (FC) e Frequência Respiratória (FR) não apresentaram valores
significativos (p>0,05), quando comparados pré vs. pós realização do TSL, estes dados estão
descritos a seguir na (TAB. 5).
FIGURA 8 - Tabela da Comparação Pré vs. Pós da SpO2, FC e FR entre os Grupos na
realização do TSL
N=26 SpO2
Pré TSL
SpO2
Pós TSL
FC
Pré TSL
FC
Pós TSL
FR
Pré TSL
FR
Pós TSL
Grupo de Fumantes
(N=08) 97±1,3 95,5±2,5 88,1±10,5 115,5±12,2 17,7±2,5 19,4±3,9
Grupo Praticantes
de Atividade Física
(N=08) 97,25±1,0 95,75±1,7 88,9±6,2 110,8±13,1 15,4±2,6 17,7±2,5
Grupo de
Sedentárias (N=10) 97,1±1,2 97±1,7 84,3±8,5 102,5±19,2 15,8±2,8 18,9±3,6
Fonte: Dados da pesquisa
Legenda: TSL – Teste Sentar-Levantar
26
5 Discussão
O presente estudo trata-se de uma pesquisa experimental que buscou a relação dos
resultados obtidos no TSL pelas diferentes populações estudas, e a correlação entre os valores
dos escores e suas características físicas. Os dados sociodemográficos, antropométricos, de
estilo de vida e sinais vitais obtidos, também foram avaliados entre os grupos, assim como no
pré e pós-teste.
O primeiro fator relevante descrito no estudo se caracterizou pelo elevado valor do
IMC encontrado no grupo FM quando comparados ao GS (p=0,02). O grupo AF não
apresentou diferenças significativas em relação aos outros grupos.
O estudo de Berto et al.17
apresenta uma associação ao presente pesquisa, relacionando
um maior IMC associado ao tabagismo em mulheres. O estudo de Bamia et al.45
também
apresentou essa correlação, mas, ela se mostrou significativa somente quando relacionada a
um maior número de cigarros consumidos. Em contrapartida, o estudo descrito por Kim et
al.46
, que avaliou a relação entre o tabagismo, obesidade geral, gordura abdominal e visceral,
demonstrou em seus resultados associação significativa apenas, entre a obesidade abdominal
(p=0,006) e visceral (p=0,019) em fumantes atuais. Essa associação (tabagismo vs. obesidade)
elevam os índices de mortalidade, culminando em redução de até sete anos de vida destes
indivíduos.42
O sobrepeso em tabagistas ocorre por um processo onde a nicotina, presente no cigarro
interage no sistema colinérgico, dopaminérgico e nos receptores adrenérgicos desencadeando
a liberação do hormônio adrenocorticotrófico da hipófise anterior. Este mecanismo contribui
para o aumento do estado de “fuga e luta” e as demais alterações decorrentes da liberação de
cortisol. Este promove mobilização dos ácidos graxos, permitindo sua maior concentração no
plasma, logo, maior energia disponível. A não utilização de toda a energia produzida permite
que, esses componentes orgânicos se aglutinem as camadas adiposas do abdômen e do tronco
aumentando a Circunferência Abdominal (CA) e o Peso Corporal (PC).47
O que justifica os
resultados do presente estudo, que fizeram essa associação (tabagismo e obesidade).
Apesar de estes achados possuírem uma explicação fisiológica, a situação inversa
também tem sido relatada. No estudo de Calo et al.,48
por exemplo, os fumantes e ex-fumantes
apresentaram valores de CA inferiores aos dos indivíduos que nunca fumaram (p<0,001).
Essa correlação também foi identificada em estudos anteriores.18,49
Assim como o aumento do peso em associação ao tabagismo, o baixo peso corporal
descrito nos estudos apresentam explicações fisiológicas, pois a ação da nicotina, leva ao
27
aumento dos neurotransmissores anorexígenos (dopamina e serotonina) que controlam o
apetite, além de controlarem o aumento da leptina sérica, que promove a sensação de
saciedade.17,50,51
A nicotina também aumenta a atividade adrenérgica, induzindo a
termogênese, desencadeando a redução do PC.17,52
Portanto, se de acordo com a literatura, ambas as associações, baixo peso corporal vs.
tabagismo, como elevado peso corporal vs. tabagismo, estão fundamentadas, novos estudos
são necessários para se determinar os outros fatores envolvidos nesses achados.
Outro fator avaliado no presente estudo foi a influência das mulheres estarem na fase
folicular do CM e realizarem o TSL, por este fator ter sido descrito em outras literaturas como
limitantes, em decorrência da força muscular e da flexibilidade.39
O estudo de Simão et al.39
por exemplo, analisou o comportamento da força muscular nas diferentes fases do CM,
através do teste de oito Repetições Máximas (RM), em 19 mulheres eumenorréicas treinadas,
demonstrando influência da fase folicular na redução da força, porém sem significância
estatística.
Por outro lado, Loureiro et al.53
em estudo similar com nove mulheres e teste de força,
com 10 RM, concluiram que as fases do CM não influenciaram na força muscular. Com
relação à flexibilidade, os estudos Teixeira et al.,54
Chaves et al.55
e Melegário et al.56
não
apresentaram resultados significativos, que relacionem a redução da flexibilidade as fases do
CM. Todos esses achados corroboram com a presente pesquisa, visto que a presença da fase
folicular (única avaliada) não influenciou significativamente a execução no TSL (p=0,135).
Dentre as demais variáveis analisadas (FC, FR, PA e SpO2), pode-se observar
elevação significativa da PAS pós TSL (p<0,05) no grupo FM e GS. Essa resposta era
esperada, visto que mediante o exercício ocorre uma vasodilatação que influi em uma redução
da resistência periférica, aumentando assim o fluxo sanguíneo. Em alternância, ocorre uma
contração seguida de relaxamento facilitando o retorno venoso, que eleva a PA nos primeiros
segundos e depois se estabiliza.57,58
A elevação verificada no grupo FM poderia estar associada ao efeito vasoconstritor da
nicotina, mas as participantes foram orientadas a não fumarem de 30 a 60 minutos antes do
TSL, devido ao tempo de vida plasmática da nicotina, portanto, esse efeito não foi
influente.59,60
Com relação ao grupo AF não ter apresentado mudanças significativas nos
valores de PA, tal resultado era previsto, devido as adaptações cardiovasculares encontradas
nessa população, como por exemplo, a hipotensão pós-exercício.61,62,63
28
Os achados com relação à PAD, não apresentaram modificações significativas, e estes
se assemelham aos da literatura, visto que mediante o exercício físico os valores de mantêm
ou sofrem redução.57,64
As participantes da pesquisa não apresentaram modificações dos valores de FC,
diferente do que era esperado, visto que, o exercício promove respostas cardíacas e
hemodinâmicas, como o aumento da atividade simpática inicial e redução da atividade
parassimpática, levando ao aumento da FC.65,66
Os valores de FR também não sofreram
mudanças quando comparados pré e pós TSL.
No presente estudo o tipo de atividade proposta e o número de repetições do TSL, não
foram suficientes para gerar alterações significativas da SpO2 em nenhum dos grupos
estudados, diferente do estudo de Vedana et al.,67
que apresentou melhora da SpO2
estatisticamente significativa (p=0,0001) após intervenção de 16 semanas de hidroginástica
em 34 indivíduos adultos e idosos.
Por fim, de acordo com o principal objetivo do presente estudo, não se obteve valores
significativos nos escores do TSL entre os grupos avaliados (p>0,05), diferindo dos estudos
realizados anteriormente, descritos a seguir:
Lira et al.,23
por exemplo, com o objetivo de descrever sobre a fidedignidade do TSL
interavaliadores, intradias e interdias, em três grupos, sendo o primeiro composto por 29
adultos de ambos os sexos, o segundo e o terceiro com 10 indivíduos de ambos os sexos cada,
não apresentou diferença significativa entre os escores (p>0,05), nos três segmentos,
demonstrando a efetividade no objetivo pesquisado.
Em outro estudo descrito por Lira et al.,41
há ligeira controvérsia com a presente
pesquisa, pois em seus dados, demonstraram relação significativa com o PC aumentado e a
redução do desempenho no TSL. A pesquisa descrita por Lira foi realizada com dois grupos
distintos, com adição de 10%, 20% e 30% do PC com colete de areia no tronco. Ele destacou
a significância apenas no ato de levantar (p<0,001; p = 0,03) e com maior influência dos 20%
e 30% de aumento do PC, ou seja, quanto maior esse peso acrescentado, pior o desempenho
no teste.
Buscando resultados mais evidentes sobre a relação com o PC, em 2002, Lira et al.,21
avaliou 91 policiais do sexo masculino em relação a variáveis morfológicas e funcionais,
dentre elas IMC e CA, demonstrando uma associação entre o sentar, IMC e CA (p<0,001)
assim como entre o levantar e a CA (p<0,0001). Ricardo et al.68
em 2001, demonstrou
resultados semelhantes nos 461 indivíduos estudados, apresentando diferença significativas,
quando relacionado o IMC ao TSL (p<0,05). Esses dados se associam também ao estudo de
29
Salles et al.69
com 284 crianças e adolescentes, que apresentou uma relação entre o sobrepeso
e o pior desempenho no TSL (<0,01).
Devido à evidência da relação do sobrepeso associado ao pior desempenho no TSL, e
contextualizando com os assuntos anteriormente abordados sobre a influência da obesidade e
outros fatores de risco para as elevadas taxas de mortalidade, compreende-se o estudo de Brito
et al.20
em 2012, que descreve que o TSL é capaz de predizer a mortalidade. O estudo em
questão foi realizado com 2002 indivíduos com idades entre 51 e 80 anos, durante os anos de
1997 a 2001, demonstrando que menores escores apresentaram relação significativa com
maiores índices de mortalidade (p<0,001).
O fato de a pesquisa não ter apresentado dados significativos como esses estudos,
parte do pressuposto de que seja em decorrência da heterogeneidade da amostra, que pode ser
observada através dos elevados valores de desvio padrão e das várias características físicas
das populações escolhidas. Além dessas questões, outras limitações são destaque, como a
incapacidade de se prever todos os vieses, a limitação da população e de seus horários
disponíveis, a condução da problemática da pesquisa, dentre outras.70
30
6 Conclusão
Não foram encontrados valores estatisticamente significativos quando comparados os
escores do Teste de Sentar-Levantar entre os grupos, portanto, observa-se um desempenho
similar entre os grupos. Os valores significativos descritos atêm-se ao IMC, quando
comparados indivíduos fumantes e sedentários, demonstrando um importante fator
epidemiológico de associação de comorbidades, que influenciam nos índices de mortalidade.
Destaca-se ainda a diferença da pressão arterial sistólica de repouso, quando comparada com
a pressão após o exercício, demonstrando apenas uma variação esperada de resposta
fisiológica da variável mediante o exercício. As outras variáveis analisadas não obtiveram
alterações significativas.
31
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Anexo A - Carta de aceite de orientação de trabalho de conclusão de curso (TCC)
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Anexo B - Parecer consubstanciado do CEP
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