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Universidade
Estadual de Londrina
CENTRO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTE
CURSO DE BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
ESTILO DE VIDA DE ESTUDANTES DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA
Nathielli Querubim Amorielli
LONDRINA – PARANÁ
2011
iii
DEDICATÓRIA
A Deus, por ter me abençoado e dado a mim, fé e coragem a todo instante...
Aos meus pais que foram peças determinantes para que tudo tenha chegado onde
chegou...
iv
AGRADECIMENTOS
Ao Prof. Dr. Orientador Denílson de Castro Teixeira, mais que um excelente
Orientador, foi amigo, atencioso e me forneceu com humildade os seus
conhecimentos.
Aos membros da banca, Prof. Dra. Márcia Greguol e Prof. Dr. Edilson Serpeloni
Cyrino pela dedicação ao meu trabalho.
A minha Mãe, que de alguma forma me acompanha até aqui e foi tão perfeita, minha
inspiração, me fez quem eu sou, me incentivou neste curso e nesta faculdade.
Alguém que eu sinto a cada instante, uma pessoa que, de tão boa, Deus a levou pra
mais perto Dele e não permitiu estar aqui hoje me abençoando com o seu olhar
como eu sempre sonhei, mas está aqui, de alguma forma, mesmo que apenas em
meu coração. A pessoa que eu mais amei nessa vida, a responsável por esse dia.
Ao meu querido e guerreiro Pai, que soube cuidar de mim e me fazer feliz em todos
os momentos, principalmente quando a responsabilidade toda caiu sobre ele, o meu
exemplo de vida, a minha fortaleza. Um amor inexplicável.
A minha Irmã amada, que sabe o quão difícil, para mim, foi chegar até aqui e me
ajudou nesta tarefa.
Ao meu noivo, que conheci dentro da Universidade, que foi o meu maior amigo e
jamais deixou que eu me sentisse sozinha, nem esquecesse dos meus sonhos, o
homem, no qual eu sonho em ser feliz para o resto da minha vida e tanto me ajudou
dentro deste meio universitário, que me socorreu em todas as minhas tristezas, que
me fez entender que tudo daria certo. O meu apoio, o meu amor.
Aos participantes entrevistados, pela concessão de informações essenciais para que
este trabalho acontecesse.
Ao professor coordenador de TCC que foi fundamental para que o trabalho desse
certo.
A todos que, dividiram esta emoção comigo e aqueles que sabem o quão isso é
importante em minha vida, que de alguma maneira colaboraram para a realização
deste trabalho.
v
EPÍGRAFE
“De todas as minhas certezas, eis aqui a mais bela...
Sou metade incompleta que só a eternidade
poderia preencher!”
Padre Fábio de Melo
vi
AMORIELLI, Nathielli Querubim. Estilo de vida dos estudantes da Universidade
Estadual de Londrina. Trabalho de Conclusão de Curso. Curso de Bacharelado em
Educação Física. Centro de Educação Física e Esporte. Universidade Estadual de
Londrina, 2011.
RESUMO
Este estudo teve como objetivos a) identificar o perfil do estilo de vida de formandos de diferentes áreas do conhecimento da Universidade Estadual de Londrina-PR e b) correlacionar o estilo de vida com a percepção de qualidade de vida desses estudantes. A pesquisa contou com 143 estudantes, de ambos os sexos, matriculados no último ano de graduação da Universidade Estadual de Londrina, em cursos das áreas da Saúde (FS) e Humanas (FH). Para coleta de dados foi aplicado três questionários: 1) Questionário com informações sociodemográficas, 2) Questionário Perfil de estilo de vida Fantástico, 3) Questionário WHOQOL-Bref. As comparações entre as variáveis entre os FS e FH e por gênero foram realizadas pelo teste de Mann-Whitney. As comparações entre os domínios dos questionários em cada um dos grupos foram realizadas pela análise de medidas repetidas, teste de Friedman e o Post Hoc pelo teste de comparações múltiplas de Dunn. As correlações entre o perfil do estilo de vida e a percepção de qualidade de vida dos estudantes de cada área do conhecimento e por gênero, foram realizadas pelo coeficiente de correlação de Spearman. Os resultados mostraram que os estudantes de ambas as áreas tinham idades próximas a 22 anos e apresentaram perfis de estilo de vida classificados como bom e regular. Não houve diferenças significativas entre os dois grupos no estilo de vida e qualidade de vida. Em relação ao gênero, os estudantes do sexo masculino apresentaram melhor estilo de vida e qualidade de vida do que as mulheres. Concluímos que os FS e FH apresentam perfis do estilo de vida e qualidade de vida semelhantes e que os estudantes do sexo masculino possuem melhor perfil de estilo de vida e qualidade de vida do que as do sexo feminino.
Palavras-chave: Estilo de Vida; Qualidade de Vida; Universitários
vii
AMORIELLI, Nathielli Querubim. University of Londrina’s Students Stylelifes.
Completion of course work. Course of Bachelor of Physical Education. Center for
Physical Education and Sport. State University of Londrina, 2011.
ABSTRACT
This study had as objectives a) identify the lifestyle profile of trainees of different areas of knowledge of the Universidade Estadual de Londrina-PR and b) correlate the lifestyle with the perception of quality of life of these students. The survey counted with 143 students, of both sexes, registered in the last year of graduating from Universidade Estadual de Londrina, courses from the areas of health (FS) and Humanities (FH). For data collection has been applied three questionnaires: 1) Questionnaire with socio-demographic information, 2) Questionnaire Fantastic lifestyle profile, WHOQOL-Bref Questionnaire 3). Comparisons between the variables between the FS and FH and by genre were conducted by Mann-Whitney test. Comparisons between the domains of questionnaires in each of the groups were carried out by repeated measures analysis, test of Friedman and the Post Hoc multiple comparisons testing by Dunn. Correlations between the lifestyle profile and perception of quality of life of students in each field of knowledge and by genre, were conducted by the Spearman correlation coefficient. The results showed that students in both areas had ages close to 22 years and presented lifestyle profiles classified as good and regular. There were no significant differences between the two groups in lifestyle and quality of life. In relation to gender, male students have better lifestyle and quality of life than women. We conclude that FS and FH show profiles of lifestyle and similar quality of life and that male students have better lifestyle profile and quality of life than the female. Key-words: Lifestyle; Quality of Life; Academics.
viii
LISTA DE APÊNDICES
Questionário para avaliação Sóciodemográfica 43
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido 44
ix
LISTA DE ANEXOS
Figura 1 - Questionário: Perfil do estilo de vida Fantástico 46
Figura 2 - Questionário de Qualidade de Vida (WHOQOL-bref) 48
Figura 3 - Parecer do Comitê de Ética 51
12
SUMÁRIO
RESUMO vi
ABSTRACT vii
LISTA DE APÊNDICES viii
LISTA DE ANEXOS ix
1 INTRODUÇÃO......................................................................................... 12
1.2 Objetivos................................................................................................... 14
1.2.1 Objetivo Gerais....................................................................................... 14
1.3.2 Objetivos Específicos............................................................................... 14
2 REVISÃO DE LITERATURA.................................................................... 16
2.1 O Construto Estilo de Vida e Qualidade de Vida..................................... 16
2.1.1 Estilo de Vida .......................................................................................... 16
2.1.2 Qualidade de Vida.................................................................................... 17
2.2 Aspectos sugeridos para a avaliação do Estilo de Vida.......................... 18
2.3 Questionário do Estilo de Vida Fantástico.............................................. 21
2.4 Questionário WHOQOL-bref.................................................................... 22
3 MÉTODOS............................................................................................... 24
3.1 Caracterização do Estudo........................................................................ 24
3.2 Amostra.................................................................................................... 24
3.3 Instrumentos............................................................................................. 24
3.4 Coleta de Dados....................................................................................... 26
3.5 Análise Estatística.................................................................................... 26
4 Resultados................................................................................................ 28
5 Discussão................................................................................................. 33
6 Conclusão................................................................................................. 37
13
REFERÊNCIAS........................................................................................ 38
APÊNDICES............................................................................................. 43
ANEXOS................................................................................................... 46
14
1 INTRODUÇÃO
A saúde é uma das principais condições para uma vida bem-sucedida. Mesmo
assim, as pessoas, em geral, só se preocupam em mantê-la ou melhorá-la quando
há aparecimento de doenças ou sintomas, mesmo sabendo, que nos dias atuais,
estar saudável, não significa apenas a “ausência de doenças” (NAHAS, 2010).
Atitudes como essas podem impedir com que o indivíduo e a população melhorem
sua qualidade de vida e previna agravos importantes à sua saúde.
A Saúde é uma condição dependente do estilo de vida, pois os
comportamentos adotados ao longo da vida irão determinar a qualidade de vida
individual. De acordo com Nahas (2010), os maiores riscos para a saúde e o bem-
estar, têm origem no próprio comportamento individual, resultante tanto da
informação e vontade da pessoa, como também das oportunidades e barreiras
presentes na realidade social.
O estilo de vida é um conjunto de ações habituais que refletem as atitudes, os
valores e as oportunidades na vida das pessoas. Sendo assim, o estilo de vida é
avaliado por um construto que envolve diversas dimensões que procuram
caracterizar os indivíduos em aspectos importantes para uma vida saudável e com
qualidade (AÑES; REIS; PETROSKI, 2008). Dentre essas dimensões destacam-se
as atividades sociais, o nível de atividade física, aspectos nutricionais, o estresse e o
comportamento preventivo (NAHAS, 2010).
Mediante o impacto do estilo de vida na promoção da saúde individual e
coletiva, pesquisas que abordam essa área têm apresentado contínuo crescimento.
Os estudos realizados nos mais diversos setores da população (VENTURIM;
MOLINA, 2005; SEABRA et al., 2004) têm sido importantes para fornecer respostas
sobre o comportamento individual e coletivo e para auxiliar em ações para a
promoção da saúde e qualidade de vida da população em geral.
Dentre as pesquisas realizadas envolvendo o estilo de vida da população,
alguns pesquisadores têm focado seus estudos em estudantes universitários
(GUEDES; SANTOS; LOPES, 2006; MARCONDELLI; COSTA; SCHMITZ, 2008), por
representar uma parcela da população que, apesar de jovem, enfrenta um período
de transição na vida pessoal e profissional. Esses estudos mostram, que nem
sempre os universitários possuem estilo de vida considerado adequado, como alta
taxa de prevalência de sedentarismo e práticas alimentares inadequadas. De acordo
15
com Joia, Ruiz e Donalisio (2007), os comportamentos indesejados adotados na
juventude não necessariamente trazem consequências graves nessa etapa da vida,
mas, o reforço dessas atitudes ao longo da vida irão se manifestar na saúde do
indivíduo a médio e longo prazo, principalmente em idades mais avançadas em que
o organismo vai perdendo a capacidade de adaptação aos fatores de estresse.
Apesar das evidências apresentadas que demonstram a relação do estilo de
vida com a saúde e qualidade de vida das pessoas, atitudes que refletem hábitos
saudáveis parecem não fazer parte do estilo de vida de uma grande parcela da
população, assim, se torna importante destacar que a mudança de comportamento
é complexa e envolve diversos fatores como crenças pessoais e condições de vida
como escolaridade, nível socioeconômico, acesso a informação, tipo de trabalho,
tempo disponível, tipo de moradia, entre tantos outros (SARDINHA; MATOS;
LOUREIRO, 1999).
É importante destacar, que além do estilo de vida, avaliado por medidas mais
objetivas, a percepção de qualidade de vida também é importante para uma vida
saudável. A qualidade de vida é uma avaliação individual que depende também de
critérios subjetivos, pois a percepção de saúde e sensação de bem estar está
relacionada diretamente a avaliação que o sujeito faz da sua vida, que por sua vez
depende das suas crenças e valores. Nesse sentido, Sardinha, Matos e Loureiro
(1999), ressaltam que a adoção de um estilo de vida saudável só tem sentido se
esse comportamento for significativo para o indivíduo. Os autores destacam que, se
as expectativas de cada indivíduo não forem atendidas, mesmo que a mudança de
comportamento traga benefícios a sua saúde física essas modificações não trarão
bem estar e a fidelidade a novos hábitos e comportamentos poderão ser
abandonados a qualquer momento.
O período universitário é uma fase da vida marcada por muitas mudanças,
como, alterações na rotina, novos relacionamentos, possibilidade de
aprofundamento na área de interesse e para muitos a primeira experiência de morar
fora de casa. Essa etapa coincide com o desejo dos jovens de conquistar o seu
espaço e de buscar experiências que lhes são significativas. Todas essas
características fazem com que o jovem universitário nem sempre adote um estilo de
vida saudável, seja por causa de escolhas pessoais ou, por situações relacionadas
a uma rotina de dificuldades como conciliar o trabalho e o estudo, a falta de tempo e
a privação financeira. Nesse sentido, conhecer o perfil do estilo de vida e a
16
percepção de qualidade de vida de universitários de diferentes áreas do
conhecimento é relevante porque trará informações sobre os seus comportamentos
relacionados à saúde e se esses são diferentes.
Com base nas informações levantadas será possível pensar em implementar
estratégias específicas de promoção da saúde para cada realidade, como a
realização de campanhas para a adoção de comportamentos saudáveis, a criação e
otimização de espaços dentro da própria universidade que venham favorecer um
estilo de vida ativo, entre outras estratégias, a fim de preservar ou modificar o estilo
de vida desses universitários, caso necessário. É importante destacar também, que
poucos estudos foram realizados no país avaliando o estilo de vida de
universitários. Os existentes se limitaram a avaliar o estilo de vida e pelo nosso
conhecimento, nenhum associou o estilo de vida (medida objetiva), com a
percepção de qualidade de vida (medida subjetiva). Outro ponto forte desse estudo
é o instrumento de estilo de vida utilizado, que por ter sido validado recentemente
para a população brasileira, ainda é pouco utilizado no nosso país. O instrumento
representa uma estratégia fácil e rápida para detectar comportamentos indesejados
à saúde da população.
1.2 Objetivos
1.2.1 Objetivo Geral
Identificar o perfil do estilo de vida de formandos de diferentes áreas do
conhecimento da Universidade Estadual de Londrina-PR.
1.2.2 Objetivos Específicos
Identificar o perfil sociodemográfico, estilo de vida e percepção de qualidade
de vida de formandos de cursos de graduação das áreas da Saúde e Humanas da
Universidade Estadual de Londrina.
Comparar o estilo de vida e a percepção de qualidade de vida dos formandos
de cada área.
17
Comparar as dimensões dos questionários de estilo de vida e qualidade de
vida em cada grupo por área de estudo.
Correlacionar o estilo de vida com a qualidade de vida em cada grupo por área
de estudo.
Comparar o estilo de vida e qualidade de vida dos estudantes por gênero.
Correlacionar o estilo de vida com a qualidade de vida dos estudantes por
gênero.
18
2. REVISÃO DA LITERATURA
2.1 O Construto Estilo de Vida e Qualidade de Vida
Já está bem documentado que a saúde está relacionada diretamente ao estilo
de vida e a qualidade de vida. Apesar de parecer sinônimos, o estilo de vida e a
qualidade de vida apresentam forte relação, mas possuem conceitos diferentes. Os
conceitos e fatores determinantes desses dois construtos serão abordados mais
especificamente a seguir.
2.1.1 Estilo de Vida
O estilo de vida é um conjunto de ações habituais que refletem as atitudes, os
valores e as oportunidades na vida das pessoas (NAHAS; et al., 2005). O autor
ressalta, que pesquisas em todo mundo, inclusive no Brasil mostram que o estilo de
vida passou a ser um dos aspectos mais importantes da saúde de indivíduos,
grupos e comunidades no século XX, pois através dele, é possível prever e prevenir
o estado de saúde futuro das pessoas e das grandes massas populacionais.
Nahas (2010) explica ainda, que até o início do século passado, a saúde
pública se pautava, quase que exclusivamente, na melhoria dos aspectos
ambientais, ou seja, era atribuída a eles quase toda a responsabilidade pelos
agravos na saúde e mortalidade. Com a evolução da medicina e da melhoria da
qualidade de moradia, transporte e saneamento básico, para boa parte da
população mundial, o peso significativo que era atribuído aos fatores ambientais na
morbidade e na mortalidade dos indivíduos diminuiu significativamente. Nesse
sentido, observa-se uma verdadeira revolução na saúde pública nos países mais
desenvolvidos e em desenvolvimento, com destaques para as ações pessoais como
a prevenção e promoção de hábitos de vida saudáveis.
As atitudes adotadas no estilo de vida passaram a ser consideradas
fundamentais na promoção da saúde e redução da mortalidade por todas as
causas. Para grande parte da população, os maiores riscos para a saúde e o bem-
estar, têm origem no próprio comportamento individual, resultante tanto da
informação e vontade da pessoa, como também das oportunidades e barreiras
19
presentes na realidade social. Estima-se que dois terços das mortes provocadas por
doenças são decorrentes do tabagismo, alimentação inadequada e inatividade física
(NAHAS, 2010).
Devido aos aspectos citados anteriormente o estilo de vida passou a ser
estudado e valorizado no âmbito da saúde pública, pois as condições de saúde
individual e coletiva podem ser melhoradas ou agravadas de acordo com o estilo de
vida adotado ao longo da vida. Venturim e Molina (2005) afirmam que estimular a
população a desenvolver um estilo de vida mais ativo representa uma melhora nos
padrões de vida, além de reduzir os custos dos serviços médicos e hospitalares. É
importante destacar, que a saúde pública ainda não está preparada para atuar sob
o enfoque preventivo, pois se pauta em um modelo curativo, focada
predominantemente no tratamento. Essa forma de lidar com a saúde impede com
que a população viva com uma melhor qualidade de vida.
Em relação aos aspectos apontados, o estilo de vida apresenta importante
destaque no contexto da saúde pública, pois muitos dos agravos à saúde individual
e coletiva podem ser evitados por comportamentos adequados de vida. A maior
parte dos fatores que levam a comportamentos não desejáveis é modificável o que
faz com que o estilo de vida tenha uma importante participação no contexto da
saúde pública.
2.1.2 Qualidade de Vida
Definir Qualidade de vida e conseguir um consenso entre os estudiosos não
têm sido uma tarefa fácil. Apesar de alguns aspectos como a subjetividade na
avaliação ser um consenso, encontrar palavras que a expressem em um visão geral,
tem sido uma dificuldade.
Há indícios que o surgimento do termo Qualidade de Vida se deu a mais de
30 décadas, em um vocabulário médico. Foram realizadas várias pesquisas
objetivando clareza na definição do termo, mas apenas, na década de 1990 é que
houve uma similaridade conceitual que definia a Qualidade de Vida a partir de dois
aspectos: Subjetividade e Multidimensionalidade, ou seja, apenas a própria pessoa é
capaz de aferir sua Qualidade de Vida e suas várias dimensões (SEID;
ZANNON,2004).
20
Vecchia (2005), explica que a Qualidade de Vida é diretamente influenciada
pela auto-estima e ao bem-estar pessoal e, o conceito desta, abrange aspectos
como, nível socioeconômico, situação social, cultural e variáveis definidas de autor
para autor.
Araújo e Araújo (2000) concordam que o termo Qualidade de Vida é subjetivo,
e apresentam que este pode ser influenciado por aspectos externos e internos do
indivíduo, assim dividem esta percepção em aspectos, como social, emocional,
psicológico e físico.
2.2 Aspectos sugeridos para avaliação do Estilo de Vida
Baseado no que foi apresentado é possível considerar que o estilo de vida é
caracterizado por escolhas, atitudes e comportamentos relacionados à saúde que
levam os indivíduos a uma melhor ou pior qualidade de vida. Dentre os aspectos
mais importantes do estilo de vida destaca-se o nível de atividade física habitual, a
nutrição, o estresse, os relacionamentos ou isolamento social, o comportamento
preventivo, o tabagismo e alcoolismo, o uso de drogas, os esforços intensos e
repetidos (NAHAS, 2010), e até as irresponsabilidades cometidas diariamente, como
o caso do mau uso dos meios de locomoção (RODRIGUEZ-AÑES; REIS;
PETROSKI, 2008).
Na sequência são apresentados os principais aspectos determinantes do
estilo de vida.
a) Nutrição:
É cada vem mais conhecida e estudada a importância da alimentação no
crescimento e desenvolvimento humano. A distribuição dos recursos em todo
planeta e o planejamento da produção agropecuária traz tendências a um
desequilibro nutricional, principalmente, quando unida às situações de pobreza e
riqueza. Agravantes que geram essa notável desordem se dá pelas diferenças
sócioeconômicas, pela falta de terrenos férteis em alguns locais, pelo lixo não
reciclado e pela falta de educação e sensibilidade das pessoas (SARDINHA;
MATOS; LOUREIRO, 2009)
A disparidade no que diz respeito ao acesso e à qualidade da alimentação é
21
muito grande. Para algumas pessoas o acesso é fácil, já para outras a alimentação
é bastante restrita. A qualidade e quantidade da alimentação estão relacionadas ao
nível socioeconômico, à localização geográfica, às políticas públicas oferecidas à
população e a determinadas doenças ou agravos que podem restringir a ingestão
de determinados alimentos (NAHAS, 2005).
De acordo com Nahas (2005), as mulheres possuem comportamentos
alimentícios mais eficazes do que os homens e que os indivíduos que trabalham ou
estudam no período diurno, em geral, de alimentam com mais qualidade em relação
àqueles que se envolvem nessas atividades no período noturno.
b) Comportamento Preventivo:
O uso de tabaco, álcool e outros tipos de drogas são apontados como um dos
principais fatores desencadeantes de doenças. Alguns estudos apontam que os
adolescentes e jovens estão expostos ao uso dessas substâncias. Nobre et al.
(2006) realizou uma pesquisa com adolescentes estudantes de escolas públicas e
privadas com média de 13 anos de idade que demonstrou que pelo menos 62%
destes já haviam ingerido bebida alcoólica pelo menos uma vez na vida e
demonstrou que esse dado se acentuou, principalmente nas escolas privadas e em
meninas. Cerca de 23% dos menores assumiram ter usado cigarro pelo menos uma
vez na vida. O uso regular de bebidas alcoólicas foi de aproximadamente 9% e de
cigarro 5%. Também foi constatado que com no decorrer das séries, os escolares
apresentam-se mais receptíveis ao uso do cigarro e do álcool.
Horta (2007) constatou que entre adolescentes de 15 a 18 anos, 43% já
experimentaram cigarro pelo menos uma vez na vida. Aproximadamente 20% das
meninas e 13% dos meninos respondentes no estudo disseram usar cigarro pelo
menos uma vez por semana.
Em estudo realizado por Griep, Chór e Camacho (1998) com 92 adultos entre
22 a 59 anos verificou-se que 46% dos entrevistados admitiram ter usado cigarro
por algum tempo. A média do início do hábito ficou em 17 anos entre os homens e
19 anos entre as mulheres. O estudo mostrou que os homens fazem mais uso do
tabaco do que as mulheres: 53% afirmaram fumar mais de 20 unidades diárias
contra 42% das mulheres.
c) Nível de atividade Física:
22
Já está comprovado que o exercício físico é um fator protetor contra uma série
de males, como a obesidade, diabetes, doenças cardiovasculares, osteoporose e
depressão (DOMINGUES; ARAÚJO; GIGANTE, 2004). Carvalho et al. (1996)
apontam estreita relação entre estilo de vida ativo, mortalidade e melhor qualidade
de vida. Indivíduos que mantém níveis mais elevados de atividade física habitual ou
que estão inseridos em programas de exercícios físicos regulares estão mais
protegidos contra várias doenças, sobretudo as cardiovasculares.
Segundo Domingues, Araújo e Gigante (2004), não há como negar os efeitos
nocivos do sedentarismo sobre a saúde. Para a mudança de comportamento é
necessário pensar em programas de conscientização da população. Para os
autores, o desconhecimento sobre as finalidades e os benefícios dos exercícios
físicos, dificulta a aderência à prática regular. O mesmo autor, citando Vuori (1998)
diz que a conscientização é importante, mas não necessariamente implica em
mudança do comportamento sedentário.
d) Estresse:
O estresse vem sendo significativamente estudado pelo fato de apresentar
riscos para o equilíbrio humano. (GUERRER; BIANCHINI, 2007). Nos dias atuais, o
estresse tem sido apontado como fator responsável por alterações da qualidade de
vida e do bem-estar individual que pode levar a doenças e até a morte. A
denominação a esse transtorno psicológico foi usado pela primeira vez por um
estudante de Medicina, em 1926, uma vez que, este detectou que pessoas com
limitações físicas apresentavam queixas em comum, como a fadiga, desânimo e
falta de apetite (PARAFO; MARTINO, 2003).
Visto isso, algumas informações foram surgindo e se relacionando com o
meio, onde se sabe que o estresse pode surgir por fatores externos ou internos. Os
externos podem ser definidos pelo o que acontece na vida sem um total controle do
indivíduo, como, ocasionadas por pessoas em que se lida, pelo trabalho, problemas
financeiros, familiares, acidentes, mortes, violência, medo, entre outros. Já as
causas internas se referem a pensamentos, crenças, valores, interpretações e auto-
confiança. O que gera o estresse é o modo em que uma pessoa reage em
determinada situação. (PARAFO; MARTINO, 2003)
Para lidar com o fator estresse é essencial que se conheça as causas para
que sejam encontradas formas de intervenção, muitas vezes, com apoio
23
multiprofissional (PARAFO; MARTINO, 2003).
e) Relacionamento:
Pode-se perceber que, ter relacionamentos sociais cresce a expectativa de
melhor qualidade de vida, exemplo disso, é a forma que os pais, desde a infância
têm de lidar com a aprendizagem de seus filhos. Estudos relatam que quanto maior
a habilidade entre pais e filhos, maior a comunicação entre eles, o que gera
resultados positivos futuramente (CIA et al., 2006).
Nahas (2010) apresenta o relacionamento social como um importante critério
para a avaliação do estilo de vida. A interação entre as pessoas, desde que
positiva, reforça o auto-conceito positivo e reforça o sentido de pertença, que são
essenciais para uma avaliação positiva de bem-estar.
2.3 Questionário Estilo de Vida Fantástico
O Estilo de Vida é caracterizado por padrões de comportamentos identificáveis
que podem ter um efeito marcante sobre a saúde de um indivíduo, e está
relacionada a vários aspectos que refletem as atitudes, valores e oportunidades na
vida de uma pessoa (RODRIGUEZ-AÑES, REIS E PETROSKI, 2008). .
A literatura apresenta outros questionários para a avaliação do Estilo de Vida,
mas o diferencial do Estilo de Vida Fantástico é a maneira simples de abranger
vários aspectos relacionados com hábitos individuais, como sono, atividade física,
nutrição, relacionamentos, sexo seguro, uso de cinto de segurança, introspecção,
satisfação pessoal com o trabalho, uso de álcool e drogas, entre outros
(RODRIGUEZ-AÑES, REIS E PETROSKI, 2008).
O questionário “Estilo de vida Fantástico” foi desenvolvido no Departamento de
Medicina Familiar da Universidade McMaster, no Canadá, por Wilson e Ciliska em
1984 e validado para adultos jovens brasileiros por Rodriguez-Añes, Reis e Petroski
(2008). O questionário apresentou alta reprodutibilidade e alta consistência interna e
externa para a avaliação do estilo de vida.
O questionário foi criado com a finalidade de auxiliar os médicos que trabalham
com a prevenção, para que estes possam melhor conhecer e medir o estilo de vida
24
dos seus pacientes. Este questionário é utilizado desde 1998, pela Sociedade
Canadense para a Fisiologia do Exercício e constitui uma parte da bateria de testes
padronizados, denominada “Canadian Physical Activity Fitness & Lifestyle Appraisal”
(Plano Canadense de Avaliação da Atividade Física, Aptidão e Estilo de Vida). O
questionário cobre um amplo leque de questões que têm uma sutil, mas poderosa
influência na saúde.
A origem da palavra “fantástico” vem do acrônimo FANTASTIC que representa
as letras dos nomes dos nove domínios (na língua inglesa) em que estão
distribuídas as 25 questões ou itens:
• F= Family and friends (família e amigos);
• A = Activity (atividade física);
• N = Nutrition (nutrição);
• T = Tobacco & toxics (cigarro e drogas);
• A = Alcohol (álcool);
• S = Sleep, seatbelts, stress, safe sex (sono, cinto de segurança, estresse e sexo
seguro);
• T = Type of behavior (tipo de comportamento; padrão de comportamento A ou B);
• I = Insight (introspecção);
• C = Career (trabalho; satisfação com a profissão).
O questionário “Estilo de vida fantástico” é um instrumento auto-administrado
que considera o comportamento dos indivíduos no último mês e cujos resultados
permitem determinar a associação entre o estilo de vida e a saúde. O instrumento
possui 25 questões divididas em nove domínios que são: 1) família e amigos; 2)
atividade física; 3) nutrição; 4) cigarro e drogas; 5) álcool; 6) sono, cinto de
segurança, estresse e sexo seguro; 7) tipo de comportamento; 8) introspecção e 9)
trabalho.
2.4 Questionário WHOQOL-bref
A primeira vez em que a expressão qualidade de vida foi empregada foi pelo
presidente dos Estados Unidos, Lyndon Johnson, em 1964, ao declarar que “os
objetivos não podem ser medidos através do balanço dos bancos. Eles só podem
25
ser medidos através da qualidade de vida que proporcionam às pessoas” (FLECK,
1999).
A Qualidade de vida é definida pela Organização Mundial da Saúde como “a
percepção do indivíduo de sua posição na vida, no contexto da cultura e sistema de
valores nos quais ele vive e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e
preocupações”. Apesar disso, ainda havia uma certa dificuldade para aferi-la, e
assim foi desenvolvido um instrumento de avaliação em forma de questionário com
100 questões, WHOQOL-100 com a participação de vários países ganhando sua
versão em português. Com o intuito de sintetizá-lo pela necessidade de algo mais
curto foi criado o WHOQOL-bref (FLECK, 2000)..
Nesse sentido, uma pesquisa realizada com pacientes na cidade de Porto
Alegre demonstrou que o WHOQOL-bref apresentou boa consistência interna,
validade discriminante, validade concorrente, validade de conteúdo e confiabilidade
teste-reteste, utilizando uma amostra heterogênea de pacientes com diferentes
doenças e tratados tanto em regime ambulatorial como hospitalar (FLECK, 2000).
A versão em português do WHOQOL-100 foi desenvolvida no Departamento
de Psiquiatria e Medicina Legal da Universidade Federal do Rio Grande do Sul em
Porto Alegre, no Brasil (FLECK, 1999).
Em uma pesquisa realizada com diferentes grupos populacionais demonstrou
uma boa validade deste questionário, onde a linguagem simples utilizada facilita o
entendimento e a compreensão de quem o responde (FLECK, 1999).
Nesse sentido, pesquisas envolvendo seres-humanos com diferentes
características apresentam o WHOQOL-bref como um equipamento de fácil
aceitação e que traz conclusões necessárias e eficientes.
26
3 MÉTODOS
3.1 Caracterização do Estudo
O método utilizado foi a pesquisa descritiva Transversal que segundo Thomas
e Nelson (2007) tem por finalidade aferir várias populações ao mesmo tempo e é
caracterizado por coletar os dados em apenas um momento. Este estudo foi
aprovado pelo comitê de ética em Pesquisa envolvendo seres humanos da
Universidade Estadual de Londrina sob o parecer no 21735-2011.00.
3.2 Amostra
De uma população de 543 alunos formandos do período diurno dos cursos das
áreas da Saúde e Humanas da Universidade Estadual de Londrina, participaram do
estudo 143 formandos (37 homens e 106 mulheres), 92 da área da Saúde (FS) e 51
da área de Humanas (FH), todos voluntários. Como critério de inclusão, os
estudantes deveriam estar matriculados no último ano de graduação, no período
diurno, em algum dos cursos relacionados abaixo. A amostra foi constituída por
conveniência e inicialmente foram selecionados os cursos da área da Saúde,
Educação Física – Bacharelado, Esporte, Enfermagem e Odontologia. Na área de
Humanas, foram selecionados os cursos de Pedagogia, Geografia e Psicologia.
Dentre os cursos selecionados houve recursa pela coordenação, somente do curso
de Psicologia.
3.3 Instrumentos
Os dados foram coletados mediante três questionários conforme descrição a
seguir:
a) Informações sóciodemográficas:
Foi aplicado um questionário, elaborado pela pesquisadora, com informações
pessoais, como sexo, idade, procedência, arranjo familiar, entre outros (Apêndice A).
27
b) Perfil do Estilo de vida
O estilo de vida foi avaliado pelo questionário “Estilo de vida Fantástico”
desenvolvido no Departamento de Medicina Familiar da Universidade McMaster, no
Canadá, por Wilson e Ciliska em 1984 e validado para adultos jovens brasileiros por
Rodriguez-Añes, Reis e Petroski (2008). O questionário é um instrumento auto-
administrado que considera o comportamento dos indivíduos no último mês e cujos
resultados permitem determinar a associação entre o estilo de vida e a saúde. O
instrumento possui 25 questões divididas em nove domínios que são: 1) família e
amigos; 2) atividade física; 3) nutrição; 4) cigarro e drogas; 5) álcool; 6) sono, cinto
de segurança, estresse e sexo seguro; 7) tipo de comportamento; 8) introspecção e
9) trabalho.
As questões estão dispostas na forma de escala Likert, possuem cinco
alternativas de resposta e duas são dicotômicas. As alternativas estão dispostas na
forma de colunas para facilitar a sua codificação, e a alternativa da esquerda é
sempre a de menor valor ou de menor relação com um estilo de vida saudável. A
codificação das questões é realizada por pontos, da seguinte maneira: zero para a
primeira coluna, 1 para a segunda coluna, 2 para a terceira coluna, 3 para a quarta
coluna e 4 para a quinta coluna. As questões que só possuem duas alternativas
pontuam: zero para a primeira coluna e 4 pontos para a última coluna. A soma de
todos os pontos permite chegar a um escore total que classifica os indivíduos em
cinco categorias que são: “Excelente” (85 a 100 pontos), “Muito bom” (70 a 84
pontos), “Bom” (55 a 69 pontos), “Regular” (35 a 54 pontos) e “Necessita melhorar”
(0 a 34 pontos) (Anexo A).
c) Qualidade de vida:
A percepção de qualidade de vida foi avaliada pela versão em português
abreviada do Instrumento de Avaliação da qualidade de vida da Organização
Mundial da Saúde, o WHOQOL-bref. O instrumento é uma versão reduzida do Word
Health Organization Quality of Life Instrument 100 (WHOQOL-100) e é composto de
26 questões, sendo duas delas gerais de qualidade de vida e 24 representantes de
cada uma das 24 facetas que compõem o instrumento original, o WHOQOL-100. A
versão brasileira do WHOQOL-Bref, traduzida e validada pelo grupo de estudos em
qualidade de vida da OMS no Brasil, foi a utilizada neste estudo.
28
O WHOQOL-Bref é composto por quatro domínios da qualidade de vida, sendo
que cada domínio tem por objetivo analisar, respectivamente: a capacidade física, o
bem-estar psicológico, as relações sociais e o meio ambiente onde o indivíduo está
inserido. Além destes quatro domínios, o WHOQOL-Bref é composto também por
um domínio que analisa a qualidade de vida global. Cada domínio é composto por
questões, cujas pontuações das respostas variam entre 1 e 5.
Os escores finais de cada domínio são calculados por uma sintaxe, que
considera as respostas de cada questão que compõe o domínio, resultando em
escores finais numa escala de 4 a 20, comparáveis aos do WHOQOL-100, que
podem ser transformados em escala de 0 a 100.
3.4 Coleta de dados
Inicialmente os coordenadores dos cursos de graduação selecionados para a
pesquisa foram contatados. Após a autorização para a coleta de dados, os alunos
foram convidados a responder os questionários. A coleta foi realizada em sala de
aula em Setembro de 2011. Primeiramente a pesquisadora passou informações
verbais sobre os objetivos da pesquisa e explicou os procedimentos os quais os
alunos seriam submetidos. Na seqüência, os estudantes que concordaram em
responder voluntariamente os questionários assinaram o Termo de Consentimento
Livre e Esclarecido (Apêndice B). Após esse procedimento a pesquisadora entregou
os três questionários que deveriam ser respondidos na seguinte seqüência:
questionário com informações sócio-demográficas, questionário sobre o estilo de
vida e questionário sobre a percepção de qualidade de vida. As dúvidas dos
participantes sobre o estudo e o preenchimento dos questionários foram
esclarecidas no momento da coleta de dados.
Antes da coleta de dados em todos os cursos, foi realizada uma coleta com
alguns estudantes do curso de Educação Física/ Bacharelado, servindo de piloto
para o estudo. Esse procedimento teve como intuito realizar ajustes nos
instrumentos, aferir o tempo que seria necessário para a aplicação dos
questionários e conhecer as possíveis dúvidas mais frequentes dos participantes.
29
3.5 Análise Estatística
A normalidade dos dados foi verificada pelo teste de Shapiro-Wilk e como a
distribuição não foi normal, as análises foram realizadas de acordo com a descrição
a seguir:
a) Os resultados descritivos foram apresentados pela mediana e intervalos
interquartílicos.
b) As comparações entre as variáveis do estudo nos FS e FH (idade, IMC, estilo de
vida, qualidade de vida e domínios dos questionários) e por gênero (estilo de vida e
qualidade de vida) foram realizadas pelo teste de Mann-Whitney.
c) As comparações entre os domínios dos questionários em cada um dos grupos
(FS e FH) foram realizadas pela análise de medidas repetidas, teste de Friedman e
o Post Hoc pelo teste de comparações múltiplas de Dunn.
d) As comparações entre o estilo de vida e qualidade de vida entre os formandos de
cada um dos cursos selecionados foram realizadas pela análise de variância, teste
não paramétrico de Kruskal-Wallis e o Post Hoc pelo teste de comparações
múltiplas de Dunn.
e) As correlações entre o perfil do estilo de vida e a percepção de qualidade de vida
dos estudantes de cada área do conhecimento e por gênero, foram realizadas pelo
coeficiente de correlação de Spearman.
O índice de significância adotado em todas as análises foi de 5% (p≤0,05).
30
4. RESULTADOS
Os resultados referentes às variáveis sociodemográficas apresentadas
demonstraram que 76% e 79% dos estudantes das áreas da saúde (FS) e
Humanas (FH) são da cor branca. Nos FS, 9% disseram ser da cor amarela, 1%
negros e 14% pardos. Nos FH, 2% disseram ser da cor amarela, 2% negros e 17%
de pardos.
Os resultados indicaram também que 95% dos FS e 69% dos FH são
solteiros. Em relação à situação de moradia, 40% dos FS residem com seus pais,
37% com amigos ou república e 14% sozinhos.á os FH, 55% residem com os pais,
22% com outros parentes ou amigos, 11% com companheiro(a) e 5% em república.
Oitenta e dois por cento dos ES não trabalham e se mantém financeiramente
com a ajuda dos pais (71%), trabalho (13%) e outros recursos (16%) como bolsas
de iniciação científica, extensão e ajuda do companheiro(a). Em relação aos FH,
45% não trabalham, 33% disseram se manter financeiramente por recursos próprios
e trabalho, 29% pela ajuda dos pais, 17% do companheiro(a) e 21% de outras
fontes como bolsas ou estágios vinculados à atividades acadêmicas.
Os resultados comparativos entre os estudantes das áreas da Saúde e
Humanas, ilustrados na Tabela 1, indicam que não houve diferenças significativas
entre os dois grupos na idade, no estilo de vida e na percepção de qualidade de
vida. Somente no IMC, calculado com base nos dados auto-referidos de peso e
estatura, os estudantes da área Humanas apresentaram índice maior. A pontuação
referente aos escores do estilo de vida indica que os estudantes da área da saúde
possuem um estilo de vida considerado bom (no limite inferior) e os estudantes da
área Humanas possuem um estilo de vida regular. Apesar dessas diferenças os
dois grupos não se diferiram significativamente no estilo de vida e na percepção de
qualidade de vida.
Tabela 1 - Comparação das variáveis: Idade, IMC, Estilo de Vida e Qualidade de
31
Vida dos estudantes universitários das áreas da Saúde e Humanas.
Variáveis Saúde Humanas P
Idade 22 (21-24) 22 (21-28) 0,09
IMC 22 (20-36) 24 (21-27) 0,02
Estilo de Vida (EV) 55 (50-59) 52 (49-58) 0,27
Qualidade de Vida (QV) 70 (61-78) 68 (55-76) 0,30
As comparações entre os nove diferentes domínios do estilo de vida e dos
quatro da qualidade de vida não apresentaram diferenças significativas entre os
estudantes das áreas da Saúde e Humanas. Já ao comparar esses domínios em
cada grupo observa-se na Figura 1, que o “tipo de comportamento”, relacionado ao
tempo para realizar as coisas e sentimentos de raiva e hostilidade, foi a dimensão
avaliada mais negativamente pelos estudantes, tanto nos FS quanto nos FH. As
dimensões família e amigos, atividade física e nutrição foram os comportamentos
considerados mais positivos do que os outros. Nas dimensões referentes ao uso de
cigarros e drogas, álcool, qualidade do sono, sexo seguro, uso de cinto de
segurança e introspecção que avalia ausência/presença de pensamentos positivos,
desapontamento, tristeza e sentimentos depressivos, os alunos de ambas as áreas
obtiveram um estilo de vida intermediário (mediana por volta de 2 pontos), indicando
que o comportamento em relação aos fatores citados ocorrem algumas vezes ou
ocasionalmente.
F= Família e amigos; A = Atividade; N = Nutrição; T = Cigarro e drogas; A = Alcool; S = Sono, uso de cinto de segurança, estresse, sexo seguro; T = Tipo de comportamento; I = Introspecção; C = Satisfação no trabalho.
Figura 1- Comparações dos domínios do questionário de estilo de vida nos grupos de estudantes do
sexo masculino e feminino.
F At N Ta Al S Ti I C0
1
2
3
4
5
alt
ern
ati
vas
1A- Área da Saúde (FS)
F At N Ta Al S Ti I C0
1
2
3
4
5
alt
ern
ati
vas
1B- Área Humanas (FH)
p<0,01 p=0,01 * *
*
*
32
Em relação aos domínios da qualidade de vida, a Figura 2 mostra que no FS,
o domínio meio ambiente foi a percepção significativamente mais negativa em
relação aos outros domínios. Já nos FH, a percepção de qualidade de vida foi mais
homogênea entre os domínios, indicando diferenças somente entre os domínios
meio ambiente e social.
Físico = Capacidade física; Psico = Bem-estar psicológico; Social = Relações sociais; Ambiente = meio ambiente inserido.
Figura 2- Comparações dos domínios do questionário de qualidade de vida nos grupos de
estudantes do sexo masculino e feminino.
As correlações entre o estilo de vida e a qualidade de vida, apresentados nas
Figuras 3A e 3B mostram que houve associação moderada entre essas duas
variáveis indicando que há uma tendência dos estudantes que possuem estilo de
vida considerado mais saudável, terem melhor percepção de qualidade de vida e
vice-versa. Essa relação foi mais forte nos FS do que nos FH.
Figura 3 – Correlação entre o estilo de vida e qualidade de vida de estudantes das áreas da Saúde e Humanas.
Na tabela 2, em que são apresentadas as comparações nos escores de estilo
FISICO PSICO SOCIAL AMBIENTE0
50
100
150
sco
re Q
V
2A- Área da Saúde (FS)
FISICO PSICO SOCIAL AMBIENTE0
50
100
150
sco
re Q
V
2A- Área Humanas (FH)
0 20 40 60 80 1000
20
40
60
80
100
estilo de vida
qu
alid
ad
e d
e v
ida
3A- Área da Saúde (FS)
30 40 50 60 70 800
20
40
60
80
100
estilo de vida
qu
alid
ad
e d
e v
ida
3B- Área Humanas (FH)
* p<0,01 * p=0,01
r=0,51; p<0,01 r=0,44; p<0,01
*
*
33
de vida e qualidade de vida entre os estudantes dos diferentes cursos avaliados,
diferenças significativas existiram somente no estilo de vida em que os estudantes
de Enfermagem obtiveram menor pontuação no questionário do que os estudantes
dos cursos de Esporte, Educação Física/Bacharelado e Odontologia. Na percepção
de qualidade de vida não foram observadas diferenças significativas entre os
estudantes de cada curso. Foi analisada também a comparação da dimensão
atividade física do questionário de estilo de vida entre os estudantes dos seis cursos
avaliados. Os resultados não mostraram haver diferenças significativas entre eles,
indicando que os formandos de todos os cursos procuram praticar atividades físicas
com relativa frequência.
Tabela 2 - Comparação dos Cursos nas variáveis Estilo de Vida e Qualidade de Vida.
Geo Peda Esp Ed.Fís Enfer Odont p
EV 56(52-59) 52(49-54) 59(53-64) 58(51-61) 49(46-52) 56(52-59) < 0,05A,B,C
QV 70(64-80) 69(65-76) 68(57-79) 74(70-79) 64(50-70) 71(62-78) =0,06
Geo= Geografia; Peda= Pedagogia; Esp= Esporte; Ed.Fís= Educação Física/Bacharelado; Enfer= Enfermagem; Odont= Odontologia.
A Esporte ≠ Enfermagem;
B Educação ≠ Física Enfermagem;
C Odontologia ≠ Enfermagem.
Nas análises por gênero, os resultados ilustrados na Figura 4 indicam que os
estudantes do sexo masculino possuem significativamente melhor estilo de vida e
melhor percepção de qualidade de vida do que as estudantes do sexo feminino.
Figura 4- Comparação do estilo de vida e qualidade de vida dos estudantes do sexo masculino e feminino.
Ao correlacionar as variáveis de estilo de vida e qualidade de vida entre os
MASCULINO FEMININO0
20
40
60
80
100
esti
lo d
e v
ida
4A- Estilo de Vida
MASCULINO FEMININO0
20
40
60
80
100
qu
alid
ad
e d
e v
ida
4B- Qualidade de Vida
58 52
73 67
* p<0,01 * p=0,01
* *
34
gêneros, somente as mulheres apresentaram associação significativa moderada,
indicando que as estudantes do sexo feminino que possuem bom estilo de vida,
tendem a avaliar positivamente a sua qualidade de vida. Nos homens o estilo de
vida considerado adequado não está associado a uma percepção positiva de
qualidade de vida.
Gráfico 3 – Correlação entre o estilo de vida e qualidade de vida de estudantes do sexo masculino e feminino.
40 50 60 70 80 900
20
40
60
80
100
estilo de vida
qu
alid
ad
e d
e v
ida
3A- Sexo masculino
0 20 40 60 800
20
40
60
80
100
estilo de vida
qu
alid
ad
e d
e v
ida
3B- sexo Feminino
r=0,23; p<0,17 r=0,51; p<0,01
35
5 DISCUSSÃO
Os resultados sobre o perfil sociodemográfico indicam que os formandos de
ambos os cursos apresentam características semelhantes e possuem perfis
parecidos com estudantes de outras universidades brasileiras (FALCÃO JUNIOR et
al., 2007) e da Universidade Estadual de Londrina há cinco anos (LOCH et al.,
2006). Em relação à cor (raça), os dados mostraram que apesar da política de
cotas, na UEL ainda há uma quantidade pouco expressiva de negros, já que de
acordo com os dados do Censo 2009/2010 (IBGE, 2010 ou 2011), mais da metade
da população brasileira se autodeclara negra. Em relação ao estado civil e situação
de residência, em que predominantemente os formandos são solteiros e residem
com os pais ou amigos e parentes, indicam que os estudantes desses cursos são
predominantemente jovens e ainda dependem financeiramente dos seus pais e
provavelmente ingressaram na universidade sem um intervalo de tempo muito longo
após o término do ensino médio. Essa condição é sustentada também pelo grande
número de estudantes que não trabalha e depende financeiramente dos pais.
Em relação à idade, os grupos apresentaram o mesmo perfil, com tendência
semelhante quanto à predominância de indivíduos mais jovens no ingresso, decorrer
e no término do curso. O IMC com base nas informações auto-referidas, embora os
FH tenham apresentado maior IMC do que os FS, ambos os grupos se encontram
dentro dos padrões considerados desejáveis para adultos pela World Health Organ
(1995), que vai de 18,5 a 24,9. O maior índice de massa corporal nos FH pode ser
reflexo de uma vida mais sedentária e um perfil corporal diferente dos estudantes da
área da Saúde. A metodologia proposta nesse estudo não favoreceu a avaliação
antropométrica dos estudantes, e apesar disso, as informações auto relatadas
serviram para fornecer importantes informações para averiguar possíveis distúrbios
na composição corporal dos estudantes e sua influência nas variáveis do estudo
(estilo de vida e qualidade de vida). Segundo Spencer et al. (2002), estudos da
validade do peso e da estatura auto referidos mostraram alta correlação com os
valores mensurados; porém, alguns mostraram tendência a subestimativa do peso e
superestimativa da altura. Acreditamos que os resultados desse estudo serviram
para caracterizar os universitários e que os possíveis erros nas informações auto
relatadas não interferiram significativamente nos resultados.
Os resultados dos escores do estilo de vida indicaram que os formandos
36
avaliados não possuem um excelente estilo de vida e uma percepção de qualidade
de vida relativamente positiva. Esses resultados são coincidentes com os estudos
de Paixão, Dias e Prado (2010) e Conceição e Duzzioni (2008), que ao avaliarem
respectivamente 253 graduandos de cursos da área da saúde de Recife e 137
graduandos de Educação Física do município de Criciúma-SC, constataram que os
estudantes em geral possuíam comportamentos adequados em alguns aspectos e
negativos em outros. Durante a coleta de dados, os sujeitos relataram,
espontaneamente, que o período em que eles se encontravam em seus cursos
seria de total importância no momento da análise dos resultados. Visto isso, é
provável que períodos de estágio, Trabalhos de Conclusão de Curso, Internato
(Enfermagem), formatura e inserção ao mercado de trabalho possam ser fatores de
direto impacto na avaliação dessas variáveis. Alguns estudantes relataram também,
que se o estudo tivesse sido feito nos primeiros anos de curso, as respostas seriam
mais positivas, pois o momento em suas vidas nessa época, com mais tempo livre,
menos pressões e preocupações, favoreceriam um estilo de vida mais adequado e
uma percepção de qualidade de vida mais positiva.
A percepção dessas dificuldades esteve mais aparente no curso de
Enfermagem, provavelmente por esse curso exigir maior tempo em estágios e
internatos e lidar com um contexto mais estressante e de dificuldades que os outros
cursos, que é a realidade do sistema público de saúde do país, como hospitais,
unidades de saúde, entre outros.
A similaridade entre os domínios dos questionários de estilo de vida e a
qualidade de vida entre os dois grupos mostram que independente da área de
estudo, os alunos adotam estilos de vida e também percebem sua qualidade de
vida semelhantemente. Ao comparar os domínios do questionário de estilo de vida
em cada grupo, no domínio “tipo de comportamento” (Ti), tanto nos FS quanto nos
FH, esse comportamento teve um perfil significativamente pior do que os outros.
Esse domínio relacionado, ao tempo para a realização das atividades diárias e
sentimentos de raiva e hostilidade, comprova os pressupostos apresentados
anteriormente sobre os relatos informais dos alunos frente a realidade que julgam
ser estressante no final do curso. Ao contrário dessa dimensão, os estudantes
demonstraram possuir comportamentos bastante positivos em relação à família e
amigos, atividade física e nutrição, indicando que possuem importante influência
familiar e que a sua condição cultural e financeira favorece a prática regular de
37
atividades e a manutenção de uma alimentação adequada.
As análises das dimensões dos questionários demonstraram também que os
estudantes possuem comportamentos variados sobre o uso de cigarros e drogas,
álcool, qualidade do sono, sexo seguro, uso de cinto de segurança e introspecção
que avalia ausência/presença de pensamentos positivos, desapontamento, tristeza
e sentimentos depressivos. Os alunos de ambas as áreas obtiveram um estilo de
vida intermediário (mediana por volta de 2 pontos), indicando que esses
comportamentos ocorrem algumas vezes ou ocasionalmente. Nesse sentido, Silva
et al. (2006) encontraram que a substância mais utilizada por estudantes
universitários era o álcool (84,7%), seguido do tabaco (22,8%) e, 28,4% da amostra
utilizavam 6 tipos diferentes de drogas ilícitas, além de, encontrar que o maior
abuso destas se dá conforme as séries mais adiantadas. É importante considerar
também que esses sentimentos e comportamentos, sobretudo os relacionados à
introspecção podem também ser reflexo do momento atribulado que atravessam no
curso, como relatado anteriormente.
As análises dos domínios do questionário de qualidade de vida indicaram que
o domínio meio ambiente, relativo à segurança e proteção, ambiente do lar e
recursos financeiros, foi a percepção significativamente mais negativa em ambos os
grupos. Esse resultado pode ser explicado pela percepção de insegurança em
relação à violência que a sociedade geralmente enfrenta e à condição financeira,
que apesar de receberem suporte familiar para suas necessidades como
estudantes, ainda são extremamente dependentes financeiramente da família. Esse
fato pode ter sido o responsável pela percepção negativa, já que atravessam um
período de transição para idade adulta em que as responsabilidades e limitações
para a realização de projetos se esbarram na condição financeira.
As correlações significativas moderadas entre o estilo de vida e a qualidade de
vida indicam que, em ambas as áreas, há uma tendência dos formandos
perceberem sua qualidade de vida coerentemente ao seu estilo de vida. Essa
relação um pouco mais forte nos FS pode ser causa de uma percepção mais
apurada das questões da área da saúde, conteúdos que são específicos dos seus
cursos e que, estão fortemente presentes em ambos os questionários aplicados.
As comparações entre gênero que mostraram que os homens possuem
melhor estilo de vida e avaliam melhor sua qualidade de vida do que as mulheres
podem ser atribuídas a fatores culturais. Não podemos deixar de considerar
38
também que alguns cursos avaliados neste estudo são compostos
predominantemente por mulheres, como no curso de Enfermagem, em que o perfil
do estilo de vida e a percepção de qualidade de vida foram mais negativos. Esses
resultados são corroborados pela pesquisa de Lipp e Tanganelli (2002) que ao
comparar o nível de stress e a qualidade de vida entre homens e mulheres, verificou
que 82% das mulheres e 56% dos homens apresentavam níveis elevados de stress
no momento do estudo e tinham dificuldade em manter uma boa Qualidade de Vida.
É importante destacar, que esse estudo se propôs avaliar duas áreas
específicas de cursos universitários em um momento específico da sua formação, o
que não o credencia a extrapolar os seus resultados para toda comunidade
universitária. Independente dessa limitação acreditamos na relevância desse estudo
por ter mapeado uma parcela relevante dos universitários, sobretudo, por se tratar
de áreas responsáveis pela formação de profissionais que irão aturar diretamente
com pessoas. Outro ponto que merece destaque nesse estudo é a correlação entre
o estilo de vida com a percepção da qualidade vida, ou seja, os comportamentos
adotados no dia a dia refletem em satisfação com a vida? Pelo nosso
conhecimento, até o momento, nenhum estudo com universitários, com esse
propósito, foi realizado no país.
39
6 CONCLUSÃO
Conclui-se que os formandos das áreas da Saúde e Humanas, apresentaram
perfis semelhantes de estilo de vida e percepção de qualidade de vida e, em ambos
os grupos o estilo de vida adotado apresentou correlação moderada com a
percepção de qualidade de vida. Conclui-se também, que os formandos das áreas
da Saúde e Humanas possuem condutas mais negativas de estilo de vida na
dimensão “tipo de comportamento” e mais positivas nos aspectos apoio familiar,
nutrição e atividade física. Na qualidade de vida, a dimensão “meio ambiente” é que
foi avaliado mais negativamente dentre os outros domínios. De maneira geral os
homens apresentaram melhor estilo de vida e melhor percepção de qualidade de
vida em relação às mulheres.
40
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45
8 APÊNDICES
APÊNDICE A - QUESTIONÁRIO PARA AVALIAÇÃO SÓCIODEMOGRÁFICA
Curso: ____________________________________________________________________
Gênero: ( ) 1-M ( ) 2-F Idade:_______anos Cor: ( ) 1.branca ( ) 2.negra/preta ( ) 3.parda/mulata/cabocla ( ) 4.amarela/oriental ( ) 5. Indígena Qual o seu peso? ____________kg. Qual sua estatura? ______________ Nacionalidade:( ) brasileira ( ) outra. Em caso de outra: qual nacionalidade?:____________ Possui outro curso universitário? Qual? ____________________________________________ Situação conjugal atual: ( ) solteiro ( ) casado ( )separado / divorciado ( )viúvo ( ) união estável (sem a documentação do casamento) ( ) amasiado O Sr./Sra. tem filhos? ( ) sim ( ) não. Quantos? ( ) 1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( ) 5 ( ) 6 ou mais Religião: ( ) católica ( ) evangélica / protestante ( ) espírita ( ) judaica ( ) budista ( ) umbandista ( ) outra______________ ( ) não possui Cidade onde nasceu: _____________________________ Estado: _____________________ Procedência: ( ) Zona rural ( ) Zona urbana Situação da residência:
Qual cidade você reside atualmente? ____________________________________________ Sua residência encontra-se na Zona: ( ) rural ( ) urbana
Reside atualmente (assinale quantas opções sejam necessárias): ( ) sozinho ( ) pais ( ) companheiro (esposo(a), namorado (a)) ( ) filhos ( ) parentes ( ) amigos ( ) república com amigos ou parentes ( ) outro _______________ Onde mora? ( ) Casa térrea ( ) Sobrado ( ) Apartamento ( ) Cômodo ( ) Pensão ( ) Hotel ( ) Moradia com outras famílias ( ) Caso do estudante da UEL Situação da moradia: ( ) própria e quitada ( ) própria e financiada ( ) alugada ( ) emprestada ( ) outra_________________ Veio residir em Londrina com objetivo de cursar a universidade? ( ) sim ( ) não Você se mantém financeiramente com ( ) recursos próprios (trabalho) ( ) ajuda financeira dos pais ( ) ajuda financeira do(a) companheiro(a) ( ) Bolsa de estudo ( ) bolsa estágio ( ) outro ______________________ Se reside em outra cidade, qual o meio de transporte utilizado para vir à universidade? ( ) carro próprio ( ) carona co amigos ( ) transporte coletivo contratado (van, ônibus) ( ) transporte coletivo intermunicipal Você trabalha atualmente? ( ) sim ( ) não Horas por dia? ________________ Quantos dias por semana ? _________________ Qual o ramo da sua atividade ?
46
APÊNDICE B – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Titulo da pesquisa: “Estilo de vida de estudantes da Universidade Estadual de Londrina.”
Prezado(a) Senhor(a):
Gostaríamos de convidá-lo a participar da pesquisa “Estilo de vida de estudantes
de diferentes áreas de conhecimento da Universidade Estadual de Londrina”,
realizada em “Universidade Estadual de Londrina”. O objetivo da pesquisa é
“Identificar o perfil do estilo de vida de estudantes de diferentes áreas de
atuação da Universidade Estadual de Londrina”. A sua participação é muito
importante e ela se daria da seguinte forma(Os dados serão coletados mediante três
questionários, um para informações sociodemográficas, outro questionário para
aferir o estilo de vida e o um para aferia a qualidade de vida). Gostaríamos de
esclarecer que sua participação é totalmente voluntária, podendo você: recusar-se a
participar, ou mesmo desistir a qualquer momento sem que isto acarrete qualquer
ônus ou prejuízo à sua pessoa. Informamos ainda que as informações serão
utilizadas somente para os fins desta pesquisa e serão tratadas com o mais absoluto
sigilo e confidencialidade, de modo a preservar a sua identidade.
Os benefícios esperados são trazer contribuições positivas aos estudos na área da
saúde e alcançar alternativas para melhora do estilo de vida individual de estudantes
desta universidades e de outras.
Informamos que o senhor não pagará nem será remunerado por sua participação.
Garantimos, no entanto, que todas as despesas decorrentes da pesquisa serão
ressarcidas, quando devidas e decorrentes especificamente de sua participação na
pesquisa.
Caso você tenha dúvidas ou necessite de maiores esclarecimentos pode nos
contactar (Nathielli Querubim Amorielli. Rua Serra das Marrecas, 96,
Bandeirantes, Londrina, Paraná. Telefone: 99261782), ou procurar o Comitê de
Ética em Pesquisa Envolvendo Seres Humanos da Universidade Estadual de
Londrina, na Avenida Robert Kock, nº 60, ou no telefone 3371 – 2490. Este termo
47
deverá ser preenchido em duas vias de igual teor, sendo uma delas, devidamente
preenchida e assinada entregue a você.
Londrina, ___ de ________de 2010.
Pesquisador Responsável
RG::__________________________
_____________________________________ (nome por extenso do sujeito de
pesquisa), tendo sido devidamente esclarecido sobre os procedimentos da
pesquisa, concordo em participar voluntariamente da pesquisa descrita acima.
Assinatura (ou impressão dactiloscópica):____________________________
Data:___________________
48
9 ANEXOS
ANEXO A – Questionário Estilo de Vida Fantástico
QUESTIONÁRIO ESTILO DE VIDA FANTÁSTICO
Assinale uma alternativa para cada questão dos quadros abaixo:
QUESTÕES
FREQUÊNCIA
NUNCA
RARA -
MENTE
ALGUMAS
VEZES
QUASE
SEMPRE
SEMPRE
Família e
amigos
Tenho alguém p/ conversar sobre coisas importantes para mim.
Dou e recebo afeto.
Sono, cinto
de segu - rança, estres
se sexo segur
o
Durmo bem e me sinto descansado.
Uso cinto de segurança.
Sou capaz de lidar com o estresse do meu dia-a-dia.
Relaxo e desfruto do meu tempo de lazer.
Pratico sexo seguro (ver explicação).
Tipo de
compor
tamento
Aparento estar com pressa.
Sinto-me com raiva e hostil.
Instro -
pecção
Penso de forma positiva e otimista.
Sinto-me tenso e desapontado.
Sinto-me triste e deprimido.
Trabalho
Estou satisfeito com meu trabalho ou função.
QUESTÕES
Até 1 vez por semana
1-2 vezes por
semana
3 vezes por
semana
4 vezes por
semana
5 ou mais vezes por semana
Atividade
Sou vigorosamente ativo pelo menos durante 30 minutos por dia (corrida, bicicleta, etc.).
Sou moderadamente ativo (jardinagem, caminhada, trabalho de casa).
QUESTÕES NUNCA RARA - MENTE
ALGUMAS VEZES
QUASE SEMPRE
SEMPRE
Nutrição
Como uma dieta balanceada (ver explicação).
04 ITENS 03 ITENS 02 ITENS 01 ITEM NENHUM
Frequentemente como em excesso (1) açúcar, (2) sal, (3) gordura animal, (4) bobagens e salgadinhos.
Mais de
8kg. 8 kg. 6 kg. 4 kg. 2 kg.
Estou no intervalo de __ quilos do meu peso
49
considerável saudável.
QUESTÕES NUNCA RARA - MENTE
ALGUMAS VEZES
QUASE SEMPRE
SEMPRE
Cigarros e drogas
Uso drogas como maconha e cocaína.
Abuso de remédios ou exagero.
MAIS DE 10 VEZES POR
DIA
1 A 10 VEZES
POR DIA
NENHUMA VEZ NOS ÚLTIMOS 6
MESES
NENHUMA VEZ NO ANO
PASSADO NUNCA
Ingiro bebidas que contêm cafeína (café, chá ou colas).
Fumo cigarros.
QUESTÕES NUNCA RARA
MENTE ALGUMAS
VEZES QUASE
SEMPRE SEMPRE
Álcool
Bebo mais de quatro doses em uma ocasião.
Dirijo após beber.
MAIS DE 20 13 A 20 11 A 12 8 A 10 0 A 7
Minha ingestão média por semana de álcool é: __ doses (ver explicação).
Álcool – 1 dose = 1 lata de cerveja (340 ml.) ou um copo de vinho (142 ml.) ou um curto (42 ml.); Sexo seguro – Refere-se ao uso de métodos de prevenção, de infecção e concepção
50
ANEXO B – Questionário de Qualidade de Vida (WHOQOL-bref)
Questionário de Qualidade de Vida (WHOQOL-bref)
Instruções
Este questionário é sobre como você se sente a respeito de sua qualidade de vida, saúde e outras áreas de sua vida. Por favor responda a todas as questões. Se você não tem certeza sobre que resposta dar em uma
questão, por favor, escolha entre as alternativas a que lhe parece mais apropriada. Esta, muitas vezes, poderá ser sua primeira escolha. Por favor, tenha em mente seus valores, aspirações, prazeres e preocupações. Nós estamos perguntando o que você acha de sua vida, tomando como como referência as duas últimas semanas. Por exemplo, pensando nas
últimas duas semanas, uma questão poderia ser:
nada Muito pouco
médio muito completamente
Você recebe dos outros o apoio de que necessita?
1 2 3 4 5
Você deve circular o número que melhor corresponde ao quanto você recebe dos outros o apoio de que necessita nestas últimas duas semanas. Portanto, você deve circular o número 4 se você recebeu "muito" apoio como abaixo.
nada Muito pouco
médio muito Completamente
Você recebe dos outros o apoio de que necessita? 1 2 3 4 5
Você deve circular o número 1 se você não recebeu "nada" de apoio. Por favor, leia cada questão, veja o que você acha e circule no número e lhe parece a melhor resposta.
muito ruim
Ruim nem ruim nem boa
boa muito boa
1 Como você avaliaria sua qualidade de
vida? 1 2 3 4 5
muito
insatisfeito
Insatis-feito
nem satisfeito nem insatisfeito
Satisfei-to
muito satisfeito
2 Quão satisfeito(a) você está com a
sua saúde? 1 2 3 4 5
As questões seguintes são sobre o quanto você
tem sentido algumas coisas nas últimas duas semanas.
nada muito pouco
mais ou menos
bastante
extremamente
3 Em que medida você acha que sua dor
(física) impede você de fazer o que você precisa?
1 2 3 4 5
4 O quanto você precisa de algum
tratamento médico para levar sua vida diária?
1 2 3 4 5
51
5 O quanto você aproveita a vida? 1 2 3 4 5
6 Em que medida você acha que a sua vida
tem sentido? 1 2 3 4 5
7 O quanto você consegue se concentrar? 1 2 3 4 5
8 Quão seguro(a) você se sente em sua
vida diária? 1 2 3 4 5
9 Quão saudável é o seu ambiente físico
(clima, barulho, poluição, atrativos)? 1 2 3 4 5
As questões seguintes perguntam sobre quão completamente você tem sentido ou é capaz de fazer certas
coisas nestas últimas duas semanas.
nada
muito pouco
médio
Muito
completamente
10 Você tem energia suficiente para seu dia-a-
dia? 1 2 3 4 5
11 Você é capaz de aceitar sua aparência
física? 1 2 3 4 5
12 Você tem dinheiro suficiente para satisfazer
suas necessidades? 1 2 3 4 5
13 Quão disponíveis para você estão as
informações que precisa no seu dia-a-dia? 1 2 3 4 5
14 Em que medida você tem oportunidades de
atividade de lazer? 1 2 3 4 5
As questões seguintes perguntam sobre quão bem ou satisfeito você se sentiu a respeito de vários aspectos
de sua vida nas últimas duas semanas.
muito ruim ruim nem ruim nem bom
bom muito bom
15 Quão bem você é capaz de se
locomover? 1 2 3 4 5
muito
insatisfeito Insatisfeito
nem satisfeito
nem insatisfeito
satisfeito Muito
satisfeito
16 Quão satisfeito(a) você está com o
seu sono? 1 2 3 4 5
17 Quão satisfeito(a) você está com 1 2 3 4 5
52
sua capacidade de desempenhar as atividades do seu dia-a-dia?
18 Quão satisfeito(a) você está com sua capacidade para o trabalho?
1 2 3 4 5
19 Quão satisfeito(a) você está
consigo mesmo? 1 2 3 4 5
20 Quão satisfeito(a) você está com suas relações pessoais (amigos, parentes, conhecidos, colegas)?
1 2 3 4 5
21 Quão satisfeito(a) você está com
sua vida sexual? 1 2 3 4 5
22 Quão satisfeito(a) você está com o apoio que você recebe de seus
amigos? 1 2 3 4 5
23 Quão satisfeito(a) você está com
as condições do local onde mora? 1 2 3 4 5
24 Quão satisfeito(a) você está com o seu acesso aos serviços de saúde?
1 2 3 4 5
25 Quão satisfeito(a) você está com
o seu meio de transporte? 1 2 3 4 5
As questões seguintes referem-se a com que freqüência você sentiu ou experimentou certas coisas nas últimas
duas semanas.
nunca Algumas
vezes
freqüentemente
muito freqüentem
ente
sempre
26 Com que freqüência você tem sentimentos
negativos tais como mau humor, desespero, ansiedade, depressão?
1 2 3 4 5
53
ANEXO C – Parecer do Comitê de Ética
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