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PERCEPÇÃO DA VISITA À PONTA DO LEAL

CAROLINA DAL SOGLIO, ALANA CORREA, DÉBORA BOHRER, NATÁLIA GONZALES, MARIA EDUARDA LIMA.

15/05/2013

A visita na Ponta do Leal foi surpreendente. Despertou no grupo uma visão de organização social e de forte união entre os morados e o espaço. Percebe-se uma mesma tipologia, fruto de uma condição social, que geraram algumas soluções precárias, e tradição. Listamos alguns aspectos que o grupo considerou como relevante para o entendimento dessa comunidade e para o desenvolvimento do nosso projeto.

-Há apenas um caso analfabetismo, demonstrando o interesse dos moradores com a educação.

-Uma criança comentou que participa de atividades fora da ponta, por exemplo, na pracinha do balneário, isso nos mostra que existe um relacionamento entre a comunidade e o bairro que a envolve, mesmo que seja raro.

-As crianças também se apropriaram dos arredores para brincadeiras, faixa de areia para jogar futebol por exemplo, como se elas sentissem que todo aquele espaço fosse a própria extensão de sua casa.

-Associação de pais forte, eles sabem seus direitos e lutam por eles.

-Projetos: Capoeira, Maracatu e direito para as crianças – Agora não está acontecendo por falta de infraestrutura. É uma maneira de educar através de uma maneira mais íntima. A criança se sente parte de algo, então ela vive aquilo. Podemos considerar também estas oficinas como uma tentativa de reafirmação da sua cultura.

-Preocupação de ter um espaço para atividades de encontro, reunião, e lazer – Já existe hoje um espaço dos salões de festa.

-O próprio bairro procura resolver as questões relacionadas à violência e tráfico.

Percepção dos moradores da extensão de suas casa para toda a comunidade.

-Pessoas que se sentem mais velhas precocemente, por determinadas atividades iniciadas cedo na vida, como trabalhos pesados de pescador ao sol e responsabilidade dentro da família.

-A pesca é presente no local de uma forma auxiliar e não principal. As pessoas não conseguem ser só pescadores, precisam trabalhar fora para manter-se.

Seu Juarez, que com apenas 53 anos de idade, já referia a si mesmo como pessoa de terceira idade.

-Preocupação com questões de segurança, mas dentro do seu conhecimento e de seus limites. Noções mais sérias, que para nós são muito visíveis, para eles falta um conhecimento técnico que as indique e que as resolva. Além da questão financeira, que é obstáculo forte para essas resoluções. Apenas 5% pagam a luz .

-Intensão de compostagem nos poucos pátios “privados”.

Quantidade de fios desencapados e que pendem por muitas edificações causa grande insegurança.

-Muitos animais, que passam a ideia de ser do grupo e ao mesmo tempo de alguns moradores específicos. Isso deixa o espaço muitas vezes sujo e com maus cheiros, podendo até causar

doenças nos moradores.

-O contato ingênuo com a natureza, água, areia. Por um lado,beleza pela proximidade, por outro, risco a saúde e poluição de locais tão únicos na paisagem.

-A diferença de pensamento de uma geração para a outra, conversamos com um morador mais velho e com sua filha e tivemos a oportunidade de ver como estes pensamentos e perspectivas de vida mudam.

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