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Wuchereria bancrofti
CLASSIFICAÇÃO TAXONÔMICA
Filo: Nematoda
Família: Filariidae
Espécie: Wuchereria bancrofti
Onchocerca volvulus
Wuchereria bancrofti – Filariose linfática (cerca de 120 milhões de parasitados)
MORFOLOGIA Machos (3,5 a 4 cm) e fêmeas (7 a 10 cm) com o corpo branco leitoso.
Vivem de 4 a 8 anos no sistema linfático humano.
BIOLOGIA
Habitat machos e fêmeas juntos nos vasos e gânglios linfáticos.
abdominal
Principal localização – pélvica
mamas e braços (mais raro)
Microfilárias saem do sistema linfático e vão ao sangue periférico.
Wuchereria bancrofti
PERIODICIDADE
Durante o dia nos capilares profundos; à noite, no sangue periférico.
Encontro microfilária – mosquito.
CICLO BIOLÓGICO
Fêmeas de Culex quinquefasciatus sugam o sangue
do indivíduo infectado, com
microfilárias
Microfilárias originam larvas
salsichóides (L1) na musculatura
do mosquito
L2L3 migra até a proboscída do
mosquito
Hematofagismo
Migração para o sistema linfático
8 meses depois, adultos
Wuchereria bancrofti
L3 penetra no hospedeiro pela solução
de continuidade
Cópula
Wuchereria bancrofti
Microfilária em esfregaço de sangue periférico corado pelo Giemsa (x400)
Wuchereria bancrofti
Culex quinquefasciatus fêmea
Wuchereria bancrofti
Culex quinquefasciatus fêmea
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Quadros Clínicos:
Wuchereria bancrofti
1) Assintomático - Danos nos vasos linfáticos sem sintomatologia aparente.
Linfangite – inflamação dos vasos linfáticos.
2) Agudo - Linfadenite + febre e mal estar –inflamação e hipertrofia de gânglios.
Funiculite – inflamação dos cordões espermáticos.
Orquiepedidinite – inflamação no epidídimo e testículo.
Linfedema – edema dos vasos linfáticos.
3) Crônico - Hidrocele – acúmulo de líquido seroso e claro nos testículos –
aumento da bolsa escrotal.
Quilúria – derramamento de linfa nas vias urinárias.
Elefantíase – aumento exagerado dos órgãos.
Wuchereria bancrofti
Elefantíase da perna.
Wuchereria bancrofti
Filaríase linfática. Período agudo: crises de linfangite com
linfedema.
Wuchereria bancrofti
Filaríase linfática. Período crônico: adenolinfocele
bilateral.
Wuchereria bancrofti
Aspectos da elefantíase nas mamas, bolsa escrotal e pernas. Notar na foto “D” hidrocele com início de
elefantíase da bolsa escrotal
A B
C D
AÇÕES
Mecânica – obstrução dos vasos linfáticos.
Irritativa – fenômenos inflamatórios.
Seqüência para Elefantíase (após cerca de 10 anos) – linfangite, linfadenite, linforragia, linfedema, esclerose da derme, hipertrofia da epiderme e aumento do volume do órgão pernas, escroto, mamas.
DIAGNÓSTICO
Wuchereria bancrofti
Clínico – suspeita de EPT (Eosinofilia Pulmonar Tropical) abscessos eosinofílicos com microfilárias e fibrose intersticial crônica nos pulmões.
Laboratorial – punção digital (20 a 100 l) entre 22 e 23 h gota espessa – demonstração das microfilárias.
EPIDEMIOLOGIA
Presença de mosquito;.
Homem: única fonte de infecção;
Temperatura elevada (25-30º C);
UR% alta (80-90%);
Baixas altitudes;
Pluviosidade alta.
PROFILAXIA
Tratamento de doentes;
Combate ao mosquito.
Wuchereria bancrofti
Onchocerca volvulus – Oncocercose (No Brasil, em Roraima)
Filarídeo subcutâneo humano.
Atinge 18 milhões de pessoas no mundo (99% na África).
MORFOLOGIA
Os adultos vivem em oncocercomas ou nódulos fibrosos subcutâneos.
Macho (2 a 4 cm) e Fêmeas (40 cm) vivem até 14 anos.
Os nódulos correspondem aos locais das picadas.
Onchocerca volvulus
CICLO
Homem Simulídeo Homem
Adulto de borrachudo
Onchocerca volvulus
Adulto de borrachudo
Onchocerca volvulus
Adulto de borrachudo
Onchocerca volvulus
Onchocerca volvulus – filárias adultas
Onchocerca volvulus
PATOLOGIA
1) Oncocercoma – nódulos contendo vermes adultos. Quando mortos, processo inflamatório intenso com dor, calcificação e aparecimento de fibrose.
2) Dermatite Oncocercosa ou Oncodermatite – migração das microfilárias pelo tecido conjuntivo da pele atrofia da pele. Ocorre após a morte das microfilárias. Prurido intenso pela migração.
3) Lesões Oculares – lesões irreversíveis dos segmentos anterior e posterior do olho. Cegueira parcial ou total.
4) Lesões linfáticas – enfartamento dos linfonodos próximos às lesões cutâneas ricas em microfilárias linfadenite. Se for grave – edema linfático e fibrose.
Onchocerca volvulus
Oncocercíase. Nódulos múltiplos
Onchocerca volvulus
Oncocercíase. Nódulo único
Onchocerca volvulus
Oncocercíase. Período crônico: alterações cutâneas.
Onchocerca volvulus
Oncocercíase. Período crônico: adenolinfocele e alterações
cutâneas (“virilha pendente”)
Onchocerca volvulus
Oncocercose. Lesões pruriginosas, caracterizadas
por fibrose e despigmentação cutânea
Onchocerca volvulus
Oncocercose. Nódulo cutânea contendo adultos
Onchocerca volvulus
Oncocercose. Nódulos contendo adultos
Onchocerca volvulus
Lesão ocular produzida por Onchocerca volvulus
Onchocerca volvulus
Onchocerca volvulus
DIAGNÓSTICO
Retirada de um fragmento superficial da pele (“retalho cutâneo”) e demonstração das microfilárias na pele.
Teste de Mazzoti administrar 50 mg, via oral, de dietilcarbamazina, aguardar algumas horas e verificar o aparecimento de prurido e edema na pele.
EPIDEMIOLOGIA E PROFILAXIA
Tratamento dos doentes (população indígena) – hospedeiro preferencial.
Combate ao mosquito – presença de mosquito.
Criadouro natural de borrachudos
Onchocerca volvulus
Aplicação de larvicida em criadouro de borrachudos
Onchocerca volvulus
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