ana claudia da costa pereira
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ANA CLAUDIA DA COSTA PEREIRA
GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA: A IMPORTÂNCIA DO ATENDIMENTO PSICOSSOCIAL
BRASÍLIA 2018
ANA CLAUDIA DA COSTA PEREIRA
GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA: A IMPORTÂNCIA DO ATENDIMENTO PSICOSSOCIAL
Projeto apresentado ao Curso de Enfermagem da Instituição Faculdade Anhanguera.
Orientador: Prof(ª): Maria Clara da Silva Coersch
BANCA EXAMINADORA
Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)
Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)
Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)
BRASÍLIA 2018
AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar, a Deus, fonte de inspiração para seguir meu caminho,
amigo fiel e companheiro, por me ter concedido paciência e também oportunidade
de percorrer nessa jornada e pela sabedoria com que guia os meus passos.
Aos colegas de sala e amigos, pelo companheirismo, amizade e pelos
grandes desafios enfrentados juntos, pela coragem e imensa força de vontade de
vencer, que fez com que prosseguíssemos em busca dessa tão grande realização
de nossas vidas.
Ao meu orientador, pela dedicação, conhecimento, esforços,
comprometimento e exemplo de profissionalismo repassado durante a realização
deste Trabalho de Conclusão de Curso.
A todas as pessoas, que direta ou indiretamente, fizeram parte desse estudo.
Muito obrigada!
PEIRA, Ana Claudia da Costa, GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA: A IMPORTÂNCIA DO ATENDIMENTO PSICOSSOCIAL. 2018. 16 folhas. Trabalho de Conclusão de Curso Enfermagem – Faculdade
Anhanguera, Brasília, 2018.
Resumo: Identificar o papel do enfermeiro no apoio emocional e psicossocial da gravidez na adolescência a partir de uma prática humanizada. Métodos: Trata-se de um estudo de revisão integrativa da bibliografia, no período de 2009 a 2016, por meio de dados eletrônicos da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS – BIREME) e Scientific Electronic Library Online (Scielo). Resultados: Foram selecionados 10 artigos científicos, esses abordaram assuntos que foram separados e organizados por categoria, onde foi consolidado o conhecimento publicado através dos mesmos acerca do tema proposto, interligando-os sintaticamente a fim de obter um conjunto de proposições e conclusões a partir de referências teóricas escolhidas. Conclusão: Devido a abrangência do tema, foi possível compreender, sob o olhar de diversos autores, os inúmeros desafios do profissional de enfermagem no acolhimento psicossocial da adolescente grávida. O estudo permitiu identificar estratégias capazes de reduzir a vulnerabilidade na gravidez na puberdade como fisiológicas, psicológicas e social, através da abordagem psicossomática pela enfermagem, lidando com a complexidade e adversidade da gestação.
Descritores: Gravidez na Adolescência, Cuidado Pré-Natal, Acolhimento Humanizado pela Enfermagem, Intervenção Psicossomática.
PEIRA, Ana Claudia da Costa, GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA: A IMPORTÂNCIA DO ATENDIMENTO PSICOSSOCIAL. 2018. 16
folhas. Trabalho de Conclusão de Curso Enfermagem – Faculdade Anhanguera, Brasília, 2018.
Abstract: To identify the role of nurses in emotional and psychosocial support of teen pregnancy from a humanized practice. Methods: this consists of an integrative bibliography review, from 2009 to 2016, data based surveys from an electronic virtual health library (BVS- BIREME) and scientific electronic library online (Scielo). Results: We selected 10 scientific articles, these addressed issues that were separated and organized by category, which was consolidated knowledge published by the same on the proposed theme, linking them syntactically in order to obtain a set of propositions and conclusions from theoretical references chosen. Conclusion: Due to the scope of the topic, it was possible to understand, from the perspective of several authors, the numerous challenges of nursing professionals in the psychosocial care of the pregnant teenager. The study identified strategies to reduce vulnerability in pregnancy at puberty as physiological, psychological and social, through psychosomatic approach by nurses, dealing with the complexity and adversity of pregnancy.
Descriptors: Teenage Pregnancy, Prenatal Care, Home Humanized for Nursing Psychosomatic Intervention.
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 07
2. HUMANIZAÇÃO DO ENFERMEIRO NO APOIO PSICOSSOCIAL DA GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA ............................................................................................ 09
3. FATORES DE RISCOS E PROBLEMAS ASSOCIADOS A GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA .................................................................................................... 13
4. PERCEPÇÃO DAS JOVENS ADOLESCENTES SOBRE OS PROBLEMAS EMOCIONAIS NA GRAVIDEZ ............................................................................... 17
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................. 29
6. REFERÊNCIAS ................................................................................................... 23
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1 INTRODUÇÃO
A adolescência é uma das fases de desenvolvimento mais importante
pela qual passa todo ser humano. Uma etapa de mudanças nas relações sociais
estabelecidas, transformações físicas, mas também de questionamento de valores,
de costumes, sentimentos que contribuem para o exercício da vida adulta. Entre as
experiências significativas dessa fase temos o começo da vida sexual e reprodutiva,
e as expectativas levantadas em volta da vida produtiva (FARIAS & MORE, 2012).
A gravidez na adolescência é uma questão atual tanto no ambiente da
psicologia bem como da medicina e enfermagem, especialmente por suas implicações
biopsicossociais. A adolescência é um processo de mudanças física e psicológica. Ter
uma criança não é uma decisão fácil e sim bastante difícil de ser tomada, visto que
acarreta em diversas renuncias na vida dos pais, por essa razão o apoio da família da
gestante e da família do pai da criança é de grande relevância tanto pelo lado
emocional quanto financeiro (FRIZZO, KAHL & OLIVEIRA, 2005).Na atualidade
persistem algumas divergências sobre os limites de idade que define a adolescência.
Para a Organização Mundial de Saúde - OMS (1997) a adolescência é caracterizada
como uma etapa da vida correspondente à faixa etária entre 10 e 19 anos, fase em
que aparecem as características sexuais secundárias para a maturidade sexual.
Nesse contexto, percebe-se a importância do enfermeiro que atua na atenção
pré-natal, proporcionando a estas gestantes orientações básicas e específicas a
respeito do autocuidado necessário neste período (RICHARDSON, 2007). Sendo
assim, a atuação do enfermeiro é de grande relevância para amenizar possíveis
transtornos emocionais e psicossociais, pois através da assistência do enfermeiro se
obtém sucesso no atendimento humanizado que deve ser prestado a todos os
pacientes e principalmente as adolescentes que se encontram nesse estágio.
Dessa forma, o sucesso no atendimento ao paciente vulnerável está
relacionado com a avaliação das mudanças que se operam nas suas condições
fisiológicas, psicológicas e social. A presente pesquisa objetivou identificar o papel do
enfermeiro no apoio emocional e psicossocial da gravidez na adolescência a partir de
uma prática humanizada.
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O Objetivo dessa pesquisa é identificar o papel do enfermeiro no apoio
psicossocial da adolescente grávida, sendo os específicos Transcrever as atribuições
mais citadas na literatura referentes apoio psicossocial do enfermeiro à gravidez na
adolescência; Descrever fatores influenciadores da gravidez na adolescência e
principais reações familiares decorrentes dessa gestação descritos na literatura e
Percepções das Jovens Adolescentes sobre os Problemas Emocionais da Gravidez.
Realizou-se uma revisão integrativa da literatura, com o intuito da disciplina de
TCC é realizar um estudo bibliográfico você não terá contato com os profissionais. A
proposta é realizar uma busca na literatura existente para responder sua pergunta de
pesquisa. Por isso sua pesquisa não será qualitativa.
Portanto, seguiram-se as fases para a elaboração de revisão integrativa da
literatura, onde foi iniciada a primeira etapa do processo com a definição e seleção da
hipótese para a definição do tema. Nessa fase obteve-se a seguinte pergunta
norteadora: Qual papel do enfermeiro na abordagem psicossomática durante a
gravidez na adolescência? A obtenção dos artigos foi realizada por meio de bancos
de dados eletrônicos da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) – BIREME e Scientific
Electronic Library Online – Scielo. A consulta foi realizada por meio das palavras-
chaves: “gravidez na adolescência”, “cuidado pré-natal”, “acolhimento humanizado
pela enfermagem” e “intervenção psicossomática”, entre o período de 2009 a 2017 e
apenas artigos na língua portuguesa. A seleção dos descritores utilizados no processo
de revisão foi efetuada mediante consulta ao DECs. Para responder à pergunta
norteadora, foram adotados critérios de inclusão, artigos em idioma português,
publicados e indexados nos últimos oito anos.
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2. Humanização do Enfermeiro no Apoio Psicossocial da Gravidez na
adolescência
Atualmente é possível evidenciar uma preocupação muito grande por parte dos
profissionais da saúde sobre a matéria da humanização no atendimento ao paciente.
Os autores Frizzo, Oliveira e Godinho (2005) mostram que com o passar dos anos
houve a necessidade de fomentar um ambiente que proporcionasse melhores
condições de bem-estar do cliente, respeitando os aspectos físico e mental do mesmo
(MENDONÇA, 2010; DEPRÁ, 2011; PARIS,2012) . Godinho (2006), enfatiza que a
família é de grande valia para o paciente e a equipe, pois ajuda no planejamento da
assistência a ser prestada à gestante, fornecendo informações importantes acerca da
mesma.
Nas últimas duas décadas, a gravidez na adolescência virou um importante
tema de debate e alvo de políticas públicas em praticamente todo o mundo. O
Ministério da Saúde tem implementado ações que ampliam as oportunidades em
educação em saúde com foco no direito sexual e direito reprodutivo para
adolescentes, para conscientizar essa população sobre o tempo desejável para
engravidar.
Para, além disso, o Ministério da Saúde vem trabalhando fortemente com a
promoção, proteção e recuperação da saúde de adolescentes e jovens procurando
sensibilizar gestores para uma visão completa do ser humano e para uma abordagem
sistêmica das necessidades dessa população (M.S, 2017).
A gravidez nessa fase da vida oferece implicações desenvolvimentais tanto
para a adolescente quanto para aqueles envolvidos nessa situação. A gravidez na
adolescência se tornou um problema de saúde pública, especialmente pelo fato de
propiciar riscos ao desenvolvimento da criança gerada e da própria adolescente
gestante (CERQUEIRA-SANTOS, 2010).
A gestação na adolescência é uma grande inquietação para a Saúde Pública
do país pelo fato de estar também associada à disseminação de Doenças
Sexualmente Transmissíveis (DST). De maneira geral, a gestação na adolescência é
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classificada como de risco, pois representa uma situação de risco biológico (tanto para
as mães como para os recém-nascidos), e existem evidências de que este fenômeno
ainda repercute negativamente nos índices de evasão escolar (tanto anterior como
posterior à gestação), atingindo o nível de escolaridade da mãe, diminuindo suas
oportunidades futuras (TABORDA, 2014).
Sendo assim, a assistência de enfermagem no pré-natal tem como objetivo a
orientação sobre a importância da realização de exames, hábitos de vida saudáveis,
rastreamento de dificuldades, apoio psicológico, prevenção e diagnóstico de
intercorrências que possam intervir no processo gestatório. Portanto, a assistência
pré-natal precoce é fundamental para uma boa evolução gestacional e neonatal
(MONTEIRO, 2011).
A percepção do profissional de enfermagem facilita muito a condição evolutiva
da gestação e diminui os fatores complicantes, além de despertar a autonomia da mãe
e gestante adolescente dentro da problematização e responsabilização enquanto ator
direto , mas deve-se verificar em que condições a gestante está inserida, pois esta
reflexão pode ser negativa se as condições psicológicas não apresentarem suporte
emocional para tal proposta.
Aos enfermeiros que trabalham com adolescentes, ter a concepção de que tais
pessoas se desenvolvem numa relação de mediação com o meio social, elaboram
suas crenças sobre saúde e doença, e nos serviços de saúde estabelecem relações
de vínculo e acolhimento gerado entre usuários e
trabalhadores, e estes devem ter responsabilização com os usuários no
atendimento de suas necessidades.
Faz-se necessário registrar as ações estratégicas e as atividades, para que
sejam percebidas lacunas, dificuldades e avanços, subsidiando o planejamento do
processo de cuidar do enfermeiro a fim de alcançar melhoria do cuidado à adolescente
grávida iniciado na atenção primária (MENEZES, 2014).
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Dessa forma, o profissional enfermeiro desempenha importantes funções na
assistência a pacientes gestantes. Entre essas funções pode-se destacar
intervenções que “ajudam no amadurecimento”; promoção ações interdisciplinares;
implemento de estratégias de prevenção voltadas para essa faixa etária; estimular os
projetos e programas que visam à abordagem do tema e enfocar a promoção da saúde
(MOREIRA, 2016).
Os enfermeiros além de propiciar um local adequado para a assistência, devem
trabalhar com as necessidades individuais dos clientes e seus familiares, tentando
desta maneira, diminuir a ansiedade e o desconforto destes (PARIZ, 2012) . Os artigos
5 e 6 relatam que o acolhimento é essencial para a política de humanização acontecer.
Pois na consulta pré-natal o enfermeiro deve acolher a gestante desde sua chegada
e responsabilizar-se por ela, ouvindo suas angústias, queixas e dando-lhe apoio para
expressar suas preocupações, garantindo a atenção contínua (14,15) .
Os artigos 7 e 8 abordam a necessidade para a humanização se constituir,
sobretudo, na presença fraterna e solidária do enfermeiro, espelhada na compreensão
e no olhar sensível, aquela visão de cuidado que desperta no ser humano fragilizado
o sentimento de confiança e solidariedade. Nesse contexto pode-se, afirmar que
humanizar é ofertar atendimento de qualidade, com atitudes de acolhimento(ALVES
et al,2014 ; PARIZ, 2012) . A humanização conforme os estudos depende da
capacidade de comunicação, pois as coisas do mundo só se tornam perceptível ao
ser humano quando passam pelo diálogo, ou seja, viabilizar as relações e interações
humanas, não apenas como uma mera técnica de comunicação verbal que possui um
objetivo pré-estabelecido, mas sim como forma de entender o outro, compreendê-lo e
atingir o estabelecimento de metas conjuntas que possam proporcionar o conforto
recíproco (DEPRÁ, 2011; MELO, 2015) .
Para os autores dos artigos 6 e 8, a humanização é um processo muito amplo,
demorado e complexo, ao qual se oferecem resistências e paradigmas, pois envolve
novos comportamentos que sempre despertam certa insegurança. Os padrões
atualmente estabelecidos parecem mais seguros, além disso, o modelo de
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humanização não está previsto diretamente em nenhuma lei e o acervo deste assunto
na literatura ainda é precário.
A humanização do enfermeiro ainda não tem nenhuma característica
generalizável, pois cada equipe, cada profissional, cada instituição terá seu processo
próprio ou até mesmo único método de humanização (PARIS, 2012; MELO, 2015).
No artigo 5, defende-se que profissionais que trabalham com o ser humano devem
tratar o outro como tal, isto é, com igualdade, dignidade, respeito e aproximação.
Devem desenvolver as atividades necessárias para a humanização, de modo a
possibilitar o melhor acolhimento do paciente. Para o processo de humanização
acontecer, médicos, enfermeiros, pacientes e até mesmo a família devem estar
envolvidos de forma harmônica (PARIS, 2012) .
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3. Fatores de riscos e problemas associados a gravidez na adolescência.
A ocorrência da gravidez faz com que a adolescente sofra um corte em seu
desenvolvimento, viva um momento de muitas perdas, tais como a perda de
identidade, expectativa do futuro, confiabilidade e proteção familiar. Por estes motivos,
a gestação precoce é apontada como um elemento capaz de desestabilizar a vida da
adolescente, além de ser um elemento determinante na reprodução do ciclo de
pobreza das populações, ao ocasionar obstáculos na continuidade dos estudos e no
acesso ao mercado de trabalho.
Além disso, a gravidez na adolescência ainda representa uma das principais
causas de morte de mulheres entre 15 e 19 anos de idade e é capaz de gerar
consequências para os bebês, deixando estes mais vulneráveis a apresentar
condições de risco como o baixo peso ao nascer e a morte por problemas infecciosos
e/ou desnutrição no primeiro ano de vida (SILVA, 2013).
A gravidez na adolescência alcança muitos e diferentes âmbitos do
desenvolvimento psicossocial da jovem ao modificar formas de relacionamento com
seus familiares, com o pai da criança, em seus vários contextos ambientais, e consigo
mesma - mudanças não necessariamente negativas (OLIVEIRA-MONTEIRO, 2011).
Observa-se a importância do acesso das adolescentes as consultas de
planejamento familiar e ginecológica para obter informações necessárias afim de
evitar a gravidez indesejada associada ao medo, a depressão, a ansiedade que pode
provocar serias consequências durante e após a gestação. Assim como, é importante
também para se planejar uma gravidez e obter informações sobre o pré-natal
(CORDEIRO, 2011).
Do ponto de vista biológico, dentre as consequências da gravidez para a
adolescente, citam-se maiores incidências de síndrome hipertensiva da gravidez
(SHG), anemia, diabetes gestacional, complicações no parto, determinando aumento
da mortalidade materna e infantil. É importante notar que alguns estudos têm
demonstrado aumento na incidência de intercorrências pré-natais, intraparto e pós-
parto entre gestantes adolescentes.
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No tocante aos problemas com o recém-nascido, a gravidez na adolescência
está associada a taxas mais elevadas de baixo peso ao nascer, parto pré-termo,
doenças respiratórias e tocotraumatismo, além de maior frequência de complicações
neonatais e mortalidade infantil (AZEVEDO,2014).
Muitas vezes a gravidez é desejada, porém não é planejada, refletindo o pouco
conhecimento dos adolescentes sobre sexualidade e saúde reprodutiva, a ausência
de orientação da família, da escola ou do serviço de saúde.
No que diz respeito à gravidez na adolescência, atualmente é considerada um
risco social, isso devido, principalmente, a sua magnitude e amplitude, como também
os problemas que dela derivam. Dentre este se destacam: o abandono escolar, o risco
durante a gravidez, este derivado muitas vezes pela não realização do pré-natal de
qualidade, pelo fato de a adolescente esconder a gravidez ou os serviços de saúde
não estarem qualificados para tal assistência. (CARDOSO, 2011).
A gravidez na adolescência, traz consigo consequências sociais, como a
interrupção da gravidez devido ao fato de estarem sozinhas, sem o apoio do parceiro
ou família e à ambiguidade emocional a que estão expostas.
Consequências físicas, apresentando intercorrências como anemia,
desnutrição, sobrepeso, hipertensão, (pré) eclampsia, desproporção céfalopélvica,
hipertensão e depressão pós-parto (DIAS, 2010).
Consequências psicoemocionais, como a imaturidade psíquica das
adolescentes que pode contribuir para que se revelem pouco contingentes às
necessidades desenvolvimentais do bebê. Esta imaturidade pode deixar a criança
mais propensa a contrair doenças infectocontagiosas, ou, até mesmo, a sofrer
acidentes.
Muitas intercorrências devem-se ao fato de não realizarem. um pré-natal
adequado, ou seja, precocemente e de forma regular, durante todo o período
gestacional. É observado, também, que a responsabilidade precoce imposta pela
gravidez, resulta em uma adolescente despreparada para assumir as
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responsabilidades psicológicas, sociais e econômicas que a maternidade envolve
(SILVA,2013).
Estudos constataram que a gravidez na adolescência deixa de ser somente um
acontecimento e passa a tornar-se um risco, visto que essa gestação pode estar
relacionada a comportamentos de ameaça como por exemplo, a utilização de álcool
e drogas ou até mesmo a precária realização do acompanhamento pré- natal durante
a gravidez (DEPRÁ, 2011).
A adolescente é caracterizada como uma grávida de elevado risco, devido ao
alto índice de morbidade materna fetal, esse risco a qual ela está exposta, decorre
principalmente, de uma incidência maior de toxemia, infecção urinára, baixo ganho de
peso materno, desmame precoce, desproporção cefalopélvica, anemia, desnutrição,
além da baixa cobertura pré-natal (ARAÚJO, 2001; MENDONÇA, 2010) . Por outro
lado, no que tange a saúde do bebê, a gestação na adolescência associa-se a
situação de prematuridade, baixo peso ao nascer, morte perinatal, deficiência mental,
transtornos do desenvolvimento, além de morte na infância. (PARIZ, 2012).
No tocante a mortalidade materna, é importante ressaltar que esse problema
está intimamente relacionado com a carência nutricional da gestante e que grávidas
adolescentes estão mais propensas a contrair essa deficiência nutricional (ALVES,
2014) .
Os artigos Frizzo (2005) e Araújo (2001) problematizam uma questão muito
delicada, que diz respeito a liberação sexual dos jovens, uma vez que, para esses
autores, a nova geração de adolescentes se perdeu em princípios e costumes,
levando em consideração apenas o prazer momentâneo derivado da prática de uma
sexualidade sem responsabilidades (MENDONÇA, 2010) .
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Tal afirmação pode ser feita pelo fato de que, apesar das inúmeras campanhas
ou prevenção do Governo Federal, muitos jovens não utilizam nenhum contraceptivo
na primeira relação sexual (DEPRÁ, 2011) .
O artigo 3 traz dados que corrobora com essa informação, já que, um estudo
feito com gestantes adolescentes no município de Campinas, constatou que 67% dos
jovens, apesar de possuir um bom nível de conhecimento sobre os métodos
contraceptivos, não utilizaram método algum na primeira relação (MENDONÇA, 2010)
As principais razões para o não uso dos métodos contraceptivos foram: não
pensarem nisso na hora (32,4%); desejavam a gravidez (25,4%); não esperavam ter
relação sexual naquele momento (12,7%); não conheciam nenhum método
contraceptivo (11,3%); os parceiros não queriam usar (8,5%); não se importavam em
ficar grávidas (5,6%); achavam caro ou inconveniente usar algum método
contraceptivo (5,6%) (MACHADO, 2012).
No entanto é importante esclarecer que dados como esses mostram que,
mesmo quando existe conhecimento e acesso a algum método contraceptivo, pode
existir insegurança quanto ao uso, pois utiliza-lo acarreta assumir e expor sua
sexualidade, o que pode ser algo difícil para a adolescente (MENDONÇA, 2010) .
Pesquisas evidenciam que a gravidez é considerada uma situação de risco
biológico tanto para as adolescentes como para os recém-nascidos. Alguns autores
observam que características fisiológicas e psicológicas da adolescência fariam com
que uma gestação nesse período se caracterizasse como gestação de risco
(MACHADO, 2012).
Os autores Dias (2010) e Godinho (2011) enfatizam a importância da
intervenção do Estado, através de políticas sociais que tratam acerca da prevenção
da gravidez na adolescência. São políticas com o incentivo ao uso de contraceptivos,
programas informativos e facilidades para o acesso aos métodos anticonceptivos, que
contribuem para o equilíbrio da reprodução e faz com que ela não seja banalizada.
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4. Percepções das Jovens Adolescentes sobre os Problemas Emocionais da Gravidez.
Para os autores dos artigos 6, 8 e 10, na gestação da adolescente ocorrem
efeitos psicológicos associados ao conflito emocional e educacional frente à situação
da maternidade. Percebe-se também, a ausência de apoio, o despreparo ou
abandono por parte do parceiro, causando grande impacto emocional (FERREIRA,
2010) .
Os artigos 2 e 4 apontam evidencias que as adolescentes engravidam cada vez
em maior proporção e em idade mais precoce. Dada à imaturidade e a labilidade
emocional destas meninas grávidas, podem surgir significativas alterações
psicológicas, o que causa extrema dificuldade de adaptação à nova condição (de mãe)
e o agravamento de dificuldades emocionais, como ansiedade, depressão e
hostilidade (DIAS, 2010).
Os índices de suicídio entre adolescentes grávidas também são mais elevados
do que as não adolescentes, principalmente entre as solteiras, isso porque, elas estão
mais propensas a problemas emocionais e acabam buscando o suicídio como uma
solução desesperada para a gravidez indesejada. (MENDONÇA, 2010).
Existem níveis de estresse em cada período gestacional. No primeiro trimestre
da gravidez o nível de estresse é maior e mais preocupante, já que tem o choque
inicial, a preocupação com o futuro e o medo de julgamentos pela família e amigos.
Essa fase da gestação é a mais perigosa porque há mais instabilidade emocional e
maiores riscos da pratica do aborto (GODINHO, 2011).
No segundo trimestre é possível verificar um período de estabilidade emocional
por parte da gestante que abarca um sentimento de conformismo e inclusive de
empolgação com o futuro filho (PARIZ, 2012). No entanto, no terceiro trimestre volta
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com intensidade os medos, as ansiedades e o estresse emocional, gerado agora pela
aproximação do parto, intensificando a crise surgida com o desenvolvimento da
gravidez (FERREIRA, 2010) .
Esta crise é caracterizada como um estado de desequilíbrio que resultou da
interação de um evento (neste caso, a gravidez) com os mecanismos de manejo do
indivíduo ou / e da família para atendermos demandas da situação (DIAS, 2010).
Sendo assim, os enfermeiros devem avaliar o grau de aceitação da adolescente à
gravidez, comparando a quantidade de vezes que ela está feliz versus deprimida, e o
que ela aceita ou rejeita de mudanças em seu corpo, demonstrando seu grau de
comprometimento pelo estresse (PARIZ, 2012).
Consoante o artigo 5, desde as primeiras fases da gestação, a adolescente
gestante precisa de oportunidade para retomar e repensar seu papel social, de
mulher, de mãe, de cidadã, desenvolvendo assim uma autoestima favorável para que
dessa fase em diante possa obter maior equilíbrio, apoio e uma melhor perspectiva
de futuro para sua vida e a de seu bebê (14) .
Fica evidente a importância da relação que o enfermeiro estabelece com a
gestante, formando uma verdadeira (parceria de confiança). Isto posto, ajuda a
aumentar sua autoestima e a confiança no fase de pré-natal, orientando a gestante se
tornar independente no cuidado com o bebê.
O enfermeiro deve sempre providenciar um clima de aprendizagem,
envolvendo a mãe ativamente no cuidado do recém-nascido, ensinando como resolver
as dificuldades que possam aparecer e como tomar a decisão correta (MACHADO,
2012). Neste sentido, Richardson (2007), concluiu que é imprescindível o papel do
enfermeiro para uma assistência mais humanizada e de qualidade, devendo a sua
atuação ser mais efetiva e presente durante as consultas, com o objetivo de promover
a integralidade das ações de saúde que resultarão em uma medida preventiva
satisfatória e eficaz.
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Desse forma o enfermeiro desempenha um papel importante no controle das
intercorrências, pois certas intervenções no período gravídico poderão alterar e
favorecer todo o prognóstico materno fetal (MELO, 2015).
Muitas mães jovens estão dando à luz no período de desenvolvimento de
capacidades emocionais e cognitivas para “adentrar” no universo adulto. A
adolescente gestante sofrerá vários malefícios que deixarão marcas em sua evolução
psíquica e social.
A confirmação da gravidez desencadeia diversos sentimentos, que podem
variar de alegria e medo, para algumas um projeto de vida, e para outras uma grande
frustação futura (SILVA, 2009).
Do ponto de vista das expectativas sociais e responsabilidades a serem
assumidas pela mãe adolescente, o nascimento do filho poderia ser considerado um
desencadeador da transição da adolescência para vida adulta. No entanto tais
mudanças não ocorrem em todos os casos, pois vai depender de um conjunto de
situações concretas de vida de cada uma delas.
Alguns fatores estariam relacionados com essas mudanças e que também
apontam para os impactos da gestação, tais como o estabelecimento de união
conjugal; a evasão escolar que é duas vezes maior entre mães adolescentes em
comparação com pais; diminuição do convívio com amigos e restrição da vida social
nos primeiros meses de vida da criança (DIAS, 2010).
No tocante a adolescência estas expectativas, perspectivas e angústias são
vivenciadas de forma singular; já que este período também traz mudanças biológicas,
psicológicas, familiares, trazendo alterações no ciclo gravídico. A expectativa de ser
mãe, de vivenciar por nove meses urna nova vida dentro de si, o convívio diário com
este ser que ainda não se conhece, mas que desde o momento da concepção já faz
parte da sua vida e de todos que a cercam, são motivos de alegria, satisfação e prazer
para a futura mãe.
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Porém, neste período, podem coexistir sentimentos como ansiedade, medo,
incertezas e inseguranças, que permeiam não só o desenvolvimento da gravidez, mas
o momento do nascimento e o período pós-parto (MOTA, 2011).
De acordo com as adolescentes, a descoberta da gravidez foi considerada um
momento de surpresa junto com certa apreensão quanto a contar para os familiares.
A gravidez na adolescência, indiscutivelmente, coexiste com potenciais riscos
sociais e à saúde da adolescente, sendo de grande importância uma rede de
assistência que insira os jovens nas suas ações
de promoção de saúde, especialmente na discussão e divulgação de
informações sobre planejamento familiar (SANTOS, 2016).
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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Durante esse estudo foi possível identificar como o enfermeiro deve abordar as
adolescentes grávidas em relação aos aspectos emocionas e psicossociais da
gravidez na adolescência. É preciso permitir que as gestantes adolescentes sintam-
se mais acolhidas nas suas consultas, para que dessa forma possa ocorrer a relação
de confiança entre o enfermeiro e a adolescente, que diariamente necessitam de
atendimento.
Gestação, parto e amamentação são períodos de transição extremamente
importantes para transformação da adolescente para mulher. É certo que a gestante
adolescente tem uma carga de estresse emocional imensamente maior do que as
demais grávidas. No entanto, é papel do enfermeiro acolher e tranquilizar a gestante,
proporcionando um pré-natal humanizado e por conseguinte diminuindo os riscos
emocionais decorrentes da gravidez. A ajuda psicoterápica a nível individual, de casal
ou de família é uma indicação necessária em muitos casos em que a maternidade e
a paternidade trazem à tona conflitos e dificuldades importantes que, não raro, se
manifestam por meio de problemas psicossomáticos.
A organização de centros de atendimento psicoterápico destinados à
população de baixa renda continua sendo de suma importância, o leque de
possibilidades de atendimento é bastante amplo, embora as condições de viabilizar
projetos nesse sentido sejam ainda bastante precárias.
Portanto, de acordo com a problemática levantada, pode-se concluir que o
papel do enfermeiro na abordagem psicossomática durante a gravidez na
adolescência é atuar no pré- natal considerando não somente os sintomas
físicos mais os aspectos emocionais e psicossociais. O enfermeiro que atua nesse
cenário deve estimular as adolescentes grávidas a apresentar suas dúvidas e motivos
de ansiedade, para que com isso possa contribuir para uma assistência humanizada
e ajudá-las nessa fase de mudanças.
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O enfermeiro deve procurar trabalhar em conjunto com a equipe multidisciplinar
e oferecer todo suporte emocional e social para resolução de ansiedades, medos e
conflitos.
O direito constitucional a saúde é dever do Estado, e dessa forma, o Estado
deverá proporcionar estratégias de saúde e acompanhamento as adolescentes,
promovendo a humanização no atendimento e a melhoria da qualidade de vida das
gestantes e consequentemente dos seus recém-nascidos.
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6. REFERÊNCIAS
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