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ANAIS DO II SIMPÓSIO BRASILEIRO DE
MOTRICIDADE HUMANA Petrolina - PE | Juazeiro - BA | 27 e 28 de abril de 2018
Edição Técnica Fernando de Aguiar Lemos & Natalia Batista Albuquerque Goulart Lemos
Revisão Técnica Fernando de Aguiar Lemos
Copyright © 2018 - II Simpósio Brasileiro de Motricidade Humana
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida, arquivada ou transmitida,
em qualquer forma ou por qualquer meio, sem permissão escrita da organização do evento.
Todos os resumos neste livro foram reproduzidos de cópias fornecidas pelos autores e o conteúdo dos textos são
de exclusiva responsabilidade dos mesmos. A organização do II Simpósio Brasileiro de Motricidade Humana
não se responsabiliza por consequências decorrentes do uso de quaisquer dados, afirmações e/ou opiniões
inexatas ou que conduzam a erros publicados neste livro de trabalhos.
FICHA CATALOGRÁFICA
3
Período de realização
27 e 28 de Abril de 2018
Local do evento
Complexo Multieventos, Univasf, Campus Juazeiro-BA
Presidente do evento
Fernando de Aguiar Lemos
Vice-Presidente
Natalia Batista Albuquerque Goulart Lemos
Site oficial
www.sbmh2018.com.br
INFORMAÇÕES GERAIS
4
A Motricidade Humana tem sido foco de estudo há séculos. Diariamente nos confrontamos
com uma série de informações geradas por diversos laboratórios de pesquisas distribuídos no planeta.
Cada vez mais, torna-se necessário organizar este grande número de informações e direcionar o
crescimento científico no nosso país.
Neste sentido, o II Simpósio Brasileiro de motricidade Humana (II SBMH) teve a missão de organizar
o tema “Implicações Tecnológicas na Motricidade: Saúde, Esporte e Escola”. Ao longo da organização do
evento conseguimos reunir profissionais renomados no tema do evento que certamente contribuirão
muito para o crescimento científico da região do Vale do São Francisco.
Organizamos este evento com a finalidade de direcionar a informação de forma Multidisciplinar
fazendo profissionais das ciências Exatas, da Saúde e da Educação dialogarem e produzirem novas ideias.
Acreditamos que grande parte de nossa missão foi alcançada, tendo em vista os 72 trabalhos submetidos
ao evento e os 248 inscritos.
Dentre os 5 principais temas dos trabalhos recebidos temos: 1) Educação Física Escolar; 2)
Psicologia; 3) Envelhecimento; 4) Biomecânica; e 5) Fisiologia. Ressalta-se que a maioria dos trabalhos
apresentaram as possibilidades de tecnologias nas suas respectivas áreas, sendo esta a nossa primeira lição
acadêmica gerada por este evento. Ainda, no decorrer do evento, aprendemos o poder da comunicação
Multidisciplinar o que gera possibilidades de valiosas informações. Contudo, nosso aprendizado não
terminou ao final do evento. Acreditamos que ainda veremos todo o crescimento científico aplicado na
região e no Brasil. Desta forma, a comissão organizadora do II SBMH agradece a presença e espera ter
contribuído para evolução científica na área por meio de um evento que preparamos com muito carinho e
dedicação.
Fernando de Aguiar Lemos
Presidente do evento
APRESENTAÇÃO
5
Comissão Organizadora
Amanda Soares Aragão
Ana Luiza Cézar Cabral
André Brito Carvalho
Cleuber de Souza Gonçalves
Elaiany Souza Andrade
Emanuelle Malvin Ramos Almeida
Etevaldo Dantas Coelho Junior
Fernando de Aguiar Lemos
George Santiago Alves
Graciano Joan Xavier de Lima
Isamara Aline Pereira Rocha
Jéssica Thayani Santos Brandão
Juliana Moreira Paes Landim
Karoliny Teixeira Santos
Lorenna Walesca de Lima Silva
Luciana Márcia Gomes de Araújo
Marcela Ferreira Lapenda Figueiroa
Natália Batista Albuquerque Goulart Lemos
Natanael Pereira Barros
Phillipe Ramon Nogueira Cordeiro
Raíssa Isabella Pereira de Souza Madureira
Rammys Mendes da Silva
Sarah Elisheba Mendes do Carmo Santos
Terezinha Abel Alves
ORGANIZAÇÃO
6
Palestrantes Lattes Instituição Formação
Ana Cristina Chagas Pompeo UNIVASF/HU Medicina
Cleuber de Souza Gonçalves http://lattes.cnpq.br/1308080061943092 UNIVASF Educação Física
Diego Luz Moura http://lattes.cnpq.br/0726163469750495 UNIVASF Educação Física
Fernando de Aguiar Lemos http://lattes.cnpq.br/2583254908990488 UNIVASF Educação Física
Francisco Rosa Neto http://lattes.cnpq.br/2070247575633445 UDESC Educação Física
George Santiago Alves http://lattes.cnpq.br/2858024005914684 UNIVASF Engenharia da
Computação
Graciano Joan Xavier de Lima http://lattes.cnpq.br/0939158397740603 UNIVASF Enfermagem
Jayme Félix Xavier Junior http://lattes.cnpq.br/3887411739483644 IFCE Educação Física
José Fernando Vila Nova de
Moraes
http://lattes.cnpq.br/8490528692298086 UNIVASF Educação Física
José Roberto do Nascimento
Junior
http://lattes.cnpq.br/6140282410207906 UNIVASF Educação Física
Juliana Moreira Paes Landim http://lattes.cnpq.br/0213592065691849 UNIVASF Fisioterapia
Leonardo Gasques Trevisan
Costa
http://lattes.cnpq.br/3978660359655110 UNIVASF Educação Física
Lorenna Walesca de Lima Silva http://lattes.cnpq.br/2280383188191189 UNIVASF Educação Física
Luciano Basso http://lattes.cnpq.br/7953995903257137 USP Educação Física
Luiz Alcides Ramires Maduro http://lattes.cnpq.br/4583359005197373 UNIVASF Educação Física
Maria Theodora Gazzi Mendes http://lattes.cnpq.br/9553810872594336 UNIVASF Psicologia
Natália Batista Albuquerque
Goulart Lemos
http://lattes.cnpq.br/8565953706286774 UNIVASF Educação Física
Patrícia Silveira Fontana http://lattes.cnpq.br/6689002004874758 UFRGS Educação Física
Patrick Ramon Stafin Coquerel http://lattes.cnpq.br/8315050240198536 UFRN Educação Física
Paula Andreatta Madura http://lattes.cnpq.br/6093697831892083 UNIVASF Educação Física
Rafael dos Santos Henrique http://lattes.cnpq.br/1308420348718829 UPE Educação Física
Ricardo Argenton Ramos http://lattes.cnpq.br/6190953685221120 UNIVASF Engenharia da
Computação
Rodrigo Pereira Ramos http://lattes.cnpq.br/2474186518430395 UNIVASF Engenharia Elétrica
CONVIDADOS
7
Álvaro Rego Millen Neto
André Luiz Demantova Gurjão
Bruno Remígio Cavalcante
Diego Luz Moura
Ferdinando Oliveira Carvalho
José Fernando Vila Nova de Moraes
José Roberto Andrade do Nascimento Junior
Leonardo Gasques Trevisan Costa
Lucia Maria Andreis
Luciano Basso
Marcelo de Maio Nascimento
Mariana Ferreira de Souza
Natália Batista Albuquerque Goulart Lemos
Patrícia Silveira Fontana
Patrick Ramon Stafin Coquerel
Paula Andreatta Maduro
Rafael dos Santos Henrique
Ricardo Pimenta
Rodrigo Gustavo da Silva Carvalho
Sérgio Rodrigues Moreira
AVALIADORES AD HOC
Petrolina - PE
Petrolina é um município localizado no estado de Pernambuco, a 750 km de Recife e a 500 km de
Salvador. É banhado pelo Rio São Francisco e faz divisa com o Município de Juazeiro, pertencente ao
Estado da Bahia que, juntos, formam o maior aglomerado urbano do Semiárido Brasileiro. De acordo
com o IBGE, o número de habitantes das duas cidades, em 2015, é de, aproximadamente, 550.000
habitantes.
Em conjunto com os municípios pernambucanos de Lagoa Grande, Santa Maria da Boa Vista,
Orocó, e Cabrobó, e os municípios baianos de Juazeiro, Remanso, Campo Alegre de Lourdes, Casa Nova
e Sobradinho, forma a Região Integrada de Desenvolvimento Econômico (RIDE) do São Francisco.
A cidade possui a 6ª maior economia do Estado, representando 3,37% da riqueza pernambucana.
Petrolina é o maior polo agroindustrial de Pernambuco. Alcançou seu desenvolvimento através da
agricultura irrigada, tornando-se um importante centro de produção de frutas tropicais, principalmente
pelo cultivo de uvas e mangas.
Juazeiro - BA
Juazeiro é um município brasileiro do estado da Bahia. Em conjunto com o vizinho município de
Petrolina, em Pernambuco, forma o maior aglomerado urbano do Semiárido. Localizada na região do
Submédio da bacia do Rio São Francisco, a cidade se destaca pela agricultura irrigada que se firmou na
região graças às águas do rio São Francisco.
É conhecida como a Terra das Carrancas, figuras antropomorfas usadas pelas embarcações que
subiam e desciam o São Francisco. O nome da cidade se origina dos pés de juá ou juazeiro, uma árvore
típica da região. Está inserida na Região Administrativa Integrada de Desenvolvimento do Polo Petrolina
e Juazeiro.
LOCAL DO EVENTO
O II Simpósio Brasileiro de Motricidade Humana foi realizado no Complexo Multieventos da
Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF), em Juazeiro, BA. O complexo possui 1 (um)
auditório principal com capacidade para 600 pessoas, além de 3 (três) auditórios com capacidade para
150 pessoas e 5 (cinco) miniauditórios com capacidade para 100 pessoas e um amplo Hall de entrada
para montagem de estandes, com área coberta para a montagem dos painéis.
COMPLEXO MULTIEVENTOS
Total de inscritos: 257
7
17
22
25
43
143
0 20 40 60 80 100 120 140 160
Membro da Comissão Científica
Palestrante
Membro da Organização
Monitor
Profissional
Estudante
0 10 20 30 40 50 60 70
Pará
Piauí
Pernambuco
Paraíba
Tocantins
Sergipe
Alagoas
Bahia
Origem dos inscritos
NÚMEROS DO EVENTO
Total de visitas: 3.036 (2.947 do Brasil)
MAPA DE ACESSOS
08:00 – 09:00 Inscrições e Credenciamento.
09:00 – 12:00 Mini Cursos.
Sala A - Curso 1:
Progressão Pedagógica de Exercícios de Ginástica
Dr.ª Patrícia Silveira Fontana (UFRGS/RS)
Ma. Natalia Batista Albuquerque Goulart Lemos (UNIVASF/PE)
Sala B - Curso 2:
Psicomotricidade
Dr. Patrick Ramon Stafin Coquerel (UFRN/RN)
Sala C e Quadra Esportiva - Curso 3:
Intervenção Motora para Crianças da Educação Infantil
Dr. Diego Luz moura (UFSC/SC) e Msd. Jayme Félix Xavier Junior (IFCE)
12:00 – 14:00 Almoço
14:00 às 15:00 – Sessão de Temas Livres
Sala A Temas: Educação Física Escolar; Psicologia
- Coordenadores:
Dr. Leonardo Gasques Trevisan Costa (UNIVASF/PE)
Dr.ª Patrícia Fontana (UFRGS/RS)
Sala B Temas: Educação Física Escolar; Psicologia
- Coordenadores:
Dr. José Roberto Andrade Nascimento Junior (UNIVASF/PE)
Dr. Luciano Basso (USP)
Sala C Temas: Envelhecimento; Educação Física Escolar; Psicologia
PROGRAMAÇÃO 27/04
- Coordenadores:
Dr. Diego Luz Moura (UNIVASF/PE)
Dr. Patrick Ramon Stafin Coquerel (UNIVASF/PE)
Sala D Tema: Envelhecimento
- Coordenadores
Dr. Marcelo de Maio Nascimento (UNIVASF/PE)
Drd. Bruno Remígio Cavalcante (UPE/PE)
Sala E Tema: Envelhecimento
- Coordenadores
Drd. Ricardo de Almeida pimenta (UDESC/SC)
Dr. André Luiz Demantova Gurjão (UNIVASF/PE)
Sala F Temas: Envelhecimento; Biomecânica
- Coordenadores
Ma. Natalia Batista Albuquerque Goulart (UNIVASF/PE)
Ma. Paula Andreatta Maduro (EBSERH/UNIVASF)
Sala G Temas: Biomecânica; Fisiologia
- Coordenadores
Dr. José Fernando Vila Nova de Moraes
Drd. Raphael dos Santos Henrique (UPE/PE)
Sala H Temas: Biomecânica; Fisiologia
- Coordenadores
Dr. Mariana Ferreira de Souza (UNIVASF/PE)
Dr. Ferdinando Oliveira Carvalho (UNIVASF/PE)
15:10 – 16:10 Apresentação de Pôsteres + Coffe - Break
- Coordenadores:
Mda. Maria Theodora Gazzi Mendes (UNIVASF/PE)
Grad. Terezinha Abel Alves (UNIVASF/PE) 16:20 – 19:20 Mini Cursos
Sala A – Mini Curso 4:
Abordagem Coordenativa em Treinamento de Circuitos
Msd. Cleuber de Souza Gonçalves (UNIVASF/PE)
Msd. Graciano Joan Xavier de Lima (UNIVASF/PE)
Grad. Lorenna Walesca de Lima Souza (UNIVASF/PE)
Sala B – Mini Curso 5:
Proficiência Motora em Crianças Brasileiras
Drd. Rafael dos Santos Henrique (UPE/PE)
Sala C – Mini Curso 6:
Desenvolvimento Motor
Dr. Luciano Basso (USP/SP)
Sala D – Mini Curso 7:
Judô Aplicado a Motricidade
Dr. Luiz Alcides Maduro (UNIVASF/PE)
19:20 – 19:40 Coffee-Breake
19:40 – 20:00 Demonstração de Coreografias de Ginástica
20:00 – 20:30 Cerimônia Oficial de Abertura
Dr. Fernando de Aguiar lemos (UNIVASF/PE)
20:40 – 21:30 Conferência de Abertura “Dificuldades de Aprendizagem”
- Conferencista: Dr. Francisco Rosa neto (UDESC/SC)
08:30 – 10:30 Mesa redonda Magna “Distúrbios da Motricidade do Diagnóstico a Intervenção”
- Coordenador: Dr. Fernando de Aguiar lemos
Dra. Ana Cristina Chagas Pompeo
Msd. Maria Theodora Gazzi Mendes
Dr. Francisco Rosa Neto
10:45 – 12:00 Mesas Redondas
Sala A – Mesa Redonda 1:
Ginástica Rítmica: Da Iniciação Esportiva ao Alto Rendimento
Ma. Natalia Batista Albuquerque Goulart Lemos (UNIVASF/PE)
Dra. Patrícia Silveira Fontana (UFRGS/PE)
Sala B – Mesa Redonda 2:
Crescimento e Desenvolvimento Humano
Dr. Luciano Basso (USP/SP)
Dr. José Fernando Vila Nova de Moraes (UNIVASF/PE)
Sala C – Mesa Redonda 3:
Saúde na Infância e Adolescência
Drd. Ricardo de Almeida pimenta (UDESC/SC)
Dr. Rafael dos Santos Henrique (UPE/PE)
12:00 – 14:00 Almoço
14:00 – 15:30 Conferência Tecnológica
Auditório Principal:
EEG e Neurofeedback: |Entendendo e Melhorando os Movimentos
Dr. Rodrigo Pereira Ramos
Engenharia de Software para Desenvolvimento de Aplicativos Móveis Direcionados a
Motricidade
Dr. Ricardo Argenton Ramos
Realidade Virtual em Pacientes Acamados
PROGRAMAÇÃO 28/04
Msd. George Santiago Alves
15:30 – 15:50 Coffee - Break
15:50 – 18:50 Mini Cursos
Sala A – Mini Curso 8:
Métodos de Avaliação em Psicometria
Dr. José Roberto do Nascimento Junior (UNIVASF/PE)
Sala B – Mini Curso 9:
Pilates Aplicado à Motricidade do Idoso
Msd. Juliana Moreira Paes Landim (UNIVASF/PE)
Sala C – Mini Curso 10:
Avaliação do Desenvolvimento Motor
Dr. Francisco Rosa Neto (UDESC/SC)
18:40 - 19:00 Demonstração de Lutas – KATA
19:10 – 20:15 Mesas Redondas
Sala A – Mesa Redonda 4:
Motricidade e o Ensino de Lutas
Dr. Luiz Alcides Maduro (UNIVASF/PE)
Dr. João Ferreira de Lima Filho (UNIESB)
Sala B – Mesa Redonda 5:
Psicomotricidade Aplicada a Crianças com Distúrbios em Aprendizagem Motora
Dr. Patrick Ramon Stafin Coquerel (UFRN/RN)
Dr. Leonardo Gasques Trevisan Costa (UNIVASF/PE)
Sala C – Mesa Redonda 6:
Intervenção Motora na Escola
Dr. Diego Luz Moura (UNIVASF/PE)
Msd. Paula Andreatta Maduro (UNIVASF/PE)
20:15 – 20:30 Coffee - Break
20:30 – 21:30 Apresentação dos Trabalhos - Finalistas
21:30 – 22:00 Cerimônia de Encerramento e Premiação dos trabalhos.
Autor Título Formato
Adson Alves da Silva A EXPERIÊNCIA ESPORTIVA ESTÁ ASSOCIADA AO AMBIENTE DE GRUPO NO CONTEXTO DO ESPORTE ESCOLAR?
PÔSTER
André Brito Carvalho ASSOCIAÇÃO ENTRE A APTIDÃO MOTORA DE EQUILÍBRIO E O MENOR RISCO DE QUEDA NA ATIVIDADE COTIDIANA DE “ALCANÇAR O ARMÁRIO”
PÔSTER
Antônio Gonçalves dos Santos Neto
EFEITO DA IDADE E DO VOLUME DE ALONGAMENTO ESTÁTICO NA TAXA DE DESENVOLVIMENTO DE FORÇA E RETARDO ELETROMECÂNICO
PÔSTER
Carla Fernanda Ferreira Rodrigues
MOTRICIDADE E APRENDIZAGEM: UMA REVISÃO PÔSTER
Cleuber de Souza Gonçalves
ASSOCIAÇÃO ENTRE MOTRICIDADE GLOBAL E O TESTE DE CAMINHADA DE SEIS MINUTOS EM IDOSOS SUBMETIDOS DE UM TREINAMENTO COORDENATIVO
PÓSTER
Cleuber de Souza Gonçalves
ASSOCIAÇÃO ENTRE VARIABILIDADE DA FREQUÊNCIA CARDÍACA E ÍNDICE DE APTIDÃO FÍSICA GERAL DE IDOSOS
PÔSTER
Débora de Souza Araújo ADAPATAÇÃO DE UM PROTOCOLO PARA MENSURAR A APTIDÃO CARDIORRESPIRATÓRIA EM PESSOAS COM DEFICIÊNCIA MOTORA QUE PRATICAM PARACANOAGEM
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Douglas Henrique Bezerra Santos
COMPUTAÇÃO MÓVEL NA AVALIAÇÃO DE TESTES DE APTIDÃO FÍSICA E COORDENAÇÃO MOTORA
PÔSTER
Eduardo Seiji Numata Filho
RESPOSTA PERCEPTUAL APÓS DIFERENTES RITMOS DE JOGO DE CAPOEIRA EM COMPETIÇÃO MUNDIAL
PÔSTER
Elaiany Souza Andrade ASSOCIAÇÃO ENTRE APTIDÃO MOTORA GERAL E FORÇA PROPULSIVA DA MARCHA EM IDOSOS APÓS INTERVENÇÃO COM ABORDAGEM COORDENATIVA EM CIRCUITOS
PÔSTER
Etevaldo Dantas Coelho Júnior
ASSOCIAÇÃO ENTRE NÚMERO DE PASSOS E IMC EM CRIANÇAS PRÉ-PÚBERES PARTICIPANTES DE UM PROGRAMA DE GINÁSTICA
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Filipe Pitágoras Rodrigues Magalhães
O JOGO DE XADREZ COMO ESTIMULAÇÃO NEUROCOGNITIVA NO TRATAMENTO DE DEPENDÊNCIA QUÍMICA
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Francélio M. M. Luz TESTE DE VALIDADE DO SOFTWARE LACTATE-E NA DETERMINAÇÃO DO LIMIAR DE LACTATO DE CAPOEIRISTAS EM TESTE ESPECÍFICO DA MODALIDADE
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Francisco Rosa Neto
AVALIAÇÃO DA COORDENAÇÃO MOTORA E PERCEPÇÃO EM
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TRABALHOS
Autor Título Formato
CRIANÇAS COM TDAH E TDC
Graciano Joan Xavier Lima
ASSOCIAÇÃO ENTRE A APTIDÃO MOTORA GERAL E A BATERIA DE TESTES SENIOR FITNESS TEST EM IDOSOS.
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Hareta Fernandes da Silva QUALIDADE DE VIDA EM IDOSAS PRATICANTES DE DANÇA PÔSTER
Ingrid Thaiane Soares Batista
EFEITO DA FORMA DE PALMARES SOBRE VARIÁVEIS CINEMÁTICAS EM NADADORES RECREACIONAIS
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Janielma Bezerra da Silva TECNOLOGIAS DE ENSINO NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR: UMA REVISÃO DE LITERATURA
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José Hildemar Teles Gadelha
EFEITO DO TREINAMENTO DE FLEXIBILIDADE NO DESEMPENHO DE FORÇA ISOMÉTRICA AGUDO APÓS ALONGAMENTO ESTÁTICO EM IDOSAS
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Jucélia Gonçalves Ferreira de Almeida
ATUAÇÃO INTERDISCIPLINAR NO DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR EM CRIANÇAS DIAGNOSTICADAS COM MICROCEFALIA: ESTUDO DE CASO
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Juliana Moreira Paes Landim
ASSOCIAÇÃO ENTRE A SENSAÇÃO DE DOR E O EQUILÍBRIO ESTÁTICO EM IDOSOS
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Karlla Emanuelle Ferreira Lima Paiva
ORIENTAÇÃO ÀS METAS E ANSIEDADE PRÉ-COMPETITIVA NO CONTEXTO DO ESPORTE ESCOLAR
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Karoliny Teixeira Santos EVOLUÇÃO CLÍNICA E FUNCIONAL DE PACIENTE NEUROLÓGICO ASSISTIDO PELA EQUIPE DE REABILITAÇÃO DE UM HOSPITAL DA EBSERH: RELATO DE EXPERIÊNCIA
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Karoliny Teixeira Santos RELATO NA REABILITAÇÃO DE PACIENTE NEUROLÓGICO EM UM HOSPITAL FEDERAL: ABORDAGENS CINESIOFUNCIONAIS
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Kyvia Naysis de Araujo Santos
O USO DE TREINAMENTO COGNITIVO NO FORTALECIMENTO MUSCULAR: REVISÃO SISTEMÁTICA
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Kyvia Naysis de Araujo Santos
ASPECTOS NEUROFISIOLÓGICOS DA IMAGÉTICA MOTORA NA FORÇA MUSCULAR: REVISÃO SISTEMÁTICA
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Layane Costa Saraiva APPINEF - APLICATIVO PARA PROMOÇÃO DE SAÚDE BASEADO EM ORIENTAÇÃO E MONITORAMENTO DE EXERCÍCIOS FÍSICOS E CONSUMO ALIMENTAR
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Leonardo Gasques Trevisan Costa
RELAÇÃO ENTRE A PROFICIÊNCIA MOTORA DE ESCOLARES COM A PARTICIPAÇÃO EM REFORÇO ESCOLAR
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Lucas Ferreira da Silva ASSOCIAÇÃO DA VARIABILIDADE DA FREQUÊNCIA CARDÍACA COM EQUILÍBRIO AVALIADO PELA ESCALA MOTORA PARA TERCEIRA IDADE
PÔSTER
Luciana Márcia Gomes de Araújo
ASSOCIAÇÃO ENTRE ORGANIZAÇÃO ESPACIAL E O MEDO DE QUEDAS EM IDOSOS PARTICIPANTES DE UMA ABORDAGEM COORDENATIVA EM CIRCUITOS
PÔSTER
Marília Rocha Amando RELIGIOSIDADE E QUALIDADE DE VIDA DE IDOSOS PÓSTER
Misael Santos Modesto SISTEMA DE AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA (SIGA): UM SOFTWARE GRATUITO DE AVALIAÇÃO FÍSICA
PÔSTER
Natanael Pereira Barros
COORDENAÇÃO MOTORA DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM
PÓSTER
Autor Título Formato
SÍNDROME DE DOWN: UM ESTUDO DE REVISÃO
Raíssa Isabella P. de Souza Madureira
CORRELAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO FARMACOLÓGICA E PATOLÓGICA DE IDOSOS
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Rammys Mendes da Silva DESEMPENHO NO SALTO HORIZONTAL E RESISTÊNCIA ABDOMINAL EM GINASTAS PRÉ-PÚBERES
PÔSTER
Rammys Mendes da Silva ASSOCIAÇÃO ENTRE MOTRICIDADE GLOBAL E NÚMERO DE PASSOS NA SEMANA EM GINÁSTAS PRÉ-PÚBERES
PÓSTER
Ramona Michele Batista da Silva
O EFEITO DA DANÇA COMO RECURSO TERAPÊUTICO NA MOTRICIDADE DE PACIENTES COM PARALISIA CEREBRAL: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA
PÔSTER
Ricardo Diogo Araújo da Costa
RESPOSTA DA FREQUÊNCIA CARDÍACA DURANTE DIFERENTES RITMOS DE JOGO DE CAPOEIRA EM COMPETIÇÃO MUNDIAL
PÔSTER
Roseana Pacheco Reis Batista
EFEITO DE UM PROGRAMA DE TREINAMENTO FUNCIONAL SOBRE A ANSIEDADE E AUTOESTIMA DE IDOSAS
PÔSTER
Sarah Elisheba Mendes do Carmo Santos
ASSOCIAÇÃO ENTRE NÚMERO DE MEDICAMENTOS, ATIVIDADE PARASSIMPÁTICA E EQUILÍBRIO ESTÁTICO EM IDOSOS SEDENTÁRIOS
PÔSTER
Simone Santos Ferreira CAPOEIRA E PSICOMOTRICIDADE NA INTERFACE DAS MIDIAS DIGITAIS
PÔSTER
Terezinha Abel Alves ASSOCIAÇÃO ENTRE MOTRICIDADE GLOBAL E FRENAGEM DA MARCHA EM IDOSOS SUBMETIDOS À INTERVENÇÃO DE ABORDAGEM COORDENATIVA EM CIRCUITOS
PÔSTER
Wilhelm Bruno Rodrigues CONTRIBUIÇÃO DA TERAPIA ASSISTIDA POR ANIMAIS NO DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR EM MICROCEFALIA
PÔSTER
Amanda Aragão EFEITO DE 8 SEMANA DE UM MÉTODO DE INTERVENÇÃO DE ABORDAGEM COORDENATIVA EM FORMATO DE CIRCUITOS SOB A APTIDÃO FÍSICA GERAL DE IDOSOS
ORAL
Brendha Stephany Rodrigues Da Silva
EFEITO DO ALONGAMENTO ESTÁTICO NO DESEMPENHO DO LEG PRESS E RECUPERAÇÃO NEUROMUSCULAR EM IDOSAS
ORAL
Danielle Dos Santos Souza Da Silva
INFLUÊNCIA DO SEXO NO DESENVOLVIMENTO MOTOR E HABILIDADES FUNDAMENTAIS EM PRÉ-ESCOLARES
ORAL
Davi L. Ribeiro TESTE DE VALIDADE DO SOFTWARE LACTATE-E NA DETERMINAÇÃO DO LIMIAR DE LACTATO DE CAPOEIRISTAS EM EXERCÍCIO INCREMENTAL EM CICLOERGÔMETRO
ORAL
Eliakim Cerqueira Da Silva
A ANSIEDADE PRÉ-COMPETITIVA EXERCE INFLUÊNCIA NA COESÃO DE GRUPO DE JOVENS ATLETAS?
ORAL
Emanuelle Malvim ASSOCIÇÃO ENTRE ESQUEMA CORPORAL E FORÇA PROPULSIVA DA MARCHA EM IDOSOS APÓS INTERVENÇÃO DE ABORDAGEM COORDENATIVA EM CIRCUITOS
ORAL
Etevaldo Dantas Coelho Júnior
ASSOCIAÇÃO ENTRE VARIABILIDADE DA FREQUÊNCIA CARDÍACA E EQUILÍBRIO ESTÁTICO DE IDOSOS SEDENTÁRIOS
ORAL
Francinete Deyse Dos
APTIDÃO CARDIORESPIRATÓRIA DE ACORDO COM O PERFIL
ORAL
Autor Título Formato
Santos ANTROPOMÉTRICO DE ESCOLARES DO ENSINO MÉDIO DE TRIUNFO-PE
Geovani Alves Dos Santos VALIDADE DO LIMIAR DA PERPECPÇÃO SUBJETIVA DE ESFORÇO NA DETERMINAÇÃO DO LIMIAR DE LACTATO DE CAPOEIRISTAS EM TESTE ESPECÍFICO
ORAL
Geovani Alves Dos Santos TESTE ESPECÍFICO PARA DETERMINAÇÃO DA APTIDÃO AERÓBIA DE CAPOEIRISTAS
ORAL
Ívina Andréa Aires Soares EFEITOS DE UMA INTERVENÇÃO MULTICOMPONENTE SOBRE A ATIVIDADE FÍSICA E DESEMPENHO MOTOR EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM SOBREPESO E OBESIDADE
ORAL
Jeane Cristina De Souza JUST DANCE: A PROPOSTA DANÇANTE NA VISÃO DAS CRIANÇAS E ADOLESCENTES ESCOLARES
ORAL
Jéssica Thayani Santos Brandão
ASSOCIAÇÃO ENTRE FORÇA PROPULSIVA DA MARCHA E MOTRICIDADE LOBAL EM IDOSOS APÓS INTERVENÇÃO DE ABORDAGEM COORDENATIVA EM CIRCUITOS
ORAL
José Hildemar Teles Gadelha
APLICAÇÃO DE FORÇA E VELOCIDADE DE MOVIMENTO DURANTE SÉRIES MÚLTIPLAS NO EXERCÍCIO ISOINERCIAL
ORAL
Juliana Moreira Paes Landim
ASSOCIAÇÃO ENTRE A TAXA DE PICO DE FRENAGEM DA MARCHA E EQUILÍBRIO EM IDOSOS APÓS INTERVENÇÃO DE ABORDAGEM COORDENATIVA EM CIRCUITO
ORAL
Lorrana K. S. Barros RESPOSTA DO LACTATO SANGUÍNEO APÓS DIFERENTES RITMOS DE JOGO DE CAPOEIRA EM COMPETIÇÃO MUNDIAL
ORAL
Lucia Maria Andreis PERFIL MOTOR DE IDOSOS: COMPARAÇÃO ENTRE SEXO E FAIXA ETÁRIA
ORAL
Luciana Márcia Gomes De Araújo
ASSOCIAÇÃO ENTRE FORÇA PROPULSIVA DA MARCHA E ORGANIZAÇÃO TEMPORAL EM IDOSOS APÓS INTERVENÇÃO COM ABORDAGEM COORDENATIVA EM CIRCUITO
ORAL
Marcela Ferreira Lapenda Figueirôa
ASSOCIAÇÃO ENTRE EMTI E COFR DA MARCHA EM IDOSOS APÓS INTERVENÇÃO COM ABORDAGEM COORDENATIVA EM CIRCUITOS
ORAL
Natanael Pereira Barros PROFICIÊNCIA MOTORA DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM SÍNDROME DE DOWN NA REGIÃO DE PETROLINA
ORAL
Samuel P. Santos COMPARAÇÃO DO COMPORTAMENTO DA PERCEPÇÃO SUBJETIVA DE ESFORÇO EM TESTE INCREMENTAL EM CICLOERGÔMETRO E TESTE INCREMENTAL DE GINGA
ORAL
Vinicius Da Cruz Sousa ANSIEDADE PRÉ-COMPETITIVA DE JOVENS ATLETAS DO ESTADO DE PERNAMBUCO: UM ESTUDO EM FUNÇÃO DO SEXO
ORAL
Autor Título Colocação
Marcela Ferreira Lapenda Figueirôa
ASSOCIAÇÃO ENTRE EMTI E COFR DA MARCHA EM IDOSOS APÓS INTERVENÇÃO COM ABORDAGEM COORDENATIVA EM CIRCUITOS
1º
José Hildemar Teles Gadelha
APLICAÇÃO DE FORÇA E VELOCIDADE DE MOVIMENTO DURANTE SÉRIES MULTIPLAS NO EXERCÍCIO ISOINERCIAL
2º
Geovani Alves Dos Santos TESTE ESPECÍFICO PARA DETERMINAÇÃO DA APTIDÃO AERÓBIA DE CAPOEIRISTAS
3º
TRABALHOS PREMIADOS
A EXPERIÊNCIA ESPORTIVA ESTÁ ASSOCIADA AO AMBIENTE DE GRUPO NO CONTEXTO DO ESPORTE ESCOLAR?
Adson Alves da Silva; Carla Thamires Laranjeira Granja; Roseana Pacheco Reis Batista; Daniel Vicentini de Oliveira; José
Roberto Andrade do Nascimento Junior
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
E-mail: [email protected]
INTRODUÇÃO
Estudos têm evidenciado a relevância das experiências
esportivas no desenvolvimento técnico e tático,
principalmente quando se trata das categorias em
formação, como a infantil e infanto-juvenil1. De acordo
com Saad et al.2 é evidente que jogadores com mais
tempo de pratica apresentem um maior desempenho
cognitivo e motor, e maiores níveis dos componentes
para o rendimento esportivo. A coesão de grupo é um dos
principais componentes para um bom rendimento e
envolvimento nas práticas esportivas escolares, visto que
se relaciona positivamente com o desenvolvimento
positivo do jovem3
MATERIAIS E MÉTODOS
Fizeram parte deste estudo descritivo 253 escolares (190
meninos e 63 meninas), com média de idade 12,97±0,79
anos participantes dos Jogos Estudantis de Petrolina-PE.
Os escolares eram praticantes das seguintes modalidades:
futsal (20); voleibol (62); handebol (123); e basquete
(48).Para verificar as experiências esportivas, foi utilizada
a versão brasileira do Youth Experience Survey for Sport
(P-YES-S). O instrumento é composto por 22 itens
distribuídos por 4 dimensões: habilidades pessoais e
sociais, habilidades cognitivas, estabelecimento de
metas/iniciativa e experiências negativas. O Questionário
do Ambiente de Grupo (GEQ), adaptado e validado para o
contexto esportivo brasileiro por Nascimento Júnior et al.
(2012) foi utilizado para avaliar a percepção de coesão de
grupo dos atletas. O questionário é composto por 16 itens
divididos em quatro dimensões: integração no grupo-
tarefa (IGT), integração no grupo-social (IGS), atração
individual para o grupo-tarefa (AIT) e atração individual
para o grupo-social (AIS).Para a análise dos dados foram
utilizados os testes de Kolmogorov-Smirnov e a
correlação de Spearman (p<0,05).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
As habilidades pessoais demonstraram correlação
significativa (p<0,05) com a IGT (r=0,26), AIT (r=0,21) e AIS
(r=0,20). As habilidades cognitivas se correlacionaram
positiva e significantemente com a IGS (r=0,17) e AIS
(r=0,13). A dimensão iniciativa demonstrou correlação
significativa (p<0,05) com a IGT (r=0,37), AIT (r=0,38) e AIS
(r=0,31). Já as experiências negativas demonstraram
correlação negativa com a IGT (r=-0,21), AIT (r=-0,21) e
AIS (r=-0,15).
CONCLUSÕES
Concluiu-se que a vivência de experiências positivas no
esporte escolar está associada positivamente com os
aspectos sociais e da tarefa, enquanto as experiências
negativas tendem a influenciar negativamente a coesão
de grupo.
REFERÊNCIAS
1. Porath et al. REF/UEM, v. 23, n. 4, p. 565-574,
2012.
2. Saad MA et al. JPE, v. 24, n. 4, p. 535-544, 2013.
3. Fegjin, Naomi; Hanegby, Roni. EJPE, v. 6, n. 1, p.
55-74, 2001.
Tabela 1: Correlação entre a experiência esportiva e a coesão de grupo dos jovens atletas. *p<0,05- Correlação significativa.
VARIÁVEIS
1 2 3 4 5 6 7 8
Experiências esportivas
1. Habilidades pessoais 0,49* 0,39* 0,02 0,26* 0,09 0,21* 0,20*
2. Habilidades cognitivas 0,37* 0,15* 0,11 0,17* 0,11 0,13*
3. Iniciativa -
0,12*
0,37* 0,011 0,38* 0,31*
4. Experiências negativas -
0,21*
0,07 -
0,21*
-
0,15*
Coesão de grupo
5. IGT 0,29* 0,63* 0,52*
6. IGS 0,27* 0,36*
7. AIT 0,61*
8. AIS
Associação entre a Aptidão Motora de Equilíbrio e o menor risco de queda na atividade cotidiana de “Alcançar o Armário”
André Brito Carvalho1, Graciano Joan Xavier de Lima
1, Lorenna Walesca Lima
1, Cleuber de Souza Gonçalves
1, Juliana Moreira
Paes Landim1, Luciana Araújo
1, Natália Goulart Lemos
1, Fernando de Aguiar Lemos
1
1Grupo de Pesquisa em Plasticidade Neuromotora, Universidade Federal do Vale do São Francisco, Petrolina, PE, Brasil
E-mail: [email protected]
INTRODUÇÃO
Muitos idosos em suas atividades cotidianas correm
risco de cair ao tentar se equilibrar para pegar
algum objeto em armários para cozinhar ou
arrumar a casa, por exemplo. Essas quedas podem
ocorrer por questões, como o defasamento de suas
motricidades. Portanto, esse estudo objetivou
investigar se há relação entre a Aptidão Motora,
Equilíbrio (AME), e o risco de quedas de idosos ao
tentar alcançar algum objeto em armários.
METODOLOGIA
Foi avaliado o Equilíbrio de idosos, submetidos a um
treinamento coordenativo em formato de circuito,
por meio da Escala Motora da Terceira Idade (EMTI)
e foi aplicado o questionário Falls Efficacy Scale
onde se obteve scores indicadores do nível do risco
de quedas em atividade do cotidiano. O teste de
Shapiro-Wilk foi feito para verificar a normalidade
dos dados, e a correlação foi feita usando o teste de
Pearson.
RESULTADOS
Após análise dos dados, observou-se que há relação
entre o nível de equilíbrio e um menor
risco de quedas dos idosos ao alcançar o armário
para pegar algum objeto (r = 0,34).
Figura 1: Bateria de testes de equilíbrio.
CONCLUSÃO
Idosos que possuem um maior nível de equilíbrio
estão associados a menor chance de queda na
atividade cotidiana de alcançar o armário para
pegar algum objeto.
REFERÊNCIAS
1 - Flávia F. O. Camargos, Rosângela C. Dias, João M.
D. Dias, Maria T. F. Freire.Adaptação transcultural e
avaliação das propriedades psicométricas da Falls
Efficacy Scale – International em idosos brasileiros
(FES-I-BRASIL). Rev Bras Fisioter, São Carlos, v. 14, n.
3, p. 237-43, maio/jun. 2010.
2 - ROSA NETO, F. Manual de Avaliação Motora.
Artmed, Porto Alegre: 2002.
TABELA 1: Valores descritivos e inferenciais das variáveis equilíbrio (AM3) e Alcançar o Armário Pré- intervenção
de idosos submetidos ao treinamento de circuito coordenativo no ano de 2017.
VARIÁVEIS X±DP Md (Q1-Q3)
Equilíbrio – Pré 78 ± 34,03 78 (12-126)
Chegar aos Armários - Pré 8,88 ± 1,59 10 (5-10)
X: Média; Md: Mediana.
EFEITO DA IDADE E DO VOLUME DE ALONGAMENTO ESTÁTICO NA TAXA DE
DESENVOLVIMENTO DE FORÇA E RETARDO ELETROMECÂNICO
1Antonio Gonçalves dos Santos Neto*, 1José Hildemar Teles Gadelha, 1Brendha Stephany Rodrigues
da Silva, 1Camila Brasileiro Azevedo Barros, 1Clécio Lima Lopes, 1Amanda Virgínia de Souza Lima, 1Nárcélio Pinheiro Victor & 1André Luiz Demantova Gurjão
1Grupo de Estudo e Pesquisa em Fisiologia e Envelhecimento, Universidade Federal do Vale do São
Francisco, Petrolina, PE, Brasil
E-mail: [email protected]
INTRODUÇÃO
A realização de exercícios de alongamento estático (AE)
previamente a exercícios de força pode promover um
decréscimo transitório nas diversas expressões da força
muscular1. A ocorrência desse fenômeno parece estar
associada ao volume de AE empregado que pode afetar
mecanismos neurais e mecânicos do tendão,
apresentando uma relação dose-resposta. Outrora, o
processo de envelhecimento está associando a mudanças
fisiológicas, logo, os idosos podem responder diferente
ao AE. Portanto, o objetivo do estudo foi analisar o efeito
da idade e volume de AE no comportamento da taxa de
desenvolvimento de força (TDF) e retardo
eletromecânico (REM) do músculo vasto lateral em dois
ângulos articulares.
MATERIAIS E MÉTODOS
Participaram da amostra 31 mulheres, sendo 16 jovens
(idade: 22,0 ± 2,8 anos) e 15 idosas (66,7 ± 5,5 anos). Um
delineamento com medidas repetidas foi adotado, na
qual cada participante era o seu próprio controle. Foram
realizadas seis visitas (intervaladas por 24h) sendo as
três primeiras destinadas a familiarização das medidas
de força, protocolo de AE e medidas antropométricas.
Nas três visitas subsequentes foram realizadas as três
condições experimentais de forma aleatorizadas, sendo
controle e AE dos extensores do joelho com durações
totais de 60 e 120s (AE60 e AE120). O AE (duas séries de
30s ou quatro séries de 30s) foi realizado pelo
pesquisador na tentativa de levar o calcanhar em direção
ao glúteo até o ponto de desconforto muscular relatado
pela participante. Para mensurar a TDF e o REM, duas
tentativas com intervalo de um minuto foram realizadas
em um dinamômetro customizado (célula de carga
acoplada em uma cadeira extensora) sincronizado com
eletromiografia de superfície em dois ângulos articulares
(50 e 90º, extensão total = 0º). A TDF foi determinada
pelo ponto de inclinação máxima do sinal da força e o
REM como a diferença temporal entre o início da força e
o início da ativação muscular. Uma ANOVA three-way foi
utilizada para as comparações e a significância adotada
foi de p<0,05.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Para ambas as variáveis mensuradas nenhum efeito
principal de Condição ou interações Condição x Ângulo e
Condição x Ângulo x Idade foram observados, p>0,05. No
entanto, foi verificado efeito de idade para a TDF.
Indicando que nenhum dos protocolos de AE
promoveram reduções na ativação muscular,
decorrentes de alterações neurais centrais e periféricas, e
nas propriedades mecânicas da unidade músculo-tendão,
como o aumento na
complacência que influenciaram negativamente a TDF e
REM2.
CONCLUSÕES
O uso dos protocolos de AE não prejudicaram o
desempenho da TDF e o REM do vasto lateral nos
diferentes ângulos articulares avaliados. Em adição, a
idade parece não influenciar no comportamento do
sistema neuromuscular após a realização de protocolos
de AE com diferentes volumes.
AGRADECIMENTOS
FACEPE.
REFERÊNCIAS
1. Kay AD, et al. MSSE v. 44, n. 1, p. 154-164, 2012.
2. Fletcher IM & Monte-Colombo MM. APNM, v. 35, n. 1, p.
27-34, 2010.
Tabela 1: Comparação da TDF e REM de mulheres jovens e idosas, para diferentes ângulos
articulares do joelho, em três condições experimentais (n = 31). Valores apresentados em média e
desvio padrão.
TDF (N.s-1) REM (s)
Ângulo 50º Controle AE60 AE120 Controle AE60 AE120
Jovens (n =
16)
3035,9 ±
1097,3
3108,9 ±
1060,9
3165,1 ±
707,0
34,7 ± 9,1 34,1 ± 7,6 37,5 ± 7,6
Idosas (n =
15)
1607,7 ±
540,4*
1676,3 ±
542,6*
1583,8 ±
487,6*
38,8 ± 9,7 36,6 ± 8,4 37,2 ± 8,4
Ângulo 90º
Jovens (n =
16)
2344,1 ±
637,8
2275,3 ±
563,6
2554,8 ±
728,4
38,0 ± 6,5 33,3 ± 8,2 36,0 ± 8,8
Idosas (n =
15)
1321,0 ±
387,8*
1381,4 ±
587,2*
1306,2 ±
356,0*
36,3 ± 11,6 40,5 ± 15,0 39,0 ± 11,0
*Diferença significativa em relação as jovens, p<0,05.
MOTRICIDADE E APRENDIZAGEM: UMA REVISÃO
1Carla Fernanda Ferreira Rodrigues, 2Ana Carla Brasil da Costa Martins
1Laboratório de Avaliação e Medidas Psicológicas, Colegiado de Psicologia, Universidade Federal do
Vale do São Francisco, Petrolina, PE, Brasil. 2Laboratório de Avaliação e Medidas Psicológicas,
Universidade Federal do Vale do São Francisco, Petrolina, PE, Brasil.
E-mail: [email protected]
INTRODUÇÃO
O desenvolvimento global dos indivíduos sofre influência
sensório-motor, o processamento cognitivo mostra-se
intimamente ligado às habilidades motoras. A articulação
das atividades realizadas e aprendizagem são essenciais
à generalização da capacidade de aprender para outros
contextos no cotidiano dos envolvidos, ou seja, a
transferência de aprendizagem [1]. Espera-se que a
experiência obtida na execução de uma tarefa, possa ser
executada em atividades distintas, para aquisição de
novas habilidades, com semelhante desempenho ao
empregado na ação anterior, com aumento da
aprendizagem o indivíduo pode aumentar seu
rendimento. [2] Resultados de pesquisas esboçam
aspectos inerentes ao processo de aquisição de
conhecimentos, como: instruções externas, fatores
motivacionais, poder de escolha (na tarefa), algum
controle da situação de aprendizagem pelo participante,
metas e feedback. [3] Aspectos inerentes ao
processamento psicomotor e suas implicações. Esse
trabalho objetivou realizar levantamento sobre a
produção científica nacional acerca da influência/relação
da motricidade com a aprendizagem dos indivíduos.
MATERIAIS E MÉTODOS
Buscou-se na Biblioteca Virtual (BVS-PSI) com critérios
de inclusão definidos a) uso de descritores entre aspas
“motricidade” e “aprendizagem”, b) artigos científicos
completos, escritos em português e/ou inglês
(ano/publicação sem restrição), para os resultados
encontrados.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Foram encontrados entre 2007-2016, 12 artigos na base
de dados SciELO Online, após aplicação dos critérios: 10
artigos (os trabalhos excluídos, não atenderam os
critérios); apresentados na Tabela1, conforme autoria e
objetivos. Observou-se nos resultados maior número de
publicação (N=6) com amostras composta por crianças,
uma com crianças/adolescentes, duas com adultos e uma
revisão de literatura; as idades dos participantes
variaram (6-40 anos). Os artigos avaliados expuseram
informações quanto à relevância das experiências
motoras para desenvolvimento dos indivíduos. Em
síntese, os resultados derivados dos artigos expressaram
aspectos que detém relação com aprendizagem [2], ao
favorecer ou dificultar. Envolvendo, ações psicomotoras
intencionais para alcançar objetivos [3].
CONCLUSÕES
As informações obtidas a partir dos resultados coletados
sugerem a implicação favorável do uso de estratégias, a
exemplo: experiências somatosensoriais, no processo de
aprender, levando o aprendiz a interagir com a tarefa e
ambiente, agindo sobre ambos desenvolvendo novas
habilidades. Apresentaram estratégias para que os
profissionais (professores/treinadores/etc.) possam
utilizar no desenvolvimento dos aprendizes.
REFERÊNCIAS
1.Magill RA. AMCA 5.ed. 2000.
2.Walter C, et al. EAMAFP. In Tani G. CMCEA,p.17-23,
2016.
3.Kolyniak Filho C. MAAIEE, p.53-66, 2010.
Tabela 1: Artigos indexados (Período: 2007 a 2016)
Autoria Objetivo
Velasques et al (2007) Investigar mudanças eletrofisiológicas pré e pós tarefas motoras Medina-Papst e Marques (2010)
Investigar se crianças com dificuldades de aprendizagem apresentavam comprometimento na motricidade
Sanches e Costa (2010) Envolver os professores nas discussões e reflexões sobre a prática pedagógica
Okuda et al (2011) Descrever/comparar o coordenação motora fina em escolares com dislexia e TDAH Nascimento e Lemos (2012) Caracterizar o desempenho de escolares nos testes de padrão tonal
Germano et al (2013) Caracterizar/comparar habilidades viso-motoras de escolares (TDAH / bom desempenho acadêmico)
Voos et al (2014) Descrever sobre a influência da escolaridade no comportamento motor e na aprendizagem motora
Flôres et al (2015) Investigar a influência do foco de atenção na aprendizagem... tarefa de equilíbrio dinâmico
Lorenzo et al (2015) Avaliar intervenções com uso da Realidade Virtual ... necessidades psicomotoras
Fernandes et al (2016) Investigar impacto de programa pedagógico (atividades didático-manipulativas usando corpo/movimento
ASSOCIAÇÃO ENTRE MOTRICIDADE GLOBAL E O TESTE DE CAMINHADA DE SEIS MINUTOS
EM IDOSOS SUBMETIDOS DE UM TREINAMENTO COORDENATIVO
1Cleuber de Souza Gonçalves, 1Graciano Joan Xavier Lima, 1Lorenna Walesca de Lima SIlva, 1Juliana
Moreira Paes Landim, 1Eduardo Seiji Numata Filho, 1Sérgio Rodrigues Moreira, 1Natália Goulart
Lemos, 1Fernando de Aguiar Lemos
1Grupo de Pesquisa em Plasticidade Neuromotora, Universidade Federal do Vale do São Francisco,
Petrolina, PE, Brasil
E-mail: [email protected]
INTRODUÇÃO
O presente estudo tem como objetivo verificar se houve
correlação entre a bateria de testes coordenativos
“Escala Motora para a Terceira Idade” e o teste funcional
de caminhada de seis minutos em idosos submetidos há
oito semanas de um treinamento coordenativo em
formato de circuito na Universidade Federal do Vale do
São Francisco - Campus Petrolina/PE.
MATERIAIS E MÉTODOS
Foram avaliados o potencial coordenativo e a capacidade
funcional de 25 idosos (69,96 ± 7,21 anos) por meio da
Escala Motora da Terceira Idade (EMTI) e o teste de
caminhada de seis minutos respectivamente. Os dados
foram organizados em planilha excel. A normalidade dos
dados foi testada por meio do teste de Shapiro-Wilk e a
correlação por meio do teste Produto Momento de
Pearson. Foi adotado um nível de significância de p<0,05.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Foi encontrada uma moderada correlação (R = 0,508; p =
0,009; R2 = 0,258) entre o escore de Motricidade Global
(MG) e o teste de caminhada de seis minutos no período
pré intervenção e associação moderada (R = 0,552; P =
0,004; R2 = 0,305) dos mesmos fatores na etapa de pós
intervenção.
F
Figura 1. Correlação entre motricidade global e o teste
de caminhada de 6’.
CONCLUSÃO
Há uma correlação linear, moderada e positiva entre o
escore de Motricidade Global (MG) e o teste de
caminhada de seis minutos tanto no período pré-
intervenção quanto no pós-intervenção. Ressaltando que
houve melhora no nível de correlação (de 0,508 para
0,552) e no coeficiente de determinação (de 0,258 para
0,305) após o treinamento coordenativo em circuitos de
oito semanas.
REFERÊNCIAS
1. RIKLI et al. Development and Validation of a
Functional Fitness Test for Community-Residing
Older Adults. Journal of Aging and Physical
Activity, Fullerton, n. 7, p. 129-161, 1999;
2. ROSA NETO, F. Manual de Avaliação Motora. Artmed,
Porto Alegre: 2002.
VARIAVEIS
Pré Pós
X±dp Md (Q1;Q3) X±dp Md (Q1;Q3)
Motricidade Global (EMTI) 59,28 ± 31,28 48 (24;84) 63,12 ± 31,08 48 (48;84)
Caminhada de seis minutos 12,20 ± 5,60 10 (7,5;15) 13 ± 5,40 15 (10;15)
ASSOCIAÇÃO ENTRE VARIABILIDADE DA FREQUÊNCIA CARDÍACA E ÍNDICE DE APTIDÃO
FÍSICA GERAL DE IDOSOS
1Cleuber de Souza Gonçalves, 1Graciano Joan Xavier de Lima, 1Lorenna Walesca de Lima Silva, 1Juliana Moreira Paes Landim, 1Eduardo Seiji Numata Filho, 1Sérgio Rodrigues Moreira, 1Natália
Batista Albuquerque Goulart Lemos e 1Fernando de Aguiar Lemos. 1Grupo de Pesquisa em Plasticidade Neuromotora, Universidade Federal do Vale do São Francisco,
Petrolina, PE, Brasil.
E-mail: [email protected]
INTRODUÇÃO
A Variabilidade da Frequência Cardíaca (VFC) é uma
importante variável para entender o controle do Sistema
Nervoso Autonômico (SNA) sobre as adaptações
cardiovasculares. Na análise da VFC existem indicadores
dos sistemas simpático e parassimpático que
demonstram a predominância da atividade cardíaca.
Uma alta VFC está relacionada a uma boa adaptação
cardiovascular, enquanto que uma baixa VFC indica um
risco na capacidade adaptativa cardíaca. Sabe-se que
idosos apresentam valores reduzidos de VFC (TASK
FORCE, 1996). Entretanto idosos que possuem uma boa
aptidão física tendem a manifestar valores mais
satisfatórios quando comparados a idosos com baixa
aptidão física (BUCHHEIT et al 2004). Desta forma, o
objetivo do presente trabalho foi investigar a relação da
VFC com o Índice de Aptidão Física Geral (IAFG) da
bateria de Fullerton.
MATERIAIS E MÉTODOS
Foram avaliados 20 idosos com média de idade de 69,96
anos, 7,21 e peso de 76,28 Kg, 16,17. Para a coleta da
VFC, foi utilizado um cardiofrequencímetro (Polar
RS800CX), e posteriormente, para análise, foi utilizado o
software Kubios HRV Standard 4.0. A variável utilizada
foi o RMSSD (Raiz quadrada da média do quadrado das
diferenças entre intervalos RR consecutivos) que
representa a atividade parassimpática. O IAFG foi obtido
a partir da bateria de testes motores de Fullerton, onde
se avalia força, resistência, equilíbrio, flexibilidade,
capacidade aeróbia, velocidade e agilidade. Em seguida
os dados da VFC e IAFG foram processados em uma
planilha de Excel. O Software de análise estatística SPSS
versão 20 foi utilizado para análise descritiva dos dados
(médias e desvios-padrões) e em seguida optou-se por
um teste de correlação de Pearson. O nível de
significância adotado foi que α<0,05.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Identificou-se uma correlação moderada positiva (R= -
0,314) entre RMSSD e IAFG. Ou seja, quanto maior o
RMSSD, maior o IAFG. A literatura apresenta estudos que
avaliaram a VFC de idosos sedentários e ativos, onde
encontraram valores mais altos do RMSSD nos idosos
ativos. Isso demonstra que o idoso que adquiri um
comportamento mais sedentário, apresentam prejuízos
no sistema cardiovascular (BUCHHEIT et al 2004).
Figura 1. Imagem fictícia de intervalos entre batimentos
cardíacos representados no eletrocardiograma.
Figura 2. Bateria de Fullerton.
CONCLUSÕES
O presente estudo concluiu que, nos idosos incluídos
nesta pesquisa, valores maiores do RMSSD estão
associados com uma maior aptidão física em idosos.
REFERÊNCIAS
1. Task Force of The European Society of Cardiology and
The North American Society of Pacing and
Electrophysiology. Heart rate variability: standards of
measurement, physiological interpretation, and clinical
use. European Heart Journal: 1996.
2. BUCHHEIT, M. et al. Heart rate variability in sportive
elderly: relationship with daily physical activity. ACSM,
2004.
ADAPTAÇÃO DE UM PROTOCOLO PARA MENSURAR A APTIDÃO CARDIORRESPIRATÓRIA EM PESSOAS COM DEFICIÊNCIA MOTORA QUE PRATICAM PARACANOAGEM
Débora de Souza Araújo1,7; Carla Thamires Laranjeira Granja1; Lucas Guimarães Almeida1; Thiago Elton de Souza Gonçalves1; Washington de Souza1; Iaraildo Pereira de Carvalho1; Natanael Pereira
Barros1; Leonardo Gasques Trevisan Costa1 1Universidade Federal do Vale do São Francisco;
E-mail: [email protected]
INRODUÇÃO
O consumo máximo de oxigênio (VO2max) é considerado
um importante parâmetro do desempenho aeróbio no
esporte adaptado e sua mensuração, comumente, ocorre
por meio de protocolos laboratoriais (testes
incrementais no ergômetro de braço, ergômetro de
cadeira de rodas e esteira adaptada para cadeira de
rodas)1. Entretanto, o alto custo dos equipamentos, as
adaptações necessárias, o tempo despendido e a baixa
especificidade vinculada a modalidade, tornam
necessária à busca por avaliações de campo2. Diante do
exposto e considerando a escassez de protocolos de
campo para mensurar a potência aeróbia em praticantes
de paracanoagem, o objetivo do presente estudo foi
realizar adaptações do protocolo de teste de quadra de
12 minutos3 e analisar a fidedignidade intra-
examinadores e inter-examinadores.
MATERIAIS E MÉTODOS
A amostra foi composta por 02 sujeitos com deficiência
motora, do sexo masculino, com faixa etária
compreendida de 35 a 42 anos, praticantes de
paracanoagem durante o período mínimo de 04 meses.
As avaliações foram realizadas no Rio São Francisco, Orla
de Juazeiro – Bahia. A avaliação da aptidão aeróbia foi
realizada por meio da adaptação do teste de quadra de
12 minutos3. A adaptação consistiu em transpor o
ambiente do teste para o meio aquático e ao invés de
utilizar cadeira de rodas, adotou-se caiaques
(Brudden®). Foi delimitado um retângulo de 25 x 15
metros, por meio de boias marítimas a cada 05 metros.
Para a realização do teste, os sujeitos foram orientados a
completar o percurso, em torno do retângulo delimitado
pelas boias, quantas vezes fossem possíveis durante o
período de 12 minutos. Após a realização do teste, foi
computada a distância que cada sujeito conseguiu atingir.
Para analisar a fidedignidade intra e inter-examinadores,
o teste foi reaplicado após 05 dias, adotando-se os
mesmos procedimentos. Para as análises estatísticas,
foram realizados testes descritivos e teste t para
amostras pareadas. Foi utilizado o programa SPSS 22.0 e
nível de significância de 5%.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A tabela 1 apresenta a comparação dos valores obtidos
por meio da adaptação do teste nos dois momentos
distintos.
CONCLUSÕES
A adaptação do teste de quadra de 12 minutos
demonstrou boa fidedignidade. Dessa forma, pode ser
utilizado como ferramenta no monitoramento do
treinamento de atletas da paracanoagem.
REFERÊNCIAS
1. Campos LFCC. Comparação entre métodos para
menusração da potência aeróbia em atletas
tetraplégicos. Dissertação, UNICAMP, 2013.
2. Flores LJF et al. Avaliação da aptidão aeróbia de
praticantes de rugby em cadeira de rodas
através de um teste de quadra. Motriz, 19(2),
2013.
3. Franklin BA et al. Field test estimation of
maximal oxygen consumption in wheelchair
users.Arch Phys Med Reha, 71(8), 1990.
COMPUTAÇÃO MÓVEL NA AVALIÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA E
DA COORDENAÇÃO MOTORA DE ESCOLARES
1,2,3Douglas Henrique Bezerra Santos; 1Bráulio Patrick da Silva Lima; 1,2,3Petra Schnneider Lima dos
Santos; 2Rafael Valentim da Silva; Maria; 3Luiza Barbosa de Oliveira Santos; 1,2Leonardo Gomes de
Oliveira Luz;
2Elthon Allex da Silva Oliveira; 1,2Arnaldo Tenório da Cunha Júnior.
1Laboratório de Cineantropometria Atividade Física e Promoção da Saúde (LACAPS), Arapiraca, AL,
Brasil
2Universidade Federal de Alagoas (UFAL), campus Arapiraca, Arapiraca, AL, Brasil
2Faculdade de Ensino Regional Alternativa (FERA), Arapiraca, AL, Brasil
E-mail: [email protected]
INTRODUÇÃO
De acordo com a Organização Mundial de Saúde a prática
regular de atividade física previne o excesso de peso
(reduzindo o risco de obesidade), auxilia na prevenção
ou redução da hipertensão arterial e osteoporose,
promove bem-estar, reduz o estresse, a ansiedade e a
depressão.2 O Colégio Americano de Medicina do Esporte,
recomenda um programa abrangente de exercício
incluindo cardiorrespiratória, resistência, flexibilidade, e
neuromotor, exercício do volume e qualidade suficientes.
Reduzir o tempo total gasto em atividades sedentárias e
intercalando sessões curtas de atividade física e de pé
entre períodos de atividade sedentária deve ser uma
meta para todos, independentemente de seus hábitos de
exercício.1 Visando automatizar e facilitar a utilização do
processo proposto para a coleta de variáveis
antropométricas, testes de coordenação motora e
aptidão física, para otimizar o acompanhamento de
exercícios e testes físicos, tem sido desenvolvido um
sistema móvel e web, com o intuito de simplificar o
processo de coleta e análise dos dados. O objetivo dessa
aplicação é agrupar os dados coletados em campo e gerar
informações úteis para os profissionais de educação
física. Usufruindo de tais informações, será possível
acompanhar o desenvolvimento individual dos avaliados,
recomendar orientações para a promoção da saúde e
viabilizar diversas pesquisas sobre o histórico dos
estudantes.
MATERIAIS E MÉTODOS
Com o apoio de alunos do curso de Licenciatura em
Educação Física e Ciências da Computação da
Universidade Federal de Alagoas, foi constatado que a
coleta de dados de valências físicas e morfológicas em
escolas do município de Arapiraca, eram preenchidas
manualmente, sendo tabuladas em formulários de papel,
o que torna pesquisas ou cruzamentos de informações
exaustivas. Com isso, o sistema tem sido desenvolvido
baseado nos formulários utilizados na recolha de dados
na região. Assim, a geração de relatórios e pesquisas será
mais eficiente e eficaz, tendo em vista que será utilizado
um sistema de informação para manipular os dados.
Visando dinamizar a aplicação de testes físicos e de
coordenação motora em escolares, foi desenvolvida uma
aplicação móvel para a plataforma Android e um sistema
web, que está em desenvolvimento. Com isso, o processo
será modificado da seguinte forma (Figura 1):
Figura 2. Processo de recolha dos dados;
RESULTADOS E DISCUSSÃO
O uso de dispositivos móveis na promoção da saúde,
vem ajudar os profissionais de Educação Física, na coleta
dos dados nas escolas municipais da região, é esperado
alcançar o Presente resultado com a pesquisa:
Disponibilidade: informações podem ser cadastradas em
qualquer lugar, mesmo sem acesso à internet, pois os
dados podem ser sincronizados em outro momento;
Agilidade: com os dados sendo cadastrados e enviados
diretamente pelo dispositivo móvel, não há a necessidade
de repassar essas informações para uma planilha
específica para que ele possa ser enviado, basta que,
quando estiver com acesso a internet, o usuário faça a
sincronização dos dados com o sistema web; Espaço: os
dados serão salvos no dispositivo móvel, até que este
consiga fazer a sincronização com o sistema web.
CONCLUSÕES
A automatização acontece, pois no dispositivo móvel, é
possível cadastrar, salvar e enviar informações para o
sistema web. Lá será possível fazer uma análise mais
precisa sobre os dados cadastrados. O armazenamento
dos dados em grandes grupos poderá ser utilizado em
estudos longitudinais e o acompanhamento poderá
acontecer de forma progressiva.
AGRADECIMENTOS
Agradecimentos a UFAL e a FERA.
REFERÊNCIAS
1. ACSM, v.43 (7), p.1334 - 1359, 2011.
2. WHO, V SNA, p. 1 - 253, 2000.
RESPOSTA PERCEPTUAL APÓS DIFERENTES RITMOS DE JOGO DE CAPOEIRA EM COMPETIÇÃO MUNDIAL
Eduardo Seiji Numata Filho1,2; Geovani Alves dos Santos1; Sérgio Rodrigues Moreira1,2.
1Grupo Grupo de Estudos do Desempenho Humano e das Respostas Fisiológicas ao
Exercício/GEDeRFE ? DIVISÃO NORDESTE, Universidade Federal do Vale do São Francisco, Petrolina, PE, Brasil; 2Associação Brasileira de Apoio e Desenvolvimento da Arte (ABADÁ) Capoeira,
Rio de Janeiro, RJ, Brasil; E-mail: [email protected]
INRODUÇÃO
Respostas perceptuais de esforço (percepção subjetiva
de esforço - PSE)1 e prazer-desprazer (afeto básico –
AB)2 têm sido investigadas em modalidades de lutas
após combates simulados e competições oficiais. No
entanto, tais respostas ainda não foram investigadas
após diferentes ritmos de jogo na Capoeira durante
competições. A Associação Brasileira de Apoio e
Desenvolvimento da Arte (ABADÁ) Capoeira realiza
bienalmente seus jogos Mundiais de Capoeira, a qual é
uma escola que possui características próprias e
atendem as necessidades do presente estudo de possuir
jogos em diferentes ritmos. Sendo assim, o objetivo do
presente estudo foi analisar descritivamente as respostas
de PSE e AB após diferentes ritmos de jogo em
competição mundial de Capoeira.
MATERIAIS E MÉTODOS
As coletas foram realizadas durante os Jogos Mundiais da
Escola ABADÁ Capoeira. Quatro atletas de elite (34,5±5,2
anos; %gordura: 7,4±3,3; tempo de prática: 25,5±4,7
anos) realizaram jogos nos ritmos de Angola, Benguela,
Iuna e São Bento Grande, os quais possuíram 160, 60, 45
e 45 segundos de jogo, respectivamente, e que se
distinguem em velocidade e técnica de movimento.
Sendo a Angola e Benguela ritmos lentos e a Iuna e São
Bento Grande ritmos rápidos e explosivos. Previamente,
foi realizado a ancoragem de memória das escalas
psicométricas de PSE1 e AB,2 e foram apresentadas
imediatamente após cada jogo. Realizou-se uma
estatística descritiva com média e desvio padrão.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A partir das análises descritiva, constatou-se que os
maiores valores de PSE ocorreram nos ritmos mais
velozes e explosivos.As respostas de AB apresentaram
grande variabilidade. Isto pode ser devido à
complexidade do jogo de Capoeira, onde melhores jogos
podem favorecer maiores respostas de prazer e não
sendo apenas intensidade dependente. Contudo, a
maioria dos jogos permaneceram em estado de prazer.
Além disso, observa-se diminuições no AB em função do
ritmo jogado, onde os mais intensos demonstraram
menor prazer. Como limitação, destaca-se o tamanho da
amostra que impossibilitou realizar estatísticas
inferenciais. Contudo, vale ressaltar o perfil da amostra
(atletas experientes e de elite). Ademais, sugerem-se
estudos com maior número amostral e que avaliem
variáveis fisiológicas.
CONCLUSÕES
Observou-se maior PSE na Iuna e São Bento Grande,
seguido da Benguela e Angola. Ocorreram respostas de
prazer para todos os jogos, sendo a Angola o mais
prazeroso dos ritmos.
REFERÊNCIAS
1. Borg GA. MSSE v.14, n.5, p.377 - 381, 1982.
2. HARDY CJ, et al. JSEP v.11, n.3, p.304 - 317, 1989.
ASSOCIAÇÃO ENTRE APTIDÃO MOTORA GERAL E FORÇA PROPULSIVA DA MARCHA EM
IDOSOS APÓS INTERVENÇÃO COM ABORDAGEM COORDENATIVA EM CIRCUITOS
1Elaiany Souza Andrade*, 1 Juliana Moreira Paes Landim, 1Cleuber de Souza Gonçalves, 1Lorenna
Walesca de Lima Silva, 1Graciano Joan Xavier de Lima, 1Etevaldo Dantas Coelho Júnior, 1Natália
Batista Albuquerque Goulart Lemos & 1Fernando de Aguiar Lemos. 1Grupo de Pesquisa em Plasticidade Neuromotora, Universidade Federal do Vale do São Francisco,
Petrolina, PE, Brasil.
E-mail: [email protected]
INTRODUÇÃO
De modo geral, o andar humano é uma ação motora
complexa que requer controle global e fino do corpo.
Neste sentido a marcha é um movimento complexo
multisegmentar com controle neural paralelo. (ROSE &
GAMBLE, 1994). Em adição, a força Antero-Posterior
gerada pelo pé em contato com o solo durante a marcha é
um importante componente cinético-motor para evitar
quedas e manter a fluidez do movimento para o passo
subsequente. (MASTRANDREA, 2008). Por outro lado, a
Aptidão Motora Global que é a interação de diversas
funções motoras como as motricidades fina e global,
equilíbrio, esquema corporal, organização espacial e
temporal pode ter associação com a coordenação motora
dos membros inferiores. (ROSA NETO, 2009). Desta
forma, o presente estudo tem como objetivo avaliar a
associação entre a Força Máxima Ântero-posterior
(Fmáx_AP) da marcha e nível de Aptidão Motora Geral
(AMG) de idosos submetidos a intervenção com
abordagem coordenativa em circuitos.
MATERIAIS E MÉTODOS
Foram avaliados 23 idosos, média de idade de 70,42 anos (
7,45) e peso de 52,65 Kg ( 10,210). Para a coleta dos dados
cinéticos da marcha foi utilizada uma plataforma de força
(AMTIForca) e a variável Força Máxima Ântero-posterior
(Fmáx_AP) foi selecionada. Para a coleta dos dados motores
foi utilizada a Escala Motora para a Terceira Idade (Rosa
Neto, 2002) e a Aptidão Motora Geral (AMG) foi
selecionada. Os participantes foram submetidos a uma
intervenção com abordagem coordenativa em circuitos
durante 8 semanas, 2 vezes por semana, com duração de 60
min cada aula e foram avaliados nos momentos pré e pós-
intervenção. Os dados coletados foram planilhados e
posteriormente analisados utilizando o Software Excel
(Windows 2010). Para análise estatística utilizou-se a
correlação de Spearman e o nível de significância adotado
foi de α<0,05.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Verificou-se na pré-intervenção uma correlação positiva
e moderada entre as variáveis AMG x Fmáx_AP (R=0,506)
e pós-intervenção a correlação entre as variáveis acima
aumentou para (R=0,644). Isso significa que a associação
dessas variáveis resulta na melhora da coordenação
motora e proporciona melhora na estabilização e
propulsão durante a marcha, fatores que evitando
quedas no idoso.
Figura 1. Gráfico que representa a correlação FRS e
Tempo.
Figura 2. Imagem ilustrativa das motricidades avaliadas
na EMTI. (ROSA NETO, 2009)
CONCLUSÕES
O presente estudo concluiu que, os idosos incluídos nesta
pesquisa, após intervenção com abordagem coordenativa
em circuitos, apresentaram um aumento da correlação
ente AMG e Fmáx_AP. Assim, existe associação entre
coordenação motora e valores cinéticos da Fmáx_AP
PALAVRAS-CHAVE: Aptidão motora, Marcha, Idosos.
REFERÊNCIA
1. MASTRANDEA, L. Avaliação da marcha em idosas
ativas e sedentárias. São Paulo: 2008.
2. ROSE, J.; GAMBLE, J.G. Human Walking. 2º ed.
Baltimore: Willians & Wilkins, 1994.
3. ROSA NETO, F. Manual de Avaliação Motora. Artmed,
Porto Alegre: 2009.
ASSOCIAÇÃO ENTRE NÚMERO DE PASSOS E IMC EM CRIANÇAS PRÉ-PÚBERES PARTICIPANTES DE UM PROGRAMA DE GINÁSTICA
1Etevaldo Dantas Coelho Júnior; 2Nilmar de Assis Barros, 2Paulo Nunes dos Anjos Neto, 2Renata
Rodrigues de Almeida Santos, 1 Fernando de Aguiar Lemos, 3Ferdinando de Oliveira Carvalho,
1,2Natália Batista Albuquerque Goulart Lemos
1Grupo de Pesquisa em Plasticidade Neuromotora, 2 Grupo de extensão de Ginástica Gymnações,
Grupo de Estudos e Pesquisa em Genética e Exercício3, Universidade Federal do Vale do São
Francisco, Petrolina, PE, Brasil
E-mail: [email protected]
INTRODUÇÃO
Sabe-se que os níveis de atividade física
podem exercer influência em marcadores de
composição corporal (1, 2). Além disso,
estudos realizados com crianças brasileiras,
mostraram uma elevada prevalência de
sobrepeso e obesidade para a idade (3).
Nesse sentido, existe a necessidade de se
avaliar de forma regular a características das
atividades físicas que as crianças realizam,
bem como observar se a composição corporal
está de acordo com esses níveis. Desta forma,
o presente estudo teve como objetivo avaliar
a quantidade de passos executados por
ginastas através do método de pedometria, e
analisar possíveis correlações entre a média
de passos durante a semana e nos fins de
semana com o indicador de composição
corporal IMC.
MÉTODOS/METODOLOGIA
Foram avaliados 16 ginastas (14 meninas e 2
meninos) com média de idade de 8,8 ± 1,1
anos e média de IMC 17,7 ± 2,9. Todas as
crianças foram classificadas como Estágio I e
II de Tanner (pré-púberes). O IMC foi
calculado por meio da formula kg/m². A
quantidade de passos foi avaliada por meio
de pedômetro digital, e obteve-se a média de
passos realizados durante a semana, e nos
fins de semana. Os dados coletados foram
analisados utilizando o Software Excel
(2010). Para análise estatística utilizou-se a
correlação de Spearman e o nível de
significância adotado foi de α<0,05.
RESULTADOS e DISCUSSÃO
Verificou-se uma correlação forte (r= -0,633)
e significativa (p = 0,008) entre IMC e
número de passos na semana (FIGURA 1).
Porém, houve fraca correlação (p=0,219)
entre o número de passos e IMC nos fins de
semana (FIGURA 2). Os resultados sugerem
que quanto mais próximo do nível adequado
de IMC a criança apresenta, maior é
quantidade de passos realizados durante a
semana. Além disso, a baixa correlação
existente entre essas duas variáveis nos fins
de semana indica que as crianças que
atingiram a recomendação de passos durante
a semana, diminuíam os níveis de atividade
física durante o fim de semana, equiparando-
se às crianças de IMC mais elevado
.
Figura 1: Associação entre número de passos na semana e IMC em ginastas pré-púberes
Figura 2: Associação entre número de passos no final de semana e IMC em ginastas pré-púberes.
CONCLUSÃO
O presente estudo demonstrou uma
associação negativa entre a quantidade de
passos realizados na semana e o IMC,
demonstrando uma relação entre a
composição corporal e o nível de atividade
física em um grupo de ginastas pré-púberes.
Porém, essa associação não foi encontrada no
final de semana, demonstrando uma
diminuição da quantidade de atividades
moderadas à intensas nos finais de semana
no grupo de ginastas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. MORAES, Augusto César Ferreira de et al. Prevalência de inatividade física e fatores associados em adolescentes. Revista da Associação Médica Brasileira, v. 55, n. 5, p. 523-528, 2009.
2. FERNANDES, Rômulo Araújo et al. Riscos para o excesso de peso entre adolescentes de diferentes classes socioeconômicas. Revista da Associacao Medica Brasileira, p. 334-338, 2008.
3. OLIVEIRA, Luis Carlos et al. Excesso de peso, obesidade, passos e atividade física de moderada a vigorosa em crianças. Revista de Saúde Pública, v. 51, p. 1-12, 2017.
O JOGO DE XADREZ COMO ESTIMULAÇÃO NEUROCOGNITIVA NO TRATAMENTO DA
DEPENDÊNCIA QUÍMICA
Filipe Pitagoras Rodrigues Magalhães1,2,3; Terezinha Abel Alves1,3; José Fernando Vila Nova de
Moraes. 11Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF); 2Grupo de Estudos e Pesquisa em
Genética e Exercício (GEPEGENE);
E-mail: [email protected]
INTRODUÇÃO
A dependência de cocaína/crack está associada a
prejuízos neurocognitivos, principalmente nas funções
executivas (FE), estas gerenciadas predominantemente
pelo córtex pré-frontal do cérebro¹. O jogo de xadrez é
uma atividade que demanda a utilização e aplicação de
habilidades cognitivas e tem sido empregado na
reabilitação de pacientes com outros transtornos
psiquiátricos². Porém, apenas um estudo, até hoje,
avaliou o impacto deste jogo em pacientes com
dependência de substâncias (DS)³. Deste modo o
presente estudo buscou avaliar o efeito a intervenção
com xadrez sobre a FE como também verificar a
viabilidade da intervenção com o xadrez no tratamento
da DS.
MATERIAIS E MÉTODOS
O programa de intervenção seguiu uma sequencia
pedagógica em cada encontro: Explicação da regras,
Jogadas especiais (promoção do peão), Desenvolvimento
de peças (cavalo e bispo), Jogadas especiais (roque),
Jogadas especiais (tomada em passant), Antecipação de
jogadas, Análise da última jogada do adversário (alguma
peça em risco), Jogadas vantajosas e desvantajosas,
Situações de empate, Xeque mate, Torneio. A FE foi
avaliada por meio do Teste de Stroop (SPREEN;
STRAUSS, 1998). Foi realizada uma análise descritiva dos
dados. O nível de significância adotado foi p<0,05 e
o software utilizado para efetuar as análises será
o Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão
22.0. Na estatística do stroop foi utilizado a ANOVA de
Friedman para a comparação entre os momentos do
mesmo grupo (pré vs. meio vs. pós) e o teste U de Mann-
Whitney para a comparação entre os grupos (pré
intervenção vs. pré controle).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A intervenção proposta não provocou alterações
significativas nas variáveis mensuradas da FE. Um dos
fatores preponderantes para este resultado foi o pouco
tempo de intervenção que parece ser insuficiente para
promover modificações significativas no controle
inibitório e tempo de reação, entretanto observou-se a
viabilidade da intervenção com o xadrez visto que não
houve participantes desistentes no GI além de todos os
participantes terem demonstrado evolução no jogo,
demonstrando autonomia, independência de auxílio
externo para desenvolverem o jogo de xadrez após dez
aulas.
CONCLUSÕES
Conclui-se que a estimulação neurocognitiva por meio do
xadrez pode ser uma alternativa não farmacológica na
reabilitação na DS, visto o seu baixo custo, baixo risco e
elementos motivacionais presentes no jogo de xadrez.
REFERÊNCIAS
1. Koob GF, Volkow ND. Neuropsychopharmacology. 2010;35(1):217-38.
2. Oliveira V. Jogos de regras e resoluções e problemas. Petrópolis, RJ: Vozes; 2004.
3. .Gonçalves PD, et al. Drug Alcohol Depend, 2014;141:79-84
TESTE DE VALIDADE DO SOFTWARE LACTATE-E NA DETERMINAÇÃO DO LIMIAR DE LACTATO DE CAPOEIRISTAS EM TESTE ESPECÍFICO DA MODALIDADE
Francélio M. M. Luz1; Geovani A. dos Santos2; Eduardo S. Numata Filho3; Davi L. Ribeiro4; Samuel P.
Santos5; Ricardo D. A. da Costa6; Lorrana K. S. Barros7; Sérgio R. Moreira8.
1Universidade Federal do Vale do Vale do São Francisco, Grupo de Estudos do Desempenho Humano e das Respostas Fisiológicas ao Exercício (GEDeRFE);
E-mail: [email protected]
INRODUÇÃO
O limiar de lactato (LL) pode ser determinado por
diferentes métodos dentre eles, a inspeção visual (IV) e
softwares como o LACTATE-E (LACTATE-E), que pode
ser utilizado afim de auxiliar a intervenção dos
profissionais do treinamento esportivo. Porém, ainda é
desconhecida a possibilidade de utilização deste método
em avaliação específica do LL em modalidades de luta,
em especial a Capoeira. Portanto, o objetivo do presente
estudo foi de verificar a validade do Software LACTATE-E
na determinação do LL de capoeiristas em teste
incremental específico da modalidade.
MATERIAIS E MÉTODOS
Dezesseis capoeiristas recreacionais homens (27,3±6,9
anos) realizaram um teste incremental de ginga,
iniciando em 16 ciclos.min-1 (movimentos de ginga por
minuto) com incrementos de 2 ciclos.min-1 a cada
estágio de 3 min com 1 min de intervalo entre eles,
acompanhando estímulo visual e sonoro. A Frequência
cardíaca (FC), concentração de lactato ([Lac]) e
percepção subjetiva de esforço (PSE), foram registradas
ao fim de cada estágio. O limiar de lactato (LL) foi
estimado como a intensidade de exercício anterior ao
aumento exponencial da [Lac], e dois métodos de
determinação foram utilizados: IV e LACTATE-E.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Não foi observada diferença significativa no LL para FC
LL (IV: 166±8 vs. LACTATE-E: 169±12 bpm, p<0,05), PSE
[IV: 13 (12-13) vs. 12 (12-16), p>0,05) e [Lac] (IV:
2,7±0,8 vs. LACTETE-E: 3,6±2,4 mM, p<0,05). Além disso,
não ocorreu diferença para o estágio referente ao LL (IV:
23,1±2,9 vs. LACTATE-E: 24,6±4,0, p>0,05). No entanto, a
análise de concordância a partir do método Bland-
Altman demonstrou discordância entre os métodos (4,9
[-5,0/3,4]), representada na Figura 1.
Figura 3. Análise de concordância a partir do método
Bland-Altman. A partir disso, podemos inferir que o
método LACTATE-E pode subestimar ou superestimar a
intensidade do LL, e influenciar o treinador a utilizar uma
intensidade inadequada para o treinamento, com alta
variação da intensidade real. Logo, para análise de
validação de métodos é necessária a utilização da análise
de concordância a partir do método Bland-Altman, pois a
comparação de médias e medianas podem confundir os
resultados obtidos2. Tal resultado pode ser devido a uma
sensibilidade do LACTATE-E a um comportamento de
curva não habitual da [Lac] no teste.
CONCLUSÕES
O software LACTATE-E não é um método valido para
determinação do LL de capoeiristas em teste específico
da modalidade.
REFERÊNCIAS
1. NEWELL, J, et al. JSC v. 25, n. 12, p. 1403-1409, 2007.
2. BLAND, JM; ALTMAN, DG G. JBS v. 17, n. 4, p. 571-582, 2007.
AVALIAÇÃO DA COORDENAÇÃO MOTORA E PERCEPÇÃO EM CRIANÇAS COM TDAH E TDC
Francisco Rosa Neto1; Lisiane Schilling Poeta2; Ricardo de Almeida Pimenta1.
1Laboratório de Desenvolvimento Humano, Universidade do Estado de Santa Catarina; 2Centro de
Desportos. Universidade Federal de Santa Catarina;
E-mail: [email protected]
INTRODUÇÃO
O Transtorno do Déficit de Atenção/Hiperatividade
(TDAH) é caracterizado por níveis inapropriados de
atividade, impulsividade e desatenção, que interferem no
funcionamento, levando a prejuízos psicossociais ao
longo da vida [1]. O Transtorno do Desenvolvimento da
Coordenação (TDC) é definido como um
comprometimento no aprendizado e execução das
habilidades motoras, considerando a idade cronológica e
a oportunidade de aquisição e uso das habilidades, que
interfere significativamente nas atividades de vida diária
[1]. É conhecido que tanto as crianças com TDAH quanto
com TDC apresentam problemas na função motora,
porém, as áreas motoras prejudicadas parecem ser
distintas [2]. Com isso, o objetivo do estudo foi de avaliar
a coordenação motora e a percepção em crianças com
TDAH e TDC.
MATERIAIS E MÉTODOS
Trata-se de um estudo transversal e descritivo realizado
junto ao Ambulatório Materno Infantil, da Faculdade de
Medicina, da Universidade do Sul de Santa Catarina
(UNISUL). Participaram do estudo 44 crianças
diagnosticadas com TDAH com idade média de
103,6±17,9 meses, e 11 diagnosticadas com TDC com
idade média de 77,5±20,3 meses. Para a avaliação da
coordenação (motricidade fina e global) e da percepção
(organização espacial e temporal) motora, foi utilizada a
Escala de Desenvolvimento Motor – EDM. A pesquisa foi
aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa da UNISUL
(07.374.4.01.III).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os resultados apontam que as crianças com TDAH
apresentam déficits motores em todas as áreas analisada,
com especial destaque para as áreas perceptivas. Para a
orientação espacial e orientação temporal foram
observados os menores valores. Atraso severo também
foi observado para a motricidade fina. Os atrasos
motores nas crianças com TDAH podem estar associados
a problemas na atenção e na inibição [3]. Diferentemente,
as crianças com TDC apresentaram pior resultado para a
motricidade global, o que condiz com as características
do transtorno.
CONCLUSÕES
Os resultados indicam que existem diferenças entre as
dificuldades motoras encontradas em crianças com
TDAH e crianças com TDC. Enquanto as crianças com
TDAH apresentam maiores dificuldades nas áreas
perceptivas e na motricidade fina, as com TDC
apresentam maiores dificuldades na motricidade global.
Os dados deste estudo permitem sugerir que as
dificuldades motoras no TDAH podem representar uma
característica do transtorno e não podem ser atribuídas
exclusivamente à comorbidade com o TDC.
REFERÊNCIAS
1. APA. Diagnostic and Statistical Manual of Mental
Disorders. 5. ed. Washington: American
Psychiatric Association, 2013.
2. Goulardins, JB, et al. Behavioural Brain Research,
v.292, p.484–492, 2015.
3. Kaiser, ML, et al. Research in Developmental
Disabilities, v.36, p.338–357, 2015
Tabela 1: Valores de média e desvio padrão (DP) e classificação dos quocientes motores obtidos na
avaliação motora em crianças com TDAH e TDC.
TDAH TDC
Quocientes Média (DP) Classificação Média (DP) Classificação
Motor geral 81,3 ± 15,0 Inferior 84,9 ± 10,8 Normal baixo
Motricidade fina 78,3 ± 12,0 Inferior 82,0 ± 17,0 Normal baixo
Motricidade global 87,3 ± 14,2 Normal baixo 79,8 ± 14,0 Inferior
Orientação espacial 75,6 ± 12,5 Inferior 102,1 ± 16,2 Normal médio
Orientação temporal 71,6 ± 12,2 Inferior 89,1 ± 51,7 Normal baixo
ASSOCIAÇÃO ENTRE A APTIDÃO MOTORA GERAL E A BATERIA DE TESTES SENIOR FITNESS
TEST EM IDOSOS
Graciano Joan Xavier Lima1, Lorenna Walesca de Lima Silva1, Cleuber de Souza Gonçalves1, Juliana
Moreira Paes Landim1; Daniel Tenório da Silva1; Marcelo de Maio Nascimento1, Natália Batista
Albuquerque Goulart Lemos1, Fernando de Aguiar Lemos1
1Grupo de Pesquisa em Plasticidade Neuromotora, Universidade Federal do Vale do São Francisco,
Petrolina, PE, Brasil
E-mail: [email protected]
INTRODUÇÃO
O estudo objetivou investigar a associação entre escores
da Escala Motora para a Terceira Idade e a bateria de
testes Senior Fitness Test obtidos em idosos submetidos
a um treinamento coordenativo em formato de circuito
na Universidade Federal do Vale do São Francisco -
Campus Petrolina/PE.
MATERIAIS E MÉTODOS
Foram avaliados a capacidade coordenativa e funcional
de 25 idosos (69,96 ± 7,21 anos) por meio da Aptidão
Motora Geral (AMG) da Escala Motora da Terceira Idade
(EMTI) e a bateria de testes Senior Fitness Test (SFT). Os
dados foram organizados em planilha excel. A
normalidade dos dados foi testada por meio do teste de
Shapiro-Wilk e a correlação por meio do teste Produto
Momento de Pearson. O nível de significância adotado foi
de p< 0,05.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Uma moderada correlação (R = 0,445 e p = 0,026) foi
identificada entre a Aptidão Motora Geral (AMG) e o
Índice de aptidão Física Geral (SFT) e um coeficiente de
determinação igual a 0,198.
Figura 4. (A) Escala Motora para a Terceira Idade e (B)
Bateria de testes Senior Fitness Test.
CONCLUSÕES
Por meio desta analise concluiu – se que há uma
associação linear positiva entre a Aptidão Motora Geral
(AMG) e o Índice de aptidão Física Geral (SFT) e que essa
correlação apresenta influencia determinante entre as
variáveis de 19,80%.
.
REFERÊNCIAS
1. RIKLI et al. Development and Validation of a
Functional Fitness Test for Community-Residing Older
Adults. Journal of Aging and Physical Activity, Fullerton,
n. 7, p. 129-161, 1999;
2. ROSA NETO, F. Manual de Avaliação Motora.
Artmed, Porto Alegre: 2002.
.
Tabela 1: Tabela descritiva.
VARIAVEIS X±dp Md (Q1; Q3)
Aptidão Motora Geral 81,60 ± 20,9 87 (63,5;97)
Índice de aptidão Física Geral (%) 54,80 ± 13,57 52,50 (45;66,25)
Q1: Quartil 1; Q3: Quartil 3. X: Média; Md: mediana.
QUALIDADE DE VIDA EM IDOSAS PRATICANTES DE DANÇA
Hareta Fernandes da Silva1; Daiane Gouvêa Cavalcante2; Alessandra Regina Carnelozzi Prati2; Roseana Pacheco Reis Batista1; Daniel Vicentini de Oliveira3; Cláudia Regina Cavaglieri3; Kácia
Valéria Miranda Oliveira Nascimento4; José Roberto Andrade do Nascimento Júnior1.
1Universidade Federal do Vale do São Francisco; 2Faculdade Metropolitana de Maringá; 3Universidade Estadual de Campinas; 4Universidade de Pernambuco;
E-mail: [email protected]
INTRODUÇÃO
Devido aos avanços tecnológicos relacionados à saúde e
também, adequações nas condições de urbanização,
alimentação, moradia e trabalho, há um crescente
aumento da expectativa de vida em diversos países,
inclusive no Brasil, o que contribui para o aumento da
população idosa. Diante disso, é imprescindível a
preocupação da sociedade com a Qualidade de vida (QV)
desse público [1]. A QV já foi estudada e conceituada de
maneiras diferentes, porém, atualmente sua definição
mais consistente e aceita é da percepção que o indivíduo
tem sobre sua posição na vida, no contexto cultural e
sistema de valores, e em relação aos seus objetivos,
expectativas, padrões e preocupações [2]. Desse modo, o
presente estudo teve como objetivo analisar a qualidade
de vida de idosas praticantes de dança.
MATERIAIS E MÉTODOS
Participaram deste estudo descritivo 47 idosas
praticantes de dança recreativa de uma igreja. Os
instrumentos utilizados foram o WHOQOL-Bref e o
WHOQOL-Old [2]. Os dados foram apresentados por
meio da estatística descritiva (média, desvio padrão,
frequências absoluta e relativa).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Foi verificado que no geral, as idosas apresentaram
escores acima da média em todas as dimensões. Quanto
aos valores referentes ao WHOQOL-Bref, o
domínio mais pontuado foi o Físico, enquanto que no
WHOQOL-Old, o fator que apresentou valor médio mais
alto foi Morte e morrer. Esses resultados demonstram
que o físico representa grande importância para a
percepção da QV, o que corrobora com estudo realizado
por Pereira et al. [3]. A dimensão Morte e morrer
também obteve um dos escores mais elevados, assim
como no estudo de Vagetti et al. [1].
CONCLUSÕES
Conclui-se que as idosas praticantes de dança da amostra
pesquisada apresentaram altos valores em todos os
domínios, o que demonstra que as mesmas tem uma boa
percepção da própria QV, com ênfase em aspectos
relacionados ao Físico e Morte e morrer. O estudo
contribui no sentido de ampliar as possibilidades de
promoção da QV e saúde desse público, inclusive
elaborando intervenções que trabalhem mais
especificamente os domínios considerados mais
importantes para as idosas, auxiliando no processo de
envelhecimento e em aspectos psicológicos.
REFERÊNCIAS
1. VAGETTI GC, et al. RM, v. 8, 709-718, 2012.
2. FLECK MPA, et al. RBP, v. 21, p. 19 - 28, 1999.
3. PEREIRA RJ, et al. RPRGS, v. 28, 17-38, 2006.
Tabela 1. Análise descritiva do nível de QV das idosas praticantes de dança.
VARIÁVEIS x ± dp
Domínios de QV (WHOQOL Bref)
Domínio 1 – Físico 16,1 ± 2,0
Domínio 2 – Psicológico 15,9 ± 1,5
Domínio 3 – Relações sociais 15,7 ± 1,7
Domínio 4 – Meio ambiente 14,5 ± 1,7
Domínio 5 – Auto avaliação 15,6 ± 1,6
Facetas de QV (WHOQOL Old)
Faceta 1 – Funcionamento do Sensório 15,9 ± 2,7
Faceta 2 – Autonomia 15,0 ± 2,0
Faceta 3 – Atividades passadas, presentes e futuras 15,3 ± 2,0
Faceta 4 – Participação Social 15,3 ± 1,9
Faceta 5 – Morte e Morrer 16,7 ± 3,2
Faceta 6 – Intimidade 15,8 ± 3,1
EFEITO DA FORMA DE PALMARES SOBRE VARIÁVEIS CINEMÁTICAS EM NADADORES
RECREACIONAIS
1Ingrid Thaiane Soares Batista, 1Gabriel Lucas Leite da Silva Santos & 1,2Lara Elena Gomes 1Grupo de Pesquisa Biomecânica do Esporte e Clínica, Universidade Federal do Vale do São
Francisco, Petrolina, PE, Brasil 2Faculdade de Educação, Universidade Federal da Grande Dourados, Dourados, MS, Brasil.
E-mail: [email protected]
INTRODUÇÃO
Na natação, é comum o uso de palmares, de diferentes
áreas e formas, com o intuito de aumentar a área
propulsiva da mão [1]. A maioria dos estudos sobre
palmares analisou o efeito agudo da área no desempenho
de nadadores competitivos [1]. Não obstante, pouco se
sabe sobre o efeito da forma de palmares e o efeito do
agudo de palmares sobre o desempenho de nadadores
recreacionais. Portanto, o objetivo deste estudo foi
verificar o efeito agudo do uso de palmares com
diferentes formas (côncavo e plano) sobre o desempenho
de nadadores recreacionais a partir da análise de
variáveis cinemáticas.
MATERIAIS E MÉTODOS
Oito nadadores recreacionais (sexo masculino,
26,25 ± 3,37 anos, 81,17 ± 15,32 kg, 1,79 ± 0,07 m)
realizaram testes máximos de 25 m crawl sem palmar,
com palmar côncavo (264 cm²) e com palmar plano
(264 cm²). Eles foram gravados durante 10 m com uma
câmera digital (30 Hz). No software VirtualDub, foram
determinadas a velocidade de nado (VN), a distância
percorrida por ciclo de braçadas (DC) e a frequência de
ciclos de braçadas (FC). Estatística paramétrica foi
utilizada conforme o tamanho amostral [2]. Foi
conduzida uma ANOVA one-way para avaliar o efeito da
forma e a esfericidade dos dados foi verificada com o
teste de Mauchly. Quando um efeito principal
significativo foi encontrado, o post hoc de Bonferroni foi
empregado. O nível de significância adotado foi de 5% e a
análise foi realizada no SPSS.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Conforme a Tabela 1, quando os palmares foram
utilizados, a VN e a DC foram maiores do que sem palmar.
Diferentemente, a FC reduziu. Não foram encontradas
diferenças entre os palmares. Como a VN é o produto
entre a DC e a FC, os palmares permitiram o aumento da
DC superior à redução da FC, resultando no aumento da
VN. Como os palmares avaliados apresentam diferenças
sutis entre suas formas, novos estudos são necessários
para esclarecer se formas mais distintas produzem
efeitos diferentes.
CONCLUSÕES
A forma do palmar apresentou um efeito sobre as
variáveis cinemáticas em nadadores recreacionais.
Contudo, entre os palmares plano e côncavo, não foram
encontradas diferenças.
REFERÊNCIAS
1. GOURGOULIS V, et al. IJSM v.29, p.429 - 434, 2008.
2. HOPKINS WG, et al. MSSE v. 41, p.3 - 12, 2009.
Tabela 1: Média ± desvio-padrão das variáveis cinemáticas.
Velocidade de nado
(m/s) Frequência de ciclos
(Hz) Distância por ciclo
(m)
Sem palmar 1,48 ± 0,08* 0,94 ± 0,07* 1,58 ± 0,18*
Palmar côncavo 1,54 ± 0,06 0,86 ± 0,07 1,81 ± 0,20
Palmar plano 1,55 ± 0,08 0,87 ± 0,07 1,79 ± 0,17
*sem palmar foi diferente das outras condições (p < 0,05).
TECNOLOGIAS DE ENSINO NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR: UMA REVISÃO DE LITERATURA Janielma Bezerra da Silva1; Gustavo Henrique Gonçalves e Silva1; Jeane Cristina de Souza1; Leilane
Shamara Guedes Pereira Leite1; George Tawlinsin Soares Gadelha1; Patrick Stafin Coquerel1.
1UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE; E-mail: [email protected]
INTRODUÇÃO
Entende-se a inserção da tecnologia na Educação Física
como um desafio, pois essa mesma tecnologia contribui
para que tenhamos comportamento sedentário e inativo
(BARACHO, GRIP E LIMA, 2012). Sendo assim, dentro da
perspectiva da educação básica, o uso da tecnologia de
forma ampla contribui para que tenhamos mais
ferramentas pedagógicas a fim de aproximar os
conteúdos programáticos a realidade de uma
geração (RUSHKOFF,1999 et al. RAMOS, 2008). Sendo
assim, o presente estudo, através de uma revisão
sistemática de literatura, buscou identificar se as novas
tecnologias já são utilizadas por professores de Educação
Física nas escolas da educação básica.
MATERIAIS E MÉTODOS
Essa pesquisa de método qualitativo foi elaborada sob
uma ótica da revisão sistemática. Para tanto, realizamos
uma busca de artigos de 2010 a 2018 nas bases de dados
Scielo, Periódicos da Capes e Lilacs foram selecionados
artigos na língua portuguesa, no tópico “educação
escolar” e em periódicos revisados por pares. Utilizamos
os descritores: “tecnologia”, “ensino”, “educação física
escolar”. Inicialmente foram identificados 171 artigos.
Em um segundo levantamento, foram selecionados os
artigos que apresentavam os termos da busca em seu
título, o que resultou em 38 artigos. Após a leitura dos
resumos, outras exclusões foram feitas. Por fim, apenas
cinco publicações atenderam aos critérios para a inclusão
nesta pesquisa.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Após análise sistemática, afirmamos que há limitações,
dificuldades e pouco rigor no processo de construção
metodológica com o uso de tecnologia. Os autores
reafirmam a necessidade de maiores pesquisas
envolvendo o uso dos exergames na prática de aulas de
educação física, assim como maior rigor e busca pelo
conhecimento das práticas tecnológicas pelo corpo
docente, administrativo e governamental no âmbito
escolar. Sobre o uso da tecnologia assistida, os autores
apontaram novas possibilidades, não só quanto ao uso e
domínio das tecnologias, mas quanto à criação de objetos
adaptadores para o grau e a situação diferenciada de
cada aluno assistido.
CONCLUSÕES
Ao analisar os estudos desta revisão identificou-se que
eles convergem em seus resultados para o uso das
tecnologias de ensino na Educação Física escolar, no
entanto, preconizam que essa utilização seja realizada
mediante um bom planejamento metodológico, visando
objetivos de aprendizagem específicos. Concluímos que
ainda há pouca produção de conhecimento a respeito da
temática abordada. Assim, faz-se necessário a realização
de pesquisas futuras com o intuito de colaborar para a
inserção e melhor uso das tecnologias nas aulas de
Educação Física.
REFERÊNCIAS
1. BARACHO, A.F. L; GHRIP, F.J.; LIMA, M.R. Os
exergames e a educação física escolar na cultura
digital. 2012.
2. 2. RAMOS, K.D. A escola frente ao fenômeno dos
jogos eletrônicos: Aspectos morais e éticos. 2008
.
EFEITO DO TREINAMENTO DE FLEXIBILIDADE NO DESEMPENHO DE FORÇA ISOMÉTRICA AGUDO APÓS ALONGAMENTO ESTÁTICO EM IDOSAS
José Hildemar Teles Gadelha1; Antonio Gonçalves do Santos Neto1; Brendha Stephany Rodrigues da Silva1; Aline Rafaela Soares da Silva1; Jamile Drubi de Souza1; Sebastião da Silva Costa1; Matheus da
Silva Dias 1; André Luiz Demantova Gurjão1. 1Universidade Federal do Vale do São Francisco;
E-mail: [email protected]
INTRODUÇÃO
Os exercícios de alongamento estático (AE) têm sido
recomendado como parte integrante de um programa de
treinamento com o objetivo de atenuar a redução da
amplitude articular, principalmente na população idosa1.
O treinamento de flexibilidade pode melhorar o
desempenho de força2, por outro lado seu efeito agudo
pode induzir um déficit transitório na força. Assim, o
objetivo do estudo foi analisar o efeito de oito semanas
de treinamento de flexibilidade na resposta aguda da
contração voluntária máxima (CVM) e taxa de
desenvolvimento de força (TDF) após um protocolo de
AE em idosas.
MATERIAIS E MÉTODOS
No momento pré e pós-período experimental a curva força-tempo (Cf-t) isométrica foi registrada após duas condições (controle e AE). Em cada momento as participantes compareceram ao laboratório em cinco ocasiões, três visitas para familiarização à Cf-t e AE e duas para o emprego de uma das duas condições experimentais: controle (sem alongamento) e AE (3 repetições de 30s). Após a avaliação inicial as participantes (n=27) foram divididas aleatoriamente em dois grupos, controle (GC; n = 14; 66,8 ± 6,4 anos) e treinamento (GT; n = 13; 69,8 ± 8,5 anos). Durante o período de oito semanas o GC não realizou nenhum tipo de exercício, já o GT realizou treinamento de AE composto por 8 exercícios para os principais grupos musculares (3 repetições de 30s com 30s de intervalo), 3 vezes por semana. Para avaliação da flexibilidade foi realizado o teste de sentar e alcançar. O esforço isométrico máximo de extensão do joelho foi avaliado por meio de um transdutor de força fixado em uma cadeira rígida para extensão de joelho. Quadril e joelho foram ajustados em 90° de flexão. A TDF pico foi determinada pelo teste da primeira derivada do sinal do transdutor de força e a CVM como o maior valor dentro da janela de um segundo a partir da estabilização da força. ANOVA three-way para medidas repetidas,
apresentando como fatores grupo (GC e GT), condição (controle e AE) e momento (pré e pós) foi empregada com o objetivo de verificar o possível efeito da condição e do treinamento de flexibilidade na CVM e TDF. A significância adotada foi p<0,05.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Não foi encontrado efeito do treinamento (interação
Momento x Grupo, p>0,05) para CVM e TDF pico. O AE
não promoveu alterações para ambas as variáveis nas
condições (interação Condição x Grupo, p>0,05) e
momento (interação Momento x Condição e Momento x
Condição x Grupo, p>0,05). A falta de alterações crônicas
na TDF pode estar relacionada a respostas hipertróficas
atenuadas de tendões ao treinamento habitual, menor
taxa de formação de novos tecidos conectivos e menor
resposta a sobrecargas mecânicas3.
CONCLUSÕES
Oito semanas de treinamento de flexibilidade não
promoveu alterações crônicas na CVM e TDF. Em adição
o AE não promoveu redução aguda na força.
REFERÊNCIAS
1. Garber CE, et al. MSSE v.43, n 7, p.1334 - 1359,
2011.
2. Ferreira GNT, et al. CJSM v. 17, n 4, p. 276 - 281,
2007.
3. Magnusson SP, et al. IJEP v.88, n 4, p. 237 - 240,
2007.
Tabela 1: Comparação da CVM e TDF nos momentos Pré e Pós intervenção para grupos GC e GT nas
condições controle e AE de mulheres idosas (n = 27). Valores apresentados em média ± desvio
padrão.
PRÉ PÓS
Grupo Controle AE Controle AE
CVM (N) GC 245,1 ± 76,4 246,6 ± 75,5 250,8 ± 80,6 244,8 ± 76,8
GT 209,5 ± 48,1 215,6 ± 64,1 211,3 ± 63,7 229,7 ± 70,0
TDF pico (N.s-1) GC 1630,7 ± 908,0 1756,8 ± 848,5 1721,4 ± 866,7 1518,5 ± 835,7
GT 1774,1 ± 620,6 1523,3 ± 303,7 1893,6 ± 777,6 1921,9 ± 758,4
COMPARAÇÃO DOS INDICATIVOS DE DEPRESSÃO DE IDOSOS USUÁRIOS DE UNIDADES
BÁSICAS DE SAÚDE EM FUNÇÃO DO NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA
Josy Rawane da Silva Paulo1; Gustavo Vinicius do Nascimento de Oliveira2; Diogo Alves da Silva2;
Roseana Pacheco Reis Batista1; Daniel Vicentini de Oliveira3; Cláudia Regina Cavaglieri3; Naelly
Renata Saraiva Pivetta3; José Roberto Andrade do Nascimento Júnior1
1Grupo de Estudos em Psicologia do Esporte e do Exercício, Universidade Federal do Vale do São
Francisco, Petrolina, PE, Brasil; 2Faculdade Metropolitana de Maringá, Maringá, PR,
Brasil; 3Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP, Brasil;
E-mail: [email protected]
INTRODUÇÃO
O processo de envelhecimento é composto por diversas
transformações, entre elas, as biológicas, sociais e
psíquicas, que o sujeito experiencia de forma dinâmica e
progressiva ao longo da vida. Algumas pessoas podem
sentir dificuldade em enfrentar esses processos, e
desenvolver reações negativas como perda de prazer nas
atividades da rotina, distúrbios no sono e no apetite,
alteração de humor, falta de energia, melancolia, ou seja,
sentimentos caracterizados como depressivos [1][2].O
envelhecimento conta com alterações no sistema motor,
assim como os sujeitos com sintomas de depressão.
Alguns estudos apontam que os idosos com sintomas de
depressão tendem a apresentar um nível alto de
hipocondria e um aumento na busca por unidades de
saúde [1]. A prática de exercício é tida como um bom
recurso para a promoção de bem-estar e redução
sintomas de depressão[2]. Dessa forma, esse estudo teve
como objetivo comparar os indicativos de depressão de
idosos usuários de Unidades Básicas de Saúde de acordo
com o nível de atividade física.
MATERIAIS E MÉTODOS
Participaram deste estudo descritivo 654 idosos do sexo
masculino e feminino (288 homens e 366 mulheres)
usuários de Unidades Básicas de Saúde da cidade de
Maringá-PR. Como instrumentos foram utilizados
o International Physical Activity Questionnaire (IPAQ)-
Versão curta e a Escala de Depressão Geriátrica (GDS)-
Versão curta. Para a análise dos dados foram utilizados
os testes de Kolmogorov-Smirnov, Kruskal-Wallis e “U”
de Mann-Whitney (p<0,05).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Verificou-se diferença significativa nos indicativos de
depressão dos idosos entre os grupos (p = 0,027),
indicando que os idosos e sedentários [Md = 4,0)
apresentaram maior escore de depressão do que os
idosos ativos (Md = 3,0) e irregularmente ativos (Md =
3,0). Apesar de tais diferenças, nenhum dos grupos
apresentaram indicativo de depressão. No entanto, os
idosos fisicamente ativos apresentaram menor escore de
depressão, se assemelhando com os resultados de outros
estudos que apresentam a prática de atividade física
regular considerada importante para a redução e
prevenção de sintomas depressivos [2][3].
Figura 5. Indicativos de depressão dos idosos usuários
de Unidades Básicas de Saúde de acordo com o nível de
atividade física.
CONCLUSÕES
Concluiu-se que os idosos usuários de Unidades Básicas
de Saúde de Maringá-PR não apresentaram indicativos
de depressão, entretanto, os idosos fisicamente ativos
apresentaram menor escore de depressão.
REFERÊNCIAS
1. Goulart NBA, et al. RBEF v.28, p.371 - 376, 2014.
2. Lemos FA, et al. V SNA, 2014.
3. Rocha ES, et al. IV SNA. 1 (1): 1-2, 2013.
ATUAÇÃO INTERDISCIPLINAR NO DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR EM CRIANÇAS
DIAGNOSTICADAS COM MICROCEFALIA: ESTUDO DE CASO
1Jucélia Gonçalves Ferreira de Almeida*, ¹Wilhelm Bruno Rodrigues & ¹ Wasley Carlos Gonçalves
Matos 1 Grupo de Pesquisa em desenvolvimento neuropsicomotor em pediatria, Universidade Federal do
Vale do São Francisco, Petrolina, PE, Brasil
E-mail: [email protected]
INTRODUÇÃO
Em 2015, iniciou-se no Brasil o surto de infecção pelo
vírus Zika (ZIKV), transmitido pelo mosquito Aedes
aegypti. (OMS, 2015).
Entre as principais consequências da infecção pelo ZIKV
estão as anormalidades fetais detectadas por meio do
ultrassom, dentre as alterações estão à diminuição do
crescimento intrauterino, fluxo cerebral ou umbilical
anormal, calcificações ventriculares e, outras alterações
no sistema nervoso central. Nos casos mais graves, as
alterações neurológicas podem resultar na microcefalia,
que é acompanhada de grande comprometimento
funcional e atraso no desenvolvimento neuropsicomotor
(BRASIL, 2016). Este estudo tem como objetivo avaliar o
desenvolvimento neuropsicomotor em crianças
diagnosticadas com microcefalia em atuação
interdisciplinar.
MATERIAIS E MÉTODOS
Trata-se de um estudo observacional descritivo, com
caráter transversal, de natureza quantitativa e analítica.
A coleta de dados foi adquirida através avaliação
interdisciplinar em 05 (cinco) crianças diagnosticadas
com Microcefalia, com idade média 1,5 anos.
RESULTADOS
Observou-se que as crianças obtiveram uma melhora
desenvolvimento neuropsicomotor (DNPM)
significativas, como, por exemplo, o controle cervical foi
melhorado em todos os casos; o desenvolvimento
acontece no sentido crânio – caudal, sendo essencial ao
controle cervical para a possibilidade de experimentar as
posturas do DNPM.
Figura 6. Imagem autorizada pelo responsável para
divulgação dos resultados.
CONCLUSÕES
O estudo apresentou a necessidade da atuação
interdisciplinar para o desenvolvimento
neuropsicomotor em crianças diagnosticadas com
microcefalia, bem como a importância de início precoce.
REFERÊNCIAS
1. Brasil P, Pereira Jr JP, Moreira ME, Nogueira RMR,
Damasceno L, Wakimoto M, et. al. Zika vírus infection in
pregnant women in Rio de Janeiro. N Engl J Med.
2016;375(24):2321-34.
2. Organização Mundial da Saúde. 2015
Tabela 1: Avaliação DNPM e controle cervical entre março e dezembro/ 2017.
ASSOCIAÇÃO ENTRE A SENSAÇÃO DE DOR E O EQUILÍBRIO ESTÁTICO EM IDOSOS
Crianças DNPM Inicial DNPM Final Controle Cervical antes Controle Cervical depois
Criança 1 01 mês 02 meses Ausente Flutuante
Criança 2 01 mês 03 meses Ausente Total
Criança 3 02 meses 04 meses Flutuante Total
Criança 4 01 mês 03 meses Ausente Total
Criança 5 01 mês 03 meses Ausente Total
1Juliana Moreira Paes Landim*, 1Graciano Joan Xavier Lima, 1Lorenna Walesca de Lima Silva, 1Cleuber de Souza
Gonçalves, 1André Brito Carvalho; 1Etevaldo Dantas Coelho Junior; 1Natália Batista de Albuquerque Goulart Lemos & 1Fernando de Aguiar Lemos
1Grupo de Pesquisa em Plasticidade Neuromotora, Universidade Federal do Vale do São Francisco, Petrolina, PE, Brasil
E-mail: [email protected]
INTRODUÇÃO
O estudo tem por objetivo analisar a associação entre
escore de Dor determinado pelo Medical Outcomes Study
36 - Item Short - Form Health Survey (SF – 36) e o
Equilíbrio estático, controlado pela ênfase de
proprioceptores, e obtido por meio da avaliação do
Centro de pressão (COP) em uma plataforma de força.
MATERIAIS E MÉTODOS
25 idosos (69,96 ± 7,21 anos) foram avaliados por meio
do questionário Medical Outcomes Study 36 - Item Short
- Form Health Survey (SF – 36) e Equilíbrio com olhos
fechados foi avaliado por meio de uma plataforma de
força (AMTIForce). Os dados foram organizados em
planilha Excel (Windows, 2010). Posteriormente a
normalidade dos dados foi testada por meio do teste de
Shapiro-Wilk e aplicada uma correlação por meio do
teste Produto Momento de Pearson. O nível de
significância de α< 0,05.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Foi encontrada uma moderada correlação positiva (r =
0,580 e p = 0,009) entre o escore de Dor (SF – 36) e a
área total do COP com os olhos fechados e coeficiente de
determinação igual a 33,5%.
Figura 7. Protocolo de avaliação.
CONCLUSÕES
Existe uma relação linear e positiva entre o escore de Dor
(SF – 36) e a área total do COP com os olhos fechados no
período pré-intervenção e que essa correlação apresenta
uma determinação entre as variáveis de 33,50%.
REFERÊNCIAS
1. CICONELLI, Rozana Mesquita - Tradução para o
português e validação do questionário genérico de
avaliação de qualidade de vida “Medical Outcomes Study
36-Item Short-Form Health Survey (SF-36)” São Paulo,
1997.
VARIAVEIS X±dp Md (Q1;Q3)
Escore de Dor (SF – 36) - Pré 62,79 ± 25,38 51 (41;84)
Àrea total do COP (olhos fechados) – Pré 14,44 ± 6,79 14,37 (9,52;20,16)
Tabela 1. Valores de Média e desvio Padrão da escala de Dor e do Centro de pressão mensurado em uma plataforma
de Força
ORIENTAÇÃO ÀS METAS E ANSIEDADE PRÉ-COMPETITIVA NO CONTEXTO DO ESPORTE ESCOLAR
Karlla Emanuelle Ferreira Lima Paiva1; Eliakim Cerqueira da Silva1; Carla Thamires Laranjeira Granja1; Vinícius da Cruz Souza1; Adson Alves da Silva1; Daniel Vicentini de Oliveira 1; José Roberto Andrade do Nascimento Junior1,2.
1Universidade Federal do Vale do São Francisco, Petrolina, PE, Brasil; 2Universidade Estadual de Campinas, Campinas,
SP Brasil; E-mail: [email protected]
INTRODUÇÃO
A ansiedade no contexto esportivo pode ser determinada
como uma emoção negativa, levando em consideração as
situações percebidas como ameaçadoras pelo indivíduo,
deixando-o tenso e apreensivo [1]. Nessa perspectiva,
fatores como diminuição da concentração, confusão,
irritabilidade e insegurança são presentes no quadro de
ansiedade. Uma das formas de evitar a ansiedade pré-
competitiva é traçar metas para que os atletas possam
seguir nas competições com a mesma efetividade que
desenvolvem diante aos treinos. A orientação às metas é
um elemento básico da atividade mental que requer do
indivíduo a compreensão para situar-se quanto a si mesmo
e também quanto ao mundo [2]. Portanto, o referido
estudo avaliou a relação da ansiedade pré-competitiva e a
orientação ás metas de jovens atletas do estado de
Pernambuco.
MATERIAIS E MÉTODOS
Fizeram parte deste estudo 177 escolares (104 meninos e
73 meninas), com média de idade 16,15±0,90 anos
participantes da fase estadual dos Jogos Escolares de
Pernambuco 2017. Os escolares eram praticantes das
seguintes modalidades: futsal (64); voleibol (57); handebol
(42); e basquete (14).Para verificar a ansiedade pré-
competitiva foi utilizada a Escala de Ansiedade Esportiva-2
(SAS-2), que avalia as diferenças individuais no traço de
ansiedade somática e em duas dimensões da ansiedade
cognitiva (preocupação e perturbação da concentração). O
Questionário de Orientação às Metas (TEOSQ) foi utilizado
para avaliar a orientação de metas por meio de 16 itens
divididos em duas dimensões: Orientação para a Tarefa e
Orientação para o Ego.Para a análise dos dados foram
utilizados os testes de Kolmogorov-Smirnov e a correlação
de Spearman (p<0,05).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A orientação para o ego apresentou correlação positiva
com a ansiedade somática (r = 0,18) e perturbação da
concentração (r = 0,20). A orientação para a tarefa
apresentou correlação inversa com a ansiedade somática
(r = -0,16) e perturbação da concentração (r = -0,18).
Estes resultados corroboram com a literatura ao
observar que existe uma relação diretamente
proporcional da ansiedade com a orientação para o ego e
uma relação inversamente proporcional com a
orientação para a tarefa [1,3].
CONCLUSÕES
Concluiu-se que no contexto do esporte escolar o atleta
que se sente realizado quando desempenha
adequadamente qualquer que seja a atividade sente
menos os sintomas da ansiedade pré-competitiva,
enquanto o atleta que somente se sente auto realizado
quando vence o adversário sente mais os sintomas da
ansiedade.
REFERÊNCIAS
1. Martens, R, Vealey, RS e Burton, D.
(1990). Ansiedade competitiva no
esporte. Champaign, IL: Cinética Humana.
2. Nicholls, J. G. PR, v. 91, n.03, p. 328-346, 1984.
3. Caruzzo, NM, Nascimento Júnior, JRA, Vieira, JLL,
Vieira, LF. RBCM, 2013;21(3): 42-50.
Tabela 1: Correlação entre a ansiedade pré-competitiva e a orientação às metas dos jovens atletas.
VARIÁVEIS
1 2 3 4 5
Ansiedade pré-competitiva 1. Ansiedade Somática 0,57* 0,64* 0,18* -0,16*
2. Preocupação 0,53* 0,02 0,07
3. Perturbação da
concentração 0,20* -0,18*
Orinetação às Metas 4. Orientação para o Ego -0,20*
5. Orientação para a Tarefa *p<0,05- Correlação significativa
EVOLUÇÃO CLÍNICA E FUNCIONAL DE PACIENTE NEUROLÓGICO ASSISTIDO PELA EQUIPE DE
REABILITAÇÃO DE UM HOSPITAL DA EBSERH: RELATO DE EXPERIÊNCIA 1Karoliny Teixeira Santos*, 1Raphael Patriota Carnaúba, 1Vanessa Santos Gualberto, 1Mona Lisa
Joyce dos Santos Teixeira & 5Andréa Rodrigues dos Santos
1Empregados Públicos da Equipe de Reabilitação da Rede EBSERH do Hospital Federal do Vale do
São Francisco, Petrolina/PE, Brasil; 5Universidade Estadual de Pernambuco/UPE
E-mail: [email protected]
INTRODUÇÃO
No Sistema Nervoso Central (SNC), três regiões podem abrigar patógenos e desenvolver síndromes
infecciosas, são elas: meninges e espaços subaracnóideo; parênquima encefálico; e parênquima
medular (MARRA et al, 2012). As manifestações clínicas são diversas, de acordo com o local afetado
e agente etiológico envolvido, tais como: febre, cefaleia, hipertensão intracraniana e achados focais
são os principais achados encontrados (MARRA et al, 2012). O objetivo do estudo foi descrever a
evolução clínica e funcional de paciente vítima de doença infecciosa do SNC internado no Hospital
da Universidade Federal do Vale do São Francisco/HU-UNIVASF, Rede EBSERH.
MATERIAIS E MÉTODOS
A pesquisa trata-se de um relato de experiência de cunho descritivo, cujas ações relatadas foram
realizadas entre os meses de março e abril de 2018. A equipe de reabilitação da enfermaria da
Clínica Médica (terapeuta ocupacional, fisioterapeuta e fonoaudiólogo) propôs uma intervenção
com atendimentos 05 vezes/semana e 02 vezes/dia.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Paciente jovem, do sexo masculino, solteiro e estudante. Chegou ao HU-HUNIVASF no mês março de
2018, regulado de outra cidade, com história de cefaleia, febre persistente, crises convulsivas,
limitação motora global, progredindo com RNC. Deu entrada na sala de Urgência trazido pela SAMU
intubado em VM/TOT e sedado onde foi dado andamento aos cuidados intensivos para
estabilização do quadro hemodinâmico e pesquisa diagnóstica. No dia seguinte foi transferido para
UTI e iniciado tratamento para doença infecciosa do SNC – CID10 G93.9 e intervenção da equipe de
Reabilitação. Após 20 dias, chegou na enfermaria respirando espontaneamente por máscara de
Venturi 50% (SpO2 91%), com ECG 4+4+5=13, afebril, afasia expressiva transitória, dor
generalizada, fazendo uso de sonda nasoenteral e totalmente dependente nas Atividades de Vida
Diária (AVDs). A intervenção ocorreu no período de 04 semanas com objetivo de prevenir e reduzir
complicações do quadro neurológico e tempo de internamento. O Projeto Terapêutico Singular
(PTS) segue descrito na tabela 01.
CONCLUSÕES
A equipe de reabilitação pontuou ganhos na evolução clínica e funcional. Após 04 semanas, foi
dispensando suporte de O2, introduzido dieta via oral e observado maior independência nas AVDs.
Ações interdisciplinares propiciam um olhar ampliado para reabilitação com vistas a integralidade
dos indivíduos, otimizando a evolução clínica e diminuição do tempo de internação hospitalar.
REFERÊNCIAS
1. Marra CM et al. Neurosyphilis. Waltham. Disponível em:
www.uptodate.com/contents/neuroyphilis. Acessado em abril de 2018
Semana Desmame de O2 Condutas cinesiofuncionais Sonda nasoenteral MIF
1ª
Venturi à 50%;
Monitorização
respiratória;
Tosse assistida;
THB com
aspiração de VAS.
Adequação postural e alinhamento
biomecânico; Mobilização passiva
global; Mudanças de decúbito;
Confecção de órteses.
Avaliação
fonoaudiológica;
Terapia Indireta da
fonoaudiologia com
estimulação sensório-
motora oral; Higiene
oral.
18
2ª
Venturi à 31%;
Monitorização
respiratória;
Tosse assistida;
THB com
aspiração de VAS.
Adequação postural e alinhamento
biomecânico; Mobilização ativa-
assistida em MMSS e passiva de
MMII; Trocas de decúbito;
Monitoramento de órteses;
Estimulação cognitiva; Exercícios
de fortaleci mento de cintura
escapular e pélvica.
Estímulos à linguagem,
terapia
fonoaudiológica
indireta com
estimulação gustativa;
Exercícios de praxia
oral; Higiene oral;
28
3ª
Venturi à 24%;
Monitorização
respiratória;
Tosse assistida
Adequação postural; Mobilização
ativa-assistida em MMSS e MMIII;
Treino assistido de sedestação,
controle postural, AVDs
(alimentação) e estimulação
cognitiva; Exercícios de fortaleci
mento de cintura escapular e
pélvica.
Estímulos à linguagem
oral, Terapia direta
com líquido; Exercícios
de praxia oral; Higiene
oral;
37
4ª
Monitorização
respiratória sem
suporte de O2.
Treinos ativos de exercícios
funcionais, AVD (alimentação e
vestir-se), transferências
(deitado/sentado; sentado;
ortostase); Exercícios de fortaleci
mento de cintura escapular e
pélvica.
Liberação da dieta via
oral e monitoramento
da deglutição e
comunicação.
48
RELATO NA REABILITAÇÃO DE PACIENTE NEUROLÓGICO EM UM HOSPITAL FEDERAL:
ABORDAGENS CINESIOFUNCIONAIS
1Karoliny Teixeira Santos*, 1Raphael Patriota Carnaúba, 1Vanessa Santos Gualberto, 1Mona Lisa
Joyce dos Santos Teixeira & 5Andréa Rodrigues dos Santos 1,2,3,4 Empregados Públicos da Equipe de Reabilitação da Rede EBSERH do Hospital Federal do Vale
do São Francisco, Petrolina/PE, Brasil; 5Universidade Estadual de Pernambuco/UPE
E-mail: [email protected]
INTRODUÇÃO
As manifestações clínicas das doenças infecciosas do
Sistema Nervoso Central (SNC) são as mais diversas e
dependem do local afetado e agente etiológico envolvido,
tais como: febre, cefaleia, hipertensão intracraniana e
achados focais são as principais manifestações possíveis
(MARRA et al, 2012). O objetivo do estudo foi relatar a
experiência de uma equipe de reabilitação com um
paciente vítima de doença infecciosa do SNC internado
no Hospital da Universidade Federal do Vale do São
Francisco/HU-UNIVASF, Rede EBSERH.
MATERIAIS E MÉTODOS
Trata-se metodologia empregada deste relato de
experiência apresenta caráter descritivo, cujas práticas
relatadas foram realizadas entre os meses de março e
abril de 2018. A equipe de reabilitação da enfermaria da
Clínica Médica (01 terapeuta ocupacional, 02
fisioterapeutas e 01 fonoaudiólogo) propôs uma
intervenção interdisciplinar com atendimentos 05
vezes/semana e 02 vezes/dia em um período de 05
vezes/dia.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Paciente jovem do sexo masculino, acompanhado da
genitora, com déficit motor global devido a
acometimento neurológico provocado por uma doença
infecciosa do SNC. Chegou à enfermaria da Clínica Médica
do HU-UNIVASF respirando espontaneamente com
auxílio de Venturi à 50% (SpO2: 91%), Glasgow = 13,
apresentando limitação na comunicação verbal, dor
generalizada, em uso de sonda nasoenteral e totalmente
dependente nas Atividades de Vida Diária (AVDs) - MIF:
18. Foi lançado mão de atividades de treino de
transferências, AVDs, preensão manual, alcance, escrita,
pinça, ortostatismo e confecção de dispositivos de órtese
como exemplificam as figuras na foto 01 e foto 02.
Após condutas, a equipe de reabilitação observou
independência total na execução da alimentação e
dependência parcial nas atividades de vestuário, banho e
transferências.
A tabela 01 apresenta os escores da Medida de
Independência Funcional com os ganhos funcionais ao
longo das intervenções interdisciplinares
Tabela 01 - MIF Semana Escore 1ª 18 2ª 28 3ª 37 4ª 48 5ª 64
Foto 01: Órtese para prevenção de deformidades.
Foto 02: Treino de AVD e atividades funcionais
CONCLUSÕES
Abordagens baseadas no cotidiano dos indivíduos
potencializam os resultados funcionais, possibilitando
maior adesão à terapia e diminuindo o tempo de
internamento hospitalar.
REFERÊNCIAS
Marra CM et al. Neurosyphilis. Waltham. Disponível em:
www.uptodate.com/contents/neuroyphilis. Acessado em
abril de 2018.
O USO DE TREINAMENTO COGNITIVO NO FORTALECIMENTO MUSCULAR: REVISÃO SISTEMÁTICA
Kyvia Naysis de Araujo Santos1; Elanny Cristina Pascôa Candeira1; Eliezer Ferreira Pereira Junior1; Lenilson do Nascimento Melo Junior1; Silmar Silva Teixeira1
1Laboratório de Mapeamento e Plasticidade Cerebral, Universidade Federal do Piauí, Parnaíba, PI, Brasil;
E-mail: [email protected]
INTRODUÇÃO
A força muscular é essencial para as nossas atividades do
dia-a-dia, sendo definida como a habilidade do músculo
em produzir força por contração. É um parâmetro para
diagnosticar distúrbios funcionais, realizar prognósticos,
prescrever exercícios e observar a eficácia muscular.
Existem diversos métodos para o fortalecimento
muscular. Alguns atletas utilizam treinamento cognitivo
para melhorar a performance de força em treinos ou
competições, porém não se sabe ao certo quais
mecanismos fisiológicos que modificam a força muscular.
Então, como objetivo, o presente estudo busca analisar o
uso do treinamento cognitivo no fortalecimento
muscular.
MATERIAIS E MÉTODOS
Revisão sistemática, desenvolvida com artigos coletados
nas bases eletrônicas PUBMEB, SCIENCE DIRECT, SCIELO
E PLOS ONE, usando os decritores “Strength”, “Cognitive
trainning” e “Muscle force”. Como critérios de inclusão:
estudos em língua inglesa, publicados no período de
2000 a 2017, que utilizassem em sua metodologia
protocolos de fortalecimento muscular com tarefas
cognitivas. A revisão sistemática seguiu o modelo
PRISMA.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
O treinamento cognitivo é capaz de gerar fortalecimento
muscular. Nesse tipo de treino, o ganho de força
muscular é obtido por meio do aumento da frequência de
ativação da unidade motora, na qual
pode ocorrer maior recrutamento e/ou aumento da taxa
de disparo neural nas unidades motoras em
músculos agonistas. Por outro lado, nos músculos
antagonistas, há diminuição no recrutamento e/ou na
taxa de disparo. Para o ganho de força por meio do
treinamento cognitivo, ocorre plasticidade cerebral e
influência do cerebelo, que é o principal responsável pelo
ato motor e pelo controle da força. O treinamento
cognitivo influencia regiões motoras superiores por meio
das tentativas de potencializar a ativação muscular,
podendo gerar nessas regiões maiores sinais de ativação
cortical na área motora primária e consequentemente
maior número de disparo para os músculos alvos, o que
resulta em aumento da força muscular.
CONCLUSÕES
O treinamento cognitivo é eficaz para o fortalecimento
muscular, sendo comparado ao fortalecimento
convencional, por proporcionar modificações musculares
e neurais que ocasionam o aumento da força muscular e
desempenho motor.
REFERÊNCIAS
1. MELLA LIEU, SD.; SHEARER, D. Mental skills
training and strength and conditioning,2009.
2. TOD, D. A. et al. “‘Psyching-up’” enhances force
production during the bench press
exercise.Journal of Strength and Conditioning
Research, v. 19, n. 3, p. 599–603, 2005.
3. TOD, D.; MCGUIGAN, M. The efficacy of psyching-
up o n strengthperf ormance. In: Selkirk TB,
editor. Focus on exercise and healthresearch.
New York: Nova Science; p. 163–179, 2006.
Anais do V Simpósio em Neuromecânica Aplicada :: ISSN 2316-5685| 66
ASPECTOS NEUROFISIOLÓGICOS DA IMAGÉTICA
MOTORA NA FORÇA MUSCULAR: REVISÃO SISTEMÁTICA
Kyvia Naysis de Araujo Santos1; Elanny Cristina Pascôa Candeira1; Eliezer Ferreira Pereira Junior1; Lenilson do
Nascimento Melo Junior1; Silmar Silva Teixeira1. 11Laboratório de Mapeamento e Plasticidade Cerebral, Universidade Federal do Piauí, Parnaíba, PI, Brasil;
E-mail: [email protected]
INTRODUÇÃO
A imagética motora é a realização mental de um
movimento específico sem que haja execução
propriamente dita, porém, ela é depende dos mesmos
mecanismos da ação motora. A imagética motora é uma
técnica aceita e comumente usada para potencializar o
desempenho esportivo de atletas e treinadores e pode
ser útil para o treinamento em casos de lesões. Também
é usada em protocolos de ganho de força muscular,
porém ainda não é sabido quais são os aspectos
neurofisiológicos que ocasionam alterações na força
muscular. Portanto, tem-se como objetivo do presente
estudar analisar os aspectos neurofisiológicos da
imagética motora na força muscular.
MATERIAIS E MÉTODOS
Revisão sistemática, desenvolvida com artigos coletados
nas bases eletrônicas PUBMEB, SCIENCE DIRECT, SCIELO
E PLOS ONE, usando os decritores “motor imagery” e
“muscle force”. Como critérios de inclusão: estudos em
língua inglesa, publicados no período de 2000 a 2017,
que utilizassem em sua metodologia protocolos de
fortalecimento muscular com imagética motora e que
esclarecessem os reais mecanismos neurofisiológicos de
ganho de força muscular. A revisão sistemática seguiu o
modelo PRISMA.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A imagética motora propicia, por intermédio de um
processo mental, experiências multissensoriais na
ausência de percepção real. Nesse caso, há
comprovadamente uma origem neural no aumento de
força muscular, não necessitando de atividade física
propriamente dita e/ou ainda de adaptações
morfológicas, como a hipertrofia muscular, para que se
realize um fortalecimento efetivo. Os efeitos da imagética
motora na força voluntária fornecem evidências do
fortalecimento neural antes da hipertrofia muscular, pela
maior intensidade de condução e um maior
recrutamento das unidades motoras inativas. Na
imagética motora, quando usada para fortalecimento, há
“contrações musculares imaginárias”, as quais podem
alterar o torque máximo de uma articulação por meio de
alteração centrais e produzir maior ativação dos
motoneurônios ou modificar os níveis de ativação da
musculatura sinérgica e antagonistas envolvidas em uma
articulação.
CONCLUSÕES
A imagética motora possui mecanismos neurofisiológicos
similares ao fortalecimento muscular, proporcionando
ganhos de força similares ou até mesmo mais vantajosos
que o treinamento muscular ativo. Por promover
adaptações musculares e neurais relacionadas com a
força, a imagética motora pode ser considerado um
método de fortalecimento muscular eficaz.
REFERÊNCIAS
1. RANGANATHAN, V. K. et al. From mental power
to muscle powe r — gaining strength byusing the
mind. Neuropsychologia, v. 42, p. 944–956,
2004.
2. SHACKELL, E. M.; STANDING, L. G. Mind Over
Matter : Mental Training Increases Physical
Strength. North American Journal of Psychology,
v. 9, n. 1, p. 189–200, 2007.
APPINEF - APLICATIVO PARA PROMOÇÃO DE SAÚDE BASEADO EM ORIENTAÇÃO E MONITORAMENTO DE EXERCÍCIOS FÍSICOS E CONSUMO ALIMENTAR
Layane Costa Saraiva1; Alisson Amorim Siqueira2; Izabelle Silva de Araujo1; Ferdinando Oliveira
Carvalho1
1Grupo de Estudo e Pesquisa em Genética e Exercício, Universidade Federal do Vale do São Francisco, Petrolina, PE, Brasil; 2Universidade Federal do Vale do São Francisco, Juazeiro, BA, Brasil;
E-mail: [email protected]
INTRODUÇÃO
As Tecnologias de informação e comunicação (TICs)
permitiram avanços na promoção de saúde por meio de
aplicativos para smartphones (apps), tanto para a
prevenção e tratamento de doenças crônicas não
transmissíveis como para orientação e monitoramento
de comportamentos saudáveis. Atualmente, mais de
165.000 aplicativos de saúde são disponíveis
publicamente, em sua maioria projetado para pacientes
[1], e o desenvolvimento de apps interativos para
promoção da saúde tem sido recomendado em razão da
fácil acessibilidade e baixo custo, maior mobilidade e
interatividade, somada a estratégias de gamificação [2].
Ademais, intervenções utilizando apps para modificações
na dieta e na prática de exercício físico [3] tem
evidenciado resultados relevantes na adesão de
comportamentos saudáveis. Perante o exposto,
objetivou-se desenvolver um aplicativo para orientar e
monitorar a prática de exercícios físicos e consumo
alimentar de pessoas adultas.
MATERIAIS E MÉTODOS
Baseado na popularidade e no número de downloads foi
realizado um levantamento por aplicativos de nutrição e
de exercício físico na Apple Store e no Google Play. Cada
app foi analisado, registrado os pontos fortes e as
deficiências, bem como as possíveis soluções para os
problemas identificados. Após a pesquisa, foi construído
um protótipo em papel do app pretendido dando início o
desenvolvimento do mesmo. Primeiramente houve a
modelagem do banco de dados, responsável por
armazenar as informações, cadastros e todo histórico de
monitoramento nutricional e da prática de exercício.
Para gerenciar o banco de dados optou-se pelo software
PostgreSQL, um banco de dados gratuito e robusto. O
interface do app foi desenhada com HTML e CSS. Para
tratar as ações da interface e estabelecer comunicação
com o servidor utilizou-se a linguagem Javascript, para
fazer a conexão com o banco de dados e tratar os dados
recebidos do app empregou-se a linguagem PHP, e para a
troca de dados (cliente, servidor e aplicativo) foi utilizada
o padrão JSON, que pode facilmente ser interpretado em
ambos os ambientes. As escolhas das linguagens permitiu
que o app fosse facilmente portado para diferentes
plataformas, e após as etapas de teste e validação, o app
foi encapsulado para distribuição, utilizando o Ambiente
de Desenvolvimento Integrado Android Studio e a
linguagem Java. Todo o processo foi acompanhado por
uma equipe de profissionais de educação física, nutrição
e informática.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Foi desenvolvido o app de intervenção nutricional e de
exercício físico (APPINEF) que propõe orientações
alimentares e um programa de 10 exercícios.
Figura 1. Página inicial, tela de cadastro e um dos
exercícios do APPINEF.
CONCLUSÕES
O APPINEF foi desenvolvido para orientação e
monitoramento da prática de exercícios físicos e
consumo alimentar de pessoas adultas.
REFERÊNCIAS
1. Kao CK, et al. PM&R 9(5): S106-S115, 2017.
2. Edwards EA, et al. BMJ open 6(10), 2016.
3. Schoeppe S, et al. IJBNPA 13(1): 127, 2016.
RELAÇÃO ENTRE A PROFICIÊNCIA MOTORA DE ESCOLARES COM A PARTICIPAÇÃO EM
REFORÇO ESCOLAR
Leonardo Gasques Trevisan Costa1; Natanel Pereira Barros1; Elaine Gasques Rodrigues Trevisan2
1Grupo de Estudo e Pesquisa em Atividade Física Adaptada, Universidade Federal do Vale do São Francisco, Petrolina, PE, Brasil; 2Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Universidade Federal
do Vale do São Francisco, Petrolina, PE, Brasil.; E-mail: [email protected]
INTRODUÇÃO
A literatura tem demonstrado que capacidades motoras
bem desenvolvidas facilitam o funcionamento cognitivo
de crianças (Westendorp et al., 2011), e que para a
criança ter uma aprendizagem adequada em sala de aula,
torna-se necessário possuir alguns pré-requisitos
psicomotores, como por exemplo, ter uma boa
coordenação motora fina e global (Oliveira, 2009). Neste
contexto, ampliar a compreensão sobre as relações entre
essas variáveis poderá fornecer informações úteis para
implementação de programas de intervenção no
contexto educacional. Com isso, o objetivo do presente
estudo foi verificar a associação entre as habilidades
motoras globais de escolares com a participação em
reforço escola
MATERIAIS E MÉTODOS
A amostra foi composta por 929 alunos com idades entre
os 5 e 11 anos matriculados na rede regular de ensino
fundamental do Município de Votuporanga – SP, sendo
482 (51,9%) do sexo masculino e 447 (48,1%) do sexo
feminino. Posteriormente, amostra foi categorizada
considerando a participação ou não em grupos de reforço
escolar no período extra turno da escola. Para mensurar
as habilidades motoras globais foi utilizada a bateria de
Teste de Coordenação Corporal para Crianças
(Körperkoordination Test für Kinder – KTK) que
consistiu na realização de quatro tarefas motoras:
equilíbrio em marcha à retaguarda, saltos monopedais,
saltos laterais e transferência lateral. Em relação à
análise estatística, as variáveis quantitativas foram
caraterizadas por meio das estatísticas de tendência
central e dispersão, e as variáveis qualitativas foram
caraterizadas por frequências absolutas e relativas. Foi
utilizado o Teste T de Student para amostras
independentes para verificar a significância das
diferenças entre dois grupos independentes, quanto a
variáveis quantitativas. A significância da associação
entre variáveis qualitativas foi analisada por meio do
Teste de Independências do Qui-Quadrado.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Observa-se (tabela 1) que o grupo de escolares
matriculados no reforço escolar atingiram menores
valores médios em todas as tarefas de habilidades
motoras globais quando comparados aos estudantes que
não participavam de reforço escolar. Em relação à
classificação da coordenação motora, foram encontrados
maiores valores de prevalência de desordens motoras no
grupo que participava de reforço escolar (14%) quando
comparados com o grupo de escolares que não
participavam de reforço escolar (3,4%). Por fim, o
reforço escolar apresentou associação negativa com a
proficiência motora (β=-0,2; IC 95% = -10,2;-4,5; p<0,01).
CONCLUSÕES
Conclui-se que, escolares matriculados em reforço
escolar apresentam menor proficiência motora quando
comparados a alunos que não participam de reforço
escolar.
REFERÊNCIAS
1. Westendorp M, et al. RDD. v.32, n.6, p.2773-
2779, 2011.
2. Oliveira, GC. Psicomotricidade: educação e
reeducação num enfoque psicopedagógico. Rio
de Janeiro: Vozes, 2009.
Tabela 1. Comparação dos valores médios e desvio padrão das tarefas de habilidades motoras
globais obtidos pelos escolares que participavam de reforço escolar e estudantes que não
participavam.
Reforço (n=149) Regular (n=780) p
Equilíbrio na trave 27,17±14,1 30,46±14,9 0,01
Saltos monopedais 28,83±16,4 32,63±15,3 0,01
Transferência lateral 25,09±7,0 27,38±7,1 0,01
Transferência lateral 25,09±7,0 27,38±7,1 0,01
Quociente motor 100,31±13,0 106,72±12,0 0,01
ASSOCIAÇÃO DA VARIABILIDADE DA FREQUÊNCIA CARDÍACA COM EQUILÍBRIO AVALIADO
PELA ESCALA MOTORA PARA TERCEIRA IDADE
1Lucas Ferreira da Silva, 2Cleuber de Souza Gonçalves, 3Graciano Joan Xavier de Lima, 4Lorenna
Walesca de Lima Silva, 5Eduardo Seiji Numata Filho, 6Sérgio Rodrigues Moreira, 7Natália Batista
Albuquerque Goulart Lemos e 8Fernando de Aguiar Lemos 1Grupo de Pesquisa em Plasticidade Neuromotora, Universidade Federal do Vale do São Francisco,
Petrolina, PE, Brasil
INTRODUÇÃO
A Variabilidade da Frequência Cardíaca (VFC) representa
as oscilações dos intervalos R-R, de modo que, valores
mais altos de variabilidade representam boas
adaptações, enquanto que, valores baixos de
variabilidade representam uma capacidade insuficiente
de adaptação. Em situações de repouso, a diminuição da
atividade parassimpática, atrelada ao aumento da
atividade simpática, representa um fator de risco
cardiovascular e também está ligado ao declínio
funcional de idosos (TASK FORCE, 1996). Com o
envelhecimento também é possível notar dificuldades no
equilíbrio, deixando o idoso mais suscetível a quedas
(OGLIARI et al 2015). O objetivo do presente estudo foi
verificar a relação da VFC com o equilíbrio de idosos.
MATERIAIS E MÉTODOS
Foram avaliados 19 idosos com média de idade de 69,96
± 7,21 e peso de 76,28 Kg, ± 16,17. Foi utilizada a Escala
Motora para Terceira Idade (EMTI) para avaliação do
equilíbrio. Para a coleta da VFC, foi utilizado um
cardiofrequencímetro (Polar RS800CX), e
posteriormente, para análise, foi utilizado o software
Kubios HRV Standard 4.0. A variável utilizada foi o
RMSSD (Raiz quadrada da média do quadrado das
diferenças entre intervalos RR consecutivos) que
representa a atividade parassimpática do Sistema
Nervoso Autonômico (SNA). Em seguida os dados da VFC
e (EMTI) foram processados em uma planilha de Excel. O
Software de análise estatística SPSS versão 20 foi
utilizado para análise descritiva dos dados (médias e
desvios-padrões) e em seguida optou-se por um teste de
correlação de Pearson. O nível de significância adotado
foi que α<0,05.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Identificou-se uma correlação fraca positiva (R= 0,333)
entre RMSSD e equilíbrio. Este resultado pode indicar
que quanto maior o RMSSD, maior a pontuação no teste
de equilíbrio da EMTI. Muitos estudos têm mostrado
aproximações relacionadas a VFC com doenças
cardiovasculares, risco de quedas e problemas
cognitivos, entretanto, a literatura não apresenta estudos
que mostrem alguma relação direta entre VFC e
equilíbrio em idosos.
Figura 1. Imagem fictícia de intervalos entre batimentos
cardíacos representados no eletrocardiograma.
Figura 2. Idoso realizando teste de equilíbrio da Escala
Motora para Terceira idade.
CONCLUSÕES
Conclui-se que, idosos que apresentam maior equilíbrio
também possuem um sistema parassimpática mais
eficiente.
PALAVRAS-CHAVE: Idosos, parassimpático e equilíbrio.
REFERÊNCIAS
1. Task Force of The European Society of Cardiology and
The North American Society of Pacing and
Electrophysiology. Heart rate variability: standards of
measurement, physiological interpretation, and clinical
use. European Heart Journal: 1996.
2. OGLIARI, G. et al. Resting heart rate, heart rate
variability and functional decline in old age. CMAJ,
2015.
ASSOCIAÇÃO ENTRE ORGANIZAÇÃO ESPACIAL E O MEDO DE QUEDAS EM IDOSOS
PARTICIPANTES DE UMA ABORDAGEM COORDENATIVA EM CIRCUITOS
1Luciana Márcia Gomes de Araújo*, 1André Brito Carvalho, 1Graciano Joan Xavier Lima, 1Lorenna
Walesca Lima, 1Cleuber de Souza Gonçalves, 1Marcelo de Maio Nascimento, 1Natália Batista
Albuquerque Goulart Lemos & 1Fernando de Aguiar Lemos 1Grupo de Pesquisa em Plasticidade Neuromotora, Universidade Federal do Vale do São Francisco,
Petrolina, PE, Brasil
E-mail: [email protected]
INTRODUÇÃO
Segundo a Organização Mundial da Saúde (WHO, 2007),
em 2030, o número de lesões associadas a quedas na
população idosa, apresentará um aumento de 100%. Elas
impactam sobre a capacidade funcional do idoso,
prejudicando sua mobilidade e afetando sua autonomia,
ou seja, seu potencial à resolução de atividades de vida
diária, como também à qualidade de vida. A organização
espacial (OE) envolve a percepção de como o ser humano
se enxerga em relação aos objetos e ao meio ambiente.
Diante disso, o presente estudo objetivou investigar a
associação entre a capacidade de organização espacial e
o medo quedas em idosos participantes de uma
abordagem coordenativa em circuitos na cidade de
Petrolina-PE.
MATERIAL E MÉTODOS
Foram avaliados 25 idosos de ambos os sexos, com
média de idade de 69,96 ± 7,21 anos. Para investigar a
capacidade de OE, foi utilizada a bateria de teste “Escala
Motora para a Terceira Idade” (EMTI; ROSA NETO,
2002). O medo de quedas foi verificado por meio do
questionário “Falls Efficacy Scale” (FES-I) em sua versão
brasileira, foi analisado apenas o quesito relativo ao
medo de cair durante o ato de sentar e/ou levantar da
cadeira. Os participantes foram submetidos a uma
intervenção com abordagem coordenativa em circuitos
durante 8 semanas, 2 vezes por semana, com duração de
60 min cada aula. Os dados foram organizados em uma
planilha do software Excel (Windows 2010). Para análise
estatística, verificou-se a normalidade por meio do teste
Shapiro-Wilk, observou-se a correlação de Spearman e o
nível de significância adotado foi de α<0,05.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Ao se analisar os dados obtidos, constatou-se uma
correlação linear positiva e fraca entre a OE e o quesito
analisado no FES-I (r =0,33 e p =0,003). Notou-se
também que a OE dos idosos apresentou uma pontuação
média de 94,56 ± 16,93 onde os valores mínimos e
máximos foram de 72 e 108, respectivamente. Já a
questão relacionada ao medo de quedas ao sentar e/ou
levantar da cadeira apresentou valor médio de 9,16 ±
1,06 com extremos do mínimo 7 e máximo 10 pontos.
Esses resultados corroboram com literatura cientifica
atual, na qual não há consenso de que parâmetros
espaços-temporais interfiram no risco de quedas de
idosos (CALLISAYA et al, 2011).
Figura 8. Organização espacial – Teste de reprodução de
movimentos humanos (ROSA NETO, 2002).
CONCLUSÕES
Não há forte evidência, dentro da população estudada, de
que a OE interfira ou receba influência do medo de cair
ao sentar e levantar da cadeira.
PALAVRAS-CHAVE: Quedas; Organização Espacial;
Idosos.
REFERÊNCIAS
1. WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Preventing
chronic diseases: a vital investment: WHO global
report, 2007.
2. ROSA NETO, F; Manual de Avaliação Motora. Artmed,
Porto Alegre: 2002.
3. CALLISAVA, M. L., BLIZZARD, L.,SCHMIDT, M. D.,
MARTIN, K. L., MCGINLEY, J. L., SANDERS, L. M.,
SRIKANTH, V. K. Gait, gait variability and the risck of
multiple incident falls in older people: a population-
based study. Age and ageing. v. 40, n. 4, 2011
Anais do V Simpósio em Neuromecânica Aplicada :: ISSN 2316-5685| 74
RELIGIOSIDADE E QUALIDADE DE VIDA DE IDOSOS
Marilia Rocha Amando¹, Érica Cristina Félix da Silva², Carla Thamires Laranjeira Granja³, Adson Alves da Silva³,
Roseane Pacheco Reis Batista³, Daniel Vicentini de Oliveira4, Cláudia Regina Cavaglieri4, José Roberto Andrade do
Nascimento Júnior³. 1Universidade de Pernambuco, Petrolina, PE, Brasil; ²Faculdade Metropolitana de Maringá, Maringá, PR, Brasil; ³Grupo
de Estudos em Psicologia do Esporte e do Exercício, Universidade Federal do Vale do São Francisco, Petrolina, PE,
Brasil; 4Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP, Brasil.
E-mail: [email protected]
INTRODUÇÃO
A relação entre os diferentes aspectos da religiosidade e
da saúde no idoso tem se tornado alvo de grandes
investigações. A religiosidade é a extensão na qual um
indivíduo acredita, segue e pratica uma religião [1]. Ela
pode ser praticada de modo organizacional (igreja ou
templo) ou não organizacional (fora de uma instituição
religiosa) e/ou de forma intrínseca (orações, rezas,
leituras, meditações).
Pesquisas apontam que a prática religiosa pode ser um
fator que interfere positivamente na saúde física e
mental dos indivíduos, favorecendo o envelhecimento
bem-sucedido [2], além de estar ligada a fatores como
participação na comunidade, socialização e bem-estar
[3]. Tais fatores são de fundamental importância para a
qualidade de vida, que é a percepção de cada indivíduo
de sua posição na vida, levando em consideração sua
cultura, valores, contexto social no qual vive e a relação
com as suas metas e expectativas pessoais [4].
Dessa forma, esse estudo teve como objetivo analisar a
relação entre a religiosidade e a qualidade de vida de
idosos.
MATERIAIS E MÉTODOS
Participaram 149 idosos de ambos os sexos
frequentadores de centros de convivência. Como
instrumentos foram utilizados um questionário de dados
sociodemográficos, a Duke Religious Index (DUREL) [5],
o WHOQOL-Bref e o WHOQOL-Old [6]. Os dados foram
analisados por meio do coeficiente de correlação de
Spearman. Considerou-se um nível de significância de
p<0,05.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Verificou-se correlação significativa (p < 0,05) e fraca
apenas da religiosidade não-organizacional com a faceta
de intimidade (r = -0,20), indicando que quanto melhor a
qualidade de vida, menor o nível de religiosidade do
idoso, e vice-versa.
CONCLUSÕES
Concluiu-se que a religiosidade não-organizacional tem
relação inversamente proporcional com a capacidade dos
idosos de terem relacionamentos íntimos e pessoais,
enquanto a religiosidade organizacional demonstrou não
estar associada com a qualidade de vida de idosos.
REFERÊNCIAS
1. ELKONIN et al., JRH, v. 53, n. 1, p. 119-134, 2014.
2. HARVEY et al., JRH, v. 55, n. 2, p. 495-509, 2016.
3. HAYWARD et al., JBM, v. 37, n. 3, p. 543-552, 2014.
4. OLIVEIRA et al., RBGG, v. 13, n. 2, p. 301-312, 2010.
5. MOREIRA-ALMEIDA et al., RPC, v. 35, n. 1, p. 31-32,
2008.
6. FLECK et al., RSP, v. 34, n. 3, p. 178-183, 2000.
Tabela 1 – Correlação entre a religiosidade e os domínios e facetas de qualidade de vida dos
idosos.
Qualidade de vida Religiosidade
Organizacional
Religiosidade não-
organizacional
WHOQOL BREF
Domínio 1 – Físico -0,02 0,05
Domínio 2 – Psicológico -0,11 -0,03
Domínio 3 – Relações sociais -0,05 -0,01
Domínio 4 – Meio ambiente -0,02 0,08
Domínio 5 – Auto avaliação 0,04 0,04
WHOQOL-Old
Faceta 1 – Func. dos Sentidos -0,07 0,11
Faceta 2 – Autonomia -0,03 -0,12
Faceta 3 – At. passadas, presentes e futuras 0,06 -0,01
Faceta 4 –Participação Pessoal -0,03 0,01
Faceta 5 – Morte e Morrer -0,15 0,09
Faceta 6 – Intimidade -0,06 -0,20*
*Correlação Significativa – p < 0,05: Coeficiente de Spearman.
SISTEMA DE AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA (SIGA): UM SOFTWARE GRATUITO DE
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA
Misael Santos Modesto1,2; Larissa Natália V. Carneiro3; Saulo Vasconcelos. Rocha. E-mail:
1Instituto Federal da Bahia, Camaçari, BA, Brasil; 2Departamento de saúde II - UESB, Jequié, BA,
Brasil;
INRODUÇÃO
É notória a necessidade de softwares de avaliação de
aptidão física para o auxílio de profissionais de educação
física e demais profissionais da área de saúde.
Atualmente, existem no mercado muitas ferramentas,
contudo a maioria comercializadas por preços elevados,
tornando sua utilização restrita. Com isso, emerge a
necessidade de criação de ferramentas gratuitas e/ou de
baixo custo, para um maior acesso à avaliação da aptidão
física com registro digital de dados obtidos de maneira
estruturada e automática, otimizando o tempo e
facilitando os cálculos, além de oferecer relatórios mais
organizados e possibilidade de comparação dos
resultados ao longo do tempo[1]. Nesse sentido, o
objetivo do presente estudo é de apresentar
um software gratuito de avaliação da aptidão física para
adultos Figura 1.
Figura 1. Tela principal do sistema.
MATERIAIS E MÉTODOS
O software está sendo desenvolvido com os seguintes
protocolos: anamnese; avaliação antropométrica Figura
2 englobando cálculo do IMC, razão cintura-quadril,
índice de adiposidade corporal; avaliação da
flexibilidade; avaliação da força compondo-se de força de
preensão manual e teste de estimativa de 1 RM; avaliação
cardiorespiratória, abrangendo teste de 1609 metros,
teste de 12 minutos e teste de Astrand Rhyming. Estes
são os principais protocolos para definir o perfil de cada
aluno/paciente, necessários para elaborar um plano de
atividade mais adequado às necessidades específicas de
cada indivíduo[2]. A ferramenta gera automaticamente
os resultados em forma de relatório como também
gerencia os agendamentos dos alunos/pacientes para as
avaliações. Além do cadastro do aluno/paciente, também
é possível cadastrar o profissional/estudante.
Figura 2. Tela da Avaliação Antropométrica
RESULTADOS E DISCUSSÃO
O software já possui uma versão para desktop que será
testada por dois professores de educação fisica: um
universitário e outro de escola técnica. Nesta primeira
fase, o teste permitirá verificar a qualidade da
ferramenta e aprimora-la, corrigindo possíveis
inconsistências.
CONCLUSÕES
A ferramenta SIGA (Sistema Integrado de Avaliação de
aptidão física) apresenta-se como um software gratuito e
fácil de manipular que poderá ser utilizado em diferentes
contextos (escola, academia, clínicas, unidades de saúde
e hospitais). Além disso, poderá ser aperfeiçoada com
acréscimo de novos testes, funcionalidades e construção
de uma versão mobile.
REFERÊNCIAS
1. J. A. Por que o computador na educação? In: José
A. Valente (org.). Computadores e
Conhecimento: repensando a educação.
Campinas: Unicamp/N.ied, p. 24-44, 1993.
2. Avaliação física. – Brasília: Fundação Vale,
UNESCO, 2013. 70 p. – (Cadernos de referência
de esporte; 11).
COORDENAÇÃO MOTORA DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM SÍNDROME DE DOWN: UM ESTUDO DE REVISÃO
¹Natanael Pereira Barros & ¹Leonardo Gasques Trevisan da Costa
1Grupo de Estudos em Atividade Física Adaptada-GEPAFA, ¹Universidade Federal do Vale do São
Francisco-UNIVASF, Petrolina, PE, Brasil
E-mail: [email protected]
INTRODUÇÃO
A Síndrome de Down (SD) é uma condição genética que
caracteriza-se pela presença de um cromossomo extra no
par 211. Dentre as síndromes ela é a mais conhecida da
população devido sua prevalência na sociedade. Os
indivíduos com SD apresentam características específicas
como deficiência intelectual, baixa estatura, hipotonia
muscular, sobrepeso, frouxidão ligamentar, menor
cerebelo entre outros2. Todos esses fatores influenciam
para funcionamento não harmonioso do
desenvolvimento motor das pessoas com SD. Pesquisas
tem demonstrado que a prática de atividade física
sistematizada resulta em resultados positivos no
desenvolvimento motor global em indivíduos com SD.
Nesse sentido, o objetivo do presente estudo foi realizar
uma revisão sistemática acerca dos efeitos de programas
de atividades físicas no desenvolvimento motor de
indivíduos com SD.
MATERIAIS E MÉTODOS
Para a seleção dos artigos, foram utilizados as bases de
dados da PUDMED e da CINAHL e os seguintes critérios
de inclusão: período de 2000 a 2017, estudos com
delineamento experimental ou quase-experimental,
amostra com Síndrome de Down, faixa etária dos
participantes de 3 a 18 anos e ensaios de intervenção
com objetivo relacionado a habilidades motoras. As
palavras chaves utilizadas foram: Down syndrome +
motor skill; Down Syndrome + training; Down syndrome
+ coordination; Down syndrome + motor control,
conforme ilustração da figura 1.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Foram encontrados no banco de dados da PUDMED e
CINAHL 556 e 222 artigos, respectivamente. Destes, doze
estudos atenderam aos critérios de inclusão, sendo que
50% dos artigos apresentaram grupo controle e grupo de
intervenção. Cinco estudos analisaram a proficiência
motora utilizando o BOT-2. Dois estudos avaliaram o
equilíbrio corporal utilizando o COP. Dos dozes artigos,
apenas um não apresentou melhora após o período de
intervenção. Todos os artigos selecionados
apresentaram-se como estudo transversal e o “N” variou
de 1 a 160 sujeitos. Indivíduos com a Síndrome de Down
apresentam características que influenciam na
coordenação motora da infância até a vida adulta3. Nesse
sentido, os resultados apontam que programas de
atividades físicas podem auxiliar no desenvolvimento
motor dessa população. Entretanto, ainda existe uma
lacuna a ser preenchida, considerando que nos últimos
17 anos, poucos estudos experimentais tem sido
realizados.
CONCLUSÕES
Conclui-se que, programas de intervenções motoras
apresentam relação positiva com a coordenação motora
de crianças e adolescentes com SD. Entretanto, a
ausência de estudos longitudinais e limitações
metodológicas (amostra reduzida e heterogênea,
ausência de grupo controle, entre outros), dificultam
extrapolar os resultados.
AGRADECIMENTOS
Ao Grupo de Estudos e Pesquisa em Atividade Física
Adaptada - GEPAFA
REFERÊNCIAS
1. COSTA LT, et al. Síndrome de Down: crescimento,
maturação e atividade física. Ed. Phorte: São Paulo, 2017.
2.TRINDADE AS,et al.RBEE v.22,n.4,p.577-588, 2016.
3. SOSA LJ, et al. RCP v.66, n.4, p.186-91, 1995
Figura 1- DS + MS= Down Syndrome + Motor Skill; DS + CO= Down Syndrome + Coordination; DS + TR= Down Syndrome + Treining; Down Syndrome + MC= Motor Control
CORRELAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO FARMACOLÓGICA E PATOLÓGICA DE IDOSOS
Raíssa Isabella P. de Souza Madureira1, Graciano Joan Xavier Lima1, Lorenna Walesca Lima1,
Cleuber Gonçalves1, Deuzilaine Nunes1, Daniel Tenório da Silva1, Natália Goulart Lemos1, Fernando
de Aguiar Lemos1.
1Grupo de Pesquisa em Plasticidade Neuromotora, Universidade Federal do Vale do São Francisco,
Petrolina, PE, Brasil
E-mail: [email protected]
INTRODUÇÃO
A literatura aponta diversos fatores que são
considerados indicadores risco para idosos por serem
preditores de desfechos negativos associados ao uso de
medicamentos. O presente estudo tem como objetivo
caracterizar o perfil farmacológico e patológico de
idosos.
MATERIAIS E MÉTODOS
Foram realizados questionários para obtenção de
informações quanto a presença de morbidades e uso de
fármacos em 25 idosos (69,96 ± 7,21 anos). Os dados
foram organizados em planilha Excel. A estatística
descritiva foi utilizada nos tratamentos dos dados. A
normalidade dos dados foi testada por meio do teste de
Shapiro-Wilk e a correlação por meio do teste Produto
Momento de Pearson (α < 0,05).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Houve uma média de 4,12 medicamentos por idosos,
variando de 1 a 8 fármacos, onde 12 idosos foram
aracterizados por polifarmacia (uso continuo de 5 ou
mais medicamentos). Em resposta a doenças, foi
encontrado uma média de 2,32 doenças por indivíduos,
variando de 1 a 5 morbidades, sendo que 5 desses
indivíduos foram caracterizados com multimorbidades
(presença de 4 ou mais doenças crônicas). Ao se avaliar a
correlação entre a polifarmacia e multimorbidade,
observou se uma associação positiva e moderada (R =
0,424).
Figura 9: Indicadores de risco para a fragilidade
funcional do idoso.
CONCLUSÕES
Praticamente 50% dos idosos avaliados fazem uso
concomitantes de no mínimo 5 medicamentos, e essa
quantidade de medicamentos pode estar relacionado a
coexistência de múltiplas doenças crônicas, tendo em
vista que o coeficiente de correlação foi moderado, e que
por consequência essa associação promove uma maior
fragilidade funcional dos idosos.
REFERÊNCIAS
1 - Bennett A, Gnjidic D, Gillett M, Carroll P, Matthews S,
Johnell K, Fastbom J, Hilmer S. Prevalence and impact of
fall-risk-increasing drugs, polypharmacy, and drug-drug
interactions in robust versus frail hospitalised falls
patients: a prospective cohort study. Drugs Aging. 2014
Mar;31(3):225-32.
2 - Marengoni A, Onder G. Guidelines, polypharmacy, and
drug-drug interactions in patients with multimorbidity.
BMJ. 2015 Mar 11;350:h1059.
DESEMPENHO NO SALTO HORIZONTAL E RESISTÊNCIA ABDOMINAL EM GINASTAS PRÉ-
PÚBERES
1 Rammys Mendes da Silva, 1Etevaldo Dantas, 1André Brito, 2Nilmar de Assis Barros, 2Paulo Nunes
dos Anjos Neto, 2Renata Rodrigues de Almeida Santos, 3 Fernando de Aguiar Lemos2, Natalia Batista
Albuquerque Goulart Lemos1,2
1 Grupo de Pesquisa em Plasticidade Neuromotora, Universidade Federal do Vale do São Francisco,
Petrolina, PE, Brasil 2 Grupo de extensão de Ginástica Gymnações, Universidade Federal do Vale do São Francisco,
Petrolina, PE, Brasil
E-mail: [email protected]
INTRODUÇÃO
A aptidão física é um parâmetro importante a ser
avaliado em crianças. O teste de salto horizontal e o teste
de resistência abdominal em um minuto são
instrumentos que tem sido amplamente utilizados para
avaliar a capacidade física de crianças, apresentando
valores de normalidade para determinadas faixas etárias
(PROESP, 2012). O objetivo do presente estudo foi
avaliar o desempenho no teste de salto horizontal e no
teste de resistência abdominal em um grupo de ginastas
pré-púberes.
MATERIAIS E MÉTODOS
Foram avaliados 17 ginastas (15 meninas e dois
meninos), com média de idade de 8,8 ± 1,1 anos
participantes de um projeto de ginástica. Os
procedimentos de avaliação do teste de salto horizontal e
do teste de resistência abdominal foram realizados de
acordo com o descrito pelo Projeto Esporte Brasil (Figura
1 e 2). Os resultados encontrados no presente estudo
foram analisados em acordo com os valores normativos
de desempenho para faixa etária.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A distância média alcançada no salto horizontal foi 118, 5
± 21,4 cm. De acordo com o manual do Proesp, as
crianças do presente estudo foram classificadas entre os
níveis razoável à bom para a faixa etária. A média do
desempenho no teste de resistência abdominal foi 23,4 ±
7,7 repetições. Para a faixa etária de 8 anos, os valores
preconizados pelo PROESP são 25 a 30 repetições. De
acordo com a média e desvio padrão da idade dos
ginastas do presente estudo, foi possível verificar que
algumas crianças tiveram um desempenho abaixo do
esperado para a idade. Os resultados encontrados no
presente estudo indicam um baixo nível de aptidão física
em algumas crianças do projeto. Contudo, a avaliação
destes parâmetros e a entrega destes resultados aos
familiares dos ginastas pode contribuir para a
conscientização e possíveis mudanças na rotina
alimentar e de atividade física destas crianças.
CONCLUSÕES
Ginastas participantes do present estudo apresentaram
valores de desempenho no salto horizontal entre
razoável a bom, porém a média de repetições no teste de
resistência abdominal apresentou valores abaixo do
esperado para a faixa etária.
REFERÊNCIAS
1. Manual do PROESP - Projeto Esporte Brasil. 2012.
Número de medicamentos
1 2 3 4 5 6 7 8
Número de
morbidades
1 1 2 1 2 2 0 0 0
2 0 3 1 0 2 1 0 0
3 0 0 1 1 0 2 0 1
4 1 0 0 0 1 1 1 0
5 0 0 0 0 0 1 0 0
Tabela 1: Perfil patológico e farmacológico dos idosos envolvidos no estudo.
Associação entre a Motricidade Global e Número de Passos na semana em Ginastas Pré-
Púberes.
Rammys Mendes da Silva1,2, André Brito Carvalho Graciano Joan Xavier Lima1, Etevaldo Dantas
Coelho Junior1, Nilmar de Assis Barros2, Fernando de Aguiar Lemos1, Natália Goulart Lemos1,2,
Ferdinando de Oliveira Carvalho3.
1Grupo de Pesquisa em Plasticidade Neuromotora, 2 Grupo de extensão de Ginástica Gymnações,
Grupo de Estudos e Pesquisa em Genética e Exercício3, Universidade Federal do Vale do São
Francisco, Petrolina, PE, Brasil
INTRODUÇÃO
A infância é uma importante etapa no que diz respeito ao
desenvolvimento motor e a prática de atividade física,
pois durante a transição desta fase para a adolescência
ocorre a otimização, retenção e/ou aprendizagem de
habilidades motoras e hábitos de prática de atividades
físicas. Com isso, este estudo objetivou analisar a relação
entre a Motricidade Global e o nível de Atividade Física
por meio do número de passos realizados por crianças,
durante uma semana.
METODOLOGIA
Foi avaliada a Motricidade Global de 17 crianças com
idades de oito a 10 anos, praticantes de ginástica no
projeto de extensão GYMNAÇÕES, por meio da Escala de
Desenvolvimento Motor (EDM). O nível de Atividade
Física (AF) foi obtido por meio do aparelho Pedômetro,
que calculou o número de passos realizados pela criança
por dia. Após foi calculada a média de passos durante
uma semana (segunda a sexta). O teste de Shapiro-Wilk
foi feito para verificar a normalidade dos dados, e a
correlação foi feita usando o teste de Spearman. Foi
adotado um nível de significância de p<0,05.
RESULTADOS
Após a análise dos dados, observou-se que há moderada
correlação (r = 0,475) positiva entre o nível de
Motricidade Global (MG) e a quantidade de passos que a
criança realiza na semana e consequentemente o nível de
AF.
CONSLUSÃO
Com isso, vemos que o nível de MG é diretamente
proporcional ao número de passos executados durante a
semana. Não existem estudos que abordem os efeitos a
respeito dessa relação, e por isso incentivamos para que
haja estudos futuros que procurem investigar os efeitos
de causa e consequência entre essas duas variáveis.
Figura 1. Correlação entre Número de passos na
semana e Motricidade Global
REFERÊNCIAS
1 – ROSA et al.. Atividade física habitual de crianças e
adolescentes mensurada por pedômetro e sua
relação com índices nutricionais. Rev Bras
Cineantropom Desempenho Hum 2011, 13(1):22-28.
2 - A.C.R. Andaki, A.L.A. Tinoco, R.Andaki Júnior, A.
Santos, C.J. Brito & E.L. Mendes. Nível de atividade física
como preditor de fatores de risco cardiovasculares
em crianças. Motriz, Rio Claro, v.19 n.3, Suplemento,
p.S8-S15, jul/set. 2013.
3 - Moraes ACF et al.. Prevalência de inatividade física
e fatores associados em adolescentes. Revista da
Associação Médica Brasileira, v.55, n.5, p.523-528, 2009
TABELA 1 – Valores descritivos das variáveis Motricidade Global (QM2) e Passos realizados
na Semana de crianças (oito a 10 anos) praticantes de ginástica no projeto de extensão
GYMNAÇÕES.
VARIÁVEIS X±DP
QM2 102,7 ± 16,5
Média de Passos realizados na Semana 9066,2 ± 3892,7
X : Média; DP : Desvio Padrão
O EFEITO DA DANÇA COMO RECURSO TERAPÊUTICO NA MOTRICIDADE DE PACIENTES COM
PARALISIA CEREBRAL: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA
1Ramona Michele Batista da Silva*, 2Anna Paula Santos Prado, 3Lavínia Teixeira Machado & 4Daniel
Tenório da Silva 1Departamento de Fisioterapia, Universidade de Pernambuco; 2Departamento de Fisioterapia,
Universidade Federal da Bahia; 3Departamento de Educação em Saúde, Universidade Federal de
Sergipe; 4Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde e Biológicas, Universidade Federal Vale
do São Francisco
E-mail: [email protected]
INTRODUÇÃO
Apesar de da Paralisia Cerebral (PC) ser considerada não
progressiva, o desempenho motor funcional do paciente
tende a piorar com o tempo se não ocorrer o estímulo
adequado. Nesse contexto, a dança tem sido elegível
como um tipo de exercício físico que consegue
proporcionar uma variedade de movimentos com o
corpo, que objetivam a promoção do condicionamento
geral e podem facilitar as atividades diárias. Assim, o
objetivo do presente trabalho foi avaliar o efeito da dança
como recurso terapêutico na motricidade de pacientes
com paralisia cerebral.
MATERIAIS E MÉTODOS
Foi realizada uma revisão sistemática nas bases de dados
PubMed, Scielo, LILACS e PEDro utilizando os descritores
DECs “dance therapy”, “dance”, “cerebral palsy”, “terapia
através da dança”, “dança” e “paralisia cerebral”. As
estratégias de pesquisa foram baseadas de acordo com o
protocolo de busca das diferentes bases de dados. Os
critérios de inclusão foram: o estudo deveria incluir
dança como terapia; os participantes tinham que ser
diagnosticados com PC; o estudo deveria avaliar
motricidade. Foram excluídos artigos que não estivessem
em inglês, português ou espanhol, que não estivessem
disponibilizados em sua versão completa, artigos que não
representassem publicações originais. A triagem dos
artigos foi realizada em três etapas (título, resumo e
texto completo). O estudo seguiu as diretrizes
preconizadas pelo Preferred Reporting Items for
Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A busca inicial sobre o tema encontrou 82 artigos, dos
quais apenas quatro cumpriram os critérios de inclusão.
A respeito das intervenções, dois estudos utilizaram o
Balé clássico como estratégia de dança, um utilizou aulas
de dança com base em conceitos de Feldenkrais, Horton,
Graham, Laban/Bartenieff, e um estudo utilizou sessões
baseadas nos conhecimentos sobre dança de Laban,
progressão qualitativa do movimento e dançaterapia de
Fux.
CONCLUSÕES
A análise dos estudos apontou que a dança pode ser uma
ferramenta efetiva para otimizar a motricidade em
pacientes com paralisia cerebral.
REFERÊNCIAS
1. Dewar R, et al. DMCN. 57(6):504-520 2015.
2. Donkervoort M, et al. DR. 29(1):453–63, 2007
Tabela 1: Descrição das variáveis analisadas nos artigos incluídos na revisão.
Estudos Grau de PC Desfechos avaliados Resultados
Teixeira-
Machado et al.,
2016
Níveis II a V Nível de função
motora e
funcionalidade
A dança aumentou a classificação de
funcionamento (p=0,001), função de
independência (p=0,004), autocuidado (p=0,01),
mobilidade (p=0,008), locomoção (p=0,01).
López-Ortiz et
al., 2016
Níveis de II a
IV
Equilíbrio postural e
controle de membro
superior
Os valores da Escala de Equilíbrio Pediátrico
apresentaram modificações significativas intra-
grupo (p=0,0088) e intergrupo (p=0,019).
Pascual et al.,
2015
Não relatou Amplitude de flexão e
extensão do quadril
Maior controle do movimento durante a flexão e
extensão do quadril. Maior controle do tronco.
Garção, 2011 Nível III Função motora grossa
das dimensões D e E
Na avaliação III observou-se um aumento
significativo em relação aos desempenhos das
avaliações I e II para a dimensão D (p<0,01) e E
(p<0,01).
RESPOSTA DA FREQUÊNCIA CARDÍACA DURANTE DIFERENTES RITMOS DE JOGO DE
CAPOEIRA EM COMPETIÇÃO MUNDIAL
Ricardo Diogo Araújo da Costa1; Eduardo S. Numata Filho1; Geovani A. dos Santos1; Davi Leite
Ribeiro1; Samuel P. Santos1; Lorrada K. S. Barros1; Francélio M. M. Luz1 & Sérgio R. Moreira1
1Grupo Grupo de Estudos do Desempenho Humano e das Respostas Fisiológicas ao
Exercício/GEDeRFE-DIVISÃO NORDESTE, Universidade Federal do Vale do São Francisco, Petrolina,
PE, Brasil; 2Associação Brasileira de Apoio e Desenvolvimento da Arte (ABADÁ) Capoeira, Rio de
Janeiro, RJ, Brasil;
E-mail: [email protected]
INRODUÇÃO
Respostas de frequência cardíaca (FC) tem sido
demonstrada em diversos esportes de combate1.
Contudo, a demanda cardiovascular ainda não foi
investigada em diferentes ritmos de Capoeira,
especialmente durante competições mundiais. Dentre os
ritmos, a Angola e Benguela são ritmos lentos e a Iuna e
São Bento Grande ritmos rápidos e explosivos. Portanto,
o objetivo do presente estudo foi analisar
descritivamente as respostas de FC durante diferentes
ritmos de jogo em competição mundial de Capoeira.
MATERIAIS E MÉTODOS
As coletas foram realizadas na competição Mundial da
Associação Brasileira de Apoio e Desenvolvimento da
Arte (ABADÁ) Capoeira. Quatro atletas de elite (34,5±5,2
anos; %gordura: 7,4±3,3; tempo de prática: 25,5±4,7
anos) realizaram jogos nos ritmos de Angola, Benguela,
Iuna e São Bento Grande, os quais possuíram 160, 60, 45
e 45 segundos de jogo, respectivamente. A FC foi
mensurada por uma fita transmissora modelo H7 (Polar
electro, Yo)2 conectado a smarthphone via bluetooth e
posteriormente analisada no software Kubios HRV 3.0.
Realizou-se estatística descritiva com média e erro
padrão.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Após uma análise descritivo visual (Figura 1), a FC se
elevou mais durante o jogo de São Bento Grande (178±8
bpm), seguido da Iuna (174±4 bpm), Angola (169±12
bpm) e Benguela (166±10 bpm). Interessantemente, a
resposta da FC acompanhou os estilos de cada ritmo de
jogo, sendo demonstrado menor demanda nos ritmos
mais lentos e maior demanda cardiovascular nos ritmos
mais rápidos, sugerindo diferentes intensidades de
esforço entre os ritmos. Nesse sentido, os achados podem
auxiliar treinadores e praticantes de Capoeira na
prescrição de treinamento voltados para o desempenho
nos diferentes ritmos..
Figura 10. Resposta da frequência cardíaca média
(FCMED) duramente os diferentes ritmos de jogo. Uma
limitação vale ser destacada: número amostral que
impossibilitou procedimentos de estatística inferencial.
No entanto, deve-se ressaltar a originalidade do estudo e
o perfil da amostra. Sendo assim, sugerem-se futuras
investigações com maior número de voluntários e que
analisem outras variáveis fisiológicas, bem como
perceptuais.
CONCLUSÕES
Ocorreu maior demanda cardiovascular no ritmo de São
Bento Grande, seguido da Iuna, Angola e Benguela,
sugerindo diferentes demandas de intensidade entre os
ritmos.
REFERÊNCIAS
3. Slimani M. JSCR31, n.4, p.1132 - 1141, 2017.
4. Plews DJ, et al. IJSSP12, n.10, p.1324 - 1328,
2017.
EFEITO DE UM PROGRAMA DE TREINAMENTO FUNCIONAL SOBRE A ANSIEDADE E
AUTOESTIMA DE IDOSAS
1Roseana Pacheco Reis Batista*, 2Daniel Vicentini de Oliveira, 2Renan dos Santos Campos & 1José
Roberto Andrade do Nascimento Junior 1Grupo de Estudos em Psicologia do Esporte e do Exercício, Universidade Federal do Vale do São
Francisco, Petrolina, PE, Brasil; 2Faculdade Metropolitana de Maringá, Maringá, PR, Brasil.
E-mail: [email protected]
INTRODUÇÃO
Estima-se que em 2050, o número de idosos no Brasil
triplique, chegando a 29,3% da população [1]. O
envelhecimento é um processo natural, gradual e
inevitável que faz parte do desenvolvimento de todo
indivíduo, e é marcado por modificações do
funcionamento biológico, psicológico e social [2].
A prática de atividade física regular melhora a condição
física, clínica e mental dos idosos, contribuindo para
benefícios na autoestima, alívio do estresse, ansiedade e
depressão [3]. Diante disso, este estudo investigou o
efeito de um programa de treinamento funcional no nível
de ansiedade e autoestima de idosas.
MATERIAIS E MÉTODOS
Esse estudo quase-experimental teve como amostra 19
idosas. A amostra foi escolhida de forma intencional e
dividida aleatoriamente em dois grupos, Grupo Controle
(GC) e Grupo Experimental (GE). O GC foi composto por 9
idosas, que continuaram sua rotina diária, sem a
realização de exercícios físicos durante o período dessa
pesquisa. Já o GE contou com 10 idosas que foram
submetidas a um programa de treinamento funcional de
14 semanas, o qual foi composto de aulas de 50 minutos
de treinamento funcional.
Os instrumentos utilizados foram a Escala de Autoestima
de Rosenberg, composta por 10 afirmações que avaliam a
autoestima global, e o Inventário de Ansiedade
Geriátrica, constituído de 20 itens com respostas
dicotômicas. Foram aplicados nos dois grupos, no início e
termino da intervenção.
A análise de dados foi conduzida por meio da Anova two-
way para comparar as variáveis em função do momento
(préxpós intervenção) e do grupo (GExGC). Adotou-se o
nível de significância de 5%.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Verificou-se que o treinamento funcional promoveu um
efeito significativo sobre os níveis de ansiedade e
autoestima (Tabela 1). Destaca-se que enquanto o GE
teve uma redução na ansiedade (Δ=-8,00) e um aumento
da autoestima (Δ=6,40), o GC teve aumento da ansiedade
(Δ=1,23) e manutenção do nível de autoestima (Δ=-0,11).
Assim, os resultados encontrados corroboram com
estudos atuais que recomendam a atividade física para
mulheres idosas como estratégia de enfrentamento da
ansiedade e que prevê níveis superiores de autoestima
em idosos praticantes de atividade física [3].
CONCLUSÕES
Concluiu-se que o exercício físico regular pode
proporcionar melhorias na autoestima das idosas e
redução dos seus níveis de ansiedade, contribuindo para
a saúde mental e o bem-estar psicológico.
REFERÊNCIAS
1. BRASIL. IBGE v.36, 146p., 2016.
2. Papalia DE, et al. AMGH. v.12, 570-600, 2013.
3. Araújo KMC, et. al. JPE, 28, 2017.
Tabela 1: Comparação da ansiedade e autoestima dos grupos controle (GC) e experimental (GE)
nos momentos pré e pós-intervenção do treinamento funcional.
VARIÁVEIS Grupos
Pré-
intervenção
Pós-
intervenção Tempo Grupo Tempo x
Grupo x ± dp x ± dp
Ansiedade GC 12,44 ± 5,34 13,67 ± 3,67 F=21,817
p=0,001
F=25,087
p=0,001
F=40,392
p=0,001 GE 9,40 ± 3,50 1,40 ± 1,26
Autoestima GC 28,78 ± 4,58 28,67 ± 4,62
F=12,005
p=0,003
F=3,659
p=0,073
F=12,869
p=0,002
ASSOCIAÇÃO ENTRE NÚMERO DE MEDICAMENTOS, ATIVIDADE PARASSIMPÁTICA E
EQUILÍBRIO ESTÁTICO EM IDOSOS SEDENTÁRIOS
1Sarah Elisheba Mendes do Carmo Santos, 1Cleuber de Souza Gonçalves, 1Lorenna Walesca de Lima
Silva, 1Graciano Joan Xavier de Lima, 1Eduardo Seiji Numata Filho, 1Sérgio Rodrigues Moreira, 1Natália Batista Albuquerque Goulart Lemos e 1Fernando de Aguiar Lemos.
1Grupo de Pesquisa em Plasticidade Neuromotora, Universidade Federal do Vale do São Francisco,
Petrolina, PE, Brasil
E-mail: [email protected]
INTRODUÇÃO
O envelhecimento é marcado pela utilização de
medicamentos para manutenção da saúde. A maioria dos
medicamentos promove mudanças no Sistema Nervoso
Autonômico (SNA), aumentando a atividade do sistema
parassimpático e diminuindo a FC e pressão arterial
(MUSICH et al, 2017). A avaliação do SNA sobre o sistema
cardiovascular pode ser feita através da Variabilidade da
Frequência Cardíaca (VFC). No eletrocardiograma a VFC
representa as oscilações dos intervalos R-R, de modo
que, valores mais altos de variabilidade representam
boas adaptações. Sabe-se que, com o envelhecimento a
FC é aumentada, resultando em uma menor VFC. Essa
variável tem sido associada ao nível de aptidão motora e
também a quedas no idoso (TASK FORCE, 1996). Desta
forma, o objetivo do presente trabalho foi investigar a
relação entre número de medicamentos utilizados e
atividade parassimpática e posteriormente, a associação
entre atividade parassimpática e equilíbrio, em um grupo
de idosos de Petrolina-PE.
MATERIAIS E MÉTODOS
Foram avaliados 21 idosos com média de idade de 69,96
anos, 7,21 e peso de 76,28 Kg, 16,17. A identificação
do número de medicamentos, foi feita de forma verbal
pelos idosos. Para avaliação da VFC, foi utilizado um
cardiofrequencímetro (Polar RS800CX), e
posteriormente, para análise, foi utilizado o software
Kubios HRV Standard 4.0. A variável utilizada foi o
RMSSD (Raiz quadrada da média do quadrado das
diferenças entre intervalos RR consecutivos) que
representa a atividade parassimpática. Para análise do
equilíbrio foi utilizado a área total do Centro de Pressão
(CP) com uma Plataforma de Força (AMTI NetForce)
onde o idoso permanecia em pé em cima da plataforma
de força com olhos fixos a um alvo que estava 2 metros à
frente. Os dados do CP foram analisados por meio do
Software MatLab. Optou-se por um teste de correlação de
Spearman não paramétrico devido ao N amostral. O nível
de significância adotado foi que α<0,05.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Identificou-se uma correlação (R= 0,384) entre número
de medicamentos e RMSSD. Entre RMSSD e área total do
CP também houve uma correlação (R= -0,314).
Figura 11. Imagem fictícia de intervalos entre
batimentos cardíacos representados no
eletrocardiograma.
CONCLUSÕES
Nos idosos incluídos nesse estudo, o uso de fármacos
para controle cardiovascular contribuiu para o aumento
da atividade parassimpática, interferindo, também, no
equilíbrio dos idosos.
PALAVRAS-CHAVE: Sistema autônomo, idosos e
equilíbrio.
REFERÊNCIAS
1. MUSICH, S. et al. Falls-Related Drug Use and Risk of
Falls Among Older Adults: A Study in a US Medicare
Population. Drugs Aging, 2017.
2. Task Force of The European Society of Cardiology and
The North American Society of Pacing and
Electrophysiology. Heart rate variability: standards of
measurement, physiological interpretation, and clinical
use. European Heart Journal: 1996.
CAPOEIRA E PSICOMOTRICIDADE NA INTERFACE DAS MIDIAS DIGITAIS
Simone Santos Ferreira1; Patrícia Freitas Nascimento; Luciene Lopes Xavier & Watusy Dryell
Nascimento e Silva.
1Universidade Federal do Rio Grande do Norte;
E-mail: [email protected]
INTRODUÇÃO
O projeto tem o objetivo elucidar as contribuições da
Capoeira dentro de uma relação psicomotora com uso de
mídias digitais. Nessa perspectiva, desenvolvemos
praxias corporais ligadas aos aspectos psicomotores e
cognitivos provenientes da Capoeira. Ela apresenta
várias facetas que contribuem para o desenvolvimento
integral do indivíduo, pois é composta pela dança, luta,
arte e jogo, que seduz por meio da sua ludicidade.
Atualmente, o ensino da Capoeira no âmbito educacional
ganha relevância e ressignificação, possibilitando o
ensino nas dimensões conceituais, procedimentais e
atitudinais, referenciado na Base Nacional Comum
Curricular. Isso favorece o resgate da história da
Capoeira, sua valorização cultural e social. Outro fato a
ser considerado são as contribuições da
Psicomotricidade, pois Columá; Chaves, (2017, p.33)
afirmam que:Ao praticar a Capoeira não se aprende
somente o gesto técnico [...] entra-se em contato [...] com
o acervo histórico e cultural que a constituiu, envolvendo
ainda as dimensões emocionais, afetivas e relacionais
inerentes à expressão desse movimento. Propõe
intervenções que reúnem diferentes saberes para lidar
com o corpo em movimento nas suas interações consigo
e com os outros.
MATERIAIS E MÉTODOS
O estudo apropriou-se de procedimentos, como: diálogo
investigativo, pesquisas em sites educativos e
documentários, visita ao patrimônio cultural, experiências
em rodas de Capoeira e consultas a textos acadêmicos. Já os
instrumentos para coleta e análise dos dados, foram: Câmera
de resolução 12 Megapixel do smartfone Moto G, com
cartão de memória 4 GB; o tablet Samsung, com cartão de
memória 4 GB e, ainda, um “Portfólio”, podendo este, ser
acessado com a descrição e análise das fotografias.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Diante dos resultados encontrados, destacamos os
aspectos cognitivos e psicomotores no desenvolvimento
das crianças. Na utilização das mídias digitais, como
ferramenta de avaliação, observaram-se avanços
significativos na dimensão procedimental quanto à
autonomia e destreza das habilidades psicomotoras das
crianças, como afirmam Columá e Chaves (2017). Já na
dimensão conceitual e atitudinal destacamos a história
da Capoeira que ressignificou a percepção social e
cultural desta. Portanto, as crianças desempenharam
função social de valorização e respeito em suas
experiências, como é mencionado em Brasil (2016).
CONCLUSÕES
Após a análise e discussão dos resultados, considerou-se
que a tecnologia teve um papel estratégico no processo
de ensino-aprendizagem e avaliação, pois o desempenho
das crianças foi significativo nesse contexto.
AGRADECIMENTOS
Programa de Pós Graduação de Psicomotricidade Clínica
e Escolar da Universidade Federal do Rio Grande do
Norte
REFERÊNCIAS
1. COLUMÁ JF; CHAVES SF. Capoeira e
psicomotricidade: brincando e aprendendo a
jogar. Petrópolis, RJ: Vozes, 2017.
2. BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional
Comum Curricular. Proposta preliminar.
Segunda versão revista. Brasília: MEC, 2016.
ASSOCIAÇÃO ENTRE MOTRICIDADE GLOBAL E FRENAGEM DA MARCHA EM IDOSOS
SUBMETIDOS À INTERVENÇÃO DE ABORDAGEM COORDENATIVA EM CIRCUITOS
1Terezinha Abel Alves*, 1Juliana Moreira Paes Landim, 1Cleuber de Souza Gonçalves, 1Lorenna
Walesca de Lima Silva, 1Graciano Joan Xavier de Lima, 1Etevaldo Dantas Coelho Júnior, 1Natália
Batista Albuquerque Goulart Lemos & 1Fernando de Aguiar Lemos 1Grupo de Pesquisa em Plasticidade Neuromotora, Universidade Federal do Vale do São Francisco,
Petrolina, PE, Brasil
E-mail: [email protected]
INTRODUÇÃO
A marcha é considerada uma habilidade motora complexa em que o corpo se locomove por meio de
um padrão cíclico de movimentos coordenados dos membros inferiores1. A Motricidade Global
envolve a habilidade de controlar as contrações dos grandes músculos em movimentos amplos,
músculos estes que participam da frenagem dos segmentos tracionados pela energia cinética3.
Monaco e Micera, (2012) constataram uma maior intensificação dos músculos reto femoral e vasto
lateral em idosos na velocidade de marcha de preferência no momento do toque do calcâneo. No
entanto, programas de treinamento quando desenvolvidos de acordo com as necessidades
inerentes do organismo do idoso podem diminuir o risco de quedas. O objetivo do presente estudo
foi verificar a associação entre Motricidade Global (MG) e o Primeiro Pico da FZ (Pico_Fz1) da
marcha, em idosos submetidos à intervenção de abordagem coordenativa em circuitos.
MATERIAIS E MÉTODOS
Foram avaliados 25 idosos de ambos os sexos, com média de idade de 69,96 anos (±7,21) e peso
corporal de 52,25 Kg (±10,21). A variável Primeiro Pico da FZ (Pico_Fz1) foi avaliada utilizando
uma Plataforma de Força (AMTIForce). Para análise da Motricidade Global foi utilizada a Escala
Motora para a Terceira Idade (EMTI; Rosa Neto, 2009). Os participantes foram submetidos a uma
intervenção de abordagem coordenativa em circuitos durante 8 semanas, 2 vezes por semana, com
duração de 60 min cada aula e foram avaliados nos momentos pré e pós-intervenção. Os dados
coletados foram planilhados e analisados utilizando o Software Excel (Windows 2010). Para análise
estatística, utilizou-se a correlação de Spearman e o nível de significância adotado foi de α<0,05.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Verificou-se na pré-intervenção uma correlação positiva entre as variáveis P_Fz1 e MG (r=0,428) e
pós-intervenção a correlação entre as variáveis aumentou para (r=0,530). Isso demonstra que, para
os idosos participantes do estudo, melhora da MG se associação significativamente com melhor
controle da fase de frenagem da marcha.
Figura 1. Representação gráfica do Pico_Fz1.
Figura 2. Teste de MG (ROSA NETO, 2009).
CONCLUSÕES
O presente estudo concluiu que, nos idosos participantes desta pesquisa, ocorreu um aumento da
associação entre P_Fz1 e MG, o que implica dizer que quanto melhor a capacidade de coordenar
grandes grupamentos musculares melhor a fase de frenagem da marcha, resultando em melhor
fluidez ao caminhar, menor gasto energético e redução do risco de quedas.
REFERÊNCIAS
1. CHUNG, T. M. Avaliação cinética e cinemática da Marcha de adultos do sexo masculino. Acta
Fisiatrica 2000.
2. MONACO V. MICERA S. Age-related neuromuscular adaptation does not affect the mechanical
efficiency of lower linb during walking, Gait Posture 2012.
3. ROSA NETO, F. Manual de Avaliação Motora. Artmed, Porto Alegre: 2009.
CONTRIBUIÇÃO DA TERAPIA ASSISTIDA POR ANIMAIS NO DESENVOLVIMENTO
NEUROPSICOMOTOR EM MICROCEFALIA 1Wilhelm Bruno Rodrigues*; 1Jucélia Gonçalves Ferreira de Almeida; 1Wasley Carlos Gonçalves
Matos; ¹Ivonete Pereira Cunha; ¹Marianny Carvalho Santos; ¹Geisa Braga Amaro Vieira; ¹Priscila
Lima de Souza; ¹Marcelo Domingues de Faria 1Grupo de Pesquisa em desenvolvimento neuropsicomotor em pediatria, Universidade Federal do
Vale do São Francisco, Petrolina, PE, Brasil
E-mail: [email protected]
INTRODUÇÃO
A Terapia Assistida por Animais (TAA) é um tipo de
terapia baseada no vínculo homem-animal que utiliza a
afinidade do homem com o cão para potencializar os
resultados esperados. (MENEZES, 2010). O emprego da
TAA como terapia complementar em crianças visa
alcançar diferentes objetivos, como estimular a criança a
realizar exercícios de mobilidade, encorajar as funções
da fala, as atividades de vida diária (AVD's) e
socialização, bem como aumentar a confiança e a atenção
(TUDELLA, 2011). Este estudo tem como objetivo avaliar
o desenvolvimento neuropsicomotor em crianças
diagnosticadas com microcefalia em atuação da terapia
assistida por animais
MATERIAIS E MÉTODOS
Trata-se de um estudo observacional descritivo, com
caráter transversal, de natureza quantitativa e analítica.
A coleta de dados foi adquirida após a intervenção
interdisciplinar em 05 (cinco) crianças diagnosticadas
com Microcefalia, com idade média 1,5 anos.
RESULTADOS
Observou-se que as crianças obtiveram uma melhora
desenvolvimento neuropsicomotor (DNPM)
significativas, ao controle cervical para a possibilidade de
experimentar as posturas do DNPM, e que o contato com
o cão melhorou a interação com o meio, bem como
auxílio na regulação do tônus.
Figura 12. Imagem autorizada pelo responsável para
divulgação dos resultados.
CONCLUSÕES
O estudo apresentou a importância da Interação da
criança com o cão, melhorando diversos aspectos,
como interação com o meio e regulação do tônus.
REFERÊNCIAS
1. MENEZES, J. O melhor amigo do paciente. Revista
CREFITO, São Paulo, ano 7, 3. ed., p. 24-29, 2010.
2. TUDELLA, E. et al. Description of the motor
development of 3–12 month old infants with Down
syndrome: the influence of the postural body position.
Research in Developmental Disabilities, v. 32:5, p.
1514-1520, 2011.
Tabela 1: Avaliação DNPM e Interação com o meio entre março e dezembro/ 2017.
Criança DNPM
Inicial
DNPM Final Interação com o meio
antes
Interação com o meio
Depois
Criança 1 01 mês 02 meses Ausente Presente
Criança 2 01 mês 03 meses Ausente Presente
Criança 3 02 meses 04 meses Ausente Presente
Criança 4 01 mês 03 meses Ausente Presente
Criança 5 01 mês 03 meses Ausente Presente
Fonte: Do autor
EFEITO DE 8 SEMANAS DE UM MÉTODO DE INTERVENÇÃO DE ABORDAGEM COORDENATIVA EM FORMATO DE
CIRCUITOS SOB A APTIDÃO FÍSICA GERAL DE IDOSOS
Amanda Soares Aragão1, Graciano Joan Xavier Lima1, Lorenna Walesca de Lima Silva1, Cleuber de Souza Gonçalves1,
Etevaldo Dantas Coelho Junior1, Natália Batista de Albuquerque Goulart Lemos1, Marcelo de Maio Nascimento1 & Fernando
de Aguiar Lemos1
1Grupo de Pesquisa em Plasticidade Neuromotora, Universidade Federal do Vale do São Francisco, Petrolina, PE, Brasil
E-mail: [email protected]
INTRODUÇÃO
Com o envelhecimento a capacidade funcional do idoso
tende a ser reduzida. Contudo, devido ao processo
neurodegenerativo natural idoso eles também
necessitam de treinamentos que estimulem a
coordenação 1. A literatura é contraditória quando se
trata do aumento do condicionamento físico por meio de
intervenções com ênfase motora. Neste sentido, o
presente estudo teve como objetivo avaliar e comparar a
capacidade funcional de idosos em momentos pré e pós-
oito semanas de um treinamento coordenativo em
formato de circuito na Universidade Federal do Vale do
São Francisco - Campus Petrolina/PE.
MATERIAIS E MÉTODOS
Foi aplicado a bateria do teste de Fullerton antes e após o
período de intervenção de oito semanas em um grupo de
25 idosos (69,96 ± 7,21 anos). Para a análise dos
resultados foi verificado o índice de aptidão física geral
(IAFG).
Os dados foram organizados em planilha Excel.
Primeiramente a normalidade dos dados foi testada por
meio do teste de Shapiro-Wilk. Após foi aplicado um teste
t dependente com o nível de significância adotado de
p<0,05.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Foi identificado melhora estatisticamente significativa do
IAFG após a intervenção (p<0,05). Os valores de média e
desvio-padrão do IAFG pré-intervenção foi de
54,8±13058% e pós-intervenção de 60,2±12,62%. No
que refere-se a análise de níveis mínimos e máximos
do IAFG dos valores mínimo pré-intervenção foi de
22,5% e pós-intervenção de 27,5% já o índice máximo
pré-intervenção foi de 77,5% e pós-intervenção foi de
80%. Como demonstra na Tabela 1 Abaixo.
CONCLUSÕES
O grupo de alunos que realizou 8 semanas de
treinamento com ênfase coordenativa apresentou
melhora significativa no índice de aptidão física geral.
REFERÊNCIAS
1. RIKLI et al. Development and Validation of a
Functional Fitness Test for Community-Residing Older
Adults. Journal of Aging and Physical Activity, Fullerton,
n. 7, p. 129-161, 1999;
Tabela 1: Análise descritiva do índice de Aptidão física geral de uma turma de 25 idosos submetidos a um treinamento
coordenativo em formato de circuito durante 8 semanas.
Variável Pré/Pós Média Desvio Padrão Mínimo Máximo
IAFG (%)_PRÉ 54,80% 13,58% 22,50% 77,50%
IAFG (%)_PÓS 60,20% 12,62% 27,50% 80,00%
Figura 1: Bateria do teste de Fullerton.
EFEITO DO ALONGAMENTO ESTÁTICO NO DESEMPENHO DO LEG PRESS E RECUPERAÇÃO NEUROMUSCULAR EM
IDOSAS
1Brendha Stephany Rodrigues da Silva, 1Ferdinando Oliveira Carvalho, 2Antônio Gonçalves dos Santos Neto, 2José Hildemar
Teles Gadelha & 2André Luiz Demantova Gurjão
1Grupo de Estudo e Pesquisa em Genética e Exercício, Universidade Federal do Vale do São Francisco, Petrolina, PE, Brasil;
²Grupo de Estudo e Pesquisa em Fisiologia e Envelhecimento, Universidade Federal do Vale do São Francisco, Petrolina,
PE, Brasil
E-mail: [email protected]
INTRODUÇÃO
Exercícios de alongamento estático (AE) podem reduzir
transitoriamente o desempenho da força muscular e
afetar negativamente a resistência muscular. Franco et al.
[1] demonstraram que uma série de AE reduz o número
de repetições possíveis de serem realizadas com cargas
submáximas (85% de 1 RM). Se estes efeitos do AE no
número de repetições persistirem quando utilizado
séries múltiplas, então é possível que a redução no
volume leve ao menor estímulo e altere a recuperação da
funcionalidade do sistema neuromuscular pós-exercício.
No entanto, esta é uma hipótese que necessita ser
investigada em idosos. Assim, objetivo do presente
estudo foi analisar o efeito de um protocolo de AE na
resistência muscular, volume total do exercício Leg-Press
e recuperação neuromuscular de idosas.
MATERIAIS E MÉTODOS
Participaram deste estudo 14 idosas com experiência em
treinamento de força (61,5 ± 4,1 anos; 70,4 ± 13,9 kg;
1,58 ± 0,05 m; 28,3 ± 5,2 kg/m²). O número de repetições
realizadas até a fadiga voluntária em três séries
(intensidade: 15 repetições máximas; intervalo de
recuperação entre séries: dois minutos) e o volume total
(somatória do número de repetições nas três séries
multiplicado pela carga) foram obtidos em duas
condições experimentais: com e sem AE prévio (AE-LP e
LP, respectivamente). O protocolo de AE foi composto
por três exercícios, realizados em três repetições de 30
segundos, sendo dois passivos (quadríceps femoral e
glúteos) e um ativo (posteriores de coxa). O intervalo
entre as repetições foi de 30 segundos. A recuperação
neuromuscular foi avaliada pela taxa de desenvolvimento
de força nos instantes de 50 e 200 ms. Para análise da
recuperação neuromuscular a TDF também foi obtida
durante condição controle. A aleatorização das condições
foi realizada por meio da técnica do quadrado latino.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Ao comparar as condições experimentais AE-LP e LP,
decréscimo significativo (-18,5%) no número de
repetições foi observado apenas para a primeira série
(figura 1). O volume total da condição AE-LP foi
significativamente menor (-8,3%) em comparação à
condição LP. A recuperação neuromuscular nas
condições AE-LP e LP não foram alteradas quando
comparadas ao controle.
Figura 13. Número de repetições no exercício Leg-Press
horizontal com e sem alongamento estático prévio em
idosas (n = 14). a = diferença significativa entre as
condições (p < 0,05). b = diferença significativa em
relação a primeira série para condição LP. c = diferença
significativa em relação a primeira série para condição
AE-LP.
CONCLUSÕES
O desempenho de resistência muscular no exercício Leg-
Press pode ser influenciado negativamente ao ser
precedido por um protocolo de AE. A redução do volume
total decorrente do AE não interferiu na recuperação
neuromuscular.
REFERÊNCIAS
1. Franco BL, Signorelli GR, Trajano GS, de Oliveira CG.
Acute effects of different stretching exercises on
muscular endurance. J Strength Cond Res.
2008;22(6):1832-7.
INFLUÊNCIA DO SEXO NO DESENVOLVIMENTO MOTOR DE HABILIDADES FUNDAMENTAIS EM PRÉ-ESCOLARES
Danielle dos Santos Souza da Silva¹, Rafael dos Santos Henrique², Maria Teresa Cattuzzo³, Bruno Henrique Feitosa
Tavares4 & Anderson Henry Perreira Feitoza5.
1Grupo de Pesquisa Comportamento Motor Humano e Saúde.,Universidade de Pernambuco, Santo Amaro, Recife, PE, Brasil
E-mail: [email protected]
INTRODUÇÃO
Em diferentes contextos culturais é esperado que
homens e mulheres tenham comportamentos e papéis
distintos na sociedade¹. Essa divisão social se inicia a
partir do nascimento, e se perpetua, ao longo da vida².
Também são diferentes as oportunidades de prática e o
encorajamento dado a cada um¹.
Na primeira infância, ocorrem mudanças e adaptações
significativas no sistema motor humano³. A aquisição das
habilidades motoras fundamentais, são basilares para
todo o desenvolvimento motor subsequente4,5.Por outro
lado, crianças que não desenvolvem de maneira
adequada estas habilidades terão dificuldades no
envolvimento em atividades físicas e esportivas5
Nesse sentido, diversos estudos têm demonstrado as
diferenças no desempenho motor entre meninos e
meninas, porem grande parte deles avaliam a diferença
em crianças acima dos 6 anos. Este estudo tem como
objetivo comparar o desempenho das habilidades
fundamentais de crianças na primeira infância de uma
escola pública de Recife/PE.
MATERIAIS E MÉTODOS
Estudo Transversal composta por crianças de ambos os
sexos e idades entre 4 e 6 anos de uma escola pública do
Recife/PE. Foi utilizado o Test of Gross Motor
Development – SecondEdition (TGMD-2), para avaliar a
proficiência em habilidades motoras fundamentais. Este
estudo está aninhado ao projeto O papel mediador da
percepção de competência motora na relação entre
atividade física e competência motora na
infância,submetido ao Comitê de Ética e Pesquisa da UPE
CAAE: 58796216.7.0000.5192.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Houve diferença significativa nas habilidades
locomotoras, em especial no saltar obstáculo onde as
garotas desempenharam com mais eficiência. Nas
habilidades de controle de objeto foi encontrada
diferença significativa entre os grupos. Os meninos
apresentaram desempenho superior, especialmente nas
habilidades de chutar,quicar, arremessar,rebater e
receber. Corroborando com os achados de Valentini e
Afonso et al. Dentre as habilidades avaliadas, apenas o
rolar não teve resultados com diferença significativa,
tanto no presente estudo como no de Valentini15.
CONCLUSÕES
Conclui-se que quando comparados ambos os sexos, foi
verificado que nas habilidades de locomoção houve uma
diferença significativa no saltar o obstáculo, onde as
garotas foram superiores aos garotos. Já nas habilidades
de controle de objetos os meninos manifestaram melhor
desempenho em 5 das 6 habilidades avaliadas
REFERÊNCIAS
1-TANI, Go. Educação fisica na pre-escola e nas quatro
primeiras séries do ensino de primeiro grau: um
abordagem de desenvolvimento i. Kinesis,v.3,n.1, 1987.
2- GALLAHUE DL, OZMUN JC. Compreendendo o
desenvolvimento motor: bebês, crianças,
adolescentes e adultos.3ª ed.São Paulo:Phorte Editora
Ltda;2005.
3-VALENTINI NC,VILLWOCK G. Percepção de
competência atlética, orientação motivacional e
competência motora em crianças de escolas públicas:
estudo desenvolvimentista e correlacional. Rev Bra de
Ed.Fis e Esp, São Paulo,v.21,n.4,p.245-57,out./dez. 2007
TESTE DE VALIDADE DO SOFTWARE LACTATE-E NA DETERMINAÇÃO DO LIMIAR DE LACTATO DE CAPOEIRISTAS
EM EXERCÍCIO INCREMENTAL EM CICLOERGÔMETRO
Davi L. Ribeiro1; Geovani A. dos Santos1; Eduardo S. Numata Filho1; Francélio M. M. Luz1; Samuel P. Santos1; Ricardo D. A.
da Costa1; Lorrana K. S. Barros1 & Sérgio R. Moreira1
1Universidade Federal do Vale do São Francisco, Grupo de Estudos do Desempenho Humano e das Respostas Fisiológicas
ao Exercício (GEDeRFE);
E-mail: [email protected]
INTRODUÇÃO
Os métodos de inspeção visual (IV) e softwares como o
LACTATE-E (LACTATE-E) são utilizados para determinar
o limiar de lactato (LL) em cicloergômetro, sendo o
LACTATE-E um método validado que apresenta
praticidade na análise dos resultados1. No entanto, ainda
não foi demonstrado o uso desta ferramenta na
determinação do LL de praticantes de capoeira.
Portanto, o objetivo do presente estudo foi verificar a
validade do Software LACTATE-E na determinação do
limiar de lactato de capoeiristas em exercício
incremental em cicloergômetro.
MATERIAIS E MÉTODOS
Dezesseis capoeiristas recreacionais homens (27,3±6,9
anos) realizaram o teste em cicloergômetro (BIKE),
iniciando a 60watts com incrementos de 30watts a cada
estágio de 3min mantendo 60rpm. A Frequência cardíaca
(FC), lactatemia ([Lac]) e percepção subjetiva de esforço
(PSE), foram registradas ao fim de cada estágio. O LL foi
considerado como a intensidade de exercício anterior ao
aumento abrupto da [Lac] durante o teste, o mesmo foi
determinado a partir de dois métodos: i) IV e; ii)
LACTATE-E. A análise por IV foi realizada
independentemente por dois avaliadores e discordâncias
foram sanadas em conjunto.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A [Lac] no LL não diferiu entre os métodos de
determinação (IV: 3,0 (2,6-3,1) vs. LACTETE-E: 2,8 (2,0-
3,8) mM, p>0,05), assim como FC no LL (IV:
138±12 vs. LACTATE-E: 138±16 bpm, p>0,05), PSE [IV:
13 (10-13) vs. 12 (8-13) pontos, p>0,05) e a intensidade
referente ao LL (IV: 150 (120-150) vs. LACTATE-E: 150
(120-150) watts, p>0,05).Contudo, não foi encontrada
correlação para intensidade do LL (r=0,29, p=0,28) e
concordância moderada foi demonstrada a partir do
método Bland-Altman (5,6 [-63,0/74,3 watts]), dentre os
16 indivíduos, apenas 6 apresentaram concordância para
a intensidade do LL, para os demais, um comportamento
de subestimação e superestimação de aproximadamente
30watts foi observado (FIGUR 1).
Figura 14. Análise de concordância a partir do método
Bland-Altman. Portanto, o uso desta ferramenta deve
ser feito com cautela, podendo utilizar informações
auxiliares, como, a PSE, que no LL apresenta valores
entre 13-14 pontos (BORG 6-20) e o percentual da carga
máxima obtida no teste (60-80%) para determinação do
LL. Ainda, a utilização da IV deve ser preferível na análise
de pequenas amostras, sendo o LACTATE-E uma
alternativa a análise de grandes grupos, devido sua
praticidade. Este resultado também reforça o uso da
análise de concordância na validação de métodos de
medida2 uma vez que a comparação de médias pode
interferir nos resultados de validação.
CONCLUSÕES
O uso do software LACTATE-E para determinação do LL
de capoeiristas em teste incremental em cicloergômetro
apresentou moderada concordância e deve ser utilizado
com cautela.
REFERÊNCIAS
1. NEWELL, J, et al. JSC v. 25, n. 12, p. 1403-1409,
2007.
2. BLAND, JM; ALTMAN, DG G. JBS v. 17, n. 4, p. 571-582,
2007
A ANSIEDADE PRÉ-COMPETITIVA EXERCE INFLUÊNCIA NA COESÃO DE GRUPO DE JOVENS ATLETAS?
1Eliakim Cerqueira da Silva, 1Carla Thamires Laranjeira Granja, 1Vinícius da Cruz Souza, 1Adson Alves da Silva, 2Daniel
Vicentini de Oliveira & 1José Roberto Andrade do Nascimento Junior
1Grupo de Estudos em Psicologia do Esporte e do Exercício (GEPEEX), Universidade Federal do Vale do São Francisco,
Petrolina-PE, Brasil; 2Programa de Pós-Graduação em Gerontologia, Universidade Estadual de Campinas, Campinas-SP,
Brasil
E-mail: [email protected]
INTRODUÇÃO
A coesão de grupo é considerada como um processo
dinâmico que tem como objetivo favorecer a união de um
grupo para o alcance das metas, bem como promover a
satisfação das necessidades afetivas dos membros [1]. No
contexto esportivo, um dos fatores psicológicos que
podem afetar a coesão é a ansiedade, uma vez que um
atleta ansioso pode enxergar o ambiente competitivo
como algo atemorizante e ameaçador. Aliado a isso, a
ansiedade pode gerar respostas fisiológicas adversas
como o aumento da frequência cardíaca, ou ainda se
manifestar de maneira cognitiva, na qual o atleta pode
ter dificuldades em tomar decisões em momentos difíceis
e de pressão [2]. Diante disso, este estudo analisou a
relação entre a ansiedade pré-competitiva e a coesão de
grupo de jovens atletas de Pernambuco.
MATERIAIS E MÉTODOS
Fizeram parte deste estudo 177 escolares (104 meninos
e 73 meninas), com média de idade 16,15±0,90 anos
participantes da fase estadual dos Jogos Escolares de
Pernambuco 2017. Os escolares eram praticantes das
modalidades: futsal (64), voleibol (57), handebol (42) e
basquete (14).
Para verificar o nível de ansiedade pré-competitiva foi
utilizada a Escala de Ansiedade Esportiva-2 (SAS-2). Este
instrumento avalia as diferenças individuais no traço de
ansiedade somática em duas dimensões da ansiedade
cognitiva (preocupação e perturbação da concentração).
O Questionário de Ambiente Esportivo para Jovens
(YSEQ) foi utilizado para avaliar a percepção de coesão
de grupo. O questionário é composto por 16 itens
divididos em duas dimensões: Coesão Social e Coesão
para Tarefa.
Para a análise dos dados foram utilizados os testes de
Kolmogorov-Smirnov e a correlação de Spearman
(p<0,05).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A ansiedade somática demonstrou correlação negativa
com a coesão para a tarefa (r=-0,26) e coesão social (r=-
0,30). A preocupação demonstrou correlação negativa
com a coesão para a tarefa (r=-0,17) e coesão social (r=-
0,23). A perturbação da concentração demonstrou
correlação negativa com a coesão para a tarefa (r=-0,27)
e coesão social (r=-0,26). Estes achados corroboram com
o estudo de Nascimento Júnior et al. [3], que encontrou
uma relação inversa entre a coesão de grupo e ansiedade.
CONCLUSÕES
Conclui-se que a coesão de grupo possui uma relação
inversamente proporcional com a ansiedade pré-
competitiva, evidenciando que quanto mais os atletas
sentem os sintomas da ansiedade, menos se envolvem no
trabalho coletivo.
Palavras-chave: Ansiedade; Coesão Grupal; Esporte.
REFERÊNCIAS
1. Carron, A. V., Brawley, L. R. SGR, 43(6), p.726-743.
2012.
2. Borrego, C., et. al. JHK, 34(1), p.119-127. 2012.
3. Nascimento Júnior, J. R. A. et al. RPTP. 18(02), P.89-
102, 2016.
TABELA 1- Correlação entre a ansiedade pré-competitiva e a coesão de grupo dos jovens atletas.
VARIÁVEIS 1 2 3 4 5
Ansiedade pré-competitiva
1. Ansiedade Somática 0,57 0,64 -0,26* -0,30*
2. Preocupação 0,53 -0,17* -0,23*
3. Perturbação da concentração -0,27* -0,26*
Coesão de grupo
4. Coesão para Tarefa 0,49
5. Coesão Social
*p<0,05- Correlação significativa.
ASSOCIAÇÃO ENTRE ESQUEMA CORPORAL E FORÇA PROPULSIVA DA MARCHA EM IDOSOS APÓS INTERVENÇÃO DE
ABORDAGEM COORDENATIVA EM CIRCUITOS
1Emanuelle Malvim*, 1Juliana Moreira Paes Landim, 1Cleuber de Souza Gonçalves, 1Lorenna Walesca de Lima Silva, 1Graciano Joan Xavier de Lima, 1Etevaldo Dantas Coelho Júnior, 1Natália Batista Albuquerque Goulart Lemos & 1Fernando
de Aguiar Lemos 1Grupo de Pesquisa em Plasticidade Neuromotora, Universidade Federal do Vale do São Francisco, Petrolina, PE, Brasil.
E-mail: [email protected]
INTRODUÇÃO
A marcha pode ser analisada através da força ântero-
posterior e a força vertical. A primeira remete ao
comportamento da força do pé no momento em que toca
a plataforma de força (direção anterior), bem como a
força do pé na geração da propulsão para o próximo
passo (direção posterior), já a força vertical caracteriza a
força de reação do solo propulsiva (HAMU, 2013). Por
outro lado o Esquema Corporal (EC) envolve a imagem
do próprio corpo e representa uma forma de consciência
corporal, permitindo que o indivíduo se ajuste ao meio,
coordenando os movimentos dos vários segmentos
corporais, de forma isolada e como um todo (ROSA
NETO, 2002). Desta forma, o objetivo do presente
trabalho foi avaliar a associação entre a Força Máxima
ântero-posterior (Fmáx_AP) e o EC, e entre o Segundo
Pico da Força Z (P_FZ2) e o EC em idosos submetidos à
intervenção de abordagem coordenativa em circuitos.
MATERIAIS E MÉTODOS
Foram avaliados 25 idosos com média de idade de 69,96
anos ( 7,21) e peso de 52,25 Kg ( 16,17). Para a coleta
dos dados cinemáticos da marcha, foi utilizada uma
plataforma de força (AMTIForce) e as variável Força
Máxima Ântero-posterior (Fmáx_AP) e Pico da Força Z2
(P_FZ2) foram selecionadas. O Esquema Corporal (EC) foi
avaliado através da Escala Motora para a Terceira Idade -
EMTI (Rosa Neto, 2002). Os participantes foram
submetidos a uma intervenção com abordagem
coordenativa em circuitos durante 8 semanas, 2 vezes
por semana, com duração de 60 min cada aula e foram
avaliados nos momentos pré e pós-intervenção. Os dados
coletados foram planilhados e analisados utilizando o
Software Excel (Windows 2010). Para análise estatística,
utilizou-se a correlação de Spearman e o nível de
significância adotado foi de α<0,05.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Identificou-se que após a intervenção as variáveis
apresentaram maior correlação. Entre EC e Fmáx_AP
passou de (R=0,324) para (R=0,618) e entre EC e P_FZ2
passou de (R=0,110) para (R=0,518). Os resultados
sugerem que quanto mais se tem domínio do EC, maior a
associação de ajuste do corpo ao ambiente.
Figura 1. Padrão vertical da FRS. (PERRY, 2010)
Figura 2. Padrão de Força Antero-Posterior.
(Pereira,2010)
CONCLUSÕES
O presente estudo concluiu que, os idosos da pesquisa
apresentaram aumento da associação moderada positiva
pós-intervenção entre o EC e a Fmáx_AP e entre o EC e o
P_FZ2. Essas associações sugerem que uma melhor
percepção do EC se relaciona com melhor
aproveitamento da fase propulsiva da marcha, reduzindo
o risco de quedas, o gasto energético e melhorando a
fluidez da marcha desses idosos.
REFERÊNCIAS
1.HAMU, T.C.D.SILVA. Comparação da cinética da
marcha entre mulheres obesas e mulheres
eutróficas. São Paulo, 2013.
2. PERRY, J; BURNFIELD J.M. Gait analysis: Normal and
pathological function. 2ª ed. New Jersey: slack
incorporated; 2010.
3. ROSA NETO, F. Manual de Avaliação Motora. Artmed,
Porto Alegre: 2009.
ASSOCIAÇÃO ENTRE VARIABILIDADE DA FREQUÊNCIA CARDÍACA E EQUILÍBRIO ESTÁTICO DE IDOSOS
SEDENTÁRIOS
1Etevaldo Dantas Júnior, 1Cleuber de Souza Gonçalves, 1Graciano Joan Xavier de Lima, 1Lorenna Walesca de Lima Silva, 1Eduardo Seiji Numata Filho, 1Sérgio Rodrigues Moreira, 1Natália Batista Albuquerque Goulart Lemos e 1Fernando de
Aguiar Lemos 1 Grupo de Pesquisa em Plasticidade Neuromotora, Universidade Federal do Vale do São Francisco, Petrolina, PE, Brasil
INTRODUÇÃO
A Variabilidade da Frequência Cardíaca (VFC) é uma
medida psicofisiológica e têm demonstrado ser uma
importante variável para entender o controle do Sistema
Nervoso Autonômico (SNA) sobre as adaptações
cardiovasculares. No eletrocardiograma a VFC
representa as oscilações dos intervalos R-R. Na análise da
VFC existem indicadores dos sistemas simpático e
parassimpático que demonstram a predominância da
atividade cardíaca. A diminuição da atividade
parassimpática, atrelada ao aumento da atividade
simpática, representa um fator de risco cardiovascular e
também está ligado ao declínio funcional de idosos
(TASK FORCE, 1996). Com o envelhecimento também é
possível notar dificuldade na estabilização corporal. Até
mesmo em posições estáticas o idoso apresenta maior
desequilíbrio quando comparado com adultos jovens
(OGLIARI et al 2015). O objetivo do presente estudo foi
verificar a relação da VFC com o equilíbrio estático de
idosos.
MATERIAIS E MÉTODOS
Foram avaliados 20 idosos com média de idade de 69,96
7,21 e peso de 76,28 Kg, 16,17. Foi utilizada uma
Plataforma de Força (AMTI NetForce) para análise do
Centro de Pressão (CP). O parâmetro utilizado foi a área
do CP ântero-posterior, onde o idoso permanecia em pé
em cima da plataforma de força numa posição estática,
com os olhos fechados. Os dados do CP foram analisados
por meio do Software MatLab. Para a VFC, foi utilizado
um cardiofrequencímetro (Polar RS800CX), e
posteriormente, para análise, foi utilizado o software
Kubios HRV Standard 4.0. A variável utilizada foi o
RMSSD (Raiz quadrada da média do quadrado das
diferenças entre intervalos RR consecutivos) que
representa a atividade parassimpática. Em seguida os
dados da VFC e CP foram processados em uma planilha
de Excel. O Software de análise estatística SPSS versão 20
foi utilizado para análise descritiva dos dados (médias e
desvios-padrões) e em seguida optou-se por um teste de
correlação de Pearson. O nível de significância adotado
foi de α<0,05.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Foi obtida uma correlação fraca (R= - 0,375) entre
RMSSD e área do CP ântero-posterior. Portanto, quanto
maior o RMSSD menor a área do CP ântero-posterior.
Muitos
estudos têm mostrado aproximações relacionadas a VFC
com doenças cardiovasculares, risco de quedas e
problemas cognitivos, entretanto, a literatura não
apresenta estudos que mostrem alguma relação direta
entre VFC e equilíbrio em idosos.
Figura 1.
Figura 2.
CONCLUSÕES
Conclui-se que, nos idosos incluídos no estudo,
obtiveram valores mais altos da atividade parassimpática
estão associados com uma menor área de
desestabilização na plataforma de força.
REFERÊNCIAS
1. Task Force of The European Society of Cardiology and
The North American Society of Pacing and
Electrophysiology. Heart rate variability: standards of
measurement, physiological interpretation, and clinical
use. European Heart Journal: 1996.
2. OGLIARI, G. et al. Resting heart rate, heart rate
variability and functional decline in old age. CMAJ,
2015.
APTIDÃO CARDIORRESPIRATÓRIA DE ACORDO COM O PERFIL ANTROPOMÉTRICO DE ESCOLARES DO ENSINO
MÉDIO DE TRIUNFO – PE
Francinete Deyse dos Santos1,2 & José Fernando Vila Nova de Moraes1,2
1Programa de Pós-Graduação em Educação Física, Universidade Federal do Vale do São Francisco, Petrolina, PE, Brasil2;
Grupo de Estudos e Pesquisa em genética e exercício, Universidade Federal do Vale do São Francisco, Petrolina, PE, Brasil
E-mail: [email protected]
INTRODUÇÃO
Estudos recentes têm revelado que crianças e jovens
estão se tornando cada vez mais vulneráveis ao excesso
de peso. A composição corporal inadequada tem relação
com surgimento de doenças crônicas não transmissíveis
e influencia na baixa aptidão cardiorrespiratória.
Pensando nisso, o objetivo do estudo foi investigar o
nível de aptidão cardiorrespiratória de acordo com o
sexo e perfil antropométrico de escolares.
MATERIAIS E MÉTODOS
Participaram do estudo 166 alunos de ambos os sexo,
com idades entre 14 e 17 anos, estudantes do Ensino
Médio da Escola de Referência em Ensino Médio Alfredo
de Carvalho em Triunfo – PE. Os participantes foram
submetidos a medidas de massa corporal e estatura
(para cálculo do IMC), circunferência da cintura, e
realizaram o PACER test1. A análise dos dados foi
realizada por meio do teste-T de Student para medidas
independentes nas comparações entre sexo e
classificação da aptidão cardiorrespiratória. O software
utilizado foi o SPSS versão 22.0 e o nível de significância
adotado foi p<0,05.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Na comparação entre sexo, os meninos realizaram mais
voltas no PACER test do que as meninas e, portanto,
apresentaram maior VO2máx (Tabela 1).
Tabela 1. Quantidade de voltas no PACER test e aptidão
cardiorrespiratória dos participantes de acordo com o
sexo.
Meninas
(n=105)
Meninos
(n=61)
Total
Nº de
voltas
21,78±9,56 56,31±20,65* 34,47±22,17
VO2máx 38,93±2,58 51,60±5,77* 43,59±7,33
*p<0,05 para meninas.
Já a comparação do perfil antropométrico de acordo com
a aptidão cardiorrespiratória, por sua vez, revelou que os
participantes com baixa aptidão apresentaram valores
significativamente mais altos de IMC e relação cintura-
estatura quando comparados aos indivíduos com aptidão
cardiorrespiratória adequada (Tabela 2).
Tabela 2. Perfil antropométrico dos participantes de
acordo com a classificação da aptidão
cardiorrespiratória.
Baixa (n=124) Adequada
(n=42)
M. corporal (kg) 59,70 ± 11,09 57,10 ± 9,76
Estatura (cm) 165,86 ± 7,57 168,33 ± 9,07
IMC (kg/m²) 21, 64 ± 3,28 20,05 ± 2,20*
Escore-z de IMC 0,05 ± 0,94 -0,22 ± 0,90
C. cintura (cm) 72,22 ± 7,02 70,48 ± 5,74
RCE 0,43 ± 0,04 0,42 ± 0,03*
*p<0,05 para baixa aptidão.
Os resultados encontrados concordam com os de
MINATO et al. (2016) e PELEGRINI et al. (2017), que
observaram associações entre adiposidade corporal
elevada e baixa aptidão cardiorrespiratória.
CONCLUSÕES
Meninos apresentaram melhor aptidão
cardiorrespiratória quando comparado às meninas.
Ademais, participantes com baixa aptidão
cardiorrespiratória apresentaram valores maiores de
IMC e relação cintura-estatura.
REFERÊNCIAS
1. PLOWMAN, S.A. & MEREDITH, M.D. (Eds.). (2013).
Fitnessgram/Activitygram Reference Guide (4th
Edition). Dallas, TX: The Cooper Institute.
2. MINATO, G. et. al., (2016). Relação entre a aptidão
cardiorrespiratória e adiposidade corporal em
meninas. Rev. Poul Pediatr 34 (4): 469-475.
3. PELEGRINI, A. et. al. (2017), Aptidão
cardiorrespiratória em adolescentes. Rev.Andal Med
Deporte. 10 (3): 152-157.
TESTE ESPECÍFICO PARA DETERMINAÇÃO DA APTIDÃO AERÓBIA DE CAPOEIRISTAS
Geovani Alves dos Santos1,2,3; Eduardo Seiji Numata Filho1; Flavio Souza Araujo1; Hiago de Lima Pereira1; Francisco
Teixeira Coelho2; Herbert Gustavo Simões3 & Sérgio Rodrigues Moreira1
1Universidade Federal do Vale do São Francisco, Petrolina, PE, Brasil; 2Universidade Federal do Triângulo Mineiro,
Uberaba, MG, Brasil; 3Universidade Católica de Brasília, DF, Brasil;
E-mail: [email protected]
INTRODUÇÃO
A aptidão aeróbia de praticantes de Capoeira é avaliada
em testes laboratoriais em ergômetros tradicionais 1,
contudo, o padrão de movimento utilizado não é
específico para a modalidade, necessitando um protocolo
de teste específico. Portanto, o objetivo do presente
estudo foi estabelecer um teste específico para avaliar a
aptidão aeróbia de capoeiristas.
MATERIAIS E MÉTODOS
Doze capoeiristas recreacionais homens (27,8±7,4 anos)
realizaram: i) teste incremental
em cicloergômetro (BIKE), iniciando a 60watts com
incrementos de 30watts a cada estágio de 3min
mantendo 60rpm; ii) teste incremental de ginga (GINGA)
iniciando em 16 ciclos.min-1 (movimentos de ginga por
minuto) com incrementos de 2 ciclos.min-1 a cada estágio
de 3 min com 1 min de intervalo entre eles, sendo
controlado por estimulo visual e sonoro. A frequência
cardíaca (FC), percepção subjetiva de esforço (PSE) e
concentração de lactato sanguíneo ([Lac]) foram obtidos
ao final de cada estágio. O limiar de lactato (LL) foi
considerado como a intensidade anterior ao aumento
abrupto do [Lac] e o consumo pico de oxigênio
(VOPICO) foi considerado como a média dos valores obtido
nos 20s finais do último estágio.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A FCLL, FCPICO e [Lac]PICO diferiram significativamente
entre os testes (p<0,05), contudo, [Lac]LL, PSELL, PSEMAX e
VO2PICO não diferiram (p>0,05) (TABELA 1). Além disso,
[Lac]LL (r=0,69, p=0,01) e VO2PICO (r=0,63, p=0,03)
demonstraram correlação entre os testes. A concordância
para a [Lac]LL foi confirmada pelo método de Bland-
Altman (FIGURA 1). As diferenças encontradas para
FCLL e FCPICO sugerem uma maior demanda central
durante exercício que envolve maiores grupamentos
musculares2. Contudo, adaptações na difusão e consumo
de oxigênio podem explicar o VO2PICO semelhante. Além
disso, baseando-se nos resultados de concordância e
correlação das variáveis no LL, fundamenta-se a
aplicabilidade do teste específico como um método de
avaliação.
Figura 1. Análise de concordância do LL a partir do
método de Bland-Altman.
CONCLUSÕES
O teste incremental de GINGA apresenta validade e
aplicação prática na avaliação da aptidão aeróbia de
capoeiristas
AGRADECIMENTOS
CAPES
REFERÊNCIAS
1. Maia RB, et al. RBC v.1, n.1, p.72, 2010.
2. WEICHENBERGER, M, et al. IJSM v.33, n 01, p.48
- 52, 2012
Tabela 1: Medidas de dispersão obtidas nos testes incrementais BIKE e GINGA (n=12).
.
[Lac]LL(mM
)
FCLL (bpm
) PSELL (pts)
[Lac]PICO(m
M)
FCPICO(bpm
)
PSEMAX (pts
)
VO2PICO(ml.
kg.min-1)
BIKE 2,9±0,4 141±10 13(10-13) 8,9±2,9 180±8 18(15-20) 40,3±9,9
GINGA 2,6±0,8 168±8* 13(12-14) 6,0±2,1* 187±5* 19(15-20) 41,1±8,6
[Lac]LL=Concentração de lactato no limiar, FCLL=Frequência cardíaca no limiar de lactato, PSE=Percepção subjetiva de
esforço no limiar, LACPICO=Concentração pico de lactato, FCPICO=Frequência cardíaca pico, PSEMAX=Percepção subjetiva de
esforço máxima. * p<0,05.
VALIDADE DO LIMIAR DA PERCEPÃO SUBJETIVA DE ESFORÇO NA DETERMINAÇÃO DO LIMIAR DE LACTATO DE
CAPOEIRISTAS EM TESTE ESPECÍFICO
Geovani A. dos Santos1,2,3,; Eduardo S. Numata Filho1; Flávio S. Araujo1; Hiago A. L. Pereira1; Francisco Teixeira-Coelho1;
Herbert G. Simões3 & Sérgio R. Moreira1 1Universidade Federal do Vale do São Francisco, Petrolina, PE, Brasil; 2Universidade Federal do Triângulo Mineiro,
Uberaba, MG, Brasil; 3Universidade Católica de Brasília, DF, Brasil;
E-mail: [email protected]
INTRODUÇÃO
O teste incremental (TI) de Ginga é uma avaliação
específica do limiar de lactato (LL) de praticantes de
capoeira, contudo, a análise sanguínea da concentração
de lactato ([Lac]) necessita de equipamentos específicos
de alto custo. Como alternativa, o limiar da percepção
subjetiva de esforço (LPSE) tem sido utilizado para
estimar o LL em cicloergômetro1. No entanto, seu uso em
TI de Ginga ainda não foi validado. Portanto, o objetivo
foi verificar a validade da percepção subjetiva de esforço
(PSE) na estimação do LL durante TI específico em
praticantes de Capoeira.
MATERIAIS E MÉTODOS
Treze capoeiristas recreacionais homens (26,7±7,3 anos)
realizaram um TI de ginga (GINGA) que foi iniciado com
16 ciclos.min-1 (movimentos de ginga por minuto)
havendo incrementos de 2 ciclos.min-1 a cada estágio de 3
min e com 1 min de intervalo entre eles, sendo
controlado por estimulo visual e sonoro. A PSE e
concentração sanguínea de lactato ([Lac]) foram obtidas
ao final de cada estágio. O LL foi considerado como a
intensidade anterior ao aumento abrupto da [Lac]
durante o exercício, enquanto o LPSE correspondeu ao
último estágio de teste com pontuação 13-14 (Borg 6-
20)2.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Não foram encontradas diferenças na [Lac], FC e Estágio
no LL e LPSE. Além disso, foi encontrada forte correlação
para todas as variáveis (TABELA 1). A concordância
entre as intensidades de exercício referentes ao LL foi
confirmada a partir do método de Bland-Altman (FIGURA
1). Os resultados encontrados demonstram que a PSE
pode ser utilizada para determinação do LL, auxiliando
aos profissionais de educação física e praticantes de
Capoeira no controle de cargas no treinamento, a partir
de uma tecnologia de baixo custo e com ampla
aplicabilidade prática.
Figura 15. Análise de concordância do LL a partir do
método de Bland-Altman.
CONCLUSÕES
A PSE é uma ferramenta de baixo custo válida para
estimar o LL durante TI especifico em praticantes de
Capoeira.
AGRADECIMENTOS
CAPES
REFERÊNCIAS
1. SIMÕES HG, et al. PMS v. 111, n. 2, p. 365-378,
2010.
2. BORG GA, MSSE v. 14, n. 5, p. 377-381, 1982.
Tabela 1: Comparação e correlação das medidas obtidas nos métodos LL e LPSE (n=13).
Estágio (ciclo.min-1) [Lac]LL (mM) FCLL (bpm)
LL 23,0±3,0 2,8±0,8 167±8
LPSE 22,5±2,8 2,7±0,9 166±9
r 0,91 0,96 0,94
[Lac] LL=Concentração de lactato no limiar, FCLL=Frequência cardíaca no limiar de lactato. * p>0,05
EFEITOS DE UMA INTERVENÇÃO MULTICOMPONENTE SOBRE A ATIVIDADE FÍSICA E DESEMPENHO MOTOR EM
CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM SOBREPESO E OBESIDADE 1Ívina Andréa Aires Soares*, 1Rafael dos Santos Henrique, 2Taís Feitosa da Silva, 2Rennê Honório da Silva & 2Clarice Maria
Lucena Martins
1Grupo de Pesquisa em Comportamento Motor Humano e Saúde - Universidade de Pernambuco, Recife, PE, Brasil; 2Grupo
de Estudos em Atividade Física e Desfechos em Saúde - Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, PB, Brasil
E-mail: [email protected]
INTRODUÇÃO
O excesso de peso na infância e adolescência é
considerado na atualidade um dos principais desafios de
saúde pública [1], sobretudo pela sua relação com
diferentes problemas de saúde [1]. Recentes estudos têm
apresentado que além de mostrar baixos níveis de
atividade física (AF) [2], crianças com sobrepeso e
obesidade frequentemente apresentam baixos níveis de
desempenho motor [3,4]. Estratégias multidisciplinares
focadas na promoção de mudanças comportamentais
podem representar uma importante estratégia para a
melhoria da saúde de crianças e adolescentes com
sobrepeso e obesidade [5]. Nesse sentido, o objetivo
desse estudo foi avaliar o efeito de uma intervenção
multicomponente sobre a AF e desempenho motor em
crianças e adolescentes com sobrepeso e obesidade.
MATERIAIS E MÉTODOS
A amostra incluiu 35 participantes (7-13 anos) de ambos
sexos, divididos em grupos: intervenção (n=17; 8,2±2,5
anos) e controle (n=18; 8,3±1,9 anos). Foi realizada uma
intervenção multicomponente por 12 semanas, composta
por duas sessões semanais com duração de 60 minutos
para promover AF, educação nutricional e apoio parental.
A AF foi avaliada com acelerômetros triaxiais (Actigraph,
GT3-X, US) durante 10 dias consecutivos e o desempenho
motor foi avaliado em quatro testes (equilíbrio, saltos
laterais, saltos monopedais e transposição lateral) da
bateria (KTK). As variáveis foram medidas em dois
momentos pré e pós- intervenção. Para análises dos
dados, modelos lineares gerais foram utilizados para
cada variável, tendo sexo, idade e gordura corporal como
covariáveis. As análises foram realizadas no SPSS 23.0.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os resultados não mostraram um efeito do tempo de
intervenção sobre as variáveis analisadas. Houve um
efeito significante entre os grupos no nível de AF leve,
assim como nos testes de equilíbrio e saltos laterais. O
efeito de interação foi significante para o nível de AF
vigorosa e o desempenho nos saltos monopedais e na
transposição lateral. Deste modo, esse resultado
demonstra que a intervenção foi eficaz para promover
uma melhoria de maior magnitude ao longo do tempo
para os participantes do grupo intervenção
comparativamente aos do grupo controle. Intervenções
focadas na combinação de estratégias pode ser de difícil
implementação, entretanto, parecem ser o melhor
caminho para alcançar relevantes mudanças na saúde de
jovens com excesso de peso [6].
CONCLUSÕES
A intervenção multicomponente foi eficaz na melhoria do
nível de AF vigorosa e o desempenho motor nos testes de
saltos monopedais e transposição lateral.
AGRADECIMENTOS
Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico pelo apoio financeiro (477893/2013-9).
REFERÊNCIAS
1. Lobstein T, et al. The Lancet. v. 385, p. 2510–2520,
2015.
2. Katzmarzyk PT, et al. MSSE, v. 47, p. 2062-2069, 2015.
3. D’Hondt E, et al. IJO, v. 37, p. 61-67, 2013.
4. Rodrigues LP, et al. JSMS, v. 19, p. 87-92, 2016.
5. Gorga E, et al. JCM, v. 17, p. 547-555, 2016.
6. Silveira DS, et al. JSS, in press.
Tabela 1: Efeitos e interação na AF e desempenho motor de acordo com o momento (pré e pós) e grupos (intervenção e
controle).
Variáveis Tempo Grupo Tempo*Grupo
AFL 0,18 18,89** 0,82
AFM 0,21 0,50 1,36
AFV 1,36 0,08 31,08**
Equilíbrio 0,30 6,52* 0,03
Saltos laterais 0,54 4,03* 0,19
Saltos monopedais 2,61 1,80 33,80**
Transposição lateral 1,36 0,44 5,95**
Nota: AFL, atividade física leve; AFM, atividade física moderada; AFV,
atividade física vigorosa; *p<0,05; **p<0,01
JUST DANCE: A PROPOSTA DANÇANTE NA VISÃO DAS CRIANÇAS E ADOLESCENTES ESCOLARES
Jeane Cristina de Souza1; Ilka Priscilla Marinho1; George Tawlinson Soares Gadelha1; Gustavo Henrique Gonçalves e Silva1;
Janielma Bezerra da Silva1; Leilane Shamara Guedes Pereira Leite1 & Patrick Stafin Coquerel1
1Grupo de Estudos em Ludomotricidade/GEL - Universidade Federal do Rio Grande do Norte/UFRN;
E-mail: [email protected]
INTRODUÇÃO
Os PCN’s (1997) diz que a dança enquanto produto
cultural e apreciação estética, deve possuir o,
“Reconhecimento e distinção das diversas modalidades
de movimento e suas combinações como são
apresentadas nos vários estilos de dança.” Este trabalho
objetiva avaliar a interseção tecnológica como uma
forma de atividade corporal de boa aceitação dos
escolares do ensino básico. Promover de forma mais
divertida a relação entre a comunicação tecnológica e a
comunicação corporal; desenvolver a expressividade
artística relacionada a música, movimento, ritmo,
plasticidade e ludicidade através do jogo Just Dance. O
jogo, assim como a dança acompanha a história da
humanidade e instaura na vida do homem capacidades
de aprendizagem, socialização, tomadas de decisão e
múltiplas habilidades. Winnicott apud Lapierre(2008,pg
31), afirma que “O jogo é em si mesmo é uma
terapia.”Palavras chaves: Just; Dance; Escola.
MÉTODOS/METODOLOGIA
Estudo quantitativo descritivo com população de
escolares (ensino fundamental I e II), foram autorizadas
a participação de 57 alunas em 6 aulas de dança. Os
dados foram analisados no softwer Statística 7, teste Qui-
quadrado considerando n= 46 e p<0,05. Utilizamos
questionário com 3 questões fechadas: 1)Grau de
satisfação da atividade;2)Preferência de socialização da
atividade;3)Nível de execução de movimentos físicos.
RESULTADOS
Comparando a distribuição de frequência, hegamos aos
seguintes resultados: 1) Quanto a categoria a: muito
divertido (66% - X²= 150,57 – p<0,05); 2) Quanto a
categoria b: preferência dançar com as amigas na aula de
dança (85% - X²= 121,24 – p<0,05); 3) Quanto a
categoria c: realizaram todos os movimentos
necessários para uma boa atividade física (91% - - X²=
68,85 – p<0,05).
CONCLUSÃO
Concluímos que, o Just Dance atinge um referencial de
jogo simbólico significativo para as aulas de dança e é um
recurso tecnológico com propostas de relação consigo e
com o próximo no âmbito educacional de caráter
estimulador para o planejamento pedagógico.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. BRAGA, JCF; SOUZA, VV S. As condições
necessárias para a emergência complexa em
jogos: um estudo sobre oportunidades de
aprendizagem nessas práticas sociais. ReVEL, v.
14, n. 27, 2016 [www.revel.inf.br].
2. Parâmetros curriculares nacionais: arte/
Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília :
MEC/SEF, 1997. 130p.
3. Revista Iberoamericana de Psicomotricidad
y Técnicas Corporales. MONOGRÁFICO
Homenagem a André Lapierre.Volume 8 –
Número 31 - Agosto/2008.
ASSOCIAÇÃO ENTRE FORÇA PROPULSIVA DA MARCHA E MOTRICIDADE GLOBAL EM IDOSOS APÓS INTERVENÇÃO
DE ABORDAGEM COORDENATIVA EM CIRCUITOS
1Jéssica Thayani Santos Brandão*, 1Juliana Moreira Paes Landim, 1Cleuber de Souza Gonçalves, 1Graciano Joan Xavier de
Lima, 1Lorenna Walesca de Lima Silva, 1André Brito de Carvalho, 1Natália Batista Albuquerque Goulart Lemos e 1Fernando
de Aguiar Lemos. 1Grupo de Pesquisa em Plasticidade Neuromotora, Universidade Federal do Vale do São Francisco, Petrolina, PE, Brasil.
E-mail: [email protected]
INTRODUÇÃO
A marcha humana é considerada uma forma de
locomoção onde ocorre uma alternância entre os
membros inferiores e desequilíbrio do centro de
gravidade de maneira sucessiva (Hamu, 2013). A
capacidade de eversão do pé (Movimento látero-medial)
durante a marcha facilita na fase propulsiva para o
próximo passo. O pico final de força médio-lateral (figura
1) é um importante fator de eficiência na marcha
(Mastrandea, 2008). Por outro lado, a Motricidade Global
é composta por movimentos sinestésicos, táteis, visuais,
espaciais e desempenha um importante papel na
melhora dos comandos nervosos e afinamento das
sensações e percepções que podem influenciar na
qualidade da marcha (Rosa Neto, 2009). Desta forma, o
objetivo do presente trabalho foi investigar a relação
entre a Máxima Força Médio-Lateral no segundo pico da
marcha e a Coordenação Motora Global em idosos
submetidos a uma intervenção de abordagem
coordenativa em circuitos.
MATERIAIS E MÉTODOS
Foram avaliados 23 idosos, com média de idade de 70,42
anos ( 7,45) e peso de 52,65 Kg ( 10,21). A variável
Máxima Força Médio-Lateral no segundo pico da marcha
(MaxF_ML_P2) foi coletada através de uma plataforma de
força (AMTIForce). A variável Coordenação Motora
Global foi coleta utilizando a Escala Motora para a
Terceira Idade - EMTI (Rosa Neto, 2009) e a variável
Coordenação Motora Global (CMG) foi selecionada. Os
participantes foram submetidos a uma intervenção com
abordagem coordenativa em circuitos durante 8
semanas, 2 vezes por semana, com duração de 60 min
cada aula e foram avaliados nos momentos pré e pós-
intervenção. Os dados coletados foram planilhados e
posteriormente analisados utilizando o Software Excel
(Windows 2010). Optou-se por um teste de correlação de
Spearrman não paramétrico devido ao N amostral. O
nível de significância adotado foi de α<0,05.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Verificou-se um aumento na correlação entre as variáveis
CMG x MaxF_ML_P2 no momento pós-intervenção em
comparação ao pré-intervenção, respectivamente
(R=0,540 e R=0,426). Isso demonstra que a intervenção
promoveu uma melhora da associação entre a CMG e a
MaxF_ML_P2. Isso implica dizer que uma melhor CMG
está positivamente relacionada com uma melhor fase
propulsiva e força médio-lateral da marcha.
Figura 1. Representação gráfica da Força Médio-Lateral.
Figura 2. Exemplos de teste para CMG da EMTI (ROSA
NETO, 2009).
CONCLUSÕES
O presente estudo concluiu que os idosos participantes
tiveram uma associação positiva moderada entre a CMG
e a MaxF_ML_P2. O que implica dizer que quanto melhor
a CMG, melhor a fase propulsiva da marcha, fatores que
reduzem o risco de quedas bem como o gasto energético.
REFERÊNCIAS
1. HAMU, T. C. D. S. Comparação da cinética da marcha
entre mulheres obsesas e mulheres eutróficas, 2013.
2. MASTANDREA, L. Avaliação da marcha em idosas
ativas e sedentárias, 2008.
3. ROSA NETO, F. Manual de Avaliação Motora para
terceira idade. Artmed, Porto Alegre: 2009.
APLICAÇÃO DE FORÇA E VELOCIDADE DE MOVIMENTO DURANTE SÉRIES MULTIPLAS NO EXERCÍCIO ISOINERCIAL
José Hildemar Teles Gadelha1; Antonio Gonçalves do Santos Neto1; Brendha Stephany Rodrigues da Silva1; Aline Rafaela
Soares da Silva1; Jamile Drubi de Souza1; Sebastião da Silva Costa1; Matheus da Silva Dias 1 & André Luiz Demantova
Gurjão1
1Universidade Federal do Vale do São Francisco;
E-mail: [email protected]
INTRODUÇÃO
O controle da velocidade de movimento (VM) durante o
exercício isoinercial é diretamente proporcional a
magnitude e duração das forças externas que atuam no
exercício. Objetivo do estudo foi analisar a aplicação de
força dinâmica e VM resultante no exercício isoinercial.
MATERIAIS E MÉTODOS
Quinze mulheres jovens (25,0 ± 4,0 anos) com
experiência prévia em treinamento de força foram
submetidas a duas sessões experimentais. Cada sessão
consistiu em realizar 3 séries até a exaustão com carga de
15 repetições máximas adotando uma de duas VM: lenta
(VL: 1,25 segundos por fase) ou rápida (VR: o mais
rápido possível). O intervalo de recuperação foi de dois
minutos entre séries e 48 a 72 horas entre condições. A
ordem das condições experimentais foi determinada pelo
método crossover contrabalanceado. A aplicação de força
e velocidade foram mensuradas por meio de células de
carga e acelerômetro acoplados a um leg press horizontal,
respectivamente. Em cada série foi analisada as fases
concêntricas das repetições de início, meio e fim. Para
comparar o efeito da VM nas variáveis dependentes foi
utilizada uma ANOVA three-way de medidas repetidas
seguida de post-hoc de Bonferroni. O nível-α adotado foi
de 0,05.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Quando comparada a força pico (Fpico) nas três
repetições (início, meio e fim) das três séries para as VM
em questão, não foi observada nenhuma interação
significativa (p > 0,05). Contudo foi observado um efeito
de condição F(1, 14) = 18,38 p = 0,001, indicando que a
Fpico foi maior para a VR. Para velocidade média da fase
concêntrica (VMCon) a ANOVA não mostrou interação
Condição x Série x Repetição (p > 0,05). Contudo, foi
observado interação Condição x Repetição F (2,28) =
11,07, p < 0,001, indicando que a VR reduziu ao longo da
série. A redução não intencional da velocidade durante as
repetições tem sido apontada como um importante
preditor de intensidade1, visto que maiores VM são o
resultado de maiores aplicações de força, o que pode
tornar o exercício mais intenso.
CONCLUSÕES
A VM é dependente da aplicação de força durante o
exercício. Quando VR são empregadas ocorre uma
redução na VM ao longo da série, diferentemente de
quando VL são utilizadas.
REFERÊNCIAS
1. Sanchez-Medina L e Gonzalez-Badillo
JJ. MSSE 43, n. 9, p. 1725-1734, 2011.
Tabela 1:Média ± desvio-padrão da VMCon e Fpico nas repetições de início, meio e fim das três séries executadas com
diferentes velocidades de movimento por mulheres jovens (n = 15). Legenda: a = diferença estatisticamente significativa
em relação a VL (p < 0,001); b = diferença estatisticamente significativa em relação a repetição do início (p < 0,05); c =
diferença estatisticamente significativa em relação a repetição do meio (p < 0,05); d = diferença estatisticamente
significativa em relação a VL (p < 0,001).
VMCon (m?s-1) F pico (N)
Início Meio Fim Início Meio Fim
1° Série 1° Série
VL 0,11 ± 0,06 0,11 ± 0,05 0,10 ± 0,04 1750,2 ± 181,5 1744,1 ± 130,8 1761,9 ± 116,2
VR 0,22 ± 0,07a 0,20 ± 0,05ab 0,16± 0,05abc 1848,1 ± 190,1d 1842,2 ± 190,1d 1846,37 ± 168,6d
2° Série 2° Série
VL 0,13 ± 0,06 0,12 ± 0,06 0,11 ± 0,04 1761,1 ± 152,1 1730,3 ± 136,8 1763,5 ± 103,6
VR 0,21 ± 0,07a 0,20 ± 0,06a 0,15 ±
0,06abc 1844,4 ± 179,2d 1850,1 ± 180,4d 1844,2 ± 180,1d
3° Série 3° Série
VL 0,14 ± 0,06 0,13 ± 0,05 0,11 ± 0,03 1751,5 ± 178,8 1745,5 ± 144,6 1761,2 ± 134,7
VR 0,21 ± 0,07a 0,19 ± 0,06ab 0,16± 0,05abc 1874,6 ± 172,7d 1840,1 ± 185,7d 1837,7 ± 170,7d
ASSOCIAÇÃO ENTRE A TAXA DE PICO DE FRENAGEM VERTICAL DA MARCHA E EQUILÍBRIO EM IDOSOS APÓS
INTERVENÇÃO COORDENATIVA EM CIRCUITO
1Juliana Moreira Paes Landim*, 1Cleuber de Souza Gonçalves, 1Lorenna Walesca de Lima Silva, 1Graciano Joan Xavier de
Lima, 1Etevaldo Dantas Coelho Júnior, 1André Brito de Carvalho, 1Natália Batista Albuquerque Goulart Lemos & 1Fernando
de Aguiar Lemos 1Grupo de Pesquisa em Plasticidade Neuromotora, Universidade Federal do Vale do São Francisco, Petrolina, PE, Brasil
E-mail: [email protected]
INTRODUÇÃO
O déficit no equilíbrio do idoso pode ser influenciado por
disfunções fisiológicas do envelhecimento, tais como,
sarcopenia, diapenia, alterações somatossensoriais,
déficits cognitivos, entre outros, (JANUÁRIO, 2010).
Contudo, estas influências negativas podem reduzir
velocidade de marcha e os picos propulsivos entre pé e
solo para a dinâmica dos passos. Por outro lado, a
capacidade de equilíbrio estático, e dinâmico também
influenciam de forma harmoniosa os movimentos cíclicos
dos membros inferiores que interagem com forças
internas e externas ao corpo (HAMU, 2013). Neste
sentido, intervenções motoras que incluem exercícios
desafiadores para o controle postural podem ser
consideradas como estratégias para melhorar o
equilíbrio postural estático e dinâmico. Desta forma, o
presente estudo teve como objetivo analisar a associação
entre Taxa do Primeiro Pico da FZ e Equilíbrio em idosos
submetidos à intervenção com abordagem coordenativa
em circuitos.
MATERIAIS E MÉTODOS
Foram avaliados 24 idosos de ambos os sexos, com
média de idade de 69,75 anos (±7,28) e peso corporal de
52,25 Kg (±10,21). Para avaliação da variável Taxa do
Primeiro Pico da FZ (Taxa_PFz1) foi utilizada uma
Plataforma de Força (AMTIForce). Para avaliação do
Equilíbrio (Eq.) foi utilizada a Escala Motora para a
Terceira Idade (Rosa Neto, 2009). Os participantes foram
submetidos a uma intervenção com abordagem
coordenativa em circuitos durante 8 semanas, 2 vezes
por semana, com duração de 60 min cada aula e foram
avaliados nos momentos pré e pós-intervenção. Os dados
coletados foram planilhados e analisados utilizando o
Software Excel (Windows 2010). Para análise estatística
utilizou-se a correlação de Spearman e o nível de
significância adotado foi de α<0,05.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Verificou-se um aumento da correlação entre as
variáveis, do período pré para o pós-intervenção,
(r=0,06) e (r=0,433), respectivamente. O aumento da
associação entre Eq. e Taxa_PFz1 implica que quanto
melhor o equilíbrio maior associação com a frenagem da
marcha e ainda, melhor a organização neuromotoras de
membros inferiores.
Gráfico 16. Representação gráfica da Taxa_PFz1.
Gráfico 17. Exemplos de testes para o Equilíbrio (Rosa
Neto, 2009).
CONCLUSÕES
Para os idosos participantes do estudo, ocorreu um
aumento da associação entre a Taxa_PFz1 e Eq. Esses
resultados sugerem que a melhora do equilíbrio desses
idosos relacionou-se com a melhora do desempenho na
frenagem da marcha (fase impulsiva), com consequente
melhora da fluidez da marcha e redução do risco de
quedas.
REFERÊNCIAS
1. JANURÁRIO, F; AMARAL, C. Fisiologia do equilíbrio.
RSPMR, v. 19, n. 2, 2010.
2. HAMU, T. C. D. S. Comparação da cinética da marcha
entre mulheres obsesas e mulheres eutróficas. Tese
de doutorado, UnB, 2013.
4. ROSA NETO, F. Manual de Avaliação Motora. Artmed,
Porto Alegre: 2009.
RESPOSTA DO LACTATO SANGUÍNEO APÓS DIFERENTES RITMOS DE JOGO DE CAPOEIRA EM COMPETIÇÃO
MUNDIAL
Lorrana K. S. Barros1,2; Eduardo S. Numata Filho1,2; Geovani A. dos Santos1; Davi L. Ribeiro1,2; Samuel P. Santos1,2; Ricardo
D. A. da Costa1,2; Francélio M.M. Luz1,2; Sérgio R. Moreira1,2
1Universidade Federal do Vale do São Francisco, Petrolina, PE, Brasil.; 2Associação Brasileira de Apoio e Desenvolvimento
da Arte (ABADÁ) Capoeira, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.;
E-mail: [email protected]
INRODUÇÃO
A caracterização da demanda fisiológica de esportes de
combate acontece por medidas fisiológicas, tais como o
lactato sanguíneo ([Lac])1. Contudo, a Capoeira ainda não
está caracterizada fisiologicamente em seus diferentes
ritmos de jogo, os quais se diferenciam em velocidade e
técnica de movimento. Sendo a Angola e Benguela ritmos
lentos e a Iuna e São Bento Grande ritmos rápidos e
explosivos. Nesse sentindo, o objetivo do presente estudo
foi analisar descritivamente as respostas de [Lac] após
diferentes ritmos de jogo em competição mundial de
Capoeira.
MATERIAIS E MÉTODOS
As coletas foram realizadas durante a competição
Mundial da Associação Brasileira de Apoio e
Desenvolvimento da Arte (ABADÁ) Capoeira. Quatro
atletas de elite (34,5±5,2 anos; %gordura: 7,4±3,3; tempo
de prática: 25,5±4,7 anos) realizaram jogos nos ritmos de
Angola, Benguela, Iuna e São Bento Grande, os quais
possuíram 160, 60, 45 e 45 segundos de jogo,
respectivamente. Obteve-se 25 μl de sangue do lóbulo da
orelha aos 3, 5 e 7 minutos após cada jogo, sendo
depositadas em micro tubos com 50 μl de fluoreto de
sódio a 1%, e posteriormente analisadas em um
analisador bioquímico eletroenzimático (Yellow Springs
1.500 SPORT, OH, USA). Realizou-se estatística descritiva
com média e erro padrão.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Após uma análise descritivo visual (Figura 1), observou-
se maiores valores de [Lac] após o jogo de São Bento
Grande (3min: 12,2±3,6; 5min: 13,3±2,9; 7min: 13,7±4,8
mmol*L-1), seguido da Iuna (3min: 10,0±2,0; 5min:
11,6±1,9; 7min: 11,5±1,9 mmol*L-1), Benguela (3min:
7,6±2,7; 5min: 7,9±3,2; 7min: 9,3±1,7 mmol*L-1) e Angola
(3min: 6,4±2,2; 5min: 6,3±2,7; 7min: 6,5±3,7 mmol*L-1).
Interessantemente, tais resultados corroboram com os
estilos de cada ritmo de jogo, onde ritmos mais lentos
exigiram menor demanda, enquanto os ritmos mais
rápidos exigiram maior demanda da via glicolítica
anaeróbia, demonstrando diferentes intensidades de
esforço entre os ritmos. Nesse sentido, os achados podem
auxiliar treinadores e praticantes de Capoeira na
prescrição de treinamento voltados para o desempenho
nos diferentes ritmos.
Figura 18. Resposta do lactato sanguíneo [Lac]
duramente momentos da recuperação após os diferentes
ritmos de jogo. O número amostral do presente estudo
foi uma limitação que impossibilitou procedimentos de
estatística inferencial. Contudo, vale ressaltar a
originalidade do estudo e o perfil da amostra. Sendo
assim, sugerem-se futuras investigações com maior
número de voluntários e que analisem outras variáveis
fisiológicas, bem como perceptuais.
CONCLUSÕES
Ocorreu maior demanda da via glicolítica anaeróbia no
ritmo de São Bento Grande, seguido da Iuna, Benguela e
Angola, sugerindo diferentes demandas de intensidade
entre os ritmos.
REFERÊNCIAS
1. Andreato LV. SM3, n.1, p.9, 2017.
PERFIL MOTOR DE IDOSOS: COMPARAÇÃO ENTRE SEXO E FAIXA ETÁRIA
1 Lucia Maria Andreis, 1Cassiana Luiza Pistorello Garcia & 1Francisco Rosa Neto
1Laboratório de Desenvolvimento Humano, Universidade Estadual de Santa Catarina, Florianópolis, SC, Brasil
E-mail: [email protected]
INTRODUÇÃO
O envelhecimento é caracterizado por alterações
motoras que podem ser influenciadas por fatores
intrínsecos e extrínsecos[1]. Sexo e idade são marcadores
intrínsecos do declínio motor, visto que as diferenças
biológicas entre os sexos, assim como as mudanças no
sistema nervoso e musculoesquelético com o passar dos
anos podem interferir no comportamento motor do
indivíduo[2]. Desta forma, o estudo da combinação
destes fatores e seu reflexo na função motora faz-se
importante, principalmente no que tange ao
planejamento de intervenções adequadas. Isto posto, o
objetivo do presente estudo foi comparar os quocientes
motores (QM) de idosos considerando o sexo e faixa
etária.
MATERIAIS E MÉTODOS
A amostra foi composta por 180 idosos (90 homens e 90
mulheres) pareados por idade (x=70,2±6,3anos),
compondo quatro grupos: M60-69 (mulher, 60-69 anos);
M≥70 (mulher, 70-88 anos); H60-69 (homem, 60-69
anos); e H≥70 (homem, 70-88 anos). O instrumento
utilizado foi a Escala Motora para Terceira Idade (EMTI).
Os dados foram analisados no SPSS 20.0, empregando
estatística descritiva e inferencial (teste H de Kruskal-
Wallis com post-hoc de Dunn).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os resultados do estudo indicaram que as mulheres
apresentaram QM inferior aos homens na MF, CG, OE e
OT. O grupo F≥70 obteve pontuações inferiores ao
demais grupos em todas as áreas motoras. Diferenças
estatísticas significantes foram encontradas na CG e E.
Estudos vêm demonstrando que o avançar da idade está
associado a intensificação dos prejuízos motores,
especialmente no sexo feminino[1,2]. Mulheres estão
mais suscetíveis a DCNT, a fragilidade e a demência,
quando comparado aos homens, o que pode afetar
negativamente seu comportamento motor[1]. Além
disso, diferenças biológicas de estrutura física,
funcionamento do sistema endócrino e arquitetura
cerebral contribuem para estas diferenças[2].
CONCLUSÕES
Concluiu-se que as mulheres apresentam QM inferior aos
homens na maioria das áreas avaliadas, e que as
mulheres de 70 anos ou mais são as que apresentam
maior comprometimento motor quando comparadas aos
homens e mulheres de 60-69 anos.
AGRADECIMENTOS
Agradecemos a FAPESC pelo apoio financeiro.
REFERÊNCIAS
1. BARBOSA, K.T.F. et al. Envelhecimento e
vulnerabilidade individual: um panorama dos idosos
vinculados à estratégia saúde da família. Texto contexto-
enferm.2017;26(2):1-10.
2. ALEXANDRE, T.S. et al. Disability in instrumental
activities of daily living among older adults: gender
differences. Rev Saúde Pública.2014;48(3):379-89.
Tabela 1: Comparação dos valores médios das áreas motoras entre os grupos.
MF CG E EC OE OT
x (DP) x (DP) x (DP) x (DP) x (DP) x (DP)
M60-69 99,6 (17,3) 57,1 (22,3)a,b,d 113,1 (23,4)a,c,d 110,7 (31,9) 100,5 (12,3) 88,3 (26,0)
M≥70 96,5 (18,4) 48,8 (16,8)a,b 98,7 (30,6)b,d 100,3 (29,4) 97,9 (12,0) 91,5 (25,2)
H60-69 105,6 (22,2) 72,9 (28,9)c,d 108,8 (30,6)a,c,d 105,1 (30,2) 102,7 (13,4) 93,9 (27,9)
H≥70 102,1 (22,1) 67,3 (29,4)a,c,d 102,3 (32,6)a,b,c,d 101,3 (31,5) 101,7 (13,5) 91,7 (27,7)
p-valor 0,188 >0,001* 0,039* 0,159 0,802 0,837
MF: Motricidade Fina; CG: Coordenação Global; E: Equilíbrio; EC: Esquema Corporal; OE: Organização Espacial; OT:
Organização Temporal; *p-valor ≤0,05; letras diferentes=diferença estatística significante.
ASSOCIAÇÃO ENTRE FORÇA PROPULSIVA DA MARCHA E ORGANIZAÇÃO TEMPORAL EM IDOSOS APÓS
INTERVENÇÃO COM ABORDAGEM COORDENATIVA EM CIRCUITO
1Luciana Márcia Gomes de Araújo*, 1Juliana Moreira Paes Landim, 1Cleuber de Souza Gonçalves, 1Lorenna Walesca de Lima
Silva, 1Graciano Joan Xavier de Lima, 1Etevaldo Dantas Coelho Júnior, 1Natália Batista Albuquerque Goulart Lemos & 1Fernando de Aguiar Lemos
1Grupo de Pesquisa em Plasticidade Neuromotora, Universidade Federal do Vale do São Francisco, Petrolina, PE, Brasil
E-mail: [email protected]
INTRODUÇÃO
A marcha consiste em um harmonioso complexo de
movimentos cíclicos dos membros com a interação
dinâmica de forças internas e externas (HAMU, 2013).
Organização Temporal (OT) diz respeito à necessidade
de o corpo coordenar movimentos dentro de um espaço
determinado, em função do tempo. O componente
horizontal anteroposterior da força de reação do solo
(FRS), apresenta uma fase negativa (desaceleração) e a
fase positiva (aceleração), e está intimamente ligado à
OT, uma vez que necessita de velocidade e percepção de
tempo para desempenhar a marcha. Através da atividade
física, obtém-se melhora e manutenção dos componentes
psicomotores (VENÂNCIO et al., 2016). Diante disso, o
objetivo do presente estudo foi analisar a associação da
Força Máxima anteroposterior (Fmáx_AP) da marcha e
OT em idosos submetidos à intervenção de abordagem
coordenativa em circuitos.
MATERIAL E MÉTODOS
Foram avaliados 25 idosos de ambos os sexos, com
média de idade de 69,96±7,21 anos e peso corporal de
52,25±10,21 Kg. Para investigação cinética da marcha foi
utilizada uma Plataforma de Força (AMTIForce),
observou-se as forças cinéticas que atuam no sentido
anteroposterior e a Fmáx_AP foi selecionada para esta
análise de associação. Para investigação motora foi
utilizada a Escala Motora para a Terceira Idade (EMTI;
Rosa Neto, 2002) e foi verificada a variável OT. Os
participantes foram submetidos a uma intervenção com
abordagem coordenativa em circuitos durante 8
semanas, 2 vezes por semana, com duração de 60 min
cada aula e foram avaliados nos momentos pré e pós-
intervenção. Os dados coletados foram planilhados e
analisados utilizando o Software Excel (Windows 2010).
Para análise estatística, utilizou-se a correlação de
Spearman e o nível de significância adotado foi de
α<0,05.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Verificou-se na pré-intervenção uma correlação positiva
e moderada entre as variáveis Fmáx_AP x OT (r=0,393) e
pós-intervenção a correlação entre as variáveis acima
aumentou para (r=0,518). Isso significa que o estímulo
da OT, reflete diretamente na Fmáx_AP da marcha. Esse
achado é importante, visto que não há na literatura
estudos que façam essa relação com circuitos
coordenativos em idosos.
Figura 19. Representação das variáveis da FRS
horizontal durante a marcha.
Figura 2. Análise motora da OT pela EMTI (ROSA NETO,
2009).
CONCLUSÕES
Pôde-se concluir que, os idosos submetidos à abordagem
coordenativa em circuitos, apresentaram aumento na
associação entre Fmáx_AP e OT, fatores que possibilitam
melhor ritmo da marcha, gasto energético e diminuição
no risco de quedas.
PALAVRAS-CHAVE: Marcha; Organização Temporal;
Idosos.
REFERÊNCIAS
1. HAMU, T. C. D. S. Comparação da cinética da marcha
entre mulheres obsesas e mulheres eutróficas, 2013.
2. VENÂNCIO, P. E. M., MENDES, K. R., LORENA,C. C.,
TOLENTINO, G. P. Influência da atividade física nos
componentes psicomotores em idosos. Revista
Cinergis. v. 17, n.1, 2016.
3. ROSA NETO, F. Manual de Avaliação Motora. Artmed, Porto Alegre: 2009.
ASSOCIAÇÃO ENTRE EMTI E COFR DA MARCHA EM IDOSOS APÓS INTERVENÇÃO COM ABORDAGEM
COORDENATIVA EM CIRCUITOS
1Marcela Ferreira Lapenda Figueirôa*, 1Juliana Moreira Paes Landim, 1Cleuber de Souza Gonçalves, 1Lorenna Walesca de Lima Silva, 1Graciano Joan Xavier de Lima, 1Etevaldo Dantas Coelho Júnior, 1Natália Batista Albuquerque Goulart Lemos &
1Fernando de Aguiar Lemos
1Grupo de Pesquisa em Plasticidade Neuromotora, Universidade Federal do Vale do São Francisco, Petrolina, PE, Brasil. E-mail: [email protected]
INTRODUÇÃO
A adequada fluidez da marcha está intimamente
relacionada com a maior independência funcional e
menor propensão a quedas em idosos. Redução na
velocidade e precisão estão diretamente ligadas a uma
piora na qualidade de vida desses indivíduos. A queda
tem sido um dos principais fatores de morbidade e
mortalidade nessa população e já é considerado um
problema de saúde pública. A Escala Motora para a
Terceira Idade (EMTI) tem sido utilizada para avaliar o
nível de coordenação do idoso. Já, em relação a dados
cinéticos a propensão a quedas pode ser avaliada pelo
Coeficiente de Fricção Requerido (COFR), onde quanto
maior o valor de COFR menor a propensão a quedas.
Desta forma, o presente trabalho tem por como objetivo
avaliar a associação entre o COFR e a classificação na
EMTI em idosos submetidos a intervenção com
abordagem coordenativa em circuitos.
MATERIAIS E MÉTODOS
Foram avaliados 25 idosos, média de idade de 69,96 anos
(7,21) e peso de 76,28 Kg (16,17). Para avaliação da
marcha foi utilizada uma Plataforma de Força
(AMTIForce) e a variável Coeficiente de Fricção
Requerida do Terceiro Pico da FZ (COFRp3-Figura 1) foi
selecionada para este trabalho. Para investigação motora
foi utilizada a Escala Motora para a Terceira Idade (Rosa
Neto, 2009) e a variável Classificação Geral foi
selecionada. Os participantes foram submetidos a uma
intervenção com abordagem coordenativa em circuitos
durante 8 semanas, 2 vezes por semana, com duração de
60 min cada aula e foram avaliados nos momentos pré e
pós-intervenção. Os dados coletados foram planilhados e
analisados utilizando o Software Excel (Windows 10).
Optou-se por um teste de correlação de Spearman não
paramétrico devido ao N amostral. O nível de
significância adotado de α<0,05.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Identificou-se, pré-intervenção, uma correlação
moderada e positiva entre as variáveis EMTI e COFRp3
de (r=0, 372) e pós-intervenção essa correlação
aumentou para (r=0,622). Isso demonstra que para os
idosos participantes do estudo o aumento do nível de
aptidão motora se relacionou com valores mais altos de
COFRp3 e, consequentemente, melhor propulsão para o
próximo passo durante a marcha.
Figura 1. Componentes da FRS (KIRTLEY, 2006).
Figura 2. EMTI (ROSA NETO, 2009).
CONCLUSÕES
O presente estudo concluiu que, nos idosos participantes
desta pesquisa, ocorreu um aumento da associação
positiva entre COFRp3 e a Classificação Geral da EMTI, o
que implica dizer que para esses idosos quanto maior a
aptidão motora maior o COFRp3, ou seja, melhor ajuste
da fase propulsiva da marcha, menor gasto energético e
menor risco de quedas.
REFERÊNCIAS
1. ROSA NETO, F. Manual de Avaliação Motora. Artmed,
Porto Alegre: 2009.
2. KIRTLEY, C. Clinical gait analysis: theory and practice.
Edinburgh, New York. Elsevier, 2006.
3. HAMU, T. C. D. S. Comparação da cinética da marcha
entre mulheres obsesas e mulheres eutróficas.
Tese de doutorado, UnB, 2013.
PROFICIÊNCIA MOTORA DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM SÍNDROME DE DOWN
1Natanael Pereira Barros, 1Elionaldo Bringel & 1Leonardo Gasques Trevisan da Costa 1Grupo de Pesquisa em Atividade Física Motora Adaptada, Universidade Federal do Vale do São Francisco, Petrolina, Pe,
Brasil
E-mail: [email protected]
INTRODUÇÃO
A Síndrome de Down (SD) é uma condição genética que
acarreta alterações em diversas funções cognitivas e
motoras do indivíduo. No Brasil existem
aproximadamente 300 mil pessoas com a SD1.
Considerando que a educação é um direito de todo
cidadão e que a partir da homologação da Lei da Inclusão,
a participação de crianças e adolescentes com SD no
sistema regular de ensino no Brasil será cada vez mais
comum, os profissionais necessitam de conhecimentos e
parâmetros específicos referentes a essa população.
Diante disso, o objetivo desse estudo foi avaliar a
proficiência motora de crianças e adolescentes com SD
de Petrolina e região.
MATERIAIS E MÉTODOS
Fizeram parte desse estudo 07 crianças e adolescentes
com Síndrome de Down, com média de idade de
10,73±2,13 anos, matriculados na rede de ensino de
Petrolina e Juazeiro. Para avaliação da proficiência
motora, a amostra realizou os testes de habilidades
motoras globais da bateria de Teste de Coordenação
Corporal para Crianças (Körperkoordination Test für
Kinder – KTK)2, construída com o propósito de
diagnosticar as desordens motoras em crianças com
deficiência. O teste consisti na realização de quatro
tarefas motoras: equilíbrio em marcha à retaguarda,
saltos monopedais, saltos laterais e transferência lateral.
Após a realização tarefas, é gerado um quociente motor
para classificar a habilidade motora global em:
coordenação muito boa, boa coordenação, normal,
perturbação na coordenação ou insuficiência na
coordenação. Além disso, com o intuito de caracterizar a
amostra, foram realizadas avaliações antropométricas
(peso, estatura e índice de massa corporal).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Na tabela 1 são representados os resultados da amostra
referente aos valores mínimos, máximos, média e desvio
padrão. Os resultados demonstram que os meninos
atingiram maiores valores para todas as variáveis (idade,
estatura, peso, IMC e tarefas motoras) quando
comparados às meninas. Em relação a proficiência
motora, 88% (n=6) da amostra foi classificada com
insuficiência motora e 12% (n=1) com perturbação na
coordenação motora.
Nesse sentido, destaca-se que todas as crianças e
adolescentes com Síndrome de Down desse estudo foram
classificadas com desordens motoras.
CONCLUSÕES
Conclui-se que, crianças e adolescentes com Síndrome de
Down de Petrolina e região apresentam índices de
habilidades motoras globais abaixo do esperado para a
idade cronológica. Demonstrando a importância de
intervenções motoras para essa população.
AGRADECIMENTOS
Ao Grupo de Estudos e Pesquisa em Atividade Física
Adaptada - GEPAFA.
REFERÊNCIAS
1. CAETANO LC,et al. RME v.15, n.4,p.579-587, 2011
2 GORLA JI,et al.3ª edição,São Paulo:Editora Phorte,
2014.
.
Tabela 1. Dados referentes a idade, estatura, peso, IMC e habilidades motoras da amostra desse estudo.
Meninos (n=3) Meninas (n=4) p
Min Max Md e DP Min Max Md e DP Idade 12 14 12,67±1,1 7 10 9±1,4 0,01 Estatura 1,53 1,63 1,57±0,05 1,16 1,34 1,24±0,08 0,02 Peso 60,5 76,4 69,23±8,0 23,5 45,5 32,8±9,8 0,03 IMC 25,8 31 27,8±2,7 16,9 25,3 20,8±3,5 0,03 Trave de Equilíbrio 0 16 6,67±8,3 0 3 0,75±1,5 0,31 Saltos Monopedais 3 42 19,33±20,2 1 7 5±2,7 0,26 Saltos Laterais 3 23 16±11,7 11 18 15,5±3,1 0,64 Transferência Lateral 5 23 15±9,1 15 15 15±0,0 0,94
Min: Mínimo; Max: Máximo; Md: Média; DP: Desvio padrão.
COMPARAÇÃO DO COMPORTAMENTO DA PERCEPÇÃO SUBJETIVA DE ESFORÇO EM TESTE INCREMENTAL EM
CICLOERGÔMETRO E TESTE INCREMENTAL DE GINGA
Samuel P. Santos1; Geovani A. dos Santos1; Eduardo S. Numata Filho1; Ricardo D. A. da Costa1; Davi L. Ribeiro1; Francélio M.
M. Luz1; Lorrana K. S. Barros1 & Sérgio R. Moreira
1Universidade Federal do Vale do São Francisco, Petrolina, PE, Brasil;
E-mail: [email protected]
INTRODUÇÃO
Os pontos 13-14 da percepção subjetiva de esforço (PSE)
(BORG 6-20) 1 estão associados ao limiar de lactato (LL)
em teste incremental (TI) em cicloergômetro (BIKE) 2, no
entanto ainda não se sabe se um teste específico de
determinação do LL para praticantes de Capoeira pode
influenciar as respostas da PSE ao exercício. Portanto o
objetivo do presente estudo foi comparar o
comportamento da PSE durante TI em BIKE e teste
incremental de ginga (GINGA).
MATERIAIS E MÉTODOS
Dezesseis capoeiristas recreacionais homens (27,3 ± 6,9
anos) realizaram: i) TI em BIKE, iniciando a 60watts com
incrementos de 30watts a cada estágio de 3min
mantendo 60rpm; ii) TI de GINGA, iniciando em 16
ciclos.min-1 (movimentos de ginga por minuto)
com incrementos de 2 ciclos.min-1 a cada estágio de 3 min
com 1 min de intervalo entre eles, sendo controlado por
estimulo visual e sonoro. Durante ambos os testes a
concentração de lactato ([Lac]) e PSE foi registrada ao
fim de cada estágio. O LL foi considerado a intensidade
anterior ao aumento abrupto da [Lac]. Para comparação
da PSE em ambos os testes, foi realizada normalização
dos dados a partir de momentos relativos para todos os
voluntários, consistindo em: Início (primeiro estágio do
teste), PM1 (ponto médio entre o início e o LL), LL (limiar
de lactato), PM2 (ponto médio entre LL e final), Final
(momento da exaustão).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A PSE foi diferente para os momentos Início e PM1
(p<0,05), contudo nenhuma diferença foi encontrada
para os momentos posteriores LL, PM2 e Final (p>0,05)
(TABELA 1). As diferenças encontradas podem ser
explicadas pela intensidade inicial do exercício superior
no teste GINGA, quando relativizados pelo percentual da
carga máxima no teste (CARGA%) (FIGURA 1). Embora
diferenças significativas sejam demonstradas nos
momentos posteriores (LL e PM2) parecem não interferir
na percepção dos indivíduos. É possível que tal resposta
esteja relacionada a taxa de incremento de carga para
cada protocolo de teste (BIKE e GINGA). Além disso o
teste GINGA não influenciou uma subestimação da PSE, e
em ambos os testes a PSE apresentou comportamento de
LL (PSE 13 pontos no LL) 2. Devido à similaridade entre
os testes sugerem-se estudos de validação da PSE na
determinação do LL durante o TI de GINGA.
Figura 20. Comparação do percentual da carga máxima
de teste durante os testes incrementais a partir dos
momentos normalizados.
CONCLUSÕES
Apesar da PSE apresentar diferença entre os testes
anteriormente ao LL, em ambos foi demonstrado
comportamento de limiar.
REFERÊNCIAS
1. BORG GA, MSSE v. 14, n. 5, p. 377-381, 1982.
2. SIMÕES HG, et al. PMS v. 111, n. 2, p. 365-378,
2010.
Tabela 1: Medidas de dispersão obtidas nos testes incrementais BIKE e GINGA (n=16).
Início PM1 LL PM2 Final
BIKE 7(6-10) 10(8-11) 13(10-13) 15(13-16) 19(16-19)
GINGA 9(7-11)* 11(10-
12)* 13(12-13) 16(13-17) 17(14-19)
* p<0,05
ANSIEDADE PRÉ-COMPETITIVA DE JOVENS ATLETAS DO ESTADO DE PERNAMBUCO: UM ESTUDO EM FUNÇÃO DO
SEXO
1Vinicius da Cruz Sousa, 1Carla Thamires Laranjeira Granja, 1Eliakim Cerqueira da Silva, 1Adson Alves da Silva, 2Daniel
Vicentini de Oliveira & 1José Roberto Andrade do Nascimento Junior
1Grupo de Estudos em Psicologia do Esporte e do Exercício (GEPEEX), Universidade Federal do Vale do São Francisco,
Petrolina, PE, Brasil; 2Programa de Pós-Graduação em Gerontologia, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP
Brasil
E-mail: [email protected]
INTRODUÇÃO
A ansiedade é compreendida como um estado emocional
caracterizado pela expectativa de determinado fato ou
perigo, sendo considerado impreciso, o que pode levar ao
surgimento de sentimentos de medo e insegurança [1]. A
ansiedade pré-competitiva divide-se em ansiedade
cognitiva, ansiedade somática e autoconfiança, as quais
exercem determinadas respostas corporais aos
indivíduos, sejam fisiológicas ou cognitivas [3].
Evidências apontam que a ansiedade competitiva se
comporta de forma distinta de acordo com o sexo,
apresentando maiores níveis no sexo feminino, devido à
diferença dos comportamentos durante as competições
[1]. Diante disso, este estudo comparou os níveis de
ansiedade pré-competitiva de jovens atletas do estado de
Pernambuco em função do sexo.
MATERIAIS E MÉTODOS
Fizeram parte deste estudo, 177 atletas (104 meninos e
73 meninas), participantes dos Jogos Escolares do Estado
de Pernambuco. Os atletas eram praticantes das
modalidades de futsal (64), voleibol (57), handebol (42)
e basquete (14).
Para identificar os traços de ansiedade pré-competitiva
foi utilizada a Escala de Ansiedade Esportiva -2 (SAS-2).
O instrumento é composto por 15 itens distribuídos por
três subescalas: ansiedade somática, preocupação e
perturbação da concentração.
Para a análise dos dados foram utilizados os testes de
Kolmogorov-Smirnov e “U” de Mann-Whitney (p<0,05).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Verificou-se que as meninas apresentaram maiores
níveis de ansiedade somática (p = 0,001) e de
preocupação (p = 0,013), indicando que se sentem muito
mais ansiosas e preocupadas com os jogos e com as
competições do que os meninos. Este achado pode estar
relacionado ao fato de os meninos vivenciarem mais
práticas esportivas e as meninas serem mais sensíveis e
responderem emocionalmente com maior intensidade às
situações competitivas [2]. Dessa forma, os treinadores
devem priorizar a interação social, o bem-estar físico e
mental, promovendo maior autoconfiança e a redução
dos níveis de ansiedade de acordo com suas adaptações
[3].
CONCLUSÕES
Concluiu-se que as meninas sentem mais os sintomas da
ansiedade somática e se preocupam mais com as
competições do que os meninos. Dessa forma, o sexo
parece ser um parâmetro interveniente na ansiedade
pré-competitiva no esporte escolar, tendo causas,
relações e resultados diferentes a depender do ambiente
esportivo em questão.
REFERÊNCIAS
1. CAPITANIO, AM. EFdeportes-Buenos Aires, n.78,
2004.
2. HERNANDEZ, JAE; GOMES, MM. RBCE. v.24. p. 139-
150, 2002.
3. MACHADO et al. RBEFE, out-dez30 (4) : 1061-67, 2016.
Tabela 1. Comparação da ansiedade pré-competitiva dos atletas participantes dos jogos escolares de Pernambuco em
função do sexo.
VARIÁVEL
Masculino
(n=104)
Feminino
(n=73)
P
Md (Q1-Q3) Md (Q1-Q3)
Ansiedade somática 18,50 (13,00 – 23,00) 22,00 (16,50 – 28,50) 0,001*
Preocupação 18,00 (12,00 – 21,00) 19,00 (14,50- 25,00) 0,013*
Perturbação da Concentração 10,50 (8,00 – 13,00) 11,00 (8,00 – 14,00) 0,386
*p<0,05- Correlação significativa.