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Renata Boni TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO Análise de Resultado da Agro Industrial São Luiz Ltda Administração Financeira ITAJAÍ (SC) 2008

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Renata Boni

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO

Análise de Resultado da Agro Industrial São

Luiz Ltda

Administração Financeira

ITAJAÍ (SC)

2008

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RENATA BONI

Trabalho de Conclusão de Estágio

ANÁLISE DE RESULTADO DA AGRO

INDUSTRIAL SÃO LUIZ LTDA

Trabalho de Conclusão de Estágio desenvolvido para o Estágio Supervisionado do Curso de Administração do Centro de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade do Vale do Itajaí.

ITAJAÍ - SC, 2008

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Primeiramente, gostaria de agradecer a Deus por ter me

dado forças e energia suficiente para concluir mais esta

etapa de minha vida. Agradeço aos meus pais pelo

incentivo de cursar e concluir uma faculdade, bem como

pela ótima educação que sempre se esforçaram em me

fornecer. Em especial, agradeço ao meu Tio Luiz por

todas as oportunidades que me deu na vida.

Agradeço a Agro Industrial São Luiz LTDA pela

oportunidade de realizar este estudo e por fornecer as

condições e informações necessárias para a sua execução.

Muito obrigado também, Prof. André, pela excelente

orientação neste trabalho e por todo o conhecimento que

me passou.

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Há homens que lutam um dia e são bons.

Há outros que lutam um ano e são melhores.

Há os que lutam muitos anos e são muito bons.

Porém, há os que lutam toda a vida.

Esses são os imprescindíveis.

Bertolt Brecht

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EQUIPE TÉCNICA

a) Nome do estagiário

Renata Boni

b) Área de estágio

Administração Financeira

c) Supervisor de campo

Silvano Pelepenko

d) Orientador de estágio

Prof. André Graf de Almeida

e) Responsável pelos Estágios em Administração

Prof. Eduardo Kruger.

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DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA

a) Razão social

Agro Industrial São Luiz LTDA.

b) Endereço

Rua 1101, nº. 60, Centro – Balneário Camboriú/SC.

c) Setor de desenvolvimento do estágio

Financeiro

d) Duração do estágio

240 horas

e) Nome e cargo do orientador de campo

Silvano Pelepenko – Contador.

f) Carimbo e visto da empresa

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AUTORIZAÇÃO DA EMPRESA

ITAJAÍ, 03 DE NOVEMBRO DE 2008.

A empresa Agro Industrial São Luiz, pelo presente instrumento, autoriza a

Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI - a publicar, em sua biblioteca, o Trabalho de

Conclusão de Estágio executado durante o Estágio Supervisionado, pela acadêmica Renata

Boni.

____________________________________

Bruna Boni

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RESUMO

Uma das maiores preocupações dos administradores tem sido a competitividade das organizações no mercado, para isto é necessário uma administração financeira eficaz. Diante disto, este trabalho atingiu seus objetivos que foram: fazer a análise de balanços e a análise de custos, volumes e lucros da Agro Industrial São Luiz, bem como encontrar seus resultados por filiais, para que fossem apontados os possíveis motivos que levaram a empresa ao prejuízo no ano de 2007. A abordagem metodológica adotada neste estudo é a qualitativa com aporte quantitativo, com tipologia de pesquisa diagnóstico. Os participantes da pesquisa foram a diretoria e o contador da empresa e a coleta de dados foi feita através das demonstrações contábeis, do sistema gerencial, das entrevistas informais e da observação. A análise dos dados foi realizada por planilhas e a sua demonstração ocorreu por tabelas e gráficos. Os resultados obtidos foram satisfatórios. A situação financeira da empresa mostrou-se deficitária, já que além de não haver Capital de Giro Próprio, também não há Capital Circulante Líquido. A análise de custos, volumes e lucros mostrou que a empresa tem margem de contribuição insuficiente para cobrir os custos fixos e que fatura abaixo de seu ponto de equilíbrio. Em relação às filiais, Paranaguá e Brasnorte – Agrícola merecem atenção especial da empresa. O resultado mais surpreendente foi que a filial que mais contribuía para a empresa foi vendida. Portanto, este estudo permitiu à organização a análise de seu resultado negativo, bem como mostrou o caminho para sua recuperação financeira. PALAVRAS-CHAVE: margem de contribuição, demonstrações contábeis, agroindústria.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 01 - Custos Estruturais Fixos................................................................................ 28

Figura 02 - Gastos Variáveis............................................................................................ 29

Quadro 01 - Liquidez Seca X Liquidez Corrente............................................................. 43

Quadro 02 - Quadro-resumo dos índices.......................................................................... 46

Quadro 03 - Utilização dos índices da análise de balanços pelos autores estudados....... 48

Quadro 04 - Principais Alíquotas de ICMS...................................................................... 52

Figura 03 - Organograma da Filial Paranaguá.................................................................. 58

Figura 04 - Escritório e Portaria da filial.......................................................................... 58

Figura 05 - Armazém e Maquinário de Ensaque.............................................................. 59

Figura 06 - Entrada para os armazéns.............................................................................. 59

Figura 07 - Organograma da Filial Marmeleiro............................................................... 60

Figura 08 - Armazém de Marmeleiro............................................................................... 60

Figura 09 - Armazém de Marmeleiro............................................................................... 61

Figura 10 - Escritório de Marmeleiro............................................................................... 61

Figura 11 - Organograma da Filial Almirante Tamandaré. ............................................. 62

Figura 12 - Organograma da Filial Brasnorte. ................................................................. 62

Figura 13 - Máquinas Colheitadeiras em Brasnorte/MT. ................................................ 63

Figura 14 - Organograma Geral da Matriz. ..................................................................... 63

Figura 15 - Localização das Filiais................................................................................... 64

Quadro 05 - Análise da Liquidez...................................................................................... 73

Quadro 06 - Análise da Estrutura de Capital.................................................................... 74

Quadro 07 - Análise da Rentabilidade.............................................................................. 75

Gráfico 01 - Participação dos grupos de produtos na Receita total de 2007.................... 79

Gráfico 02 - Participação de cada produto na Receita total de 2007................................ 80

Gráfico 03 - Participação de cada atividade em 2007...................................................... 81

Gráfico 04 - Participação no faturamento das principais filiais....................................... 98

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LISTA DE TABELAS

Tabela 01 - Análise Vertical e Horizontal do Ativo de 2006 e 2007............................... 67

Tabela 02 - Análise Vertical e Horizontal do Passivo de 2006 e 2007............................ 68

Tabela 03 - Análise Vertical e Horizontal da DRE de 2006 e 2007................................. 71

Tabela 04 - Análise de Custos Volumes e Lucros. .......................................................... 76

Tabela 05 - DRE Consolidado.......................................................................................... 77

Tabela 06 - Participação dos produtos na receita total..................................................... 78

Tabela 07 - Participação das atividades no faturamento total.......................................... 80

Tabela 08 - DRE da Matriz. ............................................................................................. 82

Tabela 09 - Rateio de Custos / Despesas da Matriz para Análise de custos, volumes e

lucros. .............................................................................................................................. 83

Tabela 10 - DRE de Almirante Tamandaré...................................................................... 84

Tabela 11 - Análise de Custos, Volumes e Lucro da Filial e por produto........................ 86

Tabela 12 - DRE de Brasnorte – Agrícola........................................................................ 87

Tabela 13 - Análise de Custos, Volumes e Lucro da Filial e por produto........................ 90

Tabela 14 - DRE de Marmeleiro...................................................................................... 90

Tabela 15 - Análise de Custos, Volumes e Lucro da Filial e por produto........................ 93

Tabela 16 - DRE de Paranaguá......................................................................................... 94

Tabela 17 - Análise de Custos, Volumes e Lucro da Filial e por produto........................ 96

Tabela 18 - Análise Vertical das Filiais com Movimento................................................ 97

Tabela 19 - DRE de Brasnorte - Comercial..................................................................... 99

Tabela 20 - DRE de Canarana.......................................................................................... 100

Tabela 21 - DRE de Xanxerê............................................................................................ 101

Tabela 22: Resumo do Resultado das Filiais.................................................................... 103

Tabela 23: Resumo da Margem de Contribuição das Filiais............................................ 104

Tabela 24: Comparação da Margem de Contribuição dos Produtos................................ 104

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

Acum. - Acumulada

Agr. – Agrícola

Aprop. - Apropiar

Art. - Artigo

BBM - Bolsa Brasileira de Mercadorias

BM&F – Bolsa de Mercadorias & Futuros

CCL – Capital Circulante Líquido

CEF - Custos Estruturais Fixos

CGP – Capital de Giro Próprio

Circ. - Circulante

COFINS - Contribuição social para financiamento da seguridade social

Contr. - Contribuição

CPMF - Contribuição Provisória sobre a Movimentação ou Transmissão de Valores e de

Créditos e Direitos de Natureza Financeira

CSL - Contribuição Social sobre o Lucro

CSLL – Contribuição Social sobre o Lucro Líquido

CVL – Custos, Volumes e Lucros

Devol. – Devolução

DRE – Demonstração do Resultado do Exercício

Exerc. - Exercício

Fethab - Fundo Estadual de Transporte e Habitação

FGTS - Fundo de Garantia do Tempo de Serviço

Fin. – Financeira

Fornec. - Fornecimento

Funrural - Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural

GV – Gastos Variáveis

ICMS - Imposto sobre a circulação de mercadorias e serviços

IFA – Associação Internacional da Indústria de Fertilizantes

INSS - Instituto Nacional de Seguridade Social

IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados

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IPTU – Imposto Predial e Territorial Urbano

IPVA – Imposto sobre veículos automotores

IR – Imposto de Renda

IRPJ - Imposto de Renda sobre Pessoa Jurídica

ISS - Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza

ITR – Imposto Territorial Rural

L.P. – Longo Prazo

Mat. - Material

MC – Margem de Contribuição

Monet. - Monetária

MSq -Margem de segurança em quantidade

MS$ - Margem de segurança em valor

PAES – Parcelamento Especial

Part. - Participação

PASEP - Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público

PE – Ponto de Equilíbrio

PEC – Ponto de Equilíbrio Contábil

PECq - Ponto de Equilíbrio Contábil em quantidade

PEC$ - Ponto de Equilíbrio Contábil em valor

PEE – Ponto de Equilíbrio Econômico

PEF – Ponto de Equilíbrio Financeiro

PIS – Programa de Integração Social

PV – Preço de Venda

Rep. - Reposição

RIR – Regulamento do Imposto de Renda

Trab. – Trabalhistas

Trib. – Tributárias

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO........................................................................................................... 14

1.1 Problema de Pesquisa e justificativa....................................................................... 15

1.2 Objetivos do trabalho............................................................................................... 16

1.3 Aspectos metodológicos............................................................................................ 16

1.3.1 Caracterização do trabalho de estágio..................................................................... 17

1.3.2 Contexto e participantes da pesquisa....................................................................... 17

1.3.3 Procedimentos e instrumentos de coleta de dados................................................... 18

1.3.4 Tratamento e análise dos dados............................................................................... 19

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA................................................................................... 20

2.1 Contextualização e aspectos conceituais da administração.................................. 20

2.2 Administração Financeira....................................................................................... 23

2.3 Contabilidade Gerencial.......................................................................................... 24

2.3.1 Contabilidade de Custos.......................................................................................... 25

2.3.2 Análise de Custos, Volumes e Lucros..................................................................... 30

2.3.3 Análise de Balanços................................................................................................. 35

2.4 Tributos sobre preços e custos................................................................................. 50

2.5 Agroindústria............................................................................................................ 55

3 DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA DE CAMPO........................................... 57

3.1 Caracterização da Organização.............................................................................. 57

3.2 Resultados da Pesquisa............................................................................................ 66

3.2.1 Balanço Patrimonial................................................................................................ 66

3.2.2 Demonstração do Resultado do Exercício............................................................... 70

3.2.3 Índices da Análise de Balanços............................................................................... 73

3.2.4 Análise de Custos, Volumes e Lucros..................................................................... 75

3.2.5 Resultados de 2007.................................................................................................. 77

3.2.6 Resumo das análises................................................................................................ 102

3.3 Sugestões.................................................................................................................... 105

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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................... 108

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................... 111

APÊNDICES................................................................................................................... 114

ASSINATURA DOS RESPONSÁVEIS....................................................................... 130

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1. INTRODUÇÃO

A sobrevivência de uma organização está, cada vez mais, atrelada à competitividade

que ela demonstra possuir no mercado. Torna-se necessário que os seus recursos sejam

administrados de forma eficaz e sempre objetivando uma maior rentabilidade, o que

possibilita à empresa, além de maiores investimentos, um grande poder de negociação com

clientes e fornecedores.

A administração utiliza o controle e o planejamento como suas funções, o que torna a

administração financeira essencial para o sucesso de uma empresa, uma vez que é a área

responsável pela correta alocação dos recursos – considerando-se o problema da escassez. Por

isso, deve-se buscar continuamente a eficaz administração dos custos, como auxílio às

funções de planejamento e controle das operações, da determinação do desempenho e da

tomada de decisões.

Com a Revolução Industrial – e o surgimento das primeiras indústrias – os

contadores passaram a se preocupar em apresentar aos administradores informações e

relatórios concernentes para a tomada de decisões. Neste sentido, as demonstrações contábeis

são grandes ferramentas do processo decisório do administrador, sendo que a partir delas é

possível realizar diversas análises, como a análise de balanços e a análise de custos, volumes e

lucros.

A análise de balanços permite a aplicação de diversos índices que refletem a

verdadeira situação financeira e operacional da empresa, revelando informações preciosas ao

administrador, sendo muito importante na tomada de decisões. A análise de custos, volumes e

lucros revela o ponto de equilíbrio, margem de segurança e de contribuição da empresa e de

seus produtos.

A margem de contribuição precisa ser adequada para que cubra os custos fixos e

ainda para que gere o lucro da empresa. O que é fundamental para que se possa formar o

preço de venda de forma apropriada, além de conhecer qual produto contribui mais ou menos

para o resultado da organização.

Assim, o foco deste trabalho é analisar as principais demonstrações contábeis, como

Balanço Patrimonial e Demonstração do Resultado do Exercício, por meio da aplicação de

índices da análise de balanços e da análise de custos, volumes e lucros.

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O presente trabalho de conclusão de estágio constitui-se de um estudo de caso na

Agro Industrial São Luiz LTDA. Trata-se de uma empresa de médio porte, a qual tem como

principal atividade o comércio atacadista de matérias-primas agrícolas. Será analisado, além

do resultado consolidado, o resultado por filiais. As análises terão como objetivo principal

identificar os possíveis motivos que levaram a empresa ao resultado negativo no ano de 2007.

1.1 Problema de Pesquisa / Justificativa

Segundo Roesch (2007, p. 90), “No contexto de um projeto de prática profissional,

um problema é uma situação não resolvida, mas também pode ser a identificação de

oportunidades até então não percebidas pela organização”. Neste sentido, o problema de

pesquisa do presente Trabalho de Conclusão de Estágio pode ser assim definido:

Quais os motivos que contribuíram para o resultado negativo da empresa Agro

Industrial São Luiz Ltda no ano de 2007?

Tal problema de pesquisa pode ser justificado sob três dimensões. Primeiramente,

sob a dimensão da importância, acredita-se que a pesquisa será de grande relevância para o

acadêmico pelo fato de poder conciliar o aprendizado durante o período acadêmico com a

prática, além de desenvolver habilidades e conhecimentos no contexto organizacional. Para a

empresa será muito importante, pois esta poderá analisar de forma profunda seu resultado

negativo do ano de 2007. Para a universidade este estudo disponibiliza material científico

adicional aos pesquisadores.

Quanto à originalidade da pesquisa, em relação à empresa, pode-se considerar

inédita. Em relação a trabalhos já publicados na UNIVALI, existem alguns projetos que

tratam de análises de resultado, mas nenhum realizado na empresa citada.

Sobre a viabilidade da pesquisa, pode-se considerá-la viável devido ao fato de o

estagiário já desenvolver atividades na área e por estar familiarizado com o tema. Em relação

às informações, estas foram facilmente disponibilizadas, assim como o acesso aos

participantes da pesquisa.

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1.2 Objetivos do Trabalho

De acordo com Richardson (1999), os objetivos gerais definem, de modo geral, o que

se pretende alcançar com a realização da pesquisa. Já os objetivos específicos definem etapas

que devem ser cumpridas para alcançar o objetivo geral.

O presente trabalho de estágio tem como objetivo geral analisar as principais

demonstrações contábeis da Agro Industrial São Luiz, para que sejam apontados os possíveis

motivos que levaram ao prejuízo da organização no exercício de 2007.

Considerando o objetivo geral exposto acima, definem-se os seguintes objetivos

específicos:

• Realizar a análise vertical e horizontal do Balanço Patrimonial e da Demonstração

do Resultado do Exercício;

• Calcular os principais índices propostos pela análise de balanços;

• Encontrar o ponto de equilíbrio, a margem de contribuição e a margem de

segurança por produto, por filial e consolidado;

• Encontrar o resultado contábil de cada filial e compará-los entre si;

• Classificar os custos e despesas em fixos e variáveis.

1.3 Aspectos Metodológicos

Este item trata da metodologia utilizada neste estudo, suas características quanto a

tipo, fins da pesquisa e meios de investigação, contextualização e definição dos participantes

da pesquisa, assim como a forma de coleta e análise dos dados.

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1.3.1 Caracterização do trabalho de estágio

Quanto à forma de abordagem ou delineamento do método do presente estudo,

utilizou-se o método qualitativo com aporte quantitativo, uma vez que se trata de uma

pesquisa com resultados qualitativos encontrados através do método quantitativo.

Para Richardson (1999) o método quantitativo é caracterizado pela quantificação

tanto na coleta de informações, quanto no tratamento delas por técnicas estatísticas e tem

como objetivo garantir a precisão dos resultados e evitar as distorções de análise e

interpretação. Já o método qualitativo não pretende numerar ou medir unidades, mas sim,

entender a natureza de um fenômeno social.

Diante disto, a utilização do método qualitativo se justifica pelo fato de a coleta de

dados ter sido realizada por meio de entrevistas informais e análise de documentos, bem como

pela análise descritiva dos dados e apresentação das sugestões à empresa. Em relação ao

método quantitativo, justifica-se pela forma que os dados foram tratados e demonstrados

através de tabelas e gráficos, para quantificá-los e mensurá-los.

Quanto à tipologia do trabalho de estágio, foi realizada uma Pesquisa-diagnóstico,

uma vez que, segundo Roesch (2007), é uma tipologia de projeto que pretende explorar o

ambiente organizacional, bem como levantar e definir problemas. A escolha de tal tipologia se

justifica pelo fato de o pesquisador ter analisado as demonstrações contábeis da empresa em

busca dos possíveis motivos que a levaram ao prejuízo no ano de 2007, bem como por ter

encontrado o resultado por filiais. Desta forma, foram levantados e definidos alguns

problemas, bem como sugestões.

Quanto à tipologia da pesquisa, pode-se classificar o projeto de estágio como estudo

de caso, sendo que pode ser considerada uma “estratégia de pesquisa que busca examinar um

fenômeno dentro de seu contexto”. (YIN, 2001, p.19).

1.3.2 Contexto e participantes da pesquisa

O presente estudo foi realizado no departamento contábil da Agro Industrial São

Luiz LTDA, uma empresa familiar e que atua no comércio de matérias-primas agrícolas.

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18

Os participantes da pesquisa em questão foram a diretoria da empresa, composta

pelo diretor executivo e pelo presidente, que forneceram as informações estratégicas da

organização. O contador teve a maior participação como fonte de dados e informações úteis à

pesquisa, já que forneceu as demonstrações contábeis como Balanço Patrimonial e

Demonstração do Resultado do Exercício, bem como esclareceu as dúvidas que surgiram no

decorrer do estudo.

O mapeamento dos resultados por filiais foi realizado através do sistema Cooperate,

um sistema integrado de gestão que liga todas as áreas da empresa, exceto os Recursos

Humanos. O sistema é utilizado em todas as filiais. O contador também teve grande

participação nesta etapa do trabalho.

1.3.3 Procedimentos e instrumentos de coleta de dados

Segundo Richardson (1999) as fontes dos dados históricos podem ser classificadas

em fontes primárias e fontes secundárias. Há uma relação direta com o evento, no caso das

fontes primárias, e não existem elementos interventores. Já nas fontes secundárias existe pelo

menos outra pessoa participando na geração da informação, o que pode vir a distorcer alguns

fatos.

Desta forma, utilizou-se para o projeto de estágio, tanto fontes primárias como

secundárias. As primárias porque alguns questionamentos foram formulados especificamente

para atender ao objetivo deste projeto. As secundárias, pois, o sistema Cooperate, bem como

as demonstrações contábeis, foram utilizados como fontes de dados para esta pesquisa.

Entrevistas, observação participante e análise documental foram os instrumentos

utilizados na coleta de dados. As entrevistas ocorreram de forma não-estruturada, tanto com a

diretoria da empresa, quanto com o departamento contábil.

No que diz respeito a procedimentos metodológicos, as pesquisas qualitativas de campo exploram particularmente as técnicas de observação e entrevistas devido à propriedade com que esses instrumentos penetram na complexibilidade de um problema. As pesquisas documentárias exploram a análise do conteúdo e a análise histórica. (RICHARDSON, 1999, p. 82)

A observação participante pode ocorrer de forma encoberta ou de forma aberta - a

qual se encaixa neste projeto. Segundo Roesch (2007) a observação participante de forma

aberta ocorre quando o pesquisador tem permissão para observar, entrevistar e participar no

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19

ambiente de trabalho em estudo. A observação ocorreu durante a rotina de trabalho dos

participantes.

A análise documental foi feita baseada em relatórios contábeis, planilhas, sistema,

entre outros. “[...] documentos têm um valor em si mesmo – representam sistemas e estruturas

da organização. Sua análise permite o entendimento de situações; permite conceituar a

organização com base em uma visão de dentro [...]”. (FORSTER, 1994 apud ROESCH, 2007,

p. 166).

1.3.4 Tratamento e análise dos dados

Segundo Roesch (2007), na pesquisa qualitativa o pesquisador se depara com uma

grande quantidade de anotações e de depoimentos, que terão que ser organizados para depois

interpretá-los. Esta pesquisa tem resultados quantitativos que foram encontrados por meio da

análise do resultado da empresa. Portanto, estes dados forneceram parâmetros para as

conclusões qualitativas.

O processo de organização dos dados seguiu as etapas de seleção, classificação,

codificação e representação. Na etapa da seleção, buscou-se a verificação dos dados a fim de

se evitar informações confusas e distorcidas. Na classificação de dados, procurou-se ordená-

los em classes e categorias. Foi atribuído um nome conceitual às classes e categorias

ordenadas. Por fim, os dados foram apresentados de forma que facilite o entendimento da

pesquisa. (DIEHL, 2004).

“A análise consiste em separar os elementos básicos da informação e examiná-los, de

modo a responder às questões colocadas na pesquisa”. (SORIANO, 2004, p. 241). Na análise

dos dados foram utilizados os conceitos de gestão de custos como base para interpretar as

informações, as quais foram obtidas por meio de demonstrações contábeis e então organizadas

em planilhas.

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2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Este tópico tem como objetivo conceituar a Administração, bem como as funções

administrativas e as áreas Financeira, Recursos Humanos, Marketing, Materiais e Produção.

Será conceituada com mais detalhes a Administração Financeira - a qual é a área de estudo do

presente Trabalho de Conclusão de Estágio - e a Contabilidade de Gerencial e de Custos,

relacionada ao tema de pesquisa.

2.1 Contextualização e aspectos conceituais da administração

Segundo Stoner; Freeman (1999, p. 05), “A administração é o processo de planejar,

organizar, liderar e controlar os esforços realizados pelos membros da organização e o uso de

todos os outros recursos organizacionais para alcançar os objetivos estabelecidos”.

Os autores acima citados definem a administração como um processo, uma vez que

todos os administradores participam de atividades interrelacionadas com o intuito de alcançar

seus objetivos.

Outra definição bastante semelhante é: “Administração é o processo de planejar,

organizar, dirigir e controlar o uso dos recursos organizacionais para alcançar determinados

objetivos de maneira eficiente e eficaz”. (CHIAVENATO, 2000, p. 3).

Já Megginson et al (1998, p. 13) acredita que a administração pode ser definida

como “[...] trabalho com recursos humanos, financeiros e materiais, para atingir objetivos

organizacionais através do desempenho das funções de planejar, organizar, liderar e

controlar”.

A partir desta definição, pode-se perceber que a finalidade da Administração é

estabelecer e alcançar os objetivos da organização, manipulando, desta forma, recursos

humanos, financeiros e materiais. Para isso, Planejamento, Organização, Liderança e Controle

são as funções administrativas que fornecem o devido arcabouço à Administração.

Planejar significa que os administradores pensam antecipadamente em seus objetivos e ações e que seus atos são baseados em algum método, plano ou lógica, e não em palpites. São os planos que dão à organização seus objetivos e que definem o melhor procedimento para alcançá-los. (STONER; FREEMAN, 1999, p. 05)

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Para Megginson et al (1998), o planejamento pode ser definido como o processo de

estabelecer objetivos ou metas, determinando a melhor maneira de atingi-los. O planejamento

constitui o alicerce para as funções de organizar, liderar e controlar, e por isso é considerado

função fundamental do administrador.

Por meio da organização a empresa reúne e integra seus recursos, define a estrutura dos órgãos que deverão administrá-los, estabelece a divisão de trabalho por meio da diferenciação, proporcionando os meios de coordenar as diferentes atividades pela integração, define os níveis de autoridade e responsabilidade e assim por diante. A organização representa todos os meios que a empresa utiliza para pôr em prática o planejamento, a direção e o controle da ação empresarial a fim de atingir seus objetivos. (CHIAVENATO, 2000, p. 202)

“Organizar é o processo de arrumar e alocar o trabalho, a autoridade e os recursos

entre os membros de uma organização, de modo que eles possam alcançar eficientemente os

objetivos da mesma”. (STONER; FREEMAN, 1999, p. 06)

Segundo Chiavenato (2000), a função direção se refere às relações interpessoais dos

administradores e seus subordinados. A comunicação e a habilidade de liderança e de

motivação são fundamentais para que o planejamento e a organização possam ser eficazes.

Liderar significa dirigir, influenciar e motivar os empregados a realizar tarefas essenciais. Enquanto planejar e organizar lidam com os aspectos mais abstratos do processo administrativo, a atividade de liderar é muito concreta: ela envolve trabalho com pessoas. Estabelecendo a atmosfera adequada, os administradores ajudam seus empregados a dar o melhor de si. (STONER; FREEMAN, 1999, p. 07)

“Controle pode ser definido como um processo de se assegurar que os objetivos

organizacionais e administrativos sejam alcançados. Preocupa-se com a maneira de as coisas

acontecerem como o planejado”. (MEGGINSON et al, 1998, p. 466).

O processo de controlar envolve alguns elementos principais: estabelecer padrões de

desempenho, medir o desempenho atual, comparar esse desempenho com os padrões

estabelecidos e caso se detecte desvios, executar ações corretivas. É através do controle que o

administrador mantém a organização no caminho escolhido, uma vez que se certifica de que

os atos dos membros da organização levam-na de fato em direção aos objetivos estabelecidos.

(STONER; FREEMAN, 1999)

A Administração compreende cinco grandes áreas: Recursos Humanos, Financeira,

Materiais, Produção e Marketing. Desta forma, tais áreas serão detalhadas a seguir,

destacando-se que a área escolhida para o presente estudo é a Financeira.

“Por administração de Recursos Humanos entende-se uma série de decisões

integradas que formam as relações de trabalho; sua qualidade influencia diretamente a

capacidade da organização e seus empregados atingir seus objetivos”. (MILKOVICH;

BOUDREAU, 2000, p. 19)

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De maneira mais precisa, a área de recursos humanos pode também ser definida

como: “A administração de pessoal deve recrutar, selecionar, desenvolver, utilizar, avaliar e

manter uma força de trabalho motivada para a atividade produtiva”. (MASIERO, 1996, p. 50)

De acordo com Kotler (1998, p. 32), “Administração de Marketing é o processo de

planejamento e execução da concepção, preço, promoção e distribuição de idéias, bens e

serviços para criar trocas que satisfaçam metas individuais e organizacionais”.

Para Rocha; Christensen (1999) marketing é uma função gerencial que utiliza

princípios e técnicas como ferramentas para ajustar a oferta da organização a demandas

específicas do mercado. A gerência de marketing pode ser definida como um conjunto de

atividades dirigidas para o atendimento das necessidades do cliente a longo prazo, tendo em

vista seu bem-estar e o sucesso da organização.

Segundo Slack; Chambers et al (1997, p.33) “a função produção na organização

representa a reunião de recursos destinados à produção de seus bens e serviços”.

“A administração de operações está preocupada com as atividades que permitem a

uma empresa (e não apenas parte dela) transformar insumos básicos (materiais, energias,

exigências dos clientes, habilidades, finanças, etc.) em produtos para o cliente final”.

(BROWN; LAMMING et al, 2005, p. 10).

Dias (1995) acredita que a administração de materiais engloba desde o planejamento

das necessidades de materiais e termina com a colocação do produto acabado ao cliente final.

Divide-se nas seguintes áreas: controle de estoques, compras, almoxarifado, planejamento e

controle da produção, importação, transportes e distribuição.

A administração dos recursos materiais engloba a seqüência de operações que têm seu início na identificação do fornecedor, na compra do bem, em seu recebimento, transporte interno e acondicionamento, em seu transporte durante o processo produtivo, em sua armazenagem como produto acabado e finalmente, em sua distribuição ao consumidor final. (MARTINS; ALT, 2000, p. 05)

Para Gitman (2001) a administração financeira está estreitamente relacionada com a

Economia e com a Contabilidade. Isso, pois, o administrador financeiro deve entender o

ambiente econômico e basear suas decisões em princípios econômicos. Os administradores

utilizam, também, dados contábeis para fins gerenciais. Os administradores responsáveis pela

área financeira desempenham várias tarefas, dentre elas, orçamentos, previsões financeiras,

administração do caixa, administração do crédito, análise de investimentos e captação de

fundos.

A administração financeira tem envolvimento na resolução de problemas como a

escassez de recursos, bem como com a realidade operacional e prática da gestão financeira

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das empresas. Deve assegurar um processo eficiente e eficaz de captação e alocação de

recursos de capital. (NETO, 2003)

2.2 Administração Financeira

Segundo Neto (2003) a partir dos anos 20 do século XX, a administração financeira

vem sendo motivada a evoluir de uma forma que atenda à crescente complexibilidade do

mercado. Atualmente, as finanças passaram de uma postura mais conservadora para uma

posição mais questionadora e reveladora dos fenômenos financeiros.

Fazendo um breve histórico, após a crise econômica de 1930 e com a influência de

Taylor, Fayol e Ford, as finanças passaram a se preocupar com a liquidez e a solvência das

empresas. Na década de 50, foi dada ênfase aos investimentos empresariais e à geração de

riqueza. A partir da década de 90, uma grande evolução ocorreu quando as empresas

passaram a se preocupar com a gestão de risco. (NETO, 2003)

Para Gitman (2001), a administração financeira refere-se às responsabilidades do

administrador financeiro. Desta forma, os administradores financeiros desempenham tarefas

tais como orçamentos, previsões financeiras, administração do caixa, administração do

crédito, análise de investimentos e captação de fundos. A complexibilidade do mercado e as

mudanças econômicas elevaram a importância do administrador financeiro em todo tipo de

organização.

A Administração Financeira é um campo de estudo teórico e prático que objetiva, essencialmente, assegurar um melhor e mais eficiente processo empresarial de captação e alocação de recursos de capital. Nesse contexto, a administração financeira envolve-se tanto com a problemática da escassez de recursos, quanto com a realidade operacional e prática da gestão financeira das empresas, assumindo uma definição de maior amplitude (NETO, 2003, p. 28).

Tal conceito evidencia que o administrador financeiro tem a necessidade de

visualizar a empresa como um todo e não a área de finanças isoladamente. Sua função tem

grande responsabilidade e é necessário que ele tenha uma visão crítica e global da empresa.

Segundo Gitman (2001), a área financeira deve trabalhar em conjunto com marketing

e produção, pois o administrador financeiro deve não só computar os números, mas também

assimilar o custo dos produtos, como eles são comercializados, a questão entre margem e

volume de vendas e como as tendências econômicas e sociais afetam a organização.

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Apesar da importância das outras áreas da organização, tal como marketing e

produção, são as finanças que determinam que as atividades aconteçam. Uma vez que, sem

capital não há como financiar as atividades operacionais, nem como fazer novos

investimentos, muito menos pesquisar e desenvolver novos produtos.

Fundamentalmente, a Administração Financeira está voltada para a criação de riqueza, e a orientação básica das decisões financeiras das empresas segue o objetivo principal da maximização da riqueza de seus proprietários. Ao perseguirem este objetivo, as decisões financeiras não somente beneficiam os investidores da empresa, mas também permitem identicamente que se reflita nos recursos econômicos da sociedade, maximizando a riqueza de toda a economia. (NETO, 2003, p. 34)

Finanças podem ser definidas como a arte e a ciência de administrar fundos. Se os

fundos forem administrados a um melhor custo que os concorrentes, a empresa tem maiores

condições de precificar seus produtos com maior competitividade e, desta forma, aumentar a

sua lucratividade. (GITMAN, 2001)

2.3 Contabilidade Gerencial

O surgimento da contabilidade pode ser considerado tão antigo quanto à origem do

homem. A partir do momento que o homem desenvolveu o instinto de posse, começou a

existir a necessidade de controlar os bens, através do inventário. A evolução desta área esteve

sempre ligada ao desenvolvimento de atividades mercantis, econômicas e sociais. (FAVERO

et al, 1997)

A Contabilidade torna-se cada vez mais importante na economia moderna, sendo

que, como os recursos são escassos, há de se escolher entre as melhores alternativas, as quais

podem ser identificadas pelos dados contábeis. Neste sentido, a Contabilidade Gerencial é um

ramo da Contabilidade voltada para a melhor utilização dos recursos econômicos

organizacionais, através de um adequado controle realizado por um sistema de informação

gerencial. (CREPALDI, 2006)

Segundo Padoveze (2004) a Contabilidade Gerencial objetiva a criação de valor por

meio do efetivo uso dos recursos da empresa. Este conceito de criação de valor está

relacionado ao processo de geração de lucro aos acionistas.

De acordo com Iudícibus (1987 apud PADOVEZE, 2004, p. 35):

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A Contabilidade Gerencial pode ser caracterizada, superficialmente, como um enfoque especial conferido a várias técnicas e procedimentos contábeis já conhecidos e tratados na contabilidade financeira, na contabilidade de custos, na análise financeira e de balanços etc., colocados numa perspectiva diferente, num grau de detalhe mais analítico ou numa forma de apresentação ou classificação diferenciada, de maneira a auxiliar os gerentes das entidades em seu processo decisório.

2.3.1 Contabilidade de Custos

Segundo Bornia (2002, p. 36), após a Revolução Industrial e com o desenvolvimento

das empresas industriais, o cálculo dos custos dos produtos passou a ficar mais complexo,

uma vez que os produtos passaram a ser fabricados pela empresa. Então, surgiu a

contabilidade de custos, voltada inicialmente para a avaliação dos inventários.

A preocupação primeira dos contadores, Auditores e Fiscais foi a de fazer a Contabilidade de Custos uma forma de resolver seus problemas de mensuração monetária dos estoques e do resultado, não a de fazer dela um instrumento de Administração. Por essa não - utilização de todo o seu potencial no campo gerencial, deixou a contabilidade de custos de ter uma evolução mais acentuada por um longo tempo. (MARTINS, 2003, p. 21)

Com o crescimento das empresas, a Contabilidade de Custos passou a ser visualizada

como um instrumento de decisão gerencial, devido ao fato de os sistemas de custos auxiliarem

no controle e nas tomadas de decisões. Apesar de a Contabilidade de Custos ter importante

função no auxílio gerencial, cabe ressaltar que esta evolução é algo recente, o que faz com

que haja constante aprimoramento em seus processos. (BORNIA, 2002)

Santos (2000, p. 25) estabelece alguns objetivos da análise de custos, para que a

administração alcance a otimização de resultados: custo e ganho marginal por produto;

resultado de vendas por produto/por cliente/por vendedor; eficiência da força do trabalho

humano e dos materiais aplicados; nível mínimo de vendas desejado; formação do preço de

venda; maximização de lucros mediante análise do mix de produtos, entre outros.

Segundo Maher (2001), os contadores de custo registram, medem, determinam e

analisam custos. Para isso, os contadores de custo precisam ter um amplo conhecimento de

como a organização opera. Além disso, deve constantemente buscar formas de criar valor para

a empresa.

Manter registros contábeis representa apenas o início do trabalho de um contador de

custos, uma vez que estes devem analisar operações e custos para identificar como as

operações e a qualidade dos produtos podem ser melhoradas e os custos reduzidos.

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“Utilizando a cadeia de valor e informações a respeito de custos de atividades, companhias

podem identificar vantagens estratégicas no mercado em que atuam”. (MAHER, 2001, p. 47).

Com o significativo aumento de competitividade que vem ocorrendo na maioria dos mercados, sejam industriais, comerciais ou de serviços, os custos tornam-se altamente relevantes quando da tomada de decisões em uma empresa. Isto ocorre, pois, devido à alta competição existente, as empresas já não podem mais definir seus preços de acordo com os custos incorridos, e sim com base nos preços praticados nos mercados em que atuam. (MARTINS, 2003, p. 22)

Portanto, o conhecimento dos custos em uma organização é fundamental para saber

se um produto é rentável ou não e se é possível reduzir seus custos. Desta maneira, a empresa

pode descobrir vantagens estratégicas que a permita estar à frente de seus concorrentes, como

reduzir o preço do produto, ou ainda, prestar melhores serviços aos seus clientes.

2.3.1.1 Conceitos básicos

Gasto: “É o valor dos insumos adquiridos pela empresa, independentemente de

terem sido utilizados ou não. Não é sinônimo de Desembolso, que é o ato do pagamento e que

pode ocorrer em momento diferente do gasto.” (BORNIA, 2002, p. 39)

Custos e Despesas: Para Martins (2003), os custos são reconhecidos no momento da

utilização dos fatores de produção para a fabricação de um produto ou para a execução de um

serviço. Já as despesas são bens ou serviços consumidos para a obtenção de receitas. Isso

pois, todo produto vendido e todo serviço prestado provoca despesas.

Custo de fabricação é o valor dos insumos usados na fabricação dos produtos da

empresa, como por exemplo, materiais, trabalho humano, energia elétrica, máquinas e

equipamentos, entre outros. Sendo que estes custos estão relacionados com a produção, são

normalmente divididos em Matéria-Prima, Mão-de-Obra Direta e Custos Indiretos de

Fabricação. (BORNIA, 2002, p. 39).

As despesas representam o valor dos insumos consumidos com o funcionamento da

empresa e não relacionados à fabricação. São geralmente divididas em despesas

administrativas, comerciais e financeiras, estando relacionadas à administração geral da

empresa. (BORNIA, 2002)

A separação entre custos e despesas, teoricamente, é simples: os gastos relativos ao

processo de produção são custos enquanto que os relativos à administração e às vendas são

considerados despesas. No entanto, na prática existem alguns problemas que dificultam esta

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separação, como por exemplo, a dificuldade em separar o que realmente pertence à fábrica,

sendo necessário utilizar, neste caso, uma forma de rateio arbitrária. (MARTINS, 2003, p. 39)

Segundo Maher (2001), a contabilidade de custos focaliza custos, e não despesas.

Apesar de os termos custo e despesa serem utilizados como sinônimos em algumas situações,

o autor utiliza a terminologia custo para todos os objetivos administrativos.

Investimentos: Na visão de Bornia (2002, p. 41): “Investimento é o valor dos

insumos adquiridos pela empresa não utilizados no período, mas que poderão ser empregados

em períodos futuros”.

“Quando há um gasto que deverá trazer benefícios futuros para a empresa,

denomina-se este gasto de Investimento”. (IUDÍCIBUS; MARION, 2007, p. 168). Portanto, o

investimento tem potencial para gerar receitas e lucro para a empresa.

Perdas: As perdas são gastos com bens ou serviços consumidos de forma anormal

ou involuntária, como greve, inundação, roubo, incêndio. (SANTOS, 2000, p. 25)

2.3.1.2 Classificação de custos

Os custos podem ser classificados pela variabilidade, podendo ser fixos e variáveis,

como também podem ser classificados pela facilidade de alocação, no caso dos custos diretos

e indiretos.

Custos Fixos:

Custos fixos são aqueles que independem do nível da atividade da empresa no curto prazo, ou seja, não variam com alterações no volume de produção, como o salário do gerente, por exemplo. Os custos variáveis, ao contrário, estão intimamente relacionados com a produção, isto é, crescem com o aumento do nível de atividade da empresa, como os custos de matéria-prima, por exemplo. (BORNIA, 2002, p. 42)

Custos Estruturais Fixos (CEF), segundo Santos (2000) são os gastos necessários à

manutenção da estrutura organizacional de uma empresa para que seja possível planejar,

receber e processar pedidos de venda. De maneira geral eles são constituídos pelas seguintes

contas:

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Figura 01: Custos Estruturais Fixos

Fonte: Santos (2000, p. 26)

Custos Variáveis: Para Maher (2001), os custos variáveis se alteram na proporção

direta da alteração do volume de atividade, já os custos fixos não se alteram quando o volume

se altera. Vale lembrar que a identificação de um custo como fixo ou variável é válida apenas

dentro de certo intervalo de tempo.

De acordo com Santos (2000, p. 27) os gastos variáveis têm proporção direta com o

volume produzido e faturado de vendas. Geralmente são constituídos pelas seguintes contas:

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Figura 02: Gastos Variáveis

Fonte: Santos (2000, p. 27) Custos diretos e indiretos: Os custos diretos são assim denominados, pois podem

ser diretamente apropriados aos produtos, desde que haja uma medida de consumo. Por outro

lado, os custos indiretos não oferecem condição de uma medida objetiva e a sua alocação aos

produtos deve ser feita de maneira estimada e muitas vezes arbitrária. (MARTINS, 2003)

Segundo Bruni; Famá (2004, p. 31), os custos diretos estão diretamente incluídos no

cálculo dos produtos, sendo que consistem nos materiais diretos usados na fabricação do

produto e mão-de-obra direta. São mensuráveis de maneira simples e objetiva.

Os custos indiretos não são facilmente atribuídos às unidades, tornando-se necessária

as alocações. Alguns custos com este comportamento são o aluguel e a mão-de-obra indireta.

“As alocações causam a maior parte das dificuldades e de deficiências dos sistemas de custos,

pois não são simples e podem ser feitas por vários critérios.” (BORNIA, 2002, p. 44). E é por

este problema que existem os métodos de custeio.

“Todos os custos podem ser classificados em Fixos e Variáveis ou em Diretos e

Indiretos ao mesmo tempo. [...] Os Custos Diretos são Variáveis, quase sem exceção, mas os

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Indiretos são tanto Fixos como Variáveis, apesar da geral predominância dos primeiros”.

(MARTINS, 2001, p. 55)

2.3.2 Análise de Custos, Volumes e Lucros

Para o planejamento e tomada de decisão, os administradores devem compreender o

inter-relacionamento de custo, volume e lucro, uma vez que a contabilidade de custos fornece

informações e análises úteis para a tomada de decisões gerenciais, envolvendo estes três

parâmetros. A “análise CVL” auxilia na definição dos custos utilizados no processo de

elaboração de orçamentos e também determina como uma expansão das facilidades de

produção impacta o lucro. (MAHER, 2001)

“Um conjunto de procedimentos, denominados análise de custo-volume-lucro,

determina a influência no lucro provocada por alterações nas quantidades vendidas e nos

custos”. (BORNIA, 2002, p. 71). De acordo com o autor, esta análise tem grande importância

na tomada de decisões de curto prazo.

Segundo Wernke (2005, p. 98), a análise CVL permite averiguar - para atingir um

determinado montante de lucro desejado pelos investidores - quais valores a ser praticados em

relação ao preço de venda, qual o custo de fabricação máximo dos produtos e quantas

unidades devem ser vendidas. Para obter estas informações devem ser analisados os conceitos

de Margem de Contribuição, Ponto de Equilíbrio e Margem de Segurança.

Margem de contribuição: “A margem de contribuição pode ser conceituada como o

valor (em $) que cada unidade comercializada contribui para, inicialmente, pagar os custos

fixos mensais da empresa e, posteriormente, gerar o lucro do período”. (WERNKE, 2005, p.

99)

De acordo com Bornia (2002, p. 72) a margem de contribuição é o montante das

vendas menos os custos variáveis. A margem de contribuição unitária representa a parcela do

preço de venda que resta para cobrir os custos e despesas fixas e para a geração de lucro por

produto. Sendo que:

Margem de contribuição unitária = Preço unitário – Custos variáveis unitários

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Perez Jr.; Oliveira; Costa (2005, p. 195) expõem um exemplo interessante de

margem de contribuição. Supondo que um produto tenha o preço de venda de R$ 15,00 e

custos variáveis de R$ 3,00 de matéria-prima e de R$ 4,00 de mão-de-obra direta. Além disso,

na ocasião da venda, incorre o pagamento de comissões de vendedores, de 5% sobre o preço

de venda e impostos, de 15% sobre o preço de venda. Aplicando a fórmula, chegamos ao

resultado abaixo, sendo que:

Margem de contribuição = Preço de venda – (Custos + Despesas Variáveis)

Então:

MC = 15 – (3,00 + 4,00 + 0,75 + 2,25) = 5,00

Pode-se entender que, cada unidade vendida contribui com R$ 5,00 para absorver os

custos fixos e ainda gerar o lucro. No caso de a empresa produzir e vender 300 unidades por

período, a margem de contribuição total deste produto será de R$ 1.500,00, ou seja, 300 x R$

5,00. (PEREZ JR.; OLIVEIRA; COSTA, 2005, p. 195)

A razão de contribuição, ou seja, o índice de margem de contribuição está

relacionado com a rentabilidade do produto e pode ser assim expressa, segundo Bornia (2002,

p. 72):

Razão de contribuição = Margem de contribuição unitária / Preço

A análise de rentabilidade dos preços de venda dos produtos comercializados é uma

das formas mais tradicionais de aplicar o conceito de margem de contribuição. (WERNKE,

2005).

Ponto de Equilíbrio: “O ponto de equilíbrio, ou ponto de ruptura, é o nível de

vendas em que o lucro é nulo”. (BORNIA, 2002, p. 75). O ponto de equilíbrio é alterado por

mudanças no preço de venda, nos custos fixos ou nos custos variáveis.

Para Maher (2001, p. 436) “Ponto de equilíbrio é o volume de vendas para o qual o

lucro é igual a zero”. O ponto de equilíbrio em unidades pode ser assim representado:

Ponto de Equilíbrio = Custos fixos / Margem de contribuição unitária

Já o ponto de equilíbrio em valor das vendas pode ser assim encontrado:

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Ponto de equilíbrio = Custos fixos / índice da margem de contribuição

O ponto de equilíbrio pode ser dividido em três tipos: o contábil, o econômico e o

financeiro.

Segundo Wernke (2005, p. 120) o ponto de equilíbrio contábil em unidades informa

a quantidade de produtos que devem ser vendidas para que o resultado seja nulo, enquanto

que o ponto de equilíbrio contábil em valor informa o valor mínimo de vendas para que a

empresa não tenha nem lucro nem prejuízo. As fórmulas podem ser assim representadas:

PEC unid = Custos Fixos ($) / Margem de Contribuição Unitária ($)

PEC valor = Custos Fixos ($) / Percentual da margem de contribuição (%)

De acordo com Bruni; Famá (2004, p. 255) o ponto de equilíbrio contábil é

encontrado através da análise dos gastos variáveis e fixos:

PEC$ = Preço x PECq

Considerando que:

PECq : Ponto de equilíbrio {Gastos Fixos/[Preço-Gastos Variáveis Unitários]}

Martins (2003) define como ponto de equilíbrio contábil quando a soma da margem

de contribuição totalizar o montante suficiente para cobrir todos os cutos e despesas fixos. No

entanto, um resultado contábil nulo significa que, economicamente, a empresa está perdendo.

O Autor expõe a seguinte fórmula:

PEC = Custos + Despesas Fixos Margem de contribuição

O ponto de equilíbrio econômico pode ser utilizado para calcular o volume de vendas

a ser conseguido. Sua fórmula, em unidades, pode ser assim expressa, de acordo com Wernke

(2005, p. 123):

PE Econ. = Custos Fixos ($) + Lucro Desejado ($) Margem de Contr. Unitária ($)

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Quando uma empresa deseja saber o volume de vendas que é suficiente para pagar os

custos e despesas variáveis, os custos fixos (exceto a depreciação) e outras dívidas a saldar no

período, como empréstimos e financiamentos bancários, pode-se calcular o Ponto de

Equilíbrio Financeiro. (WERNKE, 2005, p. 122).

PE Fin. = Custos Fixos ($) – Depreciações ($) + Dívidas do Período ($) Margem de Contribuição Unitária ($)

“O ponto de equilíbrio financeiro corresponde à quantidade que iguala a receita total

com a soma dos gastos que representam desembolso financeiro para a empresa”. (BRUNI;

FAMÁ, 2004, p. 259). Neste cálculo, portanto, não devem ser consideradas amortizações,

depreciações ou exaustões.

Martins (2003, p. 261) expõe um exemplo interessante. Sendo que a empresa tem as

seguintes características:

• Custos + Despesas variáveis = R$ 600/un

• Custos + Despesas Fixos = R$ 4.000.000/ano

• Preço de venda = R$ 800/un

Então seu ponto de equilíbrio contábil seria:

PEC = R$ 4.000.000/ano = 20.000 un/ano ou R$ 16.000.000/ano de Vendas.

R$ 200/un

Supondo que o Patrimônio Líquido desta empresa seja de R$ 10.000.000, que renda

10% a.a., tem-se o lucro de R$ 1.000.000. Portanto, este valor deve ser incluso para o cálculo

do Ponto de Equilíbrio Econômico.

PEE = R$ 5.000.000/ ano = 25.000 un/ano ou R$ 20.000.000/ano de Receitas.

R$ 200/un

Já se, dentro dos custos fixos, tiver uma depreciação de R$ 800.000, sabe-se que este

valor não significa desembolso, portanto, o Ponto de Equilíbrio Financeiro seria:

PEF = R$ 3.200.000/ano = 16.000 un/ano ou R$ 12.800.000 de Receitas.

R$ 200/ un

Os cálculos do ponto de equilíbrio demonstrados até agora, consideram que a

empresa fabrica apenas um tipo de produto. Para calcular o Ponto de Equilíbrio para vários

produtos ao mesmo tempo, Wernke (2005, p. 125) apresenta a seguinte fórmula:

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PE unidades (mix) = Custos Fixos ($) / Margem de Contribuição Total ($)

Quantidade Total (unidades)

Quando uma empresa produz um único produto, a obtenção do ponto de equilíbrio contábil, econômico ou financeiro é bastante simples [...] Quando são muitas as variedades e os tipos de produtos elaborados, porém, a obtenção do ponto de equilíbrio torna-se um pouco mais complexa. (BRUNI; FAMÁ, 2004, p. 261)

A melhor forma de encontrá-lo, segundo Bruni; Famá (2004) seria pela receita total

de vendas:

Vendas$totais = Gastos Fixos/ Margem de Contr%média

Bornia (2002, p. 81) acredita que no caso de empresas multiprodutoras, não há

sentido em ratear os custos indiretos fixos entre os produtos para obter o ponto de equilíbrio,

pois não há apenas uma combinação de produtos que propicie lucro zero. Portanto, o enfoque

deve ser que cada produto cubra seus custos diretos e que a margem de contribuição propicie

a cobertura dos custos indiretos fixos e a geração do lucro.

Margem de segurança: A margem de segurança representa o quanto as vendas

podem cair sem que haja prejuízo para a empresa, já que significa o excedente das vendas da

empresa sobre as vendas que representam o ponto de equilíbrio. (BORNIA, 2002)

A margem de segurança representa o excedente das vendas, projetadas ou reais, sobre o ponto de equilíbrio. Ela informa à administração a margem entre as vendas correntes e o preço de equilíbrio. Em certo sentido, a margem de segurança indica à companhia o risco de ela perder dinheiro, isto é, o volume pelo qual as vendas podem cair, até que a companhia comece a perder dinheiro. (MAHER, 2001, p. 442)

Bruni; Famá (2004, p. 263) consideram que a margem de segurança pode ser

expressa em quantidade, valor ou percentual:

Margem de segurança em quantidade (MSq) = Vendas atuais – P.E. em quantidade

Margem de segurança em $ (MS$) = MSq x Preço de Venda

Margem de segurança percentual = MSq / Vendas atuais

A partir de um exemplo de Martins (2003, p. 259), supõe-se que o ponto de

equilíbrio de uma construtora seja de 10 casas por mês e que ela esteja produzindo e

vendendo 14 casas por mês. Pode-se dizer que esta empresa está com uma margem de

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segurança de quatro casas, sendo que pode ter uma pequena redução sem entrar no prejuízo.

Percentualmente, poderia-se dizer que:

Margem de Segurança = 4 un. = 28,6% ao mês

14 un.

Em receitas, o cálculo pode ser desta maneira, sendo que o Preço de Venda de cada

casa é R$ 240.000:

Margem de Segurança = Receitas Atuais – Receitas no Ponto de Equilíbrio Receitas Atuais

Margem de Segurança = R$ 3.360.000 – R$ 2.400.000 = 28,6% ao mês R$ 3.360.000

2.3.3 Análise de Balanços

Segundo Matarazzo (2003, p. 15):

As demonstrações financeiras fornecem uma série de dados sobre a empresa, de

acordo com as regras contábeis. A Análise de Balanços transforma esses dados em

informações e será tanto mais eficiente quanto melhores informações produzir.

A análise de balanços deve ser entendida dentro de suas possibilidades e limitações,

pois de um lado aponta mais problemas a serem investigados do que indica soluções, e de

outro, desde que utilizada da forma conveniente, pode transformar-se num poderoso “painel

de controle” da administração. (IUDÍCIBUS, 1998, p. 84)

O diagnóstico de uma empresa quase sempre começa com uma rigorosa análise de

balanços, a qual tem como finalidade determinar quais são os pontos críticos e permitir,

imediatamente, apresentar um esboço das prioridades para a solução de seus problemas. A

análise de balanços também permite uma visão estratégica da empresa, podendo estimar o seu

futuro, suas limitações e suas potencialidades. (MATARAZZO, 2003, p. 27)

“A Análise de Balanços encontra seu ponto mais importante no cálculo e avaliação

do significado de quocientes, relacionando principalmente itens e grupos do Balanço e da

Demonstração do Resultado”. (IUDÍCIBUS, 1998, p. 98)

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2.3.3.1 Balanço Patrimonial

De acordo com Iudícibus (1998) o balanço patrimonial constitui-se da coluna do lado

direito, denominada Passivo (obrigações com terceiros) e Patrimônio Líquido (capital dos

proprietários) e da coluna do lado esquerdo, denominada Ativo, que representa os bens e

direitos de propriedade e controle da empresa.

O balanço patrimonial tem por objetivo demonstrar a situação do patrimônio da empresa em determinada data – normalmente ao término de cada exercício social. [...] As contas do ativo deverão ser dispostas em ordem decrescente de realização ou conversibilidade (grau de liquidez) e as contas do passivo e patrimônio líquido em ordem decrescente de exigibilidade. (BRAGA, 2003, p. 78)

As principais contas do Ativo são:

Ativo Circulante: De acordo com Iudícibus (1998), este grupo é composto pelo item

mais líquido, o dinheiro, em caixa ou bancos, ou por alguns itens facilmente conversíveis em

dinheiro, em curto prazo, como Contas a receber, estoques, investimentos temporários.

O ativo circulante contempla os investimentos circulantes (aplicações em

disponibilidades financeiras), os direitos de crédito sobre clientes e outros devedores, os

estoques e outros bens e direitos realizáveis em até 12 meses da data do balanço, ou seja, a

curto prazo. (BRAGA, 2003)

Conforme Matarazzo (2003, p. 51) devem compor o ativo circulante os valores

conversíveis em moeda corrente a qualquer tempo (Disponibilidades); os direitos conversíveis

em valores disponíveis durante o exercício seguinte ao do balanço (Diretos Realizáveis a

curto prazo); os valores referentes a despesas que já foram pagas e que beneficiarão o

exercício seguinte ao do balanço (Aplicações de Recursos em Despesas). As principais contas

do ativo circulante são: Disponibilidades, Clientes, Banco Conta Vinculada, Estoques,

Aplicações Financeiras e Outras Contas do Ativo Circulante.

Ativo Realizável a Longo Prazo: São ativos com menor liquidez, ou seja,

transformam-se em dinheiro mais lentamente que o Ativo Circulante. Por exemplo:

empréstimos ou adiantamentos concedidos às sociedades coligadas ou controladas, a

diretores, a acionistas. (IUDÍCIBUS, 1998, p. 45)

Matarazzo (2003) acredita que este grupo, teoricamente, compreende as mesmas

contas do Ativo Circulante, exceto as Disponibilidades, as quais o prazo de realização seja

superior a um ano ou ao ciclo operacional maior que um ano.

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Ativo Permanente: Segundo Iudícibus (1998) o ativo permanente é composto por

ativos que dificilmente serão vendidos, já que não objetivam a venda. São itens sem nenhuma

liquidez para a empresa e têm vida útil longa e reposição lenta.

São classificadas nesse grupo as aplicações de recursos em elementos que se destinem ao uso por prazo indeterminado, ou que a empresa não tenha a intenção de alienar e, ainda, as aplicações em despesas que serão apropriadas aos resultados de mais de um exercício social. (BRAGA, 2003, p. 80)

O Ativo Permanente é subdividido em quatro grupos:

Investimentos: Segundo Iudícibus (1998, p. 46) os investimentos são: “as

participações (que não se destinam à venda) em outras sociedades e outras aplicações de

característica permanente que não se destinam à manutenção da atividade operacional da

empresa.”.

São classificadas nesse subgrupo as participações societárias de caráter permanente,

as aplicações em terrenos para futura expansão da empresa, as aplicações por incentivos

fiscais, durante o prazo de inegociabilidade (BRAGA, 2003).

As Provisões para perdas, segundo Iudícibus (1998) são subtrações que objetivam

cobrir prováveis perdas, quando comprováveis como permanentes.

Imobilizado: De acordo com Matarazzo (2003), este subgrupo compreende os bens e

direitos destinados à manutenção da atividade da empresa, como terrenos, máquinas e

equipamentos, móveis e utensílios, instalações, veículos, obras em andamento, entre outros.

Suas deduções são a Depreciação Acumulada, referente à deterioração física ou

tecnológica de um bem tangível; e a Exaustão Acumulada, quando o valor de recursos

naturais, como jazidas, ter seu valor diminuído. (IUDÍCIBUS, 1998, p. 46)

Intangível: De acordo com a Lei 11.638 de 28 de Dezembro de 2007 esta nova conta

incorporada ao Ativo Permanente é composta por direitos que objetivem bens incorpóreos e

que se destinem à manutenção da companhia ou exercidos para tal finalidade.

Diferido: “Este grupo compreende gastos que não foram apropriados a Resultados e

que irão beneficiar exercícios futuros. São gastos de uma atividade que se espera que venha

gerar receitas nos próximos exercícios”. (MATARAZZO, 2003, p. 60)

A Amortização Acumulada, conforme Iudícibus (1998) ocorre quando este item é

diminuído, em razão de sua distribuição proporcional aos exercícios sociais (de cinco a dez

anos).

As principais contas do Passivo e Patrimônio Líquido são:

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Passivo Circulante: Conforme Braga (2003, p. 83) “Serão classificados no passivo

circulante os débitos de funcionamento e de financiamento da empresa”. Ou seja, dívidas com

fornecedores, salários e encargos, impostos sobre as operações realizadas, empréstimos.

Iudícibus (1998) afirma que estão inseridas neste grupo as obrigações que

normalmente são pagas dentro de um ano, como contas a pagar, dívidas com fornecedores,

impostos a recolher, empréstimos bancários a vencer no próximo ano, provisões.

Exigível a longo Prazo: “As obrigações cujo vencimento ultrapassem o período

previsto para o passivo circulante serão registradas no passivo exigível a longo prazo”

(BRAGA, 2003, p. 83)

São as obrigações da empresa que vencem a prazo superior a um ano ou ao ciclo

operacional da empresa, como financiamentos de instituições de créditos, empresas

coligadas/controladas, imóveis a pagar, títulos a pagar, contas correntes. (MATARAZZO,

2003)

Resultado de Exercícios Futuros: É representado por receita líquida “não ganha ou

não efetivada”, em função do regime de competência de exercícios, como aluguéis recebidos

antecipadamente sem possibilidade de devolução, comissões ou taxas de abertura de crédito

nas instituições financeiras. (BRAGA, 2003, p. 84)

De acordo com Matarazzo (2003, p. 63) este grupo “compreende as receitas de

exercícios futuros deduzidas as despesas incorridas ou a incorrer. Essas receitas são aquelas

faturadas antecipadamente, em relação ao momento de sua efetiva realização”.

Patrimônio Líquido: De acordo com Matarazzo (2003, p. 64) esta conta “representa

os recursos dos acionistas formados por Capital – dinheiro ou bens – entregues pelos

acionistas à empresa ou por lucros gerados pela empresa e retidos em diversas contas de

reservas ou de lucros acumulados”.

Representa os investimentos dos proprietários e mais o lucro acumulado, no decorrer

dos anos, retido na empresa. Além disso, são observados neste grupo de contas as Reservas de

Capital, as Reservas de Reavaliação e as Reservas de Lucro. (IUDÍCIBUS, 1998)

Cabe complementar que a Lei 11.638/07 alterou o grupo de conta do Patrimônio

Líquido, de Reserva de Avaliação para Ajustes de Avaliação Patrimonial.

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2.3.3.2 Demonstração do Resultado do Exercício

Conforme Iudícibus (1998, p. 48) a demonstração do resultado do exercício é um

resumo ordenado das receitas e despesas da empresa em determinado período, sendo

apresentada de forma dedutiva e vertical, sendo que das receitas subtraem-se as despesas até

chegar ao resultado – lucro ou prejuízo.

O lucro irá representar o ganho efetivo obtido pela empresa, com a finalidade de

remunerar os sócios ou acionistas e manter e/ou desenvolver o patrimônio da empresa. Já o

prejuízo representa a parcela de desgaste sofrido pelo patrimônio no período, uma vez que as

receitas foram insuficientes para cobrir os custos e despesas incorridas para obter tais receitas.

(BRAGA, 2003, p. 97)

Receita Bruta: Segundo Iudícibus (1998) receita bruta é o total bruto vendido no

período, estando inclusos os impostos sobre vendas e dela não foram subtraídas as devoluções

e os abatimentos do período.

A Receita Operacional Bruta é constituída pelo valor bruto faturado e dela devem ser

deduzidos os impostos incidentes sobre as vendas, as vendas canceladas e os abatimentos,

para se chegar à Receita Operacional Líquida, a qual se adicionam os incentivos fiscais para a

exportação. (MATARAZZO, 2003, p. 67)

Deduções da Receita: São impostos e taxas sobre vendas, como IPI, ICMS, ISS, PIS

e COFINS. Quando maior for o volume de vendas, maiores serão os impostos. Também se

incluem como deduções as devoluções (vendas canceladas) e os abatimentos no preço

(descontos). (IUDÍCIBUS,1998)

Receita Líquida: “A receita operacional líquida é efetivamente a parte da receita

que ficará para a empresa cobrir seus custos e despesas e para gerar lucro” (SILVA, 2006, p.

151).

Conforme Braga (2003) é o resultado da receita bruta menos as deduções.

Custos das vendas: São os custos incorridos na produção de bens ou serviços

vendidos, ou também, os custos de aquisição das mercadorias vendidas. (BRAGA, 2003)

Podem ser custo dos produtos vendidos, no caso de empresas industriais; custo das

mercadorias vendidas, no caso de comércio; e custo dos serviços prestados, no caso de

empresas prestadoras de serviços. (SILVA, 2006)

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Lucro Bruto: “É a diferença entre a Venda de Mercadorias e o Custo dessa

Mercadoria Vendida, sem considerar despesas administrativas, de vendas e financeiras.”

(IUDÍCIBUS, 1998, p. 51).

Segundo Braga (2003) é o resultado bruto das operações depois de deduzidos os

custos pertinentes. Será lucro bruto quando a receita for superior ao custo, caso contrário, será

um prejuízo bruto.

Despesas Operacionais: “São despesas que contribuíram para a consumação das

operações realizadas no período. Representam os gastos incorridos com as áreas comercial,

administrativa e financeira para a obtenção das receitas operacionais do período”. (BRAGA,

2003, p. 98)

De acordo com Matarazzo (2003) estas despesas compreendem as despesas

necessárias para a empresa funcionar, ou seja, vender, administrar e financiar suas atividades.

Resultado Operacional: “É obtido através da diferença entre o Lucro Bruto e as

despesas operacionais”. (IUDÍCIBUS, 1998, p. 52)

Caso o lucro bruto seja superior às despesas operacionais, haverá lucro operacional.

Já se as despesas operacionais forem maiores que o lucro bruto, haverá prejuízo operacional.

(BRAGA, 2003).

Resultado Não-Operacional: Representam receitas e despesas, ganhos e perdas não

previsíveis, de caráter esporádico ou eventual, não ligado às atividades normais de obtenção

de lucro ou de despesas da empresa. (MATARAZZO, 2003, p. 73)

As receitas não-operacionais não estão atreladas à exploração do objetivo social da

empresa. As despesas não-operacionais são aquelas incorridas para a obtenção de tais receitas

não-operacionais ou à despesas eventuais que não tenham contribuído para a obtenção das

receitas operacionais. (BRAGA, 2003)

Resultado antes do Imposto de Renda: É a diferença entre o Lucro Operacional e

as despesas e receitas não operacionais. (IUDÍCIBUS, 1998)

É o resultado obtido com a soma dos resultados operacional e não-operacional.

(BRAGA, 2003)

Resultado depois do Imposto de Renda: Após o cálculo da provisão do valor do

Imposto de Renda a pagar, deduz-se este valor do Lucro Antes do IR. (IUDÍCIBUS, 1998)

Resultado Líquido: É o resultado final do exercício, após deduzidas as

participações, se for o caso. (Braga, 2003)

Conforme Iudícibus (1998, p. 56) após a apuração do lucro depois do Imposto de

Renda, deduzem-se as participações previstas nos estatutos, como de empregados, de

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administradores, debêntures, entre outros. Após estas deduções, têm-se o Lucro Líquido que é

a sobra líquida à disposição dos sócios ou acionistas.

2.3.3.3 Análise Horizontal

A análise horizontal consiste na evolução de cada conta de uma série de

demonstrações financeiras em relação à demonstração anterior. Utiliza-se a técnica dos

números-índices, uma vez que no primeiro ano todos os valores são considerados iguais a

100. Com a regra de três, obtêm-se os valores dos anos seguintes e a variação é o que exceder

a 100 ou que faltar para 100. (MATARAZZO, 2003)

Sua finalidade principal é caracterizar tendências, apontando o crescimento de itens

das demonstrações financeiras, através dos períodos. (IUDÍCIBUS, 1998)

A análise horizontal pode ser encadeada ou anual. Quando a análise for efetuada

através das variações em relação a um ano-base, trata-se da análise encadeada. Já se for em

relação ao ano anterior, será caracterizada como análise anual. (MATARAZZO, 2003)

2.3.3.4 Análise Vertical

Segundo Matarazzo (2003), a análise vertical objetiva mostrar a importância de cada

conta em relação à demonstração financeira e consiste em valores percentuais das

demonstrações financeiras, calculando-se o percentual de cada conta em relação a um valor-

base. No caso do Balanço Patrimonial, por exemplo, calcula-se o percentual de cada conta em

relação ao total do Ativo. Com a comparação dos percentuais de anos anteriores, é possível

verificar se há itens fora da proporção normal.

A partir de Iudícibus (1998), verifica-se que este tipo de análise é importante para

verificar a estrutura de composição de itens e sua evolução no tempo. Em relação à DRE,

atribui-se o valor 100 para a Receita Líquida e calcula-se o percentual de cada conta em

relação a ela. Também é possível analisar a sua evolução no tempo e se tal evolução

contribuiu ou não para o resultado da empresa.

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2.3.3.5 Análise da liquidez

Segundo Braga (2003) a análise da liquidez objetiva avaliar a capacidade de

financiamento da empresa em relação à suas exigibilidades. Internamente, mostra-se um

valioso instrumento de controle financeiro.

Matarazzo (2003, p. 163) acredita que os índices de liquidez “[...] a partir do

confronto dos Ativos Circulantes com as Dívidas, procuram medir quão sólida é a base

financeira da empresa”. Sendo que, uma empresa com bons índices de liquidez demonstra ter

boa capacidade de pagamento de suas dívidas.

Liquidez Imediata: De acordo com Iudícibus (1998, p. 99) “este quociente

representa o valor de quanto dispomos imediatamente para saldar nossas dívidas de curto

prazo”. A fórmula pode ser assim expressa:

Liquidez Imediata = Disponibilidades Passivo Circulante

Liquidez Corrente: Matarazzo (2003, p. 167) expõe a seguinte fórmula para o

cálculo deste índice:

Liquidez Corrente = Ativo Circulante Passivo Circulante

Indica o quanto a empresa possui no Ativo Circulante para cada R$ 1,00 de Passivo

Circulante. Quanto maior o índice, melhor. Quando a Liquidez Corrente for superior a 1,00,

este excesso é devido à existência de Capital Circulante Líquido (CCL), ou seja, a diferença

entre o Ativo Circulante e o Passivo Circulante.

Segundo Silva (2006), muitos afirmam que quanto maior o CCL da empresa, melhor

a sua liquidez. No entanto, a qualidade da liquidez depende muito do segmento em que a

empresa atua. É possível que existam empresas com CCL negativo e uma boa liquidez, como

também uma empresa pode ter CCL positivo e ter dificuldades financeiras. Isto depende da

incompatibilidade dos prazos de realizar o Ativo Circulante, em face dos vencimentos das

obrigações de curto prazo.

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Liquidez Seca: É um índice adequado para uma análise conservadora da liquidez da

empresa, uma vez que se eliminando os estoques do numerador, elimina-se uma fonte de

incerteza. (IUDÍCIBUS, 1998, p. 102):

Liquidez Seca = Ativo Circulante – Estoques Passivo Circulante

Matarazzo (2003, p. 173) expõe uma relação entre a liquidez seca e a liquidez

corrente, no quadro abaixo:

Quadro 01: Liquidez Seca X Liquidez Corrente Liquidez Liquidez Corrente

Nível Alta Baixa

Alta Situação Financeira boa.

Situação financeira em princípio insatisfatória, mas atenuada pela boa liquidez

seca. Em certos casos pode até ser considerada

razoável. Liquidez

Seca

Baixa

Situação financeira em princípio satisfatória. A baixa liquidez seca não indica necessariamente

comprometimento da situação financeira. Em certos casos, pode ser sintoma de excessivos estoques “encalhados”.

Situação financeira insatisfatória.

Fonte: Matarazzo (2003, p. 173)

Liquidez Geral: Braga (2003, p. 156) conceitua este índice como o indicador da

capacidade financeira da empresa para solver todos os compromissos de curto e de longo

prazo, sendo que não poderá ser menor que 1,00:

Liquidez Geral = Ativo Circulante + Ativo Realizável a Longo Prazo

Passivo Circulante + Passivo Exigível a Longo Prazo Conforme Iudícibus (1998) este índice detecta a saúde financeira (em relação à

liquidez) da empresa de longo prazo.

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2.3.3.6 Análise da Estrutura de Capital

De acordo com Matarazzo (2003, p. 151) “os índices deste grupo mostram as grandes

linhas de decisões financeiras, em termos de obtenção e aplicação de recursos”.

Participação de Capitais de Terceiros sobre os recursos totais: Iudícibus (1998,

p. 103) acredita que este quociente é de grande relevância e expressa a porcentagem que o

endividamento representa sobre os fundos totais e também a porcentagem do ativo total

financiada com recursos de terceiros. A fórmula é assim representada:

Capitais de Terceiros s/ os recursos totais = Exigível total Exigível Total + Patrimônio Líquido

Participação de Capitais de Terceiros: Segundo Iudícibus (1998, p. 104) este

índice representa uma outra forma de encarar a dependência de recursos de terceiros. Caso o

quociente seja maior que um por um longo período, significa uma dependência exagerada de

recursos de terceiros. Pode ser assim encontrado:

Capitais de Terceiros / Capitais Próprios = Exigível Total Patrimônio Líquido

Composição do Endividamento: Indica qual o percentual de obrigações de curto

prazo em relação às obrigações totais. Quanto menor o índice, melhor. (MATARAZZO, 2003,

p. 155):

Endividamento = Passivo Circulante X 100 Capitais de Terceiros

Grau de Imobilização dos Capitais Próprios: Indica até que ponto os capitais

próprios estão imobilizados, já que, como o Ativo Permanente é um tipo de aplicação a longo

prazo, é fundamental que seja financiado por fontes de recursos adequadas. No caso de um

índice igual a um, significa que todos os recursos próprios estão aplicados no Ativo

Permanente. Caso seja menor que um, isto indica que existem recursos próprios também no

giro dos negócios. Já se o índice for superior a um, significa que capitais de terceiros também

financiam o ativo permanente. Pode ser calculado conforme Braga (2003, p. 150):

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Grau de Imobilização dos Capitais Próprios = Ativo Permanente Patrimônio Líquido

Imobilização dos Recursos Não Correntes: De acordo com Matarazzo (2003, p.

159), este índice mostra o percentual de Recursos não Correntes que a empresa aplicou no

Ativo Permanente. Em regra, este índice não deve ser superior a 100%, pois ainda que a

empresa quase não tenha necessidade de Ativo Circulante, sempre deve existir um pequeno

excesso de Recursos não correntes destinado ao Ativo Circulante, em relação às

imobilizações. Sua fórmula pode ser assim expressa:

Imobilização dos Recursos Não Correntes: Ativo Permanente x 100 Patrimônio Líquido +

Exigível a Longo Prazo

2.3.3.7 Análise da Rentabilidade

“Os índices deste grupo mostram qual a rentabilidade dos capitais investidos, isto é,

quanto renderam os investimentos e, portanto, qual o grau de êxito econômico da empresa.”

(MATARAZZO, 2003, p. 175)

Giro do Ativo: Este quociente irá expressar o quanto o ativo girou ou se renovou

pelas vendas, compondo o retorno sobre o investimento. (IUDÍCIBUS, 1998, p. 111):

Giro do Ativo = Receitas Líquidas Ativo Total Médio

Margem Líquida: Conforme Matarazzo (2003, p. 177), indica o quanto a empresa

tem de lucro para cada R$ 100,00 vendidos. Quanto maior o índice, melhor, pois significa que

a empresa tem boa margem de lucro. O autor expõe a seguinte fórmula:

Margem Líquida = Lucro Líquido x 100 Vendas Líquidas

Rentabilidade do Investimento Total: Este índice mede a eficiência do

investimento total com base em sua rentabilidade e pode ser expresso pela seguinte fórmula,

segundo Braga (2003, p. 161):

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46

Rentabilidade do Investimento Total: Lucro Líquido do Exercício Ativo Total

Rentabilidade do Capital Próprio: Conforme Braga (2003, p. 165) este índice

mede a taxa de remuneração do capital próprio. Teoricamente, deve ser superior à taxa média

de juros do mercado, para que remunere o risco do investimento, para sócios e acionistas. O

autor sugere a seguinte fórmula:

Rentabilidade do Capital Próprio = Lucro Líquido do Exercício Patrimônio Líquido Final

O quadro 02 traz um resumo dos índices já apresentados, bem como sua fórmula e

interpretação.

Quadro 02: Quadro-resumo dos índices

SÍMBOLO ÍNDICE FÓRMULA INDICA INTERPRETAÇÃO

ESTRUTURA DE

CAPITAL

1. CT/PL

Participação de Capitais de Terceiros

(Endividamento)

Capitais de Terceiros / Patrimônio

Líquido

x 100

Quanto a empresa tomou de capitais de terceiros para

cada $100 de capital próprio

Quanto menor/melhor

2. PC/CT Composição do Endividamento

Passivo circulante/ Capitais de Terceiros

x 100

Qual o percentual de obrigações a curto prazo em

relação às obrigações totais

Quanto menor/melhor

3. AP/PL Imobilização do

Patrimônio Líquido

Ativo Permanente/ Patrimônio

Líquido

x 100

Quanto a empresa aplicou no Ativo Permanente para cada $100 de P.L.

Quanto menor/melhor

4. AP/PL+ELP Imobilização dos

Recursos Não Correntes

Ativo Permanente/ Patrimônio Líquido +

Exigível a Longo Prazo

x 100

Que percentual de Recursos não

Correntes (P.L. e Exigível a L.P.) foi destinado ao

Ativo Permanente

Quanto menor/melhor

LIQUIDEZ

5. LG Liquidez Geral

At. Circ. + Real. a LP /

Pass. Circ. + Exigível a LP

Quanto a empresa possui de Ativo

Circulante + Realizável a L.P. para cada $1,00 de dívida total.

Quanto maior/melhor

Continua...

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47

Conclusão...

6. LC Liquidez Corrente Ativo Circulante /

Passivo Circulante

Quanto a empresa possui de Ativo Circulante para cada $1,00 de

Passivo Circulante

Quanto maior/melhor

7. LS Liquidez Seca

Disponível + Tít. A Receber +

Outros Ativos de Rápida

Conversibilidade / Passivo

Circulante

Quanto a empresa possui de Ativo

Líquido para cada $ 1 de Passivo

Circulante

Quanto maior/melhor

RENTABILIDADE

8. V/AT Giro do Ativo Vendas Líquidas/

Ativo

Quanto a empresa vendeu para cada

$ 1 de investimento total

Quanto maior/melhor

9. LL/V Margem Líquida Lucro Líquido / Vendas Líquidas

x 100

Quanto a empresa obtém de lucro para cada $ 100

vendidos

Quanto maior/melhor

10. LL/AT Rentabilidade do

Ativo Lucro Líquido /

Ativo x 100

Quanto a empresa obtém de lucro para cada $ 100 de investimento

total

Quanto maior/melhor

11. LL/PL Rentabilidade do

Patrimônio Líquido

Lucro Líquido / Patrimônio

Líquido Médio x 100

Quanto a empresa obtém de lucro para cada $ 100

de capital próprio investido, em

média, no exercício

Quanto maior/melhor

Fonte: Matarazzo (2003, p. 152)

É importante ressaltar que existem diversos índices a ser trabalhados na Análise de

Balanços. Para este estudo, o critério de escolha dos índices foi pautado na utilização destes

índices pelos três principais autores estudados, confome mostra o quadro 03:

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48

Quadro 03: Utilização dos índices da análise de balanços pelos autores estudados. Autor Braga (2003) Matarazzo (2003) Iudícibus (1998)

Índices Nomenclatura Fórmula Nomenclatura Fórmula Nomenclatura Fórmula

Liquidez

Liquidez Imediata

Liquidez Instantânea (ou

Imediata)

Disponibilidades / Passivo

Circulante

Quociente de

Liquidez Imediata

Disponibilidades / Passivo

Circulante

Liquidez Corrente

Liquidez Corrente (ou

comum)

Ativo Circulante /

Passivo Circulante

Liquidez Corrente

Ativo Circulante /

Passivo Circulante

Quociente de Liquidez Corrente

Ativo Circulante /

Passivo Circulante

Liquidez Seca Liquidez Seca (teste ácido)

Ativo Circulante - Estoque/ Passivo

Circulante

Liquidez Seca

Disponível +

Aplicações Fin. +

Clientes de Rápida

Convers. Em

Dinheiro / Passivo

Circulante

Quociente de Liquidez Seco

Ativo Circulante - Estoque/ Passivo

Circulante

Liquidez Geral Liquidez Geral

(ou Total)

Ativo Cir. + Ativo Real. A L.P. /

Passivo Circ. + Passivo Real. A

L.P.

Liquidez Geral

Ativo Cir. + Ativo Real. A L.P. /

Passivo Circ. + Passivo Real. A

L.P.

Quociente de Liquidez Geral

Ativo Cir. + Ativo Real. A L.P. /

Passivo Circ. + Passivo Real. A

L.P. Estrutura de

Capital

Participação de Capitais de

terceiros sobre os recursos

totais

Quociente de Part. De Capitais

de Terceiros sobre os recursos totais

Exigível Total /

Exigível Total +

Patrimônio Líquido

Participação de Capitais de terceiros

Participação de

Capitais de terceiros

(Capitais de

Terceiros / Patrimônio Líquido)

x100

Quociente de Part. De Capitais

de Terceiros / Capitais Próprios

Exigível Total /

Patrimônio Líquido

Composição do Endividamento

Composição do Endividamento

(Passivo Circulante / Capitais de Terceiros)

x 100

Quociente de Part. Das Dívidas

de curto prazo sobre o

endividamento total

Passivo Circulante /

Exigível Total

Continua...

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49

Conclusão...

Grau de Imobilização dos Capitais

Próprios

Grau de Imobilização dos Capitais

Próprios

Ativo Permanent

e / Patrimônio

Líquido

Imobilização do Patrimônio

Líquido

(Ativo Permanent

e / Patrimônio Líquido) x

100

Imobilização dos Recursos Não Correntes

Imobilização dos Recursos Não Correntes

(Ativo Permanent

e / Patrimônio Líquido + Exigível a L.P.) x 100

Rentabilidade

Giro do Ativo Giro do Ativo Vendas

Líquidas / Ativo

Giro do Ativo Total

Receitas Líquidas /

Ativo Total Médio

Margem Líquida

Margem Líquida

(Lucro Líquido / Vendas

Líquidas) x 100

Margem Líquida

Lucro Líquido / Vendas Líquidas

Rentabilidade do Investimento

Total

Rentabilidade do Investimento

Total

Lucro Líquido do Exercício / Ativo Total

Rentabilidade do Ativo

(Lucro Líquido / Ativo) x

100

Rentabilidade do Capital

Próprio

Rentabilidade do Capital

Próprio

Lucro Líquido do Exercício / Patrimônio

Líquido Médio ou

Final

Rentabilidade do Patrimônio

Líquido

(Lucro Líquido /

Patrimônio Líquido

Médio) x 100

Fonte: Elaborado pelo autor.

2.3.3.8 Capital de Giro Próprio

Segundo Silva (2006) o capital de giro próprio é o que resta do patrimônio líquido

após o comprometimento do capital próprio com o ativo permanente mais o realizável a longo

prazo. Resumindo, o capital de giro próprio é a parcela do ativo circulante financiada com

recursos próprios.

“O Capital de Giro representa o investimento adicional que a empresa deverá

realizar, a fim de dar início a seu ciclo operacional e capacitar-se para comercializar os bens

ou serviços produzidos” (BRAGA, 2003, p. 157). O referido autor expõe a seguinte fórmula:

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50

Capital de Giro Próprio = Patrimônio Líquido – Ativo Permanente

Silva (2006) acredita que o Capital de Giro Próprio pode ser encontrado pelo

resultado do Patrimônio Líquido menos o Ativo Permanente e o Realizável a Longo Prazo.

No caso de resultado negativo, significa que os recursos próprios não foram suficientes para

cobrir as aplicações em ativos não circulantes.

Conforme Braga (2003, p. 157) “Se, na apuração do Capital de Giro Próprio, o total

do Ativo Permanente superar o montante do Patrimônio Líquido, está configurada a

deficiência de capital de giro na empresa”.

2.4 Tributos sobre preços e custos

Um dos principais aspectos a serem analisados na formação de custos e no processo

de fixação de preços no Brasil consiste na análise dos impostos incidentes nas operações de

elaboração e venda. Apesar de os tributos não serem incorporados nos custos contábeis dos

produtos, eles devem ser analisados com cuidado na formação de preços. (BRUNI; FAMÁ,

2004, p. 300)

Os tributos diretos recaem sobre a pessoa jurídica com relação pessoal e direta do

fato gerador. Incidem sobre o patrimônio e a renda, além de serem tributos de

responsabilidade pessoal, como por exemplo, o Imposto de Renda sobre Pessoa Jurídica

(IRPJ). Os tributos indiretos incidem sobre a produção e a circulação de bens e serviços e os

produtos, vendedor ou prestador de serviço os repassa para o preço. Exemplo: Imposto sobre

a circulação de mercadorias e serviços (ICMS), Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI),

Contribuição social para financiamento da seguridade social (COFINS). (FABRETTI;

FABRETTI, 2006, p. 57)

Os tributos incidem sobre o faturamento ou os lucros, e os encargos sociais incidem sobre a folha de pagamento. Portanto, na formação de preços [...] somente os tributos, considerados custos variáveis, devem ser levados em conta. Os encargos, ao contrário, são custos fixos, exceto os derivados da mão-de-obra direta. (ASSEF, 2003, p. 13)

As contribuições sociais são um misto de imposto e de taxa e incidem tanto para a

empresa como para o empregado. Para o empregador é devida a incidência sobre a folha de

pagamentos – INSS –, sobre o faturamento – COFINS – e sobre o Lucro – CSL. Já para o

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51

trabalhador, a contribuição social tem como contrapartida a garantia da Seguridade Social.

(FABRETTI; FABRETTI, 2006)

PIS/Pasep: De acordo com a Lei nº 10.637 de 30 de dezembro de 2002, a

contribuição para o PIS/Pasep tem como base de cálculo o faturamento mensal, a qual é

aplicada a alíquota de 1,65% a título de contribuição.

COFINS: A COFINS – Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social –

com incidência não-cumulativa também tem como base de cálculo o faturamento mensal,

com alíquota incidente de 7,6%, conforme a Lei nº 10.833 de 29 de dezembro de 2003.

Existe um conjunto de benefícios para algumas empresas da área agrícola

denominado "desoneração tributária", que ocorre em toda a cadeia produtiva,

atingindo desde os insumos para produção até o produto colhido e comercializado, como soja

e milho, por exemplo.

Dentre tantas normas que regulamentam essa desoneração tributária, destaca-se a

Lei nº 10.925 de 23 de julho de 2004, que reduz à zero a tributação do PIS/PASEP (Programa

de Integração Social) e da COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade

Social) para adubos, fertilizantes, defensivos agropecuários, sementes e mudas, além de

suspender a exigibilidade dos mesmos tributos sobre a venda de cereais em geral.

CSLL: Segundo Assef (2003, p. 31), para as empresas sob o regime de lucro real, a

alíquota da CSLL é de 9% sobre o lucro líquido ajustado auferido, podendo ser calculada

desta maneira:

CSLL = (Lucro antes do IR x 9%)

IPI: De acordo Assef (2003) a ocorrência do fato gerador do IPI é devida à

importação ou à operações internas, na saída de um produto industrial. Incide sobre o preço de

venda total e as alíquotas são variáveis por produto. Gera direito a créditos em grande parte

das operações com bens industriais, como no caso de o produto adquirido for utilizado

posteriormente como insumo na fabricação de outro bem ou para a revenda. Já se o produto se

destinar ao imobilizado ou ao consumo final, não gera direito a crédito.

ICMS: Sobre o ICMS, Bruni; Famá (2004, p. 303) afirmam que: “Sua incidência

ocorre sobre o preço de venda, cobrado ‘por dentro’. Ou seja, no preço de venda do produto

(base de cálculo), já se encontra embutido o valor do ICMS incidente”. Além disso, é um

imposto em que existe a possibilidade de aproveitar os créditos gerados em cada etapa da

comercialização.

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52

O mesmo autor sugere um exemplo interessante:

Se o preço de venda sem o ICMS de um produto for igual a R$ 100,00 e supondo

uma alíquota de ICMS de 18%, para achar o preço de venda com o ICMS incluso é necessário

fazer uma regra de três:

Preço de venda sem ICMS está para (1-18%)

Preço de venda com ICMS está para 100%

Portanto, o preço de venda com ICMS seria R$ 100,00 / (1 - 0,18) = R$ 121,95.

Então, o valor do ICMS calculado sobre o preço seria de 18% x R$ 121,95 = R$ 21,95 e o

preço de venda sem o ICMS é igual ao valor original, ou seja, R$ 121,95 – R$ 21,95 = R$

100,00.

Supondo a compra e venda de calçados, numa operação dentro do próprio estado,

com alíquota de 18%, segundo Assef (2003, p. 17):

Preço de Venda: R$ 100,00

Custo da mercadoria: R$ 50,00

Débito do ICMS: R$ 100,00 x 18% = (R$ 18,00)

Crédito do ICMS: R$ 50,00 x 18% = R$ 9,00

Saldo do ICMS a pagar: Débito – Crédito = (R$ 18,00) – R$ 9,00 = (R$ 9,00)

Já se a mercadoria fosse originada de outro estado, por exemplo, do Sudeste para o

Norte, o crédito do ICMS seria de apenas 7%, ou seja, R$ 3,50.

O quadro 04 mostra as principais alíquotas de ICMS vigentes no Brasil:

Quadro 04: Principais Alíquotas de ICMS

Origem Destino Alíquota (%)

Estado A Estado A 18 ou 17

Sul, Sudeste Sul, Sudeste 12

Sul, Sudeste Norte, Nordeste, Centro-Oeste e

Espírito Santo

7

Norte, Nordeste, Centro-Oeste e

Espírito Santo

Sul, Sudeste 12

Norte, Nordeste, Centro-Oeste e

Espírito Santo

Norte, Nordeste, Centro-Oeste e

Espírito Santo

7

Exportação 0

Fonte: Assef (2003, p. 17)

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53

Porte das Empresas: as empresas podem ser enquadradas em diferentes portes de

acordo com seu faturamento anual. As micro e pequenas empresas são enquadradas de acordo

com a Lei Complementar nº. 123, de 14 de dezembro de 2006.

Micro empresa: para ser uma microempresa - o empresário, a pessoa jurídica, ou a

ela equiparada – deve auferir, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$

240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais).

Pequeno Porte: Para ser classificada empresa de pequeno porte - o empresário, a

pessoa jurídica, ou a ela equiparada – deve auferir, em cada ano-calendário, receita bruta

superior a R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 2.400.000,00

(dois milhões e quatrocentos mil reais).

As empresas de grande e médio porte são enquadradas de acordo com a Resolução

RDC nº. 222, de 28 de dezembro de 2006:

Empresa de Médio Porte - grupo III: empresa com faturamento anual bruto igual ou

inferior a R$ 20.000.000,00 (vinte milhões de reais) e superior a R$ 6.000.000,00 (seis

milhões de reais);

Empresa de Médio Porte - grupo IV: empresa com faturamento anual bruto igual ou

inferior a R$ 6.000.000,00 (seis milhões de reais);

Empresa de Grande Porte - grupo II: empresa com faturamento anual bruto igual ou

inferior a R$ 50.000.000,00 (cinqüenta milhões de reais) e superior a R$ 20.000.000,00 (vinte

milhões de reais);

Empresa de Grande Porte - grupo I: empresa com faturamento anual bruto superior a

R$ 50.000.000,00 (cinqüenta milhões de reais).

Imposto de Renda: O Decreto 3.000/1999 instituiu o Regulamento do Imposto de

Renda - RIR/99 - que determina que as Pessoas Jurídicas, por opção ou por determinação

legal, são tributadas pelo IR por uma das seguintes formas:

Lucro Real: O imposto será determinado com base no lucro real, presumido ou

arbitrado, por períodos de apuração trimestrais, encerrados nos dias 31 de março, 30 de junho,

30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano-calendário. À opção do contribuinte, o lucro

real também pode ser apurado por período anual.

Lucro real significa o lucro líquido do período de apuração ajustado pelas adições,

exclusões ou compensações prescritas ou autorizadas pelo Regulamento. A determinação do

Lucro Real será precedida da apuração do lucro líquido de cada período de apuração.

Os artigos 246 ao 515 do RIR/99 determinam a sistemática da tributação pelo Lucro

Real. São apresentadas algumas condições que obrigam as pessoas jurídicas a este tipo de

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tributação, como a receita bruta total, no ano calendário anterior, ser superior a 48 milhões de

reais ou a 4 milhões de reais por mês de atividade. Mesmo a pessoa jurídica não estando

sujeita a obrigatoriedade da tributação pelo lucro real, ela pode apurar seus resultados

tributáveis com base neste tipo de tributação.

Lucro Presumido: O RIR/99 autoriza as pessoas jurídicas cuja receita bruta total, no

ano-calendário anterior, tenha sido igual ou inferior a vinte e quatro milhões de reais, ou a

dois milhões de reais multiplicada pelo número de meses de atividade no ano-calendário

anterior, quando inferior a doze meses, a optar pelo regime de tributação com base no lucro

presumido.

Lucro Arbitrado: De acordo com a Receita Federal, o arbitramento de lucro é uma

forma de apuração da base de cálculo do imposto de renda utilizada pela autoridade tributária

ou pelo contribuinte. É aplicável pela autoridade tributária quando a pessoa jurídica deixar de

cumprir as obrigações acessórias relativas à determinação do lucro real ou presumido,

conforme o caso.

Os percentuais a serem aplicados sobre a receita bruta, no caso do IRPJ, quando

conhecida, são os mesmos aplicáveis para o cálculo da estimativa mensal e do lucro

presumido, acrescidos de 20%, exceto quanto ao fixado para as instituições financeiras,

segundo o RIR/99, art. 532 e 533.

Simples: Neste caso, a microempresa ou empresa de pequeno porte podem optar pelo

Simples Nacional ou Super Simples, instituído em 01.07.2007, desde que a empresa não

apresente nenhuma das situações impeditivas previstas na legislação do Simples Nacional.

O Simples Nacional implica o recolhimento mensal, mediante documento único de

arrecadação, dos seguintes tributos: Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ);

Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI); Contribuição Social sobre o Lucro Líquido

(CSLL); Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS); Contribuição

para o PIS/Pasep; Contribuição para a Seguridade Social (cota patronal); Imposto sobre

Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Sobre Prestações de Serviços de

Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS); Imposto sobre Serviços

de Qualquer Natureza (ISS).

Fazer o recolhimento mensal de todos estes tributos em um único documento

representa a diminuição da papelada e da burocracia. Além do que, o Simples Nacional

estabelece normas gerais relativas ao tratamento tributário diferenciado e favorecido a ser

dispensado às microempresas e empresas de pequeno porte no âmbito da União, dos Estados,

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55

do Distrito Federal e dos Municípios, mediante regime único de arrecadação, inclusive

obrigações acessórias, segundo a Lei complementar nº. 123/2006.

2.5 Agroindústria

Segundo a IFA – Associação Internacional da Indústria de Fertilizantes - (2000) o

Brasil é um dos poucos países com grande potencial para aumentar a produção agrícola no

contexto mundial, tanto pelo aumento de produtividade como pela expansão da área plantada.

Assim, contribui para uma maior oferta de alimentos para o mundo, bem como atende a sua

crescente demanda interna.

O conceito de Agronegócio, segundo Batalha (2007, p. 05), pode ser definido como a

soma das operações de produção e distribuição de suprimentos agrícolas, das operações de

produção nas unidades agrícolas, do armazenamento, processamento e distribuição dos

produtos agrícolas e itens produzidos a partir deles.

“As agroindústrias são as unidades empresariais onde ocorrem as etapas de

beneficiamento, processamento e transformação de produtos agropecuários in natura até a

embalagem, prontos para a comercialização”. (ARAÚJO, 2005, p. 93)

Para Callado (2005, p. 02) no setor rural existem três categorias de atividades. A

atividade rural compreende as culturas, enquanto que a atividade zootécnica compreende as

criações de animais. Já a atividade agroindustrial engloba o beneficiamento dos produtos

agrícolas, transformando os produtos zootécnicos e os produtos agrícolas.

Existem dois grupos distintos de agroindústria: as alimentares e as não alimentares.

No caso das agroindústrias não alimentares os procedimentos industriais são semelhantes aos

de outras indústrias, mas com mais atenção ao abastecimento de matérias-primas e às cadeias

produtivas. No caso de agroindústrias alimentares deve-se ter um maior cuidado e atenção

com a segurança alimentar dos consumidores. (ARAÚJO, 2005)

A cadeia de produção agroindustrial pode ser dividida em três macrossegmentos -

podendo variar segundo o tipo de produto e do objetivo da análise - de acordo com Batalha

(2007):

• Comercialização: contato com o cliente final e viabilização do consumo dos produtos

finais.

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56

• Industrialização: transformação das matérias-primas em produtos finais destinados ao

consumidor.

• Produção de matérias-primas: processo de produção do produto final.

As bolsas de mercadorias, como a Bolsa de Mercados e Futuros (BM&F) e a Bolsa

Brasileira de Mercadorias (BBM) fornecem apoio logístico à comercialização de produtos

agropecuários por meio de pregões, no mercado à vista e no mercado de futuros (ARAÚJO,

2005)

Conforme Callado (2005) a produção agrícola geralmente apresenta alguma

sazonalidade na produção com períodos de safra e de entressafra, devido às condições

climáticas de cada região. Os preços também estão sujeitos a fortes oscilações, por

desequilíbrios entre oferta e demanda.

Os solos brasileiros, em geral, apresentam algumas deficiências que podem ser

corrigidas através dos corretivos agrícolas, como os calcários agícolas (Óxido de Magnésio –

MgO – e Óxido de Cálcio – CaO) e os adubos ou fertilizantes – Potássio, Cálcio, Zinco,

Ferro, Fósforo, Magnésio, entre outros. Os fertilizantes podem ser usados tanto como

corretivos, quanto em adubações de manutenção das culturas. (ARAÚJO, 2005)

De acordo com a IFA – Associação Internacional da Indústria de Fertilizantes (2000,

p. 11): “Fertilizantes minerais são materiais, naturais ou manufaturados, que contêm

nutrientes essenciais para o crescimento normal e o desenvolvimento das plantas”. Ainda de

acordo com o autor, os fertilizantes, junto com a água são os insumos agrícolas que mais

contribuem para o aumento da produção agrícola.

Callado (2005) acredita que a contabilidade de custos está presente nas

agroindústrias principalmente para atender a legislação vigente, mas sem objetivos gerenciais.

No entanto, para que sejam competitivas, é crucial que as agroindústrias disponham de

serviços contábeis mais especializados e voltados para suas características particulares.

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57

3. DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA DE CAMPO

3.1 Caracterização da Organização

A empresa Agro Industrial São Luiz Ltda (AGRITER) foi fundada em 1993, na

cidade de Paranaguá, com a iniciativa de Luiz Alberto Boni. O empreendedor já está no

mercado de produtos agrícolas desde 1977, sendo que mantém ligações com outras empresas

relacionadas ao agronegócio.

Com a escolha de Paranaguá, buscou-se uma localização estratégica - próxima ao

porto - planejando assim uma gama de benefícios, como rapidez do recebimento da matéria-

prima e facilidade para o escoamento para os estados de Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso

e Goiás, por se tratar de grandes centros produtores nacionais. O Porto de Paranaguá permite,

por sua localização, uma perfeita combinação para a exportação de cereais e a importação de

fertilizantes.

Desde a sua fundação, a empresa contava com a Matriz em Paranaguá, porém, em

2006, transferiu sua sede para Balneário Camboriu, com o objetivo de centralizar os serviços

administrativos e os controles fiscais, contábeis e financeiros. Cabe ressaltar que a empresa

ficou cerca de dez anos com pouca movimentação, no entanto, em 2005, passou a realizar

maior número de operações e a faturar mais.

A empresa atua no fornecimento de insumos agrícolas e assistência técnica aos

produtores de feijão, tomate industrial, ervilha, algodão, milho grão, milho verde industrial,

arroz, trigo e soja. Com isto, está contribuindo, não somente para uma maior oferta de

alimentos no contexto mundial, mas, também para atender a crescente demanda interna.

Utilizando comercialmente a marca AGRITER, tradicional no mercado de sementes

de cereais e fertilizantes, a Agro Industrial São Luiz Ltda têm unidades de negócios visando a

assistência adequada aos clientes. Possui sete filiais, além da matriz:

Paranaguá: antiga Matriz, conta com cerca de vinte funcionários fixos, contratando

em períodos de safra terceirizados e avulsos. No âmbito dos cereais, realiza a compra no

mercado interno, podendo revendê-los ao mercado interno ou exportá-los. Em relação aos

fertilizantes, importa a matéria-prima, mistura com outras matérias-primas nacionais e vende

ao mercado interno. Seu organograma pode ser assim visualizado:

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58

Figura 03: Organograma da Filial Paranaguá

Fonte: Elaborado pelo autor.

Abaixo, é possível analisar algumas fotos de Paranaguá:

Figura 04: Escritório e Portaria da filial

Fonte: Agro Industrial São Luiz LTDA.

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Figura 05: Armazém e Maquinário de Ensaque

Fonte: Agro Industrial São Luiz LTDA.

Figura 06: Entrada para os armazéns

Fonte: Agro Industrial São Luiz LTDA.

Marmeleiro: Atua no comércio de insumos agrícolas, cereais, sementes e

fertilizantes. Conta com sete funcionários, conforme pode ser visualizado no organograma a

seguir:

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Figura 07: Organograma da Filial Marmeleiro

Fonte: Elaborado pelo autor.

A seguir, fotos do armazém da filial e do seu armazém:

Figura 08: Armazém de Marmeleiro

Fonte: Agro Industrial São Luiz LTDA.

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Figura 09: Armazém de Marmeleiro

Fonte: Agro Industrial São Luiz LTDA. Figura 10: Escritório de Marmeleiro

Fonte: Agro Industrial São Luiz LTDA.

Almirante Tamandaré: Fábrica de matérias-primas utilizadas para a mistura de

fertilizantes. No início de 2008 foi vendida, pois se acreditou que seria mais viável econômica

e operacionalmente para a empresa comprar os fertilizantes de terceiros do que manter uma

unidade para este fim. Esta filial contava com cerca de vinte funcionários e seu organograma

pode ser assim demonstrado:

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62

Figura 11: Organograma da Filial Almirante Tamandaré.

Fonte: Elaborado pelo autor.

Brasnorte: Fazenda com plantio de insumos agrícolas, cereais e sementes. Além do

Gerente Administrativo e do Gerente de Campo, emprega em média quatorze empregados. O

seu organograma pode ser analisado a seguir:

Figura 12: Organograma da Filial Brasnorte.

Fonte: Elaborado pelo autor.

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A seguir, foto da fazenda:

Figura 13: Máquinas Colheitadeiras em Brasnorte/MT.

Fonte: Agro Industrial São Luiz LTDA.

Balneário Camboriú: Matriz e centro administrativo e contábil. Estão localizados o

Departamento de Pessoal, Financeiro, Comercial, Contábil e a Diretoria, totalizando assim

dez funcionários atualmente. No entanto, como o ano de estudo é 2007, contava apenas com

quatro funcionários e mais dois proprietários. O seu organograma pode ser analisado a seguir:

Figura 14: Organograma Geral da Matriz.

Fonte: Elaborado pelo autor.

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64

As outras filiais não mencionadas não possuem funcionários, pois fazem transações

agrícolas ou comerciais irrelevantes, então não serão detalhadas neste momento. O mapa a

seguir demonstra a localização das filiais e matriz da Agro Industrial São Luiz LTDA pelo

Brasil.

Figura 15: Localização das Filiais

Fonte: Agro Industrial São Luiz LTDA.

Os seus maiores clientes são Bunge Alimentos, Sadia S/A, Goiás Verde Alimentos e

Inlogs Logística Ltda. Os principais fornecedores são Capal Cooperativa Agroindustrial, Agro

Regional Importadora e Exportadora Comércio de Cereais, Dal Fértil Comércio e

Representação de Insumos Agrícolas. Bunge Alimentos, Mosaic e Fertipar podem ser

considerados os grandes concorrentes da empresa.

Os principais produtos vendidos são produtos agrícolas, com participação de 66,10%

no faturamento e Fertilizantes e insumos agrícolas, com participação de 29,23% no

BRASNORTE/MT

CANARANA/MT

MARMELEIRO/PR

ALM TAMANDARÉ/PR

BALN CAMBORIÚ/SC

XANXERÊ/SC

PARANAGUÁ/PR

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65

faturamento. Os demais produtos somam um total de 0,16%. Existe ainda, um percentual de

4,51% em relação aos serviços prestados. Cabe ressaltar que tais serviços são realizados

eventualmente, a título de arrendamento agrícola, administração de negócios de terceiros e

outros serviços diversos.

Os produtos comercializados pela empresa podem ser divididos em produtos

agrícolas e adubos e fertilizantes. Os produtos agrícolas são principalmente milho e soja, mas

também é comercializado feijão, arroz, cevada, algodão.

Alguns fertilizantes, adubos, defensivos agrícolas e corretivos de solo são: Cloreto de

Potássio, Sulfato de Amônia, Uréia, Nitrato de Amônio, Super Simples, Nitrato de Potássio,

Copermix Granulado, Superfosfato simples e triplo, Adubo orgânico mineral, Boro, Calcário

Agrícola, Herbicidas, entre outros.

O processo de comercialização de Cereais envolve a obtenção do cereal, seja por

compra de terceiros ou por produção própria, o gerenciamento de sua logística – frete – e sua

venda ao mercado interno ou externo. Cerca 85% dos cereais são comprados de comerciantes

e 15% têm origem na produção própria, na fazenda de Brasnorte – MT. Algumas operações

de comercialização são realizadas na BM&F – Bolsa de Mercadorias & Futuros, que tem

como vantagem o hedge, ou seja, a proteção contra oscilações de mercado.

Em relação aos fertilizantes, a empresa importa matéria-prima de fornecedores pré-

estabelecidos e tem duas opções, ou revender no mercado interno, ou transformá-la em

fertilizantes. Todas as mercadorias importadas/exportadas têm destino inicial em Paranaguá.

O seu maior objetivo para os próximos anos é diminuir a participação dos cereais no

faturamento da empresa e aumentar a participação dos fertilizantes.

A empresa exporta produtos agrícolas pelo fato de haver muita oferta no Brasil,

portanto parte da produção tem que ser destinada a outros mercados consumidores. Já em

relação aos fertilizantes, esta situação é oposta, pois a empresa tem que buscar no mercado

externo matéria-prima para os fertilizantes.

A grande maioria dos produtos movimentados pela empresa possui benefícios

relativos a alguns tributos federais, ou seja, a "desoneração tributária", conforme consta na

fundamentação teórica.

Pode ser considerada uma empresa de porte médio, uma vez que fatura em torno de

17 milhões de reais anuais. Em relação ao IRPJ (Imposto de Renda Pessoa Jurídica) e à CSLL

(Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) a empresa está sujeita à tributação normal, já que

apura e paga os referidos tributos pelo regime de Lucro Real.

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66

3.2 Resultados da Pesquisa

Neste tópico será apresentado o Balanço Patrimonial da empresa - dividido em Ativo

e Passivo - e a Demonstração do Resultado do Exercício, ambos com a análise vertical e

horizontal. O ano de 2007 será o ano analisado, mas 2006 também constará nas

demonstrações para que seja possível verificar a evolução dos resultados de 2006 para 2007.

Para complementar as análises, serão apresentados os índices da análise de balanços,

bem como o ponto de equilíbrio, a margem de contribuição e a margem de segurança de 2006

e 2007.

A partir disso, a pesquisa vai se concentrar apenas no ano de 2007. Serão

apresentados alguns gráficos em relação aos produtos vendidos e às atividades realizadas pela

empresa no ano. Em seguida, serão apresentadas as Demonstrações de Resultado do Exercício

referentes às filiais da empresa, bem como o ponto de equilíbrio, margem de contribuição e

margem de segurança por filial e por produto.

É importante ressaltar que a empresa apresenta a sua DRE de forma consolidada,

portanto, sem especificar as filiais. Com base nos lançamentos contábeis do sistema, chegou-

se ao resultado de cada filial.

3.2.1 Balanço Patrimonial

O Balanço Patrimonial será analisado vertical e horizontalmente, em relação ao

exercício de 2006 e 2007, conforme mostra a tabela 01.

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Tabela 01: Análise Vertical e Horizontal do Ativo de 2006 e 2007. BALANÇO PATRIMONIAL LEVANTADO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2007 E 2006

A T I V O

Valores em R$ DESCRIÇÃO

31.12.2006 Análise Vertical

Análise Horiz. 31.12.2007 Análise

Vertical Análise Horiz.

CIRCULANTE 4.564.431,59 10,39% 100% 9.607.403,72 20,06% 210,48%

DISPONIBILIDADES 66.886,74 0,15% 100% 1.011.840,23 2,11% 1512,77% Caixa geral 17.133,48 0,04% 100% 1.875,37 0,00% 10,95%

Bancos conta movimento 49.753,26 0,11% 100% 1.009.964,86 2,11% 2029,95%

VALORES A RECEBER 2.056.575,54 4,68% 100% 2.616.735,50 5,46% 127,24%

Clientes 1.584.612,25 3,61% 100% 2.298.375,75 4,80% 145,04%

Aplicações financeiras 1.115,16 0,00% 100% 26.525,03 0,06% 2378,59%

Adiantamentos 151.903,03 0,35% 100% 28.533,36 0,06% 18,78%

Impostos a recuperar 318.945,10 0,73% 100% 263.301,36 0,55% 82,55%

ESTOQUES 646.874,71 1,47% 100% 3.579.041,15 7,47% 553,28% Produtos agrícolas 60.000,00 0,14% 100% 192.907,41 0,40% 321,51%

Bens de venda e fornec. 232.329,28 0,53% 100% 147.746,57 0,31% 63,59%

Matéria prima e mat. direto 17.904,97 0,04% 100% 91.255,79 0,19% 509,67%

Compra para entrega futura - 100% 167.186,00 0,35%

Produtos Agr. em depósito - 100% 430.469,07 0,90%

Insumos em depósito - 100% 2.213.070,00 4,62%

Almoxarifado 336.640,46 0,77% 100% 336.406,31 0,70% 99,93%

DESPESAS DO EX. SEG. 1.794.094,60 4,08% 100% 2.399.786,84 5,01% 133,76%

Prêmios de seguros a aprop.

34.495,56 0,08% 100% 27.202,39 0,06% 78,86%

Calagem e adubação 31.829,40 0,07% 100% - 0,00%

Culturas em formação 1.279.655,88 2,91% 100% 1.643.514,93 3,43% 128,43%

Encargos fin. a apropriar 447.736,66 1,02% 100% 728.731,84 1,52% 162,76%

Outros 377,10 0,00% 100% 337,68 0,00% 89,55%

REALIZÁVEL A L.P. 1.365.178,27 3,11% 100% 1.519.562,01 3,17% 111,31% REALIZÁVEL A L.P. 1.365.178,27 3,11% 100% 1.519.562,01 3,17% 111,31% Depósitos judiciais 1.360.477,61 3,10% 100% 1.517.653,68 3,17% 111,55%

Tributos a recuperar 4.700,66 0,01% 100% 1.908,33 0,00% 40,60%

PERMANENTE 37.357.613,22 85,06% 100% 36.752.332,35 76,73% 98,38% INVESTIMENTOS 200,00 0,00% 100% 10.520.930,00 21,96% 5260465%

Participações acionárias 200,00 100% - 0,00%

IMOBILIZADO 37.357.413,22 85,06% 100% 26.231.402,35 54,76% 70,22% Bens em uso 39.321.822,15 89,53% 100% 28.901.633,93 60,34% 73,50%

(-) Depreciação acum. (1.964.408,93) -4,47% 100% (2.670.231,58) -5,57% 135,93%

COMPENSAÇÃO 633.450,70 1,44% 100% 19.752,88 0,04% 3,12% COMPENSADO 633.450,70 100% 19.752,88 Produtos em depósito 633.450,70 100% 19.752,88

TOTAL DO ATIVO 43.920.673,78 100% 100% 47.899.050,96 100% 109,06%

Fonte: Adaptado do Departamento Contábil da Agro Industrial São Luiz LTDA.

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A partir da análise vertical e horizontal do Ativo, percebe-se que, em 2007, o Ativo

Circulante teve maior relevância dentro do Ativo Total, principalmente pelo aumento das

Disponibilidades e dos Estoques. Os Valores a receber e as Despesas do exercício seguinte

tiveram um pequeno aumento na participação do Ativo em relação a 2006. O Ativo Realizável

a Longo Prazo continuou com quase a mesma proporção dentro do Ativo no ano de 2007.

O Ativo Permanente diminuiu em 2007, em razão da diminuição do Imobilizado,

com valor menor de Bens em Uso, enquanto que os Investimentos aumentaram

extraordinariamente em 2007, já que foi investido R$ 10.520.730,00 em uma outra empresa

do grupo.

Em 2006 o Ativo Permanente representava 85,06% do Ativo, sendo este valor

integralmente devido ao Imobilizado. Já em 2007, a participação do Ativo Permanente no

Ativo reduziu, significando 76,73% deste, sendo que os Investimentos passaram a ter

relevância, com 21,96% e o Imobilizado com 54,76%, o que representa uma redução desta

conta em relação a 2006.

A análise do Passivo pode ser feita a partir da tabela 02:

Tabela 02: Análise Vertical e Horizontal do Passivo de 2006 e 2007. BALANÇO PATRIMONIAL LEVANTADO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2007 E 2006

P A S S I V O

Valores em R$ DESCRIÇÃO

31.12.2006 Análise Vertical

Análise Horiz. 31.12.2007 Análise

Vertical Análise Horiz.

CIRCULANTE 5.199.388,82 11,84% 100% 19.635.024,31 40,99% 377,64%

EXIGÍVEL A C.P. 5.199.388,82 11,84% 100% 19.635.024,31 40,99% 377,64%

Fornecedores mercado int. 2.147.315,96 4,89% 100% 1.346.433,66 2,81% 62,70%

Fornecedores mercado ext. - 100% -

Financiamentos 1.029.625,02 2,34% 100% 1.057.108,50 2,21% 102,67%

Obrigações trab. e sociais 101.714,61 0,23% 100% 240.061,18 0,50% 236,01%

Tributos a recolher 16.056,15 0,04% 100% 111.392,81 0,23% 693,77%

Obrigações tribut. - PAES 282.192,12 0,64% 100% 295.904,99 0,62% 104,86%

Adiantamentos de clientes 795.868,58 1,81% 100% 13.920.695,21 29,06% 1749,12%

Outras contas a pagar 138.914,98 0,32% 100% 19.888,89 0,04% 14,32%

Produtos Agr. em depósito - 430.469,07 0,90%

Insumos em depósito - 2.213.070,00 4,62%

Provisão p/ rep. de estoque 687.701,40 1,57% 100% - 0,00%

EXIGÍVEL A L. P. 13.831.830,37 31,49% 100% 4.083.985,92 8,53% 29,53% EXIGÍVEL A L. P. 13.831.830,37 31,49% 100% 4.083.985,92 8,53% 29,53%

Financiamentos 10.846.771,73 24,70% 100% 1.475.103,08 3,08% 13,60%

Obrigações tribut. - PAES 2.985.058,64 6,80% 100% 2.608.882,84 5,45% 87,40%

Continua...

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Conclusão... PATRIMÔNIO LÍQUIDO 24.256.003,89 55,23% 100% 24.160.287,84 50,44% 99,61%

CAPITAL SOCIAL INTEG. 27.035.618,00 61,56% 100% 27.035.618,00 56,44% 100,00%

Capital social 27.035.618,00 61,56% 100% 27.035.618,00 56,44% 100,00%

RESERVAS - -

Reservas de correção monet.

- -

LUCROS/PREJUÍZOS AC. (2.779.614,11) -6,33% 100% (2.875.330,16) -6,00% 103,44%

Prejuízos de exerc. anteriores

(2.108.707,70) -4,80% 100% (2.779.614,11) -5,80% 131,82%

Prejuízos líquido do exerc. (670.906,41) -1,53% 100% (95.716,05) -0,20% 14,27%

COMPENSAÇÃO 633.450,70 1,44% 100% 19.752,88 0,04% 3,12%

COMPENSADO 633.450,70 1,44% 100% 19.752,88 0,04% 3,12%

Produtos em depósito 633.450,70 1,44% 100% 19.752,88 0,04% 3,12% TOTAL DO PASSIVO 43.920.673,78 100% 100% 47.899.050,95 100% 109,06%

Fonte: Adaptado do Departamento Contábil da Agro Industrial São Luiz LTDA.

A partir da análise vertical e horizontal do Passivo, é visível o grande aumento do

Passivo Circulante, principalmente na conta “Adiantamentos de Clientes”. É importante

informar que a empresa, quando indagada sobre o aumento extraordinário desta conta,

rastreou os dados do sistema e verificou que na verdade houve um erro na classificação das

contas do Passivo, sendo que o valor dos Financiamentos deveria ser o valor da conta

Adiantamento de Clientes e vice-versa.

Ao fazer uma relação com o Ativo Circulante, percebe-se que, apesar de o Ativo

Circulante ter evoluído em 2007, o Passivo Circulante evoluiu muito mais, com uma

diferença de R$ 10.027.620,59, ou seja, há a existência de um Capital Circulante Líquido

negativo, o que é bastante preocupante. Se a empresa não tivesse realizado os investimentos

de mais de R$ 10 milhões em outra empresa do grupo, provavelmente não haveria este CCL

negativo.

É possível afirmar que a empresa não tem saldo para pagar suas dívidas de curto

prazo, pois apresenta Capital Circulante Líquido negativo em ambos os anos. Em 2006 a

diferença entre o Ativo Circulante e o Passivo Circulante era igual a R$ (634.957,23) e em

2007 foi igual a R$ (10.027.620,59).

As obrigações exigíveis a longo prazo caíram drasticamente em 2007, o que sinaliza

que as dívidas de longo prazo do ano de 2006 passaram para dívidas de curto prazo em 2007.

Um aspecto positivo é que em 2007 a empresa não contraiu um alto valor de dívidas de longo

prazo.

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Em relação ao total de dívidas, ou seja, de curto e de longo prazo, a empresa também

não demonstra ter capacidade de arcar com estes compromissos. Enquanto que em 2007 o

Ativo Circulante mais o Realizável a longo prazo era de R$ 11.126.965,73, o Exigível Total

foi de R$ 23.719.010,23. Em 2006, o Ativo Circulante mais o Realizável a longo prazo foi

igual a R$ 5.929.609,86 e o Exigível total igual a R$ 19.031.219,19.

Verifica-se que os capitais de terceiros têm grande participação no Passivo, nos dois

anos analisados, mas principalmente em 2007. O valor do Capital de Giro Próprio – CGP –

evidencia que em ambos os anos o Ativo Permanente é financiado não só por capitais

próprios, mas também por capitais de terceiros. Em 2006 o CGP foi igual a R$

(13.101.609,33) e em 2007 igual a R$ (12.592.044,51). Ou seja, a situação do Capital de Giro

Próprio é deficitária na empresa, pois como o Ativo Permanente é financiado em parte por

capital de terceiros, não há sobra de recursos próprios para aplicar no Ativo Circulante.

Em 2007, o Patrimônio Líquido teve uma ligeira redução em relação a 2006, sendo

que o Capital Social Integralizado e as Reservas permaneceram intactas. A conta

“Lucros/Prejuízos Acumulados” aumentou em 2007, devido ao fato de o prejuízo do exercício

de 2006 ter sido bem significativo. Os produtos em depósito tiveram drástica redução em

2007.

3.2.2 Demonstração do Resultado do Exercício

A tabela 03 expõe a Demonstração do Resultado do Exercício de 2006 e de 2007 da

empresa, bem como sua análise vertical e horizontal:

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Tabela 03: Análise Vertical e Horizontal da DRE.

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO ENCERRADO EM 31 DE DEZEM BRO DE 2007 E 2006

D R E

DESCRIÇÃO 31.12.2006 Análise Vertical

Análise Horiz.

31.12.2007 Análise Vertical

Análise Horiz.

RECEITA OPERAC. BRUTA 15.053.921,04 - 100,0% 17.030.966,84 - 113,13% Receitas c/ vendas - M.Interno 13.913.604,36 - 100,0% 10.673.438,75 - 76,71%

Receitas c/ vendas - M.Externo 1.017.836,68 - 100,0% 5.589.994,85 - 549,20%

Receitas c/ serviços 122.480,00 - 100,0% 767.533,24 - 626,66% - ( - ) DEDUÇÃO DA RECEITA OP. BRUTA 77.207,55 - 100,0% 126.043,24 - 163,25%

Devol. s/ vendas - M.Interno 1.557,90 - 100,0% 48.600,00 - 3119,58%

Devol. s/ vendas - M.Externo - - -

Tributos s/ receitas - M.Interno 49.479,87 - 100,0% 5.394,42 - 10,90%

Tributos s/ receitas - M.Externo - - -

Tributos s/ receitas de serviços 26.169,78 - 100,0% 72.048,82 - 275,31%

RECEITA OPERAC. LÍQUIDA 14.976.713,49 100,00% 100,0% 16.904.923,60 100,00% 112,87% ( - ) CUSTOS DAS VENDAS E SERVIÇOS 12.672.999,63 84,62% 100,0% 12.471.953,54 73,78% 98,41%

Com vendas - M.Interno 12.002.542,54 80,14% 100,0% 6.375.160,10 37,71% 53,12%

Com vendas - M.Externo 670.457,09 4,48% 100,0% 5.457.373,67 32,28% 813,98%

Com serviços - 639.419,77 3,78%

RESULTADO OP. BRUTO 2.303.713,86 15,38% 100,0% 4.432.970,06 26,22% 192,43%

( - ) DESPESAS OPERAC. 3.786.226,49 25,28% 100,0% 4.761.257,26 28,16% 125,75%

Despesas administrativas 1.767.038,71 11,80% 100,0% 2.189.425,45 12,95% 123,90%

Despesas com Comercialização 810.410,59 5,41% 100,0% 1.053.125,97 6,23% 129,95%

Despesas c/ pessoal 1.067.739,49 7,13% 100,0% 1.284.386,13 7,60% 120,29%

Despesas indedutíveis 684,64 0,00% 100,0% 2.587,52 0,02% 377,94%

Despesas tributárias 140.353,06 0,94% 100,0% 231.732,19 1,37% 165,11%

RESULTADO FINANCEIRO 805.622,57 5,38% 100,0% 248.742,93 1,47% 30,88% Receitas financeiras 942.495,19 6,29% 100,0% 701.521,16 4,15% 74,43%

( - ) Despesas financeiras (793.510,55) -5,30% 100,0% (639.468,27) -3,78% 80,59%

Outras receitas operacionais 659.718,80 4,40% 100,0% 190.533,61 1,13% 28,88%

(-) Outras despesas operacionais (3.080,87) -0,02% 100,0% (3.843,57) -0,02% 124,76%

RESULTADO OP. LÍQUIDO (676.890,06) -4,52% 100,0% (79.544,27) -0,47% 11,75%

RESULTADO NÃO OPERAC. 5.983,65 0,04% 100,0% (16.171,77) -0,10% -270,27%

Receitas não operacionais 10.727,19 0,07% 100,0% 85.000,00 0,50% 792,38%

( - ) Despesas não operacionais 4.743,54 0,03% 100,0% (101.171,77) -0,60% -2132,83%

RESULTADO ANTES DA PROV. DOS IMPOSTOS (670.906,41) -4,48% 100,0% (95.716,04) -0,57% 14,27%

Provisão para imposto de renda - -

Continua...

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72

Conclusão... Provisão para contrib. social - -

RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO (670.906,41) -4,48% 100,00% (95.716,04) -0,57% 14,27%

Fonte: Adaptado do Departamento Contábil da Agro Industrial São Luiz LTDA.

As Receitas Operacionais Brutas foram 13,13% maiores em 2007 do que em 2006,

sendo que as vendas ao mercado interno diminuíram e as vendas ao mercado externo

aumentaram significativamente. As Receitas provenientes de serviços também tiveram um

grande aumento.

As devoluções sobre vendas ao mercado interno aumentaram extraordinariamente em

2007. Os tributos sobre receitas no mercado interno tiveram uma redução, devido à queda da

receita no mercado interno e aos benefícios tributários já vistos na fundamentação teórica. Os

tributos sobre serviços aumentaram, já que o faturamento também aumentou. Portanto, a

Receita Operacional Líquida em 2007 foi 12,87% maior do que em 2006.

Em relação aos custos das vendas, verifica-se que estes diminuíram em 2007.

Enquanto que em 2006 eles representavam 84,62% do faturamento, em 2007 representaram

73,78%. Os custos das vendas ao mercado interno eram maiores em 2006. Já os custos com

vendas ao mercado externo aumentaram muito em 2007, devido também ao aumento

considerável no faturamento.

Enquanto que o Resultado Operacional Bruto em 2006 representava 15,30% do

faturamento bruto, em 2007 representou 26,03%.

As Despesas Operacionais aumentaram 25,75% em relação a 2006, sendo que todas

as despesas aumentaram quase na mesma proporção, exceto as Despesas Indedutíveis, que

tiveram aumento de 277,94% de 2006 para 2007. O Resultado Financeiro em 2006 era mais

significativo do que em 2007, uma vez que o item que mais teve queda foi “Outras Receitas

Operacionais”.

O Resultado Operacional Líquido foi melhor em 2007, apesar de ser negativo, é bem

menos negativo do que em 2006. Os Resultados não operacionais em 2006 eram positivos,

enquanto que em 2007 foram negativos, pelo fato de as Despesas não operacionais terem sido

superiores às Receitas não operacionais.

O Resultado antes da provisão dos impostos é o mesmo que o Resultado Líquido do

Exercício e embora tenha sido negativo, foi melhor do que em 2006.

A partir desta análise verifica-se que, apesar de o ano de 2007 ter fechado com

prejuízo, o resultado foi muito mais negativo no ano anterior, mesmo com pouca variação do

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73

faturamento. Provavelmente, os custos das vendas foram os maiores responsáveis por esta

evolução, já que em 2006 representavam 84,62% do faturamento e 73,78% em 2007, o que

fez com que o Resultado Operacional Bruto fosse maior para cobrir as despesas operacionais.

Relacionando a DRE com o Balanço Patrimonial, percebe-se que as vendas tanto de

2006 como de 2007 foram bem inferiores ao Ativo Total, o que indica que o Ativo girou

muito pouco pelo valor das vendas. Como houve prejuízo em ambos os anos, não houve

rentabilidade nem do capital próprio, nem do investimento total.

Outro ponto relevante é que o valor dos estoques aumentou muito em 2007 e as

vendas não aumentaram proporcionalmente, indicando que foi adquirido e estocado muito

mais do que a empresa teve capacidade de vender.

3.2.3 Índices da Análise de Balanços

A seguir serão apresentados os resultados encontrados através da análise de balanços,

bem como a avaliação destes resultados e quais seriam os índices desejados. Primeiramente

será apresentado o quadro 05, sobre a análise da liquidez, em seguida o quadro 06, sobre a

estrutura de capital e então a análise da rentabilidade, com o quadro 07.

Quadro 05: Análise da Liquidez Análise da Liquidez 2007 2006 Análise Índice

Desejado

Liquidez Imediata 0,05 0,01

Apesar de as Disponibilidades e o Ativo Circulante terem aumentado

em 2007, a liquidez imediata continua insatisfatória, já que para R$1,00 de dívida a curto prazo, a

empresa dispõe R$ 0,05 de Disponibilidades.

Quanto maior, melhor.

Liquidez Corrente 0,49 0,88

Para cada R$1,00 de Passivo circulante, a empresa possuía em

2006 R$ 0,88 de Ativo Circulante. Em 2007, a situação piorou, já que há apenas R$ 0,49 de Ativo Circulante

para cada R$ 1,00 de Passivo Circulante.

Quanto maior, melhor.

Continua...

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74

Conclusão...

Capital Circulante Líquido – CCL

-10.027.620,59 -634.957,23

Este valor confirma o índice anterior. Se em 2006 a existência de CCL já era negativo, em 2007 piorou ainda

mais.

Quanto maior, melhor.

Liquidez Seca 0,31 0,75

Este índice também detecta insatisfação da situação financeira da

empresa, sendo que em 2007 aumentaram-se consideravelmente o

valor dos estoques.

Quanto maior, melhor.

Liquidez Geral 0,47 0,31

Para cada R$1,00 de compromissos de curto e longo prazo, a empresa

possuía R$ 0,31 em 2006 e R$ 0,47 em 2007, sinalizando uma evolução

positiva, no entanto, ainda insatisfatória.

Quanto maior, melhor.

Fonte: Elaborado pelo autor com base nos dados da pesquisa.

Quadro 06: Análise da Estrutura de Capital Análise da

Estrutura de Capital

2007 2006 Análise Índice Desejado

Participação de Capitais de

Terceiros s/ os recursos totais

49,54% 43,96%

Indica que em 2007, 49,54% do Ativo Total foi financiado com capital de

terceiros, sendo que aumentou pouco em relação a 2006.

Quanto menor, melhor.

Participação de Capitais de

Terceiros no P.L. 0,98 0,78

Em 2007 a participação de capital de terceiros no patrimônio líquido

aumentou em relação a 2006. Como o índice está próximo de 1,00, indica grande dependência de recursos de

terceiros.

Quanto menor, melhor.

Composição do Endividamento

82,78% 27,32%

Em 2007, 82,78% das obrigações foram de curto prazo e em 2006 apenas 27,32%. Percebe-se um aumento

significativo de obrigações de curto prazo e redução de obrigações de longo

prazo.

Quanto menor, melhor.

Grau de Imobilização dos Capitais Próprios

1,52 1,54

Situação bastante insatisfatória já que o ativo permanente não é financiado

apenas por capital próprio, mas também por capitais de terceiros.

Menor que 1,00 e quanto menor, melhor.

Imobilização dos Recursos Não

Correntes 130% 98%

A Imobilização dos Recursos não correntes aumentou em 2007, sendo maior que 100%, o que significa que não há nenhuma parcela de Recursos

não correntes destinados ao Ativo Circulante.

Menor que

100% e quanto menor, melhor.

Fonte: Elaborado pelo autor com base nos dados da pesquisa.

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75

Quadro 07: Análise da Rentabilidade Análise da

Rentabilidade 2007 2006 Análise Índice Desejado

Giro do Ativo 0,36 0,34

Tanto em 2006, quanto em 2007, a empresa apresentou Giro do Ativo

baixo, o que significa que há poucas chances de cobrir as despesas com uma

boa margem de lucro.

Quanto maior, melhor.

Margem Líquida -0,01 -0,04

Como nos dois exercícios analisados houve Prejuízo ao invés de Lucro, a Margem Líquida é negativa, ou seja, para cada R$ 100,00 de vendas, em 2007, a empresa teve R$ 0,01 de

prejuízo e em 2006, R$ 0,04.

Quanto maior, melhor.

Rentabilidade do Investimento

Total -0,002 -0,02

Não há rentabilidade sobre o investimento total nos dois anos

analisados.

Quanto maior, melhor.

Rentabilidade do Capital Próprio

-0,004 -0,03 Não há remuneração do capital próprio

em ambos os casos.

Quanto maior, melhor.

Fonte: Elaborado pelo autor com base nos dados da pesquisa.

Estes índices revelam a situação financeira bastante deficitária na empresa analisada.

Além de não possuir bons índices de liquidez, apresenta alto grau de dívidas de curto prazo

em 2007, bem como elevado índice de participação de capitais de terceiros. Em relação ao

Ativo Permanente, foi possível verificar que o capital próprio está altamente imobilizado e

que não há sobra para aplicações no Ativo Circulante.

Em relação à Rentabilidade, os índices mostraram-se muito insatisfatórios, revelando

que além de a empresa trabalhar sem margem, também não teve rentabilidade nenhuma em

ambos os anos.

3.2.4 Análise de Custos, Volumes e Lucros

A partir da tabela 04, pode-se avaliar a relação Custo, Volume e Lucro, com o

cálculo da Margem de Contribuição, Ponto de Equilíbrio e Margem de segurança. Sendo que:

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76

• Custos Variáveis Totais = Custo das Vendas + tributos

• Margem de Contribuição Total = Receita total - Custos Variáveis Totais

• Custos e Despesas Fixos = Despesas Operacionais

• Ponto de Equilíbrio em Receitas = Custos e Despesas Fixos / Índice da margem de

Contribuição

• Margem de Segurança = (Receita Total – Receita no Ponto de Equilíbrio) / Receita

Total

Tabela 04: Análise de Custos Volumes e Lucros. Análise de Custos, Volume e

Lucro 2006 % 2007 %

Receita Total 15.053.921,04 100,00% 17.030.966,84 100,00%

Custos Variáveis Totais 12.748.649,28 84,69% 12.549.396,78 73,69%

Margem de Contribuição Total 2.305.271,76 15,31% 4.481.570,06 26,31%

Custos/Despesas Fixos 3.786.226,49 25,15% 4.761.257,26 27,96%

Ponto de Equilíbrio em receitas 24.724.874,35 18.093.840,65

Margem de segurança -64,24% -6,24% Fonte: Elaborado pelo autor com base nos dados da pesquisa.

Para que a empresa operasse com lucro zero em 2006, ela deveria ter faturado R$

24.724.874,35, enquanto que faturou apenas R$ 15.053.921,04. Como seus custos variáveis

foram bem elevados, sua margem de contribuição de 15,31% foi insuficiente para cobrir os

custos fixos, que representaram 25,15% da Receita Total e, consequentemente, sua margem

de segurança foi bastante negativa.

Em 2007, apesar de os resultados ainda não se mostrarem positivos, foram melhores

que os do ano anterior. Seu faturamento no ponto de equilíbrio deveria ser igual a R$

18.093.840,65, sendo que na realidade foi igual a R$ 17.030.966,84. Apesar de a margem de

contribuição de 26,31% não ter sido suficiente para arcar com os custos fixos – 27,96% da

receita - percebe-se uma evolução em relação ao ano de 2006. O mesmo vale para a margem

de segurança, que mesmo negativa, foi bem melhor que em 2006. Um aspecto negativo é que

os Custos/Despesas Fixos aumentaram em 2007.

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77

3.2.5 Resultados de 2007.

A partir deste tópico serão apresentadas as Demonstrações do Resultado do Exercício

consolidado e também por filiais. As análises serão feitas apenas em relação ao ano de 2007.

3.2.5.1 Resultados Consolidado

A tabela 05 expõe a Demonstração do Resultado do Exercício Consolidado do ano de

2007.

Tabela 05: DRE Consolidado AGRO INDUSTRIAL SÃO LUIZ LTDA

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO DO EXERCÍCIO ACUMULADO AT É

31/12/2007

Valores em R$ Descrição

Geral Receitas Operacionais Brutas 17.030.966,84 Receita com Vendas - Mercado Interno 10.673.438,75 Receita com vendas - Mercado Externo 5.589.994,85 Receita com Serviços 767.533,24 (-) Dedução das Receitas Brutas 126.043,24 Devoluções 48.600,00 Tributos (PIS, COFINS, CSLL, ICMS, ISS) 77.443,24 Tributos sobre Receitas 5.394,42 Tributos sobre Serviços 72.048,82 Receitas Operacionais Líquidas 16.904.923,60 (-) Custos Diretos das Vendas 12.471.953,54 Custos sobre venda - mercado interno 6.375.160,10 Custos sobre venda - mercado externo 5.457.373,67 Custos sobre serviços 639.419,77 Resultado Operacional Bruto 4.432.970,06 (-) Despesas Operacionais 4.761.257,26 Despesas Administrativas 2.189.425,45 Despesas com Comercialização 1.053.125,97 Continua...

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78

Conclusão... Despesas com pessoal 1.284.386,13 Despesas Indedutíveis 2.587,52 Despesas Tributárias 231.732,19 Resultado Financeiro 248.742,93 Receitas Financeiras 701.521,16 (-) Despesas Financeiras 639.468,27 Outras Receitas Operacionais 190.533,61 (-) Outras Despesas Operacionais 3.843,57 Resultado Operacional Líquido -79.544,27 Resultado Não Operacional -16.171,77 Receitas Não Operacionais 85.000,00 (-) Despesas Não Operacionais 101.171,77 Resultado antes da Provisão -95.716,04 Provisão para Imposto de Renda 0,00 Provisão para Contribuição Social 0,00 Resultado Líquido do Período -95.716,04 Fonte: Elaborado pelo autor com base nos dados da pesquisa.

Embora o faturamento de 2007 ter sido bastante significativo, o resultado líquido foi

de prejuízo. Apesar de ser uma empresa aberta há cerca de quinze anos, ela ficou muito tempo

inativa, e foi a partir de 2005 que começou a ganhar mais força e agora ela está se preparando

para aumentar o faturamento.

Uma dificuldade que a empresa encontrou no ano de 2007 foi a burocracia junto ao

Ministério da Agricultura para registrar os fertilizantes que pretendia produzir e

comercializar, limitando também o faturamento.

A partir da tabela 06 é possível verificar a participação que cada produto teve no

faturamento total de 2007.

Tabela 06: Participação dos produtos na receita total Produtos Quantidade em Kg Valor em R$ Participação na Receita

Produtos Agrícolas Feijão 320.860,00 227.466,00 1,34% Milho Comércio 6.000.000,00 1.723.712,76 10,12% Milho Agricultura 278.949,00 51.326,62 0,30% Soja Comércio 15.326.367,00 8.310.515,39 48,80% Soja Agricultura 2.479.960,00 944.483,76 5,55% Total 11.257.504,53 66,10% Continua...

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79

Conclusão... Insumos Semente de Feijão 312,00 27.934,00 0,16% Total 27.934,00 0,16% Adubos e Fertilizantes Adubos e Fertilizantes 15.229.600,00 4.977.995,07 29,23% Total 4.977.995,07 29,23% Serviços Serviços 767.533,24 4,51% Total 767.533,24 4,51% Total Geral 17.030.966,84 100,00% Fonte: Elaborado pelo Autor com base nos dados da pesquisa.

Verifica-se que os produtos agrícolas tiveram a maior participação no faturamento,

sendo que a soja foi responsável por pouco mais da metade do faturamento total da empresa.

Os adubos e fertilizantes foram o segundo produto mais significativo.

O gráfico 01 permite uma melhor visualização da tabela anterior, demonstrando a

participação dos grupos de produtos na receita total da empresa.

66,10%0,16%

29,23%

4,51%

Produtos Agrícolas Insumos Adubos e Fertilizantes Serviços

Gráfico 01: Participação dos grupos de produtos na Receita total de 2007. Fonte: Elaborado pelo Autor com base nos dados da pesquisa.

Percebe-se que os produtos agrícolas foram os responsáveis por mais da metade do

faturamento. Os adubos e fertilizantes foram o segundo grupo mais significativo. Os serviços

e insumos tiveram baixa participação no faturamento.

O gráfico 02 representa a participação de cada produto no faturamento da empresa:

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80

1,34%

10,12%

0,30%

48,80%

5,55%

0,16%

29,23%

4,51%

Feijão Milho Comércio Milho Agricultura

Soja Comércio Soja Agricultura Semente de Feijão

Adubos e Fertilizantes Serviços

Gráfico 02: Participação de cada produto na Receita total de 2007. Fonte: Elaborado pelo Autor com base nos dados da pesquisa.

Os produtos mais vendidos foram a soja comercial, os adubos e fertilizantes e o

milho comercial. A semente de feijão teve a participação mais insignificante de todos os

produtos.

A partir da tabela 07 é possível analisar a participação na receita das três atividades

desenvolvidas pela empresa no ano em questão, bem como seu resultado no período.

Tabela 07: Participação das atividades no faturamento total.

Atividade Receita Participação na Receita

Resultado

Comércio 11.206.417,14 65,80% -1.278.199,99 Indústria 4.090.239,32 24,02% 1.720.397,78 Agricultura 1.734.310,38 10,18% -537.913,83 Total 17.030.966,84 100,00% -95.716,04 Fonte: Elaborado pelo Autor com base nos dados da pesquisa.

Pode-se perceber que o comércio teve a maior participação na receita da empresa no

ano de 2007. No entanto, apresentou resultado negativo, bem como a agricultura. A indústria

foi o único segmento que apresentou resultado positivo.

O gráfico 03 permite a visualização do percentual que cada atividade apresentou em

relação ao faturamento total.

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81

Participação de cada atividade no faturamento de 2007.

65,80%

24,02%

10,18%

Comércio Indústria Agricultura

Gráfico 03: Participação de cada atividade em 2007. Fonte: Elaborado pelo Autor com base nos dados da pesquisa.

O comércio corresponde por mais da metade da participação no faturamento. A

indústria teve participação considerável e a agricultura teve pouca participação nas receitas

totais.

3.2.5.2 Resultados por unidades

A seguir, serão apresentadas as Demonstrações do Resultado do Exercício de 2007

da matriz e de cada filial da empresa. Conforme já foi mencionado anteriormente, a empresa

não apresenta sua DRE por filial, mas de forma consolidada. Para se chegar a este resultado,

foi necessário rastrear os lançamentos e separar o que era concernente a cada filial.

A Demonstração de Resultado da Matriz pode ser visualizada na tabela 08.

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82

Tabela 08: DRE da Matriz. AGRO INDUSTRIAL SÃO LUIZ LTDA

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO DO EXERCÍCIO ACUMULADO AT É

31/12/2007

Valores em R$ Descrição

Comércio Receitas Operacionais Brutas 0,00 (-) Dedução das Receitas Brutas 0,00 Receitas Operacionais Líquidas 0,00 (-) Custos Diretos das Vendas 0,00 Resultado Operacional Bruto 0,00 (-) Despesas Operacionais 576.186,74 Despesas Administrativas 297.194,44 Despesas com pessoal 148.963,40 Despesas Indedutíveis 919,37 Despesas Tributárias 129.109,53 Resultado Financeiro -151.947,69 Receitas Financeiras 106.723,83 (-) Despesas Financeiras 214.237,52 Outras Receitas Operacionais 26.277,38 (-) Outras Despesas Operacionais 70.711,38 Resultado Operacional Líquido -728.134,43 Resultado Não Operacional 0,00 Receitas Não Operacionais 0,00 (-) Despesas Não Operacionais 0,00 Resultado antes da Provisão -728.134,43 Provisão para Imposto de Renda 0,00 Provisão para Contribuição Social 0,00 Resultado Líquido do Período -728.134,43 Fonte: Elaborado pelo Autor com base nos dados da pesquisa.

A matriz não teve operações de compra e de venda em 2007. Na verdade, ela apenas

deu suporte às operações das filiais. Por isso, seus custos fixos foram rateados entre as filiais,

para análise de custos, volumes e lucros, utilizando-se o critério da participação nos

custos/despesas fixos de cada filial no consolidado.

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83

Sendo que o total de custos/despesas fixos Matriz é de R$ 576.186,74 e o total de

custos/despesas fixos Geral é de R$ 4.761.257,26, buscou-se o percentual de custos/ despesas

fixos de cada filial em relação ao total geral menos os custos fixos da matriz, ou seja, R$

4.185.070,52. A partir deste percentual, foi atribuído a cada filial o custo fixo proporcional da

matriz, como mostra a tabela 09.

Tabela 09: Rateio de Custos / Despesas da Matriz para Análise de custos, volumes e lucros.

Rateio de Custos/Despesas da

Matriz

Custos/Despesas Fixos

Percentual Adicional da Matriz

Custos/Despesas Fixos Totais

Almirante 1.201.244,44 28,70% 165.383,38 1.366.627,82

Brasnorte Agrícola 565.407,75 13,51% 77.843,48 643.251,23

Brasnorte Comercial 59.433,57 1,42% 8.182,62 67.616,19

Canarana 45.439,51 1,09% 6.255,96 51.695,47

Marmeleiro 988.212,74 23,61% 136.053,88 1.124.266,62

Xanxerê 2.797,88 0,07% 385,2 3.183,08

Paranaguá 1.322.534,63 31,60% 182.082,22 1.504.616,85

Total 4.185.070,52 100,00% 576.186,74 4.761.257,26 Fonte: Elaborado pelo Autor com base nos dados da pesquisa.

As Despesas Operacionais podem ser consideradas como fixas e indiretas. As

Despesas Administrativas são devidas a Aluguel das salas comerciais; Auditoria e

Consultoria; Brindes e Doações; Cartórios; Conservação e Manutenção de Veículos;

Contribuições a Entidades de Classe; Correio; Depreciação; Despesas com comunicação, com

informática e com veículos; Despesas Diversas; Honorários Contábeis; Energia Elétrica;

Impostos e Taxas; Material de Expediente e de Limpeza; Seguros; Serviços de Terceiros e

Viagens.

No item Despesas com Pessoal, incluem-se aí gastos com salários, férias,

gratificações, INSS, FGTS, aviso-prévio indenizado e pró-labore. As Despesas Indedutíveis

são as multas de trânsito que ocorreram no período. Nas Despesas Tributárias estão inclusos

gastos com IPTU, ITR (Imposto Territorial Rural), IPVA, Alvará, CPMF e Contribuição

Social.

Analisando o Resultado Financeiro, percebe-se que este é negativo, devido às

Receitas Financeiras, de descontos obtidos, variações monetárias ativas e de aplicações

financeiras serem menores que as despesas financeiras, como juros de mora, CPMF, despesas

bancárias e variações monetárias passivas. As Outras Receitas Operacionais, provenientes de

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Recuperação de despesas, foram menores que as Outras Despesas Operacionais, originadas de

impostos sobre outras receitas operacionais.

Portanto, a matriz teve um prejuízo de R$ 728.134,43.

A DRE de Almirante Tamandaré - indústria de adubos e fertilizantes - pode ser

analisada a partir da tabela 10.

Tabela 10: DRE de Almirante Tamandaré

AGRO INDUSTRIAL SÃO LUIZ LTDA

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO DO EXERCÍCIO ACUMULADO AT É 31/12/2007

Valores em R$

Descrição Indústria

Análise Vertical

Receitas Operacionais Brutas 4.090.239,32 - Copermix Granulado 845.773,24 - Adubos de Base 3.244.466,08 - (-) Dedução das Receitas Brutas 21.822,42 - Devoluções 19.200,00 - Copermix Granulado - Adubos de Base 19.200,00 - Tributos (PIS, COFINS, CSLL, ICMS, ISS) 2.622,42 - Copermix Granulado 584,02 - Adubos de Base 2.038,40 - Receitas Operacionais Líquidas 4.068.416,90 100,00% (-) Custos Diretos das Vendas 1.147.712,11 28,21% Copermix Granulado 286.099,91 7,03% Adubos de Base 861.612,20 21,18% Resultado Operacional Bruto 2.920.704,79 71,79% (-) Despesas Operacionais 1.201.244,44 29,53% Despesas Administrativas 611.070,26 15,02% Despesas com Comercialização 320.979,90 7,89% Despesas com pessoal 265.908,83 6,54% Despesas Indedutíveis 476,61 0,01% Despesas Tributárias 2.808,84 0,07% Resultado Financeiro 937,43 0,02% Receitas Financeiras 1.974,71 0,05% (-) Despesas Financeiras 1.071,91 0,03% Outras Receitas Operacionais (-) Outras Despesas Operacionais -34,63 0,00% Continua...

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Conclusão... Resultado Operacional Líquido 1.720.397,78 42,29% Resultado Não Operacional 0,00 0,00% Receitas Não Operacionais 0,00 (-) Despesas Não Operacionais 0,00 Resultado antes da Provisão 1.720.397,78 42,29% Provisão para Imposto de Renda 0,00 Provisão para Contribuição Social 0,00 Resultado Líquido do Período 1.720.397,78 42,29% Fonte: Elaborado pelo Autor com base nos dados da pesquisa.

Analisando esta Demonstração de Resultado, percebe-se que os adubos de base

tiveram a maior participação na receita. Em relação aos tributos incidentes, no caso do

Copermix Granulado, incidiu ICMS sobre a venda no valor de R$ 584,02 e no caso dos

adubos de base incidiu também o ICMS no valor de R$ 2.038,40. Tais impostos são

considerados custos variáveis.

Em relação aos Custos Diretos sobre as vendas, incluem-se aí a matéria-prima

necessária para a industrialização, fretes e impostos de compra, também considerados como

custos variáveis.

As Despesas Operacionais podem ser classificadas como fixas e indiretas. As

Despesas Administrativas são compostas por Assessoria Jurídica; Assistência Médica;

Cartórios; Combustíveis e Lubrificantes para os veículos, uma vez que a maior parte das

máquinas é elétrica; Conservação e manutenção de máquinas e equipamentos, de veículos, de

instalações e de móveis e utensílios; Correios; Depreciação total; Despesas com comunicação

e informática; Energia elétrica utilizada no escritório e na área industrial; Marketing;

Manutenção das balanças para pesagem; Material de limpeza e de expediente; Serviços de

Terceiros e de Vigilância e Viagens. A energia elétrica e a depreciação poderiam ser

apropriadas diretamente aos produtos, no entanto, não houve nenhum sistema de medição na

empresa neste período.

As Despesas com Comercialização são formadas por Classificação e Análise das

matérias-primas; Fretes para comercialização; Pedágio e Publicidade e Propaganda.

No item Despesas com Pessoal, incluem-se aí gastos com salários, férias,

gratificações, horas extras, INSS, FGTS, Descanso Semanal Remunerado, Indenizações

Trabalhistas, Participação nos lucros, despesas médicas, aviso prévio indenizado. Estes gastos

também podem ser classificados como fixos e indiretos. A mão-de-obra poderia ser

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apropriada diretamente aos produtos, mas assim como a energia elétrica e a depreciação, não

houve medição.

As Despesas Indedutíveis são as multas de trânsito que ocorreram no período. Nas

Despesas Tributárias estão inclusos gastos com IPTU, IPVA, ICMS, Alvará e Contribuições

aos Sindicatos.

Ao analisar o Resultado financeiro, percebe-se que este é positivo, devido às

Receitas Financeiras, de descontos obtidos serem maiores que as despesas financeiras - juros

de mora e CPMF.

O Resultado Líquido indica um lucro bastante significativo para a empresa, na

verdade foi a filial que mais deu resultado positivo à empresa. No entanto, esta filial foi

fechada no início de 2008, por dificuldades em controlar a indústria, já que ficava longe

fisicamente dos proprietários e também não existia alguém de confiança para administrar o

negócio. Outro motivo foi que se acreditou ser mais rentável apenas revender adubos e

fertilizantes do que produzi-los.

A tabela 11 expõe a Análise de Custos, Volumes e Lucros da filial.

Tabela 11: Análise de Custos, Volumes e Lucro da Filial e por produto. Tipo Adubos Copermix Total

Unidade Kg Kg Kg Quantidade 10.216.220,00 3.861.880,00 14.078.100,00 Receita Total 3.244.466,08 845.773,24 4.090.239,32 Participação na Receita 79,32% 20,68% 100,00% Custos Variáveis Totais 863.650,60 286.683,93 1.150.334,53 Custos Variáveis Unitários 0,08 0,07 Margem de Contribuição Total 2.380.815,48 559.089,31 2.939.904,79 Índice da Margem de Contribuição 73,38% 66,10% 71,88% % da Margem de Contribuição Total 80,98% 19,02% 100,00% PV Unitário 0,32 0,22 Margem de Contribuição Unitária 0,23 0,14 Custos Fixos 1.084.038,68 282.589,15 1.366.627,82 Ponto de Equilíbrio Contábil receitas 1.477.278,16 427.492,23 1.901.365,95 Ponto de Equilíbrio Contábil quantidade 4.651.674,05 1.951.969,67 6.603.643,72 Margem de Segurança 54,47% 49,46% 53,51% Fonte: Elaborado pelo Autor com base nos dados da pesquisa.

A filial apresentou boa margem de contribuição para cobrir os custos fixos e ainda

gerar uma boa parcela de lucro aos proprietários. Como vendeu R$ 2.188.873,37 acima do

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ponto de equilíbrio, teve margem de segurança de 53,51%. Ambos os produtos tiveram bons

resultados.

OBS: Os custos fixos de cada produto foram rateados proporcionalmente ao percentual que

cada um representou na Receita.

A tabela 12 traz a DRE de Brasnorte – Agrícola, a única filial com atividade agrícola

da empresa.

Tabela 12: DRE de Brasnorte – Agrícola. AGRO INDUSTRIAL SÃO LUIZ LTDA

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO DO EXERCÍCIO ACUMULADO AT É

31/12/2007

Valores em R$ Descrição

Agricultura Análise Vertical

Receitas Operacionais Brutas 1.734.310,38 - Produtos Agrícolas 995.810,38 - Milho 51.326,62 - Soja 944.483,76 - Serviços 738.500,00 - (-) Dedução das Receitas Brutas 71.449,32 - Devoluções - Tributos (PIS, COFINS, CSLL, ICMS, ISS) 71.449,32 - Serviços 71.449,32 - Receitas Operacionais Líquidas 1.662.861,06 100,00% (-) Custos Diretos das Vendas 1.530.729,94 92,05% Produtos Agrícolas 914.444,54 54,99% Milho 47.421,33 2,85% Soja 867.023,21 52,14% Serviços 616.285,40 37,06% Resultado Operacional Bruto 132.131,12 7,95% (-) Despesas Operacionais 565.407,75 34,00% Despesas Administrativas 1.043.685,57 62,76% Outras Despesas Agrícolas -676.757,52 -40,70% Despesas com Comercialização 4.020,00 0,24% Despesas com pessoal 135.610,29 8,16% Despesas Indedutíveis 191,54 0,01% Despesas Tributárias 58.657,87 3,53% Continua...

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88

Conclusão... Resultado Financeiro -87.866,89 -5,28% Receitas Financeiras 68.280,38 4,11% (-) Despesas Financeiras 376.811,73 22,66% Outras Receitas Operacionais 223.425,00 13,44% (-) Outras Despesas Operacionais 2.760,54 0,17% Resultado Operacional Líquido -521.143,52 -31,34% Resultado Não Operacional -16.770,31 -1,01% Receitas Não Operacionais 65.000,00 3,91% (-) Despesas Não Operacionais 81.770,31 4,92% Resultado antes da Provisão -537.913,83 -32,35% Provisão para Imposto de Renda 0,00 Provisão para Contribuição Social 0,00 Resultado Líquido do Período -537.913,83 -32,35% Fonte: Elaborado pelo Autor com base nos dados da pesquisa.

A partir desta Demonstração de Resultado, percebe-se que a soja teve a maior

participação na receita. Em relação aos tributos incidentes – PIS e Cofins - estes se referem

apenas aos serviços. Tais impostos são considerados custos variáveis dos serviços. Os

produtos agrícolas não foram tributados, pelo fato de terem sido comercializados dentro do

estado, não incidindo ICMS e também por ter a alíquota de PIS e Cofins igual a zero,

conforme a lei exposta na fundamentação teórica.

Em relação aos Custos Diretos sobre as vendas, incluem-se aí a matéria-prima

necessária para o plantio (sementes e fertilizantes), fretes e impostos de compra, considerados

como custos variáveis.

As Despesas Operacionais são considerados fixas e indiretas. As Despesas

Administrativas são compostas por Assessoria Jurídica; Cartórios; Combustíveis e

Lubrificantes para as máquinas agrícolas; Conservação e manutenção de máquinas e

equipamentos, veículos, instalações e móveis e utensílios; Contribuição a entidades de classe;

Correios; Depreciação total; Despesas com comunicação, informática e fotográficas;

Honorários Contábeis; Despesas com veículos; Energia elétrica utilizada no escritório;

Despesas com licenciamento de software; Impostos e Taxas eventuais, como as taxas pagas

para solicitação de negativas e de documentos, bem como para registros de produtos no

Ministério da Agricultura; Manutenção das balanças para pesagem; Material de limpeza e de

expediente; Refeições; Serviços de Terceiros; Seguros e Viagens. A depreciação poderia ser

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apropriada diretamente aos produtos, no entanto, a empresa não realizou nenhum sistema de

medição.

As Outras Despesas Agrícolas referem-se à calagem e adubação e também a outras

despesas agrícolas em geral. Este item é negativo, pois destas despesas agrícolas é deduzido

um valor de Transferência para cultura em formação. Portanto, são despesas a serem

incorporadas na atividade agrícola. Este item reduz o valor das Despesas Operacionais.

As Despesas com Comercialização são formadas por Fretes utilizados para

comercialização.

No item Despesas com Pessoal, incluem-se aí gastos com salários, férias,

gratificações, horas extras, INSS, FGTS, Descanso Semanal Remunerado, Indenizações

Trabalhistas, Participação nos lucros, despesas médicas, aviso prévio indenizado. A mão-de-

obra poderia ser apropriada diretamente aos produtos, mas assim como a Depreciação, não

houve medição. A recuperação de despesas e encargos sociais se refere à renegociação de um

contrato de prestação de serviços, aonde foram estornadas algumas parcelas.

As Despesas Indedutíveis são as multas de trânsito que ocorreram no período. Nas

Despesas Tributárias estão inclusos gastos com Taxas e Emolumentos, ITR, ICMS, Alvará,

Fethab – contribuição paga ao estado do Mato Grosso para melhoria na infra-estrutura - e

Contribuições aos Sindicatos.

Analisando o Resultado financeiro, percebe-se que este é negativo, devido às

Receitas Financeiras, de descontos obtidos e juros recebidos serem menores que as despesas

financeiras, como juros de mora, juros sobre financiamento, descontos concedidos. As Outras

Receitas Operacionais foram procedentes de Arrendamento Agrícola.

O resultado não operacional é negativo, pelo fato de as Receitas não Operacionais,

originadas da venda do ativo fixo, serem menores que as Despesas não operacionais (custos

das vendas do ativo fixo).

Então, a filial teve prejuízo líquido de R$ 537.913,83. No ano de 2007 a empresa

tinha um limite de importação muito pequeno e sem poder importar grande parte da matéria-

prima utilizada na fazenda, a empresa se viu obrigada a produzir menos. Em 2008, este

obstáculo já foi superado junto a Receita Federal. O processo foi deferido, pois a empresa

possui um patrimônio relevante que pode arcar com valores de importação maiores.

A análise de custos, volumes e lucro da filial mostra uma situação bastante crítica,

conforme tabela 13.

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Tabela 13: Análise de Custos, Volumes e Lucro da Filial e por produto. Tipo Milho Soja Serviços Total

Unidade Kg Kg Quantidade 278.949,00 2.479.960,00 2.758.909,00

Receita Total 51.326,62 944.483,76 738.500,00 1.734.310,38 Participação na Receita 2,96% 54,46% 42,58% 100,00%

Custos Variáveis Totais 47.421,33 867.023,21 687.734,72 1.602.179,26 Custos Variáveis Unitários 0,17 0,35 Margem de Contribuição Total 3.905,29 77.460,55 50.765,28 132.131,12 Índice da Margem de Contribuição 7,61% 8,20% 6,87% 7,62% % da Margem de Contribuição Total 2,96% 58,62% 38,42% 100,00% PV Unitário 0,18 0,38 Margem de Contribuição Unitária 0,01 0,03 Custos Fixos 19.036,91 350.306,58 273.907,74 643.251,23 Ponto de Equilíbrio Contábil receitas 250.199,16 4.271.321,03 3.984.630,13 8.443.107,75 Ponto de Equilíbrio Contábil quantidade 1.359.777,92 11.215.338,75 12.575.116,67

Margem de Segurança -387,46% -352,24% -439,56% -386,83%

Fonte: Elaborado pelo Autor com base nos dados da pesquisa.

Como a filial faturou R$ 6.708.797,37 abaixo do seu ponto de equilíbrio, teve

margem de segurança negativa. Em relação à margem de contribuição, esta foi muito baixa

para cobrir os custos fixos. Os dois produtos vendidos tiveram desempenho semelhante, bem

como os serviços.

A DRE de Marmeleiro, filial de atividade comercial, pode ser visualizada com a

tabela 14.

Tabela 14: DRE de Marmeleiro AGRO INDUSTRIAL SÃO LUIZ LTDA

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO DO EXERCÍCIO ACUMULADO AT É

31/12/2007

Valores em R$ Descrição

Comércio Análise Vertical

Receitas Operacionais Brutas 3.507.102,29 - Produtos Agrícolas 2.571.699,30 - Soja 2.344.233,30 - Feijão 227.466,00 - Insumos 27.934,00 - Semente de Feijão 27.934,00 - Adubos e Fertilizantes 887.485,75 - Serviços 19.983,24 - Continua...

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91

Conclusão... (-) Dedução das Receitas Brutas 32.771,50 - Devoluções 29.400,00 - Feijão 29.400,00 - Tributos (PIS, COFINS, CSLL, ICMS, ISS) 3.371,50 - Feijão 2.772,00 - Serviços 599,50 - Receitas Operacionais Líquidas 3.474.330,79 100,00% (-) Custos Diretos das Vendas 2.388.059,18 68,73% Produtos Agrícolas 1.521.904,89 43,80% Soja 1.115.542,87 32,11% Feijão 406.362,02 11,70% Insumos 21.562,29 0,62% Semente de Feijão 21.562,29 0,62% Adubos e Fertilizantes 828.043,06 23,83% Serviços 16.548,94 0,48% Resultado Operacional Bruto 1.086.271,61 31,27% (-) Despesas Operacionais 988.212,74 28,44% Despesas Administrativas 119.258,41 3,43% Despesas com Comercialização 702.882,71 20,23% Despesas com pessoal 133.735,81 3,85% Despesas Tributárias 32.335,81 0,93% Resultado Financeiro -19.624,14 -0,56% Receitas Financeiras 11.667,51 0,34% (-) Despesas Financeiras 30.489,55 0,88% Outras Receitas Operacionais 2,28 0,00% (-) Outras Despesas Operacionais 804,38 0,02% Resultado Operacional Líquido 78.434,73 2,26% Resultado Não Operacional 0,00 0,00% Receitas Não Operacionais 0,00 (-) Despesas Não Operacionais 0,00 Resultado antes da Provisão 78.434,73 2,26% Provisão para Imposto de Renda 0,00 Provisão para Contribuição Social 0,00 Resultado Líquido do Período 78.434,73 2,26% Fonte: Elaborado pelo Autor com base nos dados da pesquisa.

Analisando esta Demonstração de Resultado, percebe-se que a soja teve a maior

participação na receita. Em relação aos tributos incidentes, no caso do Feijão, incidiu ICMS

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de R$ 2.772,00 e no caso dos Serviços Prestados (Administração de Negócios de Terceiros),

incidiu ISS de R$ 599,50. Tais impostos são considerados custos variáveis.

Em relação aos Custos Diretos sobre as vendas, incluem-se aí a compra dos produtos

para a revenda, fretes e impostos, considerados como custos variáveis. O Feijão teve um custo

bem superior ao seu valor de venda por ter acontecido um acidente com dois caminhões em

2007, sendo que a empresa teve perda parcial desta mercadoria e a contabilidade incorporou

estes gastos ao seu custo.

As Despesas Operacionais são consideradas fixas e indiretas. As Despesas

Administrativas são compostas por Auditoria e Consultoria; Combustíveis e Lubrificantes

para as máquinas; Conservação e manutenção de máquinas e equipamentos, veículos,

instalações; Depreciação total; Despesas com comunicação; Despesas com armazenagem do

estoque para a revenda; Energia elétrica utilizada no escritório e nos armazéns; Impostos e

Taxas; Manutenção das balanças para pesagem; Material de expediente e Viagens.

As Despesas com Comercialização são Classificação e Análise das matérias-primas;

Fretes utilizados para comercialização e Pedágio. As Despesas com Pessoal são gastos com

salários, férias, gratificações, horas extras, INSS, FGTS, adicional noturno. Nas Despesas

Tributárias estão inclusos gastos com IPTU, ICMS, Alvará, CPMF, INSS - Funrural - e Taxas

e Emolumentos.

Analisando o Resultado financeiro, percebe-se que este é negativo, devido às

Receitas Financeiras, de descontos obtidos, aplicações financeiras e juros recebidos serem

menores que as despesas financeiras, como juros de mora, CPMF, despesas bancárias e

descontos concedidos.

O Resultado Líquido do Período fechou com lucro de R$ 78.434,73.

A partir da tabela 15 é possível verificar a Análise de Custos, Volumes e Lucros da

filial.

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Tabela 15: Análise de Custos, Volumes e Lucro da Filial e por produto.

Soja Feijão Insumos Adubos e

Fertilizantes Serviços Total

Unidade Kg Kg Kg Kg Quantidade 4.112.690,00 320.860,00 312,00 1.151.500,00 4.433.550,00 Receita Total 2.344.233,30 227.466,00 27.934,00 887.485,75 19.983,24 3.507.102,29

Participação na Receita 66,84% 6,49% 0,80% 25,31% 0,57% 100,00% Custos Variáveis Totais 1.115.542,87 409.134,02 21.562,29 828.043,06 17.148,44 2.391.430,68 Custos Variáveis Unitários

0,27 1,28 69,11 0,72

Margem de Contribuição Total

1.228.690,43 -181.668,02 6.371,71 59.442,69 2.834,80 1.115.671,61

Índice da Margem de Contribuição

52,41% -79,87% 22,81% 6,70% 14,19% 31,81%

% Vertical 110,13% -16,28% 0,57% 5,33% 0,25% 100,00% PV Unitário 0,57 0,71 89,53 0,77 Margem de Contribuição Unitária

0,30 -0,57 20,42 0,05

Custos Fixos 751.487,42 72.918,44 8.954,76 284.500,00 6.406,00 1.124.266,62 Ponto de Equilíbrio Contábil receitas

1.433.771,91 -91.300,97 39.258,27 4.247.615,58 3.534.120,61

Ponto de Equilíbrio Contábil quantidade

2.515.389,32 -128.787,72 438,48 5.511.220,15

Margem de Segurança 38,84% -40,54% -378,61% -0,77%

Fonte: Elaborado pelo Autor com base nos dados da pesquisa.

A análise de custos, volumes e lucros aponta que o feijão foi o produto que mais

contribuiu negativamente para o resultado da filial, já que teve margem de contribuição

negativa, pois os custos foram maiores que o preço de venda. Os adubos e fertilizantes

também tiveram desempenho insatisfatório, sendo que os custos variáveis foram bem

elevados, prejudicando assim a margem de contribuição.

A Soja foi o único produto com margem de contribuição suficiente para cobrir os

custos fixos. Além disso, faturou acima do ponto de equilíbrio, tendo uma margem de

segurança de 38,84%.

Apesar do resultado líquido do período ter sido de lucro, a partir desta análise, a filial

faturou R$ 27.018,32 a menos que o seu ponto de equilíbrio, apresentando margem de

segurança negativa de 0,77%. Isso, pois parte dos custos fixos da matriz foram incorporados

às filiais para esta análise.

A Demonstração de Resultado do Exercício de Paranaguá pode ser visualizada com a

tabela 16.

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Tabela 16: DRE de Paranaguá AGRO INDUSTRIAL SÃO LUIZ LTDA

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO DO EXERCÍCIO ACUMULADO AT É

31/12/2007

Valores em R$ Descrição

Comércio Análise Vertical

Receitas Operacionais Brutas 7.699.044,85 - Produtos Agrícolas 7.689.994,85 - Milho (mercado externo) 1.723.712,76 - Soja 5.966.282,09 - Soja (mercado interno) 2.100.000,00 - Soja (mercado externo) 3.866.282,09 - Serviços 9.050,00 - (-) Dedução das Receitas Brutas 0,00 - Devoluções 0,00 - Tributos (PIS, COFINS, CSLL, ICMS, ISS) 0,00 - Receitas Operacionais Líquidas 7.699.044,85 100,00% (-) Custos Diretos das Vendas 7.405.264,51 96,18% Produtos Agrícolas 7.398.679,08 96,10% Milho 1.883.262,07 24,46% Soja 5.515.417,01 71,64% Soja (mercado interno) 1.941.305,41 25,21% Soja (mercado externo) 3.574.111,60 46,42% Serviços 6.585,43 0,09% Resultado Operacional Bruto 293.780,34 3,82% (-) Despesas Operacionais 1.322.534,63 17,18% Despesas Administrativas 688.658,67 8,94% Despesas com Comercialização 25.243,36 0,33% Despesas com pessoal 600.167,80 7,80% Despesas Indedutíveis 1.000,00 0,01% Despesas Tributárias 7.464,80 0,10% Resultado Financeiro 149.297,68 1,94% Receitas Financeiras 157.890,17 2,05% (-) Despesas Financeiras 8.319,54 0,11% Outras Receitas Operacionais 40,33 0,00% (-) Outras Despesas Operacionais 313,28 0,00% Resultado Operacional Líquido -879.456,61 -11,42% Resultado Não Operacional 0,00 0,00% Receitas Não Operacionais 0,00 (-) Despesas Não Operacionais 0,00 Continua...

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Conclusão... Resultado antes da Provisão -879.456,61 -11,42% Provisão para Imposto de Renda 0,00 Provisão para Contribuição Social 0,00 Resultado Líquido do Período -879.456,61 -11,42% Fonte: Elaborado pelo Autor com base nos dados da pesquisa.

A soja teve a maior participação na receita e parte desta venda foi destinada ao

mercado externo. O milho foi exportado em sua totalidade. Como grande parte destas vendas

foi destinada ao mercado externo, não houve tributos. Em relação à parte das vendas

destinadas ao mercado interno, não houve tributos pelo fato de o PIS e a Cofins terem a

alíquota igual a zero e não ter ocorrido incidência de ICMS.

A matéria-prima necessária para a comercialização, os fretes e os impostos compõem

os Custos Diretos sobre as vendas e são considerados como custos variáveis. O milho teve um

custo maior que o seu preço de venda, pelo fato de a empresa ter fechado contratos de venda

com preços pré-fixados e na data da efetivação o valor de venda estava abaixo dos custos,

gerando assim um prejuízo.

As Despesas Operacionais são gastos fixos e indiretos. As Despesas Administrativas

são compostas por Água e Esgoto; Aluguéis pagos a alguns funcionários; Assessoria Jurídica;

Cartórios; Conservação e manutenção de instalações e móveis e utensílios; Correios;

Depreciação total; Despesas com comunicação; Honorários Contábeis; Despesas com

armazenagem e com importação; Energia elétrica utilizada no escritório e nos armazéns;

Imunização de armazéns; Impostos e Taxas; Material de Trabalho; Serviços de Terceiros e

Seguros.

São classificadas como Despesas com Comercialização, Classificação e Análise das

matérias-primas; Fretes utilizados para comercialização; Publicidade e Propaganda e

Comissões sobre as vendas pagas a outras empresas parceiras.

No item Despesas com Pessoal, incluem-se aí gastos com salários, férias, horas

extras, adicional noturno, INSS, FGTS, Descanso Semanal Remunerado, Participação nos

lucros, despesas médicas, aviso prévio indenizado.

As Despesas Indedutíveis são as multas de trânsito que ocorreram no período. Nas

Despesas Tributárias estão inclusos gastos com IPTU, ICMS, Alvará e Contribuições aos

Sindicatos.

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Analisando o Resultado financeiro, percebe-se que este é positivo, devido às Receitas

Financeiras, de descontos obtidos e de variações monetárias ativas serem maiores que as

despesas financeiras, como juros de mora, descontos concedidos e variações cambiais

passivas. As Outras Receitas Operacionais ocorreram por uma recuperação de despesas, mas

foram menores que as Outras Despesas Operacionais.

Esta filial, portanto, fechou com prejuízo de R$ 879.456,61.

A análise de custos, volumes e lucros da filial é demonstrada na tabela 17.

Tabela 17: Análise de Custos, Volumes e Lucro da Filial e por produto. Tipo Milho Soja Serviços Total

Unidade Kg Kg Quantidade 6.000.000,00 11.213.677,00 17.213.677,00 Receita Total 1.723.712,76 5.966.282,09 9.050,00 7.699.044,85 Participação na Receita 22,39% 77,49% 0,12% 100,00% Custos Variáveis Totais 1.883.262,07 5.515.417,01 6.585,43 7.405.264,51 Custos Variáveis Unitários 0,31 0,49 Margem de Contribuição Total -159.549,31 450.865,08 2.464,57 293.780,34 Índice da Margem de Contribuição -9,26% 7,56% 27,23% 3,82% % da Margem de Contribuição Total -54,31% 153,47% 0,84% 100,00% PV Unitário 0,29 0,53 Margem de Contribuição Unitária -0,03 0,04 Custos Fixos 336.863,51 1.165.984,71 1.768,63 1.504.616,85 Ponto de Equilíbrio Contábil receitas -3.639.350,92 15.429.435,49 6.494,49 39.431.204,23 Ponto de Equilíbrio Contábil quantidade -12.668.065,12 28.999.752,83 Margem de Segurança -158,61% 28,24% -412,16% Fonte: Elaborado pelo Autor com base nos dados da pesquisa.

Esta análise revela que a filial faturou R$ 31.732.159,38 a menos que o seu ponto de

equilíbrio, uma vez que a sua margem de contribuição foi extremamente baixa para arcar com

os custos fixos. Apenas os serviços apresentaram margem de segurança positiva. O milho

apresentou situação ainda mais crítica que a soja, pois seus custos variáveis foram maiores

que o seu preço de venda, ou seja, não teve margem de contribuição.

Estas filiais apresentadas foram as que tiveram movimentação no ano de 2007,

portanto a tabela 18 traz a análise vertical destas para melhor visualização:

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Tabela 18: Análise Vertical das Filiais com Movimento. Análise Vertical das Filiais com Movimento

Descrição Almirante

Tamandaré Brasnorte Agrícola

Marmeleiro Paranaguá Consolidado

Receitas Operacionais Brutas - - - - - (-) Dedução das Receitas Brutas - - - - - Devoluções - - - - - Tributos - - - - - Receitas Operacionais Líquidas 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% (-) Custos Diretos das Vendas 28,21% 92,05% 68,73% 96,18% 73,78% Resultado Operacional Bruto 71,79% 7,95% 31,27% 3,82% 26,22% (-) Despesas Operacionais 29,53% 34,00% 28,44% 17,18% 28,16% Despesas Administrativas 15,02% 62,76% 3,43% 8,94% 12,95% Outras Despesas Agrícolas -40,70% Despesas com Comercialização 7,89% 0,24% 20,23% 0,33% 6,23% Despesas com pessoal 6,54% 8,16% 3,85% 7,80% 7,60% Despesas Indedutíveis 0,01% 0,01% 0,01% 0,02% Despesas Tributárias 0,07% 3,53% 0,93% 0,10% 1,37% Resultado Financeiro 0,02% -5,28% -0,56% 1,94% 1,47% Receitas Financeiras 0,05% 4,11% 0,34% 2,05% 4,15% (-) Despesas Financeiras 0,03% 22,66% 0,88% 0,11% 3,78% Outras Receitas Operacionais 0,00% 13,44% 0,00% 0,00% 1,13% (-) Outras Despesas Operacionais 0,00% 0,17% 0,02% 0,00% 0,02% Resultado Operacional Líquido 42,29% -31,34% 2,26% -11,42% -0,47% Resultado Não Operacional 0,00% -1,01% 0,00% 0,00% -0,10% Receitas Não Operacionais 3,91% 0,50% (-) Despesas Não Operacionais 4,92% 0,60% Resultado antes da Provisão 42,29% -32,35% 2,26% -11,42% -0,57% Provisão para Imposto de Renda Provisão para Contribuição Social

Resultado Líquido do Período 42,29% -32,35% 2,26% -11,42% -0,57% Fonte: Elaborado pelo Autor com base nos dados da pesquisa.

Analisando esta tabela fica bem visível que Almirante Tamandaré foi a única filial

que apresentou resultado satisfatório. Marmeleiro teve resultado positivo, mas pouco

significativo. Brasnorte Agrícola foi a filial que apresentou o pior resultado em relação à sua

receita e Paranaguá também teve resultado bem insatisfatório.

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Em relação aos custos das vendas, Almirante Tamandaré tem os menores custos e

assim, uma margem de contribuição razoável para cobrir os custos fixos e gerar lucro aos

proprietários. A seguir, Marmeleiro tem o segundo custo mais baixo, gerando margem

suficiente para arcar com as despesas fixas e gerar uma pequena parcela de lucro.

Brasnorte e Paranaguá, em especial, possuem custo de venda muito elevado. Então, o

Resultado Operacional Bruto mostra-se insuficiente para cobrir as despesas e

conseqüentemente ocorre o prejuízo.

A partir do gráfico abaixo é possível verificar a participação destas filiais no

faturamento total da empresa:

24,02%

10,18%

20,59%

45,21%

Almirante Tamandaré Brasnorte Agrícola Marmeleiro Paranaguá

Gráfico 04: Participação no faturamento das principais filiais Fonte: Elaborado pelo Autor com base nos dados da pesquisa.

Paranaguá foi a filial que teve o faturamento mais significativo e as menores

Despesas Operacionais. No entanto, o custo das vendas foi extremamente elevado, ou seja,

96,18%. Portanto, este custo alto foi o principal motivo do resultado negativo.

Almirante Tamandaré é a segunda filial com maior participação no faturamento e

tem os menores custos de vendas. Apresentou resultado bastante satisfatório. Porém, em 2008

a empresa não poderá contar com seu resultado, já que a filial foi vendida no início do ano.

Marmeleiro foi a terceira filial com mais participação na receita, apresentou custos

de vendas e despesas operacionais razoáveis e um lucro pouco significativo.

Brasnorte Agrícola faturou menos que as outras filiais, além de ter alto custo de

vendas e em relação às outras filiais. As Despesas Operacionais tiveram maior participação

em seu faturamento em relação às outras.

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O que se pode concluir diante desta análise é que o custo das vendas é o maior

responsável pelo resultado negativo ou positivo das filiais. Já que Almirante Tamandaré teve

os menores custos de vendas e o melhor resultado e Brasnorte e Paranaguá tiveram custos de

vendas superiores a 90% e geraram prejuízo.

A seguir, serão apresentadas as Demonstrações do Resultado do Exercício de 2007

das filiais que tiveram pouca ou nenhuma participação no faturamento. Algumas delas foram

abertas e ainda não começaram a comercializar, mas tiveram despesas em 2007. A tabela 19

demonstra o resultado de Brasnorte - Comercial.

Tabela 19: DRE de Brasnorte - Comercial AGRO INDUSTRIAL SÃO LUIZ LTDA

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO DO EXERCÍCIO ACUMULADO AT É

31/12/2007

Valores em R$ Descrição

Comércio Receitas Operacionais Brutas 270,00 Adubos e Fertilizantes 270,00 (-) Dedução das Receitas Brutas 0,00 Receitas Operacionais Líquidas 270,00 (-) Custos Diretos das Vendas 187,80 Adubos e Fertilizantes 187,80 Resultado Operacional Bruto 82,20 (-) Despesas Operacionais 59.433,57 Despesas Administrativas 58.694,57 Despesas Tributárias 739,00 Resultado Financeiro Líquido -925,40 Receitas Financeiras 7.607,62 (-) Despesas Financeiras 8.533,02 Outras Receitas Operacionais (-) Outras Despesas Operacionais Resultado Operacional Líquido -60.276,77 Resultado Não Operacional 0,00 Receitas Não Operacionais 0,00 (-) Despesas Não Operacionais 0,00 Resultado antes da Provisão -60.276,77 Continua...

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Conclusão... Provisão para Imposto de Renda 0,00 Provisão para Contribuição Social 0,00 Resultado Líquido do Período -60.276,77 Fonte: Elaborado pelo Autor com base nos dados da pesquisa.

Esta filial apresentou uma receita bastante insignificante, de apenas R$ 270,00 da

venda de adubos e fertilizantes. Apesar disso, teve as despesas fixas, como as despesas

administrativas, compostas por gastos com Correios, Cartórios, Depreciação das máquinas

agrícolas, Energia Elétrica, Honorários Contábeis e Manutenção das balanças para a pesagem.

Nas despesas tributárias, houve apenas gastos com o Alvará.

O Resultado Financeiro Líquido é negativo, pelo fato de os juros recebidos terem

sido menores que os juros de mora e os descontos concedidos. Então, houve prejuízo de R$

60.276,77.

A tabela 20 expõe a DRE de Canarana.

Tabela 20: DRE de Canarana AGRO INDUSTRIAL SÃO LUIZ LTDA

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO DO EXERCÍCIO ACUMULADO AT É

31/12/2007

Valores em R$ Descrição

Comércio Receitas Operacionais Brutas 0,00 (-) Dedução das Receitas Brutas 0,00 Receitas Operacionais Líquidas 0,00 (-) Custos Diretos das Vendas 0,00 Resultado Operacional Bruto 0,00 (-) Despesas Operacionais 45.439,51 Despesas Administrativas 45.005,07 Despesas Tributárias 434,44 Resultado Financeiro 358.876,94 Receitas Financeiras 347.376,94 (-) Despesas Financeiras 0,00 Outras Receitas Operacionais 11.500,00 (-) Outras Despesas Operacionais 0,00 Continua...

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Conclusão... Resultado Operacional Líquido 313.437,43 Resultado Não Operacional 598,54 Receitas Não Operacionais 20.000,00 (-) Despesas Não Operacionais 19.401,46 Resultado antes da Provisão 314.035,97 Provisão para Imposto de Renda 0,00 Provisão para Contribuição Social 0,00 Resultado Líquido do Período 314.035,97 Fonte: Elaborado pelo Autor com base nos dados da pesquisa.

Esta filial apresenta situação bastante semelhante com a Brasnorte Comercial, porém,

não teve receita nenhuma. Suas despesas administrativas são compostas por Assessoria

Jurídica, Cartórios, Depreciação, Honorários Contábeis e Impostos e Taxas. Entre as despesas

tributárias houve apenas gasto com IPVA.

O Resultado Financeiro foi bastante positivo, já que houve apenas Receitas

Financeiras, provenientes de Descontos obtidos. As Outras Receitas Operacionais se

originaram de arrendamento agrícola.

O Resultado não operacional também foi positivo, devido às vendas do ativo fixo

terem superado os custos destas vendas. Apesar de não ter Receitas Operacionais Brutas, esta

filial teve Resultado Líquido positivo, devido às Receitas Financeiras e às Outras Receitas

Operacionais.

O resultado da filial de Xanxerê pode ser analisado a partir da tabela 21.

Tabela 21: DRE de Xanxerê AGRO INDUSTRIAL SÃO LUIZ LTDA

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO DO EXERCÍCIO ACUMULADO AT É

31/12/2007

Valores em R$ Descrição

Comércio Receitas Operacionais Brutas 0,00 (-) Dedução das Receitas Brutas 0,00 Receitas Operacionais Líquidas 0,00 (-) Custos Diretos das Vendas 0,00 Continua...

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Conclusão... Resultado Operacional Bruto 0,00 (-) Despesas Operacionais 2.797,88 Despesas Administrativas 2615,98 Despesas Tributárias 181,90 Resultado Financeiro -5,00 Receitas Financeiras 0,00 (-) Despesas Financeiras 5,00 Outras Receitas Operacionais 0,00 (-) Outras Despesas Operacionais 0,00 Resultado Operacional Líquido -2.802,88 Resultado Não Operacional 0,00 Receitas Não Operacionais 0,00 (-) Despesas Não Operacionais 0,00 Resultado antes da Provisão -2.802,88 Provisão para Imposto de Renda 0,00 Provisão para Contribuição Social 0,00 Resultado Líquido do Período -2.802,88 Fonte: Elaborado pelo Autor com base nos dados da pesquisa.

Esta filial não teve receitas. Seus gastos fixos se originam das Despesas

Operacionais. As Despesas Administrativas são gastos como Cartórios, Despesas com

Comunicação, Honorários Contábeis, Despesas com veículos, Impostos e Taxas e Material de

Expediente. No item Despesas Tributárias, houve gastos com alvará e Taxas e Emolumentos.

O Resultado financeiro é negativo, pois há apenas Despesas Financeiras, a título de juros de

mora. Portanto, esta filial fechou com prejuízo de R$ 2.802,88.

3.2.6 Resumo das análises

A análise de balanços revelou uma situação financeira crítica em ambos os anos e

com retrocesso de alguns índices em 2007, como o CCL, a Liquidez Corrente, a Liquidez

Seca, a participação de capitais de terceiros, a composição do endividamento e a imobilização

dos recursos não correntes. Os índices que apresentaram uma evolução positiva em 2007

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foram a Liquidez Imediata, a Liquidez Geral e a Rentabilidade como um todo. O CGP teve

pouca evolução em 2007, ainda estando bastante negativo no ano.

Enquanto que os custos das vendas diminuíram em 2007, as Despesas Operacionais

aumentaram, prejudicando assim o resultado final. Apesar de 2007 ter sido um ano com

resultados ainda insatisfatórios, houve uma evolução em relação ao ano de 2006, em relação à

margem de contribuição e de segurança e ao ponto de equilíbrio.

Fazendo uma análise geral de todas as filiais apresentadas e comparando-as, percebe-

se que o resultado entre elas é muito diferente, conforme mostra a tabela 22.

Tabela 22: Resumo do Resultado das Filiais Unidades Faturamento % Resultado %

Paranaguá 7.699.044,85 45,21% -879.456,61 -11,42% Almirante Tamandaré 4.090.239,32 24,02% 1.720.397,78 42,29% Marmeleiro 3.507.102,29 20,59% 78.434,73 2,26% Brasnorte Agrícola 1.734.310,38 10,18% -537.913,83 -32,35% Brasnorte Comercial 270,00 0,00% -60.276,77 - Matriz - 0,00% -728.134,43 - Canarana - 0,00% 314.035,97 - Xanxerê - 0,00% -2.802,88 - Total 17.030.966,84 100,00% -95.716,04 -0,57% Fonte: Elaborado pelo Autor com base nos dados da pesquisa.

A partir desta tabela é possível observar que Paranaguá foi a filial que mais faturou,

participando com 45,21% da receita total, mas ao mesmo tempo apresentou o pior resultado.

Almirante Tamandaré foi a filial com melhor resultado e Marmeleiro também teve resultado

positivo, mas bem menor que Almirante Tamandaré. Brasnorte – Agrícola teve péssimo

resultado.

A matriz não teve receitas e as suas despesas geraram um resultado bastante

negativo. Dentre as outras filiais que não tiveram movimento ou movimento insignificante

apenas Canarana apresentou um resultado positivo, devido às Receitas Financeiras e às Outras

Receitas Operacionais.

Portanto, Almirante Tamandaré, Marmeleiro e Canarana foram as filiais que

atribuíram resultado positivo à empresa. No entanto, os resultados negativos das demais filiais

foram maiores e no geral a empresa fechou com prejuízo.

A tabela 23 apresenta uma comparação entre os custos fixos e variáveis, bem como a

margem de contribuição das filiais.

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Tabela 23: Resumo da Margem de Contribuição das Filiais

Unidades Faturamento Custos

Variáveis % M.C.

Custos/Despesas Fixos

%

Paranaguá 7.699.044,85 7.405.264,51 96,18% 3,82% 1.322.534,63 17,18%

Almirante Tamandaré 4.090.239,32 1.150.334,53 28,12% 71,88% 1.201.244,44 29,37%

Marmeleiro 3.507.102,29 2.391.430,68 68,19% 31,81% 988.212,74 28,18%

Brasnorte Agrícola 1.734.310,38 1.602.179,26 92,38% 7,62% 565.407,75 32,60%

Brasnorte Comercial 270,00 187,80 - - 59.433,57 -

Matriz 0 - - - 576.186,74 -

Canarana 0 - - - 45.439,51 -

Xanxerê 0 - - - 2.797,88 -

Total 17.030.966,84 12.549.396,78 73,69% 26,31% 4.761.257,26 27,96%

Fonte: Elaborado pelo Autor com base nos dados da pesquisa.

Ao analisar esta tabela, percebe-se que a margem de contribuição total da empresa de

26,31% não foi suficiente para cobrir os custos fixos, que representam 27,96% da receita

total. Marmeleiro e Almirante Tamandaré tiveram margem de contribuição superior aos seus

custos e despesas fixos, com destaque de Almirante Tamandaré. Já Paranaguá e Brasnorte

Agrícola apresentaram margem de contribuição extremamente baixa e insuficiente para arcar

com os custos e despesas fixos.

A partir da tabela 24 é possível analisar a margem de contribuição por produtos:

Tabela 24: Comparação da Margem de Contribuição dos Produtos Filiais Produtos M.C.

Adubos 73,38% Almirante Tamandaré Copermix 66,10%

Milho 7,61% Brasnorte

Soja 8,20% Soja 52,41% Feijão -79,87% Insumos 22,81%

Marmeleiro

Adubos e Fertilizantes 6,70% Milho -9,26%

Paranaguá Soja 7,56%

Fonte: Elaborado pelo Autor com base nos dados da pesquisa.

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Analisando os produtos comercializados pelas filiais, os Adubos e o Copermix

vendidos por Almirante Tamandaré tiveram as melhores margens de contribuição. Em

seguida, a Soja comercializada por Marmeleiro teve margem de contribuição favorável. Os

insumos apresentaram margem de contribuição relevante e os demais produtos tiveram

margem de contribuição ou menor que 10% ou negativa. O Feijão comercializado em

Marmeleiro teve a margem de contribuição mais desfavorável.

A Soja foi comercializada por três filiais, ou seja, Marmeleiro, Paranaguá e

Brasnorte. Como o preço de venda de Paranaguá e de Marmeleiro é bem semelhante, ou seja,

cerca de R$ 0,54/kg, então ou os custos variáveis destas filiais foram bem diferentes ou houve

algum erro de lançamento dos custos variáveis, já que a margem de contribuição deste

produto é 52,41% em Marmeleiro e 7,56% em Paranaguá. Em Brasnorte-Agrícola, o preço de

venda da soja foi em média R$ 0,38/kg, o que sugere ou que o preço de venda foi muito

baixo, ou que os custos variáveis foram muito altos para ter a margem de contribuição de

apenas 8,20%. Então, a soja apresentou resultados positivos apenas em Marmeleiro.

Em relação ao Milho, seu preço de venda em Brasnorte foi de R$ 0,18/kg e sua

margem de contribuição de apenas 7,61%. Em Paranaguá, o preço de venda do milho foi de

R$ 0,29/kg e como os custos variáveis foram maiores que o preço de venda, sua margem de

contribuição foi negativa. Portanto, o milho não se mostrou um produto rentável em

Paranaguá e em Brasnorte apresentou resultado bem irrelevante.

3.3 Sugestões

A partir da análise dos resultados, fica evidente que a empresa encontra-se em

situação financeira bastante preocupante. Apresentou prejuízo tanto em 2006, quanto em

2007, apesar de 2007 ter sido um ano melhor em relação a ponto de equilíbrio, margem de

contribuição, margem de segurança, rentabilidade e liquidez imediata e geral.

Como a empresa não possui capital para quitar suas dívidas de curto prazo, sugere-se

que ela busque contrair menos dívidas de curto prazo, ou que, ao menos, tenha capital

suficiente para arcar com estas dívidas. O ideal é que a empresa sempre busque ter Capital

Circulante Líquido positivo.

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Além disso, possui o Patrimônio Líquido menor que o Ativo Permanente, ou seja,

também não possui Capital de Giro Próprio. Sugere-se então que a empresa busque aumentar

o valor de seu Patrimônio Líquido e que injete capital próprio ou ainda de terceiros, via

financiamentos de longo prazo, para que consiga saldar suas dívidas e dar fôlego financeiro à

organização.

Outra questão é que os custos das vendas estão muito altos em algumas filiais - como

Paranaguá e Brasnorte Agrícola - além de as despesas operacionais terem aumentado em

2007, não sobrando margem para cobri-las, nem para gerar resultado positivo. Sugere-se que

a empresa busque reduzir os custos variáveis e os custos fixos, bem como aumentar seu

faturamento.

Na empresa não há uma medida de apropriação de custos, o que pode distorcer o

verdadeiro custo dos produtos, no caso da indústria e da agricultura. Custo de mão-de-obra,

energia elétrica e depreciação, por exemplo, não foram considerados para compor o custo dos

produtos na indústria de Almirante Tamandaré, nem da fazenda de Brasnorte. Então, sugere-

se que seja implantando um sistema adequado de medição de custos, o que pode beneficiar a

empresa em descobrir a proporção de cada custo para cada produto ou atividade.

Outra deficiência encontrada foi em relação à forma como os lançamentos contábeis

são inseridos no sistema, pois muitas vezes, estes não obedecem nenhum critério, e algumas

vezes, alguns lançamentos são classificados erroneamente, como aconteceu com a conta

“Adiantamentos de Clientes” que teve seu valor trocado com a conta “Financiamentos” de

curto prazo.

No caso da filial Marmeleiro, pode-se observar que o custo do produto é maior do

que o seu preço de venda. Isso, pois, como houve um acidente com dois caminhões que

transportavam a mercadoria, esta perda parcial foi integrada ao custo do produto. Sugere-se

que a empresa tenha mais cuidado nestas situações, pois esta perda deveria ter sido lançada

nas perdas e não no custo dos produtos.

Também foi verificado que o sistema utilizado pela empresa possui ferramentas de

gestão, no módulo “gerencial”, mas este não é utilizado. Na verdade, não é realizado nenhum

estudo nem análise gerencial na empresa. Sugere-se que a empresa passe a alimentar este

módulo do sistema, para que possa ter informações gerenciais precisas e imediatas. Mas cabe

salientar que é necessário que os lançamentos contábeis sejam realizados de forma correta e

integrada para que as informações gerenciais sejam confiáveis. Para isso, sugere-se que as

pessoas que realizam os lançamentos sejam submetidas a um treinamento que as

conscientizem do cuidado necessário ao se lançar os dados no sistema.

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A empresa até então não tinha como hábito analisar seu resultado por filial, mas

apenas o resultado consolidado. Sugere-se que a empresa passe a analisar também cada filial

separadamente e compará-las às outras, para então descobrir qual delas é a mais lucrativa,

qual provoca mais despesas e custos e qual é a mais deficitária. Esta análise, se tivesse sido

realizada antes da venda de Almirante Tamandaré, talvez tivesse evitado sua venda.

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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este estudo teve como objetivo principal analisar as principais demonstrações

contábeis – Balanço Patrimonial e Demonstração do Resultado do Exercício – para identificar

os principais motivos que levaram a Agro Industrial São Luiz LTDA ao resultado negativo no

exercício de 2007. A pesquisa limitou-se à análise gerencial destas demonstrações, através da

análise de balanços e da análise de custos, volumes e lucros. Como a empresa não tinha o

hábito de analisar seu resultado por filiais, buscou-se identificar a Demonstração do Resultado

do Exercício de cada uma delas para verificar qual contribuía mais ou menos para o resultado

da empresa como um todo.

Para isto, a contabilidade forneceu as demonstrações contábeis analisadas e também

foi necessário levantar dados através do sistema da empresa para levantar os resultados por

filiais. Entrevistas informais foram essenciais para detectar informações relevantes. Através

dos dados obtidos, foi possível alcançar os objetivos específicos, aonde se verificou que a

empresa trabalha com uma margem de contribuição muito apertada (apesar de ser melhor do

que o ano anterior) e insuficiente para cobrir os custos fixos, os quais aumentaram em relação

ao ano anterior ao da pesquisa. A empresa teria ou que trabalhar com custos variáveis

menores ou então aumentar seu faturamento para que consiga ter um resultado positivo e

satisfatório.

Através da análise por filiais foi possível concluir que a filial que mais contribuía

positivamente para o resultado da empresa – Almirante Tamandaré - foi vendida. Então agora

fica a dúvida de como ficará o resultado da empresa sem a contribuição desta filial, uma vez

que as outras filiais apresentaram desempenho extremamente insatisfatório, em especial

Paranaguá.

Com relação aos produtos, os adubos e o Copermix, produzidos e comercializados

por Almirante Tamandaré, apresentaram a melhor margem de contribuição para a empresa.

Em seguida, a Soja comercializada por Marmeleiro apresentou um bom resultado também. Os

demais produtos não contribuíram significativamente para o resultado positivo da empresa.

A análise de balanços permitiu uma visualização mais clara da situação financeira da

empresa, aonde se verificou que a empresa não tem capital para cobrir suas obrigações e ainda

não tem capital próprio para financiar totalmente seu Ativo Permanente. Então na inexistência

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de Capital Circulante Líquido e de Capital de Giro Próprio, foi detectada a situação financeira

deficitária da organização.

Além disso, a empresa utilizou parte de seu capital para aplicar em outra empresa do

grupo, sendo que com este valor, a empresa teria dado liquidez à sua estrutura financeira e a

sua situação financeira certamente não estaria tão insatisfatória. No entanto, cabe a empresa

avaliar se a decisão mais acertada seria investir em outra empresa do grupo ou melhorar a sua

própria situação.

A metodologia adotada para a realização deste trabalho foi adequada com os

objetivos propostos, aonde se pôde chegar às informações e as tratar de forma que os

resultados fossem facilmente encontrados.

Para realizar a primeira parte da pesquisa, ou seja, a análise das demonstrações

contábeis de 2006 e de 2007, bem como a análise de balanços e de custos, volumes e lucros,

não foram encontrados problemas para a obtenção de dados. Porém, para se chegar ao

resultado por filial foi um pouco complicado, pois apesar de a empresa ter a maior parte dos

dados no sistema separados por filiais, foi necessário rastrear alguns dados e separar o que era

concernente a cada filial, já que nem sempre os lançamentos contábeis eram feitos

obedecendo ao critério de separação por filial. Por isso, sabe-se que pode haver uma pequena

margem de erro nos resultados, entretanto estima-se que estes erros não afetam de forma

significativa os resultados.

Contudo, esta dificuldade teve um aspecto positivo, pois no decorrer do rastreamento

dos dados a empresa percebeu a relevância de ter os resultados separados por filiais, já que

permite uma análise mais clara de quanto cada filial contribui para a empresa. Pode-se

considerar que esta pesquisa foi extremamente importante para a empresa, pois além de

revelar a sua situação financeira insatisfatória, detectou em que filiais estão os maiores

problemas e assim fica mais fácil de encontrar soluções. Outra questão foi que a empresa

reconheceu a importância do controle gerencial e não apenas do controle fiscal.

Para o acadêmico, este estudo permitiu além do conhecimento teórico, um grande

conhecimento prático e da rotina da empresa. Para a universidade esta pesquisa contribui para

a base de dados de pesquisa.

O ponto de destaque do trabalho foi ao detalhar os resultados da empresa por filial,

quando foi descoberto que Almirante Tamandaré era a filial que mais dava lucro. Isso foi uma

surpresa, pois se acreditava que esta filial gerava ou prejuízo ou um resultado irrelevante. E

este foi um dos motivos que a empresa vendeu esta unidade. Então, conclui-se que a

organização realmente não fez um estudo de custos detalhado para a venda da filial.

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Outro ponto importante foi que se percebeu que a empresa até então trabalhava sem

dar importância ao controle gerencial e mesmo tendo ferramentas para gerar vários relatórios

de cunho gerencial em seu sistema, nunca alimentou estes dados. Verificou-se, também, que

os lançamentos contábeis são realizados sem muitos critérios e muitas vezes, podem distorcer

o resultado da organização.

A partir da análise dos dados coletados e dos resultados encontrados através de todas

as análises propostas pela fundamentação teórica conclui-se que a empresa se encontra em

grande dificuldade financeira. Para que a empresa reverta esta situação, é fundamental que

algumas mudanças ocorram dentro da mesma, como uma melhor organização dos dados,

separação dos lançamentos por filiais, treinamento das pessoas envolvidas nestes processos.

Além disso, a empresa deve buscar reduzir seus custos fixos e variáveis e aumentar

seu faturamento para que possa ter lucro nos exercícios futuros. A correta administração do

capital próprio e de terceiros também se torna essencial na busca pela recuperação financeira

desta organização.

Este estudo conseguiu identificar os possíveis motivos que levaram a Agro Industrial

São Luiz ao resultado negativo em 2007, mas é importante ressaltar que o estudo limitou-se às

análises de duas importantes demonstrações contábeis através dos principais índices da

análise de balanços e da análise de custos, volumes e lucros. Portanto, acredita-se que pode

haver outros motivos que também foram decisivos para o prejuízo da empresa, mas que não

foram levantados neste trabalho.

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APÊNDICES

Apêndice I – DRE Detalhada da Matriz.

AGRO INDUSTRIAL SÃO LUIZ LTDA

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO DO EXERCÍCIO ACUMULADO AT É 31/12/2007

Valores em R$

Descrição Comércio

Receitas Operacionais Brutas 0,00 (-) Dedução das Receitas Brutas 0,00 Devoluções 0,00 Tributos (PIS, COFINS, CSLL, ICMS, ISS) 0,00 Receitas Operacionais Líquidas 0,00 (-) Custos Diretos das Vendas 0,00 Resultado Operacional Bruto 0,00 (-) Despesas Operacionais 576.186,74 Despesas Administrativas 297.194,44 Aluguel 35.377,49 Auditoria e Consultoria 56.880,24 Brindes e Doações 170,00 Cartórios 2.402,20 Conservação e Manutenção de Veículos 1.803,70 Contribuição a Entidade de Classe 2.830,23 Correios 1.633,25 Depreciação 76.346,57 Despesas com Comunicação 1.884,69 Honorários Contábeis 11.697,00 Despesas com Informática 26.444,01 Despesas com Veículos 1.905,00 Despesas Diversas 361,88 Energia Elétrica 7.342,32 Impostos e Taxas 2.172,75 Material de Expediente 964,50 Material de Limpeza 1.495,39 Seguros 21.848,78 Serviços de Terceiros 17.700,00 Viagens 25.794,44 Despesas com pessoal 148.963,40 Ordenados e Salários 53.154,05 Férias 8.277,89 Gratificações 8.512,00 Continua...

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Conclusão... INSS 33.685,05 FGTS 6.403,24 Aviso Prévio Indenizado 1.731,17 Pró-labore 37.200,00 Despesas Indedutíveis 919,37 Multas 919,37 Despesas Tributárias 129.109,53 IPTU 5.819,42 Contribuição Social 99.698,33 ITR 2.854,61 IPVA 2.313,66 CPMF 17.766,39 Alvará 657,12 Resultado Financeiro -151.947,69 Receitas Financeiras 106.723,83 Variações Monetárias Ativas 15.535,45 Descontos Obtidos 91.063,35 Receitas de Aplicações Financeiras 125,03 (-) Despesas Financeiras 214.237,52 Despesas Bancárias 6.266,17 CPMF 18.142,10 Juros de Mora 74.562,81 Variações Monetárias Passivas 115.266,44 Outras Receitas Operacionais 26.277,38 Recuperação de Despesas 26.277,38 (-) Outras Despesas Operacionais 70.711,38 Impostos sobre outras receitas operacionais 70.711,38 Resultado Operacional Líquido -728.134,43 Resultado Não Operacional 0,00 Receitas Não Operacionais 0,00 (-) Despesas Não Operacionais 0,00 Resultado antes da Provisão -728.134,43 Provisão para Imposto de Renda 0,00 Provisão para Contribuição Social 0,00

Resultado Líquido do Período -728.134,43

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Apêndice II - DRE Detalhada de Almirante Tamandaré

AGRO INDUSTRIAL SÃO LUIZ LTDA

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO DO EXERCÍCIO ACUMULADO AT É 31/12/2007

Valores em R$ Descrição

Indústria Receitas Operacionais Brutas 4.090.239,32 Copermix Granulado 845.773,24 Adubos de Base 3.244.466,08 (-) Dedução das Receitas Brutas 21.822,42 Devoluções 19.200,00 Copermix Granulado Adubos de Base 19.200,00 Tributos (PIS, COFINS, CSLL, ICMS, ISS) 2.622,42 Copermix Granulado 584,02 Adubos de Base 2.038,40 Receitas Operacionais Líquidas 4.068.416,90 (-) Custos Diretos das Vendas 1.147.712,11 Copermix Granulado 286.099,91 Adubos de Base 861.612,20 Resultado Operacional Bruto 2.920.704,79 (-) Despesas Operacionais 1.201.244,44 Despesas Administrativas 611.070,26 Assessoria Jurídica 120.640,64 Assistência Médica 664,24 Cartórios 319,11 Combustíveis e Lubrificantes 53.404,72 Conservação e Manutenção de Instalações 120.316,91 Conservação e Manutenção de Máquinas e Equipamentos 163.063,30 Conservação e Manutenção de Móveis e Utensílios 450,00 Conservação e Manutenção de Veículos 9.832,91 Correios 250,86 Depreciação 21.839,63 Despesas com Comunicação 20.192,42 Despesas com Informática 339,00 Energia Elétrica 66.510,01 Marketing 405,00 Manutenção de Balanças 3.548,30 Material de Expediente 775,08 Material de Limpeza 1.121,53 Serviços de Terceiros 27.063,50 Serviços de Vigilância 233,90 Viagens 99,20 Despesas com Comercialização 320.979,90 Continua...

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Conclusão... Classificação e Análise 900,00 Fretes 283.942,40 Vale Pedágio 35.947,50 Propaganda e Publicidade 190,00 Despesas com pessoal 265.908,83 Ordenados e Salários 135.301,87 Horas Extras 4.081,53 Férias 21.321,96 Gratificações 20.086,52 INSS 51.425,31 FGTS 17.216,88 DSR - Descanso Semanal Remunerado 878,74 Indenizações Trabalhistas 1.850,00 Participação nos lucros 9.221,78 Despesas Médicas 1.486,58 Aviso Prévio Indenizado 3.037,66 Despesas Indedutíveis 476,61 Multas 476,61 Despesas Tributárias 2.808,84 Contribuição Sindical 882,39 IPTU 352,65 ICMS 33,56 IPVA 573,56 Alvará 966,68

Resultado Financeiro 937,43 Receitas Financeiras 1.974,71 Descontos Obtidos 1.974,71 (-) Despesas Financeiras 1.071,91 Juros de Mora 224,70

CPMF 847,21 Outras Receitas Operacionais (-) Outras Despesas Operacionais -34,63 Resultado Operacional Líquido 1.720.397,78 Resultado Não Operacional 0,00 Receitas Não Operacionais 0,00 (-) Despesas Não Operacionais 0,00 Resultado antes da Provisão 1.720.397,78 Provisão para Imposto de Renda 0,00 Provisão para Contribuição Social 0,00

Resultado Líquido do Período 1.720.397,78

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Apêndice III - DRE Detalhada de Brasnorte - Agrícola

AGRO INDUSTRIAL SÃO LUIZ LTDA

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO DO EXERCÍCIO ACUMULADO AT É 31/12/2007

Valores em R$ Descrição

Agricultura Receitas Operacionais Brutas 1.734.310,38 Produtos Agrícolas 995.810,38 Milho 51.326,62 Soja 944.483,76 Serviços 738.500,00 (-) Dedução das Receitas Brutas 71.449,32 Devoluções Tributos (PIS, COFINS, CSLL, ICMS, ISS) 71.449,32 Serviços 71.449,32 Receitas Operacionais Líquidas 1.662.861,06 (-) Custos Diretos das Vendas 1.530.729,94 Produtos Agrícolas 914.444,54 Milho 47.421,33 Soja 867.023,21 Serviços 616.285,40 Resultado Operacional Bruto 132.131,12 (-) Despesas Operacionais 565.407,75 Despesas Administrativas 1.043.685,57 Assessoria Jurídica 1.800,00 Cartórios 9.884,50 Combustíveis e Lubrificantes 12.423,41 Conservação e Manutenção de Instalações 202.206,35 Conservação e Manutenção de Máquinas e Equipamentos 125.427,63 Conservação e Manutenção de Móveis e Utensílios 13.004,34 Conservação e Manutenção de Veículos 10.381,15 Contribuição a Entidade de Classe 5.041,35 Correios 36,80 Depreciação 561.117,96 Despesas com Comunicação 6.897,41 Honorários Contábeis 2.548,40 Despesas com Informática 1.571,00 Despesas Fotográficas 16,80 Despesas com Veículos 9.177,30 Despesas Diversas 2.608,05 Energia Elétrica 461,08 Despesas com licenciamento de software 556,14 Impostos e Taxas 37.705,89 Manutenção de Balanças 6.570,00 Continua...

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119

Continuação... Material de Expediente 1.043,37 Material de Limpeza 742,76 Refeições 17.548,42 Seguros 10.406,37 Serviços de Terceiros 1.038,66 Viagens 3.470,43 Outras Despesas Agrícolas -676.757,52 Calagem e Adubação 31.829,40 Outras Despesas Agrícolas 700.436,02 (-) Transferência para cultura em formação 1.409.022,94 Despesas com Comercialização 4.020,00 Fretes 4.020,00 Despesas com pessoal 135.610,29 Ordenados e Salários 114.460,73 Horas Extras 37.806,97 Férias 17.711,69

Gratificações 15.077,60 INSS 5.537,10 FGTS 19.703,45 DSR – Descanso Semanal Remunerado 7.606,94 Indenizações Trabalhistas 22.000,00 Participação nos lucros 3.370,06 Despesas Médicas 1.924,50 Aviso Prévio Indenizado 12.611,25 (-) Recuperação de Despesas e Encargos Sociais -122.200,00 Despesas Indedutíveis 191,54 Multas 191,54 Despesas Tributárias 58.657,87 Taxas e Emolumentos 13.000,00 Contribuição Sindical 360,78 ITR 39.727,45 ICMS 871,76 Fethab 3.958,88 Alvará 739,00 Resultado Financeiro -87.866,89 Receitas Financeiras 68.280,38 Juros Recebidos 16.659,17 Descontos Obtidos 51.621,21 (-) Despesas Financeiras 376.811,73 Juros de Mora 136.039,48 Juros Sobre Financiamento 230.115,03 Descontos Concedidos 10.657,22 Outras Receitas Operacionais 223.425,00 Arrendamento Agrícola 223.425,00 (-) Outras Despesas Operacionais 2.760,54 Resultado Operacional Líquido -521.143,52 Resultado Não Operacional -16.770,31 Continua...

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120

Conclusão... Receitas Não Operacionais 65.000,00 Vendas do Ativo Fixo 65.000,00 (-) Despesas Não Operacionais 81.770,31 Custos das Vendas do Ativo Fixo 81.770,31 Resultado antes da Provisão -537.913,83 Provisão para Imposto de Renda 0,00 Provisão para Contribuição Social 0,00

Resultado Líquido do Período -537.913,83

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Apêndice IV - DRE Detalhada de Marmeleiro

AGRO INDUSTRIAL SÃO LUIZ LTDA

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO DO EXERCÍCIO ACUMULADO AT É 31/12/2007

Valores em R$ Descrição

Comércio Receitas Operacionais Brutas 3.507.102,29 Produtos Agrícolas 2.571.699,30 Soja 2.344.233,30 Feijão 227.466,00 Insumos 27.934,00 Semente de Feijão 27.934,00 Adubos e Fertilizantes 887.485,75 Serviços 19.983,24 (-) Dedução das Receitas Brutas 32.771,50 Devoluções 29.400,00 Feijão 29.400,00 Tributos (PIS, COFINS, CSLL, ICMS, ISS) 3.371,50 Feijão 2.772,00 Serviços 599,50 Receitas Operacionais Líquidas 3.474.330,79 (-) Custos Diretos das Vendas 2.388.059,18 Produtos Agrícolas 1.521.904,89 Soja 1.115.542,87 Feijão 406.362,02 Insumos 21.562,29 Semente de Feijão 21.562,29 Adubos e Fertilizantes 828.043,06 Serviços 16.548,94 Resultado Operacional Bruto 1.086.271,61 (-) Despesas Operacionais 988.212,74 Despesas Administrativas 119.258,41 Auditoria e Consultoria 10.684,70 Combustíveis e Lubrificantes 13.240,16 Conservação e Manutenção de Instalações 7.318,00 Conservação e Manutenção de Máquinas e Equipamentos 1.528,00 Conservação e Manutenção de Veículos 365,00 Depreciação 28.731,54 Despesas com Comunicação 6.781,34 Despesas com Armazenagem 391,62 Energia Elétrica 45.530,46 Impostos e Taxas 1.616,57 Manutenção de Balanças 863,80 Material de Expediente 1.920,00 Continua...

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122

Conclusão... Viagens 287,22 Despesas com Comercialização 702.882,71 Classificação e Análise 2.809,50 Fretes 657.239,91

Vale Pedágio 42.833,30 Despesas com pessoal 133.735,81 Ordenados e Salários 78.802,89 Horas Extras 140,07 Férias 10.416,54

Gratificações 7.192,80 INSS 25.146,24 FGTS 7.861,34 Adicional Noturno 4.175,93 Despesas Indedutíveis Multas Despesas Tributárias 32.335,81 Taxas e Emolumentos -1.297,25 INSS - FUNRURAL 19.848,07 IPTU 3.640,07 ICMS -926,95 CPMF 10.710,07 Alvará 361,80 Resultado Financeiro -19.624,14 Receitas Financeiras 11.667,51 Juros Recebidos 10.469,51 Descontos Obtidos 1.193,46 Receitas de Aplicações Financeiras 4,54 (-) Despesas Financeiras 30.489,55 Despesas Bancárias 6.291,44 Juros de Mora 154,30 CPMF 24.040,17 Descontos Concedidos 3,64 Outras Receitas Operacionais 2,28 (-) Outras Despesas Operacionais 804,38 Resultado Operacional Líquido 78.434,73 Resultado Não Operacional 0,00 Receitas Não Operacionais 0,00 (-) Despesas Não Operacionais 0,00 Resultado antes da Provisão 78.434,73 Provisão para Imposto de Renda 0,00 Provisão para Contribuição Social 0,00

Resultado Líquido do Período 78.434,73

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Apêndice V - DRE Detalhada de Paranaguá

AGRO INDUSTRIAL SÃO LUIZ LTDA

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO DO EXERCÍCIO ACUMULADO AT É 31/12/2007

Valores em R$ Descrição

Comércio Receitas Operacionais Brutas 7.699.044,85 Produtos Agrícolas 7.689.994,85 Milho (mercado externo) 1.723.712,76 Soja 5.966.282,09 Soja (mercado interno) 2.100.000,00 Soja (mercado externo) 3.866.282,09 Serviços 9.050,00 (-) Dedução das Receitas Brutas 0,00 Devoluções 0,00 Tributos (PIS, COFINS, CSLL, ICMS, ISS) 0,00

Receitas Operacionais Líquidas 7.699.044,85 (-) Custos Diretos das Vendas 7.405.264,51 Produtos Agrícolas 7.398.679,08 Milho (mercado externo) 1.883.262,07 Soja 5.515.417,01 Soja (mercado interno) 1.941.305,41 Soja (mercado externo) 3.574.111,60 Serviços 6.585,43 Resultado Operacional Bruto 293.780,34 (-) Despesas Operacionais 1.322.534,63 Despesas Administrativas 688.658,67 Água e Esgoto 2.482,54 Aluguel 30.240,00 Assessoria Jurídica 2.410,00 Cartórios 28,20 Conservação e Manutenção de Instalações 690,23 Conservação e Manutenção de Móveis e Utensílios 340,00 Contribuição a Entidade de Classe 198,10 Correios 304,20 Depreciação 67.469,00 Despesas com Comunicação 7.140,41 Honorários Contábeis 1.050,00 Despesas com Armazenagem 4.169,71 Despesas com importação 155,20

Energia Elétrica 38.980,34 Imunização de armazéns 1.800,00 Impostos e Taxas 5.756,97 Material de Trabalho – EPI 633,00 Continua...

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Conclusão... Seguros 10.240,29 Serviços de Terceiros 511.886,13 Despesas com Comercialização 25.243,36 Classificação e Análise 3.024,04 Fretes 20,00 Propaganda e Publicidade 235,09 Comissões sobre vendas 21.964,23 Despesas com pessoal 600.167,80 Ordenados e Salários 274.357,63 Horas Extras 87.656,94 Férias 37.909,57 Adicional Noturno 3.003,12 INSS 121.358,81 FGTS 38.837,23 DSR - Descanso Semanal Remunerado 18.048,78 Participação nos lucros 9.886,62 Despesas Médicas 7.717,88 Aviso Prévio Indenizado 1.391,22 Despesas Indedutíveis 1.000,00 Multas 1.000,00 Despesas Tributárias 7.464,80 Contribuição Sindical 1.261,39 IPTU 3.339,77 ICMS 21,63 Alvará 2.842,01 Resultado Financeiro 149.297,68 Receitas Financeiras 157.890,17 Descontos Obtidos 714,10 Variações Monetárias Ativas 157.176,07 (-) Despesas Financeiras 8.319,54 Juros de Mora 185,50 Variações Cambiais Passivas 4.421,28 Descontos Concedidos 3.712,76 Outras Receitas Operacionais 40,33 Recuperação de Despesas 40,33 Outras Despesas Operacionais 313,28 Resultado Operacional Líquido -879.456,61 Resultado Não Operacional 0,00 Receitas Não Operacionais 0,00 (-) Despesas Não Operacionais 0,00 Resultado antes da Provisão -879.456,61 Provisão para Imposto de Renda 0,00 Provisão para Contribuição Social 0,00

Resultado Líquido do Período -879.456,61

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Apêndice VI - DRE Detalhada de Brasnorte - Comercial

AGRO INDUSTRIAL SÃO LUIZ LTDA

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO DO EXERCÍCIO ACUMULADO AT É 31/12/2007

Valores em R$ Descrição

Comércio Receitas Operacionais Brutas 270,00 Adubos e Fertilizantes 270,00 (-) Dedução das Receitas Brutas Devoluções Tributos (PIS, COFINS, CSLL, ICMS, ISS) Receitas Operacionais Líquidas 270,00 (-) Custos Diretos das Vendas 187,80 Adubos e Fertilizantes 187,80 Resultado Operacional Bruto 82,20 (-) Despesas Operacionais 59.433,57 Despesas Administrativas 58.694,57 Cartórios 6,90 Correios 66,00 Depreciação 13.593,60 Honorários Contábeis 2.846,40 Energia Elétrica 37.751,67 Manutenção de Balanças 4.430,00 Despesas com pessoal 0,00 Despesas Indedutíveis 0,00 Despesas Tributárias 739,00 Alvará 739,00 Resultado Financeiro Líquido -925,40 Receitas Financeiras 7.607,62 Juros Recebidos 7.607,62 (-) Despesas Financeiras 8.533,02 Juros de Mora 4,20 Descontos Concedidos 8.528,82 Outras Receitas Operacionais 0,00 (-) Outras Despesas Operacionais 0,00 Resultado Operacional Líquido -60.276,77 Resultado Não Operacional 0,00 Receitas Não Operacionais 0,00 (-) Despesas Não Operacionais 0,00 Resultado antes da Provisão -60.276,77 Continua...

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126

Conclusão... Provisão para Imposto de Renda 0,00 Provisão para Contribuição Social 0,00

Resultado Líquido do Período -60.276,77

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Apêndice VII - DRE Detalhada de Canarana

AGRO INDUSTRIAL SÃO LUIZ LTDA

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO DO EXERCÍCIO ACUMULADO AT É 31/12/2007

Valores em R$ Descrição Comércio

Receitas Operacionais Brutas 0,00 (-) Dedução das Receitas Brutas 0,00 Devoluções 0,00 Tributos (PIS, COFINS, CSLL, ICMS, ISS) 0,00 Receitas Operacionais Líquidas 0,00 (-) Custos Diretos das Vendas 0,00 Resultado Operacional Bruto 0,00 (-) Despesas Operacionais 45.439,51 Despesas Administrativas 45.005,07 Assessoria Jurídica 5.000,00 Cartórios 14.460,60 Depreciação 15.732,01 Honorários Contábeis 6.205,00 Impostos e Taxas 3.607,46 Despesas com pessoal 0,00 Despesas Indedutíveis 0,00 Despesas Tributárias 434,44 IPVA 434,44 Resultado Financeiro 358.876,94 Receitas Financeiras 347.376,94 Descontos Obtidos 347.376,94 (-) Despesas Financeiras 0,00 Outras Receitas Operacionais 11.500,00 Arrendamento Agrícola 11.500,00 (-)Outras Despesas Operacionais Resultado Operacional Líquido 313.437,43 Resultado Não Operacional 598,54 Receitas Não Operacionais 20.000,00 Vendas do Ativo Fixo 20.000,00 (-) Despesas Não Operacionais 19.401,46 Custos das Vendas do Ativo Fixo 19.401,46 Resultado antes da Provisão 314.035,97 Provisão para Imposto de Renda 0,00 Provisão para Contribuição Social 0,00

Resultado Líquido do Período 314.035,97

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Apêndice VIII - DRE Detalhada de Xanxerê

AGRO INDUSTRIAL SÃO LUIZ LTDA

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO DO EXERCÍCIO ACUMULADO AT É 31/12/2007

Valores em R$ Descrição Comércio

Receitas Operacionais Brutas 0,00 (-) Dedução das Receitas Brutas 0,00 Devoluções 0,00 Tributos (PIS, COFINS, CSLL, ICMS, ISS) 0,00 Receitas Operacionais Líquidas 0,00 (-) Custos Diretos das Vendas 0,00 Resultado Operacional Bruto 0,00 (-) Despesas Operacionais 2.797,88 Despesas Administrativas 2.615,98 Cartórios 188,40 Despesas com Comunicação 672,83 Honorários Contábeis 50,00 Despesas com Veículos 1.440,00 Impostos e Taxas 38,25 Material de Expediente 226,50 Despesas com pessoal 0,00 Despesas Indedutíveis 0,00 Despesas Tributárias 181,90 Taxas e Emolumentos 5,00 Alvará 176,90 Resultado Financeiro -5,00 Receitas Financeiras 0,00 (-) Despesas Financeiras 5,00 Juros de Mora 5,00 Outras Receitas Operacionais 0,00 (-) Outras Despesas Operacionais 0,00 Resultado Operacional Líquido -2.802,88 Resultado Não Operacional 0,00 Receitas Não Operacionais 0,00 (-) Despesas Não Operacionais 0,00 Resultado antes da Provisão -2.802,88 Provisão para Imposto de Renda 0,00 Provisão para Contribuição Social 0,00

Resultado Líquido do Período -2.802,88

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AGRO INDUSTRIAL SÃO LUIZ LTDA RUA 1101, Nº 60 – SALA 103 - CEP 88.330-774 - BALNEÁRIO CAMBORIÚ/SC

FONE/FAX : (47) 3363-0584 - E-MAIL [email protected]

DECLARAÇÃO

A organização cedente de estágio Agro Industrial São Luiz LTDA declara, para os

devidos fins, que a estagiária Renata Boni, aluna do Curso de Administração do Centro de

Ciências Sociais e Aplicadas – CECIESA/Gestão da Universidade do Vale do Itajaí –

UNIVALI, de 03 de março de 2008 a 03 de novembro de 2008, cumpriu a carga horária de

estágio prevista para este período, seguiu o cronograma de trabalho estipulado no Projeto de

Estágio e respeitou nossas normas internas.

Balneário Camboriú, 03 de novembro de 2008.

_____________________________

Silvano Pelepenko

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ASSINATURAS DOS RESPONSÁVEIS

Renata Boni

Estagiária

Silvano Pelepenko

Supervisor de Campo

Prof. André Graf de Almeida

Orientador de Estágio

Prof. Eduardo Krieger da Silva

Responsável pelos Estágios em Administração