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Projeto – Banco do Brasil Energia Geração , Transmissão e Distribuição
Análise Macroeconômica Segundo Trimestre de 2013
CENÁRIO ECONÔMICO 2013 - ATIVIDADE
A atividade econômica tem demorado mais que o habitual
para ganhar tração. Por quê?
PIB 1 Trimestre - Categorias
PIB Geral 0,6% Indústria
-0,3%
Serviços 0,5%
Agro 9,7%
Famílias 0,1%
Governo 0,0%
FBCF 4,6%
Exportação -6,4%
Importação 6,3%
Var. (%) ante trimestre anterior.
Fonte: IBGE
Como vem sendo a atividade até aqui?
IBC – BR: Taxa de Variação (%) e Linha de Tendência (Jan10 a Mai 13)
-0,10
-0,05
0,00
0,05
0,10
0,15
0,20
jan/10 Abr Jul Out jan/11 Abr Jul Out jan/12 Abr Jul Out jan/13 Abr
CENÁRIO ECONÔMICO 2013 - Atividade
Var. (%) mensal.
Fonte: Banco Central do Brasil
O setor de Serviços, que até então apresentava dinamismo,
perdeu força no primeiro trimestre
PIB Serviços – 1 Tri/11 a 1 Tri/13 - MoM
CENÁRIO ECONÔMICO 2013 - Serviços
0,92%
0,35%
-0,19%
0,83%
0,00%
0,80%
0,25%
0,73%
0,48%
1T11 2T11 3T11 4T11 1T12 2T12 3T12 4T12 1T13
Serviços total
0,48% Comércio
0,64%
Transporte -0,87%
Serv. Informação
0,26% Inter.
Financeira 0,14%
Outros -0,49%
Imobiliário e Aluguel 0,67%
Adm., Saúde ed.
Pública 0,85%
Abertura do PIB Serviços – 1Tri/13
Fonte: IBGE
A Indústria apresenta alta volatilidade e, ao menos no
primeiro trimestre, mostrou fraco desempenho
PIB Indústria – 1 Tri/11 a 1 Tri/13 - MoM
CENÁRIO ECONÔMICO 2013 - Indústria
Abertura do PIB Indústria – 1Tri/13
1,0%
-0,9% -1,1%
1,1%
-1,6%
0,6%
0,0%
-0,3%
2T11 3T11 4T11 1T12 2T12 3T12 4T12 1T13
Indústria Total -0,3%
Ext. Mineral -2,1%
Transformação
0,3%
Construção -0,1%
Eletr. e gás e água -0,1%
Fonte: IBGE
Mesmo com altos e baixos, depois de cair 2,7% em 2012, a
indústria vem se recuperando em 2013 (+2,2% até junho).
CENÁRIO ECONÔMICO 2013 - Indústria
-0,03
-0,02
-0,01
0
0,01
0,02
0,03
0,04
jan/10 Abr Jul Out jan/11 Abr Jul Out jan/12 Abr Jul Out jan/13 Abr
Produção Industrial – Variação (%) e Linha de Tendência - (Jan10 a Mai 13)
Fonte: IBGE
Segmentos que tem contribuído para a retomada, mesmo
que lenta: Montadoras e Máquinas e Equipamentos
Destaques Positivos - Produção Industrial – 1 Sem13 / 1 Sem 12
CENÁRIO ECONÔMICO 2013 - Indústria
Categorias 1Sem13 Peso
Veículos Automotores 15,06% 7,4%
Outros Equipamentos de Transporte 8,44% 1,5%
Refino de Petróleo e Álcool 8,10% 8,4%
Máquinas, Aparelhos e Materiais Elétricos 7,84% 2,8%
Equip. Médico-hospitalar, Ópticos e Outros 6,90% 0,9%
Borracha e Plástico 5,96% 4,1%
Mobiliário 5,46% 1,3%
Calçados e Artigos de Couro 5,02% 2,0%
Máquinas e Equipamentos 4,86% 6,1%
Madeira 4,16% 1,3%
Fonte: IBGE
Segmentos que no 1 semestre contribuíram para a redução
do ímpeto da atividade industrial
Destaques Negativos - Produção Industrial – 1 Sem 13 / 1 Sem 12
CENÁRIO ECONÔMICO 2013 - Indústria
Categorias 1Sem13 Peso
Fumo -13,05% 1,0%
Edição, Imp e Rep de Gravações -10,07% 4,7%
Indústria Extrativa -5,99%
Têxtil -3,53% 3,2%
Metalurgia Básica -3,52% 6,2%
Produtos de Metal, excl. Máquinas e Equipamentos -2,07% 3,8%
Farmacêutica -2,07% 3,7%
Vestuário e Acessórios -1,50% 2,0%
Diversos -0,82% 0,9%
Bebidas -0,67% 3,4%
Fonte: IBGE
Mercado de trabalho ainda se encontra “apertado” embora
comece dar sinais de menor força nas contratações
Taxa Mensal de Desemprego (%) – Jan 12 a Jun 13
CENÁRIO ECONÔMICO 2013 – Trabalho
4,0
4,5
5,0
5,5
6,0
jan/12 abr/12 jul/12 out/12 jan/13 abr/13
Média: 5,57
Fonte: IBGE
O rendimento médio ainda apresenta força, principalmente
nos segmentos formalizados
Evolução do Rendimento Médio (R$) – Jan 12 a Jun 13
CENÁRIO ECONÔMICO 2013 - Trabalho
1.200
1.400
1.600
1.800
2.000
1T11 2T11 3T11 4T11 1T12 2T12 3T12 4T12 1T13
Rend. Real Habitual Rend. Real com Carteira (suavizado)
Rend. Real sem Carteira Rend. Real Conta Própria Fonte: IBGE
Durante o primeiro semestre a Política Monetária precisou
ser revertida para combater a elevação de preços
Evolução IPCA x Taxa Selic– Jan 12 a Jun 13
CENÁRIO ECONÔMICO 2013 – IPCA x SELIC
6%
8%
10%
12%
4,0
5,0
6,0
7,0
8,0
jan/12 abr/12 jul/12 out/12 jan/13 abr/13
Me
ta S
EL
IC
IPC
A (
%)
Selic IPCA - 12 meses
Fonte: IBGE e Banco Central do Brasil
CENÁRIOS LAFIS - CENTRAL E ALTERNATIVO
Cenário Central
(Probabilidade: 70%)
Externo: O cenário central da Lafis contempla maior estabilidade, em que o baixo dinamismo da Zona do Euro se estenda por período prolongado. Quanto aos Estados Unidos, espera-se recuperação gradual.
Interno: A Lafis espera que a atividade apresente desempenho mais interessante que o ano anterior. Por outro lado, dado o ainda alto índice de inflação, espera-se que o Governo continue adotando medidas mais retencionistas, sobretudo na política monetária.
Cenário Alternativo
(Probabilidade: 30%)
Externo: No cenário alternativo, que contempla a ocorrência de eventos agudos (saída de países periféricos da Zona do Euro ou mesmo o defaults em dívidas soberanas), as projeções terão desvio significativo.
Interno: Apesar dos estímulos, a indústria poderá se ressentir de forma mais intensa dos problemas estruturais de forma a limitar sua recuperação. No mesmo sentido, os níveis de endividamento e de comprometimento da renda poderão prejudicar ritmo de crescimento do consumo das famílias.
PERSPECTIVAS 2013 – PIB
As projeções da Lafis apontam para um ano de melhor dinamismo econômico, associado à
recuperação da indústria (1,9%) e da agropecuária (8,2%); espera-se também uma
aceleração no setor de serviços (2,4%), depois do desempenho morno observado em
2012. Com isso, a Lafis estima crescimento do PIB em torno de 2,3% em 2013.
PIB
2,3%
PIB Serviços
2,4%
PIB Agropecuário
8,2% PIB Indústria
1,9%
2013: Ano de recuperação?
Crescimento Anual – PIB e seus Componentes
Fonte: Projeções Lafis
PERSPECTIVAS 2013 - PIB Serviços
Para 2013, a Lafis estima que o PIB de Serviços possa crescer 2,4%, o que representaria
uma satisfatória aceleração diante do crescimento de 2012 (1,7%). Tal desempenho deverá
refletir o crescimento do Comércio, importante componente do setor, que poderá
apresentar alta de 3,3%, acima do crescimento de 1,0% registrado em 2012.
5,0%
3,7% 4,2%
6,1% 4,9%
2,1%
5,5%
2,7%
1,7% 2,4%
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 P
Crescimento Anual – PIB Serviços
Setor de Serviços cresce moderadamente
Fonte: IBGE. Projeções Lafis
PERSPECTIVAS 2013 - PIB Indústria
Para 2013, a Lafis espera crescimento em torno de 1,9% do PIB industrial, pautado na
recuperação da indústria de transformação e na Produção e Distribuição Eletrétrica, de
Gás e Água. Aliado a isso, a manutenção da dinâmica da construção civil favorecerá o
crescimento do setor no ano.
7,9%
2,1% 2,2%
5,3% 4,1%
-5,6%
10,4%
1,6%
-0,8%
1,9%
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 P
Indústria ainda não engrena
Crescimento Anual – PIB Indústria
Fonte: IBGE. Projeções Lafis
PERSPECTIVAS 2013 - PIB Indústria
A indústria de transformação, principal componente do PIB industrial, poderá lidar com
um cenário macroeconômico menos adverso que em 2012 e crescer 2,3% em 2013. O
câmbio e os juros (mesmo com a alta esperada) deverão se manter em patamares
favoráveis ao investimento à exportação, estimulando a atividade industrial.
Indústria
1,9%
Transformação
2,3% Extrativa Mineral
-0,4%
Construção
1,8%
Eletr. Gás e Água
2,1%
Indústria de transformação deverá ditar recuperação do setor
Projeções Lafis
PERSPECTIVAS 2013 – Mercado de Trabalho
Em 2013, no cenário que contempla recuperação da atividade industrial, a preocupação
com a capacidade de contratação de mão de obra especializada deverá ser intensificado,
refletindo-se em maiores níveis de formalização da mão de obra e garantindo ganhos
salariais reais para diversas categorias, como já ocorreu em 2012.
Com isso, a Lafis espera que o mercado de trabalho se mantenha forte ao longo de 2013,
respeitando a sazonalidade do indicador. Com isso, a taxa média de desemprego poderá
atingir 5,5% ao final do ano.
Rendimento Médio R$ 1.928,30
1,6%
Taxa Média de Desemprego 2013
5,5%
Massa Salarial 3,4%
Recuperação da atividade evidencia pressão no mercado de trabalho
Projeções Lafis
PERSPECTIVAS 2013 - Inflação
O cenário inflacionário para 2013 mantém-se bastante indefinido, uma vez que decisões
institucionais poderão ter impacto significativo não somente sobre os preços dos produtos
administrados, como a energia elétrica e a gasolina, mas também sobre os produtos cujos
preços tem flutuação livre, com intervenções via desonerações tributárias. A Lafis estima
que o IPCA atinja 5,8% findo 2013; com desaceleração do índice mais evidente a partir do
segundo semestre.
7,6%
5,7%
3,1%
4,5%
5,9%
4,3%
5,9% 6,5%
5,8% 5,8%
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
Cenário ainda nebuloso
Evolução do IPCA
Fonte: IBGE - Projeções Lafis
PERSPECTIVAS 2013 – Taxa de Juros SELIC
Após atingir seu menor patamar em novembro de 2012 (taxa esta que permaneceu
inalterada até fevereiro de 2013), já em março deste ano, o BACEN decidiu reverter a
trajetória da taxa SELIC, passando a adotar uma política contracionista de elevação da
taxa.
As razões para tal ação se assentam no combate ao alto nível inflacionário (em razão do
alto consumo das famílias e por uma política fiscal expansionista),
25,00%
16,50% 17,75% 18,00%
13,25% 11,25%
13,75%
8,75% 10,75%
11,00%
7,25% 9,25%
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 P
SELIC sobe após atingir seu nível mais baixo
Evolução da Selic (% a.a.)
Quadro de Projeções - Lafis
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 P 2014 P 2015 P
Atividade Econômica
PIB - US$ bi 1.366 1.653 1.622 2.143 2.473 2.252 2.235 2.280 2.496
PIB - % cresc. Real 6,1% 5,2% -0,3% 7,5% 2,7% 0,9% 2,3% 3,6% 2,9%
Agropecuária 4,8% 6,3% -3,1% 6,3% 3,9% -2,3% 8,2% 4,0% 4,5%
Indústria (c/ construção) 5,3% 4,1% -5,6% 10,4% 1,6% -0,8% 1,9% 4,1% 3,5%
Serviços 6,1% 4,9% 2,1% 5,5% 2,7% 1,7% 2,4% 3,7% 2,7%
Impostos sobre produtos 7,7% 7,6% -0,3% 11,7% 4,3% 1,6% 0,7% 2,5% 2,3%
PIB per capita - US$1,00 7.281 8.717 8.472 11.087 12.689 11.460 11.285 11.429 12.424
Mercado de Trabalho
Taxa de Desocupação (média anual) 9,3% 7,9% 8,1% 6,7% 6,0% 5,5% 5,5% 5,4% 5,3%
Rendimento Médio (variação real anual) 3,5% 3,9% 2,4% 4,4% 2,9% 4,3% 1,6% 3,6% 3,0%
Massa Salarial (variação real anual) 6,2% 7,6% 3,7% 7,4% 5,3% 6,4% 3,4% 5,5% 5,0%
Inflação
Inflação: IGP-DI, FGV (variação anual) 7,9% 9,1% -1,4% 11,3% 5,0% 8,1% 4,5% 5,6% 6,0%
Inflação: IPCA, IBGE (variação anual) 4,5% 5,9% 4,3% 5,9% 6,5% 5,8% 5,8% 5,6% 5,4%
Setor Externo
Exportações - US$ bi 160,6 197,9 153,0 201,9 256,0 242,6 245,8 260,5 280,3
Importações - US$ bi 120,6 173,0 127,7 181,8 226,2 222,9 241,1 255,3 270,4
Balança Comercial - US$ bi 40,0 24,9 25,3 20,2 29,8 19,6 4,7 5,2 9,9
Transações Correntes (US$ bi) 1,6 -28,2 -24,3 -47,3 -52,5 -54,2 -72,5 -75,9 -78,4
Transações Correntes/PIB 0,1% -1,7% -1,5% -2,2% -2,1% -2,4% -3,2% -3,3% -3,1%
Investimento Estrangeiro Direto Líquido -
US$ bi 34,6 45,1 25,9 48,5 66,7 65,3 64,2 65,1 62,2
Finanças Públicas
NFSP (% PIB) - primário -3,31% -3,42% -2,00% -2,70% -3,11% -2,38% -2,00% -1,96% -2,52%
Taxa de Câmbio
Taxa de Câmbio Comercial, média
(R$/US$) 1,95 1,83 2,00 1,76 1,67 1,95 2,11 2,26 2,25
Taxa de Câmbio Comercial, final (R$/US$) 1,79 2,39 1,75 1,69 1,84 2,08 2,18 2,25 2,29
Taxa de Juros
Juros:Selic (referencial), final, % aa 11,25% 13,75% 8,75% 10,75% 11,00% 7,25% 9,25% 9,25% 9,75%
Juros:Selic (referencial) média, % aa 11,98% 12,54% 9,92% 10,00% 11,79% 8,46% 8,31% 9,25% 9,46%
(P) Projeção Lafis
Fonte: Banco Central do Brasil, IBGE, FGV,
Secex; Elaboração Lafis