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Pediatria ANAMNESE PEDIÁTRICA

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Pediatria

ANAMNESE PEDIÁTRICA

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SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA: ANAMNESE

APRESENTAÇÃO E CONSIDERAÇÕES O médico deve se apresentar para o paciente, da mesma maneira que na anamnese do adulto. Entretanto, na pediatria, deve-se sempre perguntar o nome do acompanhante da criança (e como gosta de ser chamado), assim como sua relação/parentesco com a mesma. Em seguida, anotar essa informação no prontuário, visto que uma mesma queixa pode ser apresentada de formas diversas pela mãe, pai, avó, babá, entre outros.

Ademais, recordar que os pais darão sua interpretação dos sinais e sintomas da criança, que muitas vezes será influenciada por seus próprios problemas e ansiedades. Portanto, sempre que possível ouça a criança juntamente com os pais, para então avaliar os pontos de vista.

Vamos estudar a estrutura da anamnese? Atente-se as particularidades e maior detalhamento em relação a anamnese do adulto.

IDENTIFICAÇÃO

• Nome completo; • Data de nascimento; • Idade completa (Inclusive Idade corrigida para prematuros); • Naturalidade e procedência; • Sexo; • Cor, raça, grupo étnico; • Religião; • Endereço; • Nome e idade dos pais; • Informante; • Grau de confiança; • Se frequenta escola, creche.

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Você se lembra da classificação por faixas etárias na Pediatria?

Recém Nascido 0 - 28 dias

Lactente 29 dias – 2 anos incompletos

Pré Escolar 2 anos – 6 anos incompletos

Escolar 6 anos – 10 anos incompletos

Adolescentes 10 – 18 anos incompletos

QUEIXA PRINCIPAL E DURAÇÃO (QD)

Geralmente dita pelo acompanhante da criança e deve ser anotada no prontuário com os dizeres do mesmo, entre aspas. Não usar diagnósticos!

Além disso, identificar corretamente o tempo de evolução.

OBS: nem sempre haverá uma queixa, muitas vezes a consulta pediátrica é pautada apenas em consultas de acompanhamento.

HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL (HDA)

Deve-se detalhar a Queixa Principal, quais os sinais e sintomas presentes, assim como as características da dor, caso presente. Se possível, pergunte a criança.

Como a dor é quantificada na Pediatria? As crianças menores não saberão pontuar sua dor conforme a escala convencional do adulto, até porque não

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possui muitas experiencias prévias. Portanto, a dor é avaliada pelo médico (0-10) a partir do mnemônico “FLACC”. Veja na tabela a seguir:

FACE Avaliar a face da criança: serena, dor?

LEGS Avaliar a movimentação da perna: normal,

estendida, fletida, caída?

ACTIVITY Avaliar a postura da criança: brincando,

agitada, prostrada, sonolenta?

CRY Avaliar o choro: manhoso, dor, forte?

CONSOLABILITY Avaliar se quando a criança chora, ela é

consolada no colo dos pais ou se apresenta um choro inconsolável?

Já crianças maiores (a partir de uns 3-4 anos), são capazes de fazer uso da Escala Visual de Dor (EVA), geralmente ilustrada com “rostinhos” feliz, triste e chorando, sendo que a criança aponta como se sente. Essa escala, por sua vez, compreende de 0 – 10: 0 corresponde a nenhuma dor, 1 – 3 dor leve, 4 – 6 dor moderada e 7 – 10 dor grave.

Após isso, é importante que você resuma tudo o que compreendeu a respeito da história da criança e confira com seus pais, sendo que na maioria das vezes, há mais de um acompanhante da consulta pediátrica. Ademais, perguntar aos pais se lembraram de mais algum detalhe, medicação em uso, etc.

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HISTÓRIA PATOLÓGICA PREGRESSA

Deve-se questionar a respeito de:

Doenças crônicas - Como por exemplo asma, rinite, diabetes.

Doenças congênitas -Como por exemplo toxoplasmose e rubéola.

Medicações de uso regular - Caso a criança faça uso regular de algum medicamento, detalhar dosagem, modo e horário dessa administração.

Doenças comuns da infância - Como a caxumba, sarampo, rubéola, varicela (catapora).

Infecções de repetição.

Internações e cirurgias - Importantes para excluir algumas hipóteses diagnósticas, por exemplo se a criança já realizou apendicectomia, esta não terá apendicite.

Alergias (medicações e alimentos) - Importante para orientação de vacinas, alergia a ovo, por exemplo.

INTERROGATÓRIO SOBRE OS DIVERSOS APARELHOS (ISDA)

É importante salientar que mesmo que não haja uma queixa especifica, deve-se realizar o interrogatório complementar.

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Segue abaixo, uma lista abrangendo algumas das perguntas interessantes a serem indagadas. Cabe lembrar, ainda, que os diversos aparelhos serão mais bem explorados durante o Exame Físico.

• Geral: febre, adinamia, apetite, perda de peso, intolerância ao frio, palidez, icterícia;

• Pele: erupções, prurido, palidez, pigmentações; • Cabeça e pescoço: cefaleia, tonturas, vertigens, trauma, conformação

craniana, tumorações, perda de consciência, batimentos arteriais, bócio, nódulos, fistulas;

• Olhos: perturbações visuais, secreções, estrabismo, inflamações, uso de óculos, alterações recentes da acuidade visual, escotomas, exoftalmia;

• Ouvidos: infecções, secreções, zumbidos, surdez; • Nariz: coriza, obstrução, epistaxes, olfato; • Boca e orofaringe: dor, problemas dentários, cianose, queilose, língua,

dentes, gengiva (inflamação, hipertrofia, secreção purulenta, sangramentos), amigdalites de repetição, alterações na voz, úlceras;

• Tórax: massas, assimetrias, dor; • Aparelho Respiratório: tosse, dispneia, ortopneia, dispneia paroxística

noturna, chiado no peito, secreção, expectoração (aspecto, cor, quantidade, odor), fraqueza;

• Aparelho Cardiovascular: palpitações, cianose, cansaço aos esforços, dor precordial, síncope, sudorese, cansaço, interrupção frequente das atividades, pressão arterial;

• Gastrointestinal: hábito intestinal, regurgitação, vômitos, dor abdominal, diarréia, apetite, intolerância a alimentos, náuseas, eructação, flatulência, hematêmese, melena, constipação, tenesmo, características das fezes, azia;

• Geniturinário: dor, frequência urinária, urgência urinária, incontinência, coloração da urina, corrimento vaginal, edema, dor lombar, disúria, piúria, cálculos, jato urinário, enurese noturna, aparecimento de pelos;

• Sistema Linfático: adenopatias, dor, fístula;

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• Sistema Nervoso: convulsões, tiques, tremores, coordenação, movimentos involuntários, marcha;

• Sistema Locomotor: paresias, paralisias, dor em membros, alterações de marcha, alterações vasomotoras, dor articular em repouso, alterações tróficas, alterações de temperatura, limitação de movimentação, deformações, adinamia, perda ou diminuição da força, tetania.

HISTÓRIA GESTACIONAL

Deve-se questionar a respeito de:

• Idade da mãe e número de gestações prévias; • Se o bebê foi planejado e desejado; • Momento da família em que a criança foi gerada; • Se ocorreram abortos e se sim, quantos e em quais condições; • Se o Pré Natal foi realizado, como foi o curso, uso de medicamentos,

hipertensão, diabetes gestacional, sangramentos, intercorrências, infecções urinárias, exames realizados (USG, sorologias, pesquisa do estreptococos do grupo B, pensando em sepse neonatal);

• Ganho de peso na gravidez; • Se durante a gestação a mãe fez uso de álcool, drogas, fumo; • Qual o tipo de alimentação da parturiente, se essa realizou alguma dieta

restritiva; • Realização de suplementação na gestação (ex. ácido fólico e sulfato

ferroso).

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HISTÓRIA DO PARTO

Deve-se questionar a respeito de:

Local do parto - Se o parto foi domiciliar ou hospitalar.

Via do parto - Se o parto foi vaginal ou cesáreo, assim como o motivo para tal (eletivo? Complicações? Quais?).

Anestesia - Quando a mãe recebe anestesia, o recém-nascido pode nascer mais hipotônico.

Intercorrências - Questionar quanto a presença de intercorrências e caso positivo, detalhar as circunstâncias.

Estado do Recém Nascido - Questionar se o bebê chorou ao nascer, também se necessitou de internação na UTI e porquê. Além disso, questionar se houve necessidade de manobras de reanimação neonatal ou oxigenação.

Também, se o recém-nascido teve alta junto com a mãe.

• Peso de nascimento. • Estatura de nascimento. • Perímetro Cefálico (PC). Sempre comparar as medidas fisiológicas

esperadas para o sexo e idade. • APGAR do 1º e do 5º minuto de vida

Deve-se recordar que o é desejável que o APGAR seja ser superior a 7 no 1º e 5° minuto. Além disso, o bebê pode ter cianose periférica (acrocianose) por causa da circulação fetal. Entretanto, cabe ressaltar que é uma condição fisiológica, devido ao processo de fechamento do forame oval.

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Ademais, faz-se válido revisar os padrões do APGAR: é desejável que a Frequência Cardíaca (FC) do recém-nascido seja superior a 100, sua cor seja rósea, a irritabilidade reflexa esteja presente (verificada por meio do choro) e por fim, o tônus muscular ativo.

• Questionar se o recém-nascido mamou na 1ª hora de vida ou se recebeu fórmula na maternidade.

O contato precoce da criança com a mãe e a estimulação sensorial da mama ajudam a consolidação do reflexo da sucção, com abreviação do tempo de apojadura (descida do leite) e fortalecimento do vínculo mãe-filho.

HISTÓRIA NEONATAL

Deve-se questionar a respeito de:

• Internação ou UTI. • Perdas e ganhos de peso

Faz-se importante salientar que geralmente o recém-nascido perde 10% de seu peso corporal na 1ª semana de vida, de maneira fisiológica. Entretanto, analisar se essa perda foi maior ou, ainda, se esse recém-nascido ganhou peso e quantificar.

• Icterícia

Abordar quanto a presença de icterícia no período neonatal, se esta foi fisiológica ou não, se foi às custas de bilirrubina direta ou de bilirrubina indireta. Além disso, perguntar qual o valor de Bilirrubina Total (Bt) máxima e por fim, se o recém-

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nascido necessitou de algum tratamento para a icterícia, como fototerapia ou exsanguinotransfusão.

• Tempo para a eliminação de mecônio

A eliminação do mecônio deve ocorrer dentro de 24 horas. Caso isso não ocorra, devemos nos alertar quanto a certas condições, como a Fibrose Cística.

Você lembra o que é mecônio? Trata-se de uma substância escura esverdeada e viscosa estéril, correspondente a primeira eliminação de fezes pelo recém-nascido ou ainda pelo feto intraútero, devido ao estímulo através da ingesta do colostro, que é rico em colesterol e possui efeito laxante.

• Tempo até a queda do coto umbilical

O coto umbilical geralmente cai por volta do 7º dia de vida.

• Triagens neonatais

Quais são eles? Teste do Pezinho, Teste do Olhinho, Teste da Orelhinha e Teste do Coraçãozinho.

Questionar se a mãe buscou o resultado do Teste do Pezinho, assim como a importância de uma rápida intervenção quando necessário.

HISTÓRIA ALIMENTAR

No cenário de um recém-nascido e/ou crianças em aleitamento materno (lactentes), devemos realizar as seguintes perguntas:

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• Regime de aleitamento

Questionar quanto ao aleitamento exclusivo (somente seio materno), misto (leite materno + fórmula. Nesse caso, deve-se oferecer água ao lactente) ou complementado (seio materno + papas).

E se o recém nascido estiver somente em seio materno, mas faz uso de algum medicamento, devo considerar regime de aleitamento exclusivo? Sim.

Por que o aleitamento materno deve ser imensamente incentivado? O leite materno possui anticorpos, é menos gorduroso, menos calórico, evita quadros alérgicos, possui rápida absorção.

O que é regime de aleitamento em livre demanda? Significa que o bebê controla a velocidade e ritmo da mamada, bem como a auto regulação da fome e saciedade.

OBS: O regime de aleitamento materno consiste na permanência do seio materno, acrescido de papas doces (frutas) e salgadas, a partir dos 6 meses de idade.

• Ingesta de água, chá e café

Devemos recordar que não há necessidade de oferecer água, cafés ou chás nesse período. A água pode causar distensão abdominal e, portanto, o recém-nascido irá mamar menos, além de que o chá e cafeína competem com a absorção do ferro e não são adequados à alimentação do neonato.

• Técnica do aleitamento materno

Verificar se a técnica e pega estão corretas, se há dúvidas.

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Ainda, questionar quanto a queixas da mãe, como mastites e fissuras.

Você se lembra da técnica correta de amamentação? Para que o bebê ordenhe o peito, eficientemente, é necessário estar em posição que lhe permita abocanhar, adequadamente, o mamilo e a aréola. A mãe pode estar sentada, recostada ou deitada; mama apoiada com a mão, com o polegar bem acima da aréola e os outros dedos e toda a palma da mão debaixo da mama; o polegar e o indicador formam a letra C, de modo que o lactente possa abocanhar o mamilo e boa parte da aréola.

O bebê deve estar bem apoiado, com a cabeça e o corpo alinhados; o corpo, bem próximo e voltado para o da mãe (barriga com barriga), queixo tocar o peito e boca bem aberta, de frente para o mamilo.

Quais as contra indicações da amamentação? Essa é uma pergunta recorrente nos exames de residência, além de necessária para orientação da puérpera. São elas: mãe soropositiva para HIV, infecção por HTLV1 ou HTLV2 (IST), doença de Chagas na fase aguda e fissura mamária, hepatite A na fase aguda, medicações (benzodiazepínicos, antineoplásicos, medicações psiquiátricas) e criança portadora de galactosemia.

• Armazenamento do leite

A ordenha manual do leite deve ser orientada a mãe e familiares, que podem auxiliá-la com a alimentação do bebê no período em que ela se encontrar ausente. Lembre-se que “toda mulher tem direito a trabalhar, estudar, passear e, continuar amamentando”.

Quanto ao armazenamento, o leite coletado deve ser guardado em recipiente de vidro, de boca larga e esterilizada com tampa e identificação do frasco com o dia em que foi feita a coleta. Pode-se armazenar por um período de 12 horas na

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geladeira, enquanto por 15 dias no freezer. O leite pasteurizado, por sua vez, pode ser armazenado por 6 meses no freezer. Entretanto, antes de oferecer ao recém-nascido, retirar do freezer e descongelar em banho maria.

ATENÇÃO: após o descongelamento, manter em geladeira por até 24 horas. Após isso, não congelar novamente! A sobra deve ser desprezada.

Outro ponto que merece cuidado é que a mamadeira não deve ser utilizada, optar pelo leite em copinho, xicara ou colher.

• Fórmula

No caso de uso de fórmula, questionar e orientar quanto ao preparo, assim como os horários de administração.

Devemos lembrar que não pode ser acrescido nenhum tipo de açúcar ou farinha para engrossar a fórmula.

• Detalhar refeições

Se a criança não estiver mais em aleitamento ou em uso de fórmula, ou em crianças que iniciaram a alimentação complementar, faz-se necessário anotar no prontuário todo o recordatório alimentar do paciente. Isso inclui todas as refeições (desde o café da manhã até a ceia) que a criança realiza ao longo do dia, bem como os horários.

Deve-se analisar a qualidade dos alimentos ingeridos, variedade (cereal ou tubérculo, leguminosa, proteína animal, hortaliças), proporção em relação ao tamanho da criança, marcas utilizadas, bem como o modo de preparo e de oferta (por exemplo, se o alimento é processado em liquidificador).

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Por fim, perguntar se há ou houveram dificuldades na introdução dos alimentos e como se encontra a aceitação alimentar atual.

Como orientar os pais no quesito introdução alimentar?

Faixa etária Tipo de alimento

Até o 6º mês Leite materno exclusivo

6º ao 24º mês Leite materno complementado

6º mês Frutas (amassadas ou raspadas)

6º mês Primeira papa principal de misturas múltiplas

7º ao 8º mês Segunda papa principal de misturas múltiplas

9º ao 11º mês Gradativamente, passar para a refeição da

família, com ajuste de consistência.

12º mês Comida da família, observando a adequação

dos alimentos.

Fonte: Brasil. CAB. 2015

HISTÓRIA DO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO

Quanto ao questionamento a respeito do crescimento e desenvolvimento da criança, deve-se atentar aos:

• Marcos do desenvolvimento

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Deve-se perguntar a família quando que engatinhou, rolou, falou, etc. Os principais tópicos a serem perguntados quanto ao Desenvolvimento Neuropsicomotor (DNPM) são: sorriso social, sustentar a cabeça, rolar na cama, sentar sozinho, engatinhar, ficar em pé com e sem apoio, andar, primeiras palavras, controle dos esfíncteres. Ademais, perguntar quanto a dentição (dentes e idade).

Além disso, pergunte a opinião da mãe e de outros familiares a respeito do desenvolvimento da criança.

Os primeiros 05 anos (03-05 anos) são fundamentais para o aprendizado (facilidade em aprender línguas, copiar pais, etc), devido à neuroplasticidade.

A criança em desenvolvimento deve passar por etapas para consolidar os diversos sistemas (ex. se a criança não escuta bem, terá dificuldade de fala e distúrbios de comportamento). Por isso a intervenção (puericultura = assistência preventiva) precoce é fundamental.

Você se lembra da escala de Denver? Trata-se de uma escala que acompanha os marcos do desenvolvimento, comparando a criança com sua faixa etária, em relação as respostas esperadas. Entretanto, a escala de Denver é usada somente até os 7 anos de idade, a partir de então, é possível avaliar a criança conforme suas funções corticais (memória, orientações, gnosias, praxias e linguagens), bem como através de sua performance escolar.

• Gráficos Peso x idade (P x I), Estatura x Idade (E x I) e Índice de Massa Corporal x Idade (IMC x I)

Em toda consulta de puericultura é mandatório que se realize as medidas de estatura e peso, assim como validá-las ao colocar no gráfico e realizar a

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intersecção com a idade. A partir de então, você é capaz de orientar a família a respeito da situação nutricional da criança.

• Interação com outras crianças

Deve-se perguntar aos pais ou responsáveis como é a interação da criança com as demais, se esta gosta ou prefere ficar sozinha, assim como manifestações de agressividade e brigas.

Além disso, em que momento ela se encontra com outras crianças, se no parquinho, praça, escola, irmãos.

Por fim, pergunte as brincadeiras preferidas da criança.

• Escola

Para as crianças que vão à escola, questionar a elas se gostam da escola e colegas.

Ainda, perguntar quanto ao rendimento escolar, notas, dificuldades de concentração, intercorrências, se realiza as lições de casa, se completa as tarefas que lhe foram dadas, entre outras.

É importante salientar que a escola, família e criança formam um trinômio, sendo a comunicação fundamental para o desenvolvimento adequado da criança.

• Atividade Física

Perguntar se a criança realiza atividade física e, se sim, qual a modalidade, intensidade, frequência e interação com as outras crianças.

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Também, se realiza a educação física na escola. Caso contrário, indagar o motivo, por exemplo, essa criança pode ter vergonha de realizar tal atividade, por conta de uma ginecomastia.

HISTÓRIA VACINAL

Para quem já passou pela disciplina de Pediatria, deve estar cansado de ouvir a importância da vacina para o desenvolvimento adequado das crianças. Não só isso, o cartão vacinal é parte da consulta pediátrica e deve ser levado e conferido/atualizado a cada encontro com o pediatra. Diante desse assunto, devemos questionar a respeito de:

• Vacinas do PNI

Isto é, se foram administradas as vacinas preconizadas pelo Programa Nacional de Imunização (PNI). As vacinas disponíveis pelo SUS estão atualizadas? Se não, você deve sinalizar a família.

As vacinas disponíveis pelo SUS abrangem todas as idades pediátricas e são gratuitas.

• Vacinas especiais (CRIE)

As crianças com doenças crônicas possuem acesso as vacinas oferecidas pelo CRIE.

• Vacinas não disponíveis pelo SUS

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Tratam-se das vacinas particulares, preconizadas pela SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria).

OBS: questionar quanto as datas das imunizações, idade e reações apresentadas pela criança após a administração das mesmas.

HISTÓRIA FISIOLÓGICA

SONO

Perguntar quantas horas por dia a criança dorme (as crianças têm necessidades de sono maiores que no adulto), que horas dorme e que horas acorda, se acorda durante a noite e quantas vezes, se o sono é reparador, se ronca.

Ainda, perguntar onde e com quem essa criança dorme, se junto aos pais, irmãos, animais de estimação, bichos de pelúcia, entre outros.

Você sabe o que é higiene do sono? Consiste em medidas que visam melhorar a qualidade do sono, otimizando hábitos saudáveis a fim de eliminar fatores tanto ambientais como comportamentais que interferem na qualidade do sono! Por exemplo, a realização de rotinas positivas (como massagem, banho relaxante), despertar programado, comer uma refeição leve durante o jantar, evitar bebidas que contenham cafeína, utilizar o quarto somente para dormir, o colchão e temperatura do quarto agradáveis, regularizar a hora de deitar, entre outras.

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EVACUAÇÃO E DIURESE

Deve-se perguntar a respeito da regularidade dos hábitos intestinais, dificuldades para evacuar, aspecto das fezes, assim como volume e odor. Além disso, se a criança apresenta perdas involuntárias (enurese e encoprese).

Como classificar as fezes? De acordo com a Escala Fecal de Bristol! Mostre a imagem para que os pais da criança reconheçam o padrão e consistência das fezes de seu filho.

Tipo 1 Pedaços separados, duros como

amendoim (fezes em cíbalos, bolinhas).

Constipação severa.

Tipo 2 Forma de salsicha, mas

segmentada. Constipação

leve/moderada.

Tipo 3 Forma de salsicha, mas com

fendas na superfície. Normal.

Tipo 4 Forma de salsicha ou cobra,

lisa e mole. Normal.

Tipo 5 Pedaços moles, mas com

contornos nítidos. Falta de fibra.

Tipo 6 Pedaços aerados, contornos

esgarçados. Diarréia leve/moderada.

Tipo 7 Aquosa, sem peças sólidas. Diarreia severa.

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Quanto a diurese, questionar quantas vezes ao dia faz uso do banheiro ou realiza a troca de fraldas, coloração e odor da urina, algum sintoma associado, como prurido ou ardor. Ademais, questionar se a criança já se limpa sozinha e por fim, orientar quanto a higienização da região genital.

Qual o significado clínico de uma urina escura? Provavelmente desidratação ou mesmo Infecção do Trato Urinário (ITU), se acompanhada de odor fétido, prurido, urgência miccional.

Outro importante tópico a ser abordado consiste no questionamento a despeito de continência esfincteriana, se já se encontra no desfralde (assim como realizar a devida orientação), se ainda há escape fecal e/ou de urina, em quais situações etc.

Afinal, quando a criança deve ser capaz de controlar seus esfíncteres?

18 meses Controle vesical diurno iniciando.

24 meses Controle vesical diurno em consolidação. Início do controle vesical noturno e anal.

2 – 4 anos Controle vesical diurno e anal consolidados. Controle vesical noturno em consolidação.

5 anos Controle completo vesical e anal.

OBS: o processo de controle dos esfíncteres é uma etapa de maturação e, por tanto, não deve ser adiantado. Assim como jamais pode-se castigar a criança, visto que essa pode desenvolver um padrão retentor, levando a infecções urinárias recorrentes, constipação intestinal crônica e outras complicações.

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Para orientar os pais, diga para que levem a criança por horários ao banheiro, utilizar adaptador para o vaso sanitário ou pinico, realização de estímulos, colocação e banquinho nos pés para que a criança fique relaxada.

• Fatores emocionais

Caráter, temperamento, personalidade, relacionamentos.

HISTÓRIA FAMILIAR

Deve-se explorar o histórico familiar, a fim de encontrar alguma informação que possa auxiliar no diagnóstico da criança ou ainda, que sirva de alerta para acompanhamento:

• Morte súbita de familiares; • Doenças crônicas ou genética; • Consanguinidade; • Heredograma; • Mal formações congênitas (ex. rins policísticos).

HISTÓRIA SOCIAL

• Convívio e moradia

Deve-se questionar quem e quantas pessoas moram junto com a criança (constituição familiar).

Também, o número de cômodos dessa casa.

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• Contexto familiar e social

A história de vida dos pais e dados atuais, incluindo a relação do casal e as atribuições de cada um, nos cuidados com a criança.

• Disciplina

Perguntar quanto aos ideais de disciplina da família, reação da criança, história dos pais com sua família em relação aos limites impostos, sustentação do pai ou da mãe às ordens emitidas pelo outro.

• Condições sanitárias de moradia

Questionar quanto a rede de saneamento básico (água encanada, coleta de lixo, fossa, rua asfaltada), luz elétrica, bairro, umidade, tipo de casa, fatores de risco ambiental (como poluição ambiental).

Pode-se relacionar essa etapa da anamnese com possíveis parasitoses, uma vez que sua via de transmissão é essencialmente fecal-oral, bem como alimentos e água contaminados.

Quais são as principais parasitoses/helmintoses da infância? Ascaridíase, Tricuríase, Giardíase, Entrobíase, Estrongiloidíase, Ancilostomíase.

• Renda familiar

A renda familiar é um indicativo do que essa família consegue oferecer para a criança e desse modo, nos guia quanto as prescrições, pedidos de exame e solicitações. Desse modo, faz-se possível adequar o projeto terapêutico de acordo com a situação financeira da família.

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• Tabagismo

Perguntar se alguém fuma na casa e, se sim, quantas pessoas e com qual frequência.

Sabe-se que muitas crianças possuem doenças respiratórias que podem piorar com o tabagismo passivo. Além disso, o tabagismo passivo é considerado uma doença respiratória devido aos malefícios para a saúde da criança.

• Animais de estimação

Perguntar se há animais de estimação e qual (is), além do tratamento veterinário oferecido aos animais.

• Viagens recentes

Há algumas doenças que não são endêmicas no Brasil, entretanto, podem ser em outras localidades.

SAÚDE NA ERA DIGITAL

Você provavelmente deve estar estranhando esse tópico, uma vez que é relativamente novo na anamnese pediátrica. Trata-se da relação da criança com os aparatos eletrônicos, abrangendo tempo de tela, conteúdo visualizado, entre outros.

O desenvolvimento precoce da linguagem e das habilidades de comunicação são fundamentais para o desenvolvimento das habilidades cognitivas e sociais. O

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atraso no desenvolvimento da fala e da linguagem é frequente em bebês que ficam passivamente expostos às telas, por períodos prolongados.

O estabelecimento das rotinas do dia/vigília e da noite/sono também é fundamental para a produção dos hormônios necessários ao crescimento harmonioso, corporal e mental. Transtornos de sono são cada vez mais frequentes e associados aos transtornos mentais precoces em crianças e adolescentes, além dos traumas da violência e outras doenças.

A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), associação profissional que agrega 25.000 médicos pediatras cuidando do futuro do Brasil, reitera as recomendações descritas no Manual de Orientação de 2016 e atualiza:

• Evitar a exposição de crianças menores de 2 anos às telas, sem necessidade (nem passivamente!) = zero tempo de tela!

• Crianças com idades entre 2 e 5 anos, limitar o tempo de telas ao máximo de 1 hora/dia, sempre com supervisão de pais/cuidadores/ responsáveis.

• Crianças com idades entre 6 e 10 anos, limitar o tempo de telas ao máximo de 1-2 horas/dia, sempre com supervisão de pais/responsáveis.

• Adolescentes com idades entre 11 e 18 anos, limitar o tempo de telas e jogos de videogames a 2-3 horas/dia, e nunca deixar “virar a noite” jogando.

• Não permitir que as crianças e adolescentes fiquem isolados nos quartos com televisão, computador, tablet, celular, smartphones ou com uso de webcam; estimular o uso nos locais comuns da casa.

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• Para todas as idades: nada de telas durante as refeições e desconectar 1-2 horas antes de dormir.

• Oferecer alternativas como atividades esportivas, exercícios ao ar livre ou em contato direto com a natureza, sempre com supervisão responsável.

• Nunca postar fotos de crianças e adolescentes em redes sociais públicas, por quaisquer motivos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Após a minuciosa coleta dos dados, queixas, hábitos e históricos referentes a criança, o Exame Físico é finalmente realizado e, se necessário, manobras adicionais também.

Para o estudo do Exame Físico Neonatal e Exame Físico Pediátrico, consulte os demais e-books disponibilizados pelo Jaleko. Não deixe de complementar e continuar seus estudos a respeito da Semiologia Pediátrica!

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

SUS em Atenção Primária – Anamnese Pediátrica - Jaleko Acadêmicos. Disponível em: <https://jaleko.com.br>. Acesso em: 03 set. 2020.

Manual de Neonatologia. Secretaria de Estado da Saúde, 2015. Disponível em: <https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/3905402/mod_resource/content/1/manual_de_neonatologia.pdf>. Acesso em: 03 set. 2020.

Sociedade Brasileira de Pediatria. Departamento Científico. Treinamento esfincteriano: importante marco do desenvolvimento infantil. Disponível em: <https://www.sbp.com.br/imprensa/detalhe/nid/em-parceria-sbp-e-sbu-lancam-documento-sobre-treinamento-esfincteriano-importante-marco-do-desenvolvimento-infantil/>. Acesso em: 03 set. 2020.

FERREIRA, A.L. Psicoeduação como estratégia de Higiene do Sono em uma Unidade Básica de Saúde. Disponível em: <https://cepein.femanet.com.br/ BDigital/arqTccs/1111370348.pdf>. Acesso em: 03 set. 2020.

Sociedade Brasileira de Pediatria. Recomendações Úteis para manutenção do aleitamento materno em mães que trabalham fora do lar ou estudam. Disponível em: < https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/2012/12/Recomendaes-teis-para-a-manuteno-do-aleitamento-materno-em-mes-que-trabalham-fora-do-lar-ou-estudam.pdf>. Acesso em: 03 set. 2020.

Ministério da Saúde. Restrições ao aleitamento materno. Disponível em: https://www.saude.gov.br/component/content/article/823-assuntos/saude-para-voce/40926-restricoes-ao-aleitamento-materno>. Acesso em: 09 set. 2020.