andemos em novidade de vida

6
TEXTO BÍBLICO BÁSICO Números 13.17,25-28,30 17 - Enviou-os, pois, Moisés a espiar a terra de Canaã e disse-lhes: Subi por aqui para a banda do sul e subi à montanha; 25 - Depois, voltaram de espiar a terra, ao fim de quarenta dias. 26 - E caminharam, e vieram a Moisés, e a Arão, e a toda a congregação dos filhos de Israel no deserto de Parã, a Cades, e, tornando, deram-lhes conta a eles e a toda a congregação; e mostraram-lhes o fruto da terra. 27 - E contaram-lhe e disseram: Fomos à terra a que nos enviaste; e, verdadeiramente, mana leite e mel, e este é o fruto. 28 - O povo, porém, que habita nessa terra é poderoso, e as cidades, fortes e mui grandes; e também ali vimos os filhos de Anaque. 30 - Então, Calebe fez calar o povo perante Moisés e disse: Subamos animosamente e possuamo-la em herança; porque, certamente, prevaleceremos contra ela. 2 Coríntios 4.5,6 5 - Porque não nós pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos, por amor de Jesus. 6 - Porque Deus, que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. TEXTO ÁUREO Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. Romanos 12.2 SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO feira - Salmo 37.3-5 Confiemos no Senhor OBJETIVOS Ao término do estudo bíblico, deveremos ser capazes de: • compreender que a mente humana é programada

Upload: marco

Post on 08-Dec-2015

20 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Andemos Em Novidade de Vida

TRANSCRIPT

TEXTO BÍBLICO BÁSICONúmeros 13.17,25-28,3017 - Enviou-os, pois, Moisés a espiar a terra de Canaã e disse-lhes: Subi por aqui para a banda do sul e subi à montanha;25 - Depois, voltaram de espiar a terra, ao fim de quarenta dias.26 - E caminharam, e vieram a Moisés, e a Arão, e a toda a congregação dos filhos de Israel no deserto de Parã, a Cades, e, tornando, deram-lhes conta a eles e a toda a congregação; e mostraram-lhes o fruto da terra.27 - E contaram-lhe e disseram: Fomos à terra a que nos enviaste; e, verdadeiramente, mana leite e mel, e este é o fruto.28 - O povo, porém, que habita nessa terra é poderoso, e as cidades, fortes e mui grandes; e também ali vimos os filhos de Anaque.30 - Então, Calebe fez calar o povo perante Moisés e disse: Subamos animosamente e possuamo-la em herança; porque, certamente, prevaleceremos contra ela.

2 Coríntios 4.5,65 - Porque não nós pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos, por amor de Jesus.6 - Porque Deus, que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo.

TEXTO ÁUREONão vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.Romanos 12.2

SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO2ª feira - Salmo 37.3-5Confiemos no Senhor3 ª feira - 2 Timóteo 4.1-4Dediquemo-nos à Palavra4 ª feira - Salmo 1.1-6Meditemos na Palavra5 ª feira - Josué 1.5-9Obedeçamos à Palavra6 ª feira - 2 Coríntios 4.1-4Resplandeçamos a PalavraSábado - Filipenses 3.13,14

OBJETIVOSAo término do estudo bíblico, deveremos ser capazes de:• compreender que a mente humana é programada para gravar e executar as Informações que lhe são enviadas, seja por meio de palavras, pensamentos ou atos, pessoais ou de terceiros, sejam positivos ou negativos;• saber que o principal meio de transformação humana é a mente;• entender que a silenciosa guerra entre a fé e a incredulidade se dá nas recâmaras da nossa mente, e o resultado desta luta determinará a nossa vitória ou a nossa derrota diante da vida.

A vitória em CristoCOMENTÁRIOPalavra introdutória

A ideia da mente como função da alma, ou centro das propriedades intelectuais do homem, remonta aos antigos gregos, especialmente Anaxágoras (500—428 a.C.) e Platão (428/27—348/47 a. C) . No século 4 a. C, Aristóteles, discípulo de Platão, afirmava: Nós nos tornamos aquilo que repetidamente fazemos.

Nesta lição, discorreremos a respeito do fator capaz de determinar aquilo que viremos a ser: a mente. Se estivermos dispostos a renová-la, seremos capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus (Rm 12.2 - NVI).

1 A MENTE E AS AÇÕES HUMANASComo vimos na lição 5, nossas atitudes carregam em si o potencial de mudar o nosso futuro e de

determinar os rumos da nossa história. Portanto, é especialmente importante mantermos uma postura benevolente e positiva diante da vida.

A mente humana é programada para gravar e executar as informações que lhe são enviadas — seja por meio de palavras, pensamentos ou atos, pessoais ou de terceiros, sejam positivos ou negativos — basta que as aceitemos. Essa ação sempre acontecerá independentemente de ela trazer ou não resultados positivos para nós.

1.1. Os doze espias de IsraelMoisés enviou 12 homens para espiar Canaã (Nm 13). Apenas dois deles — Calebe e Josué — voltaram

com notícias alvissareiras; os outros dez apresentaram um relatório pessimista a Moisés. Estes últimos falaram sobre as cidades fortificadas e sobre os gigantes que lá viviam, afirmando que os israelitas não conseguiriam vencê-los, pois eram mais numerosos e incomparavelmente mais fortes (Nm 13.31). Referindo-se aos filhos de Anaque, os espias disseram que eram tão grandes que se sentiam como gafanhotos diante deles (Nm 13.33).

Os anaquins pareciam ainda maiores porque os enviados de Moisés tiveram medo; eles viam-se pequenos diante dos gigantes, mas se tivessem olhado para aqueles homens descomunais, considerando o referencial divino, certamente seu pensamento teria sido outro.

1.2. O efeito das palavras negativasBaseada nos relatórios pessimistas daqueles homens (Nm 13.27-29,31-33), a nação inteira de Israel

recusou-se a ir para a terra de Canaã (Nm 14.1-4). Da mesma forma, uma atitude negativa pode privar-nos de perceber as promessas de Deus para a nossa vida, pois nos impede de mover-nos adiante em fé.

O relato pessimista dos dez espias atingiu os israelitas. A narrativa de Números 14.29-35 contém alguns elementos novos. Vejamos:• os únicos que sobreviveriam à peregrinação de 40 anos pelo deserto e entrariam na Terra Prometida seriam os jovens de 20 anos para baixo;• por causa da incredulidade que demonstraram em relação à promessa do Senhor, os 40 dias em que os espias tiveram a oportunidade de investigar a Terra Prometida corresponderiam a 40 anos de peregrinação daquela geração pelo deserto;• uma distinção foi feita entre os dez espias e Josué e Calebe: apenas estes permaneceriam vivos após 40 anos e entrariam em Canaã (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, Central Gospel,2010a, p. 284).

No episódio em que Moisés enviou doze espias a uma missão de reconhecimento da Terra Prometida, observamos a preservação da vida dos que creram e permaneceram fiéis a Deus e o trágico destino dos desobedientes incrédulos (Nm 13—14). Percebemos, nessa história, tanto o senso de justiça do Senhor quanto a Sua misericórdia. (Comentário 1)

1.3. A importância das palavras positivasAs duas pessoas que viram a Terra Prometida e não foram incluídas na geração que jamais entraria em

Canaã foram Josué e Calebe, que apresentaram um relatório positivo a Moisés. Após terem avistado exatamente as mesmas coisas que os outros dez espias testemunharam, eles disseram: Subamos animosamente e possuamo-la em herança; porque, certamente, prevaleceremos contra ela (Nm 13.30). Esses dois homens tiveram uma expectativa diferente.

A atitude positiva é resultante de um foco correto: Deus. Quando fixamos nossa mente no problema, em vez de no Senhor, perdemos Sua perspectiva da situação. Seja qual for a dificuldade que venhamos a enfrentar,

mantenhamos uma atitude positiva por todo o caminho; isso não somente nos ajudará a manter o referencial divino, mas também fará de nós uma bênção para aqueles que nos cercam. Tenhamos diante de nossos olhos o princípio bíblico: aquilo que alimentarmos em nossa mente, isso acontecerá (Pv 23.7).

2 A MENTE HUMANA: O AGENTE DA TRANSFORMAÇÃONada muda em nossa vida se, antes, não passar pelo processo mental. Não é a emoção nem a vontade; o

principal meio de transformação humana é a mente. Por isso, Paulo escreveu aos romanos; Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus (Rm 12.2- NVI). Vejamos as admoestações do apóstolo.

2.1. Não se amoldem ao padrão deste mundoA mente é responsável por aquilo em que cremos, e tal mecanismo desenvolve-se mais eficazmente por

meio da repetição. Se não estivermos preparados para impedir que repetições negativas e equivocadas se alojem em nosso entendimento, passaremos a acreditar em mentiras como se estas fossem verdades absolutas. Verificamos este fenômeno de forma mais acentuada no mundo contemporâneo: mentiras são plantadas na sociedade, repetidamente (seja por intermédio da mídia, seja por quaisquer outros meios), até que estas se tornem princípios invioláveis para as pessoas destituídas do referencial divino.

Entende-se por mundo o sistema de valores que a sociedade quer impor a todos. Este sistema possui seu próprio padrão de relativismo moral e pretende inverter o significado das verdades eternas, chamando o pecado de virtude e o ilegal de legal. Este é o princípio contido na advertência paulina: o cristão que deseja levar sua mente cativa à obediência de Cristo (2 Co 10.4,5) não pode deixar-se moldar aos preceitos mundanos.

O salmista mostra-nos como erigir as bases de uma vida próspera: por meio da meditação (repetição) diuturna de verdades eternas (SI 1.1,2).Uma mente dedicada às coisas do mundo e às suas preocupações produzirá uma vida lançada de um lado para o outro pelas tendências da cultura. Mas uma mente dedicada à verdade de Deus produzirá uma vida que não se limitará ao tempo (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, Central Gospel, 2010b, p. 393). (Comentário 2)

2.2. Transformem-se pela renovação da sua menteWarren Wiersbe disse: Se o mundo controla nossa maneira de pensar, somos conformados, mas, se Deus

controla nossa maneira de pensar, somos transformados. A palavra transformar, no grego (metamorphoõ), tem o mesmo sentido do termo metamorfose da língua portuguesa. No Novo Testamento, essa palavra é usada para descrever a renovação que acontece dentro de nossa mente (Rm 12.2; Mt 17.2; 2 Co 3.18), por meio da qual nosso espírito interior é mudado para que assuma a semelhança de Cristo.

A cada dia, devemos procurar viver segundo os desígnios do Senhor. Nossa regeneração é instantânea, mas a nossa transformação é contínua, ela não acontece da noite para o dia. Quanto mais tempo passamos em intimidade com Cristo, mais somos conformados gradualmente à Sua imagem (2 Co 3.18) (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, Central Gospel, 2010b, p. 394).

3 A GRANDE BATALHA ENTRE A FÉ E A INCREDULIDADEA silenciosa guerra entre a fé e a incredulidade dá-se nas recâmaras da nossa mente. E o resultado desta

luta determinará a nossa vitória ou a nossa derrota. E como isso acontece? A Bíblia nos mostra os bastidores dessa batalha. Vejamos a seguir.

A Palavra de Deus, pontuada pela diligente busca espiritual, confronta o pensamento carnal. Um sacrifício vivo — no altar da diligente renovação da mente, e de volta à íntima adoração ao Altíssimo —capacita o cristão avivado a servir ao Senhor de maneira aceitável (Bíblia de Estudos Despertamento Espiritual. Central Gospel, 2012, p. 1621) (Comentário 3)

3.1. A natureza da incredulidadeA incredulidade é uma das mais antigas formas de manifestação do pecado. Dentre outros personagens

bíblicos que tiveram seu entendimento ofuscado pelo deus deste século, citamos:• Adão e E v a — ambos deixaram de acreditar na palavra de Deus (Gn 2.16,17), para dar crédito ao engano de Satanás (Gn 3.4); como consequência, a humanidade foi destituída de Sua glória (Rm 3.23). O elo que mantinha o homem atado ao Eterno descerrou-se no exato momento em que o homem desobedeceu à Sua ordem expressa (Gn 2.16,17;3.6). A partir de então, originou-se a exaltação do ego e, com ela, desencadeou-se o sistema de morte que domina o universo. A Queda precipitou a humanidade e o seu ambiente às mais catastróficas consequências (CHAVES; COHEN, Central Gospel, 2014, p. 17);

• os contemporâneos de Noé perverteram-se (deixaram de acreditar que há um Deus soberano sobre a Terra). Como consequência, foram aniquilados pelo Dilúvio;• os egressos do Egito não puderam entrar na Terra Prometida devido a sua incredulidade (Hb 3.19).

3.2. O confronto da féEm fração de segundos, aquilo que vemos e ouvimos invade nossa mente; e a batalha entre a fé e a

incredulidade acontece nesse espaço intangível. Devemos estar vigilantes, pois o que apreendemos pelos órgãos dos sentidos (especialmente por meio da visão e da audição) determinará nossas ações.

Paulo escreveu a Timóteo: Jesus aboliu a morte e trouxe à luz a vida e a incorrupção, pelo Evangelho (2 Tm 1.10b). O apóstolo, no entanto, advertiu os irmãos de Corinto: o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que não lhes resplandeça a luz do Evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus (2 Co 4.4). É fato: o inimigo puxa o véu sobre a mente dos incrédulos, os quais não conseguem alcançar a grandeza do sacrifício de Cristo — este é um conflito real.

3.2.1. A luz de CristoA luz de Cristo nos é dada por intermédio do Evangelho; guando cremos nas boas-novas de salvação, o

Espírito Santo dá início à Sua obra transformadora. É operação de Satanás, portanto, aquela que impede os homens de ouvirem a mensagem e de acolherem-na em seu coração.

Abriguemos, pois, a mensagem da Cruz em nossa mente, para que ela nos traga a luz do conhecimento da glória de Deus, que brilha na face de Jesus (2 Co 4.6).

Os ímpios têm uma barreira a ser transpassada: o deus deste século cegou a mente deles. Em função do engano de Satanás, às vezes, o que o mundo pensa ser uma verdade óbvia é um tremendo engano (Pv 14.12) (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, Central Gospel, 2010b, p. 394). (Comentário 4)

3.3. A vitória da fé sobre a incredulidadeA vitória da fé sobre a incredulidade está atrelada a uma condição elementar: fazer a vontade de Deus; e

isto implica saber, de antemão, o que Ele quer para nossa vida.Mas como saber o que Deus almeja para nós? Quando renovamos a nossa mente, dispomos a nossa alma a

receber a revelação da vontade divina, foi o que Paulo quis dizer ao escrever: transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis Qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus (Rm 12.2).

3.3.1. A vontade de Deus para os Seus filhosO texto bíblico dá-nos ciência de que a vontade do Senhor é soberana; logo. Seus planos não são

frustrados. Era da Sua vontade que Jesus viesse ao mundo, e Ele veio. Era desejo do Pai que Seu único Filho fosse sacrificado em nosso lugar, e assim aconteceu. Era plano do Criador que o Evangelho se espalhasse pela terra, e isto tem acontecido. Portanto, podemos ter a certeza de que os planos que o Senhor traçou para nossa vida não fracassarão.

Se cremos que a vontade do Senhor é soberana e se observamos os mandamentos de Jesus, podemos tomar para nós, pela fé, as palavras de Davi: Qual é o homem que teme ao Senhor? Ele o ensinará no caminho que deve escolher (SI 25.12).

Creiamos, pois, que o Senhor, de forma sobrenatural, estará, por meio da inspiração do Espírito Santo, mostrando-nos os melhores caminhos para que façamos nossas próprias escolhas de forma mais sensataCONCLUSÃO

Paulo, na carta que escreveu aos romanos, disse: Andemos nós também em novidade de vida (Rm 6.4). A Criação renova-se dia após dia. A semente que se decompõe em um solo fértil produz nova ramagem dias depois. A noite cobre a terra com o manto escuro, mas, passadas 12 horas, dá lugar ao lume de uma nova aurora. Espiritualmente, também devemos buscar diariamente o renovo em Cristo.

O renovo começa quando recebemos em nós o Espírito do Autor da vida e a Fonte da alegria, Jesus. O texto bíblico diz que Deus nos vivificou, estando [nós] mortos em ofensas e pecados (Ef 2.1). Agora, vivos espiritualmente, somos exortados a andar em novidade de vida, buscando dia a dia a renovação do nosso entendimento para que recebamos dele todos os recursos necessários para alcançarmos a estatura de varão perfeito e cumprir nossa missão ( E f 4.13).

ATIVIDADES1. A mente é responsável por aquilo que cremos, e tal mecanismo desenvolve-se mais eficazmente por meio da repetição. De que forma esta afirmativa aplica-se ao fenómeno observado na sociedade moderna?

2. A incredulidade é definida como falta de fé religiosa, ceticismo. Trata-se de uma das mais antigas formas de manifestação do pecado. À luz do que foi estudado nesta lição, responda: como podemos vencê-la?