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Utilização do censo de ergonomia como ferramenta de apoio ao gerenciamento ergonômico para definição de prioridades Andreza de Paula Soares da Silva 1 [email protected] Dayana Priscila Maia Mejia 2 Pós-graduação em Ergonomia Faculdade Ávila Resumo Este artigo desenvolve uma análise sobre a necessidade das organizações de desenvolver estratégias para diagnosticar préviamente os potenciais de riscos ergonomicos em seus processos operacionais. Seu objetivo principal é evidenciar a importância das decisões serem tomadas a nível estratégico e o quanto as organizações do Pólo Industrial de Manaus necessitam gerenciar seus processos de trabalho tornando-os ergonomicamente viáveis, tendo em vista o aumento dos casos de doenças relacionadas ao trabalho. Este estudo realiza análise prévia de um grupo de colaboradores adotando como metodologia a pesquisa qualitativa através do censo de ergonomia, buscando saber quais os maiores potenciais de riscos, usando o resultado desta ferramenta como base para estabelecimento de prioridades e direcionamento dos recursos na tentativa de minimizar os transtornos encontrados nos processos operacionais que possam levar a perdas por absenteísmos ou rotatividades de mão de obra. Palavras-chave: Ergonomia; Estratégia; Gerenciamento. 1. Introdução Qualquer organização que visa o trabalhador qualificado como seu diferencial competitivo, deve se preocupar com a qualidade de vida do mesmo dentro de seu ambiente laboral, é fato que a ergonomia tem sido objeto de discussão e de demanda, com um número crescente de empresas solicitando serviços nesta área, porém o mercado disponibiliza diversas alternativas que vai do gerenciamento interno à consultoria de profissionais especializados. Porém, independente da decisão tomada pela organização, qualquer profissional que se disponha a desenvolver tal serviço deve estar preparado para atender as particularidades de cada processo encontrado no polo industrial de Manaus, sendo necessário desenvolver metodologias de estudos e controles que visem à minimização dos desconfortos causados pelas diversas atividades profissionais e que contribuem de forma efetiva na produtividade e qualidade dos serviços desenvolvidos, se tornando fundamental que as mais diversas áreas de conhecimento possam estar envolvidas neste tipo de levantamento, e que não somente ferramentas científicas sejam usadas para auxílio de diagnóstico, mas que as ferramentas de gestão possam ser parte integrante destes estudos. O resultado de desempenho dos indivíduos e a sua produtividade não estão ligados somente ao aspecto físico, mas também recebem grande influência dos fatores cognitivos que não são observados e mensurados tão facilmente, portanto neste estudo foram desenvolvidas estratégias para auxiliar no diagnóstico prévio necessário para o inicio de um programa de gerenciamento, que possibilita aos envolvidos interagir diretamente com o ambiente 1 Pós-graduando em Ergonomia 2 Orientador: Graduado em Fisioterapia, Especialista em Metodologia de Ensino Superior, Mestrando em Aspectos Bioéticos e Jurídicos da Saúde.

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Utilização do censo de ergonomia como ferramenta de apoio ao

gerenciamento ergonômico para definição de prioridades

Andreza de Paula Soares da Silva1

[email protected]

Dayana Priscila Maia Mejia2

Pós-graduação em Ergonomia – Faculdade Ávila

Resumo

Este artigo desenvolve uma análise sobre a necessidade das organizações de desenvolver

estratégias para diagnosticar préviamente os potenciais de riscos ergonomicos em seus

processos operacionais. Seu objetivo principal é evidenciar a importância das decisões serem

tomadas a nível estratégico e o quanto as organizações do Pólo Industrial de Manaus

necessitam gerenciar seus processos de trabalho tornando-os ergonomicamente viáveis,

tendo em vista o aumento dos casos de doenças relacionadas ao trabalho. Este estudo realiza

análise prévia de um grupo de colaboradores adotando como metodologia a pesquisa

qualitativa através do censo de ergonomia, buscando saber quais os maiores potenciais de

riscos, usando o resultado desta ferramenta como base para estabelecimento de prioridades e

direcionamento dos recursos na tentativa de minimizar os transtornos encontrados nos

processos operacionais que possam levar a perdas por absenteísmos ou rotatividades de mão

de obra.

Palavras-chave: Ergonomia; Estratégia; Gerenciamento.

1. Introdução

Qualquer organização que visa o trabalhador qualificado como seu diferencial competitivo,

deve se preocupar com a qualidade de vida do mesmo dentro de seu ambiente laboral, é fato

que a ergonomia tem sido objeto de discussão e de demanda, com um número crescente de

empresas solicitando serviços nesta área, porém o mercado disponibiliza diversas alternativas

que vai do gerenciamento interno à consultoria de profissionais especializados.

Porém, independente da decisão tomada pela organização, qualquer profissional que se

disponha a desenvolver tal serviço deve estar preparado para atender as particularidades de

cada processo encontrado no polo industrial de Manaus, sendo necessário desenvolver

metodologias de estudos e controles que visem à minimização dos desconfortos causados

pelas diversas atividades profissionais e que contribuem de forma efetiva na produtividade e

qualidade dos serviços desenvolvidos, se tornando fundamental que as mais diversas áreas de

conhecimento possam estar envolvidas neste tipo de levantamento, e que não somente

ferramentas científicas sejam usadas para auxílio de diagnóstico, mas que as ferramentas de

gestão possam ser parte integrante destes estudos.

O resultado de desempenho dos indivíduos e a sua produtividade não estão ligados somente

ao aspecto físico, mas também recebem grande influência dos fatores cognitivos que não são

observados e mensurados tão facilmente, portanto neste estudo foram desenvolvidas

estratégias para auxiliar no diagnóstico prévio necessário para o inicio de um programa de

gerenciamento, que possibilita aos envolvidos interagir diretamente com o ambiente

1 Pós-graduando em Ergonomia

2Orientador: Graduado em Fisioterapia, Especialista em Metodologia de Ensino Superior, Mestrando em

Aspectos Bioéticos e Jurídicos da Saúde.

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analisado, podendo responder sobre sua percepção das atividades realizadas, visando à

redução dos problemas ergonômicos desencadeados pelos mais diversos processos

produtivos, tendo como pilar o conjunto de normas que rege técnicas utilizadas para adequação e adaptação do trabalhador à sua atividade.

2. Gerenciamento Ergonômico

A Ergonomia objetiva modificar os sistemas de trabalho para adequar a atividade nele

existentes às características, habilidades e limitações das pessoas com vistas ao seu

desempenho eficiente, confortável e seguro (ABERGO, 2000).

De acordo com Iida (2005), a ergonomia pode dar diversas contribuições para melhorar

as condições de trabalho. Em empresas, estas podem variar, conforme a etapa em que

ocorrem. Em alguns casos, são bastante abrangentes, envolvendo a participação dos

diversos níveis administrativos e vários profissionais da empresa.

Portanto é fundamental que seja adotado um modelo de gerenciamento para tratar de

problemas ergonômicos dos sistemas de produção onde as organizações diversas podem

empregar com muitas vantagens, este serviço visando interagir com os diversos tipos de não

conformidades que os processo produtivos se defrontam, resultando em maior eficiência com

menos rotatividade de mão de obra.

Isto nos leva a necessidade de monitorar problemas como:

- Deficiências dos métodos organizacionais e produtivos;

- Inadequação dos postos de trabalho ou dos ambientes;

- Índices de defeitos e retrabalhos;

- Custo de doenças ligadas ao trabalho;

Sendo necessário um gerenciamento contante, de forma que isto incorpore a realidade das

organizações visto que a grande maioria das industrias é bem similar no tocante a

administração dos problemas gerados em seus processos e que, por ventura possam estar

relacionados às condições estabelecidas pela própria empresa.

Durante sua atividade o ser humano interage com os diversos componentes do sistema como:

equipamentos, instrumentos e mobiliários, procedimentos e comportamentos, formando

diversas interfaces, sendo necessário desenvolver estratégias operacionais que levem em

consideração às capacidades, limitações e demais características do indivíduo em cada

atividade realizada. Para tal é necessário entender que se deve investir em profissionais

qualificados, que possam estar preparados para realização de um diagnóstico preciso e

fundamentado em técnicas e ferramentas que sejam adequadas as particularidades de cada

processo da empresa.

De acordo com Grandjean (1968), a ergonomia é uma ciência interdisciplinar. Ela

compreende a fisiologia e a psicologia do trabalho, bem como a antropometria é a sociedade

no trabalho. O objetivo prático da ergonomia é a adaptação do posto de trabalho, dos

instrumentos, das máquinas, dos horários, do meio ambiente às exigências do homem. A

realização de tais objetivos, ao nível industrial, propicia uma facilidade do trabalho e um

rendimento do esforço humano.

Quando o trabalho é realizado envolvendo todos os níveis de ação, seja ele, operacional, tático

ou estratégico, o resultado tem mais chance de atingir o esperado, por estar sendo proposto

por todos aqueles que estão diretamente ligados ao projeto, inclusive os especialistas nas

operações que são os operários lotados no processo, pois os mesmos são donos de visões do

negócio muitas vezes subestimadas.

Outro fator evidente é que apesar da empresa ter um sistema de gestão integrado implantado e

em funcionamento pleno, a política da empresa vai de encontro as necessidade de mudanças e

inovações visto que seus processos já funcionam desta forma a muitos anos, não tendo

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nenhum tipo de alteração em seu contexto que pudesse modificar as estruturas operacionais e

hierárquicas.

Mas não estamos falando de um caso isolado, pois muitas outras organizações não aceitam

mudanças facilmente, e quando falamos em Ergonomia e suas aplicabilidades, estamos com

toda certeza falando de mudanças de processos e de conceitos.

Por se tratar de uma nova abordagem de conceitos não disseminados ao nível estratégico das

organizações, a maioria das empresas e seus administradores, não dão a devida importância ao

assunto. Porém, com o aumento dos casos de afastamento a maioria das empresas do polo

industrial de manaus foi surpreendida com uma chuva de doenças ocupacionais que podem ou

não estar relacionadas aos seus processos operacionais e com a mudança da legislação

previdenciária desde abril de 2007, quando entrou em vigor o Nexo Técnico Epidemiológico,

mais conhecido como NTEP, o aumentando do passivo previdenciário-trabalhista das

organizações também sofreram um grande impacto, pois a partir de então, a maioria das

empresas passaram a ter que controlar de forma sistemática os problemas ergonômicos

associados a seus processos, fortalecendo assim o seu gerenciamento ergonômico e

proporcionando as empresas alternativas para que as mesmas possam ter conhecimento do

volume de queixas relacionadas aos seus processos, assim como, evidenciar através de

indicadores todo esforço da empresa em corrigir e melhorar suas operações, sejam por meios

organizacionais ou tecnológicos, desde que os mesmos possam ser otimizados visando a

sustentabilidade, levando em consideração o aumento da eficiência tão esperada pelos donos

do negócio, pois as melhorias ergonômicas estão associadas diretamente a redução de perdas.

Além da empresa ter necessidade de controlar o índice de absenteísmo e os motivos pelos

quais estes são gerados, vale lembrar que as organizações devem arcar com os possíveis

acidentes gerados por suas operações estando também incluída neste grupo as doenças

ocupacionais desencadeadas em seus processos, contribuindo para o aumento do Fator

Acidentário de Prevenção – FAP, fator este que pode fazer com que a empresa tenha que

aumentar consideravelmente o índice da alíquota do RAT (Riscos Ambientais do trabalho)

que passou a ser pago pelas empresas desde 2010, podendo aumentar os custos da empresa

com impostos visto que os percentuais estão ligados diretamente aos custos da folha de

pagamento das empresas.

Com esta mudança na legislação as empresas passaram estas atribuições para seus setores de

segurança do trabalho, recursos humanos, etc, porém esta atividade não requer somente o

controle dos resultados, pois a necessidade maior é a melhoria do processo para a redução dos

casos de afastamentos pelos mesmos motivos, para então reduzir o índice da alíquota paga.

Este é o momento oportuno para apresentação de estudos ergonômicos que possam auxiliar

para um diagnóstico prévio, contribuindo significativamente para a melhoria da eficiência dos

processos operacionais e, para uma melhor definição das características de seus novos

projetos é necessário que a decisão seja tomada em nível estratégico, afim de que todas as

ações propostas possam realmente ser efetivadas.

Portanto, ficou claro que ergonomia deve ser parte integrante de um sistema de gestão,

precisando de todo um grupo técnico composto de profissionais que estejam focados neste

assunto, podendo colocar em prática as melhorias de processos sejam por implantação de

recursos materiais e tecnológicos ou pela orientação e educação das pessoas envolvidas, isto

é, trabalhar em desenvolvimento pessoal e profissional.

Mesmo não existindo departamento especializado em ergonomia, é necessário

desenvolver os diversos profissionais ligados a saúde do trabalhador, a organização do

trabalho e ao projeto de maquinas e equipamentos. Eles podem colaborar, fornecendo

conhecimentos úteis, que poderão ser aproveitados para redução de problemas

ergonômicos, sendo eles:

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a) Médicos do trabalho: por ajudar na identificação prévia de patologias que possam

estar associadas as atividades realizadas na empresa, desenvolvendo metodologias de

monitoramentos dos pacientes com predisposição ou com quadro de absenteísmo

relacionados a estas patologias, na tentativa de tratar estas doenças em sua condição

inicial garantindo ao trabalhador uma condição mais saudável.

b) Engenheiros de projetos: por ajudar desde a concepção ao desenvolvimento dos postos

de trabalho, modificando maquinas, equipamentos e ambiente de trabalho levando em

consideração o fator humano, dimensionando postos visando as necessidades de quem

será o principal usuário - o operário.

c) Engenheiro de produção (eficiência): contribuem diretamente no estudo de métodos,

tempo e postos de trabalho, na organização do trabalho, estabelecendo um fluxo

racional para atividade realizada e para os materiais utilizados, estabelecendo ciclos de

trabalho para os postos sem que causem sobrecargas aos operários, obedecendo a taxa

de ocupação máxima e respeitando as necessidades pessoais e fisiológicas dos

operários.

d) Engenheiro de manutenção: contribuem realizando cronograma de manutenção

preventiva para máquinas e equipamentos, reduzindo assim indice de defeitos e

paradas de equipamentos causados por paradas de máquinas.

e) Engenheiro de segurança: identificam áreas e máquinas potencialmente perigosas e

que devem ser modificadas, são responsáveis por gerenciar levantamento de atividades

com potencial de gerar acidentes ou doenças;

f) Projetista: ajudam na adaptação de maquinas e equipamentos, projetos de posto de

trabalho estabelecendo critérios que devem ser obedecidos quando for definir um novo

posto.

g) Psicólogos: geralmente envolvidos na analise dos processos cognitivos,

relacionamentos humanos, seleção e treinamento de pessoal, podem ajudar na

implantação de novos métodos.

h) Enfermeiros e fisioterapeutas: podem contribuir na recuperação de trabalhadores com

dores ou lesões e podem também atuar preventivamente.

i) Programadores de produção: podem contribuir para criar um fluxo mais adaptado de

trabalho, evitando atrasos, estresses, sobrecargas ou trabalhos noturnos.

j) Administradores: contribuem na definição do planejamento estratégico para

preparação e desenvolvimento de um projeto e melhorias, levantando recursos

financeiros necessários para implantação das medidas, buscando reduzir o índice de

modificação do projeto após implantação, justificando para alta administração a taxa

de retorno dos projeto.

k) Compradores: ajudam na aquisição de maquinas, equipamentos e materiais avaliados e

padronizados, visando direcionar as mais diversas áreas da empresa a comprar

somente o que já foi desenvolvido para atender os mais diversos padrões de

regulagens e adaptações, tornando-se mais seguros e confortáveis.

l) Tecnologia da Informação: contribuem adquirindo e padronizando recursos tecnológicos

que atendam os mais diversos padrões de regulagens, podendo ser adaptados aos mais

diversos ambientes, desenvolvendo softwares que atendam a necessidade do usuário e que

possam reduzir os comandos do usuários de forma que o mesmo não tenha que permanecer

tempo excessivo na operação.

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Esses profissionais devem ser capacitados em ergonomia na sua aplicabilidade, isto é a

ergonomia na prática e como ferramenta de mudanças, pois assim isto fará parte da rotina

das atividades desenvolvidas por estas áreas, se tornando viável, e imprescind ível o apoio

da alta administração da empresa para facilitar, encorajar ou até exigir o envolvimento de

todos esses profissionais na solução de problemas ergonômicos que muitas vezes são

causados por projetos mal elaborados, não por incompetência, mas por falta de

conhecimento prático.

3. Planejamento estratégico como ferramenta de gestão

O termo ergonomia ainda não é muito conhecido pelos profissionais de todos os níveis

hierárquicos da organização, sendo necessário desenvolver uma equipe multidisciplinar para

acompanhamento e elaboração de serviços neste segmento.

Atualmente os profissionais mais voltados a esta prestação de serviços nesta área são os

fisioterapeutas, médicos do trabalho, técnicos e engenheiros de segurança do trabalho, cada

um focando no que tem maior qualificação. Quando na prestação do serviço de diagnóstico,

levantamento de problemáticas entre outros tantos necessários para evidenciar o problema, é

que se torna necessário a visão de outro profissional, o administrador, com a elaboração do

planejamento estratégico com objetivo de ter domínio da situação diagnosticada focando no

objeto de desejo do gestor – o resultado.

A falta de preparação dos profissionais causam desperdícios de recursos, sendo o tempo um

dos mais afetados, onde o planejamento estratégico do programa se torna um diferencial para

as empresas, no sentido de reduzir os transtornos e as perdas, ou até mesmo para exigir o

envolvimento de todos os profissionais na solução dos problemas ergonômicos

diagnosticados como prioridades e que, muitas vezes são causados por projetos mal

elaborados, não por incompetência, mas por falta de conhecimento prático. Vale ressaltar

que cada profissional envolvido no projeto e processo produtivo das indústrias possui sua

própria linha de pensamento baseada nos seus conhecimentos, porém para melhor atender

as empresas, devemos derrubar as barreiras que separam as profissões, trabalhando juntos

e de forma organizada na solução dos mais diversos problemas.

Segundo Costa (2007) a gestão estratégica visa assegura o crescimento, a continuidade e a

sobrevivência da instituição, por meio da adaptação contínua de sua estratégia, de sua

capacitação e de sua estrutura.

Se esta ferramenta administrativa for implementada de forma adequada, o resultado será um

direcionamento mais focado e voltado para tratativas com maior potencial de risco auxiliando

nas tomadas de decisão do nível gerencial das organizações.

No plano estratégico, devem ser identificadas as unidades e os gestores responsáveis pelos

processos que devem ser tratados como prioridades, estes gestores deverão participar do

processo decisório por serem os agentes facilitadores, com habilidades para negociar;

administrar pessoas, distribuir recursos e dimensionar tarefas visando os pontos mais críticos

dos processos avaliados.

Para sistematizarmos esta metodologia, a melhor forma de fazer isso é mapeando toda

área operacional da empresa, analisando-a criticamente visando melhorias ergonômicas,

estabelecendo nível de prioridades para cada necessidade encontrada, com reuniões

periódicas para follow up do andamento das ações de curto, médio e longo prazo, onde os

profissionais envolvidos possam discutir conceitos, apresentar resultados e manter os

gestores informados sobre a evolução dos trabalhos. Assim como, é de fundamental

importância para o bom andamento das ações que as áreas envolvidas tenham um bom

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entrosamento caso seja necessário conter problemas em que se torne importante a

colaboração de outro departamento, sendo este auxílio obtido mais rapidamente, e com

menor resistência, pois já saberão das dificuldades encontradas pela organização e da

decisão do nível gerencial em priorizar a atividade realizada.

4. Metodologia

Nesta pesquisa foi utilizada pesquisa bibliográfica e de campo, na forma descritiva e

explicativa. A descritiva caracteriza uma determinada população, pois sua realização será

desenvolvida através de analise e interpretação dos dados coletados. Para a obtenção destes

resultados, foram utilizados os recursos da abordagem quantitativa onde a interpretação dos

fenômenos e as atribuições de significados são básicas, servindo de base para a descoberta da

melhor forma de utilização da tecnologia como estratégia competitiva. Segundo GODOY

(1995, p.58) o tipo de pesquisa utilizada deve preocupar-se com a medição objetiva e a

qualificação dos resultados, na busca de precisão, evitando distorções na etapa de analise e

interpretação dos dados, garantindo assim uma margem de segurança em relação às

interferências obtidas. De acordo com Lakatos (2001) este item é considerado como o

conjunto das atividades sistemáticas e racionais que, com maior segurança e economia,

permite alcançar os objetivos/ conhecimentos válidos e verdadeiros, traçando o caminho a ser

seguido, detectando erros e auxiliando as decisões do cientista.

Segundo OLIVEIRA (1997), a escolha do método e técnica utilizada, depende do objetivo da

pesquisa, dos recursos financeiros disponíveis, da equipe e elementos no campo da

investigação. Como não era objetivo dessa pesquisa estudar a opinião de toda população sobre

o assunto, foram desconsideradas algumas técnicas de análise devido ao tamanho da amostra.

A pesquisa selecionou apenas uma técnica que poderia atender os objetivos do estudo, sendo

ela o questionário. Para obter as informações foi utilizado o padrão do questionário chamado

de “Censo de Ergonomia” elaborado inicialmente pelo Dr. Hudson de Araújo Couto, (Médico

do Trabalho, UFMG, 1975, exerceu a especialidade durante 11 anos no setor metalúrgico) e

pelo Dr. Otacílio S Cardoso (Médico do Trabalho de empresas do ramo metalúrgico). Dentro

do censo há o diagrama de corllet onde são especificados todos os segmentos do corpo para

que o colaborador possa marcar qual é a parte do corpo mais solicitada durante as atividades,

podendo isto colaborar para o estabelecimento de relação das queixas versus atividade

realizada, as demais perguntas do questionário são questões objetivas e que para esta

atividade foi aprimorado, buscando uma melhor adaptação a realidade dos envolvidos na

pesquisa, com objetivo de extrair o máximo de informações dos colaboradores e para que eles

pudessem expressar o seu sentimento quanto aos aspectos psicossociais e ergonômicos das

atividades por eles desenvolvidas, dando espaço para que eles possam sugerir melhorias com

objetivo de diagnósticar previamente os problemas relacionados a saúde e a satisfação dos

mesmos no tocante as atividades realizadas no processo. Conforme modelo em anexo.

De acordo com Vergara (2005) Na coleta de dados o autor deve ser informado de como se

pretende obter os dados de que precisa para responder ao problema. Durante a coleta dos

dados foi definido e delimitado o campo de pesquisa, para que pudessemos ter base para

iniciar o gerenciamente ergonômico tendo em vista as prioridades do processo.

Segundo Vergara (2005), universo e amostra trata-se de definir toda a população e a

população amostral. Entenda-se aqui por população não o número de habitantes de um local,

como é largamente conhecido o termo, mas um conjunto de elementos (empresas, produtos,

pessoas, por exemplo) que possuem características que serão objeto de estudo.

A área de estudo analisada para a obtenção destes resultados foi dentro de um processo

operacional de uma fabrica do ramo metalúrgico no polo industrial de Manaus, onde foram

utilizados os recursos da abordagem quantitativa. O universo da pesquisa está relacionado a

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25 vinte e cinco funcionários que trabalham neste setor, o equivalente a 100% da população

amostral analisada para obtenção das informações, sendo esse levantamento quantitativo

aplicado seguindo o fluxograma apresentado na figura 1, para que o resultado da ferramentas

seja o mais completo possível.

(1) levantar criteriosamente todas as atividades realizadas na

empresa, para que possam ser mapeadas a fim de identificar a

extensão dos trabalhos.

(2) Identifica o setor com maior número de queixas relacionadas ao

trabalho e com maior número de absenteísmo (apoio do serviço

médico)

(3) entregar censo de ergonomia para todos os colaboradores do

setor identificado como potencial de risco para diagnóstico prévio

(4) compilar os dados obtidos através da pesquisa quantitativa,

gerando gráficos indicadores.

P1 - O resultado evidenciou previamente como potencial de risco

(5) Os postos que não foram apontados durante em análise prévia

como maiores causadores de desconfortos relacionados ao processo

ficarão na fila de execução do mapeamento realizado inicialmente,

aguardando o seu diagnóstico completo. Este trabalho será realizado

de forma progressiva aguardando escala de prioridades

(6) Se o resultado do censo identificar o posto como um dos

maiores geradores de queixas relacionadas aos seus processos, este

receberá tratamento de prioridade, sendo realizado seu diagnóstico

completo de forma detalhada para que seja possível visualizar em

que momento a tarefa demandada precisa de ações de melhorias,

assim como também possibilita visualizar de forma mais clara qual

segmento corpóreo deverá ser priorizado durante a análise

ergonômica.

Figura 1 – Fluxograma de aplicação do censo de ergonomia

5. Apresentação dos resultados

Esta pesquisa apresenta todas as etapas utilizadas para que o diagnóstico prévio do processo

operacional seja realizado de forma mais rápida, resultando num espelho macro das atividades

analisadas, tornando-se imprescindível para que as mais diversas empresas, sejam elas

públicas ou privadas, empresas pequenas, médias ou grandes, empresas familiares ou

qualquer outro empreendimento, possam utilizar esta mesma ferramenta como fonte de

auxílio no mapeamento das prioridades das ações iniciais, dando direcionamento para os

locais que deverão ser analisados ergonômicamente em carater de prioriades de ação.

Nesse sentido, os resultados apresentados neste artigo atendem a necessidade que todo

profissional sente, que é o direcionamento adequado e sistemático de suas atividades para que

seus esforços sejam focados no maior potencial de risco ergonômico encontrado no grupo de

atividades mapeadas, sendo este resultado o alicerce do gerenciamento no tocante a definição

de prioridades. No gráfico abaixo fica evidente que foi levado em consideração o corpo como

um todo, e que o maior índice de desconforto está relacionado aos membros superiores

(2) Identificação

de maior demanda

(3) Aplicar o censo

de ergonomia

n

s

(6) Será tratado como

prioridade para inicio

de Análise Ergonômica

do Trabalho (AET)

(5) Aguardar

diagnóstico

(1) Mapeamento

de postos

(4) Compilar

dados

P1

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direito, sendo constatado que durante o processo operacional que esses são os segmentos mais

sobrecarregados e que possivelmente podem ser acometidos de patologias relacionadas ao

desgaste muscular, sendo estas atividades priorizadas para início de diagnóstico detalhado que

deverá ser realizado pela análise ergonômica do trabalho, onde poderá visualizar se o

apontamento inicial da pesquisa realmente está relacionado aos movimentos realizados nas

operações encontradas dentro da organização, facilitando com isso a análise ergonomica do

trabalho pois este diagnóstico prévio tanto evidenciará as criticidades dos processos quanto

facilitará a escolha das ferramentas científicas utilizadas para avaliar os riscos apontados

inicialmente como desconforto. Este passo é de suma importância visto que o tempo é um dos

fatores mais relevantes quando se trata de exposição aos riscos e na implantação de medidas

de melhorias, também podendo nortear o analista quanto aos fatores externos ao trabalho que

podem estar contribuindo para as situações relatadas no diagnóstico prévio.

Figura 2 - Diagrama de corllet - censo de ergonomia (pergunta 1)

Como o objetivo da pesquisa seria identificar as prioridades de ações e os fatores que

influenciam nas dificuldades relatadas no processo estudado, também foram levantadas

informações relacionadas a jornada de trabalho, organização, método e fatores cognitivos que

associados interferem diretamente nas atividades realizadas pelos operários e que podem

contribuir para o agravamento das dificuldades apontadas inicialmente como, relacionadas ao

trabalho realizado dentro da organização, conforme gráficos a seguir, representados pelas

figuras 3 e 4.

75

410

1210

47

02

1814

1513

118

45

136

2016

910

1313

1013

1

0 5 10 15 20 25

Pé (direito)

Tornozelo direito

Perna (direita)

Joelho (direito)

Coxa (direita)

Mão (direita)

Punho (direito)

Antebraço (direito)

Cotovelo (direito)

Braço (direito)

Ombro (direito)

Bacia

Costas (médio)

Cervical

Cabeça

Quantidade de Operários

Par

tes

do

Co

rpo

ass

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ao d

esc

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fort

o

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Figura 3 - Censo de ergonomia (perguntas 2 a 6)

Figura 4 – Censo de ergonomia (perguntas 7 a 13)

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Durante a aplicação do questionário foi aberto espaço para que o colaborador pudesse

informar quais as situações em seus postos de trabalhos ou atividades que, na opinião dele,

contém dificuldades importantes que causam fadiga. Tendo como resultados o gráfico abaixo:

Figura 5 - Censo ergonomia – dificuldades (pergunta 14)

Após a identificação do nível de desconforto, segundo o trabalhador, eles também puderam

sugerir como poderiam ser minimizados os problemas desses postos de trabalho ou dessas

atividades ou tarefas. Tendo como sugestões de melhorias a relação a seguir:

Figura 6 - Censo ergonomia – melhorias (pergunta 15)

13

2

3

5

2

0 2 4 6 8 10 12 14

Realização de retrabalhos

- Levantamento de peso;

- Transporte de material;

- Organização do posto de trabalho;

- Realização de embalagens manuais

Quantidade de Operários

Ati

vida

des

caus

ador

as d

e de

scon

fort

o

13

7

3

1

1

0 2 4 6 8 10 12 14

- Melhorias em métodos de trabalho (embalagens, trabalho sentado, revezamento, armazenagem

material);

- Manutenção Corretiva e Preventiva (Redução de retrabalhos manuais)

- Colocar carrinhos para carregar caixas;

- Diminuir a produção;

- Mudança de Lay out;

Quantidade de Operários

Suge

stõe

s de

mel

hori

as n

o pr

oces

so

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Após o resultado deste questionário, ficou mais fácil a identificação dos problemas

ergonômicos que estão relacionadas ao processo operacional da organização, visto que foram

diagnosticados e mapeados todos os segmentos do corpo que são solicitados durante a

operação, assim como o esforço realizado por eles, evidenciando a necessidade de melhorias

no processo estudado, com estabelecimento de prioridades de ações voltadas aos membros

superiores direitos, além de proporcionar ao operário o direito de expressar sua opinião de

forma direita e participativa, durante toda aplicação da pesquisa, principalmente por

apresentar meios pelos quais os envolvidos puderam sugerir melhorias relacionadas as

situações levantadas, podendo validar o que foi coletado no diagrama de corllet, tornando a

base do gerenciamento mais focada aos processo que são mais suscetíveis de problemas

ergonômicos e que podem não estar sendo visualizadas pela organização, facilitando com isso

o direcionamento das análises ergonômicas, visando iniciar pelos postos com maior índice de

queixas e desconfortos previamente identificados como sendo relacionados as atividades

laborais.

Conclusão

Com a aplicação desta ferramenta ergonômica, ora denominada censo de ergonomia, é

possível observar o quanto é importante um diagnóstico prévio bem elaborado, com

necessidade do uso de recursos e metodologias que não são encontradas somente em livros

de ergonomia, mas que incorporam o termo multidisciplinar, onde todos os campos de

conhecimento podem ser usados com um único objetivo comum que é a produtividade.

Durante este trabalho, os conhecimentos técnicos e científicos sobre ergonomia foram

aplicados durante a melhoria do questionário “Censo de ergonomia” levando em consideração

o padrão operacional dos operários, o que foi de grande valia pois os resultados apontaram

para confirmação da hipótese de se ter um quadro de problemas voltados a questões

ergonômicas ainda não estudadas, sendo definidas prioridades pelo grau de dificuldades

relatadas durante a pesquisa e que consequentemente estavam impactando na produtividade e

na saúde do operário entrevistado. Também pudemos observar com esta pesquisa a

necessidade da ergonomia ser tão parte integrante do sistema quantos os outros itens, visto

que alguns resultados refletem diretamente em gestão de pessoas pelo fato de ser apontado a

necessidade de preparar os gestores para atuarem preventivamente quando observado

situações rotineiras que possam acarretar no agravamento de dificuldades encontradas no

processo que estejam relacionadas a ergonomia e que possam comprometer o seu quadro

laboral, e na manutenção preventiva/corretiva com intuito de alertar de um modo geral quanto

a necessidade de eliminar os defeitos, visto que os mesmos podem ser prejudiciais ou

aumentar as dificuldade de realização das tarefas o que impactará tanto na saúde do operário

quanto na eficiência dos processos envolvidos, tendo a tecnologia como forte aliada para

auxiliar neste processo decisório.

Contudo, ressalta-se que cada empresa possui cultura organizacional diferenciada, com

uma linha de pensamento própria, que dão base aos seus projetos. Estes recebem, além da

influencia direta das políticas organizacionais, a tendência de serem desenvolvidos por

profissionais com conhecimentos especializados e focados no seu objeto de domínio, seja

ele engenharia, produção, segurança ou manutenção, tornando-se mais uma vez evidente

que a ergonomia deve ser tratada em campo multidisciplinar, assim como hoje já são

utilizadas as ferramentas da qualidade, pois seria usada como ferramenta para avaliar

todos os processos não só como padrão técnico, mas levando em consideração os fatores

psicossociais e cognitivos que podem estar relacionados a operação.

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ANEXOS

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CENSO DE ERGONOMIA

EMPRESA ____________________________

Matrícula: ............................................................. Data de entrevista: ......../......../............

Nome:....................................................................................................................................................

Data de Nasc.: ......../......../............ Idade:........ Sexo:........ Altura:............ Peso:............

Data Admissional: ......../......../............

1) Você sente atualmente algum desconforto nos membros superiores, ou coluna ou membros

inferiores? Marque com um “X”, na figural abaixo, o(s) local(is).

Outros:....................................................

................................................................

................................................................

Não sinto – nesse caso, vá direto à

questão 9.

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2) O que você sente e que fez referência na questão anterior está relacionado ao trabalho no setor

atual?

Sim Não

3) Faz Quanto tempo?

Até 1 mês 1 a 3 meses 3 a 6 meses Acima de 6 meses

4) Qual é o desconforto?

Cansaço Choques Estalos Dolorimento Dor

Formigamento ou adormecimento Peso Perda da força

5) O que você sente, você classifica como

Muito forte/forte Moderado Leve/muito leve

6) O que você sente aumenta com o trabalho?

Durante a jornada normal

Durante as horas extras

À noite

Não

7) O que você sente melhora com o repouso?

À noite

Nos finais de semana

Durante o revezamento em outras tarefas

Nas férias

Não melhora

8) Tem tomado remédio ou colocado emplastos ou compressas para poder trabalhar?

Sim Não Às vezes

9) Já fez tratamento médico alguma vez por algum distúrbio ou lesão em membros superiores ou

coluna?

Sim Não

10) Você usa uma das mãos mais do que a outra? Sim Não

Se sim, qual? Esquerda Direita

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11) Usa equipamento de proteção individual, quais?

EPI`s Utilizados

Avental Oculos

Luva Bota

Mangote

Protetor Auricular

Máscara

Respiratória

Máscara Visual

Capacete

Boné

12) O seu trabalho exige concentração, atenção? Pouca média muita

13) O seu trabalho é monótono? Pouco médio muito

14) Quais são as situações de trabalho ou postos de trabalhos, tarefas ou atividades que, na sua

opinião, contém dificuldade importante ou desconforto importante ou causam fadiga ou mesmo

dor?

............................................................................................................................. ............................

...................................................................................................... ...................................................

............................................................................................................................. ............................

15) Qual é a sua sugestão para melhorar o problema d esse posto de trabalho ou dessa atividade

ou tarefa?

............................................................................................................................. ............................

................................................. ........................................................................................................

............................................................................................................................. .......................... ..

............................................................................................................................. ............................

................................................................................................... ......................................................

Unidade: .............................................. Função: ............................................................................

Máquina: ............................................... ................................................................................................

............................................................................................................................. ..................................

Assinatura do Colaborador Assinatura do entrevistador Testemunha