angelo venosa

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angelo venosa

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angelo venosa

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angelo venosan. 1954, São Paulo, Brasil

vive e trabalha no Rio de Janeiro, Brasil

Um dos maiores escultores em atividade no Brasil, Angelo

Venosa, filho de pais imigrantes italianos, nasceu em São Paulo,

em 1954. O próprio artista se tornou migrante, ao adotar o Rio

de Janeiro para viver. Nessa cidade, formou-se em Desenho

Industrial pela Esdi e frequentou os cursos livres da Escola de

Artes Visuais (EAV) do Parque Lage, durante a década de 1980.

Entre 1984 e 1990, Venosa, juntamente com Daniel Senise

(1955– ), Luiz Pizarro (1958– ) e João Magalhães (1945– ),

formou o Ateliê da Lapa, contexto no qual desenvolveu seus

primeiros trabalhos, nos quais encontramos uma sensação

de exílio, principalmente nas esculturas que tanto podem ser

fósseis de um passado distante, como de um futuro indeterminado.

Venosa integra a chamada “Geração 80”, movimento

marcado por uma abordagem subjetiva e intimista na produção

de imagens. Em seu trabalho da década de 1990, as relações

entre forma abstrata e a pesquisa com a matéria torna-se

determinante. As características dos variados materiais

empregados – mármore, cera, metal, vidro, acrílico e dentes

de animais, entre outros – aparecem como modos de abordar

o orgânico em conjunto com a tradição escultórica. Os

entrelaçamentos entre linhas e volumes sugerem o encontro

entre a escultura e o desenho, técnica que também faz parte da

prática de Venosa. A estranheza de suas estruturas fundam uma

temporalidade ambígua, carregam referências a eras ancestrais

e ao futuro distópico. Essa sensação se amplia pela tensão entre

as formas e materiais orgânicos e inorgânicos apresentados.

clique aqui para ver cv completo

seleção de exposições individuais

Catilina, Paço Imperial, Rio de Janeiro, Brasil (2019)

Penumbra, Memorial Vale, Belo Horizonte, Brasil; Museu Vale,

Vila Velha, Brasil (2018)

Marimbondo, Oi Futuro Flamengo, Rio de Janeiro, Brasil (2016)

Angelo Venosa: Panorama, Museu de Arte Moderna Aloísio

Magalhães (MAMAM), Recife, Brasil (2014); Palácio das Artes,

Belo Horizonte, Brasil (2014); Pinacoteca do Estado de São

Paulo, São Paulo, Brasil (2013); Museu de Arte Moderna do

Rio de Janeiro (MAM Rio), Rio de Janeiro, Brasil (2012)

seleção de exposições coletivas

Bestiário, Centro Cultural São Paulo (CCSP), São Paulo,

Brasil (2017)

Em polvorosa – Um panorama das coleções do MAM Rio,

Museu de Arte de Moderna do Rio de Janeiro (MAM Rio),

Rio de Janeiro, Brasil (2016)

30x Bienal: Transformações na arte brasileira, Fundação Bienal

de São Paulo, São Paulo, Brasil (2013)

O tridimensional no acervo do MAC: Uma antologia, Museu de

Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC USP),

São Paulo, Brasil (2012)

5a Bienal do Mercosul, Porto Alegre, Brasil (2005)

19a Bienal de São Paulo, São Paulo, Brasil (1987)

seleção de coleções institucionais

Colección Patricia Phelps de Cisneros, Caracas, Venezuela

Instituto Itaú Cultural, São Paulo, Brasil

Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía (MNCARS),

Madri, Espanha

Museu de Arte do Rio (MAR), Rio de Janeiro, Brasil

Pinacoteca do Estado de São Paulo, São Paulo, Brasil

capa vista da exposição Angelo Venosa: Panorama, Pinacoteca do Estado de São Paulo, 2013

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início da carreira

década de 1990

prática recente

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Page 4: angelo venosa

início da carreira

Um dos maiores escultores em atividade

no Brasil, Angelo Venosa nasceu em São

Paulo, em 1954, mas tem suas raízes

mais profundas na Itália, precisamente na

região da Campânia. A vinda de seus pais

para o Brasil marcou de modo definitivo

a memória de infância e a percepção do

jovem Venosa, um paulistano que se

transformou, ele mesmo, em um migrante,

ao adotar o Rio de Janeiro para viver. Foi

em território carioca que ele se formou em

Desenho Industrial pela Esdi e deu seus

primeiros passos rumo à carreira artística,

ao ingressar nos cursos livres da Escola

de Artes Visuais (EAV) do Parque Lage,

durante a década de 1980. A sensação de

exílio habita a escultura de Venosa desde

estes primeiros anos de carreira. Suas

obras insinuam figuras que tanto podem

ser fósseis muito antigos quanto seres

vindos de um futuro indeterminado.

Sem título, 1985 madeira, tecido, gesso e pintura 180 × 180 × 60 cm

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Sem título, 1985madeira, tecido e pintura 100 × 45 × 60 cm

O artista é um dos nomes egressos da

chamada “Geração 80”, conhecida pelo

senso comum como um grupo de artistas

responsável pela “volta à pintura”, mas

reconhecida, mais recente e profundamente,

como um encontro de criadores de

linguagens muito diversas. Eles tinham em

comum o desejo de recuperar a conexão

afetiva com a representação e com as

imagens, migrando seus interesses políticos

para uma esfera subjetiva e íntima, o que

coincide com uma ampliação da liberdade

narrativa conquistada no período de

redemocratização do país. Em sua escultura

seminal, dos primeiros anos daquela década,

Venosa demonstra a filiação com um espírito

de época que, anos mais tarde, foi

aprofundado a partir do desenvolvimento

de um vocabulário absolutamente singular.

← Sem título, 1987galhos de árvores e madeira 90 × 590 × 160 cm

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Sem título, 1986 madeira, tecido, gesso e pintura 260 × 80 × 80 cm

Sem título, 1985 madeira, tecido, gesso e pintura 340 × 180 × 70 cm

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Ateliê da Lapa, 1985 Rua Sílvio Romero Rio de Janeiro, Brasil

← Sem título, 1985madeira, tecido, gesso e pintura 80 × 220 × 60 cm

Suas obras dos primeiros anos de carreira,

conhecidas como esculturas negras por

serem corpos revestidos de tecido

emborrachado de negro, dialogam com

a pintura de seus colegas de geração, mas

se aproximam deles e de seus trabalhos

sobretudo por uma noção de imagem aos

pedaços, feita fragmento, ruído ou soluços

– lapsos de memória.

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Sem título, 1989 madeira, fibra de vidro e talco 235 × 125 × 20 cm

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Sem título [Baleia], 1990 aço corten escultura pública 360 × 660 × 225 cm Av. Atlântica, Praia do Leme, Rio de Janeiro, Brasil

década de 1990

Nos anos 1990, ficou ainda mais claro o

interesse do artista na pesquisa de diferentes

materiais. A pesquisa de Venosa compreende

da combinação de vidro com sal ao alumínio,

sempre tirando partido de certo conflito

entre o orgânico e a fronteira da abstração.

Na escala pública, em peças desenvolvidas

especialmente para a instalação no diálogo

com as cidades, tal como Baleia (1989),

atualmente na praia do Leme, chama a

atenção o manejo que o artista fez do aço

corten. Esta matéria-prima importante

para trabalhos de gerações anteriores de

escultores, ganhou, com Venosa, novas

possibilidades de sentido.

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Sem título (O Aleph), 1999 pedra grés rosa ø 12 m Santana do Livramento, Brasil

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Sem título, 1992 parafina, pigmento e dentes 21 × 24,5 × 3,5 cm

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Sem título, 1993 cera e dentes de boi 64 × 6 cm

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Sem título, 1992 chumbo e cera de abelha dimensões variáveis

Sem título, 1993 parafina e chumbo 25 × 10 × 3 cm

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Sem título, 1993 ossos dimensões variáveis

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Sem título, 1992 chumbo e cera 21 × 24 × 3 cm

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Sem título, 1993 chumbo fundido 17 × 9 × 5 cm

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Sem título [autorretrato], 1999 madeira queimada 52 × 37 × 32 cm

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Sem título, 1999 lâminas de MDF queimadas 132 × 280 × 140 cm

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Sem título, 1998 aço corten 130 × 100 × 0,2 cm

Na obra do artista, o material é atravessado

pela memória de uma imagem figurativa.

Mesmo tratado com alto grau de opacidade,

este corpo insinuado, apreendido a partir

das noções de “fatias” ou pedaços,

é reforçado pelas camadas do próprio

material. Por conta da oxidação, o aço

corten vai ganhando películas de ferrugem,

o que transforma sua superfície em algo

que se transforma tanto no campo da visão

quanto no do tato, aproximando-se

metaforicamente de uma pele.

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Sem título, 2006 aço corten 238 × 117 × 0,3 cm

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Sem título, 1998 desenho gravado sobre vidro 60 × 60 × 70 cm

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Sem título [Maria], 1999 fotografias em lâminas de vidro 160 × 120 cm

Sem título, 1998 vidro e sal 140 × 60 × 60 cm

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Sem título, 1999 lâminas de vidro 19,5 × 40 × 12 cm

→ Sem título, 2002 lâminas de vidro 59 × 57 × 9 cm

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prática recente

Nas obras recentes, realizadas a partir dos

anos 2000, Venosa atinge um alto grau de

reinvenção, abrindo caminhos de pesquisa

para as relações entre áreas cheias e vazias

– vocabulário básico da escultura – e criando

abordagens inéditas para as soluções

de revestimento e o uso de materiais em

suas peças. Pesquisador da tecnologia

como um caminho para a ampliação do

fazer manual e dos embates com a matéria,

Venosa tem usado programas de desenho

e das impressoras 3D para projetar novas

experiências com sua escultura, como

se pode verificar em sua série Arquipélago.

Exposições recentes como Penumbra,

realizada em 2018 no Museu Vale do Rio

Doce (Vitória-ES), e a instalação Catilina,

inaugurada no ano seguinte no Paço Imperial

do Rio de Janeiro, evidenciam a conquista

de novas fronteiras na obra do artista.

Sem título, 2012 justaposição de lâminas de acrílico cortadas a laser 93 × 89 × 33 cm / 33 × 64 × 64 cm

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Sem título, 2012 acrílico 98 × 198 × 52 cm / 96,5 × 194 × 24,5 cm

→ Sem título, 2012 acrílico 100 × 200 × 80 cm foto © Everton Ballardin

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Sem título, 2014 acrílico e alumínio 100 × 100 cm

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Ghabaah, 2016 madeira revestida com poliuretano 260 x 220 x 220 cm Circuito de Arte Contemporânea do Museu do Açude Rio de Janeiro, Brasil

→ Ghabaah, 2016

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Page 35: angelo venosa

Arquipélago, 2016 impressão FDM 60 × 60 × 72 cm

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Arquipélago, 2016 impressão FDM 60 × 60 × 72 cm

Page 37: angelo venosa

Sem título, 2016 compensado naval 260 × 180 × 180 cm

→ vista da exposição Giusè, 2016 Nara Roesler São Paulo São Paulo, Brasil, 2016 foto © Everton Ballardin

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Page 39: angelo venosa

vista da exposição Panorama, 2013 Pinacoteca do Estado de São Paulo, São Paulo, Brasil

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vista da exposição Panorama, 2013 Pinacoteca do Estado de São Paulo, São Paulo, Brasil

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Page 42: angelo venosa

vista da exposição Panorama, 2012 Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM Rio), Rio de Janeiro, Brasil

← vista da exposição Panorama, 2012 Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM Rio), Rio de Janeiro, Brasil

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Sem título, 2012 chapa de alumínio composto 225 × 200 × 200 cm vista da exposição Panorama, 2012 Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM Rio), Rio de Janeiro, Brasil

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Sem título, 2013 aço corten 172,5 × 31,4 × 26,5 cm / 90 × 63 × 50 cm

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Turdus 21, 2009 acrílico 120 × 120 × 170 cm

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Turdus 170, 2009 acrílico 20 × 120 × 45 cm

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Sem título, 2019 madeira, tecido e fibra de vidro 420 x 300 cm

→ vista da exposição Penumbra, 2018 Museu Vale, Vila Velha, Brasil

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Sem título, 2018 madeira, tecido e fibra de vidro 303 x 130 x 55 cm

→ vista da exposição Penumbra, 2019 Nara Roesler São Paulo, Brasil

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Sem título, 2019 madeira, tecido e fibra de vidro 420 x 300 cm vista da exposição Catilina, 2019 Paço Imperial, Rio de Janeiro, Brasil

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Sem título, 2021 madeira, tecido e fibra de vidro 126 x 97 x 55 cm

→ vista da exposição Quasi, 2021 Nara Roesler Rio de Janeiro, Brasil

→ → vista da exposição Quasi, 2021 Nara Roesler Rio de Janeiro, Brasil

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são paulo

avenida europa 655,

jardim europa, 01449-001

são paulo, sp, brasil

t 55 (11) 2039 5454

rio de janeiro

rua redentor 241,

ipanema, 22421-030

rio de janeiro, rj, brasil

t 55 (21) 3591 0052

new york

511 west 21st street

new york, 10011 ny

usa

t 1 (212) 794 5038

[email protected]

www.nararoesler.art