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ANIMAIS PEÇONHENTOS

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Page 1: Animais peçonhentos

ANIMAIS PEÇONHENTOS

Page 2: Animais peçonhentos

ALUNO: Alfredo Alves

PROFº: Jailton O.

SEGURANÇA DO TRABALHO

CURSO MINERAÇÃO IV

JACOBINA/BAJUNHO-2013.1

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ANIMAIS PEÇONHENTOS

São animais que, por meio de um mecanismo de caça e defesa, são capazes de injetar em suas presas uma substância tóxica produzida em seus corpos, diretamente de glândulas especializadas (dente, ferrão, aguilhão) por onde passa o veneno. Esses animais agem por instinto de sobrevivência. Ao se sentirem ameaçados, imobilizam o agressor e fogem para um local seguro. Temidos pelo homem, os animais peçonhentos estão presentes tanto em meios rurais, quanto urbanos. Eles são responsáveis por provocarem inúmeros acidentes domésticos, em variadas regiões brasileiras, com índices crescentes ano após ano. Cobras, aranhas, escorpiões, lacraias, taturanas, vespas, formigas, abelhas e marimbondos são exemplos dessa categoria. Para que não se crie um medo inconsciente desses animais, é necessário um maior conhecimento a respeito do assunto.

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Outro detalhe importantíssimo de se salientar: esses animais agem por instinto de defesa. Geralmente, a maior parte dos acidentes ocorre por descuido ou imprudência humana. Ao colocar o pé no sapato sem olhar em seu interior, uma pessoa pode comprimir um animal que estaria alojado ali dentro, aumentando as possibilidades de uma picada como reação.Quando não são prestados os cuidados necessários em um acidente causado por animal peçonhento, a situação da vítima pode se agravar. Crianças, idosos ou pessoas com o organismo debilitado estão mais propensas a esses casos.

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CobrasNo Brasil as cobras de interesse toxicológico pertencem a duas famílias:

Viperidae e Elapidae. A família Viperidae é representada pelos gêneros Bothriopsis, Bothrops, Bothrocophias, Bothropoides, Rhinocerophis , Caudisona (cascavel) e Lachesis (surucucu-pico-de-jaca). A família Elapidae é representada pelo gênero Micrurus (coral-verdadeira).

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Alguns critérios de identificação permitem reconhecer a maioria das serpentes peçonhentas brasileiras, distinguindo-as das não peçonhentas:

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Os sintomas por picadas de cobras venenosas, dependem muito do tamanho da cobra, da quantidade de veneno injetado e da localização da picada. Os sintomas mais comuns são: - No local ocorre inchaço e rubor

(vermelhidão) imediato; - Febre; - Andar cambaleante; - Fraqueza; - Dificuldade respiratória; - Após 3 a 6 horas poderá ocorrer equimose

(manchas vermelhas espalhadas na pele); - Poderá aparecer no local da picada, bolha

com sangue; - Pode-se ocorrer hemorragias pelas

cavidades naturais ( principalmente narinas);

- Presença de sangue na urina; - Em dias posteriores, se não tratados,

ocorre destruição do tecido no local ( necrose );

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TRATAMENTO

A única terapia efetiva é o soro antiofídico. O soro deve começar a ser aplicado, de preferência, na primeira meia hora depois do acidente.Existem vários tipos de soros antiofídicos, um para cada tipo de cobra, mas se a cobra causadora do acidente não puder ser identificada deve-se usar o soro polivalente. Em áreas em que as cobras são comuns, deve-se ter sempre à mão o soro polivalente, devido à sua maior aplicabilidade. Os soros antipeçonhentos são produzidos no Brasil pelo Instituto Butantan (São Paulo), Fundação Ezequiel Dias (Minas Gerais) e Instituto Vital Brazil (Rio de Janeiro). Toda a produção é comprada pelo Ministério da Saúde que distribui para todo o país, por meio das Secretarias de Estado de Saúde. Assim, o soro está disponível em serviços de saúde e é oferecido gratuitamente aos acidentados.Tratamento de suporte ou sintomático também pode auxiliar, dependendo do caso.

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AranhasAcidentes causados por aranhas são comuns, porém a maioria não apresenta repercussão clínica. Os gêneros de importância em saúde pública no Brasil são:Loxosceles (aranha-marrom), Phoneutria (aranha armadeira ou macaca) e Latrodectus (viúva-negra). Entre essas, a maior causadora de acidentes é a Loxosceles. Acidentes causados por outras aranhas podem ser comuns, porém sem relevância em saúde pública, sendo que os principais grupos pertencem, principalmente, às aranhas que vivem nas casas ou suas proximidades, como caranguejeiras e aranhas de grama ou jardim.

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Entre os sintomas mais frequentes de uma picada de aranha estão: dor intensa no local, salivação excessiva, tremores, náuseas, sudorese, confusão mental, dores musculares, excitação, angústia, rigidez muscular, ardência, coceira, vermelhidão, irritação na pele, agitação, vômito, fraqueza, tontura, cefaleia, edema nas pálpebras, erupção cutânea, pus, problemas na respiração, calafrios, fadiga, náuseas, mal estar, urina escura, febre e se não tratado rapidamente com o soro, o veneno pode se espalhar e formar edemas e a necrose do tecido. Na Imagem acima picada por Aranha Marrom.

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Primeiros socorros

Seja qual for à espécie de aranha envolvida na picada, é preciso seguir os primeiros socorros como: não amarrar e apertar o local, manter a vítima deitada e levá-la imediatamente ao hospital. Se possível, leve o animal que causou a picada para dar o soro antiofídico correto.

TratamentoNo tratamento para as picadas de aranhas é feito a administração de um antídoto fabricado a partir do veneno do animal, ou seja, um soro antiofídico que serve para neutralizar os efeitos da toxina. Além disso, é feita a hospitalização do indivíduo no caso de dificuldade para respirar, dor intensa nos músculos e pressão alta. As picadas formam feridas difíceis de serem tratadas, por isso, usa-se água oxigenada embebidas em algodão durante 3 vezes por dia para limpar a ferida e remover o tecido morto.

Muitos hospitais no Brasil possuem os soros antiofídicos de várias espécies de animais peçonhentos em casos de picadas.

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EscorpiãoClassificados como aracnídeos, os escorpiões são animais invertebrados artrópodes que apresentam o corpo dividido em tronco e cauda. Geralmente, são animais discretos que, durante o dia, se alojam em esconderijos como tronco de árvores, pilhas de madeira ou tijolos, cercas, sob pedras, cupinzeiros, entulhos, mato, lixo, frestas nas paredes, saídas de esgoto, ralos, caixas de gordura, sapatos e tolhas, e durante a noite saem para caçar. Seu ferrão chama-se aguilhão e está localizado na ponta da cauda. Conseguem sobreviver até dois anos sem se alimentar. Em relação à alimentação, ingerem preferencialmente grilos, baratas e moscas. Segundo alguns estudos, os escorpiões foram os primeiros artrópodes que dominaram o ambiente terrestre e atualmente tem-se conhecimento de aproximadamente 1600 espécies no mundo.

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SINTOMAS

Dor intensa, sensação de ardência ou agulhadas, inflamação no local são os sintomas mais comuns da picada de escorpião. Nos casos mais graves, pode acarretar aumento da frequência cardíaca, suores, enjoos, dificuldade para respirar, queda de pressão. Geralmente, as crianças ficam inquietas .

TRATAMENTONa maioria dos casos, as picadas de escorpião podem ser tratadas em casa. São medidas importantes aplicar gelo no local, proteger a pele com um pano limpo, tomar analgésicos comuns para alívio da dor e permanecer em repouso.

Alguns escorpiões, porém, possuem um veneno muito tóxico. Se o quadro não regredir e a pessoa (especialmente se for criança) apresentar sonolência e pressão baixa deve ser encaminhada imediatamente para atendimento médico, levando consigo, sempre que possível, o animal que a atacou. Isso ajuda a identificar com mais rapidez o antídoto que deve ser administrado.

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Lagartas

O veneno da lagarta está nos espinhos e atua no sangue provocando falta de coagulação.

SINTOMAS:Irritação do local atingido; dores de cabeça; náuseas; sangramento através da pele, gengiva , urina, pequenos ferimentos e nariz. A vítima pode ter hemorragias que podem levar a morte.

MEDIDAS PREVENTIVAS: Olhar atentamente folhas e troncos de árvores, evitando o contato com as taturanas e analisando se há presença de folhas roídas, casulos ou fezes de lagarta

TRATAMENTO: Lavagem da região com água corrente e compressas frias. Antihistamínico e corticóide local se necessário

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Lacraias

Usam o se veneno para paralisar pequenas presas. Alguns gêneros de lacraias costumam ocasionar acidentes com maior freqüência no homem. São as lacrais dos gêneros Cryptops, Otostigmus e Scolopendra. Sintomas: dor localizada intensa e a evolução da picada depende da sensibilidade da vítima ao seu veneno. São encontradas: normalmente em jardins, sob matéria orgânica acumulada (folhas, cascas de árvore), sempre em locais úmidos. Ocasionalmente podem ser encontradas dentro da residência.

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Abelhas e Vespas

Como prevenir ataques:Se descobrir colmeias chame um profissional para removê-las. Não faça você mesmo;

Antes de operar um equipamento barulhento (cortadores de grama, tratores, etc.), cheque a área para verificar a presença de abelhas voando. Não opere o equipamento se houver abelhas por perto;

Se você for atacado ou se estiver sendo rodeado por várias abelhas, corra imediatamente. Cubra a boca e o nariz com as mãos enquanto estiver correndo;

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SOROTERAPIASoroterapia é o tratamento indicado para a picada de grande parte dos animais peçonhentos, senão todos. Esse método consiste na aplicação de um soro formado por um concentrado de anticorpos (células que cumprem o papel de defesa do organismo) no paciente, com o objetivo de combater um agente tóxico específico como venenos ou toxinas.Com base em estudos científicos, para cada tipo de veneno existe um soro específico, preparado com a mesma toxina do animal peçonhento que causou o acidente. Para picada de Cobra: Jararaca: Soro Antibotrópico ou Antibotrópico-laquético;Cascavel: Soro Anticrotálico;Surucucu: Soro Antilaquético ou Antibotrópico-laquético;Coral: Soro Antilapídico. Para picada de Aranha: Armadeira e Marrom: Soro Antiaracnídico;Caranguejeira: O soro antiofídico não é necessário. Para picada de Escorpião: Se necessário, tratamento com soro específico chamado Antiescorpiónico. Para picada de Lacraia: Aplicar compressas quentes no local, fazer uso de analgésicos e anestésicos sem adrenalina no local. Para picada da Taturana Lonomia:Soro Anilonomia.

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Os primeiros socorros visam auxiliar no rápido atendimento e maior qualidade na recuperação da vítima: Não fazer sucção do veneno; Não espremer o local da picada; Não dar nada alcoólico, querosene ou fumo para o acidentado; Não fazer torniquete, impedindo a circulação do sangue: isso

pode causar gangrena ou necrose local; Não cortar ou queimar o local da ferida; Não fazer aplicação de folhas, pó de café ou terra sobre a

ferida, sob o risco de infecção; Manter a pessoa em repouso, evitando o seu movimento para

que não favoreça a absorção do veneno;

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Manter, se possível, a região picada erguida; Localizar a marca da picada e limpar o local com água e sabão

ou soro fisiológico; Cobrir o local com um pano limpo; Remover anéis, pulseiras e outros objetos que possam

prender a circulação sanguínea, em caso de inchaço do membro afetado;

Levar a pessoa imediatamente para o pronto-socorro mais próximo ou ligar para o serviço de emergência;

Tentar identificar que tipo de animal atacou a vítima, observando cor, tamanho e características dele;

Se possível, levar o animal causador do acidente para identificação;

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COMO EVITAR ACIDENTES Não acumular entulho, lixo doméstico, ferro velho, telhas e tijolos, mantendo limpo quintais, jardins e terrenos baldios; Andar sempre calçado; Não usar inseticida contra o animal; Jamais introduzir a mão em frestas ou buracos no chão, como tocas de tatus e cupinzeiros; Olhar por onde caminha atenciosamente e em locais onde se deseja apanhar pequenos objetos ou animais; Fazer a limpeza de locais com vasta folhagem, usando botas, luvas e calças compridas; Os jardins devem ser limpos, a grama aparada e as plantas ornamentais e trepadeiras devem ser afastadas das casas e

podadas para que os galhos não toquem o chão; Matagais e montes de folhas mais ou menos secas merecem atenção redobrada; Muros e calçamentos devem ser cuidados para que não apresentem frestas onde a umidade se acumule e os animais

possam se esconder; Por telas nas janelas, vedar ralos de pia, tanque, chão e soleiras de portas com saquinhos de areia ou frisos de borracha; Combater a infestação de baratas e roedores; Não tentar diferenciar cobras venenosas das não venenosas. Somente um especialista pode verificar a diferença entre as

duas; Não manusear animais peçonhentos vivos ou mortos; Evitar o amontoamento de sapatos, roupas e utensílios domésticos; Manter berços e camas afastados da parede; Evitar lençóis que toquem o chão; Bater colchões antes de usá-los; Limpar constantemente ralos de banheiros, cozinhas, caixas de gordura e esgoto, mantendo fechados quando não em uso;

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BIBLIOGRAFIA

• www.cobrasbrasileiras.com.br• portal.saude.gov.br• animais-peconhentos.info