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Departamento de Engenharia Industrial ANÁLISE DA INTENSIDADE DE USO DO TRANSPORTE DE PASSAGEIROS NA METRÓPOLE DO RIO DE JANEIRO UTILIZANDO- SE DADOS DO PDTU 2015 Aluna: Isabela Ramos Corguinha Orientador: José Eugênio Leal Co-Orientador: Orivalde Soares da Silva Júnior Introdução Com o crescimento dos grandes centros urbanos, surge a necessidade de ampliar e melhorar a rede de transportes. Para indicar os gargalos onde serão necessários os investimentos, são desenvolvidos os planos diretores de transportes. Para a região metropolitana do Rio de Janeiro foi desenvolvido um Plano Diretor de Transportes Urbanos (PDTU) no período de 2012 a 2015 [1]. Uma das formas de obtenção de dados foi através de pesquisas domiciliares, nas quais é possível identificar o perfil do usuário e a origem e destino (O/D) de suas viagens. Esses dados são utilizados como entrada num modelo de previsão de demanda em quatro etapas o qual é cuidadosamente calibrado e validado com dados complementares de contagem de fluxo para garantir sua precisão. Uma das quatro etapas desse modelo é a distribuição de viagens, que exigem basicamente os dados referentes à quantidade de viagens futuras e aonde irão se concentrar tais viagens [2]. Há uma grande quantidade de modelos de distribuição de viagens, sendo que a maioria deles ainda se encontra em processo de validação. Mais especificamente falando dos modelos sintéticos relacionados com o uso do solo, estes possuem uma vantagem que é a aplicação em áreas onde se espera que ocorram mudanças expressivas no desenvolvimento do uso do solo. O modelo gravitacional é considerado o mais documentado na literatura técnica, além de ser o mais testado e validado, possivelmente porque é de fácil entendimento e aplicação. Dentro desse contexto, surge então um modelo baseado na intensidade de uso do solo, que será o foco deste trabalho. O conceito básico desse modelo baseado na intensidade de uso do solo teve como referência os conceitos de Kutter [3]. Ele define uma intensidade de uso como a relação entre a frequência relativa de viagens e a frequência relativa de oportunidades em um determinado intervalo de custo de ambas as distribuições. Uma experiência com a aplicação do modelo foi desenvolvido utilizando os dados do ano de 1977 do Rio de Janeiro [3]. Estes dados foram recolhidos para a avaliação do sistema de metrô do Rio de Janeiro, sendo estes, os últimos dados da pesquisa O/D coletadas na região. A aplicação foi realizada como uma pesquisa para uma dissertação de mestrado. Nesse trabalho foram utilizados os dados do PDTU 2015 para obter o número de viagens do tipo Home Based Work HBW (viagens do domicílio para o trabalho) e o número de oportunidades de emprego do censo do IBGE de 2010 projetado para o ano de 2015, ambos em relação a uma faixa de tempo, gerando a partir disso o parâmetro desejado, denominado intensidade de uso.

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Departamento de Engenharia Industrial

ANÁLISE DA INTENSIDADE DE USO DO TRANSPORTE DE

PASSAGEIROS NA METRÓPOLE DO RIO DE JANEIRO UTILIZANDO-

SE DADOS DO PDTU 2015

Aluna: Isabela Ramos Corguinha

Orientador: José Eugênio Leal

Co-Orientador: Orivalde Soares da Silva Júnior

Introdução

Com o crescimento dos grandes centros urbanos, surge a necessidade de ampliar e melhorar

a rede de transportes. Para indicar os gargalos onde serão necessários os investimentos, são

desenvolvidos os planos diretores de transportes.

Para a região metropolitana do Rio de Janeiro foi desenvolvido um Plano Diretor de

Transportes Urbanos (PDTU) no período de 2012 a 2015 [1]. Uma das formas de obtenção de

dados foi através de pesquisas domiciliares, nas quais é possível identificar o perfil do usuário e a

origem e destino (O/D) de suas viagens. Esses dados são utilizados como entrada num modelo de

previsão de demanda em quatro etapas o qual é cuidadosamente calibrado e validado com dados

complementares de contagem de fluxo para garantir sua precisão.

Uma das quatro etapas desse modelo é a distribuição de viagens, que exigem basicamente os

dados referentes à quantidade de viagens futuras e aonde irão se concentrar tais viagens [2]. Há

uma grande quantidade de modelos de distribuição de viagens, sendo que a maioria deles ainda se

encontra em processo de validação. Mais especificamente falando dos modelos sintéticos

relacionados com o uso do solo, estes possuem uma vantagem que é a aplicação em áreas onde se

espera que ocorram mudanças expressivas no desenvolvimento do uso do solo. O modelo

gravitacional é considerado o mais documentado na literatura técnica, além de ser o mais testado e

validado, possivelmente porque é de fácil entendimento e aplicação. Dentro desse contexto, surge

então um modelo baseado na intensidade de uso do solo, que será o foco deste trabalho.

O conceito básico desse modelo baseado na intensidade de uso do solo teve como referência

os conceitos de Kutter [3]. Ele define uma intensidade de uso como a relação entre a frequência

relativa de viagens e a frequência relativa de oportunidades em um determinado intervalo de custo

de ambas as distribuições. Uma experiência com a aplicação do modelo foi desenvolvido utilizando

os dados do ano de 1977 do Rio de Janeiro [3]. Estes dados foram recolhidos para a avaliação do

sistema de metrô do Rio de Janeiro, sendo estes, os últimos dados da pesquisa O/D coletadas na

região. A aplicação foi realizada como uma pesquisa para uma dissertação de mestrado.

Nesse trabalho foram utilizados os dados do PDTU 2015 para obter o número de viagens do

tipo Home Based Work – HBW (viagens do domicílio para o trabalho) e o número de

oportunidades de emprego do censo do IBGE de 2010 projetado para o ano de 2015, ambos em

relação a uma faixa de tempo, gerando a partir disso o parâmetro desejado, denominado intensidade

de uso.

Departamento de Engenharia Industrial

Revisão Bibliográfica

Com o crescimento das cidades, começam a existir muitas falhas no que se refere ao

cumprimento de uma de suas funções que é permitir o acesso da população às oportunidades de

serviço nelas concentradas [2]. Nota-se assim, uma carência no que diz respeito ao planejamento

principalmente na relação entre o uso do solo e o transporte.

Nesse contexto, é de extrema relevância destacar os modelos de demanda de transporte, que

têm como objetivo fornecer dados para o dimensionamento de sistemas de transporte [4]. Um

modelo de planejamento de transporte muito usado é o chamado modelo de quatro etapas.

Os modelos tradicionalmente utilizados para a previsão da demanda em estudos de

transportes urbanos trabalham com variáveis agregadas, cuja demanda é calculada através de

quatro etapas sequenciais de modelagem, sendo elas, de geração, distribuição, repartição modal e

alocação de viagens.

Os modelos de geração de viagem têm como objetivo estimar o total de viagens originadas

(ou destinadas), em cada zona de tráfego. A divisão de zonas é feita para realizar o estudo de

demanda de transportes. Uma proposta de modelo de geração de viagens pode ser encontrada em

[5].

Os modelos de distribuição usam dados de total de viagens originadas e total de viagens

atraídas em cada zona. Na matriz de viagens estes totais estão indicados pela soma dos elementos

de cada linha (viagens geradas) e cada coluna (viagens atraídas, ou destinadas). Propostas de

modelos de distribuição de viagens podem ser encontradas em [6], [7], [8] e [9].

Os modelos de repartição modal são utilizados para estimar o fluxo O-D por cada modo

tentando modelar como o fluxo total (de cada origem para cada destino) se reparte pelos diferentes

modos de transporte. O fluxo total de cada origem para cada destino é guardado em uma matriz O-

D. Transferências entre os diferentes modos também podem ser consideradas e estimadas [10].

Por fim, os modelos de alocação na rede são utilizados para calcular como os fluxos para

cada par origem e destino (O-D) se distribuem sobre os caminhos e carregam os trechos da rede

[7].

Os modelos de distribuição de viagens mais utilizados no transporte urbano são: Modelos à

base do fator de crescimento e Modelos gravitacionais [3].

Os modelos de distribuição, à base do fator de crescimento têm como dados de entrada a

matriz O-D completa das regiões em estudo, para o ano base e os valores da geração e atração de

viagem em cada zona para o ano de projeção. Sendo assim, o método busca adaptar basicamente a

matriz das relações O-D aos fatores de crescimento verificados nos valores da geração e atração de

viagem de cada zona entre o ano base e o de projeção. Dentro desse modelo os métodos mais

utilizados são o de Fratar e o de Furness.

O modelo gravitacional de distribuição de viagem adota o modelo físico de atração entre dois

corpos. Supõe, analogamente ao modelo físico, que o volume de viagens entre duas zonas é

inversamente proporcional a resistência ao deslocamento entre duas zonas. Pode-se utilizar para a

calibração o cálculo usando correlação, modelo com função de impedância e o método de

calibração de Hyman [3].

Além destes, existem uma série de modelos que contribuem no campo teórico, mas são pouco

difundidos na prática, como por exemplo, o modelo de distribuição de viagens baseado na

intensidade de uso do solo. Neste modelo o processo de planejamento dos transportes se baseia na

estimativa de demanda por deslocamentos que estão diretamente relacionadas com a distribuição e

intensidade de uso do solo, através da localização das atividades desempenhadas pelos indivíduos

[2].

Departamento de Engenharia Industrial

O tempo de viagem casa-trabalho é um fator estatisticamente significante na escolha do local

da moradia, ao contrário da acessibilidade de oportunidades de emprego próximo à moradia que é

estatisticamente pouco significante [11]. Utilizando este conceito, propõe-se um modelo

comportamental de acessibilidade com base no número esperado de oportunidades disponíveis para

a realização de alguma atividade específica [12].

Neste presente trabalho, objetivou-se analisar um novo modelo de distribuição de viagens,

tal modelo é sensível às modificações no padrão do uso de terra e no sistema de transporte e deve

ser simples na construção e aplicação.

Metodologia

É possível definir a intensidade de uso do solo como a relação entre a frequência relativa de

viagens e a frequência relativa de oportunidades em cada intervalo de custo para ambas as

distribuições. Teoricamente a análise deve ser feita separadamente por motivo de viagem e pode

ser desagregada por modo de transporte e por subgrupo da população com características

homogêneas a respeito da viagem [3]. Essa desagregação dependerá dos dados disponíveis e da

finalidade da análise.

Para facilitar a visualização da análise, gerou-se um gráfico. Este reflete a razão entre a

frequência relativa do número de viagens pela frequência relativa do número de oportunidades de

emprego, representativo da realidade, no qual se tem um comportamento aproximadamente

decrescente da intensidade de uso do solo ao longo do tempo, como na Figura 1.

Figura 1: Comportamento gráfico teórico esperado.

Esta análise é expressa matematicamente como:

Int(t) = Viagens(t)

Oportunidades(t) (1)

Onde:

Int(t): O valor da intensidade de uso no intervalo t.

Viagens(t): A frequência relativa de viagens o intervalo de tempo t.

Oportunidades(t): A frequência relativa de oportunidades no intervalo de tempo t.

Uma vez que os valores de intensidade de uso são obtidos, a aplicação do modelo para a

distribuição de viagens é feito a partir do esquema da Figura 2.

0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0,7

0,8

Inte

nsi

dad

e d

e u

so

Tempo de viagem

Intesidade de Uso

Departamento de Engenharia Industrial

Figura 2: Esquema de aplicação do modelo.

O modelo da Figura 2 permite realizar o cálculo do número de viagens para cada intervalo t.

Como o objetivo do modelo de distribuição de viagens é determinar o número de viagens para cada

zona individualmente, utiliza-se a expressão 2.

Viagens𝑖,𝑗

=Int(Tempo𝑖,𝑗) ∗ Oportunidades𝑗 (2)

Onde:

Viagensi,j: Frequência relativa de viagens da zona i para a zona j.

Int(Tempoi,j): Valor da intensidade de uso para o tempo médio de viagem da zona i para a zona j

Oportunidadesj: Frequência relativa oportunidades de emprego na zona de destino j.

Para obter o número de viagens é necessário conhecer o número de viagens produzidas pela

zona i, conforme a expressão 3.

NumeroViagens𝑖,𝑗

=Int(Tempo𝑖,𝑗) ∗ Oportunidades𝑗 ∗ ViagensProduzidas𝑖 (3)

Onde:

ViagensProduzidasi: Número de viagens produzidas pela zona i.

Com base neste novo modelo de distribuição de viagens, buscou-se aplicá-lo para a região

metropolitana do Rio de Janeiro com os dados de pesquisas domiciliares do Plano Diretor de

Transportes Urbanos do Rio de Janeiro (PDTU).

Dado:

1) Tempo médio de viagem

entre as zonas

2) A distribuição de

oportunidades por zonas

Parâmetros da

intensidade de uso:

Int(t)

Calcula-se a distribuição

de oportunidades em

função do intervalo de

tempo de viagem:

Oportunidades(t)

Calcular:

Viagem(t)=Oportunidade(t)*Int(t)

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Estudo de Caso

Cada vez mais encontra-se presente a necessidade de investimentos em planos diretores de

transportes para ampliar e melhorar a rede de transportes. Para realizar a análise da intensidade de

uso dos transportes de passageiros na metrópole do Rio de Janeiro, foram realizados dois métodos

(método 1 e método 2), para a obtenção da intensidade de uso, cujo motivo está relacionado com a

tentativa de obtenção de um resultado mais próximo e fiel ao que prevê a teoria, representado pela

Figura 1.

O método 1 consistiu em analisar a intensidade de uso a partir das 4.437 pesquisas

domiciliares realizadas pelo PDTU, sendo possível assim, estimar o número de viagens cujo motivo

era HBW( Home based work).

O método 2 considerou a matriz O/D completa fornecida pelo PDTU para analisar o número

de viagens, e também, utilizou como software o TransCAD, para estimar os tempos de viagem

entre as zonas.

Em ambos os métodos 1 e 2 foi utilizado o número de oportunidades de emprego de 2015

também obtidas no PDTU.

O mapa da Figura 3 representa a região metropolitana do Rio de Janeiro, analisada nesse

estudo de caso. Este mapa foi criado um com o sistema de informação geográfica livre chamado

OpenJUMP, que trata-se de um framework para o desenvolvimento de aplicações em Sistema de

Informação Geográfica (SIG) e possui inúmeros recursos [13].

Figura 3: Mapa da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, dividida em 730 zonas. Software

utilizado: OpenJUMP.

Método 1: Intensidade de uso utilizando viagens da pesquisa domiciliar

Como ferramentas fundamentais para auxiliar no desenvolvimento deste método pode-se

citar o Access, Excel, PostgreSQL, o Pentaho e o Eclipse.

Primeiramente, foram utilizadas as pesquisas domiciliares importadas do Access para o

banco de dados PostgreSQL, através de um programa chamado Pentaho.O PostgreSQL é um

poderoso Sistema Gerenciador de Banco de Dados - SGBD objeto-relacional de código aberto

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muito utilizado para a implantação de um banco de dados geográfico [13]. No PostgreSQL foram

realizadas as consultas (queries), com a finalidade de encontrar o número de viagens com motivo

HBW, considerando o tempo de viagem máximo de 4 horas e 30 minutos, divididos em 9 faixas

de 30 em 30 minutos (Anexo 1). Vale ressaltar que foram utilizados os tempos de viagens

agrupados por motivo de trabalho, não havendo a preocupação com os modos coletivos e

individuais, tendo em vista a restrição dos dados fornecidos pelas pesquisas domiciliares,

ocorrendo assim uma simplificação da realidade.

Em seguida, a partir dos dados fornecidos do número de oportunidades de emprego previstas

para o ano de 2015, pelo censo 2010 do IBGE, utilizou-se a função PROCV do Excel para encontra-

las através da informação do deslocamento entre zonas de origem e destino. Estes dados foram

extraídos também das pesquisas domiciliares. Visto que algumas zonas se repetiam nas faixas de

tempo estabelecidas, foi necessário criar um programa para corrigir essas repetições e então poder

obter um resultado melhor e mais preciso. Para isto utilizou-se a linguagem de programação Java

com o Eclipse (Anexo 2). A partir dos resultados obtidos mostrados na Tabela 1, pôde-se gerar a

intensidade de uso expressada matematicamente pela equação (1).

Tabela 1: A intensidade de uso gerada, a partir da razão entre as frequências relativas do número de

viagens HBW e do número de oportunidades de emprego, agrupadas em nove faixas de tempo.

Com os resultados da Tabela 1, foi possível obter os seguintes gráficos:

Figura 4: Representação gráfica da frequência relativa do número de viagens com motivo HBW.

33,60 32,48

15,56

7,89 6,102,43

0,45 0,60 0,180,00

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

30,00

35,00

40,00

0-30 31-60 61-90 91-120 121-150 151-180 181-210 211-240 241-270

Fre

qu

ên

cia

Re

lati

va

Faixas de Tempo (min)

Frequência Relativa do Número de Viagens

Faixas de Tempo

Frequência relativa do

número de viagens (%)

Frequência relativa do

número de oportunidades (%) Intensidade de uso

00:30 33,60 14,64 2,30

01:00 32,48 22,07 1,47

01:30 15,56 21,02 0,74

02:00 7,89 15,90 0,50

02:30 6,10 12,02 0,51

03:00 2,43 9,35 0,26

03:30 0,45 1,48 0,31

04:00 0,60 1,90 0,31

04:30 0,18 0,67 0,27

Departamento de Engenharia Industrial

Nota-se a partir da Figura 4 que o número de viagens cujo motivo é o trabalho, obtidos pelas

consultas feitas nas pesquisas domiciliares, se concentra nas duas primeiras faixas, sendo esta

frequência em torno de 33,6 % para a primeira faixa (0 a 30 minutos) e cerca de 32,48% e para a

segunda faixa (31 minutos até 1 hora). Fica evidente por esse gráfico que esse número de viagens

torna-se muito pequeno ao ultrapassar três horas de viagem, o que é justificável, pois nestas

condições o tempo de viagem de ida e volta seria maior que seis horas.

Figura 5: Representação gráfica da frequência relativa do número de oportunidades de emprego

previstas para o ano de 2015, segundo dados do censo de 2010 do IBGE.

Com a Figura 5 é possível verificar que as oportunidades de emprego encontram-se mais

voltadas para viagens de 1 hora (com aproximadamente 22,07%), e 1 hora e 30 minutos (em torno

de 21,02%). Embora a tendência da população seja buscar empregos o mais próximo da onde

reside, nota-se que não é tão fácil encontrar emprego na primeira faixa, de até 30 minutos, 14,64%.

O número de oportunidades se reduz consideravelmente a partir de 3 horas e 30 minutos de viagem.

Figura 6: Representação gráfica da Intensidade de Uso obtida através do método 1.

A Figura 6, nos mostra que o método experimental conseguiu um resultado satisfatório para

a intensidade de uso diante do que era esperado teoricamente, representado pela Figura 1. As

maiores intensidades de uso se encontram nas duas primeiras faixas de 30 minutos e de 1 hora. Na

primeira faixa, obtêm-se a partir da equação (1), 2,30 de intensidade de uso do solo, e na segunda

faixa, obtêm-se 1,47. Percebe-se então analisando o gráfico que há um comportamento decrescente

da intensidade de uso do solo em relação ao tempo, conforme se previa.

14,64

27,07

21,02

15,90

12,029,35

1,48 1,90 0,67

0,00

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

30,00

0-30 31-60 61-90 91-120 121-150 151-180 181-210 211-240 241-270

Fre

qu

ên

cia

Re

lati

va

Faixas de Tempo (min)

Frequência Relativa do Número de Oportunidades de Emprego

2,30

1,47

0,740,50 0,51

0,26 0,31 0,31 0,27

y = 2,0084e-0,261x

R² = 0,8413

0,00

0,50

1,00

1,50

2,00

2,50

0-30 31-60 61-90 91-120 121-150 151-180 181-210 211-240 241-270

Inte

nsi

dad

e d

e U

so

Faixas de Tempo (min)

Intensidade de Uso

Departamento de Engenharia Industrial

Para realizar a distribuição de viagens de forma desagregada, para cada zona

individualmente, calculam-se os parâmetros que são a distribuição de oportunidades e a

distribuição de intensidade. As zonas são ordenadas pelo tempo médio de viagem para a zona de

origem. A seguir é apresentado um trecho da tabela utilizada para realização do cálculo da

distribuição de viagens.

Tabela 2: Exemplo de distribuição de viagens utilizando a intensidade de uso para a zona de

origem 3 que possui o total de 31614 viagens produzidas

Zona i Zona j Int(Tempoi,j) Oportunidadesj Viagensi,j Numero

Viagensi,j

3 56 0,0206 0,0276528 0,0005694 18

3 72 0,9062 0,0989614 0,0896755 2835

3 74 1,0558 0,0311892 0,0329284 1041

3 75 0,1827 0,1203521 0,0219839 695

3 100 10,6254 0,0046024 0,0489024 1546

3 105 0,0185 0,0750621 0,0013918 44

3 137 1,4217 0,0770728 0,1095717 3464

3 144 0,3947 0,0250037 0,0098690 312

3 171 9,3635 0,0598377 0,5602897 17713

3 212 0,0607 0,0776218 0,0047131 149

3 387 0,6515 0,0629273 0,0409945 1296

3 503 0,3876 0,0137115 0,0053141 168

3 510 0,3961 0,0273145 0,0108180 342

3 532 0,2719 0,0195459 0,0053141 168

3 686 0,0040 0,1436770 0,0005694 18

3 689 0,1027 0,0797539 0,0081926 259

3 716 0,8777 0,0557141 0,0489024 1546

Método 2: Intensidade de uso utilizando viagens da matriz O/D estimada no PDTU

Visto que as pesquisas domiciliares possuem suas limitações e segundo o PDTU existem

atualmente 730 zonas na metrópole do Rio de Janeiro, notou-se que as pesquisas deixaram muitas

lacunas na matriz O/D, que é composta por 730 linhas e 730 colunas. Sendo assim, sentiu-se a

necessidade de aplicar um método no qual fosse possível preencher essa matriz visando considerar

os deslocamentos de cada zona de origem para cada zona de destino, com objetivo de aproximar

ainda mais o resultado da realidade.

Primeiramente, foi decido utilizar os dados do número de viagens por motivo HBW da matriz

O/D original do PDTU. Em seguida, com o objetivo de obter uma matriz O/D com todas as

distâncias entre origens e destinos das zonas, utilizou-se o TransCAD, este software foi o primeiro

Sistema de Informação Geográfica (GIS) projetado especificamente para uso por profissionais de

transporte para armazenar, exibir, gerenciar e analisar os dados de transporte [14]. Nesse trabalho,

essa ferramenta reproduziu o mapa da metrópole e possibilitou gerar a matriz O/D com as

respectivas distâncias, para então preencher a matriz incompleta obtida pelas pesquisas

domiciliares.

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Figura 7: As 730 zonas da Metrópole do Rio de Janeiro, exibidas no TransCAD.

A partir das distâncias em km obtidas para o deslocamento zona a zona, foi possível com os

tempos de viagens disponíveis pelo PDTU, estipular um tempo médio de viagem e em seguida

calculando a velocidade média com as distâncias obtidas, completou-se os tempos de viagens de

toda a matriz. Essas operações foram realizadas no Excel, e como principal função utilizada pode-

se destacar o PROCV.

Por fim, ao conseguir preencher a matriz O/D representada parcialmente na Tabela 3, para

evitar novamente a repetição de algumas zonas nas faixas de tempo estabelecidas, alterou-se a

tabela de dados a ser lida pelo programa para a Tabela 2 e utilizou-se o mesmo código na linguagem

Java utilizado no método 1 (Anexo 2).

Tabela 3: Parte da Matriz O/D (730X730) obtida a partir das distâncias fornecidas pelo

TransCAD e o número de viagens obtidas da matriz O/D original do PDTU.

Origem Destino

Número de

viagens Distância(KM)

Tempo de

viagem(Minutos)

Nº de Oportunidades de Emprego

2015

1 2 20 2 5 9.367

1 3 20 3 5 21.115

1 4 20 1 3 10.794

1 5 20 1 3 23.317

1 6 38.350 6 12 12.197

1 7 42.770 5 10 14.200

1 8 43.830 6 12 6.377

1 9 47.910 8 16 7.221

1 10 31.070 5 11 9.656

1 11 83.110 40 78 3.076

1 12 93.700 48 95 2.886

1 13 93.700 47 91 2.128

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A partir desse resultado obtido após a programação, foi possível gerar a Tabela 4 com as

mesmas faixas de tempo utilizadas anteriormente, como na Tabela 1, para avaliar os novos dados

e comparar as mudanças ocorridas ao conseguir preencher toda a matriz.

Tabela 4: A intensidade de uso gerada pelo método 2.

Faixas de

Tempo

Frequência relativa do número

de viagens (%)

Frequência relativa do número de

oportunidades de emprego (%)

Intensidade

de Uso

00:30 8,86 16,08 0,55

01:00 24,63 11,96 2,06

01:30 25,21 11,96 2,11

02:00 18,80 11,96 1,57

02:30 11,91 11,96 1,00

03:00 5,86 11,96 0,49

03:30 2,82 11,83 0,24

04:00 1,29 8,84 0,15

04:30 0,45 2,41 0,19

Figura 8: Representação gráfica da frequência relativa do número de viagens com motivo

HBW fornecida pela matriz O/D original do PDTU.

Torna-se evidente pela Figura 8 que a matriz O/D original do PDTU tem como maiores

percentuais a frequência relativa de 1 hora de viagem, com cerca de 24,63% e de 1h e 30 minutos,

com 25,21%. O percentual encontrado para viagens de até 30 minutos é de 8,86% evidenciando

8,86

24,63 25,21

18,20

11,91

5,862,82

1,29 0,450,00

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

30,00

0-30 31-60 61-90 91-120 121-150 151-180 181-210 211-240 241-270

Fre

qu

ên

cia

Re

lati

va

Faixas de Tempo

Frequência Relativa do Número de Viagens

1 14 130.590 49 96 1.441

1 15 97.090 50 98 3.046

1 16 97.090 49 96 1.007

1 17 143.790 51 100 3.008

1 18 116.710 51 100 2.128

1 19 141.410 53 103 349

1 20 100.360 51 100 1.439

Departamento de Engenharia Industrial

que naturalmente as pessoas precisam se deslocar mais do que esse tempo quando o motivo da

viagem é o trabalho.

Segundo a projeção tendencial para o ano de 2015, foram estimados um total de 5.494.669

oportunidades de empregos. Na obtenção da frequência relativa do número de oportunidades de

emprego pelo método 2 pode-se observar uma frequência constante entre as faixas de 1 hora até 3

horas de viagem, ilustrado pelo gráfico da Figura 9.

Figura 9: Representação gráfica da frequência relativa do número de oportunidades de

emprego previstas para o ano de 2015, com a matriz O/D completa utilizando o TransCAD.

A partir da Figura 9 pode-se então explicar algumas das observações obtidas a partir da

realização do método 2. A partir das pesquisas domiciliares utilizadas pelo método 1, tentou-se

prever um tempo médio de viagem entre as zonas, obtendo como resultado cerca de 1 hora e 10

minutos de duração em média. Além disso, com esse tempo médio e as distâncias retiradas da

matriz O/D do TransCAD, foi possível calcular a velocidade para cada zona, estimando por fim a

velocidade média em relação a todas as zonas, que resultou em 30,58 quilômetros por hora. Torna-

se evidente que devido ao grande número de dados e estimativas feitas ao longo deste processo, a

frequência relativa do número de oportunidades de emprego teve grande influência dessa

velocidade média estimada, a partir do Excel notou-se que entre as faixas de 1 hora e 3 horas de

viagem, o número de oportunidades foi de 5.456.669, diferindo apenas de 38.143 oportunidades

entre o valor total projetado para o ano de 2015. Portanto, nesses faixas foram consideradas

praticamente todas as oportunidades de emprego, e esse comportamento pode ser justificado pelas

inúmeras estimativas feitas ao longo do processo como citado anteriormente.

16,08

11,96 11,96 11,96 11,96 11,96 11,838,84

2,41

0,00

5,00

10,00

15,00

20,00

0-30 31-60 61-90 91-120 121-150 151-180 181-210 211-240 241-270

Fre

qu

ên

cia

Re

lati

va

Faixas de Tempo

Frequência Relativa do Número de Oportunidades de Emprego

0,55

2,06 2,11

1,57

1,00

0,490,24 0,15 0,19

y = 2,6709e-0,294x

R² = 0,615

0,00

0,50

1,00

1,50

2,00

2,50

0-30 31-60 61-90 91-120 121-150 151-180 181-210 211-240 241-270

Inte

nsi

dad

e d

e U

so

Faixas de Tempo

Intensidade de Uso

Departamento de Engenharia Industrial

Figura 10: Intensidade de Uso gerada pelo método 2.

Nota-se com a Figura 10 que apesar das aproximações realizadas e explicadas anteriormente,

a intensidade de uso gerada pelo método 2 retrata o que de fato prevê a teoria, mostrando o declínio

da intensidade de uso ao longo do tempo. Exceto no intervalo de até 30 minutos de viagem, cuja

intensidade de uso é de 0,55, ou seja, muito abaixo do que se esperava obter.

Comparação entre os dois métodos

Devido a fonte de dados do método 1 ser as pesquisas domiciliares fornecidas pelo PDTU,

sentiu-se uma certa carência no número de pesquisas capturados com relação às 730 zonas da região

metropolitana do Rio de Janeiro. Sendo assim, a proposta da realização do método 2 foi preencher

a matriz O/D considerada incompleta pelo método 1, ou seja, buscou-se obter um resultado mais

completo e, portanto, mais preciso diante do que já havia sido estudado pelo primeiro método.

No entanto, verificou-se que o método 2, por mais que tenha preenchido toda a matriz O/D

gerou-se uma maior complexidade ao analisar os dados devido a necessidade de aproximações ao

longo do método, tais como a estimativa de uma velocidade média, e o tempo de viagem de uma

zona de origem para uma zona de destino.

Com isso, é possível notar que os cuidados necessários para realização de cada método não

eram necessariamente os mesmos, e que ao gerar maior complexidade ao analisar os dados do

método 2 seria necessária uma análise mais cuidadosa, preocupando-se com uma melhor

modelagem dos dados e possivelmente também uma calibração.

No que diz a respeito da frequência relativa ao número de viagens, o método 1 difere do

método 2 consideravelmente apenas na primeira faixa de 0 a 30 minutos. Essa diferença pode ser

justificada pelo fato de o método 1 ter utilizado as pesquisas domiciliares, e o método 2 a matriz

original (O/D) fornecida pelo PDTU. Pelo método 1 têm-se o percentual de 33,60% e pelo método

2 cerca de 8,86%. Sendo assim, o método 1 mostra que viagens de 5 a 30 minutos são comuns

dentro da mesma zona, e já o método 2, mostra com seu percentual baixo entre 0 a 30 minutos, que

normalmente torna-se necessária uma viagem com duração maior do que 30 minutos cujo motivo

é o trabalho.

Com relação à frequência relativa do número de oportunidades de emprego, observou-se que

o método 1 revelou um comportamento mais próximo da realidade, tendo em vista principalmente

às aproximações e estimativas necessárias no método 2, que acabou considerando em algumas

faixar praticamente o número total de empregos previstos para toda metrópole do Rio de Janeiro

no ano de 2015.

A intensidade de uso é fruto da razão dos dois fatores citados anteriormente, sendo eles, a

frequência relativa ao número de viagens e ao número de oportunidades de empregos. A partir do

método 1 foi possível obter uma intensidade decrescente ao longo do tempo de forma mais

satisfatória do que no método 2. O impedimento para esse comportamento decrescente no método

2 foi a primeira faixa de tempo de 0 a 30 minutos.

Conclusões

Diante da importância da ampliação e de melhorias na rede de transportes, verificou-se a

necessidade de uma abordagem integrada no planejamento urbano e de transportes, para que

garanta principalmente o planejamento adequado do uso do solo visando otimizar o sistema urbano

em sua totalidade.

A partir dos estudos feitos para o presente trabalho, notou-se que em um sistema otimizado,

é possível assegurar para o exercício das atividades em um novo padrão de oferta de oportunidades

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com o mínimo de necessidade de deslocamentos. E essas condições são garantidas com a melhoria

da distribuição espacial dos equipamentos e com o aperfeiçoamento do sistema de transportes

integrado ao sistema urbano.

Torna-se assim evidente, a necessidade dos modelos de distribuição de viagens dentro desse

contexto. Ao identificar a localização das demandas atuais e futuras por habitações, equipamentos

urbanos e transportes, os modelos de uso do solo e transporte, possibilitam a definição de políticas

de investimento no setor de transportes, dentro de uma política geral de desenvolvimento urbano.

O principal objetivo do trabalho foi testar e analisar o modelo de intensidade de uso do solo,

para tal foi necessário fazer algumas simplificações, tais como não agrupar as pesquisas por modo

individual e coletivo, apenas considerando o motivo como HBW. Porém essa simplificação não

invalida a metodologia desenvolvida, tendo em vista a necessidade da análise de uma ferramenta

de tal tipo, que fosse capaz de auxiliar no planejamento dos grandes centros urbanos, além da

importância do uso do solo como uma das variáveis para elaboração de novos projetos com esse

viés.

O modelo permite, portanto, testar cenários com alterações futuras e medir o impacto de tais

modificações nos transportes. A partir do estudo de caso, foi possível analisar o modelo a partir

dos dados obtidos, e sendo assim, dentro das previsões teóricas esperava-se um modelo em que a

intensidade de uso gerasse uma curva decrescente em relação ao tempo, mostrando uma frequência

maior de pessoas em faixas de tempo menores.

De fato, após perceber que algumas zonas se repetiam nas faixas de tempo estabelecidas e

programar para não contar as mesmas oportunidades de emprego mais de uma vez em uma mesma

faixa de tempo em ambos os métodos, foi possível gerar uma curva como a desejada teoricamente,

apesar de o método 1 ter obtido um melhor comportamento, mostrou-se que a intensidade de uso

tem um comportamento decrescente em relação ao tempo, ou seja, à medida que o tempo aumenta,

reduz-se a intensidade de uso do solo, apesar de o método 1 possuir um melhor comportamento.

Após analisar as 4.437 pesquisas domiciliares realizadas pelo PDTU para o método 1 , e a

matriz O/D do PDTU para o método 2, pode-se justificar essa relação decrescente entre a

intensidade de uso do solo e o tempo de viagem. Isso se deve principalmente ao fato da tendência

de as pessoas buscarem oportunidades de emprego mais próximas de onde residem. No entanto,

nem sempre isso é possível. Também pode-se observar que é praticamente desprezível a

intensidade de uso após 4 horas e 30 minutos de viagem, pois se torna impraticável uma rotina de

emprego em que demore mais do que este tempo para se deslocar.

Por fim, torna-se evidente que a metodologia utilizada pode colaborar para o planejamento

urbano, no que diz respeito ao uso do solo e sua intensidade, para finalmente visar melhorias no

sistema de transportes.

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14 - CALIPER, TransCAD. Transportation GIS Software. User’s Guide Version 4.0 for

Windows. Caliper Corporation, Newton, EUA, 2000.

Anexo 1

Consultas utilizando o método 1

Query para calcular o número de viagens entre as zonas, no intervalo de 0 a 30 minutos, o mesmo

foi repetido 9 vezes, até o intervalo de 241 a 270 minutos.

select sum(fator_expansao)

from deslocamento

where motivo_geral = 'HBW'

and (d09 + d10 + duracao) >=0 and (d09 + d10 + duracao) <= 30

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Anexo 2

Algoritmo_Correção_de_Repetições_entre_zonas

Entrada: Leitura da matriz com os dados;

Saida: Número de oportunidades de emprego por faixas;

1) Leia a matriz com os dados e divida-os em faixas;

Enquanto a linha do arquivo não for nula, leia os dados, e em seguida

divida-os em faixas de 30 em 30 minutos até 390 minutos;

2) Verificar se os destinos são iguais;

Se (destino1==destino2)-> Verdadeiro;

Se não ->Falso;

3) Buscar a faixa aonde será adicionado um novo item e verificar se pode ser adicionado;

Enquanto houver uma faixa de destino, verifique em qual deve estar o item e adicione-o;

4)Calcular total de empregos e adicionar a lista quando não houver esse item adicionado;

Enquanto (item!= listadeintens)

total+=item

retornar total;

5) Mostrar por faixa o número de oportunidades de emprego;

Fim;