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ANÁLISE DO GERENCIAMENTO DE RISCOS EM INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS Á LUZ DO GUIA DE GERENCIAMENTO DE RISCOS CORPORATIVOS DO INSTITUTO BRASILEIRO DE GOVERNANÇA CORPORATIVA WALTER TUCHTENHAGEN ELLWANGER (ULBRA) [email protected] Claudia de Freitas Michelin (ULBRA) [email protected] Adriana Porto (ULBRA) [email protected] Orlando Ferreira da Silveira (ULBRA) [email protected] MILTON EDWINO KELLING (ULBRA) [email protected] As instituições financeiras são os agentes mais expostos aos riscos, são as mais vulneráveis a sofrer impactos internos e externos no dia-a-dia de seus processos relativos à gestão financeira. Desta forma, para fazer frente a estes riscos desenvolveu-se na governança corporativa uma ferramenta capaz de mensurar, prever e diminuir a severidade destes riscos, com isso tornou-se necessária à estruturação de um sistema que possa realizar este controle de forma eficaz. Sendo assim, este estudo tem por objetivo identificar, descrever e analisar a estrutura do sistema de gerenciamento de riscos em instituições financeiras públicas e privadas à luz do guia de gerenciamento de riscos corporativos do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa. Para atingir os objetivos propostos, este trabalho foi estruturado com uma abordagem qualitativa, sendo um estudo descritivo. Em relação ao método, a pesquisa foi conduzida através de um estudo multicasos e a coleta de dados deu-se por meio de uma análise documental e entrevista semiestruturada. Os resultados advindos dos instrumentos de pesquisa apontaram que as instituições financeiras, com algumas exceções, utilizam uma estrutura de sistema de acordo com as boas práticas e inovações que o setor vem tendo, as ferramentas de gestão integradas no processo juntamente com a forma de tratamento, análise, reporte e mitigação dos riscos são os principais elementos que pode diferenciar um banco do outro. Ao final pode-se visualizar a estrutura do sistema de gerenciamento de riscos aconselhável para instituições financeiras. Sugere-se que as mesmas estejam em mutação constante, atentas ao surgimento de novas metodologias de gestão e de diferenciação, estes elementos auxiliarão a empresa a ter maior estabilidade dentro do mercado, com maiores lucros e poder de competitividade atraindo assim maior número de clientes e investidores. XXXVII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO “A Engenharia de Produção e as novas tecnologias produtivas: indústria 4.0, manufatura aditiva e outras abordagens avançadas de produção” Joinville, SC, Brasil, 10 a 13 de outubro de 2017.

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ANÁLISE DO GERENCIAMENTO DE RISCOS EM

INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS Á LUZ DO GUIA DE GERENCIAMENTO DE RISCOS

CORPORATIVOS DO INSTITUTO BRASILEIRO DE GOVERNANÇA CORPORATIVA

WALTER TUCHTENHAGEN ELLWANGER (ULBRA)

[email protected] Claudia de Freitas Michelin (ULBRA)

[email protected] Adriana Porto (ULBRA)

[email protected] Orlando Ferreira da Silveira (ULBRA)

[email protected] MILTON EDWINO KELLING (ULBRA)

[email protected]

As instituições financeiras são os agentes mais expostos aos riscos, são as mais vulneráveis a sofrer impactos internos e externos no dia-a-dia de seus processos relativos à gestão financeira. Desta forma, para fazer frente a estes riscos desenvolveu-se na governança corporativa uma ferramenta capaz de mensurar, prever e diminuir a severidade destes riscos, com isso tornou-se necessária à estruturação de um sistema que possa realizar este controle de forma eficaz. Sendo assim, este estudo tem por objetivo identificar, descrever e analisar a estrutura do sistema de gerenciamento de riscos em instituições financeiras públicas e privadas à luz do guia de gerenciamento de riscos corporativos do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa. Para atingir os objetivos propostos, este trabalho foi estruturado com uma abordagem qualitativa, sendo um estudo descritivo. Em relação ao método, a pesquisa foi conduzida através de um estudo multicasos e a coleta de dados deu-se por meio de uma análise documental e entrevista semiestruturada. Os resultados advindos dos instrumentos de pesquisa apontaram que as instituições financeiras, com algumas exceções, utilizam uma estrutura de sistema de acordo com as boas práticas e inovações que o setor vem tendo, as ferramentas de gestão integradas no processo juntamente com a forma de tratamento, análise, reporte e mitigação dos riscos são os principais elementos que pode diferenciar um banco do outro. Ao final pode-se visualizar a estrutura do sistema de gerenciamento de riscos aconselhável para instituições financeiras. Sugere-se que as mesmas estejam em mutação constante, atentas ao surgimento de novas metodologias de gestão e de diferenciação, estes elementos auxiliarão a empresa a ter maior estabilidade dentro do mercado, com maiores lucros e poder de competitividade atraindo assim maior número de clientes e investidores.

XXXVII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO “A Engenharia de Produção e as novas tecnologias produtivas: indústria 4.0, manufatura aditiva e outras abordagens

avançadas de produção” Joinville, SC, Brasil, 10 a 13 de outubro de 2017.

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Palavras-chave: gerenciamento de risco, governança, instituições financeiras

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1 INTRODUÇÃO

Gerenciamento de riscos é o processo no qual as organizações e seus gestores lidam com as

incertezas, neste trabalho serão consideradas as incertezas que tem impacto dentro da gestão

financeira da empresa. Esta é uma ferramenta da gestão que mensura possíveis riscos de

perdas advindos de ações internas e externas buscando reduzir a frequência e a severidade das

mesmas.

Aliando esta ferramenta à situação do mercado atual que exige das empresas a maior

capacidade possível de competitividade dentro do mercado, torna este tema fundamental já

que o gerenciamento de riscos trabalha a fim de lidar cotidianamente com a redução máxima

das incertezas evitando perdas, o que auxilia na maximização dos lucros e aumenta a

longevidade da organização fazendo a mesma a atingir uma estabilidade dentro do mercado.

Dentro deste contexto, este trabalho objetiva identificar, descrever e analisar a estrutura do

sistema de gerenciamento de riscos em instituições financeiras públicas e privadas, à luz do

guia de gerenciamento de riscos corporativos do Instituto Brasileiro de Governança

Corporativa. Portanto, procura-se com a realização deste trabalho proporcionar as instituições

financeiras e seus gestores, alternativas para um constante aprimoramento desta ferramenta,

viabilizando uma reflexão sobre possibilidades de mudanças estratégicas se forem necessárias

que se dá a partir de novas ideologias e teorias.

2. GERENCIAMENTO DE RISCOS

Segundo o IBGC (2007) entende-se como risco toda a ação ou a possibilidade de certo fator

“não dar certo”, deduza-se de que certo fator é um risco quando o mesmo pode ser

interpretado como uma incerteza seja ela lucrativa ou prejudicial no contexto empresarial. O

instituto enfatiza que o risco em um ambiente empresarial exige a formulação de indicadores

que avaliem o impacto e a frequência destes riscos, além de ações norteadoras que visem

minimizar esta frequência dentro da gestão financeira.

Importante destacar que o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa fundado em 27 de

novembro de 1995, é uma organização sem fins lucrativos que, no Brasil, serve como base

conceitual para orientação de empresas e gestores em relação as melhores práticas de

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governança corporativa. Para estabelecer suas diretrizes de orientação o IBGC baseia seus

conceitos integrados as redes Institutos de Gobierno Corporativo Latino América (IGCLA) e

Global Network of Director Instituties (GNDI), ambas servem como referências para as

atividades do IBGC de Global Reporting Initiative (GRI) praticadas em fóruns, palestras,

treinamentos, networking, conferências além de realizar publicações e pesquisas (IBGC,

2016).

Criado no ano de 2007 pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa, o guia de

gerenciamento de riscos corporativos (GRC) é uma ferramenta auxiliadora de empresas

interessadas no modelo e que tenham os riscos no cotidiano de suas operações.

2.3 Gerenciamento de Riscos em Instituições Financeiras

Por ter suas receitas advindas na sua grande maioria de juros sobre créditos cedidos a clientes,

as instituições financeiras são as que mais tendem a conviver com os riscos sejam eles de

crédito, mercado ou operacional (ARAI, 2015). De acordo com Tavares (2014), as

instituições financeiras são as organizações mais expostas aos riscos, por que há grande

probabilidade de acontecimentos tanto internos quanto externos impactarem

significativamente a gestão financeira, prejudicando mecanismos como receitas, fluxo de

caixa e liquidez.

Existem várias modalidades de risco, como o risco operacional, o risco de mercado e o risco

de crédito dentro das instituições financeiras. O Risco Operacional é o risco que as

instituições financeiras correm em seus processos internos, tanto em defeitos ocasionados por

falhas em softwares de sistema, falhas dos colaboradores e fraudes. Camargo (2010) define

este tipo de risco é advindo de problemas que podem ocorrer no funcionamento das operações

de uma organização. Estes riscos operacionais internos são causados por falhas humanas,

processos ou tecnologia dentro de uma unidade de negócios.

O risco de mercado é o tipo de risco (externo) que as instituições financeiras correm mediante

as variações do mercado. Este risco externo impacta o setor financeiro de modo que a

instituição tenha que, se necessário, alterar suas diretrizes para acompanhar as variações e

continuar suas atividades sem prejuízo (DUARTE JÚNIOR, 2005).

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É denominado risco de crédito quando certo agente (credor) concede seus recursos financeiros

próprios a outro certo agente (devedor) que por consequência necessita destes recursos. No

caso das instituições financeiras acontece o fornecimento deste crédito a seus clientes, a fim

de obter suas receitas á partir da diferença paga pelos devedores (em forma de taxa de juros) á

partir do capital cedido (ARAI, 2015). Segundo o autor o risco de crédito se dá pela

possibilidade da instituição financeira não obter seus recursos financeiros cedidos a clientes

repostos, isto se caracteriza pela inadimplência de seus clientes na maioria das vezes, onde

estes não cumprem sua responsabilidade em retornar o capital cedido pela instituição,

acrescidos da taxa de juros acordada entre as partes.

3 METODOLOGIA DE PESQUISA

A presente pesquisa teve uma abordagem qualitativa, que segundo Severino (2007) trata-se de

uma pesquisa cujo objetivo visa levantar dados mediante á determinados fatos em busca de

compreendê-los e interpretá-los de maneira perceptível. O estudo multicasos foi o método

escolhido, pois segundo (GIL, 2010) os estudos multicasos consistem em estudos que visam

uma análise mais profunda e exaustiva, mesmo que esse aprofundamento não seja tão

rigoroso, de maneira que permita seu amplo e detalhado conhecimento.

Os sujeitos foram seis gestores das agências bancárias pré-estabelecidas na cidade de

Cachoeira do Sul/RS, que são: Gerente geral da agência 0577 da instituição Itaú Unibanco

Holding S.A.; Gerente geral da agência 0042 do Banco do Brasil S.A.; Gerente de negócios

da agência 0150 do Banco do Estado do Rio Grande do Sul S.A.; Gerente geral da agência

3270 do Banco Bradesco S.A.; Gerente de negócios da agência 1052 do Banco Santander

Brasil S.A. Criteriosamente escolhidos, possuem além do know-how necessário, experiência

significativa no setor bancário. Como variáveis da pesquisa se definiram as três maiores áreas

do Gerenciamento de Riscos: Risco Operacional, Risco de Mercado e Risco de Crédito.

No que diz respeito à coleta de dados, a pesquisa contou com dois instrumentos distintos: uma

entrevista semiestruturada aplicada aos gestores das instituições financeiras e análise dos

relatórios fornecidos pelas instituições financeiras.

4 RESULTADOS

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Os resultados foram apresentados por subseções que tratam de cada instituição financeira

pesquisada e as respectivas variáveis do estudo.

4.1 Instituição Financeira Banco do Brasil S.A.

Para a coleta de dados desta instituição foi analisado o relatório de gerenciamento de riscos

fornecido trimestralmente, o relatório base utilizado foi o relativo ao segundo trimestre do ano

de 2016 e a entrevista ao gestor Júlio. Como resultados advindos dos instrumentos de

pesquisa identificou-se que a instituição possui um sistema de governança próprio para os

riscos, este sistema funciona com a finalidade de estabelecer a diretrizes e políticas que a

instituição utilizará de forma macro administrativa. Este sistema é constituído pelo Comitê de

Risco Global (CRG), que tem por responsabilidade criar as estratégias de tratamento dos

riscos, seus limites de exposição e níveis de conformidade e alocação de capital. O CRG é o

responsável pela área estratégica da estrutura estando no topo do organograma, porém é na

área tática que se nota a maior atuação do sistema. A área tática é constituída pelo Subcomitê

de Risco de Crédito (SRC); Subcomitê de Risco Operacional (SRO) e o Subcomitê de Risco

de Mercado e Liquidez (SRML). Este subcomitê tem como função agilizar o processo de

gestão e tomar as decisões ligadas a cada segmento dos riscos. Arai (2015) destaca que para

cada um das três maiores divisões dos riscos (Riscos operacionais, de mercado e de crédito)

deve haver uma área responsável, geralmente chamadas de comitês que tem por função

identificar, mensurar, mitigar, controlar e analisar os riscos existentes nos processos da

empresa. A Figura 1 ilustra o plano sequencial de gestão de riscos do BB.

Figura 1: Estrutura de Gestão de Riscos Banco do Brasil S.A.

Fonte: Banco do Brasil S.A (2015)

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Conforme a Figura 1 os subcomitês devem gerenciar a carteira e as simulações integradas,

analisando os riscos existentes mensurando-os e classificando-os conforme informações

presentes na base de dados do sistema.

O Risco Operacional para esta instituição é o segundo tipo de risco que mais impacta na

gestão financeira da instituição, este impacto se dá pelo aumento no número de fraudes

advindas de documentos falsos fornecidos por clientes ou outros agentes a fim de usufruir

virtualmente de informações. O Risco de Mercado relaciona-se diretamente à ligação do

banco ao governo brasileiro, portanto a situação do governo impacta diretamente com a

situação mercadológica do BB, o que se justifica que dentre os riscos de mercado o mais

notório seja as variações nos preços das ações. O Risco de Crédito é o que mais afeta a

gestão financeira do BB, de acordo com o gestor é uma instituição que possui taxa de juros

muito competitiva no mercado e assim atrai mais tomadores de crédito, apesar das taxas de

inadimplência estar girando em torno de 1,26% pessoas físicas e 1,88% pessoas jurídicas

(valores relativamente baixos), pela grande quantidade de clientes estes valores se tornam

altos em valores líquidos.

4.2 Instituição Financeira Banco do Estado do Rio Grande do Sul S.A.

Como resultados obtidos constatou-se que as decisões a serem tomadas em relação aos riscos

segue uma linha macro administrativa, de acordo com o gestor as diretrizes a serem seguidas

nas agências partem da Diretoria de Controle de Riscos localizada em Porto Alegre/RS

juntamente com a Unidade de Gestão de Riscos Corporativos. Ambas são controladas

paralelamente pela Diretoria Geral (Conselho de Administração. A Diretoria de Controle de

Riscos é a maior responsável pelo gerenciamento de riscos na instituição, e que também adota

o sistema compliance para garantir confiabilidade em suas operações. A Figura 2 ilustra a

estrutura do sistema de gerenciamento de riscos do Banrisul.

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Figura 2: Estrutura do sistema de gerenciamento de riscos do Banrisul S.A.

Fonte: Banrisul (2015)

Pode-se visualizar na Figura 2 que o organograma utilizado pelo Banrisul conta com uma área

suprema denominada Conselho de Administração, logo após uma área técnica especializada

no controle de riscos que é a Diretoria de Controle de Risco e seus Comitês de Gestão, e uma

terceira área chamada Unidade de Gestão de Riscos Corporativos responsável por dividir as

diretrizes a cada gerência de riscos do banco, são constituídas por Gerência de Risco de

Crédito e de Capital, Gerência de Risco de Mercado e Liquidez e Gerência de Risco

Operacional.

Observando-se o Risco Operacional identifica-se que a instituição delega como setor

especializado a Gerência de Risco Operacional que conta com um ciclo de gestão a fim de

garantir as menores perdas possíveis relativas a estes eventos. Como ação de segurança o

Banrisul adota para os riscos operacionais o BIA (Basic Indicator Approach) que determina o

capital de reserva a ser alocado devido a eventuais perdas decorrentes nos processos. O Risco

de Mercado é gerido pela área denominada Gerência de Risco de Mercado e Liquidez

(GRML) e tem por função utilizar-se de um modelo principal pré-estabelecidos para

quantificar as possíveis perdas relativas a flutuações de mercado. Este modelo é chamado

Value at Risk (VaR). Com relação ao Risco de Crédito o Banco implantou diversos

mecanismos de avaliação de clientes como o credit scoring, application e behavior. O credit

scoring se encarrega de armazenar as informações que a Gerência de Risco de Crédito julga

como essenciais para decidir qual valor ceder em crédito ao cliente, levando em conta seu

histórico, sua situação atual e sua situação profissional. Já o behavior avalia o cliente levando

em conta seu histórico e vida financeira.

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4.3 Instituição Financeira Itaú Unibanco Holding S.A.

A empresa utiliza modelos para organização de sua estrutura de gerenciamento de riscos

baseado em modelos de grandes bancos mundiais, estando de acordo com as melhores

técnicas empregadas no contexto mundial. Para cada tipo de risco que a instituição está sujeita

há uma comissão responsável pelo seu tratamento, ambas as comissões se reportam aos

comitês controladores que tem caráter fiscalizador e auxiliador no processo de combate,

redução, mensuração e mitigação destes riscos bem como analisar se as ações tomadas para

combater os riscos estão surtindo efeito na empresa, tarefa que recebe o suporte do comitê de

auditoria interna. Os comitês são controlados diretamente pelo Conselho de Administração

(CA).

Sendo assim, identifica-se que o setor que possui relação direta com as comissões de risco é o

Comitê Executivo (CE) que tem por responsabilidade quantificar os dados relativos aos riscos

e analisar se estão de acordo com os dados de “apetite ao risco” que a instituição está disposta

a considerar.

Para o Risco Operacional o Itaú Unibanco criou a Comissão Superior de Gestão de Riscos

Operacionais (CSRO), onde esta realiza todas as atividades relativas a este tipo de risco e tem

a responsabilidade combatê-los e responder por quaisquer eventos não aceitáveis pelo apetite

de risco e o CA. A estrutura do risco operacional se dá em primeiro momento de forma

descentralizada, onde cada área de negócios realiza a gestão de seus riscos e os reporta para o

Comitê de Auditoria Interna e para a CSRO.

Quanto ao Risco de Mercado há uma estrutura de gestão responsável por gerir o risco de

mercado a Comissão Superior de Risco de Mercado e Liquidez (CSRML) e órgãos colegiados

a esta comissão responsáveis por avaliar cada tipo de flutuação de mercado. Com relação ao

Risco de Crédito a instituição também conta com o CA no topo de seu organograma, porém,

para este tipo de risco sua atuação é mais notória que os demais. Há órgãos colegiados, que

fazem parte deste organograma, que tem por função analisar as condições competitivas de

mercado e definir o montante disponível a ser disponibilizados a clientes da instituição. Estas

informações são avaliadas pelo CA, disseminadas para uma segunda análise nos comitês e

repassadas para a Comissão Superior de Crédito (CSC), onde esta tem a função de delegar ao

sistema o montante a ser disponibilizado a cada tipo de cliente.

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4.4 Instituição Financeira Banco Bradesco S.A.

O Banco Bradesco adota uma estrutura para gerenciamento de seus riscos com vários setores,

procura delegar aos setores responsabilidades pontuais de gestão, com uma área específica

para cada variável de riscos que a instituição está exposta, reportando-se ao Conselho de

Administração que tem por responsabilidade a tomadas de decisões estratégicas de gestão

para garantir a eficiência do sistema. Em uma segunda linha da gestão encontram-se os

comitês e subcomitês, que fazem parte desta estrutura a fim de assegurar que todas as

variáveis de riscos e suas respectivas metodologias de gestão estejam alinhadas com os

objetivos do Banco Bradesco. O Conselho de Administração dispõe três setores integrados

diretamente a ele, a Diretoria Executiva (DE), a Presidência e a Assembleia Geral de

Acionistas (AGA). A Diretoria Executiva controla o Departamento de Controle Integrado dos

Riscos (DCIR), que por sua vez, visa analisar de forma conjunta as informações advindas dos

setores que gerem cada tipo de risco que a empresa está exposta.

Considerando o Risco Operacional o banco adota um comitê integrado denominado

Comitê Executivo de Gestão de Riscos: Crédito, Mercado e Liquidez e Operacional, que gere

também os riscos de mercado e liquidez e crédito. Há cinco destes comitês espalhados pelas

regiões do Brasil, e cada um deles conta com um subcomitê especializado. O Risco de

Mercado segue a mesma linha de gestão do que o risco operacional, cada área atuante no

processo tem atribuições específicas que controlam e mensuram os riscos, a delegação de

procedimentos é realizada de maneira centralizada e independente para que possam ser

combatidos eficientemente. Já o Risco de Crédito é gerido pelo mesmo ciclo de gestão e

mesma estrutura baseada no Comitê Executivo de Gestão de Risco e o Subcomitê de Crédito,

as únicas diferenças são na forma de atuação no gerenciamento de riscos de crédito e a sua

parceria integrada juntamente com o Departamento de Crédito.

4.5 Instituição Financeira Banco Santander Brasil S.A.

Com um modelo de gestão inovador baseado em metodologias mundiais, o Banco Santander

delega um agente responsável por toda a estrutura de Gerenciamento de riscos da instituição,

este agente o cargo de 3º vice-presidente executivo e presidente da divisão de risco. Porém,

ele conta com diversos assessores que possuem seus próprios setores e equipe dentro da

empresa a fim de auxiliá-lo na tomada de decisões, mas em caso de falha no sistema apenas o

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presidente da divisão de riscos se reporta ao Conselho de Administração. A estrutura

utilizada pelo Banco Santander para o gerenciamento destes riscos conta com cinco setores

distintos e que realizam a gestão de forma integrada, ambos são controlados pelo Conselho de

Administração. À estrutura do gerenciamento de riscos do Banco Santander detém no topo o

Conselho de Administração CA, que possui como responsabilidades apenas o

acompanhamento e a aprovação das decisões tomadas em conjunto pelo Comitê Executivo

(CE) e o Comitê de Supervisão dos Riscos, Regulamentações e Conformidade (CSRRC). O

Comitê Delegado de Riscos (CDR) é o maior controlador da gestão de riscos da instituição,

tem o dever que aprovar operações e estabelecer políticas de riscos garantindo que o banco

obtenha o maior êxito possível na sua gestão de riscos. Os Comitês Básicos da Gestão de

Riscos (CBGR) tem a responsabilidade de gerenciar cada tipo de risco de forma singular e

compactar sua gestão de acordo com o capital reserva alocado para eles.

Em relação ao Risco Operacional o Banco procura centralizar seu poder quando se trata de

risco operacional, há uma unidade especializada dentro do CBGR que atua focada em

identificar, mensurar, controlar e mitigar este tipo de risco. Também é responsável por criar

ações que diminuam a frequência destes acontecimentos. No que tange aos riscos

operacionais, o gestor enfatiza que a principal preocupação é com as fraudes pelo aumento de

atividades ilícitas praticadas no âmbito externo do banco. Para isso em 2014 o banco começou

a implantar a ferramenta GRC (Governance, Risk and Compliance) que visa sustentar de

maneira integral o controle interno e de conformidade do risco operacional. Para o Risco de

Mercado concentra suas ações empresariais no CDR que realiza todas as análises e cálculos

quantitativos e probabilísticos de mensuração das variações mercadológicas, e preparam a

gestão financeira para possíveis impactos do ambiente externo. Por fim, o Risco de Crédito -

é gerido basicamente pela mesma estrutura do risco operacional, cabe a uma unidade

integrante do CBGR realizar o controle deste tipo de risco.

4.6 Estrutura De Gerenciamento De Riscos Aconselhável Para Instituições Financeiras

De acordo com o IBGC (2007) uma estrutura sólida no sistema de gerenciamento de riscos

garante a organização sustentabilidade e uma maximização de seus lucros, além da vantagem

competitiva no mercado. Não há uma regra quanto à estrutura que as instituições financeiras

devem usar, pois cada organização está enquadrada em um contexto diferente no mercado, o

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que por sua vez exige um tipo de estrutura para alinhar seus objetivos estratégicos junto com

o sistema de gerenciamento dos riscos. Sendo assim, sugere-se uma estrutura do sistema de

gerenciamento de riscos em instituições financeiras, conforme abordada na Figura 3.

Figura 3: Estrutura do sistema de gerenciamento de riscos

Fonte: Pesquisa

Na Figura 3 contabilizam-se quinze setores diferentes em uma estrutura de gerenciamento de

riscos, sem contar a unidades de negócios que seria a última estância que o combate dos riscos

em toda a empresa. Sendo assim, pode-se dizer que as funções destes 15 setores são:

Conselho de Administração – determinar as estratégias e o perfil dos riscos definindo o

apetite ao riscos e definir o apetito ao risco que a instituição está disposta a assumir bem como

seus limites de tolerância; Comitê de Auditoria Interna – delega a seus agentes participantes a

seguir um protocolo de fiscalização em períodos pré-definidos nos setores da empresa;

Núcleo de Controles Internos e Compliance – órgão subordinado ao Comitê de Auditoria

Interna que realiza auditorias presencias nas áreas de negócios e coleta os dados par a

realização dos relatórios da situação atual, cabe a ele verificar as conformidades e aprova-las

ou não, o feedback deve ser entregue para o Comitê de Auditoria Interna e ao responsável pela

área de negócios auditada; Núcleo Normativo Legal – se encarrega de estar atento as

mudanças na legislação vigente em relação aos riscos, deve estar atento a mudanças impostas

pelo Banco Central, Conselho Monetário Nacional e Tratados de Basiléia; Comitê Executivo

– é o setor formado por executivos especializados que controla a Diretoria Executiva de forma

direta repassando as decisões tomadas pelo Conselho de Administração; Departamento de

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Riscos – Unidade que deve sugestivamente situar-se juntamente a sede da organização,

responsável pelo controle integrado das informações e relatórios elaborados pelo

Departamento de Riscos Externos, Departamento de Riscos Internos e Departamento de

Riscos Globais; Departamento de Riscos Externos – responsável por avaliar o ambiente

externo da organização; Departamento de Riscos Internos – responsável por avaliar o

ambiente interno da organização; Departamento de Riscos Globais – responsável por avaliar

os riscos setoriais que podem afetar as condições atuais da organização; Diretoria Executiva –

é o setor responsável por controlar o Comitê Integrado dos Riscos e seus subcomitês; Comitê

Integrado dos Riscos – divide as decisões tomadas pela alta administração e sua aplicabilidade

a cada subcomitê, delega suas funções e reporta suas situações atuais a alta administração -

Subcomitê de Riscos de Crédito, Subcomitê de Riscos Operacionais, Subcomitê de Riscos de

Mercado e Liquidez; e Outros Riscos – responsável por gerir outros eventuais riscos que a

empresa possa sofrer em suas operações

Todos estes setores devem trabalhar em prol de um sistema que possibilite que suas formas de

gestão possam ser realizadas de forma sinérgica, integrada e eficaz.

5 CONCLUSÕES

Foi constatado que cada instituição pesquisada tem seus métodos e ferramentas de gestão

distintos, características próprias e influências advindas do ambiente externo individuais.

Após a coleta e tratamento dos dados, exposição dos resultados obtidos, criação da estrutura

do sistema de gerenciamento de riscos aconselhável e o comparativo, chegam-se as seguintes

conclusões sintéticas das organizações:

Banco do Brasil S.A. – possui uma estrutura sólida com setores e ciclo de gestão claros,

essa atenção rigorosa frente aos riscos pode-se dizer que está relacionada à sua imagem e

força da empresa dentro do mercado. Tem relação direta com o Governo Federal, e esta

relação é a que mais causa instabilidade dentro da gestão financeira.

Banco do Estado do Rio Grande do Sul S.A. - possui a estrutura do sistema de

gerenciamento de riscos mais simplificado, seus departamentos responsáveis localizados

em regiões geográficas próximas e metodologias de gestão mais clássica.

Page 14: ANÁLISE DO GERENCIAMENTO DE RISCOS EM INSTITUIÇÕES ... · A Figura 1 ilustra o plano sequencial de gestão de riscos do BB. Figura 1: Estrutura de Gestão de Riscos Banco do Brasil

XXXVII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO “A Engenharia de Produção e as novas tecnologias produtivas: indústria 4.0, manufatura aditiva e outras abordagens

avançadas de produção” Joinville, SC, Brasil, 10 a 13 de outubro de 2017.

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Itaú Unibanco Holding S.A. – instituição multinacional que usa várias metodologias de

gestão embasadas nos modelos norte-americanos destacando-se a sua abordagem de riscos

com maior autonomia na área de negócios.

Banco Bradesco S.A. – a gestão de riscos do Banco do Bradesco apontou-se como a mais

complexa dentre as demais instituições, com maior número de setores, atribuições,

metodologias e ferramentas no combate aos riscos. A maneira de gestão que leva em conta

o macro e micro ambiente que a organização está inserida é o fator que justifica a maior

complexidade da estrutura, procurando-se atingir todos os stakeholders principalmente os

investidores.

Banco Santander Brasil S.A – também de caráter multinacional o Banco Santander

baseia seus conceitos de gestão de riscos no modelo europeu de gestão, procura centralizar

sua tomada de decisões na alta administração e descentralizá-las nos setores intermediários

e áreas de negócios.

Ter a ciência do processo de identificar, mensurar, monitorar, controlar, tratar e mitigar os

riscos proporciona as instituições terem o menor número de perdas financeiras possíveis

relativos aos riscos nos processos. Através destes conceitos os bancos justificam sua solidez

dentro do mercado e demonstram prestígio a clientes, colaboradores, sociedade e investidores.

Sendo assim, com a conclusão deste estudo o trabalho não se teve o objetivo de ser

determinístico com seus resultados, o tema de gerenciamento de riscos não possui um modelo

único de gestão. Portanto, torna esta ferramenta capaz de ser um fator competitivo para as

empresas o que por sua torna mais difícil os detalhes de seus dados.

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