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VERDE Companheiros do Informativo do Meio Ambiente e Cidadania Ano I.: Nº 2.: 1ª Quinzena NOVEMBRO 2009 A questão prioritária do Ministério da Agricultura é garantir o abastecimento do País com cerca de 70% da produção brasileira de grãos Reinhold Stephanes, ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Entrevista – Pág. 6 Administração do Jardim Botânico orienta moradores sobre a importância da preservação do meio ambiente Pág. 4 ONG transforma banners de publicidade em peças de vestuário e decoração Pág. 8 Reuso de água traz economia para o consumidor Pág. 12 Ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, fala ao Companheiros do Verde sobre a certificação de alimentos que garante qualidade aos produtos que chegam à mesa do brasileiro. Parque de Brasília

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Informativo sobre o meio ambiente

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Page 1: Ano 1 Número 2

VERDECompanheiros do

Informativo doMeio Ambiente e

Cidadania

Ano I.: Nº 2.: 1ª Quinzena NOVEMBRO – 2009

A questão prioritária do Ministério da Agricultura é garantir o abastecimento do País com cerca de 70% da produção brasileira de grãos

Reinhold Stephanes, ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Entrevista – Pág. 6

Administração do Jardim Botânico orienta moradores sobre a importância da preservação do meio ambiente

Pág. 4

ONG transforma banners de publicidade em peças de vestuário e decoração

Pág. 8

Reuso de água traz economia para o consumidor

Pág. 12

Ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, fala ao

Companheiros do Verde sobre a certificação de alimentos que garante qualidade aos

produtos que chegam à mesa do brasileiro.

Parque de Brasília

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Companheiros do

VERDE Novembro 20092 Ano I.: Nº 2 – 1ª Quinzena

NOVEMBRO1 Dia Nacional da Espeleologia

5 Dia da Cultura e da Ciência

AGENDA ECOLÓGICA

DEBATE Helen Assumpção

O mercado madeireiro é um dos setores que mais cresce no Brasil. Infelizmente muitas empresas são clandestinas e agem de forma desordenada

e agressiva, resultando em impacto negativo para o meio ambiente. Para andar na contramão desse processo, o cidadão comum pode, ele próprio, dar sua parcela de contribuição de forma singela, mas muito importante: plantando uma árvore.

Imagine se um morador de um edifício residencial, que tiver seis apartamentos vizinhos, convidá-los a plan-tar uma árvore no parque de sua cidade? Seriam seis no-vas árvores. E se esse mesmo edifício tiver cinco andares e cada família se comprometer a plantar uma árvore? Serão trinta novas árvores!

Qual a razão de se plantar árvores? Os grandes cen-tros urbanos sofrem demasiadamente com a poluição do ar e com a falta de áreas verdes, que deram lugar à ‘sel-va de pedra’. Plantando-se árvores, produz-se oxigênio, alimentos para insetos e aves - que são importantes agentes de polinização das flores -, vapor de água que ajuda a controlar o clima da região, a copa das árvores protege o solo da chuva direta e, claro, onde se tem árvores tem belíssimos cantos de pássaros.

Os benefícios são inúmeros e não teríamos espaço para elencar todos, mas o mais importante é a conscientização. Conversar com os de casa, com os vizi-nhos, amigos de trabalho, de faculdade, de igreja, já é um bom começo. Fo

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Plantar uma árvore.E por que não?

EDITORIALTeremos nesta edi-

ção do COMPA-NHEIROS DO

VERDE, grandes temas para reflexão, como a qualidade dos alimentos com o Ministro da Agri-cultura, Reinhold Stepha-nes, nos inteirando sobre as ações que o Ministério vem adotando para ga-rantir o bom alimento na mesa do brasileiro. A eco-nomia e reuso da água - uma tecnologia inovadora e necessária - você confe-re no ESPAÇO DA ÁGUA.

Ainda na questão alimentar, a coluna AMBIENTE-SE aborda a fome como uma das consequências danosas do aquecimento do cli-ma. Na GASTRONOMIA, a história da polenta de milho, que foi o susten-to na mesa de muitos durante a escassez do período tenebroso da II Guerra na Itália.

O artigo sobre Direito Ambiental de Rafael Lo-pes, do UniCeub, informa o que esta renomada instituição oferece aos profissionaisda área, como subsídios para o aprimoramento do conhecimento no aspecto jurídico-ambiental. De igual modo, o deputado federal Ricardo Quirino faz uma breve reflexão sobre a importância do Direito Ambiental. O alerta da advogada ambiental, Drª Sibel-le Okano, na coluna PAPO VERDE, sobre o quanto as políticas públicas podem ser definidoras do bem estar coletivo.

Falando em bem estar coletivo, o cientista político Leonardo Barreto nos alerta sobre as responsabilidades ainda não assumidas em “O mundo sem nós”.

Boa leitura!Christina Pedra

Diretora

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Publicação: Solução Audio Visual Ltda.End.: Condomínio San Diego, Lt. 15, sobreloja 03 Jardim Botânico - CEP 71.680-362Fone/fax: (61) 3427 1225Email: [email protected]ção Geral: Olga Christina PedraDireção Administrativa e Financeira: Evelynne PedraJornalista Responsável: Helen Assumpção - Registro nº: 7618/DFProjeto Gráfico / Diagramação: Sérgio LinharesTiragem: 10.000 exemplares quinzenais

Contatos para consultas sobre espaço publicitário: [email protected] – 3427 1225Colaboradores: Brasília: André Gubert, Leonar-do Barreto. Goiânia: Jorge Pinheiro, Sibelle da Fonseca Okano.Webmaster: Felipe GelbckeFontes de pesquisas: Ag. Câmara, Ag. Senado, Ag. Brasil, Embrapa, Adasa e Ministério do Meio Ambiente.A imagem do Parque da Cidade na capa pertence oa banco de imagens do Ibama.

Distribuição gratuita: Órgãos do GDF, Administração do Lago Sul, Adminis-tração do Jardim Botânico, Câmara Legislativa, Câmara Federal e Senado, Esplanada dos Ministérios, Campus do Uniceub, Rodoviária do Plano Piloto e locais de grande circulação em Brasília e na cidade de Goiânia.*Os artigos assinados não traduzem a opinião do jornal ‘Companheiros do Verde’.

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COMPANHEIROS DO [email protected]

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Companheiros do

VERDENovembro 2009 3Ano I.: Nº 2 – 1ª Quinzena

MEU BRASIL

Governo quer transformar o Brasilno país do pescado

Em tempos de crise ambiental, muitos se perguntam: o planeta resistirá à destruição pro-movida pelo homem? A resposta é sim! Nós é que não aguentaremos muito tempo. Somos eu e você que caminhamos para a extinção. A natureza recuperaria seu velho equilíbrio muito rapidamente.

E como seria Brasília sem nós? Além das ruínas, nosso maior legado seria um enorme brejo. A corrosão do aço utilizado nas estrutu-ras da barragem do Paranoá causaria seu rom-pimento, transformando o espelho d’água em pântano. Bom para os jacarés, cobras e buritis.

As árvores “alienígenas” trazidas pelos urba-nistas sucumbiriam nas seguidas tempestades de outubro. Os elefantes conseguiriam escapar do zoológico e teriam grandes chances de do-minarem os espaços abertos da antiga Esplana-da. As piscinas da Água Mineral se tornariam lagoas convidativas para a bicharada matar a sede de agosto...

A paisagem selvagem parece promissora, mas leva a uma dúvida. Nós faríamos algu-ma falta? Acredito que sim. Alguém consegue imaginar desperdício maior do que ipês floridos sem ninguém para admirá-los ou um pôr do sol daqueles sem um casal-zinho de namorados para observá-lo?

Sim, somos parte da paisagem. Apenas exis-tem responsabilidades e papéis que ainda nos fur-tamos de assumir. Além de consumidores de recur-sos naturais, temos que utilizar nossa capacida-de criativa para construir um novo paradigma de sustentabilidade para o planeta. Só aí poderemos dizer que encontramos nosso lugar no mundo!

*Artigo inspirado no livro O Mundo sem Nós, de Alan Weisman (editora Planeta).

Brasília sem nós!*Leonardo Barreto – Cientista Político e autor do blog

www.casadepolitica.blogspot.com

O governo trabalha para desenvolver o cultivo de peixes e de outros frutos do mar com o objetivo de dar à atividade pesqueira um desenvolvimento sustentável, que transforme o Brasil no país do pescado. Recentemente ao comentar o assunto, o ministro da Pesca

e Aquicultura, Altemir Gregolin, acentua que o Brasil captura 1 milhão de toneladas de peixes, mas pode chegar a até 20 milhões, por causa da extensão de sua costa e de ter em seu território a maior reserva de água doce do planeta.

O Plano Mais Pesca e Aquicultura vai investir até 2011 cerca de R$ 2 bilhões, segundo o ministro. A nova lei da pesca e a participação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) nos trabalhos do ministério, no desenvolvimento e na fiscalização da atividade pesqueira foram destacadas pelo ministro como de grande importância para os planos do setor.

Hoje, o Brasil já disputa a pesca no Atlântico Sul com a Espanha e o Japão e isso é uma marca importante, inédita, de acordo com Gregolin. O desenvolvimento do setor permitirá que o brasileiro aumente o consumo de peixes, mais saudável que a carne vermelha. Atualmente, a média no Brasil é de 7 quilos ao ano por habitante, enquanto a média mundial é de 17 quilos por pessoa e o mínimo recomendado pela Organização Mundial da Saúde é de 12 quilos. Mas, o consumo de peixes no Brasil está aumentando, segundo Gregolin, pois está faltando pescado no mercado. No ano passado, mais de 200 mil toneladas de peixes foram importadas. Hoje, 16% do que é consumido está sendo importado.

O Estado de Santa Catarina é atualmente o maior produtor de pescados no país, seguido do estado do Pará. No estado do Ceará, que realiza pescaria em alto mar, está sendo prestado apoio importante na área da fiscalização, pois há pesca predatória com muitos conflitos dada a concorrência clandestina internacional. Para tanto, está sendo encaminhada lancha especial de alta tecnologia que vai fazer frente ao trabalho de proteção dos pescadores brasileiros.

A partir de agora, os quiosques do Distrito Federal seguirão o modelo-padrão determinado pelo Programa Quilegal lançado recentemente pelo GDF. Os novos estabelecimentos serão construídos com madeira reflorestada,

tubulação de garrafas PET recicladas, aço termo-acústico, vidro reciclável, fiação isenta de chumbo, paredes internas em aço inoxidável, iluminação ecológica, além de pintura anti-pichação.

O primeiro quiosque ecológico sustentável será instalado no Setor Comercial Sul (SCS) e será entregue no dia 2 de dezembro — data em que se comemora o Dia do Quiosqueiro. Outros cinquenta serão entregues até abril de 2010, em comemoração aos cinquenta anos da capital. O programa tem duração até o final de 2016.

Para ver de perto o novo modelo, um protótipo está exposto por alguns dias e ficará aberto para visitação em frente ao Pátio Brasil.

Quiosque ecológico no DF

Câmara aprova criação de fundo contra aquecimento global

Aprovado na Câmara dos Deputados o Projeto

de Lei 2223/07, que cria o Fundo Nacional sobre

Mudança do Clima (FNMC) para financiar ações

de adaptação à mudança climática e projetos de

controle da emissão de gases do efeito estufa. A

matéria deve ser analisada ainda pelo Senado.

Plenário aprova Política Nacional sobre Mudança do Clima

O plenário da Câmara dos Deputados apro-vou o Projeto de Lei 18/07 que institui a Política Nacional sobre Mudanças do Clima. Os objetivos da proposta são reduzir as emissões de gases e implementar medidas de adaptação às mudanças climáticas provocadas pelo aquecimento global. O projeto ainda deve ser votado pelo Senado.

Comissão aprova compra de meia-entrada pela internet

A Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comuni-cação e Informática (CCT) do Senado aprovou parecer favo-rável ao Projeto de Lei da Câmara 35/09, que obriga o forne-cedor de produto cultural pela internet a oferecer a venda de meia entrada. Segundo o texto, a comprovação da situação de beneficiário da meia entrada ocorrerá no momento da entrada no evento cultural, mediante a apresentação da do-cumentação exigida para isto. O consumidor que não apre-sentar essa documentação perderá o ingresso que comprou.

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Companheiros do

VERDE Novembro 2009Ano I.: Nº 2 – 1ª Quinzena

Pelas ruas de Brasília“Estilo de vida” é a definição que o triatleta brasiliense de 28 anos, Cássio Eduardo, faz da sua relação com o triathlon. Correr,

pedalar e nadar tem sido uma rotina desde 2005, quando iniciou no esporte, treinando numa bicicleta emprestada de seu irmão.Cássio já participou de competições importantes como a Copa Brasil de Sprint Triathlon e lamenta que Brasília tenha poucas

disputas. “Pelo que Brasília representa para o triathlon brasileiro, poderia haver mais provas de nível nacional”.O triatleta comenta que treina natação nas piscinas do DEFER, pedala e corre pelas ruas da Capital Federal, em

especial no Parque da Cidade. Num desses treinos, ele conta que foi atropelado quando pedalava no acostamento. “O carro atingiu a roda traseira da bicicleta. Eu tive pequenos arranhões, mas o capacete ficou totalmente destruído”, relembra.

“Viver do triathlon no Brasil é muito difícil, existe pouco investimento das empresas”, desabafa o jovem brasiliense que confessa que um de seus sonhos é ter estabilidade financeira

e praticar o esporte até os últimos dias de sua vida.Nas horas vagas, Cássio aproveita para se divertir com a

namorada e ir ao cinema.

Títulos recentesCampeão Brasiliense de Triathlon - categoria 25 a 29 anosVice-campeão da Copa Brasil de Sprint Triathlon - categoria 25

a 29 anos.

Saiba maisNo Brasil, o triathlon vem sendo praticado desde 1982. Dentre

as 19 Federações filiadas, a Federação Paulista é a que tem o maior número de atletas. Há vários anos, Brasília vem revelando excelentes atletas para o Brasil, que já conquistaram vários títulos nacionais e internacionais.

Fonte: Confederação Brasileira de Triathlon.

Nome:Cássio Eduardo Rocha MartinsIdade:28 anos

Peso:67 kgAltura:1,69

Naturalidade:Brasília

4CIDADANIA

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Companheiros do

VERDENovembro 2009 5Ano I.: Nº 2 – 1ª Quinzena

COMUNIDADE

A COP-15 em CopenhagueEm dezembro, a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que reúne 192 países, vai se reunir em Copenhague, na Dinamarca, para a 15ª Conferência das Partes sobre o Clima, a COP-15. O objetivo é traçar um acordo global para definir o que será feito para reduzir as emissões de gases de efeito estufa após 2012, quando termina o primeiro período de compromisso do Protocolo de Quioto.

O Protocolo de QuiotoAssinado em 1997 e ratificado em 2005, o Protocolo de Quioto estabelece metas de redução de emissões de gases de efeito estufa para os países desenvolvidos, que historicamente contribuíram mais para a concentração desses gases na atmosfera. O acordo determina a redução em 5% das emissões em relação aos níveis de 1990.

Marque na agenda

Coleta seletiva pode ser obrigatória em shoppings

A coleta seletiva de lixo pode se tornar obrigatória em shoppings centers com mais de cinqüenta estabelecimentos comerciais. O projeto de lei é do deputado Benício Tavares (PMDB) e foi aprovado na Comissão do Meio Ambiente da Câmara Legislativa.

O projeto obriga os shoppings a implantarem o processo de coleta seletiva. De acordo com a proposta, o lixo teria que ser separado conforme sua composição: papel, plásticos, metal, vidro, material orgânico e resíduos gerais não recicláveis.

Quem desrespeitar a legislação estará sujeito a multas. Os recursos oriundos da aplicação de multas serão destinados ao Fundo Único do Meio Ambiente (Funam).

Concurso vai premiar crianças e jovens da rede pública de ensino do DF

“Cidade verde, sustentável, cidade dos meus sonhos - Prêmio Ernesto Silva” é o nome do concurso de redação e desenho que faz parte das comemorações dos 50 anos da capital do Brasil. A iniciativa é do Decanato de Extensão da Universidade de Brasília (UnB) junto com a Câmara Legislativa, a Secretaria de Educação do GDF, entre outros parceiros.

O concurso é voltado para todos os estudantes matriculados na rede pública de ensino do Distrito Federal, das séries iniciais até o ensino médio. As inscrições poderão ser feitas até 13 de dezembro de 2009. Os trabalhos vencedores serão anunciados em 21 de abril de 2010, quando Brasília completa seu primeiro cinquentenário. Os prêmios vão desde laptops a viagens. Mais informações pelo 3307-2610.

Criado em 17 de setembro de 1994, o Parque Ecológico e de Uso Múltiplos Olhos D’Água está inserido no perímetro urbano de Brasília, possui uma área de 21 hectares com nascentes e córregos, além de excelente área de lazer e prática de atividades físicas. O parque conta com policiamento militar florestal 24 horas, a entrada é gratuita e funciona das 6 às 19 horas.

PARQUE DA MINHA CIDADEParque Olhos D’Água

Parque Ecológico e de Usos Múltiplos Olhos D’Água de BrasíliaEndereço: Entre as quadras SQN 413/414, Asa NorteTelefone: 61 3447 8194

Cursos O Instituto Brasília Ambiental (IBRAM) realiza cursos e palestras gratuitos em escolas,

associações e instituições governamentais. Essa é uma tarefa desempenhada pelos servidores lotados na Superintendência de Estudos, Programas, Monitoramento e Educação Ambiental (SUPEM), que se empenham em conscientizar e promover informação sobre a temática ambiental. Dentre os temas das palestras estão a prevenção de incêndios florestais, a biodiversidade, o uso e ocupação do solo, a educação ambiental e o Distrito Federal, a Agenda 21 local, os recursos hídricos, entre outros.

Os interessados em participar dos cursos oferecidos pelo órgão ambiental deverão fazer a inscrição pelo email: [email protected] ou pelo telefone 3325-6849.

O Jardim Botâni-co comemora avanços na área

ambiental, um deles é o grande esforço da Administração Regional

em conter o surgimento de novos condomínios para conservar as áreas de pre-

servação ambiental. Mas, os inves-timentos seguem a todo vapor. Segundo o administrador do JB, Fábio Barcellos, vários setores concentram obras para a melhoria da qualidade de vida dos moradores. “Há um grande trabalho realizado junto ao órgão competente para que seja feita a obra de drenagem das águas pluviais da região. Em relação ao esgoto, que não havia na cidade, já foi concluído 99% da primeira etapa de trabalho da Caesb”, relata.

Sobre a coleta seletiva, o administra-dor informa que a Regional possui um projeto que vem sendo trabalhado junto aos mora-dores. “O objetivo é incentivar os moradores dos condomínios a realizarem a separação correta do lixo orgânico do não orgânico, para que o material reciclado possa ser ven-dido e o dinheiro seja revertido em benefício ao meio ambiente”.

Fábio Barcellos comenta que para cons-cientizar os moradores sobre a importância de se conservar o meio ambiente em que vivem, a Administração vem realizando inúmeras pa-lestras com o intuito de levar mais informações sobre como conservar as matas e nascentes da região, bem como o incentivo à cultura de plantio de plantas e árvores. De acordo com o administrador, já foram plantadas duas mil ár-vores desde o início de sua gestão em 2007.

Cidade Jardim BotânicoAdministração Regional realiza

projetos em parceria com moradores

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Companheiros do

VERDE Novembro 20096 Ano I.: Nº 2 – 1ª Quinzena

ENTREVISTA

EntrevistaMinistro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Reinhold Stephanes

Filho de agricultores, Reinhold Stepha-nes nasceu em uma pequena comu-nidade rural de Porto da União, em Santa Catarina. Formado em Econo-mia pela Universidade Federal do Pa-

raná e eleito deputado federal por seis vezes pelo Estado do Paraná, Stephanes iniciou a carreira profissional, justamente, na área agrícola, tendo ocupado diversos cargos diretivos no órgão que hoje comanda, o Ministério da Agricultura, Pecu-ária e Abastecimento.

Numa rápida conversa, o ministro Rei-nhold Stephanes fala ao Companheiros do Verde sobre os números positivos da safra de grãos de 2009/2010 e dos benefícios da produção certifi-cada de alimentos convencionais.

Companheiros do Verde – Que benefícios o Brasil ganha com a adoção de regras para a produção certificada de alimentos convencionais?

Reinhold Stephanes – Em primeiro lu-gar, está a saúde do brasileiro, que ganha com essa decisão e o produtor rural que exporta para mercados mais exigentes como Europa e Japão. Os sistemas de certificação de Produção Integra-da, tanto no Brasil como nos países europeus, são mecanismos voluntários e consolidados por pesquisadores, extensionistas, produtores, ata-cadistas e varejistas, sob acompanhamento do

Ministério da Agricultura. Com base em normas técnicas e na certificação terceirizada, o agricul-tor terá a garantia de estar promovendo o manejo integrado de pragas e doenças, uso racional de fertilizantes e agrotóxicos, rastreamento de cada etapa do processo produtivo, desde o transporte do produto até o consumidor. A certificação é a garantia de que o alimento é seguro para a saúde humana.

CV – Quais os números esperados para a safra 2009/2010 que já começou?

RS – O primeiro levantamento realizado

pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), no início de outubro, estima a produção de grãos entre 139 milhões e 141,6 milhões de toneladas, o que significa crescimento de até 6,5 milhões de toneladas ou 4,8%, em relação à sa-

fra passada. Esse desempenho poderá ocasionar a ampliação de, no máximo, 350 mil hectares de área plantada ou menos de 1% sobre a safra 2008/09. Tal resultado mostra o contínuo cresci-mento da produtividade e considerando as proje-ções favoráveis para o clima, há indicadores que mostram o otimismo do produtor rural, e o apoio do Ministério da Agricultura, por meio da oferta de R$ 107,5 bilhões para o custeio agrícola e R$ 14 bilhões para investimento, com juros de 6,75% ao ano.

CV – E a redução no preço dos insumos agrícolas contribuiu para esse resultado?

RS – A redução no preço dos insumos agrícolas, principalmente fertilizantes, também colabora para a ampliação da tecnologia utiliza-da, o que reforça a garantia de boa colheita, já que as primeiras avaliações indicam cenário posi-tivo para esta safra.

CV – Que ações o Ministério da Agricul-tura tem promovido que contribuem para a segu-rança alimentar dos brasileiros?

RS – A questão prioritária do Ministé-rio da Agricultura é garantir o abastecimento do País com cerca de 70% da produção brasileira de grãos. Também assegurar políticas de apoio à agropecuária nacional para atender às necessida-des de alimentação, além de contribuir para gerar importantes divisas que garantem o crescimento econômico, por meio da produção agrícola exce-dente. O nosso esforço é para oferecer alimen-to seguro, competitivo e de qualidade e apoiar o agricultor por meio do crédito para o custeio das lavouras, investimento, defesa sanitária, geração de tecnologia e acompanhamento do clima, pro-movendo o cooperativismo e a comercialização.

CV – O IBGE estima que, no Brasil, quase 45 milhões de pessoas passem fome – 11 mi-lhões são crianças. Qual tem sido a parcela de contribuição do Ministério da Agricultura para di-minuir essa estatística?

RS – A atuação do Ministério da Agri-cultura é importante para garantir a produção agropecuária nacional. Entre as atribuições está o apoio aos produtores agrícolas, por meio da aplicação de políticas públicas, que promovem o crescimento sustentável da produção. Temos como meta colaborar, também, com as ações dos demais ministérios envolvidos com o combate à fome e à desnutrição no Brasil.

Temos como meta colaborar, também, com

as ações dos demais ministérios envolvidos

com o combate à fome e à desnutrição no Brasil.

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www.uniceub.br

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Companheiros do

VERDE Novembro 20098 Ano I.: Nº 2 – 1ª Quinzena

RECICLAGEM

Você já se perguntou qual o destino dos inúmeros banners espalhados pelas ruas, lojas e shoppings da cidade após estarem desatualizados? Engana-se quem pensa que o único destino seja o lixo. Atenta ao que era desperdício, a Rede Solidária de Artesanato e Cul-

tura Popular – Paranoarte vem criando lindas peças utilitárias nos ramos de moda e decoração através da reciclagem de lonas plásticas publicitárias, materiais doados por empresas parceiras, como o Centro Universitário UniCeub.

“Normalmente o banner vem enroladinho e bem conservado, os que são coletados muito sujo, limpamos e deixamos tomar um pouco de sol para desamassar”, explica a gerente de pro-jetos da organização, Helenice Bastos, que desenvolve trabalhos de geração de renda e inclusão social em comunidades de baixo poder aquisitivo no Distrito Federal e Entorno.

Desde 2006, a Paranoarte investe na fabricação de bolsas, o que deu origem ao projeto Ecobag. A sacola retornável é ideal para ser usada nas compras em supermercados, lojas de con-veniência e feiras, podendo ser acoplada a carrinhos convencionais. Um produto ecologicamente correto que evita o uso de sacolas plásticas poluentes que levam trezentos anos para se decompor.

Mas as aplicações dos banners não param por aí. Crachás, porta-lápis, aventais sapateira, jogo americano, malotes, cintos e qualquer peça que o cliente desejar e que possa ser confec-cionada por banner, através do trabalho cuidadoso das artesãs. “Já fizemos até uma coleção que desfilou no BFF (Brasília Fashion Festival) de 2008, em que todas as peças foram confec-cionadas em tecelagem e banner”, comenta orgulhosa Helenice Bastos sobre a participação em importantes desfiles da cidade. “Já apresentamos desfiles na FINNAR, na Semana do Artesanato Candango e em vários standes de congressos e feiras”, completa.

Consciência ecológica e muita sensibilidade são os principais ingredientes para a criação de peças diversificadas. Mas a percepção de que não existe mais lixo e sim resíduos que podem ser utilizados de uma nova maneira é que a Paranoarte reaproveita outros materiais para criar novas peças. “Temos um grupo no Paranoá que trabalha reaproveitando resíduos têxteis e fazendo lindos tapetes, almofadas e acessórios, utilizando as técnicas do amarradinho”, informa Helenice.

A Paranoarte oferece oficinas de reciclagem para instituições, empresas e bazares. Para mais informações, ligue 3468 3291 ou acesse o site www.paranoarte.org e conheça um pouco mais o trabalho da organização.

Reciclar está na modaOrganização não governamental dá um novo significado a

banners publicitários obsoletos

“Nunca imites ninguém. Que a tua produção seja como um novo fenômeno da natureza.”Leonardo da Vinci

Ecoponto no Pátio BrasilColeta seletiva de lâmpadas fluorescentes,

pilhas e baterias de celular O Ecoponto montado no Pátio Brasil Shopping

está à disposição da população para receber lâmpadas fluorescentes, pilhas e baterias de celulares usadas. A ação acontece durante todo o ano, sempre no último final de semana de cada mês - aos sábados, das 10h às 22h e aos domingos, das 14h às 20h. Em novembro, a coleta ocorrerá

nos dias 28 e 29.

O meio ambiente se torna a cada dia um tema de maior preocupação devido ao alto índice de degradação que vem sofrendo.

Temos direito a uma qualidade de vida, a um ambiente onde todos os seres vivos possam viver bem, logo podemos verificar que se trata de um tema de total relevância. Assim sendo, jamais poderia deixar de estar incluído em qualquer ordenamento jurídico.

O meio ambiente é um direito fundamental de todos e podemos ver, em nossa Constituição, vários princípios inerentes a ele, como o da obrigatoriedade da intervenção estatal, ou da educação ambiental, ou do princípio da participação e cooperação, entre outros, que amparam o meio ambiente.

Sendo um direito consagrado em nossa Constituição, devido à sua essencialidade para o ser humano, além da eficácia da positivação das leis que resguardam o meio ambiente, é imprescindível que todos nós tenhamos uma conscientização de que devemos cuidar e protegê-lo, pois dele dependemos para nossa existência.

E você ficará apenas na leitura deste artigo? O que você fez hoje para preservar o meio ambiente?

O meio ambiente comodireito fundamental

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Companheiros do

VERDENovembro 2009 9Ano I.: Nº 2 – 1ª QuinzenaGOIÂNIA

Uma das conseqüências mais danosas do efeito-estufa para os seres humanos é a fome. Com o aumento da temperatura, a evaporação da água também vai aumentar tornando a terra seca, principalmente nos lugares onde chove pouco, fazendo proliferar com isso, as áreas desérticas e limitando as plantações. Áreas que eram grandes produtoras de alimentos serão reduzidas, outras se tornarão imprestáveis para a agricultura. Aliado a isso, temos um aumento constante da população que demanda mais comida.

Um artigo publicado na revista Science mostrou que as mudanças climáticas poderão, já nas próximas décadas, causar profundos danos na agricultura e no sistema de alimentação, atingindo em especial os países mais pobres.

Dados da Organização das Nações Unidas (ONU) apontam que, infelizmente, o Brasil se encontra entre os cinco países que mais contribuíram para a emissão de gases do efeito-estufa, principalmente por conta das queimadas na Região Amazônica e no Centro-oeste brasileiro.

Segundo cientistas, cerca de cinquenta milhões de pessoas estão ameaçadas de morrer de fome até 2050 por conta das mudanças climáticas, sendo que três quartos desses indivíduos se encontram na África. Sendo o continente africano assolado por várias epidemias de dengue e malária, imagine com o aumento da temperatura como se agravará o problema de saúde naquele continente?

Uma das projeções mais recente, publicada na revista médica inglesa The Lancet, faz uma estimativa de que, até 2085, mais de 50% da população mundial estará exposta à contaminação da dengue, tudo isso por conta do aquecimento global. O clima mais quente é ideal para a proliferação de moscas que, além das doenças, são nocivas à agricultura, a exemplo de diversas pragas que ganharão força com o aumento da temperatura.

Os esforços até aqui são louváveis, mas é preciso muito mais se queremos de fato salvar vidas e sobreviver de forma digna e sustentável, garantindo a sobrevivência dos diversos ecossistemas tão importantes para o equilíbrio da vida no planeta Terra.

[email protected]

O aquecimento global e a fome no mundo

AMBIENTE-SE

*Jorge Pinheiro Ambientalista

O Tele f one Verde foi implantado

pela Agência Munici-pal do Meio Ambiente (AMMA) em dezembro de 2006. Através do nú-mero 161, os goianienses contam com um disque-denúncia voltado especialmente para as questões ambientais. Ao ligar para o Telefone Verde, o público pode, por exemplo, denunciar casos de poluição dos mananciais, lançamento de detritos em locais inapropriados, desmatamento e poluição sonora, além de solicitar informações ou laudos técnicos sobre poda ou extirpação de árvores, ou sobre outros procedimentos na área ambiental.

O Telefone Verde funciona 24 horas, sete dias por semana, com operadores capacitados para esclarecer as dúvidas dos cidadãos e enca-minhar suas queixas à Diretoria de Fiscalização da AMMA. Antes da implantação do Telefone Verde, o tempo médio que a fiscalização levava para atender as denúncias de poluição era de duas horas. Depois da implantação do serviço, o tempo médio entre o registro de uma denúncia e a apuração do fato caiu para 25 minutos.

Telefone Verde

Tudo se resume em Políticas Públicas BásicasPor Sibelle da Fonseca Okano*

Há quem ouse listar os maiores problemas ambientais mundiais da atualidade, classificando-os de acordo com suas ocorrências ou conforme a origem dos fatos.

Nesta ótica, vivenciamos em nosso país, simultaneamente latentes os seguintes grandes problemas ambientais:

1) A escassez de solos agricultáveis e a perda da biodiversidade em geral , como consequência das mudanças climáticas; 2) O aumento da densidade populacional urbana que aumenta o flagelo dos mais pobres quanto à qualidade de vida; 3) O aumento das emissões de gases de efeito estufa; o aumento da demanda por sanitarismo (água potável e esgotos tratados); a questão da destinação final do lixo; a questão da matriz energética...

problemas que somados, impõe obras de elevados custos e de difícil controle governamental; 4) O entendimento por parte de muitos governantes de que não basta apenas legislar sobre tais temas, pois as verdadeiras soluções mitigatórias da crise ambiental só se efetivarão mediante a real implementação das leis e dos princípios já existentes.

Eis aí os dois maiores desafios dos gestores brasileiros: é preciso educar/reeducar ambientalmente as populações; é preciso criar uma cultura administrativa generalizada, em todas as esferas (do nacional ao local), para que toda e qualquer política pública voltada para a área ambiental esteja fundamentada na supremacia do interesse coletivo, pois “um crime ambiental ataca a família brasileira em toda sua estrutura!”, como nos adverte o grande mestre do Direito Penal, professor Damásio Evangelista de Jesus.

Para que todos tenham direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, garantia da sadia qualidade de vida, é mister que estejamos alistados nesta cruzada civilizatória, cientes de que somos os fiéis depositários de um tesouro inigualável, que pode perecer diante da nossa inação.

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PAPO VERDE

*Sibelle da Fonseca Okano, advogada ambientalista.

DICAS DE ECONOMIA

→ Quando for às compras, leve sacolas plásticas ou bolsa que disponha em sua casa.

→ Na hora de comprar, prefira as lâmpadas fluorescentes. Além de iluminar melhor, elas duram mais e gastam menos energia.

→ Na hora de varrer o quintal ou a calçada, use a vassoura e não a mangueira

O que é?Camada de ozônio: → É uma capa de gás que envolve a terra e a protege de vários tipos de radiação, sendo que a principal delas, a radiação ultravioleta, é a principal causadora do câncer de pele.

Leia mais, conheça e participe do COMPANHEIROS DO VERDE também na Internet:

www.companheirosdoverde.com.br

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Companheiros do

VERDE Novembro 2009Ano I.: Nº 2 – 1ª Quinzena

Especialização em Direito Ambiental

A complexidade da sociedade contemporânea e seus problemas realçam a importância das especializações no campo do Direito.

Por este motivo, há a necessidade da aprendiza-gem e do aprofundamento em conhecimentos es-pecíficos. É o caso dos aspectos ambientais, os quais receberam maior valorização nos últimos tempos por conta de suas implicações sociais, cul-turais e econômicas.

Diariamente, tanto em nosso país como no contexto internacional, novas normas entram em vigor sobre essa temática, e preceitos já existentes são reformulados. Entretanto, conflitos relaciona-dos a essa problemática estabelecem-se. Nesse sentido, os gestores ambientais, para poder dialo-gar sobre aspectos jurídicos referentes a esse âm-bito, e os bacharéis em Direito, para a necessária inserção no mercado de trabalho direcionado a essa área, são demandados ao aperfeiçoamento.

Para atender a essa exigência, a pós-gradua-ção do UniCEUB oferece o curso de especialização em Direito Ambiental e dispõe de corpo docente altamente qualificado. O objetivo é fornecer subsí-dios para que os profissionais graduados e empre-endedores de todos os setores possam aprimorar-se, levando em conta as noções fundamentais dos aspectos jurídico-ambientais relacionados a diver-sos ramos de atuação. Sendo assim, o curso aplica em suas atividades teóricas conceituais, além de referências a avançadas pesquisas, o exame de problemas recorrentes nesta área.

*Assessor da Diretoria do ICPD, Centro Universitário de Brasília - UniCEUB

“Cada dia a natureza produz o suficiente para nossa carência. Se cada um tomasse o que lhe fosse necessário, não

havia pobreza no mundo e ninguém morreria de fome.”Mahatma Gandhi

Jardins com baixa manutenção

Uma das tarefas mais importantes na jardina-gem é a atividade de manutenção, como o corte do gramado, a erradicação de ervas da-

ninhas, limpeza das plantas, adubação, entre outras. Com muita frequência, essas tarefas simples são en-caradas de forma um tanto descuidada. O resultado desse descuido é um jardim sem beleza e um jardi-neiro desesperado.

O nível de complexidade na manutenção do jar-dim está diretamente ligado aos desejos do proprietá-rio que deve estar ciente de que é possível construir um jardim de baixa manutenção, mas não ter manu-tenção é simplesmente um sonho.

“Antes de criar um jardim é preciso saber quem vai cuidar desse jardim. A escolha de quem vai cuidar é o caminho do sucesso, seja o proprietário, o antigo jardineiro ou um profissional especializado”, é o que recomenda a agrônoma e paisagista Andrea Gaudino. A experiência e a disponibilidade de quem vai cuidar do jardim resultará ou não no jardim idealizado.

De acordo com a paisagista, o proprietário po-derá propor a ele mesmo cuidar do seu jardim. Então se perguntará: Quantas horas por semana ele tem disponível para essa tarefa e qual é o seu grau de conhecimento? Para o jardineiro, as questões se di-recionam ao nível de conhecimento que ele possui e se o trabalho se realizará na velocidade do ‘trote’ ou do passo. E quando contratamos um profissional especializado, seja o técnico agrícola ou o engenheiro agrônomo, as questões se direcionam ao custo dos serviços e ao resultado esperado.

DicasAbaixo a paisagista Andrea Gaudino preparou

para os leitores do Companheiros do Verde algu-mas dicas para um jardim de baixa manutenção.

Dar preferência→ Usar plantas nativas já adaptadas ao clima local→ Escolher arbustos pequenos, de crescimento lento e copa adensada. Eles exigem pouco ou nenhum tipo de condução ou poda→ Dar preferência ao plantio de árvores e palmeiras→ Optar por um jardim com estilo minimalista. Nesse estilo de jardim, se explora o uso de pisos e elemen-tos inertes e plantas de impacto em locais estrategica-mente selecionados.→ Usar material de fácil manutenção nos caminhos como pedriscos, areia, folhas, reciclados, etc.→ Uns dos manejos mais dispendiosos no jardim é o controle de ervas daninhas. Para evitá-las utilize co-bertura morta nos locais e use produtos certificados (substrato, húmus, etc.).

Evitar→ Evitar as plantas delicadas que precisam de cuida-dos extras→ Evitar as plantas rasteiras perenes que se espalham rapidamente e com muito vigor→ Evitar os extensos gramados, intercalar com gran-des canteiros de relvados→ Evitar o excesso de curvas nos canteiros, caminhos e elementos, que dificultam e exigem mais experiência do cuidador para mantê-las

Algumas plantas fáceis de cuidarCicas, crótons, agaves, filodendros, nolinas,

fórmios, sanseviérias, iucas, pitósporos, buganviles e pandanos.

Algumas forrações para formação de relvadosGrama-amendoim, vedélia, heras, grama-preta,

liriops, hemerocalis e singônio.

Pequenas atitudes que fazem a diferença

Jardim de estilo minimalista onde foram colocadas poucas plantas, vasos como elemento de destaque e seixos.

10PAISAGISMO

Formação de grandes relvados com Ophiopogon jaburan

Formação de grandes relvados com Hedera canariensis

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Companheiros do

VERDENovembro 2009 11Ano I.: Nº 2 – 1ª Quinzena

ENTRETENIMENTO

A polenta como conhecemos hoje é feita de farinha de milho e tem origem italiana, mas não foi sempre assim. Na antiguidade do Egito, Grécia, Itália, entre outros, a polenta era feita de outros tipos de farinhas, como trigo ou aveia. Era uma mistura cozida na água resultando em um mingau de consistência mais rígida. No antigo Império Romano, era o prato mais consumido e como o período medieval manteve essas características, a polenta acabou se tornando a base alimentar da época.

Somente com a chegada de Cristóvão Colombo no final do século XV, retornando da América, a Europa conheceu o milho. Na Itália, o milho começou a ser cultivado ao norte onde a polenta passou a ser feita como conhecemos hoje,

com a farinha de milho.Na Segunda Guerra Mundial, onde a escassez de alimentos era uma realidade e o racionamento necessário, o alto valor nutritivo e a facilidade

do cultivo e estocagem do milho fizeram da polenta uma das principais fontes de alimento na Itália dessa época.Com a imigração italiana para o Brasil, por volta de 1870, a polenta também chega por aqui onde permanece até os dias de hoje, nos proporcio-

nando desfrutar desse maravilhoso prato da gastronomia internacional.

CURIOSIDADES DA GASTRONOMIAcom André Gubert [email protected]

A história da polenta

• 500gdefarinhademilhotipofubá

• 1litrodeágua

• 1colherdesopadesal

• 250gdequeijoparmesão

• 250gdequeijomussarela

• ½litrodemolhoàbolonhesa

Ingredientes

Lalinha é uma yorkshire que tem quatro anos. É filha do lindo casal Pituca e Xico. Toda semana tem hora marcada no ‘salão de beleza’ para lavar e escovar suas lindas madeixas carameladas, que balançam no gingado de seu charmoso andar. Lalinha me recebe sempre com pulinhos e muito, mais muito barulho mesmo - olha que nem tamanho ela tem para tanto barulho! Jogamos bola, corremos pelo apartamento e brincamos até cansar. Mas, o que ela gosta mesmo é de uma boa massagem na barriguinha. É só começar a fazer que ela relaxa e logo pega no sono. Gosto de montão dela!

Isabelle A. Neves, 3 anos

BICHO AMIGO

•Envie a foto e a história do seu bicho amigo para [email protected]

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Companheiros do

VERDE Novembro 200912 Ano I.: Nº 2 – 1ª Quinzena

ESPAçO DA ÁGUA

Brasília (28) – Já está disponível no site www.adasa.df.gov.br a minuta da portaria que define as diretrizes e critérios para requerimen-to e obtenção de outorga do direito de uso dos recursos hídricos por meio de canais em águas de domínio do Distrito Federal ou delegados pela União. O documento servirá de base para as dis-cussões da Audiência Pública, que será realiza-da no dia quatro de dezembro.

A preocupação da ADASA é combater o desperdício, evitar a contaminação e promover a utilização sustentável dos recursos hídricos do Distrito Federal. Segundo o superintendente de Recursos Hídricos da Agência, Diógenes Mortari, a má distribuição e a precariedade das instala-ções dos canais que recolhem água dos rios po-dem trazer uma perda substancial de até 80% do produto canalizado.

O estabelecimento de normas e critérios para os usos dos recursos hídricos por meio de canais tem como objetivos promover o uso racional, reduzir os conflitos entre os usuários e evitar prejuízos à qualidade da água. Para oferecer aos usuários modelos e metodologias aplicadas à construção de barragens e canais de irrigação, a ADASA está ultimando uma co-operação técnica com a Universidade Federal de Itajubá.

Os usuários dos recursos hídricos do DF terão oportunidade de debater essas questões durante a Audiência Pública, que contará com a participação de técnicos do governo, associa-ções de produtores e organizações não governa-mentais. Até o próximo dia 27 de novembro, a ADASA estará recebendo contribuições sobre o tema, e o formulário já se encontra disponível em seu site. As sugestões também podem ser entregues no Protocolo geral da ADASA.

Núcleo de Comunicação e ImprensaADASA

Audiência Pública discutirá desperdício de água no DF

Agência Reguladora de Águas, Energia eSaneamento Básico do Distrito Federal

SRTVS - Quadra 701 Conj. E,ed. Palácio do Rádio I Bl. 3 n° 130 Sala 104

Asa Sul - Brasília/DF - CEP 70.340-906www.universoambiental.org

[email protected]. (61) 8569 3926 / 9295 0965

O aumento dos custos de água, tratamento de esgoto e consciência ambiental, têm in-duzido à necessidade de mini-mizar o consumo de água nas residências. O pólo tecnológico do Distrito Federal, através das Empresas Universo Ambiental e Pojetando Soluções, disponibi-lizam ao mercado nacional um produto inovador que realiza to-das as etapas biológicas necessá-rias para produzir água de reuso.

CONSULTORIA, PROJETO E EXECUÇÃO

SISTEMA COMPACTODE TRATAMENTO BIOLÓGICO PARAREUSO DE EFLUENTE RESIDENCIAL

A água gerada no sistema pode ser utilizada para lavagem de pisos, pátios, galerias de águas pluviais, descarga dos vasos sa-nitários; rega (jardins, campos de futebol, áreas verdes) e ferti-irrigação (fertilizante para culturas não rasteiras). O retor-no desse investimento ocorre entre 10 e 15 meses, dependen-do das variantes de consumo e custo local da água, o que con-figura um excelente incentivo

para quem deseja estar conec-tado com a tendência global de construir de forma responsável, sustentável e econômica.

MAG

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“A água de boa qualidade é como a saúde ou a liberdade: só tem valor quando acaba”

Guimarães Rosa