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ANO 2004
HAHADDTDIVISÃO DE DOENÇAS DE TRANSMISSÃO HÍDRICA E ALIMENTARDIVISÃO DE DOENÇAS DE TRANSMISSÃO HÍDRICA E ALIMENTAR
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DAS VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DAS DOENÇAS TRANSMITIDAS POR DOENÇAS TRANSMITIDAS POR
ALIMENTOSALIMENTOS
Treinamento básico para DIR e Treinamento básico para DIR e MunicípiosMunicípios
- INTRODUÇÃO -- INTRODUÇÃO -
• INTRODUÇÃO - Definições:INTRODUÇÃO - Definições:
• Epidemiologia: Epidemiologia: “ramo das ciências da saúde que estuda, na população, a ocorrência, a distribuição e os fatores determinantes dos eventos relacionados com a saúde”.
• Vigilância Epidemiológica: Vigilância Epidemiológica: “conjunto de atividades que permite reunir a informação indispensável para conhecer a qualquer momento, o comportamento ou história natural das doenças, bem como, detectar ou prever alterações de seus fatores condicionantes, com o fim de recomendar oportunamente, sobre bases firmes as medidas indicadas e eficientes que levem à prevenção e ao controle de determinadas doenças” (Lei Orgânica da Saúde - Lei Nº. 8080/90).
– Doença Transmitida por Alimentos (DTA): síndrome ou doença originada pela ingestão de alimentos e/ou água contaminados por microrganismos, toxinas e outros agentes químicos ou físicos.
– Epidemiologia das DTA: estudo da freqüência, distribuição e fatores determinantes das DTA para a aplicação de medidas de saúde para controle e prevenção.
– Importância das DTA: globalização da economia, intensa mobilização da população, hábitos alimentares, mudança no protótipo de surtos, etc..
INTRODUÇÃO - INTRODUÇÃO - Definições:Definições:
Complexidade dos quadros: cerca de 250 agentes etiológicos
• Síndromes diarréicas (mais de 90%), incluindo as diarréias sanguinolentas
• Síndromes neurológicas (agudas e crônicas)
• Síndromes ictéricas• Síndromes renais e hemolíticas• Síndromes alérgicas• Quadros respiratórios e septicêmicos
CAMPO DE AÇÃO DAS VIGILÂNCIAS:
OCORRÊNCIA DA DOENÇA (CASOS/SURTOS):
falha no controle da cadeia alimentarcontaminação: biológica, química ou física
características da doença: quadro clínico, grupo afetado, período de incubação, agente etiológico, vias de transmissão/fatores de risco, etc..
identificar pontos críticos/processos/HACCP/outros
Ações de controle e prevenção
VE
VISA
• DOENÇA - raciocínio clínico, investigações e estudos epidemiológicos - paciente/fatores causadores - VE
• ALIMENTO - investigação, rastreamentos, ações preventivas e corretivas - qualidade e inocuidade - VISA
• LABORATÓRIO - suporte para as ações preventivas, corretivas e estudos, fornecendo o diagnóstico etiológico - paciente e alimento
CAMPO DE AÇÃO DAS VIGILÂNCIAS:
• Métodos de Investigação da VE:
• Estudos descritivos: informam sobre a freqüência e distribuição das doenças;
• Estudos analíticos: estudam a associação entre os eventos - causa x efeito, exposição x doença;
• Estudos experimentais: criação de situações artificiais verificando a associação entre causa/efeito. Ex: estudo da eficácia de uma vacina, por ex. - vacina contra a Salmonella Enteritidis em galinhas;
• Estudos não-experimentais: o pesquisador observa as pessoas ou grupos, e compara as características, verificando as associação entre os eventos.
• Principais desenhos/métodosPrincipais desenhos/métodos
– 1. Estudo de Caso/Série de Casos– 2. Transversal– 3. Ecológico– 4. Caso-controle– 5. Coorte– 6. Ensaio Clínico Randomizado
• A preocupação do Sistema de Vigilância Epidemiológica das DTA - VE DTA– conhecer o comportamento e a
incidência das DTA, quem são as DTA e seu impacto na saúde da população;
– conhecer os fatores responsáveis pelas doenças e práticas de produção de alimentos inadequadas/de risco;
– estabelecer as medidas de prevenção e controle das doenças.
Sistema de Vigilância de Surtos de
DTAAMDDA
Vigilância Ativa
Vigilância de Doenças
Específicas
Monitoramento ambiental de patógenos
Cólera
Febre Tifóide
Polio/PF
Botulismo
DCJ
SHU
Outras
MDDA - Monitorização da Doença Diarréica Aguda - monitorização simples da diarréia em unidades sentinelas - alerta às doenças de alto potencial alastrador e para detecção de surtos.
VIGILANCIA DE SURTOS DE DTA - notificação dos surtos e investigação epidemiológica, visando a etiologia da doença, identificação de vias de transmissão e medidas de controle e prevenção.
MONITORAMENTO AMBIENTAL - monitoramento de patógenos circulantes no ambiente: Vibrio cholerae, Poliovírus selvagem, Cryptosporidium e Giardia (trabalho conjunto com a CETESB).
VIGILÂNCIA DE DOENÇAS ESPECÍFICAS - doenças ou síndromes e outros agravos de notificação obrigatória - engloba doenças específicas de importância epidemiológica nacional ou internacional como a Cólera, a Febre Tifóide, o Botulismo, a Poliomielite e as Paralisias Flácidas Agudas, a Síndrome Hemolítico-Urêmica (SHU) e a Doença de Creutzfeldt-Jacob (DCJ) e sua variante (vDCJ).
VIGILÂNCIA ATIVA - programa que vem sendo implantado como complementar e necessário ao de investigação de surtos para conhecer a tendência de patógenos/doenças e para conhecer a incidência dessas doenças na população e real proporção de alimentos/água responsáveis. A Vigilância Ativa é um alerta para a prevenção de novas doenças e traz subsídios para inclusão/retirada de doenças de notificação obrigatória.
CENTRAL CVE -DISQUE CVE
Todas as DNCSurtos DTA e outras
CR BOT
Retaguarda técnica DTA = DDTHA
UNIDADE DE SAÚDE
SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE
REGIONAL DE SAÚDE
CVE
SVS
Fluxo atual
Notificação imediata a todos os níveis
envio relatórios
fax
malote
• Interfaces: Comissão de Combate e Prevenção da Cólera e DTA e Comitê de Segurança Alimentar e Saúde: CVE, CVS, IAL, CETESB, SABESP, ADAESP/SAA/SP, ANVISA, COSEMS/SP, outros.
• Assessoria técnica: equipes auxiliando as investigações em campo e produção de material técnico e disponibilização na Internet.
• Trabalho local: unidades básicas de saúde, hospitais, laboratórios e outros serviços médicos (públicos e privados).
Cólera - doença infecciosa aguda, transmissível, caracterizada, em sua forma mais evidente, por diarréia aquosa súbita, cujo agente etiológico é o Vibrio cholerae transmitida principalmente pela contaminação fecal da água, alimentos e outros produtos que vão à boca. Permaneceu em níveis epidêmicos e/ou endêmicos em vários estados do Nordeste até o ano de 2001 e é endêmica e/ou epidêmica em países da Ásia, África e Oriente Médio. Notificação obrigatória, coleta de coprocultura (Cary blair) e preenchimento de Ficha do SINAN. Distribuição de hipoclorito de sódio em áreas críticas e educação sanitária (v. Manual da Cólera).
Botulismo - doença de ocorrência súbita, com manifestações neurológicas seletivas, descendente, de evolução dramática e elevada letalidade - ptose palpebral, visão turva e dupla, rouquidão, distúrbios da deglutição, flacidez muscular generalizada e outras alterações relacionadas com os nervos cranianos que podem provocar insuficiência respiratória e morte por parada cárdio-respiratória. Notificação obrigatória e imediata à Central CVE para discussão do caso, retaguarda laboratorial, disponibilização da antitoxina e desencadeamento urgente da investigação epidemiológica e outras medidas. Ficha própria (v. Manuais do Botulismo).
VIGILÂNCIA DE DOENÇAS ESPECÍFICAS
Doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ) - desordem neurodegenerativa de rápida progressão, fatal, cuja etiologia, acredita-se, ser devida a uma proteína conhecida como prion (PrP). É uma encefalopatia em que predominam demência, mioclonias, sinais piramidais, extrapiramidais e cerebelares, com óbito ocorrendo geralmente após um ano do início dos sintomas e afetando faixas etárias mais elevadas. É classificada como uma encefalopatia espongiforme transmissível: 1) forma esporádica (que pode ser hereditária), 2) iatrogênica (transmitida por procedimentos médicos) e 3) alimentar(a variante em humanos - vDCJ, relacionada à Encefalite Espongiforme Bovina - “vaca louca”, epidemia ocorrida no Reino Unido. São da mesma natureza a Síndrome de Gerstmann-Straussler-Scheinker (GSS), a insônia familiar fatal e o Kuru. Notificação obrigatória. Ficha própria. (v. Informe Técnico).
Febre Tifóide - doença bacteriana aguda, causada pela Salmonella Typhi, de gravidade variável caracterizada por febre, mal-estar, cefaléia, náusea, vômito e dor abdominal, podendo ser acompanhada de erupção cutânea. É endêmica em muitos países em desenvolvimento. Possui alta infectividade, baixa patogenicidade e alta virulência, o que explica a existência de portadores (fontes de infecção não doentes) que desempenham importante papel na manutenção e disseminação da doença na população. Ficha do SINAN. (v. Informe Técnico).
VIGILÂNCIA DE DOENÇAS ESPECÍFICAS
Poliomielite - doença viral aguda, de gravidade variável e, que pode ocorrer sob a forma de infecção inaparente ou apresentar manifestações clínicas, freqüentemente caracterizadas por febre, mal-estar, cefaléia, distúrbios gastrointestinais e rigidez de nuca, acompanhadas ou não de paralisias. A notificação obrigatória de Paralisias Flácidas Agudas em menores de 15 anos é um programa de vigilância ativa para controle e prevenção da Poliomielite, aliado à vacinação de rotina e campanhas, e ao monitoramento ambiental do poliovírus com vistas a impedir a reintrodução da doença no país. Erradicada no Brasil permanece em níveis endêmicos/epidêmicos em alguns países da Ásia e África. Ficha do SINAN. (v. Informe Técnico).
Síndrome Hemolítico-Urêmica (SHU) - doença grave, observada mais freqüentemente em crianças de pouca idade, que se caracteriza por anemia hemolítica microangiopática, trombocitopenia e insuficiência renal aguda. Estudos mostram que 90% dos casos de SHU são relacionadas à doença diarréica causada por bactérias Escherichia coli O157:H7 e outras STEC (Shiga Toxin-producing E. coli). Em muitos casos, a SHU é precedida de doença febril, com gastroenterite, sendo a diarréia, geralmente, sanguinolenta. De 5 a 10% dos pacientes evoluem para insuficiência renal crônica.Ficha própria (v. Manual).
VIGILÂNCIA DE DOENÇAS ESPECÍFICAS
V IG IL Â N C IA A T IVA D E D T A
In f e cç ã o na po pula çã o ger al
P es soa s d oente s
P e ss o a s p ro c ur a mm é dico
Cu ltur a é obt ida
C ul t u ra c a so co nf irm ado
No ti f icaç ã o ao CVE
Tes t es de L ab r ea l iz . In q . La bora tor io
I nq . M éd ico
I nq. P opula ção
V i g il ânc ia Ativ a
Rastreamento em laboratório: 68,6% E. coli
Salmonella: patógeno + testado
33% médicos pedem copro/parasitol. 40% doentes
procuram médicos
0
10
20
30
40
50
60
70
80
Número de Casos
Botucatu Marília São Paulo
Distribuição percentual dos casos segundo o tipo específico de bactéria por município, Julho de
1998 a Julho de 2000
Salmonella Shigella E. coli Campylobacter Listeria Vibrio
• RESULTADOS BUSCADOS: • alimentos/refeições seguras• mudanças nos procedimentos de
preparo/produção do alimento• educação/higiene manipuladores/população• retirada de produtos inadequados do mercado• redução/eliminação de riscos dos produtos -
novas/outras tecnologias• ações integradas para o controle de qualidade
e inocuidade de produtos de origem animal/outros
• ações no meio ambiente
• Exemplos de resultados das investigações/intervenções/mudanças– Botulismo e portarias do palmito/conservas– Surtos em creches - mudanças de procedimentos,
higiene e educação– Surtos em domicílios - educação/higiene/mudança de
hábitos alimentares – Surtos em restaurantes/refeitórios - orientações para
mudanças do modo de preparo/correção das práticas– Surtos de diarréia em determinados municípios -
saneamento básico/água do abastecimento público– Melhoria dos Serviços de
Saúde/Atendimento/Diagnóstico/Notificação– Melhoria do SVE, Diagnóstico e Assessoria Técnica– Subsídios para o SVS/Regulamentos sanitários
• Nosso site:• http://www.cve.saude.sp.gov.br < Doenças
Transmitidas por Alimentos > • Nossos telefones:• DV Hídrica - (11) 3081-9804• Central CVE - 0800-55 54 66• Nosso e. mail • [email protected]