ano ii – ediÇÃo xi – dezembro de 2013 – editor: carlos...

8
ANO II – EDIÇÃO XI – Dezembro de 2013 – Editor: Carlos Meira – e-mail: [email protected] SIPROEM - Sede Barueri: 4201-1539 / Sub-sede - Taboão: 4786-1270 O SIPROEM já elaborou a bandeira de luta para o ano de 2014. Dentre elas ficaram elencadas aqueles itens que foram aprovados na assembleia de 10 de agosto de 2013, inclusive o reajuste de 2013 que está sendo reivindicado na Justiça. PÁGINA 08 LAMBANÇA E CRUELDADE MARCAM A ATRIBUIÇÃO DE AULAS EM BARUERI Depois de um processo de remoção traumático, o processo de atribuição de aulas para os Professores de educação infantil foi suspenso pela justiça que entendeu que Educação é atividade fim, não podendo ser terceirizada. Essa sempre foi tese defendida pelo SIPROEM, uma vez que Educação é obrigação do “Estado”, não podendo a prefeitura delegar sua responsabilidade, muito menos transferir dinheiro da educação pública, para a iniciativa privada, embora a lei 11494 tenha essa “brecha”. Por que o prefeito tentou privatizar as creches do município? PÁGINA 02 ADEUS, ESCOLA! O SIPROEM aposta em um cenário diverso do atual. PÁGINA 03 VEREADOR CRITICA PROFESSORA DA REDE MUNICIPAL PÁGINA 04 Feliz Natal, Amigo Professor “Precisamos que as alegrias do Natal perpassem os ideais políticos e façam com que as autoridades enten- dam que dignidade se faz com qualida- de no trabalho”. PÁGINA 05 FACES DA MESMA MOEDA PÁGINA 07 Adenir Segura AUMENTO PARCELADO IGUAL NAS CASAS BAHIA PÁGINA 07

Upload: hoangminh

Post on 26-Nov-2018

217 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

ANO II – EDIÇÃO XI – Dezembro de 2013 – Editor: Carlos Meira – e-mail: [email protected] - Sede Barueri: 4201-1539 / Sub-sede - Taboão: 4786-1270

O SIPROEM já elaborou a bandeira de luta parao ano de 2014. Dentre elas ficaram elencadas aquelesitens que foram aprovados na assembleia de 10 deagosto de 2013, inclusive o reajuste de 2013 que estásendo reivindicado na Justiça. PÁGINA 08

LAMBANÇA E CRUELDADEMARCAM A ATRIBUIÇÃO DE

AULAS EM BARUERIDepois de um processo de remoção traumático, o processo de atribuição de aulas para os Professores de

educação infantil foi suspenso pela justiça que entendeu que Educação é atividade fim, não podendo serterceirizada. Essa sempre foi tese defendida pelo SIPROEM, uma vez que Educação é obrigação do “Estado”,não podendo a prefeitura delegar sua responsabilidade, muito menos transferir dinheiro da educação pública,para a iniciativa privada, embora a lei 11494 tenha essa “brecha”. Por que o prefeito tentou privatizar ascreches do município? PÁGINA 02

ADEUS,ESCOLA!

O SIPROEM aposta em umcenário diverso do atual.

PÁGINA 03

VEREADOR CRITICAPROFESSORA DAREDE MUNICIPAL

PÁGINA 04

Feliz Natal,Amigo Professor

“Precisamos que as alegrias doNatal perpassem os ideais políticos efaçam com que as autoridades enten-

dam que dignidade se faz com qualida-de no trabalho”.

PÁGINA 05

FACES DAMESMA MOEDA

PÁGINA 07

Adenir Segura

AUMENTOPARCELADOIGUAL NAS

CASAS BAHIAPÁGINA 07

2 JORNAL DA REDE Dezembro de 2013 •

Depois de um processo de remoção traumático, oprocesso de atribuição de aulas para os Professores deeducação infantil foi suspenso pela justiça que enten-deu que Educação é atividade fim, não podendo serterceirizada. Essa sempre foi tese defendida pelo SI-PROEM, uma vez que Educação é obrigação do “Es-tado”, não podendo a prefeitura delegar sua responsa-bilidade, muito menos transferir dinheiro da educaçãopública, para a iniciativa privada, embora a lei 11494tenha essa “brecha”. Por que o prefeito tentou privati-zar as creches do município? Ele fez essa tentativaexatamente no intuito de maquiar a falta de investi-mentos na Educação em Barueri. Gastou-se ao longodos anos com muita tinta, muitos funcionários comis-sionados, muita festa com artistas famosos e foramdeixando de lado aquilo que é prioridade para ao povode Barueri. Enquanto o Brasil todo se mobiliza paraver rejeitada a PL 4333, que trata das terceirizações, acidade de Barueri está na contra mão da historia tentaprivatizar sua Educação, ou seja, o Prefeito Gil Aran-tes tenta resolver um problema com outro além detentar burlar a Constituição que obriga que os cargospúblicos sejam providos através de concurso público.No CONAE, o professor Segura, presidente do SI-PROEM, defendeu intransigentemente a retirada dalei 11494/07 o artigo que permite o repasse do dinhei-ro do FUNDEB para as ONGs, para as escolas dosPastores, dos Vareadores, dos Amigos, e dos Agrega-dos. Contudo a tese defendida pelo sindicato, foi ven-cida com o apoio de duas personalidades, na época aSecretária de Educação do Embu das Artes, professo-ra Lucia Couto e a ex- Secretária de Educação de Osas-co a vereadora Mazé de Osasco, que defenderam ocontrario, lembrando que na cidade do Embu das Ar-tes, grande parte das creches são mantidas por Organi-zações Não Governamentais, a maioria ligadas aos ve-

LAMBANÇA E CRUELDADE MARCAM AATRIBUIÇÃO DE AULAS EM BARUERI

readores da cidade. O SIPROEM sempre lutou contraqualquer tipo de terceirização e, muito antes de qual-quer movimentação em relação às privatizações dascreches, o sindicato protocolou o ofício 104221/13expressando seus protestos e alertando que essa enti-dade lutaria para defender e garantir os direitos dosprofessores. A crueldade com que os professores fo-ram tratados nesse processo de atribuição deixou grandeparte da nossa categoria revoltada, tendo em vista queprofessores que trabalham no período da manhã tive-ram que voltar à noite na escola para assinarem as

planilhas de atribuição. Professores que moram emoutras cidades tiveram que vir a Barueri duas vezespor conta da desorganização do processo que seriamuito mais tranquilo se a secretaria tivesse dispensadoos professores dos htis/hacs para irem às em suasnovas escolas. Foi uma atitude própria de pessoasque não estão habituadas ao cotidiano da secreta-ria da educação e, portanto, são incapazes até deorganizar o processo de atribuição. É isso que dácolocarem amadores nos cargos que devem ser ocu-pados por profissionais.

Quem anda pelas dependências da Secre-taria de Educação de Barueri nunca viu tantagente “trabalhando” por lá. O primeiro andardo prédio foi todo adaptado com divisórias.Onde se tinha alguns vãos livres hoje sómesas, até gente sentada sobre o tampo damesa, até o povo do Sindserv está trabalhan-

A CASA VAI CAIR....

do na nossa secretaria. Acreditem, é tanta gen-te que o dinheiro do FUNDEB não vai darpra pagar todo mundo. O pior é que estãodizendo que a laje do prédio não foi projeta-da para tanto peso. É bom alguém se preocu-par com isso e avisar o Corpo de Bombeiros,embora eles estejam ao lado da secretaria.

É bom alguém se preocupar com isso eavisar o Corpo de Bombeiros

3 JORNAL DA REDEDezembro de 2013 •

Baixos salários, insatisfação no tra-balho, desprestígio profissional. As con-dições são velhas conhecidas dos docen-tes, mas têm se convertido em um fe-nômeno que torna ainda mais preocu-pante a escassez de profissionais na Edu-cação Básica: os professores têm deixa-do a sala de aula para se dedicar a ou-tras áreas, como a iniciativa privada oua docência no ensino superior. O moti-vo para a evasão docente é a desvalori-zação da profissão e as más condiçõesde trabalho. Em um estudo com alunosuniversitários, constatou-se que entre osformados de licenciatura em Matemáti-ca entre 2005 e 2010, quase dois terçostrabalham como docentes - mas, des-tes, 45% não pretendem continuar naEducação Básica. A maioria presta con-curso para instituições financeiras ouquer se tornar pequeno empresário. Umaboa parte também faz pós-graduação ouvai estudar em outra área para não se-guir na docência. O problema é os pro-fessores das áreas de exatas têm maispossibilidade de migrar para outras porconta de uma formação mais específi-ca, que permite a aplicação dos seusconhecimentos em setores como o mer-

ADEUS, ESCOLA!

cado financeiro. Já entre os licenciadosem humanidades, a aplicação dos co-nhecimentos da graduação em outrasáreas profissionais é, normalmente, maisrestrita, com exceção do curso geogra-fia, em que há maior possibilidade de osformados trabalharem em empresas degeologia. O IBGE nos mostra que so-mente um terço dos engenheiros forma-dos, por exemplo, atua como engenhei-ro e que apenas 75% dos médicos for-mados exercem a medicina em compa-ração com os professores de EducaçãoBásica para concluir que, se em profis-sões com salários mais altos a evasão éexpressiva, não surpreende que a eva-

são de professores formados seja alta.Além de uma renda maior podemos lis-tar algumas necessidades urgentes nacarreira docente no Brasil: perspectivade carreira, boas condições de trabalhoe de formação, respeitabilidade social.“O professor, como todo ser humano, émovido por uma imagem de futuro queconstrói para si. Se no seu trabalho elepercebe, dia após dia, que o seu futuroserá uma réplica do seu presente - ouseja, no caso, tão ruim quanto o seu pre-sente - ele desanima e, na primeira opor-tunidade, abandona a profissão”, afir-ma o secretário geral do SIPROEM pro-fessor Carlos Meira. O conselheiro do

CNE idealiza que a rotina dos professo-res de Educação Básica tenha similari-dades com a dos professores universitá-rios. Eles têm uma carreira e sabem qualpercurso têm para seguir e defende queos professores possam fazer pesquisassobre métodos e resultados da aprendi-zagem dos alunos, apresentando-os emcongressos de Educação Básica, comuma dinâmica similar à que existe naeducação superior. O SIPROEM apostaem um cenário diverso do atual. Um cli-ma de escola com relações interpessoaisharmônicas e equilibradas, com apoiomútuo entre os professores, são algunsdos aspectos que podem tornar o traba-lho mais satisfatório e prazeroso, e issocom certeza contribui para que o pro-fessor se mantenha na profissão. Mas éclaro que não depende só de esforçosdas pessoas, é preciso ter políticas pú-blicas que ofereçam espaços para os tra-balhos coletivos e outro tipo de organi-zação do trabalho dentro da escola. So-mente com organização e luta os pro-fessores podem conquistar seu espaço,pois diálogo não adianta. Os políticos nãoentendem. E preciso mobilizar.

Parece título de livro de Isac Asimov, porémé a sensação que o prefeito Gil Arantes deixoupara os professores de Barueri neste ano. Osprofessores de Barueri pela primeira vez rom-peram o medo que sempre circundou a cidadedurante trinta anos. No dia 10 de agosto, o SI-PROEM chamou um movimento de luta e rei-vindicações e os professores atenderam ao cha-mado de seu sindicato comparecendo em massae tomaram as ruas da cidade por vários dias. Aluta travada tinha tudo para dar certo, uma vezque a Administração dava sinais de desgaste etinha aprovado parte da pauta de reivindicaçõesque o sindicato apresentou. Porém dois revezes

2013: O ANO QUE NÃO ACABOU....estavam por atacar o movimento; um grupo parti-dário organizado dentro da comissão de luta e oSindserv, que aproveitando o desgaste do prefei-to durante as paralisações se ofereceu para assi-nar o acordo de reajuste salarial com uma únicafinalidade: desmobilizar a categoria em pleno pro-cesso de luta por suas reivindicações.

A estratégia usada pelo prefeito deu certo, poisconseguiu o objetivo foi alcançado, já que boaparte da categoria abandonou a luta acreditandoque era o fim de tudo. Se não houve conquistasem 2013, pelo menos ficou demonstrou a capaci-dade de mobilização dos professores de Barueri.Com essa demonstração de força, abriu-se a pers-

pectiva de continuidade da luta em 2014, umavez que não tivemos a reposição salarial de2013, pois esse reajuste negociado com o SIN-DSERV vale para o ano de 2014. A Constitui-ção em seu artigo 37 item X preconiza que ossalários devem ser reajustados anualmente, o quenão aconteceu neste ano.

Portanto de abril de 2012 a abril de 2013o prefeito está devendo para a categoria evamos buscar na justiça essa reposição.Quanto aos demais itens da pauta, eles se-rão retomados ao longo do ano de 2014, poisos professores já acenaram que essa é uma pau-ta de interesse de todos.

O SIPROEM aposta em um cenário diverso do atual.

4 JORNAL DA REDE Dezembro de 2013 •

Por conta da luta travada nos me-ses anteriores, alguns professorestiveram seus nomes e suas vidas ex-postos. Na defesa do interesse cole-tivo, a professora Adriane IvaldinaAntunes foi uma das que mais parti-cipou dos movimentos de reivindi-cações promovidos pelo SIPROEM.Devido a sua coragem vem sofren-do inúmeras perseguições e humilha-ções, principalmente por parte dovereador Carlinhos do Açougue quese usou da tribuna da casa do povo,para falar “mau” do próprio povo.O sindicato colocou à disposição daprofessora Adriane o seu departa-mento jurídico que já iniciou açõespara, juntamente com a professoraAdriane, processar esse vereadorque além de sua ignorância resolveumostrar seu ódio pelos professoresde Barueri chegando ao ponto de di-

VEREADOR CRITICA PROFESSORADA REDE MUNICIPAL

sores. Se ele não denunciou é por-que é, no mínimo conivente e deveresponder judicialmente pela suaomissão. Se ele tem provas queas apresente e aponte qual alunofoi “excitado” pela professora,pois se não o fizer é cúmplice. Ofato é que esse vereador, líder do go-verno na Câmara, incapaz de apre-sentar projetos relevantes para apopulação, ocupa seu tempo paradefender esse governo que correo risco de sequer terminar o man-dato, de v i d o a a c u s a ç ã o d ec o m p r a d e v o t o s d u r a n t e acampanha. Portanto o SIPRO-EM conclama os colegas profes-sores a acompanharem o trabalhodesse vereador para que possa-mos em cada comunidade de Ba-rueri fazer uma análise crítica des-se mandato.

zer que a referida professora fica“excitando” os alunos. Afirmou quea professora só estava interessadano dinheiro que recebia no final domês colocando em dúvida o traba-

lho da professora. Disse também quemuitos professores agrediam alunos.Se esse vereador tem tantas infor-mações assim, como “autoridade”deveria ter denunciado esses profes-

Gostaria de poder discorrer sobreas mais valorosas questões do direi-to. Dizer do que sei do Direito Roma-no, do Direito Grego e até mesmo em-basar aquilo que vou dizer em outrasteorias, porém, Direito! Ora o Direito!. Acostumado a todos esses anos tra-balhando na prefeitura de Barueri, jávi muitas coisas que aviltassem o di-reito do trabalhador. Vocês devemlembrar-se, pelo menos os mais anti-gos, quando retiraram as cadeiras dosprofessores das salas de aulas, quan-do doaram nosso leite para Berilo,quando tentaram fazer com que trou-xéssemos o papel higiênico de casa,quando saímos às 11:40 e entrávamos

EM BARUERI PODE!Lei 2276/13 que substituiu a lei 2261/13. A famosa lei da lambança

no CAP às 14:30. Devem se lembrarde como éramos chicoteados pelas lam-banças e desmandos do Celso Furlan,que Deus o tenha, (bem longe de nós),mas parece que o nosso “karma” estácarregado! Alguém nesse nosso grupode professores deve ter jogado pedrana cruz, queimou formigas com lente,ganhou pintinho na festa junina da es-cola (quanta crueldade...). Deus levouo Celso e o diabo deixou outro no lu-gar, porque aquele artigo oitavo da lei2276/13 é como dizer “se você comerterá que deixar de respirar”. Para quemainda não atinou o que estou falando,é sobre o caso do professor que tirarlicença prêmio não poder receber o 15º

salário. Ambos são gratificações porserviços prestados.

O professor de Barueri não podeser um professor 100% assíduo ou100% comprometido com a educaçãode seus alunos por que se for, serápenalizado. Ou você come ou você res-pira. Aqui em Barueri é assim. Já temgente rezando pra Deus devolver oCelso. O Siproem já comunicou aoprefeito que ele criou uma lei que su-prime direitos e, Direito nem que sequeira pode-se abrir mão dele. Esta-mos dando uma oportunidade ao pre-feito de ser correto e corrigir aquilo queestá errado.

Adenir Segura

O Sindicato colocou à disposição da professora o seu departamento jurídico que já iniciou ações para processar o vereador

5 JORNAL DA REDEDezembro de 2013 •

É dezembro. Outra vez nem percebemos. Obom é que sobrevivemos. Foi um ano diferentedos outros. Conquistas? Sim. Pode-se dizer queeste ano de 2013 marcou o ressurgimento dosprofessores nas ruas soltando a voz contra oopressor. Os professores cansaram de ficar es-perando por promessas dos políticos e decidi-ram mostrar a sua insatisfação numa clara de-monstração de que unidos somos muito fortes.

O ano de 2013, também para a diretoria destesindicato, foi um ano de aprendizado. Aprende-mos, por exemplo, que nem sempre aqueles queempunham a bandeira de luta estão realmentedispostos a lutar. Durante o nosso movimento,reparamos que algumas pessoas, professoresque nem nós, faziam um discurso inflamado nocaminhão de som e quando terminava a assem-bleia se reuniam para conspirar contra a cate-goria, na tentativa de dividir o movimento e jo-gar os professores contra o sindicato.

A estratégia, entretanto, não deu certo. Osprofessores percebendo a tentativa de partida-rização do movimento, simplesmente esvazia-ram a manifestação deixando os oportunistassem palanque. É assim que eles trabalham. In-capazes de mobilizar pessoas para os seus pro-testos, eles se aproveitam de movimento comoo nosso para aparecer sem se importar com asaflições daqueles que ali estavam com um úni-co fim, ver atendida suas reivindicações.

A quem esses elementos serviam afinal? Oque eles ganharam com isso? Só o tempo dirá.Já vimos muitos casos de pessoas que fizerampasseatas, gritavam contra o governo e, repen-tinamente, desapareceram por conta de um car-go na prefeitura.

É esse tipo de gente que faz com que as pes-soas percam a fé nas instituições e é por issoque lutamos para manter a integridade deste sin-dicato. Nesses anos de luta, tivemos muitas con-quistas, porém a maior con-quista foi manter o sindica-to autônomo. Essa autono-mia foi conquista à duraspenas. Para manter o sindi-cato independente foi ne-cessário abdicar de muitascoisas e suportar todo o tipode perseguição, inclusiveaté ameaças de morte. Oscolegas que acompanharam a trajetória destesindicato conhece a historia de luta que fez comque nos respeitassem como entidade. Portantonão venham os aproveitadores, que sempre vi-veram escondidos , omissos com as injustiçaspraticadas pelo patrão querer usar nossa enti-dade para se promover, pois isso não vamosadmitir. Os fundadores deste sindicato poderi-am perfeitamente estar em altos cargos na pre-

Feliz Natal, Amigo Professor

feitura, contudo fizeram a opção de continuar aluta. Não somos apartidários, todavia não somosconiventes com aqueles que tentam usar nosso sin-dicato para fins políticos partidários. E agora, éNatal. Então, é tempo de pensar no princípio daigualdade pregada pelo sistema, e torcer para queela se efetive de fato. Precisamos que as alegriasdo Natal perpassem os ideais políticos e façamcom que as autoridades entendam que dignidadese faz com qualidade no trabalho. Que entendamtambém que nossa luta é justa e perpassa as di-

mensões de qualquer enten-dimento político. Que per-cebam que temos em nos-sas mãos o destino de mi-lhões de crianças e jovensconfrontados com os pro-blemas da adolescência,conflitos familiares e a in-decisão diante da fragilida-de do mundo conturbado em

que vivemos. Que esse tempo de reflexão tragaluz àqueles que não perceberam que precisamoscontinuar a nossa luta, pois nossa luta não é sópor melhores salários, mas também por melhorqualidade de ensino, investimentos na educaçãoe, somente quem é professor, é capaz de colocarseus interesses de lado e fornecer a esses jovensmeios reais para refletirem sobre suas perspecti-vas e assim buscarem conscientemente seu espa-

ço para se adaptarem às exigências do mundomoderno. Somente a Educação pode fazer isso.Não será uma meia dúzia de oportunistas quevão desviar o foco de nossos objetivos. Elesquerem o Poder? Que arrumem outro meio deconsegui-lo através de outros canais, ao exem-plo do Mestre dos mestres que renasce em cadacoração humano e convicto de que só a educa-ção constrói e dignifica, depositamos Nele a es-perança de que, nessa vida finita, infinita é a féque irmana os homens e traz um gole de alegriaa tantos educadores espalhados nesse imensopaís. Que cada professor tenha o seu merecidodescanso e possa, na inquietude do seu ser, dei-xar fluir o anseio de que educar é fazer comoáguia que, ao alçar seu voo rasante, já definiu,com precisão, que horizonte pretende alcançar.E então, FELIZ NATAL, amigo professor e umFELIZ ANO NOVO cheio de saúde e paz.

“Nesses anos de luta,tivemos muitas conquistas,porém a maior conquista

foi manter o sindicatoautônomo”.

“Precisamos que asalegrias do Natal

perpassem os ideaispolíticos e façam com

que as autoridadesentendam que

dignidade se faz comqualidade no trabalho”.

Adenir Segura

6 JORNAL DA REDE Dezembro de 2013 •

A Prefeitura de Barueri pretendia privatizaras escolas maternais. Não podemos concordar queo dinheiro do povo de Barueri seja transferido aentidades ou empresas privadas. Não se podeaceitar que os interesses econômicos dessas em-presas sejam mais importantes que a necessidadepedagógica e o trabalho dos profissionais, queconhecem e valorizam nossas crianças. Um mu-nicípio tão rico como Barueri tem destinado ape-nas o mínimo exigido por lei (25%) do orçamen-to anual do município. Temos ciência de que épossível investir mais e melhor na educação pú-blica de Barueri, respeitando os profissionais quetrabalham na educação desta cidade. As vagas nasmaternais e na educação infantil estão abaixo donecessário para a necessidade da população e ogoverno municipal ao invés de ampliar a rede deatendimento, faz pré-inscrição para sorteio de vagas.

As funcionárias do município que precisammatricular seus filhos, para trabalhar aqui, lamen-tavelmente não são atendidas também. Essa faltade vagas é “herança” dos governos anteriores, masnão será com privatização que será resolvido essegrave problema. O governo precisa construir no-vas escolas e contratar, através de concurso pú-blico, novos professores para oferecer mais va-gas para a população. Por isso é fundamental au-mentar os investimentos na educação munici-pal. É preciso que o governo e vereadoresmudem o investimento mínimo na educação,dos atuais 25% para 30% do orçamento ga-rantindo recursos para que a população possareceber uma educação pública de qualidade e comservidores concursados.

Se o projeto do governo vingasse e privati-zasse parte da educação veríamos o início de umdesmonte na educação pública de Barueri. Umaporta estaria aberta para a privatização de todasas escolas municipais. Por que privatizar é tãoruim? A privatização é a transferência da propri-edade ou concessão de atividade de responsabi-lidade do estado para os interesses particularesou privados, ou seja, entregar o que é de todospara o controle de alguns. Historicamente, a pri-

TERCEIRIZAÇÃO DASMATERNAIS DE BARUERI

A privatização é a transferência da propriedade ou concessão de atividade de responsabilidade do estado paraos interesses particulares ou privados, ou seja, entregar o que é de todos para o controle de alguns.

vatização cumpre um papel nefasto que é entregaros bens e responsabilidades públicas para em-presas ou grupos, que assumem tal condição me-diante grande possibilidade de lucros. Os gover-nos se utilizam de várias farsas para justificar aentrega de lucros às empresas justificando a ne-cessidade de ajuste das contas públicas. A edu-cação pública não deve ser remendada ou reta-lhada a cada governo que passa, mas pensada eorganizada com o comprometimento e valoriza-ção dos profissionais da educação. Os profissio-nais da educação de Barueri são experientes ecompetentes para atender bem as crianças e ado-lescentes de nosso município. Se o governo ti-vesse obtido êxito na privatização, o serviço nãoseria de tão boa qualidade, mesmo porque os sa-lários de seus funcionários estão abaixo dos sa-lários pagos pela prefeitura. Muitas cidades queprivatizaram o ensino infantil sofrem com a pés-sima qualidade dos serviços prestados. Essas pri-

vatizações beneficiam somente os “amigos” dorei e ONGs dos pastores. Uma educação pública,gratuita e de qualidade só pode acontecer commais investimentos e com servidores públicosconcursados. O SIPROEM sempre foi contra qual-quer tipo de privatização do ensino público, aocontrário de pessoas inescrupulosas que tentamimputar a esse sindicato a responsabilidade pelaprivatização. Por outro lado, os profissionais quetrabalham nessas escolas são representados pelosindicato do patrão que deve defender os inte-resses de seus representados. Afinal, foi o SIND-SERV que reivindicou o direito de representaresses profissionais. É claro que as lideres domovimento sucumbiram à tentação do governo econseguiram um cargo na atual administração.Felizmente a Justiça não é tão cega e impediu quea prefeitura privatizasse o ensino infantil. Maisuma vez prevaleceu o bom senso e o direito dapopulação de Barueri.

7 JORNAL DA REDEDezembro de 2013 •

Na tentativa desesperada de acabar com as ma-nifestações dos professores em Barueri, o prefei-to Gil Arantes, juntamente com o sindicato da pre-feitura (SINDSERV) fechou um acordo de reajus-te salarial de 10,25% para o ano de 2014. O SI-PROEM reivindicava 12% para o ano de 2013.Sob a alegação de que o governo anterior nãopreviu esse aumento no orçamento e por nãoter argumento que convencesse os professo-res de que não poderia dar tal aumento, o pre-feito articulou, juntamente com o presidentedo SINDSERV, Eduardo Assarito, uma forma dedesmobilizar os professores em luta. Não foi sur-presa quando a imprensa publicou esse acordo,inclusive com fotos do encontro entre a diretoriado SINDSERV e o prefeito. Segundo informações

AUMENTO PARCELADOIGUAL NAS CASAS BAHIA

to implantou o mesmo sistema das CasasBahia, parcelando o aumento dos professo-res à perder de vista. Isso não é de se admi-rar pelo que conhecemos . Oportunistas oSINDSERVse aproveitou do momento para seaproximar do prefeito que, sem conseguir ad-ministrar a crise, recorreu aos serviços dosenhor Eduardo Assarito . É assim que funci-ona a política em Barueri. Um sindicato queprega que o servidor de Barueri pode contarcom um sindicato forte, aparece do lado dopatrão sem nenhum pudor acabando com asesperanças dos trabalhadores da Educaçãoque estavam em luta. Quanto custou esse “fa-vorzinho” ?. O SIPROEM vai buscar na Justi-ça o reajuste devido desse ano.

a segunda parcela do aumento para 2014 virásomente no mês de março, e a outro sabe-selá quando virá, ou seja, parece que o prefei-

Devido a paralisação dos professores o Se-cretário da Educação, Jaques Munhoz (o vai cu-rintia) está injustificando as faltas daqueles queparticiparam das manifestações chamada por essesindicato. Não bastasse a omissão do secretáriofrente as reivindicações dos professores, agoraele tenta prejudicar os colegas que exerceram oseu direito de manifestação. O mesmo ocorre naFIEB em que o ex vereador Agnério usa da mes-ma prática. Logo o seu Agnério que até poucotempo atrás levantava a bandeira do PT em defe-sa dos direitos dos trabalhadores. Como se vê amáscara finalmente caiu, pois além de mudar delado até mesmo a ideologia que ele pregava foiesquecida em troca de algum poder. Poder essepassageiro, porque ele dificilmente permanecerá

FACES DA MESMA MOEDAno cargo tendo em vista a forte reação dos pro-fessores da FIEB. Não é à toa que ele não foibem vindo na FIEB, pois as reclamações contraesse senhor são muitas devido a arrogância e afalta de tato com que administra aquela entidade.Para se ter ideia da incompetência desse indivi-duo, ele tenta prejudicar os professores mais an-tigos da FIEB na atribuição. Ao invés de fazeruma atribuição geral para colocar a casa em or-dem, ele faz uma atribuição nas unidades privile-giando aqueles que tem menos tempo, ou seja,faça o que eu falo e não leve em consideração oque eu faço. Pelo menos o povo não vai sofrernas mãos do senhor Agnério, pois ele não enganamais ninguém. Já imaginou se ele tivesse sidoeleito a prefeito? Deus nos livre!

FALTAS INJUSTIFICADASREQUERIMENTO NO SITE DO SINDICATO

O SIPROEM está visitando escolas e entregando para os professores modelo do requerimento que depois de preenchido deve ser enviado para asede do sindicato que fará o protocolo na Secretaria da Educação. As escolas que não foram visitadas e não receberam o modelo do requerimentopoderão obtê-lo através do site www.siproem.com.br. O documento deve ser preenchido e enviado ao SIPROEM para providências.

8 JORNAL DA REDE Dezembro de 2013 •

Em 2014, O SIPROEM impetrará ações para a revisão do FGTS.Essas ações visam o recebimento das diferenças que não foramdepositadas em nossas contas nos diversos planos econômicosanteriores. As ações serão individuais, uma vez que os cálculosvariam com o salário recebido ao longo do tempo, não cabendo,nesse caso ação coletiva. Os interessados deverão procurar osindicato, através do telefone 4201-1539, para agendar com odepartamento jurídico e encaminhar a documentação necessária.

REVISÃO DO FGTS Acesse o Site ou Face do SIPROEM e fique atualizadocom os acontecimentos da nossa categoria.

www.siproem.com.br

- Reposição salarial de 2014 sem parcelamento- Plano de Carreira- Banco de Horas- Mudança na nomenclatura dos cargos de coordenador e orientador para serem enquadrados no artigo 61 da LDB- Inclusão das assistentes de maternais e pajens no Estatuto de Magistério para enquadramento na Lei 11494/07.- Reposição das perdas salariais- Desligamento dos diretores sem pedagogia- Eleição para diretores de escola, coordenadores, orientadores educacionais.- Revisão da pontuação de todos os professores da FIEB- Faltas abonadas- Fim do assédio moral- Normatização do dia de folga para os aniversariantes dos meses de janeiro, julho e dezembro, conforme Lei 277/11- Aposentadoria especial junto ao IPRESB.- Abertura de processo para a revisão do FGTS.

O SIPROEM já elaborou a bandeira de luta para o anode 2014. Dentre elas ficaram elencadas aqueles itens queforam aprovados na assembleia de 10 de agosto de 2013,inclusive o reajuste de 2013 que está sendo reivindicadona Justiça.