ano xvi - nº 19 - maio de 2013 É tempo de festa!€¦ · dores do indaiá, cidade pequenina que...

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INFORMATI VO ADI - AS SOCIAÇÃO DE AMI GOS DE DO RES DO IN DAIÁ ANO XVI - Nº 19 - MAIO DE 2013 d i a associação de ami gos de Dores do Indaiá Dorenses já homenageados pela ADI 1998 - Oswaldo Araújo e Emílio Moura 1999 - Waldemar de Almeida Barbosa e Luiz Melgaço 2000 - João Chagas de Faria (Dr. Di) e José Ribeiro Machado 2001 - Maria do Carmo S. Gouthier (Carminha Gouthier) e Edgard Pinto Fiúza 2002 - Jesuína Francisca de Jesus, Maria Aparecida França Teles e Francisco Luís da Silva Campos (Chico Ciência) 2003 - Alexandre Lacerda Filho, Hugo de Sousa Araújo e Emídio Teles de Carvalho Filho (Emidinho) 2004 - Tiburtino José da Silva (Tininho) e Marcondes Franco da Silva 2005 - Carlos Augusto Melo e Silva, Josué Chagas e Amadeu Brasileiro dos Santos 2006 - José de Oliveira Carvalho, Mário de Oliveira Carvalho, Branca Caetano Guimarães, Ivany Chagas Coutinho e Nilce Pontes. 2007 - Antônio Lalau de Carvalho, Dácio Chagas de Faria, Kielder Wagner Lopes Cançado e Nilo Peçanha de Araújo. 2008 - Belmiro Teles de Carvalho, Bolívar Lamounier, Juscelino Pinto da Cunha e Maria da Conceição Silva (Irmã Teresa) 2010 - Fábio Nelson Fiúza, Mário Carneiro e Rosalva Oliveira Bernardes. 2011 - Augusto de Mello Netto José Fiúza de Lacerda Wagner de Castro BELO HORIZONTE NILCE PONTES: Tel: (31) 9656-1536 VERA: Tel: (31) 8799-3718 LEITURA PÁTIO: Av. do Contorno, nr. 6061 Loja 235 LEITURA SHOPPING CIDADE: Rua Rio de Janeiro nr. 910 CONTAGEM LEITURA BIG SHOPPING: Av. João César de Oliveira nr 1275 Loja 250 LEITURA ITAÚ SHOPPING: Av. General David Sarnof, 5160 Loja 67 DORES DO INDAÍA BAR DA REGINA Onde adquirir o seu Ingresso: Convite A Associação de Amigos de Dores do Indaiá - ADI convida você, familiares e amigos para a grande CONFRATERNIZAÇÃO ANUAL DE 2013 DATA/HORA: 15 de junho de 2013, de 21h as 3h LOCAL: Círculo Militar - Av. Raja Gabáglia, 350 - Gutierrez Bufet: Tereza Cavalcanti BANDA: Conexsom HOMENAGEADOS: Haroldo de Oliveira Lopes João de Souza Tonaco Maria Helena Fiúza Guimarães (D. Heleninha) Ronaldo Salviano de Araújo Kattah Sou um dos 11 filhos de Geraldo Gontijo de Faria e Yone Guimarães de Faria. Meu pai sempre foi fazendeiro, e era co- nhecido como Dico do Marcondes. Meus avós paternos são Marcondes de Souza Faria e Veraldina Gontijo de Faria (Dona Mulatinha). Meu avô também sem- pre foi fazendeiro. Meus avós maternos são: Antônio Caetano da Silva Guimarães Junior (Tonico Caetano ) e Maria Rita de Faria Guimarães. Meu avô Tonico Caetano foi um grande poeta, deixan- do-nos um livro muito bonito, Paisagens de Nossa Terra, de gran- de valor histórico, onde conta em versos, um pouco da história de Dores do Indaiá, cidade pequenina que despertava para o futuro. Morei também na Fazenda Santarém, de onde guardo muitas lem- branças. Os melhores anos de minha vida passei em Dores. Mas, o mundo nos leva para outros caminhos, e numa fria manhã de ju- lho deixei Dores. Começava ali uma nova vida, um novo mundo, uma outra história. Deixei Dores aos 18 anos, em busca de meus sonhos. Nunca esqueci minha querida cidade. Fui para São Paulo, onde morei por oito anos, trabalhando na firma Indústria Romi S.A. Deixei São Paulo e me mudei para Belo Horizonte, ingressando na firma Cia. Siderúrgica Mannesmann, onde me aposentei. Quis o destino que eu chegasse à presidência da Associação dos Amigos de Dores do Indaiá – ADI, eleito para o biênio 2012/2014, como que um prêmio, pois, de certa forma poderia me aproximar de velhos amigos, conhecer novas pessoas, fazer no- vas amizades, sempre com o espírito voltado para a minha queri- da cidade. Confesso que fiquei muito emocionado e surpreso, e a princípio um pouco temeroso em ocupar o cargo de Presidente, já que a ADI dispõe de inúmeros nomes para ocupar tão honroso cargo. Não é uma tarefa das mais fáceis, mas muito prazerosa. Tudo farei para levar adiante projetos que possam elevar o no- me de nossa querida Dores, fortalecendo ainda mais a ADI com reuniões periódicas, promoção de eventos culturais, artísticos, sem jamais esquecer a festa anual do encontro dos dorenses, que já é uma tradição e não pode morrer. Para tanto, conto com a co- laboração de todos, pois ninguém faz nada sozinho. Um abraço a todos. José Antônio Guimarães de Faria - Presidente Palavra do Presidente É tempo de festa! É tempo de festa! A alegria está no ar, assim como a saudade e a vontade de estarmos juntos. HINO A DORES DO INDAIÁ Letra: Waldemar de Almeida Barbosa Música: Luiz Gonzaga Melgaço No passado longínquo, distante, Boa Vista o arraial se chamou; Inda tem vista bela e galante, que fascina e sempre encantou. Salve Dores, ó Dores, ó terra de alegria e fé no Senhor! Este povo, na paz ou na guerra, mostra sempre seu grande valor! Indaiá simboliza o sertão, onde Cristo plantou a sua Cruz e o bravo estendeu a nação, na epopéia que glória traduz. Esta bela cidade de Minas, Bem traçada, qual um lindo jardim, tem seus montes e belas campinas, também tem horizontes sem fim. Esta terra feliz tem agora, tem progresso, tem luz e tem flores, tem a benção de Nossa Senhora, Mãe de Deus e Senhora das Dores. Ó Senhora das Dores, Mãe nossa, ajudai este povo tenaz, na cidade, no campo e na roça, pois só quer o progresso e a paz.

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Page 1: ANO XVI - Nº 19 - MAIO DE 2013 É tempo de festa!€¦ · Dores do Indaiá, cidade pequenina que despertava para o futuro. Morei também na Fazenda Santarém, de onde guardo muitas

IN FOR MA T I VO ADI - AS SO CIA ÇÃO DE AMI GOS DE DO RES DO IN DAIÁ

ANO XVI - Nº 19 - MAIO DE 2013

dia as so c ia ção de ami gos de

Do res do In daiá

Dorenses já homenageados

pela ADI

1998 - Oswaldo Araújo e EmílioMoura

1999 - Waldemar de AlmeidaBarbosa e Luiz Melgaço

2000 - João Chagas de Faria(Dr. Di) e José RibeiroMachado

2001 - Maria do Carmo S.Gouthier (CarminhaGouthier) e Edgard PintoFiúza

2002 - Jesuína Francisca deJesus, Maria AparecidaFrança Teles e FranciscoLuís da Silva Campos(Chico Ciência)

2003 - Alexandre Lacerda Filho,Hugo de Sousa Araújo eEmídio Teles de CarvalhoFilho (Emidinho)

2004 - Tiburtino José da Silva(Tininho) e MarcondesFranco da Silva

2005 - Carlos Augusto Melo eSilva, Josué Chagas eAmadeu Brasileiro dosSantos

2006 - José de OliveiraCarvalho, Mário deOliveira Carvalho,Branca CaetanoGuimarães, IvanyChagas Coutinho e NilcePontes.

2007 - Antônio Lalau deCarvalho, Dácio Chagasde Faria, Kielder WagnerLopes Cançado e NiloPeçanha de Araújo.

2008 - Belmiro Teles deCarvalho, BolívarLamounier, JuscelinoPinto da Cunha e Mariada Conceição Silva (IrmãTeresa)

2010 - Fábio Nelson Fiúza,Mário Carneiro eRosalva OliveiraBernardes.

2011 - Augusto de Mello NettoJosé Fiúza de LacerdaWagner de Castro

BELO HORIZONTE

NILCE PONTES: Tel: (31) 9656-1536VERA:Tel: (31) 8799-3718

LEITURA PÁTIO:Av. do Contorno, nr. 6061Loja 235 LEITURA SHOPPING CIDADE: Rua Rio de Janeiro nr. 910

CONTAGEM

LEITURA BIG SHOPPING:Av. João César de Oliveira nr 1275Loja 250LEITURA ITAÚ SHOPPING:Av. General David Sarnof, 5160Loja 67

DORES DO INDAÍA

BAR DA REGINA

On de ad qui rir o seu In gres so:

ConviteA Associação de Amigos de Dores

do Indaiá - ADI convida você, familiarese amigos para a grande

CONFRATERNIZAÇÃO ANUAL DE 2013DATA/HORA: 15 de junho de 2013, de 21h as 3hLOCAL: Círculo Militar - Av. Raja Gabáglia, 350 - GutierrezBufet: Tereza CavalcantiBANDA: ConexsomHOMENAGEADOS: Haroldo de Oliveira LopesJoão de Souza TonacoMaria Helena Fiúza Guimarães (D. Heleninha)Ronaldo Salviano de Araújo Kattah

Sou um dos 11 filhos de Geraldo Gontijode Faria e Yone Guimarães de Faria.

Meu pai sempre foi fazendeiro, e era co-nhecido como Dico do Marcondes.

Meus avós paternos são Marcondes deSouza Faria e Veraldina Gontijo de Faria(Dona Mulatinha). Meu avô também sem-

pre foi fazendeiro. Meus avós maternos são: Antônio Caetano daSilva Guimarães Junior (Tonico Caetano ) e Maria Rita de FariaGuimarães. Meu avô Tonico Caetano foi um grande poeta, deixan-do-nos um livro muito bonito, Paisagens de Nossa Terra, de gran-de valor histórico, onde conta em versos, um pouco da história deDores do Indaiá, cidade pequenina que despertava para o futuro.Morei também na Fazenda Santarém, de onde guardo muitas lem-branças. Os melhores anos de minha vida passei em Dores. Mas,o mundo nos leva para outros caminhos, e numa fria manhã de ju-lho deixei Dores. Começava ali uma nova vida, um novo mundo,uma outra história. Deixei Dores aos 18 anos, em busca de meussonhos. Nunca esqueci minha querida cidade. Fui para São Paulo,onde morei por oito anos, trabalhando na firma Indústria Romi S.A.Deixei São Paulo e me mudei para Belo Horizonte, ingressando nafirma Cia. Siderúrgica Mannesmann, onde me aposentei.

Quis o destino que eu chegasse à presidência da Associaçãodos Amigos de Dores do Indaiá – ADI, eleito para o biênio2012/2014, como que um prêmio, pois, de certa forma poderia meaproximar de velhos amigos, conhecer novas pessoas, fazer no-vas amizades, sempre com o espírito voltado para a minha queri-da cidade.

Confesso que fiquei muito emocionado e surpreso, e a princípioum pouco temeroso em ocupar o cargo de Presidente, já que aADI dispõe de inúmeros nomes para ocupar tão honroso cargo.

Não é uma tarefa das mais fáceis, mas muito prazerosa. Tudo farei para levar adiante projetos que possam elevar o no-

me de nossa querida Dores, fortalecendo ainda mais a ADI comreuniões periódicas, promoção de eventos culturais, artísticos,sem jamais esquecer a festa anual do encontro dos dorenses, quejá é uma tradição e não pode morrer. Para tanto, conto com a co-laboração de todos, pois ninguém faz nada sozinho.

Um abraço a todos.José Antônio Guimarães de Faria - Presidente

Palavra do Presidente

É tempo de festa!É tempo de festa!A alegria está no ar, assim como a

saudade e a vontade de estarmos juntos.

HINO A DORES DO INDAIÁLetra: Waldemar de Almeida Barbosa

Música: Luiz Gonzaga Melgaço

No passado longínquo, distante,

Boa Vista o arraial se chamou;

Inda tem vista bela e galante,

que fascina e sempre encantou.

Salve Dores, ó Dores, ó terra

de alegria e fé no Senhor!

Este povo, na paz ou na guerra,

mostra sempre seu grande valor!

Indaiá simboliza o sertão,

onde Cristo plantou a sua Cruz

e o bravo estendeu a nação,

na epopéia que glória traduz.

Esta bela cidade de Minas,

Bem traçada, qual um lindo jardim,

tem seus montes e belas campinas,

também tem horizontes sem fim.

Esta terra feliz tem agora,

tem progresso, tem luz e tem flores,

tem a benção de Nossa Senhora,

Mãe de Deus e Senhora das Dores.

Ó Senhora das Dores, Mãe nossa,

ajudai este povo tenaz,

na cidade, no campo e na roça,

pois só quer o progresso e a paz.

8 MAIO2013 I N F O R M A T I VO A D I - A S S O C I A Ç Ã O D E A M I G O S D E D O R E S D O I N DA I Á

Sorrisos, brindes, é o encontro de dorenses e amigos...

ATIVIDADES DA ASSOCIAÇÃO DOSAMIGOS DE DORES DO INDAIÁ - ADI

Biênio 2012 / 2014Dando prosseguimento aos

eventos promovidos anualmentepela ADI, foram realizados, pelaatual Diretoria, os seguintes:

CONFRATERNIZAÇÃODORENSES E AMIGOS

Dia 30 de Junho de 2012Local - Raja GrillNa noite de sábado de 30 de ju-

nho de 2012, foi realizado, no RajaGrill, o Encontro de Dorenses eAmigos.

Foi uma bela festa, muito con-corrida, ao som de boa música emuita dança.

Naquela oportunidade, CecíliaSá, da Agência Ponte, entregou aopresidente da ADI, José AntônioGuimarães de Faria, 71 folhas deselos personalizados com a marcados 180 Anos da Festa de NossaSenhora do Rosário, São Beneditoe Santa Efigênia de Dores do In-daiá. A ADI foi uma das quatro par-ceiras a aderirem a esta etapa dacampanha.

TALENTOS DORENSES

Dia 27 de Outubro de 2012Local: Teatro Centro Cultural Pio

XII ( Colégio Pio XII )

Procurando inovar, foi realizadano dia 27 de outubro de 2012, noTeatro do Colégio Pio XII, a festaque surpreendeu a todos pela suabeleza, pelo encontro de tantos do-renses. O espetáculo foi a realiza-ção de antigo sonho da ADI queprocurou reunir, prestigiar e incenti-var talentosos dorenses que mo-ram em Dores e em Belo Horizonte.Muita música, dança e poesia. Tive-mos a oportunidade de rever ami-gos e conterrâneos que há muitonão víamos. Muita alegria, muitaemoção.

E desse encontro inédito, nas-ceu um DVD que registrou parasempre essa noite memorável einesquecível.

DORENSES E AMIGOSCONFRATERNIZAÇÃO ANUAL

Será no dia 15 de junho 2013 atão esperada festa, já tradicional,que desta vez será realizada no Cir-culo Militar.

Espero por vocês neste nossonovo encontro.

Abraço a todos

José Antônio Guimarães deFaria - Presidente da Associação

dos Amigos de Dores - ADI

Prestigie nossaquerida cidadeAproveite feriados e festas

30 de maio – Corpus Christi

24 a 28 de julho – Expodores

19 de agosto – Nossa Senhora do Rosário

08 de outubro – Aniversário da cidade

Em 2013Visite Doresdo Indaiá

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2 MAIO2013 I N F O R M A T I VO A D I - A S S O C I A Ç Ã O D E A M I G O S D E D O R E S D O I N DA I Á

DONA HELENINHA

Confesso que hesitei: que tí-tulo dar a este artigo? Mi-nha prima Heleninha? Pro-fessora Heleninha? Ou,simplesmente, Heleninha?

Acabei ficando com o “Dona” – noseu significado etimológico de “donade casa, senhora” – sentido que de-pois se ampliou, como título honoríficopara pessoas de destaque. E não eraassim que Maria Helena Fiúza Guima-rães era por todos conhecida, em nos-sa Dores do Indaiá?

E quem não se lembra da filha doTonico Caetano (o apaixonado e sau-dosista trovador de Dores) e da D. Zo-ca (Maria Rita de Faria Guimarães),sempre elegante, “elegantérrima”, ves-tindo roupas de corte clássico, semdesprezar um que outro detalhe maismoderno, como um lenço ou echarpeem volta do pescoço? Até nas suasaulas ela costumava usar meias finase sapatos de salto alto, imaginem!

A comedida Heleninha normalmen-te não era de dar gargalhadas: apenassorria – e, às vezes, um sorrisozinhomaroto no canto dos lábios... Esse co-medimento explicaria, talvez, sua pre-ferência pela cantora Elisete Cardoso,que tinha um gingado um pouco maisdiscreto...

Foi sempre muito atuante na Paró-quia. Devota de Nossa Senhora doSsmo. Sacramento, pertenceu à asso-ciação das “Filhas de Maria” e tambémàs “Luísas de Marilac”. Nesta linha deatuação solidária, foi uma filha e irmã

exemplar. Adotou como suas as filhasda irmã Terezinha, quando esta fale-ceu, e apoiou também outras pessoasque passavam por momentos de ne-cessidade. Deu até uma grande ajudaao nosso cantor Guto – era sempre apessoa dedicada e disponível. Hoje,aposentada, participa do grupo“Apoio”, que promove bazares benefi-centes, para os quais confecciona bor-dados muito bonitos.

Mas, é evidente que nossa home-nageada se destacou, sobretudo, nocampo profissional. Auxiliar da famosaDiretora da Escola Normal, D. EstherAlves, seguia muito a orientação des-sa educadora, ao ser nomeada paraas cadeiras de Metodologia e de Práti-ca de Ensino, que incluía orientaçãopedagógica às Classes Anexas e àsalunas-mestras que procuravam se-guir o ideal do magistério.

Após fazer com brilhantismo umcurso de especialização do Departa-mento de Aperfeiçoamento de Profes-sores, do então Ministério da Educa-ção e Cultura, foi convidada a traba-lhar neste Ministério, em Belo Horizon-te, para onde se transferiu. Aqui na Ca-pital continua residindo até hoje, com airmã Sílvia, depois de aposentar-se.

Embora domiciliada em Belo Hori-zonte, nunca se esqueceu da EscolaNormal de Dores e de suas queridasClasses Anexas, sempre orientandosuas substitutas, como a D. Branca e aMaria Helena. Assim é que conseguiu,no Léon Renault, vários estágios para

as alunas do curso de magisté-rio dorense.

Portanto, D. Heleninha sur-ge diante de nós como um mo-delo de educadora, daquelas àmoda antiga, de valores e princí-pios, de dedicação e ideal, quenem sempre conseguimosencontrar em nossosdias.

Além domais, solidária,ela sempre es-tá presentenos momen-tos tristes oualegres emque se reúnea comunida-de dorensede Belo Hori-zonte, damesma formaque sempreprestigiou nossas festas de confrater-nização ou de beneficência.

Permitam-me terminar com umapequena evocação: a área dos fundosda Escola Normal, em Dores, tinha vá-rias casuarinas, aquelas árvores que,em vez de folhas, possuem pequenashastes cilíndricas, que produzem umsuave sussurro - que, às vezes, maisparecem um gemido – quando tangi-das pelo vento. Dona Heleninha ama-va essas árvores e quantas vezes cha-mou atenção das pessoas: ‘ – Olhaque beleza das casuarinas! ‘

Eu imagino que nossa homenagea-da passou por Dores e pela nossa co-munidade como esse discreto sussur-ro das casuarinas, que fazem ouvirsua voz, mas sem estridências nembarulhos. É o doce murmúrio produzi-do pela presença dos ventos da ami-zade e da solidariedade, murmúriotranquilo e reconfortante.

José Hipólito de Moura Faria

Hom

enag

eado

s de

20

13

Homenageados de 2011 em clima de confraternização, emoção e alegria.

Cai chuva fininha. Um pássaro preto cantano pé de jatobá.- Faz uma semana que eu te vejo poraqui... Endoidou?- Posso te perguntar a mesma coisa.- Eu tenho vindo toda tarde, faz mais deano.- Por que resolveu prosear comigo hoje?- Prefere não ouvir nem falar nada?- Prefiro. Eu venho aqui pra isso. Passa um homem alto e magro, chapéubranco, vai carregando samburá cheinhode flores. O homem assobia alto. Cai chu-va fininha. Em Dores do Indaiá. - Ei.- Continuo não querendo prosa. - Está bem. Me desculpa. Mas você, vira emexe, aparenta tristeza na alma. - Continuo não querendo prosa, vê se lar-ga a mão de puxar assunto.Inda Indaiá. Carro de boi empacado. E la-

deando o açude vai in-do uma velha. A saiadela é toda de sianinhano trespasse. - Boa tarde.

- Hoje é você que está começando a con-versa.- Eu só disse boa tarde. Não sou mal-edu-cada. Acho melhor passar a te cumpri-mentar. Afinal, a gente está se vendo todatarde. - Toda tarde.- Toda tarde! Dores. As meninas do tio Mário brincamde pular maré na rua Benedito Valadares.Dana a ventar forte.- Ontem você disse que não era mal-edu-cada.- Ah, sim, boa tarde.- Boa tarde.Inda. Outras dores. Uma mulher soca pa-çoca no pilão. Vento nenhum. Nem frio.Nem chuva fininha. Mas o sol teima, o soldemora.- Boa tarde.- Boa tarde.

- Hoje eu trouxe cachecol e não está fa-zendo frio.- Engraçado, não é?- Por que você vem aqui toda tarde?- Posso te perguntar a mesma coisa.No ritmo da mão de pilão, a mulher quesoca paçoca desembesta a cantar alto. Eo sol fica mais renitente ainda.- Senti saudade.- Senti saudade. - Jura que sentiu saudade?- Jura que sentiu saudade? No Morro da Capelinha o primeiro beijo.

Stella Maris RezendeAutora de “A mocinha do Mercado Central”,Globo, e “A guardiã dos segredos de família”,SM,Prêmios Jabuti 2012,Câmara Brasileira do Li-vro.“A mocinha do MercadoCentral” é também ovencedor do Prêmio Ja-buti O Livro do Ano, cate-goria Ficção.

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Diretoria e Conselho da ADIpara o biênio 2012/2014

Presidente: José Antônio Guimarães de FariaVices-presidentes: Fábio das Graças Oliveira Bra-ga, João de Souza Tonaco, José Arinos GuimarãesMachado, José Hipólito de Moura Faria, Ozório JoséAraújo do Couto e Wagner Álvares de Carvalho.Diretoria Administrativa: José Jalba Martins Fariae Roberto Eustáquio de Araújo.Diretoria Cultural: Antônio Augusto de Souza eMárcia Gouthier de Carvalho.Diretoria de Desenvolvimento e Expansão: Jalmi-ra Regina Fiúza de Sousa e Valéria Madureira deOliveira Melo.Diretoria Financeira: Aloísio Mendonça de Lacerdae Geraldo José de Mello. Diretoria Jurídica: José Lino de Faria e Maria ClaretCarneiro Barbosa. Diretoria de Relações Públicas: Antônio CarlosCarvalho Campos e Domingos Carneiro Costa. Diretoria de Secretários: Altina Lúcia Caetano Gui-marães Mello e Vera Maria Motta Machado.Diretoria Social: Nilce Pontes e Sophia BernardesLorenzato.Conselho Consultivo: Presidente – Haroldo de Oli-veira Lopes, vice-presidente – Rosalva de OliveiraBernardes, Carlos Augusto de Melo Silva, Emídio Te-les de Carvalho Filho, Kielder Wagner Lopes Cança-do. Conselho Fiscal: Chester Carlos de Azevedo, Jua-rez de Carvalho Campos, Juarez França Teles, Mô-nica Corrêa, Gustavo Henrique Lopes Cançado,Marcondes Franco da Silva, Padre Henrique deMoura Faria.Conselheiros: Ademar de Barros Rodrigues; AfonsoJosé de Melo; Alcides Silva Júnior; Alda Alvares La-cerda; Amauri Fagundes Faria; Ana Maria de OliveiraLacerda; Angela Maria Faria Lopes; Angela MelgaçoCardoso; Angélica de Carvalho Chagas Vioth; Antô-nio Caetano de Sousa; Antônio Carlos de OliveiraCorrêa; Antônio Celso Beluco; Antonio Dias Carva-lho; Aparecida de Oliveira Galvão; Arnaldo Brasil Fi-lho; Balbina Alves Cardoso; Bolivar Lamounier;Carla de Araújo Faria; Cássia Imaculada Cordo-val; Catarina Silvânia de Oliveira; Cecília deSá Lino Silva; César Machado Ribeiro; Cimar Eus-táquio Marques; Daladier Rodrigues de Alcânta-ra Júnior; Dalila Caetano Lacerda; Danilo Men-donça de Lacerda; Delenda F. Campos; DimasWagner Lamounier; Édna Caetano C. Lacerda; Eliar-do Viana de Queiroz; Eduardo de Lacerda Va-lente; Estanley Falconieri Resende; FabianoRibeiro de Oliveira; Fábio Rogério S. Pereira;Fabrício José Moreira Borges; FernandoBaeta Zebral Vieira; Franquislene Dias Vieira;Genoveva Costa; Giselda de Queiroz Franco; Gus-tavo de Oliveira Lacerda; Gustavo Pinto deMelo; Hamilton Mendonça de Lacerda; Helio Car-neiro Araujo; Henrique Vasconcelos Caetano;Hipólito de Assis Matos; Ivone Maria de Almeida Luz;Jaquelina Sarkis; Jesus Bráulio; João Bosco LucasPereira; João Paulo Chagas Vioth de Magalhães;João Paulo de Noronha; Joaquim Franco; JonasGalvani Faria Pereira; José Antonio Cardoso; JoséEduardo Madureira de Oliveira; Jose Machado Re-sende; Jose Odilon Fonseca; José Orlando Pinto daCunha; José Osvander Fonseca; José OzórioCaetano; Júnia França Teles; Jussara Correa; LaísOliveira Faria; Lindalva Carvalho S. Barros; LucasFlávio de Camargos Souza; Luiz Carlos TelesCorrea; Luiz Gonzaga Costa; Márcio Alves Vascon-celos; Marcio Caetano Cruz; Marcos Paulo da Sil-va; Maria Augusta Alcantara Borges; Maria Auxilia-dora de Souza Pereira; Maria Terezinha de Melo Sil-va Vieira; Marilia Fiuza; Marina Caetano GuimaraesPires; Messias José de Sousa; Muraí Caetano; My-riam Guimarães Machado Mendes; Moisés Sou-za; Nelson Campos Valente Neto; Olavo Abreu;Olavo Lacerda Ribeiro; Orestes Vaz da Costa Fi-lho; Orlando Abreu; Orlando E Zica Júnior; Osval-do Mateus de Sousa; Paulo Cesar Leite Correa;Paulo Gomes Santiago; Paulo Pinto Morais;Paulo Roberto de Araujo; Raphaela Ignachiti Var-gas; Regina Marcia de Oliveira Dias; Renato Lo-pes Lacerda; Ricardo Arnaldo Malheiros Fiúza; Ri-cardo Giordani Ribeiro; Roberto Reis; RodrigoFranco; Ronaldo Salviano de Araújo Kattah;Ronildo Faria Paixão; Rosaura Zica Costa; SerdileyResende; Sérgio Costa Carvalho; Sergio MauricioMadureira Dias; Sérgio Paulo Silva; Simeão de Oli-veira Neto; Wagner de Castro; Waldemar José deOliveira; Waldir Matos de Assis e Wilson José dosSantos.

PIO DORESMaria

De repente, o salão social do ColégioPIO XII era uma pracinha das Dores do In-daiá...

De repente, uma esquina, que eu co-nheço tanto, estava lá, no PIO XII...

De repente, as ruas, que eu conheçotanto, estavam lá no PIO XII...

De repente, meu povo todo, o povo queeu conheço tanto, estava lá no PIO XII...

E meu coração confundiu tudo: a almade Dores do Indaiá se mudara para o Tea-tro do PIO XII...

O mundo da alma é mágico, é telúrico enós – os de cá - embarcamos em suas ma-nhas, em suas feitiçarias...

Não há de ver que o Teatro cantava coma voz e o mesmo carisma do Osvaldo daSinhá do Grilo, mas com outro rosto? Ah, orosto era de dois filhos lindos, Guto e Luci-nha...

Daqui de minha casa, sem sair das Do-res, eu vi e ouvi a Dª Dayse Gouthier, a pro-fessora inesquecível, recitando (ainda exis-te esta palavra?) as poesias do Zezé Ma-chado, que batia palmas na plateia - pelasmãos e com o rosto de sua filha, a nossaHelena/Lelena?

Ah, a Dª Dayse já recita para os anjos?Quem falou isso? Eu a vi, com uma roupalinda, encantando o Teatro do PIO XII...-

- Uai, então era a Márcia, sua filha? - Jesus, jurei que era a professorinha

daqui, a Dayse do Zezé do Gustavo, jureique era...

- Deus meu, o que o Tonico Caetano foifazer lá no PIO XII, gente?

- Tudo bem, o jeitão, era do MarcondesFaria, do Dico do Marcondes... Mas a leve-za da alma, ah, essa era da Yone e do To-nico Caetano, claro que era! Não era ne-nhum deles, era o José Antônio - o Presi-dente - a mágica de misturas atemporais...

- Uai, e o Zé Lino, o Dr. Tampinha – des-culpe, eu misturo tudo - agora deu pra tocarpiano, sem a barba branca e com cara democinho? Não entendo mais nada: penseique era o filho dele... Depois, pensei queera o poeta do meu tempo de Festivais -

aqui na Terra Azul... Tiraram minha dúvida –era mesmo o filho do Dr. Tampinha, o Rami-ro Moreno... Recebeu do pai a fagulha daARTE... (até sua esposa herdou um poucodessa fagulha, pode? Penso que pode, por-que ela deu o maior show ao piano!) Semfalar no dedilhado a quatro mãos, de San-dra e Cristina ... Precisava de QUATROMÃOS DE ARTISTAS, gente? Foi emoçãodemais pro meu pobre coração do Indaiádas Dores...

- Gente, gente, gente... E aquela gracinha de Rosalva, de onde

tirou tanta simpatia, tanto carisma? Eu sei,essa eu mato na hora: quem falava, naque-la “prafrenteza”, naquela prontidão, era oLourival Bernardes, aquele que recitavaNAVIO NEGREIRO ao meio dia, no sol, nachuva, em casa, na rua... naquela panca to-da. A Rosalva é uma Dircinha do Lourival:sorriso de um, olhar do outro, certeza deque, na ARTE, tudo continua, indefinida-mente... Um vento mágico sopra a chama eela reaparece...

De repente, lá estavam todos os MEL-GAÇOS nas mãos encantadas do MauroMorais. O nome dele bem que poderia ser:Mauro MELGAÇO Fiúza de Morais, por-que, vai ser artista lá longe! O piano emsuas mãos fica leve, sai voando, corre mun-do, toca na Europa, canta, dança, encan-ta...nEntende de música como seus longe-vos ancestrais de além-mar...

O nosso Carlinhos da Rádio, aquele me-nino que deu birra por causa de um micro-fone – pensando que era um picolé...- e, atéhoje, acha que o microfone é picolé, tama-nha doçura o acompanha, quando canta...

Claro, alguma fada-madrinha falou,quando ele nasceu: _"Vai, Carlos, vai sercantor nessa vida..."

Um fio mágico teceu sua alma – ele osegue fielmente: onde tem dorenses juntos,lá está ele, o Carlos Roberto Silva...

Até o Oriente estava ali, com nome in-daiazeiro, com família indaiazeira: Dores doIndaiá, com 10 anos de idade, já sabendousar o véu para encantar corações... D. Po-licenaMoemaDanielaCamila: corrente forteessa! A bisavó andava longe pra arrumar

um teatro, adorava uma selva no palco,com as índias mais bonitas da região: De-lenda, Moema ...

Outras vezes, transformava nossas me-ninas em BONECAS VIVAS... (minha filhaAltina Lúcia foi uma de suas bonecas, ao la-do de Alzirinha, Simone, Cidinha, Raquel,Zinha...)

Antigamente, muitos ciganos vinhambeber da água da Fonte-do-Povo aqui nasGerais – a Praça Prof. Waldemar de Almei-da Barbosa era Praça São Vicente. Nomeque ninguém falava – o povo logo a batizouPRAÇA DOS CIGANOS... Emílio Moura – opoeta – relembra esse tempo bonito emseu poema à cidade azul...

Certamente, algum passarinho contouisso por aí: o Grupo LUNA GUAPA, DayanaKeny e Pablo, certamente, também bebe-ram da água da Fonte-do-Povo... - A Praçaantiga e os ciganos voltaram, com suastendas, suas cartas de baralho, suas dan-ças e encantamento. Partiam sempre, dei-xavam suspiros e saudades, sempre... De-pois, voltavam, como agora, porque foramenfeitiçados pela água e pela cidade e por-que a Praça dos Ciganos já lhes perten-cia...

- Ah, ADI! Eu sei que a ARTE é uma cha-ma à espera de artistas: a essência da his-tória de um povo é tecida com danças, poe-sias, livros e palavras...

Eu sei que todo teatro tem coxia, tembastidores, que muita gente precisa estar láatrás – estando à frente...

Emidinhos e Nilces, Marcondes e Clare-tes, estavam lá, nas coxias, nos bastidores,soprando as chamas e as fagulhas da His-tória de Dores do Indaiá...

De repente, o Pio XII era um PIO DO-RES, com gosto de manga doce de leite,com cheiro de poeira vermelha... Com aSanta Azul abençoando nossa terra... Comas cores da Congada, com a ARTE des-cendo do mundo mágico para enfeitar o tra-balho "desse povo tenaz, na cidade, nocampo e na roça, pois só quer o progressoe a paz."

Dores do Indaiá, 12/12/12.

Dorenses... Arte – Talento – Emoção...

Em nosso inesquecível encontro “TalentosDorenses” realizado em 27 de outubro de 2012,no Teatro do Colégio Pio XII, em Belo Horizonte,tivemos a valiosa participação dos talentosos ar-tistas dorenses:

Mauro Fiúza Morais – Grupo “Luna Guapa” –Márcia Gouthier de Carvalho – Antônio Augustode Sousa “Guto” – Lúcia de Sousa “Lucinha” –Camila Theodoro de Menezes – Carlos RobertoSilva “Carlinhos” – Cristina Guimarães - SandraCosta Almeida de Lino Faria – José Lino de Faria– Ramiro Moreno Amorim Gontijo de Lino Faria –Dayana Keny Xavier

Foi um encontro regado a música clássica,música popular brasileira, música sertaneja, dan-ça e poesias, onde artistas e platéia se interagi-ram e... aplauso, emoção e sorrisos de alegria.

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Um dos nomes escolhidos como home-nageado na Festa de Confraternização daADI - Associação dos Amigos de Dores do In-daiá deste ano foi RONALDO SALVIANO DEARAÚJO.

Nome grande e pomposoque se torna grandiosoquando acrescidode um apelido carinhoso.CATATAU.

Catatau, com o passar do tempo e o em-prego da numerologia ficou mais sofisticadoe incorporou-se ao nome e à pessoa. Surgiuentão o KATTAH. Isto mesmo, com K no iní-cio, dois Ts no meio e H no final.

Porém para facilitar, vou usar o Kata comK, porque soa como sempre o chamei desdea infância e não complica na hora de escre-ver.

Seu alcunha, segundo informação domesmo, foi colocado por uma filha do Sr.Ageu que morava na Rua Capitão Amaro noBuracão (hoje Bairro São Sebastião), lá pe-los idos de 1960. (muito antes de surgir o Ca-tatau, amigo do Zé Colméia.)

Catatau significa “Pessoa de pequena es-tatura, miudinha”.

Será por quê? Mas também significa “Pessoa charmosa,

amável e expressiva, muito criativa e um tan-to curiosa”.

Acertou também.Ronaldo, filho de D. Rosa e Sr. Sebastião

Salviano de saudosas memórias, nasceu emQuartel Geral que na época pertencia à Co-marca de Dores do Indaiá, o que lhe concedea cidadania e o título de um legítimo dorenseda gema com todas as características e sin-gularidades.

É o bendito fruto entre as mulheres, suasirmãs: Maria de Lourdes, Darcy, Eunice, Per-pétua (esposa do meu grande amigo João deMelo que viajou fora do combinado) e Rosau-ra. É pai de Felipe, Paula e Raquel.

Amigo só dos amigos porque não tem enunca teve inimigos.

Estudou e formou-se em 1963 no nossoquerido Ginásio Cornélio Caetano ainda noprédio do Grupo Dr. Zacarias e depois na Ca-sa do Sr. Hugo, berço de formação de umatalentosa e vitoriosa geração, graças ao em-penho de professores como Djalma Melgaço,D. Dora Pinto, D. Adalmar, Dr. RaimundinhoAzevedo, Prof. João Batista, Luís Assunção,Ivone Zica, Dr. Augusto Melo e tantos outrose a intensa dedicação de Hugo de SousaAraújo.

Nesse mesmo ano, juntamente com osamigos Emidinho Teles, Lúcio Teles, Augustodo Mozart da Farmácia, Antônio Alberto Ba-

naneira, Zé Maria Canela e outros, fundarame dirigiram o CNG - Clube Nova Geração,que com o apoio do Padre Jayme, naquelesanos de chumbo, desenvolveram trabalhosde conscientização política de grande impor-tância para o desenvolvimento da juventudedorense daquela época e que repercute atéhoje.

Sempre ligado às letras e às artes, Katainiciou sua carreira de jornalista amador em1969 colaborando com a famosa Coluna Mi-ni-Notas fundada por Roberto do Nilo e Car-linhos do Gil no jornal “O Liberal” de Nilo Pe-çanha, fato que contribuiu para que fosseconvidado pelo saudoso amigo Corsino Joséda Silva para substituí-lo como correspon-dente do jornal ”Estado de Minas” desde1994, divulgando tudo sobre Dores e a socie-dade dorense, o que ainda faz até hoje, inclu-sive no jornal “O Tempo” onde goza de gran-de prestígio.

Em 1970, fundou o conjunto “Som 2001”muito antes do filme “2001 - Uma odisseia noEspaço”, com os amigos Ronaldo Lacerda(empresário), Mirtão na bateria, Bananeira,Rafael do INPS, Helíneo da Cemig nas gui-tarras, José Ferreira (filho do Zé da Guiomar)nos teclados e seu irmão Ardisson no contra-baixo, ele, Kata, na voz e eu, José Lino, dan-do canja como cantor, quando visitava Doresem ocasiões festivas. Foi o grande sucessoda Churrascaria Central e do Indaiá Clubenos anos 70.

Em 1971, idealizou e realizou o 1º Festi-val de Música de Dores do Indaiá, no palcodo Cine Indaiá, que teve como vencedoresJosé Lino e Torres Homem Vaz. Em 1972, foivencedor com a música “Por um mundo me-lhor” interpretada por Paulo Coelho junta-mente com José Lino com a música “Morroda Capelinha”. Foi um grande show com tor-cida organizada gritando e agitando cartazes,no auditório lotado como só se via nos filmesdo Mazzaropi.

Kata ficou tão entusiasmado com o festi-val que foi comemorar com os amigos, noBar do Zé Preto. Depois de tomar umas e ou-tras (coisa que já não faz mais), cantou a mú-sica “Amada Amante” de Roberto Carlos ape-nas 28 vezes seguidamente, ostentando ebalançando sua vasta cabeleira “a La RoniVon”. É verdade!... Kata foi um dos precurso-res dos cabeludos em Dores. Era a moda.Eram os modelos. Bons tempos. Bons e idoscabelos.

Em 1973, participou ativamente daUNESDI - União dos Estudantes do EnsinoSecundário de Dores do Indaiá e juntamentecom o Edson (irmão do Paulo Cassuaba) eEliana Agnelo, montaram no palco do CineIndaiá uma peça teatral de sua autoria intitu-lada “Juventude e Esperança” contando no

elenco com os ato-res Moacir (irmãodo Bite), Bananei-ra, Arlene do ZéBasílio (Toró irmãda Coruja) e Se-nhorinha Catita,que foi um gran-de sucesso.

Além de poe-ta, jornalista,cantor, composi-tor, homem demuita fé, nossoamigo Katatambém foidesportista ten-do jogado noJuvenil do Do-rense FutebolClube na épocade grandes craques.

Além de tantas atividades artísticas, Ro-naldo Salviano de Araújo dedicou-se à famíliaaos amigos e ao trabalho. Começou sua tra-jetória profissional na Caixa Econômica deMinas Gerais onde exerceu, por 28 anos,com dignidade e dedicação, diversas ativida-des, chegando à Gerência, onde permane-ceu até a extinção da mesma. Foi entãotransferido para a Secretaria da Fazenda on-de se aposentou.

Kata, sempre alerta e atento a tudo, quan-do Dores do Indaiá foi, de forma leviana e ir-responsável, atacada por uma jornalista doDiário Popular de São Paulo, saiu em defesade todos os dorenses publicando a realidadedos fatos na coluna “Fale com a Redação” dojornal “Estado de Minas” fato que obrigou ajornalista a desculpar-se publicamente.

Nosso amigo Kata também idealizou e re-digiu, juntamente com o Dr. Alaor CamposFiúza, o “Requerimento Conjunto” endereça-do ao Governador do Estado reivindicando ainstalação de uma unidade da Universidadedo Estado de Minas Gerais ou do Instituto Fe-deral de Ciência e Tecnologia em Dores. Estedocumento assinado pelo Prefeito (Dr. Joa-quim Cruz), Secretária Municipal de Educa-ção (Janaína Mendonça Ferreira), e pelospresidentes da Câmara Municipal (Dr. Sósthe-ne Morais), Clube Regional da Agropecuária(Amaury Fagundes Faria), COMADI (Dr. Ama-deu Brasileiro dos Santos), Lions (Sérgio Ge-raldo de Oliveira), Loja Maçonica (Paulo Cé-sar Pinto Ribeiro), OAB (Dra. Susicley Mara V.S. Paulucci), Sindicato Rural (Dr. Tarley San-tos), SADI – Sociedade dos Amigos de Dores(Maria Genoveva Costa), e ADI – Associaçãodos Amigos de Dores do Indaiá (Rosalva deOliveira Bernardes), foi protocolado pela ADIjunto ao Governo do Estado em 2009.

- Em 2002, foi agraciado como título "Gente de Expressão" conferido pelajornalista Lourdinha Silva do jornal "O Estadode Minas".

- Em 2003, recebeu o Diploma de MoçãoHonrosa da Câmara de Vereadores de Doresdo Indaiá.

- E, merecidamente recebeu também o tí-tulo de "Dorense Notável" conferido pela SA-DI – Sociedade dos Amigos de Dores do In-daiá no ano de 2008.

Tarefa antagônica essa de escrever sobreRonaldo Kattah.

FÁCIL, por se tratar de um grande amigode infância e adolescência, pessoa popular,transparente com tantos atributos e qualida-des já de conhecimento geral.

DIFÍCIL, pela pouca convivência na faseadulta, o que me privou de conhecer mais afundo o seu mundo de ideias, do qual me so-braram poucos, mas porem valiosos frag-mentos.

Por fim, o meu abraço, desejo de saúde epaz e o reconhecimento de que foi:

3MAIO2013I N F O R M A T I VO A D I - A S S O C I A Ç Ã O D E A M I G O S D E D O R E S D O I N DA I Á

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eado

s de

20

13RONALDO SALVIANODE ARAÚJO KATTAH

ILUMINADA A LEMBRANÇA DE SEU NOME.

MAIS FELIZ A ESCOLHA.

E UMA BRANCA FUMACINHA,

TAMBÉM SURGIU NO MORRO DA CAPELINHA,

O PRESIDENTE JOSÉ ANTÔNIO,

OS VOTOS CONTOU

E O DR. MARCONDES ANUNCIOU:

HAVEMOS KATA.

José Lino de Faria

Tudo bem, eu admito: sou fã incon-dicional do amor. Amo sentir frio na bar-riga, sonhar acordada, pensar se dooutro lado da linha alguém mais pen-sa... e todas essas coisas idiotas que agente adora, como me disse minhaamiga Mandjuras. Amo surpresa, carti-nha romântica, beijo demorado, abraçoapertado, olhares furtivos, sorrisos in-voluntários e músicas que saem dedentro do chuveiro em dias especiais,dias como ontem, hoje ou amanhã, tardes que viram coleções demomentos fantásticos dentro da nossa imaginação. Ter um coraçãoinsaciável pode ser bem complicado, ainda mais quando se vive empleno século XXI, no auge da superficialidade e da banalização dasrelações afetivas. A fila tem que andar, e a gente não tem nem o di-reito de chorar pelo que não deu certo porque são tantas as oportu-nidades, tantos os meios e além de tudo todo mundo hoje em dia étão interessante que deixar de vender o peixão que você é acaba porte excluir de uma rede de partidos imperdíveis. Nunca fui muito boa

com essas coisas quevêm antes do amor, es-sa auto-promoção dis-farçada acompanhadade estratégias de con-quista pré-cozidas, eainda assim acreditoque quando alguns ca-minhos se cruzam, nãohá escapatória. Achoque ninguém deveriase privar de amar direi-to, de dar as cartas semmoderação e sem ex-pectativas, sem medode perder. Enquantovocê espera, flores, sa-bores e dias de sol es-peram por você...

Érika Amâncio

6 MAIO2013 I N F O R M A T I VO A D I - A S S O C I A Ç Ã O D E A M I G O S D E D O R E S D O I N DA I Á

Circuito Turístico Caminhos do Indaiávaloriza potencial regional

OCircuito TurísticoCaminhos do In-daiá, criado em2008, e hoje com-posto por 07 muni-

cípios, tem dado prosseguimen-to em seus trabalhos de plane-jamento e divulgação do poten-cial turístico regional.

Com o objetivo de inserir aregião no cenário turístico esta-dual, o Circuito tem apostado nacultura e nas belas paisagensque os municípios associadosproporcionam.

Recentemente foi lançado oprimeiro guia turístico do Circui-to, onde foram incluídas as prin-cipais empresas ligadas ao se-tor do turismo em Bom Despa-cho, Cedro do Abaeté, Dores doIndaiá, Estrela do Indaiá, Quar-tel Geral, Luz e Santa Rosa daSerra. Este guia visa dar orien-tação ao turista de onde poderse hospedar, alimentar, abaste-

cer e fazer compras em nossaregião.

Além do trabalho de folhete-ria, o Caminhos do Indaiá, temparticipado efetivamente da po-lítica estadual do Turismo, compresença garantida nas princi-pais feiras e eventos do setor,dentre eles o Salão Mineiro deTurismo, que acontece anual-mente mostrando todas as bele-zas das regiões turísticas de Mi-nas Gerais.

Como resultado de nossotrabalho, recebemos junto a SE-TUR-MG a renovação de nossacertificação, que garante a per-manência dos municípios asso-ciados nas politicas publicas es-taduais do Turismo em 2013.

Sendo assim, continuamosfirmes no ideal de que podemoscrescer cada dia mais e tornaressa região num dos principaisdestinos turísticos do nosso Es-tado.

Românticos Anônimos

Presidente atual e ex-presidentes em momentos festivos.

E a festa continua...

(31) [email protected]

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José AntônioGuimarães de Faria

“O circo é, antesde tudo, um espetácu-lo visual. O palhaçofaz tudo seriamente.

Ele não precisa falar e sim fazer graciosos trejei-tos. Sua mímica ingênua sempre consegue fa-zer rir”.

Nos meus tempos de criança e adolescenteem Dores do Indaiá, os circos e parques sempreforam atrações para os adultos e notadamentepara as crianças. Já os ciganos não eram bemvistos pelas crianças, pois causavam certo me-do. Coisas de criança.

Minhas lembranças a principio parecem um

pouco infantis, mas, retratam uma época gosto-sa, muita ingenuidade, diferente do mundo dehoje. Procurei ser o mais fiel possível, ao relata-las, apesar da minha pouca idade naquela épo-ca. São lembranças indeléveis. Muitos e muitosdorenses vão se lembrar e matar saudade. Te-nho certeza.

Por ser uma cidade pequena, Dores era mui-to carente de atrações, festa, diversões.

Toda vez que chegavam circos e parques,era uma festa, uma alegria total. A cidade semovimentava e o comentário era geral.

Eles chegavam sempre precedidos de muitapropaganda no rádio, cartazes, serviços de alto-falantes, etc., e se instalavam, preferencialmen-te, na Praça São Vicente (Praça Professor Wal-demar de Almeida Barbosa), Praça São Sebas-tião (Praça Alexandre Lacerda Filho), Praça Te-nente Zacarias Zica (Praça Abaeté), e numaárea ao lado da Fonte do Povo. As crianças nor-malmente iam acompanhadas dos pais ou al-guém responsável. A exemplo do que acontecianas barraquinhas, também nos circos e parques,em um dado momento, o serviço de alto-falantesanunciava com muita ênfase, criando um climade muita expectativa por parte de todos, a fraseque ficou famosa : “Esta música alguém oferecea alguém e este alguém sabe quem”. Cada umdava um palpite, tentando adivinhar para quemseria a música. Bons tempos aqueles! Umagostosa volta ao passado.

CIRCOS - Dentre outros, os circos que maisvisitavam Dores eram : Circo Bibi, Circo Garciae Circo Irmãos Elias. As atrações eram sempre:Globo da Morte, Trapézio, Equilibristas, Palha-ços, Mágicos, “Animais Ensinados” (Cachorros,elefantes, leões, macacos, zebras, girafas), en-tre outros. Os alegres e engraçados palhaçosmexiam muito com a plateia, principalmente comas crianças e eram, sem dúvida, a maior atra-ção. Eram apresentadas também peças de tea-tro, de que papai tanto gostava. Peças memorá-veis como O Ébrio, A noite tudo encobre, E o céuuniu dois corações, entre outras.

Eu e meus irmãos somente íamos ao circocom o papai. Quando os circos iam embora, dei-

xavam sempre muita saudade.

LEMBRANÇAS - Em nossa casa não haviarádio, e como sempre gostei muito de música, irao circo ou ao parque era oportunidade de ouro.Lá se ouvia de tudo, através dos serviços de al-to-falante: Nélson Gonçalves, Orlando Silva,Ivon Cury, Gilberto Alves, Francisco Carlos, Vi-cente Celestino, Luiz Gonzaga, Anísio Silva,Carlos Galhardo, Francisco Alves, Roberto Silva,Cauby Peixoto, Ângela Maria, Maysa, Dalva deOliveira, Emilinha Borba, Marlene, Nora Ney, To-nico e Tinoco, Alvarenga e Ranchinho, Cascati-nha e Inhana, Libertad Lamarque, Pedro Vargas,Sarita Montiel, Bienvenido Granda, GregórioBarrios, Lucho Gatica, entre outros.

Havia uma musica que tocava sempre noscircos e parques, cantada por um menino e quefazia muito sucesso. Mais tarde, muito mais tar-de, vim saber que se tratava da musica Cançãodo Jornaleiro, e o cantor-mirim era nada maisnada menos que Wanderley Cardoso, que setornou famoso cantor da Jovem Guarda.

Uma das propagandas utilizadas (não sei porqual circo) era anunciando a presença de DelMario, cujo slogan era: “Venham ver e aplaudirDel Mário o grande êmulo de Mazzaropi “. DelMário fazia muito sucesso no rádio. Um grandeartista. O público delirava com ele. Ele era muitoengraçado.

Papai gostava muito de circo, e fez amizadecom o Bibi (do circo do mesmo nome), e quechegou a visitar a Fazenda Santarém, da qualpapai era um dos proprietários. Achei que foiuma honra muito grande para nossa família re-ceber uma pessoa famosa, em nossa casa.

Quando de uma das apresentações (não melembro de qual circo), um dos artistas trajandoterno branco, gravata “borboleta” escura, cabe-los “englostorados”, sapatos de duas cores, can-tou diversas músicas, mas, duas agradaram tan-to que o público pediu bis, diversas vezes. Ape-sar de minha pouca idade, também gostei muito.Anos mais tarde descobri os nomes daquelasinesquecíveis musicas: Canta Maria, de Ari Bar-roso, e Chuá, Chuá, de Pedro de Sá Pereira eAri Machado.

CIRCOS DE TOURADAS - Os circos de tou-radas também chegavam sempre precedidos demuita propaganda.

Mas, o público era mais especifico, e não iamtantas crianças. Havia muitos animais bravos ecausavam certo receio aos pais. Mesmo assim,recebiam um bom público e também movimen-tavam a cidade.

PARQUES DE DIVERSÃO - A meninada éque mais gostava, pois havia muito do que apro-veitar: Roda Gigante, Carrossel, Canoinhas,Gangorra, brincadeiras diversas, e a expectativade ganhar prêmios com jogo de argolas (JogarArgolinhas), Tiro ao Alvo, etc. sem contar com osdoces, picolés, pipocas, pirulitos, balas, etc., queeram vendidos por todo lado, uma verdadeiratentação.

Os parques também deixavam saudadequando iam embora. Não me lembro do nomede nenhum deles.

CIGANOS - Diferentemente dos circos e par-ques, os ciganos surgiam de repente, sem avi-sar.

Instalavam, rapidamente, suas barracas. Ex-punham à venda mercadorias que eles mesmosproduziam: alambiques, tachos e panelas de co-bre, além de brincos, colares, e outras bugigan-gas. Faziam também consertos em panelas, ta-chos, alambiques, etc. Os ciganos causavamcerto medo na meninada, pois, usavam roupasestranhas, alguns dentes de ouro. As ciganascom suas saias compridas, vários colares, tam-bém dentes de ouro, lenços na cabeça, enormesbrincos, muitos anéis, e andavam pela cidade seoferecendo para “ler as mãos”, “ler a sorte”.Quando os ciganos iam embora, a meninadasentia certo alívio. Coisas de criança. Muita inge-nuidade. De qualquer forma os ciganos movi-mentavam a cidade.

Quanta saudade dos circos, parques e por-que não dizer, também, dos ciganos, em nossaDores do Indaiá.

Belo Horizonte, Fevereiro de 2012.

4 MAIO2013 I N F O R M A T I VO A D I - A S S O C I A Ç Ã O D E A M I G O S D E D O R E S D O I N DA I Á

BH Shopping - 2º PisoTel. 3286-2623

Uma das pessoas mais vivas— no sentido latente da pa-lavra — de Dores do Indaiáé João Tonaco de Souza.Não só da ilustrada terra e

amada da Boa Vista, como de toda a re-gião e, notadamente, de Belo Horizonte,a capital das Minas Gerais, que do Cur-ral Del-Rey aclamou a mineiridade nocoração do Brasil.

Filho dos fazendeiros José Gonçal-ves de Souza e de Maria Rita de Souza,João nasceu sob os auspícios da Revo-lução de 1930, em 28 de abril de 1929,que culminaria com o fim da RepúblicaVelha (e continua velha), onde se pro-metia um Brasil novo, nos brilhantes dis-cursos e trabalho do conterrâneo Fran-cisco Campos, ou Chico Campos, o Chi-co Ciências, uma das mais expressivaspersonalidades do solo mineiro.

Matrimônio em 1960 com a ubera-bense Marli Mendes, com quem perma-neceu casado várias décadas e tevetrês filhas, Cláudia, Alexandra e Caroli-ne, e seis netos. Todos residentes emBelo Horizonte.

Terminado o curso ginasial no antigoGinásio Pio X, em 1948, onde depoisfuncionou o Seminário, veio para BeloHorizonte na procura de uma formaçãopara o seu sonho. Estudou nos ColégiosMarconi e Anchieta, formando-se em1951. Vestibular em 1953 nas duas fa-culdades de Medicina que existiam àépoca, a Ciências Médicas (hoje daPUC Minas) e a UFMG, e passou comloas nas duas, graduando-se em 1958na Faculdade de Medicina da UFMG.São, portanto, 54 anos de serviços pres-tados à carreira que lhe deu fama e visi-bilidade. Após dois anos de residência,ingressou na carreira de professor uni-versitário, nomeado professor assisten-te. Concursado, foi promovido a profes-

sor adjunto. Durante 28 anos, como pro-fessor no Departamento de Clínica Mé-dica da UFMG, exerceu também ativida-des administrativas, como a de diretor-superintendente do Hospital das Clíni-cas da UFMG por cinco anos. Foi umtempo dos mais profícuos para este pro-fissional, com especialidade em gas-troenterologia, que não parava e cansa-va de crescer. Também fez pós-gradua-ções em Administração Hospitalar, Pa-tologia Torácica e Patologia Digestiva, efoi médico do INSS e deu assistênciaem várias instituições de saúde. É de-tentor de rico currículo, com participa-ções em congressos, seminários, bol-sas de estudos, palestras, honrarias,etc.

Contando com a colaboração da Or-ganização Pan-Americana de Saúde(OPAS) e da Organização Mundial deSaúde (OMS), implantou no Hospitaldas Clínicas o segundo Centro de Trata-mento Intensivo (CTI) no Brasil. Essefeito marcou a história da Medicina noEstado e foi comentado e comemoradoem todo o Brasil. O CTI do Dr. João To-naco que, orgulhoso e feliz por ter reali-zado um grande feito para a populaçãocarente, era de primeiro mundo. Aliás,quem se deve orgulhar desse feito e dogrande cidadão que ele é, somos nós osmineiros, em especial os dorenses.

A maior parte da clientela do Dr. JoãoTonaco é de Dores do Indaiá, e commuito orgulho. Imaginem, sair da terri-nha naquela época em que se demora-va cerca de 20 horas, dependendo dascondições climáticas, para chegar dejardineira à capital, então uma cidadeprovinciana, bucólica e que progrediacom suas largas avenidas e ruas comtraçado de cidade planejada. E lembrarhoje a falta de planejamento no seucrescimento, pois para uma população

que deveria ser de 200 mil ha-bitantes, pulou para 2 milhõese 500 mil, e 4 milhões na re-gião metropolitana. Cresceudesordenada. As montanhasvão sumindo, os córregospoluídos, o verde é poucopara parcos parques/reser-vas, clima se deteriorando, epor aí vai, mas continua sendoa Belo Horizonte querida do Dr.João Tonaco (e nossa também),que nunca deslembra a cal-maria de Dores do In-daiá, naqueleplatô ines-quecível vistodo Alto da Ca-pelinha, ondeWaldemar deAlmeida Bar-bosa a imorta-lizou, Francis-co Campos a politizou, Emílio Moura eCarminha Gouthier a perfumaram depoesia, Luiz Melgaço a musicalizou, Hu-go Gouthier a diplomatizou, Oswaldo eVicente Araújo a tornaram um centro fi-nanceiro, e hoje Emídio Teles de Carva-lho Filho a tornou Leitura obrigatória nopaís. Dr. João, mestre dorense exem-plar da medicina, adora pegar o cami-nho de casa, hoje pela moderna rodoviaBR 262 até Luz, depois seguindo pelaMG 176.

Dr. João Tonaco uma vez disse aojornal da ADI: “Sempre que chego a Do-res do Indaiá, relembro os meus paisque há muito já se foram, encontromeus irmãos para conversar amenida-des enquanto saboreamos a mais ca-seira e saborosa das comidas, envoltospor uma natureza exuberante. Ainda ho-je me alegra a imagem do gado no pas-to, ou se movimentando no curral.

E como é agradável e relaxante ouviro canto do galo ou bezerros mugindo aolonge. Como é bom poder voltar semprea Dores do Indaiá.” Batalhador dos maisativos da ADI, Tonaco sempre participouda diretoria e é um dos vice-presidentes.

Quantas pessoas este nobre perso-nagem, que é o humanista Dr. João To-naco de Souza, salvou ou cujas doresamenizou, socorrendo-as da melhor for-ma possível, com dedicação, solidarie-dade e amor à profissão.

Apesar de toda pompa nas circuns-tâncias do trabalho e com uma baga-gem da melhor qualidade no currículo eno saber, o médico João Tonaco semprese pautou por ser uma pessoa muitoquerida, agradável, solícita, amiga, tole-rante e, acima de tudo, da maior discri-ção e simplicidade.

Ozório Couto

Hom

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eado

s de

20

13JOÃO DE SOUZA TONACO

CIRCOS, PARQUES E CIGANOS (Em Dores do Indaiá)

Este é o jardim da Escola Normal que foio palco de muitos acontecimentos impor-tantes para a juventude de nós septuage-nários. Aqui, todas noites, reunia uma mul-tidão de jovens para aquele encontro socialque caracterizava as cidades do interior.Aqui se fazia o "footing“, embalado pelasmúsicas românticas emanadas do alto fa-

lante da Rádio Cul-tura. Na alamedacentral, os moçosandavam num sen-tido, as moças nooutro e em cada ro-dada a oportunida-de de ver, duas ve-zes, a nossa pre-tendida! Um olharconspirador era osinal verde! Depoisde confirmada a

sua veracidade, íamos ao encontro denossa conquista, quando passávamospara as laterais do jardim ou íamos pa-ra o "passeio" do Pensionato que fica-va defronte. Nesse lugar, deram iníciomuitos dos casamentos que perpe-tuam através desses anos todos. Muitomais tarde, com a chegada do cinema,

descíamos para ver a programação dessacasa de diversões que, com uma ilumina-ção feérica, deslumbrava a noite dorense,contrastando com a claridade deficienteproporcionada pelo precário sistema de en-tão. Para aí, modificando o antigo hábito, opovo foi transferindo os seus encontros no-turnos. Com o tempo e a chegada da tele-visão tudo foi ficando diferente. O comodis-mo decretou a falência do nosso cinema e,hoje, as noites desertas de nossa cidade seressentem da ausência dessa gente impe-tuosa que, um dia, lhe deu vida e alegria!...

Agora, o viver ganhou novosentido e uma nova históriaestá sendo escrita, históriaditada pela passagem dotempo e pela transformaçãodos costumes.

Paulo Ribeiro de Andrade

Haroldo Oliveira Lopes foi opresidente anterior da nos-sa querida Associação deAmigos de Dores do Indaiá(ADI). Sua gestão foi de alto

valor e teve como diferencial a entradade vez da entidade na era da internet.

Quando eleito presidente e ao tomarposse, Haroldo já começou trabalhandocom afinco e arregaçando as mangas.Jovem na ADI (e também na idade), deuum impulso para valer. Reuniões comcomputador, anotações de tudo, perfildiferenciado das reuniões e do plano deadministração.

Sentimos nas palavras do então jo-vem timoneiro da ADI a expressão con-cordante de que precisaríamos sempreavançar e traçar cada vez mais os laçosque nos une a Dores do Indaiá, em ami-zade afetiva, conciliadora e objetiva pa-ra podermos elevar o nome de nossaqueridíssima Indaiá e seu municípioalém-fronteiras. Elo importantíssimo en-tre os conterrâneos, os conterrâneospor delegação da Câmara e os conter-râneos por afinidade, como eu, honradoe com muito orgulho.

Assim expressou o ex-presidente noseu discurso de posse: “Representar ecomandar uma entidade como a ADI éum prazer para mim e com certeza parameus diretores, estes, escolhidos e se-lecionados como se faz com algo quese quer muita qualidade. Todo Coman-do que assume aquilo que já existe de-seja fazer algo diferente, fazer sempremelhor. No nosso caso, temos o desejode fazer com que a integração existentese torne ainda mais forte, desenvolven-do em cada Cidadão Dorense e Amigoa reflexão sobre manter comunicação erelacionamento, brindando sempre quepossível essa ação por meio de confra-ternizações.”

É gratificante ser amigo de Haroldo esua família, e de ter participado com elee nos trabalhos que puderam ser feitos.Ser amigo fraterno dos amigos de Do-res do Indaiá, numa profusão de fé e decelebração, que nos une ao passadoglorioso, ao presente instigante e ao fu-turo promissor é das mais gratas satis-

fações. Tanto para Haroldo, como paratodos os ex-presidentes, e o atual, JoséAntônio Guimarães de Faria, a luta e aalegria de poder fazer algo por Dores doIndaiá é uma irrequietude só. E o maisbonito é a confiança uns com os outros,a unidade e amizade que nos une. Asdificuldades em cada gestão são sem-pre as mesmas, até falta de compreen-são às vezes vem à tona. Mas tudo seresolve com boa fé, solidariedade e von-tade de fazer e vencer.

Ainda do Haroldo: “Não é fácil man-ter as pessoas em harmonia, prepararformas de entretenimento e encontros,mas a cada esforço nosso temos a cer-teza de que conseguimos experiência,conquistas são atingidas e a alegria tra-zemos ao coração de cada um.”

Como dizia, a ADI entrou de vez namodernidade com a nova criação do sí-tio www.adidoresdoindaia.com.br, obrada gestão (2004-2006) do dr. KílderWagner Lopes Cançado, um incansávelbatalhador, amigo, excelente articuladore advogado. Haroldo revolucionou o sí-tio, tornou a Entidade, a Diretoria, as di-retorias anteriores mais conhecidas edivulgadas, como também nossos asso-ciados e a nossa própria Dores Indaiá,com o charme irresistível de sua histó-ria, sua atualidade e seus personagens,muitos deles famosos e que honraram apatriazinha.

Durante a gestão de Haroldo OliveiraLopes, presidente da ADI de abril de2010 a abril de 2012, entre as principaisrealizações da diretoria citamos: apoioao projeto Andayá (revitalização de pra-ças públicas em Dores); apoio na refor-ma da igreja do Rosário, com doação de100 unidades do livro Horas Mágicas eleilão de uma obra da renomada artistaYara Tupynambá; entrega do Requeri-mento de iniciativa do Ronaldo SilvianoAraújo, o Ronaldo Kattah, assinado porautoridades e associações dorenses aoGoverno do Estado de Minas Gerais,solicitando a implantação de faculdadepública em Dores; a grande festa no Mi-nas Tênis Clube, no dia 29 de maio de2010, cujos homenageados foram o Dr.Fabio Nélson Fiúza, o Mário Carneiro e

a ex-presidente Rosalva deOliveira Bernardes; grandefesta no Minas Tênis Clu-be, no dia 28 de maio de2011, sendo homenagea-dos o Dr. Augusto de MelloNetto, o José Fiúza de La-cerda e o Wagner de Cas-tro, fundador-mor da ADI;fórum de debate: “Todoscontra a Dengue”. Reu-nião de entidades, esco-las, associações, ban-cos, prefeito, secretá-rios, vereadores, sindi-catos e pessoas impor-tantes, que desenca-dearam grandes açõesde combate a epide-mias; festa no Quios-que Grill, “EncontraDores em BH”, no dia28 de novembro de 2009, com JoséLino e Lucas & Gustavo; festa no Quios-que Grill, no dia 5 de novembro de2010: com Salvatore Som & Cia; lança-mento do livro de nossa estimada Bran-ca Caetano Guimarães, Horas Mágicas,uma coletânea de crônicas em parceriacom a editora O Lutador, na Livraria Lei-tura e na Escola Estadual FranciscoCampos, em Dores.

Haroldo de Oliveira Lopes nasceuem Dores do Indaiá no dia 14 de no-vembro de 1973. Filho de Eduardo deOliveira e de Letícia Lopes de Oliveira, éo sétimo de nove filhos. Casou em 2007com Raphaela Ignachiti Vargas e têmduas filhas, Larissa, 5, e Sophia, 1 mês.Estudou nas classes anexas até o 4ºano e na Escola Estadual FranciscoCampos da quinta à oitava. 2º Grau naEscola Municipal Comercial São Luís (ofamoso Comércio onde se formou comoTécnico Contábil.). Veio para Belo Hori-zonte em 1995. Em 1997 ingressou nocurso de Ciências Contábeis na UNA,honrando a tradição de família de conta-dores. Entrou para a Vale em 2001 co-mo estagiário na área contábil, financei-ra em 2004; mudou-se para Governa-dor Valadares em 2005, para o Rio deJaneiro em 2006, e retornou a Belo Ho-

rizonte em 2009.Depois de pós-graduado em Logísti-

ca e Sistema de Transporte, na Valeatua como coordenador da logística detransporte de quinze minas, com extra-ção de minério de ferro e pelota, e ex-portação via navio para diversos países,com destaque para China.

Observação de um colega de traba-lho, líder de processo de extração deminério: “Haroldo demonstra flexibilida-de e criatividade ao ajustar sua ativida-de para satisfazer os objetivos corpora-tivos em evolução. Ao olhar o cenáriocomo um todo, ele identifica futuros pro-blemas e desenvolve planos de contin-gências para resolvê-los. Mesmo sobpressão, Haroldo se mantém com ospés no chão e busca fatos e dados paranão tomar decisões precipitadas. Não éresistente a mudanças. Excelente ou-vinte, tem sido um grande parceiro quese dedica ao trabalho, sempre aberto anovas ideias. Ele chega a se oferecerpara ouvir, sempre buscando métodosdiferentes para atender melhor à maio-ria. Está sempre informado a respeitodas últimas novidades em sua área deatuação.”

Ozório Couto

5MAIO2013I N F O R M A T I VO A D I - A S S O C I A Ç Ã O D E A M I G O S D E D O R E S D O I N DA I Á

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13HAROLDO DE OLIVEIRA LOPES

O Jardim da Escola Normal

Família, amigos, conterrâneos...

Page 5: ANO XVI - Nº 19 - MAIO DE 2013 É tempo de festa!€¦ · Dores do Indaiá, cidade pequenina que despertava para o futuro. Morei também na Fazenda Santarém, de onde guardo muitas

José AntônioGuimarães de Faria

“O circo é, antesde tudo, um espetácu-lo visual. O palhaçofaz tudo seriamente.

Ele não precisa falar e sim fazer graciosos trejei-tos. Sua mímica ingênua sempre consegue fa-zer rir”.

Nos meus tempos de criança e adolescenteem Dores do Indaiá, os circos e parques sempreforam atrações para os adultos e notadamentepara as crianças. Já os ciganos não eram bemvistos pelas crianças, pois causavam certo me-do. Coisas de criança.

Minhas lembranças a principio parecem um

pouco infantis, mas, retratam uma época gosto-sa, muita ingenuidade, diferente do mundo dehoje. Procurei ser o mais fiel possível, ao relata-las, apesar da minha pouca idade naquela épo-ca. São lembranças indeléveis. Muitos e muitosdorenses vão se lembrar e matar saudade. Te-nho certeza.

Por ser uma cidade pequena, Dores era mui-to carente de atrações, festa, diversões.

Toda vez que chegavam circos e parques,era uma festa, uma alegria total. A cidade semovimentava e o comentário era geral.

Eles chegavam sempre precedidos de muitapropaganda no rádio, cartazes, serviços de alto-falantes, etc., e se instalavam, preferencialmen-te, na Praça São Vicente (Praça Professor Wal-demar de Almeida Barbosa), Praça São Sebas-tião (Praça Alexandre Lacerda Filho), Praça Te-nente Zacarias Zica (Praça Abaeté), e numaárea ao lado da Fonte do Povo. As crianças nor-malmente iam acompanhadas dos pais ou al-guém responsável. A exemplo do que acontecianas barraquinhas, também nos circos e parques,em um dado momento, o serviço de alto-falantesanunciava com muita ênfase, criando um climade muita expectativa por parte de todos, a fraseque ficou famosa : “Esta música alguém oferecea alguém e este alguém sabe quem”. Cada umdava um palpite, tentando adivinhar para quemseria a música. Bons tempos aqueles! Umagostosa volta ao passado.

CIRCOS - Dentre outros, os circos que maisvisitavam Dores eram : Circo Bibi, Circo Garciae Circo Irmãos Elias. As atrações eram sempre:Globo da Morte, Trapézio, Equilibristas, Palha-ços, Mágicos, “Animais Ensinados” (Cachorros,elefantes, leões, macacos, zebras, girafas), en-tre outros. Os alegres e engraçados palhaçosmexiam muito com a plateia, principalmente comas crianças e eram, sem dúvida, a maior atra-ção. Eram apresentadas também peças de tea-tro, de que papai tanto gostava. Peças memorá-veis como O Ébrio, A noite tudo encobre, E o céuuniu dois corações, entre outras.

Eu e meus irmãos somente íamos ao circocom o papai. Quando os circos iam embora, dei-

xavam sempre muita saudade.

LEMBRANÇAS - Em nossa casa não haviarádio, e como sempre gostei muito de música, irao circo ou ao parque era oportunidade de ouro.Lá se ouvia de tudo, através dos serviços de al-to-falante: Nélson Gonçalves, Orlando Silva,Ivon Cury, Gilberto Alves, Francisco Carlos, Vi-cente Celestino, Luiz Gonzaga, Anísio Silva,Carlos Galhardo, Francisco Alves, Roberto Silva,Cauby Peixoto, Ângela Maria, Maysa, Dalva deOliveira, Emilinha Borba, Marlene, Nora Ney, To-nico e Tinoco, Alvarenga e Ranchinho, Cascati-nha e Inhana, Libertad Lamarque, Pedro Vargas,Sarita Montiel, Bienvenido Granda, GregórioBarrios, Lucho Gatica, entre outros.

Havia uma musica que tocava sempre noscircos e parques, cantada por um menino e quefazia muito sucesso. Mais tarde, muito mais tar-de, vim saber que se tratava da musica Cançãodo Jornaleiro, e o cantor-mirim era nada maisnada menos que Wanderley Cardoso, que setornou famoso cantor da Jovem Guarda.

Uma das propagandas utilizadas (não sei porqual circo) era anunciando a presença de DelMario, cujo slogan era: “Venham ver e aplaudirDel Mário o grande êmulo de Mazzaropi “. DelMário fazia muito sucesso no rádio. Um grandeartista. O público delirava com ele. Ele era muitoengraçado.

Papai gostava muito de circo, e fez amizadecom o Bibi (do circo do mesmo nome), e quechegou a visitar a Fazenda Santarém, da qualpapai era um dos proprietários. Achei que foiuma honra muito grande para nossa família re-ceber uma pessoa famosa, em nossa casa.

Quando de uma das apresentações (não melembro de qual circo), um dos artistas trajandoterno branco, gravata “borboleta” escura, cabe-los “englostorados”, sapatos de duas cores, can-tou diversas músicas, mas, duas agradaram tan-to que o público pediu bis, diversas vezes. Ape-sar de minha pouca idade, também gostei muito.Anos mais tarde descobri os nomes daquelasinesquecíveis musicas: Canta Maria, de Ari Bar-roso, e Chuá, Chuá, de Pedro de Sá Pereira eAri Machado.

CIRCOS DE TOURADAS - Os circos de tou-radas também chegavam sempre precedidos demuita propaganda.

Mas, o público era mais especifico, e não iamtantas crianças. Havia muitos animais bravos ecausavam certo receio aos pais. Mesmo assim,recebiam um bom público e também movimen-tavam a cidade.

PARQUES DE DIVERSÃO - A meninada éque mais gostava, pois havia muito do que apro-veitar: Roda Gigante, Carrossel, Canoinhas,Gangorra, brincadeiras diversas, e a expectativade ganhar prêmios com jogo de argolas (JogarArgolinhas), Tiro ao Alvo, etc. sem contar com osdoces, picolés, pipocas, pirulitos, balas, etc., queeram vendidos por todo lado, uma verdadeiratentação.

Os parques também deixavam saudadequando iam embora. Não me lembro do nomede nenhum deles.

CIGANOS - Diferentemente dos circos e par-ques, os ciganos surgiam de repente, sem avi-sar.

Instalavam, rapidamente, suas barracas. Ex-punham à venda mercadorias que eles mesmosproduziam: alambiques, tachos e panelas de co-bre, além de brincos, colares, e outras bugigan-gas. Faziam também consertos em panelas, ta-chos, alambiques, etc. Os ciganos causavamcerto medo na meninada, pois, usavam roupasestranhas, alguns dentes de ouro. As ciganascom suas saias compridas, vários colares, tam-bém dentes de ouro, lenços na cabeça, enormesbrincos, muitos anéis, e andavam pela cidade seoferecendo para “ler as mãos”, “ler a sorte”.Quando os ciganos iam embora, a meninadasentia certo alívio. Coisas de criança. Muita inge-nuidade. De qualquer forma os ciganos movi-mentavam a cidade.

Quanta saudade dos circos, parques e por-que não dizer, também, dos ciganos, em nossaDores do Indaiá.

Belo Horizonte, Fevereiro de 2012.

4 MAIO2013 I N F O R M A T I VO A D I - A S S O C I A Ç Ã O D E A M I G O S D E D O R E S D O I N DA I Á

BH Shopping - 2º PisoTel. 3286-2623

Uma das pessoas mais vivas— no sentido latente da pa-lavra — de Dores do Indaiáé João Tonaco de Souza.Não só da ilustrada terra e

amada da Boa Vista, como de toda a re-gião e, notadamente, de Belo Horizonte,a capital das Minas Gerais, que do Cur-ral Del-Rey aclamou a mineiridade nocoração do Brasil.

Filho dos fazendeiros José Gonçal-ves de Souza e de Maria Rita de Souza,João nasceu sob os auspícios da Revo-lução de 1930, em 28 de abril de 1929,que culminaria com o fim da RepúblicaVelha (e continua velha), onde se pro-metia um Brasil novo, nos brilhantes dis-cursos e trabalho do conterrâneo Fran-cisco Campos, ou Chico Campos, o Chi-co Ciências, uma das mais expressivaspersonalidades do solo mineiro.

Matrimônio em 1960 com a ubera-bense Marli Mendes, com quem perma-neceu casado várias décadas e tevetrês filhas, Cláudia, Alexandra e Caroli-ne, e seis netos. Todos residentes emBelo Horizonte.

Terminado o curso ginasial no antigoGinásio Pio X, em 1948, onde depoisfuncionou o Seminário, veio para BeloHorizonte na procura de uma formaçãopara o seu sonho. Estudou nos ColégiosMarconi e Anchieta, formando-se em1951. Vestibular em 1953 nas duas fa-culdades de Medicina que existiam àépoca, a Ciências Médicas (hoje daPUC Minas) e a UFMG, e passou comloas nas duas, graduando-se em 1958na Faculdade de Medicina da UFMG.São, portanto, 54 anos de serviços pres-tados à carreira que lhe deu fama e visi-bilidade. Após dois anos de residência,ingressou na carreira de professor uni-versitário, nomeado professor assisten-te. Concursado, foi promovido a profes-

sor adjunto. Durante 28 anos, como pro-fessor no Departamento de Clínica Mé-dica da UFMG, exerceu também ativida-des administrativas, como a de diretor-superintendente do Hospital das Clíni-cas da UFMG por cinco anos. Foi umtempo dos mais profícuos para este pro-fissional, com especialidade em gas-troenterologia, que não parava e cansa-va de crescer. Também fez pós-gradua-ções em Administração Hospitalar, Pa-tologia Torácica e Patologia Digestiva, efoi médico do INSS e deu assistênciaem várias instituições de saúde. É de-tentor de rico currículo, com participa-ções em congressos, seminários, bol-sas de estudos, palestras, honrarias,etc.

Contando com a colaboração da Or-ganização Pan-Americana de Saúde(OPAS) e da Organização Mundial deSaúde (OMS), implantou no Hospitaldas Clínicas o segundo Centro de Trata-mento Intensivo (CTI) no Brasil. Essefeito marcou a história da Medicina noEstado e foi comentado e comemoradoem todo o Brasil. O CTI do Dr. João To-naco que, orgulhoso e feliz por ter reali-zado um grande feito para a populaçãocarente, era de primeiro mundo. Aliás,quem se deve orgulhar desse feito e dogrande cidadão que ele é, somos nós osmineiros, em especial os dorenses.

A maior parte da clientela do Dr. JoãoTonaco é de Dores do Indaiá, e commuito orgulho. Imaginem, sair da terri-nha naquela época em que se demora-va cerca de 20 horas, dependendo dascondições climáticas, para chegar dejardineira à capital, então uma cidadeprovinciana, bucólica e que progrediacom suas largas avenidas e ruas comtraçado de cidade planejada. E lembrarhoje a falta de planejamento no seucrescimento, pois para uma população

que deveria ser de 200 mil ha-bitantes, pulou para 2 milhõese 500 mil, e 4 milhões na re-gião metropolitana. Cresceudesordenada. As montanhasvão sumindo, os córregospoluídos, o verde é poucopara parcos parques/reser-vas, clima se deteriorando, epor aí vai, mas continua sendoa Belo Horizonte querida do Dr.João Tonaco (e nossa também),que nunca deslembra a cal-maria de Dores do In-daiá, naqueleplatô ines-quecível vistodo Alto da Ca-pelinha, ondeWaldemar deAlmeida Bar-bosa a imorta-lizou, Francis-co Campos a politizou, Emílio Moura eCarminha Gouthier a perfumaram depoesia, Luiz Melgaço a musicalizou, Hu-go Gouthier a diplomatizou, Oswaldo eVicente Araújo a tornaram um centro fi-nanceiro, e hoje Emídio Teles de Carva-lho Filho a tornou Leitura obrigatória nopaís. Dr. João, mestre dorense exem-plar da medicina, adora pegar o cami-nho de casa, hoje pela moderna rodoviaBR 262 até Luz, depois seguindo pelaMG 176.

Dr. João Tonaco uma vez disse aojornal da ADI: “Sempre que chego a Do-res do Indaiá, relembro os meus paisque há muito já se foram, encontromeus irmãos para conversar amenida-des enquanto saboreamos a mais ca-seira e saborosa das comidas, envoltospor uma natureza exuberante. Ainda ho-je me alegra a imagem do gado no pas-to, ou se movimentando no curral.

E como é agradável e relaxante ouviro canto do galo ou bezerros mugindo aolonge. Como é bom poder voltar semprea Dores do Indaiá.” Batalhador dos maisativos da ADI, Tonaco sempre participouda diretoria e é um dos vice-presidentes.

Quantas pessoas este nobre perso-nagem, que é o humanista Dr. João To-naco de Souza, salvou ou cujas doresamenizou, socorrendo-as da melhor for-ma possível, com dedicação, solidarie-dade e amor à profissão.

Apesar de toda pompa nas circuns-tâncias do trabalho e com uma baga-gem da melhor qualidade no currículo eno saber, o médico João Tonaco semprese pautou por ser uma pessoa muitoquerida, agradável, solícita, amiga, tole-rante e, acima de tudo, da maior discri-ção e simplicidade.

Ozório Couto

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13JOÃO DE SOUZA TONACO

CIRCOS, PARQUES E CIGANOS (Em Dores do Indaiá)

Este é o jardim da Escola Normal que foio palco de muitos acontecimentos impor-tantes para a juventude de nós septuage-nários. Aqui, todas noites, reunia uma mul-tidão de jovens para aquele encontro socialque caracterizava as cidades do interior.Aqui se fazia o "footing“, embalado pelasmúsicas românticas emanadas do alto fa-

lante da Rádio Cul-tura. Na alamedacentral, os moçosandavam num sen-tido, as moças nooutro e em cada ro-dada a oportunida-de de ver, duas ve-zes, a nossa pre-tendida! Um olharconspirador era osinal verde! Depoisde confirmada a

sua veracidade, íamos ao encontro denossa conquista, quando passávamospara as laterais do jardim ou íamos pa-ra o "passeio" do Pensionato que fica-va defronte. Nesse lugar, deram iníciomuitos dos casamentos que perpe-tuam através desses anos todos. Muitomais tarde, com a chegada do cinema,

descíamos para ver a programação dessacasa de diversões que, com uma ilumina-ção feérica, deslumbrava a noite dorense,contrastando com a claridade deficienteproporcionada pelo precário sistema de en-tão. Para aí, modificando o antigo hábito, opovo foi transferindo os seus encontros no-turnos. Com o tempo e a chegada da tele-visão tudo foi ficando diferente. O comodis-mo decretou a falência do nosso cinema e,hoje, as noites desertas de nossa cidade seressentem da ausência dessa gente impe-tuosa que, um dia, lhe deu vida e alegria!...

Agora, o viver ganhou novosentido e uma nova históriaestá sendo escrita, históriaditada pela passagem dotempo e pela transformaçãodos costumes.

Paulo Ribeiro de Andrade

Haroldo Oliveira Lopes foi opresidente anterior da nos-sa querida Associação deAmigos de Dores do Indaiá(ADI). Sua gestão foi de alto

valor e teve como diferencial a entradade vez da entidade na era da internet.

Quando eleito presidente e ao tomarposse, Haroldo já começou trabalhandocom afinco e arregaçando as mangas.Jovem na ADI (e também na idade), deuum impulso para valer. Reuniões comcomputador, anotações de tudo, perfildiferenciado das reuniões e do plano deadministração.

Sentimos nas palavras do então jo-vem timoneiro da ADI a expressão con-cordante de que precisaríamos sempreavançar e traçar cada vez mais os laçosque nos une a Dores do Indaiá, em ami-zade afetiva, conciliadora e objetiva pa-ra podermos elevar o nome de nossaqueridíssima Indaiá e seu municípioalém-fronteiras. Elo importantíssimo en-tre os conterrâneos, os conterrâneospor delegação da Câmara e os conter-râneos por afinidade, como eu, honradoe com muito orgulho.

Assim expressou o ex-presidente noseu discurso de posse: “Representar ecomandar uma entidade como a ADI éum prazer para mim e com certeza parameus diretores, estes, escolhidos e se-lecionados como se faz com algo quese quer muita qualidade. Todo Coman-do que assume aquilo que já existe de-seja fazer algo diferente, fazer sempremelhor. No nosso caso, temos o desejode fazer com que a integração existentese torne ainda mais forte, desenvolven-do em cada Cidadão Dorense e Amigoa reflexão sobre manter comunicação erelacionamento, brindando sempre quepossível essa ação por meio de confra-ternizações.”

É gratificante ser amigo de Haroldo esua família, e de ter participado com elee nos trabalhos que puderam ser feitos.Ser amigo fraterno dos amigos de Do-res do Indaiá, numa profusão de fé e decelebração, que nos une ao passadoglorioso, ao presente instigante e ao fu-turo promissor é das mais gratas satis-

fações. Tanto para Haroldo, como paratodos os ex-presidentes, e o atual, JoséAntônio Guimarães de Faria, a luta e aalegria de poder fazer algo por Dores doIndaiá é uma irrequietude só. E o maisbonito é a confiança uns com os outros,a unidade e amizade que nos une. Asdificuldades em cada gestão são sem-pre as mesmas, até falta de compreen-são às vezes vem à tona. Mas tudo seresolve com boa fé, solidariedade e von-tade de fazer e vencer.

Ainda do Haroldo: “Não é fácil man-ter as pessoas em harmonia, prepararformas de entretenimento e encontros,mas a cada esforço nosso temos a cer-teza de que conseguimos experiência,conquistas são atingidas e a alegria tra-zemos ao coração de cada um.”

Como dizia, a ADI entrou de vez namodernidade com a nova criação do sí-tio www.adidoresdoindaia.com.br, obrada gestão (2004-2006) do dr. KílderWagner Lopes Cançado, um incansávelbatalhador, amigo, excelente articuladore advogado. Haroldo revolucionou o sí-tio, tornou a Entidade, a Diretoria, as di-retorias anteriores mais conhecidas edivulgadas, como também nossos asso-ciados e a nossa própria Dores Indaiá,com o charme irresistível de sua histó-ria, sua atualidade e seus personagens,muitos deles famosos e que honraram apatriazinha.

Durante a gestão de Haroldo OliveiraLopes, presidente da ADI de abril de2010 a abril de 2012, entre as principaisrealizações da diretoria citamos: apoioao projeto Andayá (revitalização de pra-ças públicas em Dores); apoio na refor-ma da igreja do Rosário, com doação de100 unidades do livro Horas Mágicas eleilão de uma obra da renomada artistaYara Tupynambá; entrega do Requeri-mento de iniciativa do Ronaldo SilvianoAraújo, o Ronaldo Kattah, assinado porautoridades e associações dorenses aoGoverno do Estado de Minas Gerais,solicitando a implantação de faculdadepública em Dores; a grande festa no Mi-nas Tênis Clube, no dia 29 de maio de2010, cujos homenageados foram o Dr.Fabio Nélson Fiúza, o Mário Carneiro e

a ex-presidente Rosalva deOliveira Bernardes; grandefesta no Minas Tênis Clu-be, no dia 28 de maio de2011, sendo homenagea-dos o Dr. Augusto de MelloNetto, o José Fiúza de La-cerda e o Wagner de Cas-tro, fundador-mor da ADI;fórum de debate: “Todoscontra a Dengue”. Reu-nião de entidades, esco-las, associações, ban-cos, prefeito, secretá-rios, vereadores, sindi-catos e pessoas impor-tantes, que desenca-dearam grandes açõesde combate a epide-mias; festa no Quios-que Grill, “EncontraDores em BH”, no dia28 de novembro de 2009, com JoséLino e Lucas & Gustavo; festa no Quios-que Grill, no dia 5 de novembro de2010: com Salvatore Som & Cia; lança-mento do livro de nossa estimada Bran-ca Caetano Guimarães, Horas Mágicas,uma coletânea de crônicas em parceriacom a editora O Lutador, na Livraria Lei-tura e na Escola Estadual FranciscoCampos, em Dores.

Haroldo de Oliveira Lopes nasceuem Dores do Indaiá no dia 14 de no-vembro de 1973. Filho de Eduardo deOliveira e de Letícia Lopes de Oliveira, éo sétimo de nove filhos. Casou em 2007com Raphaela Ignachiti Vargas e têmduas filhas, Larissa, 5, e Sophia, 1 mês.Estudou nas classes anexas até o 4ºano e na Escola Estadual FranciscoCampos da quinta à oitava. 2º Grau naEscola Municipal Comercial São Luís (ofamoso Comércio onde se formou comoTécnico Contábil.). Veio para Belo Hori-zonte em 1995. Em 1997 ingressou nocurso de Ciências Contábeis na UNA,honrando a tradição de família de conta-dores. Entrou para a Vale em 2001 co-mo estagiário na área contábil, financei-ra em 2004; mudou-se para Governa-dor Valadares em 2005, para o Rio deJaneiro em 2006, e retornou a Belo Ho-

rizonte em 2009.Depois de pós-graduado em Logísti-

ca e Sistema de Transporte, na Valeatua como coordenador da logística detransporte de quinze minas, com extra-ção de minério de ferro e pelota, e ex-portação via navio para diversos países,com destaque para China.

Observação de um colega de traba-lho, líder de processo de extração deminério: “Haroldo demonstra flexibilida-de e criatividade ao ajustar sua ativida-de para satisfazer os objetivos corpora-tivos em evolução. Ao olhar o cenáriocomo um todo, ele identifica futuros pro-blemas e desenvolve planos de contin-gências para resolvê-los. Mesmo sobpressão, Haroldo se mantém com ospés no chão e busca fatos e dados paranão tomar decisões precipitadas. Não éresistente a mudanças. Excelente ou-vinte, tem sido um grande parceiro quese dedica ao trabalho, sempre aberto anovas ideias. Ele chega a se oferecerpara ouvir, sempre buscando métodosdiferentes para atender melhor à maio-ria. Está sempre informado a respeitodas últimas novidades em sua área deatuação.”

Ozório Couto

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O Jardim da Escola Normal

Família, amigos, conterrâneos...

Page 6: ANO XVI - Nº 19 - MAIO DE 2013 É tempo de festa!€¦ · Dores do Indaiá, cidade pequenina que despertava para o futuro. Morei também na Fazenda Santarém, de onde guardo muitas

Um dos nomes escolhidos como home-nageado na Festa de Confraternização daADI - Associação dos Amigos de Dores do In-daiá deste ano foi RONALDO SALVIANO DEARAÚJO.

Nome grande e pomposoque se torna grandiosoquando acrescidode um apelido carinhoso.CATATAU.

Catatau, com o passar do tempo e o em-prego da numerologia ficou mais sofisticadoe incorporou-se ao nome e à pessoa. Surgiuentão o KATTAH. Isto mesmo, com K no iní-cio, dois Ts no meio e H no final.

Porém para facilitar, vou usar o Kata comK, porque soa como sempre o chamei desdea infância e não complica na hora de escre-ver.

Seu alcunha, segundo informação domesmo, foi colocado por uma filha do Sr.Ageu que morava na Rua Capitão Amaro noBuracão (hoje Bairro São Sebastião), lá pe-los idos de 1960. (muito antes de surgir o Ca-tatau, amigo do Zé Colméia.)

Catatau significa “Pessoa de pequena es-tatura, miudinha”.

Será por quê? Mas também significa “Pessoa charmosa,

amável e expressiva, muito criativa e um tan-to curiosa”.

Acertou também.Ronaldo, filho de D. Rosa e Sr. Sebastião

Salviano de saudosas memórias, nasceu emQuartel Geral que na época pertencia à Co-marca de Dores do Indaiá, o que lhe concedea cidadania e o título de um legítimo dorenseda gema com todas as características e sin-gularidades.

É o bendito fruto entre as mulheres, suasirmãs: Maria de Lourdes, Darcy, Eunice, Per-pétua (esposa do meu grande amigo João deMelo que viajou fora do combinado) e Rosau-ra. É pai de Felipe, Paula e Raquel.

Amigo só dos amigos porque não tem enunca teve inimigos.

Estudou e formou-se em 1963 no nossoquerido Ginásio Cornélio Caetano ainda noprédio do Grupo Dr. Zacarias e depois na Ca-sa do Sr. Hugo, berço de formação de umatalentosa e vitoriosa geração, graças ao em-penho de professores como Djalma Melgaço,D. Dora Pinto, D. Adalmar, Dr. RaimundinhoAzevedo, Prof. João Batista, Luís Assunção,Ivone Zica, Dr. Augusto Melo e tantos outrose a intensa dedicação de Hugo de SousaAraújo.

Nesse mesmo ano, juntamente com osamigos Emidinho Teles, Lúcio Teles, Augustodo Mozart da Farmácia, Antônio Alberto Ba-

naneira, Zé Maria Canela e outros, fundarame dirigiram o CNG - Clube Nova Geração,que com o apoio do Padre Jayme, naquelesanos de chumbo, desenvolveram trabalhosde conscientização política de grande impor-tância para o desenvolvimento da juventudedorense daquela época e que repercute atéhoje.

Sempre ligado às letras e às artes, Katainiciou sua carreira de jornalista amador em1969 colaborando com a famosa Coluna Mi-ni-Notas fundada por Roberto do Nilo e Car-linhos do Gil no jornal “O Liberal” de Nilo Pe-çanha, fato que contribuiu para que fosseconvidado pelo saudoso amigo Corsino Joséda Silva para substituí-lo como correspon-dente do jornal ”Estado de Minas” desde1994, divulgando tudo sobre Dores e a socie-dade dorense, o que ainda faz até hoje, inclu-sive no jornal “O Tempo” onde goza de gran-de prestígio.

Em 1970, fundou o conjunto “Som 2001”muito antes do filme “2001 - Uma odisseia noEspaço”, com os amigos Ronaldo Lacerda(empresário), Mirtão na bateria, Bananeira,Rafael do INPS, Helíneo da Cemig nas gui-tarras, José Ferreira (filho do Zé da Guiomar)nos teclados e seu irmão Ardisson no contra-baixo, ele, Kata, na voz e eu, José Lino, dan-do canja como cantor, quando visitava Doresem ocasiões festivas. Foi o grande sucessoda Churrascaria Central e do Indaiá Clubenos anos 70.

Em 1971, idealizou e realizou o 1º Festi-val de Música de Dores do Indaiá, no palcodo Cine Indaiá, que teve como vencedoresJosé Lino e Torres Homem Vaz. Em 1972, foivencedor com a música “Por um mundo me-lhor” interpretada por Paulo Coelho junta-mente com José Lino com a música “Morroda Capelinha”. Foi um grande show com tor-cida organizada gritando e agitando cartazes,no auditório lotado como só se via nos filmesdo Mazzaropi.

Kata ficou tão entusiasmado com o festi-val que foi comemorar com os amigos, noBar do Zé Preto. Depois de tomar umas e ou-tras (coisa que já não faz mais), cantou a mú-sica “Amada Amante” de Roberto Carlos ape-nas 28 vezes seguidamente, ostentando ebalançando sua vasta cabeleira “a La RoniVon”. É verdade!... Kata foi um dos precurso-res dos cabeludos em Dores. Era a moda.Eram os modelos. Bons tempos. Bons e idoscabelos.

Em 1973, participou ativamente daUNESDI - União dos Estudantes do EnsinoSecundário de Dores do Indaiá e juntamentecom o Edson (irmão do Paulo Cassuaba) eEliana Agnelo, montaram no palco do CineIndaiá uma peça teatral de sua autoria intitu-lada “Juventude e Esperança” contando no

elenco com os ato-res Moacir (irmãodo Bite), Bananei-ra, Arlene do ZéBasílio (Toró irmãda Coruja) e Se-nhorinha Catita,que foi um gran-de sucesso.

Além de poe-ta, jornalista,cantor, composi-tor, homem demuita fé, nossoamigo Katatambém foidesportista ten-do jogado noJuvenil do Do-rense FutebolClube na épocade grandes craques.

Além de tantas atividades artísticas, Ro-naldo Salviano de Araújo dedicou-se à famíliaaos amigos e ao trabalho. Começou sua tra-jetória profissional na Caixa Econômica deMinas Gerais onde exerceu, por 28 anos,com dignidade e dedicação, diversas ativida-des, chegando à Gerência, onde permane-ceu até a extinção da mesma. Foi entãotransferido para a Secretaria da Fazenda on-de se aposentou.

Kata, sempre alerta e atento a tudo, quan-do Dores do Indaiá foi, de forma leviana e ir-responsável, atacada por uma jornalista doDiário Popular de São Paulo, saiu em defesade todos os dorenses publicando a realidadedos fatos na coluna “Fale com a Redação” dojornal “Estado de Minas” fato que obrigou ajornalista a desculpar-se publicamente.

Nosso amigo Kata também idealizou e re-digiu, juntamente com o Dr. Alaor CamposFiúza, o “Requerimento Conjunto” endereça-do ao Governador do Estado reivindicando ainstalação de uma unidade da Universidadedo Estado de Minas Gerais ou do Instituto Fe-deral de Ciência e Tecnologia em Dores. Estedocumento assinado pelo Prefeito (Dr. Joa-quim Cruz), Secretária Municipal de Educa-ção (Janaína Mendonça Ferreira), e pelospresidentes da Câmara Municipal (Dr. Sósthe-ne Morais), Clube Regional da Agropecuária(Amaury Fagundes Faria), COMADI (Dr. Ama-deu Brasileiro dos Santos), Lions (Sérgio Ge-raldo de Oliveira), Loja Maçonica (Paulo Cé-sar Pinto Ribeiro), OAB (Dra. Susicley Mara V.S. Paulucci), Sindicato Rural (Dr. Tarley San-tos), SADI – Sociedade dos Amigos de Dores(Maria Genoveva Costa), e ADI – Associaçãodos Amigos de Dores do Indaiá (Rosalva deOliveira Bernardes), foi protocolado pela ADIjunto ao Governo do Estado em 2009.

- Em 2002, foi agraciado como título "Gente de Expressão" conferido pelajornalista Lourdinha Silva do jornal "O Estadode Minas".

- Em 2003, recebeu o Diploma de MoçãoHonrosa da Câmara de Vereadores de Doresdo Indaiá.

- E, merecidamente recebeu também o tí-tulo de "Dorense Notável" conferido pela SA-DI – Sociedade dos Amigos de Dores do In-daiá no ano de 2008.

Tarefa antagônica essa de escrever sobreRonaldo Kattah.

FÁCIL, por se tratar de um grande amigode infância e adolescência, pessoa popular,transparente com tantos atributos e qualida-des já de conhecimento geral.

DIFÍCIL, pela pouca convivência na faseadulta, o que me privou de conhecer mais afundo o seu mundo de ideias, do qual me so-braram poucos, mas porem valiosos frag-mentos.

Por fim, o meu abraço, desejo de saúde epaz e o reconhecimento de que foi:

3MAIO2013I N F O R M A T I VO A D I - A S S O C I A Ç Ã O D E A M I G O S D E D O R E S D O I N DA I Á

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13RONALDO SALVIANODE ARAÚJO KATTAH

ILUMINADA A LEMBRANÇA DE SEU NOME.

MAIS FELIZ A ESCOLHA.

E UMA BRANCA FUMACINHA,

TAMBÉM SURGIU NO MORRO DA CAPELINHA,

O PRESIDENTE JOSÉ ANTÔNIO,

OS VOTOS CONTOU

E O DR. MARCONDES ANUNCIOU:

HAVEMOS KATA.

José Lino de Faria

Tudo bem, eu admito: sou fã incon-dicional do amor. Amo sentir frio na bar-riga, sonhar acordada, pensar se dooutro lado da linha alguém mais pen-sa... e todas essas coisas idiotas que agente adora, como me disse minhaamiga Mandjuras. Amo surpresa, carti-nha romântica, beijo demorado, abraçoapertado, olhares furtivos, sorrisos in-voluntários e músicas que saem dedentro do chuveiro em dias especiais,dias como ontem, hoje ou amanhã, tardes que viram coleções demomentos fantásticos dentro da nossa imaginação. Ter um coraçãoinsaciável pode ser bem complicado, ainda mais quando se vive empleno século XXI, no auge da superficialidade e da banalização dasrelações afetivas. A fila tem que andar, e a gente não tem nem o di-reito de chorar pelo que não deu certo porque são tantas as oportu-nidades, tantos os meios e além de tudo todo mundo hoje em dia étão interessante que deixar de vender o peixão que você é acaba porte excluir de uma rede de partidos imperdíveis. Nunca fui muito boa

com essas coisas quevêm antes do amor, es-sa auto-promoção dis-farçada acompanhadade estratégias de con-quista pré-cozidas, eainda assim acreditoque quando alguns ca-minhos se cruzam, nãohá escapatória. Achoque ninguém deveriase privar de amar direi-to, de dar as cartas semmoderação e sem ex-pectativas, sem medode perder. Enquantovocê espera, flores, sa-bores e dias de sol es-peram por você...

Érika Amâncio

6 MAIO2013 I N F O R M A T I VO A D I - A S S O C I A Ç Ã O D E A M I G O S D E D O R E S D O I N DA I Á

Circuito Turístico Caminhos do Indaiávaloriza potencial regional

OCircuito TurísticoCaminhos do In-daiá, criado em2008, e hoje com-posto por 07 muni-

cípios, tem dado prosseguimen-to em seus trabalhos de plane-jamento e divulgação do poten-cial turístico regional.

Com o objetivo de inserir aregião no cenário turístico esta-dual, o Circuito tem apostado nacultura e nas belas paisagensque os municípios associadosproporcionam.

Recentemente foi lançado oprimeiro guia turístico do Circui-to, onde foram incluídas as prin-cipais empresas ligadas ao se-tor do turismo em Bom Despa-cho, Cedro do Abaeté, Dores doIndaiá, Estrela do Indaiá, Quar-tel Geral, Luz e Santa Rosa daSerra. Este guia visa dar orien-tação ao turista de onde poderse hospedar, alimentar, abaste-

cer e fazer compras em nossaregião.

Além do trabalho de folhete-ria, o Caminhos do Indaiá, temparticipado efetivamente da po-lítica estadual do Turismo, compresença garantida nas princi-pais feiras e eventos do setor,dentre eles o Salão Mineiro deTurismo, que acontece anual-mente mostrando todas as bele-zas das regiões turísticas de Mi-nas Gerais.

Como resultado de nossotrabalho, recebemos junto a SE-TUR-MG a renovação de nossacertificação, que garante a per-manência dos municípios asso-ciados nas politicas publicas es-taduais do Turismo em 2013.

Sendo assim, continuamosfirmes no ideal de que podemoscrescer cada dia mais e tornaressa região num dos principaisdestinos turísticos do nosso Es-tado.

Românticos Anônimos

Presidente atual e ex-presidentes em momentos festivos.

E a festa continua...

(31) [email protected]

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2 MAIO2013 I N F O R M A T I VO A D I - A S S O C I A Ç Ã O D E A M I G O S D E D O R E S D O I N DA I Á

DONA HELENINHA

Confesso que hesitei: que tí-tulo dar a este artigo? Mi-nha prima Heleninha? Pro-fessora Heleninha? Ou,simplesmente, Heleninha?

Acabei ficando com o “Dona” – noseu significado etimológico de “donade casa, senhora” – sentido que de-pois se ampliou, como título honoríficopara pessoas de destaque. E não eraassim que Maria Helena Fiúza Guima-rães era por todos conhecida, em nos-sa Dores do Indaiá?

E quem não se lembra da filha doTonico Caetano (o apaixonado e sau-dosista trovador de Dores) e da D. Zo-ca (Maria Rita de Faria Guimarães),sempre elegante, “elegantérrima”, ves-tindo roupas de corte clássico, semdesprezar um que outro detalhe maismoderno, como um lenço ou echarpeem volta do pescoço? Até nas suasaulas ela costumava usar meias finase sapatos de salto alto, imaginem!

A comedida Heleninha normalmen-te não era de dar gargalhadas: apenassorria – e, às vezes, um sorrisozinhomaroto no canto dos lábios... Esse co-medimento explicaria, talvez, sua pre-ferência pela cantora Elisete Cardoso,que tinha um gingado um pouco maisdiscreto...

Foi sempre muito atuante na Paró-quia. Devota de Nossa Senhora doSsmo. Sacramento, pertenceu à asso-ciação das “Filhas de Maria” e tambémàs “Luísas de Marilac”. Nesta linha deatuação solidária, foi uma filha e irmã

exemplar. Adotou como suas as filhasda irmã Terezinha, quando esta fale-ceu, e apoiou também outras pessoasque passavam por momentos de ne-cessidade. Deu até uma grande ajudaao nosso cantor Guto – era sempre apessoa dedicada e disponível. Hoje,aposentada, participa do grupo“Apoio”, que promove bazares benefi-centes, para os quais confecciona bor-dados muito bonitos.

Mas, é evidente que nossa home-nageada se destacou, sobretudo, nocampo profissional. Auxiliar da famosaDiretora da Escola Normal, D. EstherAlves, seguia muito a orientação des-sa educadora, ao ser nomeada paraas cadeiras de Metodologia e de Práti-ca de Ensino, que incluía orientaçãopedagógica às Classes Anexas e àsalunas-mestras que procuravam se-guir o ideal do magistério.

Após fazer com brilhantismo umcurso de especialização do Departa-mento de Aperfeiçoamento de Profes-sores, do então Ministério da Educa-ção e Cultura, foi convidada a traba-lhar neste Ministério, em Belo Horizon-te, para onde se transferiu. Aqui na Ca-pital continua residindo até hoje, com airmã Sílvia, depois de aposentar-se.

Embora domiciliada em Belo Hori-zonte, nunca se esqueceu da EscolaNormal de Dores e de suas queridasClasses Anexas, sempre orientandosuas substitutas, como a D. Branca e aMaria Helena. Assim é que conseguiu,no Léon Renault, vários estágios para

as alunas do curso de magisté-rio dorense.

Portanto, D. Heleninha sur-ge diante de nós como um mo-delo de educadora, daquelas àmoda antiga, de valores e princí-pios, de dedicação e ideal, quenem sempre conseguimosencontrar em nossosdias.

Além domais, solidária,ela sempre es-tá presentenos momen-tos tristes oualegres emque se reúnea comunida-de dorensede Belo Hori-zonte, damesma formaque sempreprestigiou nossas festas de confrater-nização ou de beneficência.

Permitam-me terminar com umapequena evocação: a área dos fundosda Escola Normal, em Dores, tinha vá-rias casuarinas, aquelas árvores que,em vez de folhas, possuem pequenashastes cilíndricas, que produzem umsuave sussurro - que, às vezes, maisparecem um gemido – quando tangi-das pelo vento. Dona Heleninha ama-va essas árvores e quantas vezes cha-mou atenção das pessoas: ‘ – Olhaque beleza das casuarinas! ‘

Eu imagino que nossa homenagea-da passou por Dores e pela nossa co-munidade como esse discreto sussur-ro das casuarinas, que fazem ouvirsua voz, mas sem estridências nembarulhos. É o doce murmúrio produzi-do pela presença dos ventos da ami-zade e da solidariedade, murmúriotranquilo e reconfortante.

José Hipólito de Moura Faria

Hom

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13

Homenageados de 2011 em clima de confraternização, emoção e alegria.

Cai chuva fininha. Um pássaro preto cantano pé de jatobá.- Faz uma semana que eu te vejo poraqui... Endoidou?- Posso te perguntar a mesma coisa.- Eu tenho vindo toda tarde, faz mais deano.- Por que resolveu prosear comigo hoje?- Prefere não ouvir nem falar nada?- Prefiro. Eu venho aqui pra isso. Passa um homem alto e magro, chapéubranco, vai carregando samburá cheinhode flores. O homem assobia alto. Cai chu-va fininha. Em Dores do Indaiá. - Ei.- Continuo não querendo prosa. - Está bem. Me desculpa. Mas você, vira emexe, aparenta tristeza na alma. - Continuo não querendo prosa, vê se lar-ga a mão de puxar assunto.Inda Indaiá. Carro de boi empacado. E la-

deando o açude vai in-do uma velha. A saiadela é toda de sianinhano trespasse. - Boa tarde.

- Hoje é você que está começando a con-versa.- Eu só disse boa tarde. Não sou mal-edu-cada. Acho melhor passar a te cumpri-mentar. Afinal, a gente está se vendo todatarde. - Toda tarde.- Toda tarde! Dores. As meninas do tio Mário brincamde pular maré na rua Benedito Valadares.Dana a ventar forte.- Ontem você disse que não era mal-edu-cada.- Ah, sim, boa tarde.- Boa tarde.Inda. Outras dores. Uma mulher soca pa-çoca no pilão. Vento nenhum. Nem frio.Nem chuva fininha. Mas o sol teima, o soldemora.- Boa tarde.- Boa tarde.

- Hoje eu trouxe cachecol e não está fa-zendo frio.- Engraçado, não é?- Por que você vem aqui toda tarde?- Posso te perguntar a mesma coisa.No ritmo da mão de pilão, a mulher quesoca paçoca desembesta a cantar alto. Eo sol fica mais renitente ainda.- Senti saudade.- Senti saudade. - Jura que sentiu saudade?- Jura que sentiu saudade? No Morro da Capelinha o primeiro beijo.

Stella Maris RezendeAutora de “A mocinha do Mercado Central”,Globo, e “A guardiã dos segredos de família”,SM,Prêmios Jabuti 2012,Câmara Brasileira do Li-vro.“A mocinha do MercadoCentral” é também ovencedor do Prêmio Ja-buti O Livro do Ano, cate-goria Ficção.

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Diretoria e Conselho da ADIpara o biênio 2012/2014

Presidente: José Antônio Guimarães de FariaVices-presidentes: Fábio das Graças Oliveira Bra-ga, João de Souza Tonaco, José Arinos GuimarãesMachado, José Hipólito de Moura Faria, Ozório JoséAraújo do Couto e Wagner Álvares de Carvalho.Diretoria Administrativa: José Jalba Martins Fariae Roberto Eustáquio de Araújo.Diretoria Cultural: Antônio Augusto de Souza eMárcia Gouthier de Carvalho.Diretoria de Desenvolvimento e Expansão: Jalmi-ra Regina Fiúza de Sousa e Valéria Madureira deOliveira Melo.Diretoria Financeira: Aloísio Mendonça de Lacerdae Geraldo José de Mello. Diretoria Jurídica: José Lino de Faria e Maria ClaretCarneiro Barbosa. Diretoria de Relações Públicas: Antônio CarlosCarvalho Campos e Domingos Carneiro Costa. Diretoria de Secretários: Altina Lúcia Caetano Gui-marães Mello e Vera Maria Motta Machado.Diretoria Social: Nilce Pontes e Sophia BernardesLorenzato.Conselho Consultivo: Presidente – Haroldo de Oli-veira Lopes, vice-presidente – Rosalva de OliveiraBernardes, Carlos Augusto de Melo Silva, Emídio Te-les de Carvalho Filho, Kielder Wagner Lopes Cança-do. Conselho Fiscal: Chester Carlos de Azevedo, Jua-rez de Carvalho Campos, Juarez França Teles, Mô-nica Corrêa, Gustavo Henrique Lopes Cançado,Marcondes Franco da Silva, Padre Henrique deMoura Faria.Conselheiros: Ademar de Barros Rodrigues; AfonsoJosé de Melo; Alcides Silva Júnior; Alda Alvares La-cerda; Amauri Fagundes Faria; Ana Maria de OliveiraLacerda; Angela Maria Faria Lopes; Angela MelgaçoCardoso; Angélica de Carvalho Chagas Vioth; Antô-nio Caetano de Sousa; Antônio Carlos de OliveiraCorrêa; Antônio Celso Beluco; Antonio Dias Carva-lho; Aparecida de Oliveira Galvão; Arnaldo Brasil Fi-lho; Balbina Alves Cardoso; Bolivar Lamounier;Carla de Araújo Faria; Cássia Imaculada Cordo-val; Catarina Silvânia de Oliveira; Cecília deSá Lino Silva; César Machado Ribeiro; Cimar Eus-táquio Marques; Daladier Rodrigues de Alcânta-ra Júnior; Dalila Caetano Lacerda; Danilo Men-donça de Lacerda; Delenda F. Campos; DimasWagner Lamounier; Édna Caetano C. Lacerda; Eliar-do Viana de Queiroz; Eduardo de Lacerda Va-lente; Estanley Falconieri Resende; FabianoRibeiro de Oliveira; Fábio Rogério S. Pereira;Fabrício José Moreira Borges; FernandoBaeta Zebral Vieira; Franquislene Dias Vieira;Genoveva Costa; Giselda de Queiroz Franco; Gus-tavo de Oliveira Lacerda; Gustavo Pinto deMelo; Hamilton Mendonça de Lacerda; Helio Car-neiro Araujo; Henrique Vasconcelos Caetano;Hipólito de Assis Matos; Ivone Maria de Almeida Luz;Jaquelina Sarkis; Jesus Bráulio; João Bosco LucasPereira; João Paulo Chagas Vioth de Magalhães;João Paulo de Noronha; Joaquim Franco; JonasGalvani Faria Pereira; José Antonio Cardoso; JoséEduardo Madureira de Oliveira; Jose Machado Re-sende; Jose Odilon Fonseca; José Orlando Pinto daCunha; José Osvander Fonseca; José OzórioCaetano; Júnia França Teles; Jussara Correa; LaísOliveira Faria; Lindalva Carvalho S. Barros; LucasFlávio de Camargos Souza; Luiz Carlos TelesCorrea; Luiz Gonzaga Costa; Márcio Alves Vascon-celos; Marcio Caetano Cruz; Marcos Paulo da Sil-va; Maria Augusta Alcantara Borges; Maria Auxilia-dora de Souza Pereira; Maria Terezinha de Melo Sil-va Vieira; Marilia Fiuza; Marina Caetano GuimaraesPires; Messias José de Sousa; Muraí Caetano; My-riam Guimarães Machado Mendes; Moisés Sou-za; Nelson Campos Valente Neto; Olavo Abreu;Olavo Lacerda Ribeiro; Orestes Vaz da Costa Fi-lho; Orlando Abreu; Orlando E Zica Júnior; Osval-do Mateus de Sousa; Paulo Cesar Leite Correa;Paulo Gomes Santiago; Paulo Pinto Morais;Paulo Roberto de Araujo; Raphaela Ignachiti Var-gas; Regina Marcia de Oliveira Dias; Renato Lo-pes Lacerda; Ricardo Arnaldo Malheiros Fiúza; Ri-cardo Giordani Ribeiro; Roberto Reis; RodrigoFranco; Ronaldo Salviano de Araújo Kattah;Ronildo Faria Paixão; Rosaura Zica Costa; SerdileyResende; Sérgio Costa Carvalho; Sergio MauricioMadureira Dias; Sérgio Paulo Silva; Simeão de Oli-veira Neto; Wagner de Castro; Waldemar José deOliveira; Waldir Matos de Assis e Wilson José dosSantos.

PIO DORESMaria

De repente, o salão social do ColégioPIO XII era uma pracinha das Dores do In-daiá...

De repente, uma esquina, que eu co-nheço tanto, estava lá, no PIO XII...

De repente, as ruas, que eu conheçotanto, estavam lá no PIO XII...

De repente, meu povo todo, o povo queeu conheço tanto, estava lá no PIO XII...

E meu coração confundiu tudo: a almade Dores do Indaiá se mudara para o Tea-tro do PIO XII...

O mundo da alma é mágico, é telúrico enós – os de cá - embarcamos em suas ma-nhas, em suas feitiçarias...

Não há de ver que o Teatro cantava coma voz e o mesmo carisma do Osvaldo daSinhá do Grilo, mas com outro rosto? Ah, orosto era de dois filhos lindos, Guto e Luci-nha...

Daqui de minha casa, sem sair das Do-res, eu vi e ouvi a Dª Dayse Gouthier, a pro-fessora inesquecível, recitando (ainda exis-te esta palavra?) as poesias do Zezé Ma-chado, que batia palmas na plateia - pelasmãos e com o rosto de sua filha, a nossaHelena/Lelena?

Ah, a Dª Dayse já recita para os anjos?Quem falou isso? Eu a vi, com uma roupalinda, encantando o Teatro do PIO XII...-

- Uai, então era a Márcia, sua filha? - Jesus, jurei que era a professorinha

daqui, a Dayse do Zezé do Gustavo, jureique era...

- Deus meu, o que o Tonico Caetano foifazer lá no PIO XII, gente?

- Tudo bem, o jeitão, era do MarcondesFaria, do Dico do Marcondes... Mas a leve-za da alma, ah, essa era da Yone e do To-nico Caetano, claro que era! Não era ne-nhum deles, era o José Antônio - o Presi-dente - a mágica de misturas atemporais...

- Uai, e o Zé Lino, o Dr. Tampinha – des-culpe, eu misturo tudo - agora deu pra tocarpiano, sem a barba branca e com cara democinho? Não entendo mais nada: penseique era o filho dele... Depois, pensei queera o poeta do meu tempo de Festivais -

aqui na Terra Azul... Tiraram minha dúvida –era mesmo o filho do Dr. Tampinha, o Rami-ro Moreno... Recebeu do pai a fagulha daARTE... (até sua esposa herdou um poucodessa fagulha, pode? Penso que pode, por-que ela deu o maior show ao piano!) Semfalar no dedilhado a quatro mãos, de San-dra e Cristina ... Precisava de QUATROMÃOS DE ARTISTAS, gente? Foi emoçãodemais pro meu pobre coração do Indaiádas Dores...

- Gente, gente, gente... E aquela gracinha de Rosalva, de onde

tirou tanta simpatia, tanto carisma? Eu sei,essa eu mato na hora: quem falava, naque-la “prafrenteza”, naquela prontidão, era oLourival Bernardes, aquele que recitavaNAVIO NEGREIRO ao meio dia, no sol, nachuva, em casa, na rua... naquela panca to-da. A Rosalva é uma Dircinha do Lourival:sorriso de um, olhar do outro, certeza deque, na ARTE, tudo continua, indefinida-mente... Um vento mágico sopra a chama eela reaparece...

De repente, lá estavam todos os MEL-GAÇOS nas mãos encantadas do MauroMorais. O nome dele bem que poderia ser:Mauro MELGAÇO Fiúza de Morais, por-que, vai ser artista lá longe! O piano emsuas mãos fica leve, sai voando, corre mun-do, toca na Europa, canta, dança, encan-ta...nEntende de música como seus longe-vos ancestrais de além-mar...

O nosso Carlinhos da Rádio, aquele me-nino que deu birra por causa de um micro-fone – pensando que era um picolé...- e, atéhoje, acha que o microfone é picolé, tama-nha doçura o acompanha, quando canta...

Claro, alguma fada-madrinha falou,quando ele nasceu: _"Vai, Carlos, vai sercantor nessa vida..."

Um fio mágico teceu sua alma – ele osegue fielmente: onde tem dorenses juntos,lá está ele, o Carlos Roberto Silva...

Até o Oriente estava ali, com nome in-daiazeiro, com família indaiazeira: Dores doIndaiá, com 10 anos de idade, já sabendousar o véu para encantar corações... D. Po-licenaMoemaDanielaCamila: corrente forteessa! A bisavó andava longe pra arrumar

um teatro, adorava uma selva no palco,com as índias mais bonitas da região: De-lenda, Moema ...

Outras vezes, transformava nossas me-ninas em BONECAS VIVAS... (minha filhaAltina Lúcia foi uma de suas bonecas, ao la-do de Alzirinha, Simone, Cidinha, Raquel,Zinha...)

Antigamente, muitos ciganos vinhambeber da água da Fonte-do-Povo aqui nasGerais – a Praça Prof. Waldemar de Almei-da Barbosa era Praça São Vicente. Nomeque ninguém falava – o povo logo a batizouPRAÇA DOS CIGANOS... Emílio Moura – opoeta – relembra esse tempo bonito emseu poema à cidade azul...

Certamente, algum passarinho contouisso por aí: o Grupo LUNA GUAPA, DayanaKeny e Pablo, certamente, também bebe-ram da água da Fonte-do-Povo... - A Praçaantiga e os ciganos voltaram, com suastendas, suas cartas de baralho, suas dan-ças e encantamento. Partiam sempre, dei-xavam suspiros e saudades, sempre... De-pois, voltavam, como agora, porque foramenfeitiçados pela água e pela cidade e por-que a Praça dos Ciganos já lhes perten-cia...

- Ah, ADI! Eu sei que a ARTE é uma cha-ma à espera de artistas: a essência da his-tória de um povo é tecida com danças, poe-sias, livros e palavras...

Eu sei que todo teatro tem coxia, tembastidores, que muita gente precisa estar láatrás – estando à frente...

Emidinhos e Nilces, Marcondes e Clare-tes, estavam lá, nas coxias, nos bastidores,soprando as chamas e as fagulhas da His-tória de Dores do Indaiá...

De repente, o Pio XII era um PIO DO-RES, com gosto de manga doce de leite,com cheiro de poeira vermelha... Com aSanta Azul abençoando nossa terra... Comas cores da Congada, com a ARTE des-cendo do mundo mágico para enfeitar o tra-balho "desse povo tenaz, na cidade, nocampo e na roça, pois só quer o progressoe a paz."

Dores do Indaiá, 12/12/12.

Dorenses... Arte – Talento – Emoção...

Em nosso inesquecível encontro “TalentosDorenses” realizado em 27 de outubro de 2012,no Teatro do Colégio Pio XII, em Belo Horizonte,tivemos a valiosa participação dos talentosos ar-tistas dorenses:

Mauro Fiúza Morais – Grupo “Luna Guapa” –Márcia Gouthier de Carvalho – Antônio Augustode Sousa “Guto” – Lúcia de Sousa “Lucinha” –Camila Theodoro de Menezes – Carlos RobertoSilva “Carlinhos” – Cristina Guimarães - SandraCosta Almeida de Lino Faria – José Lino de Faria– Ramiro Moreno Amorim Gontijo de Lino Faria –Dayana Keny Xavier

Foi um encontro regado a música clássica,música popular brasileira, música sertaneja, dan-ça e poesias, onde artistas e platéia se interagi-ram e... aplauso, emoção e sorrisos de alegria.

Page 8: ANO XVI - Nº 19 - MAIO DE 2013 É tempo de festa!€¦ · Dores do Indaiá, cidade pequenina que despertava para o futuro. Morei também na Fazenda Santarém, de onde guardo muitas

IN FOR MA T I VO ADI - AS SO CIA ÇÃO DE AMI GOS DE DO RES DO IN DAIÁ

ANO XVI - Nº 19 - MAIO DE 2013

dia as so c ia ção de ami gos de

Do res do In daiá

Dorenses já homenageados

pela ADI

1998 - Oswaldo Araújo e EmílioMoura

1999 - Waldemar de AlmeidaBarbosa e Luiz Melgaço

2000 - João Chagas de Faria(Dr. Di) e José RibeiroMachado

2001 - Maria do Carmo S.Gouthier (CarminhaGouthier) e Edgard PintoFiúza

2002 - Jesuína Francisca deJesus, Maria AparecidaFrança Teles e FranciscoLuís da Silva Campos(Chico Ciência)

2003 - Alexandre Lacerda Filho,Hugo de Sousa Araújo eEmídio Teles de CarvalhoFilho (Emidinho)

2004 - Tiburtino José da Silva(Tininho) e MarcondesFranco da Silva

2005 - Carlos Augusto Melo eSilva, Josué Chagas eAmadeu Brasileiro dosSantos

2006 - José de OliveiraCarvalho, Mário deOliveira Carvalho,Branca CaetanoGuimarães, IvanyChagas Coutinho e NilcePontes.

2007 - Antônio Lalau deCarvalho, Dácio Chagasde Faria, Kielder WagnerLopes Cançado e NiloPeçanha de Araújo.

2008 - Belmiro Teles deCarvalho, BolívarLamounier, JuscelinoPinto da Cunha e Mariada Conceição Silva (IrmãTeresa)

2010 - Fábio Nelson Fiúza,Mário Carneiro eRosalva OliveiraBernardes.

2011 - Augusto de Mello NettoJosé Fiúza de LacerdaWagner de Castro

BELO HORIZONTE

NILCE PONTES: Tel: (31) 9656-1536VERA:Tel: (31) 8799-3718

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DORES DO INDAÍA

BAR DA REGINA

On de ad qui rir o seu In gres so:

ConviteA Associação de Amigos de Dores

do Indaiá - ADI convida você, familiarese amigos para a grande

CONFRATERNIZAÇÃO ANUAL DE 2013DATA/HORA: 15 de junho de 2013, de 21h as 3hLOCAL: Círculo Militar - Av. Raja Gabáglia, 350 - GutierrezBufet: Tereza CavalcantiBANDA: ConexsomHOMENAGEADOS: Haroldo de Oliveira LopesJoão de Souza TonacoMaria Helena Fiúza Guimarães (D. Heleninha)Ronaldo Salviano de Araújo Kattah

Sou um dos 11 filhos de Geraldo Gontijode Faria e Yone Guimarães de Faria.

Meu pai sempre foi fazendeiro, e era co-nhecido como Dico do Marcondes.

Meus avós paternos são Marcondes deSouza Faria e Veraldina Gontijo de Faria(Dona Mulatinha). Meu avô também sem-

pre foi fazendeiro. Meus avós maternos são: Antônio Caetano daSilva Guimarães Junior (Tonico Caetano ) e Maria Rita de FariaGuimarães. Meu avô Tonico Caetano foi um grande poeta, deixan-do-nos um livro muito bonito, Paisagens de Nossa Terra, de gran-de valor histórico, onde conta em versos, um pouco da história deDores do Indaiá, cidade pequenina que despertava para o futuro.Morei também na Fazenda Santarém, de onde guardo muitas lem-branças. Os melhores anos de minha vida passei em Dores. Mas,o mundo nos leva para outros caminhos, e numa fria manhã de ju-lho deixei Dores. Começava ali uma nova vida, um novo mundo,uma outra história. Deixei Dores aos 18 anos, em busca de meussonhos. Nunca esqueci minha querida cidade. Fui para São Paulo,onde morei por oito anos, trabalhando na firma Indústria Romi S.A.Deixei São Paulo e me mudei para Belo Horizonte, ingressando nafirma Cia. Siderúrgica Mannesmann, onde me aposentei.

Quis o destino que eu chegasse à presidência da Associaçãodos Amigos de Dores do Indaiá – ADI, eleito para o biênio2012/2014, como que um prêmio, pois, de certa forma poderia meaproximar de velhos amigos, conhecer novas pessoas, fazer no-vas amizades, sempre com o espírito voltado para a minha queri-da cidade.

Confesso que fiquei muito emocionado e surpreso, e a princípioum pouco temeroso em ocupar o cargo de Presidente, já que aADI dispõe de inúmeros nomes para ocupar tão honroso cargo.

Não é uma tarefa das mais fáceis, mas muito prazerosa. Tudo farei para levar adiante projetos que possam elevar o no-

me de nossa querida Dores, fortalecendo ainda mais a ADI comreuniões periódicas, promoção de eventos culturais, artísticos,sem jamais esquecer a festa anual do encontro dos dorenses, quejá é uma tradição e não pode morrer. Para tanto, conto com a co-laboração de todos, pois ninguém faz nada sozinho.

Um abraço a todos.José Antônio Guimarães de Faria - Presidente

Palavra do Presidente

É tempo de festa!É tempo de festa!A alegria está no ar, assim como a

saudade e a vontade de estarmos juntos.

HINO A DORES DO INDAIÁLetra: Waldemar de Almeida Barbosa

Música: Luiz Gonzaga Melgaço

No passado longínquo, distante,

Boa Vista o arraial se chamou;

Inda tem vista bela e galante,

que fascina e sempre encantou.

Salve Dores, ó Dores, ó terra

de alegria e fé no Senhor!

Este povo, na paz ou na guerra,

mostra sempre seu grande valor!

Indaiá simboliza o sertão,

onde Cristo plantou a sua Cruz

e o bravo estendeu a nação,

na epopéia que glória traduz.

Esta bela cidade de Minas,

Bem traçada, qual um lindo jardim,

tem seus montes e belas campinas,

também tem horizontes sem fim.

Esta terra feliz tem agora,

tem progresso, tem luz e tem flores,

tem a benção de Nossa Senhora,

Mãe de Deus e Senhora das Dores.

Ó Senhora das Dores, Mãe nossa,

ajudai este povo tenaz,

na cidade, no campo e na roça,

pois só quer o progresso e a paz.

8 MAIO2013 I N F O R M A T I VO A D I - A S S O C I A Ç Ã O D E A M I G O S D E D O R E S D O I N DA I Á

Sorrisos, brindes, é o encontro de dorenses e amigos...

ATIVIDADES DA ASSOCIAÇÃO DOSAMIGOS DE DORES DO INDAIÁ - ADI

Biênio 2012 / 2014Dando prosseguimento aos

eventos promovidos anualmentepela ADI, foram realizados, pelaatual Diretoria, os seguintes:

CONFRATERNIZAÇÃODORENSES E AMIGOS

Dia 30 de Junho de 2012Local - Raja GrillNa noite de sábado de 30 de ju-

nho de 2012, foi realizado, no RajaGrill, o Encontro de Dorenses eAmigos.

Foi uma bela festa, muito con-corrida, ao som de boa música emuita dança.

Naquela oportunidade, CecíliaSá, da Agência Ponte, entregou aopresidente da ADI, José AntônioGuimarães de Faria, 71 folhas deselos personalizados com a marcados 180 Anos da Festa de NossaSenhora do Rosário, São Beneditoe Santa Efigênia de Dores do In-daiá. A ADI foi uma das quatro par-ceiras a aderirem a esta etapa dacampanha.

TALENTOS DORENSES

Dia 27 de Outubro de 2012Local: Teatro Centro Cultural Pio

XII ( Colégio Pio XII )

Procurando inovar, foi realizadano dia 27 de outubro de 2012, noTeatro do Colégio Pio XII, a festaque surpreendeu a todos pela suabeleza, pelo encontro de tantos do-renses. O espetáculo foi a realiza-ção de antigo sonho da ADI queprocurou reunir, prestigiar e incenti-var talentosos dorenses que mo-ram em Dores e em Belo Horizonte.Muita música, dança e poesia. Tive-mos a oportunidade de rever ami-gos e conterrâneos que há muitonão víamos. Muita alegria, muitaemoção.

E desse encontro inédito, nas-ceu um DVD que registrou parasempre essa noite memorável einesquecível.

DORENSES E AMIGOSCONFRATERNIZAÇÃO ANUAL

Será no dia 15 de junho 2013 atão esperada festa, já tradicional,que desta vez será realizada no Cir-culo Militar.

Espero por vocês neste nossonovo encontro.

Abraço a todos

José Antônio Guimarães deFaria - Presidente da Associação

dos Amigos de Dores - ADI

Prestigie nossaquerida cidadeAproveite feriados e festas

30 de maio – Corpus Christi

24 a 28 de julho – Expodores

19 de agosto – Nossa Senhora do Rosário

08 de outubro – Aniversário da cidade

Em 2013Visite Doresdo Indaiá