ao relatório de caracterização da fileira florestal...
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aditamentoao relatório de caracterização
da fileira florestal 2010
A AIFF - Associação Para a Competitividade da Indústria da Fileira Florestal, tem por objectivos a promoção e o exercício de iniciativas e de actividadestendentes à criação de um centro nacional de competitividade, inovação etecnologia, de vocação internacional, tendo presentes requisitos de qualidade e profissionalismo, promover e incentivar a cooperação entre empresas, organi zações, universidades e entidades públicas, com vista ao aumento do respectivo volume de negócios, das exportações e do emprego qualificado, nas áreas económicas associadas à Fileira Florestal Portuguesa.
RELATÓRIO DE CARACTERIZAÇÃO DA FILEIRA FLORESTAL 2010 5
índice geral
1. Enquadramento económico 2008-2010 11
2.Caracterização da fileira florestal2.1 Desempenho Florestal
2.1.2 Incêndios Florestais 152.1.4 Zonas de Intervenção Florestal 172.1.5 Gestão Florestal 182.1.6 Certificação Florestal 18
2.2 Desempenho Económico2.2.1 Indicadores Macroeconómicos da Silvicultura 202.2.2 Indicadores Macroeconómicos da Indústria da Fileira Florestal 212.2.3 Balança Comercial 212.2.4 Valorização das Externalidades 22
2.3 Desempenho Ambiental2.3.2 Mitigação das Alterações Climáticas 232.3.3 Business & Biodiversity 242.3.4 Certificação da Gestão Ambiental (ISO 14001:2004) 252.3.5 Registo no EMAS 26
2.4 Desempenho Social2.4.1 Emprego 262.4.2 Acidentes de Trabalho 26
3. Empresas e mercados3.2 Principais mercados e quotas de mercado por tipos de produto
3.2.1 Subfileira da cortiça 413.2.2 Subfileira da madeira 423.2.3 Subfileira da pasta 433.2.4 Subfileira do papel e cartão 453.2.5 Subfileira do mobiliário de madeira 46
4. A investigação no domínio da fileira florestal4.1 Unidades de investigação e desenvolvimento 574.2 Investimento Global em I&D na Fileira Florestal 584.3 Áreas de investigação e desenvolvimento 594.4 Desempenho em inovação
4.4.1 Investimento em inovação 614.4.2 Rede PME Inovação COTEC 62
5. A fileira florestal e as políticas públicas5.1 Esforço financeiro do Estado e fundos comunitários na fileira 695.2 Principais medidas de política
5.2.1 Iniciativas de Política Florestal 2008-2010 71
RELATÓRIO DE CARACTERIZAÇÃO DA FILEIRA FLORESTAL 2010 7RELATÓRIO DE CARACTERIZAÇÃO DA FILEIRA FLORESTAL 20106
índice de tabelas
Tabela 1 – PIB e Principais Componentes de Despesa (Taxa de Variação Real em %) 13Tabela 6 – Número de ocorrências e área ardida (ha), por tipo, por ano (2000-2010) 28Tabela 7 – Caracterização dos incêndios com dimensão entre 100 e 500 ha (2000 – 2010) 28Tabela 8 – Caracterização dos incêndios com dimensão entre 500 a 1.000 ha (2000 - 2010) 28Tabela 9 – Caracterização dos incêndios com dimensão superior a 1.000 ha (2000 – 2010) 29Tabela 10 – Proporção (%) de incêndios segundo a causa determinada por ano (2006 – 2010) 29Tabela 11 – Número e proporção de ocorrências investigadas (2006 – 2010) 29Tabela 12 – Número e proporção de ocorrências decorrentes de causas indeterminadas (2006 – 2010) 29Tabela 14 a) – Número, área (ha) e fase de constituição das Zonas de Intervenção Florestal 30Tabela 14 b) – Entidades Promotoras e Gestoras de Zonas de Intervenção Florestal 30Tabela 14 c) – Número de Zonas de Intervenção Florestal por região e ano de criação 30Tabela 14 d) – Distribuição das Zonas de Intervenção Florestal 30Tabela 14 e) – Representatividade Regional das Zonas de Intervenção Florestal 31Tabela 14 f) – Regime de Propriedade nas Zonas de Intervenção Florestal 31Tabela 14 g) – Ocupação Florestal nas Zonas de Intervenção Floresta 31Tabela 15 a) – Número e área (ha) dos Planos de Gestão Florestal 31Tabela 15 b) – Evolução do Número de Planos de Gestão Florestal 31Tabela 15 c) – Evolução da Área (ha) dos Planos de Gestão Florestal 31Tabela 16 – Número dos Planos de Gestão Florestal e dos Planos Específicos de Intervenção Florestal
em ZIF 31Tabela 18 – Área (ha) e número de aderentes segundo o sistema de certificação florestal, por âmbito 32Tabela 20 – Número de certificados CdR emitidos, segundo o sistema de certificação florestal,
por subfileira da Fileira Florestal 32Tabela 23 – VAB e Produção da Silvicultura (Milhões de Euros) 32Tabela 24 – Produção de Bens Silvícolas (Milhões de Euros) 32Tabela 25 – Taxa de Incorporação de Inputs/Unidade de Produção (Milhões de Euros) 33Tabela 26 – VAB e Volume de Negócios (Milhões de Euros) 34Tabela 27 – FBCF (Formação Bruta de Capital Fixo) (Milhões de Euros) 34Tabela 28 – Balança Comercial (preços correntes, M€) 34Tabela 29 – Balança Comercial das subfileiras florestais (preços correntes, Milhões de Euros) 35Tabela 30 – Ranking Global das Indústrias Florestais, de Papel e de Embalagem 36Tabela 31 – Balanço líquido (emissor/sumidouro) da Floresta (Gg de CO2eq) 36Tabela 33 – Medidas Florestais do PNAC 36Tabela 34 – População Empregada 38Tabela 35 – Acidentes de trabalho (mortais e não mortais) por actividade económica 38Tabela 36 – Acidentes de trabalho mortais 39Tabela 37 – Dias de Trabalho Perdido 39Tabela 44 – Exportações, em Massa (Milhares de Toneladas) e em Valor (Milhões de Euros),
por Tipo de Produto na Subfileira da Cortiça 48Tabela 45 – Importações, em Massa (Milhares de Toneladas) e em Valor (Milhões de Euros),
por Tipo de Produto na Subfileira da Cortiça 48Tabela 46 – Exportações, em Massa (Milhares de Toneladas) e em Valor (Milhões de Euros),
por Tipo de Indústria na Subfileira da Madeira 48Tabela 47 – Importações, em Massa (Milhares de Toneladas) e em Valor (Milhões de Euros),
por Tipo de Indústria na Subfileira da Madeira 49Tabela 48 – Exportações, em Massa (Milhares de Toneladas) e em Valor (Milhões de Euros),
por Tipo de Produto na Subfileira da Pasta 49
Tabela 49 – Importações, em Massa (Milhares de Toneladas) e em Valor (Milhões de Euros), por Tipo de Produto na Subfileira da Pasta 49
Tabela 50 – Exportações, em Massa (Milhares de Toneladas) e em Valor (Milhões de Euros), por Tipo de Produto na Subfileira do Papel e Cartão 49
Tabela 51 – Importações, em Massa (Milhares de Toneladas) e em Valor (Milhões de Euros), por Tipo de Produto na Subfileira do Papel e Cartão 50
Tabela 3.2.5 i) – Exportações, em Massa (Milhares de Toneladas) e em Valor (Milhões de Euros),por Tipo de Produto na Subfileira do Mobiliário de Madeira 50
Tabela 3.2.5 ii) – Importações por Tipo de Produto na Subfileira do Papel e Cartão 50Tabela 53 – Unidades de I&D da área científica Engenharia Florestal/Silvicultura 63Tabela 54 – Unidade de I&D da área científica Engenharia Florestal/Silvicultura sob a tutela do Estado 63Tabela 55 – Despesas em I&D, a preços correntes, no Sector Empresas da Fileira Florestal
(CAE 02, 16, 17 e 31) (Milhares de Euros) 63Tabela 56 – Despesas em I&D, a preços correntes, no Sector Empresas da Fileira Florestal
(CAE 02, 16, 17 e 31) (Milhares de Euros) 64Tabela 57 – Empresa/Grupo com mais despesas intramuros em I&D 64Tabela 58 – Número de projectos FCT, distribuição por área científica (%) e montante (Euros) 64Tabela 59 – Projectos FCT Aprovados (2000-2009), em Número e em Valor (Euros) 65Tabela 60 – Valor Global (Euros) e Proporção dos Projectos FCT da Fileira Florestal Aprovados (2000-2009) 65Tabela 61 – Projectos AGRO 8.1 Aprovados, em Número e em Valor (Euros) 65Tabela 62 – Valor Global (Euros) e Proporção (%) dos Projectos AGRO 8.1 da Fileira Florestal Aprovados 65Tabela 63 – Projectos I&DT QREN Aprovados, em Número e em Valor (Euros) 65Tabela 64 – Valor Global (Euros) dos Projectos I&DT QREN da Fileira Florestal Aprovados 66Tabela 65 – Investimento em I&D da subfileira do eucalipto 66Tabela 66 – Número e Investimento (Euros) dos Projectos da Fileira Florestal aprovados no QREN
para a área Inovação 66Tabela 67 – Investimento Total e Privado (Euros) dos Projectos das Subfileiras Florestais aprovados
no QREN para a área Inovação 67Tabela 68 – Representatividade da Fileira Florestal na Rede PME Inovação COTEC 67Tabela 69 – Projectos Aprovados e Executados (n.º) e Investimentos Total Aprovado e Privado (Euros)
dos Programas de Apoio ao Investimento à Produção Florestal (2000-2010) 73Tabela 70 – Investimento (Euros) em Arborização e Beneficiação nos Programas de Apoio
ao Investimento à Produção Florestal (2000-2010) 73Tabela 71 – Projectos Aprovados e Executados (n.º) e Investimentos Total Aprovado e Privado (Euros)
Programas de Apoio ao Investimento aos Prestadores de Serviços Florestais (2000-2010) 74Tabela 72 – Projectos Aprovados e Executados (n.º) e Investimentos Total Aprovado e Privado (Euros)
nos Programas de Apoio ao Investimento à Indústria da Fileira Florestal (2000-2011) 74Tabela 73 – Número e Investimento (Euros) dos Projectos da Fileira Florestal aprovados no QREN
para a Qualificação PME 75 Tabela 74 – Investimentos Total e Privado (Euros) Projectos das Subfileiras Florestais aprovados
no QREN para a Qualificação PME 75Tabela 75 – Número e Investimento (Euros) dos Projectos da Fileira Florestal aprovados
no QREN - SIAC 75Tabela 76 – Investimentos Total e Prvado (Euros) dos Projectos das Subfileiras Florestais
aprovados no QREN – SIAC 75Tabela 77 – Despesas e Receitas (Euros) do Fundo Florestal Permanente (2004-2009) 75Tabela 78 – Principais Medidas Legislativas em 2010 76
RELATÓRIO DE CARACTERIZAÇÃO DA FILEIRA FLORESTAL 2010 9RELATÓRIO DE CARACTERIZAÇÃO DA FILEIRA FLORESTAL 20108
índice de figuras
Figura 1 – Taxa de Variação Real (%) 12Figura 2 – Taxa de variação (%) do Índice Harmonizado de preços no Consumidor 12Figura 3 – Índice de Sentimento Económico 12Figura 4 – Taxas de Desemprego (%) 13Figura 5 – Taxa de Câmbio do Euro Face ao Dólar (EUR/USD) 13Figura 8 – Consumos Intermédios/Produção 33Figura 9 – Rendimento Empresarial Líquido 33Figura 10 – Transferências de Capital 33Figura 11 a) – Empresas da Fileira Florestal com certificação de Sistemas de Gestão Ambiental
(NP EN ISO 14001:2004) 37Figura 11 b) – Empresas da Fileira Florestal com certificação de Sistemas de Gestão da Qualidade
(NP EN ISO 9001:2008) 37Figura 12 – Exportações Portuguesas de Cortiça, em Massa (Milhares de Toneladas) e em Valor
(Milhões de Euros), no período 2000-2010 51Figura 13 – Exportações Portuguesas de Cortiça (preços correntes) por país de Destino em 2010
(Milhões de Euros) 51Figura 14 – Importações Portuguesas de Cortiça, em Massa (Milhares de Toneladas) e em Valor
(Milhões de Euros), no Período 2000-2010 51Figura 15 – Importações Portuguesas de Cortiça (preços correntes) por País de Origem em 2010
(Milhões de Euros) 51Figura 16 – Exportações Portuguesas de Madeiras (preços correntes) em Massa (Milhares de Toneladas)
e em Valor (Milhões de Euros) no período 2000-2010 52Figura 17 – Exportações Portuguesas de Madeira (preços correntes) por País de Destino em 2010
(Milhões de Euros) 52Figura 18 – Importações Portuguesas de Madeira (preços correntes) em Massa (Milhares de toneladas)
e em Valor (Milhões de Euros) no período 2000-2010 52Figura 19 – Importações Portuguesas de Madeira (preços correntes) por País de Origem em 2010
(Milhões de Euros) 52Figura 20 – Exportações Portuguesas de Pasta (preços correntes) em Massa (Milhares de Toneladas)
e em Valor (Milhões de Euros) no período 2000-2010 53Figura 21 – Exportações Portuguesas de Pasta (preços correntes) por País de Destino em 2010
(Milhões de Euros) 53Figura 22 – Importações Portuguesas de Pasta (preços correntes) em Massa (Milhares de Toneladas)
e em Valor (Milhões de Euros) no período 2000-2010 53Figura 23 – Importações Portuguesas de Pasta (preços correntes) por País de Destino em 2010
(Milhões de Euros) 53Figura 24 – Exportações Portuguesas de Papel e Cartão (preços correntes) em Massa
(Milhares de Toneladas) e em Valor (Milhões de Euros) no período 2000-2010 54Figura 25 – Exportações Portuguesas de Papel e Cartão (preços constantes) por País de Destino em 2010
(Milhões de Euros) 54Figura 26 – Importações Portuguesas de Papel e Cartão (preços correntes) em Massa
(Milhares de Toneladas) e em Valor (Milhões de Euros) no período 2000-2009 54Figura 27 – Importações Portuguesas de Papel e Cartão (preços constantes) por País de Origem em 2010
(Milhões de Euros) 54Figura 3.2.5 a) – Exportações Portuguesas de Mobiliário de Madeira (preços correntes) em Massa
(Milhares de Toneladas) e em Valor (Milhões de Euros) no período 2000-2010 55Figura 3.2.5 b) – Exportações Portuguesas de Mobiliário de Madeira (preços constantes) por País
de Destino em 2010 (Milhões de Euros) 55Figura 3.2.5 c) – Importações Portuguesas de Mobiliário de Madeira (preços correntes) em Massa
(Milhares de Toneladas) e em Valor (Milhões de Euros) no período 2000-2010 55Figura 3.2.5 d) – Importações Portuguesas de Mobiliário de Madeira (preços constantes) por País
de Origem em 2010 (Milhões de Euros) 55
O biénio 2008-2009 foi um período parti-cularmente penalizante para a economiamundial, com uma queda acentuada dastrocas comerciais na generalidade daseconomias (avançadas, em desenvolvi-mento e emergentes).
O aumento generalizado dos níveis deincerteza e de aversão ao risco no últimotrimestre de 2008, na sequência da falênciado Banco de Investimento Lehman Brothers,gerou uma queda abrupta da confiança edas expectativas dos agentes e um forteaumento da restritividade das condiçõesde financiamento a nível global. Nestecontexto, observou-se uma queda substan-cial da procura agregada e dos fluxos decomércio mundiais no final de 2008 e noinício de 2009 (Relatório Anual 2009,Banco de Portugal). O risco associado a esta conjuntura geroua criação de um conjunto muito diversifi-cado de medidas de estímulo orçamentalnas diferentes economias. Neste contexto,a produção e o comércio globais voltarama expandir-se a partir do segundo trimestrede 2009 e as perspectivas sobre a activi-dade económica global tornaram-seprogressivamente menos negativas aolongo do ano (Relatório Anual 2009, Banco de Portugal).
Ainda assim, a dimensão da deterioraçãoeconómica a nível mundial teve profundosimpactos nas diferentes economias euro-peias, com redução do investimento e dasexportações.
RELATÓRIO DE CARACTERIZAÇÃO DA FILEIRA FLORESTAL 2010 11
enquadramento económico 2008-2010
1
O biénio 2008-2009 foi um período particularmente penalizante para a economia mundial.
Esta conjuntura teve reflexos assinaláveisno contexto nacional originando uma forterecessão da economia portuguesa em 2008e 2009 (Figura 1 e Tabela 1):
— PIB com estagnação (2008) e quedaacentuada de 2,7% em 2009;
— Exportações de Bens e Serviços comqueda de 11,6%;
— Investimento com queda de 13,4%.
No entanto, em 2010 já ocorreu uma recu-peração da generalidade dos diversos indi-cadores.
No que concerne à taxa de inflação, os anosde 2008 e 2009 apresentam uma variaçãoextrema, reflectindo o sucedido com ospreços dos bens energéticos e alimentares.A aceleração dos preços destes bens no 1.ºsemestre de 2008 levou a taxa de inflaçãoa atingir valores na ordem dos 3,4% (Portu-gal), tendo apresentado uma acentuadaredução até ao fim do 1.º semestre de2009. Nos últimos meses de 2009, a infla-ção registou uma subida, reflectindo emparte a recuperação entretanto observadados preços internacionais das matérias-primas (Figura 2).
Em Dezembro de 2009, a taxa de inflaçãohomóloga da área do euro aumentou para0,9% (0,5% em Novembro), em resultadoda aceleração acentuada dos preços deenergia, os quais aumentaram 1,8%, inter-rompendo a diminuição registada ao longodo ano. (Boletim Mensal de EconomiaPortuguesa Nº 1 | Janeiro 2010. Gabinetede Estratégia e Estudos do Ministério daEconomia, da Inovação e do Desenvolvi-mento, e Gabinete de Planeamento, Estra-tégia, Avaliação e Relações Internacionaisdo Ministério das Finanças e da Adminis-tração Pública).Ao longo de 2010 a taxa de inflação homó-loga em Portugal manteve a tendência desubida, tendo aumentado para 2,4% emDezembro desse ano.
Todo este enquadramento teve comoconsequências o agravamento das condi-ções de financiamento, o aumento dasrestrições à concessão de crédito a famíliase empresas, com impacto directo noconsumo corrente de bens e serviços e noinvestimento. O indicador de sentimentoeconómico registou uma deterioraçãoiniciada no 1.º trimestre de 2008, tendêncianegativa que se manteve até ao 1.º trimes-tre de 2009, onde se iniciou uma inversão.Esta recuperação do indicador de senti-mento económico acabou por estagnar apartir do 2.º semestre de 2010, período apartir do qual apresenta ligeiras oscilaçõesmensais (Figura 3).
1 enquadramento económico 2008-2009
RELATÓRIO DE CARACTERIZAÇÃO DA FILEIRA FLORESTAL 2010 13
Esta forte recessão da economia portu-guesa contribuiu para um aumento da taxade desemprego para níveis extraordinaria-mente elevados (superiores à media daEU27), tendência iniciada no 2.º semestrede 2008.O desemprego registado atingia, no finalde Dezembro de 2010, a cerca de 602 milindivíduos, o que traduz um acréscimo decerca de 39 mil desempregados (+7%) faceao mês homólogo do ano de 2009 (Figura 4).
As receitas das empresas do Sector Florestal(principalmente as de cariz exportador) sãosignificativamente afectadas por variaçõesda taxa cambial do euro face a outras divi-sas, em particular face ao dólar americano(USD). Essas variações da taxa cambialpodem fazer sentir-se de diferentes formas:
— Produtos cujos preços no mercadomundial são estabelecidos em USD (porexemplo, o preço da BEKP – Bleached Euca-lyptus Kraft Pulp), com impactos potenciaisnas vendas, variáveis em função da evolu-ção do euro face ao USD;
— Vendas em moedas diferentes do Euro,por exemplo USD, com impactos poten-ciais nas vendas, variáveis em função daevolução do euro face ao USD.
O biénio 2008-2009 apresentou variaçõesda taxa do câmbio do euro face ao dólarque tiveram impactos distintos na compe-titividade das empresas:
— O ano de 2008, com uma tendência devalorização do dólar face ao euro,atenuando a quebra no valor das exporta-ções registada;
— O ano de 2009, com uma evoluçãogradual da cotação do euro face ao dólar,penalizando o valor das exportações.
O ano de 2010 teve também um desem-penho semelhante ao do biénio 2008-2009: o 1.º semestre com uma tendênciade valorização do dólar face ao euro, ondefoi atingido o valor mais baixo dos últimostrês anos, seguindo-se uma recuperação doeuro face ao dólar no 3.º trimestre e, nova-mente, uma ligeira valorização do dólar noúltimo trimestre (Figura 5).
RELATÓRIO DE CARACTERIZAÇÃO DA FILEIRA FLORESTAL 201012
-4,0
-2,0
0
2,0
4,0
UE 27 Zona Euro Portugal
-6,0 2006 20102007 2008 20092005
figura 1TAXA DE VARIAÇÃO REAL DO PIB (%)Fonte: CE (2011)
figura 2TAXA DE VARIAÇÃO (%) DO ÍNDICE HARMONIZADO DE PREÇOS NO CONSUMIDORFonte: EUROSTAT (2011)
0605
543210-1-2-3
07 08 09 10
UE 27 Zona Euro Portugal
0
20
40
60
80
100
120
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Jan-
87Ja
n-88
Jan-
89Ja
n-90
Jan-
91Ja
n-92
Jan-
93Ja
n-94
Jan-
95Ja
n-96
Jan-
97Ja
n-98
Jan-
99Ja
n-00
Jan-
01Ja
n-02
Jan-
03Ja
n-04
Jan-
05Ja
n-06
Jan-
07Ja
n-08
Jan-
09Ja
n-10
figura 3INDICE DE SENTIMENTO ECONÓMICOFonte: CE (2011)
Portugal
figura 4TAXAS DE DESEMPREGO (%)Fonte: EUROSTAT (2011)
0
2
4
6
8
10
12
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
UE 27 Portugal
figura 5TAXA DE CÂMBIO DO EURO FACE AO DÓLAR (EUR/USD)Fonte: Banco de Portugal (2011)
2008 20091.ºT 2.ºT 3.ºT 4.ºT 1.ºT 2.ºT 3.ºT 4.ºT
20101.ºT 2.ºT 3.ºT 4.ºT
0,00
0,20
0,40
0,60
0,80
1,00
1,20
1,40
1,60
1,80
tabela 1PIB E PRINCIPAIS COMPONENTES DE DESPESA (TAXA DE VARIAÇÃO REAL EM %) a)
PIBConsumo PrivadoConsumo PúblicoInvestimento
Procura InternaExportaçõesImportaçõesContributo procura interna para PIB(b) Contributo procura externa líquida para PIB(b)
Fonte: INE (2010), INE (2011), Banco de Portugal (2010) e Banco de Portugal (2011)Notas:(a) Os valores para o período 2007-2009 são estimativas preliminares do Banco de Portugal.(b) Contributo para a taxa de variação do PIB em pontos percentuais.
20061,41,9-1,4-0,3-0,70,10,88,75,20,90,5
20071,91,70,03,53,10,11,77,86,11,90,0
20080,01,71,1
-0,2-0,70,11,2
-0,52,71,3-1,2
20050,91,93,2-1,5-0,9-0,11,52,13,51,6-0,7
2009-2,7-0,83,5
-13,4-11,1-0,6-2,5-11,6-9,2-2,80,1
20101,32,21,8-5,6-5,0-0,10,78,85,20,70,6
FBCFVariação de existências (b)
RELATÓRIO DE CARACTERIZAÇÃO DA FILEIRA FLORESTAL 2010 15
caracterização da fileira florestal 2
Os incêndios florestais mantêm-se como uma das principais amea-ças à Fileira Florestal, em resultado do elevado número de ocor-rências e da correspondente elevada área ardida. O ano de 2010acentuou o retrocesso nos resultados obtidos face aos anos ante-riores (2006-2008), tendo inclusive sido ultrapassada a metainscrita no Plano Nacional de Defesa da Floresta Contra Incêndios(área ardida anual inferior a 100 mil hectares até 2012).
Relativamente ao número de ocorrências os anos de 2008 e 2009apresentam valores muito díspares: do valor mais baixo registadonos últimos 10 anos (13.832 ocorrências em 2008), para um dosvalores mais elevados no período em análise (2000-2010). Amesma tendência se constata quando se analisa só o número deincêndios florestais.
Relativamente ao número de ocorrências o ano de 2010 apresentaum valor um pouco inferior à média observada no período 2000-2010 (22.026).
Quanto à área ardida, é de salientar o ano de 2008, com um registoanómalo no período 2000-2010, devido ao muito reduzidonúmero de ocorrências e baixa área ardida. Da análise efectuadaé também de realçar o facto de, no que concerne ao período emcausa, o ano de 2009 ser o primeiro em que um registo superiora 5.000 incêndios florestais não se traduziu em mais de 100.000ha de área ardida (diminuição de 62.439 ha relativamente àmédia). Em 2010, o valor da área ardida (133.090 hectares) foium pouco inferior à média da última década.
Os grandes incêndios possuem um impacto muito expressivo nosomatório global das áreas ardidas. Se atendermos aos incêndioscom dimensão de área ardida entre 100 ha e 500 ha, constata-se que estes são responsáveis por cerca de 18,8% da área totalardida no período 2000-2010.
Importa salientar que a área total ardida neste período, 1.633.016ha (povoamentos e matos) não corresponde a áreas ardidas naíntegra pela primeira vez, mas pelo contrário, tem-se assistido auma redução do intervalo de tempo entre incêndios recorrentesnas mesmas áreas por motivos sociais, ambientais e económicos.
Considerando os incêndios com dimensão de área ardida entre500 ha e 1.000 ha, constata-se que 452 ocorrências (0,8% dototal) são responsáveis por cerca de 55% da área total ardida noúltimo decénio.
Fazendo uma análise conjunta aos grandes incêndios no período2000-2010, é perceptível a dimensão do impacto que estespossuem para a floresta portuguesa e no quanto é determinantea sua rápida extinção, uma vez que 3% dos incêndios florestaiscom dimensão superior a 1.000 ha originaram 75% da área ardidatotal.
Quanto às causas dos incêndios, os resultados apurados com basenas ignições com investigação concluída pela GNR/SEPNAmantêm as tendências de comportamentos associados a negli-gência. De facto, e de acordo com a análise dos resultados obtidospara o total das causas determinadas entre 2006 e 2010, as ocor-rências associadas à acção humana (uso do fogo, acidental e incen-diarismo) constituem a esmagadora maioria das ocorrências(95,5%). O uso do fogo, associado a acções negligentes, representa41,7% do total, salientando-se as queimadas como a principalcausa.
2.1.2 incêndios florestais
2 caracterização da fileira florestal
RELATÓRIO DE CARACTERIZAÇÃO DA FILEIRA FLORESTAL 2010 17RELATÓRIO DE CARACTERIZAÇÃO DA FILEIRA FLORESTAL 201016
O incendiarismo, que em 2010 voltou a sera principal causa, assume também umaexpressão relevante, com cerca de 45,5%do total das ignições com causas determi-nadas, destacando-se as motivações impu-táveis como a principal causa associada aesta sub-categoria.
Salienta-se que a única categoria de causasque apresentava uma tendência de redução(no período entre 2006-2009) eram asocorrências por causa acidental, o que sealterou em 2010 com um aumento de5,6% face a 2009. Uso do fogo e incendia-rismo, principais causas associadas à ocor-rência de incêndios, e que apresentavamuma tendência de estagnação/subidaligeira, evidenciaram em 2010 desempe-nhos distintos: redução das causas por usodo fogo e aumento das causas por incen-diarismo.
Merece destaque, por um lado o aumentodo número de ignições com investigaçãoconcluída pela GNR/SEPNA, e a tendênciade redução do número de ocorrências comcausas indeterminadas.
Num somatório global do decénio, aanálise revela dados extremamente preo-cupantes: uma área total ardida de1.473.412 ha, dos quais 53,5% são povoa-mentos florestais (788.048 ha), uma médiade 23.815 ocorrências/ano, das quais95,5% estão associadas à acção humana.De acordo com o Relatório Anual de ÁreasArdidas e Ocorrências de 2010 (AutoridadeFlorestal Nacional), entre 2000 e até 2010o eucalipto e o pinheiro bravo foram asespécies florestais mais afectadas pelosincêndios florestais. Em 2010 as espéciesmais afectadas foram o pinheiro bravo(44%), o eucalipto (34%) e em menorescala os carvalhais (14%).
Quanto à distribuição actual das ZIF(Tabela 14 d)) constata-se que:
— A NUT II do Centro é a região onde exis-tem mais ZIF (70), cerca de 48% do total;
— A NUT II de Lisboa e Vale do Tejo (LVT) éa que possui maior área de ZIF relativa-mente à área da NUT II (22,5%), o que estádirectamente associado à área em ZIF mastambém à dimensão da própria ZIF;
— As NUT II do Norte e do Alentejo são asNUT II que apresentam menor proporçãode área ZIF relativamente às áreas das NUTII (4,3% e 1,5%, respectivamente).
1 A área territorial contínua e delimitadaconstituída maioritariamente por espaçosflorestais, submetida a um plano de gestãoflorestal e a um plano específico de inter-venção florestal e gerida por uma únicaentidade.
Desde 2005, com a publicação do Decreto-Lei n.º 127/2005, de 5 de Agosto, queestabelece o regime de criação de zonas deintervenção florestal (ZIF1), bem como osprincípios reguladores do seu funciona-mento e extinção, que o processo de cons-tituição das ZIF sofreu uma enormeevolução (Tabela 14).
Actualmente, a área coberta pelas 152 ZIFjá constituídas atinge os 773.548 hectares,existindo ainda mais 21 ZIF (102.296hectares) em processo de constituição.
Relativamente ao tipo de entidades promo-toras e gestoras de ZIF (Tabela 14 b)), cons-tata-se que são as Organizações dePro du tores Florestais (OPF) as entidadespredominantes, com 85% e 91%, respec-tivamente.
A evolução da criação do número de ZIF(Tabela 14 c)) mostra uma evolução contí-nua até 2009, ano em que foram criadasmais ZIF. Também a nível regional esta foia tendência predominante, com excepçãodo Algarve que apresentou o maior númerode ZIF criadas em 2008.
2.1.4 zonas de intervenção florestal
A representatividade regional da área dasZIF (Tabela 14 e)) permite concluir que aNUT II do Centro e a NUT II de LVT sãopredominantes, representando em con -junto 73,6% da área total das ZIF, o queevidencia a dinâmica existente nestasregiões. O Alentejo é a região que possuimenos área em ZIF (5,6 % do total).
O regime predominante nas ZIF (Tabela 14f)), são as áreas privadas (que não dasempresas de pasta e papel), com 93,5%, oque já seria expectável face às caracterís-ticas do regime de propriedade em Portugal.As áreas sob regime florestal repre sen tam0,5% do total.
A ocupação florestal nas ZIF (Tabela 14 g)),que representa cerca de 51% da área total,evidencia, muito devido às áreas ZIF de LVT,uma predominância do sobreiro (15,6%),seguindo-se o eucalipto (15,1%) e opinheiro bravo (10,9%).
2 caracterização da fileira florestal
RELATÓRIO DE CARACTERIZAÇÃO DA FILEIRA FLORESTAL 2010 19
2 caracterização da fileira florestal
RELATÓRIO DE CARACTERIZAÇÃO DA FILEIRA FLORESTAL 201018
O Plano de Gestão Florestal (PGF) é uminstrumento de planeamento previsto noenquadramento legal proporcionado pelaLei de Bases da Política Florestal (Lei n.º33/96 de 17 de Agosto) e, mais tarde, peloDecreto-Lei n.º 205/99 de 9 de Junho, queregula o processo de elaboração, aprova-ção, execução e alteração dos PGF a aplicarnos espaços florestais.
No entanto, a sua aplicação de forma maisabrangente, instituindo a obrigatoriedadelegal da sua elaboração e aprovação paraas matas públicas e para parte das áreasprivadas, só veio a iniciar-se na sequênciada aprovação dos Planos Regionais deOrdenamento Florestal (PROF) no período2006-2007.
Posteriormente, a introdução do PGF apro-vado como critério de elegibilidade noacesso aos programas de apoio ao investi-mento florestal no Programa de Desenvol-vimento Rural (PRODER), a par dapublicação do Decreto-Lei n.º 16/2009 de14 de Janeiro, que aprova o regime jurídicodos planos de ordenamento, de gestão ede intervenção de âmbito florestal, vieramreforçar a dinâmica dos processos de elabo-ração dos PGF e dos PEIF (Planos Específi-cos de Intervenção Florestal).
Actualmente, existem 1.232 PGF aprova-dos (788.460 hectares) representando22,8% da área florestal em Portugal Conti-nental (Tabela 15 a)).
Se atendermos à evolução do número dePGF aprovados (Tabela 15 b)), verificamosa dinâmica recente que se tem registado,com um aumento de 184% no n.º de PGFaprovados, no espaço de 9 meses.
Também ao nível da evolução da áreasubmetida a PGF aprovados (Tabela 15 c))se verificou um aumento notável, 402.160hectares, cerca de 104% face a Outubro de2010.
Os PEIF são instrumentos de resposta aconstrangimentos específicos da gestãoflorestal. Correspondem a um nível deplaneamento operacional, podendo incidirsobre territórios com significativo risco deincêndio florestal, no controlo de pragas edoenças florestais, no controlo ou erradi-cação de espécies invasoras, na recupera-ção de áreas percorridas por incêndios,entre outras. Actualmente existem 23 PGFe 54 PEIF aprovados em ZIF (Tabela 16).
As iniciativas de certificação florestal emPortugal, designadamente o FSC – ForestStewardship Council e o PEFC - Programmefor the Endorsement of Forest Certification,não obstante o facto de estarem a decorrerhá já alguns anos, têm demonstrado algu-mas dificuldades em acompanhar o ritmoda evolução registada noutros países,comprometendo a capacidade de respostanacional às exigências de alguns mercadosinternacionais para onde o sector florestalportuguês exporta. No entanto, destaca-se desde 2009 até à data, uma evoluçãopositiva, com aumentos globais do númerode certificados da certificação da gestãoflorestal (GF), e da cadeia de responsabili-dade (CdR).
2.1.5 gestão florestal 2.1.6 certificação florestal
A certificação da CdR teve uma dinâmica de desenvolvimentomuito superior à certificação da GF, facto que é facilmente cons-tatável através do número de certificados de emitidos, o qual écerca de quatro vezes superior. Na base desta maior capacidadede resposta estará, certamente, no facto da certificação ser cadavez mais uma condição no acesso aos mercados europeus, o quese faz sentir, numa primeira fase, nas empresas de carácter expor-tador.
Relativamente ao sistema de certificação (Tabela 20) é notóriauma escolha predominante do FSC, com cerca de 70% do totalde certificados emitidos.
Relativamente ao número de certificados de CdR nas diferentessubfileiras, é a subfileira da Madeira e Mobiliário que apresentaum maior número de certificados emitidos com cerca de 33% (33certificados) do total.
Relativamente ao número de certificados de CdR apresentado noestudo AIFF de 2010 (86), regista-se um crescimento de 16,4%(um aumento global de 14 certificados).
Relativamente à certificação da GF (Tabela 18), encontram-seemitidos 23 certificados, dos quais 74% do sistema FSC (dadosreferentes a consulta online em www.fsc.org a 10/10/2011 ewww.pefc.org).
Existe um total de área certificada de 419.180 ha, no entanto,considerando o facto de existirem áreas com dupla certificação,estima-se que a área certificada efectiva seja de 296.766 ha, dosquais as empresas de produção de pasta e papel possuem 68,2%.
O sistema FSC é o que possui mais área certificada (210.814 ha)e proprietários florestais envolvidos (229), sendo o âmbito de certi-ficação mais utilizado o de grupo. Destaque para as duas certifi-cações PEFC de âmbito regional, as primeiras a ocorrer em Portugal,que possuem um número elevado de aderentes (27% do total deproprietários certificados).
Quanto à área certificada efectiva apresentada no estudo AIFF de2010 (269.708 ha), regista-se um crescimento de 10% (umaumento global de 27.058 ha), não obstante a suspensão de algunscertificados.
CERTIFICAÇÃO DA GESTÃOFLORESTAL
CERTIFICAÇÃO DA CADEIA DERESPONSABILIDADE (CdR)
2 caracterização da fileira florestal
RELATÓRIO DE CARACTERIZAÇÃO DA FILEIRA FLORESTAL 2010 21RELATÓRIO DE CARACTERIZAÇÃO DA FILEIRA FLORESTAL 201020
De acordo com as estimativas do INE parao ano 2009 (dados provisórios) o ValorAcrescentado Bruto (VAB) da Silvicultura,com 620,9 milhões de euros, apresentouuma redução de 8,4%, relativamente a2008, e de 28% relativamente a 2000(Tabela 23). De forma equivalente, tambéma Produção da Silvicultura apresenta asmesmas tendências: diminuição de 6,3%relativamente ao ano anterior, e de 21,8%face a 2000.
Quando se observa a Produção de BensSilvícolas (Tabela 24), verifica-se que as trêsprincipais subfileiras apresentam tendên-cias distintas:
— A produção de cortiça em 2009 apre-senta um decréscimo de 12,1% em valorface a 2008 e, relativamente ao ano 2000,uma quebra de 56,6%;
— A produção de pinheiro bravo (madeirade resinosas para fins industriais) apresentaum decréscimo de 7,1% em valor face a2008 e, relativamente ao ano 2000, umaquebra de 42,2% (a madeira de resinosaspara serrar apresentou em 2009 o valormais baixo desde 1994);
— A produção de eucalipto (madeira defolhosas para triturar) inverteu a tendênciade crescimento que apresentava desde2006, apresentando uma quebra de 8,8%face ao ano anterior; no entanto, compara-tivamente ao ano 2000 possui umaumento de 6,4%;
— A produção de madeira de folhosas parauso industrial teve uma evolução positivaentre 2000 e 2009, passando a ser o princi-pal bem silvícola, ligeiramente acima dacortiça e superior à produção de madeirade resinosas.
Relativamente aos Consumos Intermédios,em 2009 (Tabela 25) registou-se uma redu-ção de 1,1% face ao ano anterior, mantendoa tendência de decréscimo verificada desde2007.
É importante também realçar a inversão datendência da taxa de incorporação deinputs por unidade de produção (Figura 8),ocorrida também em 2004. Este aumentoda taxa de incorporação de inputs porunidade de produção revela um enquadra-mento desfavorável para a produção flores-tal, com aumentos dos preços das despesascorrentes (consumos intermédios, comoplantas, energia, adubos, serviços silvícolas,etc.) superiores aos preços na produção.Desde 2004 o aumento do valor dos consu-mos intermédios, designadamente o forteaumento dos preços dos combustíveis, nãotem sido acompanhado pelo aumento dovalor da produção silvícola (preços naprodução).
O Rendimento Empresarial Líquido (Figura9) apresentou uma quebra de 12,8% em2009, mantendo a tendência de decrés-cimo contínuo registada desde o ano 2000(-41,1%).
As Transferências de Capital estão relacio-nadas com os programas de apoio ao inves-timento florestal (Figura 10), e a sua evoluçãoestá directamente associada aos momen-tos de transição entre os mesmos:
— quebra entre 2000-2002 relacionadacom o encerramento do QCA II (1994-1999) e o inicio do QCA III;
— elevado valor de transferências de capitalem 2007 relacionado com o encerramentofinanceiro do QCA III (2000-2006)
— quebra acentuada de 2007 para 2009 (-58,4%) relacionada com o encerramentodo QCA III e os elevados atrasos no iniciodo PRODER (2007-2013).
2.2 desempenho económico2.2.1 indicadores
macroeconómicos da silvicultura
As Indústrias da Fileira Florestal foramresponsáveis por um Volume de Negóciosde 6.753 Milhões de Euros em 2009, querepresentou uma quebra de 12,2% (246Milhões de Euros) face ao ano anterior. Estaquebra acentuada, e que traduz a ocorrên-cia dos problemas económicos globais,com a queda dos fluxos de comérciomundiais, interrompeu um ciclo de cresci-mento iniciado entre 2004 (volume denegócios foi de 6.361 Milhões de Euros) e2007 (volume de negócios foi de 8.257Milhões de Euros), com um crescimento de29,8%.
De forma equivalente também o VABdecresceu em 2009 (-13,4% face a 2008),muito influenciado pelas dificuldades asso-ciadas à conjuntura económica e financeira.De acordo com as Contas Nacionais do INEpara 2009, o VAB das Indústrias da FileiraFlorestal representa 2,1% do VAB nacionale 10,5% do VAB industrial.
Tal como o Volume de Negócios e o VAB,também a FBCF registou uma quebra acen-tuada de 83,5% (660 milhões de euros),designadamente pela FBCF da fabricaçãode pasta, a qual foi negativa em 2009.
A balança comercial referente às indústriasda fileira florestal (Tabela 28) é extrema-mente vantajosa para Portugal, com umsaldo positivo de 1.690 milhões de eurosem 2010. Neste ano, esta fileira represen-tou 9,8% do total das exportações nacio-nais de bens e 3,5% do total das importaçõesnacionais de bens.
Não obstante os efeitos muito penalizado-res induzidos pela crise económica mundial,com impacto directo nos anos de 2008 e2009, o crescimento das exportações daFileira Florestal no período 2005-2010(37,4%) foi claramente superior ao cresci-mento das exportações globais de benspara Portugal (25,6%). A análise específicada variação de 2010 face a 2009, revela queo aumento do valor das exportações flores-tais (+23,6%) foi superior ao aumento dasexportações globais de bens para Portugal(+17,5%).
Na Tabela 29 estão agrupadas as balançascomerciais referentes às subfileiras flores-tais, sendo possível salientar relativamentea 2010:
• com excepção da subfileira da madeira, asrestantes subfileiras apresentaram umsaldo positivo (exportações – importações);
• todas as subfileiras apresentaram umaumento do valor das exportações;
• a subfileira da pasta, papel e cartão é aque possui o maior saldo em valor absoluto(904 milhões de euros), assim como omaior valor de exportações (2.025 milhõesde euros), representando 55,7% do totaldas exportações florestais e 5,5% dasexportações nacionais de bens.
No conjunto do período 2005-2010, é desalientar que:
• as subfileiras da cortiça, mobiliário demadeira e da pasta, papel e cartão apresen-tam sempre, em todos os anos, um saldopositivo;
• a subfileira da cortiça é a única que apre-senta, comparativamente a 2005, umaperda no valor das exportações (-10%,cerca de 84 milhões de euros), nãoobstante uma recuperação de cerca de 8%em 2010, face aos valores de 2009.
2.2.2 indicadores macroeconómicos da indústria da fileira florestal
2.2.3 balança comercial
RELATÓRIO DE CARACTERIZAÇÃO DA FILEIRA FLORESTAL 2010 23
2 caracterização da fileira florestal
RELATÓRIO DE CARACTERIZAÇÃO DA FILEIRA FLORESTAL 201022
A importância do valor das exportações daFileira Florestal para Portugal, 9,8% do totaldas exportações nacionais de bens,reflecte-se através do desempenho dosdiferentes agentes e entidades que a cons-tituem, no âmbito de um mercado globalextremamente competitivo. De acordocom o Inquérito Global às Indústrias Flores-tais, de Papel e de Embalagem realizadopela PricewaterhouseCoopers (edição de2010, com base nos dados de 2009), osresultados obtidos por algumas das empre-sas da Fileira Florestal são extremamenterelevantes. O ranking obtido refere-se às100 maiores empresas mundiais em 2009,e é definido tendo em conta o total dasvendas que as empresas declararam.
Três empresas da Fileira Florestal, grupoSonae Indústria, grupo Portucel Soporcel egrupo Corticeira Amorim, representandocada uma das principais subfileiras, cons-tam deste ranking.
de dois anos específicos, em que foi umemissor líquido: 2003 e 2005. Esta altera-ção no seu desempenho como sumidourojustifica-se pela elevada área ardida ocor-rida nestes dois anos, assim como pelo usode material queimado pela indústria.
A aplicação do valor no mercado da tone-lada de dióxido de carbono equivalente(CO2eq), 5,15 € (consulta online realizadaem 06 de Dezembro na sendeco2), aobalanço líquido das emissões e sequestrode CO2eq pela Floresta em 2009, permiteuma quantificação do seu valor: 76,3milhões de euros.
De acordo com o Millenium EcosystemAssessment (MA) os serviços dos ecossiste-mas são os benefícios que as pessoasobtêm dos ecossistemas e que são descritospelo MA como serviços de suporte (forma-ção do solo, ciclo dos nutrientes e produçãoprimária), de produção (alimentos, águapotável, combustível, produtos lenhosos,fibras, etc.), de regulação (regulação doclima, regulação da água, purificação daágua, controlo de doenças) e culturais (espi-rituais e religiosos, recreio e ecoturismo,educacionais, herança cultural, etc.). Alte-rações nestes serviços afectam o bem-estarhumano de diversas formas, com impactosna segurança, nos recursos materiais bási-cos para uma vida com qualidade, na saúdee nas relações sociais e culturais.
Os ecossistemas florestais asseguramtambém um conjunto alargado de serviços,destacando-se a fixação de carbono, biodi-versidade, protecção da paisagem, retençãoda água no solo, protecção contra a erosão,acumulação de matéria orgânica, entreoutros. Muitos destes serviços nãopossuem ainda valor de mercado. Deacordo com Mendes, A., et al., 2004 (ThePortuguese Forests. Country level reportdelivered to the EFFE Project - Evaluating
Financing of Forestry in Europe) a florestaportuguesa apresentava os seguintes valo-res de uso indirecto (sem valor de mercado):
• Protecção do solo agrícola: 49.209.000 €;
• Protecção dos recursos hídricos:28.934.000 €
• Conservação da paisagem e da biodiversi-dade: 56.695.000 €;
A retenção anual de carbono pelas florestastem um efeito ambiental benéfico, contri-buindo para a neutralização do efeito deestufa.
Contrariamente ao que sucede para outrosserviços ambientais, a existência de ummercado de emissões (ou redução) de CO2através da criação de um sistema interna-cional de comércio de licenças e de créditosde emissão, do aparecimento de fundos decarbono que financiam projectos de redu-ção de emissões valorizados financeira-mente nos mercados internacionais,permite atribuir valor económico à reduçãode GEE.
Para efeitos do cumprimento do Protocolode Quioto, é necessário determinar odesempenho líquido de um conjunto desectores, nos quais se inclui a Floresta,enquanto emissores e/ou sumidouros deGEE. A análise a este balanço líquido desdeo ano de 2000 (Tabela 31) demonstra quea Floresta Portuguesa tem sido, regra geral,um sumidouro de carbono, com excepção
2.2.4 valorização das externalidades
O Protocolo de Quioto estabelece que aUnião Europeia tem de reduzir as suasemissões de gases com efeito de estufa(GEE) em 8%, comparativamente às veri-ficadas em 1990. Neste enquadramento,ficou estabelecido que Portugal teria delimitar as suas emissões em 27% acima dovalor das emissões verificadas em 1990. Omontante de emissões de GEE que Portugalnão poderá exceder no período 2008-2012é de 382 milhões de toneladas de equiva-lentes de CO2 (Mt CO2e), representandoum valor médio anual de 76,39 Mt CO2e. O cumprimento dos objectivos nacionaisem matéria de alterações climáticas baseia-se nos seguintes instrumentos:
• O Programa Nacional para as AlteraçõesClimáticas (PNAC);
• O Plano Nacional de Atribuição de Licen-ças de Emissão para o período 2008-2012(PNALE II) que define as condições a queficam sujeitas as instalações abrangidaspelo comércio europeu de licenças de emis-são de GEE (CELE) e;
• O Fundo Português de Carbono.
O Programa Nacional para as AlteraçõesClimáticas (PNAC), define um conjunto depolíticas e medidas com o objectivo documprimento do Protocolo de Quioto,organizados em dois tipos: políticas e medi-das de referência (MR) e políticas e medidasadicionais (MA). As medidas de referênciaconsistem nas políticas e medidas já emvigor ou adoptadas à data de 1 de Janeirode 2005 e com impacte na redução deemissões de GEE, enquanto as medidasadicionais integram aquelas que foramadoptadas após essa data. No âmbito dacomponente florestal o PNAC integrouuma medida de referência e uma medidaadicional (Tabela 33).
Em 2009/2011, foi efectuada pelo CECAC,Autoridade Florestal Nacional (AFN) eAgência Portuguesa do Ambiente (APA)uma revisão e harmonização de toda acontabilização de emissões e sumidourosrelacionados com florestas (1990-2009),tendo sido efectuado pela primeira vez oreporte completo no formato do Protocolode Quioto (separação entre artigo 3.3 e3.4). O trabalho efectuado é baseado nasalterações de solo observáveis por compa-ração entre a Corine LandCover 2006 e1990 e poderá ser revisto quando foremrevistas a Carta de Ocupação do Solo (COS)1990 e produzida a COS 2010.
2.3.2 mitigação das alterações climáticas
2 caracterização da fileira florestal
RELATÓRIO DE CARACTERIZAÇÃO DA FILEIRA FLORESTAL 2010 25RELATÓRIO DE CARACTERIZAÇÃO DA FILEIRA FLORESTAL 201024
Da evolução recente das emissões portu-guesas de gases com efeito de estufa (GEE),destaca-se, desde o ano de 2005, umabrandamento e um decréscimo dessasemissões. Até então, as emissões nacionaistinham aumentado praticamente ininter-ruptamente desde 1990. As emissõesnacionais referentes ao ano de 2009 repre-sentam um decréscimo de 4,3% em relaçãoao ano anterior.
De acordo com o Inventário Nacional deEmissões de 2011 (relativo ao ano 2009),as emissões de GEE, sem contabilização dasemissões de alteração do uso do solo eflorestas, foram estimadas em cerca de 74,6Mt CO2e. No ano de 2009 as emissõesnacionais estavam assim cerca de 2,4%abaixo da Quantidade Atribuída a Portugalno âmbito do Protocolo de Quioto. A estevalor haverá ainda que abater o efeito dossumidouros florestais e agrícolas decarbono. Efectivamente as estimativas dosector alteração do uso do solo e florestas(LULUCF) sofreram uma revisão substancialem 2010, sendo este sector consideradocomo um sumidouro líquido de CO2 emtodo o período (1990-2009), a que corres-ponde um sequestro de 14.1 Mt CO2e. em2009 (CECAC, 2011).
De acordo com a avaliação do estado decumprimento com o Protocolo de Quioto(Nota Técnica, CECAC), e analisando ocontributo florestal, constata-se que:
• A informação disponível nesta data para2008, 2009 e 2010, permite antecipar queas medidas se aproximarão da meta defi-nida no PNAC nas duas medidas do sector(MRf1 - Programa de desenvolvimentosustentável da floresta portuguesa; MAf1 -Promoção da capacidade de sumidouro dafloresta).
• Com a contabilização das actividades deuso do solo, alteração do uso do solo eflorestas, estima-se o cumprimento dameta de Quioto em qualquer dos cenáriosestudados. Conforme já referido a contabi-lização destas actividades está, contudo,condicionada pela aceitação internacionaldas metodologias seguidas por Portugal.
Os resultados apontam para uma conti-nuação das reduções de emissões obtidasnos últimos anos, de forma mais acen-tuada. O défice remanescente de cumpri-mento de Quioto está actualmenteestimado em 10,37 Mt CO2e .
A Iniciativa Business & Biodiversity (B&B) éuma iniciativa da União Europeia com oobjectivo de incrementar o relacionamentoentre as empresas e a biodiversidade,permitindo que se dê um contributo signi-ficativo para a protecção da biodiversidadee para a prossecução da Meta de 2010, deparar a perda de biodiversidade a nível local,nacional, regional e global. A Iniciativaprocura promover, através de acordosvoluntários de longa duração, um campocomum para a colaboração entre estes doissistemas distintos: Business & Biodiversity,que favoreça a introdução da biodiversi-dade nas estratégias e políticas das empre-sas. Como se trata de parcerias, é necessárioque existam voluntários, ou seja, que osacordos estabelecidos sejam ganhadorespara ambas as partes e dirigidas ao corebusiness das empresas e ao que é funda-mental na defesa da Biodiversidade (Inicia-tiva B&B da União Europeia - SumárioExecutivo, 2007).
Até à data (consulta do portal do ICNBrealizada a 22 de Outubro de 2011) jáaderiram à Iniciativa Business & Biodiversity60 empresas e organizações portuguesas.Dentro deste conjunto de empresas e orga-nizações destaca-se o sector florestal querepresenta 18,3% das adesões (produçãoflorestal e indústria da transformação). Osacordos estabelecidos preconizam umconjunto muito diversificado de acções desensibilização, promoção, apoio, gestão econservação da biodiversidade, assim comoa sua internalização nas políticas e princí-pios de administração das empresas e orga-nizações.
2.3.3 Business & Biodiversity
A certificação de sistemas de gestãoambiental (NP EN ISO 14001:2004) temsido um dos instrumentos utilizados pelasempresas da Fileira Florestal para ademonstração dos compromissos demelhoria contínua do desempenhoambiental.
A nível nacional (consulta do portal do IPACrealizada a 01 de Novembro de 2011 - Basede dados nacional), existem 24 empresasda Fileira Florestal certificadas através daNP EN ISO 14001:2004 (para o universodas entidades cujo sistema de gestão tenhasido certificado no âmbito da acreditaçãoIPAC).
No âmbito global da Fileira Florestal (Figura11 a)), destacam-se as subfileiras da pastae papel (48,5%) e da madeira e mobiliário(37,5%) com maior número de empresascertificadas. Salienta-se ainda a existênciade 1 empresa da área da exploração florestal.
Relativamente à certificação de Sistemasde Gestão da Qualidade (NP EN ISO9001:2008), o universo das empresas certi-ficadas na Fileira Florestal (166) é muitosuperior à certificação de sistemas degestão ambiental.
A análise por subfileira (Figura 11b))evidencia de forma clara a predominânciada subfileira da madeira e mobiliário(59,6%), seguindo-se a pasta e papel(21,7%) e a cortiça (16,9%).
Por fim, a certificação de Sistemas deGestão da Segurança Alimentar (NP ENISO 22000:2005), sendo um processomuito específico, está limitado à subfileirada Cortiça, com 11 empresas certificadas.
2.3.4 certificação da gestão ambiental (ISO 14001:2004)
2 caracterização da fileira florestal
RELATÓRIO DE CARACTERIZAÇÃO DA FILEIRA FLORESTAL 2010 27RELATÓRIO DE CARACTERIZAÇÃO DA FILEIRA FLORESTAL 201026
O volume de emprego da Indústria da FileiraFlorestal tem diminuído, registando-se em2004 113.985 trabalhadores enquanto em2009 se quantificam 82.084 trabalhadores(Tabela 34). Esta diminuição correspondea um decréscimo de 28,0%, superior aodecréscimo também registado para aglobalidade da Indústria Transformadorano período 2004-2009, que foi de 15,0%.
Em 2009, a Indústria da Fileira Florestalrepresentava 9,6% do volume de empregoda Indústria Transformadora e cerca de1,6% do volume de emprego nacional.
2.4 desempenho social2.4.1 emprego
Outro mecanismo para evidenciar peranteterceiros a credibilidade dos sistemas degestão ambiental e do respectivo desem-penho ambiental é o Sistema Comunitáriode Ecogestão e Auditoria (EMAS), meca-nismo voluntário destinado a empresas eorganizações que querem comprometer-se a avaliar, gerir e melhorar o seu desem-penho ambiental.
De acordo com a base de dados disponívelno portal da APA – Agência Portuguesa doAmbiente (consulta realizada a 01 deNovembro de 2011), existem 4 registos daFileira Florestal no EMAS, representando5,6% do total de empresas a nível nacional.
2.3.5 registo no EMAS
vA Indústria da Fileira Florestal apresentaum desempenho globalmente positivo aonível dos acidentes de trabalho (Tabela 35),com uma tendência de redução acentuada:45,5% no período 2000 – 2008, superiorà globalidade da Indústria Transformadora(-11,6%) e ao total para Portugal Conti-nental, que inclusive aumentou em 2008face a 2000 (+2,5%).
O número de acidentes de trabalho ocor-ridos em 2008 para a Indústria da FileiraFlorestal (5.981) representava 7,9% dototal da Indústria Transformadora e 2,5%do total nacional.
A evolução do número de acidentesmortais (Tabela 36) também apresentauma tendência de redução (-69,2%) parao período 2000 – 2008, superior à da Indús-tria Transformadora (-65,4%) e ao totalpara Portugal Continental (-37,2%).
Em 2008 o número de acidentes mortaisocorridos na Indústria da Fileira Florestal(4) representou 14,1% do total da IndústriaTransformadora e 1,7% do total nacional.
2.4.2 acidentes de trabalho
Comparando com o ano 2000, os dias detrabalho perdidos na Indústria da FileiraFlorestal (Tabela 37) apresentam umatendência de decréscimo, -44,2% noperíodo 2000 – 2008, superior à globali-dade da Indústria Transformadora (0,0%)e ao total para Portugal Continental, ondese registou um aumento (+10,4%).
Em 2008 os dias de trabalho perdidos naIndústria da Fileira Florestal representam8,8% do total da Indústria Transformadorae 2,6% do total nacional.
RELATÓRIO DE CARACTERIZAÇÃO DA FILEIRA FLORESTAL 2010 29RELATÓRIO DE CARACTERIZAÇÃO DA FILEIRA FLORESTAL 201028
tabelas e figuras
tabela 6NÚMERO DE OCORRÊNCIAS E ÁREA ARDIDA (ha), POR TIPO, POR ANO (2000-2010)
Ano
20002001200220032004200520062007200820092010Média(2000-2010)
Fonte: AFN (2010)
N.º de OcorrênciasFogachos25.30720.07320.00020.88616.95027.51916.46615.16611.27520.56318.05619.296
Total
34.10926.94226.49226.19521.97035.69819.92118.73213.83226.33922.02624.751
Povoamentos68.64645.60965.164
286.05556.109213.51736.3209.6385.463
24.09446.07977.881
Área Ardida (ha)Matos90.95866.55759.245139.67173.430124.74539.18921.81211.78161.92387.01170.575
Incêndios Florestais8.8026.8896.4925.3095.0208.1793.4553.5662.5575.7763.9705.456
Total159.604112.166124.409425.726129.539338.26275.50931.45017.24486.017
133.090148.456
tabela 7 CARACTERIZAÇÃO DOS INCÊNDIOS COM DIMENSÃO ENTRE 100 E 500 ha (2000 – 2010)
Ano
20002001200220032004200520062007200820092010Média (2000-2010)
Total
Fonte: AFN (2011)
100 a 500 haÁrea Ardida (ha)
47.46128.31335.72430.89324.88357.09022.8146.1053.49022.33228.56527.970
307.670
Área Ardida (%Total)
30%25%29%7%19%17%30%19%20%26%21%
18,8%18,8%
N.º de Ocorrências2331401681341152201023016
109135127
1.402
tabela 8CARACTERIZAÇÃO DOS INCÊNDIOS COM DIMENSÃO ENTRE 500ha e 1.000ha (2000 – 2010)
Ano
20002001200220032004200520062007200820092010Média (2000-2010)
Total
Fonte: AFN (2011)
500 a 1.000 haÁrea Ardida (ha)
62.55742.01448.694
365.28476.464
209.27331.9597.5101.157
31.85918.34381.374895.114
Área Ardida (%Total)
39%37%39%86%59%62%42%24%7%
37%14%55%55%
N.º de Ocorrências5034458853982562
252641
452
tabela 9CARACTERIZAÇÃO DOS INCÊNDIOS COM DIMENSÃO SUPERIOR A 1.000 ha (2000 – 2010)
Ano
20002001200220032004200520062007200820092010Média (2000-2010)
Total
Fonte: AFN (2011)
» 1.000 haÁrea Ardida (ha)
110.01870.32784.418396.177101.347266.36354.77313.6154.64754.19154.901110.071
1.210.777
Área Ardida (%Total)
69%63%68%93%78%79%73%43%27%63%41%74%74%
N.º de Ocorrências2831742132221683181273618
13425156
1.718
tabela 10PROPORÇÃO (%) DE INCÊNDIOS SEGUNDO A CAUSA DETERMINADA POR ANO (2006 – 2010)
Causa
Uso do FogoAcidentaisEstruturaisIncendiarismoNaturalTotal
Fonte: AFN (2011)
200849,6%5,1%5,2%
39,4%0,7%
100,0%
200636,2%10,5%
n.d.45,5%7,9%
100,0%
200752,7%5,3%n.d.
40,4%1,7%
100,0%
200951,0%3,2%3,9%
40,7%1,2%
100,0%
201041,7%8,8%2,0%
45,5%2,0%
100,0%
Ocorrências com causa determinada (%)
tabela 11NÚMERO E PROPORÇÃO DE OCORRÊNCIAS INVESTIGADAS (2006 – 2010)
Ocorrências
n.º% Total
Fonte: AFN (2011)
20086.781
49,0%
20062.23411,2%
20076.34433,9%
200912.17646,2%
201013.51561,4%
Ocorrências Investigadas
tabela 12NÚMERO E PROPORÇÃO DE OCORRÊNCIAS DECORRENTES DE CAUSAS INDETERMINADAS (2006 – 2010)
Ocorrências
n.º% Total
Fonte: AFN (2011)
20083.12446,1%
20061.43264,1%
20073.136
49,4%
20093.91332,1%
20106.39247,3%
Causas Indeterminadas
RELATÓRIO DE CARACTERIZAÇÃO DA FILEIRA FLORESTAL 2010 31
2 caracterização da fileira florestal
RELATÓRIO DE CARACTERIZAÇÃO DA FILEIRA FLORESTAL 201030
tabela 14 a)
N.º, ÁREA (ha) E FASE DE CONSTITUIÇÃO DAS ZONAS DE INTERVENÇÃO FLORESTAL
ZIFConstituídasEm constituiçãoTotal
Fonte: AFN, Julho de 2011
Número15221
173
Área (ha)773.548102.296875.844
tabela 14 b) ENTIDADES PROMOTORAS E GESTORAS DE ZONAS DE INTERVENÇÃO FLORESTAL
Tipo de EntidadeOrganizações de ProdutoresFlorestaisEmpresasAutarquiasTotal
Fonte: AFN, Julho de 2011
N.º Entidades Promotoras
84
123
99
N.º Entidades Gestoras
52
70
59
tabela 14 c)
NÚMERO DE ZONAS DE INTERVENÇÃO FLORESTAL POR REGIÃO E ANO DE CRIAÇÃO
NUT IINorteCentroLisboa e Vale do TejoAlentejoAlgarveTotal
Fonte: AFN, Abril de 2011
2006010001
20071710211
2008421506
36
200915251024
56
2010711304
25
20114550014
tabela 14 d)
DISTRIBUIÇÃO DAS ZONAS DE INTERVENÇÃO FLORESTALNUT IINorteCentroLisboa e Vale do TejoAlentejoAlgarveTotal
Fonte: AFN, Abril de 2011
N.º ZIF317024516
146
Área ZIF (ha)91.100
277.559265.88841.57261.588737.707
% ZIF na área NUT II (%)4,3%11,7%22,5%1,5%
12,3%8,3%
tabela 14 e)
REPRESENTATIVIDADE REGIONAL DAS ZONASDE INTERVENÇÃO FLORESTALNUT IINorteCentroLisboa e Vale do TejoAlentejoAlgarveTotal
Fonte: AFN, Abril de 2011
Área ZIF (ha)91.100
277.559265.88841.57261.588737.707
% ZIF face área total12,3%37,6%36,0%5,6%8,3%
100,0%
tabela 14 f)
REGIME DE PROPRIEDADE NAS ZONAS DE INTERVENÇÃO FLORESTALRegime de Propriedade Empresas de Pasta e PapelRegime Florestal (gestão AFN)OutrosTotal
Fonte: AFN, Abril de 2011
Área (ha)43.9153.871
689.921737.707
% ZIF área total de ZIF6,0%0,5%
93,5%100%
tabela 14 g)
OCUPAÇÃO FLORESTAL NAS ZONAS DE INTERVENÇÃO FLORESTAEspécie FlorestalSobreiroEucaliptoPinheiro BravoOutras EspéciesTotal
Fonte: AFN, Julho de 2011
Área (ha)115.168111.12880.47466.304373.074
% área total de ZIF15,6%15,1%10,9%9,0%51%
tabela 15 a)
NÚMERO E ÁREA (ha) DOS PLANOS DE GESTÃO FLORESTAL
Planos de Gestão FlorestalAprovadosElaboração/AnáliseTotal
Fonte: AFN, Julho de 2011
Número
1.232568
1.800
Área (ha)
788.460375.618
1.164.078
tabela 15 b)
EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE PLANOS DE GESTÃO FLORESTAL
Planos de Gestão FlorestalAprovadosElaboração/AnáliseTotal
Fonte: AFN, Outubro de 2010; Julho de 2011
Outubro 2010
433426859
Julho 2011
1.232568
1800
tabela 15 c)
EVOLUÇÃO DA ÁREA (ha) DOS PLANOS DE GESTÃO FLORESTAL
Planos de Gestão FlorestalAprovadosElaboração/AnáliseTotal
Fonte: AFN, Outubro de 2010; Julho de 2011
Outubro 2010
386.300322.163708.463
Julho 2011
788.460375.618
1.164.078
tabela 16NÚMERO DE PLANOS DE GESTÃO FLORESTAL E DE PLANOS ESPECÍFICOS DE INTERVENÇÃO FLORESTAL EM ZIF
SituaçãoAprovadosElaboração/AnáliseTotal
Fonte: AFN, Julho de 2011
N.º PGF231538
N.º PEIF541367
RELATÓRIO DE CARACTERIZAÇÃO DA FILEIRA FLORESTAL 2010 33
2 caracterização da fileira florestal
RELATÓRIO DE CARACTERIZAÇÃO DA FILEIRA FLORESTAL 201032
tabela 18ÁREA (ha) E NÚMERO DE ADERENTES SEGUNDO O SISTEMA DE CERTIFICAÇÃO FLORESTAL, POR ÂMBITO
Sistema de CertificaçãoPEFCFSCTotal
Fonte: PEFC (2011) e FSC (2011)
Individual246
Grupo21315
Regional2
n.a.2
Total61723
Área (ha)
208.366210.814419.180
Aderentes (n.º)
97229326
Âmbito
tabela 20NÚMERO DE CERTIFICADOS CdR EMITIDOS, SEGUNDO O SISTEMA DE CERTIFICAÇÃO FLORESTAL, POR SUBFILEIRA DA FILEIRA FLORESTAL
Sistema de Certificação
PEFCFSCTotal
Fonte: PEFC (2011) e FSC (2011)
Cortiça
31417
Pasta e Papel
7916
Madeira e Mobiliário
72633
Gráfica
41014
Total
3070
100
Exploração e Comercialização de madeira
91120
N.º de Certificados CdR emitidos/Subfileira
tabela 23VAB E PRODUÇÃO DA SILVICULTURA (MILHÕES DE EUROS)
IndicadoresValor Acrescentado Bruto (preços correntes)Produção da Silvicultura
Fonte: INE/Contas Económicas da Silvicultura (2011)
2000
862,71.136,0
2001
719,3949,7
2002
758,2975,6
2003
716,8928,4
2004
708,6911,5
2005
666,0895,4
2006
685,4917,7
2007
677,4958,3
2008
677,9948,8
2009p
620,9888,9
tabela 24PRODUÇÃO DE BENS SILVÍCOLAS (MILHÕES DE EUROS)
Produção de Bens SilvícolasMadeira de Resinosas para Fins IndustriaisMadeira de Resinosas para SerrarMadeira de Resinosas para TriturarOutra Madeira de Resinosas Madeira de Folhosas para Fins IndustriaisMadeira de Folhosas para SerrarMadeira de Folhosas para TriturarOutra Madeira de FolhosasCortiça
Fonte: INE/Contas Económicas da Silvicultura (2011)Nota: p - provisório
2000
193,0
142,4
41,7
8,9
166,8
2,5
162,22,2
395,4
2001
167,9
129,5
30,4
7,9
148,4
1,9
144,61,9
360,3
2002
124,8
104,5
13,5
6,8
154,3
4,1
148,41,8
319,9
2003
125,5
100,4
18,5
6,6
172,7
9,3
161,61,8
297,5
2004
163,7
117,3
38,6
7,8
179,2
5,3
172,31,7
255,9
2005
141,7
114,7
19,6
7,4
166,1
5,1
159,41,6
200,5
2006
144,7
121,8
15,3
7,6
159,4
3,4
154,71,3
223,1
2007
138,7
115,9
15,9
6,9
173,5
3,5
168,91,2
210,0
2008
120,0
98,4
15,1
6,5
193,9
3,5
189,31,2
195,5
2008
120,0
98,4
15,1
6,5
193,9
3,5
189,31,2
195,5
tabela 25TAXA DE INCORPORAÇÃO DE INPUTS/UNIDADE DE PRODUÇÃO (MILHÕES DE EUROS)
IndicadoresConsumos IntermédiosProdução SilvícolaConsumos Intermédios/Produção
Fonte: INE/Contas Económicas da Silvicultura (2011)Nota: p - provisório
2000273,3
1.136,0
24,1%
2001230,4949,7
24,3%
2002217,4975,6
22,3%
2003211,6928,4
22,8%
2004202,9911,5
22,3%
2005229,4895,4
25,6%
2006232,3917,7
25,3%
2007280,9958,3
29,3%
2008270,9948,2
28,6%
2009p268,0888,9
30,1%
15%
17%
19%
21%
23%
25%
27%
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009p
29%
31%
figura 8CONSUMOS INTERMÉDIOS / PRODUÇÃOFonte: INE (2011)
400
450
350
500M €
550
600
650
700
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009p
figura 9RENDIMENTO EMPRESARIAL LÍQUIDOFonte: INE (2011)
0
5
10
15
20
25M €
30
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009p
35
40
45
50
figura 10TRANSFERÊNCIAS DE CAPITALFonte: INE (2011)
RELATÓRIO DE CARACTERIZAÇÃO DA FILEIRA FLORESTAL 2010 35
2 caracterização da fileira florestal
RELATÓRIO DE CARACTERIZAÇÃO DA FILEIRA FLORESTAL 201034
tabela 26VAB E VOLUME DE NEGÓCIOS (MILHÕES DE EUROS)
IndicadoresVABVolume de Negócios
Fonte: INE/Inquérito Anual às Empresas Harmonizado - 2000 a 2003; Sistema de Contas Integrado das Empresas - 2004 a 2009* A alteração metodológica introduzida a partir do ano de 2004 no Sistema de Contas Integradas das Empresas (SCIE), abrangendo de forma mais exaustiva a componente das empresas, não permite a comparação directa com os anos anteriores.
20002.297,007.544,00
20012.132,007.493,00
20022.217,007.601,00
20032.145,007.798,00
2004*2.147,006.361,00
2005*2.207,006.553,00
2006*2.265,006.821,00
2007*2.331,638.264,31
2008*2.009,057.796,28
2009*1.763,266.753,43
tabela 27FBCF (FORMAÇÃO BRUTA DE CAPITAL FIXO) (MILHÕES DE EUROS)
2005 2006 2007 2008 2009327,00 381,00 370,00 791,00 130,69
Fonte: INE/Sistema de Contas Integrado das Empresas - 2005 a 2009
tabela 28BALANÇA COMERCIAL (PREÇOS CORRENTES, M€)
Indicadores
ExportaçõesExportações de Bens
ImportaçõesImportações de Bens
ExportaçõesExportações da Fileira Florestal/Exportações
Totais Portuguesas (%)Exportações da Fileira Florestal/Exportações
de Bens (%)Importações
Importações da Fileira Florestal/Importações Totais Portuguesas (%)
Importações da Fileira Florestal/ImportaçõesBens (%)
2005
42.56731.02455.77447.407
2.647,2
6,2%8,5%
1.666,4
3,0%
3,5%
2006
48.20434.93960.97151.680
2.916,1
6,0%8,3%
1.746,4
2,9%
3,4%
2007
53.43138.01265.68755.603
3.390,3
6,3%8,9%
1.960,1
3,0%
3,5%
2009
46.21831.50558.64548.921
2.935,9
6,4%9,3%
1.644,3
2,8%
3,4%
2010
53.46437.01865.84055.264
3.636,0
6,8%9,8%
1.946,0
3,0%
3,5%
2008
54.87838.40870.77759.778
3.347,4
6,1%8,7%
1.941,3
2,7%
3,2%
Total Nacional a)
Fileira Florestal b)
a) Fonte: INE (Banco de Portugal)b) Fonte: INE
a) Fonte: INE (2011) (dados cedidos pela APCOR)b) Fonte: INE (2010); EUROSTAT (2011)c) Fonte: INE (2010); EUROSTAT (2011)d) Fonte: EUROSTAT (dados cedidos pela CELPA)
tabela 29BALANÇA COMERCIAL DAS SUBFILEIRAS FLORESTAIS (PREÇOS CORRENTES, MILHÕES DE EUROS)
Indicadores
ExportaçõesExportações de Cortiça /
Exportações Totais Portuguesas (%)Exportações de Cortiça/
Exportações de Bens (%)Importações
Importações de Cortiça/Importações Totais Portuguesas (%)
Importações de Cortiça/Importações de Bens (%)
Exportações
Exportações de Madeira/Exportações Totais Portuguesas (%)
Exportações de Madeira/Exportações de Bens (%)
Importações Importações de Madeira /
Importações Totais Portuguesas (%)Importações de Madeira/Importações de Bens (%)
Exportações
Exportações de Mobiliário/Exportações Totais Portuguesas (%)
Exportações de Mobiliário/Exportações de Bens (%)
ImportaçõesImportações de Mobiliário/
Importações Totais Portuguesas (%)Importações de Mobiliário/
Importações de Bens (%)
2005
838,0
2,0%
2,7%146,2
0,3%
0,3%
272,7
0,6%
0,9%338,6
0,6%
0,7%
178,1
0,4%
0,6%173,9
0,3%
0,4%
1.356,8
3,2%
4,4%986,9
1,8%
2,1%
2006
848,5
1,8%
2,4%130,4
0,2%
0,3%
353,3
0,7%
1,0%356,9
0,6%
0,7%
219,9
0,5%
0,6%203,5
0,3%
0,4%
1.508,2
3,1%
4,3%1.053,7
1,7%
2,0%
2007
853,8
1,6%
2,2%130,7
0,2%
0,2%
700,5
1,3%
1,8%629,0
1,0%
1,1%
259,4
0,5%
0,7%215,5
0,3%
0,4%
1.577,7
3,0%
4,2%1.145,1
1,7%
2,1%
2009
698,3
1,5%
2,2%84,6
0,1%
0,2%
470,0
1,0%
1,5%451,4
0,8%
0,9%
300,0
0,6%
1,0%186,9
0,3%
0,4%
1.473,6
3,2%
4,7%1.063,4
1,8%
2,2%
2010
754,3
1,4%
2,0%94,8
0,1%
0,2%
520,5
1,0%
1,4%573,3
0,9%
1,0%
335,7
0,6%
0,9%157,3
0,2%
0,3%
2.025,5
3,8%
5,5%1.120,7
1,7%
2,0%
2008
823,7
1,5%
2,1%127,6
0,2%
0,2%
664,5
1,2%
1,7%601,2
0,8%
1,0%
304,2
0,6%
0,8%223,1
0,3%
0,4%
1.583,2
2,9%
4,1%1.160,3
1,6%
1,9%
Subfileira Cortiça a)
Subfileira Madeira b)
Subfileira Mobiliário c)
Exportações
Exportações de Pastas, Papel e Cartão/Exportações Totais Portuguesas (%)
Exportações de Pastas, Papel e Cartão/Exportações de Bens (%)
ImportaçõesImportações de Pastas, Papel e Cartão/
Importações Totais Portuguesas (%)Importações de Pastas, Papel e Cartão/
Importações de Bens (%)
Subfileira Pasta, Papel e Cartão d)
figura 11 a)
EMPRESAS DA FILEIRA FLORESTAL COM CERTIFICAÇÃO DE SISTEMAS DE GESTÃO AMBIENTAL (NP EN ISO 14001:2004)Fonte: IPAC (2011)
45,8%PASTA E PAPEL
4,2%SILVICULTURA,EXPLORAÇÃOE COMÉRCIO
12,5%CORTIÇA
37,5%MADEIRA
E MOBILIÁRIO
figura 11 b)
EMPRESAS DA FILEIRA FLORESTAL COM CERTIFICAÇÃO DE SISTEMAS DE GESTÃO DA QUALIDADE (NP EN ISO 9001:2008)Fonte: IPAC (211)
59,6%MADEIRA
E MOBILIÁRIO
1,8%SIVICULTURA,EXPLORAÇÃOE COMÉRCIO
16,9%CORTIÇA
21,7%PASTA
E PAPEL
RELATÓRIO DE CARACTERIZAÇÃO DA FILEIRA FLORESTAL 2010 37RELATÓRIO DE CARACTERIZAÇÃO DA FILEIRA FLORESTAL 201036
tabela 31 BALANÇO LÍQUIDO (EMISSOR/SUMIDOURO) DA FLORESTA (Gg DE CO2eq)
FlorestaFloresta que se mantém como florestaÁrea convertida em florestaTotal
Fonte: APA - Agência Portuguesa do Ambiente (2011)
2000-2.482-577
-3.059
2001-3.732-577
-4.308
2002-3.690-577
-4.266
20035.257-577
4.680
2004-1.644-577
-2.221
20053.793-5773.217
2006-2.733-577
-3.309
2007-3.532-577
-4.108
2008-3.837-577
-4.414
2009-12.131-2.683-14.814
tabela 33MEDIDAS FLORESTAIS DO PNAC
MedidaMRf1 - Programa de Desenvolvimento Sustentável da Floresta Portuguesa MAf1 - Promoção da Capacidade de Sumidouro de Carbono da Floresta
Fonte: CECAC
MetaÁrea de nova floresta em 2010,
relativamente a 31.12.1989: • 492 mil hectares. (Artº3.3)
Adopção de actividadesde Gestão Florestal:• 2,95 Milhões de ha
de floresta incluída (Artº 3.4)
tabela 30 RANKING GLOBAL DAS INDÚSTRIAS FLORESTAIS, DE PAPEL E DE EMBALAGEM
Empresa/Grupo
Grupo SONAE INDÚSTRIA, SGPS, S.A.Grupo PORTUCEL SOPORCELGrupo CORTICEIRA AMORIM SGPS S.A.
Fonte: PricewaterhouseCoopers
Posição no ranking das 100 maiores empresas
a nível mundial
52
59
99
Posição no rankingdas maiores empresas
a nível europeu
17
19
31
2 caracterização da fileira florestal
RELATÓRIO DE CARACTERIZAÇÃO DA FILEIRA FLORESTAL 2010 39RELATÓRIO DE CARACTERIZAÇÃO DA FILEIRA FLORESTAL 201038
tabela 35ACIDENTES DE TRABALHO (MORTAIS E NÃO MORTAIS) POR ACTIVIDADE ECONÓMICA
IndicadoresPortugal Continental TotalIndústrias TransformadorasIndústria da Fileira Florestal (não inclui mobiliário)Indústria da Fileira Florestal em % Ind. Transformadora (não inclui mobiliário) Indústria da Fileira Florestal em % Portugal Continental (não inclui mobiliário)
Fonte: GEP/MTSS, Acidentes de Trabalho (2010)
2000234.19286.183
10.983
12,7%
4,7%
2001244.93692.071
11.283
12,3%
4,6%
2002248.09789.560
11.098
12,4%
4,5%
2003237.22282.537
10.122
12,3%
4,3%
2004234.10975.795
9.088
12,0%
3,9%
2005228.88474.593
9.101
12,2%
4,0%
2006237.39274.698
8.584
11,5%
3,6%
2007226.14676.195
7.986
10,5%
3,5%
2008240.01876.184
5.981
7,9%
2,5%
tabela 36ACIDENTES DE TRABALHO MORTAIS
IndicadoresPortugal Continental TotalIndústrias TransformadorasIndústria da Fileira Florestal(não inclui mobiliário)Indústria da Fileira Florestal em % Ind. Transformadora (não inclui mobiliário) Indústria da Fileira Florestalem % Portugal Continental (não inclui mobiliário)
Fonte: GEP/MTSS, Acidentes de Trabalho (2010)
200036878
13
16,7%
3,5%
200136559
6
10,2%
1,6%
200235775
10
13,3%
2,8%
200331252
8
15,4%
2,6%
200430655
9
16,4%
2,9%
200530056
10
17,9%
3,3%
200625343
7
16,3%
2,8%
200724447
9
19,1%
3,7%
200823127
4
14,8%
1,7%
tabela 37DIAS DE TRABALHO PERDIDOS
IndicadoresPortugal Continental TotalIndústrias TransformadorasIndústria da Fileira Florestal (não inclui mobiliário)Indústria da Fileira Florestal em % Ind. Transformadora (não inclui mobiliário) Indústria da Fileira Florestal em % Portugal Continental (não inclui mobiliário)
Fonte: GEP/MTSS, Acidentes de Trabalho (2010)
20006.483.3822.107.945
332.410
15,8%
5,1%
20017.738.9812.621.306
423.196
16,1%
5,5%
20027.624.8932.401.155
419.878
17,5%
5,5%
20036.304.3161.960.528
293.757
15,0%
4,7%
20046.730.9521.936.211
266.167
13,7%
4,0%
20056.811.5051.964.579
294.398
15,0%
4,3%
20067.082.0662.027.332
280.402
13,8%
4,0%
20076.713.3772.051.925
250.638
12,2%
3,7%
20087.156.0032.107.829
185.650
8,8%
2,6%
tabela 34POPULAÇÃO EMPREGADA
IndicadoresPortugal Continental Total (un. 1000 pessoas)Indústrias Transformadoras (un. 1000 pessoas)Indústria da Fileira Florestal (un. 1000 pessoas)*Indústria da Fileira Florestal em % Ind. TransformadoraIndústria da Fileira Florestal em % Portugal Continental
Fonte: INE - Inquérito Anual às Empresas (até 2003) e Sistema de Contas Integradas das Empresas (a partir de 2004); INE - Inquérito ao Emprego (2010)* A alteração metodológica introduzida a partir do ano de 2004 no Sistema de Contas Integradas das Empresas (SCIE), abrangendo de forma mais exaustiva a componente das empresas, não permite a comparação directa com os anos anteriores.
2000
5.021
1.094
121
11,0%
2,4%
2001
5.112
1.096
115
11,0%
2,3%
2002
5.137
1.052
115
11,3%
2,2%
2003
5.118
1.019
113
11,3%
2,2%
2004*
5.123
1.002
114
11,8%
2,2%
2005*
5.123
969
113
11,6%
2,2%
2006*
5.160
981
106
10,8%
2,1%
2007*
5.170
954
96
10,1%
1,9%
2008*
5.198
894
93
10,4%
1,8%
2009*
5.054
852
82
9,6%
1,6%
RELATÓRIO DE CARACTERIZAÇÃO DA FILEIRA FLORESTAL 2010 41
empresas e mercados3
No contexto económico difícil anteriormente retratado, a subfileirada cortiça tem vindo a sofrer uma redução dos valores de expor-tação ao longo dos últimos 11 anos, apresentando uma diminuiçãode 163 Milhões de Euros entre 2000 e 2010, ainda que 2009 sejaum ano atípico para a generalidade das actividades económicas.Após uma tendência ligeira de recuperação registada entre 2005e 2007, os anos de 2008 e 2009, pelas razões já por diversas vezesreferidas, anularam essa orientação. Contudo, 2010 já evidenciauma clara tendência de recuperação face a este período.
Em 2010, e de acordo com a Figura 12, as exportações de cortiçaapresentaram uma aumento de valor de 8,0% face ao ano anterior,destacando-se as rolhas de cortiça na globalidade, com umaumento de cerca de 71,5 milhões de euros (Tabela 44). O desem-penho destes produtos é determinante para esta subfileira umavez que representam cerca de 70% do total do valor das suas expor-tações.
As outras rolhas cortiça natural foram a tipologia de produto queapresentou o maior crescimento em valor, 36,6 milhões de euros,o que representa um acréscimo de cerca de 20,3% face ao anoanterior. Destaque também para as rolhas de cortiça natural que,após uma quebra acentuada de 71,9 milhões de euros em 2009,apresentaram um registo positivo, tendo recuperado o valor dassuas exportações em cerca de 35 milhões de euros (+12,6%).
3.2 principais mercados e quotas de mercado por tipos de produto
3.2.1 subfileira da cortiça
Quanto aos dez principais destinos das exportações (Figura 13),verifica-se, não obstante a existência de um número muito consi-derável de países para onde se exporta cortiça, que o valor dasexportações está maioritariamente concentrado em cinco países– França, EUA, Espanha, Alemanha, Itália - que representam 64,7%do valor das exportações.
Relativamente às importações (Figura 14), e após um período dealguma estabilização entre 2006 e 2008, o ano de 2009 apresentouuma quebra acentuada nas importações em valor (-33%), decor-rente da crise económica mundial. Com a retoma económica ocor-rida em 2010, aumentaram também as importações face a 2009,quer em volume (+23,2%) quer em valor (+14,2%).
O conteúdo das importações, maioritariamente centradas nacortiça natural, reflecte o comportamento de País líder na trans-formação da cortiça (Tabela 45). O produto mais relevante, emmassa ou valor, é a cortiça natural em bruto, que em 2010 repre-senta 67% do total do valor das importações. Este produto registouum aumento das importações em valor de cerca de 34,5% face a2009.
A análise da origem das importações espelha a importância daEspanha como país produtor de cortiça (73,4% do valor global).Os restantes países, com reduzida expressão nas importações,dividem-se entre países produtores (Marrocos e Tunísia) e paísescom capacidade de transformação instalada.
3 empresas e mercados
RELATÓRIO DE CARACTERIZAÇÃO DA FILEIRA FLORESTAL 2010 43RELATÓRIO DE CARACTERIZAÇÃO DA FILEIRA FLORESTAL 201042
As exportações da subfileira da madeira apresentaram uma fortetendência de crescimento entre 2001 e 2007, em volume e emvalor, com aumentos de 172% e 232% (+489 milhões de euros)respectivamente.
Tal como para muitas actividades económicas, o ano de 2008também representou uma diminuição nas exportações da subfileirada madeira:
• Quebra de 1,1% em volume, com uma redução muito ligeira;
• Quebra de 5,1% em valor, com uma redução de 36 milhões deeuros.
No entanto, e para além da difícil conjuntura económica, o anode 2008 traduz também a introdução de restrições por parte daComissão Europeia ao transporte de madeira, casca e vegetaissusceptíveis provenientes de Portugal, decorrentes do agrava-mento da situação do Nemátodo da Madeira do Pinheiro.
3.2.2 subfileira da madeira
Em 2009 acentuaram-se as dificuldades face ao ano anterior, coma actividade exportadora desta subfileira a apresentar uma quebrade 36,2% em volume e de 29,3% em valor (redução de 194milhões de euros). No entanto, 2010 apresenta valores de expor-tações que traduzem a recuperação económica ocorrida, com umaumento em valor de 10,7% (51 milhões de euros) e em volumede 10,5% (237 mil toneladas).
O desempenho dos principais tipos de indústria desta subfileiraem 2010 apresentou as seguintes tendências face a 2009 (Tabela46):
• Carpintaria, com um aumento de 9% em valor (+9,5 milhões deeuros);
• Painéis, com um ligeiro aumento das exportações em valor (+ 1milhão de euros), não obstante uma redução nas exportações emvolume (-9,4%);
• Serração, que foi a indústria que mais recuperou face a 2009,aumentando as exportações em valor em 19% (+38 milhões deeuros).
Relativamente aos principais destinos das exportações da subfileirada madeira (Figura 17), existe uma elevada concentração numúnico país, a Espanha, que representa 44,3% do valor total dasexportações. Destaque também para a França (6,2% do valor), oReino Unido (9% do valor) e, por razões distintas, Angola (4,1%),o que é elucidativo quanto à relevância do crescimento económicodeste País.
As importações (Figura 18) apresentam alguma irregularidadeanual, não existindo nenhuma tendência dominante entre 2002e 2006. Entre 2006 e 2007 foi notório um aumento em volumee em valor (acréscimo de 85,6%) no que constituiu o valor maiselevado da última década (629 milhões de euros). Em 2009 regis-tou-se uma quebra, reduzindo as importações em valor e emvolume. Saliente-se o facto de 2010 apresentar o valor maiselevado de importações em volume (2.502 milhares de toneladas),um acréscimo de 72% face a 2009; registe-se também o aumentodas importações em valor, cerca de 27% (+ 122 milhões de euros).
Atendendo às importações por tipo de indústria (Tabela 47),salienta-se, em particular as Serrações, responsáveis por 82% dovolume e 53% do valor das importações em 2010, seguindo-sea indústria dos painéis, que representam, em 2010, 29,6% do valordas importações e 12,2% do volume das importações.
A origem das importações da subfileira da madeira (Figura 19)revela uma elevada dispersão dos consumos por vários países,entre produtores de madeiras tropicais e países europeus, compredominância da Espanha (37,8% do valor total), do Uruguai(10,9% do valor total) e da França (7,1%).
As exportações portuguesas de pasta apresentam uma tendênciade crescimento desde 2004 (Figura 20), em volume e em valor,exceptuando o ano de 2008, onde, presumivelmente, o efeito dacrise internacional já se fez sentir (quebra de 5,8% nas exportaçõesem valor). No entanto, o ano de 2009 permitiu reforçar as expor-tações em volume (+13,9% face ao ano anterior), tendo sido atin-gido o valor mais elevado desde o ano 2000. Esta recuperaçãoface a 2008 nas exportações em volume não teve no entanto refle-xos nas exportações em valor, as quais apresentaram uma quebrade 71 milhões de euros (-16%), em resultado da forte quebra dospreços da pasta nos mercados internacionais. Em 2010 ocorreuuma inversão deste desempenho, com uma redução nas expor-tações em volume (-6,4%) e um aumento nas exportações emvalor (+30,1%), 490 milhões de euros, o valor mais elevado desde2001.
3.2.3 subfileira da pasta
3 empresas e mercados
RELATÓRIO DE CARACTERIZAÇÃO DA FILEIRA FLORESTAL 2010 45
3 empresas e mercados
RELATÓRIO DE CARACTERIZAÇÃO DA FILEIRA FLORESTAL 201044
Relativamente aos tipos de produtos exportados o destaque vaipara a pasta de eucalipto branqueda ao sulfato (Tabela 48) queapresentou:
• Uma quebra face a 2009 de -4,6%% do valor das exportações e de25,3% do volume das exportações;
• Um valor de exportação em 2010 (266 milhões de euros) querepresenta 54% das exportações totais de pasta;
• Um volume de exportação em 2010 (804 milhares de toneladas)que representa 45% das exportações totais de pasta.
Quanto aos principais países importadores de pasta (Figura 21)é possível salientar para o ano 2010:
• Espanha foi o principal destino das exportações portuguesas depasta para papel;
• Cerca de 70% das exportações de pasta (em volume) estãoconcentradas em 5 países: Espanha, Alemanha, Itália, França eHolanda;
• Clara predominância de exportação para países europeus: dos dezprincipais destinos, sete são de países europeus;
• A China foi o quinto destino em termos de volume de exportaçõese o sétimo relativamente ao valor das exportações.
As importações de pasta para papel nos últimos dez anos apre-sentam dois padrões de comportamentos distintos:
• Uma acentuada tendência de redução entre 2001 e 2005, ano emque se registaram os valores mais baixos de importação (-79% dovalor das importações, cerca de 70 milhões de euros);
• Uma tendência gradual de aumento entre 2005 e 2009, com umaduplicação do volume de exportação, e uma redução no valor dasimportações em 2009 (-17,4%);
• O ano de 2010 a acentuar a tendência de perda iniciada em 2009,com uma perda das exportações em valor (-8,9%) e das exportaçõesem volume (-33,4%).
A análise aos principais tipos de produtos importados nos doisúltimos anos revela que existe uma grande variedade de pastaspara papel importadas. Em 2010, a pasta de pinho branqueadaao sulfato e a pasta de eucalipto branqueada ao sulfato foram osprincipais tipos de pasta importados, representando, em conjunto,cerca de 43,3% do volume total importado e 46,1% do valor dasimportações (16,4 milhões de euros).
Quanto aos países de origem das importações de pasta, e relati-vamente ao ano de 2010, constata-se que, para além da existênciade um número considerável de países dos quais Portugal é impor-tador directo de pasta para papel, Espanha e Chile representamcerca de 46,3% do valor global das importações.
As exportações de papel e cartão apresentam uma forte tendênciade crescimento desde 2000, com uma excepção em 2004, comuma quebra em volume e em valor, e em 2009, com uma quebrano valor pelas razões atrás referidas. Em 2010, e comparativamentea 2009, registou-se um claro reforço das exportações em volume(+15%), e em valor (+40%), tendo sido o ano em que foi ultra-passada a barreira dos 1.500 milhões de euros.
Independentemente do desempenho do ano 2009, o balançodesde 2000 é extremamente positivo:
• Aumento de 87,6% do volume das exportações;
• Aumento de 99,0% do valor das exportações.
Dentro do papel e cartão, no que concerne ao comportamentodas exportações nos últimos dois anos, é possível salientar:
• o papel e cartão de escrita e impressão, que representou 40,4% dovalor total das exportações desta subfileira em 2010, e que apresen-tou uma recuperação face a 2009, com um aumento do valor dasexportações de 10%;
• os papéis de usos domésticos e sanitários (6,2%), que apresentamum aumento no valor das exportações de 44%;
• o papel e cartão kraft, com uma recuperação no valor das exporta-ções de 41,5% (cerca de 45 milhões de euros).
3.2.4 subfileira do papel e cartão
Quanto aos destinos das exportações de papel e cartão em 2010,é possível identificar as seguintes constatações:
• Os dez principais destinos das exportações representam 59,4% dovalor total das exportações (em 2009 os mesmos dez países repre-sentavam 77,5% o que, face ao aumento do valor das exportações,indicia um aumento de clientes e de países destino);
• A nível individual, o destaque vai para a Espanha, a Bélgica, aFrança a Alemanha e a Itália, que em conjunto representam 50,2%do valor total das exportações;
• Destaque para Angola que já representa 3,0% do valor das expor-tações (45 milhões de euros).
As importações de papel e cartão nos últimos dez anos apresentamuma tendência de crescimento:
• aumento crescente do valor das exportações (+27% desde 2000),ainda que com algumas oscilações ligeiras;
• valores superiores a 1.000 milhões de euros desde 2006;
Dentro do papel e cartão, e no que concerne ao comportamentodas importações nos últimos dois anos (Tabela 51), destaca-seuma redução no valor das importações do papel de jornal (-26%),e o predomínio da importação de papéis de usos domésticos esanitários, de papel e cartão revestidos de caulim e papel, cartão,pasta de celulose e mantas de fibras de celulose, produtos querepresentam, em conjunto, 55% do valor total das importaçõesregistadas em 2010.
Importa salientar que as importações neste âmbito correspondemsobretudo ao papel não produzido em Portugal.
3 empresas e mercados
RELATÓRIO DE CARACTERIZAÇÃO DA FILEIRA FLORESTAL 2010 47
3 empresas e mercados
RELATÓRIO DE CARACTERIZAÇÃO DA FILEIRA FLORESTAL 201046
As exportações de mobiliário de madeira (Figura 3.2.5 a)) apre-sentam uma forte tendência de crescimento desde 2000. Em 2010,e comparativamente a 2009, registou-se um claro reforço dasexportações em volume (+26%), e em valor (+12%), tendo sidoo ano de maior valor de exportações, 336 milhões de euros.
Independentemente do desempenho do ano 2009, o balançodesde 2000 é extremamente positivo:
• Aumento de 127% do volume das exportações;
• Aumento de 142% do valor das exportações (+197 milhões deeuros).
Dentro do mobiliário, no que concerne ao comportamento das expor-tações nos últimos dois anos, é possível salientar (Tabela 3.2.5 i) ):
• Móveis de madeira, do tipo utilizado em escritórios, com umaperda do valor das exportações (-3%) face a 2009;
• Móveis de madeira, do tipo utilizado em quartos de dormir, são oprincipal produto exportado, representando cerca de 22% do valordas exportações de mobiliário de madeira. Em 2010, apresentaramum crescimento de 13% face a 2009;
• Móveis de madeira, do tipo utilizado em cozinhas, foram os produ-tos que apresentaram maior crescimento face a 2009, cerca de 32%.
3.2.5 subfileira do mobiliário de madeira
Relativamente aos principais países fornecedores (Figura 27), odestaque vai por completo para a Espanha, com valores de impor-tação de 663 milhões de euros (61% do total no ano de 2010).Seguem-se a Alemanha, a França e a Itália, embora com valoresmenos representativos (em conjunto, cerca de 21,2% do valortotal das importações em 2010).
Quanto aos destinos das exportações do mobiliário de madeiraem 2010 (Figura 3.2.5 b)), é possível identificar as seguintes cons-tatações:
• Os dez principais destinos das exportações representam 86,8% dovalor total das exportações;
• A nível individual, o destaque vai para a França e Espanha, que emconjunto representam 56,7% do valor total das exportações;
• Destaque para Angola que já representa 15,2% do valor das expor-tações (51,1 milhões de euros).
As importações de mobiliário de madeira (Figura 3.2.5 c)) nos últimosdez anos apresentam dois padrões de comportamentos distintos:
• aumento crescente do valor das importações até 2008, ainda quecom algumas oscilações ligeiras;
• quebra do valor das importações de 2008 até 2010 (-29,5%, cercade 66 milhões de euros);
• Em 2010, registou-se uma quebra das importações face a 2009 (-15,9% do valor das exportações, e -31,4% do volume das importações).
Dentro do mobiliário de madeira, e no que concerne ao compor-tamento das importações nos últimos dois anos (Tabela 3.2.5 ii)),destaca-se uma redução generalizada do valor das importações,com especial incidência nos móveis de madeira, do tipo utilizadoem cozinhas, com uma redução de 25% (- 6 milhões de euros).Destacam-se ainda os Móveis de madeira, do tipo utilizado emquartos de dormir, que são o principal produto importado, repre-sentando cerca de 19% do valor total das importações.
Relativamente aos principais países fornecedores (Figura 3.2.5.d)),o destaque vai por completo para a Espanha, com valores de impor-tação de 64 milhões de euros (41% do total no ano de 2010).Seguem-se a França, a Itália e a Holanda, embora com valoresmenos representativos (em conjunto, cerca de 31,6% do valortotal das importações em 2010).
3 empresas e mercados
RELATÓRIO DE CARACTERIZAÇÃO DA FILEIRA FLORESTAL 201048
3 empresas e mercados
RELATÓRIO DE CARACTERIZAÇÃO DA FILEIRA FLORESTAL 2010 49
tabela 44EXPORTAÇÕES, EM MASSA (MILHARES DE TONELADAS) E EM VALOR (MILHÕES DE EUROS), POR TIPO DE PRODUTO NA SUBFILEIRA DA CORTIÇATipo de Produto
Rolhas cilíndricas de cortiça naturalOutras rolhas de cortiçaMateriais de construçãoOutrosTotal
Fonte: INE (dados fornecidos pela APCOR)
Massa (mil ton)11,023,894,415,6
144,8
Valor (M€)278,2179,7161,079,4
698,3
Valor (M€)313,2216,3169,755,1
754,3
Massa (mil ton)11,928,692,723,1
156,2
20102009
tabela 45IMPORTAÇÕES, EM MASSA (MILHARES DE TONELADAS) E EM VALOR (MILHÕES DE EUROS), POR TIPO DE PRODUTO NA SUBFILEIRA DA CORTIÇATipo de Produto
Cortiça natural, em bruto ou simplesmente preparada e desperdíciosSemi-manufacturasObras em cortiça naturalObras em cortiça aglomerada e suas obrasAjustamento*Total
Fonte: INE (2010) (dados fornecidos pela APCOR)*Segundo o INE, a partir do ano 2005, devido a alterações metodológicas, os valores a nível de NC2 (ajustamento) incluem valores estimados (estimação das empresas abaixo do limiar e estimação de não respostas) e códigos sujeitos a segredo estatístico.
Massa (mil ton)
37,31,71,20,70,041
Valor (M€)
47,24,217,84,39,583
Valor (M€)
63,47,9
18,64,90,0
94,8
Massa (mil ton)
45,22,81,70,80,050,5
20102009
tabela 46EXPORTAÇÕES, EM MASSA (MILHARES DE TONELADAS) E EM VALOR (MILHÕES DE EUROS), POR TIPO DE INDÚSTRIA NA SUBFILEIRA DA MADEIRATipo de Indústria
CarpintariaPainéisSerraçãoOutrosConfidencialTotal
Massa (Mton)69,1
471,21.719,8
3,9
2.264,1
Valor (M€)110,9152,8204,9
1,4
470,0
Valor (M€)120,4153,8243,0
1,61,6
520,5
Massa (Mton)69,3
426,81.997,6
6,70,7
2.501,1
20102009
tabela 47IMPORTAÇÕES, EM MASSA (MILHARES DE TONELADAS) E EM VALOR (MILHÕES DE EUROS), POR TIPO DE INDÚSTRIA NA SUBFILEIRA DA MADEIRA
Tipo de Indústria
CarpintariaPainéisSerraçãoOutrosConfindencialTotal
Massa (mil ton)49
2801.017280
1.626
Valor (M€)90158193158
599
Valor (M€)83170305115
573
Massa (mil ton)37
3052.063
3364
2.502
20102009
tabela 48EXPORTAÇÕES, EM MASSA (MILHARES DE TONELADAS) E EM VALOR (MILHÕES DE EUROS), POR TIPO DE PRODUTO NA SUBFILEIRA DA PASTA
Tipo de Produto
Pasta de Eucalipto branqueada ao sulfatoPasta de Eucalipto branqueada ao sulfitoPasta de Eucalipto branqueada ao sulfatoOutrosTotal
Fonte: EUROSTAT
Massa (mil ton)804,4104,912,2
490,81.412,4
Valor (M€)279,137,43,5
56,3376,3
Valor (M€)266,256,814,0152,7489,7
Massa (mil ton)601,0116,425,0
580,01.322,4
20102009
tabela 49IMPORTAÇÕES, EM MASSA (MILHARES DE TONELADAS) E EM VALOR (MILHÕES DE EUROS), POR TIPO DE PRODUTO NA SUBFILEIRA DA PASTA
Tipo de Produto
Pasta de Pinho branqueada ao sulfatoPastas químicas para dissoluçãoPasta de Eucalipto branqueada ao sulfatoPasta de Eucalipto branqueada ao sulfitoPasta de Pinho branqueada ao sulfitoPastas mecânicasOutrasTotal
Fonte: EUROSTAT
Massa (mil ton)17,70,011,90,20,40,2
69,8100
Valor (M€)6,40,04,40,30,30,1
27,639
Valor (M€)8,60,07,80,20,30,218,435,6
Massa (mil ton)17,60,011,30,20,50,3
36,866,7
20102009
tabela 50EXPORTAÇÕES, EM MASSA (MILHARES DE TONELADAS) E EM VALOR (MILHÕES DE EUROS), POR TIPO DE PRODUTO NA SUBFILEIRA DO PAPEL E CARTÃO
Tipo de Produto
Papel e cartão de escrita e impressãoPapel e cartão kraft, em rolos ou folhasPapéis de usos domésticos e sanitáriosPapéis para embalagem de produtos e outros cartõesOutrosTotal
Massa (mil ton)747,7289,441,762,7
356,31.497,7
Valor (M€)564,1108,066,787,1
271,41.097,3
Valor (M€)620,5152,896,091,6
574,91.535,7
Massa (mil ton)616,4299,464,10,7
667,51.648,1
20102009
tabelas e figuras
3 empresas e mercados
RELATÓRIO DE CARACTERIZAÇÃO DA FILEIRA FLORESTAL 201050 RELATÓRIO DE CARACTERIZAÇÃO DA FILEIRA FLORESTAL 2010 51
tabela 3.2.5 i)EXPORTAÇÕES, EM MASSA (MILHARES DE TONELADAS) E EM VALOR (MILHÕES DE EUROS), POR TIPO DE PRODUTO NA SUBFILEIRA DO MOBILIÁRIO DE MADEIRA
Tipo de Produto
móveis de madeira, do tipo utilizado em escritóriosmóveis de madeira, do tipo utilizado em cozinhasmóveis de madeira, do tipo utilizado em quartos de dormiroutros móveis de madeiraoutrostotal
Massa (mil ton)4,33,814,163,50,7
85,8
Valor (M€)14,712,166,1
205,12,0
298,1
Valor (M€)14,315,974,5
229,21,7
335,7
Massa (mil ton)2,83,822,778,90,6
108,9
20102009
tabela 3.2.5 ii)IMPORTAÇÕES, EM MASSA (MILHARES DE TONELADAS) E EM VALOR (MILHÕES DE EUROS), POR TIPO DE PRODUTO NA SUBFILEIRA DO MOBILIÁRIO DE MADEIRA
Tipo de Produto
móveis de madeira, do tipo utilizado em escritóriosmóveis de madeira, do tipo utilizado em cozinhasmóveis de madeira, do tipo utilizado em quartos de dormiroutros móveis de madeiraoutrosTOTAL
Fonte: EUROSTAT
Massa (mil ton)81323625
110
Valor (M€)1323341106
187
Valor (M€)111831935
157
Massa (mil ton)47518462
146
20102009
figura 12EXPORTAÇÕES PORTUGUESAS DE CORTIÇA EM MASSA (MILHARES DE TONELADAS) E EM VALOR (MILHÕES DE EUROS) NO PERÍODO 2000-2010Fonte: INE (2011)
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
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896
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903
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849
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figura 13EXPORTAÇÕES PORTUGUESAS DE CORTIÇA (PREÇOS CORRENTES) POR PAÍS DE DESTINO EM 2010 (MILHÕES DE EUROS)Fonte: INE
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78,5 72,2 63,5
23,3 22,8 18,5 16,7 15,4
170
figura 14IMPORTAÇÕES PORTUGUESAS DE CORTIÇA, EM MASSA (MILHARES DE TONELADAS) E EM VALOR (MILHÕES DE EUROS), NO PERÍODO 2000-2010Fonte: INE (2011)
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
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94,8
figura 15IMPORTAÇÕES PORTUGUESAS DE CORTIÇA (PREÇOS CORRENTES) POR PAÍS DE ORIGEM EM 2009 (MILHÕES DE EUROS)Fonte: INE (2011)
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4,1 3,7 2,7 2,7 2,0 1,9 1,5 1,4 0,7 1,2
tabela 51IMPORTAÇÕES, EM MASSA (MILHARES DE TONELADAS) E EM VALOR (MILHÕES DE EUROS), POR TIPO DE PRODUTO NA SUBFILEIRA DO PAPEL E CARTÃO
Tipo de Produto
Papel de jornalPapel e cartão de escrita e impressãoPapel e cartão kraftOutros papéis e cartões, não revestidosPapel e cartão revestidos de caulimPapel, cartão, pasta de celulosee mantas de fibras de celulosePapéis de usos domésticos e sanitáriosPapéis para embalagem de produtos e outros cartõesOutros papéis, cartões, pasta de celulosee mantas de fibras de celuloseOutrosTotal
Fonte: EUROSTAT
Massa (mil ton)90,174,572,4
260,0209,5
57,7128,535,2
13,355,3997
Valor (M€)47,757,747,776,7
166,6
134,5244,756,6
21,7170,4
1.024 €
Valor (M€)35,263,259,6107,9182,6
158,3259,474,0
27,2117,6
1.085 €
Massa (mil ton)75,066,279,5
265,0226,1
59,7129,244,2
14,248,81.008
20102009
enquadramento económico 2008-2009
RELATÓRIO DE CARACTERIZAÇÃO DA FILEIRA FLORESTAL 2010 53
enquadramento económico 2008-2009
RELATÓRIO DE CARACTERIZAÇÃO DA FILEIRA FLORESTAL 201052
figura 18IMPORTAÇÕES PORTUGUESAS DE MADEIRA (PREÇOS CORRENTES) EM MASSA (MILHARES DE TONELADAS) E EM VALOR (MILHÕES DE EUROS) NO PERÍODO 2000-2010Fonte: EUROSTAT (2011) e INE (2011)
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
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figura 19IMPORTAÇÕES PORTUGUESAS DE MADEIRA (PREÇOS CORRENTES) POR PAÍS DE ORIGEM EM 2010 (MILHÕES DE EUROS)Fonte: EUROSTAT (2011)
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figura 20EXPORTAÇÕES PORTUGUESAS DE PASTA (PREÇOS CORRENTES) EM MASSA (MILHARES DE TONELADAS) E EM VALOR (MILHÕES DE EUROS) NO PERÍODO 2000-2010Fonte: EUROSTAT (2011)
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
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figura 21EXPORTAÇÕES PORTUGUESAS DE PASTA (PREÇOS CORRENTES) POR PAÍS DE DESTINO EM 2010 (MILHÕES DE EUROS)Fonte: EUROSTAT (2011)
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26,2 21,8 15,1 13,28,4 5,4
112,7
figura 22IMPORTAÇÕES PORTUGUESAS DE PASTA (PREÇOS CORRENTES) EM MASSA (MILHARES DE TONELADAS) E EM VALOR (MILHÕES DE EUROS) NO PERÍODO 2000-2010Fonte: EUROSTAT (2011)
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figura 23IMPORTAÇÕES PORTUGUESAS DE PASTA (PREÇOS CORRENTES) POR PAÍS DE DESTINO EM 2010 (MILHÕES DE EUROS)Fonte: EUROSTAT (2011)
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figura 16EXPORTAÇÕES PORTUGUESAS DE MADEIRA (PREÇOS CORRENTES) EM MASSA (MILHARES DE TONELADAS) E EM VALOR (MILHÕES DE EUROS) NO PERÍODO 2000-2010Fonte: EUROSTAT (2011) e INE (2011)
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
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figura 17EXPORTAÇÕES PORTUGUESAS DE MADEIRA (PREÇOS CORRENTES) POR PAÍS DE DESTINO EM 2010 (MILHÕES DE EUROS)Fonte: INE (2011)
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76,1
enquadramento económico 2008-2009
RELATÓRIO DE CARACTERIZAÇÃO DA FILEIRA FLORESTAL 2010 55
enquadramento económico 2008-2009
RELATÓRIO DE CARACTERIZAÇÃO DA FILEIRA FLORESTAL 201054
figura 27IMPORTAÇÕES PORTUGUESAS DE PAPEL E CARTÃO (PREÇOS CONSTANTES) POR PAÍS DE ORIGEM EM 2010 (MILHÕES DE EUROS)Fonte: INE (2011)
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57
figura 3.2.5 a)EXPORTAÇÕES PORTUGUESAS DE MOBILIÁRIO DE MADEIRA (PREÇOS CORRENTES) EM MASSA (MILHARES DE TONELADAS) E EM VALOR (MILHÕES DE EUROS) NO PERÍODO 2000-2010Fonte: EUROSTAT (2011)
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
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139
48 53
158
48
159
45
162
46
179
44
178
51
220
60
259
83
304
87
300
2010
mil
ton
M€
109
336
figura 3.2.5 b)
EXPORTAÇÕES PORTUGUESAS DE MOBILIÁRIO DE MADEIRA (PREÇOS CONSTANTES) POR PAÍS DE DESTINO EM 2010 (MILHÕES DE EUROS)Fonte: INE (2011)
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7564.9
18.7 16.514.4 12.1 7.7 7.5 5.5 1.9 1.5 6.5
Hol
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figura 3.2.5 c)
IMPORTAÇÕES PORTUGUESAS DE MOBILIÁRIO DE MADEIRA (PREÇOS CORRENTES) EM MASSA (MILHARES DE TONELADAS) E EM VALOR (MILHÕES DE EUROS) NO PERÍODO 2000-2010Fonte: EUROSTAT (2011)
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
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50
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58 54
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72
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174
86
204
101
216
104
223
110
187
2010
mil
ton
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157
figura 3.2.5 d)
IMPORTAÇÕES PORTUGUESAS DE MOBILIÁRIO DE MADEIRA (PREÇOS CONSTANTES) POR PAÍS DE ORIGEM EM 2010 (MILHÕES DE EUROS)Fonte: EUROSTAT (2011)
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7564.9
18.7 16.514.4 12.1 7.7 7.5 5.5 1.9 1.5 6.5
Hol
anda
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figura 26IMPORTAÇÕES PORTUGUESAS DE PAPEL E CARTÃO (PREÇOS CORRENTES) EM MASSA (MILHARES DE TONELADAS) E EM VALOR (MILHÕES DE EUROS) NO PERÍODO 2000-2010Fonte: EUROSTAT (2011)
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
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854,
777
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793,
2 903,
985
0,3
907,3
879,
3
903,
195
4,5
872,
395
1,9
968,
394
1,6
1024
,210
46,7
1102
,9
993,
711
13
996,
610
24,3
2010
mil
ton
M€
1008
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1085
,1
figura 24EXPORTAÇÕES PORTUGUESAS DE PAPEL E CARTÃO (PREÇOS CORRENTES) EM MASSA (MILHARES DE TONELADAS) E EM VALOR (MILHÕES DE EUROS) NO PERÍODO 2000-2010Fonte: EUROSTAT (2011)
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
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920,5 983,2
798
1067,4
853
1266,5
943
1150,2
811
1344,2
942
1417,7
1039
1446,2
1102
1434,1
1135
1497,7
1097
2010
mil
ton
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1727,1
1536
figura 25EXPORTAÇÕES PORTUGUESAS DE PAPEL E CARTÃO (PREÇOS CONSTANTES) POR PAÍS DE DESTINO EM 2010 (MILHÕES DE EUROS)Fonte: EUROSTAT (2011)
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600700
329,3
142,9 140,198,9 60,3 45,3
25,9 24,6 22,7 21,8
623,9
Estão actualmente constituídos 25 Labo-ratórios Associados, não existindo, noentanto, nenhum cuja área científica prin-cipal seja a Engenharia Florestal/Silvicul-tura, contudo diversas destas entidadesdesenvolvem projectos nesta linha deinvestigação.
Relativamente às restantes Unidades deI&D integradas no financiamento da FCT,encontram-se disponíveis os resultadosrelativos à última avaliação efectuada(2007-2008), a qual incidiu sobre 383destas unidades. O número de unidadesde I & D financiadas pela FCT reduziu-seem cerca de 20% (o processo de avaliaçãoexclui do programa de financiamento asunidades com classificação de nível fracoe regular).
As unidades de I&D avaliadas estão distri-buídas por 25 áreas científicas principais,que vão desde a Ciência e Engenharia deMateriais até à Sociologia, Antropologia,Demografia, e Geografia. No que concernea este estudo, e a título de exemplo, apre-sentam-se os resultados obtidos para asunidades de I&D directamente relaciona-das com a área cientifica EngenhariaFlorestal/Silvicultura (integradas na áreacientífica geral Ciências Agrárias) classifi-cadas com Bom ou Muito Bom (Tabela 53).
No domínio florestal, e não estando abran-gidos pelo Programa de FinanciamentoPlurianual da FCT, salientam-se ainda trêsorganismos com responsabilidades emI&D: o INRB - Instituto Nacional de Recur-sos Biológicos, I.P., o RAIZ - Instituto deInvestigação da Floresta e Papel, e oCTCOR – Centro Tecnológico da Cortiça.O INRB é um instituto público integradona administração indirecta do Estado,dotado de autonomia administrativa efinanceira e património próprio, que inte-gra três grandes áreas Departamentais/Laboratórios: o Instituto de Investigaçãodas Pescas e do Mar (IPIMAR), o Laborató-rio Nacional de Investigação Veterinária(LNIV), e o Instituto Nacional de Investi-gação Agrária (INIA). É este último que,através da sua Unidade de Silvicultura eProdutos Florestais, assegura no domíniodo Estado as actividades de investigação,experimentação e demonstração no domí-nio das ciências e tecnologias para as áreasda Silvicultura e Agro-Florestal (Tabela 54).
O RAIZ é um organismo privado, sem finslucrativos, que tem como sócios o grupoPortucel Soporcel, a FCTUC - Faculdade deCiências e Tecnologia da Universidade deCoimbra, o I.S.A. - Instituto Superior deAgronomia e a U.A. - Universidade deAveiro. Possui como objectivo reforçar acompetitividade dos sectores florestal epapeleiro, através da investigação, doapoio tecnológico e da formação especia-lizada. Na área da I&D desenvolve as suasactividades na componente florestal etecnológica.
O CTCOR é um organismo sem fins lucra-tivos (pessoa colectiva de utilidadepública), reconhecido pelo governo portu-guês como centro de competência, e temcerca de 200 associados. O CTCOR tem70 por cento de fundos privados, sendo orestante valor assegurado através de váriosorganismos públicos. Desenvolve investi-gação nas seguintes áreas: qualidadeambiente, energia, inovação técnica etecnológica, estratégia, higiene e segu-rança no trabalho.
RELATÓRIO DE CARACTERIZAÇÃO DA FILEIRA FLORESTAL 2010 57
a investigação no domínio dafileira florestal
4
4.1 unidades de investigação e desenvolvimento
A partir dos resultados obtidos através dos inquéritos1 realizadosna última década (periodicidade anual a partir de 2008 e bienalde 1982 a 2007) a entidades com actividades de I&D, foram iden-tificados alguns resultados para o sector empresas, agregando ainformação disponível nos CAE 02 (Silvicultura e exploração flores-tal), 16 (Indústrias da madeira e da cortiça e suas obras, exceptomobiliário; fabricação de obras de cestaria e de espartaria), 17(Fabricação de pasta, de papel, cartão e seus artigos) e 31 (Fabri-cação de mobiliário e de colchões).
Da análise da Tabela 55 resultam algumas constatações:
— A tendência de estagnação/redução do investimento em I&Dentre 2001 e 2008 para a Fileira Florestal, não acompanhando aenorme evolução registada no sector empresas para o País (acrés-cimo de cerca de mil milhões de euros em sete anos).
Analisando agora as despesas em I&D, mas por tipo de investigação(Tabela 56), é possível constatar que as empresas da Fileira Florestaltêm direccionado os seus investimentos para o DesenvolvimentoExperimental, dando prioridade à utilização de conhecimentosexistentes, obtidos por investigação e/ou experiência prática, comvista à fabricação de novos materiais ou produtos, à instalação denovos processos, sistemas ou serviços, ou à melhoria significativados já existentes. Esta opção representou cerca de 74% do inves-timento total em I&D realizado pelas empresas.
É ainda de salientar, de acordo com os resultados do Inquérito aoPotencial Científico e Tecnológico Nacional de 2007 (IPCTN07),2008 (IPCTN08) e 2009 (IPCTN09), os resultados obtidos poralgumas das empresas da Fileira Florestal no ranking efectuadopelo GPEARI/MCTES das 100 empresas que mais investiram naexecução de actividades de Investigação e Desenvolvimento (I&D).O ranking obtido refere-se às 100 maiores investidoras em I&D,e é definido tendo em conta o total da despesa em I&D (intramu-ros) que as empresas declararam no referido inquérito.
RELATÓRIO DE CARACTERIZAÇÃO DA FILEIRA FLORESTAL 2010 59RELATÓRIO DE CARACTERIZAÇÃO DA FILEIRA FLORESTAL 201058
4.2 investimento global em I&D na fileira florestal
4 a investigação no domínio da fileira florestal
1 O Inquérito ao Potencial Científico e Tecnológico Nacional (IPCTN)é a base de informação estatística oficial sobre recursos humanos efinanceiros afectos a actividades de investigação e desenvolvimento(I&D) em Portugal. É uma operação estatística censitária, sustentadana recolha de dados por indivíduo, unidade ou organismo com acti-vidades de I&D, enquadradas nos sectores Empresas ou Instituições– abrange unidades do Estado, Ensino Superior e Instituições Priva-das sem Fins Lucrativos – IPSFL (Gabinete de Planeamento, Estraté-gia, Avaliação e Relações Internacionais / Ministério da Ciência,Tecnologia e Ensino Superior).
2 Despesa intramuros - o conjunto das despesas relativas à I&Dexecutadas dentro da unidade de investigação (instituição ouempresa), independentemente da origem dos fundos. As despesascorrentes com actividades de I&D da unidade de investigação, reali-zadas em laboratórios experimentais ou similares de outras institui-ções/empresas, são também contabilizadas como despesaintramuros.
Três empresas da Fileira Florestal, grupoPortucel Soporcel, grupo Sonae Indústria egrupo Corticeira Amorim, representandocada uma das principais subfileiras, cons-tavam deste ranking das 100 empresas quemais investiram em I&D em 2007 (Tabela57). Nos dois anos seguintes, ocorreramalterações na composição do ranking: em2008, só o Grupo Sonae Indústria constado ranking, verificando-se em 2009, oaparecimento do Grupo Portucel Soporcele do Grupo FINSA.
No entanto, e ainda de acordo com oIPCTN09, quando a análise é realizadatendo como critério a intensidade dedespesa (despesa intramuros em I&Dsobre o volume de negócios), é de salientarque constam do ranking o Grupo PortucelSoporcel (6.º), o Grupo CORTICEIRAAMORIM SGPS S.A. (40.º) e o GrupoFINSA (67.º).
As acções de I&D realizadas nos últimosanos no âmbito da Fileira Florestal, têmabrangido diversas áreas científicas e recor-rido a vários programas. Uma pesquisarealizada a partir dos projectos apoiadospela FCT entre 2000-2009 para a FileiraFlorestal, identificando espécies, produtos,processos, gestão, etc., directamente rela-cionados com esta Fileira, permite obteruma percepção da abrangência das áreascientíficas, do número de projectos desen-volvidos e do montante investido por área cien-tífica. Da análise da Tabela 58, salienta-se:
— Projectos de I&D que abrangem 11 áreascientíficas;
— Volume de investimento em I&D naFileira Florestal de 17,5 milhões de euros(para fundos com origem FCT);
— Área científica com maior número deprojectos (88) e verba de financiamento(cerca de 10,9 milhões de euros) é a dasCiências Florestais;
— Das restantes áreas científicas destacam-se, pela sua relevância em termos denúmero de projectos e montante, a Genó-mica Florestal e a Biodiversidade, Ecologiae Conservação.
Analisando agora a dinâmica da FileiraFlorestal na angariação de investimentopara I&D através da FCT (Tabela 59), econsiderando só o período 2000-2009(processo de aprovação do investimentoconcluído para todas as áreas), é possívelconstatar que:
— Projectos da Fileira Florestal aprovadosrepresentam 2,6% do n.º total de projectosaprovados pela FCT;
— Investimento em I&D aprovado para aFileira Florestal representa 5,1% do investi-mento total.
Observando o investimento em I&D atra-vés da FCT por subfileira florestal (Tabela60), e considerando só os projectos exclu-sivos de cada uma, verifica-se que a subfi-leira do sobreiro é a que tem conseguidomaior volume de investimento, com cercade 21,1% do total.
Outra importante fonte de financiamentopara a I&D na Fileira Florestal, em particularpara a componente de desenvolvimentoexperimental e demonstração, foi a Acção8.1 do PO AGRO, que decorreu entre 2000-2006, com uma taxa de comparticipaçãode 100%.
4.3 áreas de investigação e desenvolvimento
O apoio a 301 projectos de desenvolvi-mento experimental e demonstração,desenvolvidos em parcerias institucionaisdistribuídas por todo o território de Portu-gal Continental, contribuiu para a moder-nização do sector agro-rural, quer atravésdo desenvolvimento tecnológico, quer datransferência e difusão de novas tecnolo-gias compatíveis com o ambiente e apro-priadas aos diferentes sistemas agro-florestaisdo País e às actividades e produtos especí-ficos regionais (Relatório Final de Execuçãodo POAGRO). Salientam-se as conclusõesconstantes deste relatório relacionadascom as três principais subfileiras:
— O reconhecimento da importância dosMontados e do valor económico associadoà cortiça traduziu-se em inúmeros estudos,nomeadamente sobre as vantagens da suagestão apoiada em inventário florestal emodelos de crescimento e produção ousobre técnicas de produção do sobreiro. Otrabalho realizado permitiu a instalação depomares por via clonal e seminal de árvoresseleccionadas no que respeita à qualidadeda cortiça e à tolerância à secura. Conse-guiu-se também uma melhoria da informa-ção disponível em bases de dados sobre acaracterização tecnológica das cortiçasportuguesas e sobre a caracterização dospovoamentos de montado de sobro.
RELATÓRIO DE CARACTERIZAÇÃO DA FILEIRA FLORESTAL 2010 61
4 a investigação no domínio da fileira florestal
RELATÓRIO DE CARACTERIZAÇÃO DA FILEIRA FLORESTAL 201060
— A melhoria da competitividade dosprodutos florestais portugueses foi anali-sada do ponto de vista do planeamento egestão das operações de exploração flores-tal sustentável e transporte de rolaria demadeira e da valorização dos resíduosflorestais dela resultante.
— De modo a rentabilizar a produção deplantas de pinheiro bravo de qualidade emviveiro e sua posterior plantação, defini-ram-se normas para a aplicação de meiosde luta contra agentes patogénicos e deprodução e instalação de plantas.
Os projectos da Fileira Florestal na globa-lidade dos projectos da Acção AGRO 8.1(Tabela 61) representaram cerca de 14,3%em número e cerca de 16,2% do investi-mento (6,9 milhões de euros).
Relativamente ao investimento por subfi-leira (Tabela 62), constata-se que a subfi-leira do sobreiro é a que tem atingiu maiorvolume de investimento, com cerca de27,3% do total. Destaque também para ofacto do investimento directa e exclusiva-mente relacionado com as três principaissubfileiras (excluindo investimento deprojectos de natureza geral, como os incên-dios florestais, ou de outras subfileiras,como o pinhão) representar cerca de 60%do investimento total.
Já no âmbito do QREN (2007-2013), o SII&DT – Sistema de Incentivos à Investiga-ção e Desenvolvimento Tecnológico nasEmpresas, que apoia projectos de investi-gação e desenvolvimento tecnológico(I&DT) e de demonstração tecnológica,individuais ou em co-promoção, lideradospor empresas ou, no caso de projectos deI&DT Colectiva, promovidos por associa-ções empresariais, representando os inte-resses e necessidades de um conjuntosignificativo de empresas. Intervém igual-mente, ao nível da capacitação e reforçode competências internas de I&DT e davalorização de resultados de I&DT juntodas empresas.
Os resultados obtidos até à data (consultaonline no portal do QREN – lista de projec-tos aprovados até 13 de Novembro de2011) permitem avaliar as iniciativas emI&D da Fileira Florestal concretizadas atéao momento através deste programa definanciamento:
— 1,4% do n.º total de projectos aprovados;
— 2,5% do volume total de investimentoaprovado.
Efectuando a análise por subfileira (Tabela64), constata-se que, tal como para osprogramas de financiamento atrás referidos(FCT e Agro 8.1), é a subfileira da cortiçaque possui maior volume de investimentoem I&D, com 9,8 milhões de euros (cercade 50,8% do total da Fileira Florestal).
O investimento privado associado a estesprojectos do SI I&DT do QREN representacerca de 33,4% do investimento total.
A subfileira do eucalipto/pasta e papel temtambém realizado fortes investimentos emI&D (Tabela 65), designadamente na áreada gestão florestal, na qualidade damadeira para a produção de pasta e papele na produtividade dos povoamentos deeucalipto, apresentando um investimentomédio de cerca de 2,7 milhões de eurosdesde 2002.
No âmbito do investimento em inovação,salienta-se o Sistema de Incentivos à Inova-ção do QREN (2007-2013) que apoiaprojectos de investimento de inovaçãoprodutiva promovidos por empresas, atítulo individual ou em cooperação.
Os resultados obtidos até à data (consultaonline no portal do QREN – lista de projec-tos aprovados até 13 de Julho de 2011)permitem avaliar as iniciativas em inovaçãoda Fileira Florestal concretizadas até aomomento através deste programa de finan-ciamento (Tabela 66):
— 13,2% do n.º total de projectos aprovados;
— 7,8% do volume total de investimentoaprovado no âmbito deste programa deapoio do QREN.
A análise por subfileira evidencia que é asubfileira da pasta e papel que realizoumaior investimento, cerca de 130 Milhõesde Euros, embora a subfileira da madeira emobiliário apresente valores de investi-mento equivalentes. O investimentoprivado dos projectos para a área Inovaçãodo QREN representa cerca de 48,7% doinvestimento total.
4.4 desempenho em inovação4.4.1 investimento em inovação
4 a investigação no domínio da fileira florestal
RELATÓRIO DE CARACTERIZAÇÃO DA FILEIRA FLORESTAL 2010 63RELATÓRIO DE CARACTERIZAÇÃO DA FILEIRA FLORESTAL 201062
A Rede PME Inovação COTEC é uma inicia-tiva da COTEC Portugal - AssociaçãoEmpresarial para a Inovação, criada para odesenvolvimento de competências dasPME e para o seu crescimento baseado eminovação. Esta rede tem por objectivos:
— promover o reconhecimento público deum grupo de PME que, pela sua atitude eactividade inovadoras, constituem exem-plos de criação de valor para o País;
— estabelecer a cooperação em rede entreos Associados da COTEC Portugal e as PMEda Rede;
— fornecer apoio específico em fases decrescimento, nomeadamente na atracçãode investimento relevante e no suporte àsua internacionalização.
A adesão à Rede PME Inovação COTEC,sendo efectuada com base num conjuntode critérios de pré-selecção, e sendo umainiciativa de carácter voluntário, constitui,por si só, mais um indicador da dinâmicade inovação nas PME.
A análise ao conjunto das empresas queactualmente integram esta rede (consultaon-line no portal www.cotecportugal.ptrealizada a 13-11-2011) permitiu identifi-car 7 empresas da Fileira Florestal, o querepresenta 5,9% do total das empresasaderentes (Tabela 68). Esta representaçãosectorial no âmbito da Rede PME InovaçãoCOTEC é significativa face aos restantessectores (excluindo as TIC – Tecnologias deInformação e Comunicação, sector predo-minante na rede desde a sua fundação).
4.4.2 rede PME Inovação COTEC
tabela 53UNIDADES DE I&D DA ÁREA CIENTÍFICA ENGENHARIA FLORESTAL/SILVICULTURA
Unidade de I & D
Centro de Ecologia Aplicada Prof. Baeta NevesCentro de Estudos de Recursos Naturais, Ambiente e Sociedade - CERNAS [AGR-Centro-Coimbra-681]Centro de Estudos FlorestaisCentro de Investigação de MontanhaCentro de Investigação e de Tecnologias Agro-Ambientais e BiológicasInstituto de Ciências Agrárias Mediterrânicas - ICAM
Fonte: FCT (2010)
Instituto Superior de Agronomia - Universidade Técnica de Lisboa
Escola Superior Agrária de Coimbra - Instituto Politécnico de Coimbra
Instituto Superior de Agronomia - Universidade Técnica de Lisboa
Escola Superior Agrária de Bragança - Instituto Politécnico de Bragança
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro
Universidade de Évora
33
117
102
69
95
157
N.º Total de Investigadores
Instituição
tabela 54UNIDADE DE I&D DA ÁREA CIENTÍFICA ENGENHARIA FLORESTAL/SILVICULTURA SOB A TUTELA DO ESTADO
Unidade de I & D
Unidade de Silvicultura e Produtos Florestais
Fonte: INRB, I.P.
Instituto Nacional de Investigação Agrária (INIA) - INRB
24
N.º Total de Investigadores
Instituição
tabela 55DESPESAS EM I&D, A PREÇOS CORRENTES, NO SECTOR EMPRESAS DA FILEIRA FLORESTAL (CAE 02, 16, 17 E 31) (MILHARES DE EUROS)
IndicadorTotal Empresas PortugalEmpresas Fileira FlorestalEmpresas Fileira Florestal em % Total
Fonte: IPCTN (GPEARI / Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior)
2001330.310,70 €26.482,60 €
8,0%
2003338.038,09 €13.314,47 €
3,9%
2005462.014,86 €
8.818,34 €1,9%
20071.010.789,99 €
28.122,51 €2,8%
20081.295.098,96 €
23.727,91 €1,8%
tabelas e figuras
RELATÓRIO DE CARACTERIZAÇÃO DA FILEIRA FLORESTAL 2010 65
4 a investigação no domínio da fileira florestal
RELATÓRIO DE CARACTERIZAÇÃO DA FILEIRA FLORESTAL 201064
tabela 57EMPRESA/GRUPO COM MAIS DESPESAS INTRAMUROS2 EM I&D
Posição em 2007
23
30
65
…
Posição em 2008
…
45
…
…
Posição em 2009
44
…
…
66
RAIZ - Instituto de Investigação da Floresta e PapelSOPORCEL - Sociedade Portuguesa de Papel, S.A.
Portucel - Empresa Produtora de Pasta e Papel, S.A.
SONAE INDÚSTRIA - Produção e Comercialização de Produtos Derivados da Madeira, S.A.SONAE - Indústria de Revestimentos, S.A.EURORESINAS - Indústrias Químicas, S.A.
.Amorim & Irmãos, S.A.
Amorim Cork Composites, S.A.Amorim Revestimentos, S.A
Nome não divulgado porque a empresa/grupo ainda não deu a necessária autorizaçãoINDÚSTRIS JOMAR - Madeiras e Derivados, S.A.
BRESFOR - Indústria de Formol, S.A.
Empresa/GrupoGrupo PORTUCEL SOPORCEL
Grupo CORTICEIRA AMORIM SGPS S.A.
Grupo FINSA
Grupo SONAE INDÚSTRIA, SGPS, S.A.
Fonte: GPEARI/MCTES.
tabela 58NÚMERO DE PROJECTOS FCT, DISTRIBUIÇÃO POR ÁREA CIENTÍFICA (%) E MONTANTE (EUROS)
Áreas Cientificas
AmbienteBiodiversidade, Ecologia e ConservaçãoCiências e Engenharia dos MateriaisCiências e Tecnologias do AmbienteCiências FlorestaisCiências SociaisEconomia e GestãoEngenharia CivilEngenharia MecânicaEngenharia QuímicaGenómica Florestal Total
Fonte: FCT (2011)Nota: a designação das áreas científicas é adaptada com base na da FCT.
N.º de Projectos FCT (2000-2009)
91027
882139917
157
Distribuição de Projectos FCT (2000-2009)/Área Científica (%)
5,7%6,4%1,3%4,5%56,1%1,3%0,6%1,9%5,7%5,7%
10,8%100%
Montante/Área Cientifica (%)
7,2%5,9%1,1%3,5%62,7%1,7%0,3%1,9%4,2%3,4%8,2%100%
Montante (€)
1.252.192 €1.026.410 €198.206 €618.192 €
10.946.724 €288.492 €51.460 €
326.208 €725.974 €598.726 €1.437.143 €
17.469.727 €
tabela 59PROJECTOS FCT APROVADOS (2000-2009), EM NÚMERO E EM VALOR (EUROS)
IndicadorTotal FCT Aprovados (todas as áreas científicas)Fileira Florestal Projectos da Fileira Florestal Aprovados (em % do total)
Fonte: FCT (2011)
Número6.019157
2,6%
Montante (€)345.144.938 €17.469.727 €
5,1%
tabela 60VALOR GLOBAL (EUROS) E PROPORÇÃO DOS PROJECTOS FCT DA FILEIRA FLORESTAL APROVADOS (2000-2009)
Fileira e SubfileirasFileira Florestal Subfileira do EucaliptoSubfileira do SobreiroSubfileira do Pinheiro Bravo
Fonte: FCT (2011)
Montante (€)17.469.7272.403.2733.694.3792.006.489
Proporção (%)100,0%13,8%21,1%11,5%
tabela 61PROJECTOS AGRO 8.1 APROVADOS, EM NÚMERO E EM VALOR (EUROS)
IndicadorTotal AGRO 8.1 Aprovados (todas as áreas científicas)Fileira Florestal Projectos da Fileira Florestal Aprovados (em % do total)
Fonte: POAGRO (2010)
Número30143
14,3%
Montante (€)42.809.700 €6.929.807 €
16,2%
tabela 62VALOR GLOBAL (EUROS) E PROPORÇÃO (%) DOS PROJECTOS AGRO 8.1 DA FILEIRA FLORESTAL APROVADOS
Projectos AGRO 8.1 da Fileira Florestal AprovadosFileira Florestal Subfileira do EucaliptoSubfileira do SobreiroSubfileira do Pinheiro Bravo
Fonte: POAGRO (2010)
Montante (€)6.929.807
667.1731.891.6441.596.705
Proporção (%)100,0%
9,6%27,3%23,0%
tabela 63PROJECTOS I&DT QREN APROVADOS, EM NÚMERO E EM VALOR (EUROS)
Projectos I&DT QREN da Fileira Florestal Aprovados*Total I&DT (todos os CAE)Fileira Florestal Projectos da Fileira Florestal Aprovados (em % do total)
Fonte: QREN (2011)* Até 13 de Novembro de 2011.
Número
2.39734
1,4%
Montante (€)
784.039.425 €19.308.409 €
2,5%
tabela 56DESPESAS EM I&D, A PREÇOS CORRENTES, NO SECTOR EMPRESAS DA FILEIRA FLORESTAL (CAE 02, 16, 17 E 31) (MILHARES DE EUROS)
Ano
20082007200520032001Total
Fonte: IPCTN (GPEARI / Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior)
Investigação aplicada
7.2405.7081.7883.0976.54024.372
Desenvolvimento
experimental16.03221.2746.9469.95419.83774.044
Investigação fundamental
4551.14184
263105
2.049
Tipo de investigação
RELATÓRIO DE CARACTERIZAÇÃO DA FILEIRA FLORESTAL 2010 67RELATÓRIO DE CARACTERIZAÇÃO DA FILEIRA FLORESTAL 201066
tabela 65INVESTIMENTO EM I&D DA SUBFILEIRA DO EUCALIPTO
Ano200220032004200520062007200820092010
Fonte: Celpa (2011)
Investimento I&D (€)2.620.000,00 €2.574.000,00 €2.368.000,00 €3.038.000,00 €2.712.000,00 €2.589.000,00 €2.875.000,00 €2.803.000,00 €2.500.000,00 €
tabela 66NÚMERO E INVESTIMENTO (EUROS) DOS PROJECTOS DA FILEIRA FLORESTAL APROVADOS NO QREN PARA A ÁREA INOVAÇÃO
Projectos Inovação QREN Aprovados*Total Inovação (todos os CAE)Fileira Florestal Projectos da Fileira Florestal Aprovados (em % do total)
Fonte: QREN (2011)* Até 13 de Novembro de 2011.
Número54672
13,2%
Investimento (€)4.106.033.282 €
322.201.113 €7,8%
tabela 67INVESTIMENTO TOTAL E PRIVADO (EUROS) DOS PROJECTOS DAS SUBFILEIRAS FLORESTAIS APROVADOS NO QREN PARA A ÁREA INOVAÇÃO
Projectos Inovação QREN da Fileira Florestal Aprovados*Fileira FlorestalSubfileira da Pasta e PapelSubfileira da CortiçaSubfileira da Madeira e Mobiliário
Fonte: QREN (2011)* Até 13 de Novembro de 2011
Investimento Total (€)
322.201.113,00 €129.947.297,00 €63.974.796,00 €
128.279.020,00 €
Investimento Privado (€)
174.350.947,00 €69.897.051,00 €41.967.545,00 €62.486.351,00 €
tabela 68REPRESENTATIVIDADE DA FILEIRA FLORESTAL NA REDE PME INOVAÇÃO COTEC
SectorProcessamento de PedraBorrachaCerâmicaConstrução de EmbarcaçõesDesignAmbienteConsultoriaEngenharia AeroespacialEngenharia de MateriaisProdução de EnergiaQuímica e TintasTêxteis e VestuárioCalçadoConstrução civilPlásticos e MoldesElectrónicaFileira FlorestalBiotecnologia e FarmacêuticaAgricultura e AlimentarEquipamento IndustrialTICTOTAL
Fonte: COTEC (2011)
N.º de empresas11111222222466667891260141
N.º de empresas (% do total)0,7%0,7%0,7%0,7%0,7%1,4%1,4%1,4%1,4%1,4%1,4%2,8%4,3%4,3%4,3%4,3%5,0%5,7%6,4%8,5%
42,6%100%
tabela 64VALOR GLOBAL (EUROS) DOS PROJECTOS I&DT QREN DA FILEIRA FLORESTAL APROVADOS
Projectos I&DT QREN da Fileira Florestal Aprovados*Fileira FlorestalSub-fileira da Pasta e PapelSub-fileira da CortiçaSub-fileira da Madeira e Mobiliário
Fonte: QREN (2011)* Até 13 de Novembro de 2011.
Investimento Total (€)
19.308.409 €2.022.476 €9.818.231 €4.560.705 €
Investimento Privado (€)7.495.436 €887.947 €4.191.519 €1.523.334 €
Apesar de não existir uma Política Florestal Comum ao nível daUnião Europeia, tem sido aposta do País a existência de medidasde apoio e desenvolvimento à Fileira Florestal nos vários QuadrosComunitários de Apoio (QCA).
Os quadros seguintes apresentam, para o período 2000-2010, oinvestimento e o número de projectos aprovados para a FileiraFlorestal.
RELATÓRIO DE CARACTERIZAÇÃO DA FILEIRA FLORESTAL 2010 69
a fileira florestal e as políticaspúblicas
5
5.1 esforço financeiro do Estado e fundos comunitários na fileira
Os Programas de Apoio ao Investimento à Indústria Florestal totalizaram um investimentoglobal de 1.620 Milhões de euros, do qual 67% (1090 Milhões de euros) corresponde ao investimento privado.
Pela análise da Tabela 69 houve um inves-timento de 538.518.910 euros através dosprogramas de apoio ao investimento direc-cionados à produção florestal. A compo-nente principal deste investimento foirealizada através do QCA III, dado que oPRODER, não obstante ser aplicável aoperíodo 2007-2013, só em 2010 iniciou aaprovação das candidaturas das acçõesflorestais. O investimento privado destesprojectos representa cerca de 28% doinvestimento total.
No âmbito do QCA, as acções que tiverammaior investimento foram a acção 3.1 e 3.2do Programa AGRO, a Florestação de TerrasAgrícolas do Programa RURIS e a sub-acção3.4 do Programa AGRIS, acções cujosobjectivos estão relacionados com a inter-venção directa nos espaços florestais.Destaque ainda para a sub-acção 3.1 doPrograma AGRIS, na qual foram aprovados22.149.537 € para a constituição de Organi-zações de Produtores Florestais (OPF) e paraa criação de Núcleos nas OPF já existentes.
A análise às acções de arborização e debeneficiação florestal (Tabela 70) permitedestacar as seguintes conclusões:
— Uma arborização total de 106.211hectares, dos quais 61,1% são das espéciesdas três principais subfileiras;
— O sobreiro, quer na arborização quer nabeneficiação, é a principal espécie utilizada;
— A reduzida área arborizada com eucalipto;
— A importância da Florestação de TerrasAgrícolas, uma medida de “set aside” e nãode “política florestal” no saldo final daarborização (45%);
Já no âmbito do PRODER, os projectoscontratualizados traduzem uma claraaposta dos produtores florestais na acção1.3.1 (Melhoria Produtiva dos Povoamen-tos) em detrimento das acções de arbori-zação. Merece ainda destaque a reduzidaintervenção em áreas de pinhal bravo nestaacção (55 hectares), que representa 0,3%da área total já aprovada.
Quando a análise se refere aos Prestadoresde Serviços Florestais (Tabela 71), o volumede investimento realizado através dos dife-rentes programas de apoio (AGRO, AGRIS,PRIME, PRODER e QREN) totaliza cerca de65,8 milhões de euros, dos quais 39,2% éreferente ao investimento privado.
No âmbito do QCA III destaca-se acção 3.5do Programa AGRO, com 21,9 Milhões deeuros de investimento em projectos decolheita de material lenhoso; merece,também, destaque o facto de 58% doinvestimento no período 2000-2010 estarenquadrado no PRODER e QREN, o queevidencia um elevado investimento entre2008 e 2010.
De acordo com o Relatório de Execução doPRODER (2010), e relativamente à tipolo-gia dos investimentos contratados na acção1.3.3, verifica-se que a tipologia mais signi-ficativa (65%) foi referente à “colheita,recolha concentração e triagem de materiallenhoso e resina”, seguida das tipologiasrelativas à “colheita, recolha concentraçãoe triagem da biomassa florestal” (15%).
Relativamente aos Programas de Apoio aoInvestimento à Indústria da Fileira Florestal(Tabela 72), estes totalizaram um investi-mento global de 1.619.721.060 euros, doqual cerca de 70% foi executado atravésdo PRIME. O investimento privado destesprojectos representa cerca de 67% doinvestimento total.
A análise por subfileira revela que o maiorvolume de investimento foi realizado pelasubfileira da pasta e papel (704 milhões deeuros, 43% do total), seguindo-se a subfi-leira da madeira e mobiliário (466 milhõesde euros, 39% do total) e a subfileira da cortiça(448 milhões de euros, 28% do total).
Já no âmbito do QREN a subfileira que, atéà data, apresenta maior volume de inves-timento aprovado é a da madeira e mobi-liário (46%), seguindo-se a da pasta e papel(34,2%) e a da cortiça (19,7%).
A análise global da acção Qualificação PMEdo QREN (Tabela 73) é elucidativa quantoà dinâmica da Fileira Florestal, cujos projec-tos representam cerca de 13,2% do inves-timento total aprovado até ao momento.
Quanto à análise por subfileira (Tabela 74),verifica-se que a subfileira da Madeira eMobiliário possui maior volume de inves-timento na Qualificação PME, com 50,5milhões de euros (cerca de 85% do totalda Fileira Florestal). O investimento privadodestes projectos representa cerca de 55%do investimento total.
Ainda no âmbito do QREN merece desta-que o investimento efectuado pela FileiraFlorestal no SIAC – Sistema de Incentivosde Acções Colectivas (Tabela 75), querepresenta cerca de 12% do investimentototal realizado no QREN no âmbito destamedida.
Ao nível das subfileiras o destaque vai paraa subfileira da cortiça com um investimentode cerca de 19 Milhões de Euros (Tabela76), representa cerca de 71% do investi-mento SIAC da Fileira Florestal e 8,6% do
investimento SIAC global do QREN.No âmbito do Fundo Florestal Permanente,e ainda que não esteja disponível umainformação detalhada, por projecto e/ouprotocolo, etc., o volume total de investi-mento realizado entre 2004 e 2009 foi de101 Milhões de Euros.
5 a fileira florestal e as políticas públicas
RELATÓRIO DE CARACTERIZAÇÃO DA FILEIRA FLORESTAL 2010 71RELATÓRIO DE CARACTERIZAÇÃO DA FILEIRA FLORESTAL 201070
LINHA DE CRÉDITO
Com o Decreto-Lei n.º 1-A/2010 de 4 deJaneiro, foi reforçada em 125.000.000Euros uma linha de crédito com juros boni-ficados dirigida aos sectores florestal e dasagro-indústrias.
Visa disponibilizar meios para financiaroperações destinadas à realização de inves-timento em activos fixos corpóreos ouincorpóreos e reforçar o fundo de maneionecessário ao desenvolvimento da activi-dade e liquidar dívidas junto de instituiçõesde crédito, ou de fornecedores de factoresde produção, incluindo bens de investi-mento, que tenham sido contraídas noexercício da actividade
CERTIFICAÇÃO FLORESTAL
Na área da certificação florestal, duas rele-vantes iniciativas foram desenvolvidas:
— Despacho n.º 11.469/2010 de 14 deJulho: estabelece a criação de um regimede apoios financeiros à certificação dagestão florestal sustentável (visando aConstituição de Sistemas de Certificação daGestão Florestal e/ou a Adesão a Sistemasde Certificação da Gestão Florestal já exis-tentes) no âmbito do Fundo FlorestalPermanente;
— Despacho n.º 14686/2010 de 23 deSetembro: determina que a AutoridadeFlorestal Nacional proceda às diligênciasnecessárias para a submissão a processosde gestão florestal sustentável das áreasflorestais sob a sua gestão, definindo comoprioritárias a Mata Nacional de Leiria, aMata Nacional de Pedrógão, a Mata Nacio-nal do Urso, a Mata Nacional do Valado, e aMata Nacional das Virtudes.
FUNDO FLORESTAL PERMANENTE
Através da Portaria n.º 287/2010 de 27 deMaio foi aprovado o Regulamento de Admi-nistração e Gestão do Fundo FlorestalPermanente, visando a clarificação de algu-mas questões existentes com o anteriorregulamento, a reorganização do modo degestão do Fundo, e a obrigatoriedade dadivulgação quer do plano anual de activi-dades, quer do relatório anual de execução.
5.2 principais medidas de política
5.2.1 iniciativas de política florestal em 2010
RELATÓRIO DE CARACTERIZAÇÃO DA FILEIRA FLORESTAL 2010 73
5 a fileira florestal e as políticas públicas
RELATÓRIO DE CARACTERIZAÇÃO DA FILEIRA FLORESTAL 201072
COMISSÃO PARA A INTERNACIONALIZAÇÃO
Visa promover, na perspectiva da interna-cionalização nas áreas da agricultura, dasflorestas, das pescas e do turismo emespaço rural, a articulação e a participaçãodos organismos do Ministério da Agricul-tura, do Desenvolvimento Rural e dasPescas e de outros organismos da Adminis-tração Pública (Despacho n.º 16.664/2010de 03 de Novembro).
GRUPOS DE TRABALHO/REFLEXÃO
Ao longo do ano de 2010 foram criadosdiversos Grupos de Trabalho que visavama reflexão sobre um conjunto diversificadode temáticas, designadamente:
— estudar e propor medidas adicionais paraprotecção fitossanitária no âmbito da erra-dicação e controlo do NMP no territórionacional;
— revisão do sistema de seguros agrícolas;
— promoção da internacionalização dasempresas agrícolas e agro-industriais bemcomo das empresas que operam no âmbitodas fileiras florestais e das pescas;
— identificação dos principais desafios eopções nacionais em relação ao futuro daPAC pós-2013.
Na Tabela 78 listam-se as principais medi-das legislativas de 2010.
N.º ProjectosAprovados
4.617265393
2.907
999
2940
324
391981552
4574887
89
N.º ProjectosExecutados
4.229236354
2.885
n.d.n.d.n.d.n.d.
n.d.
n.a.n.a.n.a.n.a.n.a.n.a.n.a.n.a.n.a.
Investimento Total Aprovado *
168.982.100 €19.557.600 €24.268.800 €
69.292.000 €
22.149.537 €
919.601 €98.869.338 €
0 €
44.641.934 €
46.143.000 €5.269.000 €11.833.000 €
139.000 €3.682.000 €3.247.000 €4.330.000 €816.000 €
14.379.000 €538.518.910 €
InvestimentoPrivado**
33.796.420 €3.911.520 €4.853.760 €
24.045.430 €
6.374.982 €
112.192 €34.470.599 €
0 €
6.130.882 €
24.694.000 €2.985.000 €3.818.000 €
37.000 €1.509.000 €
n.d.548.000 €437.000 €
4.242.000 €151.965.785 €
tabela 69PROJECTOS APROVADOS E EXECUTADOS (N.º) E INVESTIMENTOS TOTAL APROVADO E PRIVADO (EUROS) DOS PROGRAMAS DE APOIO AO INVESTIMENTO À PRODUÇÃO FLORESTAL (2000-2010)
Programa de Apoio ao Investimento
PROGRAMA AGRO Acção 3.1 - Apoio à Silvicultura Acção 3.2 - Apoio ao Restabelecimento do Potencial de Produção Silvícola Acção integrada 3.1 /3.2RURIS Florestação Terras AgrícolasPROGRAMA AGRIS Sub-acção 3.1. - Instalação de organizações de produtos florestais Sub-acção 3.3. - Apoio à prestação de serviços florestais Sub-acção 3.4. - Prevenção de riscos provocados por agentes bióticos e abióticos Sub-acção 3.5. - Valorização e conservação dos espaços florestais de interesse público AIBT PINHAL INTERIOR AIBT Pinhal InteriorPRODER (a 31/12/2010)Acção 1.3.1 Melhoria Produtiva dos Povoamentos ConcursoAcção 1.3.2 Gestão MultifuncionalSub-acção 2.3.1.1 Defesa da Floresta Contra IncêndiosSub-acção 2.3.1.2 Minimização de Riscos Bióticos Após IncêndiosSub-acção 2.3.2.1 Recuperação do potencial produtivoSub-acção 2.3.2.2 Instalação de sistemas florestais e agro-florestaisSub-acção 2.3.3.1 Promoção do Valor Ambiental dos Espaços FlorestaisSub-acção 2.3.3.2 Reconversão de Povoamentos com Fins AmbientaisSub-acção 2.3.3.3 Protecção contra Agentes Bióticos NocivosTOTAL
Fonte: Programas AGRO, RURIS, CCDRN, CCDRC, CCDRLVT, CCDRALT, CCDRALG, PRODER* Os valores do Programa AGRO são relativos a investimento executado.** Os valores do investimento privado para o Programa AGRO são estimativas realizadas com base na taxa de comparticipação base (80%).
tabela 70INVESTIMENTO (EUROS) EM ARBORIZAÇÃO E BENEFICIAÇÃO NOS PROGRAMAS DE APOIO AO INVESTIMENTO À PRODUÇÃO FLORESTAL (2000-2010)
Programa de Apoioao InvestimentoProPrograma AGROFlorestação Terras AgrícolasPRODER*Total
Fonte: Programas AGRO, RURIS, PRODER* Contratado até Dezembro de 2010
Total54.233
48.0333.945
106.211
Eucalipto850
48n.a.898
Pinheiro Bravo22.413
2.834223
25.470
Sobreiro12.502
25.169838
38.509
Total184.607
n.a.19.244
203.851
Pinheiro Bravo32.181
n.a.55
32.236
Eucalipto98
n.a.1.5781.676
Sobreiro122.076
n.a.9.718
131.794
Beneficiação Executada (ha)Arborização Executada (ha)
tabelas e figuras
RELATÓRIO DE CARACTERIZAÇÃO DA FILEIRA FLORESTAL 2010 75RELATÓRIO DE CARACTERIZAÇÃO DA FILEIRA FLORESTAL 201074
tabela 72PROJECTOS APROVADOS E EXECUTADOS (N.º) E INVESTIMENTOS TOTAL APROVADO E PRIVADO (EUROS) NOS PROGRAMAS DE APOIO AO INVESTIMENTO À INDÚSTRIA DA FILEIRA FLORESTAL (2000-2011)
Programa de Apoio ao Investimento
PRIME Subfileira da Pasta e Papel Subfileira da Cortiça Subfileira da Madeira e Mobiliário Sub-total PRIMEPrograma AGRO Subfileira da Cortiça Subfileira da Madeira e Mobiliário Sub-total AGROPRODER Acção 1.3.3 (a 31/12/2010) Subfileira da Cortiça Subfileira da Madeira e Mobiliário Sub-total PRODERQREN (a 31/08/2010) Qualificação PME Subfileira da Pasta e Papel Subfileira da Cortiça Subfileira da Madeira e Mobiliário Inovação Subfileira da Pasta e Papel Subfileira da Cortiça Subfileira da Madeira e Mobiliário I&DT Subfileira da Pasta e Papel Subfileira da Cortiça Subfileira da Madeira e Mobiliário Sub-total QRENTotal Subfileira da Pasta e PapelTotal Subfileira da CortiçaTotal Subfileira da Madeira e MobiliárioTOTAL
Fonte: Programa AGRO, PRIME, PRODER, QREN
N.º ProjectosAprovados
5867
295
23n.d.
916
161672
218
43
5206
N.º ProjectosExecutados
n.d.n.d.n.d.
18n.d.
n.a.n.a.
n.a.n.a.n.a.
n.a.n.a.n.a.
n.a.n.a.n.a.
InvestimentoTotal Aprovado
568.525.109 €311.725.329 €255.680.902 €1.135.931.340 €
48.152.300 €12.163.061 €60.315.361 €
10.446.000 €15.504.000 €25.950.000 €
4.028.3534.360.672
50.532.809
129.947.29763.974.796
128.279.020
2.022.4769.818.2314.560.705
397.524.359704.523.235 €448.477.328 €466.720.497 €1.619.721.060 €
Investimento Privado
452.484.932 €250.027.261 €157.714.782 €
860.226.975 €
n.d.n.d.n.d.
6.552.351 €9.725.028 €16.277.379 €
1.937.3052.546.91127.892.153
69.897.05141.967.54562.486.351
887.9474.191.5191.523.334
213.330.116525.207.235 €305.285.587 €259.341.648 €
1.089.834.470 €
tabela 73NÚMERO E INVESTIMENTO (EUROS) DOS PROJECTOS DA FILEIRA FLORESTAL APROVADOS NO QREN PARA A QUALIFICAÇÃO PME
Projectos Qualificação PME QREN Aprovados *Total Qualificação (todos os CAE)Fileira Florestal Projectos da Fileira Florestal Aprovados (em % do total)
Fonte: QREN (2011)* Até 13 de Novembro de 2011.
Númerode Projectos
983105
10,7%
Investimento (€)
451.182.621 €59.430.009 €
13,2%
tabela 74INVESTIMENTOS TOTAL E PRIVADO (EUROS) PROJECTOS DAS SUBFILEIRAS FLORESTAIS APROVADOS NO QREN PARA A QUALIFICAÇÃO PME
Projectos Qualificação PME da Fileira Florestal Aprovados* Fileira FlorestalSubfileira da Pasta e PapelSubfileira da CortiçaSubfileira da Madeira e Mobiliário
Fonte: QREN (2011)* Até 13 de Novembro de 2011.
Investimento Total (€)
59.430.009,00 €4.028.353,00 €4.360.672,00 €
50.532.809,00 €
InvestimentoPrivado (€)
32.658.464,00 €1.937.305,00 €2.546.911,00 €27.892.153,00 €
tabela 75NÚMERO E INVESTIMENTO (EUROS) DOS PROJECTOS DA FILEIRA FLORESTAL APROVADOS NO QREN - SIAC
Projectos SIAC QREN Aprovados*Total SIAC (todos os CAE)Fileira Florestal Projectos da Fileira Florestal Aprovados (em % do total)
Fonte: QREN (2011)* Até 13 de Novembro de 2011.
Número
22715
6,6%
Investimento (€)
221.626.138 €26.671.509 €
12,0%
tabela 76INVESTIMENTOS TOTAL E PRVADO (EUROS) DOS PROJECTOS DAS SUBFILEIRAS FLORESTAIS APROVADOS NO QREN – SIAC
Projectos SIAC QREN da Fileira Florestal Aprovados*Fileira FlorestalSubfileira da Pasta e PapelSubfileira da CortiçaSubfileira da Madeira e Mobiliário
Fonte: QREN (2011)* Até 13 de Novembro de 2011.
Investimento Total (€)
26.671.509,00 €630.353,00 €
19.112.533,00 €6.928.623,00 €
InvestimentoPrivado (€)
6.105.994,00 €189.106,00 €
3.873.343,00 €2.043.545,00 €
tabela 77DESPESAS E RECEITAS (EUROS) DO FUNDO FLORESTAL PERMANENTE (2004-2009)
ANO
200420052006200720082009TOTAL
Fonte: IFAP (2010)
CANDIDATURAS APROVADAS
298612182n.d.n.d.
RECEITAS
19.300.318 €26.805.924 €25.992.640 €13.470.720 €25.412.395 €23.974.090 €
134.956.086 €
DESPESAS
4.180.083 €11.284.153 €13.481.034 €12.892.700 €34.558.255 €24.802.161 €
101.198.386 €
PROTOCOLOS HOMOLOGADOS
n.d.n.d.n.d.n.d.n.d.12
SALDO FIM DO ANO
n.a.15.521.771 €43.153.612 €49.951.682 €40.805.822 €39.965.391 €
n.a.
tabela 71PROJECTOS APROVADOS E EXECUTADOS (N.º) E INVESTIMENTOS TOTAL APROVADO E PRIVADO (EUROS) PROGRAMAS DE APOIO AO INVESTIMENTO AOS PRESTADORES DE SERVIÇOS FLORESTAIS (2000-2010)
Programa de Apoio ao Investimento
Programa AGRO Acção 3.3 - Apoio à produção de plantas e sementes Acção 3.5 - Exploração florestal, comercialização e transformação de material lenhoso e gema de pinheiro Programa AGRIS Sub-acção 3.2. - Apoio à constituição e instalação de prestadores de serviços florestaisPRIME PrimePRODER (a 31/12/2010) * Acção 1.3.3. Modernização e Capacitação das Empresas FlorestaisQREN (a 13/11/2010) Qualificação PME I&DTTOTAL
Fonte: Programas AGRO, PRIME, CCDRN, CCDRC, CCDRLVT, CCDRALT, CCDRALG, PRODER, QREN* O valor do investimento privado é uma estimativa com base na taxa de comparticipação média para a totalidade da acção 1.3.3.
N.º ProjectosAprovados
15
n.d
7
11
95 11
N.º ProjectosExecutados
15
n.d
n.d
n.d
n.d
n.dn.d
Investimento Total Aprovado
1.352.600 €
21.907.139 €
228.384 €
3.895.916 €
35.020.000 €
508.175 €
2.906.997 €65.819.211 €
Investimento Privado
n.d.
n.d.
112.192 €
2.549.436 €
21.966.621 €
282.095 €892.636 €
25.802.980 €
tabela 78PRINCIPAIS MEDIDAS LEGISLATIVAS EM 2010
Medida LegislativaResolução da Assembleia da República n.º 127/2010. D.R. n.º 221, Série I de 2010-11-15Resolução da Assembleia da República n.º 126/2010. D.R. n.º 221, Série I de 2010-11-15Resolução da Assembleia da República n.º 118/2010. D.R. n.º 220, Série I de 2010-11-12Despacho n.º 16797/2010. D.R. n.º 215, Série II de 2010-11-05Despacho n.º 16664/2010. D.R. n.º 213, Série II de 2010-11-03
Decreto-Lei n.º 114/2010. D.R. n.º 206, Série I de 2010-10-22
Despacho n.º 14686/2010. D.R. n.º 186, Série II de 2010-09-23Despacho n.º 13954/2010. D.R. n.º 172, Série II de 2010-09-03
Despacho n.º 11469/2010. D.R. n.º 135, Série II de 2010-07-14Despacho n.º 10849/2010. D.R. n.º 126, Série II de 2010-07-01Despacho n.º 9750/2010. D.R. n.º 111, Série II de 2010-06-09Portaria n.º 287/2010. D.R. n.º 103, Série I de 2010-05-27Portaria n.º 269/2010. D.R. n.º 95, Série I de 2010-05-17Despacho n.º 7988/2010. D.R. n.º 88, Série II de 2010-05-06
Despacho n.º 7164/2010. D.R. n.º 79, Série II de 2010-04-23
Despacho n.º 5828/2010. D.R. n.º 63, Série II de 2010-03-31Ministérios da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas e do Ambiente e do Ordenamento do TerritórioDespacho n.º 5635/2010. D.R. n.º 61, Série II de 2010-03-29Portaria n.º 173/2010. D.R. n.º 57, Série I de 2010-03-23Despacho n.º 4971/2010. D.R. n.º 55, Série II de 2010-03-19Despacho n.º 4742/2010. D.R. n.º 53, Série II de 2010-03-17Despacho n.º 4009/2010. D.R. n.º 45, Série II de 2010-03-05Despacho n.º 2842/2010. D.R. n.º 30, Série II de 2010-02-12Despacho n.º 397/2010. D.R. n.º 4, Série II de 2010-01-07Decreto-Lei n.º 1-A/2010. D.R. n.º 1, Suplemento, Série I de 2010-01-04
Resumo
Recomenda ao Governo a adopção de medidas para prevenir os incêndios florestais
Recomenda medidas urgentes a adoptar pelo Governo em matéria de protecção e valorização da floresta
Áreas protegidas e incêndios florestais de 2010Permite, em 2010, a colheita, o transporte e o armazenamento de pinhas da espécie Pinus pinea L. (pinheiro-manso) a partir do dia 1 de DezembroCria a Comissão para a Internacionalização (CI), que visa promover, na perspectiva da internacionalização nas áreas da agricultura, das florestas, das pescas e do turismo em espaço rural, a articulação e a participação dos organismos do Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas e de outros organismos da Administração PúblicaSimplifica a apresentação de candidaturas a fundos destinados à beneficiação e valorização florestal, modifica o regime de aprovação, alteração ou revisão dos planos regionais de ordenamento florestal e procede à primeira alteração ao Decreto-Lei n.º 16/2009, de 14 de JaneiroCertificação de matas públicas
Preparação dos necessários procedimentos legais para a realização de estudos de avaliação e monitorização do Plano Nacional de Defesa da Floresta Contra Incêndios (2009-2010), por parte da Autoridade Florestal NacionalPermite o desenvolvimento da atribuição de apoios à certificação da gestão florestal, relativo ao eixo de intervenção "Sustentabilidade da Floresta".Constituição do Observatório Nacional da Desertificação
Reestruturação da Autoridade Florestal Nacional
Aprova o Regulamento de Administração e Gestão do Fundo Florestal PermanenteEstabelece que o período crítico no âmbito do Sistema de Defesa da Floresta contra Incêndios vigore de 1 de Julho a 15 de Outubro no ano de 2010Criação da Comissão de Aconselhamento da Agricultura e do Desenvolvimento Rural, que visa assegurar a participação dos parceiros económico-sociais e das suas estruturas associativas no processo de definição e acompanhamento das estratégias e medidas nas áreas da agricultura e do desenvolvimento rural, bem como na avaliação da sua execuçãoCriação do grupo de peritos, que tem por missão participar na identificação dos principais desafios e opções nacionais em relação ao futuro da PAC pós-2013, apoiando o Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas (MADRP) na dinamização e orientação do debate público e na melhor fundamentação das suas decisões políticasConstituição de um grupo de trabalho com o objectivo de propor medidas tendentes à implementação do cadastro florestal
Altera o período de colheita e transporte de pinhas da espécie Pinus pinea L. (pinheiro-manso)
Primeira alteração à Portaria n.º 958/2008, de 26 de Agosto, que determina a estrutura das direcções regionais e a estrutura nuclear dos serviços centrais da Autoridade Florestal NacionalAlteração da constituição de um grupo de trabalho com a missão de proceder ao estudo e à formulação de conclusões que servirão de base para a revisão do sistema de seguros agrícolasCria um grupo de trabalho para a promoção da internacionalização das empresas agrícolas e agro-industriais bem como das empresas que operam no âmbito das fileiras florestais e das pescasCriação do grupo de trabalho para a reflexão sobre a certificação florestal, com o objectivo de propor medidas tendentes à implementação e consequente regulamentação da certificação florestalConstituição de um grupo de trabalho para revisão do sistema de seguros agrícolas
Constituição de um grupo de trabalho com o objectivo de estudar e propor medidas adicionais para protecção fitossanitária no âmbito da erradicação e controlo do NMP no território nacionalCria uma linha de crédito com juros bonificados dirigida às empresas do sector agrícola e pecuário, no montant de 50.000.000 €, e procede à segunda alteração ao Decreto-Lei n.º 74/2009, de 31 de Março, reforçando para 125.000.000 € os montantes disponíveis para os sectores florestal e das agro-indústrias
RELATÓRIO DE CARACTERIZAÇÃO DA FILEIRA FLORESTAL 201076
RELATÓRIO DE CARACTERIZAÇÃO DA FILEIRA FLORESTAL 2010
AV. COMENDADOR HENRIQUE AMORIM, 5805435-342 SANTA MARIA DE LAMAS - [PORTUGAL]
TEL [+351] 22 747 40 40 FAX [+351] 22 747 40 49
E-MAIL [email protected]
Aditamento ao relatório de caracterização da fileira florestal 2010AUTOR: Mafalda EvangelistaCopyright © 2011 AIFF
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FONTE DE LETRABLI SS™ Pro ExtraLight 10pt - Copyright ©1996 Jeremy Tankard
DEZEMBRO 2011