“Águas do barÃo” - unisal - centro universitário salesiano de … · 2005. 2. 10. ·...
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Euni Vieira e Silva
“ÁGUAS DO BARÃO”
Projeto de Preservação Cultural organizado sob a orientação da
Profª Sônia Bueno Affonso
Secretaria de Cultura- Lorena
2004
Localização:
Área verde localizada à Rua Santa Terezinha , no bairro Santa
Terezinha , neste município e comarca de Lorena. Faz limite com a rua
Bartolomeu de Gusmão, à direita e com a rua Paraná, à esquerda e aos fundos
com o ribeirão Tabuão ou Lorena.
Rua Bartolomeu de Gusmão
Rua Paraná
Características
No local, há grande número de árvores que estão em àrea de
preservação permanente, ou seja dentro dos 30 m na margem do ribeirão
Tabuão ou Lorena. Possui 12. 262 metros quadrados.
Próximo a entrada se vê fotos do Barão da Bocaina e da filha
Lavínia.
Logo a esquerda, se vê grandes viveiros com animais como
pássaros , pavão e sagüis.
A direita, uma casa pequena, uma construção dos anos 80.
Ao lado esquerdo da casa, se vê uma pequena capela dedicada a
Santa Terezinha do Menino Jesus, cuja imagem foi importada da cidade de
Lizieux, na França, Santa Terezinha da Sagrada Face do Menino Jesus,
podendo ser a única no Brasil.
Recentemente, o Vaticano enviou para a Capela o relicário
(pedacinho do osso) de Santa Terezinha.
Mais próximo ao ribeirão Tabuão se vê mais uma construção,
pequena casa, também de construção atual e a “ Fonte Lavínia”.
Objetivos
Estabelecer a área como Setor de Preservação, com cinco (5)
Elementos de Preservação Um (EP1)- a Capela Santa Terezinha do Menino
Jesus, a imagem da Santa Terezinha da Sagrada Face do Menino Jesus, o
relicário da santa, as duas fontes de água, incluindo a Fonte “ Lavínia” e as
árvores do local.
Justificativa
O Setor de Preservação com os cinco (5) elementos de
preservação (EP1) são considerados patrimônios devido o valor histórico que
têm para aquela comunidade, como para o nosso município.
Esta área pertenceu ao Sr. Francisco de Paula Vicente de
Azevedo, Barão da Bocaína, filho do Coronel José Vicente de Azevedo e de
D. Angelina Moreira de Azevedo.
Nasceu na cidade de Lorena em 08 de outubro de 1856, falecendo
a 17 de outubro de 1938, em São Paulo.
“De tradicional família paulista, no regime imperial foi chefe do Partido Conservador do
Vale do Paraíba, presidente da Câmara Municipal de Lorena até 1889, fundador, entre
outros, do Engenho Central da cidade e da primeira linha de bondes que circulou no Norte
do estado e no Sul de Minas.
Pelos serviços prestados à indústria recebeu a Comenda Imperial, a Ordem
da Rosa, e em maio de 1887, foi agraciado pelo Imperador Dom Pedro II com o título de
Barão da Bocaína.
Após o advento da República, exerceu a diretoria de vários bancos de
diversas empresas industriais. Ao regressar de uma longa viagem à Europa, tomou a
iniciativa de executar vários melhoramentos com a carta expressa em nosso país, fundando
também, em São Francisco do Campos do Jordão a primeira Estância Climática.
Oferecendo gratuitamente os terrenos para a construção da Fábrica de
Pólvoras de Piquete e para o Sanatório Militar de Lavrinhas, conseguiu atrair estes
estabelecimentos para São Paulo.
Foi ainda, em 1910, o organizador da Comissão das Grandes Avenidas,
primeira entidade que projetou a remodelação e urbanização da cidade de São Paulo.”
(Recado. Casa da Cultura. Boletim nº 12. Lorena. Agosto/1984)
Em Lorena, o Barão descobriu nos arredores da cidade uma fonte
de água medicinal radioativa, a qual deu o nome de “Fonte Lavínia”, em
homenagem a sua filha, que seguiu a carreira religiosa. Tal fonte estava
localizada em chácara que adquiriu em 1923 e que denominou São José da
Bela Vista.
“Depois de analisada, foi constatado que a água possuía grande pureza. O Barão
mandou captá-la, dotando sua propriedade de grandes melhoramentos, para então
entregá-la à comunidade. Este local foi por muito tempo o ponto de encontro para pique-
niques, por ser um local aprazível, onde todas as classes sociais tinham o recanto ideal
para os passeios..” ( Recado. Casa da Cultura. Boletim nº 12. Lorena. Agosto/1984)
“Além dos pequeniques e passeios, os lorenenses realizavam ali, em tempos
remotos encontros, serestas e audições da famosa ‘ banda Princesa Imperial’, hoje ‘
Mamede de Campos’, funcionando por muito tempo como verdadeiro Clube de Campo.
(Águas do Barão. Edição Extra do Jornal Guaypacaré. Anuário de Lorena. 1986)
“A pequena capela, sob a invocação de Santa Terezinha do Menino Jesus, cuja
imagem é originária de Lizieux, na França” ... “ foi inaugurada em 20 de agosto de 1927.
Também esta capela o Barão da Bocaina doou ao bispado para a perpetuação do culto à
santa de sua devoção.”( Recado. Casa da Cultura. Boletim nº 12. Lorena. Agosto/1984) 1
Em 1984, a “Águas do Barão”, assim apelidada pelo povo lorenense foi
reaberta ao público, após reforma pela Prefeitura Municipal, sob a
administração do Sr. Carlos Marcondes, que incluiu um minizoológico com
passarinhos, macaquinhos e outros animais, com o objetivo de oferecer à
população uma área de turismo e lazer.
Ultimamente, a comunidade vinha participando das missas realizadas
pelo pároco responsável pela Paróquia de Santo Antonio, do bairro Santo
Antonio, tendo recebido do papa João Paulo II, ou melhor, do Vaticano, o
relicário (um pedacinho do osso) da Santa Terezinha, que está guardado
dentro da capela.
O atual prefeito Aloísio Vieira está doando a área para a Rede de
Comunicação Canção Nova.
1 De acordo com o Anuário de Lorena, 1986, a capela foi construída pelo Sr. Vicente Sverbere.
Bibliografia:
Águas do Barão. Edição extra do Jornal Guaypacaré. Anuário de Lorena. 1986
Vultos Lorenenses. Barão da Bocaina. Recado. Casa da Cultura.Boletim nº 12.
Lorena. Agosto de 1984
Água do Barão. Recado. Casa da Cultura. Boletim nº 12. Lorena. Agosto de
1984
César, Faustino. Francisco de Paula Vicente de Azevedo. Resenha Histórica
de Lorena.
Lorena, abril de 2004.
Ilmo. Sr.
Prof. Nelson Pesciotta
DD. Presidente do COMPHAC de Lorena
Assunto : Proposta de Preservação da “ Águas do Barão”
Sirvo-me da presente para indicar ao COMPHAC a discussão e
análise do projeto anexo de Preservação da “Águas do Barão”, que visa estabelecer a área
como Setor de Preservação, com cinco (5) Elementos de Preservação um (EP1)- a Capela
Santa Terezinha do Menino Jesus, a imagem da Santa Terezinha da Sagrada Face do
Menino Jesus, o relicário da santa, a fonte “ Lavínia” e as árvores na Área de Preservação
Permanente- dentro dos 30 m à margem do ribeirão Tabuão.
Esperando contar com a competência desse conselho.
Atenciosamente,
Euni Vieira e Silva
RG 16.140.609B
Justificativa:
O Setor de Preservação com os cinco (5) elementos de preservação (EP1) são
considerados patrimônios, devido o valor histórico que têm para comunidade lorense. Com
12.262 metros quadrados, esta área, então Chácara São José da Bela Vista, foi adquirida
pelo Sr. Francisco de Paula Vicente de Azevedo, Barão da Bocaina, filho do Coronel José
Vicente de Azevedo e de D. Angelina Moreira de Azevedo, em 1932. Lá, descobriu uma
fonte de água medicinal radioativa, a qual deu o nome de “Fonte Lavínia”, em homenagem
a sua filha, que seguiu a carreira religiosa. “Depois de analisada, foi constatado que a
água possuía grande pureza. O Barão mandou captá-la, dotando sua propriedade de
grandes melhoramentos, para então entregá-la à comunidade. Este local foi por muito
tempo o ponto de encontro para pique-niques, por ser um local aprazível, onde todas as
classes sociais tinham o recanto ideal para os passeios..” ( Recado. Casa da Cultura.
Boletim nº 12. Lorena. Agosto/1984)
Em 1984, a “Águas do Barão”, assim apelidada pelo povo lorenense foi reaberta ao
público, após reforma pela Prefeitura Municipal, sob a administração do Sr. Carlos
Marcondes, que incluiu um minizoológico com passarinhos, macaquinhos e outros animais,
com o objetivo de oferecer à população uma área de turismo e lazer.
Importante ressaltar que a própria comunidade lorenense desconhece seus
patrimônios e história, neste sentido entendemos que só a preservação pode favorecer tanto
a proteção dos patrimônios como a divulgação de tal conhecimento.
ELEMENTO DE PRESERVAÇÃO 1 (EP1)- ÁRVORES DA APP- ÁREA DE
PRESERVAÇÃO PERMANENTE À MARGEM DO RIBEIRÃO TABUÃO