“upload de imagens vetoriais nos atuais gps que suportam...

21
Rio de Janeiro, 16 de Dezembro de 2003. “Upload de imagens vetoriais nos atuais GPS que suportam recursos gráficos”. Rafael Moreira Savelli

Upload: others

Post on 19-Nov-2020

1 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: “Upload de imagens vetoriais nos atuais GPS que suportam ...w3.impa.br/~rbs/pdf/Savelli-GPS.pdf · • Não faz tratamento para transmissão de imagens e • É unilateral, ou seja

Rio de Janeiro, 16 de Dezembro de 2003.

“Upload de imagens vetoriais nos atuais GPS que suportam recursos gráficos”.

Rafael Moreira Savelli

Page 2: “Upload de imagens vetoriais nos atuais GPS que suportam ...w3.impa.br/~rbs/pdf/Savelli-GPS.pdf · • Não faz tratamento para transmissão de imagens e • É unilateral, ou seja

2

Sumário: Introdução ..................................................................................... 03 As etapas necessárias para o UpLoad ............................................. 05 O protocolo NMEA .......................................................................... 08 O protocolo GARMIN ...................................................................... 10 Os tipos de imagens existentes ....................................................... 12 O processo de Upload de imagens para GPSs .................................. 13 Resultados ..................................................................................... 19 Conclusão ...................................................................................... 20 Bibliografia e Webliografia .............................................................. 21

Page 3: “Upload de imagens vetoriais nos atuais GPS que suportam ...w3.impa.br/~rbs/pdf/Savelli-GPS.pdf · • Não faz tratamento para transmissão de imagens e • É unilateral, ou seja

3

Introdução: Com o surgimento dos satélites há alguns anos atrás, se fez possível hoje se guiar na terra ou no mar com precisões cada vez melhores através do aparelho no qual chamamos de GPS (global position system). Esses aparelhos guiam seus portadores baseando-se em coordenadas geográficas informadas por esses satélites. Hoje em dia temos muitos satélites circulando a órbita da terra. Isso nos trás um grande benefício, pois quanto mais satélites, mais precisão podemos ter acerca dos dados por eles enviados. Devido a grande necessidade que se tem hoje de conhecer muito bem e univocamente o lugar onde estamos, fez com que os GPSs fossem cada vez mais utilizados pelas pessoas. Principalmente por aquelas que estão explorando uma localidade nova e desconhecida. Com o aumento significativo de usuários de GPSs, acabou impulsionando e incentivando as empresas produtoras de GPSs a aprimorar ainda mais seus GPSs. Estas empresas adicionaram novas funcionalidades e recursos, como alguns sensores de bússolas e pressões atmosféricas (barômetro). De todos os recursos adicionados aos GPSs desde então, sem dúvida o que mais revolucionou essa tecnologia de posicionamento foi à inclusão de mapas vetoriais exibidos em um pequeno display embutido nos próprios GPSs. A partir desse instante, os exploradores e usuários de GPSs poderiam ver exatamente e diretamente no GPS aonde eles se encontram, dispensando até mesmo mapas e cartas avulsas. Assim, quase todos os mais novos recém-criados GPSs que surgiram desde então possuem o recurso gráfico de imagens. Com isso, o número de usuários cresceu e logo as exigências começaram a surgir. Agora, esses mapas já não atendem as necessidades do usuário, que por sua vez estão a cada dia buscando por níveis de detalhamento aprimorados desses mapas. Atualmente, a maioria dos mapas fornecidos de fábrica são muitas vezes imprecisos e com muito poucos detalhes. Inclusive algumas regiões do Brasil e até mesmo de outros países, não são nem se quer mapeadas, deixando o usuário sem esse poderoso recurso tecnológico para trafegar por aquelas regiões.

Além disso, mapas são propriedades de seus fabricantes e por isso, são cobrados por eles. No geral, mapas ricos em detalhes não são baratos e podem custar até U$ 233.32 – cerca de 50% do valor de um bom GPS. Diante dessa panorâmica toda, os usuários se sentem forçados a fazer uploads de mapas próprios, evitando dessa forma, pagar pelos mapas proprietários. Assim, como podemos ver, existe uma forte tendência a fazermos sempre uploads de imagens próprias nos nossos GPSs, abandonando na maioria das vezes, mapas originais e proprietários cobertos de copyrights. A proposta desse trabalho é justamente realizar esse tipo de tarefa, onde ao final de lerem esse documento, as pessoas estarão

Page 4: “Upload de imagens vetoriais nos atuais GPS que suportam ...w3.impa.br/~rbs/pdf/Savelli-GPS.pdf · • Não faz tratamento para transmissão de imagens e • É unilateral, ou seja

4

aptas a realizarem uploads de imagens próprias em seus GPSs de última geração. Elas irão aprender passo a passo como levar um mapa criado por eles próprios para os seus GPSs.

Page 5: “Upload de imagens vetoriais nos atuais GPS que suportam ...w3.impa.br/~rbs/pdf/Savelli-GPS.pdf · • Não faz tratamento para transmissão de imagens e • É unilateral, ou seja

5

As etapas necessárias para o UpLoad: Para se fazer possível o upload de imagens vetoriais em um GPS, precisamos fazer uma sucessão de passos. Precisamos preparar o mapa, levá-lo ao MapSource (um programa proprietário da Garmin) e por fim, fazermos o UpLoad para o GPS. Para preparar o mapa, precisamos pegar um mapa comum, aplicar umas características específicas que iremos logo explicar e em seguida, utilizar o programa MapDekoder feito pelo austríaco Peter para levar esse mapa até o MapSource. O processo se encontra ilustrado logo em seguida pela figura 1:

Figura 1: Os 4 passos necessários para levar mapas para um GPS.

Os três primeiros passos se fazem diretamente em um computador, para que enfim, no quarto passo, a imagem gerada seja levada para o GPS. Mais adiante veremos como manipular essas imagens nessas aplicações citadas à cima. Entretanto, falaremos agora um pouco mais de como se dá a comunicação na última etapa onde temos que levar um mapa do programa Garmin MapSource para os atuais GPS. Para fazermos com que o computador “fale” com o GPS, precisamos usar os conceitos de comunicação entre computadores. Como sabemos, para que dois computadores (ou como no nosso caso um computador e um GPS) se comuniquem é preciso de duas coisas:

1. Meio físico para a comunicação e 2. Algum protocolo de comunicação conhecido.

O meio físico permite a troca de dados (bits) enviados pelos agentes da comunicação. Dependendo do meio é possível enviar mais ou menos dados (baudrate ) em função da quantidade de ruído presente nesse meio. Quanto mais ruídos, menos dados se podem transmitir. Assim, o meio físico deve ser um fio ligado à porta RS-232 do computador e ao conector do GPS da Garmin.

Page 6: “Upload de imagens vetoriais nos atuais GPS que suportam ...w3.impa.br/~rbs/pdf/Savelli-GPS.pdf · • Não faz tratamento para transmissão de imagens e • É unilateral, ou seja

6

Felizmente, esse cabo já se encontra disponível pois ele veio

junto com a unidade GPSMap 76S da Garmin. Uma foto do GPS e alguns outros periféricos são mostrados logo a seguir na foto 1:

Foto 1: O GPS e seus periféricos

Já o protocolo de comunicação, é um conjunto de regras e procedimento que regem a comunicação entre esses dispositivos eletrônicos. Essas regras e procedimentos tratam, dentre outras coisas, todas as padronizações e sincronizações necessárias para uma comunicação. Atualmente, existem diversos tipos de protocolos. Cada um com características e propriedades distintas. Os protocolos aceitos pelo GPS mostrado na foto 1, são os descritos na figura 3:

Figura 3: Os protocolos aceitos pelo GPSMap 76s

Como vemos, são vários os protocolos aceitos pelo GPS utilizado como instrumento nesse trabalho. Agora o que tem que ser feito é escolher um que melhor atenda às nossas necessidades de se

Page 7: “Upload de imagens vetoriais nos atuais GPS que suportam ...w3.impa.br/~rbs/pdf/Savelli-GPS.pdf · • Não faz tratamento para transmissão de imagens e • É unilateral, ou seja

7

transmitir imagens. Por isso, agora falaremos um pouco de alguns dos mais importantes e conhecidos protocolos mostrados na figura 2 e vamos ao final, verificar qual deles melhor nos atende tendo em vista a proposta inicial desse projeto.

Page 8: “Upload de imagens vetoriais nos atuais GPS que suportam ...w3.impa.br/~rbs/pdf/Savelli-GPS.pdf · • Não faz tratamento para transmissão de imagens e • É unilateral, ou seja

8

O protocolo NMEA: O protocolo NMEA (National Marine Eletronics Association) foi criado pela Marinha americana com o propósito de servir como interface para os seus diversos equipamentos eletrônicos. Esse padrão portanto, permite o envio de informações para computadores a partir de outros equipamentos eletrônicos. Desde sua criação, esse protocolo veio sofrendo mudanças e aperfeiçoamentos (updates) sendo necessário então a criação de versões. Atualmente a versão mais atual da definição desse protocolo é a versão 2.0. Essa versão realiza seguramente transmissões a 4800 bauds. Sabe-se que alguns GPSs são capazes de transmitirem em velocidades superiores a essa usando esse mesmo protocolo, no entanto, o NMEA garante apenas a taxa de transmissão citada logo acima. Um dia esse protocolo já foi confidencial, mas agora a Marinha americana não o considera mais e disponibiliza todo o documento necessário para a sua manipulação. Hoje em dia, muitos programas de computadores que provê informações de posicionamento em tempo real entendem e esperam que os dados transmitidos estejam no formato do protocolo NMEA.

Esse padrão envia dados através de linhas de texto (caracteres ASCII) onde cada linha identifica um certo tipo de dado do GPS como: waypoints, tracks, routes e etc. Cada linha dessa começa necessariamente com um ‘$’ e termina com um retorno de carro (carriage return). Todas as informações do dado decodificado enviado pelo GPS são separadas por vírgulas além de obedecer a uma certa ordem específica na linha. Segue um trecho de um arquivo (sample.txt) gerado propositalmente para fins de demonstração. Esse arquivo foi interpretado pelo computador ao receber os dados de um GPS no padrão de protocolo NMEA:

$GPRMC,145753,V,,,,,,,170702,,*33 $GPRMB,V,,,,,,,,,,,,V*66 $GPGGA,123519,4807.038,N,01131.000,E,1,08,0.9,545.4,M,46.9,M,,,*42 $GPGGA,145753,,,,,0,00,,,M,,M,,*67 $GPGSA,A,1,,,,,,,,,,,,,,,*1E $GPGSV,3,1,09,04,47,077,00,05,16,240,00,07,30,143,00,08,07,043,00*7B $GPGSV,3,2,09,09,40,217,00,24,36,018,00,26,34,316,00,28,12,101,00*7C $GPGSV,3,3,09,29,22,344,00,,,,,,,,,,,,*48 $PGRME,,M,,M,,M*00 $GPGLL,,,,,145754,*56 $PGRMZ,,,*7E $PGRMM,Gavea '69*5D $GPBOD,,T,,M,,*47 $GPRTE,0,1,c,*36

sample.txt

Page 9: “Upload de imagens vetoriais nos atuais GPS que suportam ...w3.impa.br/~rbs/pdf/Savelli-GPS.pdf · • Não faz tratamento para transmissão de imagens e • É unilateral, ou seja

9

Repare que cada linha segue um certo padrão. Como dissemos, cada linha faz referência a algum tipo de dado ou uma funcionalidade específica. Analisando, por exemplo, a linha 3 desse arquivo sample.txt obtemos o resultado da tabela 1 mostrado logo a seguir: Linha 3: $GPGGA,123519,4807.038,N,01131.000,E,1,08,0.9,545.4,M,46.9,M,,,*42 Elemento: Significado: GP Garmin Propriety GGA Global Positioning System Fix Data 123519 Fix taken at 12:35:19 UTC 4807.038,N Latitude 48 deg 07.038’ N 01131.000,E Longitude 11 deg 31.000’ E 1 Fit Quality: 0 = invalid, 1 = GPS fix, 2 = DGPS fix 08 Number of satellites being tracked 0.9 Horizontal dilution of position 545.4,M Altitude, meters, above mean sea level 46.9,M Height of geoid (mean sea level) above WGS84 ellipsoid (empty field) Time in seconds since last DGPS update (empty field) DGPS station ID number *42 The checksum data, always begins with *

Tabela 1: Identificação dos elementos enviados pelo GPS no formato NMEA

Como podemos ver, o padrão permite a clara identificação dos elementos e suas propriedades. Uma implementação não muito complicada feita em praticamente qualquer tipo de linguagem, poderia fazer essa identificação de forma automatizada. Contudo, apesar de todos os recursos oferecidos pelo protocolo NMEA ele infelizmente não atende às nossas necessidades. Isso devido sobre tudo, a dois importantes fatores:

• Não faz tratamento para transmissão de imagens e • É unilateral, ou seja apenas o GPS pode mandar dados para

outros dispositivos. Não o contrário.

Por isso, fomos em busca de outro protocolo que pudesse atender às nossas necessidades.

Page 10: “Upload de imagens vetoriais nos atuais GPS que suportam ...w3.impa.br/~rbs/pdf/Savelli-GPS.pdf · • Não faz tratamento para transmissão de imagens e • É unilateral, ou seja

10

O protocolo Garmin:

O protocolo Garmin é um protocolo proprietário da empresa produtora de GPS e mapas da Garmin©. Esse protocolo foi criado com a principal funcionalidade de atender às necessidades da empresa em se manipular dados entre os GPSs e computadores por intermédio de um software, também próprio dela, denominado MapSource©.

Esse software por sua vez, é bem completo pois com ele é possível levar waypoints, tracks, routes e até mesmo mapas para GPSs da mesma marca. Sua interface principal pode ser observada logo abaixo na figura 4:

Figura 4: A interface principal do Garmin MapSource.

Na transmissão usando o protocolo Garmin, o baund rate é de 9600 bps. Possui além disso, um bit para stop e infelizmente não implementa paridades. Isso é praticamente tudo o que a Garmin divulga sobre o seu protocolo. Contudo, existem dois problemas relativos ao uso dessa aplicação. Um deles é devido o fato do protocolo utilizado nesse programa ser coberto por políticas de privacidadade. Assim, o protocolo só é liberado para alguns poucos que possuem autorização para isso. Com isso, se você quisesse modificar alguma coisa na comunicação, você dificilmente conseguiria. Já o outro problema se faz em função da falta de variedades de imagens no qual esse programa consegue interpretar. O programa lê e interpreta somente arquivos próprios e com extensão *.mps. Isso faz

Page 11: “Upload de imagens vetoriais nos atuais GPS que suportam ...w3.impa.br/~rbs/pdf/Savelli-GPS.pdf · • Não faz tratamento para transmissão de imagens e • É unilateral, ou seja

11

uma tremenda limitação para os usuários, posto que a maioria dos mapas disponíveis na internet estão disponíveis em outros formatos de imagens, como *.pvt, *.gtm, *.grm *.map e outros... Para contonar esse problema, vamos combinar as funcionalidades do programa MapSource com a do GPS TrackMaker. O GPS TrackMaker é um programa de manipulação de dados de GPS (bem como o MapSource também é) que foi produzido por um brasileiro chamado Odilson Ferreira Júnior. Ele é distribuido gratuitamente na internet mas seu código fonte ainda é reservado pelo autor. Uma vantagem dele sobre o MapSource é justamente devido ao fato do GPS TrackMaker ser capaz de trabalhar com uma variedade bem maior de formatos de imagens. Como citado antes, o GPS TrackMaker lê os mais variados formatos de imagens disponível na internet. Em contra partida, o GPS TrackMaker não trabalha com Uploads e downloads de imagens entre GPS e PC. Apenas com waypoints, tracks e routes. Por isso, teremos que usar um artifício que fará justamente o segundo passo intermediário do processo mostrado na figura 1. Trata-se do uso de uma outra aplicação denominada MapDekode na qual iremos falar dele mais tarde. Já na figura 5, podemos observar a interface principal do programa GPS TrackMacker.

Figura 5: A interface principal do programa GPS TrackMaker.

Page 12: “Upload de imagens vetoriais nos atuais GPS que suportam ...w3.impa.br/~rbs/pdf/Savelli-GPS.pdf · • Não faz tratamento para transmissão de imagens e • É unilateral, ou seja

12

Os tipos de imagens existentes: Em computação, existem basicamente dois tipos de imagens. As chamadas imagens matriciais e as imagens vetoriais. As matriciais são comumente as imagens provenientes de fotos principalmente de câmeras digitais, webcams e etc... São comumente os arquivos de imagens conhecidos na internet tal como *.bmp, *.jpg, *.gif e etc. Entretanto, essas imagens não servem para fazer uploads para GPSs posto que os programas citados à cima não dão suporte a isso. Para tal, precisamos usar as imagens vetoriais que são nada mais que imagens formadas a partir de formas geométricas básicas (como retas, retângulos, círculos, curvas e etc...). Essas imagens são suportadas tanto pelo Garmin MapSource quanto pelo GPS TrackMaker. Outro problema que poderemos vir a encontrar referente a imagens é à falta de recurso de memória dos GPSs. Como todos os recursos existentes na área de computação, a memória é uma entidade finita e por isso, imagens muito carregadas não podem ser levadas para o GPS. No geral, imagens matriciais, especialmente aquelas que não possuam algoritmos de compactação como *.bmp por exemplo, costumam ser mais parrudas por utilizarem uma quantidade maior de bytes. Já imagens vetoriais normalmente são mais leves e para efeito de exibição dos mapas nos GPSs, a diferença entre elas é irrelevante. Sendo assim, o upload só poderá ser feito com imagens vetoriais para que se possa então, tirar recursos gráficos das aplicações MapSource e GPS TrackMaker além de resguardar um pouco mais de memória permitindo o usuário guardar no GPS além do mapa ainda outros dados como waypoints, tracks e routes.

Page 13: “Upload de imagens vetoriais nos atuais GPS que suportam ...w3.impa.br/~rbs/pdf/Savelli-GPS.pdf · • Não faz tratamento para transmissão de imagens e • É unilateral, ou seja

13

O processo de Upload de imagens para GPSs: Para levar imagens de um computador para um GPS é necessário se ter nesse computador algumas configurações essenciais: Ø Limitações de Hardware:

• Processador Pentium III 600 MHz ou superior; • 128 Mbytes de memória RAM ou superior; • HD com cerca de 35 Mbytes livres; • Recomendável placa de vídeo 32 Mbytes ou superior.

Ø Limitações de Software:

• Sistema Operacional Windows 2000 ou XP; • O programa licenciado MapSource da Garmin; • O programa GPS TrackMaker #11.8 ou o GTM PRO 3.5 ou

superior (download e uso gratuito); • O programa MapDekoder (download e uso gratuito).

Em seguida, devem-se seguir os passos descritos abaixo exatamente como eles estão. Será considerado também que o windows e todas as aplicações já se encontram instaladas. O conceito geral de mapas para GPSs envolve dois grandes conceitos. O primeiro é o mapa geral. E o segundo é o mapa de detalhes. O mapa geral é único para cada projeto. Ele possui um nível de zoom mais amplo, com pouquíssimos detalhes e com as localizações dos mapas de detalhes. Serve como mapa-base para os mapas de detalhes. Já o mapa de detalhe é o mapa em que realmente enviamos ao GPS. Ele é rico em detalhes cartográficos e normalmente o conjunto deles compõem o mapa geral. Abaixo na figura 6 podemos ter uma noção de como é montado na verdade um mapa.

Figura 6: O mapa geral e os 4 mapas de detalhes.

Note que não há a obrigatoriedade nenhuma de se ter exatamente 4 mapas de detalhes. A rigor, você pode ter muitos mapas

Page 14: “Upload de imagens vetoriais nos atuais GPS que suportam ...w3.impa.br/~rbs/pdf/Savelli-GPS.pdf · • Não faz tratamento para transmissão de imagens e • É unilateral, ou seja

14

de detalhes. O importante aqui, é sempre ter no mínimo 1 mapa de detalhe. Introduzido o conceito, devemos agora criar o mapa geral. Para tal, usando o GPS TrackMaker, pegue o seu mapa cheio de detalhes, e faça uma cópia denominando-a para ZonaSul.gtm. Para exemplo, selecionamos um mapa da zona sul do Rio de Janeiro que se encontrava disponível na internet.

Figura 7: O mapa encontrado na internet da zona Sul do RJ.

Crie agora uma estrutura de diretórios (pastas) da seguinte forma: Na raíz C: do seu computador, crie um diretório chamado de Maps. Depois, dentro desse diretório, crie mais dois diretórios chamados de Details e General. Salve o mapa pego na internet dentro do diretório Maps. Em seguida, aplique as seguintes características nesse mapa:

• Elimine todos os waypoints da figura deixando somente os bairros principais da Zona Sul do Rio como Botafogo, Jardim Botânico, Gávea, Copacabana e etc;

• Mude a propriedade desses waypoints para “City Large”; • Reduza o tamanho de todas as trilhas presente no mapa. Para

isso, utilize a ferramenta “Tracklog Reducer” na opção “Cut Tracklog is exceeds”. Use portanto o valor máximo aceitável de 255 pontos;

• Troque todas as trilhas para o formato “Paved Street”; • Crie uma trilha em torno de todo o mapa e renomeie para

“Example”. Aplique o estilo “Yellow Map Background” e pressione o botão “Send to Back”;

• Agora temos que criar os contornos dos mapas de detalhes. Eles irão delimitar regiões que posteriormente poderão ser vizualizadas em detalhes. Aqui faremos apenas 1. Crie um

Page 15: “Upload de imagens vetoriais nos atuais GPS que suportam ...w3.impa.br/~rbs/pdf/Savelli-GPS.pdf · • Não faz tratamento para transmissão de imagens e • É unilateral, ou seja

15

retângulo com trilha e aplique o estilo “Green Map Border”. Renomeie a trilha para um número no formato <F=4XXXXXXX> onde XXXXXXX representa o número do mapa em que desenhou. No nosso caso, como foi o primeiro mapa, o nome será 40000001. Se quiséssemos ter mais de um mapa de detalhes, devemos criar vários desses retângulos porém com uma pequena superposição deles.

Ao final desse processo, o arquivo ZonaSul.gtm ficará como mostrado na figura 8:

Figura 8: O mapa geral criado.

Salve esse arquivo em: C:\Maps\General\ com o mesmo nome porém com extensão *.dbx. Para criar agora o mapa de detalhes, faça o seguinte:

• Com o mapa geral ainda aberto, marque as 4 bordas que delimitam o mapa de detalhes e pressione CTRL+C para copiá-la;

• Crie um novo arquivo no programa Trackmaker e cole a mesma borda pressionando CTRL+V. Modifique o estilo da trilha para “Yellow Map Background” e mude o nome para “Map 1”;

• Usando a ferramenta “Merge file”, adicione o arquivo original encontrado na internet salvo no diretório C:\Maps;

• Remova toda parte do mapa que ficou para fora da trilha “Yellow Map Background”;

• Salve esse mapa agora no diretório C:\Maps\Details com o mesmo nome da trilha que ele tinha no mapa geral e com a

Page 16: “Upload de imagens vetoriais nos atuais GPS que suportam ...w3.impa.br/~rbs/pdf/Savelli-GPS.pdf · • Não faz tratamento para transmissão de imagens e • É unilateral, ou seja

16

extensão dbx. Por isso, colocaremos 40000001. A seguir segue uma figura do mapa de detalhes;

Figura 9: O mapa de detalhes criado.

Compilando os mapas: Para disponiblizar o mapa completo para o Garmin MapSource devemos executar a segunda etapa da figura 1. Ou seja, devemos compilar os dois mapas criados anteriormente de modo a convertê-los da extensão gtm para uma extensão no qual o MapSource entenda, ou seja, a extensão img. Para isso portanto, usaremos o programa MapDekode. O MapDekode é um programa que foi escrito pelo austríaco Peter. A grande proposta dele era de gerar imagens no qual o programa da própria Garmin pudesse entender. O código fonte é privado e o uso do programa é gratuito. Sua interface principal é essa mostrada logo em seguida na figura 10.

Figura 10: A interface principal do MapDekode.

Page 17: “Upload de imagens vetoriais nos atuais GPS que suportam ...w3.impa.br/~rbs/pdf/Savelli-GPS.pdf · • Não faz tratamento para transmissão de imagens e • É unilateral, ou seja

17

Temos que fazer o uso do programa MapDekoder por duas razões: uma para compilar o mapa geral e outra para compilar o mapa de detalhes. Compilando o mapa Geral:

• Clique em “Criação de Mapas” depois em “Mapa-Geral de DB (*.DBX -> *.img);

• Aparecerá uma nova janela. Aperte “Ok” sem alterar nenhuma opção;

• Escolha o arquivo do mapa geral. O nosso exemplo ele é o arquivo C:\Maps\General\ZonaSul.dbx. Clique “Ok” e espere o programa gerar o novo mapa. Quando acabar de gerar todo o mapa geral, surgirá na parte inferior da aplicação a mensagem: “final de construção de img”.

Compilando o mapa Detalhes:

• Clique em “Criação de Mapas” depois em “Mapa-Detalhe de DB (*.DBX -> *.img);

• Aparecerá uma nova janela. Aperte “Ok” sem alterar nenhuma opção;

• Escolha o arquivo do mapa geral. O nosso exemplo ele é o arquivo C:\Maps\General\40000001.dbx. Clique “Ok” e espere o programa gerar o novo mapa. Quando acabar de gerar todo o mapa geral, surgirá na parte inferior da aplicação a mensagem: “final de construção de img”.

Depois de gerado os img’s dos mapas, precisamos levá-los para o Garmin. Isso também pode ser feito usando o programa MapDekode. Nele montamos um projeto e criamos um único arquivo img. Portanto, para criar o projeto, precisamos seguir alguns passos:

• Clique em “Projeto”; • Uma nova janela irá surgir. Em seguida, preencha os campos

dessa janela de acordo com a figura 11:

Page 18: “Upload de imagens vetoriais nos atuais GPS que suportam ...w3.impa.br/~rbs/pdf/Savelli-GPS.pdf · • Não faz tratamento para transmissão de imagens e • É unilateral, ou seja

18

Figura 11: Criação do projeto que faz a junção do mapa

geral com o mapa de detalhe em um só mapa.

• Clique em seguida em “Maplist” e depois em “Adiciona Mapa à lista”. Escolha o mapa de detalhes em C:\Maps\Details\40000001;

• Clique em “Tdb” e em seguida “Grava TDB e faz o registro”. Nesse instante, acabamos de concluir o segundo passo da figura 1. Podemos agora finalmente levar o nosso próprio mapa para o GPS usando a aplicação MapSource. Por fim, abrimos agora o programa MapSource. Verificamos que próximo às ferramentas de zoom, na parte central e superior da aplicação se encontra um elemento de interface do tipo combo-box. Lá se pode mudar o mapa que está sendo visualizado. Mude para o mapa “ZonaSul”. Seu mapa aparecerá instantaneamente logo abaixo. Note que a medida em que você dá zoom in, os detalhes vão surgindo, exibindo mais ruas e outros detalhes que antes não se via. Para concluirmos o processo da figura 1, temos que fazer o último passo que é justamente levar a imagem da figura 12 para dentro de um GPS. Esse passo final se faz através do próprio Garmin MapSource pela execução dos seguintes passos descritos asseguir:

• Abra o Programa Garmin MapSource; • Modifique o elemento de interface combo-box presente na parte

central e superior na interface desse programa para “ZonaSul”. Assim, o mapa criado será exibido;

Page 19: “Upload de imagens vetoriais nos atuais GPS que suportam ...w3.impa.br/~rbs/pdf/Savelli-GPS.pdf · • Não faz tratamento para transmissão de imagens e • É unilateral, ou seja

19

Resultados: Os resultados desse trabalho podem ser observados diretamente através do visor do GPS que foi utilizado como teste. Apesar da péssima qualidade da foto tirada, pode-se ainda perceber claramente algumas vias principais e a lagoa Rodrigues de Freitas situadas na Zona Sul do Rio de Janeiro, RJ.

foto 2 – Imagem de detalhes diretamente do visor do GPS.

Portanto, concluído todo o processo descrito na figura 1 vemos enfim, a imagem por nós escolhida dentro de um GPS. Desse jeito, usuários de GPSs podem carregar em seus aparelhos imagens que antes não eram disponíveis. Concluído esse trabalho, surgiram-se automaticamente as diversas aplicações envolventes nessa nova tecnologia. Uma dessas aplicações por exemplo, poderia ter âmbito no campo militar (mas especificamente na Marinha do Brasil). Freqüentemente Fuzileiros Navais fazem planejamento de como chegar em um dado objetivo tendo desembarcado suas tropas ou grupos numa dada cabeça de praia (locais próprios localizados em margens de praias do litoral do Brasil). Esses grupos terão que se locomover por intermédio de acidentes capitais (AC) interligados por vias de acesso (VA). Depois de feito todo o planejamento, os Fuzileiros Navais poderiam construir seus planos em cima dos mapas regionais onde a operação aconteceria (digamos por exemplo em Itaoca, ES). Depois, coloca-se essa imagem formada pelo mapa e planos nos GPSs daqueles que vão para o campo executar a atividade. Um jeito prático de se localizar na selva, no campo aberto ou mesmo em locais de baixa permissibilidade não perdendo ainda a meta final de seu objetivo.

Page 20: “Upload de imagens vetoriais nos atuais GPS que suportam ...w3.impa.br/~rbs/pdf/Savelli-GPS.pdf · • Não faz tratamento para transmissão de imagens e • É unilateral, ou seja

20

Conclusão: Como podemos observar, o processo de upload funciona muito bem em GPSs de última geração. O upload dessas imagens dão agora suporte aos mais diversos usuários que antes eram incapazes de usufruir esse recurso tão poderoso que é, ter em um só equipamento pequeno e portátil, mapas, rotas e pontos estratégicos. Mostramos também a eficiência dos Programas MapSource, GPS TrackMacker e MapDekoder que juntos, permitem levar imagens vetoriais para os GPSs de última geração. Percebemos também como poderia ser útil aplicar essa tecnologia também na área do ensino e conhecimento, pois alunos Fuzileiros Navais da Marinha Brasileira poderiam se guiar por mapas próprios da Marinha. Esses mapas poderiam ter informações que são relevantes somente para a Marinha o que possibilitaria um aprendizado específico e com níveis de precisão bastante razoáveis.

Page 21: “Upload de imagens vetoriais nos atuais GPS que suportam ...w3.impa.br/~rbs/pdf/Savelli-GPS.pdf · • Não faz tratamento para transmissão de imagens e • É unilateral, ou seja

21

Bibliografia e Webliografia:

• Portal GPS TrackMaker - http://www.gpstm.com/port/

• Garmin - http://www.garmin.com/

• Formato de imagens - http://www.gpsinformation.org/dale/mapdisplay.htm

• Phisical Data Interfacing –

http://www.tapr.org/~kh2z/Waypoint/Connections.htm

• [PDF] Garmin MapSource maps download FAQ.

• GPS Informations Web Site - http://gpsinformation.net/

• Lista de discussão: Projeto Tracksource – Grupo sério que reúne datuns do Brasil inteiro enviados por voluntários que já fizeram o devido trajeto. http://br.groups.yahoo.com/group/tracksource/

• Lista de Discussão: mapsource_UG – Grupo que discute e fala

sobre o Mapsource. Tira-se dúvidas e recebe-se sugestões. http://groups.yahoo.com/group/mapsource_UG/