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Aplicativos criam uma nova forma de fazer supermercado
A forma de fazer compras para a casa está mudando. O consumidor prefere usar o tempo livreem atividades prazerosas ao invés de passar horas empurrando carrinho em supermercado.De olho nessa tendência, crescem os sites e aplicativosque oferecem serviços de entrega de alimentose outros itens domésticos.
Para Claudio Felisoni, coordenador-geral do Provar (Programa de Administração de Varejo) daFIA (Fundação Instituto de Administração), o consumidor tem muito mais acesso à informaçãosobre preço hoje, o que o empurra para as compras online, inclusive as de supermercado.
Outro fator que impulsiona a compra online é o desejo de aproveitar melhor o tempo. “Aspessoas têm pressa, o tempo está mais valorizado. Elas querem economizar o tempo queperdem com compras recorrentes, como arroz e feijão”, diz Felisoni.
A maior dificuldade do varejo alimentício online, segundo ele, é a distribuição. “O consumidornão quer comprar hoje e receber daqui a três dias.”
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De olho na mudança de comportamento surgem empresas que permitem que o consumidorcompre pela internet, seja pelo computador ou celular, toda a compra a do mês. Uma delas é oSupermercado Now, que promete entregar produtos frescos, como frutas, verduras e carnes nacasa do comprador. Entre os diferenciais da empresa está a possibilidade de escolher como oproduto será entregue: a fruta mais madura ou o bife mais fino, por exemplo.
“A gente tem a vantagem dos produtos: são todos frescos, não ficam no caminhão o dia todo.Sai da loja, perto da casa do cliente, direto para a casa dele. Já entregamos até sorvete,produto congelado”, afirma Marco Zolet, CEO da empresa.
A outra vantagem, segundo ele, é a entrega rápida. “As grandes redes levam até 3 dias e nãotêm uma janela de entrega favorável, tem que escolher entre o período da manhã ou da tarde.A gente consegue entregar em janelas de até 2 horas no mesmo dia ou nas horas disponíveis.”
O segredo está no funcionamento do serviço. O supermercado Now utiliza compradoresprofissionais para fazer as compras. São pessoas que vão até o supermercado, escolhem osprodutos e entregam na casa do cliente.
“A gente localiza o entregador disponível, que a gente chama de shopper, mais próximo dosupermercado. Ele recebe o pedido no aplicativo, vai até a loja com a lista de compra e toda ascaracterísticas da compra e entrega no horário combinado”, diz Zolet.
Esses compradores recebem por entrega – a remuneração é a taxa de entrega, que gira emtorno de 20 reais. “São profissionais autônomos, pessoas que têm uma parte do dia livre parafazer compras. Meu modelo de ganhar dinheiro é com supermercado e marcas”, diz Zolet.
O supermercado Now investe em parcerias para expandir a área de atuação. O objetivo échegar a cem bairros por meio de uma aliança com a rede D’Avó.
Planejamento das compras
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A HomeRefill funciona como um assistente de compras do consumidor, ajudando-o a seprogramar para que não falte nada em casa. Como? O cliente monta sua lista de compras, comos produtos e quantidades desejadas, define a data de entrega e de quanto em quanto tempoquer repor esses itens.
“A ideia é construir uma mecânica para as pessoas conseguirem comprar aquilo que éessencial para a casa delas, que elas já sabem que precisam”, diz Guilherme Aere dos Santos,CEO da HomeRefill.
Segundo ele, a empresa não é um supermercado-online, embora permita a compra planejadade produtos. “Configuro uma lista de refil e digo de quanto em quanto tempo quero receber erevisar essa lista. É assim que funciona. A pessoa não precisa se preocupar em sair de casapara comprar aquilo que já sabe que precisa e vai adquirir.”
Essa mudança na relação com a compra tem a ver com a forma como os clientes queremaproveitar seu tempo. “O supermercado tem que se transformar em um lugar para vocêexperimentar novos produtos. O supermercado tradicional continua existindo, mas vai setransformar em um lugar com um melhor sentido de distribuição”, diz Santos.
Felisoni afirma que o supermercado continua existindo, mas pode mudar de formato. “Nofuturo, pode ser que as redes prefiram formatos menores de loja.”
Fonte: VEJA
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