apostila cfsd pm - curso de prevenção e combate a incêndios - 07-10-2013

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  • Centro de Ensino da Polcia Militar CEPM Centro de Formao e Aperfeioamento de Praas CFAP Curso de Formao de Soldados CFSd

    PREVENO E COMBATE A INCNDIOS

    1 TEN BM GEORGE DE VARGAS FERREIRA

    2013

  • SUMRIO

    1. Captulo 01 Conceituaes bsicas 2. Captulo 02 Classes de incndio Classe A, B, C e D e Noes sobre

    agentes extintores 3. Captulo 03 Equipamentos de proteo individual e respiratria 4. Captulo 04 Noes sobre emprego de extintores de incndio 5. Captulo 05 Mtodos, tcnicas e operaes de extino de incndios 6. Captulo 06 Noes sobre emprego de sistema hidrulico preventivo

  • APRESENTAO

    Todos os dias nos deparamos com situaes que podem colocar em risco nossa integridade fsica, nosso conforto e nossos bens. Muitas vezes, por desconhecimento de determinados riscos, acabamos provocando ou contribuindo com acidentes que podem ser evitados com adoo de simples medidas de preveno.

    Vivemos iludidos de que os acidentes s acontecem com os outros, at que somos atingidos por algum evento natural adverso, acidente ou incidente que expe toda a nossa fragilidade e nos acorda para o mundo real, demonstrando que devemos estar sempre preparados.

    Visando contribuir ainda mais com a comunidade catarinense, buscando a preparao das pessoas e a formao de mentalidade e cultura de preveno, de antecipao e de disseminao de conhecimentos, o Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina disponibiliza ao Curso de Formao de Soldados da Polcia Militar de Santa Catarina o Curso Bsico de Preveno de Combate a Incndio.

    O CPCI tem por finalidade oferecer uma capacitao bsica aos futuros policiais militares, para que todos possam reconhecer os riscos e atuar de maneira segura e eficiente em situaes de incndio.

    O curso foi desenhado para que voc possa absorver conhecimentos elementares que, em muitas situaes, poder auxili-lo(a) a proteger patrimnios e, at mesmo, salvar vidas.

    Queremos deix-lo(a) totalmente vontade para que possa usufruir do curso e sanar suas principais dvidas, obtendo conhecimento e segurana para atuar numa emergncia.

  • CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DE SANTA CATARINA

    Histrico

    Em 16 de setembro de 1919 foi sancionada, pelo ento Governador do Estado de Santa Catarina, Doutor Herclio Luz, a Lei Estadual n 1.288, que criava a Seo de Bombeiros constituda de integrantes da ento Fora Pblica.

    Somente em 26 de setembro de 1926 foi inaugurada a Seo de Bombeiros da Fora Pblica, hoje Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina CBMSC. A nova Seo, instalada provisoriamente nos fundos do prdio onde funcionava a Inspetoria de Saneamento, Rua Tenente Silveira, tinha como Comandante o 2 Tenente Waldomiro Ferraz de Jesus, e era constituda por 27 praas, sendo 03sargentos, 03 cabos e 21 soldados.

    Era instrutor o 2 Tenente Domingos Maisonette, do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, auxiliado pelo 2 Sargento da mesma Corporao, Antnio Rodrigues de Farias.

    Para a instalao da nova Corporao foram adquiridos pelo Governo do Estado duas bombas a vapor, uma manual e uma manual cisterna, seis sees de escadas de assalto, uma de gancho para assalto em sacadas, dois aparelhos hidrantes de incndio e ferramentas de sapa, entre outros materiais.

    A Seo de Bombeiros atendeu o seu primeiro chamado no dia 5 de outubro, quando extinguiu, com emprego da bomba manual, um princpio de incndio que se originara no excesso de fuligem da chamin da casa do Sr. Achilles Santos, Rua Tenente Silveira, n 6.

    A primeira descentralizao da Corporao ocorreu em 13 de agosto de 1958, com a instalao de uma Organizao Bombeiro Militar no municpio de Blumenau.

    Em 1997, o Corpo de Bombeiros implementou o programa bombeiro comunitrio, que consiste na participao de pessoas da comunidade, de forma voluntria, nas aes da Corporao. Tal programa incrementou um reforo no efetivo, possibilitando um disseminao de novas organizaes bombeiro militar no Estado.

    Em 13 de junho de 2003, a Emenda Constitucional n 033 concedeu ao Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina CBMSC o status de Organizao independente, formando, junto com a Polcia Militar, o grupo de Militares Estaduais.

    Atualmente, o CBMSC est organizado em Comando Geral, Estado-Maior, Diretorias (Pessoal, Logstica e Finanas, Ensino e Atividades Tcnicas) e rgos de execuo, contando com quatorze Batalhes de Bombeiro Militar BBM, nas seguintes cidades: 1 BBM em Florianpolis; 2 BBM em Curitibanos; 3 BBM em Blumenau; 4 BBM em Cricima; 5 BBM em Lages; 6 BBM em Chapec; 7 BBM em Itaja; 8 BBM em Tubaro; 9 BBM em Canoinhas; 10 BBM em So Jos; 11 BBM (ainda no ativado); 12 BBM em So Miguel do Oeste; 13 BBM em Balnerio Cambori e; Batalho de Operaes Areas - BOA.

  • PREVENO E COMBATE A INCNDIOS

    Carga horria

    1. Captulo 01

    1.1 Introduo

    Sabemos que difcil prever com exatido quando ir ocorrer um incndio e, uma vez iniciado qual ser sua proporo, no entanto, atravs do conhecimento cientfico da dinmica do fogo, podemos determinar os mtodos mais adequados para controlar os incndios.

    Segundo a teoria bsica do desenvolvimento do fogo, seu efetivo controle e extino requer um entendimento da natureza fsico/qumica do fogo e isso inclui informaes sobre elementos essenciais do fogo, fontes de calor, composio e caractersticas dos combustveis, mecanismos de transferncia do calor e as condies necessrias para a ocorrncia da combusto.

    1.2 Conceitos Bsicos

    Fogo e combusto so termos frequentemente usados como sinnimos, entretanto, tecnicamente, o fogo apenas uma das formas de combusto. Pode-se dizer, ainda, que o fogo a parte visvel de uma combusto.

    Combusto uma reao qumica de oxi-reduo, exotrmica, entre uma substncia combustvel e um oxidante.

    O fogo pode ser conceituado como um processo (reao qumica) de combusto, de oxidao rpida, auto-sustentvel, acompanhada pela produo de luz e calor em intensidades variveis.

    J o incndio toda e qualquer combusto rpida, ou seja, fogo, fora do controle do homem, que pode danificar ou destruir bens e objetos e lesionar ou matar seres vivos.

    Outro conceito diz que o incndio uma combusto descontrolada. Ainda neste conceito importante verificar que o fogo quando aproveitado corretamente

    fornece grandes benefcios que podem suprir nossas necessidades industriais e domsticas, mas, quando descontrolado, pode causar danos humanos, materiais e ambientais.

  • 1.3 Componentes Essenciais do Fogo

    Combustvel; Comburente (em geral, o oxignio); Calor ou energia trmica; e Reao qumica em cadeia.

    Figura 1: Tetraedro do Fogo

    Durante muitos anos, o tringulo do fogo (combustvel, oxignio e calor) foi utilizado para ensinar os componentes do fogo. Ainda que aquele exemplo fosse simples e til para uso nas instrues, tecnicamente no era totalmente correto.

    Para que se produza o fogo, necessita-se, na verdade, de quatro elementos. Portanto, para efeito didtico, se adota o tetraedro (figura de quatro faces) para exemplificar e explicar o fenmeno do fogo, atribuindo-se, a cada uma das faces, um dos elementos essenciais do fogo, a saber: o combustvel (algo que queima), o oxignio (agente oxidante), o calor (energia trmica) e a reao qumica em cadeia.

    Em resumo, podemos afirmar que a ignio requer trs elementos, o combustvel, o oxignio e a energia (calor). Da ignio combusto auto-sustentvel um quarto elemento requerido, a reao em cadeia.

    1.4 Consideraes sobre o combustvel

    O combustvel a substncia que se oxida no processo da combusto. Cientificamente, o combustvel de uma reao de combusto conhecido como agente redutor. A maioria dos combustveis mais comuns contm carbono junto com combinaes de hidrognio e oxignio. Esses materiais combustveis podem ser divididos em hidrocarbonetos (como a gasolina, gases, leos e plsticos) e derivados da madeira (como a celulose/papel).

    So todos os elementos orgnicos (sem exceo) ou inorgnicos que em contato com o oxignio so capazes de sofrer combusto.

    De forma simplificada, podemos dizer que o combustvel toda a substncia capaz de queimar-se e alimentar a combusto, ou seja, o elemento que serve de campo de propagao ao fogo.

    De maneira geral quase todas as matrias so combustveis a uma determinada temperatura, porm, para efeito prtico, arbitra-se a temperatura de 1000C como divisor entre os materiais considerados combustveis (entram em combusto a temperaturas iguais ou inferiores a 1000C) e os incombustveis (entram em combusto a temperaturas superiores a 1000C).

  • Os combustveis podem ser slidos, lquidos ou gasosos e, a grande maioria precisa passar pelo estado gasoso para, ento, combinar-se com o oxignio e entrar em combusto.

    A velocidade da queima de um combustvel depende de sua capacidade de combinar-se com o oxignio sob a ao do calor, assim como da sua fragmentao (rea de contato com oxignio).

    1.5 Consideraes sobre o comburente

    Os comburentes ou agentes oxidantes so aquelas substncias que cedem oxignio ou outros gases oxidantes durante o curso de uma reao qumica. So no processo qumico, portanto, os redutores.

    O oxignio (O2) o comburente mais comum que possibilita vida s chamas e intensifica a combusto. No entanto, h casos de combustes em que o comburente o cloro (Cl2) ou o bromo (Br2). O flor (F2) tambm um comburente e seu manuseio muito perigoso.

    A atmosfera composta por 21% de oxignio, 78% de nitrognio e 1% de outros gases, por isso, em ambientes com a composio normal do ar, a queima desenvolve-se com velocidade e de maneira completa e notam-se chamas.

    Contudo, a combusto ir consumir o oxignio do ar num processo contnuo e gradativo, diminuindo a porcentagem do mesmo no ambiente.

    Quando a porcentagem do oxignio do ar do ambiente diminuir de 21% para a faixa compreendida entre 16% e 8%, a queima tornar-se- mais lenta, surgindo brasas e no mais chamas.

    Quando o oxignio contido no ar do ambiente atingir concentraes menores de 8% muito provvel que a combusto deixe de existir.

    Os bombeiros devem ficar atentos e lembrar que muitos materiais que no queimam facilmente nos nveis normais de oxignio podero queimar com rapidez em atmosferas enriquecidas com o mesmo.

    Um desses materiais o conhecido Nomex (material resistente ao fogo que utilizado na fabricao de roupas de aproximao e combate ao fogo para bombeiros) que em ambientes normais no se inflama, no entanto, arde rapidamente em atmosferas com concentraes de 31% de oxignio. Essas situaes podem ocorrer em indstrias qumicas, ambientes hospitalares e at, em domiclios particulares cujos inquilinos utilizem equipamentos portteis para oxigenioterapia.

    1.6 Consideraes sobre o calor

    O calor o componente energtico do tetraedro do fogo. O calor uma forma de energia em trnsito, geralmente decorrente de uma diferena de temperatura entre corpos.

    O calor o fator preponderante para dar origem a um incndio, mant-lo e intensificar sua propagao.

    portanto uma forma de energia que eleva a temperatura, sendo gerado pela da transformao de outra energia, atravs de processos fsicos ou qumicos.

    So exemplos de formas de energia:

    Processo qumicos: Energia qumica: a quantidade de calor gerado pelo processo de combusto; Energia nuclear: o calor gerado pela fisso ou fuso de tomos.

    Processos fsicos: Energia eltrica: o calor gerado pela passagem de eletricidade atravs de um condutor, como um fio eltrico ou um aparelho eletrodomstico; Energia mecnica: o calor gerado pelo atrito de dois corpos.

    Uma fonte de calor pode ser qualquer elemento que faa com que o combustvel slido ou lquido desprenda gases combustveis e venha a se inflamar. Na prtica, pode ser uma chama, uma fagulha (fasca ou centelha) ou ainda uma superfcie aquecida.

  • Alguns efeitos fsicos e qumicos do calor so: a elevao da temperatura, o aumento de volume do corpo aquecido, mudanas no estados fsicos da matria ou mudanas no estado qumico da matria.

    O calor tambm produz efeitos fisiolgicos, ou seja, o calor a causa direta de queimaduras e outras danos pessoais, tais como: desidratao, insolao, fadiga, leses no aparelho respiratrio e em casos mais graves a morte.

    1.6.1 Riscos da variao de volume e temperatura:

    Como visto, ao do calor sobre os corpos, produz nestes, variaes de volume e temperatura, ocasionando alguns riscos, como por exemplo:

    Dilatao de corpos slidos: O ao se dilata numa proporo de 2:1 em relao ao concreto. Esta diferena poder ocasionar riscos de desabamento numa edificao, visto que as barras de ao existentes em meio ao concreto das vigas de sustentao das construes, ao serem submetidas a intenso calor, tendero a se deslocarem no concreto, ocasionando a perda da sustentabilidade.

    Dilatao de corpos lquidos: A dilatao dos lquidos pode provocar o transbordamento destes, dos recipientes que os contm.

    Dilatao de corpos gasosos: A dilatao dos corpos gasosos acondicionados em recipientes (cilindros) pode provocar a ruptura dos mesmos, caso no possuam sistema de segurana (vlvulas de escape ou de alivio de presso).

    Variaes bruscas de temperaturas: Os materiais sofrem danos em suas estruturas ao serem submetidos a variaes bruscas de temperatura, podendo inclusive ocorrer o colapso generalizado. uma causa comum de desabamento de estruturas atingidas por incndios combatidos com o uso de gua.

    1.6.2 Transferncia do calor

    O estudo da transferncia do calor nos auxiliar a identificar as diferentes formas de propagao de um incndio.

    O calor pode propagar-se a partir de trs diferentes formas:

    Por conduo, a qual ocorre principalmente nos slidos; Por conveco, em lquidos e gases e; Por radiao, onde no h necessidade de um meio material para a propagao dessa energia.

    Como tudo na natureza tende ao equilbrio, o calor transferido de objetos ou locais com temperatura mais alta para objetos ou pontos com temperatura mais baixa, ou seja, o ponto ou objeto mais frio absorver calor at que esteja com a mesma quantidade de energia do outro.

    1.7 Consideraes sobre a reao qumica em cadeia

    Estudos cientficos demostraram que existe uma reao qumica ocorrida na combusto que se processa pela combinao do oxignio com os tomos e molculas (radicais livres), resultantes da quebra molecular do material combustvel pela ao do calor, ou seja, uma reao qumica contnua entre o combustvel e o comburente, a qual libera calor para a reao e mantm a combusto em um processo sustentvel, chamada reao em cadeia.

  • O calor inicial quebra as molculas do combustvel, as quais reagem com o oxignio, gerando mais luz e calor, que por sua vez, vo decompor outras molculas, continuando o processo de forma sustentvel. Embora no seja eminentemente um elemento, no termo literal da palavra, por no ser sensvel como os demais (calor, combustvel e comburente), a reao em cadeia um componente essencial para a auto-sustentao do fogo, visto que promove a interao continuada entre os demais elementos do fogo.

    De forma simples, o calor irradiado das chamas atinge o combustvel e este decomposto em partculas menores (radicais livres), que se combinam com o oxignio e queimam, irradiando outra vez calor para o combustvel, formando um ciclo constante.

    A reao qumica em cadeia e a propagao relativamente rpida so os fatores que distinguem o fogo das reaes de oxidao mais lentas. As reaes de oxidao lentas no produzem calor suficientemente rpido para chegar a uma ignio e nunca geram calor suficiente para uma reao em cadeia. A ferrugem em metais e o amarelado em papis velhos so alguns exemplos de oxidao lenta.

    2. Captulo 02

    2.1 Introduo

    Os incndios so classificados de acordo com os materiais combustveis neles envolvidos, bem como, pela situao em que se encontram. Essa classificao feita para determinar o agente extintor mais adequado para o tipo de incndio especfico. Agentes extintores so todas as substncias capazes de eliminar um ou mais dos elementos essenciais do fogo, cessando a combusto. Existem cinco classes de incndio, identificadas pelas letras A, B, C, D e K. Essa classificao adotada pela Norma Americana e tambm pelos Corpos de Bombeiros Militares dos Estados Brasileiros.

    2.2 Incndio classe A

    Incndio envolvendo combustveis slidos comuns, tais como papel, madeira, tecido, borracha, plsticos, etc. caracterizado pelas cinzas e brasas que deixam como resduos e por queimar em razo do volume, isto , a queima se d na superfcie e em profundidade. O mtodo mais utilizado para extinguir incndios de classe A o uso de resfriamento com gua, mas tambm se admite o uso de ps qumicos secos de alta capacidade extintora ou espuma.

    2.3 Incndio classe B

    Incndio envolvendo lquidos inflamveis, graxas e gases combustveis. caracterizado por no deixar resduos e por queimar apenas na superfcie exposta e no em profundidade. Os mtodos mais utilizados para extinguir incndios de classe B so o abafamento (uso de espuma), a quebra da reao em cadeia (uso de ps qumicos) ou ainda o resfriamento com cautela.

  • 2.4 Incndio classe C

    Incndio envolvendo equipamentos eltricos energizados. caracterizado pelo risco de vida que oferece ao bombeiro combatente. A extino deve ser realizada por agentes extintores que no conduzam a corrente eltrica (ps qumicos ou gs carbnico). importante registrar que a maioria dos incndios de classe C, uma vez eliminado o perigo da eletricidade (choque eltrico), passam a ser tratados como incndio de classe A.

    2.5 Incndio classe D

    Incndio envolvendo metais combustveis pirofricos (magnsio, selnio, antimnio, ltio, potssio, alumnio fragmentado, zinco, titnio, sdio, urnio e zircnio). caracterizado pela queima em altas temperaturas e por reagir com agentes extintores comuns (principalmente os que contenham gua). O mtodo mais adequado para extinguir incndios de classe D o uso de ps especiais que separam o incndio do ar e agem por abafamento.

    2.6 Incndio classe K No verdadeiramente uma classe de incndio, pois se confunde com a classe B, no entanto j aparece na maioria dos textos tcnicos mais recentes e tem uma finalidade mais educativa para enfatizar os riscos especiais da classe. So os incndios em leo, gorduras de cozinhas e piche derretido que no devem ser combatidos com gua em jato direto. Os mtodos mais utilizados para extinguir incndios de classe K so o abafamento (uso de espuma), a quebra da reao em cadeia (uso de ps qumicos) ou ainda o resfriamento com muita cautela.

  • QUADRO DEMONSTRATIVO

    CLASSE NORMA AMERICANA* CLASSE NORMA EUROPEIA

    A

    SLIDOS papel, madeira, tecido, borracha, plsticos

    A

    SLIDOS papel, madeira, tecido, borracha, plsticos

    B

    LQUIDOS, GRAXAS e GASES

    Gasolina, lcool, butano, metano e acetileno

    B

    LQUIDOS Gasolina, leo, lcool e petrleo

    C

    ELTRICOS Equipamentos e mquinas eltricas e eletrnicas energizadas

    C

    GASES

    Butano, metano e acetileno

    D

    METAIS ESPECIAIS

    magnsio, selnio, antimnio, ltio, potssio, zinco, titnio, sdio, urnio e zircnio

    D

    METAIS ESPECIAIS

    magnsio, selnio, antimnio, ltio, titnio, zircnio, sdio, urnio, zinco e potssio

    K

    LEOS e GORDURAS leos e gorduras de cozinha

    E

    ELTRICOS Equipamentos e mquinas eltricas e eletrnicas energizadas

    F

    LEOS e GORDURAS leos, gorduras de cozinhas e piche derretido

    3. Captulo 03

    3.1 Introduo

    Os equipamentos de proteo individual do bombeiro so elementos fundamentais para a sua atuao em aes de combate a incndio. Nos incndios podemos encontrar diversos riscos, tais como os proporcionados por calor elevado, riscos eltricos, desabamentos de estruturas ou de partes da estrutura, exploses, riscos de contuses, quedas de nvel, entre outros. Esses riscos podem ocasionar ao bombeiro leses graves ou at fatais.

    Desta forma h que se proteger o bombeiro pela utilizao dos equipamentos de proteo individual.

    Nas aes especficas de combate a incndio os EPI utilizados no CBMSC so compostos por capacetes, capas e calas de aproximao, luvas, botas e balaclavas e equipamento de proteo respiratria (EPR). Pode ser includo, ainda, como um equipamento de proteo individual para aes de combate a incndio, os cintos de segurana para ancoragem rpida.

  • Tais equipamentos conferem uma grande proteo ao bombeiro. Contudo, possui limitaes e por isso deve-se estar mais atento, pois os efeitos externos da temperatura sero sentidos mais tardiamente.

    3.2 Equipamentos que compem o EPI

    - Capacete, - Balaclava, - Capa e Cala de Combate a Incndio, - Luvas, - Botas, - Equipamento de Proteo Respiratria.

    3.3 Riscos respiratrios em ambiente de incndio

    Num ambiente de incndio podem ser encontradas diversas ameaas ao sistema respiratrio humano, sendo elas: Insuficincia ou falta de oxignio; temperaturas elevadas; fumaa; atmosferas txicas, asfixiantes e irritantes em geral. Este item nos ajudar a compreender o porqu usar EPR nas operaes de combate a incndio. As ameaas apresentadas no pargrafo anterior atuam sobre os pulmes e as vias respiratrias, os quais so muito mais vulnerveis que qualquer outra parte do corpo humano. Conforme as concentraes, uma pessoa poder morrer, se respirar gases e vapores que so encontrados em incndios, sem qualquer aviso prvio e, consequentemente, sem chance de se salvar. Nas exposies agudas a pessoa manifesta os sintomas de intoxicao de forma imediata, numa nica exposio. Porm, a exposio repetida atmosferas resultantes de incndios, sem proteo adequada, mesmo em ambientes abertos, poder ocasionar manifestao de doenas respiratrias graves em longo prazo (intoxicao crnica).

    3.3.1 Insuficincia de oxignio

    O processo de combusto consome o oxignio medida que produz gases e vapores txicos. O organismo humano comear a sentir os efeitos da insuficincia de oxignio quando sua concentrao encontrar-se abaixo de 19,5 % a 19%. O quadro a seguir demonstra os sintomas da carncia de oxignio (em termos relativos, pois h que se considerar a frequncia do ritmo respiratrio e o tempo de exposio):

    Porcentagem de O2 no ar Sintomas 21% Nenhum. Condies normais. 17% Algum dano muscular relativo a

    coordenao. Aumento do ritmo respiratrio como compensao.

    12% Tontura, dor de cabea e fadiga. 9% Inconscincia. 6% Morte em poucos minutos.

    A deficincia de oxignio pode incapacitar o indivduo de realizar movimentos ou de perceber o que esta acontecendo, como um efeito narctico. A entrada abrupta e desprotegida num ambiente com deficincia de oxignio pode provocar a perda praticamente instantnea da conscincia.

    3.3.2 Temperaturas elevadas

    A exposio aos gases e vapores aquecidos pode prejudicar as vias respiratrias, sendo que, estando o ar mido, os danos sero muito mais graves. o caso quando se respira o vapor

  • dgua resultante da aplicao de gua num incndio. O calor excessivo que chega aos pulmes com rapidez pode provocar diminuio drstica da presso sangunea e consequente falha do sistema circulatrio. A inalao de gases quentes pode provocar edema pulmonar (inchao por acmulo de lquido nos pulmes) e produzir leses gravssimas ou morte por asfixia. Os danos aos tecidos do sistema respiratrio, provocado pela inalao de ar quente, no se corrigem pela simples respirao de ar fresco e limpo.

    3.3.3 Fumaa

    A fumaa de um incndio constitui-se basicamente de pequenas partculas slidas de carbono em suspenso, misturadas a uma combinao de vapores quentes. Algumas das partculas suspensas na fumaa podem ser apenas irritantes, outras, porm, podem ser fatais.

    O tamanho da partcula determinar a que profundidade esta penetrar no sistema respiratrio, sendo que as maiores sero retidas nas fossas nasais, e as menores tanto mais penetraro no trato respiratrio quanto menor forem, podendo atingir at mesmo a regio da troca gasosa (alvolos pulmonares).

    3.3.4 Atmosferas txicas, asfixiantes e irritantes

    Atuar num ambiente de incndio significa expor-se a combinaes de agentes irritantes e txicos, cuja variedade e intensidade no se conhecer com exatido, dada a diversidade e quantidade de combustveis existentes no ambiente. Contudo, estudos demonstram que comum ser encontrados os seguintes produtos no processo da combusto em edificaes: Monxido de Carbono; Dixido de Carbono; cido Clordrico, cido Ciandrico e Acrolena.

    3.3.4.1 Monxido de Carbono (CO)

    um gs sem cheiro e sem cor, portanto imperceptvel ao ser humano. Est presente em todos os incndios e quanto menor for a ventilao maior ser a quantidade de monxido de Carbono produzida, em vista da combusto incompleta do Carbono. Apesar de ser incolor, sabe-se que quanto mais escura for a fumaa, mais altos sero os nveis de CO.

    O monxido de carbono tem uma afinidade de combinao com a hemoglobina do sangue 200 vezes maior que o oxignio, de forma que o sangue passar a transportar para as clulas o monxido de carbono ao invs do oxignio, matando-as.

  • CO (% no ar) Sintomas 0,02 Ligeira dor de cabea. Algum desconforto. 0,16 Dor de cabea, tontura, nuseas. Inconscincia aps 30 minutos 0,64 Dor de cabea, tontura, nuseas. Inconscincia aps 10 minutos 1,28 Inconscincia imediata. Morte em 1 a 3 minutos

    3.3.4.2 Dixido de Carbono (CO2)

    O Dixido de Carbono ou Gs Carbnico no txico como o CO. Porm produzido em grandes quantidades nos incndios e sua inalao em quantidade produzir aumento da velocidade e intensidade da respirao. Inalar ar com teores acima de 4% CO2 provocar mal estar, desmaios e dores de cabea, e com 10%, morte em poucos minutos.

    3.3.4.3 cido Clordrico (HCL)

    formado pela combusto de materiais que contenham Cloro, como o PVC. um potente agente irritante.

    3.3.4.4 cido Ciandrico (HCN)

    produzido a partir da queima de materiais que contenham Nitrognio, tais como, l, seda, Nylon, e resinas que contenham ureia. um gs extremamente txico (20 vezes mais potente que o Monxido de Carbono) e atua no organismo impedindo a utilizao do Oxignio pelas clulas.

    3.3.4.5 Acrolena

    Potente irritante sensorial e pulmonar mesmo em baixas concentraes. Formada a partir da combusto de materiais celulsicos e de polietilenos. Seus efeitos podero ocasionar a morte por complicaes pulmonar horas depois da exposio.

    4. Captulo 04

    4.1 Introduo

    Agente extintor a substncia utilizada para a extino do fogo, pelo aproveitamento de suas propriedades fsicas ou qumicas, visando sempre retirada de um dos elementos do tetraedro do fogo (resfriamento, abafamento ou quebra da reao em cadeia), podendo ser quela encontrada na natureza ou substncias produzidas pelo homem em laboratrio.

    Podem estar acondicionadas em aparelhos portteis (extintores), conjunto hidrulicos (hidrantes) ou dispositivos especiais automatizados (sprinkler e sistemas fixos de CO2).

    Quando esses agentes extintores estiverem acondicionados em recipientes prprios, para combate a incndio, o emprego desses agentes em aparelhos extintores de incndio so regrados por normas brasileiras (NBR) aprovadas pela Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT).

    Os agentes extintores certificados no Brasil e que sero abordados neste manual so: gua - NBR 11715; Ps para extino de incndio - NBR 10721; Espuma mecnica - NBR 11751; e Gs carbnico - NBR 11716.

    4.2 gua

    A gua, na sua forma lquida, o agente extintor mais utilizado nos combates a incndios e, durante muito tempo, foi o nico recurso utilizado.

    Sua amplas utilizao se deve sua disponibilidade na natureza e ao baixo custo.

  • A gua, em funo de suas propriedades fsicas e qumicas, age principalmente por resfriamento, agindo, secundariamente, por abafamento.

    A gua utilizada em incndios conduz eletricidade por possuir sais minerais em sua composio, o que a torna inadequada para incndios envolvendo equipamentos energizados (classe C), em razo do risco de choque eltrico.

    A gua tambm no indicada para extinguir incndios envolvendo material pirofrico (classe D), uma vez que o oxignio presente em sua composio promove violenta reao exotrmica (liberao de calor) ao entrar em contato com metais pirofricos.

    A eficincia da gua no combate ao fogo decorrente basicamente de duas propriedades:

    1. A sua capacidade de absorver grande quantidade de calor (resfriamento). 2. A sua capacidade de mudana de estado fsico de lquido para vapor a 100C,

    temperatura esta que em qualquer incndio ultrapassada com muita facilidade. A passagem da gua para estado gasoso, reduz a concentrao do comburente (oxignio) no fogo (abafamento).

    1 litro de gua se transforma, a 1 ATM em 1700 litros de vapor. To importante quanto conhecer as propriedades da gua saber utiliz-la de forma

    racional no combate aos incndios. O seu excesso causa tanta ou maior destruio que as chamas, a fumaa e o calor.

    A gua utilizada em um combate a incndio que no se transforma em vapor desperdiada, acumulando-se no ambiente e causando mais danos que benefcios.

    A gua desperdiada em um combate a incndio costuma: Danificar moblia, equipamentos e outros ambientes que no tinham sido afetados pelo

    calor ou pelas chamas, aumentando o dano patrimonial; Necessitar de aes de esgotamento posteriores ou durante o combate a incndio; e Acumular-se em um ambiente de forma que possa causar uma sobrecarga estrutural da

    edificao (por causa da presso da coluna dgua sobre o piso e as paredes) ou acidentes (encobrindo buracos e outros riscos para os bombeiros ao adentrarem no ambiente).

    A gua apresenta algumas desvantagens no combate a incndio decorrentes de suas propriedades fsicas:

    Alta tenso superficial - dificulta o recobrimento da superfcie em chamas e prejudica a penetrao no material em combusto;

    Baixa viscosidade provoca o escoamento rpido (a gua permanece pouco tempo sobre a superfcie do material); e

    Densidade relativamente alta - prejudica o combate em lquidos inflamveis de densidade menor que a da gua, fazendo com que ela no permanea sobre a superfcie do lquido em chamas.

    4.3 Ps para extino de incndios

    Durante muito tempo, o p utilizado no combate a incndio era conhecido como p qumico seco, porm, desde o incio da dcada de 90, passou a ser chamado de p para extino de incndio.

    Trata-se de um p composto de partculas muito pequenas, normalmente de bicarbonato de sdio ou potssio, para aparelhos extintores destinados a combater incndios em combustveis slidos e lquidos (ou gases) inflamveis, e de monofosfato de amnia (fosfatomonoamnico) para extintores ditos polivalentes (ABC), ou seja, para incndios em slidos, lquidos (ou gases) e equipamentos eltricos energizados.

    Para o combate a incndios de classe D, utiliza-se ps base de cloreto de sdio, cloreto de brio, monofosfato de amnia e grafite seco.

  • O p, quando aplicado sobre o fogo, promove sua a extino por: Quebra da reao em cadeia, primariamente. Abafamento, secundariamente, pois sua utilizao libera dixido de carbono e vapor

    dgua, que isolam o comburente da reao. Resfriamento, secundariamente, pois o p absorve calor liberado durante a combusto.

    4.4 Espuma mecnica

    A espuma surgiu da necessidade de encontrar um agente extintor que suprisse as desvantagens encontradas quando da utilizao da gua na extino dos incndios, principalmente naqueles envolvendo lquidos derivados de petrleo.

    Constitu-se de uma fase lquida (na superfcie) e uma disperso gasosa (no interior), apresentando uma estrutura formada pelo agrupamento de bolhas originadas a partir da introduo de agentes tensoativos e ar na gua.

    As espumas apresentam densidade muito menor que da gua. Assim, as espumas espalham-se sobre a superfcie do material em combusto, isolando-o do contato com o oxignio atmosfrico.

    Essa uma das razes que a torna mais eficiente do que a gua no combate a incndios que envolvem lquidos inflamveis.

    Assim, mais leve que os lquidos inflamveis, atua primariamente por abafamento e, por conter gua, agem secundariamente por resfriamento.

    As espumas mecnicas so formadas a partir da dosagem de um lquido gerador de espuma na gua, sendo que por um processo mecnico, o ar introduzido na mistura.

    Semelhantemente gua, a espuma tambm no indicada para incndios em equipamentos energizados e em metais pirofricos.

    4.5 Gs Carbnico

    O dixido de carbono (CO2), tambm conhecido como anidrido carbnico ou gs carbnico, um gs inerte, sendo um agente extintor de grande utilizao que atua principalmente por abafamento, por promover a retirada ou a diluio do oxignio presente na combusto e, secundariamente, por resfriamento.

    um gs sem cheiro, sem cor e no conduz eletricidade, sendo recomendado na extino de incndios em lquidos ou gases inflamveis e equipamentos eltricos energizados.

    Apesar de agir eficientemente por abafamento, no recomendado para incndios em combustveis slidos, por causa da dificuldade de penetrao no combustvel e pelo baixo poder de resfriamento, comparando-se com o da gua.

    Possui a grande vantagem de no deixar resduo, o que o torna adequado para ambientes com equipamentos ou maquinrios sensveis umidade, como centros de processamento de dados e computadores.

    Por outro lado, a partir de uma concentrao de 9% por volume, o gs carbnico causa inconscincia e at a morte por asfixia, o que restringe o seu uso em ambientes fechados ou com a presena humana.

    O gs carbnico pode ser encontrado em aparelhos extintores portteis ou em sistemas fixos (baterias).

    4.6 Aparelhos extintores

    So equipamentos de acionamento manual, porttil ou sobre rodas, constitudo de recipiente ou cilindro, componentes e agente extintor, destinados para o combate a princpios de incndio.

  • 4.6.1 Tipos de aparelho extintor

    gua. P qumico Espuma mecnica, CO2 (gs carbnico)

    4.7 Operaes com extintores

    1 Passo Localize o extintor mais prximo e mais adequado a classe de incndio. 2 Passo - Transporte o extintor at prximo do foco do princpio do incndio, na posio

    vertical utilizando, para isso, a ala de transporte. O extintor deve ser utilizado na posio vertical, pois se usado em outra posio h o risco de no funcionar adequadamente, com a liberao, apenas, do gs de pressurizao e no expelindo o agente extintor (exceo ao de gs carbnico).

    3 Passo - Rompa o lacre e retire o pino de segurana. 4 Passo - Posicione-se sempre a favor do vento. 5 Passo - Empunhe a mangueira e aproxime-se do foco do incndio cuidadosamente. 6 Passo - Aperte o gatilho e movimente o jato em forma de leque, atacando a base do fogo,

    procurando cobrir toda a rea em chamas de forma sequencial e progressiva. 7 Passo - Ao final, assegure-se de que no houve reignio.

    O p para extino de incndio deve ser aplicado de forma intermitente, para que crie uma pelcula sobre o material em chamas. Se for aplicado de forma contnua, formar uma nuvem, dificultando a deposio do p.

    J o CO2 deve ser utilizado de forma contnua, e o jato deve ser mantido por alguns momentos aps a extino. Isso porque o CO2 atua afastando o oxignio do foco. preciso evitar a reignio.

    A gua pode ser aplicada de forma contnua ou intermitente.

  • 5. Captulo 05

    5.1 Mtodos de extino de incndios

    5.1.1 Retirada do Material

    a forma mais simples de se extinguir um incndio. Baseia-se simplesmente na retirada do material combustvel, ainda no atingido, da rea de propagao do fogo, interrompendo a alimentao da combusto.

    Exemplos: corte do registro de gs; retirada do combustvel que no queimou; aceiro.

    5.1.2 Resfriamento

    o mtodo mais utilizado atualmente pelo bombeiro no combate ao fogo. Consiste em diminuir a temperatura do material combustvel que est queimando, diminuindo, consequentemente, a liberao de gases ou vapores inflamveis. O agente extintor mais utilizado a gua, em razo de possuir grande capacidade de absorver calor e ser facilmente encontrada na natureza.

    5.1.3 Abafamento

    Consiste em diminuir ou impedir o contato do oxignio com o material combustvel. No havendo comburente para reagir com o combustvel, no haver fogo. Como exemplos de materiais que podem ser utilizados neste mtodo de extino, podemos citar: espuma, gs carbnico.

    5.1.4. Quebra da Reao em Cadeia

    Certos agentes extintores quando lanados sobre o fogo, sofrem a ao do calor, reagindo sobre as chamas, interrompendo assim a reao em cadeia, ou seja, estes agentes extintores agem diretamente no processo qumico que est se desenvolvendo durante a combusto, evitando que a reao se torne auto-sustentvel. Como exemplo destes agentes extintores, podemos citar o grafite seco e areia.

  • 6. Captulo 06

    6.1 Sistema Hidrulico Preventivo

    Tambm denominado de sistema de hidrantes, tambm serve para a extino de princpios de incndio e pode ser operado por pessoas leigas, com algum conhecimento de tcnicas de extino. Composto por um reservatrio de gua (RTI Reserva Tcnica de Incndios), uma rede de canalizao, hidrantes de paredes, mangueiras de incndio e esguichos, esto posicionados nas reas comuns das edificaes, permitindo acesso fcil dos usurios, bastando lanar as mangueiras, conectar os esguichos e abrir o registro para expelir gua para o foco do incndio. Tal sistema tambm utilizado pelo Corpo de Bombeiros Militar para bombear gua para o interior da edificao, atravs da rede de canalizao existente e evitar a necessidade de montagem de linhas de mangueiras pelas escadas da edificao, reduzindo tempo e facilitando as aes de extino.