apostila completa do · um indispensável material didático-pedagógico, um novo e retumbante...

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APOSTILA COMPLETA DO

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APOSTILA COMPLETA DO

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Prof. Ironi Andrade

Módulo 1

Método do Português LógicoFONÉTICA

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Desde o início de minha atividade profissional – e lá já se vão mais de quarenta e cinco anos –, sempre tive uma preocupação: não ensinar o Português da forma insossa com que ele me fora ensinado.

Esse grito de libertação fez-me pensar em aulas diferentes, em atividades diferentes, em relacionamento professor-alunos diferente, em material didático diferente e, principalmente, em uma metodologia de ensino diferençada.

Com essa preocupação bem (e sempre!) presente, fixei-me num ponto que me era bem claro, familiar, encantador: a sequência lógica da Matemática. Aliás, eu sempre fora aluno nota dez nessa área do conhecimento. A exatidão, o raciocínio lógico e a possibilidade de compreensão, nela existentes, fascinavam-me. E eu, agora já como professor, me questionava: não será possível ensinar o Português como me fora ensinada a Matemática?

Numa prova de que nada é impossível quando se quer intensamente alguma coisa, sempre inovei nas aulas (bem planejadas, interessantes, surpreendentes, inovadoras!), no material didático (paralelamente àquele adotado pela escola, eu sempre produzia também o meu!), na relação com os alunos (aulas dialogadas, envolventes, produtivas!), na distribuição dos conteúdos (sempre sequenciais, não desprezando nunca os pré-requisitos!), na fundamentação conceitual (sem admitir que algo fosse assim porque alguém dissera que assim tinha de ser, mas buscando, com meus alunos, o porquê de cada coisa!) e na consolidação de uma metodologia própria (algo que facilitasse, de fato, o ensino e a aprendizagem, envolvendo os alunos e levando-os ao gosto pelo idioma pátrio).

De forma até surpreendente, fui vendo que meus alunos aprendiam mais, estudavam mais, produziam mais, dedicavam-se mais, gostavam mais, muito mais de minhas aulas. E, evidentemente, aprendiam mais, muito mais!

APRESENTAÇÃO

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Em conversas abertas, francas e sinceras com meus amigos – sim, porque da satisfação dos alunos é que se forma a verdadeira amizade com os professores –, fui consolidando minha antiga expectativa, agora uma convicção: é possível, sim, ensinar o Português como sempre se ensinou a Matemática, de forma sequencial, lógica, exata, convincente, produtiva, fácil.

Concretizada a inovação, e me sentindo “peixe fora d’água”, rompi com o sistema arcaico vigente e fundei minha própria escola. Nela, pude pôr em prática todo esse aprendizado, toda essa bagagem que me tornara um professor diferençado em todas as instituições onde trabalhara. E o resultado não poderia ter sido melhor. Prova disso é o material que ora, e com ajuda inestimável de milhares e milhares de alunos, ex-alunos e colegas alunos-professores, produzo e distribuo como meu maior legado, depois, evidentemente, de gerar, educar e encaminhar meus filhos na vida e, com eles e minha querida Inesinha, dividir meu amor.

Espero, sinceramente, que meus pósteros – quer professores, quer alunos, quer simples amantes do símbolo pátrio maior – tirem o máximo proveito desse que será, além de um indispensável material didático-pedagógico, um novo e retumbante “Independência ou Morte”, no ensino e na aprendizagem do idioma de Camões, de Assis e de Pessoa!

Prof. Ironi Andrade

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Seja muito bem-vindo a este mundo de eficiência, de inovação, de raciocínio lógico, de organização de conteúdos e de produtividade, que, a partir de agora, passa a desfilar ante seus olhos e a encantar sua alma!

Estamos iniciando hoje um enorme projeto, e você haverá de ser nosso grande parceiro.

Esta é apenas a primeira de uma série de aulas que, no conjunto, englobarão todos os conteúdos do ensino fundamental e médio e contribuirão para seu sucesso, quer na busca de uma vaga na universidade, via Enem ou vestibular; quer na conquista de espaço no mercado de trabalho, via concursos públicos; quer, ainda, na admiração de todos aqueles que o cercam, em família, no trabalho e em sociedade.

Nessa série de aulas será visto todo o conteúdo – pela primeira vez, do início ao fim dos conteúdos de Língua Portuguesa – numa sequência lógica extraordinária.

Você verá que, passo a passo, serão vencidos todos os assuntos gramaticais, aplicando-se, nos subsequentes, tudo aquilo que se aprendeu nos anteriores.

Dessa forma, você se sentirá sempre com os pés no chão, perfeitamente bem localizado, adequadamente bem instruído e didaticamente muito bem orientado.

Nosso trabalho será, a bem da verdade, uma caminhada que terá dois marcos bem claros: um ponto de partida e outro ponto de chegada.

Quem será capaz de duvidar do sentido sequencial, lógico, exato e compreensível da Matemática? Ninguém, por certo. Pois bem, veremos o Português como sempre foram vistos os conteúdos matemáticos: de forma sequencial, lógica, clara, exata, compreensível, fácil.

OLÁ AMIGO!

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Para esse processo ser exitoso, porém, seu interesse será determinante. Afinal, não adiantará assistir a uma nova aula se tudo o que já tiver sido visto não estiver muito claro em sua mente. A sequência lógica será sempre nossa bússola; a aplicação de tudo o que já fora visto, nosso norte.

Portanto, um futuro brilhante abre-se diante de você, querido amigo. Bastará que haja vontade inquebrantável de aprender Português de forma sequencial e disposição irrenunciável de cumprir todas as tarefas paralelas às aulas assistidas.

Foi nessa perspectiva, aliás, que montamos este material. Nele, explanamos melhor e mais amplamente o conteúdo das videoaulas e, de igual sorte, fornecemos mais exercícios para a retomada dos conteúdos vistos, para a fixação dos assuntos em estudo e para a fundamentação, por meio de pré-requisitos, do que ainda virá.

Bom proveito, então!

Prof. Ironi Andrade

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O PONTO DE PARTIDA

Dando início a uma grande caminhada, convidamos você, amigo, a observar atentamente a Escada do Português Lógico, que idealizamos e que se segue:

Pois bem, nossa escada, você pode ver, possui nove degraus. E cada um deles leva a outro maior e que resume todos os anteriores.

Veja: os fonemas são representados pelas letras; as letras formam as sílabas; as sílabas formam os vocábulos; os vocábulos formam as frases; as frases formam as orações; as orações formam os períodos; os períodos formam os parágrafos; e os parágrafos formam os textos.

Isso é ou não é encantador?

Há de lhe ser fácil entender, porém, que o sucesso no estudo do segundo degrau dependerá da compreensão do primeiro e, assim, sucessivamente, até o topo de nossa maravilhosa escada.

Ao topo, pois!

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1º DEGRAUFonemas

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A comunicação, em Língua Portuguesa – desde o primeiro segundo do primeiro dia do ano de 2009, momento em que entrou em vigor a nova Reforma Ortográfica – processa-se a partir de 26 sinais (letras) e uma infinidade de sons (fonemas).

Esses sons, ou fonemas, são as unidades sonoras mínimas da fala e, como tais, devem alicerçar nossa maravilhosa caminhada, degrau a degrau, da base ao topo da fantástica Escada do Português Lógico.

Neste degrau, isto é, no estudo dos sons mínimos da fala, os fonemas, temos de considerar três aspectos muito importantes e de domínio absolutamente indispensável para a continuidade dos estudos:

a) situações em que ocorre o mesmo número de sinais e de sons em um vocábulo;b) situações em que ocorre maior número de sons do que de sinais em um vocábulo; ec) situações em que ocorre menor número de sons do que de sinais em um vocábulo.

1. Mesmo número de sons e de sinais

Essa situação, que é uma espécie de regra geral do idioma, deve abranger mais de 95% de todos os vocábulos com que nos comunicamos em Língua Portuguesa Brasileira.

Exemplos: casa, janela, caneta, aluno, sala, escola...

Identificação prática: bola (retirando-se o “b”, o som passa a ser “ola”; retirando-se o “o”, o som passa a ser “bla”; retirando-se o “l”, o som passa a ser “boa”; e retirando-se o “a”, o som passa a ser “bol”). Vê-se, assim, que todos os sinais produzem sons, isto é, cada letra corresponde a um fonema.

Conclusão: se, retirado qualquer dos sinais, a pronúncia se alterar, será porque todos eles produzem som.

02. Maior número de sons do que de sinais

SONS E SINAIS

1º Degrau / Fonemas

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O fenômeno em que haverá maior número de sons (fonemas) do que de sinais (letras) ocorrerá somente quando, no vocábulo, existir um “x” com som de “ks”.

Exemplos: fixo (fikso), nexo (nekso), táxi (táksi), sexo (sekso), asfixia (asfiksia)...

03. Menor número de sons do que de sinais

Existem dez, mais dez (diferentemente de vinte!) casos em que teremos (ou poderemos ter) menor número de sons (fonemas) do que de sinais (letras).

01. Fenômenos consonânticos:

a) ch – cha-ve, chei-o, cha-lei-ra... (nunca se separam e sempre roubam um som);b) lh – te-lha, fi-lho, ma-ra-vi-lha... (nunca se separam e sempre roubam um som);c) nh – ni-nho, so-nho, ne-ti-nho... (nunca se separam e sempre roubam um som);d) rr – ter-ra, fer-ro, fer-rei-ro... (sempre se separam e sempre roubam um som);e) ss – mis-sa, mas-sa, pro-fes-so-ra... (sempre se separam e sempre roubam um som);f) sç – cres-ça, des-ça, flo-res-ça... (sempre se separam e sempre roubam um som);g) sc – cres-cer, des-cer, flo-res-cer... (sempre se separam e nem sempre roubam um

som);* Es-co-la (seis letras e seis fonemas), es-ca-da (seis letras e seis fonemas)...h) xc – ex-ce-to, ex-ce-ção, ex-ce-der... (sempre se separam e nem sempre roubam um

som);

1º Degrau / Fonemas

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* Ex-clu-si-vo (nove letras e nove fonemas), ex-cla-mar (oito letras e oito fonemas)...

i) gu – je-gue, guei-xa, gui-a... (nunca se separam e nem sempre roubam som); e* É-gua (quatro letras e quatro fonemas), gua-ra-ná (sete letras e sete fonemas)...

j) qu – a-qui, le-que, qui-lô-me-tro... (nunca se separam e nem sempre roubam som).* qua-li-da-de (nove letras e nove fonemas), ta-qua-ra (sete letras e sete fonemas)...

02. Fenômenos vocálicos:

a) am – cam-po, tom-bo, bam-bu...b) em – tem-po, mem-bro, tem-pe-ro...c) im – tim-bre, tim-bi-ra, sim-bó-li-co...d) om – som-bra, bom-ba, pom-pa...e) um – tum-ba, bum-bo, um-bu...

Para haver perda de som, as vogais A, E, I, O e U:

a) deverão vir seguidas de M ou N;b) terão de estar no final de sílabas; ec) não poderão estar no final do vocábulo.

a) an – ban-da, can-tar, plan-ta-ção…b) en – ten-da, ven-ta-ni-a, en-ten-di-men-to…c) in – lin-da, cin-ta, me-lin-dre…d) on – on-da, bon-da-de, re-don-da-men-te…e) un – fun-da-men-to, fun-cho, fun-di-ção...

1º Degrau / Fonemas

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Se estiverem no final dos vocábulos:

01. A e E não roubarão sons:

Exemplos:a) am – la-vam (la-vãu), en-xá-guam (ĕ-xá-guãu)...b) em – bem (bĕi), en-xá-guem (ĕ-xá-guĕi)...c) en – pó-len (pó-lĕi), líquen (li-kĕi)...

02. I, O e U roubarão sons: Exemplos:

a) im – jar-dim (seis sinais e cinco sons), a-le-crim (sete sinais e seis sons)...b) om – ba-tom (cinco sinais e quatro sons), cu-pom (cinco sinais e quatro sons)...c) um – a-tum (quatro sinais e três sons), mé-dium (seis sinais e cinco sons)...

1º Degrau / Fonemas

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TEXTOS E TESTES

O táxi, no ponto fixo,

É lixo, e já não existe,

Deixou tudo mui triste,

Deserto, muito sem graça,

Talvez, num simples sinal,

Ficou o canto da praça,

Pertinho da catedral!

O táxi do ponto fixo,

Quando havia, só luxo;

Hoje, a saudade asfixia,

O orgulho do gaúcho;

Com raça, lendo o jornal,

Onde está o táxi da praça?

Ficou só a catedral!

O motorista, prolixo,

Às vezes, sem nexo,

Talvez puro reflexo

Do táxi no ponto fixo,

Triste e vivendo mui mal

Hoje, acho, nem mais existe,

Juntinho da catedral!

Primeiro momento: “Xou do Xis”!

1º Degrau / Fonemas

Táxi no Ponto Fixo

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Segundo momento: dominando o vocabulário!

Fixo: que permanece sempre no mesmo lugar.

Mui: forma reduzida de muito.

Prolixo: que usa palavras em demasia ao falar ou escrever; que não sabe sintetizar o pensamento.

Nexo: ligação entre duas ou mais coisas; entre situações, acontecimentos ou ideias; coerência.

Reflexo: reação involuntária, sensorial ou motora; resposta breve e involuntária; imagem refletida.

Asfixia: sujeição à tirania; opressão ou cobranças morais ou sociais; impossibilidade de respirar.

Catedral: igreja principal de uma diocese, onde se encontra o trono episcopal; relativo à cátedra.

Terceiro momento: explorando o texto!

01. Segundo o texto, somente uma opção está incorreta. Marque-a:

a) já houve um táxi que tinha um ponto sempre num mesmo lugar;b) o local onde ficava o ponto do táxi, com seu desaparecimento, ficou muito triste;c) o local onde o táxi aguardava os passageiros ficava no centro de uma praça, perto da catedral;d) o motorista do táxi falava demais e muito sem lógica, com pouca coerência;e) o autor tem a impressão de que o motorista do táxi nem mais existe.

1º Degrau / Fonemas / Textos e Testes

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02. Qual afirmação é correta, segundo o texto?

a) O táxi era luxuoso.b) O táxi deixou saudade.c) O orgulho de gaúcho foi sufocado pela saudade do táxi.d) O táxi sumiu, ficou só a catedral.e) O táxi foi furtado do canto da praça.

03. Marque a opção incorreta:

a) vocábulos táxi e fixo (primeiro verso): maior número de fonemas do que de letras;b) vocábulos lixo e existe (segundo verso): mesmo número de fonemas e de letras;c) vocábulos mui e triste (terceiro verso): ambos apresentam cinco letras e cinco fonemas;d) vocábulos muito e sem (quarto verso): mesmo número de letras e de fonemas;e) vocábulos num e simples (quinto verso): maior número de letras do que de fonemas.

04. Marque a opção incorreta:

a) sexto verso: um fonema a menos do que o número total de letras;b) sétimo verso: um fonema a menos do que o número total de letras;c) oitavo verso: um fonema a mais do que o número total de letras;d) nono verso: mesmo número de letras e de fonemas;e) décimo verso: maior número de fonemas do que de letras.

1º Degrau / Fonemas / Textos e Testes

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05. Na última estrofe há?

a) Quatro fonemas a menos do que o número total de letras.b) Cinco fonemas a menos do que o número total de letras.c) Quatro fonemas a menos do que o número total de letras.d) Seis fonemas a menos do que o número total de letras.e) Mesmo número de letras e de fonemas.

06. Marque a única opção em que o efeito do xis não é o mesmo nas palavras destacadas:

a) táxi e fixo: primeira linha;b) lixo e existe: segunda linha;c) deixou e prolixo: terceira e oitava linhas;d) nexo e reflexo: nona e décima linhas;e) fixo e asfixia: décima quinta e décima sétima linhas.

07. Em apenas uma opção o número de letras e de fonemas é igual. Assinale-a:

a) fixo (linha 01);b) existe (linha 02);c) prolixo (linha 08);d) nexo (linha 09);e) reflexo (linha 10).

1º Degrau / Fonemas / Textos e Testes

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08. Marque a opção em que o som do xis é o mesmo em ambos os vocábulos:

a) táxi (linha 20) e texto;b) luxo (linha 16) e excremento;c) fixo (linha 15) e experiência;d) reflexo (linha 10) e eixo;e) existe (linha 02) e exame.

09. Marque a única opção em que o número de sinais e de sons é coincidente:

a) táxi (linha 01) e reflexo (linha 10);b) fixo (linha 01) e existe (linha 02);c) deixou (linha 03) e prolixo (linha 08);d) nexo (linha 09) e gaúcho (linha 18);e) acho (linha 13) e onde (linha 20).

1º Degrau / Fonemas / Textos e Testes

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As sementes

Um produtor, especialista no plantio de milho, colecionava várias faixas azuis, todas representando prêmios obtidos. Ele só plantava grãos premiados. Todo ano entrava com seu milho na feira, para onde ia de táxi, e ganhava a Faixa Azul de melhor produtor da região.

Certa vez, um repórter de jornal entrevistou o produtor e, espantado, descobriu que ele fornecia semente do milho dele aos vizinhos. Surpreso, o entrevistador perguntou:

– Como você pode dividir a melhor semente de seu milho com seus vizinhos, se eles competem com você?

– Você não sabe o porquê, jovem? Ora, o vento apanha o pólen do milho maduro e o leva de campo a campo. Se meus vizinhos cultivarem milho inferior, a polinização degradará continuamente a qualidade do meu milho também. Se eu quero milho bom, tenho de ajudá-los a também cultivarem milho bom.

Moral da história: os frutos, premiados ou não, que colheremos amanhã dependerão da qualidade das sementes que plantarmos hoje.

(Autor desconhecido – Texto adaptado)

Quarto momento: mais um texto especial!

1º Degrau / Fonemas / Textos e Testes

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Quinto momento: dominando o vocabulário!

Pólen: massa de pó fino, frequentemente amarelada (grãos de pólen).Polinização: transporte do grão de pólen pelo vento.Degradar: rebaixar a categoria, provocar deterioração, destruir, estragar.Moral (a moral): que educa, que ensina, que é edificante, relativo aos bons costumes.Moral (o moral): relativo ao ânimo, à boa vontade, ao otimismo, à autoestima.

Sexto momento: explorando o texto!

01. Segundo o texto, o motivo que levou o agricultor a dividir suas sementes foi?

a) O desejo de que seus vizinhos também tivessem grãos de qualidade para competir com ele.b) O desejo de que a polinização não diminuísse a qualidade de seu próprio milho.c) O fato de ele ser extremamente caridoso e não querer competir com os vizinhos.d) A exigência dos vizinhos que o obrigaram a dividir suas sementes com eles.e) A ostentação do agricultor, que queria mostrar aos vizinhos seu poder de campeão.

02. A recompensa que o agricultor visava a obter, fornecendo as sementes, era?

a) A amizade dos vizinhos, que passaram a admirá-lo ainda mais.b) A conquista do reconhecimento da imprensa e a procura para entrevistas a jornais.c) O reconhecimento anual como o produtor do melhor milho de sua região.d) A supremacia de sua área de plantio sobre outras áreas da vizinhança.e) O desejo de implantação, na vizinhança, do principal polo produtor de milho do país.

1º Degrau / Fonemas / Textos e Testes

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03. Com o texto, o autor teve a intenção de:

a) Noticiar a reiterada premiação de um agricultor caridoso.b) Criticar o fato de o produtor dividir as sementes com os

vizinhos.c) Mostrar como vivem os agricultores, pessoas simples e

solidárias.d) Ensinar ao leitor que, para ter sucesso, às vezes precisa-se

pensar também no sucesso dos outros.e) Provar ao leitor que, para viver feliz, deve-se, a qualquer

custo, ser sempre o melhor.

04. Marque a relação incorreta, considerando os vocábulos retirados do texto:

a) Plantio – sete sinais e seis fonemas.b) Milho – cinco sinais e cinco fonemas.c) Faixas – seis sinais e seis fonemas.d) Representando – treze sinais e onze fonemas.e) Grãos – cinco sinais e cinco fonemas.

05. O número de sinais e de fonemas dos vocábulos retirados do texto é coincidente em:

a) Entrava.b) Milho.c) Feira.d) Onde.e) Táxi.

06. Marque a opção em que um vocábulo possui o mesmo número de sinais e de fonemas:

a) Faixa, táxi, ganhava.b) Entrevistou, espantado, semente.c) Vizinhos, entrevistador, perguntou.d) Melhor, competem, com.e) Porquê, apanha, campo.

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Nº Vocábulos Separação N° de letras N° de fonemas

01 Também

02 Tóxico

03 Bochecha

04 Algum

05 Sintaxe

06 Excessivo

07 Tanque

08 Excludente

09 Guerrilheiro

10 Tanquezinho

11 Linguiça

12 Humilhação

13 Chuviscar

14 Quase

15 Tranquilidade

16 Excedente

17 Joaquim

18 Antiguidade

19 Aguardente

20 Flexível

21 Batom

22 Tranquilamente

23 Nenhum

24 Alguém

25 Alguns

26 Ninguém

27 Prenúncio

28 Convalescência

29 Pinguim

30 Necessariíssimo

Sétimo momento: exercitando sinais e sons!

Preencha a planilha que se segue:

1º Degrau / Fonemas / Textos e Testes

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Oitavo momento: resolvendo questões objetivas!

01. Em campanha, bonzinho, também e nenhum existem, respectivamente:

a) seis / seis / cinco / quatro fonemas;b) sete / sete / seis / cinco fonemas;c) seis / sete / cinco / cinco fonemas;d) seis / seis / cinco / cinco fonemas;e) oito / oito / seis / seis fonemas.

02. Há igual número de letras e de fonemas em:

a) bolha;b) iniquidade;c) tranquilo;d) infante;e) infame.

03. Não se perdem fonemas em:

a) beliscar;b) crescimento;c) mente;d) jardim;e) alheio.

1º Degrau / Fonemas / Textos e Testes

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04. Marque a única opção em que o número de letras e de fonemas não é o mesmo:

a) altruísmo;b) cético;c) gauchesco;d) niilismo;e) cooperação.

05. Em qual das opções há menor número de fonemas do que o número de letras?

a) fixamente;b) asfixiamento;c) prolixamente;d) chuviscava;e) gato.

06. Marque a relação incorreta:

a) fluxo – cinco letras e seis fonemas;b) campo – cinco letras e quatro fonemas;c) cheio – cinco letras e quatro fonemas;d) sintaxe – sete letras e sete fonemas;e) flácido – sete letras e sete fonemas.

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07. Marque a opção em que o número de fonemas é coincidente:

a) almanaque e trambique;b) almirante e mirantes;c) nexo e gaúcho; d) cidadezinha e francesinha;e) alucinação e suspensão.

08. Marque a opção incorreta:

a) atleticamente – treze letras e onze fonemas;b) tranquilamente – quatorze letras e doze fonemas;c) aquilo – seis letras e cinco fonemas;d) massagem – oito letras e sete fonemas;e) aguaceiro – nove letras e nove fonemas.

09. Marque a opção cujo vocábulo, fonemicamente, destoa dos demais:

a) nexo;b) fixo;c) fluxo;d) reflexo;e) feixe.

10. Marque a opção correta:

a) O sucesso pertence aos otimistas – 28 letras e 25 fonemas.b) O ser humano é sua alma – 18 letras e 17 fonemas.c) O homem vale por aquilo que ele é – 26 letras e 24 fonemas.d) O homem, não sendo uma ilha, precisa de outros homens –

42 letras e 39 fonemas.e) Querer, com vontade, é poder – 22 letras e 20 fonemas.

1º Degrau / Fonemas / Textos e Testes

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Terceiro momento: 01-C / 02-E / 03-C / 04-D / 05-B / 06-C / 07-B / 08-E / 09-E

Sexto momento: 01-B / 02-C / 03-D / 04-B / 05-C / 06-A

Sétimo momento:

01) tam-bém – seis – cinco (am)02) tó-xi-co – seis – sete (x = ks)03) bo-che-cha – oito – seis (ch / ch)04) al-gum – cinco – quatro (um)05) sin-ta-xe – sete – seis (in)06) ex-ces-si-vo – nove – sete (xc / ss) 07) tan-que – seis – quatro (an / qu)08) ex-clu-den-te – dez – nove (en) 09) guer-ri-lhei-ro – doze – nove (gu / rr / lh)10) tan-que-zi-nho – onze – oito (an /qu / nh)11) lin-gui-ça – oito – sete (in)12) hu-mi-lha-ção – dez – oito (h = consoante muda / lh)13) chu-vis-car – nove – oito (ch)14) qua-se – cinco – cinco 15) tran-qui-li-da-de – treze – doze (an)16) ex-ce-den-te – nove – sete (xc / em)17) Jo-a-quim – sete – cinco (qu / im)18) an-ti-gui-da-de – onze – dez (na)19) a-guar-den-te – dez – nove (en)20) fle-xí-vel – oito – nove (x = ks)21) ba-tom – cinco – quatro (om)22) tran-qui-la-men-te – quatorze – doze (an / en)23) ne-nhum – seis – quatro (nh / um)

24) al-guém – seis – cinco (gu)25) al-guns – seis – cinco (un)26) nin-guém – sete – cinco (in / gu)27) pre-nún-cio – nove – oito (ún)28) con-va-les-cên-cia – quatorze – onze (on / sc / ên) 29) pin-guim – sete – cinco (in / im)30) ne-ces-sa-ri-ís-si-mo – quinze – treze (ss /ss)

Oitavo momento: 01-A / 02-B / 03-A / 04-C / 05-D / 06-D / 07-C / 08-A / 09-E / 10-B

GABARITO

1º Degrau / Fonemas

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Com os exercícios acima, você deve ter fixado – e bem – o primeiro conteúdo da sequência lógica da Língua Portuguesa.

Mesmo temendo ser petulante, preciso ser-lhe sincero: acaso lhe pareça não lhe ter ficado claro – bem claro – algum dos aspectos abordados nesse degrau, por favor – e antes de ir adiante – retorne, reestude o conteúdo, dissolva suas inquietações e, somente depois, dê continuidade à instigante subida da Escada do Português Lógico.

Em nosso maravilhoso Método do Português Lógico, aliás, tudo aquilo que se ensina, ensina-se porque se aplica na compreensão de inúmeros outros assuntos. Sim, nosso método só ensina aquilo de que se precisa para compreender outros conteúdos. Será, pois, um eterno plantar-colher.

Bom senso e muito estudo, então!

Prof. Ironi Andrade

ÚLTIMAS PALAVRAS

1º Degrau / Fonemas

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2º DEGRAULetras

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Seu esforço na compreensão do conteúdo do primeiro degrau da Escada do Português Lógico – fonemas – será recompensado a partir daqui, amigo!

Provando que nosso idioma possui uma sequência lógica, coerente e, por isso mesmo, fácil, neste segundo degrau – estudo das letras – aplicaremos cem por cento daquilo que foi explanado no primeiro.

Assim sendo, na dúvida, retorne ao assunto anterior. De igual sorte, nunca estude nada sem a perspectiva de que aquilo que está estudando embasará tudo aquilo que ainda está por vir (que é o porvir, o futuro!).

Bom proveito, pois!

Prof. Ironi Andrade

INÍCIO DE CONVERSA

2º Degrau / Letras

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Conforme frisamos no início da aula anterior, com o advento da última Reforma Ortográfica – cuja transição se deu entre primeiro de janeiro de 2009 e 31 de dezembro de 2015 –, nosso alfabeto abrigou novamente as letras k, w e y, afastadas dele pela Reforma de 1970 – que entrou em vigor em primeiro de janeiro de 1971 – e, assim, voltou a ter as 26 letras da primeira Reforma – ocorrida em 1943.

Da combinação dessas 26 letras é que surgem as vogais, as semivogais e as consoantes, que formam os encontros vocálicos, os encontros consonantais e os dígrafos.

Então, como no primeiro degrau – em que estudamos os fonemas sob três aspectos: mesmo número de sinais e de sons, maior número de sons e maior número de sinais –, aqui estudaremos as letras em três aspectos: encontros vocálicos, encontros consonantais e dígrafos.

Meu bom amigo, você já deve ter percebido que nossa vida é feita de encontros e desencontros. Falemos, aqui, porém, somente dos encontros, que eles são mais repletos de fatos bons, de novidades positivas, de sonhos até.

Pois bem, quando duas pessoas que se amam encontram-se, daí resulta um encontro amoroso; quando duas nações que estão em guerra se encontram, daí resulta um encontro bélico, e assim por diante.

Mas e quando dois ou mais sons vocálicos se encontram, resultará o que precisamente? Ora, daí resultará um encontro vocálico, logicamente.

Esses encontros vocálicos – dependendo do número de sons vocálicos envolvido neles e das sílabas onde eles ocorrem – poderão ser de três tipos.

AS LETRAS

ENCONTROS VOCÁLICOS

2º Degrau / Letras

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01. DitongosConforme se sabe, o prefixo di (de origem grega: dissílabo, dióxido...), tal qual seu

parceiro bi (de origem latina: bicampeão, bimestral...), significa dois, duas.

Assim, quando se encontram, numa mesma sílaba, isto é, quando pronunciados num só impulso de voz, dois sons vocálicos formarão um fenômeno fonético denominado ditongo.

Exemplos: papai, mamãe, lei, contramão, água...

Observando-se atentamente os exemplos acima, será fácil ver que alguns deles têm pronúncia oralizada, isto é, são pronunciados exclusivamente pela boca (ai, de papai; ei, de lei; ua, de água); outros, porém, soam com pronúncia nasalizada (ãe, de mamãe; ão, de contramão).

Daí, exatamente, tem-se a primeira classificação dos ditongos, subdividindo-os em orais e nasais.

a) Ditongos orais: aqueles pronunciados exclusivamente pela boca (rei / gê-nio / pa-péis / quei-jo (kei-jo)...).

b) Ditongos nasais: aqueles pronunciados parte pela boca e parte pelo nariz (ma-mão / le-ão / bo-tões / a-le-mães...).

Atenção!

É hora, aqui, de retomarmos a primeira aula a fim de vermos, nela, casos em que as vogais e as semivogais surgem disfarçadamente.

Vimos, lá, que as terminações am, em, an e en não roubavam sons. Sim, essas combinações, em final de vocábulos, formam encontros vocálicos nasais.

2º Degrau / Letras

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Ocorrem ditongos nasais, pois, em vocábulos como estavam (es-ta-vãu), cantem (can-tei), élan (e-lãu), pólen (pó-lei)...

Mas, além de saber classificar os ditongos em orais e nasais, na continuidade dos estudos será também importantíssimo dominar a classificação deles em crescentes e decrescentes.

A fim de facilitar a compreensão desse fenômeno, é necessário entender que, nos ditongos, um dos sons vocálicos será representado por uma vogal – aquele pronunciado com maior intensidade – e outro por uma semivogal – aquele de menor intensidade na pronúncia.

No vocábulo água, por exemplo, fica clara a presença do ditongo ua. Ora, pronunciando-se essa combinação pausada, cuidadosa e atentamente, não será difícil perceber que o som da letra a é mais forte do que o som da letra u. Logo, esse ditongo é formado por semivogal e vogal.

Já, no vocábulo pai, também fica muito clara a presença do ditongo ai. Aqui, porém, a intensidade inverte-se: o som do a é mais intenso do que o som do i. Então, no ditongo presente no vocábulo pai combinam-se a vogal e a semivogal.

Agora é hora de refletir um pouco sobre o prefixo semi-, presente no vocábulo semivogal. Do latim, ele carrega consigo o sentido de quase, metade, meio.

Refletindo um pouco mais, veremos que, em semisselvagem, o significado é exatamente este: meio, quase selvagem. Em semidesenvolvido, também: quase, meio desenvolvido.

Conclui-se, então, que a semivogal dos ditongos – sendo quase uma vogal – será sempre aquela pronunciada menos fortemente.

2º Degrau / Letras

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Daí, então:

a) Ditongo crescente: aquele formado por semivogal (menos forte) + vogal (mais forte).

b) Ditongo decrescente: aquele formado por vogal (mais forte) + semivogal (menos forte).

Exemplos:

a) é-gua: ditongo oral, crescente (semivogal e vogal);b) sé-rie: ditongo oral, crescente (semivogal e vogal);c) gê-nio: ditongo oral, crescente (semivogal e vogal);d) a-foi-to: ditongo oral, decrescente (vogal e semivogal);e) lou-cu-ra: ditongo oral, decrescente (vogal e semivogal);f) quei-jo (kei-jo): ditongo oral, decrescente (vogal e semivogal).

Aplicando-se o conteúdo visto no degrau anterior – estudo dos fonemas –, será fácil identificar as semivogais, pois elas serão representadas sempre por i ou por u.

Exemplos:

a) ma-mãe (ma-mãi): ditongo nasal, decrescente (vogal e semivogal);b) ma-mão (ma-mãu): ditongo nasal, decrescente (vogal e semivogal);c) bem (bei): ditongo nasal, decrescente (vogal e semivogal);d) de-ram (de-rãu): ditongo nasal, decrescente (vogal e semivogal);e) quan-do (quã-do): ditongo nasal, crescente (semivogal e vogal).

2º Degrau / Letras

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O grande cuidado na classificação dos ditongos, pois, ficará por conta da presença de i e u juntos. Nesse caso, porém, a pronúncia pausada, cuidadosa e atenta solucionará qualquer dúvida.

Exemplos:

a) pos-sui: ditongo oral, decrescente (vogal e semivogal);b) des-tru-iu: ditongo oral, crescente (semivogal e vogal);c) mui-to: ditongo nasal, decrescente (vogal e semivogal);d) fui: ditongo oral, decrescente (vogal e semivogal).

02. TritongosAqui, o prefixo tri, de origem latina – indicando três, triplo –, associa-se ao radical grego tong – que

indica som, tom –, para, juntos, conceituarem o encontro, numa mesma sílaba, de três sons vocálicos – sempre nesta ordem: semivogal, vogal e semivogal.

Exemplos: quais, sa-guão. U-ru-guai, quão, pa-ra-guai-o, a-ve-ri-guei, sa-guões...

Aqui também, observando-se atentamente os exemplos acima, será fácil ver que alguns deles têm pronúncia oralizada, isto é, são pronunciados exclusivamente pela boca (uai, de quais, Uruguai e paraguaio); outros, porém, soam nasalizadamente (uão, de saguão e quão; uõe, de saguões).

Daí, exatamente, tem-se a classificação dos tritongos, que se subdividem em orais e nasais.a) Tritongos orais: aqueles pronunciados exclusivamente pela boca (quais-quer / a-pa-zi-guei /

de-lin-quiu / i-guais...).

b) Tritongos nasais: aqueles pronunciados parte pela boca e parte pelo nariz (sa-guão / quão / sa-guões...).

Haja vista que a fórmula dos tritongos é fixa – semivogal, vogal e semivogal –, eles não podem ser classificados em crescentes e decrescentes.

2º Degrau / Letras

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Atenção!

É hora, também aqui, de retomarmos a primeira aula a fim de vermos, nela, casos em que as vogais e as semivogais surgem disfarçadamente.

Vimos, lá, que as terminações am, em, an e en não roubavam sons. Sim, essas combinações, em final de vocábulos, formam encontros vocálicos nasais.

Ocorrem tritongos nasais, pois, em vocábulos como enxáguam (en-xá-guãu), enxáguem (em-xá-guei), águam (á-guãu), á-guem (á-guei)...

03. HiatosAté aqui, no estudo dos encontros vocálicos, vimos aqueles – ditongos e tritongos – cuja

formação ocorre no interior de uma mesma sílaba.

Agora, estudaremos o encontro de dois sons vocálicos – não importando se vogal ou semivogal – num mesmo vocábulo, porém em sílabas diferentes.

O nome desse novo fenômeno fonético é hiato, que, do latim hiatus, significa lacuna, abertura, fenda.

Para entender melhor o que seja hiato, aliás, basta pronunciar os vocábulos ai (interjeição) e aí (advérbio).

Em ai, ambos os sons vocálicos são expelidos num mesmo impulso de voz, formando, então, um ditongo. Já, em aí, entre os dois sons vocálicos – expelidos em diferentes impulsos de voz – é possível perceber uma lacuna, uma pausa, um silêncio, uma fenda, todos sinônimos de hiato.

Exemplos: hi-a-to / sa-ú-de / chei-o / fei-u-ra / u-ru-guai-o / u-ru-guai-a-nen-se...

Resumindo o que se viu até aqui, no que diz respeito à combinação entre vogais e semivogais, temos ditongos (dois sons vocálicos – vogal-semivogal ou semivogal-vogal – numa mesma sílaba); tritongos (três sons vocálicos – semivogal-vogal-semivogal – numa

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mesma sílaba); e hiatos (dois sons vocálicos, juntos, num mesmo vocábulo, porém em sílabas diferentes).

Concluído o estudo acerca da combinação dos sons vocálicos, chegou a hora de vermos como se comporta a combinação dos sons consonânticos.

Haja vista não interessar, na sequência dos estudos, qualquer divisão nos encontros de consoantes, bastar-nos-á fixar este conceito de encontro consonantal: encontro de duas ou mais consoantes, num mesmo vocábulo, independentemente da partição silábica.

Exemplos: li-vro / ca-der-no / rap-to / pers-pi-cá-cia / felds-pa-to...

Atenção!

Novamente devemos retomar a primeira aula, isto é, o primeiro degrau de nossa encantadora Escada do Português Lógico, a fim de evitarmos contratempos.

Você deve lembrar que, lá, as vogais a, e, i, o, u, seguidas de m ou n, no meio do vocábulo e em final de sílabas, sempre roubavam um som.

Pois bem, o m e o n, nesses casos, não deverão ser considerados na formação dos encontros consonantais, pois serão simples índices de nasalização e formarão outro fenômeno fonético chamado dígrafo.

Exemplos:

a) cam-po: não existe encontro consonantal;b) en-can-to: não existe encontro consonantal;c) som-bra: o encontro consonantal é formado por br apenas;d) en-con-tro: o encontro consonantal é formado por tr apenas; ee) con-cor-dân-cia: o encontro consonantal é formado por rd apenas.

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Igualmente, os encontros ch, lh, nh, rr, ss, sc, sç e xc – quando formarem o fenômeno fonético denominado dígrafo, não serão contados na formação de encontros consonantais.

Exemplos:

a) cha-ve: não existe encontro consonantal;b) te-lha: não existe encontro consonantal;c) ni-nho: não existe encontro consonantal;d) ter-ra: não existe encontro consonantal;e) mis-sa: não existe encontro consonantal;f) cres-cer: existe encontro consonantal apenas em cr;g) es-co-la: existe encontro consonantal em sc;h) ex-ce-ção: não existe encontro consonantal;i) ex-clu-si-vo: existe encontro consonantal em xc;j) ex-cep-cio-nal: existe encontro consonantal apenas em pc;k) cres-ci-men-to: existe encontro consonantal apenas em cr;l) as-cen-so-ris-ta: existe encontro consonantal apenas em st; em) es-cas-sa-men-te: existe encontro consonantal apenas em sc.

Por fim, há que se buscar, também lá no primeiro degrau, o caso em que uma letra – o x com som de ks – produzia dois fonemas.

Pois esse também será um caso de encontro consonantal.

Exemplos:

a) fi-xo: encontro consonantal no x;b) li-xo: não existe encontro consonantal;c) se-xo: encontro consonantal no x;d) as-fi-xi-a: encontros consonantais em sf e x; ee) mu-xo-xo: não existe encontro consonantal.

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E chegam, final e conjuntamente, dois grandes momentos: fechar o segundo degrau da Escada do Português Lógico (estudo das letras) e comprovar a premissa de que o conteúdo de Língua Portuguesa é, de fato, sequencial e lógico (aplicação integral do primeiro degrau, fonemas).

Na aula anterior, vimos várias situações em que duas letras formavam um só som, um só fonema.

Na ocasião, chamamos aqueles casos de fenômenos consonantais e fenômenos vocálicos.

Pois agora aqueles casos receberão a designação definitiva:

01. Dígrafos consonantais (ou consonânticos)

a) ch – cha-ve, chei-o, cha-lei-ra...b) lh – te-lha, fi-lho, ma-ra-vi-lha...c) nh – ni-nho, so-nho, ne-ti-nho...d) rr – ter-ra, fer-ro, fer-rei-ro...e) ss – mis-sa, mas-sa, pro-fes-so-ra...f) sç – cres-ça, des-ça, flo-res-ça...g) sc – cres-cer, des-cer, flo-res-cer...h) xc – ex-ce-to, ex-ce-ção, ex-ce-der...i) gu – je-gue, guei-xa, gui-a...j) qu – a-qui, le-que, qui-lô-me-tro...

DÍGRAFOS

02. Dígrafos vocálicos

a) am – cam-po, tom-bo, bam-bu...b) em – tem-po, mem-bro, tem-pe-ro...c) im – tim-bre, tim-bi-ra, sim-bó-li-co...d) om – som-bra, bom-ba, pom-pa...e) um – tum-ba, bum-bo, um-bu...f) an – ban-da, can-tar, plan-ta-ção…g) en – ten-da, ven-ta-ni-a, en-ten-di-men-to…h) in – lin-da, cin-ta, me-lin-dre…i) on – on-da, bon-da-de, re-don-da-men-te…j) un – fun-da-men-to, fun-cho, fun-di-ção...

2º Degrau / Letras

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TEXTOS E TESTES

Criatividade

Um cachorrinho, perdido na selva, observa um tigre correndo em sua direção. Vê uns ossos no chão, pensa rapidamente e se põe a roê-los. Quando o tigre está prestes a atacá-lo, o bichinho fala: “Ah, que delícia este tigre que acabo de comer!”.

O tigre para bruscamente e foge apavorado. No caminho, vai pensando: “Meu Deus, que cachorrinho bravo! Desse tamanhozinho e tão bravo! Por pouco ele não come a mim também!”.

Um macaco, safado, vê a cena, sai correndo atrás do tigre e conta como o cãozinho o enganou. O tigre, furioso, diz: “Cachorro maldito! Ele vai me pagar!”.

Em seguida, o cachorrinho vê o tigre vindo de novo em sua direção. Traz o macaco montado em suas costas. “Ah, macaco traidor! O que faço agora?!”, exclama, pensativo, o cachorrinho.

Ao invés de sair correndo, fica de costas para o tigre, como se não estivesse ocorrendo nada. Quando a fera está pronta para atacá-lo, diz: “Macaco preguiçoso! Faz meia hora que o mandei trazer-me outro tigre e ele ainda não voltou!”.

Nem é preciso dizer qual foi a reação do tigre!

(Autor desconhecido-Texto adaptado)

2º Degrau / Letras

Primeiro momento: um texto interessante!

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Segundo momento: dominando o vocabulário!

Selva: floresta com matos de toda espécie.

Prestes: preparado, que está quase pronto.

Bruscamente: subitamente, inesperadamente, asperamente.

Bravo: (popular brabo) pouco ou nada domesticado, feroz, selvagem, enfurecido, danado, irado.

Safado: desavergonhado, cínico, desprezível.

Traidor: desleal, aquele que trai, engana.

Fera: animal carnívoro, feroz, cruel.

Terceiro momento: explorando o texto!

01. Com o texto, o autor quis deixar como lição:

a) Há animais mais inteligentes que os humanos.b) O ser humano deve estar permanentemente desconfiado.c) Os animais são sempre traidores.d) Nunca o homem deve confiar em animais.e) O homem deve usar sua imaginação em momentos difíceis.

2º Degrau / Letras / Textos e Testes

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02. Marque a opção cujo ditado popular não está de acordo com a mensagem do texto:

a) Em baile de cobras, bota de cano longo.b) Pirata dorme com um olho aberto porque desconfia dos amigos.c) Amigo é para essas horas.d) Em momentos de dificuldade, somente a imaginação é mais importante que o

conhecimento.e) Confie, desconfiando sempre.

03. Marque a opção em que o aspecto inteligência mais se destacou no texto:

a) Um cachorrinho, perdido na selva, observa um tigre correndo em sua direção.b) Vê uns ossos no chão, pensa rapidamente e se põe a roê-los.c) Quando o tigre está prestes a atacá-lo...d) “Ah, que delícia este tigre que acabo de comer!”.e) O tigre para bruscamente e foge apavorado.

04. Marque a opção em que a substituição da palavra destacada não altera o significado da frase original:

a) Um cachorrinho, desamparado na selva, observa um tigre correndo em sua direção (linha 01).

b) Vê uns ossos pelo caminho, pensa rapidamente... (linhas 01 e 02).c) Quando o tigre está pronto para atacá-lo... (linha 02 e 03).d) O tigre para repentinamente e foge apavorado (linha 04).e) No caminho, vai refletindo... (linha 04).

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05. Marque a opção incorreta:

a) cachorrinho (linha 01) – onze letras e oito fonemas;b) correndo (linha 01) – oito letras e sete fonemas;c) ossos (linha 02) – cinco letras e quatro fonemas;d) quando (linha 02) – seis letras e cinco fonemas;e) bichinho (linha 03) – oito letras e seis fonemas.

06. Marque a única opção correta:

a) Em cachorrinho (linha 01) há três dígrafos consonantais;b) Em perdido (linha 02) há um dígrafo consonantal em rd;c) Em uns (linha 01) não ocorre dígrafo;d) Em quando (linha 02) há dois dígrafos: qu e an;e) Em bichinho (linha 03) ocorrem dois dígrafos vocálicos: ch e nh.

07. Assinale a única opção incorreta:

a) bruscamente (linha 04): onze letras, dez fonemas, dois encontros consonantais e um dígrafo;

b) caminho (linha 04): sete letras, seis fonemas, um dígrafo vocálico;c) pensando (linha 04): oito letras, seis fonemas, nenhum encontro consonantal;d) tamanhozinho (linha 06): doze letras, dez fonemas, dois dígrafos consonantais;e) mim (linha 05): três letras, dois fonemas, duas consoantes, uma vogal.

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08. Marque a opção incorreta:

a) sai (linha 07): três letras, três fonemas, uma consoante, uma vogal, uma semivogal, um ditongo oral decrescente;

b) correndo (linha 07): oito letras, seis fonemas, três vogais, cinco consoantes, um dígrafo consonantal, um dígrafo vocálico;

c) cãozinho (linha 08): oito letras, sete fonemas, quatro vogais, quatro consoantes, um dígrafo consonantal, um ditongo nasal decrescente;

d) cachorro (linha 08): oito letras, seis fonemas, três vogais, três consoantes diferentes, dois dígrafos consonantais;

e) vai (linha 08): três letras, três fonemas, uma consoante, uma vogal, uma semivogal, um ditongo oral decrescente.

09. Assinale a única opção incorreta:

a) tigre (linha 08): cinco letras, cinco fonemas, duas vogais, três consoantes, um encontro consonantal;

b) direção (linha 09): sete letras, sete fonemas, três vogais, uma semivogal, três consoantes, um ditongo nasal decrescente;

c) suas (linha 10): quatro letras, quatro fonemas, duas vogais, duas consoantes, um hiato;d) traidor (linha 10): sete letras, sete fonemas, duas vogais, uma semivogal, quatro

consoantes, um ditongo oral decrescente;e) exclama (linha 10): sete letras, sete fonemas, três vogais, quatro consoantes, um

encontro consonantal.

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10. Marque a opção incorreta:

a) sair (linha 12): quatro letras, quatro fonemas, uma vogal, uma semivogal, duas consoantes, um ditongo oral decrescente;

b) não (linha 12): três letras, três fonemas, uma vogal, uma semivogal, uma consoante, um ditongo nasal decrescente;

c) estivesse (linha 12): nove letras, oito fonemas, quatro vogais, cinco consoantes, um encontro consonantal, um dígrafo consonantal;

d) pronta (linha 13): seis letras, cinco fonemas, duas vogais, quatro consoantes, um encontro consonantal, um dígrafo vocálico;

e) preguiçoso (linha 13): dez letras, nove fonemas, quatro sons vocálicos, cinco sons consonânticos, um encontro consonantal, um dígrafo consonantal.

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Quarto momento: recapitulando e fixando conteúdos!

01. Preencha a planilha que se segue:

Nº Vocábulos Letras (por extenso) Fonemas (por extenso)

a) cachorrinho

b) correndo

c) rapidamente

d) quando

e) bichinho

f) bruscamente

g) caminho

h) tamanhozinho

i) mim

j) também

k) cãozinho

l) enganou

m) cachorro

n) seguida

o) vindo

p) em

q) exclama

r) pensativo

s) invés

t) estivesse

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02. Preencha a planilha que se segue:

NºVocábulos Ditongos Tritongos Hiatos

EncontrosConsonantais Dígrafos

a) correndo

b) chão

c) delícia

d) sua

e) iguais

f) bruscamente

g) Deus

h) também

i) atrás

j) cãozinho

k) enganou

l) furioso

m) cachorro

n) maldito

o) tigre

p) em

q) direção

r) traidor

s) quando

t) qual

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01. ( ) uruguaianense02. ( ) maio03. ( ) cheio04. ( ) quanto05. ( ) saguões06. ( ) desaguando07. ( ) atento08. ( ) alheio09. ( ) alheio10. ( ) alheio11. ( ) bem12. ( ) enxáguem13. ( ) boiuno14. ( ) boiuno15. ( ) feiura16. ( ) feiura17. ( ) quão18. ( ) atrair

19. ( ) perspicácia20. ( ) perspicácia21. ( ) heroico22. ( ) herói23. ( ) palhaço24. ( ) autonomia25. ( ) deságua26. ( ) tanque27. ( ) tanque28. ( ) lei29. ( ) enxaguei30. ( ) mamões31. ( ) circuito32. ( ) gratuito33. ( ) gratuidade34. ( ) pedinte35. ( ) gratuitamente36. ( ) voador

a) ditongo oral crescenteb) ditongo oral decrescentec) ditongo nasal crescented) ditongo nasal decrescentee) tritongo oral

f) tritongo nasalg) hiatoh) encontro consonantali) dígrafo consonantalj) dígrafo vocálico

03. Marque segundo a legenda que se segue:

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Terceiro momento: 01. E / 02. C / 03. D / 04. E / 05. B / 06. A / 07. B / 08. C / 09. D / 10. A

Quarto momento:

Exercício 01:

Nº Vocábulos Letras (por extenso) Fonemas (por extenso)

a) cachorrinho onze oito

b) correndo oito seis

c) rapidamente onze dez

d) quando seis cinco

e) bichinho oito seis

f) bruscamente onze dez

g) caminho sete seis

h) tamanhozinho doze dez

i) mim três dois

j) também seis cinco

k) cãozinho oito sete

l) enganou sete seis

m) cachorro oito seis

n) seguida sete seis

o) vindo cinco quatro

p) em duas dois

q) exclama sete sete

r) pensativo nove oito

s) invés cinco quatro

t) estivesse nove oito

GABARITO

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01. ( e ) uruguaianense02. ( b ) maio03. ( g ) cheio04. ( c ) quanto05. ( f ) saguões06. ( c ) desaguando07. ( j ) atento08. ( i ) alheio09. ( b ) alheio10. ( g ) alheio11. ( d ) bem12. ( f ) enxáguem13. ( b ) boiuno14. ( g ) boiuno15. ( g ) feiura16. ( b ) feiura17. ( f ) quão18. ( h ) atrair

19. ( h ) perspicácia20. ( a ) perspicácia21. ( b ) heroico22. ( b ) herói23. ( i ) palhaço24. ( g ) autonomia25. ( a ) deságua26. ( h ) tanque27. ( j ) tanque28. ( b ) lei29. ( e ) enxaguei30. ( d ) mamões31. ( b ) circuito32. ( b ) gratuito33. ( g ) gratuidade34. ( j ) pedinte35. ( b ) gratuitamente36. ( g ) voado

Exercício 03:

2º Degrau / Letras / Gabarito

NºVocábulos Ditongos Tritongos Hiatos

EncontrosConsonantais Dígrafos

a) correndo - - - - rr / en

b) chão ão (ãu) - - - ch

c) delícia ia - - - -

d) sua - - u-a - -

e) iguais - uai - - -

f) bruscamente - - - br / sc en

g) Deus eu - - - -

h) também ei - - - am

i) atrás - - - tr -

j) cãozinho ão - - - nh

k) enganou ou - - - en

l) furioso - - i-o - -

m) cachorro - - - - ch / rr

n) maldito - - - ld -

o) tigre - - - gr -

p) em ei - - - -

q) direção ão - - - -

r) traidor - - a-i tr -

s) quando uã - - - an

t) qual ua - - - -

Exercício 02:

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ÚLTIMAS PALAVRAS

Com os novos exercícios resolvidos, você deve ter fixado, também de forma muito sólida, o segundo conteúdo da sequência lógica da Língua Portuguesa.

Mas, mais do que isso, quer nos conteúdos teóricos, quer nos exercícios práticos, há de lhe ter ficado ainda mais clara nossa ideia de conteúdo sequencial, lógico, coerente, responsável, prático, fácil: é fixar e aplicar. Sempre!

Todavia, e apesar de minha convicção no seu esforço, preciso ser-lhe novamente sincero: acaso lhe pareça não lhe ter ficado claro algum dos aspectos abordados nesse degrau, por favor, retorne, reestude o conteúdo, dissolva suas dúvidas e, somente depois disso, dê continuidade à instigante subida da Escada do Português Lógico.

Em nosso maravilhoso Método do Português Lógico, aliás, tudo aquilo que se ensina, ensina-se porque se aplica na compreensão de inúmeros outros assuntos. Será, pois, e permanentemente, um fascinante plantar-colher.

Nunca esqueça isto: seu futuro, embora estejamos empenhados em ajudá-lo na construção dele, quem, de fato, o constrói é você.

Bom senso e muito estudo, então!

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3º DEGRAUSílabas

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Meu amigo, seu esforço na compreensão do conteúdo do primeiro degrau de nossa Escada do Português Lógico – fonemas – foi decisivo para a compreensão do conteúdo do segundo – letras: ditongos, tritongos, hiatos, dígrafos e encontros consonantais.

Pois bem, provando que nosso idioma possui, de fato, uma sequência lógica, coerente e, por isso mesmo, fácil, neste terceiro degrau – estudo das sílabas – aplicaremos cem por cento do primeiro e do segundo degraus.

A partir daqui, você verá, por exemplo, que não separaremos os ditongos e os tritongos, mas separaremos, sempre, os hiatos. Seguirá, pois, nosso plantar-colher.

Assim sendo, na dúvida, retorne ao assunto anterior. De igual sorte, nunca estude nada sem a perspectiva de que aquilo que se está estudando embasará tudo aquilo que ainda está por vir (que é o porvir, o futuro).

Bom proveito, pois!

Prof. Ironi Andrade

INÍCIO DE CONVERSA

3º Degrau / Sílabas

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Assunto que retoma (e resume!) o estudo dos fonemas e das letras, o trato das sílabas precisa ser realizado sob três aspectos fundamentais:

a) número de sílabas;b) tonicidade; ec) partição.

01. CLASSIFICAÇÃO DOS VOCÁBULOS QUANTO AO NÚMERO DE SÍLABAS

Relativamente ao estudo dos vocábulos quanto ao número de sílabas, necessariamente quatro possibilidades devem ser destacadas:

a) Monossílabos: a anteposição do prefixo grego mono (um, unidade, um só) ao radical silab, de sílaba, leva-nos à clara ideia de que vocábulos monossílabos são aqueles formados por uma só sílaba.

Exemplos: pé, pó, mel, sal, se, me, lhe...

ATENÇÃO!

Haja vista nosso próximo assunto – acentuação gráfica –, torna-se urgentemente necessário distinguir monossílabos tônicos de monossílabos átonos.

1) Monossílabos tônicos: vocábulos de uma só sílaba que têm existência por si sós.

Exemplos: pé, pê (nome da letra), cê (nome da letra), há, mel, sal, pão...

2) Monossílabos átonos: vocábulos de uma só sílaba que não têm existência por si sós.Exemplos: me, se, em, de, e, a...

AS SÍLABAS

3º Degrau / Sílabas

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Veremos, no próximo degrau de nossa Escada, que, na acentuação dos monossílabos, a lei faz referência tão somente aos tônicos e, por conseguinte, não se acentuam os átonos.

b) Dissílabos: aqui, a presença do prefixo grego di (dois, duas), anteposto ao radical silab, de sílaba, dá-nos a ideia de que vocábulos dissílabos são aqueles formados por duas sílabas.

Exemplos: de-do / ca-sa / te-to / lá-pis...

c) Trissílabos: a anteposição do prefixo latino tri (três, triplo) anteposto ao radical silab, de sílaba, já nos diz que vocábulos trissílabos são aqueles que apresentam três sílabas.

Exemplos: es-co-la / ca-der-no / ja-ne-la / ca-dei-ra...

d) Polissílabos: finalmente, neste caso, o radical silab, de sílaba, é presenteado com o prefixo grego poli (grande número de, multiplicidade de) e nos força a entender que há um grande número, uma multiplicidade de casos em que os vocábulos serão polissílabos. Afinal, nessa classificação, encaixam-se todas as palavras de quatro ou mais sílabas.

Exemplos: ca-sa-men-to / fe-li-ci-da-de / e-co-no-mi-ca-men-te / dis-ci-pli-na-ri-da- de / pneu-mo-ul-tra-mi-cros-co-pi-cos-si-li-co-vul-ca-no-co-ni-ó-ti-co (tido como o maior vocábulo)...

Considerando que, em Língua Portuguesa, não existe nenhum vocábulo cuja sílaba tônica seja anterior à antepenúltima, basta agruparmos aquelas de uma, duas e três sílabas. Depois disso, juntamos todas as demais, sem nenhum prejuízo de sequencialidade dos estudos, num grupo só.

3º Degrau / Sílabas

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02. CLASSIFICAÇÃO DOS VOCÁBULOS QUANTO À POSIÇÃO DA SÍLABA TÔNICA

Quanto ao estudo dos vocábulos em relação à posição de sílaba tônica, três situações poderão ocorrer:

a) Oxítonos: vocábulos cuja sílaba mais forte – tônica – seja a última.

Exemplos: ca-fé / ja-ca-ran-dá / ta-tu / bu-ri-ti / bi-sa-vó / te-tra-vô / ja-va-li...

• Destaque-se, já aqui, que, para efeito de classificação em relação à posição da sílaba tônica, cada elemento sonoro corresponderá a um vocábulo:

a) estudá-lo: um trissílabo oxítono e um monossílabo átono;b) estudá-lo-íamos: um trissílabo oxítono, um monossílabo átono e um trissílabo

proparoxítono; ec) Dá-la-íeis: um monossílabo tônico, um monossílabo átono e um dissílabo paroxítono.

b) Paroxítonos: vocábulos cuja sílaba mais forte – tônica – seja a penúltima.Exemplos: ca-fe-tei-ra / so-zi-nho / so-men-te / pos-si-bi-li-da-de / pó-len / re-pór-ter...

c) Proparoxítonos: vocábulos cuja sílaba mais forte – tônica – seja a antepenúltima.

Exemplos: ár-vo-re / lâm-pa-da / mo-nos-sí-la-bo / pro-pa-ro-xí-to-no...

Tantas vezes questionado acerca do emprego de masculino ou de feminino (monossílabo ou monossílaba, oxítono ou oxítona), nos casos de designação de vocábulos quanto ao número de sílabas ou quanto à posição da sílaba tônica, já me adianto na explicação: na concordância com palavra, monossílaba, oxítona; na concordância com vocábulo, monossílabo, oxítono.

3º Degrau / Sílabas

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03. PARTIÇÃO SILÁBICA

No que se refere, finalmente, à partição silábica (separação de sílabas), impõe-se destacar, imediatamente, o fato de que só há uma regra para regular o assunto: a pronunciação (correta!) do vocábulo.

Exemplos: ca-sa-men-to / bis-ne-to / in-te-rur-ba-no / tran-sa-tlân-ti-co / in-te-ra-me-ri-ca-no...

Como é possível ver pelos exemplos acima, na atividade de separação de sílabas, não entram em questão os prefixos, os radicais ou os sufixos.

Visto isso, e tão somente para facilitar ainda mais o assunto, faremos uma série de observaçõezinhas para facilitar a aplicação da regra (única!) da pronunciação:

a) presença de prefixos: não importa!

Exemplos: bi-sa-vô / bis-ne-to / tran-sa-ma-zô-ni-co / trans-pla-ti-no / de-sa-cor-dar...

b) letras iguais, e juntas, na palavra: sílabas diferentes!

Exemplos: mas-sa / ter-ra / com-pre-en-der / co-o-pe-ra-ti-va / fic-ção...

c) três ou quatro fonemas vocálicos juntos: na dúvida, isola o último!

Exemplos: mai-o / a-lhei-o / goi-a-ba-da / pa-ra-guai-o / u-ru-guai-a-nen-se...

d) dois, três ou quatro fonemas consonantais juntos: na dúvida, isola o último!

Exemplos: dog-ma / rap-to / pers-pi-caz / subs-ti-tu-ir / tungs-tê-nio / felds-pa-to...

3º Degrau / Sílabas

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e) dois fonemas vocálicos no final da palavra: havendo acento, não se separam!

Exemplos:

– A secretária (se-cre-tá-ria) dedica-se intensamente à secretaria (se-cre-ta-ri-a).

– Na distância (dis-tân-cia) que dói, ele se distancia (dis-tan-ci-a) da pessoa amada.

– Por meio de um ofício (o-fí-cio), eu oficio (o-fi-ci-o) as testemunhas.

– A autópsia (au-tóp-sia), ou autopsia (au-top-si-a), foi imediata e perfeita.

f) Cuidados especiais com a pronúncia e respectivaseparação!

Exemplos:

– gratuito: gra-tui-to – o vocábulo é trissílabo e a vogal tônica é o u;

– circuito: cir-cui-to – o vocábulo é trissílabo e a vogal tônica é o u;

– intuito: in-tui-to – o vocábulo é trissílabo e a vogal tônica é o u;

– fortuito: for-tui-to – o vocábulo é trissílabo e a vogal tônica é o u;

– fluido (s): flui-do – o vocábulo é dissílabo e a vogal tônica é o u;

– abrupto: ab-rup-to – o vocábulo é trissílabo e separa-se o encontro consonantal b-r;

– sublinhar: sub-li-nhar – o vocábulo é trissílabo e separa-se o encontro consonantal b-l.

Há que se forçar a pronunciação a fim de fazê-la de acordo com a separação acima!

3º Degrau / Sílabas

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Só o tempo entende

Era uma vez uma linda ilha, onde moravam os seguintes sentimentos: a alegria, a tristeza, a vaidade, a sabedoria, o amor, dentre outros. Um dia avisaram todos os moradores de que a ilha seria inundada. Apavorado, o amor cuidou que todos os sentimentos se salvassem. Ele falou: “Fujam todos! A ilha será inundada!”. Todos correram, pegaram seus barquinhos e foram a um morro bem alto. Só o amor não se apressou, pois queria ficar mais um pouco em sua ilha.

Quando já estava quase se afogando, apressou-se em pedir ajuda. Passava por aí a riqueza. O amor suplicou-lhe: “Riqueza, leva-me contigo!”. Ela respondeu: “Não posso. Meu barco está cheio de prata e de ouro, e tu não caberias nele”.

Passou então a vaidade. E o amor pediu socorro: “Oh, vaidade, leva-me contigo!”. A vaidade respondeu-lhe: “Não posso, tu vais sujar meu barco!”.

Logo atrás vinha a tristeza. “Tristeza, posso ir contigo?”, perguntou-lhe o amor. “Ah, amor, estou muito triste e prefiro ir sozinha!”. Passa a alegria, mas estava tão alegre que nem ouviu o amor chamá-la.

Já desesperado, achando que ficaria só, o amor começou a chorar. Passou, então, um barco, com um velhinho dentro. O idoso gritou: “Sobe, amor, eu te levo!”. E o amor ficou espargindo felicidade. Esqueceu-se até de perguntar pelo nome do velhinho.

Chegando ao morro, o amor perguntou à sabedoria: “Quem era o velhinho que me trouxe?”. A sabedoria respondeu-lhe: “O tempo”. “O tempo?”, continuou o amor. “Mas por que só o tempo me trouxe até aqui?”. E a sabedoria explicou-lhe: “Porque só o tempo é capaz de entender um grande amor!”.

(Autor desconhecido)

TEXTOS E TESTES

3º Degrau / Sílabas

Primeiro momento: um texto interessante!

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Segundo momento: dominando o vocabulário!

Inundada: alagada, coberta por grande quantidade de água.Apavorado: atemorizado, aterrorizado, assustado, amedrontado.Morro: pequena elevação em uma planície, monte, colina.Suplicar: pedir, implorar, rogar.Espargir: espalhar, salpicar, borrifar.Sabedoria: atributo de quem é sábio, grande quantidade de conhecimentos acumulados pela experiência.

Terceiro momento: explorando o texto!

01. Considerando as afirmações feitas, marque verdadeiro (V) ou falso (F) e assinale a opção correta:

( ) No título do texto há quinze letras e doze fonemas.( ) Em “Era uma vez uma linda ilha” existem vinte e uma letras e dezoito fonemas.( ) Em “Fujam todos! A ilha será inundada!” há vinte e sete letras e vinte e cinco fonemas.( ) Em “pegaram seus barquinhos e foram a um” existem trinta letras e vinte e sete fonemas.( ) Em “cuidou que todos os sentimentos se salvassem” há três sons a menos que o total de letras.

a) V – F – V – V – F;b) V – F – F – V – V;c) V – V – V – V – F;d) F – F – V – V – F;e) V – F – V – F – F.

3º Degrau / Sílabas / Textos e Testes

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02. Considerando as afirmações feitas, marque verdadeiro (V) ou falso (F) e assinale a opção correta:

( ) Em “a alegria, a tristeza, a vaidade, a sabedoria” há três hiatos.( ) Em “Ele falou: ‘Fujam todos!’” existe um ditongo.( ) Em “pois queria ficar mais um pouco em sua ilha” há três ditongos.( ) Em “Quando já estava quase se afogando, apressou-se em pedir ajuda” há quatro dígrafos.( ) Em “O amor suplicou-lhe: ‘Riqueza, leva-me contigo!’” há três dígrafos.

a) V – F – F – V – V;b) V – V – F – F – V;c) V – F – V – F – V;d) F – V – F – V – F;e) F – F – V – F – V.

03. Marque a única opção incorreta:

a) em cheio há dígrafo, hiato e ditongo;b) em quase existe um ditongo;c) no primeiro período do segundo parágrafo há quatro monossílabos e três trissílabos;d) a partição correta dos vocábulos aí, cheio e caberias é esta: a-í / che-io / ca-be-ri-as;e) o vocábulo pediu contém um ditongo.

3º Degrau / Sílabas / Textos e Testes

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04. Com o texto, o autor certamente pensou somente em...

a) divertir os leitores com uma historietazinha sem sentido;b) revelar um segredo que, por certo, ele guardava a sete chaves;c) revelar a crueldade representada pela riqueza, pela vaidade e pela tristeza;d) mostrar que nunca se deve perder a esperança;e) pôr o amor no seu verdadeiro lugar, acima de outros sentimentos, algumas vezes

mesquinhos.

05. Marque a opção incorreta:

a) na primeira e na segunda linhas, o autor optou por determinar os vocábulos alegria, tristeza, vaidade, sabedoria, amor, antepondo-lhes um artigo;

b) na primeira e na segunda linhas, o autor poderia ter optado por, corretamente, não usar artigo antes de nenhum dos vocábulos alegria, tristeza, vaidade, sabedoria, amor;

c) ao determinar, com o uso do artigo, o primeiro dos substantivos (a alegria), o autor viu-se na obrigação de determinar todos eles, pois tinha de obedecer ao princípio do paralelismo gramatical;

d) a repetição, ou não, do artigo antes desses vocábulos é mera opção do autor, cabendo-lhe livremente escolher alguns deles para determinar;

e) o paralelismo guia-se pelo princípio maior do idioma: coisas iguais recebem tratamento igual.

3º Degrau / Sílabas / Textos e Testes

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06. Marque a única opção incorreta:

a) em “era uma vez” (linha 01) temos ideia indeterminada de tempo;

b) o vocábulo “onde” (linha 01) poderia ser substituído por “aonde”, sem prejuízo gramatical;

c) em “um dia” (linha 02) há uma ideia de tempo indeterminada;d) a expressão “de que” (linha 02) é exigência do verbo “avisar”,

mesma linha;e) o vocábulo “cuidou” (linha 03) possui o significado de “teve o

cuidado”.

07. O discurso direto só não está presente em:

a) três parágrafos;b) quatro parágrafos;c) cinco parágrafos;d) há discurso direto em todos os parágrafos;e) não há discurso direto no texto.

3º Degrau / Sílabas / Textos e Testes

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08. Marque a opção incorreta:

a) A transformação de Quando já estava quase se afogando, apressou-se em pedir ajuda (linha 06) para Já estava quase se afogando, quando se apressou em pedir ajuda mantém o mesmo sentido.

b) Transformando O amor suplicou-lhe: Riqueza, leva-me contigo! (linhas 06 e 07) para Riqueza, leva-me contigo!, essa foi a súplica do amor, mantém-se o mesmo sentido.

c) A transformação de Ela respondeu: Não posso. Meu barco está cheio de prata e de ouro, e tu não caberias nele (linhas 07 e 08) para Ela respondeu que não posso. Meu barco está cheio de prata e de ouro, e tu não caberias nele não afeta o sentido da frase.

d) A transformação de Passou então a vaidade. E o amor pediu socorro: Oh, vaidade, leva-me contigo! (linha 09) para Passando, então, a vaidade, o amor pediu que ela o levasse consigo não altera o sentido da frase.

e) A transformação de O idoso gritou: Sobe, amor, eu te levo! (linha 14) por O idoso gritou: Sobe, amor, e me leva contigo! altera o sentido da frase.

09. Frases serão reescritas. Marque aquela em que não se manteve a correção gramatical ou o sentido:

a) “Fujam todos! A ilha será inundada!”. – O amor pediu que todos os sentimentos fugissem porque a ilha seria inundada.

b) “Riqueza, leva-me contigo!”. – O amor pediu que a riqueza me levasse consigo.

c) “Não posso, tu vais sujar meu barco!”. – A vaidade alegou que não levaria o amor consigo porque ele sujaria o barco dela.

d) “Tristeza, posso ir contigo?” – Como a tristeza viesse logo atrás da vaidade, o amor perguntou-lhe se poderia ir com ela.

e) “Mas por que só o tempo me trouxe até aqui?”. – O amor quis saber da sabedoria o porquê de apenas o tempo o ter levado até o alto do morro.

3º Degrau / Sílabas / Textos e Testes

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10. Marque a opção em que a substituição feriu princípios da sinonímia:

a) “morro” (antepenúltima linha) por “outeiro”;

b) “trouxe” (penúltima linha) por “levou”;

c) “aqui” (última linha) por “cá”;

d) “explicou” (penúltima linha) por “esclareceu”;

e) “capaz de” (penúltima linha) por “apta a”.

11. Se, na frase “Um dia avisaram todos os moradores de que a ilha seria inundada”, fosse incluída a expressão “o amor”, após “dia”, quantas outras alterações teriam de ocorrer?

a) uma;b) duas;c) três;d) quatro; e) cinco.

3º Degrau / Sílabas / Textos e Testes

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12. Em que opção as alterações feitas em frases do texto violaram preceitos gramaticais?

a) “Um dia avisaram todos os moradores de que a ilha seria inundada” (linhas 02 e 03) e “Um dia avisaram a todos os moradores que a ilha seria inundada”.

b) “Fujam todos! A ilha será inundada!” (linhas 03 e 04) e “Fujam todos! À ilha virá uma enorme inundação!”.

c) “Todos correram, pegaram seus barquinhos e foram a um morro bem alto” (linha 04) e “Todos correram, pegaram seus barquinhos e foram a montanha mais alta”.

d) “Quando já estava quase se afogando, apressou-se em pedir ajuda” (linha 06) e “Quando já estava afogando-se, ele se apressou em pedir ajuda”.

e) “O amor suplicou-lhe: Riqueza, leva-me contigo!” (linhas 06 e 07) e “O amor suplicou-lhe: ´Riqueza, leve-me com você!´”

13. Marque a opção que contém justificativa correta para o emprego da segunda, da terceira, da quarta e da quinta vírgulas desta frase: “Era uma vez uma linda ilha, onde moravam os seguintes sentimentos: a alegria, a tristeza, a vaidade, a sabedoria, o amor, dentre outros”:

a) isolar elementos de uma enumeração;b) isolar um adjunto adverbial deslocado; c) isolar uma oração subordinada deslocada no período;d) isolar termos de mesma função sintática;e) marcar a elipse do verbo.

3º Degrau / Sílabas / Textos e Testes

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Quarto momento: exercício-desafio!

Na sequência você encontrará os seis parágrafos do texto “Só o tempo entende” com todos os seus vocábulos separados em sílabas. Observe:

PRIMEIRO PARÁGRAFO

E-ra / u-ma / vez / u-ma / lin-da / i-lha, / on-de / mo-ra-vam / os / se-guin-tes / sen-ti-men-tos: / a / a-le-gri-a, / a / tris-te-za, / a / vai-da-de, / a / sa-be-do-ri-a, / o / a-mor, / den-tre / ou-tros. / Um / di-a / a-vi-sa-ram / to-dos / os / mo-ra-do-res / de / que / a / i-lha / se-ri-a / i-nun-da-da. / A-pa-vo-ra-do, / o / a-mor / cui-dou / que / to-dos / os / sen-ti-men-tos / se / sal-vas-sem. / E-le / fa-lou: / “Fu-jam / to-dos! / A / i-lha / se-rá / i-nun-da-da”. / To-dos / cor-re-ram, / pe-ga-ram / seus / bar-qui-nhos / e / fo-ram / a / um / mor-ro / bem / al-to. / Só / o / a-mor / não / se / a-pres-sou, / pois / que-ri-a / fi-car / mais / um / pou-co / em / su-a / i-lha.

SEGUNDO PARÁGRAFO

Quan-do / já / es-ta-va / qua-se / se / a-fo-gan-do, / a-pres-sou/ -se / em / pe-dir / a-ju-da. / Pas-sa-va / por / a-í / a / ri-que-za. / O / a-mor / su-pli-cou / -lhe: / “Ri-que-za, / le-va / -me / con-ti-go!”. / E-la / res-pon-deu: / “Não / pos-so. / Meu / bar-co / es-tá / chei-o / de / pra-ta / e / de / ou-ro, / e / tu / não / ca-be-ri-as / ne-le”.

TERCEIRO PARÁGRAFO

Pas-sou / en-tão / a / vai-da-de. / E / o / a-mor / pe-diu / so-cor-ro: / “Oh, / vai-da-de, / le-va / -me / con-ti-go!”. / A / vai-da-de / res-pon-deu / -lhe: / “Não / pos-so, / tu / vais / su-jar / meu / bar-co!”.

3º Degrau / Sílabas / Textos e Testes

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QUARTO PARÁGRAFO

Lo-go / a-trás / vi-nha / a / tris-te-za. / “Tris-te-za, / pos-so / ir / con-ti-go?”, / per-gun-tou / -lhe / o / a-mor. / “Ah, / a-mor, / es-tou / mui-to / tris-te / e / pre-fi-ro / ir / so-zi-nha!”. / Pas-sa / a / a-le-gri-a, / mas / es-ta-va / tão / a-le-gre / que / nem / ou-viu / o / a-mor / cha-má / -la.

QUINTO PARÁGRAFO

Já / de-ses-pe-ra-do, / a-chan-do / que / fi-ca-ri-a / só, / o / a-mor / co-me-çou / a / cho-rar. / Pas-sou, / en-tão, / um / bar-co, / com / um / ve-lhi-nho / den-tro. / O / i-do-so / gri-tou: / “So-be, / a-mor, / eu / te / le-vo!”. / E / o / a-mor / fi-cou / es-par-gin-do / fe-li-ci-da-de. / Es-que-ceu /-se / a-té / de / per-gun-tar / pe-lo / no-me / do / ve-lhi-nho.

SEXTO PARÁGRAFO

Che-gan-do / ao / mor-ro, / o / a-mor / per-gun-tou / à / sa-be-do-ri-a: / “Quem / e-ra / o / ve-lhi-nho / que / me / trou-xe?”. / A / sa-be-do-ri-a / res-pon-deu / -lhe: / “O / tem-po”. / “O / tem-po?”, / con-ti-nuou / o / a-mor. / “Mas / por / que / só / o / tem-po / me / trou-xe / a-té / a-qui?”. / E / a / sa-be-do-ri-a / ex-pli-cou / -lhe: / “Por-que / só / o / tem-po / é / ca-paz / de / en-ten-der / um / gran-de / a-mor!”.

3º Degrau / Sílabas / Textos e Testes

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Na partição silábica acima, um vocábulo foi separado, de forma proposital, erradamente. O desafio é este: em qual parágrafo se encontra o erro?

a) primeiro parágrafo;b) segundo parágrafo;c) terceiro parágrafo;d) quarto parágrafo;e) quinto parágrafo;f) sexto parágrafo.

Terceiro momento: 01-A / 02-E / 03-D / 04-E / 05-D / 06-B / 07-D / 08-C / 09-B / 10-B / 11-B / 12-C / 13-D

Quarto momento: letra “f” (con-ti-nu-ou).

GABARITO

3º Degrau / Sílabas3º Degrau / Sílabas

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ÚLTIMAS PALAVRAS

Como se pode observar, nossos apelos, quer no sentido da sequencialidade dos conteúdos, quer da necessidade de estudo pela apostila, com resolução de todos os exercícios aí apresentados, são, de fato, procedentes. Afinal, como escalar degraus subsequentes, sem dominar aquilo que já foi estudado? Em conteúdos sequencialmente lógicos, como é o caso da Língua Portuguesa, isso se torna absolutamente inviável.

Assim, e antes de pisar o quarto degrau, no qual será estudada a acentuação gráfica, será prudente que você reveja o conteúdo dos três degraus já dissecados. O próximo assunto, aliás, porá fim à primeira parte da gramática – fonética – e, por isso mesmo, será um resumo aplicado de todos os demais – fonemas, letras e sílabas.

Pois bem, ao finalizar o estudo das sílabas, deve-lhe ter ficado claro que, para determinar o número delas e localizar-lhe a tonicidade, foi necessário, antes, e sempre, a separação silábica. Já, para separar sílabas, tornou-se indispensável recordar o estudo das letras: os ditongos e os tritongos não se separam; os hiatos são sempre separáveis; os encontros consonantais e os dígrafos, às vezes se separam, às vezes, não. Por fim: como determinar esses fenômenos gramaticais? Estudando, e entendo bem, os fonemas!

O estudo de nosso idioma não é mesmo fenomenal?!

À frente, e sempre!

3º Degrau / Sílabas3º Degrau / Sílabas

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4º DEGRAUVocábulos

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Meu amigo, meu aliado, meu parceiro, este é um momento especial de nossa caminhada (ou subida da Escada!). Afinal, das três partes que compõem todo o conteúdo de Língua Portuguesa – fonética, morfologia e sintaxe –, estamos fechando o primeiro deles.

Para fazê-lo bem, todavia, e como viemos alertando o tempo todo, teremos de ter a necessária competência para pôr em prática todos os conteúdos já estudados: fonemas, letras e sílabas. Sim, neste quarto degrau de nossa encantadora Escada, reuniremos fonemas, letras e sílabas na formação do vocábulo. No estudo dele, neste primeiro momento, veremos a parte que diz respeito aos sons, a acentuação gráfica, haja vista estarmos ainda no estudo da fonética.

Com a aplicação dos conteúdos já vistos, aliás, acontecerá um fechamento da primeira parte do estudo do idioma pátrio verdadeiramente apoteótico, pois será muito agradável aplicar o todo já visto e compreender, como nunca provavelmente feito antes, as razões do emprego de cada acento gráfico.

Bom proveito, então!

Prof. Ironi Andrade

INÍCIO DE CONVERSA

4º Degrau / Vocábulos

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Mais um assunto que, retomando (e resumindo!) o todo já visto – fonemas, letras e sílabas –, exige um trato muito especial.

Precisa-se ter em mente, em primeiro lugar, e poucos sabem disso, que, na correção de redações – Enem, vestibulares e concursos públicos –, os erros são punidos de acordo com a gravidade de cada um deles. Como a acentuação gráfica é considerada de domínio primário, as punições, assim, são mais impiedosas.

Além disso, o simples fato de esse conteúdo encerrar uma das três partes que compõem a gramática – fonética, morfologia e sintaxe – já deve deixar clara a dependência que sua compreensão terá dos assuntos precedentes.

Pois bem, feitas essas ressalvas, vamos ao assunto. Como se sabe, a Lígua Portuguesa, no Brasil, é praticada a partir do emprego de 400.000 vocábulos, aproximadamente.

É importante saber, depois disso, que a última Reforma Ortográfica, implantada em primeiro de janeiro de 2009 – com um período de transição de três anos, prorrogado por mais três –, fixou normas que enquadram todos esses vocábulos em sete regras práticas, que precisam, por isso mesmo, ser estudadas, aprendidas e apreendidas também.

Sim, há de ser confortante pensar que, dos 400.000 vocábulos luso-brasileiros oficiais, nenhum receberá acento se não se enquadrar em uma das sete regrazinhas, tampouco qualquer um deles poderá ser grafado sem o devido acento, enquadrando-se em uma delas.

Aí, naturalmente, uma indagação aguça a curiosidade de qualquer indivíduo, seja ele estudioso do idioma ou não: por que, então, as pessoas cometem tantos erros, nesse assunto, se bastaria o domínio de apenas sete regras?

A resposta é tão simples quanto intrigante: as pessoas não seguem as regras, preferindo agir automaticamente, e de acordo com o que decoraram ao longo de suas vidas.

Ora, estima-se que o brasileiro mais culto (cuja identificação não interessa, e ninguém conseguiria mesmo apurar) tenha domínio sobre aproximadamente 30.000 vocábulos.

ACENTUAÇÃO GRÁFICA

4º Degrau / Vocábulos

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Logo, em torno de 370.000 são-lhe desconhecidos. Assim, como acentuá-los pela prática? Impossível, não?

Não bastasse esse fato, ao longo da vida, em leituras e mesmo em algumas aulas, fixaram-se muitos vocábulos acentuados erradamente, ou por falta de acento, ou pelo uso indevido da acentuação. Assim, e se insistirmos em acentuar pela prática, continuaremos errando na mesma proporção que sempre erramos.

Ainda, nós, professores, temos de reconhecer que pecamos no ensino da acentuação gráfica, quer no repasse automático do assunto (Todos os proparoxítonos são acentuados. Exempos: xícara, lâmpada e árvore), quer ao exigirmos poucos (ou nem exigirmos!) exercícios reflexivos acerca do tema.

Assim sendo, nossa preocupação, nesta aula, irá muito além da simples organização do texto legal em sete regrazinhas; ela pretenderá levar o estudante a refletir sobre cada uma das regras e, também, ao exercício, árduo e incansável, para fixação de todas elas.

Mas como agir no caso de dúvidas para encaixar qualquer vocábulo em uma dessas regras? Será melhor respondermos a essa pergunta com um caso concreto. Imaginemos que, escrevendo, surgisse a dúvida acerca da acentuação, ou não, da palavra “hormonio”. Aí, agiríamos assim:

a) separação silábica: hor-mo-nio (terceiro degrau);

b) localização da sílaba tônica: penúltima sílaba (terceiro degrau);

c) classificação do vocábulo quanto à posição da sílaba tônica: paroxítono (terceiro degrau);

d) verificação, como não é proparoxítono, da terminação: acaba em ditongo (segundo degrau);

e) constituição desse ditongo: semivogal (“e” disfarçado de “o”) + vogal (primeiro degrau);

f) classificação do ditongo: crescente (segundo degrau);

g) conclusão: paroxítono acabado em ditongo crescente, o vocábulo hormônio deve ser acentuado!

4º Degrau / Vocábulos

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A arte de acentuar corretamente e, em consequência, escrever bem, como se pôde ver, demanda um trabalho intenso, metódico, reflexivo e muitíssimo competente.

Vamos, agora, ao regramento:

Observação: será praticamente inútil acentuar os vocábulos acima automaticamente, isto é, sem pensar no fato de que eles são proparoxítonos e que, segundo a lei, todos os proparoxítonos devem ser acentuados!

Regra número 01

Todos os vocábulos proparoxítonos receberão acento na antepenúltima sílaba, aberto ou fechado, de acordo com sua tonicidade.

Exemplos: lâm-pa-da / bár-ba-ro / es-plên-di-do / a-tlé-ti-co / pú-nha-mo /-lo...

4º Degrau / Vocábulos

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EXERCÍCIO 01

Como destacado anteriormente, a falta de exercícios impõe-se como uma das principais falhas no ensino-aprendizagem da acentuação gráfica. Visando a sanar essa deficiência, incluiremos, após cada regra, tarefas de fixação do conteúdo e, igualmente, de familiarização com vocábulos de pronúncia desconhecida.

Então, após resolver cada atividade, você deverá ir ao gabarito, identificar possíveis equívocos e, pela acentuação, familiarizar-se com a pronúncia de vocábulos porventura desconhecidos ou memorizados erradamente.

Separe os vocábulos que se seguem em sílabas, circule a sílaba tônica e, sendo proparoxítonos, acentue-os:

4º Degrau / Vocábulos

Nº Vocábulos Partição Grafia final01 Itens

02 Interim

03 Item

04 Canceres

05 Anderson

06 Autenticos

07 Aristoteles

08 Circuito

09 Etiope

10 Caracteres

11 Aziago

12 Meteorito

13 Biotipo

14 Avaro

15 Filantropo

16 Recorde

17 Ariete

18 Improbo

19 Pantano

20 Rubrica

21 Alibi

22 Alcoois

23 Obtinhamos

24 Procuramo-lo

25 Bavaro

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26 Pudico

27 Umido

28 Pegada

29 Inclito

30 Dessemos

31 Preocupamo-nos

32 Acaro

33 Ingreme

34 Vestibular

35 Miope

36 Sonambulo

37 Tropego

38 Alvaro

39 Punhamo-lo

40 Libido

4º Degrau / Vocábulos

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Regra número 02

Acentuar-se-ão, com sinal aberto ou fechado, os vocábulos paroxítonos acabados em:

Observações:

1. se o vocábulo, separado em sílabas, apresentar a penúltima delas como tônica (paroxítono, portanto), há que se verificar imediatamente sua terminação a fim de ver se se encaixa nas previsões acima; e

2. nunca acentue um vocábulo automaticamente, isto é, sem verificar o porquê de ele ter de ser acentuado. Nesse caso, a lei estabelece claramente quais, dentre todos os paroxítonos – maioria esmagadora dos vocábulos de nosso idioma –, exigem o emprego do respectivo acento.

a) ditongos crescentes – Grêmio / mágoa / série...

b) ão, ãos, ã, ãs – acórdão / órgãos / órfã / órfãs...

c) um, uns, us – fórum / fóruns / ânus...

d) om, on, ons – iândom / néon / prótons...

e) i, is – biquíni / fáceis / júri / móveis...

f) l – fácil / móvel / ní-vel...

g) n – hífen / abdômen...

h) ps – fórceps / Quéops...

i) r – éter / revólver...

j) x – tórax / látex...

4º Degrau / Vocábulos

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4º Degrau / Vocábulos

Nº Vocábulos Partição Grafia final

01 Pezinho

02 Textil

03 Garibaldi

04 Novel

05 Acordãos

06 Itens

07 Pulover

08 Gratuito

09 Ion

10 Abdomens

11 Boemia

12 Carater

13 Junior

14 Orfãs

15 Biquini

16 Neutrons

17 Item

18 Climax

19 Ponei

20 Caqui (fruta)

21 Caqui (cor)

22 Penis

23 Biceps

24 Fuzivel

25 Nobel

EXERCÍCIO 02

Separe os vocábulos que se seguem em sílabas, circule a sílaba tônica e, encaixando-se numa das terminações acima, acentue-os:

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4º Degrau / Vocábulos

26 Hifen

27 Cancer

28 Hifens

29 Venus

30 Ureter

31 Latex

32 Estencil

33 Quorum

34 Hormonios

35 Niquel

36 Iris

37 Lesseis

38 Polen

39 Album

40 Virus

41 Tenues

42 Cintia

43 Mapa-mundi

44 Iandom

45 Decencia

46 Bençãos

47 Radom

48 Canon

49 Sueter

50 Espontaneo

51 Iandons

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52 Albuns

53 Gremio

54 Anus

55 Femur

56 Semen

57 Onix

58 Tuneis

59 Necropsia

60 Autopsia

4º Degrau / Vocábulos

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Regra número 03

Receberão acento os vocábulos oxítonos acabados em:

a) á, ás – ma-ra-cu-já / (Tu) es-tás / (Ele) es-tá / es-cu-tá(-lo)...

b) é, és – ca-fé / a-tra-vés / ra-pé / re-vés...

c) ê, ês – vo-cê / vo-cês / den-dê / por-tu-guês / ven-dê(-lo)...

d) ó, ós – ci-pó / ci-pós / a-vó / a-vós...

e) ô, ôs – a-vô / a-vôs / (Ele) pro-pôs / re-pô(-lo)...

f) ém, éns – ar-ma-zém / ar-ma-zéns / (Ele) con-tém / (Tu) con-téns...

g) êm (terceira pessoa do plural) – (Eles) de-têm / (Eles) con-têm / (Eles) re-têm...

Observações:

1. será inútil escrever o vocábulo “Paraná”, por exemplo, acentuando-o graficamente pelo simples fato de ser o vocábulo “Paraná”; significativo será acentuá-lo pensando no fato de que nenhum oxítono acabado em “á” (ou ás, é, és, ê, ês, ó, ós, ô, ôs, ém, éns e êm (terceira pessoa do plural) poderá ser grafado sem acento;

2. é muito importante observar que, na sequência das vogais (a, e, i, o, u), o “i” e o “u” não figuram entre as terminações que exigem acento nos vocábulos oxítonos; e

3. nunca se poderá esquecer de que, nas formas de verbos pronominais, cada parte terá de ser considerada como um novo vocábulo: estudá-lo-íamos (estudá + lo + íamos: três vocábulos para efeito de acentuação gráfica).

4º Degrau / Vocábulos

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Nº Vocábulos Partição Grafia final

01 Javali

02 Guarana

03 Atras

04 Uirapuru

05 Cafe

06 Atraves

07 Juriti

08 Voce

09 Portugues

10 Guaranis

11 Avo (feminino)

12 Cipos

13 Bisavo (masculino)

14 Avos (masculino)

15 Tabus

16 Maracuja

17 Ananas

18 Reves

19 Taubate

20 Frenesi

21 Guri

EXERCÍCIO 03

Separe os vocábulos que se seguem em sílabas, circule a sílaba tônica e, em sendo oxítonos e encaixando-se numa das terminações anteriores, acentue-os:

4º Degrau / Vocábulos

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22 Paletos

23 Metro (trem)

24 Urubu

25 Gurus

26 Estuda-lo

27 Compreende-lo

28 Demiti-lo

29 Escreve-lo-iamos

30 Consulta-lo-ieis

31 Presidi-la-iamos

32 Capturamo-la

33 Parti-lo-ieis

34 Ataca-lo-ieis

35 Escreve-lo-iamos

36 Conseguimo-lo

37 Apresento-vos

38 Compo-lo-a

39 (Ele) estara

40 (Tu) faras

41 Conserta-lo

42 Construi-lo

43 Permiti-la

44 Refaze-lo

45 Produzi-lo

4º Degrau / Vocábulos

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Regra número 04

Receberão acento os monossílabos tônicos acabados em:

a) á, ás – pá / pás / já / lá / fá-lo-eis...

b) é, és – pé / pés / fé / (Tu) és / é-lhe...

c) ê, ês – (Ele) vê / (Tu) vês / vê-lo...

d) ó, ós – pó / pós / nó / nós...

e) ô, ôs – pô-lo / (Ele) pôs / pô-la / lê-la...

f) êm (terceira pessoa do plural) – (Eles) têm / (Eles) vêm...

Observações:

1. há de se relembrar, de imediato, o que são monossílabos tônicos e monossílabos átonos:

a) tônicos: vocábulos de uma só sílaba e com sentido por si só (pá, pé, lei, só, nu...); eb) átonos: vocábulos de uma só sílaba e de sentido vazio (me, te, se, com, por, que, mas...).

2. aqui também será inútil escrever o vocábulo “lá”, por exemplo, acentuando-o graficamente pelo simples fato de ser o vocábulo “lá”; significativo será acentuá-lo pensando no fato de que nenhum monossílabo tônico acabado em “á” (ou ás, é, és, ê, ês, ó, ós, ô, ôs, éns e êm (terceira pessoa do plural) poderá ser grafado sem acento;

3. é muito importante observar que, na sequência das vogais (a, e, i, o, u), o “i” e o “u” não figuram entre as terminações que exigem acento nos monossílabos tônicos;

4. nunca se poderá esquecer de que, nas formas de verbos pronominais, cada parte terá de ser considerada como um novo vocábulo: dá-lo-íamos (dá + lo + íamos: três vocábulos para efeito de acentuação gráfica); e

5. será interessante ter em mente isto: há monossílabos que serão tônicos em algumas frases e átonos noutras.

4º Degrau / Vocábulos

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EXERCÍCIO 04

Acentue, dentre os vocábulos que se seguem, aqueles que se encaixam na regra e nas observações anteriores:

4º Degrau / Vocábulos

Nº Vocábulos Partição Grafia final

01 A (preposição)

02 La

03 A (pronome)

04 Ma

05 Ha

06 De (preposição)

07 De (verbo)

08 De (nome da letra)

09 Se (pronome)

10 Se (verbo)

11 Se (conjunção)

12 Pe (substantivo)

13 Pes (substantivo)

14 Pe (nome da letra)

15 Fe

16 Vi (verbo)

17 Pi (letra grega)

18 Po

19 Pos

20 Nu

21 Lu

22 Cu

23 Ju

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24 Jo (Soares)

25 Jo (figura bíblica)

26 Da-o

27 Da-lo

28 Da-lhe

29 De-o

30 De-lhe

31 Di-lo-as

32 Po-lo-iamos

33 Ve-lo-ieis

34 Da-lo-ieis

35 Fa-lo-iam

36 Tra-lo-as

37 Dar-vos-a

38 Po-lo-a

39 Ve-los-emos

40 Tra-los-iamos

41 Fe-lo

42 Pu-lo

43 Po-lo

44 Po-lo-iamos

45 Fa-lo-ieis

4º Degrau / Vocábulos

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Regra número 05

Receberão acento, nos oxítonos e nos monossílabos tônicos, os ditongos abertos:

a) éi – papéis / anéis / corcéis...

b) éu –chapéu / véu / troféus...

c) ói – herói / (Ele) constrói / anzóis...

Observações:

1. é de extrema necessidade manter cuidado, pois o hábito tenderá levar-nos a acentuar vocábulos como ideia, plateia, heroico, jiboia, dentre centenas de outros;

2. convém lembrar que, embora esses ditongos só sejam acentuados em oxítonos e monossílabos, a acentuação deles não se justifica pela mesma regra daqueles, haja vista que a regra dos ditongos abertos persiste;

3. vale destacar que a nova lei só alterou a acentuação nos ditongos abertos éi e ói, pois o dintongo éu já ocorria somente em oxítonos e monossílabos; e

4. vocábulos como alcalóidico, Méier, destróier, aracnóideo, proparoxítonos ou paroxítonos, continuam com acento nos ditongos abertos em função de outras regras.

4º Degrau / Vocábulos

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EXERCÍCIO 05

Separe os vocábulos que se seguem em sílabas, circule a sílaba tônica e, em sendo oxítonos e encaixando-se numa das terminações anteriores, acentue-os:

4º Degrau / Vocábulos

Nº Vocábulos Partição Grafia Final

01 Introito

02 Estrela

03 Mausoleu

04 Celuloide

05 (Ele) moi

06 Anzois

07 Meier

08 Alcoois

09 Alugueis

10 Odisseia

11 Estoico

12 Celeuma

13 Moteis

14 Estreia

15 Dodoi

16 Girassois

17 Diarreia

18 Jiboia

19 (Eu) apoio

20 (Tu) apoias

21 (Ele) apoia

22 (Tu) destrois

23 (Ele) destroi

24 (Eles) apoiam

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4º Degrau / Vocábulos

25 (Eles) destroem

26 Apogeu

27 Ovoide

28 Paranoico

29 Terapeutico

30 Lençois

31 Escarceus

32 Troia

33 Ilheu

34 Epopeia

35 Joia

36 Boi (do inglês boy)

37 Ateu

38 Europa

39 Europeia

40 Androceu

41 Antineutron

42 Arranha-ceus

43 Cacareu

44 Casareu

45 Chapeuzinho

46 Coliseu

47 Jubileu

48 Leucemico

49 Leucocitos

50 Leuconoide

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51 Alcateia

52 Ameixa

53 Apneico

54 Correia

55 Coreia

56 Traqueia

57 Adenoide

58 Sois (plural de sol)

59 Anti-heroico

60 Meis (plural de mel)

61 Asteroide

62 Boia

63 Destroier

64 Chefoide

65 Alcaloidico

4º Degrau / Vocábulos

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Observações:

1. há que se destacar, primeiramente, que a última reforma ortográfica, ao estabelecer que o “i” e o “u”, para serem acentuados, não poderiam estar precedidos de ditongos decrescentes (semivogal, portanto), não alterou em nada esta regra, haja vista que esse caso já estava presente no regramento antigo; ele, tão somente, não era obedecido;

2. ante tal previsão, vocábulos como cau-i-la, mao-is-mo, mao-is-ta, Sau-i-pe, fei-u-ra, bai-u-ca, boi-u-no, bo-cai-u-va, não recebem mais acento;

3. nada impede que o “i” e o “u” estejam pospostos a semivogais se houver outra regra para justificar sua acentuação: chei-ís-si-mo, fei-ís-simo (proparoxítonos); e

4. a legislação em vigor prevê que, em final de vocábulos, o “i” e o “u” dos hiatos, preenchidos os demais requisitos, poderão estar precedidos de semivogais: Pi-au-í, tui-ui-ú, tei-ús...

Regra número 06

Receberão acento o “i” e o “u” dos hiatos desde que:

a) sejam tônicos;

b) formem sílaba sozinhos ou com “s”;

c) estejam precedidos de vogal; e

d) sejam orais.

Exemplos: sa-í-da / sa-ís-te / ba-ú / ba-ús...

* Em final de vocábulos, mesmo precedidos de semivogal (ditongos decrescentes) serão acentuados.

4º Degrau / Vocábulos

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4º Degrau / Vocábulos

Nº Vocábulos Partição Grafia final

01 Esau

02 Caolho

03 Jacui

04 Luis

05 Higiene

06 Baia

07 Balaustre

08 Leviano

09 Cafeina

10 Araujo

11 Ciume

12 Proibição

13 Proibido

14 Destruição

15 Destruido

16 Faisca

17 Graudo

18 Sairmos

19 Juiz

20 Juizes

21 Luisa

22 Ruim

23 Raiz

24 Paraiso

25 Raizes

EXERCÍCIO 06

Separe os vocábulos que se seguem em sílabas, circule a sílaba tônica e, em sendo oxítonos e encaixando-se numa das terminações anteriores, acentue-os:

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4º Degrau / Vocábulos

26 Ruina

27 Sanduiche

28 Incluir

29 Ruido

30 Bainha

31 Egoista

32 Moinho

33 Casuismo

34 Saude

35 Caique

36 Baiuca

37 Baus

38 Boiuno

39 Ciumento

40 Corruira

41 Bahia

42 Saudade

43 Jau

44 Jesuita

45 Feiura

46 Piaui

47 Ciumeira

48 Balaiada

49 Sairdes

50 Atrai-lo

51 Impedi-lo

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52 Possuiamos

53 Destrui-lo-emos

54 Demiti-lo-ieis

55 Distrai-lo-eis

56 Retribui-lo

4º Degrau / Vocábulos

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Regra número 07

Receberão acento diferençal os seguintes vocábulos:

a. pôr – forma infinitiva do verbo a fim de diferençar da forma prepositiva “por”; e

b. pôde – forma verbal da terceira pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo a fim de diferençar da forma verbal “pode”, terceira pessoa do singular do presente do indicativo.

Observações:

1. existem, na Língua Portuguesa, os verbos diferenciar e diferençar. O primeiro significa alterar, modificar; o segundo, estabelecer diferenças. Como os acentos de pôr e pôde estabelecem diferenças, não resta nenhuma dúvida de que, num bom vernáculo, são acentos diferençais; e

2. há que se ter cuidado relativamente a vocábulos que eventualmente estabeleçam diferenças (tem, singular, e têm, plural; história, substantivo, e historia, verbo; sabia, verbo, sábia, adjetivo, e sabiá, substantivo; detém, singular, e detêm, plural...) e aqueles que a Lei de Reforma diz serem diferençais.

4º Degrau / Vocábulos

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EXERCÍCIO 07

Seguem-se, abaixo, construções com vocábulos semelhantes, uns acentuados, outros não. Você, no espaço entre parênteses, deverá escrever o número da regra que justifica a acentuação de cada um deles:

01. ( ) Na distância que se perde de vista, ele se distancia da mulher amada.02. ( ) Ele detém o impulso porque os adversários igualmente o detêm.03. ( ) Todos têm os direitos que ele tem.04. ( ) Ele, por precaução, deve pôr as barbas de molho.05. ( ) O homem historia a história vivenciada ou aprendida por meio dos livros.06. ( ) O menino sabia que o sabiá cantava.07. ( ) Enquanto pôde fazer o tema, ele o fez; agora, que não pode mais, ele descansa.08. ( ) A mulher sábia sabia tudo sobre acentuação de palavras.09. ( ) Toda pessoa séria seria digna de confiança?10. ( ) O hábito faz com que eu me sinta bem na casa que habito faz anos.11. ( ) Homem consciente não duvida daquilo sobre o qual não tem dúvida.12. ( ) Eu nunca trafego em vias de tráfego intenso.13. ( ) Eu trafico bens lícitos, mas não me envolvo em tráfico de coisas proibidas.14. ( ) Eu negocio com a pessoa que aprecia negócio honesto.15. ( ) Ele vem à escola pelo mesmo motivo que todos vêm.

4º Degrau / Vocábulos

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OBSERVAÇÕES FINAIS

Além de alterar algumas regras de acentuação gráfica, a última Reforma extinguiu outras:

a) não se acentuam mais os hiatos ôo, ôos – O voo do urubu e os voos da carruira são belos;

b) não se acentua mais o hiato êem – Eles veem, leem e creem; então, que deem o crédito justo;

c) não se usa mais o trema em vocábulos de origem portuguesa – tranquilo, linguiça, frequência;

d) usa-se trema em vocábulos estrangeiros e seus derivados – Müller e seus princípios müllerianos;

e) dentre os oxítonos e os monossílabos tônicos, vários vocábulos ficaram com pronúncia e acentuação facultativas: bebé ou bebê / bidé ou bidê / canapé ou canapê / caraté ou caratê / croché ou crochê / guiché ou guichê / matiné ou matinê / nené ou nenê / ponjé ou ponjê / puré ou purê / rapé ou rapê / cocó ou cocô / judô ou judo / metrô ou metro / rê (letra) ou ré; e

f) dentre os proparoxítonos e os paroxítonos, a Reforma estabeleceu facultatividade na pronúncia (aberta ou fechada) e na acentuação (acento agudo ou circunflexo) sobre o “e” e o “o” que estejam no final de uma sílaba e antes de “m” ou “n”: acadê-mico ou acadé-mico / cê-nico ou cé-nico / cô-modo ou có-modo / canô-nico ou canó-nico / Antô-nio ou Antó-nio / Grê-mio ou Gré-mio / pê-nis ou pé-nis / ô-nix ou ó-nix.

4º Degrau / Vocábulos

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Estratégias

Um senhor, já idoso, vivia sozinho nos Estados Unidos. Ele queria virar a terra do jardim para plantar flores. Mas era um trabalho muito pesado para sua já avançada idade.

Seu único filho, que o ajudava nessa tarefa, estava na prisão.

Esse homem, então, escreveu a seguinte carta ao filho: “Querido filho: estou triste, pois não vou poder plantar meu jardim neste ano. Detesto não poder fazê-lo porque sua mãe adorava flores e esta é a época do plantio. Estou velho demais para cavar a terra. Se você estivesse aqui, eu não teria esse problema. Mas sei que você não pode me ajudar, pois está na prisão. Com amor, seu pai”.

Dias depois, o pai recebeu o seguinte telegrama: “Pelo amor de Deus, pai, não escave o jardim! Foi lá que eu escondi os corpos”.

As correspondências eram monitoradas na prisão. Às quatro horas da manhã seguinte, apareceu uma dúzia de policiais. Cavaram o jardim inteiro, sem encontrar nenhum corpo. Confuso, o velho escreveu outra carta ao filho, contando o que acontecera.

E esta foi a resposta do filho:

– Pode plantar seu jardim, pai. Isso foi o máximo que eu pude fazer. Um beijo.

(Autor desconhecido – Texto adaptado)

TEXTOS E TESTES

4º Degrau / Vocábulos

Primeiro momento: um texto interessante!

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Segundo momento: dominando o vocabulário!

Virar: revirar, revolver.

Detestar: odiar, antipatizar, ter aversão a.

Plantio: ato de plantar, plantação.

Cavar: revolver a terra, popularmente fala-se cavocar ou cavoucar.

Telegrama: comunicação transmitida por meio do telégrafo; depois, pelo telefone; hoje, pela internet.

Escavar: revolver a terra.

Monitorar: vigiar, verificar.

Terceiro momento: lendo, revisando, entendendo!

01. Com o texto, o autor quis mostrar que:

a) mais vale ser criativo do que ser livre;b) a verdadeira liberdade está no ser plenamente livre;c) em momentos de dificuldades, a criatividade é a melhor saída;d) somente os espertos são livres;e) pelos pais, e com criatividade, os filhos fazem qualquer coisa.

4º Degrau / Vocábulos / Textos e Testes

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02. A maior prova de criatividade do filho está em qual das opções abaixo?

a) “Um senhor, já idoso, vivia sozinho nos Estados Unidos.”;b) “Mas era um trabalho muito pesado para sua já avançada idade.”;c) “Seu único filho, que o ajudava nessa tarefa, estava na prisão.”;d) “Se você estivesse aqui, eu não teria esse problema.”;e) “Foi lá que eu escondi os corpos.”.

03. No primeiro parágrafo, pluralizando-se o vocábulo “senhor”, quantos outros, obrigatoriamente, sofreriam alteração?

a) nove;b) dez;c) onze;d) oito;e) sete.

04. No segundo parágrafo, pluralizando-se o vocábulo “filho”, quantos, no total, seriam pluralizados?

a) três;b) quatro; c) cinco;d) sete;e) dez.

4º Degrau / Vocábulos / Textos e Testes

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05. Em “Esse homem, então, escreveu a seguinte carta ao filho”, pluralizando-se “homem”, quantos outros vocábulos poderiam ser pluralizados?

a) quatro;b) cinco;c) seis;d) sete;e) oito.

06. No quarto parágrafo, pluralizando-se o vocábulo “pai” (primeira aparição), quantos outros teriam de ser, obrigatoriamente, pluralizados?

a) três;b) quatro;c) cinco;d) seis;e) sete.

07. Marque a opção em que o acento indicativo de crase, dadas as alterações, foi usado incorretamente:

a) A senhora, já idosa, vivia sozinha nos Estados Unidos.b) Ele queria levar a terra ao jardim a fim de plantar flores.c) A esse homem, então, falou à única filha:d) Estou velho demais para revirar a terra.e) Cavaram a horta inteira, sem encontrar corpos.

4º Degrau / Vocábulos / Textos e Testes

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08. Marque a opção cuja acentuação dos vocábulos retirados do texto justifica-se pela mesma regra:

a) já (linha 01) e é (linha 06);b) já (linha 01) e fazê-lo (linha 05);c) único (linha 03) e fazê-lo (linha 05);d) único (linha 03) e você (linha 06);e) você (linha 06) e correspondências (linha 11).

09. Marque a opção cujo vocábulo retirado do texto não foi separado silabicamente de forma correta:

a) vi-vi-a;b) nes-sa;c) plan-ti-o;d) co-rres-pon-dên-cias;e) dú-zia.

10. Marque a opção incorreta, considerando vocábulos retirados do texto:

a) trabalho: oito letras, sete fonemas, três vogais, cinco consoantes, um encontro consonantal e um dígrafo consonântico;

b) escreveu: oito letras, oito fonemas, três vogais, quatro consoantes, uma semivogal, um encontro consonantal e um ditongo oral decrescente;

c) seguinte: oito letras, seis fonemas, quatro vogais, um dígrafo vocálico e um encontro consonantal;d) jardim: seis letras, cinco fonemas, duas vogais, quatro consoantes, um encontro consonantal e um dígrafo vocálico;e) nenhum: seis letras, quatro fonemas, duas vogais, quatro consoantes, um dígrafo consonantal e um dígrafo vocálico.

4º Degrau / Vocábulos / Textos e Testes

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11. De acordo com as justificativas de acentuação gráfica que se seguem, destaque aquela que se aplica a cada um dos vocábulos acentuados no texto e, depois, assinale a resposta correta:1) acentuam-se todos os vocábulos proparoxítonos;

2) acentuam-se os vocábulos paroxítonos acabados em ditongos crescentes / ão, ãos, ã / um, uns, us / om, on, ons / i / l / n / os / r / x;

3) acentuam-se os vocábulos oxítonos acabados em á, ás / é, és / ê, ês / ó, ós / ô, ôs / ém, éns / êm (terceira pessoa do plural);

4) acentuam-se os monossílabos tônicos acabados em á, ás / é, és / ê, ês / ó, ós / ô, ôs / êm (terceira pessoa do plural);

5) acentuam-se os ditongos abertos éi, éu e ói nos vocábulos oxítonos ou monossílabos tônicos;

6) acentuam-se o i e o u dos hiatos, desde que sejam tônicos, estejam precedidos de vogal (semivogal somente na última sílaba), formem sílaba sozinhos ou com s e sejam orais;

7) emprega-se o acento diferençal em pôr (forma verbal, para diferençar da preposição por) e pôde (forma do pretérito perfeito do indicativo, para diferençar da forma homônima pode, do presente do indicativo).

a) 4, 1, 3, 4, 1, 3, 2, 3, 2, 1b) 4, 1, 2, 4, 1, 3, 1, 2, 2, 1c) 4, 2, 3, 4, 2, 3, 3, 1, 2, 1

d) 4, 1, 3, 4, 1, 3, 3, 2, 2, 1e) 4, 2, 3, 3, 1, 2, 3, 3, 2, 1

01. ( ) já02. ( ) único03. ( ) fazê-lo04. ( ) é

05. ( ) época06. ( ) você07. ( ) está08. ( ) correspondências

09. ( ) dúzia10. ( ) máximo

4º Degrau / Vocábulos / Textos e Testes

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12. Considerando as afirmações feitas, marque verdadeiro (V) ou falso (F) e assinale a opção correta:

1. ( ) bávaro: proparoxítono;2. ( ) lêsseis: paroxítono acabado em

ditongo;3. ( ) compreendê-lo: oxítono acabado

em “ê”;

4. ( ) dá-lhe: monossílabo tônico acabado em “á”;

5. ( ) sóis: ditongo aberto;6. ( ) Piauí: “i” tônico de um hiato;7. ( ) pôr: verbo no infinitivo.

a) F – F – F – F – F – F – F b) V – V – V – V – V – V – V c) F – F – V – V – F – V – F d) F – V – F – V – F – V – F e) V – V – V – V – V – V – F

13. Marque a opção que não contém erro de acentuação gráfica:

a) O princípio hübneriano teve interpretação tranquila.b) O brado heróico não ressoa mais no espaço da Pátria amada.c) Os jovens só leem o conteudo das matérias quando veem manchetes chamativas.d) A feiúra do herói assustou o adversário, que não pôde reagir.e) O canto dos tuiuiús estimula a freqüência ao parque.

14. Marque a única opção em que todos os vocábulos estão acentuados corretamente:

a) construíram / construíriam / construirmos;b) substituímos / substituíste / substituíram;c) substituíamos / substituísses / substituírmos;d) influido / influíamos / influimos;e) contribuíste / contribuíram / contribuírmos.

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15. Marque a opção que contém erro de acentuação:

a) Antônio e Éder, jovens pudicos, tranquilos, releem velhos clássicos.b) Dado à boêmia, o idoso filantropo desapareceu no pântano.c) Ínclito, o novel advogado apreciava o balé.d) Tendo sua rubrica no livro de presenças, o jovem comprovou seu álibi.e) O bávaro, naquele ínterim, batia seu próprio récorde.

4º Degrau / Vocábulos / Textos e Testes

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EXERCÍCIO FINAL:

Nas frases abaixo, use os acentos exigidos pelas diversas regras de acentuação:

01. O etiope bateu novo recorde na produção de pera.02. No patio, tu paras e examinas o biotipo dos colegas?03. Os bavaros não param de comer peras.04. Neste interim, Anita Garibaldi para e ve a luz de neon na loja que vende pera.05. O etiope coa o cha, tu coas o cafe e eu coo os pelos do porco que cairam na sopa.06. Coas calças na mão, Antonio, cidadão pudico, para para por as luvas da rainha no lixo.07. Eu paro, tu paras e ele tambem para; alias, todos param para fazer xixi.08. Eu pelo o pelo da raposa, tu pelas os pelos do porco e ele pela os pelos da porca pelos caminhos.09. Nos polos, ele joga polo e come pera; pelas matas, tu pelas os pelos do elefante.10. Ontem, ninguem pode conter a avo; amanhã, alguem conseguira organizar as ideias do avo?11. Ele para e se queixa de dor no ureter, mas se recusa a usar um cateter.12. No pantano e impossivel jogar polo sem usar biquini.13. Cesar recusa-se a por sua rubrica no documento, pois faltou quorum na assembleia.14. Ontem, Iris não pode mostrar seu biceps: seu biotipo não a agrada.15. Dado a boemia, o boemio de Bauru não desempenhou satisfatoriamente seu mister.16. O vaivem constante não para as margens do rio Tiete.17. O be-a-ba da profissão não pode ser ensinado no mes passado porque não havia pera no deposito.18. O caqui, cor caqui, não para de colorir os polos.19. Ele coa o cafe e, depois, traça as letras be, ce, de, ge, aga, pe e que no caderno da filha.20. Eu pelo o pelo do porco pelo caminho; tu pelas os pelos da porca pelas matas.21. Nos lençois, havia pelos de coelho; no meio da plateia, Caim espalhava pelos de gato pelos ares.22. Ha um quinquenio, o ilheu paranoico admirava a feiura da corruira que vivia na baiuca.

4º Degrau / Vocábulos / Textos e Testes

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GABARITO

4º Degrau / Vocábulos

Nº Vocábulos Partição Grafia final

01 Itens i-tens itens

02 Interim ín-te-rim ínterim

03 Item i-tem item

04 Canceres cân-ce-res cânceres

05 Anderson Ân-der-son Ânderson

06 Autenticos au-tên-ti-cos autênticos

07 Aristoteles A-ris-tó-te-les Aristóteles

08 Circuito cir-cui-to circuito

09 Etiope e-tí-o-pe etíope

10 Caracteres ca-rac-te-res caracteres

11 Aziago a-zi-a-go aziago

12 Meteorito me-te-o-ri-to meteorito

13 Biotipo bi-ó-ti-po biótipo

14 Avaro a-va-ro avaro

15 Filantropo fi-lan-tro-po filantropo

16 Recorde re-cor-de recorde

17 Ariete a-rí-e-te aríete

18 Improbo ím-pro-bo ímprobo

19 Pantano pân-ta-no pântano

20 Rubrica ru-bri-ca rubrica

21 Alibi á-li-bi álibi

22 Alcoois ál-co-ois álcoois

23 Obtinhamos ob-tí-nha-mos obtínhamos

24 Procuramo-lo pro-cu-ra-mo / -lo procuramo-lo

25 Bavaro bá-va-ro bávaro

26 Pudico pu-di-co pudico

27 Umido ú-mi-do úmido

28 Pegada pe-ga-da pegada

29 Inclito ín-cli-to ínclito

30 Dessemos dés-se-mos déssemos

31 Preocupamo-nos pre-o-cu-pa-mo / -nos preocupamo-nos

32 Acaro á-ca-ro ácaro

33 Ingreme ín-gre-me íngreme

34 Vestibular ves-ti-bu-lar vestibular

35 Miope mí-o-pe míope

36 Sonambulo so-nâm-bu-lo sonâmbulo

37 Tropego trô-pe-go trôpego

38 Alvaro Ál-va-ro Álvaro

39 Punhamo-lo pú-nha-mo / -lo púnhamo-lo

40 Libido li-bi-do libido

EXERCÍCIO 01 - Proparoxítonos

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4º Degrau / Vocábulos / Gabarito

Nº Vocábulos Partição Grafia final

01 Pezinho pe-zi-nho pezinho

02 Textil têx-til têxtil

03 Garibaldi Ga-ri-bál-di Garibáldi

04 Novel no-vel novel

05 Acordãos a-cór-dãos acórdãos

06 Itens i-tens itens

07 Pulover pu-lô-ver pulôver

08 Gratuito gra-tui-to gratuito

09 Ion í-on íon

10 Abdomens ab-do-mens abdomens

11 Boemia bo-ê-mia boêmia

12 Carater ca-rá-ter caráter

13 Junior jú-nior júnior

14 Orfãs ór-fãs órfãs

15 Biquini bi-quí-ni biquíni

16 Neutrons nêu-trons nêutrons

17 Item i-tem item

18 Climax clí-max clímax

19 Ponei pô-nei pônei

20 Caqui (fruta) ca-qui caqui

21 Caqui (cor) cá-qui cáqui

22 Penis pê-nis pênis

23 Biceps bí-ceps bíceps

24 Fuzivel fu-zí-vel fuzível

25 Nobel no-bel nobel

26 Hifen hí-fen hífen

27 Cancer cân-cer câncer

28 Hifens hi-fens hifens

29 Venus vê-nus vênus

30 Ureter u-re-ter ureter

EXERCÍCIO 02 - Paroxítonos

31 Latex lá-tex látex

32 Estencil es-tên-cil estêncil

33 Quorum quó-rum quórum

34 Hormonios hor-mô-nios hormônios

35 Niquel ní-quel níquel

36 Iris í-ris íris

37 Lesseis lês-seis lêsseis

38 Polen pó-len pólen

39 Album ál-bum álbum

40 Virus ví-rus vírus

41 Tenues tê-nues tênues

42 Cintia Cín-tia Cíntia

43 Mapa-mundi ma-pa/-mún-di mapa-múndi

44 Iandom i-ân-dom iândom

45 Decencia de-cên-cia decência

46 Bençãos bên-çãos bênçãos

47 Radom rá-dom rádom

48 Canon câ-non cânon

49 Sueter su-é-ter suéter

50 Espontaneo es-pon-tâ-neo espontâneo

51 Iandons i-ân-dons iândons

52 Albuns ál-buns álbuns

53 Gremio grê-mio grêmio

54 Anus â-nus ânus

55 Femur fê-mur fêmur

56 Semen sê-men sêmen

57 Onix ô-nix ônix

58 Tuneis tú-neis túneis

59 Necropsia ne-crop-si-a necropsia

60 Autopsia au-tóp-sia / au-top-si-a autópsia / autopsia

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4º Degrau / Vocábulos / Gabarito

Nº Vocábulos Partição Grafia final

01 Javali ja-va-li javali

02 Guarana gua-ra-ná guaraná

03 Atras a-trás atrás

04 Uirapuru ui-ra-pu-ru uirapuru

05 Café ca-fé café

06 Atraves a-tra-vés através

07 Juriti ju-ri-ti juriti

08 Voce vo-cê você

09 Portugues por-tu-guês português

10 Guaranis gua-ra-nis guaranis

11 Avo (feminino) a-vó avó

12 Cipos ci-pós cipós

13 Bisavo (masculino) bi-sa-vô bisavô

14 Avos (masculino) a-vôs avôs

15 Tabus ta-bus tabus

16 Maracuja ma-ra-cu-já maracujá

17 Ananas a-na-nás ananás

18 Reves re-vés revés

19 Taubate Tau-ba-té Taubaté

20 Frenesi fre-ne-si frenesi

21 Guri gu-ri guri

22 Paletos pa-le-tós paletós

23 Metro (trem) me-trô metrô

24 Urubu u-ru-bu urubu

25 Gurus gu-rus gurus

26 Estuda-lo es-tu-dá / -lo estudá-lo

27 Compreende-lo com-pre-en-dê / -lo compreendê-lo

28 Demiti-lo de-mi-ti / -lo demiti-lo

29 Escreve-lo-iamos es-cre-vê / -lo / -í-a-mos escrevê-lo-íamos

30 Consulta-lo-ieis con-sul-tá / -lo / -í-eis consultá-lo-íeis

31 Presidi-la-iamos pre-si-di / -la / -í-a-mos presidi-la-íamos

32 Capturamo-la cap-tu-ra-mo / -la capturamo-la

33 Parti-lo-ieis par-ti / -lo / -í-eis parti-lo-íeis

34 Ataca-lo-ieis a-ta-cá / -lo / -í-eis atacá-lo-íeis

35 Escreve-lo-iamos es-cre-vê / -lo / -í-a-mos escrevê-lo-íamos

36 Conseguimo-lo con-se-gui-mo / -lo conseguimo-lo

37 Apresento-vos a-pre-sen-to / -vos apresento-vos

38 Compo-lo-a com-pô / -lo / -á compô-lo-á

39 (Ele) estara es-ta-rá estará

40 (Tu) faras fa-rás farás

41 Conserta-lo con-ser-tá / -lo consertá-lo

42 Despedi-lo des-pe-di / -lo despedi-lo

43 Permiti-la per-mi-ti / -la permiti-la

44 Refaze-lo re-fa-zê / -lo refazê-lo

45 Produzi-lo pro-du-zi / -lo produzi-lo

EXERCÍCIO 03 - Oxítonos

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4º Degrau / Vocábulos / Gabarito

Nº Vocábulos Partição Grafia final

01 A (preoposição) - a

02 La - lá

03 A (pronome) - a

04 Ma - má

05 Ha - há

06 De (preposição) - de

07 De (verbo) - dê

08 De (nome da letra) - dê

09 Se (pronome) - se

10 Se (verbo) - sê

11 Se (conjunção) - se

12 Pe (substantivo) - pé

13 Pes (substantivo) - pés

14 Pe (nome da letra) - pê

15 Fe - fé

16 Vi (verbo) - vi

17 Pi (letra grega) - pi

18 Po - pó

19 Pos (prefixo) - pós

20 Nu - nu

21 Lu - Lu

22 Cu - cu

23 Ju - Ju

24 Jo (Soares) - Jô

25 Jo (figura bíblica) - Jó

26 Da-o - dá-o

27 Da-lo - dá-lo

28 Da-lhe - dá-lhe

29 De-o - dê-o

30 De-lhe - dê-lhe

31 Di-lo-as - di-lo-ás

32 Po-lo-iamos - pô-lo-íamos

33 Ve-lo-ieis - vê-lo-íeis

34 Da-lo-ieis - dá-lo-íeis

35 Fa-lo-iam - fá-lo-iam

36 Tra-lo-as - trá-lo-ás

37 Dar-vos-a - dar-vos-á

38 Po-lo-a - pô-lo-á

39 Ve-los-emos - vê-los-emos

40 Tra-los-iamos - trá-los-íamos

41 Fe-lo - fê-lo

42 Pu-lo - pu-lo

43 Po-lo - pô-lo

44 Po-lo-iamos - pô-lo-íamos

45 Fa-lo-ieis - fá-lo-íeis

EXERCÍCIO 04 - Monossílabos tônicos

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4º Degrau / Vocábulos / Gabarito

Nº Vocábulos Partição Grafia final

01 Introito in-troi-to introito

02 Estrela es-tre-la estrela

03 Mausoleu mau-so-léu mausoléu

04 Celuloide ce-lu-loi-de celuloide

05 (Ele) moi - mói

06 Anzois an-zóis anzóis

07 Meier Méi-er (regra dos paroxítonos) Méier

08 Alcoois ál-co-ois álcoois

09 Alugueis a-lu-guéis aluguéis

10 Odisseia o-dis-sei-a odisseia

11 Estoico es-toi-co estoico

12 Celeuma ce-leu-ma celeuma

13 Moteis mo-téis motéis

14 Estreia es-trei-a estreia

15 Dodoi do-dói dodói

16 Girassois gi-ras-sóis girassóis

17 Diarreia di-ar-rei-a diarreia

18 Jiboia ji-boi-a jiboia

19 (Eu) apoio a-poi-o apoio

20 (Tu) apoias a-poi-as apoias

21 (Ele) apoia a-poi-a apoia

22 (Tu) destrois des-tróis destróis

23 (Ele) destroi des-trói destrói

24 (Eles) apoiam a-poi-am apoiam

25 (Eles) destroem des-tro-em destroem

26 Apogeu a-po-geu apogeu

27 Ovoide o-voi-de ovoide

28 Paranoico pa-ra-noi-co paranoico

29 Terapeutico te-ra-pêu-ti-co (proparoxítono) terapêutico

30 Lençois len-çóis lençóis

31 Escarceu es-car-céu escarcéu

32 Troia Troi-a Troia

33 Ilheu i-lhéu ilhéu

34 Epopeia e-po-pei-a epopeia

35 Joia joi-a joia

36 Boi (do inglês boy) - bói

37 Ateu a-teu ateu

38 Europa Eu-ro-pa Europa

39 Europeia eu-ro-pei-a europeia

40 Androceu an-dro-ceu androceu

41 Antineutron an-ti-nêu-tron antinêutron

42 Arranha-ceus ar-ra-nha / -céus arranha-céus

43 Cacareu ca-ca-réu cacaréu

44 Casareu ca-sa-réu casaréu

45 Chapeuzinho cha-peu-zi-nho chapeuzinho

46 Coliseu Co-li-seu Coliseu

47 Jubileu ju-bi-leu jubileu

48 Leucemico leu-cê-mi-co (proparoxítono) leucêmico

49 Leucocitos leu-có-ci-tos (proparoxítono) leucócitos

50 Leuconoide leu-co-noi-de leuconoide

51 Alcateia al-ca-tei-a alcateia

52 Ameixa a-mei-xa ameixa

53 Apneico ap-nei-co apneico

54 Correia cor-rei-a correia

55 Coreia Co-rei-a Coreia

56 Traqueia tra-quei-a traqueia

57 Adenoide a-de-noi-de adenoide

EXERCÍCIO 05 - Ditongos abertos

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58 Sois (plural de sol)

- sóis

59 Anti-heroico an-ti / -he-roi-co anti-heroico

60 Meis (plural de mel)

- méis

61 Asteroide as-te-roi-de asteroide

62 Boia boi-a boia

63 Destroier des-trói-er (regra dos paroxítonos) destróier

64 Chefoide che-foi-de chefoide

65 Alcaloidico al-ca-lói-di-co (proparoxítono) alcalóidico

4º Degrau / Vocábulos / Gabarito

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4º Degrau / Vocábulos / Gabarito

EXERCÍCIO 06 - “i” e “u” dos hiatos

Nº Vocábulos Partição Grafia final

01 Esau E-sa-ú Esaú

02 Caolho ca-o-lho caolho

03 Jacui Ja-cu-í Jacuí

04 Luis Lu-ís Luís

05 Higiene hi-gi-e-ne higiene

06 Baia ba-í-a baía

07 Balaustre ba-la-ús-tre balaústre

08 Leviano le-vi-a-no leviano

09 Cafeina ca-fe-í-na cafeína

10 Araujo A-ra-ú-jo Araújo

11 Ciume ci-ú-me ciúme

12 Proibição pro-i-bi-ção proibição

13 Proibido pro-i-bi-do proibido

14 Destruição des-tru-i-ção destruição

15 Destruido des-tru-í-do destruído

16 Faisca fa-ís-ca faísca

17 Graudo gra-ú-do graúdo

18 Sairmos sa-ir-mos sairmos

19 Juiz ju-iz juiz

20 Juizes ju-í-zes juízes

21 Luisa Lu-í-sa Luísa

22 Ruim ru-im ruim

23 Raiz ra-iz raiz

24 Paraiso pa-ra-í-so paraíso

25 Raizes ra-í-zes raízes

26 Ruina ru-í-na ruína

27 Sanduiche san-du-í-che sanduíche

28 Incluir in-clu-ir incluir

29 Ruido ru-í-do ruído

30 Bainha ba-i-nha bainha

31 Egoista e-go-ís-ta egoísta

32 Moinho mo-i-nho moinho

33 Casuismo ca-su-ís-mo casuísmo

34 Saude sa-ú-de saúde

35 Caique ca-í-que caíque

36 Baiuca bai-u-ca baiuca

37 Baus ba-ús baús

38 Boiuno boi-u-no boiuno

39 Ciumento ci-u-men-to ciumento

40 Corruira cor-ru-í-ra corruíra

41 Bahia Ba-hi-a Bahia

42 Saudade sau-da-de saudade

43 Jau ja-ú jaú

44 Jesuita je-su-í-ta jesuíta

45 Feiura fei-u-ra feiura

46 Piaui Pi-au-í Piauí

47 Ciumeira ci-u-mei-ra ciumeira

48 Balaiada ba-lai-a-da balaiada

49 Sairdes sa-ir-des sairdes

50 Atrai-lo a-tra-í / -lo atraí-lo

51 Impedi-lo im-pe-di / -lo impedi-lo

52 Possuiamos pos-su-í-a-mos (duas regras) possuíamos

53 Destrui-lo-iamos des-tru-í / -lo / -í-a-mos destruí-lo-íamos

54 Demiti-lo-ieis de-mi-ti / -lo / -í-eis demiti-lo-íeis

55 Distrai-lo-ieis dis-tra-í / -lo / -í-eis distraí-lo-íeis

56 Retribui-lo re-tri-bu-í / -lo retribuí-lo

57 Exclui-la-iamos ex-clu-í / -la / -í-a-mos excluí-la-íamos

58 Pedi-lo-as pe-di / -lo / -ás pedi-lo-ás

59 Destrui-lo-ão des-tru-í / -lo / -ão destruí-lo-ão

60 Retribui-los-ia-mos

re-tri-bu-í / -los / -í-a-mos retribuí-los-íamos

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EXERCÍCIO 07 – Acentos diferençais

Seguem-se, abaixo, construções com vocábulos semelhantes, uns acentuados, outros não. Você, no espaço entre parênteses, deverá escrever o número da regra que justifica a acentuação de cada um deles:

01. (02) Na distância que se perde de vista, ele se distancia da mulher amada.02. (03) Ele detém o impulso porque os adversários igualmente o detêm.03. (04) Todos têm os direitos que ele tem.04. (07) Ele, por precaução, deve pôr as barbas de molho.05. (02) O homem historia a história vivenciada ou aprendida por meio dos livros.06. (03) O menino sabia que o sabiá cantava.07. (07) Enquanto pôde fazer o tema, ele o fez; agora, que não pode mais, ele descansa.08. (02) A mulher sábia sabia tudo sobre acentuação de palavras.09. (02) Toda pessoa séria seria digna de confiança?10. (01) O hábito faz com que eu me sinta bem na casa que habito faz anos.11. (01) Homem consciente não duvida daquilo sobre o qual não tem dúvida.12. (01) Eu nunca trafego em vias de tráfego intenso.13. (01) Eu trafico bens lícitos, mas não me envolvo em tráfico de coisas proibidas.14. (02) Eu negocio com a pessoa que aprecia negócio honesto.15. (04) Ele vem à escola pelo mesmo motivo que todos vêm.

TEMA DE CASA

Terceiro momento: 01-C / 02-E / 03-A / 04-C / 05-D / 06-B / 07-C / 08-A / 09-D / 10-C / 11-D / 12-A / 13-A / 14-B / 15-E

4º Degrau / Vocábulos / Gabarito

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EXERCÍCIO FINAL:

Nas frases abaixo, use os acentos exigidos pelas diversas regras de acentuação:

01. O etíope bateu novo recorde na produção de pera.02. No pátio, tu paras e examinas o biótipo dos colegas?03. Os bávaros não param de comer peras.04. Neste ínterim, Anita Garibáldi para e vê a luz de néon na loja que vende pera.05. O etíope coa o chá, tu coas o café e eu coo os pelos do porco que caíram na sopa.06. Coas calças na mão, Antônio, cidadão pudico, para para pôr as luvas da rainha no lixo.07. Eu paro, tu paras e ele também para; aliás, todos param para fazer xixi.08. Eu pelo o pelo da raposa, tu pelas os pelos do porco e ele pela os pelos da porca pelos caminhos.09. Nos polos, ele joga polo e come pera; pelas matas, tu pelas os pelos do elefante.10. Ontem, ninguém pôde conter a avó; alguém conseguirá organizar as ideias do avô amanhã?11. Ele para e se queixa de dor no ureter, mas se recusa a usar um cateter.12. No pântano é impossível jogar polo sem usar biquíni.13. César recusa-se a pôr sua rubrica no documento, pois faltou quórum na assembleia.14. Ontem, Íris não pôde mostrar seu bíceps: seu biótipo não a agrada.15. Dado à boêmia, o boêmio de Bauru não desempenhou satisfatoriamente seu mister.16. O vaivém constante não para às margens do rio Tietê.17. O bê-á-bá da profissão não pôde ser ensinado no mês passado porque não havia pera no

depósito.18. O caqui, cor cáqui, não para de colorir os polos.19. Ele coa o café e, depois, traça as letras bê, cê, dê, gê, agá, pê e quê no caderno da filha.20. Eu pelo o pelo do porco pelo caminho; tu pelas os pelos da porca pelas matas.21. Nos lençóis, havia pelos de coelho; no meio da plateia, Caim espalhava pelos de gato pelos ares.22. Há um quinquênio, o ilhéu paranoico admirava a feiura da corruíra que vivia na baiuca.

4º Degrau / Vocábulos / Gabarito

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Enfim, primeira parte da gramática encerrada!

Tarefa, para alguns, árdua; para outros, nem tanto. A verdade, de qualquer forma, é que uma primeira etapa da subida de nossa Escada está ficando para trás.

Nesse trajeto, vencemos, com persistência e, por certo, muito estudo, quatro degraus sequenciais e lógicos: fonemas, o primeiro; letras, o segundo; sílabas, o terceiro; e vocábulos, no aspecto sonoro, fonético, fonológico, o quarto.

Em fonemas, esmeramo-nos ao examinar três ângulos do assunto: mesmo número de letras e de fonemas, maior número de fonemas do que de letras e menor número de fonemas do que de letras.

No estudo das letras, aproveitando o conteúdo de fonemas, também estudamos três aspectos importantes do tema: encontros vocálicos, encontros consonantais e dígrafos.

Prosseguindo, juntamos o conteúdo de fonemas e letras e, com eles bem claros, estudamos as sílabas. Aqui também três aspectos relevantes mereceram nossa atenção: partição silábica, classificação dos vocábulos quanto ao número de sílabas e classificação dos vocábulos quanto à posição da sílaba tônica.

Finalmente, sem desprezo a absolutamente nada do que havia sido estudado, vimos o quarto degrau de nossa Escada e, nele, trinchamos a acentuação gráfica.

Como deve ter ficado claro, para compreensão do quarto degrau, foi necessária a aplicação dos três anteriores. Isso, por si só, já mostra que, sem fixação de uma etapa, inútil será qualquer tentativa de sequência nos estudos.

E assim seguiremos até o topo de nossa Escada do Português Lógico.

Parabéns pela etapa vencida. Coragem, persistência, ânimo, perseverança, garra, otimismo na continuidade dos estudos.

Um abraço e muitíssimo obrigado pela companhia!

ÚLTIMAS PALAVRAS

4º Degrau / Vocábulos

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Prof. Ironi Andrade

Módulo 2

Método do Português LógicoMORFOLOGIA

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5º DEGRAUEstrutura dos vocábulos

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INÍCIO DE CONVERSA

Meu amigo, meu aliado, meu parceiro, este é, dentre três, o segundo momento especial de nossa caminhada rumo ao topo da Escada do Português Lógico. Afinal, das três partes que compõem o conteúdo gramatical – fonética, morfologia e sintaxe –, já fechamos a primeira delas e, em consequência disso, estamos dando início à segunda.

Para fazê-lo bem, todavia, e como temos alertado o tempo todo, haveremos de ter a necessária competência para pôr em prática os conteúdos já estudados. Sim, a cada acento empregado, a cada translineamento feito, a cada fenômeno fonético surgido, será sempre fundamental retomar, mesmo que apenas mentalmente, o con-teúdo já visto, pois não resta qualquer dúvida de que, quem não emprega, não sabe (ou, no mínimo, esquece) aquilo que pensa já ter aprendido e apreendido.

A partir de agora, na abordagem desta segunda parte da matéria – a morfo-logia –, serão vistas a estrutura, a formação e a classificação dos vocábulos. Esses três aspectos das palavras, aliás, darão suporte a tudo aquilo que verdadeiramente as pessoas não dominam e sempre buscam quando procuram um bom curso de Português, a estruturação sintática do idioma. E, provando que prosseguiremos na sequência lógica de nosso estudo, há que se atentar para o fato de que nenhum con-teúdo sintático – regência verbal e nominal, crase, análise sintática interna e externa, concordância verbal e nominal, colocação dos pronomes oblíquos átonos, vozes ver-bais e pontuação – será assimilado sem que essa parte da matéria fique totalmente sob domínio. Estamos, pois, no momento mais significativo e de mais promissoras expectativas de todo o nosso trabalho.

Bastante estudo e bom proveito, então!

Prof. Ironi Andrade

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Como o próprio nome morfologia indica (do grego morphe = morfo = forma + logos = estudo), esta é a parte do conteúdo gramatical em que se estuda a forma que determinada matéria pode tomar.

Assim, e de fato, nada mais apropriado do que obter o domínio desta parte da matéria a fim de compreender como o conteúdo sintático – restante de nosso estudo – estrutura-se.

No caso específico da Língua Portuguesa, podemos definir a morfologia assim: estudo da estrutura e da formação da palavra, isoladamente, e de sua classificação, na estruturação frasal.

Estrutura das palavras

No estudo morfológico, teremos de, primeiro, desvendar os mistérios internos das pala-vras, isto é, precisamos identificar os elementos que, de existência perceptível, interagem no interior dos vocábulos, atribuindo-lhes o significado que, na aplicação prática, eles desempe-nham.

Numa referência grosseira, podemos comparar o estudo da estruturação dos vocábulos ao desmonte de um objeto qualquer, um relógio, por exemplo. Ao final da desmontagem, ve-remos um montículo de peças que, combinadas entre si, formam o relógio, dando-lhe forma e garantindo-lhe a funcionalidade. Pois é isso que ocorre com os vocábulos de que nos valemos, quer na escrita, quer na fala.

E vamos às partes que compõem essa grande engrenagem chamada estrutura das pa-lavras.

01. Radical

Parte mínima, significativa e irredutível das palavras.

MORFOLOGIA

ESTRUTURA DOS VOCÁBULOS

5º Degrau / Morfologia / Estrutura dos vocábulos

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Exemplos:

Se, da palavra reestudássemos, fossem retirados o prefixo re, a vogal temática a, a de-sinência modo-temporal sse e a desinência número-pessoal mos, restar-nos-ia estud, precisa-mente o radical de estudar, estudante, estudo, reestudo...

Se, da palavra encantamento, fossem retirados o prefixo en, a vogal temática a e o sufi-xo mento, restar-nos-ia cant, precisamente o radical de canto (era pelo canto, na origem, que se encantavam pessoas), cantar, cantiga, desencanto, desencantamento...

Se, da palavra desfolhávamos, fossem retirados o prefixo des, a vogal temática a, a desi-nência modo-temporal va e a desinência número-pessoal mos, restar-nos-ia folh, precisamen-te o radical de folha, folhagem, folhetim, desfolhar...

Se, da palavra infelizmente, fossem retirados o prefixo in, a consoante de ligação z e o sufixo mente, restar-nos-ia feli, precisamente o radical de feliz, felicidade, felicitações, infeliz-mente, felizardo...

02. Vogal temática

Numa visão gramatical moderna, simples e fácil, há que se destacarem a vogal temática verbal e a vogal temática nominal.

Entende-se por vogal temática verbal aquela que, posposta ao radical de um verbo, indica a conjugação a que ele pertence.

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Exemplos:

a) dominaríamos: a vogal temática a diz que estamos diante de um verbo da primeira conjugação;

b) leríamos: a vogal temática e diz que estamos diante de um verbo da segunda con-jugação; e

c) partirmos: a vogal temática i diz que estamos diante de um verbo da terceira con-jugação.

Já a vogal temática nominal é a aquela que, posicionada entre o radical e o sufixo dos nomes, tão somente suaviza a pronúncia das palavras.

Exemplos:

a) casamento: a vogal temática a tão somente suaviza a pronúncia.

b) tecnocracia: a vogal temática o tão somente suaviza a pronúncia.

c) mesadinha: a vogal temática a tão somente suaviza a pronúncia.

03. Tema

Dá-se o nome de tema à reunião do radical com a vogal temática.

Exemplos:

a) dominaríamos – radical domin + vogal temática a = tema: domina;

b) leríamos – radical l + vogal temática e = tema: le;

c) partirmos – radical part + vogal temática i = tema: parti;

d) casamento – radical cas + vogal temática a = tema: casa;

e) mesadinha – radical mes + vogal temática a = tema: mesa.

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Nota: por vezes, quando, nos nomes, não há vogal temática, o radical e o tema se con-fundem.

Exemplos:

a) lealdade – radical = leal / sufixo = dade / tema = radical: leal;

b) urubuzada – radical = urubu / sufixo = zada / tema = radical: urubu;

c) desigualdade – radical = igual / prefixo = des / sufixo = dade / tema = radical: igual.

04. Prefixo

Elemento que, anteposto ao radical de certas palavras, tem o objetivo de modificar-lhes o sentido e, modificando-o, adequá-las à expressão fiel de nossas ideias.

Exemplos:

a) leal e desleal;

b) feliz e infeliz;

c) moral e amoral.

Advindos do Latim e do Grego – onde funcionavam como preposições ou advérbios –, os prefixos ampliam enormemente o repertório vocabular, ensejando que nenhuma ideia seja desperdiçada por falta de palavras para sua expressão.

É fundamental entender que, advindos de idiomas diferentes – tais quais outros elementos mórficos –, muito seguidamente temos prefixos diferentes, porém com o mesmo sentido.

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Exemplos:

a) a, an, gregos = des, in, latinos: anarquia, inativo, desigual, imoral...

b) anti, grego = contra, latino: antibiótico, contra-ataque, contraindicação, contrar-regra...

c) di, grego = bi, latino: dissílabo, bicampeão, bissexual, birrefrativo, biácido...

05. Sufixo

Elemento que, posposto ao radical de certas palavras, tem o objetivo de modificar-lhes o sentido e, modificando-o, adequá-las à expressão fiel de nossas ideias.

Exemplos:

a) leal e lealdade;

b) feliz e felizmente;

c) moral e moralmente.

De acordo com nossas necessidades e auxiliados por sufixos, formamos palavras deriva-das e, como nos prefixos, abastecemos nosso repertório vocabular para a expressão de todas as nossas ideias.

Conforme o sufixo usado, estendemos o significado das palavras em diversas direções.

Exemplos:

a) caminhada: radical caminh + sufixo indicativo de ação ada;

b) ferreiro: radical ferr + sufixo indicativo de agente eiro;

c) casario: radical cas + vogal temática a + sufixo indicativo de quantidade rio;

d) fonema: radical fon + sufixo técnico ema.

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06. Vogais e consoantes de ligação

Elementos que se entrepõem ao radical e às desinências, visando a facilitar, permitir, possibilitar a pronúncia das palavras.

Ao contrário de outros afixos, as vogais e as consoantes de ligação jamais alteram o sen-tido dos vocábulos no interior dos quais elas se inserem. São elementos eufônicos (do grego euphonía = bela voz) cuja função é garantir a beleza, a harmonia, a suavidade da pronúncia.

Exemplos:

a) brasiliense: brasil = radical + i = vogal de ligação + ense = sufixo;

b) escolaridade: escola = radical + r = consoante de ligação + idade = sufixo;

c) chaleira: cha = radical + l = consoante de ligação + eira = sufixo;

d) gasômetro: gas = radical + o = vogal de ligação + metro = sufixo.

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07. Desinências

Estruturadas didaticamente em verbais e nominais, as desinências são elementos ter-minativos de vocábulos cuja função é indicar suas flexões: gênero e número, nos nomes; tem-po, modo, número e pessoa, nos verbos.

Exemplos:

a) meninos: o = desinência de gênero (masculino); s = desinência de número (plural);

b) meninas: a = desinência de gênero (feminino); s = desinência de número (plural);

c) compravas: va = desinência modo-temporal (pretérito imperfeito do indicativo);

d) alugavas: s = desinência número-pessoal (segunda pessoa do singular).

Nota: não se haverá de falar em desinências de gênero para vocábulos invariáveis em masculino e feminino (mesa, igreja, cruz, cadeira), ou em desinências de número para vocábu-los que não variam em singular e plural (ônibus, pires, lápis).

Na conclusão do estudo da estrutura das palavras, incluímos uma lista dos principais prefíxos gregos e latinos e, de igual sorte, de radicais, cujo domínio, sobretudo para aqueles que se submetem a provas de concursos, do Enem ou de vestibulares, é muito importante.

5º Degrau / Morfologia / Estrutura dos vocábulos

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PREFIXOS LATINOS

PREFIXOS SIGNIFICADOS EXEMPLOS

A-, ab-, abs- ruim, mal, desafetamento abstenção, abdicar...

Ambi- ambiguidade, duplicidade ambíguo, ambivalente, ambidestro...

Ante- anterior, anterioridade, antes antepassado, anteontem...

Aquém- insuficiente, fraco, antes de aquém-objetivos, aquém-fronteiras...

Bem-, bene- bem, excelência, bom benfeitor, beneficência, benéfico...

Bi-, bis- duplicidade, repetição bicampeão, bisavô, bípede...

Cis- aquém de, antes de cisplatino, cisandino...

Dis- negação, fora de ordem, anormal disforme, dissidência, disfonia...

E-, em-, en- sobreposição, introdução empilhar, engarrafar, embainhar...

Extra- exterior, para fora, excesso extraconjugal, extração...

Intra- posição interior, para dentro de intramuscular, intravenoso...

I-, im-, in- negação, mudança ilegal, impossível, incapaz...

Justa- ao lado de justaposição, justalinear...

Per- movimento através de perpassar, perímetro, pernoite...

Pós- ação posterior, depois de pós-datar, póstumo, pós-morte...

Pre-, pré- anterioridade, superioridade pré-natal, predomínio, prejulgar...

Pro-, pró- anterioridade, antes de, intensidade prólogo, prolongar, próclise...

Preter- além de, ao longo de preterintensão, preterir

Re- repetição, retroação reabastecer, regredir, recomeço...

Retro- movimento para trás retroagir, retrospectiva...

Semi- metade, quase semicírculo, semidesenvolvido...

Trans- movimento através de, além de transporte, transamazônica...

Tri- três, triplo, três vezes tricampeão, tríade, tridimensional...

Vice- mudança, troca, sucessão vice-prefeito, visconde...

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RADICAIS LATINOS

RADICAIS SIGNIFICADOS EXEMPLOS

Aristo- melhor, acima de aristocracia, aristodemocracia...

Arqueo- antigo, do passado, arqueologia, arqueografia...

Antos- flor antologia, antosperma...

Atmo- ar, vapor atmosfera, atmômetro...

Auto- mesmo, próprio autoestima, autoajuda, autômato...

Baro- pressão, peso barômetro, barítono...

Biblio- livro biblioteca, bibliografia...

Bio- vida biologia, biodiversidade...

Caco- mau, mal, defeituoso cacofonia, cacoete...

Cali- bonito, belo, gracioso caligrafia, calígrafo...

Carpo- fruto carpófilo, pericarpo...

Céfalo- cabeça acéfalo, cefaleia...

Cito- célula Citologia, citoplasma...

Copro- fezes, excrementos... coprófago, coprologia

Cosmo- mundo cosmonauta, microcosmo...

Crono- tempo cronômetro, anacrônico...

Entero- intestino enterozoário, disenteria...

Etno- povo étnico, etnia...

Filo-, filia- amigo, amizade filantropia, filósofo...

Flama- fogo inflamável, flamante...

Fono- som, voz fonética, telefone...

Gastro- estômago gastrite, gastronomia...

Hemo- sangue hemorragia, hemodiálise...

Hidro- água hidratação, hidrômetro...

Hipo- cavalo / abaixo de hipódromo, hipotermia...

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-ambulo que anda sonâmbulo, noctâmbulo...

-cida que mata homicida, inseticida...

-cola que habita, que cultiva silvícola, agrícola...

-cultura que cultiva, instrução vinicultura, cultural...

-evo idade longevo, longevidade...

-fero que contém, que produz mamífero, aquífero, feromônio...

-forme que tem, dá, suprime a forma multiforme, disforme...

-fugo que foge fugitivo, fujão...

-grado grau, passo centígrado, graduação...

-luquo que fala loquaz, loquacidade...

-paro que produz ovíparo, veniníparo...

-pede pé bípede, velocípede...

-sono que tem ou produz som sonoridade, uníssono...

-voro que come, que devora carnívoro, herbívoro...

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PREFIXOS GREGOS

PREFIXOS SIGNIFICADOS EXEMPLOS

Aero- ar aerodinâmica, aeroespacial...

Agro- campo agricultura, agronomia...

Antropo- homem antropologia, filantropia...

Homo- igual, mesmo homofobia, homossexual...

Idio- próprio ideologia, idioma...

Macro-, megalo- grande, longo megaoperação, megalomania...

Meso- meio meiose, mesóclise...

Micro- pequeno, mínimo microscópico, micro-organismo...

Mono- um, uma monossílabo, monocultura...

Necro- morto, morte necrologia, necropsia...

Nefro- rim, renal nefrologia, nefrite...

Odonto- dente odontologia, periodontia...

Oftalmo- olho oftalmologista, oftalmoscópio...

Onto- indivíduo, ser humano ontologia, ontogenia...

Orto- correto ortografia, ortodontia...

Pneumo- pulmão pneumologista, pneumonia...

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RADICAIS GREGOS

RADICAIS SIGNIFICADOS EXEMPLOS

Acro- alto acrópole, acrocéfalo...

-agogo que conduz pedagogo, pedagogia...

Cardi- coração cardiologista, cardiopatia...

Deca- dez decâmetro, decacampeão...

Enea- nove eneassílabo, eneacampeão...

Entero- intestino enterografia, entérico...

Fito- planta fitologia, fitoide...

Fisio- natureza, origem, formação fisiologia, fisiológico...

Gero- velho, idoso geriatria, gerontologia...

Gimno- nu, despido gimnofobia, gimnocéfalo...

Hialo- vidro, lente, pedra transparente hialino, hialografia...

Hiero- sagrado hieróglifo, hierodrama...

Holo- todo holística, holofote...

-latria adoração idolatria, idólatra...

Leuco- branco leucócito, leucemia...

Melano- preto, escuro, negro melanina, melanocéfalo...

-mero parte, porção isômero, telômero...

Neo- novo neolatino, neorromântico...

Onico- unhas, garras onicofagia, onicófago...

Oniro- sonho onírico, onirocrisia...

Pepsis- digestão pepsinas, dispepsia...

Quilo- mil quilômetro, quilograma...

Quiro- mão quiromancia, quiromante...

Rino- nariz, focinho rinite, rinoceronte...

Rizo- raiz rizotônico, rizomorfo...

-scopia ato de ver datiloscopia, datiloscopista...

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Selene- Lua selenita, selenitoso...

Tafo- túmulo, ritos fúnebres epitáfio, tafofobia...

Xeno- estrangeiro xenofobia, xenófobo...

Xero- seco xerográfico, xerofagia...

Xilo- madeira xilografia, xilogravura...

-zime fermento, fermentação enzima, enzimologia...

Zoo- animal zoológico, zoologia...

Nota: impressiona a frequência com que nossos alunos queixam-se de que possuem boas ideias, mas, na hora de pô-las no papel, faltam-lhes palavras. Perguntamos-lhes, então, se dominam os principais prefixos e radicais, latinos e gregos, e a resposta é sempre a mesma: o que é isso, professor? De igual sorte, não são raras as lamentações em relação à dificuldade de assimilação de conteúdos durante os períodos de estudos. Aqui, também, sem qualquer som-bra de dúvidas, a compreensão daquilo que se lê – sobretudo em assuntos técnicos – é sempre mais fácil e maior a quem tem algum domínio sobre essa parte do conteúdo idiomático.

5º Degrau / Morfologia / Estrutura dos vocábulos

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Os três amigos

Era uma vez um homem que tinha três amigos. A todos dedicava-lhes grande interesse e não os esquecia um só momento.

Um dia ele foi chamado ao Tribunal, perante o Grande Juiz. Na incerteza do que lhe poderia acontecer, procurou, assustado, o primeiro ami-go e pediu-lhe auxílio. – Nada posso fazer em teu favor, respondeu o amigo. Pagarei apenas as despesas de tua viagem.

O homem recorreu ao segundo. Esse lhe disse:

– Tenho muito medo desse Juiz que vai decidir sobre teu destino. Só posso levar-te até a porta do Tribunal.

Diante do embaraço em que se achava, apelou ao único amigo que lhe restava. Esse atendeu-lhe, sem hesitar, o pedido. Acompanhou-o até o Juiz e esforçou-se, com dedicação e carinho, pela absolvição.

Esses homens eram: o primeiro, o dinheiro; o segundo, a família; o terceiro, as boas ações.

Quando o homem morre e é levado ao tribunal de Deus, o dinheiro não o acompanha; a família leva-o só até o cemitério; as boas ações é que vão até o Supremo Julgador.

Léon de Tolstoy

TEXTOS E TESTES

Primeiro momento: um texto... mas que texto!

5º Degrau / Morfologia / Estrutura dos vocábulos / Textos e testes

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Segundo momento: dominando o vocabulário!

Era uma vez: expressão que indica tempo indeterminado, que não se sabe ou não inte-ressa quando...

Um dia: expressão que indica tempo indeterminado, que não se sabe ou não interessa quando...

Tribunal: local onde magistrados desempenham seus cargos.

Juiz: magistrado que administra a justiça, pessoa que julga.

Embaraço: dificuldade, perturbação de espírito, dúvida, hesitação, obstáculo.

Absolvição: ato de absolver, livrar, inocentar, descriminar.

Cemitério: terreno em que se enterram os mortos, campo-santo.

Terceiro momento: lendo, interpretando, compreendendo o texto!

01. Marque a opção incorreta:

a) No primeiro parágrafo há ideia de tempo indefinido.

b) No segundo parágrafo há ideia indefinida de tempo.

c) No terceiro parágrafo, “pediu-lhe auxílio” é consequência de uma causa anterior-mente citada.

d) No quarto parágrafo há discurso direto, pois um homem fala diretamente.

e) No quinto parágrafo, o vocábulo “esse” retoma a ideia de “homem”, mesma linha.

5º Degrau / Morfologia / Estrutura dos vocábulos / Textos e testes

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02. Com o texto, o autor quis mostrar que...

a) ...o ser humano deve preservar suas amizades, pois nada há mais importante que os amigos;

b) ...em dificuldades, há que se recorrer sempre aos amigos;

c) ...a Deus interessam mais as ações praticadas do que os bens ou as companhias conquistados;

d) ...todos que se envolvem com a justiça passam por dificuldades;

e) ...no Tribunal de Deus, dinheiro, família e boas ações se equivalem.

03. Marque a opção em que a substituição de vocábulos ou expressões fere os princípios da sinonímia:

a) “Era uma vez um homem que tinha três amigos.” (linha 01) e “Havia um homem que tinha três amigos”;

b) “A todos” (linha 01) e “Aos três”;

c) “os” (linha 02) e “três amigos”;

d) “Um dia ele foi chamado ao Tribunal” (linha 03) e “Ele foi chamado ao Tribunal uma vez”;

e) “perante o Grande Juiz” (linha 03) e “na presença de Deus”.

5º Degrau / Morfologia / Estrutura dos vocábulos / Textos e testes

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04. Frases serão reescritas. Marque aquela em que a alteração criou condições para a prática da crase:

a) A todas dedicava-lhes grande interesse e não as esquecia um só momento (linhas 01 e 02).

b) Na incerteza do que lhe poderia acontecer, procurou, assustado, a primeira amiga (linha 04 e 05).

c) Nada posso fazer em teu favor, respondi a amiga (linha 06).

d) Pagarei as despesas de tua viagem (linha 06 e 07).

e) O homem abraçou a segunda (linha 08).

05. Pluralizando-se amigo, linha 11, quantas outras palavras, no parágrafo, sofreriam alteração?

a) cinco;

b) seis;

c) sete;

d) oito;

e) nove.

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06. Frases serão reescritas. Marque aquela cujo sentido não foi alterado:

a) Era uma vez um homem que tinha três amigos (linha 01). – Um homem tinha três amigos uma vez.

b) A todos dedicava-lhes grande interesse e não os esquecia um só momento (linhas 01 e 02). – Todos dedicavam-lhe grande interesse e não o esqueciam um só mo-mento.

c) Um dia ele foi chamado ao Tribunal, perante o Grande Juiz (linha 03). – Ele foi cha-mado, um dia, ao Tribunal, pelo Grande Juiz.

d) Na incerteza do que lhe poderia acontecer, procurou, assustado, o primeiro ami-go e pediu-lhe auxílio (linha 04 e 05). – Procurou, assustado, e na incerteza do que lhe poderia acontecer, o primeiro amigo, pedindo-lhe auxílio.

e) Pagarei apenas as despesas de tua viagem (linha 06 e 07). – Apenas pagarei as despesas de tua viagem.

07. Observe:

I – Esse lhe disse (linha 08) – Foi-lhe dito por esse.

II – Diante do embaraço em que se achava (linha 11) – Diante do embaraço em que foi achado.

III – Acompanhou-o até o Juiz (linha 12) – Foi acompanhado pelo único amigo até o Juiz.

O sentido original foi mantido:a) somente em I;

b) somente em I e II;

c) somente em I e III;

d) somente em II e III;

e) em todas elas.

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08. Marque a opção que apresenta só vocábulos – todos retirados do texto – que contêm prefixos:

a) interesse / incerteza;

b) assustado / respondeu;

c) recorreu / incerteza;

d) respondeu / apenas;

e) despesas / embaraço.

09. Marque a única opção cujo vocábulo retirado do texto não apresenta sufixo:

a) três;

b) tribunal;

c) dedicação;

d) absolvição;

e) julgador.

10. Marque a opção cujo radical dos vocábulos retirados do texto foi destacado erradamente:

a) amigo (am);

b) dedicava (dedic);

c) interesse (interess);

d) esquecia (esquec);

e) tribunal (tribun).

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11. Em qual das opções a vogal temática dos vocábulos retirados do texto foi destacada erra damente?

a) dedicava (primeiro a);

b) chamado (segundo a);

c) acontecer (primeiro e);

d) assustado (segundo a);

e) respondeu (segundo e).

12. Marque a opção cujo vocábulo retirado do texto não apresenta desinência verbal:

a) acompanha (linha 17);

b) morre (linha 16);

c) hesitar (linha 12);

d) embaraço (linha 11);

e) achava (linha 11).

13. Marque a opção em que o vocábulo retirado do texto não se formou por derivação prefixal:

a) acompanha (linha 17);

b) embaraço (linha 11);

c) recorreu (linha 08);

d) incerteza (linha 04);

e) assustado (linha 04).

5º Degrau / Morfologia / Estrutura dos vocábulos / Textos e testes

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14. Marque a opção incorreta:

a) dedicava (linha 01): dedic (radical); a (vogal temática); dedica (tema); va (desinência verbal);

b) incerteza (linha 06): cert (radical); in (prefixo); e (vogal temática); incerte (tema);

c) respondeu (linha 07): respond (radical); e (vogal temática); responde (tema);

d) recorreu (linha 08): corr (radical); e (vogal temática); recorre (tema); re (prefixo);

e) decidir (linha 07): decid (radical); i (vogal temática); decidi (tema); r (desinência verbal).

15. Nos vocábulos momento, respondeu e decidir, retirados do texto, podem ser destacados, respectivamente:

a) sufixo mento / desinência nominal eu / desinência verbal de infinitivo r;

b) sufixo nominal mento / desinência verbal eu / radical decid;

c) desinência nominal de gênero o / radical pond / vogal temática i;

d) sufixo mento / tema responde / tema decidi;

e) radical mom / prefixo res / radical cid.

5º Degrau / Morfologia / Estrutura dos vocábulos / Textos e testes

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01. Relativamente à estrutura das palavras, marque a opção incorreta:

a) Os morfemas que indicam as flexões das palavras variáveis são desinências nominais ou verbais.

b) A vogal ou consoante de ligação é um morfema incapaz de facilitar a emissão do som das palavras.

c) O radical é um morfema comum às palavras que pertencem ao mesmo campo semântico.

d) O elemento que liga o radical às desinências é chamado de vogal temática.

e) Afixos são morfemas que se colocam antes ou depois do radical, alterando sua significação básica.

02. Em qual dos elementos abaixo está o significado básico da palavra:

a) desinência;

b) radical;

c) tema;

d) afixo;

e) consoante de ligação.

03. Marque a opção incorreta:

a) trabalham – m: desinência número-pessoal;

b) visse – sse: desinência modo-temporal;

c) bela – a: desinência de gênero;

d) lealdade – dade: sufixo;

e) sublime – sub: prefixo.

QUESTÕES DE PROVAS

5º Degrau / Morfologia / Estrutura dos vocábulos / Questões de provas

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04. Marque a opção em que o fonema destacado não funciona como vogal temática:

a) encantÁssemos;

b) procurÁveis;

c) gelAdeira;

d) cadeirAda;

e) termÔmetro.

05. Marque a opção incorreta, considerando a forma verbal mandávamos:

a) mand – radical;

b) manda – tema;

c) va – desinência verbal;

d) mos – desinência verbal;

e) s – desinência nominal de número.

06. Marque a opção que não reúne vocábulos provindos de um mesmo radical:

a) corporal, corpóreo, corpanzil;

b) esfomeado, faminto, famigerado;

c) poeirão, empoeirado, poeirento;

d) florescer, florido, floreado;

e) viajante, viagem, viajado.

5º Degrau / Morfologia / Estrutura dos vocábulos / Questões de provas

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07. Em qual das opções há desinência de número?

a) ônibus;

b) vírus;

c) todos;

d) pires;

e) lápis.

08. Considerando as significações de nove ângulos, governo de poucos, som agradável e dor de cabeça, escolha a opção correta:

a) pentágono, plutocracia, eufonia, mialgia;

b) eneágono, oligarquia, eufonia, cefalalgia;

c) non-angular, democracia, cacofonia, dispneia;

d) eneágono, aristocracia, sinfonia, cefalalgia;

e) hendecágono, monarquia, sonoplastia, cefaleia.

09. Marque o vocábulo em que há desinência de gênero:

a) segredo;

b) curiosidade;

c) força;

d) verbo;

e) alheia.

5º Degrau / Morfologia / Estrutura dos vocábulos / Questões de provas

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10. Assinale a opção em que nem todas as palavras possuem o mesmo radical:

a) noite, anoitecer, noitada;

b) luz, luzeiro, lúcifer;

c) incrível, crente, crer;

d) festa, festeiro, festejar;

e) riqueza, ricaço, enriquecer.

11. A palavra amorzinho contém em sua estrutura:

a) prefixo, radical;

b) sufixo, radical;

c) radical, sufixo;

d) prefixo, radical, sufixo;

e) radical, consoante de ligação, sufixo.

12. Em qual das opções aparecem dois prefixos dando ideia de negação?

a) impune, acéfalo;

b) pressupor, ambíguo;

c) anarquia, decair;

d) importar, soterrar;

e) ilegal, refazer.

5º Degrau / Morfologia / Estrutura dos vocábulos / Questões de provas

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13. Marque a opção em que o prefixo não dá ideia negativa:

a) inadequado;

b) infeliz;

c) ingrato;

d) destratado;

e) desbravar.

14. Marque a relação incorreta:

a) caco – pedaço;

b) eu – bom, suave;

c) cis – do lado de cá;

d) trans – através de;

e) onto – ser humano.

15. Marque a opção incorreta, considerando os radicais destacados:

a) enterologista: profissional especializado no estudo de doenças intestinais;

b) gimnópode: desprovido de pés;

c) hialoide: de consistência transparente, semelhantemente ao vidro;

d) melanocarpo: que produz sementes escuras, pretas;

e) quilógono: figura geométrica de mil ângulos.

5º Degrau / Morfologia / Estrutura dos vocábulos / Questões de provas

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Terceiro momento: 01-E / 02-C / 03-D / 04-C / 05-D / 06-D / 07-B / 08-C / 09-A / 10-B / 11-C / 12-D / 13-A / 14-B / 15-D

Questões de provas: 01-B / 02-B / 03-E / 04-E / 05-E / 06-B / 07-C / 08-B / 09-E / 10-B / 11-E / 12-A / 13-E / 14-A / 15-B

GABARITO

5º Degrau / Morfologia / Estrutura dos vocábulos / Gabarito

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ÚLTIMAS PALAVRAS

Encerramos aqui a primeira das três partes da morfologia, que se ocupa do estudo da estrutura, da formação e da classificação das pala-vras.

Depois do trecho já percorrido ao longo dos primeiros quatro de-graus de nossa sedutora Escada – fonemas, letras, sílabas e acentuação gráfica dos vocábulos –, torna-se exagerado alertar para a necessidade de compreensão absoluta do conteúdo que aqui se encerra. Contudo, que se peque pelo excesso, nunca pela omissão: se algum detalhe não fi-cou suficientemente claro, reveja o vídeo, reestude o conteúdo, refaça os exercícios, ponha-se a par do todo tratado até aqui. Afinal, no Português Lógico, de fato, ninguém passa impune por qualquer descuido.

Na sequência estudaremos a formação dos vocábulos e, para fa-zê-lo, teremos de ser competentes para o emprego de cem por cento dos envolvidos no conhecimento de sua estrutura. Não se haverá de falar em derivação prefixal e sufixal, por exemplo, sem se ter conhecimentos ple-nos sobre prefixos, radicais e sufixos.

Parabéns pela inteligência, pela perseverança, pela persistência e pela vontade de crescer culturalmente.

Um abraço!

Prof. Ironi Andrade

5º Degrau / Morfologia

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5º DEGRAUFormação dos vocábulos

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INÍCIO DE CONVERSA

Já sabemos – e bem – que o idioma pátrio divide-se em três partes: fonética, morfologia e sintaxe.

Sabemos, também, que, no estudo da primeira delas – fonética –, foram vencidos, lógica e sequencialmente, os quatro primeiros de-graus da encantadora Escada do Português Lógico.

Agora, encontramo-nos na segunda parte – morfologia – e, dos três aspectos morfológicos – estrutura, formação e classificação das palavras –, já vencemos o primeiro, a estrutura.

É hora, pois, de iniciarmos o estudo da formação dos vocábu-los, isto é, de vermos como os elementos estruturais – radical, vogal temática, prefixo, sufixo, vogal e consoante de ligação e desinência – se combinam para a formação dos vocábulos necessários à nossa comunicação.

Fica claro, assim, que mais não faremos do que pôr em prática, mais uma vez, aquilo que acabamos de estudar. Em caso de dúvidas, então, não vacile: reveja o vídeo anterior, reestude o último capítulo e bom proveito!

Prof. Ironi Andrade

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Pois bem, agora já conhecemos as peças que, ajustando-se, se acomodam na estrutura de um “relógio comunicativo”, não é mesmo?

Deve ter ficado claro, aliás, que, ao falarmos ou escrevermos, tal qual um relojoeiro, nós também vamos juntando “peças” (radical, vogal temática, prefixo, sufixo, vogal e consoante de ligação, desinências) e, com elas, acabamos montando nossos “relógios da comunicação”.

Mas, pensando bem, de que forma essas “montagens” podem ocorrer? Ora, ora, elas ocorrem a partir de dois processos.

1. Processo de derivação O processo derivativo é aquele que, partindo de um único radical, nós alteramos ou acrescentamos sentidos às palavras de modo que elas representem, tanto quanto possível, com exatidão nossas ideias.

Essa derivação poderá ser:

1.1 Prefixal Partindo de uma palavra de domínio prévio, antepõe-se-lhe um elemento prefixal, atri-buindo-lhe o sentido novo de que precisamos para a representação exata de nossa forma de pensar.

Exemplos: in + feliz = infeliz / super + fácil = superfácil / infra + estrutura = infraestrutu-ra.

1.2 Sufixal Partindo de uma palavra de domínio prévio, antepõe-se-lhe um elemento sufixal, atri-buindo-lhe o sentido novo de que precisamos para a representação exata de nossa forma de pensar.

Exemplos: feliz + mente = felizmente / fácil + inho = fácilzinho / estrutura + ção = estru-turação.

FORMAÇÃO DOS VOCÁBULOS

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1.3 Prefixal e Sufixal Este processo, frequentemente confundido com a parassíntese, consiste em formar pa-lavras novas mediante anteposição de prefixo e posposição de sufixo, concomitantemente.

Exemplos: in + feliz + mente = infelizmente / des + leal + dade = deslealdade.

Nota: para se encaixar neste processo derivativo, há necessidade de que, retirando quer o prefixo, quer o sufixo, quer o prefixo e o sufixo, a parte restante mantenha significado: infeliz, felizmente, feliz; desleal, lealdade, leal.

1.4 Parassintética Pouquissimamente diferente da derivação prefixal e sufixal, na parassíntese também se acrescem, simultaneamente, prefixo e sufixo com o objetivo de criar palavra nova. Aqui, toda-via, retirado qualquer desses elementos, o sentido do novo vocábulo se esvai.

Exemplos: en + trist + ecer = entristecer (não existe entriste, tampouco tristecer) / des + alm + ado = desalmado (não existe desalma, tampouco almado).

1.5 Regressiva A derivação regressiva ocorre quando a palavra nova é formada mediante supressão de fonemas, considerando a antiga que lhe dá origem. Por este processo, formam-se os cha-mados substantivos deverbais, isto é, substantivos que derivam regressivamente (mediante supressão de fonemas) de verbos.

Exemplos: caça (de caçar) / pesca (de pescar) / combate (de combater), choro (de chorar).

1.6 Imprópria É chamada imprópria a derivação mediante a qual se altera a classe gramatical de determinado vocábulo. Este fenômeno é domínio necessário na medida em que afeta vários assuntos sintáticos.

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Exemplos:

a) Um não (substantivo) mantém-se (ênclise) negativo enquanto não (advérbio) se altera (próclise) seu significado.

b) Meu porquê (substantivo) manteve-se (ênclise) intocado porque (conjunção) se constatou (próclise) a correção de seu uso.

c) Cantar (substantivo) é viver (adjetivo).

2. Processo de composição Conforme destacado na introdução ao capítulo formação das palavras, há dois proces-sos segundo os quais formamos vocábulos novos a fim de conseguirmos expressar todas as nossas ideias: a derivação e a composição.

Trinchado, com conceitos e exemplos, o primeiro (derivação), vejamos agora como se compõem novos vocábulos a partir da composição.

Enquanto, no processo derivativo, se parte de um único radical, no composicional, agrupam-se dois ou mais radicais a fim de se alterar ou acrescentar sentidos às palavras de modo que elas representem, tanto quanto possível, e com exatidão, nossas ideias.

Essa composição poderá ser de dois tipos:

2.1 Por justaposição Este é o processo mediante o qual reúnem-se dois ou mais vocábulos com o objetivo de formar outro novo, sem que haja alteração na estrutura de nenhum deles, isto é, não há qual-quer alteração, quer no final de um, quer o início do outro, pois ocorre uma combinação justa, perfeita, exata.

Exemplos: couve + flor = couve-flor / amor + perfeito = amor-perfeito / ano + luz = ano--luz...

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Nota: o texto da última Reforma Ortográfica – janeiro de 2009 – é claro: “Certos compos-tos, em relação aos quais se perdeu, em certa medida, a noção de composição, grafam-se aglu-tinadamente: girassol, madressilva, mandachuva, pontapé, paraquedas, paraquedista, etc.

Fica evidente, assim, não ser obrigatoriamente necessário o emprego do hífen nos com-postos por justaposição.

2.2 Por aglutinação Diferentemente da formação de vocábulos novos pelo processo de justaposição, em que não ocorre alteração de estrutura em nenhum dos vocábulos envolvidos; no processo forma-tivo por aglutinação, uma ou todas as palavras envolvidas perderão ou receberão letras, fone-mas.

Exemplos: boca + aberta = boquiaberta / água + ardente = aguardente / plano + alto = planalto.

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Primeiro momento: que belo e instrutivo texto!

TEXTOS E TESTES

As Palavras

Eu estava ao computador, após visitar meus netos, Luíza, Letícia e Luan, e haver ensinado um pouco do dever de casa à primeira. Veio-me, então, à cabeça fazer um pequeno dicionário para que eles entendessem mais profundamente, sem a formalidade das regras gramaticais, ou amarras filosóficas, o significado de algumas palavras importantes na vida de qualquer pessoa. Engraçado é que esse exercício me levou a uma séria reflexão sobre a po-breza das palavras, notadamente quando queremos expressar nossos sentimen-tos.

O que sentimos é imensamente mais belo e rico, de mais profundidade do que aquilo que conseguimos grafar.

Parece que quanto mais simples somos em nossa comunicação, mais nos fazemos entender e mais tocamos a corda do sentimento de quem nos lê ou es-cuta.

Mas é difícil dizer tudo o que pensamos.

Rubem Alves

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Segundo momento: dominando o vocabulário!

Formalidade: cerimônia, etiqueta, seriedade.

Amarra: rigidez, formalismo.

Reflexão: ato de refletir, meditação.

Grafar: dar forma escrita a, escrever, ortografar.

Tocar: atingir, comover, instigar.

Terceiro momento: lendo, interpretando, compreendendo o texto!

01. Com o texto, o autor quis mostrar que...

a) crianças têm dificuldade de aprendizagem porque não dominam o vocabulário;

b) ele dominava pouquíssimo o vocabulário;

c) somente os adolescentes amam as palavras;

d) pensamentos e palavras são coisas muito distintas;

e) as pessoas têm sentimentos belíssimos, mas não têm vocabulário para expressá-los.

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02. Pelo contexto dá para depreender que o autor...

a) era, em muito, ignorante e nem imaginava que as palavras pudessem ser pobres;

b) era um pouco ignorante e demonstrou que lia pouco, pois nem sabia que as pa-lavras eram pobres;

c) era leitor assíduo, pois lia, em média, dois livros por semana;

d) era um verdadeiro filósofo, pois refletia muito sobre a pobreza das palavras;

e) era extremamente sábio e descobriu, por si só, que as palavras eram pobres.

03. A única expressão que não se refere à pobreza das palavras é:

a) “...notadamente quando queremos expressar nossos sentimentos.”;

b) “O que sentimos é imensamente mais belo e rico”;

c) “de mais profundidade do que aquilo que conseguimos grafar.”;

d) “Engraçado é que esse exercício me levou a uma séria reflexão”;

e) “Mas é difícil dizer tudo o que pensamos!”.

04. É conhecidíssima a teoria segundo a qual todo texto é uma tentativa frustrada de se dizer alguma coisa. Várias vezes isso fica claro em As Palavras. Marque, dentre as passagens destacadas abaixo, a única que não se associa a esse fato:

a) ...e haver ensinado um pouco do dever de casa à primeira.

b) ...sobre a pobreza das palavras...

c) ...notadamente quando queremos expressar nossos sentimentos.

d) ...que sentimos é imensamente mais belo e rico...

e) ...de mais profundidade do que aquilo que conseguimos grafar.

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05. Assinale, dentre as palavras sugeridas, aquela cujo emprego não fere os preceitos da sinonímia:

a) Eu estava ao computador (linha 01) / Eu estava no computador;

b) Veio-me, então, à cabeça (linha 02) / Veio-me, então, a cabeça;

c) ... ou amarras filosóficas (linha 04) / ou correntes filosóficas;

d) ... para que eles entendessem (linhas 03) / a fim de que os netinhos entendes-sem;

e) Engraçado é que esse exercício (linha 06) / Engraçado é fazer um pequeno di-cionário.

06. A correção regencial de Eu estava ao computador só não é quebrada em qual das opções?

a) Eu me sentei à mesa.

b) Ele estava no telefone.

c) O motorista adormeceu no volante.

d) Sentei-me no computador e resolvi fazer um pequeno dicionário.

e) Ele parou na porta e falou a todos os presentes.

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07. Marque a opção incorreta:

a) Um estrangeiro, mesmo tendo dificuldade de identificar o sexo das pessoas a partir do nome delas, pela primeira linha do texto poderia inferir que, ao menos uma das três referidas, era masculina.

b) Pela primeira linha do texto é possível inferir que o autor tinha outros netos, além dos três referidos por ele.

c) O trecho “Veio-me, então, à cabeça” poderia ser reescrito, sem prejuízo de signi-ficado, assim: “Veio-me, então, a cabeça”.

d) A expressão “algumas palavras” (linha 05) poder-se-ia ligar, num ajuste semânti-co, a “pequeno dicionário” (linha 03).

e) Em “O que sentimos é imensamente mais belo e rico”, o autor estabelece uma relação com a pobreza das palavras.

08. Marque a opção em que não ocorre derivação sufixal:

a) computador;

b) dicionário;

c) profundamente;

d) formalidade;

e) qualquer.

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09. Assinale a opção que apresenta um vocábulo formado pelo processo de derivação prefixal:

a) gramaticais;

b) filosóficas;

c) engraçar;

d) importantes;

e) entender.

10. A partir de vocábulos presentes no texto, proceder-se-á à formação de novos. Marque a única opção em que o processo usado não recebeu destaque apropriado:

a) visitar (linha 01): revisitação – composição por aglutinação;

b) netos (linha 01): sobrinhos-netos – composição por justaposição;

c) cabeça (linha 02): cabeça-chata – composição por justaposição;

d) filosóficas (linha 04): filosófico-literárias – composição por aglutinação;

e) palavras (linha 05): palavras-chave – composição por justaposição.

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01. Assinale a alternativa que corresponda ao conceito de composição por justaposição:

a) combinação de dois ou mais radicais, que sofrem alteração na sua forma fonoló-gica: perna + longo = pernilongo;

b) combinação de dois ou mais radicais, os quais não sofrem alteração na sua forma fonológica, ou seja, não há mudança nos fonemas originais: amor + perfeito = amor-perfeito;

c) processo de criação de novas palavras para atender às necessidades de expres-são dos falantes: deletar, por exemplo;

d) processo de utilização de palavras de outras línguas, que se incorporam à nossa com o passar do tempo e em virtude do uso reiterado: shopping é um exemplo disso;

e) processo pelo qual se forma uma nova palavra por eliminação de parte de outra já existente: Floripa por Florianópolis.

02. O processo de formação de desdizer, expatriar, mestre-sala e bondoso é, respectivamente, de:

a) derivação / derivação / composição / composição;

b) composição / composição / derivação / composição;

c) derivação / composição / composição / derivação;

d) derivação / derivação / composição / derivação;

e) derivação / derivação / derivação / derivação.

QUESTÕES DE PROVAS

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03. Pernilongo, pontapé, pontiagudo e alto-falante são compostas por:

a) aglutinação / aglutinação / aglutinação / justaposição;

b) aglutinação / aglutinação / aglutinação / aglutinação;

c) justaposição / justaposição / justaposição / aglutinação;

d) aglutinação / justaposição / aglutinação / justaposição;

e) justaposição / justaposição / aglutinação / aglutinação.

04. Endurecer, repensar, dito (s) e combate são formadas pelo processo de derivação:

a) parassintética / prefixal / imprópria / regressiva;

b) sufixal / prefixal / regressiva / imprópria;

c) prefixal / prefixal / regressiva / imprópria;

d) prefixal / prefixal / regressiva / regressiva;

e) parassintética / prefixal / regressiva / regressiva.

05. Os termos planalto e petróleo formam-se por:

a) aglutinação;

b) justaposição;

c) sobreposição;

d) justaposição e aglutinação;

e) aglutinação e justaposição.

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06. Nas palavras incomunicável e perturbável temos um processo de formação:

a) prefixal e sufixal;

b) parassintético e sufixal;

c) por justaposição e por aglutinação;

d) prefixal e parassintético;

e) regressivo e sufixal.

07. Na frase O girassol da vida e o passatempo do tempo que passa não brincam nos lagos da lua, temos:

a) dois elementos formados por justaposição;

b) um elemento formado por justaposição e outro por interposição;

c) dois elementos formados por aglutinação;

d) um elemento formado por aglutinação e outro por prefixação;

e) dois elementos formados por aglutinação.

08. Marque a opção em que aparece um vocábulo formado pelo processo de derivação prefixal e sufixal:

a) interesse;

b) tribunal;

c) respondeu;

d) incerteza;

e) despesas.

5º Degrau / Morfologia / Formação dos vocábulos / Questões de provas

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09. Ambas as palavras são formadas pelo processo de aglutinação em:

a) aguardente, planalto;

b) amor-perfeito, passatempo;

c) madrepérola, cachorro-quente;

d) guarda-roupas, pernilongo;

e) bem-me-quer, girassol.

10. Marque a única opção cujo vocábulo não é formado pelo processo de aglutinação:

a) aguardente;

b) planalto;

c) beija-flor;

d) embora;

e) pernilongo.

5º Degrau / Morfologia / Formação dos vocábulos / Questões de provas

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Terceiro momento: 01-D / 02-E / 03-D / 04-A / 05-E / 06-A / 07-C / 08-E / 09-C / 10-A

Questões de provas: 01-B / 02-D / 03-D / 04-E / 05-A / 06-B / 07-A / 08-D / 09-A / 10-C

GABARITO

5º Degrau / Morfologia / Formação dos vocábulos / Gabarito

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ÚLTIMAS PALAVRAS

Vista e exercitada a estrutura das palavras, chegou a hora de en-tendermos como aquelas “peças” – radical, vogal temática, prefixo, sufixo, vogal e consoante de ligação e desinências – se ajustavam no interior de cada vocábulo.

Avançamos, então, e vimos, a formação dos vocábulos. Nesse mo-mento, entendemos perfeitamente, que, ora pelo processo de derivação – formação de vocábulo novo a partir de um radical –, ora no processo de composição – formação de vocábulo novo em torno de dois ou mais radi-cais já existentes – novos vocábulos vão-se formando.

Ora, já conhecedores da estrutura e da formação das palavras, nada mais sequencial e mais lógico do que classificá-las na próxima etapa de nosso estudo.

Antes disso, todavia, precisamos refazer o já tradicional alerta: acaso não tenha ficado tudo muito claro, reveja os dois últimos vídeos, refaça as atividades recomendadas, reestude o assunto. Afinal, o tempo de decorar assuntos gramaticais, sem ligar uns aos outros, acabou.

Muita persistência, muito estudo, que vale a pena!

Prof. Ironi Andrade

5º Degrau / Morfologia

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5º DEGRAUClassificação dos vocábulos

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INÍCIO DE CONVERSA

Meu amigo, meu aliado, meu parceiro, que momento o atual! Sem nenhum medo de errar, eu garanto: nunca, em toda sua vida, e independentemente de seu nível ou campo de conhecimento, você estudou algum assunto que lhe pudesse acrescentar tanto quanto este que se inicia.

Com a experiência de mais de 45 anos de magistério na área de Língua Portugue-sa, de quase 30 anos de elaboração de provas a concursos públicos e vestibulares, além da montagem de dezenas de apostilas em cursos pré-vestibulares e de preparação a concursos, não me resta qualquer resquício de dúvida: enquanto não for revisto o ensino das classes gramaticais, ninguém progredirá no aprendizado do idioma pátrio!

Afinal, é aqui que se lançam as bases para a compreensão de todos os assuntos sintáticos: regência verbal, regência nominal, crase, análise sintática interna, análise sin-tática externa, concordância verbal, concordância nominal, vozes verbais, colocação dos pronomes oblíquos átonos e pontuação.

Num exercício de lógica, releia o parágrafo anterior e faça-se esta pergunta: são ou não são os conteúdos sintáticos meu grande entrave na compreensão da Língua Por-tuguesa? A resposta, com absoluta certeza, seria tão óbvia quanto a pergunta: são!

Na esteira desse raciocínio, encaminho-lhe outra pergunta e dou-lhe, de pronto, outra resposta: você conhece o porquê dessa sua dificuldade? Simplesmente porque você decorou muita coisa e não aprendeu praticamente nada acerca das classes gramaticais!

Então, prepare-se, meu amigo, meu aliado, meu parceiro de estudos: inicia-se aqui uma verdadeira revolução no estudo, na compreensão e na aprendizagem do seu, do meu, do nosso idioma pátrio!

Bons estudos e sucesso!

Prof. Ironi Andrade

5º Degrau / Morfologia / Classificação dos vocábulos

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Embora se faça, talvez, desnecessário retomar a sequência lógica com que nosso estudo está-se desenvolvendo, nunca, também, será demais reavivar a memória.

Vencida a fonética – parte da gramática que se ocupa do estudo dos sons: fonemas, le-tras, sílabas e acentuação gráfica –, entramos na morfologia.

Nela, que estuda a estrutura, a formação e a classificação das palavras, já vencemos duas das três etapas: trinchamos a estrutura e a formação dos vocábulos.

Ora, depois de conhecermos as partes que compõem os vocábulos – radical, vogal temá-tica, prefixo, sufixo, vogal e consoante de ligação e desinências – e os processos segundo os quais eles se formam – derivação e composição –, é hora de classificá-los, encaixando-os nas classes gramaticais.

Existem, em Língua Portuguesa, dez classes gramaticais:

a) substantivo;

b) artigo;

c) pronome;

d) numeral;

e) adjetivo;

f) verbo;

g) advérbio;

h) preposição;

i) conjunção; e

j) interjeição.

CLASSIFICAÇÃO DOS VOCÁBULOS

5º Degrau / Morfologia / Classificação dos vocábulos

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Dessas, seis são variáveis, isto é, flexionam-se, em gênero (masculino e feminino), em nú-mero (singular e plural), em grau (aumentativo e diminutivo, para o substantivo; comparativo e superlativo, para o adjetivo); em modo, tempo, pessoa e número, para o verbo:

a) substantivo;

b) artigo;

c) pronome;

d) numeral;

e) adjetivo; e

f) verbo.

As outras quatro, por sua vez, são invariáveis, ou seja, não aceitam flexão em gênero, número ou grau:

a) advérbio;

b) preposição;

c) conjunção; e

d) interjeição.

Convém lembrar que essa classificação é importantíssima, pois, numa visão moderna e atualizada do idioma, há que se desconsiderarem as listas de substantivos, adjetivos, verbos, advérbios, e assim por diante. Não há, por exemplo, nenhum vocábulo da Língua Portugue-sa – mulher, amor, bonito, feio, cantar, amar, sim, não, nunca, jamais, pois, já, oh... – que seja sempre substantivo, adjetivo, verbo, ou, então, que nunca possa pertencer a uma determinada classe. Cada caso é sempre um caso, e as classes só poderão ser determinadas nos casos con-cretos.

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O que ocorre, para citarmos apenas dois exemplos, com palavras como bastante e meio, que rotineiramente oferecem dúvidas quanto a seu correto emprego, é simples: empregadas como qualquer uma das seis primeiras classes, flexionar-se-ão; mas, empregadas como qual-quer uma das últimas quatro, não.

Exemplos:

Bastantes (pronome) meninas, bastante (advérbio) interessadas, colheram ensinamen-tos bastantes (adjetivo) da experiência realizada.

Meio (advérbio) confusas, as meninas usaram meias (adjetivo) palavras e não convence-ram as colegas meio (advérbio) desconfiadas que as escutavam.

É vital, pois, relembrar que de nada valerá a pretensão futura de desbravar qualquer assunto sintático – regência verbal, regência nominal, crase, análise sintática interna, análise sintática externa, concordância verbal, concordância nominal, colocação pronominal, vozes verbais ou pontuação – sem as habilidades necessárias para a correta identificação das classes gramaticais.

Observe, no primeiro exemplo:

1° bastante: sendo pronome, será variável, na concordância nominal, e será adjunto ad-nominal, na análise sintática interna.

2° bastante: como é advérbio, na classe, será invariável, na concordância nominal, e será adjunto adverbial, na análise sintática interna (todo advérbio, na análise morfológica, funciona-rá como adjunto adverbial na análise sintática interna).

3° bastante: como, na análise morfológica, é adjetivo, será variável, na concordância nominal, e exercerá a função de adjunto adnominal, na análise sintática interna (o adjetivo, na morfologia, ou será adjunto adnominal, ou será predicativo, na análise sintática interna).

Da mesma forma:

1° meio: em sendo advérbio, na classe, será invariável, na concordância nominal, e fun-cionará como adjunto adverbial, na análise sintática interna. Acaso seja uma locução adverbial

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– duas ou mais palavras com valor de um advérbio – o examinador poderá cobrar, na hora da prova, como simples advérbio, ou como locução adverbial, ou como adjunto adverbial, ou, ain-da, como oração subordinada adverbial.

2° meio: em sendo adjetivo, na classificação das palarvas, será variável, na concordância nominal, e funcionará como adjunto adnominal, na análise sintática interna (acaso seja uma lo-cução adjetiva – duas ou mais palavras com valor de um adjetivo – o examinador poderá cobrar como adjetivo, ou locução adjetiva, ou adjunto adnominal, ou oração subordinada adjetiva, na hora da prova, que serão tudo a mesma coisa).

3° meio: como é advérbio, na classe, será invariável, na concordância nominal, e funcio-nará como adjunto adverbial, na análise sintática interna. Acaso seja uma locução adverbial – duas ou mais palavras com valor de um advérbio – o examinador poderá cobrar como sim-ples advérbio, ou como locução adverbial, ou como adjunto adverbial, ou, ainda, como oração subordinada adverbial, na hora da prova.

Ocorre, então, e como se pôde ver, um encadeamento perfeito entre classes gramaticais e conteúdos sintáticos. Ante essa realidade, a conclusão é óbvia: dificuldade ou desconheci-mento da análise morfológica inviabiliza a compreensão de toda a sintaxe.

Assim, e cada vez mais, o domínio de qualquer conteúdo novo representará um novo plantio cuja colheita dar-se-á num novo colher-plantar.

Importantíssimo: na listagem dos conteúdos programáticos de Língua Portuguesa de praticamente todos os concursos – públicos, Enem, vestibulares –, aparece a expressão mor-fossintaxe, que a maioria dos candidatos sequer sabe que existe, menos ainda do que se trata. Ora, ora, é justamente essa correspondência demonstrada e existente entre cada classe gra-matical – morfologia – e suas respectivas funções em todos os conteúdos sintáticos – sintaxe: morfossintaxe.

Com esse espírito, e de cabeça bem erguida e aberta, iniciemos o estudo de cada uma das dez classes gramaticais.

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Classe gramatical variável, o substantivo será representado por qualquer vocábulo da Língua Potuguesa (nada de homem, mulher, casa, automóvel...), se determinado por um ar-tigo, um pronome, um numeral, ou, então, modificado por um adjetivo (esqueçamos, pois, aquelas expressões ininteligentes, como adjetivos substantivados, porquês substantivados, e assim por diante!).

É certo, todavia, que o substantivo não necessitará de determinantes (artigo, pronome, numeral, ou, então, de modificador, adjetivo) para caracterizá-lo, mas isso será explicitado em momento oportuno. Por ora, fixemos isto: qualquer vocábulo da Língua Portuguesa poderá ser substantivo. Não há nenhum que o seja sempre, tampouco algum que nunca possa sê-lo.

Exemplos:a) O menino estudioso chegou cansado.

Nesse caso, temos o substantivo menino (determinado pelo artigo o) e modificado pelos adjetivos estudioso e cansado.

Mas observe:

O estudioso parece menino.

Agora, determinado pelo artigo, estudioso é substantivo e seu modificador, menino, adjetivo.

Conclusão: nem menino, nem estudioso são substantivo ou adjetivo por seus signifi-cados, mas, sim, pelo tipo de frase em que foram empregados. Logo, nada de listas disso ou daquilo!

SUBSTANTIVO

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b) O bonito parecia-me feio.

Pode-se observar, no exemplo acima, o vocábulo bonito, que ponteia praticamente todas as listas exemplificativas de adjetivos, como um autêntico substantivo, pois está determinado pelo artigo (o) e modificado pelo adjetivo (feio).

Ademais, na inversão dos papéis (O feio parecia-me bonito.), invertem-se também as classes gramaticais: feio passa a substantivo e bonito, a adjetivo. Não são, pois, e de fato, os vocábulos, em si, que determinam as classes, mas a função deles nos casos concretos.

c) Meu cantar é viver.

Na frase acima, em vez de três, há somente um verbo. Temos, nela cantar como subs-tantivo (determinado pelo pronome meu) e viver como adjetivo (modificador do substantivo cantar).

Mas observe:

Meu viver é cantar.

Já, nesse caso, viver é substantivo (determinado pelo pronome meu) e cantar é adjetivo (modificador do substantivo viver).

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d) Dez homens pareciam mulheres.

Veem-se, aí, o substantivo homens (determinado pelo numeral dez) e o adjetivo mulhe-res (modificador do substantivo).

Mas observe:

Dez mulheres pareciam homens.

Agora, mulheres, antes adjetivo, é um autêntico substantivo (determinado pelo numeral dez) e homens, antes substantivo, agora autêntico adjetivo (modificador do substantivo mu-lheres).

Há que se raspar do cérebro, pois, toda e qualquer lista em que se nomeiem verbos, adje-tivos, substantivos, pronomes, e assim por diante. Inteligentíssimo, no estudo do substantivo, será trabalhar com determinantes (artigo, pronome e numeral) e determinado (substantivo); modificador (adjetivo) e modificado (substantivo).

Afinal, na sintaxe, será fácil compreender que, em termos de concordância, o acessório (determinantes e modificadores) sempre seguirá o principal (concordando com ele) e, na aná-lise sintática, os determinantes serão sempre adjuntos adnominais e o modificador, ora (junto do substantivo) adjunto adnominal, ora (separado dele) predicativo.

Continue observando:

a) O quê e o sê possuem múltiplas funções.

Aí temos os vocábulos quê e sê (determinados por artigos) como substantivos. Noutras construções figurarão como outras classes gramaticais.

Observação: como substantivos, esses vocábulos encaixam-se na regra dos monossíla-bos tônicos e, assim, devem ser acentuados.

Ainda: como substantivos não atrairão o pronome oblíquo átono para antes do verbo.

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O quê classifica-se como substantivo desde que se faça acompanhar de artigo, pronome ou numeral.

O se preocupar-me-á só se me for difícil determinar sua classe gramatical.

b) Um não ou um jamais desencorajam-me.

Nessa construção, não e jamais, listados como advérbios de negação pelas gramáticas tradicionais, apresentam-se como genuínos substantivos (determinados pelo artigo indefini-do um) e, como substantivos, eles perdem o poder atrativo sobre o pronome oblíquo átono me, inviabilizando a próclise.

c) O bonitão falou bonito.

Observe-se que bonitão, aumentativo de bonito, foi flexionado corretamente, pois, de-terminado pelo artigo, é substantivo. Enquanto isso, bonito, modificador do verbo falar, é advérbio. Então, e de fato, adeus listas!

d) Este sim e aquele não significam um jamais.

No caso acima, em vez de um advérbio de afirmação, sim, e dois advérbios de nega-ção, não e jamais, temos três substantivos. Afinal, esses vocábulos estão determinados por pronomes (os dois primeiros) e por artigo (o último).

As consequências disso, mais adiante, serão enormes: na concordância, esses vocábu-los serão variáveis; na análise sintática interna, em vez de três adjuntos adverbiais, teremos dois sujeitos (sim e não) e um objeto direto (jamais).

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e) Este não preocupa-me; aquele jamais encoraja-me.

Armadilha de concursos, a colocação do pronome oblíquo átono (me), nesse caso, está corretíssima. Afinal, não e jamais, determinados por pronomes (este e aquele) são autên-ticos substantivos e, como tais, não exercem poder atrativo sobre o oblíquo, inviabilizando, assim, a prática da próclise.

f) Este alguém e aquele ninguém, segundo o professor, são sujeitos.

Agora, os tradicionais pronomes indefinidos alguém e ninguém, determinados pelos pronomes demonstrativos este e aquele, assumem a classificação de substantivos.

g) O para, na frase escrita no quadro, não tinha função sintática, pois era uma pre-

posição.

Vemos, agora, o para, que ora é rotulado de verbo, ora aparece como exemplo de pre-posição, na genuína condição de substantivo (determinado pelo artigo).

Observações:

1ª) ao invés de decorarmos listas absurdas e sempre duvidosas de substantivos, será infinitamente mais prático, inteligente, correto e lógico aprendermos a identificá-los nos casos concretos (nas frases);

2ª) para reconhecê-los, sem o ranço das listas inúteis, temos de sempre lembrar que qualquer vocábulo da Língua Portuguesa, uma vez determinado por artigo, pronome, numeral, ou, então, modificado por adjetivo, será substantivo;

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3ª) para não causar confusão, porém, é preciso destacar que, como classes que são (as demais são subclasses, pois só existem a partir da existência deles), o substantivo e o verbo, se vierem determinados ou modificados, tanto melhor, mas independem de determinantes ou modificadores para serem classificados como tais; e

4ª) diante dessas constatações, podemos inferir que qualquer vocábulo desacompanha-do de determinante ou de modificador será verbo ou substantivo. Veja os exemplos que se seguem:

a) Comi frutas.

Ora, não existe, nessa frase, qualquer determinante ou modificador. Diante disso, e por lógico, ou essas palavras são verbo ou substantivo. Como a primeira delas (comi) contém a ideia de ação, é verbo; a segunda (frutas), justamente por não ser verbo, só pode ser substantivo.

b) Alugo casas e vendo apartamentos.

Aqui temos cinco vocábulos e, em dois deles, há ideia de ação (alugo e vendo). Isso, natu-ralmente, nos remete à ideia de verbos. Entre os segmentos verbalizados (orações), proceden-do à união, à ligação, à junção de uma oração com a outra, está a conjunção (e). Restam-nos, assim, as palavras casas e apartamentos. Considerando que elas não estão determinadas, tampouco modificadas, e não são verbos, resta-lhes a denominação de substantivos.

c) Boi e vaca produzem carne.

Novamente estamos diante de uma frase composta por cinco palavras. Uma delas (e) faz a junção do vocábulo boi com o vocábulo vaca e, por fazer essa junção, chama-se conjunção. Outra delas, flexionada em tempo, modo, número e pessoa (produzem) é verbo. Restam, ago-ra, as palavras boi, vaca e carne que, despidas de determinantes e, também, de modificado-res, funcionam como substantivos.

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Observações:

1ª) é imperiosamente urgente despojar-se de toda e qualquer lista que trate de classes de palavras, pois somente os casos concretos (as frases: quinto degrau da Escada) pode-rão caracterizá-las;

2ª) urge que, em vez de se falar em expressões substantivadas, se nomeiem logo as ver-dadeiras classes gramaticais; e

3ª) aprende-se mais facilmente e melhor quando se trabalha, sem disfarces, com a mor-fossintaxe, e será o que faremos daqui para o futuro.

Exercício 01:

Nas frases que se seguem, faça um círculo nos substantivos:

a) Um homem, uma mulher e um cãozinho charmoso buscavam um refúgio seguro.

b) Um não ou um jamais equivalem a um grande desprezo.

c) O cantar do menino espantou os pássaros do pátio.

d) Este porquê parece um quê, mas é diferente de um sê.

e) O ontem não volta, o hoje anda lentamente e o amanhã somente Deus sabe o que será.

f) O humildemente soou em meus ouvidos como uma ironia.

g) Esse tranquilamente pareceu-me um rapidamente.

h) O sim e o não, nesses casos, perturbam a mente humana.

i) O eu e o tu são, normalmente, dois pronomes.

j) Cantar é viver; chorar representa morte em vida.

k) O andar do idoso é um lento distanciar-se da agilidade.

l) Um meu primeiro amor verdadeiro já fugiu da minha primeira camada consciente.

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1. Classificação

De acordo com a forma com que se apresentam, os substantivos obedecem a uma clas-sificação que já é histórica na gramática tradicional.

1.1 Próprio

Substantivos próprios são aqueles que, dentro de uma determinada espécie, nomeiam, de forma especificada, cada um dos seres que dela fazem parte. Daí vêm os nomes das pes-soas, dos municípios, dos estados, dos países, dos continentes, rios, e assim por diante.

Exemplo:

Jesualda saiu de Passo Fundo, foi à Paraíba e, depois, à Europa, onde conheceu o rio Reno. Casada com Eufrosino, ela deu à luz três filhos: Andrezinho, Virgulino e Anastácio.

1.2 Comum Substantivos comuns, ao contrário dos próprios, têm por finalidade nomear todos os seres dentro de uma determinada espécie.

Exemplo:

Jesualda é uma mulher; Passo Fundo, uma cidade; Paraíba, um estado; Brasil, um país; Europa, um continente; Reno, um rio; Eufrosino, um homem...

1.3 Concreto O substantivo concreto serve para designar seres cuja existência é garantida por eles próprios, isto é, independem de outros seres para existirem. Ele designa pessoas, objetos, ani-mais, vegetais, minerais, lugares que existem no mundo real ou, então, que nossa mente os faz como tais.

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Exemplo:

Uma escrivaninha, uma cadeira e um computador era tudo o que existia na sala da secretária do empresário que caçava sereias, lobisomens e até o diabo.

1.4 Abstrato Contrastando com o concreto, o substantivo abstrato designa seres cuja existência de-pende de outros seres, isto é, diferentemente do substantivo concreto, o abstrato não tem existência própria.

Exemplo:

A eficiência na profissão é indicada pela felicidade de quem executa sua atividade pro-fissional baseado no amor, na dedicação, no esmero e na competência.

1.5 Simples Formado por apenas um radical, o substantivo simples é aquele que não passou pelo processo de composição, quer por justaposição, quer por aglutinação.

Exemplo:

O amor pelo dinheiro não conduz à felicidade, mas é indispensável ao bem-estar do florista, do guarda-noturno, do professor, do guarda-livros e do eletricista que, no planalto, consome aguardente.

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1.6 Composto Enquanto o substantivo simples não passou pela composição, quer por justaposição, quer por aglutinação, o composto forma-se a partir desse processo: dois ou mais radicais, aglutinados ou justapostos, formam um novo vocábulo.

Exemplo:

O amor pelo dinheiro não conduz à felicidade, mas é indispensável ao bem-estar do florista, do guarda-noturno, do professor, do guarda-livros e do eletricista que, no planalto, consome aguardente.

1.7 Primitivo Substantivo primitivo é aquele que, formado por um só radical, não se submeteu a ne-nhum dos processos de derivação.

Exemplo:

Os livros da livraria e o jornal dos jornalistas continham um sinal deixado pelo rato preso na ratoeira e pelo caminhão do peão, que não entendia nada de motor, mas era o mo-torista da peonada.

1.8 Derivado Já o substantivo derivado, embora também se forme a partir de um só radical, submete--se ao processo de derivação. Ele é resultante de um primitivo.

Exemplo:

Os livros da livraria e o jornal dos jornalistas continham um sinal deixado pelo rato pre-so na ratoeira e pelo caminhão do peão, que não entendia nada de motor, mas era o motoris-ta da peonada.

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1.9 Coletivo Reconhece-se como coletivo o substantivo que, a partir de uma forma simples, designa, ora um grupo de seres de uma mesma espécie, ora um grupo de espécies de diferentes seres.

Exemplo:

A boiada (bois) descansava no arvoredo (árvores) e era observada por um bando (crian-ças, aves, bandidos) que conduzia outra manada (bois, cavalos, elefantes) e foi atacada por um enxame (abelhas).

Observação:

Não se haverá de pensar que determinado substantivo pertença a um tipo único dentro dessa classificação, que é geral.

Exemplos: O boi pastava tranquilamente.

• boi: substantivo comum, concreto, simples e primitivo.

O Pintado pastava tranquilamente.• Pintado: substantivo próprio, concreto, simples e derivado.

Somente o amor constrói.• amor: substantivo comum, abstrato, simples e primitivo.

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O arvoredo do Rui instiga minha saudade.• arvoredo: substantivo comum, concreto, simples, derivado e coletivo.

• Rui: substantivo próprio, concreto, simples e primitivo.

• saudade: substantivo comum, abstrato, simples e primitivo.

O guarda-livros Adalberto estima seus girassóis.• guarda-livros: substantivo comum, concreto, primitivo e composto.

• Adalberto: substantivo próprio, concreto, simples e derivado.

• girassóis: substantivo comum, concreto, primitivo e composto.

Exercício 02:

01. Marque a opção em que aparecem três substantivos próprios:

a) O canguru australiano atacou o cãozinho Rex da região amazônica.

b) O canguru Uau, da Austrália, atacou o cãozinho Rex do Amazonas.

c) Rex, um cãozinho brasileiro, saindo do Brasil, foi atacado por um canguru da Aus-trália.

d) Rex e Uau, cão brasileiro e canguru australiano, tentavam devorar-se entre si.

e) Rex, cãozinho, e Uau, canguru, retornaram a seus países de origem: Brasil e Aus-trália.

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02. Assinale a opção que contém somente substantivos derivados:

a) Jornalista australiano, em passagem pelo Brasil, escandalizou-se com as incerte-zas brasileiras.

b) Triste e doente, o menino pobre foi à escola do bairro.

c) Com tristezas e doentio, o alunado buscava escolaridade superior.

d) A superioridade brasileira na escolaridade universitária não convence japoneses e australianos.

e) O dia da caça nem sempre é o dia do caçador.

03. Se os vocábulos que se seguem fossem substantivos, em qual opção haveria somente abstratos?

a) fome / casa / honestidade;

b) saudade / beleza / velhice;

c) crescimento / sede / água;

d) tamanho / homem / altura;

e) menino / meninice / meninado.

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04. Enumere:

I – acervo ( ) conjunto de livrosII – antologia ( ) conjunto de examinadoresIII – atlas ( ) conjunto de mapasIV – biblioteca ( ) conjunto de textos nobresV – banca ( ) conjunto de obras de arte

Agora, assinale a sequência encontrada:

a) I – II – III – IV – Vb) V – IV – II – I – III c) V – IV – I – II – IIId) IV – V – III – I – IIe) IV – V – III – II – I

05. Assinale a opção que apresenta, respectivamente, substantivos simples, composto, simples, composto:

a) Os guris, comendo cachorro-quente, observavam um idoso comendo um pé de moleque.

b) O vinagre consumido na segunda-feira estragou o passatempo dos guris.c) O vaivém até o guarda-roupa inquietou o menino que comia pé de moleque.d) O paraquedas do paraquedista jovem formava um arco-íris.e) O instrumento pontiagudo era semelhante ao desconhecido peixe-espada.

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2. Gênero

Quando, em casos concretos (nunca se deve aceitar, em provas, qualquer gabarito que solicite gênero, número ou grau de vocábulos soltos, simplesmente listados!), identificamos um substantivo, logo vemos se ele aceita flexão para indicar masculino e feminino.

Exemplos:a) Um não daquele menino parece um sim.

Nesse caso, temos três substantivos: não (determinado pelo artigo), menino (determi-nado pelo pronome) e sim (determinado pelo artigo).

Evidentemente que os substantivos não e sim não aceitam flexão em gênero, mas me-nino possui a forma feminina menina.

b) Este cavalo e aquele cachorro são o patrimônio do estancieiro.

Aqui podemos identificar facilmente quatro substantivos: cavalo (determinado pelo pro-nome), cachorro (determinado pelo pronome), patrimônio (determinado pelo artigo) e estan-cieiro (determinado pelo artigo: do = de + o).

Deles, três (cavalo, cachorro e estancieiro) são variáveis em gênero (égua, cachorra e estancieira), mas patrimônio, nesse aspecto, é invariável.

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2.1 Substantivos biformes quanto ao gênero

Entende-se por substantivos biformes quanto ao gênero aqueles que possuem duas for-mas distintas, uma para indicação do masculino e outra para indicação do feminino.

Exemplos:a) O homem e a mulher chegaram cedo.

b) Este professor e aquela professora chegaram cedo.

c) Um boi e uma vaca pastavam no campo.

d) Cavalo bonito e égua gorda são raros.

2.2 Substantivos uniformes quanto ao gênero

Nem sempre, porém, há duas formas distintas para indicar os gêneros masculino e fe-minino. São incontáveis os vocábulos que, usados como substantivos, designam pessoas ou animais de ambos os gêneros com uma única forma.

a) Comuns de dois gêneros

São vocábulos designativos de pessoas que, usados como substantivos, apresentam uma só forma para o masculino e para o feminino, mas o gênero pode ser identificado pela variação do determinante ou do modificador.

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Exemplos: a) O estudante e a estudante são confiáveis.

b) Um motorista e uma motorista foram premiados.

c) Aquele jovem e aquela jovem mereceram destaque escolar.

d) Dentista zeloso e dentista zelosa merecem premiação.

b) Sobrecomuns

Há outros vocábulos, também indicativos de pessoas, que, usados como substantivos, possuem uma só forma para a indicação de ambos os gêneros, sem que os determinantes ou os modificadores variem.

Exemplos:

a) A criança do sexo masculino e a criança do sexo feminino são aplicadíssimas.

b) O indivíduo do sexo masculino e o indivíduo do sexo feminino chegaram cedo à es-cola.

c) O cônjuge do sexo masculino e o cônjuge do sexo feminino relacionam-se muito bem.

d) A pessoa do sexo masculino e a pessoa do sexo feminino são eficientíssimas.

c) Epicenos

Por fim, existem vocábulos que, usados na indicação de animais, também possuem uma só forma para ambos os gêneros.

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Exemplos: a) O jacaré macho e o jacaré fêmea convivem muito bem.

b) A cobra macho e a cobra fêmea viviam na pedreira.

c) Um peixe macho e um peixe fêmea vivem no lago.

d) Aquela formiga macho e esta formiga fêmea são essenciais à natureza.

Exercício 03:

Reescreva as frases que se seguem, flexionando em gênero os substantivos desta-cados em cada uma delas:

01. Um homem, uma mulher e um cãozinho charmoso buscavam um refúgio seguro.

Reescrita: ______________________________________________________________________

02. O bode e o burro fugiram para o deserto.

Reescrita: ______________________________________________________________________

03. A ovelha e a mula seguiam pelo caminho pedregoso.Reescrita: ______________________________________________________________________

04. A esposa visualizou a amiga com seu marido.Reescrita: ______________________________________________________________________

05. O poeta e o sacerdote beijaram as mãos do papa.

Reescrita: ______________________________________________________________________

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06. A cabra e o lobo fugiram do zangão. Reescrita: ______________________________________________________________________

07. Um urso e um burro aproximaram-se de um elefante.Reescrita: ______________________________________________________________________

08. O bacharel tratava bem o faisão.Reescrita: ______________________________________________________________________

09. O javali perseguia o perdigão.Reescrita: ______________________________________________________________________

10. A formiga fugia da baleia.Reescrita: ______________________________________________________________________

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Exercício 04: Acaso os vocábulos abaixo fossem empregados como substantivos e você tivesse de observar a legenda que se segue, como os classificaria?

A) uniformes

B) biformes

01) ( ) estranho

02) ( ) águia

03) ( ) cônjuge

04) ( ) carrasco

05) ( ) comilão

06) ( ) cobra

07) ( ) apóstolo

08) ( ) padre

09) ( ) viajante

10) ( ) visconde

11) ( ) animal

12) ( ) vítima

13) ( ) puxa-saco

14) ( ) aranha

15) ( ) urubu

16) ( ) criatura

17) ( ) tipo

18) ( ) imperador

19) ( ) defunto

20) ( ) réu

21) ( ) anão

22) ( ) crocodilo

23) ( ) profeta

24) ( ) patriota

25) ( ) aspirante

26) ( ) gavião

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Agora que já vimos e já exercitamos o conceito, a formação e o gênero do substantivo, é chegada a hora de darmos mais um passo à frente.

3. Número

Quando falamos em número do substantivo, devemos lembrar sempre singular e plural.

Exemplos:

• Os meninos avistaram uns bois e algumas vacas.

• Os anzóis dos meninos fisgaram os peixes.

• Os guardas-noturnos regam as sempre-vivas.

Em relação ao plural dos substantivos, mostra-se necessário separá-los em dois gran-des grupos: os simples e os compostos.

3.1 Plural dos substantivos simples

Os substantivos simples, de forma geral, pluralizam-se mediante o acréscimo de um s;

Exemplos:

• Os pais pintaram as casas dos filhos.• As mães costuram as roupas das filhas.• As canetas estavam sobre as mesas.

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Além da pluralização de substantivos simples em que ocorre apenas o acréscimo de s, outros casos hão de merecer atenção.

a) Substantivos acabados em l: várias formas de pluralização.

Exemplos: • Os sais eram os únicos males na vida dos animais.• Os tonéis ainda traziam o cheiro dos méis (ou meles). • Os fuzis apontavam para os canis. • Nos paióis havia uns anzóis.• Os azuis eram a cor predileta dos cônsules.

b) Substantivos acabados em ão: várias formas de pluralização.

Exemplos:

• Os limões eram armazenados nos galpões.

• Os tabeliães, descobriu-se, eram charlatães.

• Os cidadãos, muito cristãos, estavam com a bíblia nas mãos.

c) Substantivos acabados em m: substitui-se o m por ns.

Exemplos:

• Os primeiros itens do trabalho desafiavam quaisquer homens.

• Os bombons, de fato, eram os bons da festa.

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d) Substantivos acabados em r ou z: acrescenta-se es.

Exemplos:

• Os mártires usaram seus revólveres e feriram os repórteres.

• As atrizes, durante as gravidezes, fizeram cirurgias nos narizes.

• No futebol, os caracteres dos juniores ainda estão em formação.

e) Substantivos acabados em s: oxítonos, acrescenta-se es; paroxítonos e proparoxíto-nos, invariáveis.

Exemplos:

• Durante todos os meses, a qualidade de gases surpreendeu os fregueses.

• Nos ônibus, o menino consultava seus atlas geográficos.

f) Substantivos acabados em x: invariáveis.

Exemplos:

• A rigidez dos tórax atingiu seus clímax faz pouco.

• As xérox foram enviadas pelos fax.

g) Substantivos no diminutivo plural: pluraliza-se o grau normal e, depois, transfor-mando-se o s em z, obtém-se a forma diminuída.

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Exemplos:

• No bar do alemão, vende-se limão azedo a qualquer aluno.

No barzinho do alemãozinho vende-se limãozinho azedo e a qualquer aluninho.

Nos barezinhos dos alemãezinhos, vendem-se limõezinhos azedos a quaisquer alu-nozinhos.

• Menino, leve seu pai à sua casa, no país de origem dele.

Menininho, leve seu paizinho à sua casinha, no paisinho de origem dele.

Meninozinhos, levem seus paizinhos às suas casazinhas, nos paisezinhos de ori-gem deles.

3.2 Plural dos substantivos compostos

A pluralização dos substantivos compostos deve levar em conta duas situações: com-postos não hifenizados e compostos hifenizados.

a) Substantivos compostos não hifenizados: mesma flexão dos substantivos simples.

Exemplos:

• Os paraquedas, em forma de girassóis, encantam os planaltos brasileiros.

• As aguardentes não movem trens nas ferrovias.

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b) Substantivos compostos hifenizados: exame caso a caso.

1. Elementos pertencem às classes variáveis: ambos pluralizam-se.

Exemplo: Os guardas-noturnos cultivaram as couves-flores e os amores-perfeitos.

• No exemplo acima, vê-se que todos os elementos dos compostos (guarda, noturno, couve, flor, amor e perfeito), ou surgiram para modificar outros vocábulos (adjeti-vos), ou para serem modificados por eles (substantivos). Logo, todos são variáveis e, como tais, pluralizaram-se.

2. Elementos ligados por preposição: apenas o primeiro pluraliza-se.

Exemplo: Os brincos-de-princesa floriram e as estrelas-do-mar morreram.

3. Elementos representados por verbo e substantivo: pluraliza-se somente o subs-tantivo.

Exemplo: Os beija-flores esconderam-se nos guarda-chuvas.

4. Classe invariável e classe variável: o último elemento pluraliza-se.

Exemplo: Os abaixo-assinados exigiam a remoção das sempre-vivas do canteiro da praça.

5. Elementos repetidos: o último pluraliza-se.

Exemplo: Os tico-ticos provocavam os quero-queros.

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6. Segundo elemento especifica o primeiro: apenas o primeiro pluraliza-se.

Exemplo: Os salários-família foram gastos na compra das canetas-tinteiro.

Exercício 05:

Reescreva as frases que se seguem, pluralizando-as:

a) Na segunda-feira, o primeiro pontapé é dado no saco de lixo.Reescrita: ______________________________________________________________________

b) O pires jogado na ferrovia representa um perigo ao guarda-noturno.Reescrita: ______________________________________________________________________

c) A madressilva e a erva-doce cresceram embaixo do velho ônibus.Reescrita: ______________________________________________________________________

d) O navio-escola, obra-prima da construção naval, ancorou no porto seguro.Reescrita: ______________________________________________________________________

e) O mártir, abaixo assinado, confiou no decreto-lei presidencial.Reescrita: ______________________________________________________________________f) O cônsul canadense visitou a embaixatriz norte-americana.Reescrita: ______________________________________________________________________

g) O vice-reitor da universidade sul-coreana está no Brasil.Reescrita: ______________________________________________________________________

h) A estrela-do-mar não é um beija-flor.Reescrita: ______________________________________________________________________

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i) O capitão-mor dirigiu-se grosseiramente ao professor-aluno.Reescrita: ______________________________________________________________________

j) O vice-prefeito não foi ao trabalho hoje.Reescrita: ______________________________________________________________________

4. Grau

Quanto a graus, o substantivo flexiona-se em aumentativo e diminutivo. Esse recurso serve para definir o tamanho que as pessoas, os animais ou as coisas referidas possuem. Par-tindo-se do grau normal (homem), vai-se às formas aumentativa (homenzarrão, ou homem grande) e diminutiva (homenzinho, ou homem pequeno).

4.1 Aumentativo

Usado no idioma para indicar aumento no tamanho dos seres, o grau aumentativo clas-sifica-se em sintético e analítico.

O aumentativo sintético é obtido mediante a posposição de um sufixo indicador de au-mento de tamanho ao grau normal (casarão, copázio, bocarra) e o analítico pelo acréscimo de adjetivos ao grau normal (galo grande, óculos pequenos, teto minúsculo).

Há uma lista enorme de sufixos capazes de indicar o aumentativo sintético:

a) aço: ricaço

b) aça: barcaça

c) ão: carrão

d) ona: mulherona

e) alhão: dramalhão

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f) anha: montanha

g) arrão: homenzarrão

h) alha: muralha

i) eiro: mexeriqueiro

Já o aumentativo analítico, que serve principalmente para evitar confusão comunicativa (para galo, por exemplo, em vez de galão, deve-se usar galo grande), socorre-se de adjetivos:

a) grande: mesa grande

b) enorme: óculos enormes

c) colossal: estátua colossal

d) gigantesco: chapéu gigantesco

e) imenso: tronco imenso

4.2 Diminutivo

Usado para indicar tamanho diminuído dos seres referidos na fala ou na escrita, o dimi-nutivo, também, pode-se apresentar nas formas sintética (filhinho, casinha, cãozito, partícula) e analítica (filho pequeno, casa ínfima, cão minúsculo, partícula microscópica).

Há listas muito grandes de sufixos que indicam o tamanho diminuído dos seres: acho, eta, ete, ico, ilho, elho, inho, ito, ola, ulo...

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Exemplos:a) acho: fogacho

b) ete: ramalhete

c) ico: burrico

d) inho: burrinho

e) ola: criançola

f) ulo: montículo

Enquanto o diminutivo sintético vale-se de sufixos próprios para essa finalidade, o analí-tico socorre-se de adjetivos que, emparceirados com substantivos, lhes diminuem o tamanho: pequeno, minúsculo, insignificante, ínfimo, microscópico:

a) pequeno: óculos pequenos

b) minúsculo: volume minúsculo

c) insignificante: porção insignificante

d) ínfimo: oferta ínfima

e) microscópico: tamanho microscópico

• Há que se ter cuidado com o emprego do aumentativo e do diminutivo sintéticos, pois, na maioria dos casos, eles dão sentido pejorativo aos seres nomeados no discur-so: ricaço, gentalha, livreco, papelucho, musiqueta, povinho...

• Ao contrário disso, o diminutivo, noutros casos, serve para atribuir sentimentos de carinho, ternura, afeto: filhinha, avozinha, mãezinha, Carlito, Antoninho, Santinha...

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Primeiro momento: um texto, uma versão!

TEXTOS E TESTES

Descobrimento

“Nossa história é assim:

– Vamos pras Índias!

Dias e dias os horizontes se repetem.

– Olha, melhor mesmo é buscar vento mais pro fundo!

Uma tarde um marujo disse: – Ué, que terra é essa? Velas baixaram e desembarcaram.

– Terra, como é teu nome?

Cortaram pau. Saiu sangue.

– Isso é Brasil.”

Raul Bopp

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Segundo momento: dominando o vocabulário!

• Nossa história é assim – há muitas versões acerca do Descobrimento do Brasil; hoje, darei a minha.

• Vamos pras Índias! – alguém convida outras pessoas para partirem rumo à Índia.

• Dias e dias os horizontes se repetem – partem e permanecem no mar por vários dias.

• Olha, melhor mesmo é buscar vento mais pro fundo – como a viagem estivesse muito lenta, alguém sugere uma mudança na rota, navegando em alto-mar, onde o vento é mais forte.

• Ué, que terra é essa? – a rota é alterada, tanto que o marujo se espanta ao ver uma terra totalmente desconhecida e que nada tinha a ver com o território da Índia.

• Velas baixaram e desembarcaram – a tripulação aporta na nova e desconhecida terra.

• Terra, como é teu nome? – membros da tripulação tentam o primeiro contato com os nativos, pois ninguém imaginava onde pudessem estar.

• Cortaram pau. Saiu sangue – como não houvesse comunicação entre portugueses e nativos, e precisando de pistas sobre a nova terra, membros da tripulação cortaram uma árvore, que tinha cor de brasa.

• Isso é Brasil! – dada a cor da árvore, alguém conclui que haviam descoberto o Brasil.

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Terceiro momento: lendo, interpretando, compreendendo o texto!

01. Marque a passagem em que fica claro um convite para um grupo de pessoas partirem rumo à Índia:

a) Nossa história é assim:

b) – Vamos pras Índias!

c) Dias e dias os horizontes se repetem.

d) – Olha, melhor mesmo é buscar vento mais pro fundo!

e) Uma tarde um marujo disse:

02. Em que frase fica claro que, após o convite para irem à Índia, os membros da tripulação partiram:

a) – Vamos pras Índias!

b) Dias e dias os horizontes se repetem.

c) – Olha, melhor mesmo é buscar vento mais pro fundo!

d) Uma tarde um marujo disse:

e) – Terra, como é teu nome?

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03. Percebe-se que, durante a viagem, houve mudança de rota. Marque a passagem em que isso fica claro:

a) – Vamos pras Índias!

b) Dias e dias os horizontes se repetem.

c) – Olha, melhor mesmo é buscar vento mais pro fundo!

d) Uma tarde um marujo disse:

e) – Ué, que terra é essa?

04. De repente a tripulação deu numa terra desconhecida. Esse fato fica claro em qual das frases do texto?

a) – Olha, melhor mesmo é buscar vento mais pro fundo!

b) Terra, como é teu nome?

c) – Ué, que terra é essa?

d) Cortaram pau. Saiu sangue.

e) – Isso é Brasil!

05. A tripulação aportou na nova e desconhecida terra. Isso fica claro em qual destas passagens?

a) Terra, como é teu nome?

b) – Ué, que terra é essa?

c) Velas baixaram e desembarcaram.

d) Cortaram pau. Saiu sangue.

e) – Isso é Brasil.

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06. Frases do texto serão reescritas. Marque aquela que mantém a identidade semântica e gramatical:

a) Nossa história é assim:

b) – Vamos pras Índias!

c) Dias e dias os horizontes se repetem.

d) Uma tarde um marujo disse:

e) – Ué, que terra é essa?

07. Frases do texto serão reescritas. Marque aquela que mantém a identidade semântica e gramatical:

a) Velas baixaram e desembarcaram.

b) – Terra, como é teu nome?

c) Cortaram pau. Saiu sangue.

d) – Isso é Brasil.

e) – ...buscar vento mais pro fundo!

► História assim é a nossa.

► – Pras Índias temos que ir!

► Os horizontes se repetem durante alguns dias.

► Uma tarde, disse um marujo.

► – Ué, essa é uma terra?

► As velas foram baixadas e desembarcadas.

► – O teu nome, como é, terra?

► Pau foi cortado e sangue escorreu.

► Brasil é isso.

► ...buscar vento mais profundo!

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01. (Lades) O vocábulo caravana, na condição de substantivo, será coletivo de:

a) ônibus;

b) atores;

c) pessoas;

d) ciganos;

e) viajantes.

02. (Consesp) A palavra livro, na condição de substantivo, será:

a) próprio, concreto, primitivo e simples;

b) comum, abstrato, derivado e composto;

c) comum, abstrato, primitivo e simples;

d) comum, concreto, primitivo e simples;

e) próprio, concreto, primitivo e simples.

03. (FIP) As palavras TIETÊ e PESCA são, respectivamente, substantivos:

a) próprio e concreto;

b) comum e próprio;

c) concreto e próprio;

d) comum e abstrato;

e) próprio e abstrato.

QUESTÕES DE PROVAS

5º Degrau / Morfologia / Classificação dos vocábulos / Questões de provas

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04. (VUNESP) Em “…veio enriquecer nosso canteirinho vulgar…” , o substantivo, emprega-do no grau diminutivo, contribui para expressar a ideia de:

a) exatidão;

b) desprezo;

c) simplicidade;

d) soberba;

e) abundância.

05. (IDECAN) Nesta semana, uma revista de automóveis trouxe o lançamento de um novo modelo e publicou este comunicado: “Ele pode ser adquirido na cor verde-clara, já vem com porta-copo e alto-falante de série”. Marque a opção que apresenta o plural dos substantivos compostos corretamente:

a) verde-claras / porta-copos / alto-falantes;

b) verde-clara / portas-copos / alto-falantes;

c) verde-claras / porta-copos / altos-falantes;

d) verdes-claras / porta-copos / altos-falantes;

e) verdes-claras / portas-copos / altos-falantes.

5º Degrau / Morfologia / Classificação dos vocábulos / Questões de provas

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06. (CESGRANRIO) Em qual dos períodos abaixo a troca de posição entre a palavra subli-nhada e o substantivo a que se refere mantém o sentido?

a) Algum autor desejava a minha opinião sobre o seu trabalho.

b) O mesmo porteiro me entregou o pacote na recepção do hotel.

c) Meu pai procurou uma certa pessoa para me entregar o embrulho.

d) Contar histórias é uma prazerosa forma de aproximar os indivíduos.

e) Grandes poemas épicos servem para perpetuar a cultura de um povo.

07. (CETRO) Quanto ao gênero dos substantivos, assinale a frase em que a forma em des-taque está correta:

a) Na última noite de festa, a foliã incansável amanheceu pulando o carnaval.

b) A pessoa mais agradável durante o jantar foi, sem dúvida, a anfitrioa.

c) Dentre as hortaliças, o alface foi o mais afetado pelo excesso de chuva.

d) A espécime é um achado e tanto.

e) O embaixador e sua esposa, a embaixadora, retiraram-se cedo da festa.

08. (CETRO) Em relação ao plural dos substantivos, assinale a alternativa correta.

a) Para pagar uma promessa, a senhora subiu de joelhos os degrais da catedral.

b) Os novos escrivões serão nomeados na próxima segunda-feira.

c) Os cidadões votaram e elegeram aquele candidato para presidente.

d) A professora preferia usar gizes coloridos para explicar a matéria na lousa.

e) O time de futebol recebeu muitos troféis na última década.

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09. (VUNESP) A revista The New England Journal of Medicine publicou este texto: “Co-mer __________ de nozes, castanhas, amêndoas e outras sementes oleaginosas todos os dias pode ser um dos segredos para a longevidade dos _________ . Um estudo fei-to nos Estados Unidos descobriu que pessoas que __________ esse hábito desfrutam __________ uma melhor qualidade de vida do que aquelas que nunca consomem esses alimentos…”.

Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas do texto:

a) porções…cidadãos…mantêm… de;

b) porções…cidadões…mantêm…por;

c) porçãos…cidadãos…mantêm…a;

d) porções…cidadãos…mantem…de;

e) porçãos…cidadões…mantem…por.

10. (Puccamp-SP) Indique a alternativa que preenche corretamente as lacunas da frase “Dois artigos, ___ por um jornalista que foi___ grandes vítimas de um episódio envol-vendo parlamentares, bem esclarecem em que medida a impunidade é um desrespei-to aos___ deste país”:

a) recéns-publicados, um dos, cidadãos;

b) recéns-publicado, uma das, cidadãos;

c) recém-publicados, um dos, cidadões;

d) recém-publicados, uma das, cidadãos;

e) recém-publicado, uma das, cidadões.

5º Degrau / Morfologia / Classificação dos vocábulos / Questões de provas

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11. (UFSE) Todos os_____ que foram chamados ao Ministério estavam _____ressabiados com os ______que por ali corriam:

a) vice-reitores, meios, abaixas-assinados;

b) vices-reitores, meio, abaixo-assinados;

c) vices-reitores, meios, abaixo-assinados;

d) vice-reitores, meio, abaixo-assinados;

e) vice-reitores, meio, abaixas-assinados.

12. (ITA) Dadas as palavras esforços (1), portos (2) e impostos (3), verificamos que a vogal tônica é aberta:

a) apenas na palavra 1;

b) apenas na palavra 2;

c) apenas na palavra 3;

d) apenas nas palavras 1 e 3;

e) em todas as palavras.

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13. (UM) Indique o período que não contém substantivo no grau diminutivo:

a) Todas as moléculas foram conservadas com as propriedades particulares, inde-pendentemente da atuação do cientista.

b) O ar senhoril daquele homúnculo transformou-o no centro de atenções na tumultuada assembleia.

c) Através da vitrina da loja, a pequena observava curiosamente os objetos decora-dos expostos à venda, por preço bem baratinho.

d) De momento a momento, surgiam curiosas sombras e vultos apressados na si-lenciosa viela.

e) Enquanto distraía as crianças, a professora tocava flautim, improvisando cantigas alegres e suaves.

14. (UFV) Assinale a alternativa em que há erro na flexão de número:

a) as águas-marinhas, as públicas-formas, os acórdãos;

b) os abajures, os caracteres, os ônus;

c) os autosserviços, os alto-falantes, os lilases;

d) os capitães-mor, os sabiás-pirangas, os autos-de-fé;

e) os guardas-florestais, os malmequeres, as ave-marias.

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15. (Vunesp) Identifique a opção na qual os dois substantivos estão corretamente flexio-nados no plural:

a) o cidadão - os cidadãos / o cartão-postal - os cartões-postal;

b) o tico-tico - os tico-tico / o melão - os melãos;

c) o cônsul - os cônsuis / o navio-escola - os navios-escola;

d) o acórdão - os acórdões / o decreto-lei - os decretos-lei;

e) o alto-relevo - os altos-relevos / o capelão - os capelães.

16. (CFG/IME) Aponte a opção em que nem todas as palavras apresentem sufixo de grau diminutivo:

a) poemeto, maleta;

b) rapazola, bandeirola;

c) viela, ruela;

d) lugarejo, vilarejo;

e) menininho, carinho.

17. (UM) Há um vocábulo em que, considerado substantivo, a mudança de gênero não altera o significado:

a) cabeça, cisma, capital;

b) águia, rádio, crisma;

c) cura, grama, cisma;

d) lama, coral, moral;

e) agente, praça, lama.

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18. (UFF) Assinale a única frase em que há erro no que diz respeito ao gênero dos subs-tantivos:

a) O gerente deverá depor como testemunha única do crime.

b) A personagem principal do conto é o Seu Rodrigues.

c) Ele foi apontado como a cabeça do motim.

d) O telefonema deixou a anfitriã perplexa.

e) A parte superior da traqueia é o laringe.

19. (UM) Numere a segunda coluna de acordo com o significado das expressões da pri-meira e, depois, assinale a opção que contém os algarismos na sequência correta:

1. o óleo santo ( ) a moral

2. a relva ( ) a crisma

3. um sacramento ( ) o moral

4. a ética ( ) o crisma

5. a unidade de massa ( ) a grama

6. o ânimo ( ) o grama

a) 6, 1, 4, 3, 5, 2;

b) 6, 3, 4, 1, 2, 5;

c) 4, 1, 6, 3, 5, 2;

d) 4, 3, 6, 1, 2, 5;

e) 6, 1, 4, 3, 2, 5.

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20. (Univ. Fed. Viçosa) O plural dos substantivos compostos está correto em todas as op-ções, exceto:

a) Ele gosta de amores-perfeitos e os cultiva.

b) Os vice-diretores reunir-se-ão na próxima semana.

c) As aulas serão dadas às segundas-feiras.

d) Há muitos beijas-flores no seu quintal.

e) A moda está voltando às saias-balão.

21. (PUC) Indique a opção correta no que se refere ao plural dos substantivos compostos a casa-grande, a flor-de-lis, o arco-íris e o beija-flor:

a) as casa-grandes, as flor-de-lises, os arco-íris, os beija-flor;

b) as casas-grandes, as flores-de-lis, os arcos-íris, os beijas-flores;

c) as casas-grande, as flor-de-lises, os arcos-íris, os beija-flor;

d) as casas-grande, as flores-de-lis, os arcos-íris, os beijas-flores;

e) as casas-grandes, as flores-de-lis, os arcos-íris, os beija-flores.

22. (UFSM) Identifique a opção em que o plural diminutivo está de acordo com a língua--padrão:

a) escrítorezinhos, informaçãozinhas, ligaçãozinhas, materialzinhos;

b) escrítorzinhos, informaçãozinhas, ligaçãozinhas, materialzinhos;

c) escritorezinhos, informaçõezinhas, ligaçõezinhas, materiaizinhos;

d) escritorezinhos, informaçãozinhas, ligaçõezinhas, materialzinhos;

e) escrítorzinhos, informaçõezinhas, ligaçõezinhas, materialzinhos.

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23. (Unimep) Supondo que sejam substantivos, fogãozinho e cidadão apresentam plu-rais corretos em:

a) fogãozinhos e cidadãos;

b) fogãosinhos e cidadãos;

c) fogõezinhos e cidadãos;

d) fogõezinhos e cidadões;

e) fogõesinhos e cidadões.

24. (FMU-FIAM) Indique a opção em que, supondo que sejam substantivos, só há abstra-tos:

a) tempo, angústia, saudade, ausência, esperança, imagem;

b) angústia, sorriso, luz, ausência, esperança, inimizade;

c) inimigo, luto, luz, esperança, espaço, tempo;

d) angústia, saudade, ausência, esperança, inimizade;

e) espaço, olhos, luz, lábios, ausência, esperança, angústia.

25. (Osec) Junto aos __________ de várias ruas, foram plantados __________.

a) meio-fios, malmequer;

b) meios-fios, malmequeres;

c) meios-fios, malmequer;

d) meios-fio, malmequeres;

e) meio-fios, malmequeres.

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Exercício 01:

a) homem, mulher, cãozinho, refúgio;

b) não, jamais, desprezo;

c) cantar, menino, pássaros, pátio;

d) porquê, quê, sê;

e) ontem, hoje, amanhã, Deus;

f) humildemente, ouvidos, ironia;

g) tranquilamente, rapidamente;

h) sim, não, casos, mente;

i) eu, tu, pronomes;

j) cantar, chorar, morte, vida;

k) andar, idoso, lento, agilidade;

l) amor, camada.

Exercício 02:

01-C / 02-D / 03-B / 04-E / 05-A

GABARITO

Exercício 03:

01. Uma mulher, um homem e uma cadelinha char-mosa buscavam um refúgio seguro.

02. A cabra e a burra fugiram para o deserto.

03. O carneiro e o mulo seguiam pelo caminho pedre-goso.

04. O esposo visualizou o amigo com sua mulher.

05. A poetisa e a sacerdotisa beijaram as mãos da pa-pisa.

06. O bode e a loba fugiram da abelha.

07. Uma ursa e uma burra aproximaram-se de uma elefanta.

08. A bacharela tratava bem a faisoa.

09. A javalina perseguia a perdiz.

10. A formiga (macho ou fêmea) fugia da baleia (ma-cho ou fêmea).

Exercício 04:

5º Degrau / Morfologia / Classificação dos vocábulos / Gabarito

01) B / 02) A / 03) A / 04) A / 05) B / 06) A / 07) A / 08) B / 09) A / 10) B / 11) A / 12) A / 13) A / 14) A / 15) A / 16) A / 17) A / 18) B / 19) A / 20) B / 21) B / 22) A / 23) B / 24) A / 25) A / 26) A

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Exercício 05:

a) Nas segundas-feiras, os primeiros pontapés são dados nos sacos de lixo.

b) Os pires jogados na ferrovia representam uns perigos aos guardas-noturnos.

c) As madressilvas e as ervas-doces cresceram embaixo dos velhos ônibus.

d) Os navios-escola, obras-primas da constução naval, ancoraram no(s) porto(s) seguro(s).

e) Os mártires, abaixo assinados, confiaram nos decretos-leis presidenciais.

f) Os cônsules canadenses visitaram as embaixatrizes norte-americanas.

g) Os vice-reitores das universidades sul-coreanas estão no Brasil.

h) As estrelas-do-mar não são uns beija-flores.

i) Os capitães-mores dirigiram-se grosseiramente aos professores-alunos.

j) Os vice-prefeitos não foram ao trabalho hoje.

Terceiro momento: 01-B / 02-B / 03-E / 04-C / 05-C / 06-C / 07-B

Questões de provas: 01-E / 02-D / 03-E / 04-C / 05-A / 06-D / 07-B / 08-D / 09-A / 10-D / 11-D / 12-E / 13-C / 14-D / 15-E / 16-E / 17-E / 18-C / 19-D / 20-D / 21-E / 22-C / 23-C / 24-D / 25-B

5º Degrau / Morfologia / Classificação dos vocábulos / Gabarito

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Trinchada, num bom vernáculo, a primeira das classes gramaticais, o substantivo, é hora de avançarmos no conteúdo a fim de desvendar os mistérios de seu modificador, o adjetivo.

Intimamente ligado ao substantivo, aliás, o adjetivo, tal qual aquele, pode ser represen-tado por qualquer vocábulo da Língua Portuguesa.

Assim sendo, pode-se afirmar com segurança: nenhum vocábulo da Língua Portuguesa será sempre adjetivo, tampouco algum deles nunca poderá sê-lo. Cada caso será sempre um caso.

Feitas essas considerações, fácil torna-se conceituar o adjetivo: é qualquer vocábulo do idioma que modifique um substantivo.

Exemplos:

1. O menino estudioso chegou à escola otimista.

Sem grande esforço, percebe-se que estudioso e otimista referem-se a menino, mo-dificando-o. Afinal, nem todo menino é estudioso, tampouco otimista. Assim sendo, menino (modificado) é substantivo, enquanto estudioso e otimista (modificadores) são adjetivos.

2. O estudioso era menino e chegou à escola otimista.

Observe-se que, agora, o vocábulo estudioso está sendo modificado por menino e oti-mista. Logo, estudioso (modificado) tornou-se substantivo e menino e otimista (modificado-res), são adjetivos.

3. O otimista era menino e mostrava-se muito estudioso.

Aqui, numa terceira versão da frase, otimista (modificado), adjetivo nas duas primeiras, aparece como autêntico substantivo. Enquanto isso, menino e estudioso (modificadores) as-sumem a função de adjetivos.

Conclusão: de fato, como cada caso é um caso, há que se analisar a situação concreta, desprezando-se definitivamente as tradicionais listas.

ADJETIVO

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Exercício 01:

Faça um círculo em torno dos adjetivos presentes nas frases que se seguem:

01. O sábio idoso chegou à escola nova feliz.

02. O idoso sábio chegou à nova escola atrasado.

03. O aluno aplicado retornou da guerra feliz.

04. O aplicado aluno retornou da guerra ferido.

05. O sim parecia não e o não parecia sim.

06. Um não sincero vale por milhares de falsos sins.

07. A preta velha foi ao médico idoso.

08. A velha preta visitou o idoso médico.

09. Cantar é viver, mas viver não é cantar.

10. O bonito sempre é bonito, mas o feio nem sempre é feio.

5º Degrau / Morfologia / Classificação dos vocábulos / Adjetivo

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1. Classificação

Quanto à classificação, o adjetivo pode ser:

a) Simples: aquele formado de um só radical. Exemplo: O sábio idoso sempre pareceu um menino sábio.

b) Composto: aquele formado por mais de um radical. Exemplo: O cabelo castanho-escuro do atleta franco-luso-brasileiro era belo.

c) Primitivo: aquele que, sem derivar de qualquer outro, dá origem a outros vocábulos. Exemplo: O tom branco do cãozinho seduziu a nação lusa.

d) Derivado: aquele que, passando pelo processo de derivação, provém de vocábulos primitivos.

Exemplo: O tom esbranquiçado do cãozinho seduziu a nação lusitana. e) Pátrio: aquele que indica o lugar de origem de alguém ou de alguma coisa. Exemplo: O jovem inglês (Inglaterra) tem formação norte-americana (Estados Uni-

dos).

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Exercício 02:

Enumere a partir desta legenda:

A) Pátrio simples; eB) Pátrio composto.

01. ( ) O jovem arvorezinhense mostrou-se otimista.02. ( ) Um cidadão porto-riquenho tornou-se ídolo musical.03. ( ) Dez jovens estadunidenses foram homenageados por serviços comunitários.04. ( ) O jovem sul-africano destacou-se como homem de negócios.05. ( ) Um jovem santanense será promovido a oficial do exército.06. ( ) O jovem olindense obteve sucesso na profissão.07. ( ) A mulher marajoara foi bem acolhida no sul.08. ( ) Um cidadão capixaba idoso aconselhava os jovens de sua cidade.09. ( ) O idoso espírito-santense era cultíssimo.10. ( ) Jovens porto-alegrenses fizeram sucesso no exterior.

2. Gênero

Relativamente ao gênero, e como o substantivo (criador) a que ele (criação) segue com extrema devoção, o adjetivo classifica-se em masculino e feminino.

Também como no substantivo, existem adjetivos uniformes e adjetivos biformes em re-lação ao gênero.

2.1 Uniformes: aqueles que, mediante modificadores (adjetivos) de uma só forma, carac-terizam modificados (substantivos) de ambos os sexos.

5º Degrau / Morfologia / Classificação dos vocábulos / Adjetivo

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Exemplo:

• O filho leal e a esposa fiel são a vida do idoso feliz. • A filha leal e o esposo fiel são a vida da idosa feliz.

2.2 Biformes: aqueles que possuem duas formas, uma para modificadores masculinos e outra para modificadores femininos, a fim de bem caracterizar modificados de ambos os gêneros.

Exemplo:

• O filho estudioso e a esposa bonita são a vida do idoso sedutor. • A filha estudiosa e o esposo bonito são a vida da idosa sedutora.

Observação: Se o modificador (adjetivo) for um substantivo (originalmente sua carac-terística era ser modificado por outro vocábulo: laranja, limão, vinho, musgo), na função de adjetivo, ele ficará invariável.

Exemplo:

• O casaco preto e a camisa amarela combinavam com a calça branca. • O casaco laranja e a camisa musgo combinavam com a calça vinho.

Exercício 03:

Dê o feminino dos adjetivos destacados nas frases abaixo, fazendo as necessárias adaptações:

01. O jovem generoso abraçou o professor otimista.Reescrita: ___________________________________________________________________

5º Degrau / Morfologia / Classificação dos vocábulos / Adjetivo

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02. Um cidadão amável visitou um idoso cristão.Reescrita: ___________________________________________________________________

03. Um cristão sedutor homenageou um otimista altruístico.Reescrita: ___________________________________________________________________ 04. O ribeirão-pretano judeu saudou o ilhéu comilão.Reescrita: ___________________________________________________________________ 05. O comilão neozelandês saudou o judeu ilustre.Reescrita: ___________________________________________________________________ 06. O aluno jovem escreveu ao bondoso colega.Reescrita: ___________________________________________________________________ 07. O rapaz audacioso pretendia o aplauso do moço chorão.Reescrita: ___________________________________________________________________ 08. Um capixaba idoso aconselhava um cidadão jovem.Reescrita: ___________________________________________________________________

09. O inglês cultíssimo simpatizava com o amigo esbelto.Reescrita: ___________________________________________________________________

10. O professor dedicado referiu-se elogiosamente ao aluno inglês. Reescrita: ___________________________________________________________________

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3. Número

Seguindo, mais uma vez, o substantivo (principal), o adjetivo (acessório) flexiona-se em singular e plural para concordar com aquele.

Exemplo:

• O amigo honesto informou o anfitrião bonachão de que iria à agradável festa.• Os amigos honestos informaram os anfitriões bonachões de que iriam às agra-

dáveis festas.

Observações: se o modificador (adjetivo) for um substantivo (sua característica original era ser modificado por outro (limão, vinho, laranja, musgo...), na função de adjetivo, ele ficará invariável.

Exemplo:

• O casaco laranja e a camisa limão combinavam com a calça musgo. • Os casacos laranja e as camisas musgo combinavam com as calças vinho.

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Exercício 04:

Pluralize os adjetivos destacados nas frases abaixo, fazendo as necessárias adapta-ções:

01. O jovem generoso abraçou o professor otimista.Reescrita: ___________________________________________________________________

02. Um cidadão amável visitou um idoso cristão.Reescrita: ___________________________________________________________________

03. Um cristão sedutor vestia roupão cinza.Reescrita: ___________________________________________________________________ 04. O atleta judeu só usava terno musgo.Reescrita: ___________________________________________________________________ 05. O judeu inteligente comprou terno branco.Reescrita: ___________________________________________________________________ 06. O aluno jovem referiu-se ao chapéu preto da colega simpática.Reescrita: ___________________________________________________________________ 07. O rapaz audacioso pretendia realizar um monstro comício. Reescrita: ___________________________________________________________________ 08. Um capixaba charlatão aconselhava uso de roupa jovial.Reescrita: ___________________________________________________________________

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09. O inglês cultíssimo simpatizava com camisa limão.Reescrita: ___________________________________________________________________

10. O professor criativo referiu-se elogiosamente ao tom cinza da parede da sala. Reescrita: ___________________________________________________________________

4. Grau

Diferentemente do substantivo, o adjetivo não aceita flexão em diminutivo e aumentati-vo. Existem, para ele, partindo do grau normal, o comparativo e o superlativo.

Agora, então, em vez de aumentarmos o tamanho dos seres, nós intensificaremos, para mais ou para menos, as características deles.

4.1 Grau Comparativo

No grau comparativo, a preocupação ocorrerá em dois planos: comparar um mesmo modificador (adjetivo) presente em dois ou mais modificados (substantivos) ou dois ou mais modificadores (adjetivos) presentes num mesmo modificado (substantivo).

Exemplos:

• O aluno é tão dedicado (dedicação em grau igual entre ambos) quanto o profes-sor.

• O aluno é mais dedicado (dedicação em grau superior de um dos dois) que o professor.

• O aluno é menos dedicado (dedicação em grau inferior de um dos dois) que o professor.

5º Degrau / Morfologia / Classificação dos vocábulos / Adjetivo

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Nos exemplos acima é possível constatar claramente três graus de intensidade na dedi-cação entre os modificados (substantivos) envolvidos na comparação: igualdade, inferioridade e superioridade.

4.1.1 Comparativo de igualdade

Aqui a flexão ocorre para comparar a intensidade de uma característica presente em dois ou mais seres ou, então, das duas ou mais características presentes em um só ser em que o resultado é a igualdade.

Exemplos:

• Minha filha é tão educada quanto meu filho (intensidade da educação em dois seres).

• Minha filha é tão leal quanto confiável (intensidade da lealdade e da confiança num só ser).

4.1.2 Comparativo de inferioridade

Neste grau, a intensidade de uma característica presente em dois ou mais seres ou, en-tão, de duas ou mais características presentes num ser tem como resultado a inferioridade.

Exemplos:

• O idoso é menos resistente (do) que o jovem.• O jovem é menos estudioso (do) que trabalhador.

4.1.3 Comparativo de superioridade

Por fim, há o caso em que a intensidade da característica presente em dois ou mais seres ou, então, das duas ou mais características presentes num ser traz como resultado a superio-ridade.

5º Degrau / Morfologia / Classificação dos vocábulos / Adjetivo

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Exemplos:

• O idoso é mais experiente (do) que o jovem.• O jovem é mais explosivo (do) que controlado.

4.2 Grau Superlativo

No grau superlativo, a meta não é estabelecer confronto de intensidade de uma caracte-rística presente em dois ou mais seres diferentes ou, então, de duas ou mais características em um mesmo ser. Nele, busca-se tão somente ampliar, intensificar, reforçar as características dos substantivos presentes em um enunciado.

Exemplos:

• O idoso é sábio.• O idoso é muito sábio.• O idoso é o mais sábio da classe toda.• O idoso é sapientíssimo.

Enquanto, no grau comparativo, nós vimos a igualdade, a inferioridade e a superioridade, no superlativo, veremos o relativo e o absoluto.

4.2.1 Superlativo relativo

Neste grau, a elevação da característica do substantivo se dá na relação de um com vá-rios outros seres, podendo representar inferioridade e superioridade.

Exemplos:

• O aluno jovem é interessado (grau normal de interesse).• O aluno jovem é o menos interessado do grupo (grau inferior de interesse).• O aluno jovem é o mais interessado do grupo (grau superior de interesse).

5º Degrau / Morfologia / Classificação dos vocábulos / Adjetivo

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4.2.2 Superlativo absoluto

Aqui, a comparação ou a relação entre características de seres inexistem. Pensa-se sim-plesmente em superelevar determinado modificador do substantivo. Essa elevação em sen-tido lato (amplo, elevado, extenso) pode-se dar de duas formas: sintética (mediante sufixo) e analítica (mediante outro vocábulo).

Exemplos:

• O idoso é inteligente (grau normal de inteligência).• O idoso é inteligentíssimo (o sufixo -íssimo eleva o grau de inteligência).• O idoso é extremamente inteligente (o vocábulo extremamente eleva o grau de

inteligência).

Exercício 05:

Observe as frases e enumere-as de acordo com esta legenda:

01. Grau comparativo; e02. Grau superlativo.

01. ( ) O idoso era tão generoso quanto o jovem.02. ( ) O idoso era muito generoso.03. ( ) O idoso era o membro mais generoso do grupo.04. ( ) Generosíssimo, o idoso era admirado no grupo.05. ( ) Menos generoso do que o jovem, o idoso permanecia no grupo.06. ( ) A idosa inteligentíssima participava do grupo de jovens.07. ( ) Mais inteligente do grupo, a idosa integrava-se bem com os jovens.08. ( ) A idosa era mais inteligente do que estudiosa.09. ( ) Na turma de aula, o jovem era tido como o mais inteligente de todos.10. ( ) A jovem era macérrima.

5º Degrau / Morfologia / Classificação dos vocábulos / Adjetivo

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Exercício 06:

Observe as frases e enumere-as de acordo com esta legenda:

A- Grau comparativo de igualdade;B- Grau comparativo de inferioridade;C- Grau comparativo de superioridade;D- Grau superlativo relativo de inferioridade;E- Grau superlativo relativo de superioridade;F- Grau superlativo analítico;G- Grau superlativo sintético.

01. ( ) O idoso era tão generoso quanto o jovem.02. ( ) O idoso era muito generoso.03. ( ) O idoso era o membro mais generoso do grupo.04. ( ) Generosíssimo, o idoso era admirado no grupo.05. ( ) Menos generoso do que o jovem, o idoso permanecia no grupo.06. ( ) A idosa inteligentíssima participava do grupo de jovens.07. ( ) Mais inteligente do grupo, a idosa integrava-se bem com os jovens.08. ( ) A idosa era mais inteligente do que estudiosa.09. ( ) Na turma de aula, o jovem era tido como o mais inteligente de todos.10. ( ) A jovem era macérrima.

5º Degrau / Morfologia / Classificação dos vocábulos / Adjetivo

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5. Flexão dos compostos

O modificador do substantivo (adjetivo) composto, como regra, varia em gênero (mascu-lino e feminino) e número (singular e plural) no último elemento.

Exemplos:

• O cabelo castanho-escuro do surdo-mudo parecia castanho-claro.• Os cabelos castanho-escuros dos surdos-mudos pareciam castanho-claros.• O castanho-escuro do cabelo do menino surdo-mudo parecia castanho-claro.• Os castanhos-escuros dos cabelos dos meninos surdo-mudos pareciam casta-

nho-claros.• A resolução luso-anglo-franco-nipo-ítalo-sino-brasileira foi ratificada ela ONU.• As resoluções luso-anglo-franco-nipo-ítalo-sino-brasileiras foram ratificadas

pela ONU.

Notas:

1ª) antes da flexão, deve-se ver se se está diante de substantivo ou de adjetivo composto; e

2ª) como nos adjetivos simples, os vocábulos originalmente substantivos não se flexio-nam.

5º Degrau / Morfologia / Classificação dos vocábulos / Adjetivo

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Exemplo:

• A camisa verde-limão e a calça azul-clara disfarçavam o amarelo-claro das meias. • As camisas verde-limão e as calças azul-claras disfarçavam os amarelos-claros das

meias.

6. Locuções adjetivas

Muito seguidamente, carentes de um vocábulo apenas para modificar determinado subs-tantivo em toda a extensão que lhe queremos dar, lançamos mão de dois ou mais deles.

Pois bem, quando um vocábulo modificar um substantivo (O amor materno é belo), dar-lhe-emos o nome adjetivo; quando dois ou mais vocábulos formarem uma expressão modificadora de um substantivo (O amor de mãe é belo), nominá-la-emos locução adjetiva.

Exemplos:

• O homem interiorano (adjetivo) carece de apoio do amigo citadino (adjetivo).• O homem do interior (locução) carece de apoio do amigo da cidade (locução).• As águas pluviais arrastaram os casebres urbanos.• As águas da chuva arrastaram os casebres da cidade.

Exemplos:

• O amor materno (adjetivo) é belo.• O amor de mãe (locução adjetiva) é belo.• O amor que vem da mãe (locução adjetiva ou oração subordinada adjetiva) é belo.

Nota: as locuções adjetivas verbali-zadas recebem o nome de orações subordinadas adjetivas.

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TEXTOS E TESTES

Reputação

Conta-se que o fogo, a água e a reputação fizeram um pacto de jamais se separarem. Se isso ocorresse, o reencontro, combinaram, haveria de ser fácil. Disse, então, o fogo:

– Oh, água, oh reputação, quando vocês não me encontrarem, procurem a fumaça, que ela é minha filha. E onde estiver minha filha ali estarei eu.

Falou, em seguida, a água:

– Oh, fogo, oh, reputação, se vocês me perderem, baixem os olhos à terra e busquem, nela, a umidade, que ela é minha filha. E onde esti-ver minha filha ali estarei eu.

Chegada sua vez, a reputação, depois de longo silêncio, lamentou:

– Oh, fogo, oh, água, a mim, quando vocês perderem, não me procurem mais. Afinal, o homem que me perder uma só vez nunca mais me reencontrará.

(Autor desconhecido)

Primeiro momento: um texto inspirador!

5º Degrau / Morfologia / Classificação dos vocábulos / Textos e testes

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Segundo momento: dominando o vocabulário!

Reputação: conceito, opinião pública, fama, renome.

Pacto: acordo, trato, ajuste, contrato.

Lamentar: demonstrar sentimentos por, queixar-se, lastimar-se.

Terceiro momento: lendo, interpretando, compreendendo o texto!

01. Considerando o texto, só não é correto afirmar que...

a) o autor apresenta o fogo, a água e a reputação em igual, rigorosa e crescente ordem hierárquica;

b) ocorre uma exaltação considerável de valores como honestidade, responsabili-dade, amor ao próximo e fidelidade ao trabalho, à família, à cultura e à boa con-duta, dentre outras coisas;

c) existe considerável distância entre alguns dos elementos que, nele, funcionam como personagens;

d) o autor, por meio de figuras, procura, na verdade, demonstrar a grandiosa im-portância da reputação;

e) a figura reputação poderia ser substituída por um conjunto enorme de outros valores que, à luz da razão e da ética humanas, são de importância inestimável ao homem.

5º Degrau / Morfologia / Classificação dos vocábulos / Textos e testes

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02. Considerando o texto, marque a única opção correta:

a) no segundo parágrafo, existem duas orações;b) o segundo parágrafo é exemplo de discurso indireto;c) no segundo parágrafo, o personagem “fogo” expressa-se em discurso direto;d) na segunda linha, o vocábulo “isso” retoma o pacto feito entre fogo, água e

reputação; e) na nona linha, o vocábulo “nela” retoma a ideia de água, sétima linha.

03. Marque a opção incorreta:

a) fogo (linha 01): substantivo;b) fácil (linha 03): adjetivo;c) seguida (linha 07): substantivo;d) terra (linha 09): substantivo;e) longo (linha 11) adjetivo.

04. Marque a opção incorreta:

a) água (linha 01): substantivo simples, primitivo, concreto;b) reencontro (linha 02): substantivo simples, derivado, concreto;c) fumaça (linha 05): substantivo simples, derivado, concreto; d) umidade (linha 09): substantivo simples, derivado, concreto;e) reputação (linha 11): substantivo simples, primitivo, abstrato.

5º Degrau / Morfologia / Classificação dos vocábulos / Textos e testes

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05. Marque a opção incorreta:

a) Em “O fogo é tão importante quanto a água” temos o grau comparativo de igualdade;

b) Em “A reputação é o mais importante dos valores humanos” temos grau super-lativo relativo de superioridade;

c) Em “A reputação é importantíssima” temos grau superlativo absoluto sintético;d) Em “A reputação é mais importante do que o fogo e a água” temos grau super-

lativo relativo de superioridade;e) Em “A reputação mostrou-se mais orgulhosa do que a água” temos grau com-

parativo de superioridade.

01. (CESGRANRIO) Assinale a oração em que o termo cego(s) é um adjetivo:

a) Os cegos, habitantes de um mundo esquemático, sabem onde ir...b) O cego de Ipanema representava naquele momento todas as alegorias da noite

escura da alma…c) Todos os cálculos do cego se desfaziam na turbulência do álcool.d) Naquele instante era só um pobre cego.e) ...da Terra que é um globo cego girando no caos.

QUESTÕES DE PROVA

5º Degrau / Morfologia / Classificação dos vocábulos / Questões de prova

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02. (UNI) Assinale a sequência correta em relação aos tipos de adjetivos e suas defini-ções:

I. Adjetivos formados por apenas um radical.II. Adjetivos formados por dois ou mais radicais.III. Adjetivos que não são derivados de outra palavra em língua portuguesa.IV. Adjetivos formados a partir de outros substantivos ou verbos.V. Adjetivos que se referem à origem ou nacionalidade do substantivo.

( ) pátrios( ) primitivos( ) compostos( ) derivados( ) simples

a) II, III, V, IV e I;b) V, IV, III, III e I;c) I, III, IV, II e V;d) V, III, II, IV e I;e) III, II, V, IV e I.

03. (MACK) Supondo que vice-rei, porta-estandarte, navio-escola e baixo-relevo fos-sem substantivos, assinale a opção cuja pluralização estaria correta:

a) vice-reis, porta-estandartes, navios-escola, baixos-relevo;b) vice-reis, portas-estandartes, navios-escola, baixos-relevo;c) vices-reis, porta-estandartes, navios-escola, baixo-relevos;d) vice-reis, porta-estandartes, navio-escolas, baixos-relevos;e) vice-reis, porta-estandartes, navios-escola, baixos-relevos.

5º Degrau / Morfologia / Classificação dos vocábulos / Questões de prova

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04. (CFET) Assinale a opção que contém o superlativo dos adjetivos nobre, pobre, doce, amável e sagrado:

a) nobérrimo, paupérrimo, docíssimo, amabilíssimo, sagradíssimo;b) nobilíssimo, paupérrimo, dulcíssimo, amabilíssimo, sacratíssimo;c) nobilíssimo, pobréssimo, docíssimo, amavelíssimo, sagradíssimo;d) nobérrimo, paupérrimo, docérrimo, amabilíssimo, sagradíssimo;e) nobilíssimo, pobríssimo, docíssimo, amavelíssimo, sagradíssimo.

05. (EPCAR) Está mal flexionado o adjetivo na opção:

a) Tecidos verde-olivas;b) Festas cívico-religiosas;c) Guardas-noturnos luso-brasileiros;d) Ternos azul-marinho;e) Vários porta-estandartes.

06. (Fatec-SP) Identifique a opção em que não é atribuída ideia de superlativo ao adjetivo:

a) É uma ideia agradabilíssima.b) Era um rapaz alto, alto, alto.c) Saí de lá hipersatisfeito.d) Almocei tremendamente bem.e) É uma moça assustadoramente alta.

5º Degrau / Morfologia / Classificação dos vocábulos / Questões de prova

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07. (Febasp) Em ”Os homens são os melhores fregueses”, os melhores encontram-se no grau:

a) comparativo de superioridade;b) superlativo relativo de superioridade;c) superlativo absoluto sintético;d) superlativo absoluto analítico de superioridade;e) comparativo de igualdade.

08. (FGV) Aponte a opção em que corretamente se faz a concordância dos termos desta-cados:

a) Disputas sino-soviética; informações econômico-financeiras; camisas azul-pisci-nas; camisas pastéis;

b) Disputas sino-soviéticas; informações econômicas-financeiras; camisas azuis-pis-cina; camisas pastel;

c) Disputas sinas-soviéticas; informações econômicas-financeiras; camisas azul-pis-cina; camisas pastéis;

d) Disputas sino-soviéticas; informações econômicas-financeiras; camisas azul-pis-cina; camisas pastéis;

e) Disputas sino-soviéticas; informações econômico-financeiras; camisas azul-pisci-na; camisas pastel.

5º Degrau / Morfologia / Classificação dos vocábulos / Questões de prova

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09. (FGV) Aponte a opção que traga os superlativos absolutos sintéticos de acordo com a norma culta:

a) Celebérrimo, crudelésimo, dulcíssimo, nigérrimo, nobilíssimo;b) Celebésimo, crudelíssimo, dulcíssimo, nigérrimo, nobérrimo;c) Celebérrimo, crudelíssimo, dulcíssimo, nigérrimo, nobilíssimo;d) Celebríssimo, cruelérrimo, dulcésimo, negérrimo, nobérrimo;e) Celebríssimo, crudelérrimo, dulcíssimo, negérrimo, nobérrimo.

10. (U-UBERLÂNDIA) Relativamente à concordância dos adjetivos compostos uma opção está errada: Qual?

a) saia amarelo-ouro;b) papel amarelo-ouro;c) caixa vermelho-sangue;d) caixa vermelha-sangue;e) caixas vermelho-sangue.

11. (SISA) Assinale a opção em que há erro na flexão dos vocábulos destacados:

a) Os azuis-marinhos nem sempre são azul-marinho.b) Os fiéis usavam roupas laranja.c) Os limões eram da cor de suas camisas limão.d) Os fiéis liam obras bíblico-literárias diariamente.e) As obras bíblico e literárias eram lidas diariamente.

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12. (PUC) Adjetivo no grau superlativo relativo ocorre em:

a) Acrescento que nada mais bonito existe do que um barco a vela.b) E havia também as casas dos pobres do outro lado, construções muito admiráveis

no ar.c) O milagre da pobreza é sempre o mais novo e o mais cálido de todos os milagres.d) O maior barco a vela seguia o caminho invisível do vento.e) O domingo se aquietara, quando passou zunindo um automóvel vermelho.

13. (Fac. São Marcos) Assinale a frase incorreta quanto à flexão de grau do adjetivo:

a) Que tristezas são mais ruins que as nossas?b) A proposta era mais boa do que má.c) A proposta era mais má do que boa.d) Minha casa é mais grande do que pequena.e) Minha proposta é melhor (do) que a tua.

14. (UPM-SP) Assinale a opção em que ambos os adjetivos não se flexionam em gênero:

a) elemento motor, tratamento médico-dentário;b) esforço vão, passeio matinal;c) juiz arrogante, sentimento fraterno;d) cientista hindu, homem célebre;e) costume andaluz, manual lúdico-instrutivo.

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15. (IPAN) Qual das palavras destacadas não é um adjetivo?

a) As pesquisas eliminaram PARTE da emoção.b) Os BONS candidatos nem sempre são eleitos.c) Nas eleições há feriado NACIONAL.d) As GRANDES empresas patrocinam candidatos.e) Os resultados são dados no dia SEGUINTE.

16. (MARCA) Assinale a única opção incorreta:

a) O habitante neozelandês (da Nova Zelândia) adormece cedo.b) O jovem acreano (do Acre) sofre com o clima e com a discriminação.c) O povo baiense (da Bahia) é amável, alegre e receptivo.d) O território mato-grossense-do-sul é plano e produtivo.e) O ilhéu marajoara (Ilha de Marajó) considera-se muito feliz.

17. (SEGURO) Assinale a alternativa em que todos os adjetivos têm uma só forma para os dois gêneros:

a) andaluz, hindu, comum;b) europeu, cortês, feliz;c) fofo, incolor, cru;d) superior, agrícola, namorador;e) exemplar, fácil, simples.

5º Degrau / Morfologia / Classificação dos vocábulos / Questões de prova

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18. (MPE/UFPA) Há casos em que o adjetivo muda de sentido se anteposto ou posposto ao substantivo. Observe:

Lá se vão os pobres meninos,

Pelas ruas da cidade.

Meninos pobres, pelas ruas da cidade rica.

Qual é o significado da primeira e da segunda ocorrência da palavra “pobres” no trecho acima?

a) humildes / modestos;b) mendigos / sem recursos;c) dignos de pena / improdutivos;d) dignos de compaixão / desprovidos de recursos;e) ingênuos / sem posses.

19. Marque a opção incorreta:

a) A lesão toráxica (do tórax) foi causada por um choque com o jogador adversário.b) O estado anímico (de alma) do atleta estava elevadíssimo.c) A região capital (da cabeça) foi afetada pelo choque com um jogador adversário.d) As águas fluviais (do rio) e pluviais (da chuva) eram escoadas rapidamente.e) Seu espírito ferino (de fera) era criticado pelos colegas de trabalho.

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Exercício 01:

01. idoso, nova, feliz02. sábio, nova, atrasado03. aplicado, feliz04. aplicado, ferido05. não, sim06. sincero, falsos07. velha, idoso08. preta, idoso09. viver, cantar10. bonito (segundo), feio (segundo)

Exercício 02:

01. ( A ) O jovem arvorezinhense mostrou-se otimista.02. ( B ) Um cidadão porto-riquenho tornou-se ídolo musical.03. ( B ) Dez jovens estadunidenses foram homenageados por serviços comunitários.04. ( B ) O sul-africano destacou-se como homem de negócios.05. ( B ) Um santanense será promovido a oficial do exército.06. ( A ) O jovem olindense obteve sucesso na profissão.07. ( A ) A mulher marajoara foi bem acolhida no sul.08. ( A ) Um capixaba idoso aconselhava os jovens de sua cidade.09. ( B ) O idoso espírito-santense era cultíssimo.10. ( A ) Jovens porto-alegrenses fizeram sucesso no exterior.

GABARITO

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Exercício 03:

01. A jovem generosa abraçou a professora otimista.02. Uma cidadã amável visitou uma idosa cristã.03. Uma cristã sedutora homenageou uma otimista altruística.04. A ribeirão-pretana judia saudou a ilhoa comilona.05. A comilona neozelandesa saudou a judia ilustre.06. A aluna jovem escreveu à bondosa colega.07. A rapariga audaciosa pretendia o aplauso da moça chorona.08. Uma capixaba idosa aconselhava uma cidadã jovem.09. A inglesa cultíssima simpatizava com a amiga esbelta.10. A professora dedicada referiu-se elogiosamente à aluna inglesa.

Exercício 04:

01. Os jovens generosos abraçaram os professores otimistas.02. Uns cidadãos amáveis visitaram uns idosos cristãos.03. Uns cristãos sedutores vestiam roupões cinza.04. Os atletas judeus só usavam ternos musgo.05. Os judeus inteligentes compraram ternos brancos.06. Os alunos jovens referiram-se aos chapéus pretos das colegas simpáticas.07. Os rapazes audaciosos pretendiam realizar uns monstro comícios. 08. Uns capixabas charlatães/charlatões aconselhavam uso de roupas joviais.09. Os ingleses cultíssimos simpatizavam com camisas limão.10. Os professores criativos referiram-se elogiosamente aos tons cinza da parede da sala.

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Exercício 05:

01. ( A ) O idoso era tão generoso quanto o jovem.02. ( B ) O idoso era muito generoso.03. ( B ) O idoso era o membro mais generoso do grupo.04. ( B ) Generosíssimo, o idoso era admirado no grupo.05. ( A ) Menos generoso do que o jovem, o idoso permanecia no grupo.06. ( B ) A idosa inteligentíssima participava do grupo de jovens.07. ( B ) Mais inteligente do grupo, a idosa integrava-se bem com os jovens.08. ( A ) A idosa era mais inteligente do que estudiosa.09. ( B ) Na turma de aula, o jovem era tido como o mais inteligente de todos.10. ( B ) A jovem era macérrima.

Exercício 06:

01. ( A ) O idoso era tão generoso quanto o jovem.02. ( F ) O idoso era muito generoso.03. ( E ) O idoso era o membro mais generoso do grupo.04. ( G ) Generosíssimo, o idoso era admirado no grupo.05. ( B ) Menos generoso do que o jovem, o idoso permanecia no grupo.06. ( G ) A idosa inteligentíssima participava do grupo de jovens.07. ( E ) Mais inteligente do grupo, a idosa integrava-se bem com os jovens.08. ( C ) A idosa era mais inteligente do que estudiosa.09. ( E ) Na turma de aula, o jovem era tido como o mais inteligente de todos.10. ( G ) A jovem era macérrima.

Terceiro momento:

01-A / 02-C / 03-C / 04-B / 05-D

Questões de provas:

01-E / 02-D / 03-E / 04-B / 05-A / 06-D / 07-B / 08-E / 09-C / 10-D / 11-E / 12-C / 13-A / 14-D / 15-A / 16-B / 17-A / 18-E / 19-A

5º Degrau / Morfologia / Classificação dos vocábulos / Gabarito

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É importante, já de início, esclarecer que, em termos de sintaxe – última e mais significa-tiva parte da gramática –, tudo será tratado em dois planos, o verbal e o nominal.

Faz todo sentido esclarecer, também, que, assim como a expressão verbal lembra verbo, o vocábulo nominal lembra nome.

Tudo simples, não é mesmo? Mas e se perguntássemos quais classes gramaticais devem ser associadas à expressão nome? Sim, quando estudarmos a parte nominal do idioma – re-gência nominal, concordância nominal, predicado nominal, predicado verbo-nominal, comple-mento nominal, oração completiva nominal –, haverá de nos vir à mente o que precisamente?

Pois bem, vamos esclarecer logo esse impasse: o vocábulo nome, em Língua Portuguesa, há de ser associado sempre a substantivo, adjetivo e advérbio. Logo, quando, mais adiante, falarmos em regência nominal, por exemplo, nossa mente reagirá assim: veremos, agora, as exigências do substantivo, do adjetivo e do advérbio.

Concluiremos, então, e em seguida, a classe que, juntamente com as duas já estudadas – substantivo e adjetivo –, completa a tríade nominal do idioma.

Feitas essas (interessantíssimas!) ponderações, vamos ao conceito de advérbio: vocábulo (nenhum em específico!) que modifica o verbo, o adjetivo ou o próprio advérbio.

Exemplos:

1. O menino estuda bastante.

Evidentemente que o vocábulo bastante, nesse caso, não se refere ao substantivo me-nino, mas denota a intensidade com que ele se dedica aos estudos, isto é, a intensidade com que ele estuda.

2. O menino falou bonito.

De novo, não há que se ter dúvidas de que, em vez de o vocábulo bonito estar realçando uma característica do substantivo menino, ele está evidenciando a forma de como o menino se portou durante a fala, isto é, o modo de como ele falou.

ADVÉRBIO

5º Degrau / Morfologia / Classificação dos vocábulos / Advérbio

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3. O colégio é bastante bonito.

Nesse caso, o vocábulo colégio tem bonito por modificador. Ora, modificando o subs-tantivo colégio, bonito, aqui, é um legítimo adjetivo. Já o vocábulo bastante, longe de modi-ficar o substantivo colégio, cumpre o papel de realçar a beleza do educandário, modificando, assim, o adjetivo bonito.

4. O aluno falou muito bonito.

Aqui, o vocábulo bonito está realçando a fala do aluno. Logo, bonito foi empregado como autêntico advérbio. Para reforçar essa característica foi usada a palavra muito, isto é, a beleza da fala do aluno foi realçada ainda mais. Em sendo assim, muito, no caso concreto, é um modificador do advérbio bonito e, por isso mesmo, também é advérbio.

Logo, advérbio, de fato, é qualquer vocábulo do idioma que esteja modificando um ver-bo, um adjetivo ou outro advérbio.

5º Degrau / Morfologia / Classificação dos vocábulos / Advérbio

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Exercício 01:

Nas frases que se seguem, faça um círculo nos vocábulos que modificam verbos, adjetivos ou advérbios:

01. Uma senhora idosa retornou da igreja meio convertida.02. Uma idosa querida acordou muito doente.03. Meus trinta anos foram bem vividos.04. Um grande homem nunca fora um homem muito grande.05. Um homem grande desapareceu muito rapidamente.06. Uma cachorra muito gorda retornou da caça excessivamente cansada.07. Confuso e meio zonzo, o homem, só, falava bastante bobagem.08. Bastantes crianças, bastante tristes, pronunciavam palavras bastante confusas.09. Meio triste e bastante nervoso, o idoso parecia meio tonto.10. O vinho parecia meio estragado, mas o barzinho vendia-o caro.11. O curso era caro e ninguém pagava caro por um curso.12. O menino só queria andar só e, só, ele só poderia pedalar.13. Bastante zangado, o aluno, bastante nervoso, via bastante gente a observá-lo.14. Escrevendo bonito, o bonito rapaz tornou seu texto bonito.15. O não e o jamais nunca me preocuparam e jamais me preocuparão.

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1. Classificação

De acordo com os enunciados onde estão contidos, os advérbios assumem sentidos di-versos e, como tais, são classificados:

1.1 Advérbio de tempo: O menino adormeceu cedo.1.2 Advérbio de lugar: O menino adormeceu perto do pai.1.3 Advérbio de modo: O menino foi bem-educado.1.4 Advérbio de dúvida: Talvez o menino esteja doente.1.5 Advérbio de negação: O menino jamais perturbou a aula.1.6 Advérbio de afirmação: O menino certamente sabe o caminho.1.7 Advérbio de intensidade: O menino parecia estar bem feliz.

2. Flexão

Invariável em gênero (masculino-feminino) e em número (singular-plural), o advérbio fle-xiona-se em grau, seguindo, em parte, e nesse particular, o comportamento do adjetivo.

Exemplos:

• A mulher meio atrapalhada adormeceu feliz.

Observa-se, aí, meio, advérbio, destacado. Ele, mesmo entre o substantivo (mulher) e o adjetivo (atrapalhada) femininos, não se flexionou em gênero, isto é, não assumiu a forma fe-minina meia. Por quê? Justamente porque o advérbio é invariável em gênero.

• As mulheres meio atrapalhadas adormeceram felizes.

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De forma idêntica, pluralizada a frase, o advérbio (meio), ao contrário de todos os outros vocábulos – artigo, substantivo, adjetivo, verbo e adjetivo, respectivamente – permaneceu no singular. Isso comprova que, efetivamente, ele é invariável também em número.

• Só, a mulher corria bastante, mas só encontrava bastante pedra no caminho.• Sós, as mulheres corriam bastante e só encontravam bastantes pedras no caminho.

Aqui temos, no início da frase, o vocábulo só como adjetivo, pois modifica o substantivo mulher. Mais adiante, modificando o verbo encontrar, ele já surge como autêntico advérbio. Justamente por isso, na primeira versão, ele sofreu flexão (o adjetivo é variável) e, na segunda, permaneceu no singular (o advérbio é invariável).

O que ocorre em relação ao vocábulo bastante não é muito diferente disso. Na primeira aparição, ele, como modificador do verbo correr, é advérbio e, por isso, permaneceu no singu-lar. Na segunda vez em que ele aparece, como pronome indefinido, mostrou-se variável a fim de concordar com o substantivo pedras, que ele determina e a que ele se refere.

2.1 Em grau, porém, o advérbio é variável.

Semelhantemente ao que ocorre com o adjetivo, o advérbio possui os graus comparativo e superlativo.

2.1.1 Grau comparativo

a) De igualdade: O menino anda tão rapidamente quanto seu pai.b) De inferioridade: O menino anda menos rapidamente (do) que seu pai.c) De superioridade: O menino anda mais rapidamente (do) que seu pai.

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2.1.2 Grau superlativo

a) Absoluto sintético: O orador falou horrivelmente.b) Absoluto analítico: O orador falou muito mal.

3. Locução adverbial

A exemplo do que ocorre com várias outras classes gramaticais, paralelamante aos ad-vérbios, existem as locuções adverbiais.

Quando usarmos um vocábulo como modificador de um verbo, de um adjetivo ou de um advérbio, estaremos diante de um advérbio. Já, ao usarmos dois ou mais vocábulos para modi-ficar essas classes, teremos as locuções adverbiais.

Urge que se entendam perfeitamente as locuções, pois, na sintaxe, elas funcionarão sempre como adjuntos adverbiais ou orações subordinadas adverbiais.

Exemplos:

• O amor materno seduz sempre.

Podem ser identificados, nesse exemplo, o adjetivo materno (modificador do substanti-vo amor) e o advérbio sempre (modificador do verbo seduzir).

• O amor de mãe seduz de repente.

Agora, o substantivo amor aparece modificado por de mãe. Logo, em vez do simples adjetivo, como no exemplo anterior, temos uma locução adjetiva.

É fácil perceber que o verbo seduzir, igualmente, está sendo modificado por de repente. Então, em vez de um simples advérbio, temos aí uma locução adverbial.

• O amor que vem da mãe seduz se os filhos forem sensíveis.

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Observe que o fragmento que vem da mãe modifica o substantivo amor. Logo, é uma locução adjetiva. Pois bem, nos estudos sintáticos – classificação das orações – esse tipo de locução será retomado a fim de exemplificar a oração subordinada adjetiva. Sim, toda locu-ção adjetiva, com verbo dentro, mais tarde se transformará em oração subordinada adjetiva.

De igual sorte, a expressão se os filhos forem sensíveis está modificando o verbo se-duzir. Em sendo assim, ela é uma legítima locução adverbial. Como se trata de uma locução adverbial com um verbo dentro, mais tarde, provando que o Português é sequencial e lógico, nominá-la-emos oração subordinada adverbial.

Exercício 02:

01. Marque a opção em que o vocábulo destacado é advérbio de modo:

a) Inesperadamente, ele compareceu à reunião escolar.b) Ontem, ele não compareceu à reunião escolar.c) Ele compareceu à reunião bastante preocupado.d) Ele comparece à escola do filho diariamente.e) Talvez ele compareça à reunião escolar.

02. Considerando o advérbio destacado e a indicação entre parênteses, marque a op-ção incorreta:

a) O aluno rasurou propositalmente (modo) sua prova.b) Acima (lugar) do homem, somente Deus.c) O aluno jamais (negação) rasurará sua própria prova.d) Certamente (afirmação) o aluno não achava feio rasurar a prova.e) Nunca rasurei uma prova, tampouco (negação) rasurarei um dia.

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03. Marque a opção em que “melhor” tenha sido empregado como advérbio:

a) A melhor nota do aluno foi para a prova de Português.b) A menina sempre teve desempenho melhor que o menino.c) O menino escreve melhor que a menina.d) O melhor desempenho do aluno ocorreu ontem.e) A educação do menino é melhor que a da menina.

04. Marque a opção em que houve erro no emprego do advérbio ou da locução adverbial:

a) As crianças mais bem preparadas são as nossas.b) O menino melhor treinado venceu a competição de xadrez.c) O menino chegou rapidamente ao colégio.d) Falar mal nunca aconteceu na vida daquele orador.e) Benquisto, ele sempre desfrutou da simpatia geral.

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05. Considerando os graus do advérbio, enumere corretamente:

I) A rapariga escreve mais corretamente que o rapaz.II) O rapaz escreveu erradamente o próprio nome.III) O aluno anda menos lentamente que a menina. IV) O rapaz escrevia tão bem quanto sua namorada.V) Ele, normalmente, falava muito mal.

( ) comparativo de igualdade( ) comparativo de superioridade( ) comparativo de inferioridade( ) superlativo absoluto sintético( ) superlativo absoluto analítico

Agora marque a opção que apresenta a sequência correta:

a) II – I – IV – III – V b) I – II – III – IV – V c) V – IV – III – II – I d) IV – I – III – II – Ve) IV – II – VII – V - I

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Um homem de consciência

Chamava-se João Teodoro, só. O mais pacato e modesto dos homens. Honestíssimo e lealíssimo, com um defeito apenas: não dar o mínimo valor a si próprio. Para João Teodoro, a coisa de menos importância no mundo era João Teodoro.

Nunca fora nada na vida, nem admitia a hipótese de vir a ser alguma coisa. E por muito tempo não quis nem sequer o que todos ali queriam: mudar-se para terra melhor.

Mas João Teodoro acompanhava com aperto de coração o desaparecimento visível de sua Itaoca.

– Isto já foi muito melhor, dizia consigo. Já teve três médicos bem bons, agora só um e bem ruinzote. Já teve seis advogados e hoje mal dá serviço para um rábula ordinário como o Tenório. Nem circo de cavalinhos bate mais por aqui. A minha Itaoca está mesmo se acabando.

João Teodoro entrou a incubar a idéia de também mudar-se, mas para isso necessitava dum fato qualquer que o convencesse de maneira absoluta de que Itaoca não tinha mesmo conserto ou arranjo possível.

– É isso, deliberou lá por dentro. Quando eu verificar que tudo está perdido, que Itaoca não vale mais nada de nada de nada, então arrumo a trouxa e boto-me fora daqui.

Um dia aconteceu uma grande novidade: a nomeação de João Teodoro para delegado. Nosso homem recebeu a notícia como se fosse uma porretada no crânio. Delegado, ele! Ele que não era nada, nunca fora nada, não queria ser nada, não se julgava capaz de nada...

TEXTOS E TESTES

Primeiro momento: um texto oportuno!

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Ser delegado numa cidadezinha daquelas é coisa seriíssima. Não há cargo mais impor-tante. É o homem que prende os outros, que solta, que manda dar sovas, que vai à capital falar com o governo. Uma coisa colossal ser delegado – e estava ele, João Teodoro, de-le-ga-do de Itaoca...

João Teodoro caiu em meditação profunda. Passou a noite em claro, pensando e arru-mando as malas. Pela madrugada, botou-as num burro, montou no seu cavalinho magro e partiu.

Antes de deixar a cidade foi visto por um amigo madrugador.

– Que é isso, João? Para onde se atira tão cedo, assim de armas e bagagens?

– Vou-me embora, respondeu o retirante. Verifiquei que Itaoca chegou mesmo ao fim.

– Mas como? Agora que você está delegado?

– Justamente por isso. Em terra em que João Teodoro chega a delegado, eu não moro. Adeus.

E sumiu.

Monteiro Lobato

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Segundo momento: dominando o vocabulário!

Consciência: percepção que o ser humano tem do que é moralmente certo ou errado em atos individuais.

Pacato: paciente, tranquilo, sossegado.

Lealíssimo: atributo de alguém que é leal (sincero, fiel) no grau mais elevado imaginável (su-perlativo).

Defeito: imperfeição, vício, fraqueza.

Hipótese: suposição, conjectura, chance, pressuposto, suspeita.

Aperto: angústia, aflição, pressão.

Ruinzote: aumentativo de ruim, bem ruim, muito ruim.

Rábula: profissional que, mesmo sem formação jurídica, exerce a advocacia, mau advogado.

Itaoca: município do estado de São Paulo, seu nome significa “casa de pedra”, em tupi.

Conserto: diferentemente de “concerto” (para música), “conserto” significa reparo, correção, arranjo.

Deliberar: dar opinião, decidir-se, solucionar após análise.

Trouxa: reunião de objetos pessoais para mudança, fardo de roupas. Pejorativo: bobo, mané, otário.

Porretada: paulada, cacetada.

Sova: surra, tunda, laço.

Colossal: grandioso, enorme, descomunal, ótimo, magnífico.

Meditação: reflexão, ponderação, raciocínio, avaliação.

Retirante: aquele que se retira, vai embora, que deixa um lugar.

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Terceiro momento: lendo, interpretando, compreendendo o texto!

01. A lição mais atual e mais adequada ao texto acima está no adágio da letra:

a) Não se apanham moscas com vinagre.b) Não se fazem mais homens como os de antigamente.c) Ovelha não é pra mato.d) Cada macaco no seu galho.e) Aqui se faz, aqui se paga.

02. Com a desistência de João Teodoro, ao final, o autor quis mostrar:

a) a covardia do personagem;b) a ignorância do personagem;c) a coerência do personagem;d) o pessimismo do personagem;e) o derrotismo do personagem.

03. O deslocamento de vocábulos, considerando as frases do texto, só não altera o sentido em:

a) só se chamava João Teodoro (primeira linha);b) honestíssimo e lealíssimo, com apenas um defeito (primeira e segunda linhas);c) na vida, nada nunca fora (quarta linha);d) a hipótese de vir a ser alguma coisa nem admitia (quarta linha);e) mudar-se da terra para melhor (quinta linha).

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04. Se o vocábulo coisa, quarto período, fosse pluralizado, quantos outros sofreriam alteração?

a) um;b) dois;c) três;d) quatro;e) cinco.

05. O texto acima apresenta:

a) oito parágrafos;b) nove parágrafos;c) dez parágrafos; d) quatorze parágrafos;e) quinze parágrafos.

06. Os dois pontos da segunda linha do texto poderiam ser substituídos por:

a) ponto e vírgula;b) ponto final;c) vírgula;d) reticências;e) não há sinal de pontuação capaz de substituir os dois pontos questionados.

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07. A frase “-Vou-me embora, respondeu o retirante. Verifiquei que Itaoca chegou mesmo ao fim” poderia, em parte, ser reescrita assim:

a) João Teodoro disse que “Vou-me embora”;b) Vou-me embora, respondeu o retirante, disse João Teodoro;c) João Teodoro disse que vou-me embora;d) João Teodoro disse: “Vou-me embora”;e) João Teodoro disse: vamos todos embora.

08. Na frase “Nunca fora nada na vida, nem admitia a hipótese de vir a ser alguma coi-sa”, os vocábulos destacados são:

a) advérbio de negação / locução adverbial / adjetivo;b) advérbio de tempo / locução adjetiva / substantivo;c) advérbio de modo / locução substantiva / advérbio;d) advérbio de negação / locução adjetiva / substantivo;e) advérbio de tempo / locução adverbial / adjetivo.

09. Em “Isto já foi muito melhor, dizia consigo”, temos:

a) foi: verbo;b) já: advérbio;c) muito: advérbio;d) melhor: advérbio;e) dizia: verbo.

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10. Em “Vou-me embora, respondeu o retirante. Verifiquei que Itaoca chegou mesmo ao fim”, há:

a) adjetivo: embora;b) substantivo comum: retirante;c) verbo: chegou;d) substantivo próprio: Itaoca;e) locução adverbial: ao fim.

11. Marque a opção cuja frase não apresenta advérbio de nenhuma espécie:

a) “Chamava-se João Teodoro, só.”b) “Nunca fora nada na vida...”c) “E por muito tempo não quis...”d) “...o desaparecimento visível de sua Itaoca.”e) “Nem circo de cavalinhos bate mais por aqui.”

12. Marque a relação incorreta:

a) Mais (linha 01): advérbio de intensidade;b) mínimo (linha 02): substantivo;c) no mundo (linha 03): locução adverbial de lugar;d) Nunca (linha 04): advérbio de tempo;e) terra (linha 05): substantivo.

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13. Marque a opção em que a expressão retirada do texto não é locução adverbial:

a) de maneira absoluta (linha 12);b) lá por dentro (linha 14);c) Um dia (linha 16);d) de Itaoca (linha 21 e 22);e) a noite (linha 23).

14. Da antepenúltima linha do texto, nós retiramos corretamente:

a) Justamente: advérbio;b) Em terra: locução adverbial;c) João Teodoro: substantivo;d) delegado: substantivo;e) moro: advérbio de lugar.

15. Do oitavo parágrafo, podemos retirar corretamente:

a) seriíssima: adjetivo no grau superlativo absoluto sintético;b) mais: advérbio de intensidade;c) à capital: locução adverbial de lugar;d) coisa colossal: locução adjetiva;e) João Teodoro: substantivo próprio masculino.

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01. (UNIFE-) Considere a charge e as afirmações.

A charge tem como objetivo fazer uma sátira de alguém ou de alguma situação atual por meio de desenhos caricatos.

I) O advérbio já, indicativo de tempo, atribui à frase o sentido de mudança;II) Entende-se pela frase da charge que a população de idosos atingiu um patamar inédi-

to no país;III) Observando a imagem, tem-se que a fila de velhinhos esperando um lugar no banco

sugere o aumento de idosos no país.

Está correto o que se afirma em:

a) I apenas;b) II apenas;c) I e II apenas;d) II e III apenas;e) I, II e III.

QUESTÕES DE PROVA

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02. (ITA) Esta questão refere-se ao texto abaixo:

(…) As angústias dos brasileiros em relação ao português são de duas ordens. Para uma par-te da população, a que não teve acesso a uma boa escola e, mesmo assim, conseguiu galgar posições, o problema é sobretudo com a gramática. É esse o público que consome avida-mente os fascículos e livros do professor Pasquale, em que as regras básicas do idioma são apresentadas de forma clara e bem-humorada. Para o segmento que teve oportunidade de estudar em bons colégios, a principal dificuldade é com clareza. É para satisfazer a essa demanda que um novo tipo de profissional surgiu: o professor de português especializado em adestrar funcionários de empresas. Antigamente, os cursos dados no escritório eram de gramática básica e se destinavam principalmente a secretárias. De uns tempos para cá, eles passaram a atender primordialmente gente de nível superior. Em geral, os pro-fessores que atuam em firmas são acadêmicos que fazem esse tipo de trabalho esporadi-camente para ganhar um dinheiro extra. “É fascinante, porque deixamos de viver a teoria para enfrentar a língua do mundo real”, diz Antônio Suárez Abreu, livre-docente pela Uni-versidade de São Paulo (…)

(JOÃO GABRIEL DE LIMA. Falar e escrever, eis a questão. Veja, 7/11/2001, n. 1725)

O adjetivo principal (em a principal dificuldade é com clareza) permite inferir que a clareza é apenas um elemento dentro de um conjunto de dificuldades, talvez o mais significativo. Semelhante inferência pode ser realizada pelos advérbios:

a) avidamente, principalmente, primordialmente;b) sobretudo, avidamente, principalmente;c) avidamente, antigamente, principalmente;d) sobretudo, principalmente, primordialmente;e) principalmente, primordialmente, esporadicamente.

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03. (UFV-MG) Em todas as opções há dois advérbios, exceto em:

a) Ele permaneceu muito calado.b) Amanhã, não iremos ao cinema.c) O menino, ontem, cantou desafinadamente.d) Tranquilamente, realizou-se, hoje, o jogo.e) Ela falou calma e sabiamente.

04. (FATEC-SP) Assinale a frase que não apresenta locução adverbial:

a) “...a vista se perdendo no horizonte...” b) “É mais seguro ir andando, passo a passo...”c) “... um homem que vivera nas montanhas...” d) “... o delicioso sentimento de dignidade e liberdade.”e) “Às vezes, o sentimento de liberdade sumia.”

05. (PUC) Em qual opção somente advérbios foram acrescidos à frase “O tempo pas-sou.”?

a) O sofrido tempo não passou muito rápido, infelizmente.b) O tempo passou bastante, majestoso.c) Realmente, o tempo passou depressa demais.d) Sim, o curto tempo já passou.e) O tempo, já escasso, passou.

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06. (UFC) A opção em que há um advérbio exprimindo circunstância de tempo é:

a) Possivelmente viajarei para São Paulo.b) Maria tinha aproximadamente 15 anos.c) As tarefas foram executadas concomitantemente.d) Os resultados chegaram demasiadamente atrasados.e) Ali estava o ano de 1822.

07. (UM) Na frase “As negociações estariam meio abertas só depois de meio período de trabalho”, as palavras destacadas são, respectivamente:

a) adjetivo e adjetivo;b) advérbio e advérbio;c) advérbio e adjetivo;d) numeral e adjetivo;e) numeral e advérbio.

08. (CTA/Computação-SP) Assinale a opção em que “meio” funciona como advérbio:

a) Achei-o meio triste.b) Só quero meio metro.c) Parei no meio da avenida.d) Comprei um metro e meio.e) Descobri o meio de acertar.

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09. (FUVEST) Assinale a opção em que ocorre advérbio no grau comparativo de superiori-dade:

a) Ninguém mora tão longe quanto ela.b) Ninguém mora muito longe.c) Ninguém mora mais longe do que ela.d) Ninguém mora menos longe do que ela.e) Ninguém mora tão longe.

10. (PUC-SP) Assinale a opção em que ocorre um advérbio de modo:

a) Anteriormente eles haviam dito o contrário.b) Sempre esperei este dia.c) Ninguém viajará para cá.d) Não reagiu favoravelmente ao discurso.e) Há pessoas mais antigas que você.

11. (UNITAU-SP) Indique a opção gramaticalmente incorreta:

a) A casa onde moro é excelente.b) Disseram-me por que chegaram tarde.c) Aonde está o livro?d) É bom o colégio donde saímos.e) O sítio aonde vais é pequeno.

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12. (UFRJ) Em todos os vocábulos, normalmente, advérbios terminados em “–mente”, a seguir transcritos, vê-se claramente a sua formação a partir da forma feminina do adjetivo, exceto em:

a) predominantemente; b) basicamente; c) negativamente; d) diariamente; e) humanamente.

13. (UNIFESP) Dizer “só no fim do mês recebe” é diferente de “no fim do mês recebe”, pois, no primeiro caso, é flagrante a ideia de:

a) intensidade;b) demora;c) tempo indefinido;d) rapidez;e) probabilidade.

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14. (Mackenzie) Leia o texto que se segue: Os encantos da gentil cantora eram ainda realçados pela singeleza, e diremos quase pobre-za do modesto trajar. Um vestido de chita ordinária azul-clara desenhava-lhe perfeitamente com encantadora simplicidade o porte esbelto e a cintura delicada, e desdobrando-se-lhe em roda em amplas ondulações parecia uma nuvem, do seio da qual se erguia a cantora como Vênus nascendo da espuma do mar, ou como um anjo surgindo dentre brumas va-porosas. (...) Entretanto, abre-se sutilmente a cortina de casa de uma das portas interiores, e uma nova personagem penetra no salão. Era também uma formosa dama ainda no viço da mocidade, bonita, bem feita e elegante. (...) Mas com todo esse luxo e donaire de grande senhora nem por isso sua beleza deixava de ficar algum tanto eclipsada em presença das formas puras e corretas, da nobre singeleza (...) da cantora. Todavia Malvina era linda, en-cantadora mesmo, e posto que vaidosa de sua formosura e alta posição, transluzia-lhe nos grandes e meigos olhos azuis toda a nativa bondade de seu coração.

Bernardo Guimarães

Assinale a opção correta:

a) O advérbio ainda pressupõe que a graça da cantora era também realçada por outros detalhes.

b) O adjetivo nova indica a faixa etária da personagem.c) A conjunção posto que pode ser substituída, sem prejuízo do sentido original, por “já

que”.d) A expressão nem por isso introduz ideia de consequência.e) A expressão parecia uma nuvem comprova que o narrador prefere o uso de metáforas

ao de comparações.

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15. (FGV) Ainda que endureçamos os nossos corações diante da vergonha e da desgraça experimentadas pelas vítimas, o ônus do analfabetismo é muito alto para todos os demais.

A locução ainda que e o advérbio muito estabelecem relações de sentido, respectiva mente, de:

a) restrição e quantidade;b) causa e modo;c) tempo e meio;d) concessão e intensidade;e) condição e especificação.

16. (FGV) Assinale a opção em que o advérbio não é empregado de modo enfático, sem o sentido negativo que lhe é próprio.

a) Na época não existia internet nem computadores, o mundo era totalmente dife-rente.

b) Não que eu seja contra livros, muito pelo contrário.c) Quase metade das descobertas científicas surgiu não da lógica [...], mas da sim-

ples observação.d) Quantas vezes não participamos de uma reunião e alguém diz “vamos parar de

discutir” [...]?e) Quantas vezes a gente simplesmente não “enxerga” a questão?

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17. (UNIFESP) - Na passagem – ... e anula mesmo a educação mais primorosa. – o termo em destaque pode ser substituído, sem prejuízo de sentido, por:

a) provavelmente;b) até;c) propriamente;d) deveras;e) eventualmente.

18. (FUVEST) Na frase “O Sol ainda produzirá energia”, o advérbio ainda tem o mesmo sentido que em:

a) Ainda lutando, nada conseguirá.b) Há ainda outras pessoas envolvidas no caso.c) Ainda há cinco minutos ela estava aqui.d) Um dia ele voltará, e ela estará ainda à sua espera.e) Sei que ainda serás rico.

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19. (PUC SP) - De acordo com o discurso gramatical tradicional, advérbio é palavra invariável que expressa circunstância e incide sobre verbos, adjetivos e até mesmo advérbios. No entanto, extrapolando esse discurso, sabe-se que, como modalizador, em vez de exprimir uma circunstância (tempo, lugar, intensidade etc.) relacionada a um verbo, advérbio ou adjetivo, o advérbio pode revelar estados psicológicos do enunciador. Isso se vê em:

a) “[...] basta uma torcida muito forte para que se produza um resultado positivo para a sociedade.”

b) “Infelizmente a vida real exige mais do que boas intenções para seguir o vetor do progresso social.”

c) “o governo deveria ter optado por agir silenciosa e drasticamente nas organizações policiais.”

d) “A apreensão não é reportada ao comando policial [...]”e) “Depois raspam sua numeração e a vendem.”

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Exercício 01:

01. Uma senhora idosa retornou da igreja meio convertida.02. Uma idosa querida acordou muito doente.03. Meus trinta anos foram bem vividos.04. Um grande homem nunca fora um homem muito grande.05. Um homem grande desapareceu muito rapidamente.06. Uma cachorra muito gorda retornou da caça excessivamente cansada.07. Confuso e meio zonzo, o homem, só, falava bastante bobagem.08. Bastantes crianças, bastante tristes, pronunciavam palavras bastante confusas.09. Meio triste e bastante nervoso, o idoso parecia meio tonto.10. O vinho parecia meio estragado, mas o barzinho vendia-o caro.11. O curso era caro e ninguém pagava caro por um curso.12. O menino só queria andar só e, só, ele só poderia pedalar.13. Bastante zangado, o aluno, bastante nervoso, via bastante gente a observá-lo.14. Escrevendo bonito, o bonito rapaz tornou seu texto bonito.15. O não e o jamais nunca me preocuparam e jamais me preocuparão.

Exercício 02:

01-A / 02-C / 03-C / 04-B / 05-D

Terceiro momento:

01-B / 02-C / 03-D / 04-A / 05-E / 06-C / 07-D / 08-B / 09-D / 10-A / 11-D / 12-B / 13-D / 14-E / 15-D

QUESTÕES DE PROVAS

01-E / 02-D / 03-A / 04-D / 05-C / 06-C / 07-B / 08-A / 09-C / 10-D / 11-C / 12-A / 13-B / 14-A / 15-D / 16-D / 17-B / 18-D / 19-D

GABARITO

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Estudados os nomes – substantivo, adjetivo e advérbio –, o que garantirá familiaridade com o aspecto nominal do idioma, é hora de trincharmos o verbo, o que garantirá familiaridade também com o aspecto verbal da Língua Portuguesa.

Juntamente com o substantivo, o verbo caracteriza-se como classe gramatical, isto é, ele não precisa de determinante ou modificador para garantir sua existência e possibilitar sua identificação.

É importante, por fim, assegurar que, diferentemente do que se pensa acerca dessa clas-se, ela é extremamente organizada, lógica e simples. Basta que se garanta organização e cla-reza em seu estudo.

Dentro dessa necessária organização expositiva e como garantia de clareza, há de se destacar o fato de que existem modos (indicativo, subjuntivo e imperativo), tempos (pretérito, presente e futuro) e formas nominais (infinitivo, gerúndio e particípio).

1. Modos

Entende-se por modo verbal a forma de como algum fato acontece ou deixa de aconte-cer.

1.1. Indicativo

Significando aquele ou aquilo que indica, o indicador, esse modo verbal é utilizado sempre que o emissor quer repassar ao receptor ideia acerca de fato, estado ou ação certos, reais, indiscutíveis. Afinal, só indica quem tem certeza (Eu estudei / Eu estudo / Eu estudarei).

VERBO

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1.2. Subjuntivo

Como a própria etimologia mostra por meio do prefixo sub, o subjuntivo traz consigo a ideia de dependência, subordinação. Por isso mesmo, qualquer verbo nesse modo indicará sempre fato, ação ou estado incompletos, irreais, hipotéticos (Que eu estude / Quando eu es-tudar / Se eu estudasse).

1.3. Imperativo

Com a ideia de autoritarismo, arrogância, prepotência, o modo imperativo presta-se para dar ideia de comando, ordem, imposição, dever, mas também de conselho, ou até súplica.

Retomando, podemos, de fato, entender modo verbal como a forma, a maneira (certa, categórica, definitiva: indicativo; hipotética, irreal, provável: subjuntivo; ou impositiva, autori-tária, ordenativa: imperativo) de como os fatos, as ações, os fenômenos, os estados ou os modos de ser são apresentados pelo emissor ao receptor de uma mensagem.

ModosIndicativo Fato certo. Afinal, só indica quem tem certeza.

Subjuntivo Fato hipotético, incerto, apenas provável.

Imperativo Ordem, comando, proibição, conselho.

2. Tempos

Acomodados no interior dos modos indicativo e subjuntivo, os tempos verbais existem para indicar o momento em que os fatos, as ações, os fenômenos, os estados ou os modos de ser ocorrem ou deixam de ocorrer.

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2.1 Pretérito

Sinônimo de passado, decorrido, consumado, o vocábulo pretérito indica os fatos, as ações, os fenômenos, os estados ou os modos de ser numa perspectiva daquilo que, com certeza, já aconteceu (no modo indicativo) ou que provavelmente tenha acontecido (no modo subjuntivo).

2.2 Presente

Filosoficamente inexistente, de tão tênue, o vocábulo presente – do latim praesentia – indica alguma coisa que está perto, ao alcance de alguém. Na acepção gramatical, a expressão presente nomeia aquilo que, com certeza, acontece no momento exato da fala (no modo in-dicativo), ou que provavelmente possa ocorrer, estar em processo, estar-se desenrolando (no modo subjuntivo).

2.3 Futuro

Tempo que sucede imediatamente ao presente. Tudo aquilo que se relaciona ao porvir, aquilo que ainda há de vir, ou que não aconteceu ainda, mas haverá de acontecer com certeza (no modo indicativo) ou provavelmente acontecerá (no modo subjuntivo).

Tempos Pretérito Fato já consumado, ação no passado, fato ou ação já acontecidos.

Presente Fato em curso, episódio registrado no momento em que acontece.

Futuro Fato projetado para ainda vir a consumar-se.

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3. Formas nominais

Há formas que, na gramática tradicional, são listadas como verbais, mas que, na prática, funcionam como legítimos nomes: substantivo (O cantar seduz), adjetivo (Calça rasgada ago-ra é moda) e advérbio (Lendo o parecer, vibrou).

3.1. Infinitivo

Conhecido, antigamente, como modo infinito do verbo, a forma nominal infinitiva é aque-la em que se repassam ideias sem localizá-las em tempo, modo ou pessoa. De maneira simpló-ria, costuma-se dizer que é o nome do verbo.

Exemplos:

• Eu cantei (cantar), escrevi (escrever) e sorri (sorrir), tudo ao mesmo tempo.• Amar (substantivo) é viver (adjetivo).

3.2. Gerúndio

Forma nominal do verbo, o gerúndio caracteriza-se pela terminação -ndo e expressa ideia de fatos ou ações em processamento, isto é, que estão acontecendo. Desacompanhada de verbo auxiliar, a forma gerundinal pertencerá à classe dos adjetivos ou dos advérbios.

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Exemplos:

• Está chovendo (chove: verbo), mas não está ventando (não venta: verbo).• Pensando (advérbio), o pai lembra a filha de que água fervendo (adjetivo) queima.

3.3. Particípio

Também chamado, pela gramática tradicional, de particípio passado, essa forma nomi-nal, ao contrário do gerúndio, repassa ideia de fatos ou ações já conclusas, acabadas, prontas. Desacompanhado de verbo auxiliar, pertencerá à classe dos adjetivos.

Exemplos:

• O aluno já havia rasgado (rasgar: verbo) seu casaco.• Casaco rasgado (adjetivo) não seduz mulher bonita.

Formas nominais

Infinitivo Nome dos verbos: amar, fazer, sorrir.

Gerúndio Fato ou ação desenvolvendo-se: gritando, chovendo, sorrindo.

Particípio Fato ou ação acabados, prontos: gritado, chovido, sorrido.

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4. Conjugação

A conjugação verbal, inexplicavelmente, é o assunto de menor domínio em todo o estu-do da Língua Portuguesa.

A experiência mostra que essa dificuldade tem origem na falta de clareza com que o tema é exposto e, consequentemente, visto pelas pessoas que o estudam.

Além disso, é visível a desorganização no trato dos tempos dentro dos respectivos mo-dos. Basta perguntar, por exemplo, em que modos estão presentes os tempos verbais, e nin-guém saberá responder: no indicativo e no subjuntivo.

De igual sorte, ou pior ainda, pouquíssimas pessoas saberão dizer que, no modo indica-tivo, existem o presente, o pretérito (perfeito, imperfeito e mais-que-perfeito) e o futuro (do presente e do pretérito); no subjuntivo, o presente, o pretérito (imperfeito) e o futuro.

Já, na formação do imperativo, não é novidade para ninguém a existência do afirmativo e negativo. Construí-las, contudo, é privilégio de poucos.

Por fim, quando se fala em infinitivo pessoal e impessoal, todos logo perguntam: o que é isso?

Vamos, então, com paciência beneditina, a partir daqui, organizar tudo isso, direitinho, direitinho.

Lembremos, primeiro, que existem, de acordo com suas vogais temáticas, três conjuga-ções:

a) primeira: vogal temática a (cantar, amar, sonhar...);b) segunda: vogal temática e (escrever, merecer, parecer...); ec) terceira: vogal temática i (partir, dormir, sorrir...).

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• A antiga quarta conjugação, exclusiva para o verbo pôr e seus derivados, hoje é tratada juntamente com a segunda, pois ambas seguem um mesmo modelo de con-jugação.

Recordemos, depois, que existem duas categorias de verbos:

a) regulares: aqueles que, mantendo seu radical intacto, segue um modelo de conjuga-ção; e

b) irregulares: aqueles que, não mantendo seu radical intacto, fogem do modelo de conjugação.

4.1 Verbos regulares

Ora, como os verbos regulares seguem um modelo de conjugação, ao sabermos con-jugar um deles, saberemos conjugá-los todos.

Conjugaremos um verbo regular em todos os modos, os tempos e as formas nomi-nais e outros deixaremos como exercícios. Depois de conjugá-los todos, vá ao gabarito, página 268, e corrija-os:

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Presente

1ª Conjugação

Pron. CANTAR AMAR SONHAR PROCURAR CONSUMAR

Eu canto

Tu cantas

Ele canta

Nós cantamos

Vós cantais

Eles cantam

INDICATIVO

Observação:

Todos os verbos regulares de primeira conjugação seguem, no presente do in-dicativo, o modelo ao lado: radical + o, as, a, amos, ais, am.

2ª Conjugação

Pron. ESCREVER CEDER PARECER VENDER VARRER

Eu escrevo

Tu escreves

Ele escreve

Nós escrevemos

Vós escreveis

Eles escrevem

Observação:

Todos os verbos regulares de segunda conjugação seguem, no presente do in-dicativo, o modelo ao lado: radical + o, es, e, emos, eis, em.

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3ª Conjugação

Pron. PARTIR ABRIR ADQUIRIR DIVIDIR PRESCINDIR

Eu parto

Tu partes

Ele parte

Nós partimos

Vós partis

Eles partem

Observação:

Todos os verbos regulares de terceira conjugação seguem, no presente do indicativo, o modelo ao lado: radi-cal + o, es, e, imos, is, em.

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1ª Conjugação

Pretérito perfeito

Pron. CANTAR AMAR SONHAR PROCURAR CONSUMAR

Eu cantei

Tu cantaste

Ele cantou

Nós cantamos

Vós cantastes

Eles cantaram

PRETÉRITO

Observação:

Todos os verbos regulares de primei-ra conjugação seguem, no pretérito perfeito do indicativo, o modelo ao lado: radical + ei, aste, ou, amos, astes, aram.

Pretérito imperfeito

Pron. CANTAR AMAR SONHAR PROCURAR CONSUMAR

Eu cantava

Tu cantavas

Ele cantava

Nós cantávamos

Vós cantáveis

Eles cantavam

Observação:

Todos os verbos regulares de pri-meira conjugação seguem, no pretérito imperfeito do indicati-vo, o modelo ao lado: radical + ava, avas, ava, ávamos, áveis, avam.

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Pretérito mais-que-perfeito

Pron. CANTAR AMAR SONHAR PROCURAR CONSUMAR

Eu cantara

Tu cantaras

Ele cantara

Nós cantáramos

Vós cantáreis

Eles cantaram

Observação:

Todos os verbos regulares de pri-meira conjugação seguem, no pretérito mais-que-perfeito do indicativo, o modelo ao lado: ra-dical + ara, aras, ara, áramos, áreis, aram.

2ª Conjugação

Pretérito perfeito

Pron. ESCREVER CEDER PARECER VENDER VARRER

Eu escrevi

Tu escreveste

Ele escreveu

Nós escrevemos

Vós escrevestes

Eles escreveram

Observação:

Todos os verbos regulares de se-gunda conjugação seguem, no pretérito perfeito do indicativo, o modelo ao lado: radical + i, este, eu, emos, estes, eram.

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Pretérito imperfeito

Pron. ESCREVER CEDER PARECER VENDER VARRER

Eu escrevia

Tu escrevias

Ele escrevia

Nós escrevíamos

Vós escrevíeis

Eles escreviam

Observação:

Todos os verbos regulares de se-gunda conjugação seguem, no pretérito imperfeito do indicativo, o modelo ao lado: radical + ia, ias, ia, íamos, íeis, iam.

Pretérito mais-que-perfeito

Pron. ESCREVER CEDER PARECER VENDER VARRER

Eu escrevera

Tu escreveras

Ele escrevera

Nós escrevêramos

Vós escrevêreis

Eles escreveram

Observação:

Todos os verbos regulares de se-gunda conjugação seguem, no pretérito mais-que-perfeito do in-dicativo, o modelo ao lado: radical + era, eras, era, êramos, êreis, eram.

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171

3ª Conjugação

Pretérito perfeito

Pron. PARTIR ABRIR ADQUIRIR DIVIDIR PRESCINDIR

Eu parti

Tu partiste

Ele partiu

Nós partimos

Vós partistes

Eles partiram

Observação:

Todos os verbos regulares de terceira conjugação seguem, no pretérito per-feito do indicativo, o modelo ao lado: radical + i, iste, iu, imos, istes, iram.

Pretérito imperfeito

Pron. PARTIR ABRIR ADQUIRIR DIVIDIR PRESCINDIR

Eu partia

Tu partias

Ele partia

Nós partíamos

Vós partíeis

Eles partiam

Observação:

Todos os verbos regulares de ter-ceira conjugação seguem, no pre-térito imperfeito do indicativo, o modelo ao lado: radical + ia, ias, ia, íamos, íeis, iam.

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Pretérito mais-que-perfeito

Pron. PARTIR ABRIR ADQUIRIR DIVIDIR PRESCINDIR

Eu partira

Tu partiras

Ele partira

Nós partíramos

Vós partíreis

Eles partiram

Observação:

Todos os verbos regulares de tercei-ra conjugação seguem, no pretérito mais-que-perfeito do indicativo, o mo-delo ao lado: radical + ira, iras, ira, íramos, íreis, iram.

Futuro

1ª Conjugação

Futuro do presente

Pron. CANTAR AMAR SONHAR PROCURAR CONSUMAR

Eu cantarei

Tu cantarás

Ele cantará

Nós cantaremos

Vós cantareis

Eles cantarão

Observação:

Todos os verbos regulares de pri-meira conjugação seguem, no futu-ro do presente do indicativo, o mo-delo ao lado: radical + arei, arás, ará, aremos, areis, arão.

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173

2ª Conjugação

Pron. ESCREVER CEDER PARECER VENDER VARRER

Eu escreverei

Tu escreverás

Ele escreverá

Nós escreveremos

Vós escrevereis

Eles escreverão

Observação:

Todos os verbos regulares de segun-da conjugação seguem, no futuro do presente do indicativo, o modelo ao lado: radical + erei, erás, erá, eremos, ereis, erão.

3ª Conjugação

Pron. PARTIR ABRIR ADQUIRIR DIVIDIR PRESCINDIR

Eu partirei

Tu partirás

Ele partirá

Nós partiremos

Vós partireis

Eles partirão

Observação:

Todos os verbos regulares de tercei-ra conjugação seguem, no futuro do presente do indicativo, o modelo ao lado: radical + irei, irás, irá, ire-mos, ireis, irão.

5º Degrau / Morfologia / Classificação dos vocábulos / Verbo

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174

Futuro do pretérito

1ª Conjugação

Pron. CANTAR AMAR SONHAR PROCURAR CONSUMAR

Eu cantaria

Tu cantarias

Ele cantaria

Nós cantaríamos

Vós cantaríeis

Eles cantariam

Observação:

Todos os verbos regulares de primeira conjugação seguem, no futuro do pre-térito do indicativo, o modelo ao lado: radical + aria, arias, aria, aríamos, aríeis, ariam.

2ª Conjugação

Pron. ESCREVER CEDER PARECER VENDER VARRER

Eu escreveria

Tu escreverias

Ele escreveria

Nós escreveríamos

Vós escreveríeis

Eles escreveriam

Observação:

Todos os verbos regulares de segun-da conjugação seguem, no futuro do pretérito do indicativo, o modelo ao lado: radical + eria, erias, eria, eríamos, eríeis, eriam.

5º Degrau / Morfologia / Classificação dos vocábulos / Verbo

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175

3ª Conjugação

Pron. PARTIR ABRIR ADQUIRIR DIVIDIR PRESCINDIR

Eu partiria

Tu partirias

Ele partiria

Nós partiríamos

Vós partiríeis

Eles partiriam

Observação:

Todos os verbos regulares de tercei-ra conjugação seguem, no futuro do pretérito do indicativo, o modelo ao lado: radical + iria, irias, iria, iría-mos, iríeis, iriam.

5º Degrau / Morfologia / Classificação dos vocábulos / Verbo

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176

Presente

1ª Conjugação

Pron. CANTAR AMAR SONHAR PROCURAR CONSUMAR

Eu cante

Tu cantes

Ele cante

Nós cantemos

Vós canteis

Eles cantem

MODO SUBJUNTIVO

Observação:

Todos os verbos regulares de primeira conjugação seguem, no presente do subjuntivo, o modelo ao lado: radical + e, es, e, emos, eis, em, ou, partin-do da primeira pessoa do singular do presente do indicativo, troca-se o -o, por -e, mantendo-o em todas as pes-soas: canto (-o + -e) cante, cantes, cante, cantemos, canteis, cantem.

2ª Conjugação

Pron. ESCREVER CEDER PARECER VENDER VARRER

Eu escreva

Tu escrevas

Ele escreva

Nós escrevamos

Vós escrevais

Eles escrevam

Observação:

Todos os verbos regulares de segunda conjugação seguem, no presente do subjuntivo, o modelo ao lado: radical + a, as, a, amos, ais, am, ou, partindo da primeira pessoa do singular do pre-sente do indicativo, troca-se o -o, por -a, mantendo-o em todas as pessoas: escrevo (-o + -a) escreva, escrevas, escreva, escrevamos, escrevais, es-crevam.

5º Degrau / Morfologia / Classificação dos vocábulos / Verbo

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177

3ª Conjugação

Pron. PARTIR ABRIR ADQUIRIR DIVIDIR PRESCINDIR

Eu parta

Tu partas

Ele parta

Nós partamos

Vós partais

Eles partam

Observação:

Todos os verbos regulares de terceira conjugação seguem, no presente do subjuntivo, o modelo ao lado: radical + a, as, a, amos, ais, am, ou, par-tindo da primeira pessoa do singular do presente do indicativo, troca-se o -o, por -a, mantendo-o em todas as pessoas: parto (-o + -a) parta, partas, parta, partamos, partais, partam.

Pretérito imperfeito

1ª Conjugação

Pron. CANTAR AMAR SONHAR PROCURAR CONSUMAR

Eu cantasse

Tu cantasses

Ele cantasse

Nós cantássemos

Vós cantásseis

Eles cantassem

Observação:

Todos os verbos regulares de primei-ra conjugação seguem, no pretérito imperfeito do subjuntivo, o modelo ao lado: radical + asse, asses, asse, ás-semos, ásseis, assem.

5º Degrau / Morfologia / Classificação dos vocábulos / Verbo

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178

2ª Conjugação

Pron. ESCREVER CEDER PARECER VENDER VARRER

Eu escrevesse

Tu escrevesses

Ele escrevesse

Nós escrevêssemos

Vós escrevêsseis

Eles escrevessem

Observação:

Todos os verbos regulares de segunda conjugação seguem, no pretérito im-perfeito do subjuntivo, o modelo ao lado: radical + esse, esses, esse, ês-semos, êsseis, essem.

3ª Conjugação

Pron. PARTIR ABRIR ADQUIRIR DIVIDIR PRESCINDIR

Eu partisse

Tu partisses

Ele partisse

Nós partíssemos

Vós partísseis

Eles partissem

Observação:

Todos os verbos regulares de terceira conjugação seguem, no pretérito im-perfeito do subjuntivo, o modelo ao lado: radical + isse, isses, isse, ísse-mos, ísseis, issem.

5º Degrau / Morfologia / Classificação dos vocábulos / Verbo

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179

Futuro

1ª Conjugação

Pron. CANTAR AMAR SONHAR PROCURAR CONSUMAR

Eu cantar

Tu cantares

Ele cantar

Nós cantarmos

Vós cantardes

Eles cantarem

Observação:

Todos os verbos regulares de primeira conjugação seguem, no futuro do sub-juntivo, o modelo ao lado: radical + ar, ares, ar, armos, ardes, arem.

2ª Conjugação

Pron. ESCREVER CEDER PARECER VENDER VARRER

Eu escrever

Tu escreveres

Ele escrever

Nós escrevermos

Vós escreverdes

Eles escreverem

Observação:

Todos os verbos regulares de segunda conjugação seguem, no futuro do sub-juntivo, o modelo ao lado: radical + er, eres, er, ermos, erdes, erem.

5º Degrau / Morfologia / Classificação dos vocábulos / Verbo

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180

3ª Conjugação

Pron. PARTIR ABRIR ADQUIRIR DIVIDIR PRESCINDIR

Eu partir

Tu partires

Ele partir

Nós partirmos

Vós partirdes

Eles partirem

Observação:

Todos os verbos regulares de terceira conjugação seguem, no futuro do subjuntivo, o modelo acima: radical + ir, ires, ir, irmos, irdes, irem.

• Nos verbos regulares, o futuro do subjuntivo e o infinitivo pessoal conju-gam-se da mesma forma.

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181

Para se conjugar qualquer verbo no modo imperativo, devem ser levadas em conta algu-mas observações:

a) não existe a primeira pessoa do singular (ninguém dá ordem a si próprio);

b) no imperativo afirmativo, as duas segundas pessoas (tu e vós) provêm do presente do indicativo, suprimindo-se o s, e as demais do presente do subjuntivo, tais quais; e

c) no imperativo negativo, todas as pessoas (exceto a primeira do singular, que não existe) provêm do presente do subjuntivo, tais quais.

A partir daqui, conjugaremos um verbo e deixaremos outro para você exercitar. Conju-gue-o e, depois, veja, no gabarito, se você acertou:

1ª Conjugação – Cantar

Pron. Pres. do Indic. Imper. Afirmativo Pres. do Subjuntivo Imper. Negativo

Eu canto --------------------------- -------------► - o + e cante - x -

Tu cantas -------► - s canta cantes --------------► Não cantes

Ele canta cante ◄--------------- cante ---------------► Não cante

Nós cantamos cantemos ◄--------- cantemos ----------► Não cantemos

Vós cantais -------► -s cantai canteis -------------► Não canteis

Eles cantam cantem ◄---------- cantem -------------► Não cantem

IMPERATIVO

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182

1ª Conjugação – Amar

Pron. Pres. do Indic. Imper. Afirmativo Pres. do Subjuntivo Imper. Negativo

Eu

Tu

Ele

Nós

Vós

Eles

2ª Conjugação - Vender

Pron. Pres. do Indic. Imper. Afirmativo Pres. do Subjuntivo Imper. Negativo

Eu vendo ----------------------- ---------------► - o + a venda - x -

Tu vendes -------► - s vende vendas --------------► Não vendas

Ele vende venda ◄--------- venda ---------------► Não venda

Nós vendemos vendamos ◄-------- vendamos ----------► Não vendamos

Vós vendeis -------► -s vendei vendais -------------► Não vendais

Eles vendem vendam ◄--------- vendam ------------► Não vendam

2ª Conjugação - Escrever

Pron. Pres. do Indic. Imper. Afirmativo Pres. do Subjuntivo Imper. Negativo

Eu

Tu

Ele

Nós

Vós

Eles

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183

3ª Conjugação – Partir

Pron. Pres. do Indic. Imper. Afirmativo Pres. do Subjuntivo Imper. Negativo

Eu parto --------------------------- -------------► - o + a parta - x -

Tu partes -------► - s parte partas --------------► Não partas

Ele parte parta ◄---------- parta ---------------► Não parta

Nós partimos partamos ◄-------- partamos ----------► Não partamos

Vós partis -------► -s parti partais -------------► Não partais

Eles partem partam ◄-------- partam -------------► Não partam

3ª Conjugação – Dividir

Pron. Pres. do Indic. Imper. Afirmativo Pres. do Subjuntivo Imper. Negativo

Eu

Tu

Ele

Nós

Vós

Eles

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184

Cantar

Infinitivo impessoal

cantar

Infinitivo pessoal cantar cantares cantar cantarmos cantardes cantarem

Gerúndio cantando

Particípio cantado

Amar

Infinitivo impessoal

Infinitivo pessoal

Gerúndio

Particípio

Fazer

Infinitivo impessoal

fazer

Infinitivo pessoal fazer fazeres fazer fazermos fazerdes fazerem

Gerúndio fazendo

Particípio feito

Escrever

Infinitivo impessoal

Infinitivo pessoal

Gerúndio

Particípio

FORMAS NOMINAIS

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185

Partir

Infinitivo impessoal

partir

Infinitivo pessoal partir partires partir partirmos partirdes partirem

Gerúndio partindo

Particípio partido

Dividir

Infinitivo impessoal

Infinitivo pessoal

Gerúndio

Particípio

4.2 Verbos irregulares

Depois do detalhado estudo sobre a conjugação de verbos regulares, com muito espaço, inclusive, para exercícios de retenção dos conhecimentos repassados, estamos aptos a avan-çar no conteúdo e galgar novos patamares. Esse avanço dar-se-á em direção à conjugação de verbos irregulares, isto é, verbos cujo radical altera-se ao longo de suas conjugações.

Dentre eles, nossa preocupação maior estará voltada à conjugação completa dos mais importantes verbos em cada conjugação.

Conjugaremos, aqui também, um verbo irregular em todos os modos, os tempos e as formas nominais e outros deixaremos como exercícios. Depois de conjugá-los todos, vá ao gabarito, página 279, e corrija-os:

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186

1ª Conjugação

Dentre os verbos irregulares de primeira conjugação (vogal temática a) mais importan-tes, mostra-se fundamental o domínio destes que se seguem:

INDICATIVO

Presente

Pron. ESTAR DAR PASSEAR PREMIAR ANSIAR

Eu estou

Tu estás

Ele está

Nós estamos

Vós estais

Eles estão

Pretérito perfeito

Pron. ESTAR DAR PASSEAR PREMIAR ANSIAR

Eu estive

Tu estiveste

Ele esteve

Nós estivemos

Vós estivestes

Eles estiveram

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187

Pretérito imperfeito

Pron. ESTAR DAR PASSEAR PREMIAR ANSIAR

Eu estava

Tu estavas

Ele estava

Nós estávamos

Vós estáveis

Eles estavam

Pretérito mais-que-perfeito

Pron. ESTAR DAR PASSEAR PREMIAR ANSIAR

Eu estivera

Tu estiveras

Ele estivera

Nós estivéramos

Vós estivéreis

Eles estiveram

Futuro do presente

Pron. ESTAR DAR PASSEAR PREMIAR ANSIAR

Eu estarei

Tu estarás

Ele estará

Nós estaremos

Vós estareis

Eles estarão

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188

Futuro do pretérito

Pron. ESTAR DAR PASSEAR PREMIAR ANSIAR

Eu estaria

Tu estarias

Ele estaria

Nós estaríamos

Vós estaríeis

Eles estariam

SUBJUNTIVO

Presente

Pron. ESTAR DAR PASSEAR PREMIAR ANSIAR

Eu esteja

Tu estejas

Ele esteja

Nós estejamos

Vós estejais

Eles estejam

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189

Pretérito imperfeito

Pron. ESTAR DAR PASSEAR PREMIAR ANSIAR

Eu estivesse

Tu estivesses

Ele estivesse

Nós estivéssemos

Vós estivésseis

Eles estivessem

Futuro

Pron. ESTAR DAR PASSEAR PREMIAR ANSIAR

Eu estiver

Tu estiveres

Ele estiver

Nós estivermos

Vós estiverdes

Eles estiverem

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190

IMPERATIVO

Afirmativo

Pron. ESTAR DAR PASSEAR PREMIAR ANSIAR

Eu - x -

Tu está

Ele esteja

Nós estejamos

Vós estai

Eles estejam

Negativo

Pron. ESTAR DAR PASSEAR PREMIAR ANSIAR

Eu - x -

Tu Não estejas

Ele Não esteja

Nós Não estejamos

Vós Não estejais

Eles Não estejam

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191

Estar

Infinitivo impessoal

estar

Infinitivo pessoal estar estares estar estarmos estardes estarem

Gerúndio estando

Particípio estado

Dar

Infinitivo impessoal

Infinitivo pessoal

Gerúndio

Particípio

Passear

Infinitivo impessoal

Infinitivo pessoal

Gerúndio

Particípio

Premiar

Infinitivo impessoal

Infinitivo pessoal

Gerúndio

Particípio

FORMAS NOMINAIS

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192

Ansiar

Infinitivo impessoal

Infinitivo pessoal

Gerúndio

Particípio

Observações:

1ª) para conjugar os verbos sobrestar e sobestar, bastará conjugar estar e, depois, antepor a todas as formas obtidas sobr e sob, respectivamente;

2ª) para conjugar os verbos desdar e redar, bastará que se conjugue, primeiro, o verbo dar e, depois, se lhe anteponham, respectivamente, des e re;

3ª) os verbos acabados em ear (cear, frear, nomear, estrear...) seguem a conjugação de pas-sear; bastará, pois, manter suas terminações; e

4ª) os verbos acabados em iar seguem a conjugação do verbo premiar, exceção feita, no pre-sente do indicativo e em seus derivados, à turma do “MARIOI” (Mediar, Ansiar, Remediar, Incendiar, Odiar e Intermediar).

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193

2ª CONJUGAÇÃO

INDICATIVO

Presente

Pron. SER VER HAVER FAZER PÔR

Eu sou

Tu és

Ele é

Nós somos

Vós sois

Eles são

Pretérito perfeito

Pron. SER VER HAVER FAZER PÔR

Eu fui

Tu foste

Ele foi

Nós fomos

Vós fostes

Eles foram

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194

Pretérito imperfeito

Pron. SER VER HAVER FAZER PÔR

Eu era

Tu eras

Ele era

Nós éramos

Vós éreis

Eles eram

Pretérito mais-que-perfeito

Pron. SER VER HAVER FAZER PÔR

Eu fora

Tu foras

Ele fora

Nós fôramos

Vós fôreis

Eles foram

Futuro do presente

Pron. SER VER HAVER FAZER PÔR

Eu serei

Tu serás

Ele será

Nós seremos

Vós sereis

Eles serão

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195

Futuro do pretérito

Pron. SER VER HAVER FAZER PÔR

Eu seria

Tu serias

Ele seria

Nós seríamos

Vós serieis

Eles seriam

SUBJUNTIVO

Presente

Pron. SER VER HAVER FAZER PÔR

Eu seja

Tu sejas

Ele seja

Nós sejamos

Vós sejais

Eles sejam

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196

Pretérito imperfeito

Pron. SER VER HAVER FAZER PÔR

Eu fosse

Tu fosses

Ele fosse

Nós fôssemos

Vós fôsseis

Eles fossem

Futuro

Pron. SER VER HAVER FAZER PÔR

Eu for

Tu fores

Ele for

Nós formos

Vós fordes

Eles forem

5º Degrau / Morfologia / Classificação dos vocábulos / Verbo

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197

IMPERATIVO

Afirmativo

Pron. SER VER HAVER FAZER PÔR

Eu - x -

Tu sê*

Ele seja

Nós sejamos

Vós sede*

Eles sejam

* Exceções à regra das segundas pessoas (tu e vós) do presente do indicativo, menos o “s”!

Negativo

Pron. SER VER HAVER FAZER PÔR

Eu - x -

Tu Não sejas

Ele Não seja

Nós Não sejamos

Vós Não sejais

Eles Não sejam

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198

FORMAS NOMINAIS

Ser

Infinitivo impessoal

ser

Infinitivo pessoal ser seres ser sermos serdes serem

Gerúndio sendo

Particípio sido

Ver

Infinitivo impessoal

Infinitivo pessoal

Gerúndio

Particípio

Haver

Infinitivo impessoal

Infinitivo pessoal

Gerúndio

Particípio

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199

Fazer

Infinitivo impessoal

Infinitivo pessoal

Gerúndio

Particípio

Pôr

Infinitivo impessoal

Infinitivo pessoal

Gerúndio

Particípio

Observações:

1ª) a conjugação do verbo ser há de estar na “ponta da língua”, haja vista seu importante papel como verbo auxiliar e, também, por certa anomalia na formação do imperativo afirmativo (sê tu; sede vós);

2ª) os verbos derivados de ver (rever, prever, antever, telever...) seguem-no, bastan-do, pois, que se o conjugue, primeiro, e, depois, se lhe anteponham os respectivos prefixos (mas atenção: o verbo prover não deriva de ver e tem, por isso mesmo, conjugação própria!);

3ª) o verbo reaver conjuga-se como o verbo haver, mas só possui as formas em que, no haver, existe a letra h (nas demais ele é defectivo, isto é, ele não existe!);

5º Degrau / Morfologia / Classificação dos vocábulos / Verbo

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200

4ª) os verbos derivados de fazer (refazer, contrafazer, perfazer, desfazer...) seguem-no, bastando, pois, que se o conjugue, primeiro, e, depois, se lhe anteponham os respec-tivos prefixos; e

5ª) a presença do verbo pôr (e todos os derivados, que o seguem), antiga 4ª conjugação, na planilha dos verbos de segunda conjugação justifica-se na medida em que suas flexões são similares.

3ª CONJUGAÇÃO

INDICATIVO

Presente

Pron. IR VIR FRIGIR TOSSIR RIR

Eu vou

Tu vais

Ele vai

Nós vamos

Vós ides

Eles vão

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201

Pretérito perfeito

Pron. IR VIR FRIGIR TOSSIR RIR

Eu fui

Tu foste

Ele foi

Nós fomos

Vós fostes

Eles foram

Pretérito imperfeito

Pron. IR VIR FRIGIR TOSSIR RIR

Eu ia

Tu ias

Ele ia

Nós íamos

Vós íeis

Eles iam

Pretérito mais-que-perfeito

Pron. IR VIR FRIGIR TOSSIR RIR

Eu fora

Tu foras

Ele fora

Nós fôramos

Vós fôreis

Eles foram

5º Degrau / Morfologia / Classificação dos vocábulos / Verbo

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202

Futuro do presente

Pron. IR VIR FRIGIR TOSSIR RIR

Eu irei

Tu irás

Ele irá

Nós iremos

Vós ireis

Eles irão

Futuro do pretérito

Pron. IR VIR FRIGIR TOSSIR RIR

Eu iria

Tu irias

Ele iria

Nós iríamos

Vós iríeis

Eles iriam

5º Degrau / Morfologia / Classificação dos vocábulos / Verbo

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203

SUBJUNTIVO

Presente

Pron. IR VIR FRIGIR TOSSIR RIR

Eu vá

Tu vás

Ele vá

Nós vamos

Vós ides

Eles vão

Pretérito imperfeito

Pron. IR VIR FRIGIR TOSSIR RIR

Eu fosse

Tu fosses

Ele fosse

Nós fôssemos

Vós fôsseis

Eles fossem

Futuro

Pron. IR VIR FRIGIR TOSSIR RIR

Eu for

Tu fores

Ele for

Nós formos

Vós fordes

Eles forem

5º Degrau / Morfologia / Classificação dos vocábulos / Verbo

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204

IMPERATIVO

Afirmativo

Pron. IR VIR FRIGIR TOSSIR RIR

Eu - x -

Tu vai

Ele vá

Nós vamos

Vós ide

Eles vão

Negativo

Pron. IR VIR FRIGIR TOSSIR RIR

Eu - x -

Tu Não vás

Ele Não vá

Nós Não vamos

Vós Não vais

Eles Não vão

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FORMAS NOMINAIS

Ir

Infinitivo impessoal

ir

Infinitivo pessoal ir ires ir irmos irdes irem

Gerúndio indo

Particípio ido

Vir

Infinitivo impessoal

Infinitivo pessoal

Gerúndio

Particípio

Frigir

Infinitivo impessoal

Infinitivo pessoal

Gerúndio

Particípio

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Tossir

Infinitivo impessoal

Infinitivo pessoal

Gerúndio

Particípio

Rir

Infinitivo impessoal

Infinitivo pessoal

Gerúndio

Particípio

Exercício 01:

Complete as lacunas com os verbos que aparecem entre parênteses:

01. Ontem ele __________ (sobrestar) o processo.02. Acaso ele __________ (desdar) o presente, haveria muitos contratempos.03. Embora _________ (cear) juntos, temos frequentes pontos de discordância.04. Hoje eu _________ (premiar) os bons e ________ (odiar) os maus.05. Hoje eu _________ (remediar) problemas e __________ (negociar) soluções.06. Ontem eu __________ (sobestar) a eles na discussão havida. 07. Amigo, _________ (ser) feliz, pois tu mereces.08. Amigos, __________ (ser) felizes, pois vós mereceis.

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09. Quando eu _________ (rever) as provas, darei o resultado final.10. Se eu ________ (prever) os resultados, tudo teria sido diferente.11. Por _________ (antever) os resultados, fiquei mais tranquilo.12. O desabrigado _________ (reaver) seus pertences quando a água baixou.13. Para eu _________ (reaver) meus bens, terei de ir à justiça.14. Quando eu _________ (reaver) meus bens, estarei a salvo.15. Hoje eu _________ (haver) de vencer e tu _________ (haver) de triunfar também.16. Hoje ele ________ (contrafazer) ações de outrora.17. É bom que vocês _________ (desfazer) imediatamente o negócio.18. Ontem eu _________ (intervir) no conflito, mas ele nunca _________ (intervir).19. Há tempo, eu __________ (reconvir) nos atos processuais.20. Ontem eu _________ (revir) à cidade natal.21. Ontem eu _________ (rever) a cidade natal.22. Ontem ele __________ (revir) à cidade natal.23. Ontem ele __________ (rever) a cidade natal.24. Enquanto eu ainda __________ (sorrir), ele já não sorri mais.25. Ontem o policial __________ (intervir).26. Hoje se __________ (consumar) um crime lesa-pátria.27. Há anos, eu __________ (provir) do interior.28. Ele __________ (frigir) ovos neste momento.29. Para __________ (reaver) os direitos que nunca __________ (reaver), não é fácil.30. Quando eu te __________ (ver), falarei o que penso.

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4.3 Formação do imperativo

Depois de conjugarmos e exercitarmos a conjugação completa de verbos regulares e irregulares, é hora de alguns questionamentos:

1°) pegando uma folha em branco, você conseguiria montar um esquema em que constas-sem os modos e as formas nominais?

2°) de igual sorte, você saberia traçar, numa folha em branco, um esquema em que constas-sem todos os tempos dos modos indicativo e subjuntivo?

3°) você saberia explicar a um colega seu a divisão do imperativo e por que, nele, não há pri-meira pessoa do singular?

4°) numa prova oral, o examinador perguntaria: “Como, no modo indicativo, se distribui o pretérito?” Qual seria a sua resposta?

5°) no caso de um colega de aula lhe alcançar uma folha em branco e lhe pedir auxílio para esquematizar os modos verbais e, dentro deles, distribuir cada um dos tempos, você seria capaz de ajudá-lo?

6º) como você explicaria a diferença entre verbos regulares e verbos irregulares a um colega seu?

7º) acaso lhe fosse apresentado um esquema contendo todos os modos, os tempos e as for-mas nominais para ser preenchido com a conjugação dos verbos amar, ver e vir, você se consideraria capaz de preenchê-lo, conjugando esses verbos sem nenhuma consulta ao conteúdo exposto até aqui?

Tente responder a todas essas questões e veja, de acordo com a facilidade com que as responderia, se você está apto a continuar acompanhando a exposição, ou se deve retomar o assunto antes de prosseguir na tentativa de dominá-lo.

Pois bem, depois dessa reflexão, adentremos o ponto mais crítico – mas não, absoluta-mente, mais difícil – do assunto.

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Você, agora, se deve estar perguntando: por que, então, este será o ponto mais crítico do assunto, se ele não é o mais difícil? A resposta é simples e, de certa forma, ameaçadora: porque veremos a formação do imperativo e é nela que se situa a maioria das questões envolvendo verbos em provas de qualquer espécie.

Em minha atividade quase cotidiana como examinador, por exemplo, ao pensar na co-brança de verbos, vêm-me imediatamente à mente estas proporções: uma questão: formação do imperativo; duas questões: formação do imperativo e derivados do pretérito perfeito do in-dicativo (assunto a ser visto em seguida); três questões: duas sobre a formação do imperativo e uma sobre os derivados do pretérito perfeito do indicativo; e assim por diante.

Explica-se esse fato facilmente: no dia a dia, falamos e escrevemos praticamente tudo de forma errada se a fala ou a escrita envolvem o emprego do imperativo, quer afirmativo, quer negativo. Além disso, é sabido que, para quem mal domina a conjugação linear de verbos, as-sociar mentalmente combinações de tempos diversos torna-se uma batalha verdadeiramente campal.

Como já se viu anteriormente, para formar o imperativo, afirmativo ou negativo, há que se considerar sempre a primeira pessoa do singular do presente do indicativo e, a partir dela, formar o presente do subjuntivo. Depois disso, tudo não passará de uma cópia atenta e bem organizada.

Diante dessa realidade, trilhar alguns passos mostrar-se-á vital:

1°) conjuga-se o verbo – com segurança e corretamente – no presente do indicativo (indispen-sável, pois, dominar totalmente o presente do indicativo);

2°) substitui-se o o final da primeira pessoa do singular do presente do indicativo por e, em verbos da primeira conjugação, ou por a, em verbos da segunda ou da terceira conjuga-ções;

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3°) mantendo-se as formas resultantes inalteradas em todas as pessoas, forma-se o presente do subjuntivo:

a) conjuga-se o verbo cantar na primeira pessoa do singular do presente do indicativo: eu canto;

b) troca-se o por e (verbo da primeira conjugação) e a forma resultante será cante; e

c) mantém-se, aí, a resultante inalterada e se obtém cante, cantes, cante, cantemos, can-teis, cantem, acrescentando-se a ela as desinências número-pessoais.

4°) na sequência, copiam-se as duas segundas pessoas (singular, tu; plural, vós) do presente do indicativo, suprimindo-se a letra s, e as demais, do presente do subjuntivo, tais quais, e se obtém o imperativo afirmativo; e

5º) ato contínuo, copia-se o presente do subjuntivo (exceto a primeira pessoa do singular, haja vista que ninguém dá ordem ou se proíbe a si próprio!) e se obtém o imperativo negativo.

Exemplos:

Verbo da primeira conjugação: vogal temática a

Pron. Pres. do Indic. Imper. Afirmativo Pres. do Subjuntivo Imper. Negativo

Eu canto ------------------- -------------► - o + e cante - x -

Tu cantas -------► - s canta cantes --------------► Não cantes

Ele canta cante ◄---------- cante ---------------► Não cante

Nós cantamos cantemos ◄--------- cantemos ----------► Não cantemos

Vós cantais -------► -s cantai canteis -------------► Não canteis

Eles cantam cantem ◄---------- cantem -------------► Não cantem

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Verbo da segunda conjugação: vogal temática e

Pron. Pres. do Indic. Imper. Afirmativo Pres. do Subjuntivo Imper. Negativo

Eu como ------------------- -------------► - o + a coma - x -

Tu comes -------► - s come comas --------------► Não comas

Ele come coma ◄---------- coma ---------------► Não coma

Nós comemos comamos ◄--------- comamos ----------► Não comamos

Vós comeis -------► -s comei comais -------------► Não comais

Eles comem comam ◄---------- comam -------------► Não comam

Verbo da terceira conjugação: vogal temática i

Pron. Pres. do Indic. Imper. Afirmativo Pres. do Subjuntivo Imper. Negativo

Eu durmo -------------- -------------► - o + a durma - x -

Tu dormes ------► - s dorme durmas -------------► Não durmas

Ele dorme durma ◄----- durma --------------► Não durma

Nós dormimos durmamos ◄------ durmamos ---------► Não durmamos

Vós dormis -------► -s dormi durmais ------------► Não durmais

Eles dormem durmam ◄------- durmam ------------► Não durmam

Observações:

1ª) exceto pouquíssimos verbos (ser, estar, ir...), cuja terminação da primeira pessoa do pre-sente do indicativo não possui a letra o, todos os demais formam o imperativo dessa ma-neira;

2ª) no caso desses pouquíssimos verbos, aplica-se a velha fórmula: “que eu seja; que eu este-ja; que eu vá”; e

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3ª) em verbos defectivos, isto é, verbos que não possuem algumas pessoas do presente do indicativo (serão estudados logo adiante), a defectividade se transmite, inviabilizando, total ou parcialmente, a formação do imperativo.

APLICAÇÃO PRÁTICA DO IMPERATIVO

Para associarmos toda a teoria vista até aqui à prática, imaginemos situações do dia a dia, que, assim, exercitaremos, com produtividade, o assunto.

Exemplos:

01) Filho, __________ teu tema!

Nesse caso, como deveria ser empregado, de forma correta, o verbo fazer: faz, faça, faze, faças?

Pois bem, as pessoas, sempre que falam ou escrevem, deparam com esse tipo de dúvida. Para resolvê-la, recomenda-se que se façam algumas perguntas e se localizem bem algumas respostas:

a) Há, na frase, ideia de ordem, isto é, está-se mandando fazer ou não fazer alguma coisa?

A resposta, evidentemente, é positiva: sim! Então o espaço deverá ser preenchido com o emprego do imperativo.

b) A ordem é positiva ou negativa?

A resposta é esta: positiva! Então o espaço será preenchido com o emprego do impera-tivo afirmativo (esquema acima).

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c) Em qual pessoa o verbo deverá ser empregado?

A resposta, considerando o possessivo teu, é esta: segunda pessoa do singular!

d) Donde vem a segunda pessoa do singular do imperativo afirmativo?

A resposta: a segunda pessoa do singular do imperativo afirmativo vem da segunda pessoa do singular do presente do indicativo, suprimindo-se o s: eu faço, tu fazes, menos o s, faze.

Logo, a frase, corretamente articulada, ficaria assim: “Filho, faze teu tema!”.

Ora, ora, onde reside o mortal que, no dia a dia, empregaria a forma verbal faze, em de-trimento das popularíssimas faz ou faça?

Por isso mesmo, muito cuidado: examinador nenhum cobra aquilo que a grande massa acerta!

02. Queridos alunos, __________ , pois vossos ideais são nobres!

Façamos novamente a sequência de perguntas para o emprego, correto, do verbo lutar:

a) Há ideia de ordem, conselho, proibição?

Resposta: sim!

Logo, a dúvida resolver-se-á no esquema da formação do imperativo.

b) A ideia é positiva ou negativa?

Resposta: positiva!

Então o espaço será preenchido com o emprego do imperativo afirmativo.

c) Em qual pessoa o verbo deverá ser empregado?

Resposta: considerando o possessivo vosso, segunda pessoa do plural!

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d) Donde vem a segunda pessoa do plural do imperativo afirmativo?

Resposta: da segunda pessoa do plural do presente do indicativo, menos o s: eu luto, tu lutas, ele luta, nós lutamos, vós lutais, menos o s: lutai.

Logo, a frase ficaria assim: “Queridos alunos, lutai, pois vossos ideais são nobres!”.

03. Filho, jamais _______ seus planos, pois você vai triunfar.

Para o emprego do verbo abandonar, façamos as mesmas perguntas:

a) Há ideia de ordem, conselho, proibição?

Resposta: sim!

b) A ideia é positiva ou negativa?

Resposta: negativa!

c) Em qual pessoa o verbo deverá ser empregado?

Resposta: considerando o possessivo seus, o pessoal você e o vocativo filho, terceira pessoa do singular!

d) Donde vem a terceira pessoa do singular do imperativo negativo?

Resposta: da terceira pessoa do singular do presente do subjuntivo, tal qual.

Parte-se, então, da primeira pessoa do singular do presente do indicativo: eu abando-no. Substitui-se o, por e: abandone, abandones, abandone!

Logo, a frase ficaria assim: “Filho, jamais abandone seus planos, pois você vai triunfar”.

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04. _______ até mim e _______ contigo _______ preocupações.

Para o emprego, respectivamente, dos verbos vir e trazer e do correspondente posses-sivo, façamos as mesmas perguntas:

a) Há, no primeiro espaço, ideia de ordem, conselho, proibição?

Resposta: sim!

b) Há, no segundo espaço, ideia de ordem, conselho, proibição?

Resposta: sim!

c) A ideia, no primeiro espaço, é positiva ou negativa?

Resposta: positiva!

d) A ideia, no segundo espaço, é positiva ou negativa?

Resposta: positiva!

e) Em qual pessoa os verbos deverão ser empregados?

Resposta: considerando o pronome pessoal oblíquo contigo, segunda pessoa do singu-lar!

f) Donde vem a segunda pessoa do singular do imperativo afirmativo?

Resposta: da segunda pessoa do singular do presente do indicativo, suprimindo-se o s: eu venho, tu vens, menos o s: Vem / eu trago, tu trazes, menos o s: traze. O pronome posses-sivo correspondente à segunda pessoa do singular é tuas.

Assim, teríamos: “Vem até mim e traze contigo tuas preocupações”.

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Exercício 02:

Empregando os verbos que aparecem entre parênteses, complete as lacunas:

01. _______________ (achegar-se) a mim e te ampararei.02. _______________ (dizer) tua verdade, menino.03. Jamais ______________ (mentir), pois te arrependerás.04. _______________ (fazer) vossos temas e sereis recompensados.05. Nunca se ______________ (aconselhar) com estranhos.06. _______________ (falar) a verdade; não te _______________ (calar) jamais.07. _______________ (fazer) tua parte e ______________ (ser) feliz.08. Meninos, _______________ (ser) prudentes, pois a vossa vida é incerta.09. _______________ (ir) às ruas e _______________ (fazer) o que vos compete.10. _______________ (buscar) seus direitos e ______________ (ser).11. Nunca _______________ (pôr) tua vida em risco; ________________ (prevenir-se).12. Alguns irão à festa; _______________ (ir) tu também.13. Ninguém te pedirá nada, amanhã; não ______________ (pedir) nada também.14. Antes de partir, _______________ (ver) teus compromissos, amigo.15. _______________ (vir), ______________ (ouvir) e volta, meu amigo.

4.4 Derivados do pretérito perfeito do indicativo

Como se pôde ver, pela teoria e pela prática, a utilidade do esquema de formação do imperativo é muito expressiva. Não fosse ele, certamente cometeríamos um número ainda maior de erros no emprego do afirmativo e do negativo e erraríamos um número ainda mais assustador de questões em provas de todo tipo.

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Mas e o que dizer do espantoso volume de questões cobradas em concursos de toda es-pécie e do erro no emprego de verbos no pretérito perfeito do indicativo e em seus derivados?

Nem espanta mais ouvir e ler frases como estas:

a) Ontem eu intervi (o certo é intervim) no conflito.b) Quando ele me ver (o certo é vir) aqui, enlouquecerá.c) A polícia interviu (o certo é interveio) tarde demais na briga.d) Se ele manter (o certo é mantiver) o acordo, tudo estará resolvido.e) Quando propores (o certo é propuseres) um acerto favorável, permanecerei aqui.

Não deve ser difícil observar que, exatamente nesse ponto, reside um outro núcleo de dificuldade na conjugação e no respectivo uso dos verbos.

Um dos vários papéis dos gramáticos é o de prospectar essas dificuldades e, constata-das, descobrir estratégias para minorar o problema.

Graças a essa patriótica missão repassada aos defensores da integridade do idioma pá-trio que surgiu, por exemplo, o esquema prático e facilitador da formação e do emprego do imperativo e, igualmente, dos derivados do pretérito perfeito do indicativo.

Aqui, a tarefa, com certeza, será bem mais fácil. Afinal, lá, a conjugação buscava formas, que às vezes se alteravam, às vezes não, em diversas fontes: presente do indicativo, presente do subjuntivo...

A conjugação dos derivados do pretérito perfeito do indicativo – pretérito mais-que-per-feito do indicativo, pretérito imperfeito e futuro do subjuntivo – partirá sempre de sua segunda pessoa do singular.

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O esquema que se segue, além de simples, é muito ilustrativo disso.

- ste + ra - ste + sse - ste + r

Pron.Pretérito perfeito doindicativo

Pretérito mais-que-perfeito do indicativo

Pretérito imperfeitodo subjuntivo

Futuro dosubjuntivo

Eu pus pusera pusesse puser

Tu puseste puseras pusesses puseres

Ele pôs pusera pusesse puser

Nós pusemos puséramos puséssemos pusermos

Vós pusestes puséreis pusésseis puserdes

Eles puseram puseram pusessem puserem

Observações:

1ª) como ocorre com a formação do imperativo – em que resultará tentativa frustrada sem domínio absoluto da conjugação do presente do indicativo – aqui, igualmente, deverá ha-ver segurança absoluta na conjugação do pretérito perfeito do indicativo;

2ª) na conjugação do pretérito mais-que-perfeito do indicativo, a forma obtida com a su-pressão de ste e o acréscimo de ra deverá ser empregada seis vezes, trocando-se sempre – e em todos os verbos do idioma – o a por e, na segunda pessoa do plural;

3ª) além dessa troca, em todos os verbos da Língua Portuguesa, a primeira e a segunda pes-soas do plural receberão acento, ora aberto (agudo), ora fechado (circunflexo);

4ª) no pretérito imperfeito do subjuntivo, a forma obtida com a supressão de ste e acrésci-mo de sse deverá ser empregada seis vezes, recebendo acento (aberto ou fechado) na pri-meira e na segunda pessoas do plural; e

5ª) no futuro do subjuntivo, a forma obtida com a supressão de ste e acréscimo de r deverá ser empregada seis vezes, não recebendo acento em nenhuma de suas formas.

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Exercício 03:

Preencha os esquemas que se seguem, valendo-se, para tal, dos verbos indicados:

Estar:Pron. Pretérito perfeito

do indicativoPretérito mais-que-perfeito do indicativo

Pretérito imperfeitodo subjuntivo

Futuro dosubjuntivo

Eu

Tu

Ele

Nós

Vós

Eles

Ser:

Pron. Pretérito perfeito do indicativo

Pretérito mais-que-perfeito do indicativo

Pretérito imperfeitodo subjuntivo

Futuro dosubjuntivo

Eu

Tu

Ele

Nós

Vós

Eles

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Ver:Pron. Pretérito perfeito do

indicativoPretérito mais-que-perfeito do indicativo

Pretérito imperfeitodo subjuntivo

Futuro dosubjuntivo

Eu

Tu

Ele

Nós

Vós

Eles

Vir:Pron. Pretérito perfeito do in-

dicativoPretérito mais-que-perfeito do indicativo

Pretérito imperfeitodo subjuntivo

Futuro dosubjuntivo

Eu

Tu

Ele

Nós

Vós

Eles

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Haver:

Pron. Pretérito perfeito do indicativo

Pretérito mais-que-perfeito do indicativo

Pretérito imperfeitodo subjuntivo

Futuro dosubjuntivo

Eu

Tu

Ele

Nós

Vós

Eles

Fazer:

Pron. Pretérito perfeito do indicativo

Pretérito mais-que-perfeito do indicativo

Pretérito imperfeitodo subjuntivo

Futuro do subjuntivo

Eu

Tu

Ele

Nós

Vós

Eles

Dizer:

Pron. Pretérito perfeito do indicativo

Pretérito mais-que-perfeito do indicativo

Pretérito imperfeitodo subjuntivo

Futuro do subjuntivo

Eu

Tu

Ele

Nós

Vós

Eles

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Exercício 04:

Preencha as lacunas das frases que se seguem, valendo-se dos verbos indicados entre parênteses:

01. Quando ele __________ (vir) à cidade, assustar-se-á.02. Quando ele me __________ (ver) aqui, ficará surpreso.03. Ontem, ele __________ (reaver) seus bens.04. Quando ele __________ (reaver) seus bens, tudo estará em paz.05. Se ele __________ (reaver) seus bens, tudo ficaria em paz.06. Para ele __________ (reaver) os bens perdidos, demorará certo tempo.07. Se vos __________ (propor) realizar o bem, vivereis felizes.08. Para vos __________ (propor) realizar o bem, haverá de existirem condições.09. Quando, ontem, eu __________ (intervir) na briga, o clima já era tenso.10. Quando a polícia __________ (intervir) na briga, tudo ficará mais calmo.11. Para a polícia __________ (intervir) na briga, terá de haver condições.12. Se a polícia __________ (intervir), a briga não seria generalizada.13. Quando ele __________ (sobrestar) o processo, as partes viverão em paz.14. Para ele __________ (sobrestar) o processo, todos deverão concordar.15. Se ele __________ (sobrestar) o processo, a paz retornaria.16. Se ele __________ (deter) o avanço populacional, o país conheceria a paz.17. Quando ele __________ (refazer) os cálculos, estaremos salvos.18. Se ele __________ (refazer) os cálculos, estaríamos salvos.19. Para __________ (refazer) os cálculos, ele terá de ser remunerado.20. Quando ele __________ (rever) os cálculos, convencer-se-á.21. Se ele __________ (rever) os cálculos, convencer-se-ia.22. Para ele __________ (rever) os cálculos, teremos de autorizá-lo.23. Se __________ (requerer) seus direitos, ele os conseguiria.24. Quando __________ (requerer) seus direitos, ele os conseguirá.25. Se eles __________ (intervir), eu sairia ileso do conflito.

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4.5 Verbos defectivos

Depois de vermos os modos, os tempos e as formas nominais, em verbos regulares e irregulares, e, igualmente, depois de termos visto e exercitado a formação do imperativo e os derivados do pretérito perfeito do indicativo, devemos tratar, agora, dos verbos defectivos, isto é, daqueles verbos que, não possuindo alguma forma em suas conjugações verbais, geram problemas em tudo o que já foi tratado até aqui.

O verbo cantar, por exemplo, pode ser conjugado nos modos indicativo, subjuntivo e imperativo (afirmativo e negativo) e nas formas nominais, infinitivo (pessoal e impessoal), ge-rúndio e particípio sem que lhe falte qualquer de suas formas. O mesmo não ocorre, porém, em verbos como colorir, defectivo no presente do indicativo (não possui a primeira pessoa do singular); falir, também defectivo no presente do indicativo (só possui a primeira e a segunda pessoas do plural), e muitos outros que deverão ser levados em conta.

Essa defectividade, embora possa não parecer, traz consigo enormes consequências no processo de conjugação verbal. Todos os tempos derivados de formas inexistentes, por ex-tensão, também não existirão. O verbo carpir, para ilustrar, não possui a primeira pessoa do singular do presente do indicativo. Logo, inexistem, nele, o presente do subjuntivo, todo o im-perativo negativo e três pessoas do imperativo afirmativo.

Conjuguemos, para exemplificar melhor, o verbo reaver (que segue o verbo haver, mas só existe nas formas em que, no haver, existe a letra v) em todos os modos, tempos e formas nominais:

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INDICATIVO

Pron. Presente Pret. perfeito Pret. imperfeito Pret. mais-que-perfeito

Eu -------- reouve reavia reouvera

Tu -------- reouveste reavias reouveras

Ele -------- reouve reavia reouvera

Nós reavemos reouvemos reavíamos reouvéramos

Vós reaveis reouvestes reavíeis reouvéreis

Eles -------- reouveram reaviam reouveram

Pron. Futuro do presente Futuro do pretérito

Eu reaverei reaveria

Tu reaverás reaverias

Ele reaverá reaveria

Nós reaveremos reaveríamos

Vós reavereis reaveríeis

Eles reaverão reaveriam

SUBJUNTIVO

Pron. Presente Pretérito imperfeito Futuro

Eu -------- reouvesse reouver

Tu -------- reouvesses reouveres

Ele -------- reouvesse reouver

Nós -------- reouvéssemos reouvermos

Vós -------- reouvésseis reouverdes

Eles -------- reouvessem reouverem

5º Degrau / Morfologia / Classificação dos vocábulos / Verbo

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225

IMPERATIVO

Pron. Pres. do Indic. Imper. Afirmativo Pres. do Subjuntivo Imper. Negativo

Eu -------- - x - -------- - x -

Tu -------- -------- -------- --------

Ele -------- -------- -------- --------

Nós reavemos -------- -------- --------

Vós reaveis -------► -s reavei -------- --------

Eles -------- -------- -------- --------

FORMAS NOMINAIS

Infinitivo impessoal reaver

Infinitivo pessoal reaver reaveres reaver reavermos reaverdes reaverem

Gerúndio reavendo

Particípio reavido

Observações:

1ª) a defectividade da primeira pessoa do singular do presente do indicativo refletiu-se em todo o presente do subjuntivo e em todo o imperativo negativo;

2ª) no imperativo afirmativo, aparecem somente a segunda pessoa do plural, derivada do presente do indicativo, suprimido o s;

3ª) os derivados do pretérito perfeito do indicativo (mais-que-perfeito do indicativo, pretérito imperfeito e futuro do subjuntivo) conjugaram-se normalmente;

4ª) os verbos mais importantes que não possuem a primeira pessoa do singular do presente do indicativo são estes: abolir, banir, carpir, colorir, demolir, esculpir, exaurir, explodir e im-pingir;

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226

5ª) os verbos mais importantes que só possuem a primeira e a segunda pessoa do plural do presente do indicativo são estes: aguerrir, aturdir, combalir, falir, precaver e remir; e

6ª) os verbos mais importantes que só possuem as terceiras pessoas (singular e plural) do presente do indicativo são estes: aprazer, doer, grassar e prazer.

Exercício 05:

A fim de fixar a defectividade de um verbo semelhante a reaver, preencha o esquema que se segue com o verbo falir:

INDICATIVO

Pron. Presente Pret. perfeito Pret. imperfeito Pret. mais-que-perfeito

Eu

Tu

Ele

Nós

Vós

Eles

Pron. Futuro do presente Futuro do pretérito

Eu

Tu

Ele

Nós

Vós

Eles

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SUBJUNTIVO

Pron. Presente Pretérito imperfeito Futuro

Eu

Tu

Ele

Nós

Vós

Eles

IMPERATIVO

Pron. Pres. do Indic. Imper. Afirmativo Pres. do Subjuntivo Imper. Negativo

Eu

Tu

Ele

Nós

Vós

Eles

FORMAS NOMINAIS

Infinitivo impessoal

Infinitivo pessoal

Gerúndio

Particípio

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Agora fixe a defectividade do verbo abolir, preenchendo o esquema que se segue:

INDICATIVO

Pron. Presente Pret. perfeito Pret. imperfeito Pret. mais-que-perfeito

Eu

Tu

Ele

Nós

Vós

Eles

Pron. Futuro do presente Futuro do pretérito

Eu

Tu

Ele

Nós

Vós

Eles

SUBJUNTIVO

Pron. Presente Pretérito imperfeito Futuro

Eu

Tu

Ele

Nós

Vós

Eles

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IMPERATIVO

Pron. Pres. do Indic. Imper. Afirmativo Pres. do Subjuntivo Imper. Negativo

Eu

Tu

Ele

Nós

Vós

Eles

FORMAS NOMINAISInfinitivo impessoal

Infinitivo pessoal

Gerúndio

Particípio

Por fim, fixe a defectividade do verbo aprazer, preenchendo o esquema que se segue:

INDICATIVO

Pron. Presente Pret. perfeito Pret. imperfeito Pret. mais-que-perfeito

Eu

Tu

Ele

Nós

Vós

Eles

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Pron. Futuro do presente Futuro do pretérito

Eu

Tu

Ele

Nós

Vós

Eles

SUBJUNTIVO

Pron. Presente Pretérito imperfeito Futuro

Eu

Tu

Ele

Nós

Vós

Eles

IMPERATIVO

Pron. Pres. do Indic. Imper. Afirmativo Pres. do Subjuntivo Imper. Negativo

Eu

Tu

Ele

Nós

Vós

Eles

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FORMAS NOMINAISInfinitivo impessoal

Infinitivo pessoal

Gerúndio

Particípio

4.6 Verbos derivados

Em minha rotina diária de fazer troça, sempre que um aluno erra a conjugação de verbo derivado, digo: “Não sabe pilotar um carrinho de lomba e quer pilotar uma Ferrari”. Embora infantilzinha a brincadeira, ela contém um enorme fundo de verdade e um incomparável signi-ficado.

Quando temos que dar conta da conjugação de verbos como intervir, provir, advir, re-convir, não convém corrermos riscos. O bom senso recomenda, nesse e em centenas de outros casos, que, primeiro, conjuguemos os primitivos e, depois disso, agrupemos os elementos es-truturantes da derivação.

Agindo dessa forma, afinal, facilitaremos enormemente o trabalho e evitaremos incontá-veis e vexatórios erros como estes:

a) Eu intervi no conflito tardiamente (errado: eu vim, mais o prefixo inter = intervim). b) Ele se entreteu com o filho (errado: ele teve, mais o prefixo entre = entreteve).c) O policial interviu na briga tarde demais (errado: ele veio, mais o prefixo inter = inter-

veio).d) Se ele reter meu salário, protestarei (errado: se ele tiver, mais o prefixo re = retiver).e) Eles interviram e o conflito acabou (errado: eles vieram, mais o prefixo inter = inter-

vieram).

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Com o objetivo de fixar melhor essas orientações, exercitemos os casos de derivação em que mais erramos e que, por isso mesmo, são mais cobrados em provas de qualquer es-pécie.

A atividade funcionará assim: ao lado de verbos primitivos conjugados, deixaremos sem-pre algum derivado seu (ou, no mínimo, semelhante a ele) para você conjugar.

Será fundamental realizar os exercícios e, depois, ir ao gabarito e conferir. Afinal, “nem tudo o que reluz é ouro”, diz o ditado!

Exercício 06:

PRESENTE DO INDICATIVO

Pron. HAVER REAVER TER ENTRETER

Eu hei tenho

Tu hás tens

Ele há tem

Nós havemos temos

Vós haveis tendes

Eles hão têm

Pron. VER PREVER VER PROVER

Eu vejo vejo

Tu vês vês

Ele vê vê

Nós vemos vemos

Vós vedes vedes

Eles veem veem

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Pron. ESTAR SOBRESTAR PÔR CONTRAPOR

Eu estou ponho

Tu estás pões

Ele está põe

Nós estamos pomos

Vós estais pondes

Eles estão põem

Pron. FAZER CONTRAFAZER VIR INTERVIR

Eu faço venho

Tu fazes vens

Ele faz vem

Nós fazemos vimos

Vós fazeis vindes

Eles fazem vêm

Pron. NEGOCIAR RENEGOCIAR MEDIAR INTERMEDIAR

Eu negocio medeio

Tu negocias medeias

Ele negocia medeia

Nós negociamos mediamos

Vós negociais mediais

Eles negociam medeiam

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Pron. QUERER REQUERER POLIR REPOLIR

Eu quero pulo

Tu queres pules

Ele quer pule

Nós queremos polimos

Vós quereis polis

Eles querem pulem

Pron. FREAR REFREAR DEMOLIR REDEMOLIR

Eu freio --------

Tu freias demoles

Ele freia demole

Nós freamos demolimos

Vós freais demolis

Eles freiam demolem

Pron. EXPLODIR IMPLODIR PRAZER APRAZER

Eu -------- --------

Tu explodes --------

Ele explode praz

Nós explodimos --------

Vós explodis --------

Eles explodem prazem

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PRETÉRITO PERFEITO DO INDICATIVO

Pron. HAVER REAVER TER ENTRETER

Eu houve tive

Tu houveste tiveste

Ele houve teve

Nós houvemos tivemos

Vós houvestes tivestes

Eles houveram tiveram

Pron. VER PREVER VER PROVER

Eu vi vi

Tu viste viste

Ele viu viu

Nós vimos vimos

Vós vistes vistes

Eles viram viram

Pron. ESTAR SOBRESTAR PÔR CONTRAPOR

Eu estive pus

Tu estiveste puseste

Ele esteve pôs

Nós estivemos pusemos

Vós estivestes pusestes

Eles estiveram puseram

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Pron. FAZER CONTRAFAZER VIR INTERVIR

Eu fiz vim

Tu fizeste vieste

Ele fez veio

Nós fizemos viemos

Vós fizestes viestes

Eles fizeram vieram

Pron. NEGOCIAR RENEGOCIAR MEDIAR INTERMEDIAR

Eu negociei mediei

Tu negociaste mediaste

Ele negociou mediou

Nós negociamos mediamos

Vós negociastes mediastes

Eles negociaram mediaram

Pron. QUERER REQUERER POLIR REPOLIR

Eu quis requeri* poli repoli

Tu quiseste requereste poliste repoliste

Ele quis requereu poliu repoliu

Nós quisemos requeremos polimos repolimos

Vós quisestes requerestes polistes repolistes

Eles quiseram requereram poliram repoliram

* Nesta pessoa, não segue o primitivo querer.

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Pron. FREAR REFREAR DEMOLIR REDEMOLIR

Eu freei demoli

Tu freaste demoliste

Ele freou demoliu

Nós freamos demolimos

Vós freastes demolistes

Eles frearam demoliram

Pron. EXPLODIR IMPLODIR PRAZER APRAZER

Eu explodi --------

Tu explodiste --------

Ele explodiu prouve

Nós explodimos --------

Vós explodistes --------

Eles explodiram prouveram

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4.7 Verbos abundantes

Entre uma variedade tão enorme quanto interessante de verbos, há que se destacarem agora os abundantes.

Derivado de abundância, o vocábulo abundante repassa a ideia de numeroso, farto, em grande conta, copioso.

Pois esses verbos caracterizam-se justamente pelo fato de, ao contrário da maioria dos demais verbos, apresentarem mais de uma forma de particípio.

Enquanto cantar, fazer e partir (além de uma infinidade de outros verbos) apresentam apenas uma forma de particípio (cantado, feito e partido); expulsar, suspender e imprimir (mais alguns poucos verbos) apresentam duas (expulsado e expulso, suspendido e suspenso, impri-mido e impresso). A esses últimos chamamos abundantes.

Já, em relação à forma, existem o particípio regular e o particípio irregular, cuja corre-ção no emprego aprimora a linguagem e impressiona os circunstantes.

Particípio regular é aquele que segue um paradigma, um modelo, que não foge à regra: cantar, cantado; vender, vendido; partir, partido. Assim também: expulsar, expulsado; sus-pender, suspendido; imprimir, imprimido.

Particípio irregular, por sua vez, são formas adjetivas que, em casos concretos, transfor-mam-se em verbos: expulsar, expulso; suspender, suspenso; imprimir, impresso.

Pois bem, como o particípio só aparece em locuções verbais, isto é, na junção de verbos auxiliares com verbo principal, numa construção frasal (está chovendo e havia chovido; esta-va lendo e tinha lido; deveria estar chegando e haveria de ter chegado), bastará ver qual é o auxiliar para definir o correto emprego do particípio:

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a) auxiliares haver e ter: particípios regulares; eb) auxiliares estar e ser: particípios irregulares.

Exemplos:

• O juiz havia (haver) expulsado o jogador que já foi (ser) suspenso pelo tribunal.• O juiz tinha (ter) expulsado o jogador que já estava (estar) suspenso disciplinar-

mente.

Exercício 07:

Nas frases que se seguem, marque certo (C) ou errado (E):

01. ( ) O jogador estava suspenso.02. ( ) O juiz havia suspendido o julgamento.03. ( ) O diretor tinha suspendido o aluno.04. ( ) O aluno foi suspendido pelo diretor.05. ( ) A casa foi benzida pelo padre.06. ( ) O padre havia benzido a casa.07. ( ) O meliante foi matado pelo desafeto.08. ( ) O desafeto havia matado o meliante.09. ( ) A gráfica já havia imprimido os cartazes.10. ( ) Os cartazes já estavam impressos na gráfica.11. ( ) O cozinheiro já havia frigido os ovos.12. ( ) O processo foi extinto.13. ( ) O magistrado já havia extinguido o processo.14. ( ) O aluno havia exprimido suas ideias corretamente.

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15. ( ) O juiz tinha expulsado o jogador de campo.16. ( ) A população já tinha elegido seus representantes.17. ( ) Por que ele tinha suspenso a leitura?18. ( ) Eles já haviam acendido a fogueira?19. ( ) O preso já tinha sido solto.20. ( ) O cozinheiro já devia ter frito o ovo.21. ( ) A capelinha já deveria ter sido benzida pelo padre.22. ( ) A gráfica já deveria ter impresso os cartazes.23. ( ) Ele nunca fora aceito no clube.24. ( ) Ele já havia acendido a fogueira.25. ( ) A fogueira já tinha sido acesa pelo idoso.26. ( ) O processo foi concluído para o juiz.27. ( ) O eleito já havia elegido suas prioridades.28. ( ) O jogo estava findo quando a briga começou.29. ( ) Já imerso, viu-se que o corpo havia imergido fazia pouco.30. ( ) O terreno foi limpado pelo proprietário.31. ( ) Foi preso quando já havia prendido dois delinquentes.32. ( ) O equipamento foi roto pelo atleta.33. ( ) O agressor foi seguro pelos braços.34. ( ) O barco, submerso, havia submergido na véspera.35. ( ) O nome do aluno já havia sido supresso da lista.36. ( ) Ele havia pago muitas contas.37. ( ) Ele foi pegado em flagrante.38. ( ) Ele havia ganhado muito dinheiro.39. ( ) Ele tinha gastado todo o salário.40. ( ) Ele estava vindo quando se acidentou.41. ( ) Eu já tinha chego em casa quando desmaiei.

5º Degrau / Morfologia / Classificação dos vocábulos / Verbo

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Observações:

1ª) os verbos ganhar, gastar e pagar devem ser usados somente nas formas irregulares: ganho, gasto e pago; e

2ª) os verbos chegar e pegar devem ser usados somente nas formas regulares: chegado e pegado.

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Primeiro momento: um texto oportuno!

TEXTOS E TESTES

Desiderato

Vá placidamente por entre o barulho e a pressa, mas se lembre da paz que pode haver no silêncio. Tanto quanto possível, sem capitular, esteja de bem com todas as pes-soas. Fale a sua verdade, calma e claramente, mas escute os outros, mesmo os estúpidos e os ignorantes: também eles têm sua história. Evite pessoas barulhentas e agressivas. Elas são tormento para o espírito. Se você se comparar a outros, poderá tornar-se vaidoso e amargo, porque sempre surgirão pessoas superiores e inferiores a você. Desfrute suas conquistas, assim como seus planos. Mantenha-se interessado em sua própria carreira, mesmo que humilde, pois é tudo quanto se possui na sorte incerta dos tempos. Exercite a cautela nos negócios, porque o mundo é cheio de artifícios, mas não deixe que isso o tor-ne cego à virtude que existe. Lembre-se: muitas pessoas lutam por altos ideais e por toda parte a vida está cheia de heroísmos. Seja você mesmo. Principalmente, não finja afeição, nem seja cínico sobre o amor, porque, em face de toda aridez e desencantamento, ele é perene como a grama. Aceite gentilmente o conselho dos anos, renunciando com bene-volência as coisas da juventude. Cultive a força do espírito para proteger-se num infor-túnio inesperado. Mas não se desgaste com temores imaginários. Muitos medos nascem da fadiga e da solidão. Acima de uma benéfica disciplina, seja bondoso consigo mesmo. Você é filho do Universo, não menos que as árvores e as estrelas. Você tem o direito de estar aqui. E, quer seja claro ou não para você, o Universo age como deveria agir. Portan-to, esteja em paz com Deus, seja qual seja sua forma de concebê-lo. E, sejam quais forem sua lida e suas aspirações, na barulhenta confusão da vida, e apesar de todos os enganos, mantenha-se em paz com sua alma, com suas penas e com seus sonhos, mesmo desfei-tos. Esse, afinal, ainda é um mundo maravilhoso. Esteja atento, pois.

(Texto encontrado na velha Igreja de Saint Paul, Paris, datado de 1692)

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Segundo momento: dominando o vocabulário!

Desiderato: aspiração, desejo, anseio, meta, objetivo.

Placidamente: de modo plácido, tranquilo, sereno, manso, pacífico, brando.

Capitular: protelar, adiar, transigir, ceder.

Artifícios: astúcia, subterfúgio, truque, armadilha.

Perene: contínuo, duradouro, permanente, que dura para sempre, eterno.

Benevolência: vontade de fazer o bem, bondade, afeto, benignidade.

Infortúnio: acontecimento infeliz, azar, desgraça, adversidade, infelicidade.

Temor: sentimento respeitoso, medo, receio.

Fadiga: preguiça, cansaço, esgotamento físico ou mental.

Lida: atividade, trabalho, tarefa a realizar.

Pena: dó, compaixão, tristeza, desgosto, castigo, punição.

Terceiro momento: lendo, interpretando, compreendendo o texto!

01. Com o texto, o autor...

a) mostrou-se extremamente pessimista;b) demonstrou otimismo exagerado e totalmente ausente em outras pessoas;c) buscou ser realista e conselheiro, prevenindo e estimulando à ação;d) procurou mostrar-se prepotente, arrogante e superior às demais pessoas;e) foi extremamente realista e demonstrou uma experiência de vida que nenhum

outro ser humano a tem.

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02. Marque a única opção em que ocorre uma inverdade:

a) na primeira linha, o autor desaconselha a pressa e recomenda o recolhimento pessoal;

b) na segunda linha, o autor apela para que haja uma relação pacífica e fraterna entre as pessoas;

c) na terceira linha, o autor faz um belíssimo e humano apelo à humildade;d) na quarta linha, o autor, prudentemente, recomenda distância de pessoas que

não cultivam a paz;e) na quinta e na sexta linhas, o autor afirma que não existem pessoas superiores e

inferiores a outras pessoas.

03. Marque a opção incorreta:

a) na sétima e na oitava linhas há uma recomendação por carreiras simples, pois somente elas são certas;

b) na oitava e na nona linhas há um conselho a quem se dedica aos negócios, pois eles contêm armadilhas;

c) na nona e na décima linhas pede-se prudência, pois existem armadilhas e virtudes no universo em que se vive;

d) na décima e na décima primeira linhas, o autor recomenda observação aos gestos de heroísmo e ao amor próprio;

e) na décima primeira e na décima segunda linhas, o autor clama por sinceridade diante do amor.

5º Degrau / Morfologia / Classificação dos vocábulos / Textos e testes

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04. Marque a única opção incorreta:

a) na linha 13, ocorre um apelo veemente a que se ouçam as pessoas mais velhas;b) na linhas 14 e 15, recomenda-se fortaleza espiritual, mas se segue com desprezo

a todo tipo de medos;c) na linha 16, inicia-se uma exortação à necessidade de autoamar-se;d) na linha 17, inicia-se uma defesa à igualdade entre os seres humanos, com direitos

iguais para todos;e) na linha 18, antecipa-se o que, hoje, se popularizou-se chamar “lei do retorno”.

05. Marque a afirmação falsa:

a) na linha 19, o autor, ecumenicamente, passa a recomendar que cada um se relacione bem com seu Deus;

b) na linha 19, o texto mostra que, independentemente de crença, cada um há de ter o próprio Deus;

c) na linha 21 ocorre uma exortação à paz interior;d) na linha 20 inicia-se um apelo para que, na profissão, haja paz com todos o colegas

de ofício;e) nos dois últimos períodos, o autor deixa, a um só tempo, uma mensagem de

otimismo e de prudência.

5º Degrau / Morfologia / Classificação dos vocábulos / Textos e testes

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06. Considerando o texto todo, só há uma afirmação dissonante. Marque-a:

a) na montagem da belíssima obra de arte, o autor não economizou em conselhos e pedido de cautela;

b) sem dúvida, postas em prática todas as recomendações do texto, ter-se-ia uma vida exemplar;

c) no texto todo, a mescla otimismo-prudência fica bem marcada;d) o texto é daquelas obras raras que todos os seres humanos põem em prática

diariamente; e) mais do que uma obra de arte bem acabada, o texto reflete uma filosofia de vida

que todas as pessoas deveriam pôr em prática.

07. Usando-se, no início do texto, “Ide”, em vez de “Vá”, quantas outras palavras, obrigatoriamente, no mesmo período, sofreriam alteração?

a) uma;b) duas;c) três;d) quatro; e) cinco.

5º Degrau / Morfologia / Classificação dos vocábulos / Textos e testes

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01. (UFF) Assinale a frase em que há um erro de conjugação verbal:

a) Requeiro-lhe um atestado de bons antecedentes.b) Ele interviu na questão.c) Eles foram pegos de surpresa.d) O vendeiro proveu o seu armazém do necessário.e) Os meninos desavieram-se por causa do jogo.

02. (ENG – MACK) Só muito mais tarde vim a saber que a chuva os ___________ na estrada e que não ___________ ninguém que ___________.

a) detera, houve, os ajudasse;b) detivera, houve, os ajudasse;c) deterá, teve, ajudasse eles;d) detivera, houve, ajudasse eles;e) detivera, teve, os ajudasse.

QUESTÕES DE PROVA

5º Degrau / Morfologia / Classificação dos vocábulos / Questões de prova

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03. (PUC-RJ) Indique a série que corresponde às formas verbais apropriadas para os enuncia-dos abaixo:

As diferenças existentes entre homens e mulheres ___________ ser um fato indiscutí-vel. (1. parece 2. parecem). Alguns cientistas, desenvolvendo uma nova pesquisa sobre a estrutura do cérebro, os efeitos dos hormônios e a psicologia infantil, __________ que as diferenças entre homens e mulheres não se devem apenas à educação. (3. propõe 4. propõem). ________ diferenças cerebrais condicionadoras das aptidões tidas como tipica-mente masculinas ou femininas. (5. Haveria 6. Haveriam). ________, ainda, pesquisadores que consideram os machos mais agressivos, em virtude de sua constituição hormonal. (7. Existe 8. Existem).

Como sempre, discute-se se é a força da Biologia, ou meramente a Educação, que ________ sobre o comportamento humano. (9. predomina 10. predominam).

A alternativa que corresponde à série acima é:

a) 2, 4, 5, 8, 9; b) 1, 4, 6, 8, 9;c) 2, 4, 6, 7, 10;d) 2, 3, 5, 8, 10;e) 2, 4, 6, 7, 9.

5º Degrau / Morfologia / Classificação dos vocábulos / Questões de prova

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04. (FUVEST-SP) Assinale a frase em que aparece o pretérito mais-que-perfeito do verbo ser:

a) Não seria o caso de você se acusar?b) Quando cheguei, ele já se fora, muito zangado.c) Se não fosse ele, tudo estaria perdido.d) Bem depois se soube que não fora ele o culpado.e) Embora não tenha sido divulgado, soube-se do caso.

05. (F.C. Chagas) Marque a opção que completa corretamente os espaços da frase “Mesmo que você lhe __________ um acordo amigável, ele não ________”:

a) proponha – aceitará;b) propor – aceitava;c) proporia – aceitaria;d) proporá – aceitará;e) propôs – aceitava.

06. (UCS-RS) Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas da frase “Não ________ os dons que recebeste; __________ sempre que a felicidade se ________ aos pou-cos”:

a) esquece – lembre – constrói;b) esquece – lembra – constrói;c) esqueça – lembre – constrói;d) esqueças – lembra – constrói;e) esqueças – lembre – constrói.

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07. (FAME/FUPAC) Em: “Sei de uma moça… Se alguém escrevesse a sua história, diriam como o senhor …”, há verbos empregados respectivamente no:

a) presente do indicativo, pretérito imperfeito do subjuntivo, futuro do pretérito do indicativo;

b) presente do indicativo, pretérito imperfeito do indicativo, futuro do pretérito do indicativo;

c) presente do indicativo, futuro do pretérito do indicativo, pretérito imperfeito do subjuntivo;

d) presente do indicativo, futuro do pretérito do indicativo, pretérito imperfeito do indicativo;

e) presente do indicativo, futuro do pretérito do subjuntivo, pretérito imperfeito do subjuntivo.

08. (FUEL) Ele _________ com muita prudência, na esperança de que se _______ o tempo perdi-do.

a) interviu, reavesse;b) interveio, reavesse;c) interviu, reouvesse;d) interveio, reouvesse;e) interviu, rehavesse.

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09. (TCE-RJ) Todos os verbos apresentam uma irregularidade no futuro do subjuntivo em:

a) pôr – ver – rir;b) dar – saber – ouvir;c) dizer – equivaler – medir;d) fazer – dispor – vir;e) incendiar – caber – intervir.

10. (Alerj) Das opções abaixo, a que apresenta o particípio irregular dos verbos expressar, tin-gir e enxugar é:

a) expressado, tinto e enxugado;b) expresso, tingido e enxugado;c) expressado, tingido e enxuto;d) expresso, tinto e enxugado;e) expresso, tinto e enxuto.

11. (IBGE) Preencha as lacunas com as formas dos verbos entre parênteses e assinale a se-quência correta:“Quando ........ (refazer) o relatório, eles ........ (receber) a primeira parcela do pagamento. Se você ........ (poder) cumprir os prazos, ........ (ficar) liberado mais cedo.”

a) refazerem, receberiam, puder, ficara;b) refazerem, receberão, pode, ficou;c) refizerem, receberão, pudesse, ficaria;d) refizerem, receberiam, pôde, ficava;e) refizessem, receberão, podia, ficará.

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12. (CEE TECNOLÓGICA-SP) Aponte a frase correta:

a) Avançaram sobre ele, não se conteram.b) Não repilais quem de vós se aproxima.c) Se você não prever a ocasião, como agarrá-la?d) Requiseram inutilmente, não lhe deferiram o pedido.e) Busquei por muito tempo, mas não reavi o que perdera.

13. (FAAP) Assinale a forma errada do imperativo:

a) Põe-te na ponta dos pés / Não te ponhas na ponta dos pés.b) Ponha-se na ponta dos pés / Não se ponha na ponta dos pés.c) Ponhamo-nos na ponta dos pés / Não nos ponhamos na ponta dos pés.d) Ponhais-vos na ponta dos pés / Não vos ponhais na ponta dos pés.e) Ponham-se na ponta dos pés / Não se ponham na ponta dos pés.

14. (FAAP) “Cale-se ou expulso a senhora da sala”. Assinale a alternativa em que se conjuga erradamente o imperativo:

a) Cala-te / Não te cales.b) Cale-se / Não se cale.c) Calemo-nos / Não nos calemos.d) Calai-vos / Não vos calais.e) Calem-se / Não se calem.

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15. (CESGRANRIO) Tendo em conta a flexão e o emprego do verbo de acordo com a norma culta da língua, assinale a opção em que a forma entre parênteses NÃO completa correta-mente a lacuna da frase:

a) Se .......... atender a meu pedido, tudo se resolverá bem. (puderem);b) Se .......... a questão com cuidado, tudo se resolverá bem. (verem);c) Se .......... a proibição, haverá inúmeras reclamações. (mantiverem);d) Se .......... uma análise cuidadosa, encontrarão a melhor solução. (fizerem);e) Se .......... mais papéis nesta caixa, a arrumação ficará perfeita. (couberem).

16. (FUVEST-SP) A única frase em que a correlação de tempos e modos NÃO foi corretamente observada é:

a) Segundo os Correios, se a greve terminar amanhã, as entregas serão normaliza-das em 13 dias.

b) Para que o agricultor não se limitasse aos recursos oficiais, as fábricas também criaram suas próprias linhas de crédito.

c) Um dos seus projetos de lei exigia que os servidores das universidades fizessem exames antidoping.

d) Na discussão do projeto, o deputado duvidou de que o colega era o autor da emenda.

e) A Câmara Municipal aprovou a lei que concede descontos a multas e juros que estão em atraso.

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17. (UEL) Os alunos que .......... a média exigida .......... o certificado de aprovação, que será .......... em cerimônia especial.

a) obtiveram - requiseram – entregado;b) obtiveram - requereram – entregue;c) obtiveram - requiseram – entregue;d) obteram - requiseram – entregue;e) obteram - requereram – entregado.

18. (MACKENZIE-SP) Assinale a opção que completa corretamente as lacunas a seguir: “Como __________ mais de mil desentendimentos entre __________ e ele, um amigo __________, __________ de nos reconciliar.

a) aconteceu, eu, interveio, afim;b) aconteceram, mim, interveio, a fim;c) aconteceu, mim, interveio, a fim;d) houveram, eu, interviu, a fim;e) houve, mim, interviu, a fim.

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19. (UEPG) Escolha a estrutura aceitável, considerando a perfeita correlação entre os tempos verbais:

a) Se tivessem registrado a infância da aviação, os fotógrafos a popularizaram.b) Quando os fotógrafos tiverem registrado a infância da aviação, eles a tinham po-

pularizado.c) Quando os fotógrafos registraram a infância da aviação, eles a popularizam.d) Quando registrarem a infância da aviação, os fotógrafos a popularizarão.e) Se os fotógrafos tivessem registrado a infância da aviação, eles a tinham popula-

rizado.

20. (EPCAR) Há uma forma verbal errada na alternativa:

a) queixai-vos;b) queixamos-nos;c) queixávamo-nos;d) queixáveis-vos;e) queixásseis-vos.

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21. (PUC) No trecho “Agora vire a página e olhe o anjo que ele possuiu, veja esta mantilha so-bre este ombro puro (...)”, alterando-se o sujeito dos verbos destacados para tu e, depois, para nós, teríamos a seguinte modificação das formas verbais:

a) vira, olhe, vê / viremos, olhamos, vemos;b) vire, olhe, veja / viremos, olhemos, vejamos;c) vira, olha, vês / viramos, olhamos, vemos;d) viras, olhas, vês / viramos, olhamos, vemos;e) vira, olha, vê / viremos, olhemos, vejamos.

22. (FEB) Assinale a alternativa que completa adequadamente as lacunas:“Visto que a democratização do ensino é uma necessidade, a escola pública ______ de ser realmente apoiada e defendida, embora muitos ______ pois ______ abaixamento de nível”.

a) tenha – contestem – haveria;b) tem – contestam – há;c) tem – contestam – haveria;d) tem – contestem – haveria;e) tenha – contestem – haverá.

23. (Cefet-MG) Empregou-se o verbo no futuro do subjuntivo em:

a) …afrontava os perigos (…) para vir à cidade vê-la.b) Se algum dia a civilização ganhar essa paragem longínqua…c) Continuaram ainda a dialogar com certo azedume.d) Tinha-me esquecido de contar-lhe que eu fizera uma promessa…e) e encontrei o faroleiro ocupado em polir os metais da lanterna.

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24. (UFMG) Em todas as opções a lacuna pode ser preenchida com o verbo indicado entre pa-rênteses, no subjuntivo, exceto em:

a) Olhou para o cão, enquanto esperava que lhe _______ a porta (abrir).b) Por que foi que aquela criatura não ________ com franqueza? (proceder).c) É preciso que uma pessoa se ________ para encurtar a despesa (trancar).d) Deixa de luxo, minha filha, será o que Deus ________ (querer).e) Se isso me ______ possível, procuraria a roupa (ser).

25. (FUEL-PR) Pode ser que eu _______ levar as provas se você _______ tudo para que eu _______ onde elas estão. A alternativa que corresponde à sequência correta é:

a) consiga – fará – descobriria;b) consiga – fizer – descubra;c) consigo – fizer – descobrir;d) consigo – fizer – descubro;e) consigo – fará – descobrirei.

26. (CESGRANRIO) No passado, a Ciência não _______ combater muitas doenças. Hoje, ela _______ meios de evitá-las. As formas verbais que completam corretamente as frases são:

a) pôde e possui;b) pôde e possue;c) pode e possui;d) pode e possue;e) poude e possui.

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27. (FGV) Assinale a alternativa em que não haja erro de conjugação de verbo.

a) Em três meses, a lesão do jogador poderá estar curada, se ele manter adequa-damente o tratamento.

b) O moderador interviu assim que ficou a par dos problemas técnicos.c) Se a Patrícia previr tempo seco para o litoral, haveremos de descer a serra antes

de o sol nascer.d) Leocádia estava terrivelmente irritada. Tinha ganas de dizer a Alberto tudo o

que ele merecia; mas se deteu, esperando oportunidade melhor.e) Quando o negociador propor uma saída honrosa, será o momento de todos o

aplaudirmos.

28. (UFSCar) Indique a alternativa que completa corretamente as lacunas das frases:

I - Se nos ....... a fazer um esforço conjunto, teremos um país sério.II - .......o televisor ligado, para te informares dos últimos acontecimentos.III - Não havia programa que .......o povo, após o último noticiário.

a) propormos - Mantenha – entretesse;b) propusermos - Mantém – entretesse;c) propormos - Mantém – entretivesse;d) propormos - Mantém – entretesse;e) propusermos - Mantém – entretivesse.

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29. (FUVEST) Assinale a alternativa em que uma forma verbal foi empregada incorretamente:

a) O superior interveio na discussão, evitando a briga.b) Se a testemunha depor favoravelmente, o réu será absolvido.c) Quando eu reouver o dinheiro, pagarei a dívida.d) Quando você vier a Campinas, ficará extasiado.e) Ele trará o filho, se vier a São Paulo.

30. Observe a tirinha de Fernando Gonsales:

Tirinha de Fernando Gonsales, do livro Nem tudo que balança cai. São Paulo: Devir, 2003. p.16

Os verbos do primeiro e segundo quadrinhos estão:

a) no modo indicativo;b) no modo subjuntivo;c) no modo imperativo;d) no modo gerúndio;e) no modo particípio.

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31. (FAAP) – Assinale a resposta correspondente à alternativa que completa corretamente o espaço em branco da frase “Não ______. Você não acha preferível que ele se ______ sem que você o ________?”:

a) interfere – desdiz – obriga;b) interfira – desdisser – obrigue;c) interfira – desdissesse – obriga;d) interfere – desdiga – obriga;e) interfira – desdiga – obrigue.

32. (TRF) – Considerando as formas verbais destacadas nas três frases abaixo, a opção com a correta classificação de tempos e modos é, respectivamente: 1 – Pelo menos não descumpra suas obrigações.1 – Talvez chova no final do dia.2 – Digita este documento, por gentileza, Teresinha.

a) imperativo negativo / presente do subjuntivo / imperativo afirmativo;b) presente do subjuntivo / presente do subjuntivo / imperativo afirmativo;c) imperativo negativo / presente do subjuntivo / presente do indicativo;d) presente do subjuntivo / presente do subjuntivo / presente do indicativo;e) imperativo negativo / presente do indicativo / imperativo afirmativo.

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33. (Fuvest) – A frase “Sai daqui! Foge! Abandona o que é teu e esquece-me”, na forma nega-tiva, é:

a) Não saia daqui! Não fuja! Não abandones o que é teu e esquece-me.b) Jamais saias daqui! Não foge! Não abandones o que é teu e esquece-me.c) Não saias daqui! Não fujas! Não abandones o que é teu e não me esqueças.d) Não saiais daqui! Não fujais! Não abandoneis o que é teu e não me esquecei.e) Jamais sai daqui! Não foge! Não abandona o que é teu e não me esqueças.

34. (Fatec) – __________, __________ e __________ tuas conclusões.

a) Vem, escuta, tira;b) Venha, escute, tire;c) Vem, escute, tire;d) Vens, escutes, tires;e) Vinde, escutai, tirai.

35. (PUC) – Nunca __________ no pior; não __________ derrotista, pois teu futuro é enorme.

a) pense, seja;b) pensas, sejas;c) penses, sejas;d) pensa, seja;e) pensa, sê.

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36. (Unisinos) – Jovem, __________ sempre teus objetivos; não __________ nunca.

a) busques, desistas;b) busques, desista;c) busca, desista;d) busca, desistas;e) busque, desistas.

37. (Unipampa) – Filho meu, __________ ao redor e verás a miséria que existe; __________ isso!

a) olhe, faças;b) olhe, faça;c) olha, faça;d) olhai, fazei;e) olha, faze.

38. (Consult) – _________ o bem; __________ o mal.

a) Faça, repele;b) Faças, repilas;c) Faças, repilas;d) Faze, repele;e) Façais, repeli.

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39. (FGV) – Oh, jovem, _________, _________, _________, _________, _________ e _________ o bem.

a) Vem, olhe, pense, reage, trabalhe, faça;b) Venha, olha, pensa, reaja, trabalha, faça;c) Vem, olhe, pense, reage, trabalhe, faze;d) Vem, olha, pensa, reage, trabalha, faze;e) Venha, olha, pensa, reaja, trabalha, faça.

40. (Vunesp) – Grande mestre, _________ feliz e nunca _________ quando _________ dificuldades.

a) seja, desista, houver;b) sê, desista, houver;c) sede, desistais, haver;d) seja, desistas, haver;e) seja, desista, houverem.

41. (IBADE) – Senhores, __________ quando __________ __________ __________.

a) Venham, lhes, couberem, virem;b) Vinde, vos, couber, vir;c) Venham, vos, caber, vir;d) Vem, te, couber, vieres;e) Venha, lhe, caber, vir.

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42. (IMA) – Eu __________ o mal e __________ sempre.

a) repilo / sorriu;b) repelo / sorrio;c) repilo / sorrio;d) repelo / sorriu;e) repilo, sorriso.

43. (FCM) – Na frase ‘’Fale bem o Português do Brasil!”, o verbo falar está no imperativo afir-mativo. Passando-o para o imperativo negativo e conservando a mesma pessoa gramati-cal, teremos:

a) Não fales.b) Não fala.c) Não falem.d) Não fale.e) Não faleis. f) Não falai.

44. (IDECAN) – ________ o que pensas, ________ o que não queres, mas não ________ os conse-lhos.

a) Diga / rejeita / desprezeb) Digai / rejeitai / desprezeisc) Dize / rejeita / desprezesd) Diga / rejeite / desprezee) Diga / rejeita / desprezes

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45. (Consultan) – Marque a opção em que o verbo de uma das frases não está no modo impe-rativo:

a) Não coma esse bolo! / Ajude-me aqui! / Não jogue videogame!b) Corra! / Pratique mais exercícios. / Estude mais.c) Não bata no seu primo. / Vá para seu quarto! / Lave a louça.d) Saia da chuva. / Não entre na piscina. / Fale mais alto!e) Troque de roupa. / Escova os dentes. / Não fique parado.

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Há mais de 30 anos, sem sucesso, tento premiar alunos que, partindo da versão original do texto Desiderato (terceira pessoa do singular), façam a passagem correta dele para as se-gundas pessoas do singular e do plural. Nenhum, até agora, conseguiu. E você, conseguiria? Tente!

Abaixo reproduzimos o texto e, no gabarito, página 311, publicamos as versões corretas dessas passagens. Encorage-se! Faça esse que é, pelo visto até aqui, o melhor exercício de fi-xação de verbos que criamos. Bom trabalho e boa sorte!

EXERCÍCIO - DESAFIO

Desiderato

Vá placidamente por entre o barulho e a pressa, mas se lembre da paz que pode haver no silêncio. Tanto quanto possível, sem capitular, esteja de bem com todas as pessoas. Fale a sua verdade, calma e claramente, mas escute os outros, mesmo os es-túpidos e os ignorantes: também eles têm sua história. Evite pessoas barulhentas e agressivas. Elas são tormento para o espírito. Se você se comparar a outros, poderá tornar-se vaidoso e amargo, porque sempre surgirão pessoas superiores e inferiores a você. Desfrute suas conquistas, assim como seus planos. Mantenha-se interessado em sua própria carreira, mesmo que humilde, pois é tudo quanto se possui na sorte incer-ta dos tempos. Exercite a cautela nos negócios, porque o mundo é cheio de artifícios, mas não deixe que isso o torne cego à virtude que existe. Lembre-se: muitas pessoas lutam por altos ideais e por toda parte a vida está cheia de heroísmos. Seja você mes-mo. Principalmente, não finja afeição, nem seja cínico sobre o amor, porque, em face de toda aridez e desencantamento, ele é perene como a grama. Aceite gentilmente o conselho dos anos, renunciando com benevolência as coisas da juventude. Cultive a força do espírito para proteger-se num infortúnio inesperado. Mas não se desgaste com temores imaginários. Muitos medos nascem da fadiga e da solidão. Acima de uma

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benéfica disciplina, seja bondoso consigo mesmo. Você é filho do Universo, não menos que as árvores e as estrelas. Você tem o direito de estar aqui. E, quer seja claro ou não para você, o Universo age como deveria agir. Portanto, esteja em paz com Deus, seja qual seja sua forma de concebê-lo. E, sejam quais forem sua lida e suas aspirações, na barulhenta confusão da vida, e apesar de todos os enganos, mantenha-se em paz com sua alma, com suas penas e com seus sonhos, mesmo desfeitos. Esse, afinal, ainda é um mundo maravilhoso. Esteja atento, pois.

(Texto encontrado na velha Igreja de Saint Paul, Paris, datado de 1692)

5º Degrau / Morfologia / Classificação dos vocábulos / Textos e testes / Desafio

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VERBOS REGULARES

Presente

1ª Conjugação

Pron. CANTAR AMAR SONHAR PROCURAR CONSUMAR

Eu canto amo sonho procuro consumo

Tu cantas amas sonhas procuras consumas

Ele canta ama sonha procura consuma

Nós cantamos amamos sonhamos procuramos consumamos

Vós cantais amais sonhais procurais consumais

Eles cantam amam sonham procuram consumam

2ª Conjugação

Pron. ESCREVER CEDER PARECER VENDER VARRER

Eu escrevo cedo pareço vendo varro

Tu escreves cedes pareces vendes varres

Ele escreve cede parece vende varre

Nós escrevemos cedemos parecemos vendemos varremos

Vós escreveis cedeis pareceis vendeis varreis

Eles escrevem cedem parecem vendem varrem

GABARITO

5º Degrau / Morfologia / Classificação dos vocábulos / Gabarito

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3ª Conjugação

Pron. PARTIR ABRIR ADQUIRIR DIVIDIR PRESCINDIR

Eu parto abro adquiro divido prescindo

Tu partes abres adquires divides prescindes

Ele parte abre adquire divide prescinde

Nós partimos abrimos adquirimos dividimos prescindimos

Vós partis abris adquiris dividis prescindis

Eles partem abrem adquirem dividem prescindem

Pretérito

1ª Conjugação – Perfeito

Pron. CANTAR AMAR SONHAR PROCURAR CONSUMAR

Eu cantei amei sonhei procurei consumei

Tu cantaste amaste sonhaste procuraste consumaste

Ele cantou amou sonhou procurou consumou

Nós cantamos amamos sonhamos procuramos consumamos

Vós cantastes amastes sonhastes procurastes consumastes

Eles cantaram amaram sonharam procuraram consumaram

1ª Conjugação – Imperfeito

Pron. CANTAR AMAR SONHAR PROCURAR CONSUMAR

Eu cantava amava sonhava procurava consumava

Tu cantavas amavas sonhavas procuravas consumavas

Ele cantava amava sonhava procurava consumava

Nós cantávamos amávamos sonhávamos procurávamos consumávamos

Vós cantáveis amáveis sonháveis procuráveis consumáveis

Eles cantavam amavam sonhavam procuravam consumavam

5º Degrau / Morfologia / Classificação dos vocábulos / Gabarito

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1ª Conjugação – Mais-que-perfeito

Pron. CANTAR AMAR SONHAR PROCURAR CONSUMAR

Eu cantara amara sonhara procurara consumara

Tu cantaras amaras sonharas procuraras consumaras

Ele cantara amara sonhara procurara consumara

Nós cantáramos amáramos sonháramos procuráramos consumáramos

Vós cantáreis amáreis sonháreis procuráreis consumáreis

Eles cantaram amaram sonharam procuraram consumaram

2ª Conjugação – Perfeito

Pron. ESCREVER CEDER PARECER VENDER VARRER

Eu escrevi cedi pareci vendi varri

Tu escreveste cedeste pareceste vendeste varreste

Ele escreveu cedeu pareceu vendeu varreu

Nós escrevemos cedemos parecemos vendemos varremos

Vós escrevestes cedestes parecestes vendestes varrestes

Eles escreveram cederam pareceram venderam varreram

2ª Conjugação – Imperfeito

Pron. ESCREVER CEDER PARECER VENDER VARRER

Eu escrevia cedia parecia vendia varria

Tu escrevias cedias parecias vendias varrias

Ele escrevia cedia parecia vendia varria

Nós escrevíamos cedíamos parecíamos vendíamos varríamos

Vós escrevíeis cedíeis parecíeis vendíeis varríeis

Eles escreviam cediam pareciam vendiam varriam

5º Degrau / Morfologia / Classificação dos vocábulos / Gabarito

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271

2ª Conjugação – Mais-que-perfeito

Pron. ESCREVER CEDER PARECER VENDER VARRER

Eu escrevera cedera parecera vendera varrera

Tu escreveras cederas pareceras venderas varreras

Ele escrevera cedera parecera vendera varrera

Nós escrevêramos cedêramos parecêramos vendêramos varrêramos

Vós escrevêreis cedêreis parecêreis vendêreis varrêreis

Eles escreveram cederam pareceram venderam varreram

3ª Conjugação – Perfeito

Pron. PARTIR ABRIR ADQUIRIR DIVIDIR PRESCINDIR

Eu parti abri adquiri dividi prescindi

Tu partiste abriste adquiriste dividiste prescindiste

Ele partiu abriu adquiriu dividiu prescindiu

Nós partimos abrimos adquirimos dividimos prescindimos

Vós partistes abristes adquiristes dividistes prescindistes

Eles partiram abriram adquiriram dividiram prescindiram

3ª Conjugação – Imperfeito

Pron. PARTIR ABRIR ADQUIRIR DIVIDIR PRESCINDIR

Eu partia abria adquiria dividia prescindia

Tu partias abrias adquirias dividias prescindias

Ele partia abria adquiria dividia prescindia

Nós partíamos abríamos adquiríamos dividíamos prescindíamos

Vós partíeis abríeis adquiríeis dividíeis prescindíeis

Eles partiam abriram adquiriam dividiam prescindiam

5º Degrau / Morfologia / Classificação dos vocábulos / Gabarito

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272

3ª Conjugação – Mais-que-perfeito

Pron. PARTIR ABRIR ADQUIRIR DIVIDIR PRESCINDIR

Eu partira abrira adquirira dividira prescindira

Tu partiras abriras adquiriras dividiras prescindiras

Ele partira abrira adquirira dividira prescindira

Nós partíramos abríramos adquiríramos dividíramos prescindíramos

Vós partíreis abríreis adquiríreis dividíreis prescindíreis

Eles partiram abriram adquiriram dividiram prescindiram

Futuro do presente

1ª Conjugação

Pron. CANTAR AMAR SONHAR PROCURAR CONSUMAR

Eu cantarei amarei sonharei procurarei consumarei

Tu cantarás amarás sonharás procurarás consumarás

Ele cantará amará sonhará procurará consumará

Nós cantaremos amaremos sonharemos procuraremos consumaremos

Vós cantareis amareis sonhareis procurareis consumareis

Eles cantarão amarão sonharão procurarão consumarão

2ª Conjugação

Pron. ESCREVER CEDER PARECER VENDER VARRER

Eu escreverei cederei parecerei venderei varrerei

Tu escreverás cederás parecerás venderás varrerás

Ele escreverá cederá parecerá venderá varrerá

Nós escreveremos cederemos pareceremos venderemos varreremos

Vós escrevereis cedereis parecereis vendereis varrereis

Eles escreverão cederão parecerão venderão varrerão

5º Degrau / Morfologia / Classificação dos vocábulos / Gabarito

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3ª Conjugação

Pron. PARTIR ABRIR ADQUIRIR DIVIDIR PRESCINDIR

Eu partirei abrirei adquirirei dividirei prescindirei

Tu partirás abrirás adquirirás dividirás prescindirás

Ele partirá abrirá adquirirá dividirá prescindirá

Nós partiremos abriremos adquiriremos dividiremos prescindiremos

Vós partireis abrireis adquirireis dividireis prescindireis

Eles partirão abrirão adquirirão dividirão prescindirão

Futuro do pretérito

1ª Conjugação

Pron. CANTAR AMAR SONHAR PROCURAR CONSUMAR

Eu cantaria amaria sonharia procuraria consumaria

Tu cantarias amarias sonharias procurarias consumarias

Ele cantaria amaria sonharia procuraria consumaria

Nós cantaríamos amaríamos sonharíamos procuraríamos consumaríamos

Vós cantaríeis amaríeis sonharíeis procuraríeis consumaríeis

Eles cantariam amariam sonhariam procurariam consumariam

2ª Conjugação

Pron. ESCREVER CEDER PARECER VENDER VARRER

Eu escreveria cederia pareceria venderia varreria

Tu escreverias cederias parecerias venderias varrerias

Ele escreveria cederia pareceria venderia varreria

Nós escreveríamos cederíamos pareceríamos venderíamos varreríamos

Vós escreveríeis cederíeis pareceríeis venderíeis varreríeis

Eles escreveriam cederiam pareceriam venderiam varreriam

5º Degrau / Morfologia / Classificação dos vocábulos / Gabarito

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3ª Conjugação

Pron. PARTIR ABRIR ADQUIRIR DIVIDIR PRESCINDIR

Eu partiria abriria adquiriria dividiria prescindiria

Tu partirias abririas adquiririas dividirias prescindirias

Ele partiria abriria adquiriria dividiria prescindiria

Nós partiríamos abriríamos adquiriríamos dividiríamos prescindiríamos

Vós partiríeis abriríeis adquiriríeis dividiríeis prescindiríeis

Eles partiriam abririam adquiririam dividiriam prescindiriam

SUBJUNTIVO

Presente

1ª Conjugação

Pron. CANTAR AMAR SONHAR PROCURAR CONSUMAR

Eu cante ame sonhe procure consume

Tu cantes ames sonhes procures consumes

Ele cante ame sonhe procure consume

Nós cantemos amemos sonhemos procuremos consumemos

Vós canteis ameis sonheis procureis consumeis

Eles cantem amem sonhem procurem consumem

2ª Conjugação

Pron. ESCREVER CEDER PARECER VENDER VARRER

Eu escreva ceda pareça venda varra

Tu escrevas cedas pareças vendas varras

Ele escreva ceda pareça venda varra

Nós escrevamos cedamos pareçamos vendamos varramos

Vós escrevais cedais pareçais vendais varrais

Eles escrevam cedam pareçam vendam varram

5º Degrau / Morfologia / Classificação dos vocábulos / Gabarito

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3ª Conjugação

Pron. PARTIR ABRIR ADQUIRIR DIVIDIR PRESCINDIR

Eu parta abra adquira divida prescinda

Tu partas abras adquiras dividas prescindas

Ele parta abra adquira divida prescinda

Nós partamos abramos adquiramos dividamos prescindamos

Vós partais abrais adquirais dividais prescindais

Eles partam abram adquiram dividam prescindam

Pretérito imperfeito

1ª Conjugação

Pron. CANTAR AMAR SONHAR PROCURAR CONSUMAR

Eu cantasse amasse sonhasse procurasse consumasse

Tu cantasses amasses sonhasses procurasses consumasses

Ele cantasse amasse sonhasse procurasse consumasse

Nós cantássemos amássemos sonhássemos procurássemos consumássemos

Vós cantásseis amásseis sonhásseis procurásseis consumásseis

Eles cantassem amassem sonhassem procurassem consumassem

2ª Conjugação

Pron. ESCREVER CEDER PARECER VENDER VARRER

Eu escrevesse cedesse parecesse vendesse varresse

Tu escrevesses cedesses parecesses vendesses varresses

Ele escrevesse cedesse parecesse vendesse varresse

Nós escrevêssemos cedêssemos parecêssemos vendêssemos varrêssemos

Vós escrevêsseis cedêsseis parecêsseis vendêsseis varrêsseis

Eles escrevessem cedessem parecessem vendessem varressem

5º Degrau / Morfologia / Classificação dos vocábulos / Gabarito

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3ª Conjugação

Pron. PARTIR ABRIR ADQUIRIR DIVIDIR PRESCINDIR

Eu partisse abrisse adquirisse dividisse prescindisse

Tu partisses abrisses adquirisses dividisses prescindisses

Ele partisse abrisse adquirisse dividisse prescindisse

Nós partíssemos abríssemos adquiríssemos dividíssemos prescindíssemos

Vós partísseis abrísseis adquirísseis dividísseis prescindísseis

Eles partissem abrissem adquirissem dividissem prescindissem

Futuro

1ª Conjugação

Pron. CANTAR AMAR SONHAR PROCURAR CONSUMAR

Eu cantar amar sonhar procurar consumar

Tu cantares amares sonhares procurares consumares

Ele cantar amar sonhar procurar consumar

Nós cantarmos amarmos sonharmos procurarmos consumarmos

Vós cantardes amardes sonhardes procurardes consumardes

Eles cantarem amarem sonharem procurarem consumarem

2ª Conjugação

Pron. ESCREVER CEDER PARECER VENDER VARRER

Eu escrever ceder parecer vender varrer

Tu escreveres cederes pareceres venderes varreres

Ele escrever ceder parecer vender varrer

Nós escrevermos cedermos parecermos vendermos varrermos

Vós escreverdes cederdes parecerdes venderdes varrerdes

Eles escreverem cederem parecerem venderem varrerem

5º Degrau / Morfologia / Classificação dos vocábulos / Gabarito

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3ª Conjugação

Pron. PARTIR ABRIR ADQUIRIR DIVIDIR PRESCINDIR

Eu partir abrir adquirir dividir prescindir

Tu partires abrires adquirires dividires prescindires

Ele partir abrir adquirir dividir prescindir

Nós partirmos abrirmos adquirirmos dividirmos prescindirmos

Vós partirdes abrirdes adquirirdes dividirdes prescindirdes

Eles partirem abrirem adquirirem dividirem prescindirem

IMPERATIVO

1ª Conjugação – Amar

Pron. Pres. do Indic. Imper. Afirmativo Pres. do Subjuntivo Imper. Negativo

Eu amo ------------------ ---------------► - o + a ame - x -

Tu amas ----------► - s ama ames ----------------► Não ames

Ele ama ame ◄----------- ame -----------------► Não ame

Nós amamos amemos ◄----------- amemos ------------► Não amemos

Vós amais ----------► -s amai ameis ---------------► Não ameis

Eles amam amem ◄----------- amem ---------------► Não amem

2ª Conjugação

Pron. Pres. do Indic. Imper. Afirmativo Pres. do Subjuntivo Imper. Negativo

Eu escrevo ------------ ---------------► - o + a escreva - x -

Tu escreves -----► - s escreve escrevas ------------► Não escrevas

Ele escreve escreva ◄------ escreva -------------► Não escreva

Nós escrevemos escrevamos ◄------- escrevamos --------► Não escrevamos

Vós escreveis -----► -s escrevei escrevais -----------► Não escrevais

Eles escrevem escrevam ◄------- escrevam -----------► Não escrevam

5º Degrau / Morfologia / Classificação dos vocábulos / Gabarito

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3ª Conjugação – Dividir

Pron. Pres. do Indic. Imper. Afirmativo Pres. do Subjuntivo Imper. Negativo

Eu divido --------------------- ---------------► - o + a divida - x -

Tu divides -------► - s divide dividas -------------► Não dividas

Ele divide divida ◄--------- divida ---------------► Não divida

Nós dividimos dividamos ◄-------- dividamos ----------► Não dividamos

Vós dividis -------► -s dividi dividais -------------► Não dividais

Eles dividem dividam ◄--------- dividam ------------► Não dividam

FORMAS NOMINAIS

Amar

Infinitivo impessoal amar

Infinitivo pessoal amar amares amar amarmos amardes amarem

Gerúndio amando

Particípio amado

Escrever

Infinitivo impessoal escrever

Infinitivo pessoal escrever escreveres escrever escrevermos escreverdes escreverem

Gerúndio escrevendo

Particípio escrito

5º Degrau / Morfologia / Classificação dos vocábulos / Gabarito

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Dividir

Infinitivo impessoal dividir

Infinitivo pessoal dividir dividires dividir dividirmos dividirdes dividirem

Gerúndio dividindo

Particípio dividido

VERBOS IRREGULARES

1ª Conjugação

INDICATIVO

Presente

Pron. ESTAR DAR PASSEAR PREMIAR ANSIAR

Eu estou dou passeio premio anseio

Tu estás dás passeias premias anseias

Ele está dá passeia premia anseia

Nós estamos damos passeamos premiamos ansiamos

Vós estais dais passeais premiais ansiais

Eles estão dão passeiam premiam anseiam

5º Degrau / Morfologia / Classificação dos vocábulos / Gabarito

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Pretérito perfeito

Pron. ESTAR DAR PASSEAR PREMIAR ANSIAR

Eu estive dei passeei premiei ansiei

Tu estiveste deste passeaste premiaste ansiaste

Ele esteve deu passeou premiou ansiou

Nós estivemos demos passeamos premiamos ansiamos

Vós estivestes destes passeastes premiastes ansiastes

Eles estiveram deram passearam premiaram ansiaram

Pretérito imperfeito

Pron. ESTAR DAR PASSEAR PREMIAR ANSIAR

Eu estava dava passeava premiava ansiava

Tu estavas davas passeavas premiavas ansiavas

Ele estava dava passeava premiava ansiava

Nós estávamos dávamos passeávamos premiávamos ansiávamos

Vós estáveis dáveis passeáveis premiáveis ansiáveis

Eles estavam davam passeavam premiavam ansiavam

Pretérito mais-que-perfeito

Pron. ESTAR DAR PASSEAR PREMIAR ANSIAR

Eu estivera dera passeara premiara ansiara

Tu estiveras deras passearas premiaras ansiaras

Ele estivera dera passeara premiara ansiara

Nós estivéramos déramos passeáramos premiáramos ansiáramos

Vós estivéreis déreis passeáreis premiáreis ansiáreis

Eles estiveram deram passearam premiaram ansiaram

5º Degrau / Morfologia / Classificação dos vocábulos / Gabarito

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Futuro do presente

Pron. ESTAR DAR PASSEAR PREMIAR ANSIAR

Eu estarei darei passearei premiarei ansiarei

Tu estarás darás passearás premiarás ansiarás

Ele estará dará passeará premiará ansiará

Nós estaremos daremos passearemos premiaremos ansiaremos

Vós estareis dareis passeareis premiareis ansiareis

Eles estarão darão passearão premiarão ansiarão

Futuro do pretérito

Pron. ESTAR DAR PASSEAR PREMIAR ANSIAR

Eu estaria daria passearia premiaria ansiaria

Tu estarias darias passearias premiarias ansiarias

Ele estaria daria passearia premiaria ansiaria

Nós estaríamos daríamos passearíamos premiaríamos ansiaríamos

Vós estaríeis daríeis passearíeis premiaríeis ansiaríeis

Eles estariam dariam passeariam premiariam ansiariam

SUBJUNTIVO

Presente

Pron. ESTAR DAR PASSEAR PREMIAR ANSIAR

Eu esteja dê passeie premie anseie

Tu estejas dês passeies premies anseies

Ele esteja dê passeie premie anseie

Nós estejamos demos passeemos premiemos ansiemos

Vós estejais deis passeeis premieis ansieis

Eles estejam deem passeiem premiem anseiem

5º Degrau / Morfologia / Classificação dos vocábulos / Gabarito

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282

Pretérito imperfeito

Pron. ESTAR DAR PASSEAR PREMIAR ANSIAR

Eu estivesse desse passeasse premiasse ansiasse

Tu estivesses desses passeasses premiasses ansiasses

Ele estivesse desse passeasse premiasse ansiasse

Nós estivéssemos déssemos passeássemos premiássemos ansiássemos

Vós estivésseis désseis passeásseis premiásseis ansiásseis

Eles estivessem dessem passeassem premiassem ansiassem

Futuro

Pron. ESTAR DAR PASSEAR PREMIAR ANSIAR

Eu estiver der passear premiar ansiar

Tu estiveres deres passeares premiares ansiares

Ele estiver der passear premiar ansiar

Nós estivermos dermos passearmos premiarmos ansiarmos

Vós estiverdes derdes passeardes premiardes ansiardes

Eles estiverem derem passearem premiarem ansiarem

IMPERATIVO

Afirmativo

Pron. ESTAR DAR PASSEAR PREMIAR ANSIAR

Eu - x - - x - - x - - x - - x -

Tu está dá passeia premia anseia

Ele esteja dê passeie premie anseie

Nós estejamos demos passeemos premiemos ansiemos

Vós estai dai passeai premiai ansiai

Eles estejam deem passeiem premiem anseiem

5º Degrau / Morfologia / Classificação dos vocábulos / Gabarito

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283

Negativo

Pron. ESTAR DAR PASSEAR PREMIAR ANSIAR

Eu - x - - x - - x - - x - - x -

Tu Não estejas Não dês Não passeies Não premies Não anseies

Ele Não esteja Não dê Não passeie Não premie Não anseie

Nós Não estejamos Não demos Não passeemos Não premiemos Não ansiemos

Vós Não estejais Não deis Não passeeis Não premieis Não ansieis

Eles Não estejam Não deem Não passeiem Não premiem Não anseiem

FORMAS NOMINAIS

Estar

Infinitivo impessoal estar

Infinitivo pessoal estar estares estar estarmos estardes estarem

Gerúndio estando

Particípio estado

Dar

Infinitivo impessoal dar

Infinitivo pessoal dar dares dar darmos dardes darem

Gerúndio dando

Particípio dado

5º Degrau / Morfologia / Classificação dos vocábulos / Gabarito

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Passear

Infinitivo impessoal passear

Infinitivo pessoal passear passeares passear passearmos passeardes passearem

Gerúndio passeando

Particípio passeado

Premiar

Infinitivo impessoal premiar

Infinitivo pessoal premiar premiares premiar premiarmos premiardes premiarem

Gerúndio premiando

Particípio premiado

Ansiar

Infinitivo impessoal ansiar

Infinitivo pessoal ansiar ansiares ansiar ansiarmos ansiardes ansiarem

Gerúndio ansiando

Particípio ansiado

5º Degrau / Morfologia / Classificação dos vocábulos / Gabarito

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2ª CONJUGAÇÃO

INDICATIVO

Presente

Pron. SER VER HAVER FAZER PÔR

Eu sou vejo hei faço ponho

Tu és vês hás fazes pões

Ele é vê há faz põe

Nós somos vemos havemos fazemos pomos

Vós sois vedes haveis fazeis pondes

Eles são veem hão fazem põem

Pretérito perfeito

Pron. SER VER HAVER FAZER PÔR

Eu fui vi houve fiz pus

Tu foste viste houveste fizeste puseste

Ele foi viu houve fez pôs

Nós fomos vimos houvemos fizemos pusemos

Vós fostes vistes houvestes fizestes pusestes

Eles foram viram houveram fizeram puseram

5º Degrau / Morfologia / Classificação dos vocábulos / Gabarito

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Pretérito imperfeito

Pron. SER VER HAVER FAZER PÔR

Eu era via havia fazia punha

Tu eras vias havias fazias punhas

Ele era via havia fazia punha

Nós éramos víamos havíamos fazíamos púnhamos

Vós éreis víeis havíeis fazíeis púnheis

Eles eram viam haviam faziam punham

Pretérito mais-que-perfeito

Pron. SER VER HAVER FAZER PÔR

Eu fora vira houvera fizera pusera

Tu foras viras houveras fizeras puseras

Ele fora vira houvera fizera pusera

Nós fôramos víramos houvéramos fizéramos puséramos

Vós fôreis víreis houvéreis fizéreis puséreis

Eles foram viram houveram fizeram puseram

Futuro do presente

Pron. SER VER HAVER FAZER PÔR

Eu serei verei haverei farei porei

Tu serás verás haverás farás porás

Ele será verá haverá fará porá

Nós seremos veremos haveremos faremos poremos

Vós sereis vereis havereis fareis poreis

Eles serão verão haverão farão porão

5º Degrau / Morfologia / Classificação dos vocábulos / Gabarito

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Futuro do pretérito

Pron. SER VER HAVER FAZER PÔR

Eu seria veria haveria faria poria

Tu serias verias haverias farias porias

Ele seria veria haveria faria poria

Nós seríamos veríamos haveríamos faríamos poríamos

Vós seríeis veríeis haveríeis faríeis poríeis

Eles seriam veriam haveriam fariam poriam

SUBJUNTIVO

Presente

Pron. SER VER HAVER FAZER PÔR

Eu seja veja haja faça ponha

Tu sejas vejas hajas faças ponhas

Ele seja veja haja faça ponha

Nós sejamos vejamos hajamos façamos ponhamos

Vós sejais vejais hajais façais ponhais

Eles sejam vejam hajam façam ponham

Pretérito imperfeito

Pron. SER VER HAVER FAZER PÔR

Eu fosse visse houvesse fizesse pusesse

Tu fosses visses houvesses fizesses pusesses

Ele fosse visse houvesse fizesse pusesse

Nós fôssemos víssemos houvéssemos fizéssemos puséssemos

Vós fôsseis vísseis houvésseis fizésseis pusésseis

Eles fossem vissem houvessem fizessem pusessem

5º Degrau / Morfologia / Classificação dos vocábulos / Gabarito

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Futuro

Pron. SER VER HAVER FAZER PÔR

Eu for vir houver fizer puser

Tu fores vires houveres fizeres puseres

Ele for vir houver fizer puser

Nós formos virmos houvermos fizermos pusermos

Vós fordes virdes houverdes fizerdes puserdes

Eles forem virem houverem fizerem puserem

IMPERATIVO

Afirmativo

Pron. SER VER HAVER FAZER PÔR

Eu - x - - x - - x - - x - - x -

Tu sê* vê há faze põe

Ele seja veja haja faça ponha

Nós sejamos vejamos hajamos façamos ponhamos

Vós sede* vede havei fazei ponde

Eles sejam vejam hajam façam ponham

Negativo

Pron. SER VER HAVER FAZER PÔR

Eu - x - - x - - x - - x - - x -

Tu Não sejas Não vejas Não hajas Não faças Não ponhas

Ele Não seja Não veja Não haja Não faça Não ponha

Nós Não sejamos Não vejamos Não hajamos Não façamos Não ponhamos

Vós Não sejais Não vejais Não hajais Não façais Não ponhais

Eles Não sejam Não vejam Não hajam Não façam Não ponham

5º Degrau / Morfologia / Classificação dos vocábulos / Gabarito

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FORMAS NOMINAIS

Ser

Infinitivo impessoal ser

Infinitivo pessoal ser seres ser sermos serdes serem

Gerúndio sendo

Particípio sido

Ver

Infinitivo impessoal ver

Infinitivo pessoal ver veres ver vermos verdes verem

Gerúndio vendo

Particípio visto

Haver

Infinitivo impessoal haver

Infinitivo pessoal haver haveres haver havermos haverdes haverem

Gerúndio havendo

Particípio havido

Fazer

Infinitivo impessoal fazer

Infinitivo pessoal fazer fazeres fazer fazermos fazerdes fazerem

Gerúndio fazendo

Particípio feito

5º Degrau / Morfologia / Classificação dos vocábulos / Gabarito

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Pôr

Infinitivo impessoal pôr

Infinitivo pessoal pôr pores por pormos pordes porem

Gerúndio pondo

Particípio posto

3ª CONJUGAÇÃO

INDICATIVO

Presente

Pron. IR VIR FRIGIR TOSSIR RIR

Eu vou venho frijo tusso rio

Tu vais vens freges tosses ris

Ele vai vem frege tosse ri

Nós vamos vimos frigimos tossimos rimos

Vós ides vindes frigis tossis rides

Eles vão vêm fregem tossem riem

Pretérito perfeito

Pron. IR VIR FRIGIR TOSSIR RIR

Eu fui vim frigi tossi ri

Tu foste vieste frigiste tossiste riste

Ele foi veio frigiu tossiu riu

Nós fomos viemos frigimos tossimos rimos

Vós fostes viestes frigistes tossistes ristes

Eles foram vieram frigiram tossiram riram

5º Degrau / Morfologia / Classificação dos vocábulos / Gabarito

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Pretérito imperfeito

Pron. IR VIR FRIGIR TOSSIR RIR

Eu ia vinha frigia tossia ria

Tu ias vinhas frigias tossias rias

Ele ia vinha frigia tossia ria

Nós íamos vínhamos frigíamos tossíamos ríamos

Vós íeis vínheis frigíeis tossíeis ríeis

Eles iam vinham frigiam tossiam riam

Pretérito mais-que-perfeito

Pron. IR VIR FRIGIR TOSSIR RIR

Eu fora viera frigira tossira rira

Tu foras vieras frigiras tossiras riras

Ele fora viera frigira tossira rira

Nós fôramos viéramos frigíramos tossíramos ríramos

Vós fôreis viéreis frigíreis tossíreis ríreis

Eles foram vieram frigiram tossiram riram

Futuro do presente

Pron. IR VIR FRIGIR TOSSIR RIR

Eu irei virei frigirei tossirei rirei

Tu irás virás frigirás tossirás rirás

Ele irá virá frigirá tossirá rirá

Nós iremos viremos frigiremos tossiremos riremos

Vós ireis vireis frigireis tossireis rireis

Eles irão virão frigirão tossirão rirão

5º Degrau / Morfologia / Classificação dos vocábulos / Gabarito

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292

Futuro do pretérito

Pron. IR VIR RIGIR TOSSIR RIR

Eu iria viria frigiria tossiria riria

Tu irias virias frigirias tossirias ririas

Ele iria viria frigiria tossiria riria

Nós iríamos viríamos frigiríamos tossiríamos riríamos

Vós iríeis viríeis frigiríeis tossiríeis riríeis

Eles iriam viriam frigiriam tossiriam ririam

SUBJUNTIVO

Presente

Pron. IR VIR FRIGIR TOSSIR RIR

Eu vá venha frija tussa ria

Tu vás venhas frijas tussas rias

Ele vá venha frija tussa ria

Nós vamos venhamos frijamos tussamos ríamos

Vós ides venhais frijais tussais ríeis

Eles vão venham frijam tussam riam

Pretérito imperfeito

Pron. IR VIR FRIGIR TOSSIR RIR

Eu fosse viesse frigisse tossisse risse

Tu fosses viesses frigisses tossisses risses

Ele fosse viesse frigisse tossisse risse

Nós fôssemos viéssemos frigíssemos tossíssemos ríssemos

Vós fôsseis viésseis frigísseis tossísseis rísseis

Eles fossem viessem frigissem tossissem rissem

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293

Futuro

Pron. IR VIR FRIGIR TOSSIR RIR

Eu for vier frigir tossir rir

Tu fores vieres frigires tossires rires

Ele for vier frigir tossir rir

Nós formos viermos frigirmos tossirmos rirmos

Vós fordes vierdes frigirdes tossirdes rirdes

Eles forem vierem frigirem tossirem rirem

IMPERATIVO

Afirmativo

Pron. IR VIR FRIGIR TOSSIR RIR

Eu - x - - x - - x - - x - - x -

Tu vai vem frege tosse ri

Ele vá venha frija tussa ria

Nós vamos venhamos frijamos tussamos riamos

Vós ide vinde frigi tossi riais

Eles vão venham frijam tussam riam

Negativo

Pron. IR VIR FRIGIR TOSSIR RIR

Eu - x - - x - - x - - x - - x -

Tu Não vás Não venhas Não frijas Não tussas Não rias

Ele Não vá Não venha Não frija Não tussa Não ria

Nós Não vamos Não venhamos Não frijamos Não tussamos Não riamos

Vós Não vais Não venhais Não frijais Não tussais Não riais

Eles Não vão Não venham Não frijam Não tussam Não riam

5º Degrau / Morfologia / Classificação dos vocábulos / Gabarito

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294

FORMAS NOMINAIS

Ir

Infinitivo impessoal ir

Infinitivo pessoal ir ires ir irmos irdes irem

Gerúndio indo

Particípio ido

Vir

Infinitivo impessoal vir

Infinitivo pessoal vir vires vir virmos virdes virem

Gerúndio vindo

Particípio vindo

Frigir

Infinitivo impessoal frigir

Infinitivo pessoal frigir frigires frigir frigirmos frigirdes frigirem

Gerúndio frigindo

Particípio frigido

Tossir

Infinitivo impessoal tossir

Infinitivo pessoal tossir tossires tossir tossirmos tossirdes tossirem

Gerúndio imergindo

Particípio imergido

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295

Rir

Infinitivo impessoal rir

Infinitivo pessoal rir rires rir rirmos rirdes rirem

Gerúndio rindo

Particípio rido

Exercício 01:

01. Ontem ele sobresteve o processo.02. Acaso ele desdê o presente, haveria muitos contratempos.03. Embora ceemos juntos, temos frequentes pontos de discordância.04. Hoje eu premio os bons e odeio os maus.05. Hoje eu remedeio problemas e negocio soluções.06. Ontem eu sobstive a eles na discussão havida. 07. Amigo, sê feliz, pois tu mereces.08. Amigos, sede felizes, pois vós mereceis.09. Quando eu revir as provas, darei o resultado final.10. Se eu previsse os resultados, tudo teria sido diferente.11. Por antever os resultados, fiquei mais tranquilo.12. O desabrigado reouve seus pertences quando a água baixou.13. Para eu reaver meus bens, terei de ir à justiça.14. Quando eu reouver meus bens, estarei a salvo.15. Hoje eu hei de vencer e tu hás de triunfar também.16. Hoje ele contrafaz ações de outrora.17. É bom que vocês desfaçam imediatamente o negócio.18. Ontem eu intervim no conflito, mas ele nunca interveio.19. Há tempo, eu reconvim nos próprios autos processuais.20. Ontem eu revim à cidade natal.

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296

21. Ontem eu revi a cidade natal.22. Ontem ele reveio à cidade natal.23. Ontem ele reviu a cidade natal.24. Enquanto eu ainda sorrio, ele já não sorri mais.25. Ontem, o policial interveio; hoje, eu intervim.26. Hoje se consuma um crime lesa-pátria.27. Há anos, eu provim do interior.28. Ele frege ovos neste momento.29. Para reaver os direitos que nunca reouve, não é fácil.30. Quando eu te vir, falarei o que penso.

Exercício 02:

01. Achega-te a mim e te ampararei.02. Dize tua verdade, menino.03. Jamais mintas, pois te arrependerás.04. Fazei vossos temas e sereis recompensados.05. Nunca se aconselhe com estranhos.06. Fala a verdade; não te cales jamais.07. Faze tua parte e sê feliz.08. Meninos, sede prudentes, pois a vossa vida é incerta.09. Ide às ruas e fazei o que vos compete.10. Busque seus direitos e seja feliz.11. Nunca ponhas tua vida em risco; previne-te.12. Alguns irão à festa; vai tu também.13. Ninguém te pedirá nada, amanhã; não peças nada também.14. Antes de partir, vê teus compromissos, amigo.15. Vem, ouve e volta, meu amigo.

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297

Exercício 03:

Estar:

Pron. Pret. perf. do in-dic.

Pret. m-q-perf. do in-dic.

Pret. imperf. do subj. Fut. do subjuntivo

Eu estive estivera estivesse estiver

Tu estiveste estiveras estivesses estiveres

Ele esteve estivera estivesse estiver

Nós estivemos estivéramos estivéssemos estivermos

Vós estivestes estivéreis estivésseis estiverdes

Eles estiveram estiveram estivessem estiverem

Ser:

Pron. Pret. perf. do in-dic.

Pret. m-q-perf. do in-dic.

Pret. imperf. do subj. Fut. do subjuntivo

Eu fui fora fosse for

Tu foste foras fosses fores

Ele foi fora fosse for

Nós fomos fôramos fôssemos formos

Vós fostes fôreis fôsseis fordes

Eles foram foram foram forem

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298

Ver:

Pron. Pret. perf. do in-dic.

Pret. m-q-perf. do in-dic.

Pret. imperf. do subj. Fut. do subjuntivo

Eu vi vira visse vir

Tu viste viras visses vires

Ele viu vira visse vir

Nós vimos víramos víssemos virmos

Vós vistes víreis vísseis virdes

Eles viram viram vissem virem

Vir:

Pron. Pret. perf. do in-dic.

Pret. m-q-perf. do in-dic.

Pret. imperf. do subj. Fut. do subjuntivo

Eu vim viera viesse vier

Tu vieste vieras viesses vieres

Ele veio viera viesse vier

Nós viemos viéramos viéssemos viermos

Vós viestes viéreis viésseis vierdes

Eles vieram vieram viessem vierem

Haver:Pron. Pret. perf. do in-

dic.Pret. m-q-perf. do in-dic.

Pret. imperf. do subj. Fut. do subjuntivo

Eu houve houvera houvesse houver

Tu houveste houveras houvesses houveres

Ele houve houvera houvesse houver

Nós houvemos houvéramos houvéssemos houvermos

Vós houvestes houvéreis houvésseis houverdes

Eles houveram houveram houvessem houverem

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299

Fazer:

Pron. Pret. perf. do in-dic.

Pret. m-q-perf. do in-dic.

Pret. imperf. do subj. Fut. do subjuntivo

Eu fiz fizera fizesse fizer

Tu fizeste fizeras fizesses fizeres

Ele fez fizera fizesse fizer

Nós fizemos fizéramos fizéssemos fizermos

Vós fizestes fizéreis fizésseis fizerdes

Eles fizeram fizeram fizessem fizerem

Dizer:

Pron. Pret. perf. do in-dic.

Pret. m-q-perf. do in-dic.

Pret. imperf. do subj. Fut. do subjuntivo

Eu disse dissera dissesse disser

Tu disseste disseras dissesses disseres

Ele disse dissera dissesse disser

Nós dissemos disséramos disséssemos dissermos

Vós dissestes disséreis dissésseis disserdes

Eles disseram disseram dissessem disserem

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300

Exercício 04:

01. Quando ele vier à cidade, assustar-se-á.02. Quando ele me vir aqui, ficará surpreso.03. Ontem, ele reouve seus bens.04. Quando ele reouver seus bens, tudo estará em paz.05. Se ele reouvesse seus bens, tudo ficaria em paz.06. Para ele reaver os bens perdidos, demorará certo tempo.07. Se vos propuserdes realizar o bem, vivereis felizes.08. Para vos propores realizar o bem, haverá de existirem condições.09. Quando, ontem, eu intervim na briga, o clima já era tenso.10. Quando a polícia intervier na briga, tudo ficará mais calmo.11. Para a polícia intervir na briga, terá de haver condições.12. Se a polícia interviesse, a briga não seria generalizada.13. Quando ele sobrestiver o processo, as partes viverão em paz.14. Para ele sobrestar o processo, todos deverão concordar.15. Se ele sobrestivesse o processo, a paz retornaria.16. Se ele detivesse o avanço populacional, o país conheceria a paz.17. Quando ele refizer os cálculos, estaremos salvos.18. Se ele refizesse os cálculos, estaríamos salvos.19. Para refazer os cálculos, ele terá de ser remunerado.20. Quando ele revir os cálculos, convencer-se-á.21. Se ele revisse os cálculos, convencer-se-ia.22. Para ele rever os cálculos, teremos de autorizá-lo.23. Se requeresse seus direitos, ele os conseguiria.24. Quando requerer seus direitos, ele os conseguirá.25. Se eles interviessem, eu sairia ileso do conflito.

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301

Exercício 05

INDICATIVO

Pron. Presente Pret. perfeito Pret. imperfeito Pret. mais-que-perfeito

Eu -------- fali falia falira

Tu -------- faliste falias faliras

Ele -------- faliu falia falira

Nós falimos falimos falíamos falíramos

Vós falis falistes falíeis falíreis

Eles -------- faliram faliam faliram

Pron. Futuro do presente Futuro do pretérito

Eu falirei faliria

Tu falirás falirias

Ele falirá faliria

Nós faliremos faliríamos

Vós falireis faliríeis

Eles falirão faliriam

SUBJUNTIVO

Pron. Presente Pretérito imperfeito Futuro

Eu -------- falisse falir

Tu -------- falisses falires

Ele -------- falisse falir

Nós -------- falíssemos falirmos

Vós -------- falísseis falirdes

Eles -------- falissem falirem

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302

IMPERATIVO

Pron. Pres. do Indic. Imper. Afirmativo Pres. do Subjuntivo Imper. Negativo

Eu -------- - x - -------- - x -

Tu -------- -------- -------- --------

Ele -------- -------- -------- --------

Nós falimos -------- -------- --------

Vós falis fali -------- --------

Eles -------- -------- -------- --------

FORMAS NOMINAIS

Infinitivo impessoal falir

Infinitivo pessoal falir falires falir falirmos falirdes falirem

Gerúndio falindo

Particípio falido

INDICATIVO

Pron. Presente Pret. perfeito Pret. imperfeito Pret. mais-que-per-feito

Eu -------- aboli abolia abolira

Tu aboles aboliste abolias aboliras

Ele abole aboliu abolia abolira

Nós abolimos abolimos abolíamos abolíramos

Vós abolis abolistes abolíeis abolíreis

Eles abolem aboliram aboliam aboliram

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303

Pron. Futuro do presente Futuro do pretérito

Eu abolirei aboliria

Tu abolirás abolirias

Ele abolirá aboliria

Nós aboliremos aboliríamos

Vós abolireis aboliríeis

Eles abolirão aboliriam

SUBJUNTIVO

Pron. Presente Pretérito imperfeito Futuro

Eu -------- abolisse abolir

Tu -------- abolisses abolires

Ele -------- abolisse abolir

Nós -------- abolíssemos abolirmos

Vós -------- abolísseis abolirdes

Eles -------- abolissem abolirem

IMPERATIVO

Pron. Pres. do Indic. Imper. Afirmativo Pres. do Subjuntivo Imper. Negativo

Eu -------- - x - -------- - x -

Tu aboles abole -------- --------

Ele abole -------- -------- --------

Nós abolimos -------- -------- --------

Vós abolis aboli -------- --------

Eles abolem -------- -------- --------

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304

FORMAS NOMINAIS

Infinitivo impessoal abolir

Infinitivo pessoal abolir abolires abolir abolirmos abolirdes abolirem

Gerúndio abolindo

Particípio abolido

INDICATIVO

Pron. Presente Pret. perfeito Pret. imperfeito Pret. mais-que-perfeito

Eu -------- -------- -------- --------

Tu -------- -------- -------- --------

Ele apraz aprouve aprazia aprouvera

Nós -------- -------- -------- --------

Vós -------- -------- -------- --------

Eles aprazem aprouveram apraziam aprouveram

Pron. Futuro do presente Futuro do pretérito

Eu -------- --------

Tu -------- --------

Ele aprazerá aprazeria

Nós -------- --------

Vós -------- --------

Eles aprazerão aprazeriam

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305

SUBJUNTIVO

Pron. Presente Pretérito imperfeito Futuro

Eu -------- -------- --------

Tu -------- -------- --------

Ele -------- aprouvesse aprouver

Nós -------- -------- --------

Vós -------- -------- --------

Eles -------- aprouvessem aprouverem

IMPERATIVO

Pron. Pres. do Indic. Imper. Afirmativo Pres. do Subjuntivo Imper. Negativo

Eu -------- - x - -------- - x -

Tu -------- -------- -------- --------

Ele apraz -------- -------- --------

Nós -------- -------- -------- --------

Vós -------- -------- -------- --------

Eles aprazem -------- -------- --------

FORMAS NOMINAIS

Infinitivo impessoal aprazer

Infinitivo pessoal aprazer aprazeres aprazer aprazermos aprazerdes aprazerem

Gerúndio aprazendo

Particípio aprazido

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306

Exercício 06

PRESENTE DO INDICATIVO

Pron. HAVER REAVER TER ENTRETER

Eu hei -------- tenho entretenho

Tu hás -------- tens entreténs

Ele há -------- tem entretém

Nós havemos reavemos temos entretemos

Vós haveis reaveis tendes entretendes

Eles hão -------- têm entretêm

Pron. VER PREVER VER PROVER

Eu vejo prevejo vejo provejo

Tu vês prevês vês provês

Ele vê prevê vê provê

Nós vemos prevemos vemos provemos

Vós vedes prevedes vedes provedes

Eles veem preveem veem proveem

Pron. ESTAR SOBRESTAR PÔR CONTRAPOR

Eu estou sobrestou ponho contraponho

Tu estás sobrestás pões contrapões

Ele está sobrestá põe contrapõe

Nós estamos sobrestamos pomos contrapomos

Vós estais sobrestais pondes contrapondes

Eles estão sobrestão põem contrapõem

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307

Pron. FAZER CONTRAFAZER VIR INTERVIR

Eu faço contrafaço venho intervenho

Tu fazes contrafazes vens intervéns

Ele faz contrafaz vem intervém

Nós fazemos contrafazemos vimos intervimos

Vós fazeis contrafazeis vindes intervindes

Eles fazem contrafazem vêm intervêm

Pron. NEGOCIAR RENEGOCIAR MEDIAR INTERMEDIAR

Eu negocio renegocio medeio intermedeio

Tu negocias renegocias medeias intermedeias

Ele negocia renegocia medeia intermedeia

Nós negociamos renegociamos mediamos intermediamos

Vós negociais renegociais mediais intermediais

Eles negociam renegociam medeiam intermedeiam

Pron. QUERER REQUERER POLIR REPOLIR

Eu quero requeiro* pulo repulo

Tu queres requeres pules repules

Ele quer requer pule repule

Nós queremos requeremos polimos repolimos

Vós quereis requereis polis repolis

Eles querem requerem pulem repulem

Pron. FREAR REFREAR DEMOLIR REDEMOLIR

Eu freio refreio -------- --------

Tu freias refreias demoles redemoles

Ele freia refreia demole redemole

Nós freamos refreamos demolimos redemolimos

Vós freais refreais demolis redemolis

Eles freiam refreiam demolem redemolem

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308

Pron. EXPLODIR IMPLODIR PRAZER APRAZER

Eu -------- --------- -------- --------

Tu explodes implodes -------- --------

Ele explode implode praz apraz

Nós explodimos implodimos -------- --------

Vós explodis implodis -------- --------

Eles explodem implodem prazem aprazem

PRETÉRITO PERFEITO DO INDICATIVO

Pron. HAVER REAVER TER ENTRETER

Eu houve reouve tive entretive

Tu houveste reouveste tiveste entretiveste

Ele houve reouve teve entreteve

Nós houvemos reouvemos tivemos entretivemos

Vós houvestes reouvestes tivestes entretivestes

Eles houveram reouveram tiveram entretiveram

Pron. VER PREVER VER PROVER

Eu vi previ vi provi

Tu viste previste viste proveste*

Ele viu previu viu proveu*

Nós vimos previmos vimos provemos

Vós vistes previstes vistes provestes

Eles viram previram viram proveram

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309

Pron. ESTAR SOBRESTAR PÔR CONTRAPOR

Eu estive sobrestive pus contrapus

Tu estiveste sobrestiveste puseste contrapuseste

Ele esteve sobresteve pôs contrapôs

Nós estivemos sobrestivemos pusemos contrapusemos

Vós estivestes sobrestivestes pusestes contrapusestes

Eles estiveram sobrestiveram puseram contrapuseram

Pron. FAZER CONTRAFAZER VIR INTERVIR

Eu fiz contrafiz vim intervim

Tu fizeste contrafizeste vieste intervieste

Ele fez contrafez veio interveio

Nós fizemos contrafizemos viemos interviemos

Vós fizestes contrafizestes viestes interviestes

Eles fizeram contrafizeram vieram intervieram

Pron. NEGOCIAR RENEGOCIAR MEDIAR INTERMEDIAR

Eu negociei renegociei mediei intermediei

Tu negociaste renegociaste mediaste intermediaste

Ele negociou renegociou mediou intermediou

Nós negociamos renegociamos mediamos intermediamos

Vós negociastes renegociastes mediastes intermediastes

Eles negociaram renegociaram mediaram intermediaram

Pron. QUERER REQUERER POLIR REPOLIR

Eu quis requeri* poli repoli

Tu quiseste requereste poliste repoliste

Ele quis requereu poliu repoliu

Nós quisemos requeremos polimos repolimos

Vós quisestes requerestes polistes repolistes

Eles quiseram requereram poliram repoliram

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Pron. FREAR REFREAR DEMOLIR REDEMOLIR

Eu freei refreei demoli redemoli

Tu freaste refreaste demoliste redemoliste

Ele freou refreou demoliu redemoliu

Nós freamos refreamos demolimos redemolimos

Vós freastes refreastes demolistes redemolistes

Eles frearam refrearam demoliram redemoliram

Pron. EXPLODIR IMPLODIR PRAZER APRAZER

Eu explodi implodi -------- --------

Tu explodiste implodiste -------- --------

Ele explodiu implodiu prouve aprouve

Nós explodimos implodimos -------- --------

Vós explodistes implodistes -------- --------

Eles explodiram implodiram prouveram aprouveram

Exercício 07

01-C / 02-C / 03-C / 04-E / 05-E / 06-C / 07-E / 08-C / 09-C / 10-C / 11-C / 12-C / 13-C / 14-C / 15-C / 16-C / 17-E / 18-C / 19-C / 20-E / 21-E / 22-E / 23-C / 24-C / 25-C / 26-E / 27-C / 28-C / 29-C / 30-E / 31-C / 32-C / 33-C / 34-C / 35-C / 36-C / 37-C / 38-E / 39-E / 40-E / 41-E

Terceiro momento – texto Desiderato:

01-C / 02-E / 03-A / 04-B / 05-D / 06-D / 07-B

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311

Quarto momento – questões de provas:

01-B / 02-B / 03-A / 04-D / 05-A / 06-D / 07-A / 08-D / 09-B / 10-B / 11-C / 12-B / 13-D / 14-D / 15-B / 16-A / 17-B / 18-B / 19-D / 20-B / 21-E / 22-D / 23-B / 24-B / 25-B / 26-A / 27-C / 28-E / 29-B / 30-C / 31-E / 32-E / 33-C / 34-A / 35-B / 36-D / 37-E / 38-D / 39-D / 40-A / 41-B / 42-C / 43-D / 44-C / 45-C

Exercício-desafio:

2ª pessoa do singular

Desiderato

Vai placidamente por entre o barulho e a pressa, mas te lembra da paz que pode haver no silêncio. Tanto quanto possível, sem capitular, está de bem com todas as pessoas. Fala a tua verdade, calma e claramente, mas escuta os outros, mesmo os estúpidos e os ignorantes: também eles têm sua história. Evita pessoas barulhentas e agressivas. Elas são tormento para o espírito. Se tu te comparares a outros, poderás tornar-te vaidoso e amargo, porque sempre surgirão pessoas superiores e inferiores a ti. Desfruta tuas conquistas, assim como teus pla-nos. Mantém-te interessado em tua própria carreira, mesmo que humilde, pois é tudo quan-to se possui na sorte incerta dos tempos. Exercita a cautela nos negócios, porque o mundo é cheio de artifícios, mas não deixes que isso te torne cego à virtude que existe. Lembra-te: muitas pessoas lutam por altos ideais e por toda parte a vida está cheia de heroísmos. Sê tu mesmo. Principalmente, não finjas afeição, nem sejas cínico sobre o amor, porque, em face de toda aridez e desencantamento, ele é perene como a grama. Aceita gentilmente o conselho dos anos, renunciando com benevolência as coisas da juventude. Cultiva a força do espírito

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para proteger-te num infortúnio inesperado. Mas não te desgastes com temores imaginários. Muitos medos nascem da fadiga e da solidão. Acima de uma benéfica disciplina, sê bondoso contigo mesmo. Tu és filho do Universo, não menos que as árvores e as estrelas. Tu tens o di-reito de estar aqui. E, quer seja claro ou não para ti, o Universo age como deveria agir. Portanto, está em paz com Deus, seja qual seja tua forma de concebê-lo. E, sejam quais forem tua lida e tuas aspirações, na barulhenta confusão da vida, e apesar de todos os enganos, mantém-te em paz com tua alma, com tuas penas e com teus sonhos, mesmo desfeitos. Esse, afinal, ainda é um mundo maravilhoso. Está atento, pois.

(Texto encontrado na velha Igreja de Saint Paul, Paris, datado de 1692)

2ª pessoa do plural

Desiderato

Ide placidamente por entre o barulho e a pressa, mas vos lembrai da paz que pode haver no silêncio. Tanto quanto possível, sem capitular, estai de bem com todas as pessoas. Falai a vossa verdade, calma e claramente, mas escutai os outros, mesmo os estúpidos e os ignoran-tes: também eles têm sua história. Evitai pessoas barulhentas e agressivas. Elas são tormento para o espírito. Se vós vos comparardes a outros, podereis tornar-vos vaidosos e amargos, porque sempre surgirão pessoas superiores e inferiores a vós. Desfrutai vossas conquistas, assim como vossos planos. Mantende-vos interessados em vossas próprias carreiras, mesmo que humildes, pois é tudo quanto se possui na sorte incerta dos tempos. Exercitai a cautela nos negócios, porque o mundo é cheio de artifícios, mas não deixeis que isso vos torne cego à virtude que existe. Lembrai-vos: muitas pessoas lutam por altos ideais e por toda parte a vida está cheia de heroísmos. Sede vós mesmos. Principalmente, não finjais afeição, nem sejais cí-nicos sobre o amor, porque, em face de toda aridez e desencantamento, ele é perene como a grama. Aceitai gentilmente o conselho dos anos, renunciando com benevolência as coisas da

5º Degrau / Morfologia / Classificação dos vocábulos / Gabarito

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juventude. Cultivai a força do espírito para proteger-vos num infortúnio inesperado. Mas não vos desgasteis com temores imaginários. Muitos medos nascem da fadiga e da solidão. Acima de uma benéfica disciplina, sede bondosos com vós mesmos. Vós sois filhos do Universo, não menos que as árvores e as estrelas. Vós tendes o direito de estar aqui. E, quer seja claro ou não para vós, o Universo age como deveria agir. Portanto, estai em paz com Deus, seja qual seja vossa forma de concebê-lo. E, sejam quais forem vossas lidas e vossas aspirações, na barulhen-ta confusão da vida, e apesar de todos os enganos, mantende-vos em paz com vossas almas, com vossas penas e com vossos sonhos, mesmo desfeitos. Esse, afinal, ainda é um mundo ma-ravilhoso. Estai atentos, pois.

(Texto encontrado na velha Igreja de Saint Paul, Paris, datado de 1692)

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Vistos os nomes – substantivo, adjetivo e advérbio – e o verbo, prossigamos nosso cami-nho rumo às classes gramaticais não vistas ainda.

Noutra perspectiva, também válida, poderíamos dizer isto: vistas a duas classes grama-ticais – o substantivo e o verbo –, prossigamos no estudo das subclasses ainda não vistas.

Adote-se a classificação que se quiser, a verdade é uma só: avançando mais um passo no quinto degrau de nossa Escada, trataremos, a partir daqui, do pronome.

Variável em gênero (masculino e feminino) e número (singular e plural), o pronome ora substitui o substantivo (pronome substantivo), ora determina o substantivo (pronome adjeti-vo).

Exemplos:

1. O menino é dedicado, pois ele estuda o tempo todo.• Ele: pronome substantivo que substitui menino.

2. Este menino e aquele professor são dedicados.• Este e aquele: pronomes adjetivos que determinam os substantivos menino e

professor. 3. Eu abracei o aluno.

• O professor abraçou o aluno: professor substituiu o pronome substantivo eu.4. Eu abracei o aluno.

• Eu o abracei: o pronome o substituiu o substantivo aluno.

PRONOME

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1. Classificação

De acordo com a finalidade com que é usado na situação concreta (não se pode, aqui também, listar pronomes, pois cada caso será sempre um caso), determina-se a classificação dos pronomes.

1.1. Pronome pessoal

Pessoais são aqueles pronomes que representam as pessoas do discurso:

a) primeira pessoa do singular: eu;b) segunda pessoa do singular: tu;c) terceira pessoa do singular: ele / ela;d) primeira pessoa do plural (eu e mais alguém): nós;e) segunda pessoa do plural (tu e mais alguém): vós; ef) terceira pessoa do plural (alguém mais alguém): eles / elas.

Exemplos:

a) Eu, sozinho, fiz um belo trabalho.b) Tu, sozinho, fizeste um belo trabalho.c) Ele, sozinho, fez um belo trabalho.d) Nós, meu amigo e eu, fizemos um ótimo trabalho.e) Vós, o professor e tu, fizestes um ótimo trabalho.f) Eles, a diretora e o professor, fizeram um ótimo trabalho.

Os pronomes pessoais são de três espécies: retos, oblíquos e de tratamento. Dominá--los garantirá elegância na comunicação e certeza de acertos em provas de quaisquer concur-sos.

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PRONOMES PESSOAIS

Retos Oblíquos De tratamento

Eu me, mim, comigo - x -

Tu te, ti, contigo - x -

Ele se, si, consigo, o, a, lhe Todos eles, no sigular: Vossa Exce-lência...

Nós nos, conosco - x -

Vós vos, convosco - x -

Eles se, si, consigo, os, as, lhes Todos eles, no plural: Vossas Exce-lências...

Observações:

1ª) Como regra, os pronomes pessoais retos funcionam como sujeito da oração; os oblí-quos, complementos.

2ª) Como regra, as primeiras pessoas (eu e nós) representam os falantes; as segundas (tu e vós), os ouvintes; e as terceiras (ele e eles) as pessoas de quem se fala.

3ª) Os pronomes de tratamento, haja vista serem todos de terceiras pessoas, terão de ser acompanhados de verbos e de outros pronomes também de terceiras pessoas.

4ª) Os pronomes retos eu e tu são usados antes de verbos.

5ª) Os pronomes oblíquos dividem-se em tônicos (mim, comigo, ti, contigo, si, consigo, conosco, convosco) e átonos (me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes).

6ª) Os oblíquos átonos devem ser usados observando-se as regras de colocação: prócli-se, mesóclise e ênclise.

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7ª) Quer na fala, quer na escrita, deve-se observar sempre a uniformidade de tratamen-to e combiná-la com os respectivos possessivos:

a) primeira pessoa do singular: eu / me, mim, comigo / meu, minha, meus, minhas;b) segunda pessoa do singular: tu / te, ti, contigo / teu, tua, teus, tuas;c) terceira pessoa do singular: ele / se, si, consigo, o, a, lhe / seu, sua, seus, suas;d) primeira pessoa do plural: nós / nos, conosco / nosso, nossa, nossos, nossas;e) segunda pessoa do plural: vós / vos, convosco / vosso, vossa, vossos, vossas;f) terceira pessoa do plural: eles / se, si, consigo, os, as, lhes / seu, sua, seus, suas.

8ª) Após preposição, devemos usar pronome oblíquo, salvo se, na sequência, vier verbo no infinitivo.

Exemplos (respectivos):

1°) Mim beijei ela (errado).

Eu a beijei (certo).

2°) Eu falo, tu ouves e ambos apontamos os erros que ele comete.

3°) Vossa Excelência sempre merecereis nosso respeito, pois nós vos respeitamos por vossa conduta (errado).

Vossa Excelência sempre merecerá nosso respeito, pois nós o respeitamos por sua conduta (certo).

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4°) Eu comprei um livro para mim ler (errado).

Eu comprei um livro para eu ler (certo).

Tu compraste um livro para ti ler (errado).

Tu compraste um livro para tu leres (certo).

Eu comprei um livro para si ler (errado).

Eu comprei um livro para você ler (certo).

5°) Todos, ao falarem mal de mim (tônico), me (átono) ofenderam.

Todos, ao falarem mal de ti (tônico), te (átono) ofenderam.

6°) Me falaram bem a teu respeito, mas eu não responsabilizo-me por teus atos (errado).

Falaram-me bem a teu respeito, mas eu não me responsabilizo por teus atos (certo).

7°) Eu sempre digo o que me convém sobre meus atos.

Tu sempre dizes o que te convém sobre teus atos.

Ele sempre diz o que lhe convém sobre seus atos (= atos dele).

Nós sempre dizemos o que nos convém sobre nossos atos.

Vós sempre dizeis o que vos convém sobre vossos atos.

Eles sempre dizem o que lhes convém sobre seus atos (= atos deles).

Vossa Senhoria sempre diz o que lhe convém sobre seus atos (= atos dele).

8º) Para eu ler, não poderá haver conversas entre ti e teus amigos.

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Atenção:

1) O assunto do 6º item é sintático, chama-se colocação pronominal e será retomado mais adiante.

2) Vosso, vossa, vossos, vossas (possessivos) só podem ser usados na companhia do sujeito vós; eles jamais concordarão com pronomes de tratamento.

Exercício 01:

Leia atentamente as frases que se seguem e complete-as com uma das opções su-geridas entre parênteses:

a) Vossa Excelência sempre __________ (será / sereis) bem-vindo, Senhor Presiden-te.

b) Vossa Excelência e __________ (seus / vossos) assessores serão bem-vindos, Se-nhor Governador.

c) Vossa Magnificência, Senhor Reitor, escolheu muito bem _________ (seus / vos-sos) assessores.

d) Excelentíssimo Senhor Prefeito Municipal, nós __________ (o / vos) estimamos muito.

e) Senhor Secretário, leve à __________ (Vossa / Sua) Excelência, o Senhor Governa-dor, nosso abraço.

f) Tu hás de __________ (se / te) considerar vencedor, meu filho.g) Fostes vencedores em __________ (sua / vossa) luta, queridos alunos.h) Tu __________ (venceu / venceste) __________ (sua / tua) principal batalha, amigo.i) Você __________ (venceu / venceste) __________ (sua / tua) principal batalha, ami-

go.j) Que nós sempre __________ (se / nos) consideremos vencedores em nossas bata-

lhas.

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k) Ontem, beijei __________ (-a / ela) na saída do cinema.l) Ao __________ (ver ele / vê-lo), meu coração acelerou.m) Eufrosina, você nem imagina quanto __________ (te / a / vos) amo.n) Entuérpia, meu amor, tu nunca medirás a extensão de meu amor por _________

(ti / você).o) Meu filho, tu e _________ (seus / teus) amigos não imaginam como _________ (vos

/ os) amo.p) Tu, minha filha, não conheces a extensão de meu amor por __________ (ti / você).q) Entre __________ (eu e tu / mim e ti) nunca houve problemas, meu amor.r) Para _________ (eu / mim) estudar, não poderás enviar recados para _________ (eu

/ mim).s) Para _________ (eu / mim) ler, há de haver silêncio. t) Para _________ (eu / mim), ler independe de silêncio.u) Por _________ (eu / mim), chegar cedo é simples detalhe.v) Por _________ (eu / mim) chegar cedo, não precisa haver alvoroço.w) Por que não trouxeste _________ (contigo / consigo / com vocês) __________ (seu /

teu) pai?x) Foi à balada, mas não __________ (levaste contigo / levou consigo) os amigos?y) Já que lês, este livro é para _________ (ti / si / você). z) Já que lê, este livro é para _________ (ti / si / você) ler.

1.2. Pronome relativo

São chamados relativos os pronomes que, introduzindo orações novas, retomam ideia anterior e estabelecem, com elas, uma relação de significado.

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Exemplos:

1. O aluno que proferiu o discurso é estudioso.Oração principal: O aluno é estudioso.Oração subordinada adjetiva: O aluno proferiu o discurso.

2. O professor o qual prepara bem suas aulas é admirado por todos.Oração principal: O professor é admirado por todos.Oração subordinada adjetiva: O professor prepara bem suas aulas.

3. O velho casarão cuja pintura desbotou guarda belas recordações. Oração principal: O velho casarão guarda belas recordações.Oração subordinada adjetiva: A pintura do casarão desbotou.

4. A mulher a quem dedico minha vida é minha companheira inseparável.

Oração principal: A mulher é minha companheira inseparável.

Oração subordinada adjetiva: Dedico minha vida à mulher.

5. A casa onde resido foi feita de capim.

Oração principal: A casa foi feita de capim.

Oração subordinada adjetiva: Resido na casa.

6. Deves valorizar tudo quanto te faz bem à alma.Oração principal: Deves valorizar tudo.Oração subordinada adjetiva: Tudo te faz bem à alma.

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Observações:

1ª) Em todos os exemplos o pronome relativo ligou orações e retomou ideias anterior-mente explicitadas.

2ª) Dentre as orações subordinadas – substantivas, adjetivas e adverbiais –, as adjetivas são sempre introduzidas por pronome relativo; as substantivas e as adverbiais, por conjunções.

3ª) Há pronomes relativos variáveis (cujo, o qual, quanto) e invariáveis (que, quem, quan-do, como, onde).

4ª) Para o emprego do relativo cujo (e suas variantes) deverá haver sempre um antece-dente e um consequente: O quarto (antecedente) cujas paredes (consequente) mo-fam é desconfortável.

5ª) Na dúvida para identificação do pronome relativo, deve-se lembrar que ele aceita a substituição por o qual e suas variáveis (o qual, a qual, os quais, as quais, no qual, pelo qual, sem o qual...).

6ª) Os relativos onde e quando devem trazer como antecedentes ideias de lugar e tempo, respectivamente.

7ª) O pronome relativo quanto sempre terá como antecedentes tudo, todo(s), tanto(s), tanta(s).

8ª) Na hipótese de ambiguidade, o uso do que deverá ser substituído por o qual, e suas variantes: “Sempre aceitei os elogios das pessoas que (os quais, para elogios; as quais, para pessoas) são amáveis.

9ª) O relativo que é frequentemente confundido com a conjunção que e, para dirimir a dúvida, deve-se lembrar: substitui substantivo, é pronome; simplesmente liga ora-ções, é conjunção.

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Atenção:

1º) Nunca poderá ser usado artigo depois de cujo: cujo o, cuja a, cujos os, cujas as.

2º) Da compreensão do pronome relativo dependerá, mais adiante, a identificação de sua função sintática.

3º) O pronome relativo o qual é muito explorado, em provas de qualquer espécie, na co-brança da crase.

Exercício 02:

Transforme os períodos compostos (duas ou mais orações) em períodos simples, descartando, para tanto, os pronomes relativos:

a) A casa que comprei é belíssima.Resposta: ________________________________________________________________________

b) O automóvel cuja pintura desbotou ficou horrível.Resposta: ________________________________________________________________________

c) Elogiei a menina a quem admiro muito.Resposta: ________________________________________________________________________

d) O aluno de cuja resposta gostei será premiado pela escola.Resposta: ________________________________________________________________________

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e) Elogiei a aluna a quem me havia referido.Resposta: ________________________________________________________________________

f) O professor ao qual sempre obedeci é exemplar.Resposta: ________________________________________________________________________

g) Vendi o livro mais antigo da coleção, cujas folhas estavam amarelecidas.Resposta: ________________________________________________________________________

h) Eram notáveis os mestres perante os quais nos apequenávamos.Resposta: ________________________________________________________________________

i) A escola onde estudei ainda existe.Resposta: ________________________________________________________________________

Exercício 03:

Transforme os períodos simples em compostos, usando, para tal, os pronomes re-lativos entre parênteses:

a) Eu comprei uma casa. As paredes da casa eram bonitas (cujo).Resposta: ________________________________________________________________________

b) Sempre gostei de meus alunos. Meus alunos foram sempre atenciosos (o qual).Resposta: ________________________________________________________________________

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c) Elogiei a aluna. Gosto da aluna (quem).Resposta: ________________________________________________________________________

d) Recomendei o livro. O livro estava na estante (que).Resposta: ________________________________________________________________________

e) Respeito os alunos. Tenho admiração pelos alunos (o qual).Resposta: ________________________________________________________________________

f) O diretor é muito humano. Obedeço ao diretor (o qual).Resposta: ________________________________________________________________________

g) A professora é simpática. Refiro-me à professora (o qual).Resposta: ________________________________________________________________________

h) Minha colega é querida. Refiro-me à minha colega (que).Resposta: ________________________________________________________________________

i) A escola é esta. Luto pelos alunos da escola (cujo).Resposta: ________________________________________________________________________

1.3. Pronome demonstrativo

Chamam-se demonstrativos os pronomes que, conforme a própria nomenclatura indi-ca, localizam pessoas ou coisas, no espaço físico em que se encontram, fatos e acontecimentos, no tempo em que ocorrem, e ideias, já mencionadas ou a se mencionarem ainda, nos textos em que aparecem.

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Exemplos:

01. Espaço físico

a) Próximo do falante: este, esta, estes, estas, isto.Exemplo: Este lápis que tenho na mão é precioso para mim.

b) Próximo do ouvinte: esse, essa, esses, essas, isso.Exemplo: Esse lápis que tens na mão deve ser precioso para ti.

c) Distante do falante e do ouvinte: aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo.Exemplo: Aquele monumento lá da praça lamentavelmente foi vandalizado.

02. No tempo

a) Presente ou futuro próximo: este, esta, estes, estas, isto.Exemplo: Esta semana (a atual) ficará marcada na história deste (atual) ano.

b) Passado próximo: esse, essa, esses, essas, isso.Exemplo: Os últimos dias foram cansativos, pois nessas datas acumularam-se com-

promissos.

c) Passado distante: aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo.Exemplo: O ano de 1500 marcou nossa gente. Aquele ano, aliás, inaugurou nossa

história.

03. No texto

a) Para ideias já explicitadas: esse, essa, esses, essas, isso.Exemplo: A fé move e o amor constrói. Esses sentimentos são decisivos na vida hu-

mana.

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b) Para ideias a serem explicitadas: este, esta, estes, estas, isto.Exemplo: Colegas, considerem esta verdade: o trabalho dignifica o ser humano.

c) Em substituições paralelas com mais de dois seres: aquele, aquela, aqueles, aque-las, aquilo.

Exemplo: Vinham o pai, a mãe e o filho. Este estava faminto; essa, doente; e aque-le, triste.

* Este para núcleo mais próximo (filho), essa para o segundo mais próximo (mãe) e aquele para o mais distante (pai).

* Quando aparecem somente dois antecedentes, devem ser usados, por questão de clareza, os extremos: este e aquele.

Conclusões:

1ª) Devem-se usar este, esta, estes, estas e isto em referências a:

a) seres próximos do falante – Este livro que lhes mostro traz ensinamentos fantás-ticos.

b) lugares onde o falante se encontra – Esta cidade (em que me encontro) é históri-ca.

c) momentos presentes – Este ano (o atual) ficará marcado em minha memória.d) ideias que ainda serão explicitadas - Alunos, vejam isto: estudem, que o estudo

enobrece o cidadão.

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2ª) Devem-se usar esse, essa, esses, essas e isso em referências a:

a) seres próximos do ouvinte – Esse chapéu que guardas com tanto zelo é muito bonito.

b) lugares onde o ouvinte se encontra – Essa cidade (em que o ouvinte se encontra) é muito antiga.

c) momentos passados ou futuros próximos – O ano passado foi pródigo; esse ano, aliás, nunca esquecerei.

d) ideias já mencionas – A violência, essa praga, e o amor, esse dom divino, são polos opostos.

3ª) Devem-se usar aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo em referências a:

a) seres distantes do falante e do ouvinte – Aquela árvore lá da praça é centenária.b) passado ou futuro (longíquos, remotos) – Colombo na América: 1492. Aquele ano

ficou na história.

Observações:

1ª) Vocábulos o, a, mesmo, próprio, semelhante e tal, e suas variáveis, como demons-trativos:

a) Nem tudo o (aquilo) que reluz é ouro.b) Nem todas as (aquelas) que militam na política representam com dignidade as

mulheres.c) A aluna mesma escreveu estes belos textos.d) Elas próprias foram ao mercado.e) Jamais observei revolta semelhante.f) Eu nunca falaria tais asneiras.

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2ª) O vocábulo mesmo, e suas variáveis, não devem ser usados simplesmente para retomar ideias:

a) O meliante fugiu, mas a polícia foi ao encalço do mesmo (dele!).b) O meliante fugiu da polícia, mas a mesma (ela!) foi atrás do mesmo (dele!).

Mas:

a) O meliante mesmo reconheceu sua vadiagem (correto!).b) Eu falei à aluna o mesmo (a mesma coisa) que havia falado a ti (correto!).

Exercício 04:

Escolha, entre as formas que aparecem nos parênteses, a mais adequada ao contexto:

a) __________ som que emites eu mal consigo ouvir (Este / Esse).b) Percebes __________ som que estou emitindo (este / esse)?c) Como conseguiste __________ caneta (esta / essa)?d) __________ pincel com que estou escrevendo é ótimo (Este / Esse).e) Alguém busca __________ pincel que esquecemos lá na biblioteca (este / esse /

aquele)?f) Podes buscar __________ pincel jogado no fundo da sala (este / aquele)?g) Fui a Arvorezinha e a Ilópolis. _________ foi a capital da erva-mate; _________ o é

(esta / aquela).h) __________ rua fica aí perto (esta / essa / aquela)?i) __________ cidade, onde estou hoje, é bela (Esta / Essa).j) __________ cidade, onde estás hoje, é bela (Esta / Essa).k) Onde fica __________ cidade que visitamos antigamente (esta / essa / aquela)?l) Seriam de vocês __________ livros espalhados pelo chão, lá fora (estes / esses /

aqueles)?

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m) 1988: nova Constituição do Brasil. __________ data é histórica (Esta / Essa).n) __________ posto, decido (Isto / Isso / Aquilo).o) __________ forma, ficam claros aos leitores os direitos deles (Desta / Dessa).p) __________ termos, pede deferimento (Nestes / Nesses).q) Amigos, vejam __________: o Brasil tem jeito (isto / isso / aquilo).r) Fascina-me __________ verdade: trabalho não mata, enobrece (esta / essa).s) __________ que disseste não procede (Isto / Isso).t) Trabalho não mata, enobrece. Logo, leva __________ em conta (isto / isso).

1.4. Pronome indefinido

Numa representação de terceira pessoa, os pronomes indefinidos dão sentido vago a pessoas e coisas ou representam quantidade indeterminada de seres.

Exemplos:

a) Alguém mentiu nessa história.• Dá para deduzir que alguma pessoa, de impossível precisão, faltou com a verda-

de.

b) Todos os presentes perceberam a mentira.• Deduz-se, aqui: um número impreciso de pessoas (quantidade) percebeu a men-

tira.

Observações sobre o emprego dos indefinidos:

1ª) Como em qualquer outro assunto, devem-se desprezar listas de indefinidos:

Exemplo: O certo (substantivo) não é certo (adjetivo) para certo (indefinido) profes-sor.

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2ª) Todo pronome indefinido exige verbo na terceira pessoa (singular ou plural):

Exemplo: Ninguém compareceu ainda à festa, mas nem todos fugirão dela.

3ª) Todo, seguido de artigo, significa inteiro; não seguido de artigo, qualquer:

Exemplo: Todo o Brasil (inteiro) agita-se, embora todo brasileiro (qualquer) seja pa-cato.

4ª) O indefinido todo, no plural (todos), sempre exigirá artigo ou outro pronome:

Exemplo: Todos os brasileiros agitam-se, embora todos eles sejam pacatos.

5ª) O indefinido algum ora reveste-se de sentido positivo, ora de sentido negativo:

Exemplo: Algum homem disse que não possuía dinheiro algum.

6ª) O indefinido cada nunca poderá aparecer desacompanhado:

Exemplo: Comprei dez abacaxis e paguei 5,00 cada um.

1.5. Pronome possessivo

Importantíssimos, sobretudo na uniformidade de tratamento, os pronomes possessivos idicam a posse dos seres, ligando-se sempre a uma das pessoas gramaticais:

Retos Oblíquos Tratamento PossessivosEu me, mim, comigo - x - meu, minha, meus, minhas

Tu te, ti, contigo - x - teu, tua, teus, tuas

Ele se, si, consigo, o, a, lhe Vossa... seu, sua, seus, suas

Nós vos, conosco - x - nosso, nossa, nossos, nossas

Vós vos, convosco - x - vosso, vossa, vossos, vossas

Eles se, si, consigo, os, as, lhes Vossas... seu, sua, seus, suas

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Exemplos:

a) Meus amigos defender-me-ão sempre que eu precisar, garantindo-me segurança. b) Teus amigos defender-te-ão sempre que tu precisares, garantindo-te segurança. c) Seus amigos defendê-lo-ão sempre que você precisar, garantindo-lhe segurança. d) Nossos amigos defender-nos-ão sempre que nós precisarmos, garantindo-nos se-

gurança.e) Vossos amigos defender-vos-ão sempre que vós precisardes, garantindo-vos segu-

rança.f) Seus amigos defendê-los-ão sempre que vocês precisarem, garantindo-lhes segu-

rança.g) Vossa Excelência haverá de defender seus amigos sempre que eles o acompanha-

rem.h) Vossa Senhoria há de se preocupar com sua assessoria sempre.i) Sua Excelência, o Presidente, há de receber o abraço de seus eleitores, Senhor Mi-

nistro.

Observação: com pronome de tratamento nunca se usam os possessivos vosso, vossa, vossos, vossas.

• Vossa Magnificência havereis de trazer convosco todos os vossos assessores (errado!).• Vossa Magnificência haverá de trazer consigo todos os seus assessores (certo!).• Aguardaremos a presença de Vossa Senhoria e vossa esposa (errado!). • Aguardaremos a presença de Vossa Senhoria e sua esposa (certo!).

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1.6. Pronome interrogativo

Os pronomes interrogativos são, na verdade, pronomes indefinidos, excepcionalmente utilizados em questionamentos diretos ou indiretos.

Exemplos:

a) Quem se apossou de meu caderno?b) Que horas são?c) Quantas pessoas são esperadas para a reunião?d) Qual destes livros já leste?

Observações:

1ª) Com interrogativo no meio da frase, tem-se pergunta indireta e dispensa-se o ponto de interrogação.

• Gostariam de saber quem será o presidente do grêmio estudantil.• Nem imagino quanto custa um curso completo de Português Lógico.

2ª) O interrogativo cadê não é aceito na linguagem culta padrão e deve ser substituído por que é de:

• Cadê teu caderno, menino (errado!)?• Que é de (significa isto: que é feito de) teu caderno, menino (certo!)?

3ª) Nada impede que, depois do pronome interrogativo que, se use outro quê de realce:

• Que que é isso, meus amigos?• Que é que fizeram de tua honra, meu amigo?

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Primeiro momento: um debate ou um hino à sofística?

TEXTOS E TESTES

Sofistas no Tribunal

A crítica feita à sofística já estava presente na história de Córax, o filósofo que teria escrito o primeiro tratado de retórica, do qual – como era de se esperar – a tradição não conhece nem sequer o título. Conta a lenda que ele foi procurado por Tísias, um jovem rico, brilhante e ambicioso, que queria aprender a arte da retórica para ter sucesso na vida pública. Para se assegurar de que receberia um ensino de qualidade, no entanto Tísias propôs um contrato que estipulava uma forma curiosa de pagamento: Córax só receberia por suas lições se ele vencesse sua primeira causa; se perdesse, o aluno nada precisaria pagar. Córax, confiando em sua capacidade, aceitou o contrato sem hesitar.

Quando o treinamento terminou, porém, Tísias não procurou causa alguma para defender e recolheu-se ao ócio que sua fortuna permitia. O tempo passava e Córax percebeu que, desse jeito, nunca iria receber por seu trabalho. Certo dia, ele perdeu a paciência com seu ex-aluno e ameaçou processá-lo. Tísias, então, adiantou-se e entrou com uma ação em que acusava Córax de não ter cumprido o contrato:

─ Eu, Senhores Juízes, nada devo a Córax, pois ele pouco me ensinou do muito que eu esperava aprender. Este é o meu primeiro processo. Se os Senhores decidirem que a razão está com Córax, eu perco e não preciso pagar-lhe nada, porque assim ficou estipu-lado contratualmente. Se, no entanto, os Senhores decidirem que a razão está comigo, eu ganho a causa e igualmente não preciso pagar nada, como alego. Quer a decisão deste Tribunal favoreça Córax, quer a mim, Meritíssimos, eu nada tenho a pagar.

Sem se perturbar, Córax então contestou:

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(Texto extraído do livro Português para Convencer – Moreno & Martins)

Segundo momento: dominando o vocabulário!

Sofisma: argumento sutil com que se tenta enganar ou calar um adversário num debate, lo-gro.Sofista: pessoa que argumenta com sofismas, que age à base de sofismas.Sofística: arte de sofismar, parte da lógica que trata dos sofismas.Tratado: obra que trata de uma arte, de uma ciência; acordo entre estados; coisa convencio-nada.Retórica: arte de bem falar; conjunto de regras relativas à eloquência.Tradição: meio pelo qual fatos ou dogmas se transmitem de geração a geração; história, pas-sado. Hesitar: mostrar-se hesitante, não demonstrar firmeza, vacilar, cambalear, tremer.Exitar: obter êxito, obter sucesso, dar-se bem.Causa: ação ou processo judicial; aquilo que dá origem ao que ainda não existe; facção, parti-do.

─ Senhores Magistrados, ensinei a Tísias tudo o que sei sobre retórica, na con-dição de que ele me pagasse no dia em que vencesse sua primeira causa, que é esta. Se ele a vencer, isso provará que foi bem treinado e, de acordo com o contrato, deve pagar-me. Todavia, se ele perder a causa, é porque os senhores consideraram absur-da a alegação de que não me deve nada, e ele terá de me pagar. Qualquer que seja, pois, a decisão, Senhores, eu vou receber o que Tísias me deve.

A lenda não registra qual foi a decisão do Tribunal. Uma das versões se limita a dizer que os juízes, declarando que de ave ruim não pode vir ovo bom, expulsaram os dois do tribunal.

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Ócio: falta de trabalho, folga, descanso, repouso, preguiça.Fortuna: grande quantia de dinheiro, riqueza, felicidade, ventura; insignificância, sorte, fatali-dade.Estipular: estabelecer, combinar, ajustar.Contestar: opor-se, contradizer, recusar algum fato ou argumento, provar mediante testemu-nho.Alegação: ato de alegar; conjunto de razões alegadas; justificação, desculpas, pretexto.Tribunal: local onde se administra a justiça, lugar onde os juízes trabalham, jurisdição de ma-gistrados.De ave ruim não pode vir ovo bom: ditado, adágio, provérbio, máxima, sentença.

Terceiro momento: entendendo o texto!

01. Pelo primeiro parágrafo do texto, pede-se afirmar que:

a) O filósofo Córax foi o primeiro sofista a publicar um tratado sobre retórica.b) Tísias procurou Córax para aprender com este a arte de sofismar.c) Para se assegurar de um ensino de qualidade, Córax propôs uma curiosa forma

de pagamento.d) Se Tísias vencesse sua primeira causa, Córax receberia pelas aulas dadas.e) Confiando na capacidade de Tísias, Córax aceitou o contrato sem hesitar.

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02. Pelo segundo parágrafo, só é correto afirmar:

a) Porque o treinamento acabou, Tísias não procurou causa alguma para defender.b) Como a fortuna lhe permitisse, Tísias entregou-se ao ócio, sem buscar causa

alguma.c) Porque o tempo passava, Córax viu que não receberia pelo trabalho prestado.d) Como Córax perdeu a paciência, seu aluno ameaçou processá-lo.e) Tísias contestou a ação, alegando que Córax não cumprira o contrato.

03. Pelo terceiro parágrafo, só é correto afirmar:

a) Tísias diz que eu nada lhe devo porque Córax pouco me ensinou.b) Córax nada ensinou a Tísias.c) Tísias diz que este é meu primeiro processo.d) Tísias diz: “...não preciso pagar nada, porque assim ficou estabelecido contra-

tualmente”.e) O tribunal definiu que Tísias não precisava pagar nada a Córax.

04. Pelo quinto parágrafo, só está correto:

a) Córax afirma que eu ensinei a Tísias tudo o que sei sobre retórica.b) Tísias afirma que pagaria Córax acaso vencesse a primeira causa.c) Córax contesta Tísias, dizendo que lhe ensinara tudo o que sabia sobre retórica.d) Córax afirma que, se Tísias perder a causa, o tribunal deve-lhe pagar pelas mui-

tas lições ensinadas.e) Córax afirma que qualquer que seja a decisão, senhores, eu vou receber.

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05. Segundo o último parágrafo, só é correto afirmar:

a) Córax e Tísias, segundo consta, foram expulsos do tribunal.b) Porque é uma lenda, não se sabe qual foi a decisão do tribunal.c) Segundo uma versão da lenda, “ave ruim não pode pôr ovo bom”.d) Os juízes, segundo uma versão lendária, não acreditam em ave ruim.e) Não se sabe qual foi o resultado das ações porque ambas as partes foram postas

para fora do tribunal.

06. Frases serão reescritas. Marque aquela que manteve a identidade semântica:

a) “A crítica feita à sofística já estava presente na história de Córax” (primeiro pará-grafo) / A história de Córax foi analisada na crítica à sofística;

b) “Tísias não procurou causa alguma para defender” (segundo parágrafo) / Nin-guém procurou Tísias para defender causa alguma;

c) “..se os senhores decidirem que a razão está com Córax, eu perco” (terceiro pa-rágrafo) / Eu perco, se os senhores, juízes, decidirem que a razão não está com Córax.

d) “Ensinei a Tísias tudo o que sei sobre retórica” (quinto parágrafo) / Córax diz que eu ensinei a Tísias tudo o que sabia sobre retórica.

e) “...expulsaram os dois do tribunal” (último parágrafo) / Os dois foram expulsos do tribunal.

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07. Marque a única opção que não está de acordo com o texto:

a) O autor propõe-se a mostrar como duas pessoas inteligentes podem duelar, em defesa própria, mas com objetivos diferentes, usando os mesmos argumentos.

b) O autor mostra claramente que ninguém pode considerar-se mais bem prepara-do do que ninguém.

c) Segundo os argumentos apresentados, somente um poderia sair beneficiado com a decisão que os juízes viessem a tomar.

d) Sem dúvida, o professor repassara muito bem seus conhecimentos de retórica ao aluno.

e) Não fosse a má-fé de Tísias, Córax deveria sair-se vencedor da contenda judicial.

08. A sinonímia só será desobedecida na opção?

a) história (primeira linha) e vida pregressa;b) tratado (segunda linha) e obra; c) ambicioso (quarta linha) e pretensioso;d) se assegurar (quinta linha) e garantir-se;e) estipulava (sexta linha) e garantia.

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Quarto momento: questões de provas!

01. (PUC) Encontramos pronome indefinido em:

a) “Muitas horas depois, ela ainda permanecia esperando o resultado.”b) “Foram amargos aqueles minutos, desde que resolveu abandoná-las.”c) “A nós, provavelmente, enganariam, pois nossa participação foi ativa.”d) “Havia necessidade de que tais ideias ficassem sepultadas.”e) “Sabíamos o que você deveria dizer-lhe ao chegar da festa.”

02. (UFRJ) Numa das frases o pronome de tratamento foi indicado erradamente. Assina-le-a:

a) Os Reitores das Universidades recebem o título de Vossa Magnificência.b) Sua Excelência, o Senhor Ministro, não compareceu à reunião.c) Senhor Deputado, peço a Vossa Excelência que conclua a sua oração.d) Sua Eminência, o Papa Paulo VI, assistiu à solenidade.e) Procurei o chefe da repartição, mas Sua Senhoria se recusou a ouvir as minhas

explicações.

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03. (Fuvest) Assinale a alternativa onde o pronome pessoal está empregado correta-mente:

a) Este é um problema para mim resolver.b) Entre eu e tu não há mais nada.c) A questão deve ser resolvida por eu e você.d) Para mim, viajar de avião é um suplício.e) Quando voltei a si, não sabia onde me encontrava.

04. (UFPR) Complete com os espaços e indique a opção correta, dentre as indicadas abaixo:

1. De repente, deu-lhe um livro para _____ ler.2. De repente, deu um livro para _____ .3. Nada mais há entre _____ e você.4. Sempre houve entendimentos entre _____ e ti.5. José, espere vou _____ .

a) ele, mim, eu, eu, consigo;b) ela, eu, mim, eu, contigo;c) ela, mim, mim, mim, com você;d) ela, mim, eu, eu, consigo;e) ela, mim, eu, mim, contigo.

5º Degrau / Morfologia / Classificação dos vocábulos / Pronome / Questões de prova

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05. (UFMA) Identifique a oração em que a palavra “certo” é pronome indefinido:

a) Certo, perdeste o juízo.b) Certo rapaz te procurou.c) Escolheste o rapaz certo.d) Marque o conceito certo.e) Não deixe o certo pelo errado.

06. (Unirio) Assinale o item que completa convenientemente as lacunas deste trecho: “A maxila e os dentes denotavam a decrepitude do burrinho; _____ , porém, estavam mais gastos que _____”:

a) esses, aquela;b) estes, aquela;c) estes, esses;d) aqueles, esta;e) estes, esses.

07. (Cesgranrio) Marque a opção em que a forma pronominal utilizada está INCORRETA.

a) É difícil, para mim, praticar certos exercícios físicos.b) Ainda existem muitas coisas importantes para eu fazer.c) Os chinelos da aposentadoria não são para ti.d) Quando a aposentadoria chegou, eu caí em si.e) Para tu não teres aborrecimentos, evita o excesso de velocidade.

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08. (UFRJ) Numa das frases o pronome de tratamento foi indicado erradamente. Assina-le-a:

a) Os Reitores das Universidades recebem o título de Vossa Magnificência.b) Sua Excelência, o Senhor Ministro, não compareceu à reunião.c) Senhor Deputado, peço a Vossa Excelência que conclua a sua oração.d) Sua Eminência, o Papa Paulo VI, assistiu à solenidade.e) Procurei o chefe da repartição, mas Sua Senhoria se recusou a ouvir as minhas

explicações.

09. (UFV-MG) Das alternativas abaixo, apenas uma preenche corretamente as lacunas das frases. Assinale-a.

1. Quando saíres, avisa-nos que iremos _____ .2. Meu pai deu um livro para _____ ler.3. Não se ponha entre _____ e ela.4. Mandou um recado para você e para _____ .

a) contigo, eu, eu, eu;b) com você, mim, mim, mim;c) consigo, mim, mim, eu;d) consigo, eu, mim, mim;e) contigo, eu, mim, mim.

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10. (Mackenzie) “Este inferno de amar - como eu amo! - / Quem mo pôs aqui n’alma ... quem foi? / Esta chama que alenta e consome, / Que é a vida - e que a vida destrói - / Como é que se veio a atear, / Quando - ai quando se há-de apagar?” (Almeida Garret).

No texto, os pronomes eu, quem e esta são, respectivamente:

a) indefinido – pessoal – indefinido;b) pessoal – interrogativo – demonstrativo;c) pessoal – indefinido – demonstrativo; d) interrogativo – pessoal – indefinido;e) indefinido – pessoal – interrogativo.

11. (FCMSCSP) Por favor, passe __________ caneta que está aí perto de você; __________ aqui não serve para __________ desenhar.

a) aquela, esta, mim;b) esta, esta, mim;c) essa, esta, eu;d) essa, essa, mim;e) aquela, essa, eu.

12. (UFAM) Assinale o item em que há erro no emprego do pronome pessoal:

a) Recebidas as mangas, os meninos as repartiam irmãmente entre si.b) Sempre me presenteava livros, dizendo-me que era para eu adquirir o hábito da

leitura.c) Estas deliciosas balas de mangarataia, eu as trouxe para ti levares ao Píndaro.d) Os altruístas pensam menos em si e mais nos outros.e) Leve o jornal consigo, Acácio. Já o li desde cedo.

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13. (IBGE) Assinale a opção em que houve erro no emprego do pronome em relação ao uso culto da língua:

a) Ele entregou um texto para mim corrigir.b) Para mim, a leitura está fácil.c) Isto é para eu fazer agora.d) Não saia sem mim.e) Entre mim e ele há uma grande diferença.

14. (U-UBERLÂNDIA) Assinale a opção com o tratamento a ser dado ao reitor de uma universidade:

a) Vossa Senhoria;b) Vossa Santidade;c) Vossa Excelência;d) Vossa Magnificência;e) Vossa Paternidade.

15. (BB) Pronome empregado incorretamente:

a) Nada existe entre eu e você.b) Deixaram-me fazer o serviço.c) Fez tudo para eu viajar.d) Hoje, Maria irá sem mim.e) Meus conselhos fizeram-no refletir.

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16. (CARLOS CHAGAS) “Se é para ....... dizer o que penso, creio que a escolha se dará entre ....... .”

a) mim, eu e tu;b) mim, mim e ti;c) eu, mim e ti;d) eu, mim e tu;e) eu, eu e ti.

17. (FATEC) Assinale o mau emprego do pronome:

a) Aquela não era casa para mim: comprá-la com que dinheiro?b) Entre eu e ela nada ficou acertado.c) Estava falando com nós dois.d) Aquela viagem, quem não a faria?e) Viram-no, mas não o chamaram.

18. (SANTA CASA) Devemos .......... da tempestade.

a) resguardar-mo-nos;b) resguardar-nos-mos;c) resguardarmos-nos;d) resguardarmo-nos;e) resguardar-mos.

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19. (FMU) Assinale a única alternativa em que haja erro no emprego dos pronomes:

a) Vossa Excelência e seus convidados.b) Mandou-me embora mais cedo.c) Vou estar consigo amanhã.d) Vós e vossa família estais convidados para a festa.e) Deixei-o encarregado da turma.

20. (UEPG-PR) “Toda pessoa deve responder pelos compromissos assumidos.” A palavra destacada é:

a) pronome adjetivo indefinido;b) pronome substantivo indefinido;c) pronome adjetivo demonstrativo;d) pronome substantivo demonstrativo;e) nenhuma das alternativas acima é correta

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21. (FGV) Leia atentamente as seguintes frases:

1. João deu o livro para mim ler.2. João deu o livro para eu ler.

A respeito das frases anteriores assinale a afirmação correta:

a) A frase I está certa, pois a preposição exige o pronome oblíquo mim.b) A frase II está certa, pois o sujeito de ler dever ser o pronome do caso reto eu.c) A frase I está certa, pois mim é objeto direto de deu.d) A frase II está certa, pois para exige o pronome do caso reto eu.e) Ambas estão corretas, pois a preposição para pode exigir tanto a forma mim

quanto a forma eu.

22. (CESGRANRIO) Assinale a opção que completa as lacunas da seguinte frase: “Ao com-parar os diversos rios do mundo, defendia com azedume e paixão a proeminência .................. sobre cada um .................” .

a) desse, daquele;b) daquele, destes;c) deste, daqueles;d) deste, dessee) deste, desses.

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23. (UEPG-PR) Assinale a alternativa em que a palavra onde funciona como pronome relativo:

a) Não sei onde eles estão.b) “Onde estás que não respondes?”c) A instituição onde estudo é a UEPG.d) Ele me deixou onde está a catedral.e) Pergunto onde ele conheceu esta teoria.

24. (PUC-C) Assinale a alternativa onde a palavra em destaque é pronome:

a) O homem que chegou é meu amigo.b) Notei um quê de tristeza em seu rosto.c) Importa que compareçamos.d) Ele é que disse isso?e) Vão ter que dizer a verdade.

25. (ETF-SP) Estamos certos de que V. Exa. .......... merecedor da consideração que......... dispensam .......... funcionários.

a) é - lhe – vossos;b) é - lhe – seus;c) é - vos – vossos;d) sois - lhe – seus;e) sois - vos – vossos.

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26. (TRT) Indique a opção incorreta:

a) Receba Vossa Excelência os cumprimentos de seus subordinados.b) Sua Excelência, o Ministro da Justiça, chegou acompanhado de outras auto-

ridades.c) Reiteramos nosso apreço a Vossa Senhoria e vossos subordinados.d) Solicitamos a Sua Senhoria que encaminhasse suas sugestões por escrito.e) Concordamos com Vossa Excelência e com seus subordinados.

5º Degrau / Morfologia / Classificação dos vocábulos / Pronome / Questões de prova

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Exercício 01:

a) Vossa Excelência sempre será bem-vindo, Senhor Presidente.b) Vossa Excelência e seus assessores serão bem-vindos, Senhor Governador.c) Vossa Magnificência, Senhor Reitor, escolheu muito bem seus assessores.d) Excelentíssimo Senhor Prefeito Municipal, nós o estimamos muito.e) Senhor Secretário, leve à Sua Excelência, o Senhor Governador, nosso abraço.f) Tu hás de te considerar vencedor, meu filho.g) Fostes vencedores em vossa luta, queridos alunos.h) Tu venceste tua principal batalha, amigo.i) Você venceu sua principal batalha, amigo.j) Que nós sempre nos consideremos vencedores em nossas batalhas.k) Ontem, beijei-a na saída do cinema.l) Ao vê-lo, meu coração acelerou.m) Euforsina, você nem imagina quanto a amo.n) Entuérpia, meu amor, tu nunca medirás a extensão de meu amor por ti.o) Meu filho, tu e teus amigos não imaginam como os amo.p) Tu, minha filha, não conheces a extensão de meu amor por ti.q) Entre mim e ti nunca houve problemas, meu amor.r) Para eu estudar, não poderás enviar recados para mim.s) Para eu ler, há de haver silêncio. t) Para mim, ler independe de silêncio.u) Por mim, chegar cedo é simples detalhe.v) Por eu chegar cedo, não precisa haver alvoroço.w) Por que não trouxeste contigo teu pai?x) Foi à balada, mas não levou consigo os amigos?y) Já que lês, este livro é para ti. z) Já que lê, este livro é para você ler.

GABARITO

5º Degrau / Morfologia / Classificação dos vocábulos / Pronome / Gabarito

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Exercício 02:

a) A casa é belíssima. Comprei a casa belíssima. b) O automóvel ficou horrível. A pintura do automóvel desbotou.c) Elogiei a menina. Admiro muito a menina.d) O aluno será premiado pela escola. Gostei da resposta do aluno.e) Elogiei a aluna. Eu me havia referido à aluna.f) O professor é exemplar. Sempre obedeci ao professor exemplar.g) Vendi o livro mais antigo da coleção. As folhas do livro mais antigo da coleção estavam

amarelecidas. h) Eram notáveis os mestres. Nós nos apequenávamos perante os mestres notáveis. i) A escola ainda existia. Estudei na escola.

Exercício 03:

a) Eu comprei uma casa cujas paredes eram bonitas.b) Sempre gostei de meus alunos os quais foram sempre atenciosos.c) Elogiei a aluna de quem gosto.d) Recomendei o livro que estava na estante.e) Respeito os alunos pelos quais tenho admiração.f) O diretor ao qual obedeço é muito humano. g) A professora à qual me refiro é simpática.h) Minha colega a que me refiro é querida.i) A escola por cujos alunos luto é esta.

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Exercício 04:

a) Esse som que emites eu mal consigo ouvir.b) Percebes este som que estou emitindo?c) Como conseguiste essa caneta?d) Este pincel com que estou escrevendo é ótimo.e) Alguém busca aquele pincel que esquecemos lá na biblioteca?f) Podes buscar aquele pincel jogado no fundo da sala?g) Fui a Arvorezinha e a Ilópolis. Esta foi a capital da erva-mate; aquela o é.h) Essa rua fica aí perto?i) Esta cidade, onde estou hoje, é bela.j) Essa cidade, onde estás hoje, é bela.k) Onde fica aquela cidade que visitamos antigamente?l) Seriam de vocês aqueles livros espalhados pelo chão, lá fora?m) 1988: nova Constituição do Brasil. Essa data é histórica.n) Isso posto, decido.o) Dessa forma, ficam claros aos leitores os direitos deles.p) Nesses termos, pede deferimento.q) Amigos, vejam isto: o Brasil tem jeito.r) Fascina-me esta verdade: trabalho não mata, enobrece.s) Isso que disseste não procede.t) Trabalho não mata, enobrece. Logo, leva isso em conta.

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TEXTOS E TESTES

Terceiro momento:

01-D / 02-B / 03-D / 04-C / 05-A / 06-E / 07-C / 08-E

Quarto momento:

01-A / 02-D / 03-D / 04-C / 05-B / 06-B / 07-D / 08-E / 09-B / 10-C / 11-C / 12-A / 13-D / 14-A / 15-C / 16-B / 17-D / 18-C / 19-A / 20-B / 21-C / 22-C / 23-A / 24-B / 25-C / 26-C

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O artigo surgiu para determinar – ora de forma precisa, ora de forma vaga – o substanti-vo. Como filho obediente, jamais descola de seu criador e lhe é fiel em gênero e número.

Exemplos:

1. O menino acaricia as gatinhas de estimação.• Veem-se, aí, dois artigos – o e as –, ambos determinando, de forma precisa, substan-

tivos, seguindo-os em gênero e número.

2. Um menino acariciava uma gata muito bonita.• Aí também aparecem dois artigos – um e uma – ambos determinando, agora de for-

ma vaga, substantivos, seguindo-os em gênero e número.

1. Classificação

Diferentemente de outras classes gramaticais, o artigo limita-se, em nosso idioma, a quatro palavras (o, a, um, uma), e suas flexões (os, as, uns, umas), e, de acordo com a natu-reza da determinação que emprestam ao substantivo (precisa ou imprecisa), classifica-se em definido e indefinido.

Os artigos definidos são representados por o, a, os, as e repassam ideia de precisão relativamente aos substantivos que estão sendo por eles determinados. Já os indefinidos, re-presentados por um, uma, uns, umas, determinam de forma vaga os substantivos aos quais se ligam.

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ARTIGO

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Exemplos:

1. O pai acarinhava o filho.

• Não é difícil intuir que, nesse caso, esse pai (determinado, preciso, certo) acarinhava o próprio filho (portanto, também determinado, preciso, certo).

2. Um homem acolheu um cão de rua.

• Agora, ambos os substantivos carecem de determinação precisa, exata, certa. Bas-taria, em caso de dúvidas, fazer este questionamento: que homem e que cão eram esses? Impossível, evidentemente, precisar.

3. O aluno estimava os colegas.

• Aqui, graças à natureza do enunciado, chega-se a uma conclusão adicional e lógica: aluno e colegas, além de determinados de forma precisa, pertencem à mesma turma.

4. Um aluno estimava os colegas.

• Desta vez, temos imprecisão relativamente ao primeiro substantivo (aluno) e exatidão em relação ao segundo (colegas).

5. O aluno estimava um colega de turma.

• E daí, qual era o aluno? Alguém do qual emissor e receptor sabem de quem se trata. E o colega? Receptor ou emissor algum sabe de quem se trata.

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Observações:

1ª) O emprego do artigo indefinido pode decorrer do desejo de não se identificar al-guém ou alguma coisa.

• Um membro do bloco carnavalesco furtou a fantasia do colega.

2ª) Como ocorre com os pronomes, o artigo presta-se para combinações e contrações com a preposição.

• Ao (combinação da preposição a com o artigo o) aluno foi repassado o aviso do (contração da preposição de com o artigo o) professor.

3ª) Os pronomes o, a, os, as substituem substantivos; os artigos o, a, os, as determinam substantivos.

• O (artigo) aluno abraçou o (artigo) professor.• O (artigo) aluno não o (pronome) abraçou.• A (artigo) ata, li-a (pronome), mas não a (pronome) entendi.

4ª) A preposição a refere-se a um antecedente; o artigo a, a um consequente.

• Obedeço a professores e, também, escuto a diretora.

5ª) Os artigos um e uma são imprecisos; os numerais um e uma indicam precisão e ad-mitem decomposição.

• Um aluno (indeterminado: qualquer um), faz um minuto (exatidão: sessenta se-gundos), abordou uma aluna (indeterminada: qualquer uma) que saíra fazia uma hora (exatidão: sessenta minutos).

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• Uma aluna (indeterminada: qualquer uma), faz uma hora (exatidão: sessenta minutos), abordou um aluno (indeterminado: qualquer um) que saíra fazia um minuto (exatidão: sessenta segundos).

• Um menino (indeterminado: qualquer um) parou a um metro da porta (exati-dão: cem centímetros).

6ª) Artigo não se liga a preposições (o pronome também não!) antes de verbo no infinitivo.

• É hora de o menino falar.• O fato de os meninos rirem pouco importa.• Chegou a vez de ele cantar.

ARTIGO

Tipos Representação Gênero Número

Definidosoaosas

masculino femininomasculinofeminino

singularsingularpluralplural

IndefinidosUmumaunsumas

masculino femininomasculinofeminino

singularsingularpluralplural

Esquema puramente ilustrativo, pois, no contexto, todas essas representações poderão pertencer a diferentes classes gramaticais. Cada caso, pois, será sempre um caso!

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Exercício 01:

No texto que se segue serão destacados vocábulos pertencentes às classes grama-ticais, e respectivas locuções, já estudadas – substantivo, adjetivo, advérbio, verbo, pro-nome e artigo –, cuja identificação ficará a seu encargo:

Carta de um devedor caloteiro

Um devedor, caloteiro e muito cara de pau, escreveu uma carta muito engraçada a seus credores. A correspondência foi enviada a várias lojas credoras, conforme ele mesmo informa na sua missiva.

Prezados Senhores:

Esta é a oitava carta de cobrança que recebo de Vossas Senhorias...

Sei que não estou em dia com meus pagamentos. Acontece que eu estou devendo também em outras lojas e todas esperam que eu lhes pague. Contudo, meus rendi-mentos mensais não permitem que eu pague duas prestações no fim de cada mês. As outras ficam para o mês seguinte. Estou ciente de que não sou injusto, daquele tipo que prefere pagar esta ou aquela empresa em detrimento das demais.

Ocorre o seguinte: todo mês, quando recebo meu salário, escrevo o nome dos meus credores em pequenos pedaços de papel, que enrolo e coloco dentro de uma cai-xinha. Depois, olhando para o outro lado, retiro dois papéis, que são os dois sortudos que irão receber o meu rico dinheirinho. Os outros, paciência. Ficam para o mês seguin-te.

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01. Um: _____________________________________________________________________________ 02. cara de pau: _____________________________________________________________________03. uma: ____________________________________________________________________________04. seus: ____________________________________________________________________________05. A: ______________________________________________________________________________06. várias: ___________________________________________________________________________07. credoras: _________________________________________________________________________08. na: ______________________________________________________________________________09. Prezados: _________________________________________________________________________10. Esta: ____________________________________________________________________________11. de cobrança: ______________________________________________________________________12. Vossas Senhorias: __________________________________________________________________13. em dia: __________________________________________________________________________14. meus: ____________________________________________________________________________15. também: _________________________________________________________________________16. outras: ___________________________________________________________________________17. todas: ____________________________________________________________________________

Afirmo aos senhores, com toda certeza, que essa empresa vem constando todos os meses na minha caixinha. Se não os paguei ainda, é porque os senhores estão com pouca sorte.

Finalmente, faço-lhes uma advertência: se continuarem com essa mania de me enviar cartas de cobrança ameaçadoras e insolentes, como a última que recebi, serei obrigado a excluir o nome dos senhores de meus sorteios mensais.

Sem mais, subscrevo-me. Muito obrigado.

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18. lhes: _____________________________________________________________________________19. mensais: _________________________________________________________________________20. no fim de cada mês: _________________________________________________________________21. seguinte: _________________________________________________________________________22. ciente: ___________________________________________________________________________23. sou: _____________________________________________________________________________24. daquele: __________________________________________________________________________25. que: _____________________________________________________________________________26. demais: __________________________________________________________________________27. todo mês: _________________________________________________________________________28. dos: _____________________________________________________________________________29. pequenos: ________________________________________________________________________30. de papel: _________________________________________________________________________31. caixinha: _________________________________________________________________________32. outro: ____________________________________________________________________________33. os: ______________________________________________________________________________34. que: _____________________________________________________________________________35. rico: _____________________________________________________________________________36. outros: ___________________________________________________________________________37. o: _______________________________________________________________________________38. aos: _____________________________________________________________________________39. essa: ____________________________________________________________________________40. vem constando: ____________________________________________________________________41. na: ______________________________________________________________________________42. os: ______________________________________________________________________________43. ainda: ___________________________________________________________________________44. pouca: ___________________________________________________________________________45. uma: ____________________________________________________________________________46. essa: ____________________________________________________________________________

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47. me: _____________________________________________________________________________48. a: _______________________________________________________________________________49. que: _____________________________________________________________________________50. dos: _____________________________________________________________________________51. mensais: _________________________________________________________________________52. me: _____________________________________________________________________________53. Muito: ___________________________________________________________________________

Exercício 02:

De acordo com o gênero, empregue, antes de cada um dos vocábulos que se se-guem, O ou A:

a) _____ guaranáb) _____ denguec) _____ cólerad) _____ dóe) _____ champanhaf) _____ telefonemag) _____ alfaceh) _____ cali) _____ bacanalj) _____ alcunhak) _____ bicamal) _____ matinêm) _____ formicida

n) _____ comichãoo) _____ dinamitep) _____ usucapiãoq) _____ mascoter) _____ diademas) _____ libidot) _____ patineteu) _____ grafitev) _____ omeletew) _____ xéroxx) _____ preáy) _____ caudalz) _____ coma

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Exercício 03 – Questões de provas:

01. (FMU) Analise as frases listadas e assinale a alternativa correta:

I. Nem todas as opiniões são valiosas.

II. Disse-me que conhece todo o Brasil.

III. Leu todos os dez romances do escritor.

IV. Andou por todo Portugal.

V. Todas cinco, menos uma, estão corretas.

a) apenas I e II estão corretas;

b) apenas II e III estão corretas;

c) apenas II está correta;

d) todas as alternativas estão corretas;

e) IV e V estão incorretas.

02. (PUC) Observe os fragmentos que se seguem:

I. ...finalizada a tinta nanquim e último a ser inscrito na concorrência...II. ...serão limitadas a percursos de, no máximo, 15 minutos de marcha.

III. Isso evitará a perda de tempo em transportes...

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Os termos destacados pertencem, respectivamente, às seguintes classes de palavras:

a) artigo − preposição – preposição;b) artigo − preposição – artigo;c) preposição − artigo – artigo;a) preposição − preposição – artigo;b) artigo − artigo – preposição.

03. (CRTR/DF) Observe o fragmento abaixo:

“Trazendo esta história para nossa realidade percebo que muitas vezes deixamos de ver as pessoas como seres humanos e as tratamos como números. Isso quando não as percebemos como alguém que nos atrapalha e nos tira o lugar, nosso por direito, na fila, no trânsito, no transporte público etc.”

Sobre as três ocorrências de “as”, em destaque no trecho, analise as afirmativas e assi-nale a correta:

a) São, todas elas, artigos definidos, femininos, plurais.b) As duas primeiras são artigos; a última, porém, é um pronome reto.a) A primeira é um artigo definido; a segunda e a terceira, porém, são exemplos de

pronomes oblíquos, que se referem a “pessoas”.b) As três ocorrências têm classificações morfológicas diferentes, que são, respec-

tivamente: pronome, artigo e preposição.c) A primeira ocorrência é um exemplo de artigo indefinido, que especifica o subs-

tantivo “pessoas”; a segunda é um pronome relativo, que retoma “pessoas”; a terceira é uma preposição acidental.

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04. (CEFET) Observe as frases e depois assinale a resposta correta:

I. A palavra “dos”, em “apesar dos problemas de saúde da maioria dos brasileiros pobres”, deveria ser substituída por “de os”.

II. A palavra “mal”, em “mal conseguem ter acesso a alimentos básicos”, poderia ser substituída por “nem bem”.

III. Na passagem “mais que o dobro do recomendado pela Organização Mundial de Saúde”, seria possível escrever “mais do que o dobro”.

Está correto o que se afirma em:

a) I, somente.b) II, somente.c) III, somente.d) I e III, somente.e) II e III, somente.

05. (PUC-RJ) Em qual frase há erro quanto ao uso do artigo?

a) Nem todas opiniões são valiosas.b) Disse-me que conhece todo o Brasil.c) Leu todos os dez romances do escritor.d) Andou por todo Portugal.e) Todas cincos, menos uma, estão corretas

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06. (ITA) Determine o caso em que o artigo tem valor qualificativo:

a) Estes são os candidatos de que lhe falei.b) Procure-o, ele é o médico! Ninguém o supera.c) Certeza e exatidão, essas qualidades não as tenho.d) Os problemas que o afligem não me deixam descuidado.e) Muito é a procura; pouca é a oferta.

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Exercício 01:

01. Um: artigo indefinido – determina, de forma imprecisa, o substantivo devedor;02 cara de pau: locução adjetiva – expressão que modifica o substantivo devedor;03 uma: artigo indefinido – determina, de forma imprecisa, o substantivo carta;04. seus: pronome possessivo – determina, indicando posse, o substantivo credores;05. a: artigo definido – determina, de forma precisa, o substantivo correspondência;06. várias: pronome indefinido – determina, de forma indefinida, o substantivo lojas;07. credoras: adjetivo – modifica o substantivo lojas;08. na: contração (perda de sons) da preposição em com o artigo definido a;09. Prezados: adjetivo – modifica o pronome de tratamento Senhores;10. Esta: pronome demonstrativo – determina o substantivo carta, mostrando a quem ser

refere;11. de cobrança: locução adjetiva – duas palavras que modificam o substantivo carta;12. Vossas Senhorias: pronome de tratamento – expressão usada para substituir o prono-

me Senhores;13. em dia: locução adverbial – duas palavras que modificam o verbo estar;14. meus: pronome possessivo – determina, indicando posse, o substantivo pagamentos;15. também: advérbio de modo – modifica a locução verbal estou devendo, atribuindo-lhe

a ideia de modo;16. outras: pronome indefinido – determina, de forma imprecisa, o substantivo lojas;17. todas: pronome indefinido – substitui, de forma imprecisa, o substantivo plural lojas;18. lhes: pronome pessoal oblíquo – substitui o substantivo lojas;19. mensais: adjetivo – modifica o substantivo rendimentos;20. no fim de cada mês: locução adverbial de tempo – expressão que modifica o verbo

pagar;21. seguinte: adjetivo – modifica o substantivo mês;22. ciente: adjetivo – modifica o pronome pessoal elíptico eu;23. sou: verbo – vocábulo que dá ideia de modo de ser;24. daquele: contração da preposição de com o pronome demonstrativo aquele;

GABARITO

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25. que: pronome relativo – substitui, estabelecendo relação de sentido, o substantivo tipo;

26. demais: pronome indefinido – substitui, sem precisar quais, o substantivo lojas;27. todo mês: locução adverbial de tempo – modifica o verbo receber;28. dos: contração da preposição de com o artigo definido os29. pequenos: adjetivo – modifica o substantivo pedaços;30. de papel: locução adjetiva – expressão que modifica o substantivo pedaços;31. caixinha: substantivo – vocábulo, de existência autônoma, determinado pelo artigo

indefinido uma; 32. outro: pronome indefinido – determina, sem precisar qual, o substantivo lado;33. os: pronome demonstrativo – significando aqueles, determina o substantivo sortudos;34. que: pronome relativo – substitui, estabelecendo uma relação de significado, o subs-

tantivo sortudos;35. rico: adjetivo – modifica o substantivo dinheirinho;36. outros: pronome indefinido – substitui, sem nenhuma precisão, o substantivo credo-

res;37. o: artigo definido – determina o substantivo mês;38. aos: combinação (sem perda de sons) da preposição a com o artigo definido os;39. essa: pronome demonstrativo – determina o substantivo empresa, mostrando a qual

delas faz referência;40. vem constando: locução verbal – dois verbos com o sentido de um: consta;41. na: contração (com perda de som) da preposição em com o artigo definido a;42. os: pronome pessoal oblíquo – substitui o substantivo credores;43. ainda: advérbio de tempo – modifica o verbo pagar, atribuindo-lhes a ideia de tempo;44. pouca: adjetivo – modifica o substantivo sorte;45. uma: artigo indefinido – determina, sem precisão, o substantivo advertência;46. essa: pronome demonstrativo – determina, mostrando a qual se refere, o substantivo

mania; 47. me: pronome pessoal oblíquo – pronome pessoal oblíquo que substitui o substantivo

devedor;

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48. a: pronome demonstrativo – significando aquela, substitui, mostrando a que se refere, o substantivo carta;

49. que: pronome relativo – retoma, estabelecendo relação de significado, o substantivo carta;

50. dos: contração da preposição de com o artigo definido os;51. mensais: adjetivo – modificador do substantivo sorteios;52. me: pronome pessoal oblíquo – substitui o substantivo devedor;53. Muito: advérbio de intensidade – modifica, atribuindo ideia de intensidade, o adjetivo

obrigado.

Exercício 02:

a) Ob) Ac) O / Ad) Oe) Of) Og) Ah) Ai) Aj) Ak) Al) Am) 0n) A

Exercício 03:

01-D / 02-B / 03-C / 04-E / 05-A / 06-Bo) Ap) O / Aq) Ar) Os) At) Au) Av) O / Aw) Ax) Oy) Oz) O

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NUMERAL

Numa espécie de parto-gêmeo, o numeral, tal qual o artigo, também surgiu para deter-minar, mas sempre de forma precisa, exata, certa, o substantivo. Afinal, como na identificação do artigo, ele só poderá ser considerado como tal se vier colado a um substantivo, determinan-do a quantia (no aspecto pecuniário) ou a quantidade (nos demais casos) de seres referidos.

Exemplos:

1. Dez meninos acariciam nove gatinhas de estimação.• Nesse caso, temos dois numerais – dez e nove –, haja vista que vêm junto e determi-

nam, de forma inquestionável, a quantidade de seres referidos.

2. O oito parecia nove.• Aqui, os vocábulos oito e nove, listados, em compêndios tradicionais, como numerais,

são, respectivamente, substantivo e adjetivo.

3. O primeiro a chegar tornou-se segundo na maratona subsequente.• Agora, em vez de dois numerais ordinais – primeiro e segundo –, também temos um

substantivo (primeiro) e um adjetivo (segundo).

4. O primeiro menino a chegar receberá o segundo livro da coleção.• Já, neste exemplo, por acompanharem os substantivos menino e livro, determinando-

-os de forma precisa, exata, certa, primeiro e segundo são numerais.

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5. O professor comunica uma nota ao aluno, e este exclama: “Dez!”.• Temos agora, o que tradicionalmente é listado com numeral, o vocábulo dez como

autêntica interjeição.

2. Classificação

Se, de um lado, há que se reformar o secular conceito de numeral; por outro, não há como questionar sua classificação.

2.1. Cardinais

Conforme o próprio significado esclarece, o numeral cardinal – principal, inteiro – opõe-se ao numeral cardinal, repassa ideia de quantia ou quantidade de substanti-vos, por inteiro, e é representado pela nomenclatura tradicionalmente conhecida: um, dois, três, quatro...

2.2. Ordinais

Repassando ideia de ordem seriada aos seres referidos, o numeral ordinal indica a classificação de determinado substantivo relativamente a diversos deles. Sua nomen-clatura é a tradicional: primeiro, segundo, terceiro, quarto...

2.3. Fracionários

Nem quantidade ou quantia por inteiro, nem classificação numérica entre os seres, os numerais fracionários têm a finalidade de indicar porções menores, ou quebradas, relativamente a substantivos referidos.

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2.4. Multiplicativos

Com o objetivo de dar ideia exata na designação de quantidade numérico-simpli-ficada em uma multiplicação surgiram os numerais multiplicativos. Eles indicam uma quantidade que foi multiplicada, especificando quantas vezes se multiplicou essa quantidade.

Exemplos:

01. Uma hora (exatamente sessenta minutos: numeral cardinal) e um minuto (exata-mente sessenta segundos: numeral cardinal) após a decolagem, um avião (qualquer um: artigo indefinido) chocou-se com uma andorinha (qualquer uma: artigo indefi-nido) em pleno voo.

02. O nove (substantivo), embora não sendo dez (adjetivo), satisfez a um grupo de nove (numeral cardinal) meninos e dez (numeral cardinal) meninas, que celebraram com gritos: “Dez! Dez! Dez!” (interjeição).

03. Segundo (substantivo) não é primeiro (adjetivo), mas o primeiro (numeral ordinal) lugar em Português e o segundo (numeral ordinal) lugar em Matemática foram feste-jados pelos respectivos classificados.

04. Dois (numeral cardinal) alunos receberam o triplo (numeral multiplicativo) valor em dinheiro como premiação.

05. Coube a cem (numeral cardinal) alunos a centésima (numeral fracionário) parte do primeiro (numeral ordinal) prêmio destinado aos vencedores da maratona.

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06. A metade (substantivo) sempre é metade (adjetivo), mas metade (numeral fracioná-rio) da turma não ficou satisfeita com metade (numeral fracionário) do primeiro (nu-meral ordinal) prêmio que era de mil (numeral cardinal) reais.

Observações:

1ª) Não adianta, como se vê, decorar listas; pensar o idioma é necessário.

Exemplo: O dez (substantivo) é sempre dez (adjetivo) e somente dez alunos (numeral cardinal), décima parte da turma (numeral fracionário), obtiveram dez (substantivo). Dez! (interjeição).

2ª) O vocábulo ambos será numeral quando se referir a dois seres e exigirá o artigo se os seres referidos o exigirem.

Exemplo: Ambos os vencedores foram premiados.

3ª) Os cardinais acabados em -entos (duzentos, trezentos, quatrocentos...) são variáveis em gênero e concordam sempre com o substantivo a que se referem.

Exemplo: Duzentas ou trezentas pessoas comparecerão à festa.

4ª) Além de desnecessário, beira o absurdo o uso de numeral antes do cardinal mil.

Exemplo: Mil reais foram distribuídos entre mil pessoas.

5ª) Os vocábulos que indicam numerais seguem, noutras classes, as regras das variáveis e invariáveis.

Exemplo: Oito (numeral cardinal) noves (substantivo), nos anos oitentas (adjetivo), as-sustavam as pessoas.

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6ª) Os meses iniciam-se sempre pelo primeiro de seus dias; jamais pelo dia um.

Exemplo: Os dias primeiro de março e dois de abril serão datas importantes para nós.

7ª) Na designação de papas, reis, séculos e anos, deve-se usar o ordinal até décimo (I, II, III...IX, X).

Exemplo: Os papas Pio IX (nono) e Pio X (décimo) foram sábios; já, do Pio XI (onze), não conheço a biografia.

8ª) Os vocábulos um e uma serão numerais quando indicarem exatidão, aceitando, in-clusive, uma decomposição oficial; já, no sentido de qualquer um ou qualquer uma, serão artigos.

Exemplo: Um aluno (qualquer um) e uma aluna (qualquer uma) representarão nossa es-cola, daqui a uma semana (sete dias) e um dia (vinte e quatro horas), em evento na-cional.

9ª) Em textos, devem ser escritos sempre por extenso os cardinais e os ordinais de zero a dez, mais os cardinais cem e mil.

Exemplo: Nos dias primeiro e dez de março, nós receberemos entre cem e mil visitantes.

10ª) Nunca se inicia uma frase com algarismos.

Exemplo: Oitenta e cinco alunos foram premiados na segunda mostra científica da es-cola.

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11ª) Não deverá ser usada a vírgula na grafia de numerais por extenso.

Exemplos:

• 27 – vinte e sete;• 127 – cento e vinte e sete;• 1.127 – mil cento e vinte e sete;• 10.127 – dez mil cento e vinte e sete;• 110.127 – cento e dez mil cento e vinte e sete;• 1.127.956 – um milhão cento e vinte e sete mil novecentos e cinquenta e seis;• 1.127.956.020 – um bilhão cento e vinte e sete milhões novecentos e cinquenta e seis

mil e vinte.

12ª) Devem ser usados algarismos na indicação de horas, datas, idades e endereços.

Exemplo: Eu nasci às 10h 30min do dia 18 de outubro de 1951, tenho 67 anos e resido na rua Esperança, número 100.

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Exercício 01:

Preencha a tabela que se segue:

TABELA DOS NUMERAIS

Arábicos Romanos Cardinais Ordinais Fracionários Multiplicativos

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

20

21

32

43

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54

65

76

87

98

100

101

202

303

400

505

606

707

808

909

1000

1001

1 000 000

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01. (Ufam) Assinale o item em que não é correto ler o numeral como vem indicado entre parênteses:

a) Pode-se dizer que no século IX (nono) o português já existia como língua falada.b) Pigmalião reside na casa 22 (vinte e duas) do antigo Beco do Saco do Alferes, em

Aparecida.c) Abram o livro, por favor, na página 201 (duzentos e um).d) O que procuras está no art. 10 (dez) do código que tens aí à mão.e) O Papa Pio X (décimo), cuja morte teria sido apressada com o advento da Primeira

Guerra Mundial, foi canonizado em 1954.

02. (MP/SP) Em relação à classificação dos numerais, os fracionários indicam a parte de um inteiro, como se comprova com a expressão:

a) Em exatos cem dias.b) o 20.º aniversário.c) de abril a julho de 1994.d) mais de um milhão de ruandeses.e) pelo menos dois terços da população.

03. (CRF/AL) Em relação ao numeral “XVIII”, é correto afirmar que:

a) é um algarismo arábico equivalente ao cardinal dezessete, lido como ordinal;b) é um algarismo romano equivalente ao cardinal dezoito, lido como cardinal;c) é um algarismo romano equivalente ao ordinal dezoito, lido como ordinal;d) é um algarismo romano equivalente ao ordinal dezessete, lido como cardinal;e) é um algarismo romano que pode ser equivalente a dois cardinais: dezessete ou

dezoito.

QUESTÕES DE PROVA

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04. (MPE/SP) Observe o texto que se segue:

“O SBT fará uma homenagem digna da história de seu proprietário e principal apresenta-dor: no próximo dia 12, colocará no ar um especial de 2h 30min de duração em homena-gem a Sílvio Santos. É o dia de seu aniversário de 85 anos.”

As informações textuais permitem afirmar que Sílvio Santos completou seu...

a) otogésimo quinto aniversário;b) oitavo quinto aniversário;c) octogenário quinquagésimo aniversário;d) octingentésimo quinto aniversário;e) octogésimo quinto aniversário.

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05. (CSB/Joinvile-SC) Complete as frases, escrevendo por extenso o número ou as expres-sões dadas entre parênteses, empregando os vários tipos de numerais.

1. Estefânia trabalhou o _________________ (duas vezes mais) do que Fabíola.2. Fiquei feliz. Ganhei duas _______________ (12) de rosas.3. Já consegui terminar ______________ (1/4) do trabalho.4. Paulo foi o _____________ (400º) corredor a terminar a prova.

Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas do texto:

a) duplo / dúzias / metade / quadringentésimo;b) duplo / doze / um quarto / quadrigentésimo;c) duplo / dúzias / um quarto / quadrigentésimo;d) dobro / doze / quarto / quadrigentésimo;e) dobro / dúzias / um quarto / quadringentésimo.

06. (CSB/Joinvile-SC) Assinale a alternativa que contém somente numerais ordinais e mul-tiplicativos:

a) triplo • dois trilhões • milésimo • zero;b) oitava • dobro • vigésimo terceiro • duplo;c) nonagésimo • um bilhão • duplo • primeiro;d) ducentésimo • septuagésimo quinto • sêxtuplo • novecentos e um;e) milionésimo • ambos • décimo nono • trigésimo.

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07. (SAP/SP) Leia os itens quanto ao numeral e aponte a alternativa correta:

1. Numeral é a palavra que se relaciona ao substantivo, exprimindo indicações nu-méricas dos seres.

2. As indicações numéricas dos seres referem-se à quantidade, ordem, multiplica-ção e fração.

3. Os numerais cardinais expressam a ordem dos seres em uma série.4. Os numerais multiplicativos expressam aumentos proporcionais de uma quanti-

dade, multiplicações.5. Os numerais fracionários expressam diminuições proporcionais de uma quanti-

dade, divisões ou frações.

a) apenas (1), (2), (4) e (5) estão corretos;b) apenas (1), (3) e (5) estão corretos;c) apenas (2), (3), (4) e (5) estão corretos;d) apenas (1), (3) e (4) estão corretos;e) todos os itens estão corretos.

08. (SAP/SP) Assinale a alternativa onde temos apenas numerais ordinais:

a) milhão – quinquagésimo – ducentésimo;b) oitocentos – cem – treze;c) sétimo – quíntuplo – terço;d) sétimo – nonagésimo – bilionésimo;e) undécuplo – onze avos – nono.

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09. (SAP/SP) Assinale a alternativa onde temos somente numerais fracionários:

a) bilionésimo – noventa – quingentésimo;b) meio – seiscentésimo – milionésimo;c) cêntuplo – décuplo – vinte avos;d) duodécuplo – doze avos – milésimo;e) sexto – quíntuplo – treze avos.

10. (Polícia Civil/SP) Assinale a alternativa em que o numeral corresponde à sua forma escrita:

a) 48.º candidato – quadragésimo oito candidato.b) Século XIV – Século dezesseis.c) 653.000 mandados de prisão – seiscentos e cinquenta e três mil mandados

de prisão.d) Mulher deu à luz 5 bebês. – Mulher deu à luz quintos.e) 1/3 do salário – o triplo do salário.

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Exercício 01:

TABELA DOS NUMERAIS

Arábicos Romanos Cardinais Ordinais Fracionários Multiplicativos

ww I um primeiro - x - - x -

2 II dois segundo meio / metade dobro / duplo

3 III três terceiro terço triplo / tríplice

4 IV quatro quarto quarto quádruplo

5 V cinco quinto quinto quíntuplo

6 VI v sexto sexto sêxtuplo

7 VII sete sétimo sétimo sétuplo

8 VIII oito oitavo oitavo óctuplo

9 IX nove nono nono nônuplo

10 X dez décimo décimo décuplo

11XI onze

décimo primeiro / undécimo onze avos undécuplo

12 XII dozedécimo segundo /

duodécimo doze avos duodécuplo

13 XIII treze décimo terceiro treze avos - x -

14 XIV quatorze décimo quarto quatorze avos - x -

15 XV quinze décimo quinto quinze avos - x -

16 XVI dezesseis décimo sexto dezesseis avos - x -

17 XVII dezessete décimo sétimo dezessete avos - x -

18 XVIII dezoito décimo oitavo dezoito avos - x -

19 XIX dezenove décimo nono dezenove avos - x -

20 XX vinte vigésimo vinte avos - x -

21 XXI vinte e um vigésimo primeiro vinte e um avos - x -

32 XXXII trinta e um trigésimo primeiro trinta e um avos - x -

43 XLIII quarenta e três quadragésimo terceiro quarenta e três avos - x -

GABARITO

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54 LIV cinquenta e quatro quinquagésimo quarto cinquenta e quatro avos

- x -

65 LXV sessenta e cinco sexagésimo quinto sessenta e cinco avos - x -

76 LXXVI setenta e seis septuagésimo sexto setenta e seis avos - x -

87 LXXXVII oitenta e sete octogésimo sétimo oitenta e sete avos - x -

98 XCVIII noventa e oito nonagésimo oitavo noventa e oito avos - x -

100 C cem / cento centésimo centésimo cêntuplo

101 CI cento e um centésimo primeiro cento e um avos - x -

202 CCII duzentos e dois ducentésimo segundo duzentos e dois avos - x -

303 CCCIII trezentos e três trecentésimo terceiro trezentos e três avos - x -

400 CD quatrocentos quadringentésimo quatrocentos avos - x -

505 DV quinhentos e cinco quingentésimo quinto quinhentos e cinco avos

- x -

606 DCVI seiscentos e seis sexcentésimo sexto seiscentos e seis avos - x -

707 DCCVII setecentos e seteseptingentésimo /

setingentésimo sétimo setecentos e sete avos - x -

808 DCCCVIII oitocentos e oito octingentésimo oitavo oitocentos e oito avos - x -

909 CM novecentos e nove noningentésimo /nongentésimo nono

novecentos e nove avos

- x -

1000 M mil milésimo milésimo - x -

1001 MI mil e um milésimo primeiro mil e um avos - x -

1000000 M milhão milionésimo milionésimo - x -

QUESTÕES DE PROVAS:

01-B / 02-E / 03-B / 04-E / 05-E / 06-B / 07-A / 08-D / 09-B / 10-C

5º Degrau / Morfologia / Classificação dos vocábulos / Numeral / Gabarito

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PREPOSIÇÃO

Já na reta final do estudo das classes gramaticais – assunto tão extenso quanto impor-tante para a compreensão do idioma pátrio –, veremos, a partir daqui, a chamada “tríade do ão”: preposição, conjunção e interjeição.

Esse trio, aliás, não fica para o final do assunto, tampouco se forma por acaso. Ocorre que, na morfossintaxe, todas as classes corresponderão, adiante, a funções sintáticas, exceto essas três, que só existem como classes, e não como funções.

Explicando melhor: o artigo e o numeral, classes gramaticais no estudo da morfologia, transformar-se-ão sempre em adjunto adnominal, função sintática no estudo da sintaxe; o advérbio, também classe gramatical, transformar-se-á sempre em adjunto adverbial, função sintática; o adjetivo, classe, ou será adjunto adnominal, ou será predicativo, na função. E por aí vai.

Enquanto essa correspondência classe-função opera-se, na morfossintaxe, envolvendo sete, das dez classes, o mesmo não ocorre justamente com a tríade do ão, pois preposição, conjunção e interjeição não se habilitam a representar qualquer outro papel, senão o de classes.

Na análise sintática, por exemplo, objeto direto e objeto indireto, nas orações “Gosto de vinhos” e “Aprecio vinhos”, são o substantivo vinhos. Afinal, a preposição de, do primeiro exemplo, não exercendo função sintática, é apenas um traço distintivo, caracterizando uma das funções, o objeto indireto.

De qualquer sorte, conhecer essa tríade, sabendo pô-la convenientemente em prática, além de um louvor respeitoso ao idioma, torna a fala e a escrita superiores, elegantes, diferen-çadas.

Feita essa importante e necessária introdução, passemos, agora, ao exame da primeira das classes triádicas, a preposição.

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01. A designação

Nem sempre, sobretudo no estudo do idioma pátrio, paramos a fim de interpretar a dita e tradicional nomenclatura. Ora por esse imperdoável descuido, ora pelo fato de essas designações já terem surgido equivocadas, acabamos tornando difíceis conteúdos de domínio extremamente fácil.

Observemos, por exemplo, que todo preconceito é, na verdade, um pré-conceito; todo prejulgamento é, inicialmente, um pré-julgamento; e, não diferentemente disso, toda prepo-sição é, na sua origem, uma pré-posição.

Mas e o que isso significa exatamente? Na intenção do criador-mor dessa expressão esteve, com absoluta certeza, o desejo de repassar esta ideia: a posição dos vocábulos que re-presentam as preposições é pré-definida, isto é, esses vocábulos serão obrigados previamen-te a se posicionarem ali. O vocábulo de, por exemplo, em “Gosto de meu idioma”, é exigido (regido) pelo verbo gostar e, assim, estará sempre posposto a ele, pois “quem gosta, gosta de alguma coisa ou de alguém”.

Observe, ainda, estes casos: necessito de; confio em; obedeço a, refiro-me a; luto por, com, contra... Em todos eles, os vocábulos negritados tiveram suas posições definidas pre-viamente.

Esse fenômeno, porém, não se relaciona apenas aos verbos; os nomes também podem determinar ditas pré-posições: necessidade de; confiança em; favorável a; certeza de; con-trariamente a...

Classe gramatical invariável, na análise morfológica, sem correspondente, na análise sintática, a preposição liga vocábulos numa estruturação frasal, com prévia subordinação de um sobre o outro. De acordo com a natureza do texto, essa subordinação repassa ideias de meio, origem, companhia, ausência, finalidade, lugar, causa, matéria...

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Exemplos:

a) Gostar de e lutar por são características comuns a todos os seres de bom senso.a) A esperança de vitória impunha-lhe a necessidade de treinamentos.b) Passei por Soledade quando fui a Arvorezinha.c) Chegando a Manaus, dirigi-me a um teatro maravilhoso.d) Estando com os documentos reunidos, estive em paz com minha alma.e) Eu já lutei contra a morte e com vários desafiantes, mas somente por objetivos

nobres.

02. A classificação

De acordo com a estruturação frasal, alguns dos vocábulos representativos dessa classe gramatical já trazem em sua essência a característica de pré-exigência e, por isso mesmo, formam o grupo das preposições essenciais; outros, por excepcionalmente figurarem como tais, migrando, inclusive, de outras classes para o campo das preposições, chamam-se aciden-tais.

Exemplos:

a) Retornei de (origem) Fortaleza feliz.b) Conheci Fortaleza com (companhia) minha mulher.c) Viajei a Fortaleza sem (ausência) minha mulher.d) Eu trabalho para (finalidade) sobreviver em Fortaleza.e) Vivendo em (lugar) Fortaleza, sou feliz.f) O desejo de (causa) vencer indicou-me Fortaleza.g) Fortaleza de (posse) Alencar é bela.h) Fortaleza alimenta conversas sobre (assunto) história alencarina.i) Lá, ganhei um anel de (matéria) ouro.

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03. As combinações e as contrações

Visando ao repasse de circunstâncias necessárias ao conteúdo das frases, as preposi-ções ora simplesmente se combinam, ora se contraem na junção com outras classes grama-ticais.

Entende-se como combinação o fenômeno em que a preposição se liga com o artigo ou com o advérbio sem perda de fonemas.

Em “Falando ao diretor, expliquei aonde iríamos”, temos duas combinações: preposição a + artigo o e preposição a + mais advérbio onde.

Já, quando, nesse fenômeno aglutinador, ocorre perda de fonema, dizemos, apropria-damente, que as classes combinadas contraíram-se e, então, temos a contração.

Em “As atitudes daquele menino levavam a marca do professor, há duas contrações: preposição de + pronome demonstrativo aquele e preposição de + artigo definido o.

As contrações ocorrem a todo instante e são numerosas. Por exemplo, do (de + o), dos (de + os), da(de + a), das (de + as), no (em + o), na (em +a), nos (em +os), nas (em +as), nele (em + ele), naquele (em + aquele), daquele (de +aquele), dali (de + ali), daquilo (de + aquilo).

Finalmente há que se realçar a mais importante das contrações, reunindo a preposi-ção a com o artigo definido a ou com os pronomes demonstrativos aquele, aquela, aqueles, aquelas e aquilo cujo resultado será a crase.

Exemplos:

a) Fui à praia de meus sonhos (quem vai, vai a + a, de a praia é de meus sonhos).b) Referi-me àquilo que ocorreu na praia (quem se refere, refere-se a + a, de aquilo).c) Falei a verdade àquele menino (quem fala, fala alguma coisa a alguém + a, de

aquele).

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04. As locuções prepositivas

A exemplo do que ocorre com as outras classes gramaticais, sempre que se reúnem duas ou mais palavras para representarem uma só classe temos as locuções: substantivas, adjetivas, adverbiais, verbais, pronominais, conjuntivas, interjetivas e prepositivas.

Exemplos:

a) Eu trabalho para (preposição) sobreviver; ela, a fim de (locução) se distrair. b) Meu gato dorme sob (preposição) a cama; o gato dela, embaixo de (locução) ca-

mas, nunca.

Observações:

1ª) Como nas demais classes gramaticais, de praticamente nada adiantará decorar listas de preposições, pois, mais uma vez, cada caso será sempre um novo caso.

Exemplos:

a) Ontem, o menino falou a (previamente exigido pelo verbo: preposição) colegas de aula.

b) Ontem, a (determina o substantivo: artigo) menina chegou cedo.c) A menina, nunca a (substitui o substantivo: pronome) abracei com tanta ternu-

ra.

5º Degrau / Morfologia / Classificação dos vocábulos / Preposição

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2ª) Antes de verbos no infinitivo, a preposição não deverá contrair-se com artigo ou pro-nome.

Exemplos:

a) O livro é dele, mas não é o momento de ele dizer isso aos colegas.b) Não é hora de o menino chorar, embora o choro seja do menino.c) A grosseria daquele aluno não justifica o fato de aquele professor repreender

a turma toda.

3ª) As preposições essenciais (a, ante, após, contra, de, desde, em, entre, para, perante, sem, sob, sobre...) exigem, para acompanhá-las, os pronomes oblíquos mim e ti, ou, na terceira pessoa do singular, você.

Exemplos:

a) Entre mim e ti nunca houve desavenças.b) Sem mim e você, ninguém protestará.c) Ante você e mim, alguém protestaria?

4ª) A preposição entre deve ser utilizada quando o sentido for de tempo ou espaço em relação a alguma coisa ou alguma pessoa e sempre que algo diz respeito a mim e a outra pessoa; já a contração dentre há de ser usada quando o sentido for de “do meio de”.

5º Degrau / Morfologia / Classificação dos vocábulos / Preposição

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Exemplos:

a) Entre mim e a mesa (espaço) restava menos de meio metro.b) Dentre (do meio de) a multidão reunida na praça veio um grito de desespero.c) Meu nome estava entre (o nome ocupava um lugar entre) os premiados.d) O assaltante surgiu dentre (do meio) a escuridão do local.

5ª) Não encontram respaldo gramatical as expressões de manhã, de tarde e de noite; para fugir desses erros graves, deve-se falar e escrever pela manhã, à tarde e à noite.

Exemplos:

a) Não atenderei ninguém de manhã, pois só irei ao escritório pela manhã.b) De tarde não haverá ninguém na escola, pois as recepcionistas só irão lá à

tarde.

Exercício – Questões de provas

01. (METROCAPITAL) Assinale a alternativa cuja preposição indica uma relação de finali-dade:

a) O momento é bom para investir na bolsa de valores.b) As plantações sofreram com a seca.c) O casal dirigiu-se para a saída da igreja.d) A vítima está em estado de choque.e) Esta é uma peça do diretor paulista.

QUESTÕES DE PROVAS

5º Degrau / Morfologia / Classificação dos vocábulos / Preposição

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02. (UNOESC) “A greve dos caminhoneiros jogou na cara de todos o quanto so-mos dependentes de combustíveis fósseis”. Na frase, os termos em destaque são, respectivamente:

a) artigo; preposição; pronome; substantivo; adjetivo.b) preposição; preposição; verbo; substantivo; adjetivo.c) artigo; preposição; pronome; adjetivo; substantivo.d) artigo; preposição; verbo; substantivo; adjetivo.e) preposição; preposição; pronome; substantivo; adjetivo.

03. (AMEOSC) Analise os fragmentos abaixo:

I. [...] lançamento pelo lado direito da área e ajeitou de cabeça para B. Henrique, também de cabeça, definir o placar ao encontro dos mandantes. (contra)

II. A cerca de três quilômetros ela irá encontrar o hospital. (distância)III. Hoje Maria saiu bem mais cedo a fim de encontrar o supervisor. (finalidade)IV. Todos não falam de nada mais, senão do placar vergonhoso. (caso não)

Considerando os itens sublinhados e seus significados entre parênteses, está corre-to o contido em:

a) Os itens I, II e III, apenas.b) Os itens I e IV, apenas.c) Os itens II e III, apenas.d) Os itens II e IV, apenas.e) Todos os itens estão corretos.

5º Degrau / Morfologia / Classificação dos vocábulos / Preposição / Questões de prova

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04. (CESPE) No trecho “para testar possíveis soluções”, o emprego da preposição “para”, além de contribuir para a coesão sequencial do texto, introduz, no período, uma ideia de finalidade.

a) Errado.b) Certo.

05. (CESPE) Seria preservada a correção gramatical se, no trecho “composta minimamen-te de um radar” fosse empregada a preposição por, em vez da preposição “de”.

a) Erradob) Certo

06. (FGV) O dicionário Houaiss lista um conjunto de valores mais frequentes da preposi-ção: tempo, lugar, maneira de ser, estado, modo, distribuição, forma como se pratica uma ação, finalidade, conformidade, equivalência e valor.

Assinale a frase em que essa preposição tem seu valor corretamente identificado:

a) “Comecei uma dieta, cortei a bebida e alguns pratos e, em catorze dias, perdi duas semanas.» / distribuição.

b) “Se você insiste em emagrecer meu conselho é: coma o quanto quiser. Apenas não engula.» / maneira de ser.

c) “Difícil coisa é, cidadãos, entrar em discussão com a barriga vazia.» / estado.d) “Tomei comprimidos, mas desisti de me matar por esse método. Gasta-se uma

fortuna em clínicas de desintoxicação.» / finalidade.e) “A família é um conjunto de pessoas que se defendem em bloco e se ata-

cam em particular.» / modo.

5º Degrau / Morfologia / Classificação dos vocábulos / Preposição / Questões de prova

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07. (FCC) Expressa noção de finalidade o termo sublinhado em:

a) Alavanca (ops) a carreira de alguns artistas iniciantes para o topo do mercado.b) Não consegui puxar a cantora para o terreno familiar.c) De onde não desceu para rebolar nenhuma vez.d) Pede para a avó, contando com a ajuda dos orixás.e) A resistência do público para quem sua obra se dirige.

08. (CESPE) Mesmo com a supressão da preposição “de”, no trecho “acostumando os es-pectadores a uma ferocidade de que todos queriam vê-los afastados”, manter-se-ia a correção gramatical do texto.

a) Erradob) Certo

09. (CETREDE-EMATER-CE) Analise as duas frases a seguir em relação à ambiguidade:

I. Karla comeu um doce e sua irmã também. II. Mataram a vaca da sua tia.

Marque a opção CORRETA:

a) O problema da frase I pode ser corrigido com uma vírgula.b) As duas frases podem ser corrigidas com o uso de pronome.c) Ao colocarmos apenas um verbo, corrigiremos a frase II.d) Apenas a frase I apresenta problema de ambiguidade.e) Uma preposição resolveria o problema da frase II.

5º Degrau / Morfologia / Classificação dos vocábulos / Preposição / Questões de prova

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10. (CESGRANRIO) No fragmento “...saí para passear com minha cachorrinha, a meiga Pi-xie, que volta e meia late de estranhamento”, a palavra em negrito expressa um sen-tido que também se encontra na palavra destacada em:

a) A casa que comprei é toda de madeira.b) Toda a minha família descende de libaneses.c) Sinto-me sempre mais disposto de manhã.d) Eu não gosto de falar de política.e) É muito triste saber que ainda há gente que morre de fome.

5º Degrau / Morfologia / Classificação dos vocábulos / Preposição / Questões de prova

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01-A / 02-D / 03-C / 04-E / 05-E / 06-E / 07C / 08-A / 09-A / 10-E

GABARITO

5º Degrau / Morfologia / Classificação dos vocábulos / Preposição / Gabarito

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CONJUNÇÃO

Prosseguindo na reta final da segunda parte da gramática, a morfologia, e dando con-tinuidade ao trinchamento da “tríade do ão”, preposição, conjunção e interjeição, veremos, a partir daqui, a classe encarregada de realizar casamentos, de firmar alianças, de juntar coisas ou pessoas, de fazer a junção com, a conjunção.

01. A denominação

Nós, muito frequentemente, dizemos ou escrevemos, por exemplo, “O menino foi à esco-la”. Depois disso, afirmamos, em outra oração, o seguinte: “O menino quer progredir na vida”. Contudo, assim, separadamente, as expressões não produzem o efeito que gostaríamos de que elas produzissem ou, então, que teriam se constituíssem um enunciado só. Ora, aí, junta-mos uma com a outra, acrescentando, para tal, o elo de ligação adequado à nossa verdadeira intenção: “O menino foi à escola, pois (porque, já que, visto que, afinal...) ele quer progredir na vida”. Nesse caso, a junção da primeira com a segunda oração foi feita por meio da conjunção pois. Outra situação, muito corriqueira, na fala e na escrita, é esta: nós expressamos ações pra-ticadas, ou sofridas, por mais de um ser. Assim: o ato de proteger um aluno teria sido praticado pela diretora e por um professor de determinada escola, conjuntamente. Dizemos, então: “A diretora e o professor protegeram o aluno”. Ocorre, aí, o que, mais adiante, chamaremos su-jeito composto, pois, tanto a diretora quanto o professor agiram na proteção ao aluno. Ora, esses vocábulos, que formam o sujeito composto, não podem ficar soltos no enunciado. Faz-se, então, a junção de um (diretora) com o outro (professor) também por meio de uma conjun-ção. Logo, conjunção é vocábulo ou expressão cuja função é ligar orações entre si, ou vocá-bulos dentro delas.

5º Degrau / Morfologia / Classificação dos vocábulos / Conjunção

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Exemplos:

• O professor ensina e o aluno aprende.• O aluno aprendeu bastante porque o professor explicou bem o conteúdo.• O aluno aprende na medida em que o professor explica bem o conteúdo.• O professor exige que os alunos estudem o conteúdo.• O aluno e o professor aprimoraram-se na fala e na escrita.• O aluno e o professor querem-se aprimorar na fala ou na escrita.• O aluno e o professor buscam aprimoramento, ora na fala, ora na escrita.

02. A classificação

A conjunção é classificada de acordo com o sentido que empresta às frases, nos casos concretos, e não, necessariamente, pelo vocábulo que a representa. O conectivo que, por exemplo, pode desempenhar mais de uma dezena de espécies diferentes. Essa classe gramatical é chamada, na gramática, conectivo, e, na redação, conector, nexo, partícula de ligação, elemento de coesão, e ora faz a junção de orações independentes, ora de orações dependentes. A ligação de orações independentes, isto é, orações de existências autônomas, de sen-tidos próprios, dá-se no chamado processo de coordenação; já a ligação de orações depen-dentes, isto é, orações cujo sentido depende de outra oração (que será a principal), dá-se no processo de subordinação.

No processo de coordenação, temos as conjunções coordenativas:

a) explicativas: ligam orações independentes, atribuindo-lhes a ideia de explicação.• Os alunos fizeram silêncio, porque me queriam ouvir.

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b) conclusivas: ligam orações independentes, atribuindo-lhes a ideia de conclu-são.

• O aluno estudou bastante; logo, ele será aprovado.

c) alternativas: ligam orações independentes, atribuindo-lhes a ideia de opção, alternância.

• Agora, o rapaz estuda, ou ele trabalha.

d) adversativas: ligam orações independentes, atribuindo-lhes a ideia de oposi-ção, contraste.

• O aluno sempre quis progredir na vida, mas jamais estudou o suficiente.

e) aditivas: ligam orações independentes, sem atribuir-lhes qualquer das ideias anteriores, tão somente como um acréscimo, uma soma, uma adição.

• O menino foi à aula e sua mãe ficou em casa.

Já, no processo de subordinação, temos as conjunções subordinativas:

a) causais: ligam orações dependentes, atribuindo-lhes a ideia de causa.• Os alunos obtiveram bons resultados porque estudaram bastante.

b) condicionais: ligam orações dependentes, atribuindo-lhes a ideia de condição.• Todos iremos à festa se não chover.

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c) consecutivas: ligam orações dependentes, atribuindo-lhes a ideia de conse-quência.

• Fazia tanto frio que os dedos endureciam.

d) concessivas: ligam orações dependentes, atribuindo-lhes a ideia de oposição, contraste.

• Abracei todos os alunos embora estivesse de mal com todos eles.

e) comparativas: ligam orações dependentes, atribuindo-lhes a ideia de causa.• Minha família é belíssima como um jardim florido.

f) conformativas: ligam orações dependentes, atribuindo-lhes a ideia de acordo, pacto.

• Chegarei cedo à escola conforme prometi a meus alunos.

g) temporais: ligam orações dependentes, atribuindo-lhes a ideia de tempo.• Cheguei à escola quando o dia clareava.

h) finais: ligam orações dependentes, atribuindo-lhes a ideia de finalidade.• Chegarei cedo à escola a fim de bem receber os alunos novos.

i) proporcionais: ligam orações dependentes, atribuindo-lhes a ideia de propor-ção.

• Os alunos progridem nos estudos à medida que estudam com afinco.

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03. As locuções conjuntivas

A exemplo do que ocorre com outras classes gramaticais, sempre que se reúnem duas ou mais palavras para estabelecer a junção de uma oração com outra, teremos uma locução conjuntiva.

Exemplos:

· Iremos à festa se não chover. / Iremos à festa desde que não chova.· Fomos à festa porque não choveu. / Fomos à festa visto que não choveu.· Gosto de ler e de escrever. / Gosto de ler e também de escrever.

Observações:

1ª) Expressões corretas: à medida que ou na medida em que; jamais à medida em que ou na medida que.

Exemplo: Ele se tornava arrogante à medida que estudava e na medida em que en-riquecia.

2ª) O uso das conjunções e e nem juntas é um absurdo, pois não se repetem conjunções.

Exemplo: Ele não foi à aula ontem e não irá hoje. / Ele não foi à aula ontem nem irá hoje.

3ª) É facultativo o uso de que ou do que, nas comparações.

Exemplo: Ele é mais atento que eu. / Ele é mais atento do que eu.

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4ª) A locução apesar que não existe; há que se usar sempre apesar de que.

Exemplo: Irei à festa de aniversário apesar de que detesto esses eventos.

5ª) As expressões corretas são no entanto e entretanto; não existe no entretanto.

Exemplo: Ele trabalha muito, no entanto ganha pouco. / Ele sabe tudo, entretanto finge que não sabe.

6ª) Não se misturam conjunções alternativas.

Exemplo: Quer chova, quer faça sol, iremos à festa. / Nunca: Quer chova ou faça sol, iremos à festa.

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Exercício 01:

Use, dentre as expressões entre parênteses, a única adequada ao contexto:

a) Surgiu-lhe a grande oportunidade da vida; ele, _________ (entretanto / no entre-tanto), não a aproveitou.

b) Aguardei muito esta oportunidade; agora, __________ (no entanto / no entretan-to), não a quero mais.

c) Seja para o bem, __________ (seja / ou) para o mal, não aceitarei essa oferta.d) Continuarei desempregado, __________ (apesar que / apesar de que) essa é uma

boa oportunidade.e) __________ (À media que / Na medida que) trabalha, ele enriquece.f) Ele não ria __________ (nem / e nem) chorava.g) Ele sempre quis progredir na vida, porém __________ (sempre estudou / nunca

estudou).h) O aluno esforça-se, contudo __________ (progride / não progride).i) Embora estude, ele __________ (progride / não progride).j) Ele não vai à aula, entretanto __________ (progride / não progride).k) A despeito do vexame, ele __________ (foi à aula / não foi à aula).l) Ele foi à aula, apesar de que __________ (detesta / não detesta) estudar.

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Exercício 02 – Questões de provas

01. (CESGRANRIO) Considere esta sentença: “Mariza saiu de casa atrasada e perdeu o ônibus.”As orações do período estão unidas pela conjunção “e”, que, além de indicar adição, introduz a ideia de:

a) oposição;b) condição;c) consequência;d) comparação;e) união.

02. (FCC) Preços mais altos proporcionam aos agricultores incentivos para produzir mais, o que torna mais fácil a tarefa de alimentar o mundo. Mas eles também impõem cus-tos aos consumidores, aumentando a pobreza e o descontentamento.

A 2a afirmativa introduz, em relação à 1a, noção de:

a) condição;b) temporalidade;c) consequência;d) finalidade;e) restrição.

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03. (FUNCAB) Leia-se o que escreve Beccaria: “Contudo, se o roubo é comumente o crime da miséria e da aflição, se esse crime apenas é praticado por essa classe de homens infelizes, para os quais o direito de propriedade (direito terrível e talvez desnecessário) apenas deixou a vida como único bem, […….] as penas em dinheiro contribuirão tão somente para aumentar os roubos, fazendo crescer o número de mendigos, tirando o pão a uma família inocente para dá-lo a rico talvez criminoso.”

A palavra ou locução que, usada no espaço entre colchetes deixado no período, fortalece a conexão lógica entre as orações adverbiais condicionais e o que ele afirma a seguir é:

a) inclusive;b) além disso;c) então;d) por outro lado;e) mesmo.

04. (FGV) “… e eu sou acaso um deles, conquanto a prova de ter a memória fraca…”.

A oração grifada traz uma ideia de:

a) causa;b) consequência;c) condição;d) conformidade;e) concessão.

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05. (FUMARC) Em “Ao tempo de Pilatos e de James Joyce, a linguagem virtual estava longe”. Mas, além da realidade física, da palavra impressa, ela servia de símbolo da identidade e da perenidade da comunicação”.

Os termos negritados acima têm, respectivamente, a equivalência de:

a) adversidade – causa – tempo;b) consequência – tempo – adversidade;c) tempo – adversidade – adição;d) adição – adversidade – tempo;e) tempo – contraste – causa.

06. (COPEVE-UFAL) Em qual período o se é uma conjunção condicional?

a) “Paraquedista se prepara para romper a barreira do som com salto da estratosfera.”b) “Um tecido comum pegaria fogo se fosse exposto diretamente a essa radiação.”c) “Sabe-se também que a alimentação materna pode ter impacto na chance de a

criança vir a desenvolver câncer.”d) “Marilyn Monroe morreu aos 36 anos de forma trágica, vítima de uma overdose

de medicamentos que até hoje não se sabe se foi intencional, acidental ou provo-cada por alguma misteriosa conspiração política.”

e) “Não fale rápido demais. Se sua dicção não for boa, você não se fará entender.”

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07. (CONSULPLAN) “Já a produção de petróleo não é suficiente para atender à demanda, embora a dependência externa no setor tenha caído…”

O termo “embora”, nesse fragmento, estabelece relação lógico-semântica de:

a) condição;b) adição;c) conformidade;d) concessão;e) tempo.

08. (CONSULPLAN) “Pois é, não jogo futebol, mas tenho alma de artilheiro…”. A palavra destacada exprime ideia de:

a) escolha;b) contraste, oposição;c) finalidade;d) explicação;e) soma, adição.

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09. (NCE – UFRJ) “Dicas para acelerar sem perder o ritmo”. Nessa frase, os dois conec-tivos destacados indicam, respectivamente:

a) direção e negação;b) comparação e ausência;c) finalidade e concessão;d) modo e condição;e) movimento e modo.

10. (FUMARC) No Texto “A língua que falamos é um bem, se considerarmos “bens” “as coisas úteis ao homem”. O termo destacado, segundo Cunha e Cintra (2009), tem o valor de um (a):

a) construção linguística que apresenta relação causal;b) sintagma com sentido opinativo, que apresenta uma relação comparativa;c) conectivo com valor de condição, pois indica uma hipótese;d) vocábulo gramatical, que serve para adicionar uma ideia a outra;e) conectivo com valor de causa, pois indica uma hipótese.

11. (CESPE) Com o emprego da expressão “assim como”, em “Estudar, assim como, de-dicar-se com afinco ao trabalho”, estabelece-se uma relação de comparação entre ideias expressas no período.

a) Errado.b) Certo.

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12. (ALTERNATIVE) Em “Passarinho não come pedra porque sabe o bico que tem”, a oração destacada expressa circunstância de:

a) adversidade;b) condição;c) tempo;d) finalidade;e) causa.

13. (FGV) “Evidente que fui mais furado do que um ralador de coco. Mas não fiz minha carreira no jornalismo na base de furos, que nunca os dei e nunca os levei a sério, uma vez que a maioria dos furos são, por natureza, furados.“

O segmento do texto destacado acima mostra uma série de conectores argumentati-vos. Assinale a opção que indica o conector cujo valor semântico é inadequado ao contexto.

a) do que / comparação;b) mas / oposição;c) que / causa;d) e / adição;e) uma vez que / tempo.

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14. (INAZ) É correto afirmar que a conjunção coordenativa presente no trecho “Parece óbvio, mas pouca coisa é mais perigosa na existência do que o óbvio», estabelece:

a) Uma explicação da segunda oração em relação à primeira.b) Uma ideia de oposição da segunda oração em relação à primeira.c) Uma alternância contida entre as duas orações.d) Uma ideia de conclusão da segunda oração a partir da primeira.e) Uma adição de ideia ocasionada pela segunda oração.

15. (FUNDEP) “Diz então a superpotência que o ditador é sanguinário e tortura crianci-nhas, mas que, se ele se desarmar, será deixado em paz, então o interesse não está ligado às criancinhas iraquianas, portanto isso não é lógica, é hipocrisia.”

As conjunções presentes nesse trecho indicam, respectivamente, ideias de:

a) concessiva, condicional e temporal;b) aditiva, condicional e aditiva;c) conclusiva, aditiva e adversativa;d) adversativa, condicional e conclusiva;e) alternativa, causal e adversativa.

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Exercício 01:

a) entretanto / b) no entanto / c) seja / d) apesar de que / e) À medida que / f) nem / g) nunca estudou / h) não progride / i) não progride / j) progride / k) foi à aula / l) detesta.

Exercício 02 – Questões de provas:

01-C / 02-E / 03-C / 04-E / 05-C / 06-B / 07-D / 08-B / 09-C / 10-C / 11-B / 12-E / 13-E / 14-B / 15-D

GABARITO

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INTERJEIÇÃO

Finalizando o quinto degrau de nossa maravilhosa Escada do Português Lógico – estu-do dos vocábulos em frases, sobretudo para a identificação das classes gramaticais – vere-mos, agora, a interjeição.

01. A denominação

Como bem define o própio significado do vocábulo interjeição (voz, palavra ou locução que exprime, com energia, os afetos, o ânimo), independentemente do vocábulo que a repre-sente, ocorre sempre que se repassam sentimentos momentâneos, ideias não estruturadas logicamente. Por isso mesmo, aliás, que essa classe não encontra correspondência na análise sintática. .

Exemplos:

– Tiraste dez na prova.

– Dez!

Dez, interjeição!

– Oh, amor!

Oh, interjeição.

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02. A classificação

As interjeições classificam-se de acordo com as sensações que repassam:

a) de alegria: ah! oh! oba!b) de aplauso: viva! bis! bravo!c) de chamamento: ó! olá! alô!d) de dor: ui! ai!e) de silêncio: silêncio! psiu!f) de surpresa: oh! ah!g) de advertência: cuidado! atenção!h) de alívio: ufa! Arre!i) de admiração: ah! oh! puxa! nossa!j) de desejo: oxalá! tomara!k) de saudação: salve! viva! olá!l) de terror: ui! credo! cruzes!

03. As locuções interjetivas

Como vem ocorrendo com a quase totalidade das classes gramaticais já vistas, à simples interjeição pode corresponder também uma locução interjetiva.

Retomando:

a) O pofessor exige que todos estudem.• Professor, substantivo; que todos estudem (o estudo exigido), locução subs-

tantiva (futura oração subordinada substantiva).

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b) O amor materno só se compara ao próprio amor que vem da mãe.• materno, adjetivo; que vem da mãe (que significa materno novamente), locu-

ção adjetiva (futura oração subordinada adjetiva).

c) O aluno acordou-se cedo e chegou à escola quando o sol despontava no hori-zonte.

• cedo, advérbio; quando o sol despontava no horizonte, locução adverbial (fu-tura oração subordinada adverbial).

d) Como eu lia naquela hora, o menino também deveria estar lendo.• lia, verbo; deveria estar lendo, locução verbal.

e) Autor de vandalismo, ele será preso, seja quem for.• ele, pronome pessoal reto; seja quem for, locução pronominal indefinida.

f) Refiro-me a todos os alunos, à exceção de Paulinha, menina educada e estudiosa.• a, preposição; à exceção de, locução prepositiva.

g) Ele exigia que todos progredissem na medida em que fossem merecedores.• que, conjunção; na medida em que, locução conjuntiva.

h) Oh, amor, demoraste: puxa vida!• Oh, interjeição; puxa vida, locução interjetiva.

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TEXTOS E TESTES

Primeiro momento: amolecendo a alma!

Soneto de Fidelidade

De tudo ao meu amor serei atento,Antes, com tal zelo, e sempre e tanto,

Que, mesmo em face do maior encanto,Dele mais se encante o meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento,E em seu louvor hei de espalhar meu canto,

E rir meu riso, e derramar meu pranto,A seu pesar ou seu contentamento.

E assim, quando mais tarde me procure,Quem sabe a morte, angústia de quem vive,

Quem sabe a solidão, fim de quem ama.

Eu possa me dizer do amor, que tive,Que não seja imortal, posto que é chama,

Mas que seja infinito, enquanto dure!

Vinícius de Moraes

5º Degrau / Morfologia / Classificação dos vocábulos / Interjeição / Textos e testes

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Segundo momento: trinchando o texto!

Soneto de fidelidade(Poema de quatorze versos (dois quartetos e dois tercetos) em louvor à fidelidade)

De tudo ao meu amor serei atento,(Tudo o que disser respeito a meu amor (pessoa amada) será motivo de minha atenção,)

Antes, com tal zelo, e sempre e tanto,(Essa atenção estará acima (e surgirá antes) de qualquer outra coisa; virá acompanhada de

muito zelo; estará sempre presente; e será tão, tão, mas tão intensa,)

Que, mesmo em face do maior encanto,(Esse zelo, essa dedicação, essa atenção serão tão intensos que nem as mulheres mais be-

las e deslumbrantes possíveis conseguirão abalá-los,)

Dele mais se encante o meu pensamento.(Inclusive, essas mulheres deslumbrantes servirão apenas para atiçar ainda mais meu

amor pela mulher de minha vida.)

Quero vivê-lo em cada vão momento,(Quero viver esse intenso amor (“curtir” a pessoa amada) nos mais passageiros e efêmeros

dos momentos, nos mínimos instantes,)

E em seu louvor hei de espalhar meu canto,(E será em louvor a esse amor pela pessoa amada que haverei de cantar,)

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E rir meu riso, e derramar meu pranto,(Renovação da promessa de fidelidade do matrimônio – “Prometes ser fiel na alegria e na

tristeza, na saúde e na doença, até que a morte os separe?)

A seu pesar ou seu contentamento.(Continuidade da promessa de fidelidade matrimonial.)

E assim, quando mais tarde me procure,(E, vivendo o amor dessa maneira, nessa intensidade, quando, mais tarde, eu for procura-

do...)

Quem sabe a morte, angústia de quem vive,(...quem sabe pela morte, que é a angústia de quem está vivo,)

Quem sabe a solidão, fim de quem ama.(...quem sabe pela solidão que é o fim de todos que amam.)

Eu possa me dizer do amor, que tive,(Eu possa dizer, a mim mesmo, do amor que eu mesmo tive,)

Que não seja imortal, posto que é chama,(Que o amor não seja eterno, haja vista que é chama (sobe, desce, e apaga),)

Mas que seja infinito, enquanto dure!(Mas que, enquanto não apagar, esse amor repasse a sensação de que nunca acabará!)

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Terceiro momento: explorando o texto!

01. Considerando a primeira estrofe, só é correto afirmar:

a) Suspeitoso, o poeta estará espreitando os passos da pessoa amada sempre, a cada instante;

b) A espreita maior do poeta dar-se-á quando a pessoa amada estiver diante de ou-tras pessoas, mais bonitas do que ele;

c) Quando a pessoa amada estiver diante de outra pessoa mais encantadora que ele, maior será o seu encanto;

d) A atenção do poeta para com a pessoa amada será tanta que, mesmo diante de outras pessoas, mais encantadoramente belas do que ela, maior haverá de ser seu encanto;

e) O poeta garante amor total e fidelidade extrema à pessoa amada, mas somente enquanto não aparecer outra pessoa mais encantadora do que ela.

02. Versos serão reescritos. Marque a opção em que não se conserva a correção gra-matical e/ou a identidade semântica:

a) Primeiro verso – Serei só atenção para com tudo o que disser respeito à pessoa amada.

b) Terceiro verso – Ainda que diante da pessoa mais bela.c) Quarto verso – Da pessoa amada mais se encante o meu pensamento.d) Quinto verso – Quero viver o meu amor (‘curtir’ a pessoa amada) nos seus míni-

mos instantes.e) Sexto verso – E em sua homenagem hei de omitir meu canto.

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03. Marque a afirmação incorreta:

a) Há, na segunda estrofe, uma referência a momentos da celebração matrimonial;b) Na penúltima estrofe, o autor garante: basta viver para estar angustiado;c) Na penúltima estrofe, o autor afirma que, quem ama um dia, sentir-se-á só;d) Na última estrofe, o autor diz que falará coisas sobre o amor, mas somente sobre

o seu amor;e) Na última estrofe, o autor compara o amor à vela, cuja luz é infinita, enquanto não

acaba.

04. Os dois últimos versos do texto poderiam ser resumidos desta forma:

a) O amor parecerá sempre infinito enquanto durar.b) Como chama, o amor é mortal; mas que repasse, enquanto durar, a sensação de

que nunca acabará.c) Tudo o que é imortal sobrevive ao tempo.d) O amor nunca acaba, pois é imortal; as pessoas, todavia, tornam-no passageiro.e) O amor, que é imortal, é infinito enquanto dura.

05. Assinale a opção cuja frase destoa do conteúdo do texto:

a) Amor não é dedicação;b) Amor com amor se paga.c) Sem dedicação, amor não há.d) A fidelidade é construída a cada momento de uma relação.e) Com dedicação extremada a fidelidade persiste.

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06. Marque a opção em que a substituição de palavra ou expressão alterou o signifi-cado original:

a) atento (1° verso) – cuidadoso;b) zelo (2° verso) – afeição intensa;c) vão (5° verso) – insignificante;d) pesar (8° verso) – desolação;e) posto que (13° verso) – embora.

07. Marque a relação incorreta:

a) tudo (1ª linha) – pronome indefinido;b) ao (1ª linha) – contração da preposição a com o artigo o;c) serei (1ª linha) – futuro do presente do verbo ser;d) zelo (2ª linha) – adjetivo;e) tanto (2ª linha) – advérbio de intensidade.

08. Assinale a relação incorreta:

a) maior (3ª linha) – adjetivo que modifica o substantivo encanto;b) dele (4ª linha) – contração da preposição de com o pronome pessoal ele;c) mais (4ª linha) – advérbio de intensidade que modifica o substantivo amor;d) e (6ª linha) – conjunção coordenativa aditiva;e) hei (6ª linha) – verbo haver, presente do indicativo, primeira pessoa do singular.

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09. Assinale a afirmação incorreta:

a) rir (7ª linha) está para riso, assim como espalhar está para canto, mesma linha;b) seu (8ª linha) está para pesar, assim como seu está para contentamento, mesma

linha;c) assim (9ª linha) relaciona-se a seu pesar ou seu contentamento;d) mais (9ª linha) é advérbio, pois modifica tarde, mesma linha;e) me (9ª linha) é pronome pessoal oblíquo de primeira pessoa do singular.

10. Marque a opção incorreta:

a) a (10ª linha): artigo;b) de (10ª linha): preposição;c) quem (11ª linha – quem ama): pronome indefinido;d) do (12ª linha): preposição;e) que (12ª linha): pronome relativo.

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Quarto momento: questões de provas!

01. (MPE-Goiás)

O emprego de “parabéns” na tirinha acima é um exemplo de:

a) substantivo;b) interjeição;c) adjetivo;d) preposição;e) partícula expletiva.

02. (Câmara de Santa Rosa – RS) – Observe o texto que se segue:

“Ah, como eu queria voltar a ser criança!”“Hum! Esse pudim estava maravilhoso!”“Puxa! Hoje não foi meu dia de sorte!”

As frases apresentadas iniciam-se com:

a) preposição;b) interjeição;c) conjunção;d) adjetivo;e) locução interjetiva.

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03. (ADVISE) Assinale a alternativa em que só aparecem interjeições de alívio:

a) oi / ufa! / ai;b) ui / ainda bem / arre;c) credo / ufa! / ai;d) oxalá / ufa! / ui;e) ufa! /uff! / arre!.

04. (VUNESP) Leia a tirinha da Turma da Mônica para responder às questões de nú-meros 07 a 10.

Na sequência dos quadrinhos, o personagem Cebolinha comunica ao reações de:

a) sossego e felicidade;b) alegria e revolta;c) raiva e tranquilidade;d) indiferença e irritação;e) susto e alívio.

05. (CESPE) Observe a tira que se segue:

Tomando como referência o texto acima e suas evocações, julgue os itens a se-guir:

“Viva!” e “Hurra!” são expressões de valor interjetivo. As interjeições caracterizam a fala como constrangente, como algo inevitável, não sendo suscetíveis, portanto, a avaliações em termos de verdade ou falsidade.

a) Certo.b) Errado.

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07. (CURSIVA) A Nomenclatura Gramatical Brasileira divide as palavras da língua por-tuguesa em 10 (dez) classes gramaticais, são elas: substantivo, adjetivo, verbo, pronome, numeral, artigo, advérbio, preposição, conjunção e interjeição. Com base nisso, assinale a alternativa que não apresenta um exemplo de interjeição:

a) “Hum! Essa comida está maravilhosa!”b) “Puxa! Essa foi por pouco.”c) “Coragem! Logo você terá seu diploma, filho! “d) “Mais do que as palavras, falavam de fatos.”e) “Puxa vida, como demoraram!”

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06. (FGV) Observe:

No texto, puts grila pode ser classificado como:

a) advérbio;b) adjetivo;c) interjeição;d) conjunção;e) substantivo

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08. (EXCELÊNCIA) A NGB (Nomenclatura Gramatical Brasileira) divide as palavras da língua portuguesa em dez classes, chamadas de classes gramaticais: substanti-vo, adjetivo, verbo, pronome, numeral, artigo, advérbio, preposição, conjunção e interjeição. Aponte abaixo a resposta que apresenta um exemplo de interjeição.

a) Os índios viviam aqui.b) aprender, mandar, permanecer, estarc) Nossa! Quantos órfãos chegaram?d) As provas exigiram bastante.e) Ninguém passa impune pela leitura de um livro!

09. (UFPA) Em quais frases o uso da interjeição é correto?

a) Tudo bom com ele!b) Quantos livros você tem!c) Quais os livros de que você mais gosta!d) Mãe! Onde está meu pão!e) O que você espera de mim!

10. (FAAP) Observe:

O quadrinho que apresenta uma interjeição é:

a) o primeiro;b) o segundo;c) o terceiro;d) em nenhum há interjeição;e) há interjeição em todos eles.

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Terceiro momento: explorando o texto!

01-D / 02-E / 03-C / 04-B / 05-A / 06-E / 07-B / 08-C / 09-C / 10-D

Quarto momento: questões de provas!

01-B / 02-B / 03-E / 04-E / 05-A / 06-C / 07-D / 08-C / 09-B / 10-B

GABARITO

5º Degrau / Morfologia / Classificação dos vocábulos / Interjeição / Gabarito

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ÚLTIMAS PALAVRAS

Vistas e exercitadas a estrutura e a formação das palavras, era chegada a hora de, com os vocábulos já formados, classificá-los, isto é, avançar nos estudos e, avançando, trinchar o último conteúdo morfológico, a classificação das palavras.

Avançamos e, com esse avanço, acabamos vendo o conteúdo mais relevante no estudo do idio-ma pátrio. Sim, minha longa experiência de sala de aula desautoriza-me qualquer dúvida: enquanto não se revirem as classes gramaticais, abolindo as listas exemplificativas, substituindo-as pela refle-xão consciente, não se obterão resultados sintáticos sequer razoáveis.

Ora, enquanto se ensinar que cantar é verbo, que bonito é adjetivo, que dez é numeral, e assim por diante, será inútil aspirar a uma compreensão mínima dos conteúdos sintáticos.

Ao contrário, quando tivermos consciência, por exemplo, de que qualquer vocábulo poderá ser adjetivo, uma vez cumprindo seu quase sagrado papel de modificador de um substantivo, teremos condições de, mais adiante, entender o adjunto adnominal, o predicativo, as orações subordinadas adjetivas e a concordância nominal. Antes disso, nada!

Também exemplificativamente, será totalmente inútil tentar aprender adjunto adverbial, ora-ções subordinadas adverbiais, colocação pronominal, orações reduzidas e pontuação sem, antes, ter segurança na identificação dos advérbios.

Ante tal realidade, precisamos redar um aviso: acaso não tenha ficado tudo muito claro, reveja os últimos vídeos, refaça todas as atividades da apostila, reestude o assunto. O tempo de decorar assuntos gramaticais, sem ligar uns aos outros, acabou.

Muita persistência, muito estudo. Afinal, a sintaxe vem aí e “tudo vale a pena, quando a alma não é pequena”!

Prof. Ironi Andrade

5º Degrau / Morfologia

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1

Sintaxe

S

Módulo 3

Método do Português LógicoSINTAXE

Prof. Ironi Andrade

S

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INÍCIO DE CONVERSA

Meu parceiro de Escada, creia: é um momento grandioso o atual!

Após trincharmos cinco dos nove degraus de nossa maravilhosa Escada do Português Lógico – fonemas, letras, sílabas, vocábulos e frases –, deixando para trás duas das três partes que compõem a gramática – fonética e morfologia –, chegamos ao grande momento de nosso longo, mas produtivo, percurso: pisando, agora, o sexto degrau, inauguramos a sintaxe, o grande objetivo de todos aqueles que se dedicam ao estudo e à compreensão do idioma!

A propósito, você mesmo, sempre que enfrentou desafios relativamente à compreensão da Língua Portuguesa, enfrentou-os no campo de estudos que ora se inicia. O que você não sabia (e poucos sabem!) é que, sem domínio dos campos fonético e morfológico, nada da estrutura sintática se pode compreender.

A partir daqui, por exemplo, veremos a importância de conhecer os fonemas (primeiro degrau) para o correto emprego dos oblíquos o, a, os, as, na complementação regencial nasalizada dos verbos transitivos diretos: no, na, nos, nas.

De igual sorte, a partir daqui será possível compreender a concordância verbal e saber o porquê de, em alguns casos, termos de usar tem, vem, contém, detém, provém e retém e, noutros, aplicando a acentuação gráfica (quarto degrau), sermos obrigados a empregar têm, vêm, contêm, detêm, provêm e retêm.

Ainda, e somente agora, entenderemos, de fato, a análise sintática interna, lembrando que os determinantes do substantivo, tal qual seu modificador, estando junto (no mesmo sintagma), funcionarão sempre como adjuntos adnominais. Compreenderemos, a partir daqui, também, e com conhecimento de causa, os adjuntos adverbiais e todas as orações subordinadas adverbiais (advérbios e locuções adverbiais da morfologia). Identificaremos, com extrema facilidade, o predicativo (adjetivo em sintagma diferente daquele em que se situa o substantivo).

Além disso tudo, não teremos mais dificuldades no domínio da concordância nominal (classes variáveis e classes invariáveis) e na temida colocação pronominal: a próclise, a mesóclise e a ênclise dependem da competência no emprego das classes gramaticais e de algumas das funções sintáticas.

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Além disso tudo, não teremos mais dificuldades no domínio da concordância nominal (classes variáveis e classes invariáveis) e na temida colocação pronominal: a próclise, a mesóclise e a ênclise dependem da competência no emprego das classes gramaticais e de algumas das funções sintáticas.

Enfim, ficaríamos aqui, indefinidamente, demonstrando as aplicações de tudo quanto, em tese, já ficou para trás e provando que, sem aquilo, continuaríamos não entendendo a parte mais significativa do idioma. Haveremos de lembrar, pois, que a queima dos “arquivos mortos”, que continuarão sempre vivos, significará sepultar as possibilidades concretas de se desvendarem infinitos mistérios.

Assim, vibremos, parceiro de Escada: lançadas as sementes (na fonética e na morfologia), chegou a hora de uma bela e farta colheita. E ela será tão abundante quanto nossa porção de esforço (persistindo na escalada), nossa dose de humildade (voltando, seguida e reiteradamente, àquilo que já foi visto) e nossa vontade de vencer (fazendo de cada obstáculo um novo ponto de apoio para enxergar ainda mais longe).

Bom proveito!

Prof. Ironi Andrade

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SINTAXE

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5

Sintaxe

S

O termo sintaxe advém do Latim sintaxis e significa coordenar. Trata-se, pois, da parte da gramática que determina as normas de como unir, coordenando, as palavras (classes!) para a formação de orações, períodos, parágrafos e textos (6º, 7º, 8º e 9º degraus da Escada do Português Lógico!).

Ora, fica muito claro, então, que o conteúdo que se seguirá terá sua compreensão facilitada na medida em que houver a necessária competência para aplicar as classes gramaticais, isto é, as palavras já contextualizadas nas frases.

Proporcionalmente à capacidade de contextualizar essas palavras (classes), então, será nossa compreensão, numa sequência continuadamente lógica, destes assuntos: regência verbal, regência nominal, crase, análise sintática interna, concordância verbal, concordância nominal, vozes verbais, colocação pronominal, análise sintática externa e pontuação:

Proporcionalmente à capacidade de contextualizar essas palavras (classes), então, será nossa compreensão, numa sequência continuadamente lógica, destes assuntos:

SINTAXE

Regência verbal ........................................................................................................................................................................ 6

Regência nominal .................................................................................................................................................................. 46

Crase ........................................................................................................................................................................................ 64

Análise sintática interna ........................................................................................................................................................ 92

Concordância verbal ........................................................................................................................................................... 143

Concordância nominal ........................................................................................................................................................ 185

Vozes verbais ....................................................................................................................................................................... 212

Colocação pronominal ........................................................................................................................................................ 236

Pontuação ............................................................................................................................................................................. 255

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REGÊNCIA VERBAL

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7

Sintaxe

S

No campo da sinonímia contextualizada, isto é, a partir do uso concreto e respectivo significado de determinado vocábulo, regência significa exigência.

Partindo desse princípio, veremos, a partir daqui, sem listas, pois há que se observar caso a caso, as exigências do verbo: ele exige ou não exige complemento; no caso de o exigir, exige-o com ou sem preposição; e, sobretudo, no caso de o exigir com preposição, qual a preposição exigida?

Observe: precisar de, confiar em, obedecer a, lutar por, lutar contra, lutar com, morar em, e assim por diante. E é o emprego correto da regência que determina a maior ou a menor correção da fala e da escrita.

01. Classificação

Quanto à regência, os verbos poderão ser de três espécies:

1.1. Intransitivos: aqueles que tendo, como norma geral, significação completa, não exigem nenhum complemento.

Exemplos:

• O idoso adormeceu.• O jovem desmaiou no caminho de casa.• O menino desanimou durante o percurso.

• Observe-se que, no segundo e no terceiro exemplos, nós não temos complementos, pois “no caminho de casa” e “durante o percurso” não são obrigatórios e, por isso, figuram como simples modificadores verbais: locuções adverbiais (na classe: análise morfológica) e adjuntos adverbiais (na função: análise sintática).

1.2. Transitivos: aqueles que, não tendo significação completa, exigem um complemento (substantivo, locução substantivada ou pronome).

Exemplos:

• O idoso vendeu um automóvel.• O jovem sempre gostou de bicicletas.• O menino ofereceu-me seu lugar.

REGÊNCIA VERBAL

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8

Sintaxe

S• Observe-se que, em todos os exemplos, temos complementos, pois “automóvel”, “bicicletas”, “me” e “lugar” são de uso

obrigatório e, por isso mesmo, figuram como complementos verbais: substantivos (na classe: análise morfológica) e objetos (na função: análise sintática).

Os verbos transitivos, por sua vez, subdividem-se em:

1.2.1. Diretos: aqueles que, de significação incompleta, exigem complemento, normalmente sem preposição.

Exemplos:• O menino escreve belos textos.• O jovem vendeu um cavalo velho.• O idoso desocupará sua casa.

• Observe-se que, em todos os exemplos, temos complementos, pois “textos” (que são escritos), “cavalo” (que foi vendido) e “casa” (que será desocupada) são de presença obrigatória e, por isso mesmo, figuram como complementos verbais não preposicionados: substantivos (na classe: análise morfológica) e objetos diretos (na função: análise sintática).

1.2.2. Indiretos: aqueles que, não tendo significação completa, exigem um complemento sempre antecedido de preposição. Exemplos:• O menino gosta de livros.• O jovem confia em amigos.• O idoso obedece aos regulamentos.

• Observe-se que, em todos os exemplos, temos complementos, pois “livros” (de que o menino gosta), “amigos” (em quem o jovem confia) e “regulamentos” (a que o idoso obedece) são de presença obrigatória e, por isso mesmo, figuram como complementos verbais preposicionados: substantivos (na classe: análise morfológica) e objetos diretos (na função: análise sintática).

1.2.3. Diretos e indiretos: aqueles que, não tendo significação completa, exigem dois complementos, um sem preposição e outro sempre antecedido dela. Exemplos:• O menino oferece livros a seus colegas.• O jovem dá presentes a seus amigos.• O idoso emprestou seus livros a um amigo.

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Sintaxe

S• Observe-se que, em todos os exemplos, temos complementos, pois “livros” (que o menino oferece), “colegas” (a

quem ele os oferece), “presentes” (que o jovem dá), “amigos” (a quem ele os dá), “livros” (que o idoso emprestou) e “amigo” (a quem ele os emprestou) são de presença obrigatória e, por isso mesmo, figuram como complementos verbais: substantivos (na classe: análise morfológica) e objetos, diretos ou indiretos, (na função: análise sintática).

1.3. De ligação: aqueles que, desprovidos de significado, exercem uma função: ligar um predicativo ao sujeito da oração.

Exemplos:• O menino está feliz.• O jovem parecia alegre.• O idoso andava realizado com a visita dos filhos.Observe-se que: a) em todos os exemplos, ignorados os nomes “feliz”, “alegre” e “realizado” (adjetivos), as frases perdem o sentido;b) os verbos “está” (de estar), “parecia” (de parecer) e “andava” (de andar) – diferentemente dos intransitivos e dos

transitivos – são despidos de significado;c) sem significado, eles apenas cumprem uma função: ligar predicativos (adjetivos “feliz”, “alegre” e “realizado”) a

seus respectivos sujeitos (“menino”, “jovem” e “idoso”).

Conclusão: preenchidos os dois requisitos (não ter significado e ligar predicativo ao sujeito), “estar”, “parecer” e “andar”, nesses casos, são de ligação.

Mas:• O aluno está na escola.• O aluno ficou na cantina da escola.• O aluno anda rapidamente.

Nesses casos, haja vista não preencherem o requisito de ligar predicativo ao sujeito, os verbos “estar”, “ficar” e “andar”, em vez de serem de ligação, figuram como autênticos verbos intransitivos.

02. Identificação prática da regência:

Para identificar a regência dos verbos, em vez das tradicionais (e enganosas!) perguntazinhas “O quê?”, “A quê?”, “Quem?”, “A quem?”, De quê?”, “De quem?”, deve-se partir de um raciocínio lógico. Veja as observações que se seguem:

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10

Sintaxe

S1ª) sempre que, aplicado o raciocínio “Quem_______, ________”, o resultado for “alguma coisa” ou “alguém” (e somente nesses

casos!), os verbos que preencherão essas lacunas serão transitivos diretos;

Exemplos:• Comprei um cavalo (Quem compra, compra alguma coisa).• Abracei meu filho (Quem abraça, abraça alguém).• Cumprimentei o padeiro (Quem cumprimenta, cumprimenta alguém).• O pai constrói casas (Quem constrói, constrói alguma coisa).

2ª) sempre que, aplicado o raciocínio “Quem_______, ________”, o resultado for “preposição, mais alguma coisa” ou “preposição, mais alguém” (e somente nesses casos!), os verbos que preencherão essas lacunas serão transitivos indiretos;

Exemplos:• Gosto de frutas (Quem gosta, gosta de alguma coisa).• Obedeço ao diretor (Quem obedece, obedece a alguém).• Preciso de livros (Quem precisa, precisa de alguma coisa).• O menino conversava com os colegas (Quem conversa, conversa com alguém).

3ª) sempre que, aplicado o raciocínio “Quem_______, ________”, o resultado forem dois complementos, um “sem preposição, mais alguma coisa ou alguém” e outro “com preposição, mais alguma coisa ou alguém”, e vice-versa, (e somente nesses casos!), os verbos que preencherão essas lacunas serão transitivos diretos e indiretos; e

Exemplos:• Ofereci comida aos famintos (Quem oferece, oferece alguma coisa a alguém).• Avisei os alunos de que haveria aula (Quem avisa, avisa alguém de alguma coisa).• O professor devolveu o livro do aluno (Quem devolve, devolve alguma coisa de alguém).• O vereador doava seu salário aos pobres (Quem doa, doa alguma coisa a alguém).

4ª) sempre que, aplicado o raciocínio “Quem_______, ________”, o resultado não for “alguma coisa ou alguém”, os verbos que preencherão essas lacunas não serão transitivos, isto é, só poderão ser intransitivos (tendo sentido) ou de ligação.

Exemplos:• O menino adormeceu na sala de aula (Quem adormece, adormece em algum lugar). O verbo adormecer, nesse caso, tem sentido e não liga predicativo: intransitivo.• O menino parecia feliz (quem parece, parece). O verbo parecer, nesse caso, não tem sentido por si só e liga um predicativo (feliz): de ligação.

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S• Resido em Passo Fundo (Quem reside, reside em algum lugar). O verbo residir, nesse caso, tem sentido e não liga predicativo: intransitivo.• O menino está triste (Quem está, está). O verbo estar, nesse caso, não tem sentido por si só e liga predicativo: de ligação.• O menino está na beira do rio (Quem está, está em algum lugar). O verbo estar, nesse caso, não liga predicativo e o raciocínio não fechou em “alguma coisa ou alguém”: intransitivo.• O menino adormeceu feliz (Quem adormece, adormece). O verbo adormecer, nesse caso, intermedeia o sujeito e o predicativo, mas tem sentido: intransitivo.

Para resolver o exercício que se segue, use esta legenda:

EXERCÍCIO 01:

a) para verbos intransitivosb) para verbos transitivos diretosc) para verbos transitivos indiretosd) para verbos transitivos diretos e indiretose) para verbos de ligação

01. ( ) O aluno anda triste.02. ( ) O aluno anda rapidamente.03. ( ) O aluno entendeu a lição.04. ( ) O aluno entendeu o professor.05. ( ) O dia está lindo.06. ( ) O professor comprou um carro.07. ( ) A aluna confia em Deus.08. ( ) O diretor atendeu ao aluno.09. ( ) O aluno estima o colega.10. ( ) O pai cumprimentou o filho.

11. ( ) O professor abraçou o aluno.12. ( ) No pátio da escola, o aluno estava feliz.13. ( ) O aluno estava no pátio da escola.14. ( ) O aluno sempre confiou segredos.15. ( ) O aluno sempre confiou em amigos.16. ( ) O aluno confiou seus segredos aos melhores amigos.17. ( ) Profissionalmente, o professor escreve.18. ( ) O professor escreve crônicas.19. ( ) O professor escreve a seus leitores.20. ( ) O professor escreve crônicas a seus leitores.21. ( ) O aluno sempre precisou de objetivos.22. ( ) O aluno sempre precisou seus objetivos.23. ( ) Deus perdoa nossos pecados.24. ( ) Deus perdoa aos pecadores.25. ( ) Deus perdoa os pecados aos pecadores.

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S03. Substituição de complementos verbais:

Sempre que os complementos verbais, conforme sejam eles diretos ou indiretos, por algum motivo (elegância, repetições, sonoridade...), tiverem de ser substituídos, haver-se-á de observar os princípios que se seguem.

O objeto direto será substituído por o, a, os, as.

Exemplos:• Comprei um automóvel. Comprei-o.• Aluguei uma casa. Aluguei-a.• Adquiri dois cavalos. Adquiri-os.• Vendi algumas casas. Vendi-as.

Observações:

1ª) após verbos acabados em r, s ou z, essas letras desaparecem e o, a, os, as transformam-se em lo, la, los, las;

Exemplos:• Quero comprar um carro. Quero comprá-lo.• Queremos um presente. Queremo-lo.• Fiz o tema ontem à noite. Fi-lo ontem à noite.

2ª) após verbos de terminação nasal, o, a, os, as transformam-se em no, na, nos, nas;

Exemplos:• Põe o carro na garagem. Põe-no na garagem.• Compraram um jegue. Compraram-no.

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Sintaxe

S3ª) na substituição dos complementos direto e indireto, ao mesmo tempo, o, a, os, as transformam-se em lho, lha,

lhos, lhas;

Exemplos:• Dei um lápis ao aluno. Dei-lho.• Entregamos os presentes aos idosos. Entregamos-lhos.

4ª) os pronomes pessoais oblíquos me, te, se, nos e vos ora substituem complementos verbais diretos, ora indiretos; e

Exemplos:• Ele me esperou durante dois anos (Quem espera, espera alguém / VTD: o me é objeto direto).• Ele me obedece (Quem obedece, obedece a alguém / VTI: o me é objeto indireto).• Todos te estimam (Quem estima, estima alguém / VTD: o te é objeto direto).• Todos te desobedecem (Quem desobedece, desobedece a alguém / VTI: o te é objeto indireto).

5ª) os verbos terminados em -mos e seguidos de nos ou vos perdem o s final.

Exemplos:• Vimo-nos imediatamente no estádio.• Esperamo-vos em nossa festa.• Perdoamo-nos mutuamente.

Substitua a expressão grifada pelo respectivo pronome:

01. Obedeço ao pai. – ________________________________________________________________________________

02. Comprei um lápis. – _______________________________________________________________________________

03. Compramos um lápis. – ___________________________________________________________________________

04. Dão vários lápis aos alunos pobres. – ______________________________________________________________

05. Ofereci um picolé ao aluno. – _____________________________________________________________________

EXERCÍCIO 02:

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Sintaxe

S06. Oferecemos um picolé ao aluno. – _________________________________________________________________

07. Ofereceram um picolé ao aluno. – _________________________________________________________________

08. Ofereci um picolé ao aluno. – _____________________________________________________________________

09. Oferecemos um picolé ao aluno. – _________________________________________________________________

10. Ofereceram um picolé ao aluno. – _________________________________________________________________

11. Ofereci um picolé ao aluno. – _____________________________________________________________________

12. Deram flores à noiva. – ___________________________________________________________________________

13. Deram flores à noiva. – ___________________________________________________________________________

14. Deram flores à noiva. – ___________________________________________________________________________

15. Fiz ótimos trabalhos. – ___________________________________________________________________________

16. Fizemos ótimos trabalhos. – ______________________________________________________________________

17. Fizeram ótimos trabalhos. – ______________________________________________________________________

18. Faço ótimos trabalhos sempre. – __________________________________________________________________

19. Dei conselhos ao aluno. – ________________________________________________________________________

20. Dei conselhos ao aluno. – _________________________________________________________________________

04. Deslocamento das preposições no emprego dos pronomes relativos:

Como se sabe, verbos e nomes, por vezes, regem (exigem) preposições após eles.

Exemplos:

• O menino gosta de frutas.• O jovem confia em amigos.• O rapaz luta por um futuro digno.• O idoso luta contra as doenças.• O campeão lutou com o desafiante.• A necessidade de amigos asfixia as pessoas.• A confiança em Deus anima os cristãos.

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Sintaxe

SQuando períodos simples transformam-se em compostos e, para ligar suas orações, são usados pronomes

relativos (que, quem, cujo, onde, o qual), as preposições continuam sendo exigidas por verbos ou nomes, porém, no seu emprego, ocorrem deslocamentos.

Exemplos:

• As frutas são silvestres.• Eu gosto de frutas. ►As frutas de que eu gosto são silvestres.• Os amigos são sinceros.• Eu confio em amigos. ►Os amigos em quem eu confio são sinceros.• Os livros contam histórias interessantes.• Eu confio em livros. ►Os livros em que eu confio contam histórias interessantes.• O livro era ótimo.• Ele comprou o livro. ►O livro que ele comprou (VTD: sem preposição) era ótimo.

Sublinhe a forma entre parênteses que preenche corretamente as lacunas:

01. O livro _________________________preciso é este (que, em que, de que, a que, pelo que).02. O aluno _______________________confio é este (que, em que, de que, com que).03. O aluno _______________________emprestei o livro era estudioso (que, a que, de que, com que).04. O aluno _______________________emprestei o livro era estudioso (quem, a quem, de quem, com quem).05. A casa _________________________me criei não existe mais (onde, aonde, donde, por onde, para onde).06. A praia ________________________regressamos é belíssima (onde, de onde, por onde).07. O aluno _______________________me refiro é este (o qual, do qual, ao qual, pelo qual).08. A aluna ________________________me refiro é esta (a qual, à qual, da qual, na qual).09. A aluna ________________________encontrei no caminho é inteligente (qual, a qual, à qual, pela qual).

EXERCÍCIO 03:

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Sintaxe

S10. O aluno _______________________resposta eu confio é este (cuja, de cuja, em cuja, em cuja a).11. A cidade _______________________bairro eu moro é grande (cujo, por cujo, em cujo, em cujo o).12. A doença ______________________sintoma luto é grave (cujo, contra cujo, contra cuja, contra cujo o).13. A profissão ____________________ideais luto é nobre (por cuja, por cuja a, por cujos, por cujos os).14. O curso _______________________aluna ensinei é ótimo (cuja, cuja a, a cuja, a cuja a).15. A escola _______________________diretor obedeço é ótima (cuja, à cuja, cujo, ao cujo, a cujo).16. O colégio ______________________diretora obedeço é ótimo (cujo, ao cujo, a cujo, à cuja, a cuja).17. Este é um texto _______________ ajuda eu não o teria escrito (cujo, sem cujo, por cujo, sem cuja).18. Esta é uma turma _____________ direitos dos alunos eu luto (cuja, por cuja, por cujos, cujos os).19. Este é o banco ________________ gerência eu busco (cujo, cuja, cujo o, cuja a, a cuja, de cuja a).20. Esta tarefa ____________________ resultados luto é nobre (contra cuja, contra cujo, por cuja, por cujos).21. A diretora ____________________ sempre obedeci era bondosa (que, a qual, de que, à qual, por qual).22. A briga _______________________ me impus foi séria (contra a qual, contra cuja, contra à qual).23. A escola ______________________ diretora obedeço é grande (a cuja, cuja a, à cuja, a cuja a, à cuja a). 24. O livro ________________________ mais admirei fora bem escrito (que, a que, de que, por que).25. O diretor _____________________ mais gostei era honestíssimo (que, quem, qual, do qual, a que).

05. Casos especiais de regência

Dentre milhares de verbos cuja identificação da regência segue princípios comuns (casos já vistos), existem cerca de duas dezenas que exigem tratamento especial. Isso ocorre devido ao fato de, dependendo de algumas circunstâncias, ocorrer mudanças bruscas de transitividade.

Quando se diz, por exemplo, “O idoso adoeceu”, basta aplicar o raciocínio “Quem adoece, adoece”, e já se saberá que se trata de um verbo intransitivo.

De igual sorte, quando se diz “Comprei um computador”, basta aplicar o raciocínio “Quem compra, compra alguma coisa” e, pela conclusão “alguma coisa”, já se sabe que se trata de um verbo transitivo direto. Ou, então, “Eu gosto de meus alunos”, aplicando-se o raciocínio “Quem gosta, gosta de alguém”, já se conclui que o verbo é transitivo indireto.

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Sintaxe

S Todavia, nem todos os verbos se comportam assim. Alguns (poucos) exigem que, em vez de simplesmente

aplicar o raciocínio, se faça uma pergunta: qual o sentido desse verbo no caso concreto?

No rol dessas particularidades, por exemplo, figura o verbo “aspirar” que, a fim de identificar sua real regência, dever-se-á ver se, no caso concreto, ele está sendo empregado no sentido de “almejar, desejar, querer muito” ou no sentido de “inspirar, sorver, pôr para dentro”. No primeiro caso, ele estará sendo empregado como transitivo indireto e regerá a preposição “a” (a, à, ao, aos); no segundo, como transitivo direto e, então, não exigirá preposição;

Exemplos:

• O aluno aspira (almeja, deseja, quer muito) à aprovação.• O aluno aspira (almeja, deseja, quer muito) a oportunidades especiais.• O aluno aspira (almeja, deseja, quer muito) ao cargo de presidente do grêmio estudantil.• O aluno aspira (almeja, deseja, quer muito) aos prêmios dos vencedores.• O aluno aspira (inspira, sorve, põe para dentro) a brisa matinal.• O aluno aspira (inspira, sorve, põe para dentro) o sopro do vento.• O aluno aspira (inspira, sorve, põe para dentro) as fragrâncias das flores.• O aluno aspira (inspira, sorve, põe para dentro) os sopros do vento.

* Nas atividades que se seguem, você terá a oportunidade de exercitar os principais casos especiais de regência.

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Sintaxe

S

Sublinhe a forma entre parênteses que preenche corretamente as lacunas:

Aspirar:

1) significando almejar, desejar, querer muito: transitivo indireto (preposição a); e2) significando inspirar, sorver, pôr para dentro: transitivo direto.

a) Ele aspira __________ sucesso (o, ao).b) Ele aspira __________ pó (o, ao).c) Ele aspira __________ paz (a, à).d) Ele aspira __________ poeira (a, à).e) Ele aspira __________ cargo (um, a um).f) O cargo __________ ele aspira é nobre (que, a que, à que, de que, em que).g) O cheiro __________ ele aspira é nobre (que, a que, à que, de que, com o que).h) A felicidade __________ ele aspira é tudo (que, a que, à que, do que, em que).i) A brisa __________ ele aspira é suave (que, a que, à que, de que, da que).j) O sucesso __________ ele aspira é o máximo (o qual, ao qual, a qual, do qual).k) A felicidade ___________ ele aspira é a realização máxima (a qual, à qual, da qual, na qual).l) O pó __________ ele aspira está poluído (o qual, ao qual, do qual, no qual).m) A poeira __________ ele aspira está malcheirosa (a qual, à qual, da qual, na qual).n) A empresa __________ cargo ele aspira é grande (cuja, a cuja, cujo o, a cujo, ao cujo).o) O estádio __________ poeira ele aspira é um potreiro (cujo, cujo o, cuja, a cuja, cujo a).p) A estrada __________ pó ele aspira é terrível (cuja, cuja a, à cuja, cujo, a cujo, cujo o).q) Aspiro o pó. – Aspiro __________ (o, no, lo, lhe, ele, a ele).r) Aspiramos o pó. – Aspiramos __________ (o, no, lo, lhe, ele, a ele).s) Aspiram o pó. – Aspiram __________ (o, lo, no, lhe, ele, a ele).t) Aspiro ao sucesso. – Aspiro __________ (o, lo, no, lhe, ele, a ele).

EXERCÍCIO 04:

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Sintaxe

SAssistir:

1) significando ver, estar presente, presenciar: transitivo indireto (preposição a);2) significando socorrer, ajudar, prestar assistência: transitivo direto;3) significando morar, residir, habitar: intransitivo (adjunto adverbial com a preposição em); e4) significando caber, pertencer, ter direito: transitivo indireto pronominal (pronome lhe).

a) Assisti __________ jogo (o, ao).b) Assisti __________ aula (a, à).c) Assisti __________ palestra (a, à).d) Assisti __________ enfermo (o, ao).e) Assisti __________ enferma (a, à).f) Assisti __________ peça de teatro (uma, a uma).g) Assisto __________ Brasília (o, ao, em, de, para).h) Parabéns, amigo, este é um crédito que __________ assiste (lho, lo, o, lhe).i) Este direito não __________ assiste (o, lo, lhe, lho).j) O jogo __________ assisti foi ótimo (que, a que, de que, ao que, à que).k) A palestra __________ assisti foi ótima (que, a que, à que, ao que).l) O doente __________ assisti melhorou (que, a que, de que, em que, com que).m) A doente __________ assisti melhorou (que, a que, à que, de que, em que).n) A cidade __________ assisto é bela (que, em que, de que, com que, por que).o) O teatro __________ assisti foi ótimo (qual, o qual, ao qual, à qual).p) A peça __________ assisti foi ótima (qual, a qual, à qual, na qual, pela qual).q) O filme __________ estreia assisti foi ótima (cujo, a cujo, ao cujo, cuja, a cuja, à cuja a, à cuja).r) A cidade __________ assisto é bela (qual, a qual, na qual, da qual, pela qual).s) O filme __________ estreia assisti foi ótimo (cujo, cuja, a cujo, a cuja, a cuja a, à cuja).t) O país __________ região assistimos é maravilhoso (cujo, em cujo, cuja, a cuja, em cuja). u) A cidade __________ bairro assisto é bela (cujo, de cujo, no cujo, em cujo, em cujo o).v) Assisti o aluno. – Assisti __________ (o, lhe, no, lo, a ele).w) Assistimos o aluno. – Assistimos __________ (o, lhe, no, lo, a ele).x) Assistiram o aluno. – Assistiram __________ (o, lhe, no, lo, a ele).y) Assisti ao jogo. – Assisti __________ (o, lhe, no, lo, a ele).

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Sintaxe

SVisar:

1) significando almejar, desejar, querer muito: transitivo indireto (preposição a);2) significando examinar, conferir, dar visto: transitivo direto; e3) significando mirar, apontar, fazer pontaria: transitivo direto.

a) Viso __________ sucesso profissional (o, ao).b) Viso __________ chefia da empresa (a, à).c) Viso __________ passaporte do turista (o, ao).d) Viso __________ papelada da empresa (a, à).e) Viso __________ alvo para o tiro (o, ao).f) Viso __________ testa do veado para o disparo (a, à).g) O objetivo __________ viso é nobre (que, a que, à que, de que, com que).h) A gerência __________ viso é tentadora (que, a que, à que, de que, com que).i) A porta __________ viso para o tiro está distante (que, à que, a que, em que). j) O sucesso __________ viso está próximo (qual, o qual, ao qual, do qual, ao que).k) A aspiração __________ viso é nobre (a qual, à qual, da qual, na qual).l) O animal __________ viso para o tiro está distante (qual, o qual, ao qual, no qual).m) A fera __________ viso para o tiro está distante (qual, a qual, à qual, na qual).n) O cheque __________ visei estava rasurado (que, a que, de que, com que, ao que).o) A duplicata __________ visei fora rasurada (que, a que, à que, de que, com que).p) O passaporte __________ visei era falso (o qual, ao qual, do qual, no qual).q) A empresa __________ cargo viso é grande (cuja, a cuja, à cuja, cujo, a cujo, ao cujo).r) A empresa __________ gerência viso é grande (cuja, cuja a, a cuja, à cuja).s) O cliente __________ cheque visei era nobre (cujo, cujo o, a cujo, de cujo, a cujo o).t) Visei o cheque. – Visei __________ (o, no, lo, lhe, a ele).u) Visamos o cheque. – Visamos __________ (o, no, lo, lhe, a ele).v) Visaram o cheque. – Visaram __________ (o, no, lo, lhe, a ele).w) Viso ao cargo. – Viso __________ (o, no, lo, lhe, a ele).

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Sintaxe

SPreferir:

No emprego deste verbo, não se podem usar expressões como as que se seguem:a) prefiro mais isto do que aquilo;b) prefiro mais isto que aquilo;c) prefiro antes isto do que aquilo;d) prefiro antes isto que aquilo...

Seu emprego deve seguir esta construção: prefiro isto a aquilo; isto é, há que se preferir sempre uma coisa a outra coisa!

Observe:

a) Prefiro antes vinho do que cerveja (errado).• Prefiro vinho a cerveja (certo).

b) Prefiro mais cinema do que teatro (errado).• Prefiro cinema a teatro (certo).

c) Prefiro trabalhar do que estudar (errado).• Prefiro trabalhar a estudar (certo).

d) Prefiro antes feijão que arroz (errado).• Prefiro feijão a arroz (certo).

e) Prefiro mais o vinho do que a cerveja (errado).• Prefiro o vinho à cerveja (certo).

f) Prefiro mais vinho que a cerveja (errado).• Prefiro vinho a cerveja (certo).

g) Prefiro o vinho a cerveja (errado).• Prefiro o vinho à cerveja (certo).

h) Prefiro vinho à cerveja (errado).• Prefiro vinho a cerveja (certo).

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Sintaxe

SProceder:

1) significando realizar, fazer, dar prosseguimento: transitivo indireto (preposição a); e2) significando ter origem, provir: intransitivo (adjunto adverbial com preposição de).

a) Procederemos __________ inquérito (um, a um). b) Procederemos __________ levantamento dos fatos (o, ao). c) Procederemos __________ investigação de praxe (uma, a uma). d) A polícia procedeu __________ necessária investigação (a, uma, à uma, à).e) O aluno mais aplicado da classe procedia __________ interior (o, de, do). f) O inquérito ___________ se procedeu foi rigoroso (que, a que, de que).g) A cidade __________ procedo é bela (que, a que, de que).h) Procedo __________ município de Arvorezinha (ao, no, de, do). i) A escola __________ procediam aqueles alunos era paupérrima (que, de que, a que). j) O levantamento __________ procedi foi longo (o qual, ao qual, do qual, no qual).k) A pesquisa __________ procedi foi intensa (a qual, à qual, na qual, da qual).l) O colégio __________ ele procedia era respeitável (no qual, ao qual, do qual, qual).m) A ilha __________ procedo é encantadora (a qual, da qual, na qual, à qual).n) O processo __________ inquérito se procedeu foi exaustivo (cujo, a cujo, ao cujo, à cujo).o) A cidade __________ bairro procedo é bela (cujo, de cujo, em cujo, a cujo).

Implicar:

1) significando implicar, ter implicância: transitivo indireto (preposição com); 2) significando envolver, propiciar envolvimento: transitivo direto e indireto (preposição em); e3) significando acarretar, trazer como consequência: transitivo direto.

a) O aluno implicou seu colega __________ briga (a, à, na).b) Amor implica __________ (renúncia, em renúncia, por renúncia). c) O pai implica __________ (o filho, em o filho, com o filho).d) O filho implicou o pai __________ (com um processo, em um processo).

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Sintaxe

Se) Isso implica __________ (mudar tudo, em mudar tudo).f) Estudo implica __________ (cansaço, em cansaço, com cansaço).g) Inflação implica __________ (perdas salariais, em perdas salariais).h) O aluno __________ implico é este (que, em que, com que, de que).i) O caso __________ me implicaram é sério (que, em que, com que, de que).j) A venda __________ negócio me implicaram foi má (cujo, em cujo, com cujo).k) O cansaço __________ estudar implica é enorme (que, em que, de que, a que).l) A briga __________ discussão me implicaram foi feia (cuja, em cuja, à cuja).

Lembrar:

1) pronominal com verbo e pronome na mesma pessoa: transitivo indireto (preposição de);2) complementado por verbo no infinitivo: transitivo indireto (preposição de); 3) pronominal com verbo e pronome de pessoas diferentes: transitivo direto;4) emprego sem pronome: transitivo direto;5) significando informar, advertir: transitivo direto e indireto pronominal (preposição de); e6) significando não lembrar coisas desagradáveis: intransitivo.

a) Lembro-me __________ fato curioso (um, de um). b) Lembra-me __________ fato curioso (um, de um). c) Lembrei __________ fato (um, de um). d) Lembrar-me-ei __________ caso para sempre (o, do, no).e) Lembrar-te-ei __________ caso para sempre (o, do, no).f) O menino não lembrou __________ a prova (entregar, de entregar).g) O fato __________ não me lembro foi terrível (que, de que, em que).h) O fato __________ não me lembraste foi terrível (que, de que, em que).i) O fato __________ ainda lembro foi terrível (que, de que, em que, com que).j) O fato __________ detalhe lembro ocorreu há tempos (cujo, de cujo, em cujo).k) O fato __________ detalhe não me lembraste é este (cujo, de cujo, em cujo).l) O fato __________ detalhe não te lembras é este (cujo, de cujo o, de cujo).

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Sintaxe

Sm) Ele não lembra __________ dito aquilo (ter, de ter, em ter, por ter).n) Ele não lembrou __________ à festa (que tinha de ir, de que tinha de ir).o) Lembrei-a __________ deveria fazer a prova (que, de que, a que).p) Lembrei-lhe __________ deveria fazer a prova (que, de que, a que).

* Os verbos esquecer, recordar e admirar seguem a regência de lembrar.

Morar:

O verbo morar, tal quais seus seguidores (residir, situar-se, habitar), acrescidos dos nomes deles derivados (mo-rador, residente, situado, habitante, habitado, habitando), exige sempre a preposição em (no, na, nos, nas), jamais a (a, as, à, às, ao, aos)!

a) Moro __________ Rua Sete de Setembro (a, à, em, na). b) Pedro da Silva, morador __________ Avenida Brasil, desapareceu (à, a, na).c) O Curso de Português situa-se __________ Rua Bento Gonçalves (à, a, na).d) A cidade __________ rua moro é grande (cuja, a cuja, em cuja).e) O município __________ moro é próspero (que, em que, a que).f) O aluno, residente __________ Rua Esperança, é estudioso (à, a, na).g) A cidade __________ moro é grande (a qual, na qual, da qual).h) A cidade __________ moro é grande (que, em que, de que, pelo que).i) Meu Curso, situado __________ Rua Bento Gonçalves, está movimentado (à, a, na).j) O menino habita __________ Avenida Brasil (à, a, na).k) O bairro __________ se situa meu Curso é enorme (qual, no qual, ao qual).l) A cidade __________ residimos é encantadora (à qual, a qual, na qual).m) O escritório, sito __________ Rua XV, é ótimo (à, a, na).

Constar:

1) significando ser composto, ser constituído: transitivo indireto (preposição de); e2) significando estar contido, intransitivo: (adjunto adverbial com a preposição em).

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Sintaxe

Sa) Meu nome consta __________ lista de aprovados (da, na).b) Isso não consta __________ programa do concurso (do, no).c) Meu nome nunca constou __________ lista de aprovados (em uma, de uma).d) O programa do concurso consta __________ muitos itens (em, de).e) A lista __________ consta meu nome é extensa (que, de que, em que).f) Os itens __________ consta o programa são muitos (que, em que, de que).g) O rol __________ constou meu nome desapareceu (que, de que, em que).h) O concurso _________ lista consta meu nome foi difícil (cujo, cuja, em cuja, de cujo).i) A lista __________ constou meu nome era extensa (a qual, da qual, na qual).j) O resultado _____ lista constou meu nome foi ótimo (cuja, em cuja, de cuja).

Custar:

1) significando ser difícil, ser custoso, causar incômodos, sacrifício, prejuízos, fica na terceira pessoa do singular, segue-se de verbo no infinitivo, aceita, facultativamente, a preposição a e a concordância é feita pelo pronome oblíquo átono; e

2) significando ter valor: intransitivo.

Observe:

a) Custei (1ª pessoa do singular) entender o recado (errado).• Custou-me (3ª pessoa do singular + pronome) entender o recado (certo). • Custou-me (3ª pessoa do singular + pronome) a entender o recado (certo).

b) Nós custamos (1ª pessoa do plural) acertar o passo (errado).• Custa-nos (3ª pessoa do singular + pronome) acertar o passo (certo).• Custa-nos (3ª pessoa do singular + pronome) a acertar o passo (certo).

c) Custamos encontrar carros baratos (errado).• Custou-nos (3ª pessoa do singular + pronome) encontrar carros baratos (certo).• Custou-nos (3ª pessoa do singular + pronome) a encontrar carros baratos (certo).

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Sintaxe

Sa) __________ a encontrar um amigo (Custei, Custou-me).b) __________ entender o assunto (Custou, Custou-te).c) __________ a vencer o desafio (Custa ele, Custa-lhe).d) __________ sair da dificuldade (Custam, Custa-lhes).e) __________ a vencer o medo (Custamos, Custou-nos).f ) __________ acabar o tema (Custaste, Custou-te). g) __________ ser feliz (Custas, Custa-te).h) __________ ser feliz (Que eu não custe, Que não me custe).

Agradar:

1) significando causar satisfação, ser agradável, gentil: transitivo indireto (preposição a); e2) significando fazer agrados, acariciar, acarinhar: transitivo direto.

a) A secretária agrada __________ chefe (o, ao).b) O chefe agrada __________ secretária (a, à).c) A mãe agrada __________ filho (o, ao).d) O pai agrada _________ filha (a, à).e) Toda secretária agrada __________ chefe (um, a um).f) Precisamos agradar __________ diretora (o, ao, à, a).g) A colega __________ agrado é eficiente (que, a que, de que, à que).h) O chefe __________ agrado é atencioso (que, a que, ao que, à que).i) O filho __________ o pai agrada é educado (que, a que, à que, de que).j) A filha __________ o pai agrada é educada (que, a que, à que, com que).k) O chefe __________ agrado é trabalhador (o qual, ao qual, do qual, pelo qual).l) A atleta __________ agrado é brilhante (a qual, da qual, pela qual, à qual).m) Minha família __________ filhos agrado é grande (cujos, a cujos, cujos os).n) A empresa __________ chefe agrado é grande (cujo, a cujo, de cujo, cujo o).o) A firma __________ chefe preciso agradar é grande (a cujo, de cujo, cujo).p) Agradei meu filho. – Agradei- __________ (o, lhe, a ele).q) Agradamos nosso filho. – Agradamos- __________ (o, lhe, lo, no).

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Sintaxe

Sr) Agradaram o filho. – Agradaram- __________ (o, lhe, lo, no).s) Sei agradar ao chefe. – Sei agradar- __________ (lo, lhe, o).t) Agradamos ao diretor. – Agradamos- ___________ (o, lo, lhe, a ele).

Querer:

1) significando amar, estimar muito, querer bem: transitivo indireto (preposição a); e2) significando desejar, cobiçar, querer ter: transitivo direto.

a) A namorada quer muito __________ namorado (o, ao). b) O namorado quer muito __________ namorada (a, à). c) O menino quer muito __________ lápis (o, ao). d) A menina quer muito __________ caneta (a, à).e) A menina quer __________ caixa de lápis de cor (uma, a uma).f) A mãe quer muito __________ filho (um, a um). g) A banana ___________ quero está madura (que, a que, de que, em que).h) A turma __________ aluna quero é grande (cuja, a cuja, de cuja, em cuja).i) O presente __________ quero é este (o qual, ao qual, do qual, no qual).j) A boneca __________ quero é bela (a qual, à qual, da qual, na qual).k) O chefe __________ quero é inteligente (o qual, ao qual, no qual, do qual).l) A amiga __________ quero é feia (a qual, à qual, na qual, da qual).m) Quero a folha. – Quero- __________ (a, lhe, la, na).n) Queremos um presente. – Queremo- __________ (o, lhe, lo, no).o) Querem à rainha. – Querem- __________ (a, lhe, a ela).p) Queremos ao filho. – Queremos- __________ (o, lhe, a ele).

Simpatizar:

Este verbo, tal qual seu antônimo antipatizar, não aceita a forma pronominal.

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Sintaxe

SObserve:a) Simpatizei-me com ele já no primeiro olhar (errado).

• Simpatizei com ele já no primeiro olhar (certo).b) Antipatizou-se comigo ainda na chegada (errado).

• Antipatizou comigo ainda na chegada (certo).c) Antipatizamo-nos com os adversários (errado).

• Antipatizamos com os adversários (certo).

Regências diferentes, complementos diferentes:

É muito comum, infelizmente, observarmos as pessoas usarem um mesmo complemento para verbos de regências diferentes. Ora, isso, além de feio, é completamente errado.

Observe:

a) Vi e gostei do jogo (errado: ver, transitivo direto; gostar, transitivo indireto). • Vi o jogo e gostei dele (certo).

b) Precisei e comprei o carro (errado: precisar, transitivo indireto; comprar, transitivo direto). • Precisei do carro e comprei-o (certo).

c) Assisti e gostei do jogo (errado: assistir a e gostar de). • Assisti ao jogo e gostei dele (certo).

d) Encontrei, abracei e beijei minha filha (certo: todos os verbos são transitivos diretos).e) Sempre precisei e gostei de meu pais (certo: precisar de e gostar de).

Corrija, pois, à direita, as frases seguintes:

a) Assisti e odiei o jogo. – ______________________________________________________________________________b) Vi e gostei do espetáculo. – __________________________________________________________________________c) Entrei e saí da sala. – ________________________________________________________________________________d) Gosto e compro carros. – ____________________________________________________________________________e) Assisti e admirei o jogo. – ____________________________________________________________________________f) Obedeço e respeito meu pai. - _______________________________________________________________________g) Gosto e aspiro ao cargo. - ___________________________________________________________________________h) Visava, mas odiava o cargo. - _________________________________________________________________________

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Sintaxe

S

01. (UPM - SP) – A regência verbal está errada em: a) Esqueceu-se do endereço.b) Não simpatizei com ele.c) O filme a que assistimos foi ótimo.d) Faltou-me completar aquela página.e) Aspiro um alto cargo político.

02. (FESP) – Observe a regência verbal e assinale a opção falsa:a) Avisaram-no que chegaríamos logo.b) Informei-lhe a nota obtida.c) Os motoristas irresponsáveis, em geral, não obedecem aos sinais de trânsito.d) Há bastante tempo que assistimos em São Paulo. e) Muita gordura não implica saúde.

03. (FGV) – Assinale a alternativa em que a regência verbal está de acordo com a norma culta.a) As crianças, obviamente, preferem mais os doces do que os legumes e verduras.b) Assista uma TV de LCD pelo preço de uma de projeção e leve junto um Home Theater!c) O jóquei Nélson de Sousa foi para Inglaterra visando títulos e euros.d) Construir impérios a partir do nada implica inovação e paixão pelo risco.e) A Caixa Econômica informou os mutuários que não haverá prorrogação de prazos.

04. (ESPM) – Embora de ocorrência frequente no cotidiano, a gramática normativa não aceita o uso do mesmo complemento para verbos com regências diferentes. Esse tipo de transgressão só não ocorre na frase:a) Pode-se concordar ou discordar, até radicalmente, de toda a política externa brasileira (Clóvis Rossi).b) Educador é todo aquele que confere e convive com esses conhecimentos (J. Carlos de Sousa).c) Vi e gostei muito do filme “O Jardineiro Fiel” cujo diretor é um brasileiro.d) A sociedade brasileira quer a paz, anseia por ela e a ela aspira.e) Interessei-me e desinteressei-me pelo assunto quase que simultaneamente.

QUESTÕES DE PROVAS

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Sintaxe

S05. (FEI) – Assinale a alternativa em que haja erro de regência verbal:

a) Deu-lhe um belo presente de aniversário.b) Levei-o ao médico esta manhã.c) Gostamos desse novo filme.d) Fui no cinema ontem.e) O lenço caiu ao chão.

06. (Fiocruz) – Assinale a frase onde a regência do verbo assistir está errada:a) Assistimos um belo espetáculo de dança a semana passada.b) Não assisti à missa.c) Os médicos assistiram os doentes durante a epidemia.d) O técnico assistiu os jogadores.e) Assistirei o jogador depois de assistir ao jogo.

07. (UNIMEP) – Quando implicar tem sentido de “acarretar”, “produzir como consequência”, constrói-se a oração com objeto direto, como se vê em:a) Quando era pequeno, todos sempre implicavam comigo.b) Todos implicam com gremistas.c) Pelo que diz o assessor, isso implica em gastos.d) O atraso no pagamento do carnê implica em juros.e) Uma nova briga implicará situação desconfortável.

08. (ITA) – O programa Mulheres está mudando. Novo cenário, novos apresentadores, muito charme, mais informação, moda, comportamento e prestação de serviços. Assista, amanhã, a revista eletrônica feminina que é a referência do gênero na TV.O verbo “assistir”, empregado em linguagem coloquial, está em desacordo com a norma culta.Erro semelhante ocorreu em:a) Sempre quis assistir a esse programa.b) Gosto desse programa e sempre assisto a ele.c) O programa é ótimo e assistir-lhe é tudo o que quero.d) Ao programa, assisto a ele sempre.e) Assistir à revista eletrônica é tudo de bom.

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Sintaxe

S09. (UFPa) – Assinale a alternativa que contém as respostas certas:

I – Visando os seus próprios interesses, ele, involuntariamente, prejudicou toda sua família. II – Como era orgulhoso, preferiu declarar falida a firma a aceitar qualquer ajuda do sogro. III – Desde criança, sempre aspirava a uma posição de destaque, embora fosse tão humilde. IV – Aspirando o perfume das centenas de flores que enfeitavam a sala, desmaiou.a) II - III – IV;b) I - II – III;c) III - II – IV;d) II – III;e) I – II.

10. (Fuvest) – Assinale a alternativa que preencha corretamente os espaços.Posso informar _________ senhores _________ ninguém, na reunião, ousou aludir _________ tão delicado assunto.a) aos – de que – o;b) aos – de que – ao;c) aos – que – à;d) os – que – à;e) os – de que – a.

11. (PUC) – A frase em que a relação entre os verbos e seu complemento está corretamente expressa é:a) Ontem conhecemos e simpatizamos muito com seu amigo.b) Ela comete e depois se arrepende dos desatinos.c) Aprovo sua proposta, mas não concordo inteiramente.d) Ele não se esqueceu nem perdoou a ofensa.e) Presenciamos e deploramos a reação do atleta.

12. (ITA) – Assinale a alternativa correta:a) Antes prefiro aspirar uma posição honesta que ficar aqui.b) Prefiro aspirar uma posição honesta que ficar aqui.c) Prefiro aspirar a uma posição honesta que ficar aqui.d) Prefiro antes aspirar a uma posição honesta que ficar aqui.e) Prefiro aspirar a uma posição honesta a ficar aqui.

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Sintaxe

S13. (PUC) – O período "Verdade é que se lembrava de que D. Maria podia com muito justa razão..." apresenta re-

gência verbal que obedece ao padrão culto da língua.Escolha, entre as alternativas a seguir, aquela que, também, é aceita pelo padrão culto da língua:a) Verdade é que lembrava de que D. Maria podia com muito justa razão...b) Verdade é que lembrava que D. Maria podia com muito justa razão...c) Verdade é que se lhe lembrava de que D. Maria podia com muito justa razão...d) Verdade é que lhe lembrava de que D. Maria podia com muito justa razão...e) Verdade é que o lembrava que D. Maria podia com muito justa razão...

14. (UFPel) – A frase que não apresenta problema(s) de regência, considerando a língua escrita, é:a) Preferiu sair antes do que ficar até o fim da peça.b) O cargo a que todos visavam já foi preenchido.c) Lembrou de que precisava voltar ao trabalho.d) As informações que dispomos não são suficientes para esclarecer o caso.e) Não tenho dúvidas que ele chegará breve.

15. (UECE) – Não ocorre erro de regência em:a) A equipe aspirava o primeiro lugar.b) Obedeça aos mais experientes.c) Deu a luz a vizinha a três crianças sadias.d) O verdadeiro amor sucede frequentes contatos.e) Preferir mais futebol do que teatro é um equívoco.

16. (UEPG) – A alternativa incorreta de acordo com a gramática da língua culta é:a) Obedeço o regulamento.b) Custa-me crer que eles brigam.c) Aspiro o ar da manhã.d) Prefiro passear a ver televisão.e) O caçador visou o alvo.

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Sintaxe

S17. (UGF) – Assinale a frase em que há erro de regência verbal.

a) O desmatamento implica destruição e fome.b) Chegamos na cidade antes do anoitecer.c) Jonas reside na Rua das Marrecas.d) Avisei-o de que devia partir.e) Os ambientalistas assistiram a uma conferência.

18. (FEI) – Assinalar a alternativa que apresenta incorreção na regência verbal:a) Custou-lhe entender a explicação.b) Toda mudança implica um novo comportamento.c) Os paraquedistas precisaram o lugar da queda.d) As autoridades não perdoaram aos grevistas a sua ousadia.e) Informei-lhe sobre os novos planos da empresa.

19. (Ufac) – Assinale a alternativa correta segundo o padrão culto da Língua Portuguesa, considerando a regência verbal:a) Os brasileiros desobedecem o código de trânsito.b) Crianças corriam e pulavam-se no jardim.c) Ontem assisti a um ótimo filme.d) Os impostos devem ser pagos a Prefeitura.e) Os vencedores se confraternizaram com os organizadores do evento.

20. (FMU) – Assinale a única alternativa incorreta quanto à regência do verbo:a) Perdoou nosso atraso no imposto.b) Lembrou ao amigo que já era tarde.c) Moraram na rua da Paz.d) Meu amigo perdoou ao pai.e) Lembrou de todos os momentos felizes.

21. (FUMEC) – Em relação à regência do verbo assistir, todas as alternativas estão corretas, exceto:a) Assistimos ontem um belo filme na televisão.b) Os médicos assistiram os doentes durante a guerra.c) O técnico assistiu os jogadores no treino.d) Assistiremos amanhã a uma missa de sétimo dia.e) Machado de Assis assistia em Botafogo.

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Sintaxe

S22. (Mackenzie) – Indique a alternativa correta:

a) Prefiro correr do que nadar.b) Prefiro mais correr que nadar.c) Prefiro mais correr a nadar.d) Prefiro correr a nadar.e) Prefiro correr à nadar.

23. (UEPG) – Assinale a alternativa incorreta.a) Os professores visam à formação dos alunos.b) O fiscal visou os documentos.c) O atirador visa o alvo.d) Visamos a um futuro mais feliz.e) Os desempregados visam melhores condições de vida.

24. (UEPB) – “Apesar de algumas preocupações do poder central pelo nordeste, ainda as duas regiões, nordeste e sul são como se fossem dois mundos, de costas um para o outro.” (Correio da Paraíba, 24/05/05)Nesse trecho, ocorrem duas falhas consideradas graves: uma de regência e outra de pontuação. Marque, entre as propostas abaixo, a única alternativa que atende à norma padrão:a) “Apesar de algumas preocupações do poder central com o nordeste, ainda as duas regiões, nordeste e sul,

são como se fossem dois mundos, de costas um para o outro.”b) “Apesar de algumas preocupações do poder central pelo nordeste, ainda as duas regiões, nordeste e sul, são

como se fossem dois mundos, de costas um para o outro.”c) “Apesar de algumas preocupações do poder central com o nordeste, ainda as duas regiões nordeste e sul,

são como se fossem dois mundos, de costas um para o outro.”d) “Apesar de algumas preocupações do poder central pelo nordeste ainda as duas regiões nordeste e sul, são

como se fossem dois mundos, de costas um para o outro.”e) “Apesar de algumas preocupações do poder central com o nordeste, ainda as duas regiões, nordeste e sul

são como se fossem dois mundos, de costas um para o outro.”

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Sintaxe

S25. (TRE) – Observe a regência dos verbos das frases reescritas nos itens a seguir:

I - Chamaremos os inimigos de hipócritas. Chamaremos aos inimigos de hipócritas; II - Informei-lhe o meu desprezo por tudo. Informei-lhe do meu desprezo por tudo; III - O funcionário esqueceu o importante acontecimento. O funcionário esqueceu-se do importante acontecimento.Frase(s) reescrita(s) com a regência correta:a) I apenas;b) II apenas;c) III apenas;d) I e III apenas;e) I, II e III.

PROVA COMPLETAFundação Carlos ChagasNível médio

Atenção: Considere o texto abaixo para responder às questões de números 1 a 5.

Tendo em vista a textura volitiva da mente individual, a perene tensão entre o presente e o futuro nas nossas deliberações, entre o que seria melhor do ponto de vista tático ou local, de um lado, e o melhor do ponto de vista estratégico, mais abrangente, de outro, resulta em conflito.

Comer um doce é decisão tática; controlar a dieta, estratégica. Estudar (ou não) para a prova de amanhã é uma escolha tática; fazer um curso de longa duração faz parte de um plano de vida. As decisões estratégicas, assim como as táticas, são tomadas no presente. A diferença é que aquelas têm o longo prazo como horizonte e visam à realização de objetivos mais remotos e permanentes.

O homem, observou o poeta Paul Valéry, “é herdeiro e refém do tempo”. A principal morada do homem está no passado ou no futuro. Foi a capacidade de reter o passado e agir no presente tendo em vista o futuro que nos tirou

LÍNGUA PORTUGUESA

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Sintaxe

Sda condição de animais errantes. Contudo, a faculdade de arbitrar entre as premências do presente e os objetivos do futuro imaginado é muitas vezes prejudicada pela propensão espontânea a atribuir um valor desproporcional àquilo que está mais próximo no tempo.

Como observa David Hume, “não existe atributo da natureza humana que provoque mais erros em nossa conduta do que aquele que nos leva a preferir o que quer que esteja presente em relação ao que está distante e remoto, e que nos faz desejar os objetos mais de acordo com a sua situação do que com o seu valor intrínseco”.

(Adaptado de: GIANNETTI, Eduardo. Autoengano. São Paulo: Companhia das Letras, 1997, edição digital)

1. Considere as afirmações abaixo. I. Escolhas táticas sabiamente visam à realização de objetivos de longo prazo, cujas consequências positivas

podem ser sentidas já no momento presente.II. Por meio de decisões estratégicas, perseguem-se resultados mais duradouros, embora distantes. III. Segundo a reflexão de David Hume, seria prudente fazer escolhas no presente considerando suas

consequências para o futuro. Está correto o que consta em(A) III. (B) I e III. (C) I e II. (D) II e III. (E) II.

2. De acordo com o texto, o homem comete enganos porque(A) atribui valor exagerado a objetivos situados em um futuro imaginado. (B) imagina que renúncias feitas no presente levem a um futuro melhor. (C) desconsidera os acertos do passado ao planejar o futuro. (D) tem a propensão de repetir, no presente, os mesmos erros do passado.(E) tende a dar importância desmedida ao que está mais próximo no tempo.

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Sintaxe

S3. Contudo, a faculdade de arbitrar entre as premências do presente e os objetivos do futuro imaginado... (3º parágrafo)

O elemento sublinhado acima introduz, em relação ao que se afirmou antes, uma (A) conclusão. (B) oposição. (C) causa. (D) consequência. (E) finalidade.

4. Foi a capacidade de [...] agir no presente tendo em vista o futuro que nos tirou da condição de animais errantes. (3º parágrafo) Uma redação alternativa para o trecho acima, escrita com correção e lógica, está em: (A) À medida que tivermos a capacidade de agir no presente considerando o futuro, sairíamos da condição de

animais errantes. (B) Uma vez que tivéssemos tido a capacidade de vislumbrar o futuro, ao tomarmos uma decisão no presente,

deixemos a condição de animais errantes.(C) Por termos tido a capacidade de agir no presente visando o futuro, viemos a sermos tirados da condição de

animais errantes. (D) Em razão da capacidade de considerar o futuro ao agir no presente, deixamos a condição de animais erran-

tes. (E) Conforme a capacidade de agir, no presente com olhos postos no futuro, teremos sido tirados da condição

de animais errantes.

5. O homem [...] “é herdeiro e refém do tempo”. A principal morada do homem está no passado ou no futuro. (3º parágrafo) Considerado o contexto, o sentido do que se diz acima está corretamente reproduzido em um único período em:(A) O homem, cuja principal morada está no passado ou no futuro, é herdeiro e refém do tempo. (B) A principal morada do homem está no passado ou no futuro, mas este é herdeiro e refém do tempo. (C) A principal morada do homem, na qual é herdeiro e refém do tempo, está no passado ou no futuro.(D) O homem é herdeiro e refém do tempo, conquanto sua principal morada esteja no passado ou no futuro.(E) Embora o homem seja herdeiro e refém do tempo, sua principal morada está no passado ou no futuro.

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Sintaxe

SAtenção: Considere o texto abaixo para responder às questões de números 6 a 11.

Seis de janeiro, Epifania ou Dia de Reis (em referência aos reis magos), fecha o ciclo natalino que, entre os romanos, festejava o renascimento do sol depois do solstício de inverno (o dia mais curto do ano).

Era uma festa de invocação do sol, pelo fim das noites invernais. Durante esses festejos pagãos, os papéis sociais se confundiam. Havia troca de presentes e de identidades. O escravo assumia o lugar de senhor, o homem se vestia de mulher − como se, para agradar à natureza, tivéssemos de reconhecer a arbitrariedade das convenções culturais.

Nesse intervalo de poucos dias, o homem aceitava como natural o que por convenção as relações sociais e de poder não permitiam. Ameaçado pelos caprichos da natureza, reconhecia que as coisas são mais complexas do que estamos dispostos a ver.

É plausível que Shakespeare tenha escrito “Noite de Reis”, segundo Harold Bloom sua comédia mais bem-sucedida, pensando nessa carnavalização solar, para comemorar a Epifania. A peça conta a história de Viola e Sebastian, gêmeos que naufragam ao largo do que hoje seria Croácia, Montenegro ou Albânia, e que no texto se chama Ilíria. Viola acredita que o irmão se afogou. Ao oferecer seus serviços ao duque de Ilíria, ela se disfarça de homem, assumindo o nome de Cesário. É o suficiente para pôr em andamento uma comédia de erros na qual as identidades serão confrontadas com a relatividade das nossas convicções.

O sentido irônico do subtítulo da peça − “o que bem quiserem ou desejarem” − dá a entender que os desejos desafiam as convenções que os encobrem. As convenções se modificam conforme a necessidade. Os desejos as contradizem. Identidade e desejo são muitas vezes incompatíveis.

É o que reivindica a filósofa Rosi Braidotti. Braidotti critica a banalização dos discursos identitários, uma incapacidade de lidar com a complexidade, análoga às soluções simplistas que certos discursos contrapõem às contradições. Diante da complexidade, é natural seguir a ilusão das respostas mais simples.

Sob a graça da comédia, Shakespeare trata da fluidez das identidades. Epifania tem a ver com a luz, com o entendimento e a compreensão. Mas para voltar a ver e compreender é preciso admitir que as contradições são parte constitutiva do mundo. A democracia, em sua imperfeição e irrealização permanentes, depende disso.

(Adaptado de: CARVALHO, Bernardo. Disponível em: www1.folha.uol.com.br)

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Sintaxe

S6. Depreende-se do texto que, durante os festejos romanos mencionados,

(A) ritos pagãos de veneração à natureza mesclavam-se a manifestações religiosas para homenagear os reis magos.

(B) havia troca de presentes entre senhores e escravos, cujos papéis sociais, entretanto, não se confundiam.(C) eram aceitas com naturalidade certas trocas de identidade habitualmente proibidas pela organização so-

cial.(D) pessoas do povo recuperavam tradições culturais que haviam sido abolidas pelas classes dominantes.(E) tradições religiosas eram temporariamente suspensas e retomadas após o solstício.

7. A referência à comédia de Shakespeare acentua a seguinte ideia:(A) As convenções sociais são arbitrárias e costumam ir de encontro a desejos humanos.(B) O aspecto lúdico dos rituais de celebração da natureza visa à aceitação dos limites impostos pelas normas

sociais.(C) Normas sociais, ainda que arbitrárias, devem ser impostas no intuito de se dominar a natureza humana.(D) As convenções sociais lembram ao homem que a soberania da natureza deve ser reconhecida.(E) O impulso de transpor limites convencionais gera consequências indesejáveis e deve ser evitado.

8. Leia as afirmações abaixo a respeito da pontuação do texto. I. As vírgulas que isolam o segmento segundo Harold Bloom sua comédia mais bem-sucedida (4º parágrafo)

podem ser substituídas por parênteses sem prejuízo das relações de sentido estabelecidas no contexto.II. Sem prejuízo do sentido original, uma pontuação alternativa para o segmento O sentido irônico do subtítulo

da peça − “o que bem quiserem ou desejarem” − dá a entender que... (5º parágrafo) é: O sentido irônico do subtítulo da peça: “o que bem quiserem ou desejarem”, dá a entender que...

III. No segmento ...como se, para agradar à natureza, tivéssemos de reconhecer a arbitrariedade das conven-ções culturais (2º parágrafo), o segmento isolado por vírgulas assinala noção de finalidade. Está correto o que se afirma APENAS em (A) III.(B) I e III.(C) I.(D) II e III.(E) I e II.

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Sintaxe

S9. É plausível que Shakespeare tenha escrito “Noite de Reis” [...] para comemorar a Epifania. A peça conta a histó-

ria de Viola e Sebastian, gêmeos que naufragam ao largo do que hoje seria Croácia, Montenegro ou Albânia... (4º parágrafo) Está correta a redação da seguinte frase, em que se contemplam as principais ideias do segmento transcrito acima:(A) Conforme se atribui à Shakespeare a comemoração da Epifania por meio da peça “Noite de Reis”, em que

conta-se a história dos gêmeos Viola e Sebastian, que naufragam ao largo do que hoje seria Croácia, Mon-tenegro ou Albânia.

(B) Admite-se que “Noite de Reis”, de Shakespeare, em cuja a peça se conta a história dos gêmeos, Viola e Sebastian, que naufragam ao largo do que hoje seria Croácia, Montenegro ou Albânia, fora escrita em co-memoração à Epifania.

(C) A peça “Noite de Reis”, em que se conta a história dos gêmeos Viola e Sebastian, naufragados ao largo do que hoje seria Croácia, Montenegro ou Albânia, pode ter sido escrita por Shakespeare em comemoração da Epifania.

(D) A fim de comemorar a Epifania, conforme se atesta, Shakespeare escreveu “Noite de Reis”, peça à qual re-vela a história dos gêmeos Viola e Sebastian naufragando ao largo do que hoje seria Croácia, Montenegro ou Albânia.

(E) A partir da presunção de que Shakespeare escrevera “Noite de Reis” em comemoração à Epifania, têm-se, na peça, a história dos gêmeos Viola e Sebastian cujo naufrágio se deu ao largo do que hoje seria Croácia, Montenegro ou Albânia.

10. Depreende-se do contexto que a filósofa Rosi Braidotti, mencionada no 6º parágrafo,(A) defende a ideia de que ao discurso devem corresponder ações práticas.(B) lança dúvida sobre a noção de que identidade e desejo possam ser conciliados.(C) incentiva a busca de respostas simples para problemas intrincados.(D) critica a simplificação de questões identitárias complexas.(E) considera ilusória a complexidade dos discursos identitários.

11. Está correta a redação deste livre comentário:(A) Em nome do temor da instabilidade da natureza, já se criou rituais onde se suspendem critérios de controle

de impulsos inconscientes.

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Sintaxe

S(B) Na medida em que nossas convicções sociais são relativas, não surpreendem que as noções de identidade

sejam confrontadas a elas.(C) Deve ser visto como fator inerente à consolidação da democracia as contradições que existem na sociedade.(D) As convenções sociais podem ser assimiladas com clareza, mas o desejo que lhes confrontam costumam

ser incompreensíveis.(E) Demanda a democracia, sistema em permanente construção, o reconhecimento de que contradições são

inerentes às sociedades humanas.

Atenção: Considere o texto abaixo para responder às questões de números 12 a 14.

Renato Janine Ribeiro: A velocidade ficou maior do que as pessoas conseguem alcançar. Somos bombardeados diariamente sobre novidades na produção do hardware e do software dos computadores. O indivíduo tem um computador e, em pouco tempo, é lançado outro mais potente. Talvez em breve as pessoas se convençam de que não há necessidade de uma renovação tão frequente. A grande maioria das pessoas usam bem pouco dos recursos de seus computadores. Devemos sempre lembrar que as invenções existem para nos servir, e não o contrário. Quer dizer, a demanda é que as pessoas se adaptem às máquinas, e não que as máquinas se adaptem às pessoas.

Flávio Gikovate: Tenho a impressão de que isso não ocorre só com a tecnologia. Tenho a sensação de que sempre chegamos tarde. As pessoas compram muitas coisas desnecessárias. Veja o caso das roupas: só porque a cintura da calça subiu ou desceu ligeiramente, elas trocam todas as que possuíam. Trata-se de um movimento em que as pessoas estão sempre devendo.

(Adaptado de: GIKOVATE, Flávio & RIBEIRO, Renato Janine. Nossa sorte, nosso norte. Campinas: Papirus, 2012)

12. Depreende-se corretamente do texto:(A) Ao mencionar a velocidade (1º parágrafo) dos dias de hoje, o autor enaltece a tendência da indústria tec-

nológica de estar sempre à procura de ultrapassar a si mesma.(B) Ao se referir ao caso das roupas (2º parágrafo), o autor assinala que a indústria da moda impõe estilos de

beleza com os quais nem todos concordam.(C) Com a afirmação de que isso não ocorre só com a tecnologia (2º parágrafo), critica-se o uso inadequado

dos recursos oferecidos pelos computadores.

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Sintaxe

S(D) No segmento e não o contrário (1º parágrafo), o autor reforça a ideia de que as invenções existem para

servir às pessoas.(E) Com o uso do termo bombardeados (1º parágrafo), o autor conclui que, se fosse possível, as pessoas pre-

feririam ser menos dependentes da tecnologia.

13. Flávio Gikovate: Tenho a impressão de que isso não ocorre só com a tecnologia. (2º parágrafo) Transposto para o discurso indireto, o trecho acima assume a seguinte redação: (A) Flávio afirmou que tinha a impressão de que isso não ocorria só com a tecnologia.(B) Flávio disse que teria a impressão de que isso não ocorrerá só com a tecnologia.(C) Flávio afirmou que teve a impressão de que isso não ocorreria só com tecnologia.(D) Tem-se a impressão, conforme afirma Flávio, de que isso não ocorrerá só com a tecnologia.(E) Flávio disse que tinha a impressão de que isso não ocorreu só com a tecnologia.

14. No contexto, o verbo que pode ser flexionado no singular, sem prejuízo das relações de sentido e da correção, está sublinhado em:(A) A grande maioria das pessoas usam bem pouco dos recursos de seus computadores.(B) que as invenções existem para nos servir.(C) que as máquinas se adaptem às pessoas.(D) elas trocam todas as que possuíam.(E) A velocidade ficou maior do que as pessoas conseguem alcançar.

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Sintaxe

S

EXERCÍCIO 01:01. ( e )02. ( a )03. ( b )04. ( b )05. ( e )06. ( b )07. ( c )08. ( c )09. ( b )10. ( b )11. ( b )12. ( e )13. ( a )14. ( b )15. ( c )16. ( d )17. ( a )18. ( b )19. ( c )20. ( d )21. ( c )22. ( b )23. ( b )24. ( c )25. ( d )

EXERCÍCIO 02:01. Obedeço-lhe.02. Comprei-o.03. Compramo-lo.04. Dão-nos aos alunos pobres.05. Ofereci-o ao aluno.06. Oferecemo-lo ao aluno.07. Ofereceram-no ao aluno.08. Ofereci-lhe um picolé.09. Oferecemos-lhe um picolé.10. Ofereceram-lhe um picolé.11. Ofereci-lho.12. Deram-nas à noiva.13. Deram-lhe flores.

GABARITO

14. Deram-lhas.15. Fi-los.16. Fizemo-los.17. Fizeram-nos.18. Faço-os sempre.19. Dei-lhos.20. Dei-lhe conselhos.

EXERCÍCIO 03:01. de que02. em que03. que04. a quem05. onde06. de onde07. ao qual08. à qual09. a qual10. em cuja11. em cujo12. contra cujo13. por cujos14. cuja15. a cujo16. a cuja17. sem cuja18. por cujos19. cuja20. cujos21. à qual22. contra a qual23. a cuja 24. que25. do qual

EXERCÍCIO 04:Aspirar:a) aob) oc) àd) a e) a um

f) a queg) queh) a quei) quej) aok) à quall) o qualm) a qualn) a cujoo) cujap) cujoq) or) los) not) a ele

Assistir:a) aob) àc) ad) oe) af) a umag) emh) lhei) lhej) a quek) a quel) quem) quen) em queo) ao qualp) à qualq) a cujar) na quals) a cujat) emu) em cujov) ow) lox) noy) a ele

Visar:a) aob) àc) od) ae) of) ag) a queh) a quei) quej) ao qualk) à quall) o qualm) a qualn) queo) quep) o qualq) a cujor) a cujas) cujot) ou) lov) no

w) a ele

Proceder:a) a um b) ao c) a uma d) àe) do f) a queg) de queh) doi) de quej) ao qualk) à quall) do qualm) da qualn) a cujoo) de cujo

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44

Sintaxe

SImplicar:a) nab) renúnciac) com o filhod) em um processoe) mudar tudof) cansaçog) perdas salariaish) com quei) em quej) em cujok) em quel) em cuja

Lembrar:a) de umb) umc) umd) doe) of) de entregarg) de queh) quei) quej) cujok) cujol) de cujom) de tern) de que tinha de iro) de quep) que

Morar:a) nab) nac) nad) eme) em quef) nag) na qualh) em quei) naj) nak) no quall) na qualm) na

Constar:a) nab) noc) em umad) dee) em quef) de queg) em queh) em cujai) na qualj) em cuja

Custar:a) Custou-meb) Custou-tec) Custa-lhed) Custa-lhese) Custou-nosf) Custou-teg) Custa-teh) Que não me custe

Agradar:a) aob) àc) od) ae) a umf) aog) a queh) a quei) quej) quek) ao quall) à qualm) cujosn) a cujoo) a cujop) oq) lor) nos) lhet) lhe

Querer:a) aob) àc) od) ae) umaf) umg) queh) a cujai) o qualj) a qualk) ao quall) à qualm) an) loo) lhep) lhe

Regências diferentes:a) Assisti ao jogo e odiei-o.b) Vi o espetáculo e gostei dele.c) Entrei na sala e saí dela.d) Gosto de carros e compro-os.e) Assisti ao jogo e admirei-o.f) Obedeço a meu pai e respeito-o.g) Gosto do cargo e aspiro a ele.h) Visava ao cargo, mas o odiava.

Questões de provas:

01-E02-A03-D04-D05-D06-A07-E08-C09-A10-E11-E12-E13-B14-B15-B16-A17-B

18-E19-C20-E21-A22-D23-E24-A25-C

Prova completa:01-D02-E03-D04-D05-A06-C07-A08-B09-C10-D11-E12-D13-A14-A

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ÚLTIMAS PALAVRAS

Olá, amigos!

Estamos encerrando – sem encerrar, pois desse assunto, tal qual das classes gramaticais, não nos separaremos nunca mais – o estudo da regência verbal (estudo das exigências do verbo).

Termos visto, nas páginas que ora ficam para trás, os verbos que não exigem complemento (como tais, só aceitam modificadores: advérbios ou locuções adverbiais), abre-nos um campo quase infindável de estudo. Será, graças a isso, fácil localizar, mais adiante, os adjuntos e as orações adverbiais, penetrando, também, nos meandros mais recatados da pontuação e da crase.

Não menos importante o foi o estudo dos verbos transitivos. A partir disso, descortina-se à nossa frente, um horizonte ainda mais amplo, mais claro e mais promissor. Daí, por exemplo, será possível desvendar a maior parte da análise sintática – seja ele interna ou externa –, da concordância, envolvendo a partícula se, das vozes verbais, da crase e da pontuação.

A compreensão, por fim, da natureza dos verbos de ligação fará com que também fique facilitado o domínio de muitos outros assuntos: a análise sintática – interna e externa –, a concordância verbal e, pelo trato ao predicativo, a pontuação.

Evidentemente que tantas vantagens nunca viriam sem uma contrapartida. Para gozar de tantos benefícios, será fundamental, primeiramente, manter a cabeça bem aberta (aceitando a realidade de que cada caso será sempre um novo caso) e, depois, garantir um ritmo cada vez mais intenso de estudos.

Portanto, e de fato, estamos vencendo mais um conteúdo que, uma vez bem entendido, embasará tudo quanto ainda está por vir, isto é, dará o indispensável suporte a nosso promissor porvir.

Um abraço!

Prof. Ironi Andrade

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REGÊNCIA NOMINAL

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Parceiro de escalada!

Desvendados os mistérios relativos às exigências dos verbos, é chegada a hora de abordamos – de forma praticamente inédita – esses mesmos mistérios, porém relacionados, agora, aos nomes (substantivo, adjetivo e advérbio).

Quase inexplicavelmente, as obras didático-pedagógicas tradicionais esmeram-se na abordagem da regência verbal e fazem referência tênue e mínima à nominal.

Ora, isso traz danos terríveis à compreensão de vários assuntos futuros. Afinal, tais quais os complementos e os modificadores verbais, complementos e modificadores nominais revestem-se da mesma (e enorme!) importância.

Lá, vimos três tipos de verbos – intransitivos, transitivos e de ligação –, cada um organizando uma parte dos conteúdos vindouros. Pois aqui, também, e igualmente, caberá aos dois tipos de nomes – transitivo e intransitivo – a responsabilidade de organizar desdobramentos incrivelmente interessantes e úteis.

Mas, como dito acima, e talvez pela primeira vez na história do idioma lusitano, organizaremos didaticamente bem esse conteúdo e clarearemos, com isso, uma série de outros assuntos até aqui nebulosos.

Bom proveito!

Prof. Ironi Andrade

INÍCIO DE CONVERSA

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48

Sintaxe

S

Antes de invadirmos a nova seara, mostra-se necessário recordarmos alguns conteúdos já vistos na morfologia e absolutamente indispensáveis à compreensão desta matéria:

1. como o vocábulo verbal sempre lembrará verbo; o vocábulo nominal haverá de ser associado, sempre que aparecer, a nome;

2. o vocábulo nome, em Língua Portuguesa, terá de ser sempre associado a substantivo, adjetivo ou advérbio;

3. como visto na morfologia, essas classes (substantivo, adjetivo e advérbio) nunca poderão ser apresenta-das em listas de palavras, haja vista que nenhum vocábulo do idioma pertencerá sempre a uma mesma classe, tampouco qualquer um deles pertencerá a apenas uma dessas classes;

4. substantivo é qualquer vocábulo da Língua Portuguesa, mormente quando aparece determinado por um artigo, por um numeral, por um pronome, ou, então, modificado por um adjetivo;

5. adjetivo é qualquer vocábulo da Língua Portuguesa, desde que modifique um substantivo; e

6. advérbio é qualquer vocábulo da Língua Portuguesa, desde que modifique um verbo, um adjetivo ou ou-tro advérbio.

Pois bem, feitas essas observações e relembrados esses conteúdos morfológicos, organizemos a classificação dos nomes segundo suas exigências.

Certamente ainda lembramos que os verbos ora exigem, ora não exigem complemento.

Deveremos, a partir daqui, lembrar que, tais quais os verbos, os nomes (substantivo, adjetivo e advérbio) também ora exigem, ora não exigem complemento.

Quando transitivos, os verbos exigem complemento verbal, com ou sem preposição, que, por isso mesmo, precisam ser divididos em objeto direto e objeto indireto.

Já os nomes, quando transitivos, exigem complemento sempre preposicionado e, por isso mesmo, ele se chama simplesmente complemento nominal, dispensando qualquer outra classificação.

Aliás, essa maior simplicidade (nomes transitivos e nomes intransitivos, tão somente) reflete-se também no fato de que não existem nomes transitivos diretos, transitivos indiretos ou transitivos diretos e indiretos. Como também, diferentemente dos verbos, não existe nome de ligação.

REGÊNCIA NOMINAL

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Sintaxe

S Os verbos intransitivos, por sua vez, não exigem complemento, mas aceitam modificadores, donde advêm,

morfologicamente, os advérbios (adjuntos adverbiais ou orações subordinadas adverbiais, na sintaxe).

Fenômeno análogo ocorre com os nomes intransitivos, conforme veremos a partir de agora.

01. Nomes intransitivos

São substantivos, adjetivos ou advérbios que se bastam por si próprios, isto é, possuem sentidos completos e, por consequência, não exigem complemento.

Exemplos:

a) Comprei um porco.

• O vocábulo porco, nesse caso, é substantivo (nome!) e não exige que eu transite, isto é, não exige que eu vá à frente. Ora, se, mesmo ele não exigindo, eu optar por prosseguir, poderei fazê-lo, a fim de lhe atribuir um modificador (gordo, bonito, da colônia, de um morador da zona rural). Esse modificador, por sua vez, chamar-se-á adjetivo (ou locução adjetiva), na análise morfológica, e adjunto adnominal, na análise sintá-tica. Mas não complemento nominal!

b) Conheci uma mulher bonita.

• Aqui, o vocábulo bonita, com que se encerra a frase, é adjetivo (nome!) e também é intransitivo, pois não exige que eu transite, haja vista ter sentido completo por si só. Mesmo não exigindo que eu prossiga, poderei, todavia, fazê-lo, mas apenas para lhe dar um modificador, e não um complemento. Pois bem: considerando que o modificador do adjetivo é advérbio, na análise morfológica, ele só poderá vir a ser adjunto adverbial, na análise sintática.

c) Adormeci cedo.

• Nessa frase, o vocábulo cedo, modificador do verbo, é advérbio. Em sendo advérbio, é nome. Como esse nome não exige que eu prossiga no enunciado, aceitando, por isso mesmo, ponto final, ele é intransitivo. Todavia, sabe-se que, mesmo não cobrando que se vá adiante, nomes, tais quais verbos, permitem que se o faça. Ora, ir além, para modificá-lo, significa avançar ao encontro de outro advérbio, na análise morfoló-gica, e de um adjunto adverbial, na análise sintática.

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Sintaxe

SÉ conclusivo, pois, que, ao modificarmos nomes intransitivos, fá-lo-emos com adjetivos (modificadores do

nome substantivo) ou com advérbios (modificadores dos nomes adjetivo e advérbio). É conclusivo, também, que, na análise sintática, esses modificadores transformar-se-ão em adjuntos, adnominais ou adverbiais (e não em complementos nominais!).

02. Nomes transitivos

São substantivos, adjetivos ou advérbios que, não se bastando por si próprios, isto é, não possuindo sentidos completos, exigem complemento.

Exemplos:

a) Sempre senti necessidade de amigos.

• O vocábulo necessidade, nesse caso, é substantivo (nome!) e exige que eu transite, isto é, exige que eu vá à frente, pois não tem sentido por si próprio. Ora, exigindo que eu prossiga, terei de fazê-lo a fim de lhe dar um complemento (no caso, de amigos), haja vista que ele é transitivo. Esse complemento, por sua vez, chamar-se-á simplesmente complemento nominal (e não adjunto adnominal; tampouco objeto indireto, em que pese a semelhança existente entre eles).

b) Todo cidadão é favorável à democracia.

• Aqui, o vocábulo favorável é um nome (adjetivo!) transitivo, pois exige que eu transite, haja vista ter sen-tido incompleto por si só. Ora, exigindo que eu prossiga, terei de fazê-lo para lhe dar um complemento (à democracia, nesse caso). Esse complemento, por sua vez, chamar-se-á complemento nominal (e não adjunto adnominal; tampouco objeto indireto).

c) Votei contrariamente ao divórcio.

• Nessa frase, o vocábulo contrariamente é advérbio. Em sendo advérbio, é nome. Como esse nome exige que eu prossiga no enunciado, ele é transitivo. Ora, se ele é transitivo, ele exige um complemento. Sendo nome e exigindo complemento, exige complemento nominal (no caso, ao divórcio).

É conclusivo, pois, e aqui também, que, ao completarmos nomes transitivos, fá-lo-emos para lhes dar complementos nominais, e não para lhes ofertar adjuntos ou objeto indireto.

Será importantíssimo, então, lembrar muito bem esses detalhes, pois serão eles que facilitarão a compreensão dos adjuntos adverbiais, dos adjuntos adnominais e do complemento nominal, na análise sintática interna, e das orações completivas nominais e adjetivas, na análise sintática externa.

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Sintaxe

S

01. Considerando que as expressões em destaque, quando obrigatórias, serão complemento e, quando facultati-vas, serão adjunto, resolva o exercício que se segue, utilizando, para tal, esta convenção:

A) complemento B) adjunto

01. ( ) O dinheiro dos pais induz os filhos a canalhices.02. ( ) A necessidade dos pais torna os filhos sensíveis.03. ( ) A assistência aos pais é uma necessidade.04. ( ) A casa dos pais era o refúgio dos filhos.05. ( ) A sensação de frio desanimava os jovens.06. ( ) A propriedade do milionário era lixo perto de suas convicções humanitárias.07. ( ) A desobediência às leis de Deus e dos homens corrompe a alma humana.08. ( ) O respeito aos pais é determinado pelo caráter dos filhos.09. ( ) Os carros do empresário serviram de garantias judiciais.10. ( ) A esperança de dias melhores embalava os sonhos dos retirantes.11. ( ) O copo de água estava sobre a mesa do diretor. 12. ( ) O lápis do aluno estava sobre a mesa do diretor.13. ( ) O lápis que estava sobre a mesa era necessário ao diretor.14. ( ) O lápis do aluno era uma necessidade do diretor.15. ( ) Eu cheguei à escola pela manhã.

02. Considerando as expressões destacadas, identifique suas funções a partir do código abaixo:

A) objeto indireto (obrigatório e completa verbo) B) complemento nominal (obrigatório e completa nome)C) adjunto adnominal (facultativo e modifica substantivo)D) adjunto adverbial (facultativo e modifica verbo, adjetivo e advérbio)

EXERCÍCIOS:

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Sintaxe

S01. ( ) Vendi bananas do nordeste.02. ( ) Vendi bananas no nordeste.03. ( ) Gostei do gosto de bananas.04. ( ) Gostei de bananas do nordeste.05. ( ) Aluguei uma casa de praia.06. ( ) Sinto necessidade de praia.07. ( ) Sempre necessitei de praia.08. ( ) Sempre descansei na praia.09. ( ) Obedecia à diretoria.10. ( ) A obediência à diretoria rendeu-lhe bons lucros.11. ( ) A reunião de diretoria foi ótima.12. ( ) Prestou esclarecimento à diretoria.13. ( ) Esclareceu à diretoria seus motivos.14. ( ) Na diretoria, ele não esclareceu nada.15. ( ) A existência de fraude complicou a diretoria.16. ( ) Esclareço sempre as dúvidas do aluno.17. ( ) A perplexidade de todos foi impressionante.18. ( ) Ofereceu auxílio ao corrupto.19. ( ) Cedeu um caderno ao colega.20. ( ) Comprou um barril de vinho.

01. (UVA) – Há transgressão à regência nominal na alternativa:

a) Sou morador de Sobral.b) Paulo tem liderança sobre o grupo.c) A liberdade é preferível a qualquer outro bem.d) Não tenho ódio contra ninguém.e) Sempre fui acessível a todos.

QUESTÕES DE PROVAS

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Sintaxe

S02. (Cesgranrio) – A regência nominal está adequada à norma-padrão em:

a) Os pobres são ávidos por melhores condições de vida.b) Os catadores sentem desejo com uma vida melhor.c) Muitos catadores têm orgulho em seu ofício.d) Parte da população é sensível para a pobreza.e) Vários dejetos são inúteis para com a reutilização.

03. (Fuvest) – A única frase que NÃO apresenta desvio em relação à regência (nominal e verbal) recomendada pela norma culta é:

a) O governador insistia em afirmar que o assunto principal seria “as grandes questões nacionais”, com o que discordavam líderes pefelistas.

b) Enquanto Cuba monopolizava as atenções de um clube, do qual nem sequer pediu para integrar, a situação dos outros países passou despercebida.

c) Em busca da realização pessoal, profissionais escolhem a dedo aonde trabalhar, priorizando às empresas com atuação social.

d) Uma família de sem-teto descobriu um sofá deixado por um morador não muito consciente com a limpeza da cidade.

e) O roteiro do filme oferece uma versão de como conseguimos um dia preferir a estrada à casa, a paixão e o sonho à regra, a aventura à repetição.

04. (Cescea) – As palavras ansioso, contemporâneo e misericordioso regem, respectivamente, as preposições:

a) em – de – para;b) de – a – de;c) por – de – com;d)ede – com – para com;e) com – a – a.

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Sintaxe

S05. (TJ–SP) – Indique onde há erro de regência nominal:

a) Ele é muito apegado em bens materiais.b) Estamos fartos de tantas promessas.c) Ela era suspeita de ter assaltado a loja.d) Ele era intransigente nesse ponto do regulamento.e) A confiança dos soldados no chefe era inabalável.

06. (CTFMG) – A regência nominal está conforme a norma culta em:

a) O filho tornou-se um profissional apto para exercer ao cargo de diretor.b) A estrangeira mostrava muita devoção a pesquisa do HIV, naquele hospital.c) A população simpatizava pelas propostas apresentadas pelo Governo.d) O homem deve obediência aos princípios harmônicos que a natureza lhe oferece.e) O funcionário público deveria ser responsável dos papéis sob sua guarda.

07. (IBGE) – Assinale a opção que apresenta a regência nominal incorreta:

a) Os sertanejos têm aspiração por uma vida mais confortável.b) Obediência rigorosa ao horário de trabalho é uma obrigação de todos.c) A presença do rapaz dignificou o trabalho dos canavieiros.d) O fazendeiro sentiu necessidade para agredir um empregado seu.e) A assinatura do contrato pelo usineiro foi uma vitória nossa.

08. (FTM-ARACAJU) – A alternativa que completa corretamente as lacunas da frase “As mulheres da noite ___ o poe-ta faz alusão ajudam a colorir Aracaju, ___ coração bate de noite, no silêncio” é:

a) as quais / de cujo;b) a que / no qual;c) de que / o qual;d) às quais / cujo;e) que / em cujo.

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Sintaxe

S09. (UCP) – Tenho medo______ o tempo ______ empreguei não me dê certeza ______ eu estava certo.

a) que / que / de que;b) de que / que / de que;c) porque / o qual / do qual;d) de quem / o qual / de cujo;e) de que / o qual / do qual.

10. (U-Pampa) – Somente uma das opções que se seguem preenche corretamente as lacunas. Marque-a:

A dúvida ______ ele estava certo era resultante do acordo ______ conteúdo ele sempre ignorou.

a) da qual / com cujo;b) pela qual / de cujo;c) a qual / por cujo;d) sem a qual / em cujo;e) da qual / cujo.

11. (CETAC) – Marque a única opção incorreta, considerando a regência nominal:

a) O trabalho, sem cuja ajuda não se realizaria, foi concluído exitosamente.b) A busca por melhores resultados adveio da certeza de que todos eram capazes.c) O desejo de vitória veio da esperança pela qual todos eram movidos.d) A necessidade por boas notas levou o aluno a abandonar a esperança de aprovação.e) Sem resultados concretos, os alunos descriam de que eram capazes.

12. Marque a única opção incorreta:

a) A assistência dos alunos carentes define o bom resultado escolar.b) A busca obsessiva por resultados às vezes conduz ao fracasso.c) Contrariamente à opinião geral, o professor insistiu no erro.d) Favorável à diretora, o aluno enfrentou a ira do professor.e) O amor pelos filhos implicou busca mais intensa por alimentos.

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56

Sintaxe

S13. (Catraca) – Marque a opção que completa corretamente a frase que se segue:

A luta ______ morte era a mesma que ele travava ______ vida.

a) pela / pela;b) com a / com a;c) contra a / pela;d) da / sem a;e) pela / com a.

14. (Certa) – Assinale a opção cuja preposição regida foi explicitada erradamente:

a) A certeza de que venceria animou-o.b) O amor a quem o auxiliava fê-lo lutar.c) A euforia contra aqueles que queriam seu bem foi incessante.d) A luta por quem dependia dele motivou-o ainda mais.e) A luta contra quem o apedrejava dignificou-o sempre.

15. (Êxito) – Marque a única opção incorreta, considerando a regência nominal:

a) Atencioso com seus alunos, o professor nunca brigou com ninguém.b) A responsabilidade com a família forçou-o à renúncia com os vícios.c) Afável com o público, o cantor demonstrava seu amor à plateia.d) Votando favoravelmente ao projeto, o político decepcionou a todos.e) O diretor garantiu assistência aos alunos carentes.

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Sintaxe

SPROVA COMPLETAFundação Universidade de Brasília (FUB)Nível superior

• Cada um dos itens das provas objetivas está vinculado ao comando que imediatamente o antecede. De acordo com o comando a que cada um deles esteja vinculado, marque, na Folha de Respostas, para cada item: o cam-po designado com o código C, caso julgue o item CERTO; ou o campo designado com o código E, caso julgue o item ERRADO. A ausência de marcação ou a marcação de ambos os campos não serão apenadas, ou seja, não receberão pontuação negativa. Para as devidas marcações, use a Folha de Respostas, único documento válido para a correção das suas provas objetivas.

Esta é uma declaração de amor: amo a língua portuguesa. Ela não é fácil. Não é maleável. E, como não foi profundamente trabalhada pelo pensamento, a sua tendência é a de não ter sutilezas e de reagir às vezes com um verdadeiro pontapé contra os que temerariamente ousam transformá-la numa linguagem de sentimento e de “alerteza”. E de amor. A língua portuguesa é um verdadeiro desafio para quem escreve. Sobretudo para quem escreve tirando das coisas e das pessoas a primeira capa de superficialismo. Às vezes ela reage diante de um pensamento mais complicado.

Às vezes se assusta com o imprevisível de uma frase. Eu gosto de manejá-la — como gostava de estar montada num cavalo e guiá-lo pelas rédeas, às vezes lentamente, às vezes a galope.

Eu queria que a língua portuguesa chegasse ao máximo nas minhas mãos. E esse desejo todos os que escrevem têm. Um Camões e outros iguais não bastaram para nos dar para sempre uma herança de língua já feita. Todos nós que escrevemos estamos fazendo do túmulo do pensamento alguma coisa que lhe dê vida.

Essas dificuldades nós as temos. Mas não falei do encantamento de lidar com uma língua que não foi aprofundada. O que recebi de herança não me chega.

Clarice Lispector. Declaração de amor. In: Crônicas para jovens: de escrita e vida. Rio de Janeiro: Rocco Digital, p. 11 (com adaptações).

LÍNGUA PORTUGUESA

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Sintaxe

SJulgue os itens a seguir, relativos às ideias e aos aspectos linguísticos do texto precedente.

1. Sem alteração dos sentidos e da coesão do texto, o primeiro período do primeiro parágrafo poderia ser reescrito da seguinte maneira: Esta é minha declaração de amor à língua portuguesa.

2. Com o emprego do termo “pontapé” (L.3), a autora dá a entender que a língua portuguesa às vezes resiste furiosamente às tentativas de ser domesticada.

3. No período em que aparece, o termo “tirando” (L.4) introduz o modo peculiar como alguns escritores de-senvolvem o seu ofício.

4. O vocábulo “ela” (L.5) retoma o trecho “a primeira capa de superficialismo” (L.5). 5. No primeiro período do terceiro parágrafo, há uma ambiguidade que poderia ser corretamente eliminada

com a substituição da preposição a, presente na contração “ao” (L.8), pela preposição em — no —, sem alteração dos sentidos originais do texto.

6. Depreende-se do texto, sobretudo da afirmação “O que recebi de herança não me chega” (L.12), que uma das dificuldades encontradas pela autora no manejo da língua portuguesa é o fato de ela não dispor de acesso adequado a todos os textos já escritos nesse idioma.

Em um momento no qual a presença da inteligência artificial na vida cotidiana frequentemente gera medo e paranoia na mesma proporção em que fascina, pode ser mesmo assustador descobrir que 99% de todas as traduções são feitas, atualmente, com o auxílio de máquinas.

A informação consta do mais recente relatório de uma organização dedicada a fazer avançar o uso do computador nessa atividade, que, particularmente em sua vertente literária, pleiteia para si o status de arte — ou, no mínimo, de processo criativo.

“A cada dia do ano de 2016, mais de 250 bilhões de palavras foram traduzidas por máquinas”, contabiliza o estudo. É um cenário devastador para os tradutores profissionais. E, de fato, muitos foram dispensados ao longo das últimas décadas, exceto um punhado de privilegiados, pois aquilo de que ainda não se tem notícia é que algum romance, conto ou poema tenha sido traduzido inteira e, sobretudo, satisfatoriamente por algoritmos.

Uma primeira e boa razão para isso é que até a menos sofisticada das recriações de uma língua a outra não se faz palavra por palavra. É curioso que o tal relatório venha nos contar hiperbolicamente as vantagens do computador com base nessa falsa medida de eficiência.

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Sintaxe

SO espantoso avanço das máquinas sobre o engenho humano nessa área só começou, precisamente, quando seus

desenvolvedores perceberam que a linguagem humana transcende o nível lexical: ela é sempre texto — uma interação verbal com um fim específico — e, principalmente, contexto.

Christian Schwartz. Avanço da tradução por máquinas gera debate sobre papel de humanos na tarefa. Internet: <www1.folha.uol.com.br/ilustríssima> (com adaptações).

Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto antecedente, julgue os itens seguintes.

1. Sem alteração do seu sentido original e da sua correção gramatical, o primeiro parágrafo do texto poderia ser assim reescrito: Descobrir que, hoje, quase todas as traduções são feitas com a ajuda de máquinas pode assustar, na medida em que vivemos tempos nos quais nos sentimos amedrontados e paranoicos, mas também fascinados, pela presença da inteligência artificial no dia-a-dia.

2. O termo “atividade” (L.5) refere-se apenas à tradução feita com a ajuda de máquinas. 3. O texto apresenta elementos textuais característicos das tipologias expositiva e argumentativa. 4. Infere-se do terceiro parágrafo do texto que foram poucos os profissionais tradutores de textos literários

que perderam seus empregos e oportunidades de trabalho em razão da utilização de tradutores automa-tizados.

5. A correção e os sentidos do texto seriam preservados caso o trecho “até a menos sofisticada das recria-ções de uma língua a outra não se faz palavra por palavra” (L.11 e 12) fosse reescrito da seguinte maneira: não se traduz palavra por palavra nem mesmo os textos mais simples.

6. O emprego do advérbio “precisamente” (L.14) enfatiza o nexo causal entre o avanço da qualidade da tradução feita por computadores e a percepção de seus desenvolvedores de que uma língua não é feita apenas de conjuntos de palavras.

Na farmácia, presencio uma cena curiosa, mas não rara: balconista e cliente tentam, inutilmente, decifrar o nome de um medicamento na receita médica. Depois de várias hipóteses, acabam desistindo. O resignado senhor que porta a receita diz que vai telefonar ao seu médico e voltar mais tarde. “Letra de doutor”, suspira o balconista, com compreensível resignação. Letra de médico já se tornou sinônimo de hieróglifo.

Exercício de caligrafia saiu de moda, mas todos os alunos sabem que devem escrever de modo legível para conquistar a boa vontade dos professores. A letra dos médicos, portanto, é produto de uma evolução, de uma transformação. Mas que fatores estariam em jogo atrás delas?

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Sintaxe

SQue eu saiba, o assunto ainda não foi objeto de uma tese de doutorado, mas podemos tentar algumas explicações.

A primeira, mais óbvia (e mais ressentida), atribui os garranchos médicos a um mecanismo de poder. Doutor não precisa se fazer entender: são os outros, os seres humanos comuns, que têm de se familiarizar com a caligrafia médica.

Pode ser isso, mas acho que não é só isso. Há outros componentes: a urgência, por exemplo. Um doutor que atende dezenas de pacientes num movimentado ambulatório de hospital não pode mesmo caprichar na letra. Receita é uma coisa que ele deve fornecer — nenhum paciente se considerará acolhido se não levar uma receita. A receita satisfaz a voracidade de nossa cultura pelo remédio, e está envolta numa aura mística: é como se o doutor, por meio dela, acompanhasse o paciente. Mágica ou não, a receita é, muitas vezes, fornecida às pressas; daí a ilegibilidade.

Há um terceiro aspecto, mais obscuro e delicado. É a relação ambivalente do médico com aquilo que ele receita — a sua dúvida quanto à eficácia dos medicamentos. Os velhos doutores sabem que a luta contra uma doença não se apoia em certezas, mas sim em tentativas: na medicina, “sempre” e “nunca” são palavras proibidas. Daí a dúvida, daí a ansiedade da dúvida, da qual o doutor se livra pela escrita rápida. E pouco legível.

Moacyr Scliar. Letra de médico. In: A face oculta. Porto Alegre: Artes e Ofícios, 2001, p. 23-5 (com adaptações).

Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto anteriormente apresentado, julgue os itens subsequentes.

1. Infere-se do texto que, pelo emprego do adjetivo “compreensível” (L.3), o narrador transmite sua opinião, o que se confirma pela ponderação exposta no último período do primeiro parágrafo.

2. Depreende-se da narrativa apresentada no primeiro parágrafo que o cliente desiste de comprar o medica-mento naquela farmácia porque o balconista não consegue compreender o texto da receita médica.

3. A expressão “para conquistar” (L.5) foi empregada no texto com o mesmo sentido de a fim de que obte-nham.

4. Citado na linha 9, o “mecanismo de poder” é explicado de forma irônica no período seguinte: “Doutor não precisa se fazer entender: são os outros, os seres humanos comuns, que têm de se familiarizar com a cali-grafia médica” (L.9 e 10).

5. Sem prejuízo da correção gramatical e dos sentidos do texto, a oração “A receita satisfaz a voracidade de nossa cultura pelo remédio” (L.13 e 14) poderia ser reescrita da seguinte maneira: A receita atende à avi-dez da nossa cultura pelo remédio.

6. Na linha 20, o vocábulo “daí” remete a “dúvida”.

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Sintaxe

SCom base nas Normas para Padronização de Documentos da Universidade de Brasília (NPD/UnB), julgue os

itens a seguir, acerca de aspectos gerais da redação oficial.

1. Memorando emitido pelo vice-reitor e destinado à reitora deve utilizar o endereçamento À Sua Magnificên-cia, assim como a forma de tratamento Vossa Magnificência, e ser concluído com a saudação Respeitosa-mente.

2. Parte obrigatória de toda resolução oficial, a ementa deverá explicitar, de modo resumido, o objeto do instrumento normativo em questão.

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Sintaxe

S

EXERCÍCIO 01:

01. ( B )

02. ( A )

03. ( A )

04. ( B )

05. ( A )

06. ( B )

07. ( A )

08. ( A )

09. ( B )

10. ( A )

11. ( B )

12. ( B )

13. ( B )

14. ( A )

15. ( B )

GABARITO

EXERCÍCIO 02:

01. ( C )

02. ( D )

03. ( B )

04. ( A )

05. ( C )

06. ( B )

07. ( A )

08. ( D )

09. ( A )

10. ( B )

11. ( C )

12. ( B )

13. ( A )

14. ( D )

15. ( B )

16. ( B )

17. ( B )

18. ( B )

19. ( A )

20. ( C )

QUESTÕES DE PROVAS:

01. A

02. A

03. A

04. C

05. A

06. D

07. D

08. D

09. B

10. E

11. D

12. A

13. C

14. C

15. B

PROVA COMPLETA:

01. E

02. C

03. C

04. E

05. E

06. E

07. E

08. E

09. C

10. E

11. E

12. C

13. C

14. E

15. C

16. C

17. C

18. E

19. C

20. C

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Olá, amigos!

Encerramos aqui mais um assunto compreendido no sexto degrau de nossa majestosa Escada do Português Lógico.

Depois de termos visto, nele, a regência verbal (exigência dos verbos), concluímos aqui o estudo da regência nominal (exigências dos nomes: substantivo, adjetivo e advérbio).

Se, lá, nos sentíamos felizes porque plantávamos para novas e promissoras colheitas, aqui não haverá de ser diferente: serão inúmeros os conteúdos tidos inicialmente como complexos que, com clareza sobre classes gramaticais e regência nominal, se tornarão simples.

O domínio sobre o complemento nominal e os adjuntos, adnominal e adverbial, por exemplo, ficará extremamente facilitado na medida em que formos suficientemente competentes na identificação dos comple-mentos e dos modificadores dos nomes.

Além disso, o estudo que ora finda facilitará a compreensão de muitos outros conteúdos importantíssimos. A crase, a análise sintática e a pontuação são bons exemplos disso.

Enfim, é mais uma semente que, lançada com esmerado carinho à terra, haverá de nos render bons e quase inacreditáveis frutos.

Um abraço!

Prof. Ironi Andrade

ÚLTIMAS PALAVRAS

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CRASE

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Meu companheiro de percurso!

Este adágio é tão antigo quanto sábio: “Para colher, é necessário plantar”. Mas, apesar de sua sapiência, já mereceu ser lapidado: “Cada um colhe aquilo que planta, nem mais, nem menos”.

Felizes nós, parceiro de caminhada, que já lançamos tantas sementes à terra, desde o estudo dos fonemas até a conclusão de ambas as regências. Graças a isso, aliás, a compreensão de inúmeros outros conteúdos, até aqui feitos tabu, tornar-se-á simples, clara e fácil.

E então, vamos a uma nova e grande colheita? Vamos aplicar vários assuntos e, com isso, extirpar “uma pedra do sapato” de tantos quantos se dedicam ao estudo de nosso idioma?

A partir daqui, com absoluta autoridade e plenas condições de assimilação, trataremos da crase, assunto tão problemático na vida de tanta gente.

A fim de facilitar todo o trabalho, uma recomendação: respire fundo e, não se sentindo totalmente seguro na identificação do artigo, do pronome, da preposição, da regência verbal e da regência nominal, seja humilde o suficiente para retomar esses temas. Afinal, eles serão pré-requisitos indispensáveis e de uma utilidade ímpar a partir daqui.

Mãos à obra e uma ótima colheita!

Prof. Ironi Andrade

INÍCIO DE CONVERSA

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Sintaxe

S

O vocábulo crase, do grego krasis, significa fusão. Logo, e já aqui, uma correção: nunca se usa crase; como fenômeno, pratica-se ou não se pratica a crase. Afinal, fenômeno é, sim, uma prática, e não um uso.

Considerando essa verdade, falemos e escrevamos, pois, isto: “A prática da crase confunde a maioria das pessoas” ou, então, “Professor, devo ou não devo praticar a crase nesse caso?”.

Mas e o vício no emprego de uso da crase, em vez de prática da crase, donde veio? Simplesinho, simplesinho: as pessoas sempre confundiram o fenômeno crase (fusão) com o acento (grave) que o caracteriza.

Sim, como alguns vocábulos, sobretudo para evitar confusão de significados, exigem acento agudo ou circunflexo, a fusão de dois ás, pelo mesmo motivo, exige o emprego do acento grave.

Exemplos:

a) Chegou a tarde (entardeceu).b) Chegou à tarde (alguém chegou e, ao chegar, já era tarde).c) Comeu um bife a cavalo (enquanto cavalgava, comia o bife).d) Comeu um bife à cavalo (comeu um bife cujo preparo o caracteriza como tal).e) Cheguei há uma hora (cheguei e, desde então, já se passou uma hora).f) Cheguei à uma hora (cheguei e, então, o relógio marcava exatamente uma hora).g) Cheguei a uma hora (construção absolutamente agramatical).

Conclusão: falemos e escrevamos assim: deve-se praticar (ou não) a crase e usar (ou não) o acento grave indicativo de sua prática.

Feitas essas ponderações, é hora de refletir um pouco sobre o assunto. A fim de facilitar a reflexão, procuremos responder a esta pergunta: que espécie de fusão deve ocorrer para que se pratique a crase?

A resposta é simples, mas extremamente elucidativa: esse fenômeno será sempre resultante da fusão de um “a” preposição com outro “a”, ora artigo, ora as palavras aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo.

CRASE

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Sintaxe

SOutra pergunta, com certeza, clareará ainda mais o tema: para essa prática, então, será necessário que exista

uma preposição?

Sim. Porém, não poderá ser qualquer preposição. Será indispensável que um vocábulo precedente exija a preposição “a”, e somente ela: obedecer a, referir-se a, oferecer alguma coisa a, favorável a, contrariamente a, e assim por diante.

Por fim, e para tornar ainda mais simples e fácil o entendimento, respondamos a mais esta indagação: e depois do “a”, exigido por um vocábulo precedente, o que deverá existir?

Resposta: obrigatoriamente, uma ideia (não necessariamente palavra) feminina (para que exista o outro “a”), ou os vocábulos aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo.

Em minha experiência de sala de aula, após testar dezenas e dezenas de fórmulas inúteis (como os sete pecados capitais da crase), extraídas de livros didáticos, criei uma maneira prática de ensinar o assunto e vi meus alunos exultantes com o resultado.

Resolvi, então, partir de uma regra geral e, depois, estudar, pormenorizadamente, três casos especiais.

01. Regra geral:

Quando um vocábulo remeter para depois dele um “a” (que, exigido por um antecedente, será preposição) e, após o “a”, houver uma ideia feminina (não necessariamente uma palavra feminina), ou os vocábulos aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo, praticar-se-á a crase.

Exemplos:

a) Eu obedeço à diretora (obedeço a, mais ideia feminina diretora).b) A diretora é favorável à disciplina (favorável a, mais ideia feminina disciplina).c) Esta sala é idêntica à dos moicanos (idêntica a, mais ideia feminina, já expressa, sala).d) Minha letra é igual à de Paulo (igual a, mais ideia feminina, já expressa, letra).e) Prefiro minha casa à de Vossa Senhoria (prefere-se uma a outra coisa, mais ideia feminina, já expressa,

casa).f) Essa peça é idêntica à exibida ontem (idêntica a, mais ideia feminina, já expressa, peça).

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Sintaxe

S

Em cada uma das frases que se seguem, destaque, com um círculo, o vocábulo que rege (exige) a preposição “a” e, com outro, a ideia feminina que se pospõe a ele:

01. Contrário à prática esportiva, o presidente foi deposto pelos associados.02. Ele obedeceu, ao longo de toda a vida, às orientações recebidas.03. Favorável, nas dependências do clube, à disciplina, ele era admirado.04. Contrário, naquele caso, à expulsão do sócio, o diretor foi voto vencido.05. A emenda à emenda, desfigurou o projeto inicial.06. Sei que às alunas não se fala como se fala aos diretores.07. O respeito devido à santa é enorme.08. Minha escola é semelhante à de Vossa Excelência, Senhor Presidente.09. Casa por casa, a minha é igual à dos últimos moicanos.10. A frequência a minhas aulas é semelhante às de Matemática.

Raciocínio lógico 01:

Acaso o “a” não concorde em número (singular e plural) com a ideia feminina, ele será apenas preposição (invariável), faltando, então, o artigo (variável).

• Refiro-me a alunas e a professoras.

Raciocínio Lógico 02:

A ideia feminina não poderá vir acompanhada de determinantes (artigo, pronome ou numeral), pois, uma vez eles estando expressos, restará apenas a preposição, e não ocorrerá mais a fusão.

• Falei a uma idosa, a dez mães e a esta menina.

Raciocínio Lógico 03:

Ante tais evidências, as chamadas “impossibilidades da crase” inexistem, pois as ideias femininas poderão estar ocultas antes de preposições, antes de verbos, antes de pronomes de qualquer espécie, e assim por diante.

• Já no interior da Cantina Romana, igual à dos italianos, comi um bife à cavalo.

EXERCÍCIO 01:

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Sintaxe

STirando a prova!

Além de ser extremamente fácil a aplicação da regra geral, pode-se, em caso de dúvidas (ou sempre, até!), tirar a prova a fim de confirmar, ou não, a necessidade do acento grave.

Para tanto, bastará substituir a ideia (não necessariamente palavra) feminina por outra masculina e ver o resultado. Se der “ao”, existem preposição e artigo e se poderá praticar a crase; já, se der “o”, existe apenas o artigo e, por essa razão, não será possível usar o acento grave.

Exemplos:

a) Refiro-me à menina que chegou atrasada.• Refiro-me ao caminhoneiro que chegou atrasado.

b) Abracei a menina que chegou atrasada.• Abracei o aluno que chegou atrasado.

c) Sempre obedeci à diretora.• Sempre obedeci ao delegado.

d) Fiz a tarefa de casa.• Fiz o tema de casa.

e) Esta sala é igual à de Marivaldo.• Este galpão é igual ao de Marivaldo.

f) Esta escola parece a do ciclo primário.• Este prédio parece o do ciclo primário.

Considerando a regra geral, e “tirando a prova” a fim de confirmar suas respostas, examine a possibilidade de uso do acento grave nas frases que se seguem:

01. Fui a fazenda e, depois, retornei a cidade.02. Chegando a escola, procurei a diretora.03. A aluna falou a professora sobre assuntos íntimos.

EXERCÍCIO 02:

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Sintaxe

S04. Referindo-se a mãe, ele difamou a irmã.05. Refiro-me a menina mais bonita da cidade.06. Obedeço a diretora, mas defendo a turma toda.07. Votei favoravelmente a candidata mais simpática.08. Frequência as aulas é obrigação de todos.09. Contrário a opinião do professor, o aluno apoiava a colega.10. Conheci a cidade das estátuas.11. Semelhante a de Vossa Excelência, minha casa também é nova.12. Prefiro uma casa velha a de Vossa Senhoria, diretor.13. A assistência a aluna deve ser idêntica a prestada ao aluno.14. Cara a cara, ele não justificou a emenda a emenda ao projeto.15. Minha posição é semelhante a de alguém que conheço.

Empregue o acento grave indicativo de crase sempre que houver contração da preposição “a” com os vocábulos aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo:

01. Referindo-me aquele cidadão, falei a verdade aquelas professoras.02. Sempre obedeci aquelas pessoas que me rodeavam.03. Aquele político corrupto, a população não daria um voto sequer.04. Aquilo que ocorreu em sala de aula, ele nem fez referências.05. Ele depôs ao juiz sobre aquele caso rumoroso.06. Ninguém foi favorável aquele argumento da defesa.07. Opinando sobre aquela questão, mantive-me neutro.08. Falar para aquela plateia foi honroso para mim.09. Aquela mulher e aquele homem sempre deverei gratidão.10. Sempre demonstrou alguma queda por aquele homem.

EXERCÍCIO 03:

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71

Sintaxe

S02. Casos especiais:

A – Localidades

Confusão tão frequente quanto comum, a prática da crase, antes nomes indicativos de localidades (vila, bairro, cidade, estado, país, continente...), exige dois requisitos.

O primeiro deles é o mesmo de sempre: deve haver um antecedente que exija a preposição “a” (ir a; chegar a; retornar a; regressar a...). O segundo refere-se à necessidade de que, antes do nome da localidade, exista o artigo “a”.

Exemplos:

a) Fui a Brasília.• Quem vai, vai a. • Mas: Brasília (e não “A Brasília”) é bela.

b) Conheci a Bahia.• A Bahia (e não “Bahia”) é bela. • Mas: “Conheci” (VTD) não exige preposição.

c) Cheguei à Argentina.• Quem chega, chega a. • E A Argentina (e não “Argentina”) é bela.

d) Regressei a Fortaleza.• Quem regressa, regressa a. • Mas: Fortaleza (e não “A Fortaleza”) é bela.

e) Visitei a África.• A África (e não “África”) encanta. • Mas: “Visitei” (VTD) não exige preposição.

f) Irei à Ásia.• Quem vai, vai a.• A Ásia (e não “Ásia”) é fascinante.

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Sintaxe

SAlém da estratégia de se iniciar nova frase com o nome da localidade a fim de ver se ele exige, ou não, artigo,

pode-se, também, lançar mão do recurso da volta. Explicando melhor: toma-se o nome da localidade em apreço e estrutura-se, com ele, uma frase como esta:

“VOLTO _______ NOME DA LOCALIDADE”. Aí, duas situações podem ocorrer:a) o espaço em branco é preenchido com “DA” (contração da preposição “de” com o artigo “a”): o nome da

localidade exige artigo; oub) o espaço em branco é preenchido com “DE” (simples preposição): o nome da localidade não exige artigo.

Exemplos:

a) Fui a Brasília.• Quem vai, vai a. • Mas: Volto DE Brasília: nada feito!

b) Conheci a Bahia.• Volto DA Bahia. • Mas: “Quem conhece, conhece e pronto: nada feito!

c) Cheguei à Argentina.• Quem chega, chega a. • Volto DA Argentina: crase!

Atenção:

1) Dessa demonstração depreende-se que, por si só, a estratégia do “Volto DA, crase há; volto DE, crase para quê?” não se basta. Para se praticar a crase será necessária, como na regra geral, a existência de um “A” (preposição) e, também, “a volta DA”.

2) Toda localidade, de alguma forma caracterizada, exige, antes de seu nome, um artigo.

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Sintaxe

S

Valendo-se de todas essas estratégias, pratique a crase, quando necessário, e, para marcar essa prática, use o acento grave:

01. Ir a Roma e não conhecer o papa é como ficar em casa.02. Chegar a Alemanha pela manhã é um encanto.03. Referindo-me a Salvador do Olodum, emocionei-me.04. Regressar a Áustria no inverno é um sonho meu.05. Fui a Lisboa e, lá, matei a saudade da infância.06. A Lisboa dos poetas retornarei em breve.07. Retornei a Paraíba e me encantei novamente.08. Ao avistar a Espanha, suspirei profundamente.09. Fui a São Paulo e, de lá, a Florianópolis.10. Cheguei a Recife e, depois, fui a Manaus.11. Fui a Moçambique de Mia Couto no ano passado.12. Retornei a Porto Alegre e, lá, fiz referências a Bahia.13. Fui a Europa e, depois, visitei a África.14. Retornei a Roma e a Berlim recentemente.15. Fiz belas referências a Argentina.16. A Paris, ele chegou muito cedo.17. Encanta-me a Curitiba das flores.18. Fui a Buenos Aires querida.19. Referi-me a Angola e a Antígua queridas.20. Visitar a Roma dos papas foi algo colossal.

B – Horas

Indiscutivelmente, todos os professores de Língua Portuguesa são sistematicamente consultados em relação à prática da crase. Indiscutivelmente, também, o recorde de perguntas refere-se ao uso do acento grave antes de expressões indicativas de horas.

EXERCÍCIO 04:

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Sintaxe

SPois bem, esse fato tem uma razão: as pessoas, em geral, são avessas à reflexão quando se trata do estudo e

da aprendizagem do Português. Sim, é incrível a resistência dos estudantes do idioma pátrio ao raciocínio lógico. O que se precisa entender é isto: o idioma é dinâmico, movimenta-se em todas as direções e, por isso mesmo,

repele toda forma de macetes ou de “decorebas” inúteis. Raciocinar, eis a solução!No caso de expressões indicativas de horas, por exemplo, a interpretação do enunciado onde elas aparecem

é fundamentalmente necessária. Afinal, três situações poderão decorrer dessa atividade interpretativa:a) a frase poderá indicar que o relógio marcava ou marcará exatamente determinado horário e, aí, será

obrigatório o uso do acento grave;b) a frase poderá repassar a ideia de que já se passou ou se passaram tantas horas e, então, será obrigató-

rio o uso do verbo haver (há); ec) a frase poderá não indicar nenhuma das situações anteriores e, aí, empregar-se-á o “a” simples.

Exemplos:

1) Cheguei ao colégio às dez horas.• Cheguei e, quando cheguei, o relógio marcava exatamente dez horas.

2) Cheguei ao colégio há dez horas.• Cheguei ao colégio e, desde que cheguei, já se passaram dez horas.

3) Chegarei ao colégio daqui a duas horas.• Neste caso, não significa que o relógio marcará, tampouco que já se passaram duas horas.

4) Cheguei ao colégio à uma hora.• Cheguei ao colégio e, quando cheguei, o relógio marcava exatamente uma hora.

5) Cheguei ao colégio há uma hora.• Cheguei ao colégio e, desde que cheguei, já se passou uma hora.

Observações:

1) em todos os exemplos, mas especialmente nos dois últimos, não haverá a mínima possibilidade de solução para dificuldade sem a atividade interpretativa; e

2) no caso de tempo passado, o emprego do verbo haver (há) estende-se para toda espécie de situação: se-gundos, minutos, horas, dias, semanas, meses, anos, séculos...

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Sintaxe

S

Depois de interpretar cada uma das frases que se seguem, sublinhe a expressão entre parênteses que completa corretamente os espaços pontilhados:

01. Cheguei .......... dez horas (a / as / às).02. Cheguei .......... dez horas (a / as / há).03. Chegarei .......... dez horas (as / às / há).04. Chegarei daqui .......... dez horas (a / à / há).05. Cheguei .......... uma hora (a / à).06. Cheguei .......... uma hora (a / há).07. Chegarei .......... uma hora (a / à / há).08. Chegarei daqui .......... uma hora (a / à / há).09. Acordei .......... zero hora (a / à / há).10. .......... zero hora, ele chegou (A / À / Há).11. .......... duas horas de viagem foram cansativas (As / Às / Há).12. Das quinze .......... dezesseis horas, estarei no escritório (as / às / há).13. .......... quinze horas estarei em casa (As / Às).14. Ele chegou .......... zero hora e quinze minutos (a / à / há).15. Daqui .......... oito horas chegarei ao trabalho (a / a / há).16. Ele foi à cidade .......... uma hora (a / à).17. Ele viu a cidade .......... uma hora (a / há).18. O menino saiu de casa .......... sete horas (as / às / há).19. O professor chegou ao colégio .......... sete horas (a / as / há).20. O diretor chegará ao colégio daqui .......... sete horas (a / às / há).

C – Locuções

O terceiro caso especial a que devemos dar atenção trata do emprego do acento grave em locuções, indiscutivelmente a situação mais embaraçosa a todos que se preocupam deste estudo.

EXERCÍCIO 05:

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Sintaxe

SÉ necessário, antes de iniciar o estudo deste assunto, que retomemos mais um conteúdo visto lá atrás, na

morfologia, as locuções. Lá, vimos que, como existem adjetivos (O amor materno fascina), existem também locuções adjetivas (O amor de mãe fascina); como existem advérbios (Acordei-me cedo), existem também locuções adverbais (Acordei-me pela manhã); como existem preposições (Preciso de socorro), existem também locuções prepositivas (Falei a respeito de tóxicos), e assim por diante.

Existem três espécies de locuções que exigem o emprego do acento grave:

1ª) Locuções adverbiais

Exemplos:

1) Cheguei ao colégio à tardinha.• A expressão à tardinha, modifica o verbo chegar e indica o horário em que cheguei.

2) Saí às pressas.• A expressão às pressas, modifica o verbo sair e indica o modo de como eu saí.

3) Comprei a mercadoria a prazo e vendi-a à vista.• As expressões a prazo e à vista modificam o verbo comprar e indicam o modo de como eu comprei a

mercadoria. Entretanto, somente a segunda é feminina.

2ª) Locuções prepositivas

Exemplos:

1) Ficarei à disposição de todos os alunos.• A expressão iniciada por a e acabada por de (à disposição de) é locução prepositiva, a palavra disposição

é de gênero feminino e, por isso, devo usar acento grave.

2) Falarei a respeito de tóxicos.• A expressão iniciada por a e acabada por de (a respeito de) é locução prepositiva, mas a palavra respeito

é de gênero masculino e, por isso, não posso usar acento grave.

3) Estarei na cidade a partir de amanhã.• A expressão iniciada por a e acabada por de (a partir de) é locução prepositiva, mas a palavra partir é de

gênero neutro e, por isso, não posso usar acento grave.

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Sintaxe

S4) Saí à procura dos filhos.

• A expressão iniciada por a e acabada por de (à procura dos) é locução prepositiva, a palavra procura é de gênero feminino e, por isso, devo usar acento grave.

3ª) Locuções conjuntivas

Exemplos:1) Ele enriquecia à medida que trabalhava.

• A expressão à medida que, usada com valor de conjunção (liga duas orações e atribui ideia de proporção), exige o acento grave.

2) Ele progride na profissão à proporção que estuda.• A expressão à proporção que, usada com valor de conjunção (liga duas orações e atribui ideia de

proporção), exige o acento grave.

Observações:1) Diante de nomes próprios femininos e de possessivos femininos, prática facultativa da crase.Exemplos:

• Referi-me a Jesualda em minha palestra. // Referi-me à Jesualda em minha palestra.• Fiz referências elogiosas a minha filha. // Fiz referências elogiosas à minha filha.

2) Diante da palavra casa será empregado o acento grave se ela estiver determinada; no sentido de lar, mo-radia, não.

Exemplos:• Retornei à casa de meus pais ontem. // Retornei a casa ontem.

3) Diante da palavra terra será empregado o acento grave se ela estiver determinada; no sentido de chão firme, não.

Exemplos:• Dez marinheiros chegaram à terra natal. // Dez marinheiros chegaram a terra.

4) Diante da palavra distância será empregado o acento grave se ela estiver determinada; do contrário, não.Exemplos:

• Assisti à cena à distância de dez metros. // Estudar a distância é ótimo.

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Sintaxe

S5) Após a palavra até, o emprego do acento grave é facultativo.Exemplos:

• Irei até a fazenda inspecionar meu gado. // Irei até à fazenda inspecionar meu gado.

6) As palavras moda ou maneira, ocultas, forçam o emprego do acento grave.Exemplos:

• Deliciei-me com um filé à milanesa (feito à moda, à maneira, como se o prepara em Milão).• O filé de peixe à Gomes de Sá estava ótimo (preparado como o comerciante Gomes de Sá preparava).

Nota: O registro dessas observações deve-se tão somente ao dever profissional de proteção aos estudantes (que não podem ser prejudicados em provas do Enem, de vestibulares ou de outros concursos) e não a convicções minhas, pois, nelas, existem absurdos inaceitáveis.

Aplicando os conhecimentos acumulados ao longo do estudo sobre as locuções, complete corretamente os espaços pontilhados:

01. Estávamos .......... espera de que tudo se normalizasse (a / à).02. Ele falará .......... respeito de tóxicos (a / à).03. Ficamos .......... disposição dos alunos até a noite (a / à).04. Ele saiu .......... cata de voluntários para o trabalho (a / à).05. Ele parou .......... cerca de dez metros daqui (a / à).06. .......... guisa de recordações, ele vivia (A / À).07. Ele estará aqui .......... partir de amanhã (a / à).08. Saí .......... busca de socorro (a / à).09. Ele chegou .......... tardinha (a / à).10. Quando vimos, .......... tardinha chegou (a / à).11. Ele refletia .......... margem do rio (a / à).12. O espelho refletia .......... margem do rio (a / à).13. Ele chegava em casa .......... tarde e .......... noite (a / à).

EXERCÍCIO 06:

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Sintaxe

S14. .......... escondidas, ele agia .......... escuras (As / Às / as / às).15. .......... margens do rio eram belíssimas (As / Às).16. .......... tarde estava ensolarada (A / À).17. .......... tarde, a praça estava ensolarada (A / À).18. Ele saiu .......... pressas (as / às).19. Ele via .......... noite como um manto azulado (a / à).20. Ele me via, .......... noite, como uma musa (a / à).21. .......... tarde, ele via .......... tarde como se fosse noite (A / À / a / à).22. .......... beira do mar, ele filosofava (A / À).23. .......... beira do mar era-lhe filosofia pura (A / À).24. .......... medida que estudava, mais aprendia (A / À).25. .......... proporção que trabalhava, mais ele era reconhecido (A / À).

01. (Banco do Brasil) – Opção que preenche corretamente as lacunas: O gerente dirigiu-se ___ sua sala e pôs-se ___ falar ___ todas as pessoas convocadas.a) à - à – àb) a - à – àc) à - a – ad) a - a – àe) à - a – à

02. (Banespa) – Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas do texto ao lado: “Recorreu ___ irmã e ___ ela se apegou como ___ uma tábua de salvação.”a) à - à – ab) à - a – àc) a - a – ad) à - à – àe) à - a - a

QUESTÕES DE PROVAS

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Sintaxe

S03. (Cescem) – Sentou-se ___ máquina e pôs-se ___ reescrever uma ___ uma as páginas do relatório.

a) à - à – ab) a - à – àc) à - à – àd) à - a – ae) à - a – à

04. (Cesgranrio) – Assinale a frase em que houve mau emprego de à ou às.a) Amores à vista.b) Referi-me às sem-razões do amor.c) Desobedeci às limitações sentimentais.d) Estava meu coração à mercê das paixões.e) Submeteram o amor à provações difíceis.

05. (FEI) – Assinalar a alternativa que preenche corretamente as lacunas das seguintes orações:I. Precisa falar ___ cerca de três mil operários.II. Daqui ___ alguns anos tudo estará mudado.III. ___ dias está desaparecido.IV. Vindos de locais distantes, todos chegaram ___ tempo ___ reunião.a) a - a - há - a – àb) à - a - a - há – ac) a - à - a - a – hád) há - a - à - a – ae) a - há - a - à – a

06. (DETRA / FGV) – Assinale a alternativa em que está correto o uso do acento indicativo de crase:a) O autor se comparou à alguém que tem boa memória.b) Ele se referiu às pessoas de boa memória.c) As pessoas aludem à uma causa específica.d) Ele passou a ser entendido à partir de suas reflexões sobre a memória.e) Os livros foram entregues à ele.

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Sintaxe

S07. (Escrivão de Polícia /SP) – A alternativa em que o sinal de crase não procede é:

a) À exceção da Bandeirantes, as outras emissoras de televisão detêm a ampla liderança com percentuais fa-bulosos.

b) Está presente a cineasta das cidades brasileiras à quem a porcentagem de 7% surpreendeu.c) Os dados da pesquisa referem-se às cenas, certamente sem paralelo, em qualquer outro lugar no mundo.d) Cresce, às escondidas, o número de cidades recebendo imagens de televisão, ameaçadoras dos valores éti-

co-culturais.e) À Globo, ninguém mais dá crédito.

08. (FASP - Faculdade São Francisco de Cajazeiras) – Assinale a alternativa com erro de crase:a) Você já esteve em Roma? Eu irei a Roma logo.b) Fui à Lisboa de meus avós, pois gosto da Lisboa de meus avós.c) Já não agrada ir à Brasília. A gasolina…d) Refiro-me à Roma antiga, na qual viveu César.e) nenhuma das alternativas está errada.

09. (FESP - Faculdade de Engenharia de São Paulo) – Refiro-me ___ atitudes de adultos que, na verdade, levam as moças ___ rebeldia insensata e ___ uma fuga insensata.a) às - à – àb) as - à – àc) às - à – ad) à - a – ae) à - a - à

10. (IBGE) – Assinale a opção incorreta com relação ao emprego do acento indicativo de crase:a) O pesquisador deu maior atenção à cidade menos privilegiada.b) Este resultado estatístico poderia pertencer à qualquer população carente.c) Mesmo atrasado, o recenseador compareceu à entrevista.d) A verba aprovada destina-se somente àquela cidade sertaneja.e) Veranópolis soube unir a atividade à prosperidade.

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Sintaxe

S11. (IFSP - Instituto Federal de São Paulo) – Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, a frase

a seguir. Os interessados em adotar crianças têm de recorrer ___ orientações do Juizado de Menores e se sujeitar ___

uma espera muitas vezes longa, o que, apesar de tudo, não desanima ___ maioria.a) às - a – ab) às - à – ac) às - à – àd) as - a – àe) as - à - à

12. (ITA - SP) – Analisando as sentenças:I. A vista disso, devemos tomar sérias medidas.II. Não fale tal coisa as outras.III. Dia a dia a empresa foi crescendo.IV. Não ligo aquilo que me disse.

Podemos deduzir que:

a) Apenas a sentença III não tem crase.b) As sentenças III e IV não têm crase.c) Todas as sentenças têm crase.d) Nenhuma sentença tem crase.e) Apenas a sentença IV não tem crase.

13. (ITA – SP) – Dadas as afirmações:1. Tudo correu as mil maravilhas.2. Caminhamos rente a parede.3. Ele jamais foi a festas.

Verificamos que o uso do acento indicador da crase no a é obrigatório:

a) apenas na sentença nº 1.b) apenas na sentença nº 2.c) apenas nas sentenças nºs 1 e 2.d) em todas as sentenças.e) em nenhuma das sentenças.

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Sintaxe

S14. (Oficial de Justiça) – Assinale a alternativa onde o sinal indicativo da crase está inadequado:

a) Prefiro esta bolsa àquela.b) Isto é prejudicial à saúde.c) Escrevia à Machado de Assis.d) Ele referiu-se à Fabiana, não a mim.e) As lágrimas caíam uma à uma de seus olhos.

15. (POLÍCIA CIVIL/SC) – Assinale a alternativa correta que preenche as lacunas da frase a seguir: “O vereador que reside ___ Rua Miguel Deodoro corre o risco de ter seu ___ ___assim que o processo chegar ___

mãos do Presidente.a) à - mandado caçado - asb) à - mandato caçado - àsc) na - mandado cassado - asd) na - mandato cassado - àse) à - mandato caçado - as

16. (TJ/RO – CESGRANRIO) – Indique a opção em que o sinal de crase está corretamente usado.a) Essa proposta convém à todos.b) O governo aumentou à quantidade de subsídios.c) A empresa considerou a oferta inferior à outra.d) Ele está propenso à deixar o cargo.e) Não vou aderir à modismos passageiros.

17. (TRE) – O uso do acento grave (indicativo de crase ou não) está incorreto em:a) Primeiro vou à feira, depois é que vou trabalhar.b) Às vezes não podemos fazer o que nos foi ordenado.c) Não devemos fazer referências àqueles casos.d) Sairemos às cinco da manhã.e) Isto não seria útil à ela.

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Sintaxe

S18. (TRE) – O acento grave, indicador de crase, está empregado incorretamente em:

a) Tal lei se aplica, necessariamente, à mulheres de índole violenta.b) As novelas, às quais assisti, problematizam a questão da droga.c) Entregou as chaves da loja àquele senhor que nos desacatou na praça.d) O delegado disse ao prefeito e aos vereadores que estava à procura dos foragidos.e) O bom atendimento às pessoas pobres deve ser prioridade da nova administração.

19. (UFABC) – A alternativa em que o acento indicativo de crase não procede é:a) Tais informações são iguais às que recebi ontem.b) Perdi uma caneta semelhante à sua.c) A construção da casa obedece às especificações da Prefeitura.d) O remédio devia ser ingerido gota à gota, e não de uma só vez.e) Não assistiu a essa operação, mas à de seu irmão.

20. (UFABC) – Nas alternativas que seguem, há três frases que podem estar corretas ou não. Leia-as atentamente e marque a resposta certa:I. O seu egoísmo só era comparável à sua feiura.II. Não pôde entregar-se às suas ilusões.III. Quem se vir em apuros, deve recorrer à justiça.

a) Apenas a frase II está correta.b) Apenas as frases I e II estão corretas.c) As três frases estão corretas.d) Apenas a frase I está correta.e) Apenas as frases II e III estão corretas.

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Sintaxe

SPROVA COMPLETAFundação Getúlio Vargas (FGV)Nível superior

01. Uma redação apresentou o seguinte fragmento de texto: “Solidariedade não faz bem apenas para quem ajuda, mas também para quem a pratica. E isso, agora, está comprovado cientificamente: um estudo realizado nos EUA por um neurocientista brasileiro revela que a boa ação ativa uma região cerebral que proporciona uma sensação de prazer e bem-estar comparada aos atos de comer chocolate, ganhar dinheiro e fazer sexo”.

Sobre esse fragmento textual, assinale a afirmativa incorreta.

a) O assunto do texto é a solidariedade.b) O ponto de vista sob o qual é tratado o assunto se refere a benefícios trazidos pela prática da solidariedade.c) A tese apresentada é a de que a prática da solidariedade auxilia quem a realiza e quem a recebe.d) Um argumento apresentado é de base científica, apoiado em estudo de um neurocientista.e) Um argumento é de caráter pessoal, ao expressar bem-estar no ato de comer, ganhar dinheiro e fazer sexo.

02. “O Papa Francisco lamentou neste domingo que ‘os poucos ricos’ aproveitam aquilo que ‘em justiça, pertence a todos’. Ele afirmou que cristãos não podem permanecer indiferentes ao crescimento de preocupações com os explorados e os indigentes, incluindo imigrantes. O Papa chamou atenção para a causa dos idosos abandonados e para ‘o grito de todos aqueles levados a deixar suas casas e sua terra natal por um futuro incerto’. Ele acrescen-tou: ‘é o grito de populações inteiras, privadas inclusive de todos os recursos naturais a sua disposição.’”

(Tribuna da Bahia, 19/11/2018.)

O discurso do Papa Francisco tem caráter predominantemente:

a) político-religioso. b) socioeconômico. c) político-social. d) religioso-social. e) religioso-econômico.

LÍNGUA PORTUGUESA

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Sintaxe

S03. Leia o texto a seguir, em que estão sublinhados adjetivos. “O Papa Francisco lamentou neste domingo que ‘os poucos ricos’ aproveitam aquilo que ‘em justiça, pertence

a todos’. Ele afirmou que cristãos não podem permanecer indiferentes ao crescimento de preocupações com os explorados e os indigentes, incluindo imigrantes. O Papa chamou atenção para a causa dos idosos abandonados e para ‘o grito de todos aqueles levados a deixar suas casas e sua terra natal por um futuro incerto’. Ele acrescen-tou: ‘é o grito de populações inteiras, privadas inclusive de todos os recursos naturais a sua disposição’”.

(Tribuna da Bahia, 19/11/2018.) Assinale a opção em que o termo adjetivado está identificado incorretamente.

a) ricos / poucos. b) indiferentes / cristãos.c) abandonados / idosos. d) incerto / futuro. e) privadas / inteiras.

04. “Ao longo dos últimos anos, a participação de pessoas com idade superior aos 60 anos vem aumentando na força de trabalho do país. Além do envelhecimento da população, os idosos estão adiando a saída do mercado. E para protegê-los, o Estatuto do Idoso, que completou 15 anos no dia 1º de outubro, também trata de direitos relativos a trabalho e renda. Entretanto, alguns ainda não saíram do papel”.

(Tribuna da Bahia, 18/11/2018.) A forma verbal sublinhada tem valor de uma ação que

a) começou no passado e continua no presente. b) mostra uma ação anterior a outra ação passada.c) ocorre, provavelmente, no presente e no futuro.d) começa e termina no presente.e) se repete no passado.

05. “Ao longo dos últimos anos, a participação de pessoas com idade superior aos 60 anos vem aumentando na força de trabalho do país. Além do envelhecimento da população, os idosos estão adiando a saída do mercado. E para protegê-los, o Estatuto do Idoso, que completou 15 anos no dia 1º de outubro, também trata de direitos relativos a trabalho e renda. Entretanto, alguns ainda não saíram do papel”.

(Tribuna da Bahia, 18/11/2018.)

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Sintaxe

S Assinale a opção que indica como o segmento “Além do envelhecimento da população, os idosos estão

adiando a saída do mercado” poderia ser mais claramente expresso.

a) Apesar do envelhecimento da população, os idosos estão adiando a saída do mercado.b) Com o envelhecimento da população, os idosos estão adiando a saída do mercado. c) Mesmo com o envelhecimento da população, os idosos estão adiando a saída do mercado.d) Os idosos estão adiando a saída do mercado e o envelhecimento da população é fato natural. e) Os idosos estão adiando a saída do mercado já que está ocorrendo o envelhecimento da população.

06. “Ao longo dos últimos anos, a participação de pessoas com idade superior aos 60 anos vem aumentando na força de trabalho do país. Além do envelhecimento da população, os idosos estão adiando a saída do mercado. E para protegê-los, o Estatuto do Idoso, que completou 15 anos no dia 1º de outubro, também trata de direitos relativos a trabalho e renda. Entretanto, alguns ainda não saíram do papel”.

(Tribuna da Bahia, 18/11/2018.)

Assinale a opção que apresenta a substituição adequada de um segmento desse texto.

a) “Ao longo dos últimos anos” / após os últimos anos.b) “força de trabalho do país” / força de trabalho dos países.c) “para protegê-los” / a fim de proteger-lhes.d) “que completou” / o qual completou. e) “alguns ainda não saíram” / alguns até agora não saíram.

07. “O número de cigarros comercializados irregularmente superou neste ano a quantidade de produtos vendi-dos legalmente. A constatação vem de pesquisa do Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope). Encomendado pelo Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (ETCO), o estudo aponta que, em 2018, foram consumidos 106,2 bilhões de cigarros, dos quais 57,5 bilhões de unidades (54%) fora do mercado legal”.

(Tribuna da Bahia, 18/11/2018.)

Assinale a opção que apresenta a mudança formal que está de acordo com a língua padrão.

a) comercializados / comercializado.b) vendidos / vendido.c) Encomendado / Encomendada. d) foram consumidos / foi consumido.e) fora do mercado legal / foras do mercado legal.

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88

Sintaxe

S08. “Evidentemente que não se pode reconstruir as cidades, porém são possíveis e necessárias a formação e a

consolidação de novas centralidades urbanas, com a descentralização de equipamentos sociais, a informatiza-ção e descentralização de serviços públicos e, sobretudo, com a ocupação de vazios urbanos, modificando-se, assim, os fatores geradores de viagens e diminuindo-se as necessidades de deslocamentos, principalmente motorizados”.

(Ministério das Cidades)

O texto aborda o problema do transporte urbano atual, com organização argumentativa. Sobre os com-ponentes desse segmento, assinale a afirmativa correta.

a) O advérbio “Evidentemente” se a poia em pesquisas realizadas sobre o assunto.b) A primeira oração do texto se opõe a uma outra colocação argumentativa. c) As sugestões dadas para as mudanças abordam as consequências do transporte urbano em moldes atuais. d) O texto não sugere mudanças cabíveis no modelo atual, apesar de crítico ao atual modelo de transporte. e) O texto mostra fatos já em processo de efetivação, por tratar-se de publicação de órgão oficial.

09. Uma editora paulista, sob o título “Da semente ao livro”, publicou o texto a seguir. “Plantar florestas. A madeira que serve de matéria-prima para nosso papel vem de plantio renovável, ou seja, não é fruto de desmatamento. Essa prática gera milhares de empregos para agricultores e ajuda a recuperar áreas ambientais degradadas.”

Esse texto publicitário pretende

a) mostrar a perfeita organização da empresa.b) criar uma imagem positiva da empresa na população.c) indicar a razão do sucesso profissional da empresa.d) demonstrar que a proteção ambiental é uma exigência legal.e) destacar os prejuízos do desmatamento.

10. Um catálogo de venda de vinhos declarava, sobre um dos vinhos oferecidos, o seguinte: “Foi entre deliciosos aromas de maçãs, peras e limões que este espumante encontrou a máxima expressão da região do Vêneto. Tem perlage rico e sabor persistente. Leve, sedutor e elegante.”

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Sintaxe

S Sobre a estruturação e a linguagem desse anúncio publicitário, assinale a afirmativa inadequada.

a) Emprega o jargão de vinhos.b) Apela para sensações olfativas. c) Faz referência à origem valorizadora do vinho.d) Informa sobre dados objetivos.e) Utiliza-se de linguagem figurada.

11. Assinale a opção em que a frase mostra erro de concordância nas expressões percentuais.a) No Brasil, apenas 1% têm tudo.b) Apenas 10% das prostitutas caem na vida.c) Mais valem 10% de mil do que 100% de dez.d) O Brasil é o único país do mundo com 110% de corrupção. e) Havia 50% de bons ladrões no tempo de Cristo.

12. Assinale a opção que apresenta a frase em que o vocábulo “maior” deveria ser trocado por outro mais ade-quado.a) Ônibus maiores foram comprados neste mês.b) Os maiores prejuízos foram para a indústria.c) Maiores informações na Secretaria de Fazenda. d) Maiores lucros foram para os atravessadores.e) Nunca se viram maiores filas de emprego.

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Sintaxe

S

EXERCÍCIO 01:01. contrário / prática02. obedeceu / orientações03. favorável / disciplina04. contrário / expulsão05. emenda / emenda06. fala / aluna07. devido / santa08. semelhante / escola09. igual / casa10. semelhante / aulas

EXERCÍCIO 02:01. à / a02. à / a 03. A / à04. à / a05. à06. à / a07. à08. às09. à / a10. a11. à12. à13. A / à / à14. a / a / à15. à

EXERCÍCIO 03:01. àquele / àquelas02. àquelas03. Àquele04. Àquilo05. aquele06. àquele07. aquela

GABARITO

08. aquela09. Àquela / àquele10. aquele

EXERCÍCIO 04:01. a 02. à03. à04. à05. a06. À07. À08. a09. a / a10. a / a11. à12. a / a13. à / a14. a / a15. à16. A17. a18. à19. à / à20. a

EXERCÍCIO 05:01. às02. há03. à04. a05. à06. há07. à08. a09. à10. À

11. As12. às13. Às14. à15. a16. à17. há18. às19. há20. a

EXERCÍCIO 06:01. à02. a03. à04. à05. a06. À07. a08. à09. à10. a11. à12. a13. à14. Às / às15. As16. A17. À18. às19. a20. à21. À / a22. À23. A24. À25. À

QUESTÕES DE PROVAS:01. C02. E03. D04. E05. A06. B07. B08. B09. C10. B11. A12. A13. C14. E15. D16. C17. E18. A19. D20. C

PROVA COMPLETA:01. E02. C03. E04. A05. D06. E07. A08. B09. B10. D11. A12. C

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Olá, parceiro de escalada!

Fechamos, aqui, a crase, que reuniu muitos outros assuntos vistos ao longo de nossa belíssima caminhada.

Você pôde perceber, com certeza, a forma cirúrgica com que pinçamos, a todo instante, assuntos vistos na morfologia (artigo, preposição, nomes regentes – substantivo, adjetivo e advérbio –, pronomes demonstrativos, verbos) e, igualmente, na sintaxe (regência verbal e regência nominal).

Com isso, e mais uma vez, confirmou-se a tese da sequencialidade, da lógica, da reflexividade, da coerência e da cumulatividade que norteiam e organizam nosso idioma.

Certamente não se esgotou de todo o tema, mas, com certeza, também, abordou-se-o de forma a preencher totalmente as necessidades de uma boa prática diária e, sem qualquer sombra de dúvidas, as exigências de provas de qualquer concurso: vestibulares, Enem...

Quanto ao desabafo na nota final, ao lado de um pedido de desculpas, registro uma justificativa: há “pensadores”, infelizmente, que, sem pensar na facilitação do domínio gramatical, sentem-se eufóricos em “reinventar a roda”. Como exemplo, sugiro que se pense nisto: você, agora, está a estudar “a distância” ou seu estudo está-se dando “à distância”?

Enfim, muito estudo, muitos exercícios, muita coragem, muita persistência. Afinal, e como alguém já dissera, “Os bons resultados sempre aparecem depois, mas eles são um diploma de honra ao mérito de sua vontade de vencer”!

Um abraço!

Prof. Ironi Andrade

ÚLTIMAS PALAVRAS

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ANÁLISE SINTÁTICA INTERNA

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Avante, parceiro de estrada!

Quem, dentre todos os estudiosos da Língua Portuguesa, não gostaria de estar na situação em que nos encontramos e, com isso, poder iniciar o exame da análise sintática interna, tendo, sob controle, sob domínio, todos os pré-requisitos necessários à compreensão dela? Todos, com absoluta certeza!

Sim, agora virão à tona, novamente, todas as classes gramaticais, toda a regência, verbal e nominal. E assim, vê-se, mais uma vez, que estudar o idioma pátrio é um perene plantar e colher.

Considerando que a análise que ora se inicia é a interna, chegou a hora de sete, das dez classes de palavras (preposição, conjunção e interjeição não desempenham funções sintáticas, isto é, existem somente como classes) voltarem à baila a fim de serem rebatizadas como funções.

A partir daqui veremos que, de fato, os determinantes do substantivo, assim como seu modificador, quando estiver no mesmo sintagma, serão sempre adjuntos adnominais; os advérbios e as locuções adverbiais serão sempre adjuntos adverbiais; os verbos caracterizarão um dos três tipos de predicado; o substantivo e o pronome serão rebatizados e receberão o nome de uma, dentre sete funções sintáticas. Isso tudo, é claro, em estreita consonância com as regências, verbal e nominal.

Enfim, e se, por um lado, tantas expressões meio estranhas podem assustar; por outro, será muito lógico que, visto isso tudo com certo otimismo, um novo “sol da liberdade, em raios fúlgidos”, brilhará à nossa frente, trazendo mais clareza, mais entendimento, mais domínio, mais amor. Liberdade à vista, caminhantes patrióticos!

Bom proveito!

Prof. Ironi Andrade

INÍCIO DE CONVERSA

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Sintaxe

S

Inicialmente, um esclarecimento: existem, no estudo do Português, duas análises sintáticas, uma interna, outra externa.

A primeira delas – interna – faz parte do estudo da oração, isto é, está situada no sexto degrau de nossa Escada do Português Lógico. Ela estuda, afinal, as funções sintáticas da oração. Já a segunda – externa – pertence ao sétimo degrau, pois se ocupa da classificação dos períodos, dividindo-os em simples e compostos e distribuindo os compostos dentro dos processos de coordenação e de subordinação.

Neste momento, então, faremos uma minuciosa, mas romântica, união matrimonial, transformando, pelos laços sagrados da morfossintaxe, classes gramaticais em funções sintáticas.

Conhecidas, tradicionalmente, por termos da oração, essas, hoje, funções sintáticas dividem-se, de acordo com sua funcionalidade na oração, em:

A – essenciais;• sujeito• predicado

B – integrantes;• objeto direto• objeto indireto• complemento nominal• agente da passiva

C – acessórias; e• adjunto adnominal• adjunto adverbial

D – independentes.• aposto• vocativo

ANÁLISE SINTÁTICA INTERNA

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Sintaxe

S• Há, ainda, o predicativo que, a exemplo de “mala de viajantes”, é jogado, ora para cá, ora para lá, pelos estudio-

sos do idioma, sem ser definitivamente fixado em classificação nenhuma.

Antes de começarmos a dissecar cada uma dessa funções, temos de fazer uma observação muito importante: há um século e meio, aproximadamente, descobriram-se os sintagmas, verbal e nominal, que, sobretudo no trato da sintaxe, apresentam-se como instrumentos poderosos a serviço da compreensão clara, objetiva, lógica e reflexiva das diversas funções sintáticas que estruturam as orações.

Os sintagmas são segmentos oracionais que se formam em torno de vocábulos-chave, reunindo, ao redor deles, tudo o que lhes diz respeito.

Quando, por exemplo, no estudo tradicional da análise sintática, dividíamos a oração em sujeito e predicado, ainda que não notássemos, criávamos uma confusão monstruosa na cabeça dos estudantes.

Numa oração como “O meu primeiro aluno muito inteligente sugeriu novas estratégias de estudo”, chamávamos sujeito “O meu primeiro aluno muito inteligente” e predicado o restante do enunciado, “sugeriu novas estratégias de estudo”. Ora, do que era denominado sujeito, em seguida começava a emergir um sem-número de outras funções sintáticas.

É bem como me dissera, certa vez, um aluno de cidade caracteristicamente gaúcha, no Rio Grande do Sul: “Professor, entendo bem esse negócio de sujeito e predicado. Porém, quando eles começam a dar cria, eu fico mais perdido do que cego em tiroteio e me encho de raiva”.

Perdão pelo exemplo chulo que escolhi, mas a verdade é que não encontrei nada mais ilustrativo do que a reação natural, lógica e cheia de razão desse ex-aluno para ilustrar uma forma tão ultrapassada de ainda se ensinar esse conteúdo.

Tudo ficaria mais claro, convenhamos, se denominássemos, corretamente, “O meu primeiro aluno muito inteligente” como sintagma nominal, dentro do qual está (não é!) o sujeito, e “sugeriu novas estratégias de estudo” como sintagma verbal, dentro do qual está o verbo.

Desses segmentos (sintagmas), depois, extrairíamos, sem nenhum sobressalto ou raciocínio confuso, várias outras funções sintáticas. Do primeiro deles (O meu primeiro aluno muito inteligente), por exemplo, sairiam, sem o incômodo de nossos alunos se confundirem com um sujeito que, em seguida, não era mais somente sujeito, mas um amontoado de coisas, isto: sujeito (aluno); adjuntos adnominais (o, meu, primeiro e inteligente); e adjunto adverbial (muito).

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Sintaxe

SAfinal, o sujeito seria apenas o substantivo (aluno), e não o artigo (o), o pronome possessivo (meu), o numeral

(primeiro), o advérbio (muito) ou o adjetivo (inteligente).Assim haveremos de, inteligentemente, trabalhar a análise sintática interna, facilitando a compreensão das

funções sintáticas, ao invés de complicá-la.

01. Sujeito

Visando a consertar uma conceituação histórica e equivocadamente consagrada, precisamos dizer que sujeito, representado por um substantivo, por uma locução substantiva ou por um pronome, é o centro nuclear do sintagma nominal. Na oração, ele ou pratica, ou sofre, ou pratica e sofre determinada ação ou, ainda, assume determinado estado.

Exemplos:

• O menino escreve belos textos (pratica a ação de escrever).• Bonito texto foi escrito pelo menino (sofre a ação de ser escrito).• O menino machucou-se (pratica e sofre os efeitos da ação praticada).• O professor está feliz (assume um estado de felicidade).

Observações:

1ª) daqui sairão, mais à frente, as vozes verbais: ativa, passiva e reflexiva; e2ª) o sujeito assume determinado estado quando o verbo é de ligação.

De acordo com a forma de como ele se apresenta, o sujeito pode ser:a) Simples: ele é assim classificado quando é único em uma oração.

Exemplos:

• O menino chegou cedo à escola.• O enxame instalou-se no beiral da casa.

FUNÇÕES ESSENCIAIS

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Sintaxe

Sb) Composto: ele é assim classificado quando não é único em uma oração.

Exemplos:

• O menino e a menina chegaram cedo à escola.• O pai, a mãe e o filho visitaram o avô doentio.

c) Agente: é aquele que age, praticando determinada ação.

Exemplos:

• O menino acaricia o gatinho de estimação.• O pai e a mãe alimentam muito bem o filho.

d) Paciente: é aquele que recebe os efeitos de uma determinada ação.

Exemplos: • O gatinho de estimação é acariciado pelo menino.• O filho é muito bem alimentado pelo pai e pela mãe.

e) Expresso: é aquele que, representado por um pronome ou por um substantivo, está claro, isto é, está pre-sente na oração.

Exemplos: • O menino chegou cedo à escola.• Alguém visitou o aniversariante.

f) Oculto: também chamado desinencial ou subentendido, é aquele cuja identificação pode-se dar pela desi-nência verbal.

Exemplos: • Irei à festa (ei: desinência de primeira pessoa do singular – Eu).• Irás à festa (ás: desinência de segunda pessoa do singular – Tu).• Irá à festa (á: desinência de terceira pessoa do singular – Ele / Ela).• Iremos à festa (mos: desinência de primeira pessoa do plural – Nós).• Ireis à festa (eis: desinência de segunda pessoa do plural – Vós).

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Sintaxe

Sg) Indeterminado: é aquele que existe, não aparece, não se quer ou não se pode identificar e decorre do em-

prego de verbos na terceira pessoa do plural ou na terceira pessoa do singular (com verbos intransitivos, transitivos indiretos ou de ligação), acompanhados de “se”.

Exemplos: • Riscaram meu automóvel no estacionamento (não vi, não sei quem riscou).• Falam mal de você (não sei de quem se trata ou não quero identificar “o falador”).• Vive-se bem aqui (viver: verbo intransitivo, acompanhado de “se”).• Precisa-se de funcionários (precisar: verbo transitivo indireto, acompanhado de “se”).• Aqui se é feliz (ser: verbo de ligação, acompanhado de “se”).

Observações:1ª) no caso da terceira pessoa do plural, há que se cuidar que o contexto não identifique o sujeito.

Exemplo: Os alunos chegaram. Todos entraram na sala. Fizeram algazarra. Saíram.• Os alunos chegaram: sujeito simples, agente e claro.• Todos entraram na sala: sujeito simples, agente e claro.• Fizeram algazarra: sujeito oculto (não aparece, mas eu sei de quem se trata).• Saíram: sujeito oculto (não aparece, mas eu sei de quem se trata).

2ª) verbos transitivos diretos ou diretos e indiretos, acompanhados de “se”, terão sujeito sempre expresso e aqueles concordarão sempre com este.

Exemplo: Venderam-se casas, distribuíram-se os lucros aos filhos e não se precisou de corretores. • Venderam-se casas: o verbo (transitivo direto, acompanhado do “se”) concordou com o sujeito expresso

“casas”.• Distribuíram-se os lucros aos filhos: o verbo (transitivo direto e indireto, acompanhado do “se”) concordou

com o sujeito expresso “lucros”.• Não se precisou de corretores: o verbo (transitivo indireto, acompanhado do “se”) permaneceu no singu-

lar porque eu não sei de quem se trata o sujeito, haja vista ser ele indeterminado.

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Sintaxe

S3ª) com verbos transitivos diretos ou diretos e indiretos, acompanhados de “se”, nós teremos voz passiva

sintética e o “se” levará o nome de partícula apassivadora.

Exemplo: Venderam-se casas e comprou-se um avião. • Venderam-se casas: essa oração, correspondendo a “Duas casas foram vendidas”, está na voz passiva sin-

tética e o “se” é partícula apassivadora (afinal, sem ele, a frase passa para a voz ativa).• Comprou-se um avião: essa oração, correspondendo a “Um avião foi comprado”, está na voz passiva sinté-

tica e o “se” é partícula apassivadora (afinal, sem ele, a frase passa para a voz ativa).

4ª) com verbos intransitivos, transitivos indiretos e de ligação, acompanhados de “se”, nós teremos voz ati-va, sujeito indeterminado e o “se” levará o nome de índice de indeterminação do sujeito.

Exemplo: Vive-se bem aqui, não se necessita de nada e se é muito feliz. • Vive-se bem aqui: essa oração, com verbo intransitivo, acompanhado de “se”, está na voz ativa e o “se” é

partícula apassivadora.• Não se necessita de nada: essa oração, com verbo transitivo indireto, acompanhado de “se”, está na voz

ativa e o “se” é partícula apassivadora.• Se é muito feliz: essa oração, com verbo de ligação, acompanhado de “se”, está na voz ativa e o “se” é par-

tícula apassivadora.

h) Oração sem sujeito: é aquela que, por motivos lógicos, não se consegue explicar e, por isso mesmo, en-quanto não se consertar o absurdo, dever-se-á decorar e, nos momentos certos, pôr esse descalabro em prática.

A oração não terá sujeito, dizem, em três situações:1ª) com o verbo haver no sentido de existir ou acontecer;

Exemplos: • Havia (existiam) milhares de refugiados nos campos de concentração.• Houve (aconteceram) milhares de acidentes nas estradas brasileiras.• Deve haver (devem existir) sobreviventes nos escombros.• Vai haver (vão acontecer) muitos acidentes nas estradas nacionais.

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Sintaxe

S2ª) com os verbos haver, fazer, ser e estar referindo-se a tempo; e

Exemplos: • Há dez anos (dez anos: tempo) não há reuniões no clube.• Havia meses (meses: tempo) que não aconteciam reuniões no clube.• Deverá haver dias quentes (dias quentes: condição climática) no verão.• Faz dez anos (dez anos: tempo) que não ocorrem dias tão quentes.• Fazia meses (meses: tempo) que não se faziam casas novas aqui.• Deverá fazer noites gélidas (noites gélidas: condição climática) no inverno.• Agora já é tarde (tarde: tempo) demais.• Devia ser tarde (tarde: tempo) demais para gritos histéricos.• Está cedo (cedo: tempo) ainda.• Devia estar quente (quente: condição climática) na ferrovia.

3ª) com os verbos indicativos de fenômenos naturais.

Exemplos: • Choveu muito ontem.• Nevou enormemente na serra gaúcha.• Relampejou assustadoramente ontem à noite.

Observações:

1ª) Em “Havia problemas”, o substantivo “problemas”, absurdamente, será objeto direto.2ª) Em “Existiam problemas”, o substantivo “problemas” será sujeito.3ª) Em “Houve acidentes”, o substantivo “acidentes”, absurdamente, será objeto direto.4ª) Em “Aconteceram acidentes”, o substantivo “acidentes” será sujeito.5ª) Em “Nevava muito ontem”, como há verbo e dois adjuntos adverbiais, hão há sujeito.6ª) Em “Nevavam flocos de neve”, embora o verbo indique fenômeno natural, “flocos” é sujeito.7ª) Em “Choveu torrencialmente ontem”, como há verbo e dois adjuntos adverbiais, hão há sujeito.8ª) Em “Choveram chuvas torrenciais”, embora o verbo indique fenômeno natural, “chuvas” é sujeito.

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Sintaxe

SConclusão:

Melhor seria dizer que, com verbos indicativos de fenômenos naturais, poder-se-á ter oração sem sujeito.

Resolva o exercício que se segue de acordo com esta legenda:

A – expresso B – oculto C – indeterminado D – oração sem sujeito

01. ( ) Consertam-se aparelhos de som.02. ( ) Dão-se aulas de Português.03. ( ) Deram-se aulas de Matemática.04. ( ) Relampejavam relâmpagos assustadores.05. ( ) Precisa-se, nestas lojas, de muitos funcionários.06. ( ) Os alunos, informei-os bem acerca dos acontecimentos.07. ( ) Confiam-se segredos.08. ( ) Não se confia em segredeiros.09. ( ) Dormiram-se, nesta estalagem, sonos fantásticos.10. ( ) Dormiram, nesta estalagem, sonos fantásticos.11. ( ) Dorme-se, nestas estalagens, muito bem.12. ( ) Chove torrencialmente lá fora.13. ( ) Compram-se, aqui, sonhos.14. ( ) Não se precisa, aqui, de sonhos.15. ( ) Precisam-se, aqui, os sonhos.16. ( ) Alugam-se casas.17. ( ) Não se necessita de avalistas.18. ( ) Confiaram-se, na tarde de ontem, confidências.19. ( ) Não se confia em confidentes.

EXERCÍCIO 01:

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Sintaxe

S20. ( ) Não se querem soluções prontas.21. ( ) Não querem soluções prontas.22. ( ) Fizestes ótimos trabalhos, meninos.23. ( ) Morrem-se muitas mortes.24. ( ) Vive-se a vida.25. ( ) Precisaram-se, na reunião, os objetivos do grupo.26. ( ) Precisa-se, no grupo, de objetivos.27. ( ) Aqui se é feliz, aluno.28. ( ) Não duvide dos resultados.29. ( ) Que se obedeça aos pais.30. ( ) Dormiram bons sonos.31. ( ) Choveu muito, ontem à noite.32. ( ) Relampejava assustadoramente na tarde de ontem.33. ( ) Relampejavam relâmpagos assustadores ontem à noite.34. ( ) Houve dezenas de ataques suicidas.35. ( ) Fará muito calor no próximo verão.

02. Predicado

No trato sintagmático da análise sintática interna, isto é, vista a partir dos segmentos que se formam ao re-dor do sujeito e do verbo, sintagma verbal e predicado confundem-se, ou seja, são rigorosamente a mesma coisa.

Exemplos:• O menino estudioso foi ao colégio do bairro.

Sintagma nominal: O menino estudioso.Sintagma verbal: foi ao colégio do bairro.

• O professor esforçado cativa todos os seus alunos da escola. Sintagma nominal: O professor esforçado. Sintagma verbal: cativa todos os seus alunos da escola.

• Depredaram a praça central. Sintagma nominal: não existe, haja vista que o sujeito é indeterminado. Sintagma verbal: Depredaram a praça central.

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Sintaxe

SDe acordo com a regência do verbo – centro nuclear do sintagma verbal -, o predicado pode ser:

a) Verbal: é aquele em que o sentido da oração concentra-se num verbo significativo, que será intransitivo, transitivo direto, transitivo indireto ou transitivo direto e indireto.

Exemplos: • O menino chegou cedo à escola. Vê-se, aí, que, suprimido o verbo intransitivo chegar, desmonta-se o sentido da frase.

• O rapaz trabalhador comprou cavalos de corrida. Aqui também o sentido da frase se apoia no verbo transitivo direto comprar.

• Ofereceram alimentos saudáveis aos moradores de rua. Pode-se ver que, retirando-se o verbo transitivo direto e indireto, a frase perde totalmente seu sentido.

Observações:

1ª) De fato, no predicado verbal, verbos significativos são sempre o centro nuclear do sintagma.2ª) Forma simples e rápida de identificar o predicado verbal: nunca haverá predicativo.

b) Nominal: é aquele em que o sentido da frase concentra-se num nome (adjetivo), e não no verbo, que, des-provido de significado, será sempre de ligação.

Exemplos: • O menino parecia feliz. Vê-se, aí, que, suprimido o nome feliz (adjetivo, na morfologia; predicativo, na sintaxe), desmonta-se o sen-

tido da oração. A par disso vale observar, também, que, suprimido o verbo (de ligação), o enunciado não se desfaz.

• O rapaz era autêntico. Aqui também o sentido da oração se apoia no nome autêntico (adjetivo, na morfologia; predicativo, na sin-

taxe). Retirado o verbo (de ligação), o sentido se mantém.

Conclusão:De fato, o predicado nominal só ocorre quando o verbo é de ligação.

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Sintaxe

Sc) Verbo-nominal: como a própria denominação aponta, tem-se, aqui, a reunião dos dois tipos de predicado

vistos acima (verbal e nominal) numa só oração. Nesse caso, é interessante notar que haverá um verbo significativo (intransitivo, transitivo direto, transitivo indireto, transitivo direto e indireto) expresso e, su-bentendido, outro de ligação.

Exemplos: • O menino chegou à escola feliz. Pode-se observar, aí, a presença, primeiro, do verbo significativo (intransitivo) e, depois, do nome (adjetivo)

também significativo. Afinal, tanto em “O menino chegou à escola”, quanto em “O menino feliz” pode-se depreender os sentidos dos enunciados. Além disso, é fácil identificar, em casos como esse, a existência de um verbo de ligação oculto: “O menino chegou à escola e (quando chegou) estava feliz”.

• O rapaz comprou uma rapadura empolgado. Aqui também se pode perceber facilmente a presença de um verbo significativo (transitivo direto) expresso e

de um verbo de ligação elíptico: “O rapaz comprou uma rapadura e (quando fez a compra) estava eufórico”.

Conclusão:Sempre que houver um predicativo e o verbo não for de ligação, o predicado será verbo-nominal.

Classifique o predicado das orações que se seguem, considerando esta legenda:

A – verbal B – nominal C – verbo-nominal

01. ( ) O aluno acordou cedo.02. ( ) O aluno acordou feliz.03. ( ) O aluno é feliz.04. ( ) A aluna abraçou o professor sábio.05. ( ) A aluna abraçou o professor satisfeita.

EXERCÍCIO 02:

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Sintaxe

S06. ( ) O professor cumprimentou o aluno sábio.07. ( ) O professor cumprimentou a aluna confuso.08. ( ) O aluno comprou sapatos novos.09. ( ) Os colegas, para o aluno, pareciam muito atrasados.10. ( ) Os colegas estavam todos na cantina de escola.11. ( ) Os colegas estavam surpresos na cantina da escola. 12. ( ) O colega ofereceu flores às colegas constrangido.13. ( ) Mais de oitenta alunos estavam eufóricos.14. ( ) Depredaram a praça encantada.15. ( ) A praça parecia encantada.16. ( ) Precisa-se de funcionários capazes na loja.17. ( ) Vendem-se sonhos encantados nesta cidade.18. ( ) O filho acariciava a mãe acabrunhada.19. ( ) O filho acariciava a mãe acabrunhado.20. ( ) O filho acabrunhado alisava o cabelo da mãe.21. ( ) Os professores dedicaram suas férias às alunas esperançosas.22. ( ) Os professores dedicaram suas férias às alunas esperançosos.23. ( ) Os alunos esforçados chegaram à escola felizes.24. ( ) Esperançoso, o professor foi à escola.25. ( ) O professor andava rapidamente na sala de aula.

01. Objeto direto

Lá atrás, no estudo da regência, verificamos a existência de verbos que, por não terem sentido completo por si sós, exigiam complemento, normalmente, sem preposição. Eram os verbos transitivos diretos. Mas isso, é só lembrar, ocorria também no emprego de verbos transitivos diretos e indiretos. Pois bem, às expressões exigidas (substantivo, locução substantiva ou pronome) por esses verbos, e nessas condições, daremos, agora, o nome de objeto direto.

FUNÇÕES INTEGRANTES

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Sintaxe

SExemplos:• O agricultor vendeu um porco. Sintagma nominal: O agricultor. Sintagma verbal: vendeu um porco. O verbo, centro nuclear desse sintagma, é vender e, nesse caso, apresenta-se como transitivo direto. Logo,

seu complemento (substantivo “porco”) exerce a função de objeto direto.

• O agricultor vendeu-o. Sintagma nominal: O agricultor. Sintagma verbal: vendeu-o. O verbo, centro nuclear desse sintagma, é vender e, nesse caso, apresenta-se como transitivo direto. Logo,

seu complemento (pronome pessoal “o”) exerce a função de objeto direto.

• O professor exige que os alunos estudem. Sintagma nominal: O professor. Sintagma verbal: exige que os alunos estudem. O verbo, centro nuclear desse sintagma, é exigir e, nesse caso, apresenta-se como transitivo direto. Logo,

seu complemento (locução equivalente ao substantivo “estudo”) exerce a função de objeto direto.

• O professor exigente garantiu boas notas aos alunos aplicados. Sintagma nominal: O professor exigente. Sintagma verbal: garantiu boas notas aos alunos aplicados. O verbo “garantir”, nesse caso, exige este raciocínio: quem garante, garante alguma coisa (notas) a alguém

(alunos). Ficou cristalina, aí, a presença de dois complementos para um único verbo (transitivo direto e indi-reto), um sem preposição (objeto direto) e outro com preposição (objeto indireto).

01.01 Objeto direto pleonástico

Não raramente, tanto na fala quanto na escrita, sentimos a necessidade, no mais das vezes inconscientemente, de enfatizar, de reforçar nossa comunicação. Para atingirmos esse intento, repetimos palavras ou ideias, praticando aquilo que, em figuras de palavras, chamamos pleonasmo.

Pois bem, quando essa ênfase ou esse reforço envolverem o complemento de verbos transitivos diretos (objeto direto), repetindo-o com o auxílio de pronomes pessoais oblíquos, o objeto direto pleonástico.

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Sintaxe

SExemplos:• Eu comprei o lápis ontem. Sintagma nominal: Eu. Sintagma verbal: comprei o lápis ontem. Como esse verbo apresenta-se em sua transitividade direta, o substantivo “lápis” exerce, por lógico, a fun-

ção de simples objeto direto.

• O lápis, comprei-o ontem. Sintagma nominal: não existe, haja vista que o sujeito é oculto (eu). Sintagma verbal: O lápis, comprei-o ontem. Como o verbo é transitivo direto, temos o substantivo “lápis”, novamente, como simples objeto direto. Des-

ta vez, porém, pode-se vê-lo repetido no pronome pessoal oblíquo átono “o”, que, por repeti-lo, chama-se objeto direto pleonástico.

01.02 Objeto direto preposicionado

Em algumas vezes, para evitar ambiguidade; noutras, para dar ênfase, o objeto direto pode (e até deve) vir acompanhado de preposição. Por isso, aliás, que, na conceituação do verbo transitivo direto e do próprio objeto direto, precavíamo-nos, usando a expressão “normalmente sem preposição”.

a) Casos de ambiguidade: eles ocorrem, principalmente, quando se iniciam frases com verbo.

Exemplos:• Atacou o javali o homem. Caberia ou não, aí, esta pergunta: “Mas quem atacou e quem foi mesmo atacado”? Evidentemente que a

presença de uma preposição dirimiria essa dúvida! Em “Atacou ao javali o homem”, teríamos o homem atacando e o javali sendo atacado; já, em “Atacou o

javali ao homem”, os papéis inverter-se-iam.

• Na decisão do campeonato, venceram os colorados os gremistas. De novo, poderíamos perguntar: “Afinal, quem foi vencido e quem foi vencedor, nessa disputa de título?

Uma opção simples para eliminar a ambiguidade seria tornar o objeto direto (colorados) preposicionado: “Na decisão do campeonato, venceram aos colorados os gremistas”.

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Sintaxe

Sb) Ênfase ou estilo: recursos puramente estilísticos.

Exemplos:• Eu amo a Deus. Ora, em parte pelo hábito, em parte pela tradição religiosa que as pessoas carregam, não há como negar

que essa frase, sem a preposição “a” (Eu amo Deus), ficaria estranha e, também, pouquíssimo enfática. O verbo, entretanto, não deixou de ser transitivo direto por isso.

• Questionei a todos. Igualmente, temos aqui um verbo transitivo direto (questionar) complementado por um objeto direto pre-

posicionado. Ocorreu, aí, que o pronome indefinido “todos”, e não o verbo, pediu a preposição “a” para, a um só tempo, suavizar a pronúncia e enfatizar o enunciado.

• Beberás do próprio veneno. O verbo beber, nesse caso, foi empregado na mais perfeita transitividade direta, pois, numa outra constru-

ção, teríamos: “Tu beberás teu próprio veneno”. A preposição “de” (de + a), então, deveu-se a uma questão de estilo tão somente.

02. Objeto indireto

Como vimos no estudo da regência verbal, os verbos transitivos – aqueles que, de significação incompleta por si sós, exigem complemento – às vezes exigem preposição e às vezes não.

No caso de não exigirem preposição, chamar-se-ão transitivos diretos e a seu complemento, conforme vimos, daremos o nome de objeto direto. Já, no caso de exigirem um complemento preposicionado, chamar-se-ão transitivos indiretos e esse complemento, como veremos a partir daqui, levará o nome de objeto indireto.

Exemplos: • O idoso admira gentilezas. Tem-se, aqui, um verbo em cujo raciocínio lógico (quem admira, admira alguma coisa) não é reclamada a

presença de nenhuma preposição. Logo, esse é um verbo transitivo direto e ao substantivo (gentilezas) que o complementa damos o nome de objeto direto.

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Sintaxe

S• O idoso gosta de gentilezas. Observa-se, agora, que “quem gosta, gosta de alguma coisa”, isto é, o próprio raciocínio lógico catapulta,

para depois do verbo, uma preposição (de). Ora, nesse caso, o verbo é transitivo indireto e ao substantivo (gentilezas) que o complementa damos o nome de objeto indireto.

• No ônibus, o jovem cedeu o assento ao idoso. Para entender ainda melhor o assunto, raciocinemos sobre o verbo dessa oração: “quem cede, cede al-

guma coisa a alguém. Fica, aí, cristalinamente evidente da dupla e concomitante exigência do verbo: ao mesmo tempo, ele exige um complemente sem preposição (assento: objeto direto) e outro com preposição (idoso: objeto indireto).

02.01 Objeto indireto pleonástico

Diferentemente do objeto direto que, às vezes, pode vir preposicionado, o objeto indireto tem a preposição como sua mais marcante característica. Dessa forma, restar-nos-á, aqui, somente em falar sobre objeto indireto pleonástico.

Como lá, trata-se, também aqui, de reforço, de ênfase a uma expressão cuja função é servir de complemento do verbo transitivo indireto.

Exemplos:• A meu pai, sempre lhe obedeci obstinadamente. Partindo-se do verbo (obedecer) e, sobre ele, aplicando-se o raciocínio lógico (quem obedece, obedece a

alguém), percebe-se claramente a existência de um objeto indireto (pai). De igual sorte, mostra-se tarefa fácil verificar que ele se repete no emprego do pronome pessoal (lhe). Logo, “pai” é objeto indireto e “lhe”, objeto indireto preposicionado.

• A meus familiares, goste deles intensamente. Nessa oração temos o verbo gostar (quem gosta, gosta de alguém), autenticamente transitivo indireto. O

substantivo “familiares”, por sua vez, completa-lhe o significado, exercendo a função de objeto indireto. Já o pronome pessoal “eles” (da contração de + eles) reforça-lhe o sentido e atua como objeto indireto pleo-nástico.

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Sintaxe

S03. Complemento nominal

Agora, e numa guinada, migraremos, por instantes, da regência verbal para sua homônima nominal. Na primeira, vimos que os verbos transitivos exigiam complementos verbais, ora sem, ora com preposição e,

por isso mesmo, dividiam-se em diretos e indiretos. Na segunda, veremos que também os nomes transitivos exigirão complemento, todavia sempre com a

presença de uma preposição. Diante disso, se, por um lado, o cuidado terá de ser enorme a fim de não confundir objeto indireto como complemento nominal, por outro, será extremamente mais cômodo não precisar dividir os complementos de nomes em direto e indireto, isto é, serão complementos nominais e pronto.

Exemplos:• O professor nunca duvidou de minhas capacidades. Observando-se com relativa atenção, ver-se-á que existe, nessa oração, um verbo transitivo indireto (quem

duvida, duvida de alguma coisa). Será possível ver, também, que o substantivo “capacidades” complemen-ta o sentido vago do verbo (duvidar), exercendo a função sintática de objeto indireto.

• O professor nunca teve dúvidas de minhas capacidades. Já, nesta oração, pode-se perceber a existência de duas transitividades: tanto o verbo (ter) quanto o nome

(dúvidas) exigem complementação. “Quem tem, tem alguma coisa”: dúvidas, objeto direto. Mas, aí, seria ainda de se questionar: dúvidas de quê? A resposta, óbvia: de minhas capacidades. Pois bem, o substantivo “capacidades”, nesse caso, é legítimo complemento nominal.

• O turista gostou do gosto do vinho. Na oração agora em análise, percebe-se a presença de dois vocábulos de sentidos incompletos: um verbo

(gostar) e um nome (gosto). O verbo “gostar” (quem gosta, gosta de alguma coisa), transitivo indireto, foi complementado justamente pelo substantivo “gosto”, de significado também incompleto. Aí, para comple-tar o significado deste último, surgiu a expressão “de vinho”, cujo substantivo (vinho) funciona como com-plemento nominal.

• O congressista é favorável à pena de morte. Agora, o adjetivo “favorável” (nome) pede um complemento (favorável a quê?). Aí, para completar-lhe o

sentido, vem à tona a expressão “pena de morte”, legítimo complemento nominal.

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Sintaxe

S04. Agente da passiva

Seguindo na mesma senda, fecharemos, com o agente da passiva, as funções integrantes da oração. Para facilitar a compreensão, pode-se raciocinar assim: verbo transitivo exige complemento verbal (objeto

direto ou objeto indireto) e nome transitivo reclama a presença de um complemento nominal. Ora, na mesma lógica, um sujeito paciente pedirá o quê? Um agente da passiva, é claro.

Então, podemos concluir isto: agente da passiva é o ser que age sobre um sujeito passivo, levando-o receber a ação expressa pelo verbo.

Exemplos:• O menino foi protegido pelo policial militar. Percebemos claramente, aqui, a presença de duas figuras: o menino (sendo protegido) e o policial (prote-

gendo). “Menino” é um sujeito paciente, pois recebe a ação de ser protegido, e “policial” é agente da passi-va, haja vista que pratica a ação de proteger o menino.

• O cordeiro amável foi atacado pelo lobo impiedoso. Tal qual no exemplo precedente, temos aqui, num polo da oração, o “cordeiro”, paciente, e, no outro, o

“lobo”, agente. Em sendo assim, pode-se concluir que temos, para um sujeito paciente (cordeiro), um agen-te da passiva (lobo).

Classifique as expressões destacadas nas frases abaixo de acordo com esta legenda:

A – se for objeto direto B – se for objeto indireto C – se for complemento nominal D – se for agente da passiva E – se for adjunto adverbial F – se for adjunto adnominal

EXERCÍCIO 03:

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Sintaxe

S01. ( ) A assistência à aula é fundamental ao aluno.02. ( ) A assistência à aula é fundamental ao aluno.03. ( ) Obedecer aos mais velhos é dever de todos.04. ( ) O aluno chegou à escola atrasado.05. ( ) A cidade de pedras encanta qualquer pessoa.06. ( ) A necessidade de pedras impacienta qualquer pessoa.07. ( ) Acordou à noite e não adormeceu mais.08. ( ) O gosto pelas artes não o fascinava tanto.09. ( ) Eu gosto das artes desde pequeno.10. ( ) O pintor foi seduzido pelas artes quando ainda era jovem.11. ( ) A frequência a exposições artísticas era uma necessidade de todos.12. ( ) As exposições de obras de arte eram uma necessidade de todos.13. ( ) Obedeceu às leis, aos homens e a Deus desde que se fez gente.14. ( ) A obediência às leis, aos homens e a Deus foi sua obsessão desde que se fez gente.15. ( ) A fotografia dos códigos, dos homens e de Deus sempre o fascinou.16. ( ) O aluno estava na escola quando seu pai adoeceu.17. ( ) Ela cuidava muito bem sua pele de seda.18. ( ) Ela necessitava sempre de seda.19. ( ) A necessidade de seda sempre a perseguiu.20. ( ) Ela sempre votou favoravelmente àquela candidatura.21. ( ) Pela candidatura ele sempre lutou.22. ( ) Desistiu da candidatura ainda no início da campanha eleitoral.23. ( ) A desistência, pelo candidato, da candidatura foi muitíssimo sentida.24. ( ) O cabelo da candidata era liso, longo e loiro.25. ( ) Morreu muitas mortes; viveu muitas vidas.26. ( ) Morreu muitas mortes; viveu muitas vidas.27. ( ) O pai ama ao filho como a ninguém mais.28. ( ) O pai deu uma bicicleta ao filho.29. ( ) O lápis, perdi-o ontem.30. ( ) Ao aluno, prometi o lápis na semana passada.

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Sintaxe

S

01. Adjunto adnominal

Essa função sintática será representada pelos determinantes do substantivo (artigo, pronome e numeral), sempre; ou pelo modificador do substantivo (adjetivo ou locução adjetiva), às vezes, isto é, somente quando modificado e modificador estiverem num mesmo sintagma.

Exemplos:• O meu primeiro professor muito interessado tratava muito bem seus alunos. Sintagma nominal: O meu primeiro professor muito interessado. Sintagma verbal: tratava muito bem seus alunos. Sujeito: professor (substantivo). Adjuntos adnominais: o (artigo), meu (pronome), primeiro (numeral) e interessado (adjetivo). Sintagma verbal: tratava muito bem seus alunos. Objeto direto: alunos (substantivo). Adjunto adnominal: seus (pronome).

• O aluno muito atencioso assistia à aula feliz. Sintagma nominal: O aluno muito atencioso. Sintagma verbal: assistia à aula feliz. Sujeito: aluno (substantivo). Adjuntos adnominais: o (artigo) e atencioso (adjetivo, no mesmo sintagma). Sintagma verbal: assistia à aula muito feliz. Objeto indireto: aula (substantivo). Adjunto adnominal: a (artigo, de a + a).

Importante: o segundo adjetivo (feliz), em não estando no mesmo sintagma de seu modificado (o substantivo “aluno”), funciona como predicativo do sujeito.

FUNÇÕES ACESSÓRIAS

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Sintaxe

S02. Adjunto adverbial

A identificação do adjunto adverbial será extremamente simples se lembrarmos do advérbio e da locução adverbial, morfologicamente falando. Sim, para ser adjunto adverbial, na sintaxe, a expressão já terá de ter sido advérbio ou locução adverbial, na morfologia.

Exemplos:• À tardinha, o aluno muito bem instruído produziu um texto extremamente belo. Sintagma nominal: o aluno muito bem instruído. Sujeito: aluno. Adjuntos adnominais: o (artigo) e instruído (adjetivo). Adjuntos adverbiais: muito (advérbio) e bem (advérbio). Sintagma verbal: À tardinha, produziu um texto extremamente belo. Objeto direto: texto. Adjuntos adnominais: um (artigo) e belo (adjetivo). Adjuntos adverbiais: à tardinha (locução adverbial) e extremamente (advérbio).

• Ontem, pela manhã, fiquei em casa. Sintagma nominal: inexistente, haja vista que o sujeito é oculto. Sintagma verbal: Ontem, pela manhã, fiquei em casa. Adjuntos adverbiais: ontem (advérbio), pela manhã (locução adverbial), em casa (locução adverbial).

02.01 Classificação

De acordo com a circunstância que o adjunto adverbial atribuir ao enunciado, dá-se sua classificação:

a) de tempo – Hoje, como ontem e, talvez, como amanhã, sua fala seria breve.b) de modo – Ele escrevia assim mesmo, mal, muito mal, ilegivelmente.c) de lugar – Ele vinha atrás, cambaleava para lá, para cá e caiu defronte à igreja.d) de afirmação – Irei à missa certamente e direi, sim, o que penso. e) de negação – Nunca falei, não falo, tampouco permito que falem mal de ti nunca.f) de intensidade – Bastante feliz, o menino ria muito e falava pouco.g) de dúvida – Possivelmente chegarei cedo, mas talvez eu nem vá.

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Sintaxe

SObservação:

A nomenclatura gramatical brasileira precisa ser urgente e totalmente atualizada. Afinal, há designações absurdas e carências inaceitáveis. É lógico, por exemplo, que toda oração subordinada adverbial resulta de locuções adverbais verbalizadas. Então, e somente aí, nós já deveríamos ter mais oito tipos de advérbio: de causa, de condição, de conformidade, de consequência, de concessão, de comparação, de finalidade e de proporção. Em vez disso, ensaia-se, timidamente, a inclusão de três espécies não bem definidas ainda: de ordem, de designação e de exclusão.

Deve ter ficado claro até aqui que todas as funções até agora estudadas aninharam-se em um dos dois sintagmas, ora em torno do sujeito, ora em torno do verbo.

Há casos, todavia, em que essa aparente lógica se desfaz. Neles, extraímos ambos os sintagmas e sobram, de certa forma, expressões cujas funções são claras.

01. Aposto

Usado com o objetivo de explicar, desenvolver, resumir ou especificar outra função sintática, o aposto liga-se a ela, mas de forma independente.

Exemplos:• A gramática, conjunto das regras do bem falar e do bem escrever, é importantíssima. Sintagma nominal: A gramática. Sujeito: gramática. Adjunto adnominal: a (artigo). Sintagma verbal: é importantíssima. Predicativo: importantíssima (adjetivo, em sintagma diferente). Aposto: conjunto das regras do bem falar e do bem escrever (especifica o sujeito gramática).

FUNÇÕES INDEPENDENTES

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Sintaxe

S• A fonética, a morfologia e a sintaxe, a gramática, são interessantíssimas. Sintagma nominal: A fonética, a morfologia e a sintaxe. Sujeito: fonética, morfologia, sintaxe (substantivos). Adjuntos adnominais: a, a, a (artigos). Sintagma verbal: são interessantíssimas. Predicativo: interessantíssimas (adjetivo, em sintagma diferente). Aposto: a gramática (resume o sujeito fonética, morfologia, sintaxe).

02. Vocativo

Empregado, de forma também independente, o vocativo exerce um papel apelativo, de chamamento, de invocação, interpelativo. Difere de outras funções sintáticas também pelo fato de não se relacionar com nenhuma delas.

Exemplos:• O idioma, amigos, merece nosso estudo, nossa veneração, nosso amor. Vê-se, aí, o vocábulo “amigos” sendo usado claramente como um chamamento, um apelo ao público cir-

cunstante, sem relacionar-se com o sintagma nominal (O idioma), tampouco com o sintagma verbal (mere-ce nosso estudo, nossa veneração, nosso amor).

• Olá, amigo, tome seu lugar. Aqui, o vocativo, expressão usada como apelo ao interlocutor a quem está sendo dirigida a mensagem, é

somente o substantivo “amigo”. Afinal, vimos, já lá na morfologia, que preposição, conjunção e interjeição não exercem funções sintáticas.

Conforme já explicitado na classificação geral das funções sintáticas, a gramática, não obstante o esforço de seus autores, ainda não conseguiu um enquadramento definitivo para essa função, haja vista que ela perambula por diversos dos agrupamentos tradicionais: essenciais, integrantes, acessórios e independentes.

Seja como for, não será nenhum sacrifício entender o predicativo, sobretudo a quem tiver clara em sua mente a identificação morfológica do adjetivo.

Pois bem, concebida para modificar substantivos, essa classe gramatical cumpre sua tarefa, ora modificando o sujeito, ora modificando o objeto direto.

PREDICATIVO

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Sintaxe

Sa. Predicativo do sujeitoDenomina-se, sintaticamente, predicativo do sujeito todo adjetivo que, mesmo estando no sintagma verbal (ou,

graças aos recursos de pontuação, deslocado para outras posições na oração), atribui características modificadoras ao substantivo ou ao pronome, que funcionam como sujeito.

Exemplos:• A menina sempre chegava à escola feliz. Sintagma nominal: A menina. Sujeito: menina. Adjunto adnominal: a (artigo). Sintagma verbal: sempre chegava à escola feliz. Predicativo do sujeito: feliz (adjetivo, em sintagma diferente). Adjuntos adverbiais: sempre (advérbio), à escola (locução adverbial).

• A professora parecia sempre feliz. Sintagma nominal: A professora. Sujeito: professora. Adjunto adnominal: a (artigo). Sintagma verbal: parecia sempre feliz. Predicativo do sujeito: feliz (adjetivo, em sintagma diferente). Adjuntos adverbiais: sempre (advérbio).

Observações:1ª) Com verbos de ligação, o predicativo será sempre do sujeito e o predicado será obrigatoriamente nomi-

nal.2ª) Com verbos transitivos ou intransitivos, poderá haver predicativo do sujeito, mas o predicado será sem-

pre verbo-nominal.

b. Predicativo do objetoUm pouco mais complexo do que o predicativo do sujeito (de fácil identificação), o predicativo do objeto

acompanha o complemento verbal (objeto direto ou indireto), sem fazer parte dele. Para identificá-lo com maior facilidade é bom observar isto: a característica atribuída por ele ao complemento verbal não tem valor universal, pois dependerá sempre de um juízo particular.

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Sintaxe

SExemplos:• O aluno considerava seu professor sábio. Ora, temos, nesse caso, um verbo transitivo direto (considerar). Completando-lhe o sentido, aparece o ob-

jeto direto (professor). É importante notar que o modificador (sábio) não pode acompanhar o modificado (professor) porque esse atributo só lhe foi creditado pelo aluno em questão. Logo, essa característica não tem valor universal, mas revela tão somente uma impressão particular.

• O aluno abraçou seu professor sábio. Agora, o atributo (sábio), como não é resultado de análise particularizada, junta-se ao complemento (pro-

fessor) do verbo transitivo direto (abraçar). Em sendo assim, dizemos que substantivo (professor) e adjetivo (sábio) estão juntos, razão pela qual o modificador (sábio) deixa de ser predicativo e assume a função sintá-tica de adjunto adnominal.

• A professora julgou o aluno interessado. A pergunta que se impõe, agora, é esta: esse aluno era, por crença universal, interessado? É claro que não.

Tudo não passa de uma impressão particularizada da professora que, depois de uma análise, depois de um julgamento, concluiu ser seu aluno “interessado”. Assim, em vez de desempenhar a função sintática de ad-junto adnominal, esse adjetivo (interessado) funciona como predicativo do objeto (aluno).

Observações:1ª) O predicativo do objeto sempre virá caracterizando um complemento verbal (objeto direto ou indireto) e

será produto de uma análise, de um julgamento, de uma opinião particularizada.2ª) Sempre que o predicativo for do objeto, teremos predicado verbo-nominal, pois haverá predicativo e o

verbo não será de ligação.

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Sintaxe

S

Classifique as expressões destacadas nas frases abaixo de acordo com esta legenda:

A – se for aposto B – se for vocativo C – se for predicativo

01. ( ) A glória, alunos, não se conquista por acaso.02. ( ) Glória, vinde a mim.03. ( ) A glória – vitórias e mais vitórias – interessava. 04. ( ) O público, os alunos, interessou-se pela palestra do professor.05. ( ) O público, oh, alunos, interessou-se pela palestra do professor.06. ( ) O público reagiu aos apelos emocionado.07. ( ) Vem, filho de Deus.08. ( ) O aluno, filho de Deus, foi à escola ontem.09. ( ) Alunos, vinde à aula amanhã.10. ( ) Alunos, vinde à aula amanhã eufóricos.11. ( ) O aluno considerou as palavras do palestrante vazias.12. ( ) Marinheiro, vem.13. ( ) Marinheiro, filho da rocha, vem.14. ( ) Filho da rocha, o marinheiro veio à cidade.15. ( ) Vinde a mim, pequeninos!

01. (UECE) – Exerce função de sujeito o termo destacado em:a) “O corpo me doía todo, a cabeça também...”b) “...mas tranquei a boca.”c) “...o sujeito já tirava a outra mão do punho da rede e segurava o joelho.”d) “...e o homem puxou a mão ferida.”e) “Havia ali um enorme corte.”

EXERCÍCIO 04:

QUESTÕES DE PROVAS

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Sintaxe

S02. (Consep) – Em “Nosso filho chegou atrasado.”, o predicado é

a) nominal: verbo de ligação.b) verbal: verbo de ligação.c) verbo-nominal: verbo de ligação e predicativo.d) verbo-nominal: verbo intransitivo e predicativo.e) verbal: verbo intransitivo.

03. (PUC) – O verbo ser, na oração “Eram cinco horas da manhã...”, é:a) pessoal e concorda com o sujeito indeterminado.b) impessoal e concorda com o objeto direto.c) impessoal e concorda com o sujeito indeterminado.d) impessoal e concorda com a expressão numérica.e) pessoal e concorda com a expressão numérica.

04. (PUC) – “Nesse momento começaram a feri-lo nas mãos a pau” – O sujeito do verbo ferir é:a) nas mãos;b) indeterminado;c) oculto;d) a pau;e) inexistente.

05. (Reis & Reis) – O predicado é nominal, exceto:a) Os passageiros ficaram assustados.b) O planeta podia ser tranquilo.c) “Zé Maria” não estava sóbrio.d) Júlia considera-se bonita.e) O professor anda triste ultimamente.

06. (UNIRIO) – Em: “Na mocidade, muitas coisas lhe haviam acontecido”, temos oração:a) sem sujeito;b) com sujeito simples e claro;c) com sujeito oculto;d) com sujeito composto;e) com sujeito indeterminado.

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Sintaxe

S07. (FUVEST) – Assinale a alternativa em que há oração sem sujeito.

a) Existe um povo que a bandeira empresta.b) Embora com atraso, haviam chegado.c) Existem flores que devoram insetos.d) Alguns de nós ainda tinham esperança de encontrá-lo.e) Há de haver recurso desta sentença.

08. (UFU-MG) – “O sol entra cada dia mais tarde, pálido, fraco, oblíquo.” e “O sol brilhou um pouquinho pela ma-nhã”. Pela ordem, os predicados das orações acima classificam-se como:a) nominal e verbo-nominalb) verbal e nominalc) verbal e verbo-nominald) verbo-nominal e nominale) verbo-nominal e verbal

09. (FMU-SP) “Ouviram do Ipiranga as margens plácidas De um povo heróico brado retumbante...”

O sujeito desta afirmação com que se inicia o Hino Nacional é:

a) Indeterminadob) “um povo heroico”c) “as margens plácidas”d) “do Ipiranga”e) “o brado retumbante”

10. (OSEC) – Nas seguintes orações: “Pede-se silêncio.” “A caverna anoitecia aos poucos.” “Fazia um calor tremendo naquela tarde.”

O sujeito se classifica respectivamente como:

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Sintaxe

Sa) indeterminado, inexistente, simples;b) oculto, simples, inexistente;c) inexistente, inexistente, inexistente;d) oculto, inexistente, simples;e) simples, simples, inexistente.

11. (Unimep)I. Paulo está adoentado.II. Paulo está no hospital.

a) O predicado é verbal em I e II.b) O predicado é nominal em I e II.c) O predicado é verbo-nominal em I e II.d) O predicado é verbal em I e nominal em II.e) O predicado é nominal em I e verbal em II.

12. (Brás Cubas) – O professor entrou apressado. Os grifos indicam:a) predicado nominal;b) predicado verbo-nominal;c) predicado verbal;d) adjunto adverbial;e) adjunto adnominal.

13. (PUC) – Em “O que há entre a vida e a morte?” temos:a) o sujeito do verbo haver é o pronome interrogativo QUE.b) uma oração sem sujeito.c) o sujeito está oculto.d) o sujeito é indeterminado.e) o sujeito é composto (vida e morte).

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Sintaxe

S14. (UEPG) – Só num caso a oração não tem sujeito. Assinale-a.

a) Faltavam três dias para o batismo.b) Houve por improcedente a reclamação do aluno.c) Só me resta uma esperança.d) Havia tempo suficiente para as comemorações.e) Fazia grandes tortas naquelas tardes escaldantes.

15. (Objetivo Concursos) – Classifique os predicados das orações:I. Ele não estava no restaurante.II. Após três meses, os montanhistas retornaram cansados.III. Está chovendo.

a) nominal, verbo-nominal, nominal;b) verbal, verbo-nominal, verbal;c) nominal, verbo-nominal, verbal;d) verbal, verbal, verbal;e) nominal, nominal, nominal.

16. (FOC-SP) – Duas orações abaixo têm sujeito indeterminado. Assinale-as:I. Projetavam-se avenidas largas.II. Há alguém esperando você.III. No meio das exclamações, ouviu-se um risinho de mofa.IV. Falava-se muito sobre a possibilidade de escalar a montanha.V. Até isso chegaram a dizer.

a) I e II;b) III e IV;c) IV e V;d) III e V;e) I e V.

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Sintaxe

S17. (UNIMAR-SP) – Nas orações a seguir:

I. As chuvas abundantes, pródigas, violentas, fortes anunciavam o verão.II. Eu e você vamos juntos.III. Vendeu-se a pá.

Essas orações apresentam sujeito, respectivamente:

a) composto, simples, indeterminado;b) composto, composto, indeterminado;c) simples, simples, oculto;d) simples, composto, “a pá”;e) composto, simples, “a pá”.

18. (Fatec) – Numa oração do tipo “As meninas assistiram alegres ao espetáculo”, temos:a) predicado verbal;b) predicado verbo-nominal;c) predicado nominal;d) oração sem predicado;e) predicativo nominal.

19. (MACK) – Assinale a alternativa em que nada funciona como sujeito.a) Nada vi.b) Nada quer.c) Nada somos.d) Nada me perturba.e) Nunca quis nada.

20. (Milenium) – Indique a alternativa em que o predicado é verbo-nominal:a) Desde então ficou desconfiado.b) Eu ia caminhando pela avenida.c) Achei Maria Clara mais envelhecida.d) Viajarei amanhã de manhã.e) Vivam à mercê da sorte.

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Sintaxe

S21. (FMPA-MG) – “Quando me procurar o desencanto, eu direi, sereno e confiante, que a vida não foi de todo inú-

til.”

O sujeito de procurar é:

a) indeterminado;b) eu (elíptico);c) o desencanto;d) me;e) inexistente.

22. (Urpampa) – Observar as orações seguintes:I. Rosária continua preocupada com o preço da carne.II. Zoraide andava, andava e andava pelas alamedas.III. Encontrei-a dormindo.

Os predicados são respectivamente:

a) nominal, verbo-nominal, verbal;b) nominal, verbal, verbo-nominal;c) verbo-nominal, verbal, nominal;d) verbo-nominal, nominal, verbal;e) verbal, nominal, verbo-nominal.

23. (UFMA) – Há sujeito indeterminado em:a) O pássaro voou assustado.b) Surgiram reclamações contra o cruzado.c) Ouvem-se vozes na sala vizinha.d) Ali, rouba-se no atacado e no varejo.e) Vendeu-se casa.

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Sintaxe

S24. (FMC-SP) – Em relação a frase: “Precisa-se de trabalhadores”, indique a alternativa incorreta:

a) sujeito indeterminado.b) “de trabalhadores” é objeto indireto.c) “se” é índice de indeterminação do sujeito.d) a frase é ativa de sujeito indeterminado.e) a frase é passiva.

25. (Itac) – Assinale uma das alternativas em que aparece um predicado verbo-nominal:a) Os viajantes chegaram cedo ao destino.b) Demitiram o secretário da instituição.c) Nomearam as novas ruas da cidade.d) Compareceram todos atrasados à reunião.e) Estava irritado com as brincadeiras.

26. (PUC) – A terra era povoada de selvagens. O termo grifado é:a) objeto direto;b) objeto indireto;c) agente da passiva;d) complemento nominal;e) objeto direto preposicionado.

27. (Unisinos) – A recordação da cena persegue-me até hoje. As palavras grifadas são respectivamente:a) adjunto adnominal, objeto indireto;b) adjunto adnominal, objeto direto;c) complemento nominal, objeto indireto;d) complemento nominal, objeto direto;e) objeto indireto, objeto indireto

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Sintaxe

S28. (UPF) – “... e em sua presença tinham instintivamente uma atitude cheia de simpatia e respeito”. – “... de simpatia

e respeito”, analisam-se como:a) adjunto adnominal;b) complemento nominal;c) objeto direto;d) objeto indireto;e) objeto indireto e objeto direto.

29. (UFRJ) – Observe as frases que se seguem: 01. Tenha-me respeito. 02. Respeite-me as cãs.

Os pronomes sublinhados classificam-se, respectivamente, como:

a) complemento nominal, adjunto adnominal;b) objeto direto, objeto direto;c) complemento nominal, objeto indireto;d) objeto indireto, objeto indireto;e) objeto indireto, adjunto adnominal.

30. (LEGALLE Concursos ) – A alternativa que apresenta objeto indireto é:a) Parece que ela ainda não provou do bolo.b) Ela está ansiosa pela volta de seu irmão.c) É importante adquirir produtos originais.d) Acho que o rapaz já não mais vos considera.e) A direção necessitava de que todos desocupassem a sala.

31. (PUC-RJ) – “O homem está imerso num mundo ao qual percebe”. O termo em negrito é:a) objeto direto preposicionado;b) objeto indireto;c) adjunto adverbial;d) agente da passiva;e) adjunto adnominal.

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Sintaxe

S32. (UGF) – Assinale o caso em que o pronome oblíquo átono exerce a função de objeto indireto:

a) Contive-me.b) Ele aguardava-me desde cedo.c) Isto me agrada.d) O aluno me viu.e) Socorram-me.

33. (AFTN) – Leia o trecho abaixo e identifique a opção que faz correspondência incorreta: “Ainda quando a vida mais não fosse que a urna da saudade, o sacrário da memória dos bons, isso bastava para a reputarmos um benefício celeste, e cobrirmos de reconhecimento a generosidade de quem no-la doou.” (Ruy Barbosa)

Termos destacados Função sintática da oração

a) a – objeto direto;b) um benefício celeste – predicativo do objeto diretoc) a generosidade – objeto direto;d) quem – objeto indireto;e) no – objeto indireto.

34. (UF-PR) – Na oração “O alvo foi atingido por uma bomba formidável”, a locução por uma bomba formidável tem a função de:a) objeto direto;b) agente da passiva;c) adjunto adverbial;d) complemento nominal;e) objeto indireto pleonástico.

35. (OMECE-SP) – Assinale a frase que possui objeto indireto:a) A casa que você viu é minha.b) O homem que trabalha vence na vida.c) Que aconteceu com você?d) O cargo a que aspiras é nobre.e) O rapaz que chegou é meu conhecido.

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Sintaxe

S36. (E. S. Propaganda e marketing) – “Sorvete Kibon decora sua cozinha. E dá nome às latas”.

Os termos destacados são, respectivamente:

a) sujeito, objeto direto, objeto indireto;b) objeto direto, sujeito, objeto indireto;c) sujeito, objeto indireto, objeto direto;d) sujeito, sujeito, objeto indireto;e) objeto direto, sujeito, objeto direto.

37. (Instituto Excelência) – O adjunto adverbial relaciona-se com a circunstância por ele expressa.

Assinale a opção em cuja frase há um adjunto adverbial de causa:

a) Jamais duvide de Deus.b) Mande a carta pelo correio.c) Devido ao mau tempo, não saí de casa.d) O rio enche durante as chuvas de inverno.e) O menino estuda a fim de ter uma vida melhor no futuro.

38. (UPM ) – Observe o texto que se segue:Ornemos nossas testas com as flores / e façamos de feno um brando leito; prendamo-nos, Marília, em laço estreito, / e gozemos do prazer de sãos amores (...)(...) aproveite-se o tempo, antes que faça o estrago de roubar ao corpo as forças e ao semblante a graça.

(Tomás Antônio Gonzaga)

No poema, “roubar” exigiu objeto direto e indireto. Assinale a opção que contém verbo empregado do mesmo modo.

a) Ele insistiu comigo sobre a questão da assinatura da revista.b) Emendou as peças para formar o desenho de uma casa.c) Encontrou ao fim do dia o endereço desejado. d) Eles alinharam aos troncos a ferragem da bicicleta.e) Só ontem me avisou de sua viagem.

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Sintaxe

S39. (FAU) – Na frase “Para a realização das provas do concurso, chegamos no ônibus das 7h.”, a expressão des-

tacada é:a) Adjunto adverbial de meio.b) Adjunto adverbial de tempo.c) Adjunto adverbial de lugar.d) Adjunto adverbial de modo.e) Adjunto adverbial de meio e de tempo.

40. (PUC- SP) – “A colossal produção agrícola e industrial dos americanos voa para os mercados com a velocidade média de 100 km por hora. Os trigos e as carnes argentinas afluem para os portos em autos e locomotivas que uns 50 km por hora, na certa, desenvolvem.”As circunstâncias sublinhadas indicam, respectivamente, a ideia de:a) lugar, meio e finalidade.b) finalidade, meio e afirmação.c) finalidade, tempo e dúvida.d) lugar, meio e afirmação.e) lugar, instrumento e lugar.

41. (Jota Consultoria) – O adjunto adnominal foi grifado em:a) O professor de matemática recebeu o prêmio.b) O professor de matemática recebeu o prêmio.c) O professor de matemática recebeu o prêmio.d) O professor de matemática recebeu o prêmio.e) O professor de matemática recebeu o prêmio.

42. (U. F. Viçosa) – Em todas as alternativas, há dois advérbios, exceto:a) Ele permaneceu muito calado.b) Amanhã, não iremos ao cinema.c) O menino, ontem, cantou desafinadamente.d) Tranquilamente, realizou-se hoje, o jogo.e) Ela falou calma e sabiamente.

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Sintaxe

S43. (Itame) – Marque a alternativa em que o adjetivo desempenha função de predicativo do sujeito.

a) Os diretores receberam o ministro e o secretário ingleses.b) Novos professores teremos ano que vem.c) Ansiosos, o avô e a avó ligaram para os netos.d) Entregou-me o veículo avariado.e) A neta comunicou-se com o avô ansioso.

44. (Fac. Luzwell) – “O professor atravessou o pátio apressado”.a) nesse período há um predicado verbo-nominal com predicativo do objeto.b) “atravessou o pátio apressado” é predicado verbal.c) “o pátio” é núcleo do predicado.d) apressado é predicativo do sujeito.e) “atravessou o pátio apressado” é predicado nominal.

45. (Consep-2012) – Em “Nosso filho chegou atrasado.”, o predicado éa) nominal.b) verbal.c) verbo-nominal.d) verbal com predicativo do sujeito.e) nominal com predicativo do sujeito.

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Sintaxe

SPROVA COMPLETA:Polícia Militar de São PauloNível superior

Leia a charge para responder às questões de números 01 a 03.

(Chargista Duke. https://www.otempo.com.br)

01. As informações da charge permitem concluir corretamente que

a) a situação de miséria da personagem passa despercebida por todos.b) o desinteresse da personagem por um emprego levou-a à miséria.c) a personagem ficou miserável em decorrência da falta de emprego.d) a mudança na conjuntura econômica ajudou a vida da personagem.e) o cenário econômico opõe-se à condição de miséria da personagem.

02. No contexto em que está empregada, a locução verbal “Vai trabalhar” equivale aa) uma ordem, no modo verbal imperativo, permeada de sentido de cortesia.b) uma advertência, no modo verbal subjuntivo, permeada de sentido de humor.c) um conselho, no modo verbal subjuntivo, permeada de sentido de orientação.d) uma solicitação, no modo verbal indicativo, permeada de sentido de sarcasmo.e) uma recomendação, no modo verbal imperativo, permeada de sentido de hostilidade.

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Sintaxe

S03. De acordo com a norma-padrão, a ideia contida nas placas está corretamente expressa em:

a) Vivem-se a falta de vagas.b) Falta vagas.c) Não tem-se vagas.d) Não existem vagas.e) Acabou as vagas.

Leia o texto para responder às questões de números 04 a 10.

Uso de inteligência artificial pode aumentar desemprego no Brasil, diz FGV

Responsável por reduzir burocracias, automatizar processos e aumentar a eficiência, o uso de inteligência artificial (IA) pode aumentar o desemprego no País em quase 4 pontos percentuais nos próximos 15 anos. Os dados são de um estudo desenvolvido pelo professor Felipe Serigatti, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), em parceria com a Microsoft.

Para simular o impacto da adoção de IA na economia brasileira, a pesquisa estipulou três cenários: um conservador, no qual a taxa de crescimento da adoção de IA pelo mercado brasileiro é de 5%, durante 15 anos. Nesse panorama, a economia também cresce menos do que o estimado para os próximos anos. No cenário intermediário, o número é de 10%, com crescimento estável. Já no mais agressivo, em um mundo em que a economia tem projeção otimista de crescimento, a adoção de IA subiria 26% no período – é nesse último que o desemprego pode aumentar em 3,87 pontos percentuais, no saldo geral da população.

No mais severo dos cenários, os mais afetados serão os trabalhadores menos qualificados, que poderão ver o desemprego aumentar em 5,14 pontos percentuais; já o número de vagas qualificadas pode subir com a adoção massiva de inteligência artificial, em até 1,56 ponto percentual. “A inteligência artificial aumentará a desigualdade”, alertou Serigatti, que é professor de Economia da FGV.

A pesquisa analisou seis segmentos diferentes da economia: agricultura, pecuária, óleo e gás, mineração e extração, transporte e comércio e setor público (educação, saúde, defesa e administração pública). Os traba-lhadores mais afetados no cenário mais agressivo são os mais qualificados dos setores de óleo e gás e de agri-cultura, dois dos principais pilares da economia brasileira. O primeiro tem redução nos empregos de 23,57%, e o segundo, de 21,55%.

(Bruno Romani, “Uso de inteligência artificial pode aumentar desemprego no Brasil, diz FGV”. https://link.estadao.com.br. Adaptado)

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Sintaxe

S04. No mais rigoroso dos cenários, os mais afetados serão aqueles trabalhadores com menos qualificação, já o

número de vagas qualificadas poderá subir com a adoção intensiva de inteligência artificial.

A leitura comparativa entre a charge de Duke e o texto do Estadão permite afirmar que

a) o recrudescimento do desemprego vivido no presente do país é uma realidade que tende a se estender pe-los próximos anos.

b) a redução do desemprego é uma realidade remota que privilegiará eventualmente os trabalhadores menos qualificados.

c) a piora na economia continuará a tirar com mais vigor postos de trabalho, já que nenhuma projeção prevê crescimento econômico.

d) o cenário desolador do desemprego no Brasil será plenamente revertido em até 15 anos, graças ao cresci-mento econômico.

e) o desemprego tende a se manter estável nos próximos anos, já que existe uma projeção otimista de cresci-mento.

05. As informações textuais deixam evidente que.a) o melhor cenário para a economia brasileira é o mais agressivo, no qual não haverá impactos negativos com

redução de postos de trabalhos.b) a inteligência artificial aumentará a desigualdade social, principalmente em um cenário agressivo com pro-

jeção otimista de crescimento econômico.c) a pesquisa mostra que o desemprego será o mesmo nos próximos 15 anos, independentemente da forma

como a inteligência artificial seja adotada.d) a adoção da inteligência artificial na economia poderá trazer desemprego, mas, paradoxalmente, trará cres-

cimento financeiro à população em geral.e) o impacto do desemprego gerado pela adoção da inteligência artificial é igual nos seis segmentos diferen-

tes da economia, de acordo com a pesquisa da FGV.

06. Assinale a alternativa em que a informação apresentada é coerente com o exposto no texto.a) A inteligência artificial, cuja responsabilidade é diminuir burocracias, automatizar processos e intensificar a

eficiência, promete reduzir a falta de emprego no País em 4 pontos percentuais nos próximos 15 anos.b) Para simular o efeito da adoção de IA na economia brasileira, a pesquisa estabeleceu três cenários: um deles é

reacionário, no qual a taxa de crescimento da adoção de IA pelo mercado brasileiro é de 5%, durante 15 anos.

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Sintaxe

Sc) A pesquisa da FGV aponta que os trabalhadores mais privilegiados no cenário mais agressivo são os mais

qualificados dos setores de óleo e gás e de agricultura, dois dos pilares menos influentes da economia bra-sileira.

d) No cenário intermediário, o número é de 10%, com crescimento inconstante. Já no mais ofensivo, em um mundo em que a economia tem projeção limitada de crescimento, a adoção de IA subiria 26% no período.

e) No mais rigoroso dos cenários, os mais afetados serão aqueles trabalhadores com menos qualificação, já o número de vagas qualificadas poderá subir com a adoção intensiva de inteligência artificial.

07. Assinale a alternativa em que a colocação pronominal atende à norma-padrão.a) A pesquisa da FGV indica que se afetará o emprego dos trabalhadores no Brasil com a adoção da IA.b) Se definiram três cenários na pesquisa, para simular o impacto da adoção de IA na economia brasileira.c) Caso adote-se a IA em um cenário conservador, a economia crescerá menos do que o estimado.d) Geralmente afetam-se os trabalhadores menos qualificados, no mais severo dos cenários de adoção da IA.e) No cenário mais agressivo da adoção da IA, tem projetado-se aumento de desemprego de 3,87%.

08. Considere as passagens do texto: • Para simular o impacto da adoção de IA na economia brasileira, a pesquisa estipulou três cenários...

(2o parágrafo)• No mais severo dos cenários, os mais afetados serão os trabalhadores menos qualificados, que poderão ver

o desemprego aumentar em 5,14 pontos percentuais... (3o parágrafo)

Os termos destacados são responsáveis por articular os enunciados do texto, estabelecendo entre eles, res-pectivamente, relações de sentido de

a) consequência e causa.b) finalidade e explicação.c) finalidade e adição.d) causa e explicação.e) causa e consequência.

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Sintaxe

S09. De acordo com a norma-padrão, o título do texto está corretamente reescrito e pontuado em:

a) No Brasil uso de inteligência artificial pode aumentar desemprego diz FGV.b) Diz FGV, uso de inteligência artificial no Brasil pode aumentar desemprego.c) “No Brasil, uso de inteligência artificial pode aumentar desemprego”, diz FGV.d) “FGV diz” – uso no Brasil de inteligência artificial pode aumentar desemprego.e) FGV diz que, uso de inteligência artificial pode aumentar desemprego no Brasil.

10. Assinale a alternativa em que a forma verbal destacada expressa sentido de projeção futura.a) Os dados são de um estudo desenvolvido pelo professor Felipe Serigatti... (1o parágrafo)b) ... os mais afetados serão os trabalhadores menos qualificados... (3o parágrafo)c) O primeiro tem redução nos empregos de 23,57%... (4o parágrafo)d) ... a pesquisa estipulou três cenários... (2o parágrafo)e) ... alertou Serigatti, que é professor de Economia da FGV. (3o parágrafo)

Leia a charge para responder às questões de números 11 e 12.

(http://chargeonline.com.br)

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Sintaxe

S11. As informações da charge permitem concluir que

a) o gênio é mais um na estatística do desemprego e, por isso, quer ajudar o homem.b) o homem faz pedidos comuns e parecidos ao gênio, o que o deixa bem irritado.c) a capacidade de realizar os pedidos existe, mas o gênio não quer atendê-los.d) o gênio se declara incapaz de resolver a situação de desemprego, que também o afeta.e) a imprecisão dos pedidos ao gênio faz com que ele desista de realizá-los.

12. Sem prejuízo à correção e ao sentido do texto, a frase do gênio está devidamente reescrita em:a) E você acha que, ainda que eu posso arrumar todos esses empregos, eu estarei aqui fazendo bico de gênio?b) E você acha que, caso eu pudesse arrumar todos esses empregos, eu estaria aqui fazendo bico de gênio?c) E você acha que, como eu posso arrumar todos esses empregos, eu estarei aqui fazendo bico de gênio?d) E você acha que, desde que eu posso arrumar todos esses empregos, eu estou aqui fazendo bico de gênio?e) E você acha que, quando eu pude arrumar todos esses empregos, eu estaria aqui fazendo bico de gênio?

Leia o texto para responder às questões de números 13 a 20.

Mais ócio, por favor

Quando o sociólogo italiano Domenico De Masi lançou o conceito de “ócio criativo”, em seu livro homôni-mo de 2000, foi alçado à condição de pensador revolucionário e à lista dos mais vendidos.

O sucesso se deveu à explicação do espírito daquele tempo, ao apontar que tão essencial ao crescimento profissional quanto o estudo e o trabalho eram os momentos de desconexão com a labuta que abririam as portas para a criatividade e para “pensar fora da caixinha”. A intenção era alcançar uma fusão entre estudo, trabalho e lazer para aprimorar o conhecimento, vivenciar diferentes experiências e instigar a criatividade.

Com o lançamento de “Uma Simples Revolução”, um best-seller, o sociólogo prega uma nova guinada no pensamento empresarial.

Ao analisar as taxas de desemprego e de desocupação, para De Masi, a única saída é reduzir a carga de trabalho individual e abrir novas vagas. “Se as regras do jogo não mudarem, o desemprego – aberto ou oculto – está destinado a crescer em dimensão patológica”, escreve.

O Brasil é um dos países que vivem essa realidade, com um desemprego de mais de 13 milhões de pes-soas, segundo dados mais recentes do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Mais de 5 milhões de pessoas procuram trabalho no país há um ano ou mais, o que representa quase 40% desse total.

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Sintaxe

SA lógica do mercado não ajuda a melhorar esses números. As empresas tentam reduzir suas folhas de

pagamento, mesmo que isso signifique mais horas extras. Só que, de acordo com o sociólogo, quanto mais horas um indivíduo trabalha, mais ele contribui para a

taxa de desocupação. “Na Alemanha, onde todos trabalham, em média, 1400 horas, o desemprego está em 3,8% e o emprego está em 79%. Já na Itália, onde um italiano trabalha em média 1800 horas, o desemprego está em 11% e o emprego está em 58%”, detalha.

“Para eliminar o desemprego, o único remédio válido é reduzir as horas de trabalho, mantendo o salário e aumentando o número de vagas”, diz, em entrevista ao UOL.

(Lúcia Valentim Rodrigues, “Mais ócio, por favor”. https://noticias.uol.com.br. Adaptado)

13. As informações do texto, fundamentadas no pensamento de Domenico De Masi, evidenciam quea) a saúde do sistema produtivo com garantia de empregabilidade depende da redução da carga de trabalho

individual, o que garantiria a abertura de novas vagas.b) a situação de emprego na Alemanha é melhor do que na Itália porque naquele país o trabalho está acima

da média mundial, o que aumenta a produtividade.c) o pensamento revolucionário sugere que as pessoas trabalhem mais horas diárias, mesmo em um cenário

social marcado pelo desemprego.d) o aumento de horas extras laborais elimina as possibilidades do ócio criativo, mas, por outro lado, é a chave

para a criação de postos de trabalho. e) o aumento do desemprego precisa ser combatido com redução da carga horária dos trabalhadores, acom-

panhada da diminuição de seus salários.

14. De acordo com Domenico De Masi, uma ação que tem efeito negativo no sistema produtivo das empresas éa) a tentativa de fundir estudo, trabalho e lazer.b) o aperfeiçoamento profissional por meio do ócio.c) a busca pela redução das folhas de pagamento.d) a alteração da lógica do mercado vigente. e) a oferta de mais vagas de trabalhos para os cidadãos.

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139

Sintaxe

S15. Considere as passagens:

• Quando o sociólogo italiano Domenico De Masi lançou o conceito de “ócio criativo” [...], foi alçado à condição de pensador revolucionário... (1o parágrafo)

• A intenção era alcançar uma fusão entre estudo, trabalho e lazer para aprimorar o conhecimento, vivenciar diferentes experiências e instigar a criatividade. (2o parágrafo)

• “Se as regras do jogo não mudarem, o desemprego – aberto ou oculto – está destinado a crescer em dimen-são patológica”, escreve. (4o parágrafo)

No contexto em que estão empregados, os termos significam, correta e respectivamente:

a) rebaixado; promover; promissora.b) conduzido; coibir; mórbida.c) promovido; restringir; limitada.d) assemelhado; induzir; esperançosa.e) elevado; estimular; doentia.

16. Assinale a alternativa em que se transcreve uma passagem do texto na qual o termo destacado é empregado em sentido figurado.a) ... mais ele contribui para a taxa de desocupação. (7o parágrafo)b) ... o sociólogo prega uma nova guinada no pensamento empresarial. (3o parágrafo)c) … que abririam as portas para a criatividade … (2o parágrafo)d) As empresas tentam reduzir suas folhas de pagamento... (6o parágrafo)e) O sucesso se deveu à explicação do espírito daquele tempo... (2o parágrafo)

17. Coube _____ Domenico De Masi _____ criação do conceito de ócio criativo, referindo-se _____ desconexão neces-sária com a labuta como caminho para se chegar _____ experiências criativas do ser humano.

Em conformidade com a norma-padrão, as lacunas do enunciado devem ser preenchidas, correta e respectiva-mente, com:

a) à ... à ... à ... asb) a ... a ... à ... àsc) a ... à ... a ... ad) à ... a ... à ... àse) à ... a ... a ... à

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140

Sintaxe

S18. De acordo com a norma-padrão, as passagens “os momentos de desconexão com a labuta que abririam as

portas para a criatividade” (2o parágrafo), “para De Masi, a única saída é reduzir a carga de trabalho individual” (3o parágrafo) e “A lógica do mercado não ajuda a melhorar esses números.” (6o parágrafo) estão corretamen-te reescritas em:a) os momentos de desconexão com a labuta seriam favoráveis às portas abertas para a criatividade / De Masi

concorda com a redução da carga de trabalho individual / A lógica do mercado não colabora com a melhoria desses números.

b) os momentos de desconexão com a labuta seriam favoráveis de portas abertas para a criatividade / De Masi concorda pela redução da carga de trabalho individual / A lógica do mercado não colabora diante a melhoria nesses números.

c) os momentos de desconexão com a labuta seriam favoráveis para as portas abertas para a criatividade / De Masi concorda na redução da carga de trabalho individual / A lógica do mercado não colabora à melhoria desses números.

d) os momentos de desconexão com a labuta seriam favoráveis com as portas abertas para a criatividade / De Masi concorda com a redução da carga de trabalho individual / A lógica do mercado não colabora pela melhoria desses números.

e) os momentos de desconexão com a labuta seriam favoráveis em portas abertas para a criatividade / De Masi concorda da redução da carga de trabalho individual / A lógica do mercado não colabora na melhoria a esses números.

19. De acordo com a norma-padrão, a concordância nominal está plenamente atendida em:a) De acordo com Domenico De Masi, é necessário a diminuição da taxa de desocupação.b) No Brasil, há bastante pessoas que procuram emprego há um ano ou mais, segundo o IBGE.c) Reduzindo a carga de trabalho para 1400 horas, o Brasil estaria quites em relação aos números internacionais.d) Os altos índices de desemprego e a falta de novas vagas criam um clima social de desalento.e) A situação do Brasil está meia complicada, com o desemprego de 13 milhões de pessoas.

20. Sem prejuízo de sentido ao texto, o trecho – As empresas tentam reduzir suas folhas de pagamento, mesmo que isso signifique mais horas extras. (5o parágrafo) – está corretamente reescrito em:a) As empresas tentam reduzir suas folhas de pagamento, quando isso significa mais horas extras.b) As empresas tentam reduzir suas folhas de pagamento, tanto que isso significa mais horas extras.c) As empresas tentam reduzir suas folhas de pagamento, apesar de isso significar mais horas extras.d) As empresas tentam reduzir suas folhas de pagamento, porque isso significa mais horas extras.e) As empresas tentam reduzir suas folhas de pagamento, se isso significar mais horas extras.

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141

Sintaxe

S

EXERCÍCIO 01:01. A – vtd + se02. A – vtd + se 03. A – vtd + se04. A – relâmpagos 05. C – vtd + se06. B – informei07. A – vtd + se08. C – vti + se09. A – vtd + se10. C – 3ª pess. pl.11. C – vi + se12. D – fenômeno13. A – vtd + se14. C – vti + se15. A – vtd + se16. A – vtd + se17. C – vti + se18. A – vtd + se19. C – vti + se20. A – vtd + se21. C – 3ª pess. pl.22. B - fizestes 23. A – vtd + se24. A – vtd + se25. A – vtd + se26. C – vti + se27. C – vl + se28. B – duvide29. C – vti +se30. C – 3ª pess. pl.31. D – fenômeno32. D – fenômeno33. A – relâmpagos34. D – haver = acontecer35. D – fazer + tempo

EXERCÍCIO 02:01. A – verbo transitivo dire-

to, sem predicativo02. C – verbo intransitivo e

predicativo03. B – verbo de ligação

GABARITO

04. A – verbo transitivo dire-to, sem predicativo

05. C – verbo transitivo dire-to e predicativo

06. A – verbo transitivo dire-to, sem predicativo

07. C – verbo transitivo dire-to e predicativo

08. A – verbo transitivo dire-to, sem predicativo

09. B – verbo de ligação10. A – verbo intransitivo,

sem predicativo11. B – verbo de ligação12. C – verbo transitivo dire-

to e indireto e predicati-vo

13. B – verbo de ligação14. A – verbo transitivo dire-

to, sem predicativo15. B – verbo de ligação16. A – verbo transitivo indi-

reto, sem predicativo17. A – verbo transitivo dire-

to, sem predicativo18. A – verbo transitivo dire-

to, sem predicativo19. C – verbo transitivo dire-

to e predicativo20. A – verbo transitivo dire-

to, sem predicativo21. A – verbo transitivo dire-

to e indireto, sem predi-cativo

22. C – verbo transitivo dire-to e indireto e predicati-vo

23. C – verbo intransitivo e predicativo

24. C – verbo intransitivo e predicativo

25. A – verbo intransitivo, sem predicativo

EXERCÍCIO 03:01. ( C )02. ( C )03. ( B )04. ( E )05. ( F )06. ( C )07. ( E )08. ( C )09. ( B )10. ( D )11. ( C )12. ( F )

13. ( B )14. ( C )15. ( F )16. ( E )17. ( F )18. ( B )19. ( C )20. ( C )21. ( B )22. ( B )23. ( C )24. ( F )25. ( A )26. ( A )27. ( A )28. ( B )29. ( A )30. ( A )

EXERCÍCIO 04:01. ( B )02. ( B )03. ( A )04. ( A )05. ( B )06. ( C )07. ( B )08. ( A )09. ( B )10. ( C )

11. ( C )12. ( B )13. ( B )14. ( A )15. ( B )

QUESTÕES DE PROVA:01- A02- D03- E04- B05- D06- B07- E08- E09- C10- E11- E12- B13- B14- D15- B16- C17- D18- B19- D20- C21- C22- B23- D24- E25- D26- C27- D28- B29- A30- E31- A32- C33- D34- B35- D36- A

37- C38- E39- E40- D41- B42- A43- C44- D45- C

PROVA COMPLETA:01- C02- E03- D04- A05- B06- E07- A08- B09- C10- B11- D12- B13- A14- C15- E16- C17- B18- A19- D20- C

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Encerramos aqui um dos assuntos mais temidos por tantos quantos se dedicam ao estudo da Língua Portuguesa. Crê, companheiro de caminhada: entender as funções sintáticas é empreitada que todos almejam, mas poucos se atrevem encarar, e quase ninguém consegue levar a bom termo.

Assim, e se sua dedicação foi tão intensa quanto eu espero que tenha sido, parabéns: você é dos poucos lusófonos capazes de, associando regência com classes gramaticais, discutir esse assunto com proficiência, lucidez, coerência e sabedoria.

De minha parte, confesso, foi muito gostoso buscar um pouco de conteúdo daqui, mais um naquinho dali, uma superporção de lá e, acrescentando sal na medida certa, temperar bem o prato com que acabo de presenteá-lo. Ter tido a oportunidade de conceituar os revolucionários sintagmas, tão importantes e que tantos benefícios trazem ao aprendizado da análise sintática, também foi ingrediente recompensador.

Parabéns, mais uma vez, pelo privilégio de sua indispensável companhia. Afinal, que palco, sem plateia, se encheria de luz?

Um abraço e muito obrigado!

Prof. Ironi Andrade

ÚLTIMAS PALAVRAS

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CONCORDÂNCIAVERBAL

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E daí, meus amigos, prontos para retomarmos o tranco?

De certa forma estamos estacionados no sexto degrau de nossa Escada. Afinal, nele já plantamos-colhemos bastantes coisas: regência verbal, regência nominal, crase e análise sintática interna.

Essa aparente parada, todavia, há de ser entendida com normalidade. Antes de chegarmos a esse degrau e, com ele, à sintaxe, o plantio foi muito grande.

E, para não perdermos nada de vista, vale a pena relembrar: “Para colher, há que se plantar” e “Colhe-se exatamente aquilo que se planta”. Prossigamos, pois, na colheita.

Agora, retomando, da fonética, a acentuação gráfica, da morfologia, o verbo (sobretudo com sua exaustiva conjugação) e, da sintaxe, a regência verbal e a análise sintática interna, construamos outra obra gigantesca chamada concordância verbal.

Para tanto, como já asseverado, será fundamental termos competência para alicerçar bem essa nova construção, buscando, na hora certa, os pré-requisitos já estudados e aplicá-los com a exatidão que a objetividade gramatical exige.

Estendam-me as mãos, que o norte eu lhes indicarei.

Bom proveito!

Prof. Ironi Andrade

INÍCIO DE CONVERSA

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145

Sintaxe

S

A concordância verbal, haja vista o fato de ela se fundamentar no sujeito da oração, não é outra coisa que não a aplicação prática dessa função sintática. Além disso, é claro, haverá de existir fina e estreita conexão com o sintagma verbal estruturador de toda oração.

A fim de organizar muito bem o assunto e, com isso, facilitar ainda mais a compreensão plena, dividiremos a concordância do verbo em alguns títulos e outros subtítulos.

1. Regra geral

A gramática é clara e simples: o verbo concordará sempre com o sujeito. Desse corolário, aliás, nunca poderemos fugir.

Exemplos:

• O aluno interessado leu o livro sugerido pelo professor.• Os alunos interessados leram o livro sugerido pelo professor.• O aluno e o professor interessados leram o livro Dom Casmurro.• A turma toda, interessada, chegou cedo à escola.

É fácil observar que, quando o sujeito simples (aluno) foi apresentado no singular, o verbo, também no singular, concordou com ele; já, quando o sujeito também simples (alunos) foi empregado no plural, o verbo pluralizou-se juntamente com ele. Com o sujeito composto (aluno e professor), o verbo teve de ser usado no plural.

No último exemplo, porém, ocorreu um caso um pouco mais complexo e que, normalmente, induz a erros. Percebe-se, aí, o sujeito turma (substantivo) complementado pela expressão toda. Ora, como a regra diz que o verbo deve concordar sempre com o sujeito, ele permaneceu no singular ainda que a ideia seja coletiva.

2. Casos especiais

Abre-se este subtítulo para tratar de algumas particularidades já vistas no estudo do sujeito indeterminado e da oração sem sujeito.

CONCORDÂNCIA VERBAL

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Sintaxe

S A reflexão é simples: o verbo deve concordar com o sujeito, mas se eu não souber quem é esse sujeito, ou

ele nem existir, não haverá como fazer a concordância. Pois bem, nesses casos, o verbo permanecerá na terceira pessoa do singular.

2.1. Verbos impessoais

Verbos impessoais são aqueles em cujas orações não há sujeito. Ora, se as orações não tiverem sujeito, não haverá com o que o verbo concordar. Em não havendo com o que o verbo concordar, nada mais lógico será do que deixá-lo na terceira pessoa do singular.

Essas orações sem sujeito podem ocorrer nos seguintes casos:

a) com o verbo “haver”, significando “existir” ou “acontecer”;Exemplos:

• Havia (Existiam) muitas pessoas nos escombros (e não Haviam).• Sempre houve (existiram) injustiças nas ditaduras (e não houveram).• Houve (Aconteceram) dez acidentes nas rodovias da região (e não Houveram).• Neste fim de semana haverá (acontecerão) vários acidentes (e não haverão).

Observação:

Como verbos auxiliares seguem sempre o verbo principal, as locuções verbais, cujo último verbo seja impessoal, permanecerão, na sua totalidade, no singular.

Exemplos:

• Deve haver (Devem existir) pessoas nos escombros (e não Devem haver).• No naufrágio, deve ter havido (devem ter existido) vítimas (e não devem ter havido).• Deverá haver (Deverão acontecer) muitos acidentes no feriadão (e não Deverão haver).• Deve ter havido (Devem ter acontecido) desastres marinhos (e não Devem ter havido).

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Sintaxe

Sb) com os verbos “haver” e “fazer”, referindo-se a tempo; eExemplos:

• Ele trabalhava aqui havia 30 anos (e não haviam 30 anos).• Ele partiu há 20 anos (e não hão 20 anos).• Faz dez anos que ele partiu (e não fazem dez anos).• Já fazia cinquenta anos que não o via (e não faziam cinquenta anos).Observação:

Como bobagem pouca não faz sentido, a expressão “tempo”, aqui, estende-se para as condições climáticas também.

Exemplos:

• Fez dias chuvosos no inverno (e não Fizeram).• Houve tardes quentíssimas no verão (e não Houveram).• Fará dias frigidíssimos no sul (e não Farão).• Deverá fazer dias muito frios no sul (e não Deverão fazer).

c) com verbos indicativos de fenômenos naturais.Exemplos:

• Choveu muito ontem à tarde.• Relampejava assustadoramente no cair da noite.• Nevou no sul do Brasil.

Observação: Há que se ter muito cuidado no emprego dos verbos indicativos de fenômenos da natureza. Afinal, mesmo

eles estando no seu sentido não figurado, havendo sujeito, prevalecerá a regra geral.

Exemplos:

• Nevavam flocos de neve (aqui, o verbo nevar, mesmo indicando fenômeno natural, terá de concordar com o sujeito (flocos), que está expresso).

• Relampejavam relâmpagos assustadores à noitinha (frase plenamente aceita pelo idioma pátrio padrão) em que, mesmo indicando fenômeno natural, o verbo teve de concordar com sujeito relâmpagos.

• Choveram chuvas torrenciais no inverno gaúcho (totalmente aceita pelo idioma culto padrão, essa frase tam-bém exige o emprego do verbo no plural, pois ele deve concordar com o sujeito expresso chuvas.

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Sintaxe

S2.2. Verbos acompanhados da partícula “se”:

A concordância de qualquer verbo acompanhado do pronome oblíquo átono “se” terá de passar, antes, pela regência verbal. São muito comuns os questionamentos acerca de “vende-se ou vendem-se”, “compra-se ou compram-se”, “conserta-se ou consertam-se”, e por aí afora.

Ora, ora, essas são dúvidas típicas de pessoas que nunca se preocuparam em estudar mais a fundo o tema ou, quando o estudaram, fizeram-no a partir de compêndios didáticos que, a fim de facilitar as coisas, fugiram do embate regencial.

Pois bem, sempre que escrevemos ou falamos e, na escrita ou na fala, batemos de frente com o pronome oblíquo “se”, seja na posição proclítica, mesoclítica ou enclítica (antes, no meio ou depois do verbo, respectivamente), a primeira preocupação terá de ser esta: qual a regência do verbo a que o “se” está associado?

Dependendo da resposta a essa pergunta, duas situações poderão ocorrer:

a) o verbo permanecerá na terceira pessoa do singular; ouQuando o verbo que acompanha o “se” for intransitivo, transitivo indireto ou de ligação, teremos um

sujeito indeterminado e, como tal, não saberemos de quem se trata. Logicamente, em não sendo possível identificar o sujeito, impossível tornar-se-á, também, fazer o verbo concordar com ele. Em Língua Portuguesa, não concordar significa deixar o verbo na terceira pessoa do singular, como já se viu nos casos de verbos impessoais.

Exemplos:

• Vive-se nestas terras (verbo intransitivo + se).• Precisa-se de funcionários nesta loja (verbo transitivo indireto + se).• Aqui se é feliz, amigos (verbo de ligação + se).

b) o verbo a que o “se” está associado será pluralizado.Se o verbo a que o “se” faz companhia for transitivo direto ou transitivo direto e indireto, nós teremos um sujeito

claro, isto é, expresso, e, aí, naturalmente, o verbo terá de ser usado ora no singular, ora no plural, concordando com esse sujeito.

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Sintaxe

SExemplos:

• Consertaram-se dois relógios (verbo transitivo direto + se).• Consertou-se um relógio (verbo transitivo direto + se).• Alugam-se várias salas comerciais (verbo transitivo direto + se).• Deram-se duas aulas gratuitas aos alunos carentes (verbo transitivo direto e indireto + se). • Deu-se uma aula gratuita aos alunos carentes (verbo transitivo direto e indireto + se).• Alugam-se duas salas comerciais (verbo transitivo direto + se).• Aqui se alugam duas salas comerciais (verbo transitivo direto + se).• Alugar-se-ão duas salas comerciais (verbo transitivo direto + se).

Observações:

1ª) Se o verbo a que o “se” se associa for intransitivo, transitivo indireto ou de ligação, teremos:a) sujeito indeterminado;b) verbo na terceira pessoa do singular;c) voz ativa; ed) o “se” será índice de indeterminação do sujeito.

2ª) Se o verbo a que o “se” se associa for transitivo direto ou transitivo direto e indireto, teremos:a) sujeito claro;b) verbo concordando com o sujeito;c) voz passiva; ed) o “se” será partícula apassivadora.

Sublinhe a forma entre parênteses que completa corretamente as lacunas:01. ________ (Foi-se / Foram-se) os anéis.02. ________ (Viveu-se / Viveram-se), nesta região, dias felicíssimos.03. ________ (Conserta-se / Consertam-se) aparelhos de som.04. ________ (Dá-se / Dão-se) aulas de Português.05. ________ (Precisa-se / Precisam-se), nestas lojas, de muitos funcionários.

EXERCÍCIO 01:

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Sintaxe

S06. ________ (Confia-se / Confiam-se) segredos.07. ________ (Dormiu-se / Dormiram-se), nesta estalagem, sonos fantásticos.08. ________ (Compra-se / Compram-se), aqui, animaizinhos de estimação.09. ________ (Aluga-se / Alugam-se) casas.10. ________ (Busca-se / Buscam-se) soluções.11. Não se ________ (quer / querem) soluções prontas.12. ________ (Ofereceu-se / Ofereceram-se) aos filhos pão e água.13. ________ (Morre-se / Morrem-se) muitas mortes.14. Aqui, não se ________ (vende / vendem) sonhos.15. Ontem, ________ (precisou-se / precisaram-se) os objetivos do grupo.16. Onde se ________ (vive / vivem) muitos sonhos todos conseguem ser felizes.17. Aqui se _______ (é / são) feliz, alunos.18. Que não se ________ (duvide / duvidem) dos resultados.19. É necessário que se ________ (ouça / ouçam) os avós.20. É bom que se _______ (esqueça / esqueçam) dos sonhos.21. ________ (Referiu-se / Referiram-se) a seus objetivos os alunos mais aplicados.22. É importante que todos se ________ (interesse / interessem) pelos resultados.23. É bom que se ________ (trate / tratem) todos os cães.24. ________ (Trata-se / Tratam-se) de cães de raça.25. Os homens, ontem, ________ (referiu-se / referiram-se) às mulheres.

3. Particularidades

A partir daqui abordaremos casos que, muito debatidos e cobrados em provas de todos os tipos, noutras épocas; hoje, embora às vezes os examinadores ainda lembrem deles, são uma espécie de retrato na prateleira.

Não se entenda, porém, que, com essas palavras, se esteja desprezando ou, sequer, relegando o assunto a segundo plano. Não, a intenção é tão somente esta: marcar bem o fato de que, atualmente, as cobranças, em todas as espécies de provas, centram-se na regra geral e nos casos especiais (verbos impessoais e verbos acompanhados da partícula “se”). E nós, professores, na hora de abordarmos o assunto, é claro, haveremos de enfatizar mais, em sala de aula, essa faceta do conteúdo.

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Sintaxe

SRecomendamos, pois, que se encare a concordância verbal, de início a fim, com muita responsabilidade,

muita dedicação e extremado esmero. Afinal, antes de dominarmos qualquer conteúdo relativo ao idioma pátrio para, eventualmente, obtermos sucesso em algum concurso, devemos estudá-los todos para falar e escrever corretamente sempre.

Vejamos, então, outros casos especiais de concordância verbal:

3.1. Pronomes de tratamento

É fundamental lembrarmos, primeiro, que os pronomes de tratamento, sejam eles quais forem, devem ser considerados de terceira pessoa (singular ou plural). Não menos importante é, depois, notar que eles levam o verbo e todos os demais pronomes também à terceira pessoa.

Exemplos:

• Vossa Excelência, Senhor Presidente, deverá trazer consigo todos os seus assessores. Percebe-se aí que, uma vez usado o pronome de tratamento (Vossa Excelência), todo o restante do período

teve de se ajustar a ele: verbo na terceira pessoa (deverá), pronome oblíquo na terceira pessoa (consigo) e pronome possessivo na terceira pessoa (seus).

• Vossas Excelências, Senhores Senadores, honram o mandato que lhes foi conferido pelo voto de seus elei-tores.

Agora, o pronome de tratamento (Vossas Excelências), no plural, fez com que o verbo (honram), o prono-me pessoal oblíquo (lhes) o pronome possessivo (seus) concordassem com ele.

• Vossa Magnificência, Senhor Reitor, sempre fez justiça a seu nobre cargo. Novamente, o pronome de tratamento (Vossa Magnificência) deu o tom à concordância: o verbo (fez) e o

possessivo (seu), em perfeita sintonia, também estão na terceira pessoa.Observações:1ª) As formas pronominais vos, vosso, vossa, vossos e vossas são de segunda pessoa do plural e, como tais,

nunca concordarão com pronomes de tratamento.Exemplos:

• Vossa Senhoria e vossa família orgulhais vossa terra natal (errado!).• Vossa Senhoria e sua família orgulham sua terra natal (certo!).• Vós e vossa família orgulhais vossa terra natal (certo!).

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Sintaxe

S2ª) A expressão “Vossa” (de Vossa Excelência, Vossa Senhoria, Vossa Magnificência, Vossa Meritíssima...) deve

ser usada quando a referência é feita diretamente a uma autoridade, presente ou ausente; já a expressão “Sua” (de Sua Excelência, Sua Senhoria, Sua Magnificência, Sua Meritíssima...) há de ser usada em referên-cias indiretas a uma autoridade.

Exemplos:

• Que Vossa Excelência, Senhor Prefeito (presente), leve também a Sua Excelência, o Senhor Vice-Prefeito (ausente), nosso abraço.

• Sua Excelência, o Governador do Estado (ausente), por certo receberá, por intermédio de Vossa Excelência, Senhor Secretário de Educação (presente), nosso abraço e nosso reconhecimento.

• Pedimos que Vossa Magnificência, Senhor Reitor, leve também a Sua Magnificência, a Senhora Vice-Reito-ra, nosso abraço.

3ª) Todo pronome de tratamento possui, para acompanhá-lo, o respectivo vocativo.Exemplos:

• Excelentíssimo Senhor Prefeito Municipal, Vossa Excelência nem imagina o carinho que lhe devotamos.• Magnificentíssimo Senhor Reitor, Vossa Magnificência talvez nem imagine quanto o admiramos.• Meritíssimo Senhor Juiz, Vossa Meritíssima sempre colherá nosso respeito e nosso carinho.• Ilustríssimo Senhor Presidente do Clube Juvenil, Vossa Senhoria é admirado por todos nós.• Santíssimo Padre, Vossa Santidade haverá de conduzir sempre bem seu rebanho humano.• Eminentíssimo Cardeal, que Vossa Eminência seja sempre abençoado por Deus.• Reverendíssimo Bispo e Reverendíssimo Sacerdote, que Vossas Reverendíssimas retornem sempre.

3.2. Sujeito composto

A partir de uma veneração excessiva aos escritores, mormente àqueles de maior calibre, seus acertos e também seus erros passaram a ser respeitados como regras gramaticais.

E foi exatamente dessa maneira que se fixou a regra de concordância do verbo quando o sujeito da oração é composto:

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Sintaxe

Sa) anteposto ao verbo, verbo no plural; eExemplos:

• O boi e a vaca, serenos, pastavam no campo.• O pai e a mãe, pensativos, dividiram a comida entre seus filhos.

b) posposto ao verbo, facultativamente plural ou sujeito mais próximo.Exemplos:

• Pastava (ou pastavam) o boi e a vaca no campo.• Dividia (ou dividiam) a comida entre seus filhos o pai e a mãe.

3.3. Pessoas gramaticais diferentes

Quando o sujeito da oração for formado por pronomes de pessoas gramaticais diferentes, três situações poderão ocorrer:

a) nele aparece o pronome “eu”: verbo na primeira pessoa do plural;Exemplos:

• Tu e eu sempre iremos (nós) ao cinema.• Eu, minha irmã, teus colegas e tu sempre iremos (nós) ao cinema.

b) nele não aparece “eu” e aparece “tu”: verbo na segunda pessoa do plural; eExemplos:

• Tu e ela sempre ireis (vós) ao cinema.• Minha irmã, meus colegas e tu sempre ireis (vós) ao cinema.

c) nele não aparece nem o pronome “eu”, nem “tu”: verbo na terceira pessoa do plural.Exemplos:

• Meus amigos, teus colegas e ele sempre irão (eles) ao cinema.• Ela e ele sempre irão (eles) ao cinema.

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154

Sintaxe

S3.4. Pronomes relativos “que” e “quem”

Quando o sujeito da oração estiver representado pelos pronomes relativos que ou quem, duas concordâncias poderão ocorrer:

a) pronome que: verbo concorda com o pronome anteposto ao que; eExemplos:

• Hoje sou eu que pago (eu pago) o almoço.• Amanhã serás tu que pagarás (tu pagarás) o almoço.

b) pronome quem: verbo concorda com o pronome anteposto ao quem ou com o próprio quem.Exemplos:

• Hoje sou eu quem paga (ou pago) o almoço.• Amanhã serás tu quem pagará (ou pagarás) o almoço.

3.5. Nomes próprios

Se, no papel de sujeito da oração, aparecerem nomes próprios plurais (Estados Unidos, Minas Gerais, Alpes, Andes, Amazonas, Sertões...), há que prestar atenção especialmente a dois detalhes:

a) sem artigo: o verbo fica na terceira pessoa do singular; eExemplos:

• Estados Unidos indiscutivelmente é uma potência.• Minas Gerais já não produz tantos minérios.• Andes sempre representou um mistério turístico.

b) com artigo: o verbo ficará no singular ou no plural, de acordo com o artigo.Exemplos:

• Os Estados Unidos ainda são uma potência mundial.• Os Andes permanentemente desafiam os turistas.• O Amazonas geograficamente corta a floresta.• As Minas Gerais já produziram muitos minérios.• A Buenos Aires querida continua a capital do tango.

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155

Sintaxe

S3.6. Datas, horas, distâncias

Em datas, horas e distâncias, o verbo concordará com o numeral indicativo da quantidade delas, salvo se relógio, em horas, e dia, em datas, forem sujeito.

Exemplos:• Hoje são 31 de agosto.• Amanhã será 1º de setembro.• Hoje é dia 31 de agosto.• Neste momento já são 23 horas.• Neste momento o relógio marca 23 horas.• Agora é uma hora e cinquenta e nove minutos.• Logo já serão duas horas.• Daqui ao centro são duas quadras.• Daqui ao centro é uma quadra e meia.

3.7. Sujeito resumido por tudo, nada, ninguém, nenhum, cada um

Quando houver dois ou mais sujeitos e eles estiverem resumidos por tudo, nada, nenhum, cada um, ninguém, o verbo deverá ser empregado na terceira pessoa do singular, concordando com essas expressões.

Exemplos:• Festas, jogos, amizades, nada animava seu viver.• Amigos, colegas, professores, ninguém eleva o ânimo do menino.• Festas, jogos, aulas, tudo desapareceu de sua memória.• Professores, alunos, diretores, cada um faz o que pode.

3.8. Expressões fracionárias e percentuais

Quando o sujeito está sendo representado por uma expressão fracionária, o verbo permanece no singular até se atingirem duas unidades (metade, terço, quarto...); depois disso, ele migra para o plural.

Exemplos:• Um terço dos eleitores votou nas últimas eleições.• Dois terços dos eleitores votaram nas últimas eleições.• Apenas 1,9% dos votantes optou pela alteração dos estatutos.• Os 2% dos votantes não representam nossa vontade.

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Sintaxe

SObservação:

Embora essa seja a regra, deve-se ter cuidado, pois alguns autores, nesses casos, consideram dupla possibilidade: concordância com a expressão fracionária ou com o complemento mais próximo.

Exemplos:

• Um terço dos eleitores votou.• Um terço dos eleitores votaram.• Apenas 1,9% dos votantes optou pela alteração dos estatutos.• Apenas 1,9% dos votantes optaram pela alteração dos estatutos.

3.9. Expressões partitivas

Caso muito semelhante à concordância com expressões fracionárias e percentuais ocorre quando o sujeito é representado por uma expressão partitiva: maioria, minoria, maior/menor parte, mais da metade, grande parte...

Nesses casos, embora se deva, na prática, dar preferência ao singular – que é a forma correta –, a tradição consagrou dupla possibilidade: expressão partitiva (singular) ou seu complemento.

Exemplos:

• A maioria dos alunos chegou (ou chegaram) no horário previsto.• A menor parte dos votantes obedeceu (ou obedeceram) ao regimento.• Mais da metade dos votantes optou (ou optaram) pela candidatura oficial.• Grande parte dos alunos chegou (ou chegaram) cedo.

3.10. Haja vista

A expressão haja vista é invariável, isto é, independentemente de seu sujeito (dificuldade, dificuldades; problema, problemas; carência, carências...), deve ser usada no singular.

Exemplos:

• Haja vista a dificuldade, desisti da empreitada.• Haja vista as dificuldades, desisti da empreitada.• Haja vista o problema, desisti da empreitada.• Haja vista os problemas, desisti da empreitada.

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Sintaxe

SObservação:

Absurdamente, quando o sujeito for plural (dificuldades, problemas, carências...), poderá ser empregado haja ou hajam vista, parte da expressão que, invocando o verbo haver, nunca deveria variar.

Exemplos:

• Haja vista (ou Hajam vista) as dificuldades, desisti de tudo.• Haja vista (ou Hajam vista) os problemas, desisti de tudo.

3.11. Sujeitos ligados por ou

Quando os centros nucleares do sujeito, no singular, vierem ligados por ou, dever-se-á fazer uma análise, pois três situações poderão ocorrer:

a) o ou dá ideia de exclusão: o verbo será usado no singular;Exemplos:

• O candidato ou a candidata preencherá a última vaga de trabalho.• O romancista ou o poeta assumirá a vaga na Academia de Letras.

b) o ou dá ideia de inclusão: o verbo será usado no plural; eExemplos:

• A fome ou a guerra matam impiedosamente.• A neve ou a chuva congelam a pessoa desagasalhada no inverno. c) o ou dá ideia de retificação (correção): o verbo concordará com o sujeito mais próximo.Exemplos:

• O aluno ou os alunos pagarão pelo conserto das luminárias.• A chuva ou as chuvas maltratam a população ribeirinha.

3.12. Pronome seguido por de nós, de vós, de vocês, deles, delas...Nesse caso, duas situações devem ser analisadas: a) Se o pronome estiver no singular, o verbo será usado também no singular; e

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Sintaxe

SExemplos:

• Qual de nós abrirá a escola amanhã?• Nenhum de vós votará em corruptos, senhores!

b) Se o pronome estiver no plural, duas concordâncias são admitidas.Exemplos:

• Quais de nós abrirão a escola amanhã?• Quais de nós abriremos a escola amanhã?• Quais de vós votarão em corruptos, senhores?• Quais de vós votareis em corruptos, senhores?

3.13. Verbos dar, bater e soar seguidos de horasAcompanhando a expressão horas, esses verbos, até duas unidades, serão usados no singular e, a partir daí,

no plural. Todavia, se relógio for sujeito, o verbo terá de concordar com ele.

Exemplos:

• Deu uma hora no relógio da catedral.• Deu uma hora e cinquenta e nove minutos no relógio da catedral.• Deram duas horas no relógio da matriz.• O relógio da catedral deu dez horas.• Bateram 24 horas.• Nesse instante soaram duas horas no relógio da torre.

3.14. Verbo parecerEm locuções verbais formadas pelo verbo parecer, como auxiliar, seguido do verbo principal, no infinitivo,

haverá dupla possibilidade de concordância.

Exemplos: • As crianças pareciam gostar da brincadeira.• As crianças parecia gostarem da brincadeira.• Maria e José pareciam chorar de alegria.• Maria e José parecia chorarem de alegria.

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Sintaxe

SObservação:

Embora a gramática tradicional aceite as duas formas, a preferência deve ser pela flexão do verbo parecer, deixando o principal no infinitivo impessoal (gostar, sorrir, chorar...)

3.15. Verbos abundantes

Aqueles verbos que possuem dois particípios (expulsado e expulso; suspendido e suspenso; matado e morto...) chamam-se abundantes.

Dá-se o nome de particípio regular àquele particípio cuja forma segue o padrão de outros verbos ou, como alguns autores preferem designar, cuja forma é desenvolvida (expulsado, como estudado; suspendido, como entendido; imprimido, como dormido...). Já, quando a forma é reduzida, parecendo-se com um adjetivo (morto, aceso, expulso, suspenso...), dá-se o nome de particípio irregular.

Pois bem, como só se emprega o particípio em locuções verbais, bastará simplesmente ver qual o verbo auxiliar que o acompanha:

a) com os auxiliares haver e ter: particípio regular;b) com os auxiliares estar e ser, particípio irregular.Exemplos:

• O juiz já havia (auxiliar haver) expulsado (particípio regular) um atleta.• O diretor já tinha (auxiliar ter) suspendido (particípio regular) um aluno.• O jogador estava (auxiliar estar) suspenso (particípio irregular) do campeonato.• O técnico foi (auxiliar ser) suspenso (particípio irregular) pelo tribunal.

Observação: Mostrar-se-á prudentíssima uma cuidadosa consulta a boas gramáticas e a bons dicionários a fim de ver quais

verbos são abundantes e quais formas, embora muito usadas (ganhado, gastado, pagado, pego...) podem ser usadas como adjetivos, mas são condenáveis como verbos.

3.16. Verbo serO verbo ser, por prestar-se, normalmente, à ligação do predicativo ao sujeito, segue regras especiais de

concordância, pois ora ele concorda com este, ora concorda com aquele:

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Sintaxe

Sa) pessoa e coisa: prevalecerá a pessoa;Exemplos:

• Minha esperança são meus alunos.• O aluno é nossas esperanças.

b) singular e plural: prevalecerá o plural;Exemplos:

• Minha esperança são os resultados.• O futuro são nossas esperanças.

c) coisa e pronome pessoal: prevalecerá o pronome;Exemplos:

• Minhas esperanças é ele.• Meu futuro és tu.

d) coisa e pronome não pessoal: prevalecerá a coisa; eExemplos:

• Aqui, tudo são flores.• Aquilo pareciam finas bênçãos.

e) expressões é pouco, é muito, é demais: o verbo ficará no singular.Exemplos:

• Cinquenta mil reais é pouco.• Cem metros, para a minha idade, é muito.• Dez mil reais de prêmio é demais.

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Sintaxe

S

Marque C nas frases corretas e E nas frases erradas, considerando a concordância verbal:01. ( ) A maioria dos alunos chegou cedo.02. ( ) Havia vários alunos na sala de aula.03. ( ) Faz dez anos que ele partiu.04. ( ) Fizeram dias quentíssimos há dez anos.05. ( ) Venderam-se, nesta região, dez cavalos de raça.06. ( ) Precisa-se, nesta região, de dez cavalos de raça. 07. ( ) Vossa Excelência e vossos amigos sois ladrões, Presidente.08. ( ) Tu e eu fomos ao teatro.09. ( ) Houve vários problemas durante a prova.10. ( ) Ela e eu fomos ao teatro.11. ( ) Hoje são eles quem pagam a conta.12. ( ) Ela e tu foram ao teatro.13. ( ) Foste tu que chegaste antes.14. ( ) Os Estados Unidos é uma nação rica.15. ( ) Hoje é dia 17 de dezembro.16. ( ) Hoje é 17 de dezembro.17. ( ) Bateram dez horas no relógio da catedral.18. ( ) Festas, jogos, amores, estudos, nada o encorajava.19. ( ) Os pais, os amigos, os colegas, ninguém o comovem.20. ( ) Agora é uma hora e cinquenta e nove minutos.21. ( ) Agora são duas horas.22. ( ) Um terço basta-lhe para a eleição.23. ( ) Haja vista o problema, saí.24. ( ) O aluno ou a aluna preencherá a única vaga existente.25. ( ) A doença ou a guerra matam impiedosamente.

EXERCÍCIO 02:

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Sintaxe

S

Se a frase deve ser completada com a forma regular de particípio, use R nos parênteses; se deve ser comple-tada com a forma irregular, use I:

01. ( ) O jogador estava __________ (suspender).02. ( ) O juiz havia __________ o julgamento (suspender).03. ( ) O diretor tinha __________ o aluno (suspender).04. ( ) O aluno foi __________ pelo diretor (suspender).05. ( ) A casa foi __________ pelo padre (benzer).06. ( ) O padre havia __________ a casa (benzer).07. ( ) O meliante foi __________ pelo desafeto (matar).08. ( ) O desafeto havia __________ o meliante (matar).09. ( ) A gráfica já havia __________ os cartazes (imprimir).10. ( ) Os cartazes já estavam __________ na gráfica (imprimir).11. ( ) O cozinheiro já havia __________ os ovos (frigir).12. ( ) O processo foi __________ (extinguir).13. ( ) O magistrado já havia __________ o processo (extinguir).14. ( ) O aluno havia __________ suas ideias corretamente (exprimir).15. ( ) O juiz tinha __________ o jogador de campo (expulsar).16. ( ) A população já tinha __________ seus representantes (eleger).17. ( ) Por que ele tinha __________ a leitura (suspender)?18. ( ) Eles já haviam __________ a fogueira (acender).19. ( ) O preso já tinha sido __________ (soltar).20. ( ) O cozinheiro já devia ter __________ o ovo (fritar).21. ( ) A capelinha já devia ter sido __________ pelo padre (benzer).22. ( ) A gráfica já deveria ter __________ os cartazes (imprimir).23. ( ) Ele havia __________ muito dinheiro (ganhar).24. ( ) Ele tinha __________ todo o salário (gastar).25. ( ) Ele havia __________ muitas contas (pagar).26. ( ) Ele foi __________ em flagrante (pegar).

EXERCÍCIO 03:

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Sintaxe

S

01. (CESCEM–SP) – Já _____ anos, _____ neste local árvores e flores. Hoje, só _____ ervas daninhas.a) fazem, havia, existeb) faz, havia, existec) fazem, haviam, existemd) faz, havia, existeme) faz, haviam, existe

02. (Cesgranrio) – Tendo em vista a concordância, assinale a opção em que há erro:a) Existem na atualidade diferentes tipos de inseticidas prejudiciais à saúde do homem.b) Podem provocar sérias lesões hepáticas os defensivos agrícolas à base de DDT.c) Faltam aos países subdesenvolvidos uma legislação mais rigorosa sobre os agrotóxicos.d) Persistem por muito tempo no meio ambiente os efeitos nocivos dos inseticidas clorados.e) Possuem elevado grau de toxidade os defensivos do tipo fosforado.

03. (Fatec) – Assinale a alternativa que completa corretamente as frases. _______ , entre analistas políticos, que, se o governo _______ essa política salarial e o empresariado não _______

as perdas salariais, _______ sérios problemas estruturais a serem resolvidos e, quando os sindicatos _______ , estará instalado o caos total.a) Comentam-se; manter; repor; haverão; intervierem.b) Comenta-se; mantiver; repuser; haverão; intervirem.c) Comenta-se; mantesse; repuser; haverão; intervierem.d) Comenta-se; mantiver; repuser; haverá; intervierem.e) Comentam-se; manter; repor; haverá; intervirem.

04. (FCC) – A ocorrência de interferências _______-nos a concluir que ______ uma relação profunda entre homem e sociedade que os ________ mutuamente dependentes.a) leva, existe, tornab) levam, existe, tornamc) levam, existem, tornamd) levam, existem, tornae) leva, existem, tornam

QUESTÕES DE PROVAS

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Sintaxe

S05. (Fuvest) – Indique a alternativa correta:

a) Tratavam-se de questões fundamentais.b) Comprou-se terrenos no subúrbio.c) Precisam-se de datilógrafas.d) Reformam-se ternos.e) Obedeceram-se aos severos regulamentos.

06. (Mackenzie) – As formas que completariam o período “Pagando parte de suas dívidas anteriores, o comer-ciante ______ novamente seu armazém, sem que se ______ com seus credores, para os quais voltou a merecer confiança”, seriam:a) proveu, indispusesseb) proviu, indispusessec) proveio, indispossed) proveio, indispusessee) proveu, indisposse

07. (PUC-RS) – Asseguro a V. Sra. que não ______ incomodar ______ com a elaboração dos testes; ______ ficar tran-quilo.a) precisa, se, podeb) precisa, se, podesc) precisas, te, podesd) precisais, vos, podeise) precisa, vos, pode

08. (UFMA) – Indique a alternativa que preenche adequadamente as lacunas da frase: “_____ anos que o homem se pergunta: se não _____ medos, como _____ esperanças?”

a) Faz, houvesse, existiriamb) Fazem, houvesse, existiriamc) Faz, houvesse, existiriad) Fazem, houvessem, existiriame) Faz, houvessem, existiria.

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Sintaxe

S09. (Fuvest) – Marque a opção que completa corretamente as frases abaixo:

I. Quando eu ______ os livros, nunca mais os emprestarei.II. Os alienados sempre ______ neutros.III. As provas que ______ mais erros seriam comentadas.IV. Quando ele ______ uma canção de paz, poderá descansar.a) reaver / mantem-se / contessem / comporb) reaver / mantém-se / contivessem /comporc) reouver / mantêm-se / contivesse / compuserd) reouver / se mantém / contessem / compusere) reouver / se mantêm / contivessem / compuser

10. (PUC-SP) – Indique a alternativa em que não há erro de concordância:a) Devem haver poetas que pensam no desastre aéreo como sendo o arrebol.b) Deve existir poetas que pensam no desastre aéreo como sendo o arrebol.c) Pode existir poetas que pensam no desastre aéreo como sendo o arrebol.d) Pode haver poetas que pensam no desastre aéreo como sendo o arrebol.e) Podem haver poetas que pensam no desastre aéreo como sendo o arrebol.

11. (UEPG) – Assinale a alternativa incorreta, segundo a norma gramatical:a) Os Estados Unidos, em 1941, declararam guerra à Alemanha.b) Aqueles casais parecia viverem felizes.c) Cancelamos o passeio, haja visto o mau tempo.d) Mais de um dos candidatos cumprimentaram o povo.e) Não tínhamos visto as crianças que faziam oito anos.

12. (UNIFESP) – “O Hatha yoga pradipika, sagrada escritura do hatha yoga, escrita no século 15 da era atual, diz que, antes de nos aventurarmos na prática de austeridade e códigos morais, devemos nos preparar. Autocon-trole e disciplina sem preparação adequada ______ criar mais problemas mentais e de personalidade do que paz de espírito. A beleza dessa escritura é que ela resolve o grande problema que todo iniciante enfrenta: do-minar a mente.

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Sintaxe

S Devido ______ abordagem corporal, o hatha yoga ficou conhecido – de modo equivocado – como uma cate-

goria de ioga ______ trabalha apenas as valências físicas (força, flexibilidade, resistência, equilíbrio e outras), quase como ginástica oriental. Isso não é verdade”.

(Ciência Hoje, julho de 2012. Adaptado.)

De acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa, as lacunas do texto devem ser preenchidas, respectiva-mente, coma) pode, a essa, aondeb) podem, a essa, quec) pode, à essa, o quald) podem, essa, com quee) pode, essa, onde

13. (UFPR) – Considere as seguintes formas verbais:1. havia recebido2. tinha recebido3. estava recebendo4. iria estar recebendo

Na frase “Todas as notícias daquele dia foram redigidas a partir dos documentos que a direção do jornal rece-bera do ministério público”, a forma verbal destacada pode ser substituída, mantendo-se a relação de sentido temporal e sem prejuízo à obediência à língua culta, por:a) 4 apenasb) 1, 2 e 3 apenasc) 3 e 4 apenasd) 1 e 4 apenase) 1 e 2 apenas

14. (UFRGS) – Leia: “[Eu] Disse que competência não era uma coisa tão relativa assim, que seriam as mesmas, para ele e para mim, as expectativas sobre a competência que deveria trazer consigo o cirurgião cardiovascular que...”

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Sintaxe

S Se substituíssemos “expectativas” por “expectativa”, quantas outras palavras precisariam obrigatoriamente

de ajuste para fins de concordância?a) umab) duasc) trêsd) quatroe) cinco

15. (Cesgranrio) – Tendo em vista as regras de concordância, assinale a única opção em que a forma entre parên-teses completa corretamente a lacuna da frase.a) ______ , na verdade, diferentes motivos responsáveis pela nossa dependência tecnológica. (existe)b) É indispensável que se ______ entre pesquisas científicas e aspirações da comunidade uma estreita vincula-

ção. (mantenham)c) A força de certos mecanismos ______ com que as pesquisas nos países pobres girem em torno de interesses

dos países ricos. (fazem)d) ______ combinar-se engenho e habilidades dos homens para a resolução dos problemas específicos da co-

munidade. (devem)e) É preciso que tanto o desenvolvimento científico quanto o tecnológico ______ primeiramente em conta o

fator cultural. (leve)

16. (Fuvest) – “Eu não sou o homem que tu procuras, mas desejava ver-te, ou, quando menos, possuir o teu retrato.”

Se o pronome tu fosse substituído por Vossa Excelência, em lugar das palavras destacadas no trecho transcrito teríamos, respectivamente, as seguintes formas:a) procurais, ver-vos, vossob) procura, vê-la, seuc) procura, vê-lo, vossod) procurais, vê-la, vossoe) procurais, ver-vos, seu

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Sintaxe

S17. (UFS) – Identifique a alternativa que completa corretamente essa frase: “Ele confirmou que nos ouvirá com

prazer, mesmo que ______ problemas que ______ considerados ______ .”a) surja, sejam, incontornáveisb) surjam, sejam, incontornáveisc) surja, seja, incontornáveld) surja, sejam, incontornávele) surjam, seja, incontornável

18. (FGV) – A única frase em que as formas verbais estão corretamente empregadas é:a) Especialistas temem que órgãos de outras espécies podem transmitir vírus perigosos.b) Além disso, mesmo que for adotado algum tipo de ajuste fiscal imediato, o Brasil ainda estará muito longe

de tornar-se um participante ativo do jogo mundial.c) O primeiro-ministro e o presidente devem ser do mesmo partido, embora nenhum fará a sociedade em

que eu acredito.d) A inteligência é como um tigre solto pela casa e só não causará problema se o suprir de carne e o manter

na jaula.e) O nome secreto de Deus era o princípio ativo da criação, mas dizê-lo por completo equivalia a um sacrilé-

gio, ao pecado de saber mais do que nos convinha.

19. (UFPR) – Observe a concordância verbal: 1. Algum de vós conseguireis a bolsa de estudo?

2. Sei que pelo menos um terço dos jogadores estavam dentro do campo naquela hora. 3. Os Estados Unidos são um país muito rico. 4. No relógio do Largo da Matriz bateu cinco horas: era o sinal esperado.a) Somente a frase 1 está erradab) Somente a frase 2 está erradac) As frases 2 e 3 estão erradasd) As frases 1 e 4 estão erradase) As frases 2 e 4 estão erradas

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Sintaxe

S20. (Unirio) – Em que item há um erro de concordância verbal:

a) Esta pessoa foi uma das que mais discutiu o caso.b) Eu com o meu amigo Paulo entramos na sociedade.c) Fazem dois meses que o visitei.d) Fui eu quem apresentei esta solução.e) Não podem existir muitos candidatos a esse ponto.

21. (UFPR) – Qual a alternativa em que as formas dos verbos bater, consertar e haver nas frases abaixo, são usadas na concordância correta?I. As aulas começam quando ___ oito horas.II. Nessa loja ___ relógios de parede.III. Ontem ___ ótimos programas na televisão.a) batem, consertam-se, houveb) bate, consertam-se, haviac) bateram, conserta-se, houveramd) batiam, conserta-se-ão, haveráe) batem, consertarei, haviam

22. (FCC) – Assinale a alternativa desse exercício que preenche, corretamente, as lacunas do texto. A Polícia Civil apreendeu 415,4 quilos de crack ______ em uma casa na Avenida Salim Farah Maluf. No local,

também ______ dois quilos de maconha. Um homem de 28 anos e um jovem de 17 ______.a) escondidos, havia, foram detidosb) escondido, havia, foram detidosc) escondidos, haviam, foi detidod) escondido, haviam, foram detidose) escondidos, havia, foram detido

23. (Banco do Brasil) – Marque a opção correta:a) Há de ser corrigidos os errosb) Hão de ser corrigidos os errosc) Hão de serem corrigidos os errosd) Há de ser corrigido os errose) Há de serem corrigidos os erros.

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Sintaxe

S24. (Unifor) – Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas desta frase: “______ profissionais mais

competentes, se ______ melhores condições de ensino”.a) Deveriam haver, existisseb) Deveria haver, existissemc) Deveriam haverem, existissemd) Deveria haver, existissee) Deveriam haver, existissem

25. (ACAFE) – A frase cuja concordância verbal está de acordo com as normas gramaticais é:a) Se houvesse mais homens honestos, não existiriam tantas brigas por justiça.b) Filmes, novelas, boas conversas, nada o tiravam da apatia.c) É precaríssima as condições do prédio.d) Não veio daí os males sofridos pela sociedade brasileira.e) Houveram dificuldades para eu assumir o cargo.

PROVA COMPLETABanca: ESAFNível superior

Leia o texto a seguir para responder às questões 1 e 2.

O Brasil é um exemplo de país para o qual a modernidade, em todas as fases de sua história nos últimos cinco séculos, impõe-se, sobretudo, como abertura aos ventos de fora.

Com o neoliberalismo, é frequente o abandono da ideia do nacional brasileiro, com a sedução de um imaginário influenciado por forte apelo da técnica e aceitação tranquila da força totalitária dos fatores da globalização. Em todos os casos, avulta como corrente condutora e força propulsora e indiscutível a modernidade alienígena e alienante.

Que seria uma modernidade à brasileira e como poderemos alcançá-la? Cumpriria, em primeiro lugar, não enxergar a modernidade como um dogma, uma obrigação, um credo.

LÍNGUA PORTUGUESA

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Sintaxe

S Em duas palavras, isso implicaria não seguir o conselho do poeta Rimbaud, para quem a modernidade era

algo a tomar a qualquer preço. Ao contrário, o que se postula é uma modernidade guiada por um objetivo nacional brasileiro.

Se antes isso já era possível, agora o é muito mais, embora nos façam crer que há apenas uma opção, um caminho, com vistas à construção do futuro.

A grande originalidade do presente período histórico é a visibilidade, em todos os cantos do mundo, das novas possibilidades oferecidas por ele e a consciência de que é possível uma multiplicidade de combinações. Essas não têm que ser obrigatoriamente condutoras de alienação, podendo construir-se a partir de um modo de ser característico da nação considerada como um todo, uma edificação secular onde as mudanças não suprimam a identidade, mas renovem o seu sentido a partir das novas realidades. Não se trata, assim, de recusar o mundo, mas de assegurar um movimento conjunto, em que o país não seja exclusivamente tributário, mas soberanamente partícipe na produção de uma história universal.

<http://www.oocities.org/br/madsonpardo/ms/artigos/ msa03.htm>. Acesso em: 04/01/2016 ( Milton Santos, com adaptações).

01. Em relação às ideias do texto, assinale a opção correta.a) É necessário impedir a atuação de influências estrangeiras para se construir uma modernidade nacional. b) O neoliberalismo costuma construir um imaginário adverso da ideia de globalização da técnica.c) No presente período histórico, resta uma opção com vistas à construção do futuro e da modernidade. d) A multiplicidade de combinações de influências é condutora de alienação, o que impede o modo de ser carac-

terístico de uma nação.e) No rumo à modernidade, o Brasil não deve ser apenas devedor da contribuição de outros países, mas parceiro

do mundo globalizado.

02. Assinale a opção em que a substituição sugerida para o termo usado no texto provoca erro gramatical ou incoe-rência textual.a) “avulta” (2º parágrafo) > sobressaib) “poderemos” (3º parágrafo) > poderíamosc) “alcançá-la” (3º parágrafo) > alcançar-lhed) “embora” (5º parágrafo) > conquantoe) “com vistas à” (5º parágrafo) > para a

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Sintaxe

S03. Em relação às estruturas linguísticas do texto, assinale a opção correta.

Não vamos discorrer sobre a pré-história da aviação, sonho dos antigos egípcios e gregos, que representavam alguns de seus deuses por figuras aladas, nem sobre o vulto de estudiosos do problema, como Leonardo da Vinci, que no século XV construiu um modelo de avião em forma de pássaro. Pode-se localizar o início da aviação nas experiências de alguns pioneiros que, desde os últimos anos do século XIX, tentaram o voo de aparelhos então denominados mais pesados do que o ar, para diferenciá-los dos balões, cheios de gases, mais leves do que o ar.

Ao contrário dos balões, que se sustentavam na atmosfera por causa da menor densidade do gás em seu interior, os aviões precisavam de um meio mecânico de sustentação para que se elevassem por seus próprios recursos. O brasileiro Santos Dumont foi o primeiro aeronauta que demonstrou a viabilidade do voo do mais pesado do que o ar. O seu voo no “14-Bis” em Paris, em 23 de outubro de 1906, na presença de inúmeras testemunhas, constituiu um marco na história da aviação, embora a primazia do voo em avião seja disputada por vários países.

<http://www.portalbrasil.net/aviacao_historia.htm>. Acesso em: 13/12/2015 (com adaptações)

a) O emprego de vírgula após “Vinci” (1º parágrafo) justifica-se para isolar oração subordinada de natureza res-tritiva.

b) Em “Pode-se” (1º parágrafo) o pronome “se” indica a noção de condição.c) A substituição de “então” (1º parágrafo) “por naquela época” prejudica as informações originais do texto.d) Em “se sustentavam” (2º parágrafo) e “se elevassem” (2º parágrafo) o pronome “se” indica voz reflexiva. e) O núcleo do sujeito de “constituiu” é “14-Bis” (2º parágrafo).

04. Assinale a opção que preenche as lacunas do texto de forma que o torne coeso, coerente e gramaticalmente cor-

reto. No período de 1907 a 1910, Santos Dumont realizou inúmeros voos com o monoplano Demoiselle. Patrono

da Aeronáutica e da Força Aérea Brasileira __1__ recebeu a patente de Marechal do Ar, __2__ considerado, até hoje, o brasileiro que mais se destacou na história da aviação mundial. Ao voo de Santos Dumont __3__ um período de competição entre países da Europa e os Estados Unidos na conquista de recordes de velocidade e distância. Com a I Guerra Mundial, a aviação tomaria considerável impulso, em virtude do uso dos aviões __4__ arma de grande poder ofensivo, mas seria na década de 1920/1930 que esse avanço se consolidaria. Desde antes da I Guerra Mundial, atravessar o Atlântico sem escalas era a meta dos aeronautas e projetistas de aviões. Em 1919, Raymond Orteig, de Nova Iorque, ofereceu um prêmio de US$ 25.000,00 __5__ a quem voasse de Nova Iorque a Paris, sem escalas.

<http://www.portalbrasil.net/aviacao_historia.htm>. Acesso em: 13/12/2015 (com adaptações).

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Sintaxe

Sa) de onde / vem sendo / continuou / de parab) da qual / e é / seguiu-se / como ac) de quem / seria / decorreu / por ded) do qual / sendo / seguiu / com eme) das quais / tendo sido / veio / tendo por

05. Em relação ao texto, assinale a opção correta.O icônico voo do 14-Bis foi oficialmente registrado pela Comissão do Aeroclube da França, que concedeu

ao inventor brasileiro o prêmio Archdeacon, ou seja, 3000 francos para quem voasse 25 metros com um objeto mais pesado que o ar.

O prêmio não exigia que o aparelho tivesse motor e, portanto, podia contar com o auxílio de balão para a sustentação. Santos Dumont começou seus experimentos para conquistar os céus com dirigíveis, que ele catalogava por números. Foram 14 ao todo.

Foi em 1906 que, deixando de lado os dirigíveis, Santos Dumont começou a investigar os planadores. Em julho de 1906, Santos Dumont construiu uma máquina híbrida, um planador acoplado a um balão de hidrogênio, o mesmo utilizado no n. 14. Ao batizá-lo, chamou-o de 14-Bis, o 14 de novo.

Resolveu depois retirar o balão de hidrogênio. Dumont percebeu que, ainda que o balão facilitasse a decolagem, dificultava o voo. Para que ele se mantivesse no ar, o motor de 24 cavalos-vapor foi substituído por um de 50. O biplano decolou na primeira tentativa, às 16h45, ficando 6 segundos no ar e cruzando uma distância de 60 metros, mais que o dobro da distância necessária para a vitória. Reza a lenda que os juízes ficaram tão maravilhados que se esqueceram de cronometrar e não homologaram o recorde. No entanto, não havia como contestar.

<http://www.anac.gov.br/Noticia.aspx?ttCD_CHAVE=1960&slCD_ ORIGEM=29>. Acesso em: 13/12/2015 (com adaptações).

a) A palavra “icônico” (1º parágrafo) está sendo empregada com o sentido de reduzido, curto.b) Preserva-se a correção gramatical e o sentido original do período ao se substituir “portanto” (2º parágrafo)

por “porquanto”.c) A palavra “híbrida” (3º parágrafo) está sendo empregada com o sentido de “composta de elementos de natu-

rezas diferentes”.d) Em “por um de” (4º parágrafo) há elipse do termo “balão” após “um”.e) O sentido da palavra “homologaram” (4º parágrafo) no texto é “desconheceram”.

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Sintaxe

S06. Assinale a opção correspondente a erro de grafia inserido no texto.

Há alguma controvérsia (1) entre o primeiro voo da história, entre Santos Dumont e os irmãos Orville e Wilbur Wright. No entanto, deve-se lembrar que grandes invenções como o avião são converjências (2) de vários outros experimentos e feitos anteriores, em uma época de intensa (3) atividade científica. Assim como o cinema, o rádio, o balão de ar quente e várias outras invenções da modernidade, não há um inventor único, apenas aquele que consegue convencer (4) mais pessoas de que a invenção é sua.

Independentemente disso, o 14-Bis fez seu inesquecível (5) voo no dia 23 de outubro de 1906, pelas mãos de um brasileiro, marcando para sempre a data no mundo e em nosso país. A data foi transformada em Dia do Aviador pela Lei n. 218, de 4 de julho de 1936, pelo então Presidente do Brasil, Getúlio Vargas.

<http://www.portalbrasil.net/aviacao_historia.htm > . Acesso em: 13/12/2015 (com adaptações).

a) controvérsiab) convergênciasc) intensad) convencere) inesquecível

07. Assinale a opção que preenche as lacunas do texto de forma que o torne coeso, coerente e gramaticalmente correto.

O transporte internacional passou _1_ ser utilizado em larga escala depois da II Guerra Mundial, por aviões cada vez maiores e mais velozes. A introdução dos motores _2_ jato, usados pela primeira vez em aviões comerciais (Comet), em 1952, pela BOAC (empresa de aviação comercial inglesa), deu maior impulso _3_ aviação como meio de transporte. No final da década de 1950, começaram _4_ ser usados os Caravelle, de fabricação francesa (Marcel Daussaud/ Sud Aviation). Nos Estados Unidos, entravam em serviço em 1960 os jatos Boeing 720 e 707 e dois anos depois o Douglas DC-8 e o Convair 880. Em seguida apareceram os aviões turbo-hélices, mais econômicos e de grande potência. Soviéticos, ingleses, franceses e norte-americanos passaram _5_ estudar a construção de aviões comerciais cada vez maiores, para centenas de passageiros, e _6_ dos chamados “supersônicos”, _7_ velocidades duas ou três vezes maiores que a do som. Nesse item dos supersônicos, _8_ estrelas internacionais foram o Concorde (franco-britânico) e o Tupolev (russo), que transportavam 144 passageiros e voaram até os anos 90, mas, devido aos elevados custos de manutenção, passagens e combustíveis, eles acabaram por ter as suas produções suspensas.

<http://www.portalbrasil.net/aviacao_historia.htm>. Acesso em: 13/12/2015 (com adaptações).

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Sintaxe

Sa) a - à - a - a - a - a - à - àsb) a - a - a - à - à - a - a - asc) à - a - à - à - a - à - à - àsd) a - à - à - a - à - a - à - àse) a - a - à - a - a - a - a - as

08. Assinale a opção que preenche a lacuna do texto de forma que o torne coeso, coerente e gramaticalmente cor-reto.

No final da década de 60 e início da década de 70 surgiram modelos capazes de transportar até 400 passageiros, como o Boeing 747, o Douglas DC-10, o Lockheed Tristar L-1011 ─ todos norte-americanos ─ e mais recentemente o Airbus (consórcio europeu), além do Douglas MD-11 e os Boeing 767 e 777 — também norte-americanos. _____________________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________________________________. Esse voo era efetuado pela companhia aérea francesa Air France. A velocidade exigia uma aerodinâmica compatível e por isso os aviões eram mais estreitos. A Air France, a British Airways e a Aeroflot (russa) operaram essas aeronaves. A rota mais badalada era Paris-Nova Iorque, feita em apenas 4h30m. No final também houve interesse dos sheiks árabes, e foram realizados alguns voos para o oriente.

<http://www.portalbrasil.net/aviacao_historia.htm> Acesso em: 13/12/2015 (com adaptações).

a) Os supersônicos comerciais, o Tupolev 144 e o Concorde iniciaram linhas regulares, tendo sido a primeira inaugurada em janeiro de 1976, cobrindo o percurso Rio de Janeiro - Paris em menos de sete horas, com uma escala em Dacar, para reabastecimento (em aviões comerciais regulares, o voo dura por volta de 11 horas, sem escalas).

b) No final do século XX, a Boeing (americana) e a Airbus (europeia) passaram a dominar o mercado mundial de grandes jatos. A Boeing incorporou a Douglas, a Lockheed passou a produzir apenas aviões militares e outras novas empresas chegaram ao mercado internacional com força, como a holandesa Fokker, a brasileira Em-braer e a canadense Bombardier.

c) Portanto, a partir de 2009 começaram a voar comercialmente os gigantes Airbus A-380, de dois andares e ca-pacidade para quase 500 passageiros, e o Boeing 747-8, seu concorrente (uma evolução do Boeing 747.400). Um Concorde da Air France acabou caindo em Paris após decolagem no Aeroporto Charles de Gaulle, e a em-presa francesa acabou antecipando sua suspensão.

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Sintaxe

Sd) Destaque também para o Boeing 787 Dreamliner, que é feito com partes plásticas e novos produtos desenvol-

vidos pela NASA chamados “composites”, que, segundo a fabricante norte-americana, trará maior durabilida-de e diminuição de peso (com consequente menor consumo de combustíveis e aumento na capacidade para passageiros e cargas).

e) Em 1931, Wiley Post e Harold Gatty fizeram a primeira viagem relativamente rápida ao redor do mundo, no monoplano “Winnie Mae”: percorreram 15.474 milhas em 8 dias e 16 horas. Em 1933, Post realizaria sozinho o voo ao redor do mundo em 7 dias e 19 horas. Em 1938, Howard Hughes faria, num bimotor, a volta ao mundo em 3 dias e 19 horas.

09. Assinale a opção correspondente a erro gramatical inserido no texto. A Embraer S. A. atualmente é destaque (1) internacional e passou a produzir aeronaves para rotas regionais

e comerciais de pequena e média densidades (2), bastante (3) utilizadas no Brasil, Europa e Estados Unidos. Os modelos 190 e 195 ocupou (4) o espaço que era do Boeing 737.300, 737.500, DC-9, MD-80/81/82/83 e Fokker 100. A companhia brasileira é hoje a terceira maior indústria aeronáutica do mundo, com filiais em vários países, inclusive na (5) China.

<http://www.portalbrasil.net/aviacao_historia.htm> Acesso em: 13/12/2015. (com adaptações).

a) é destaqueb) densidadesc) bastanted) ocupoue) inclusive na

10. Assinale a opção correta quanto à justificativa em relação ao emprego de vírgulas. O mercado de jatos executivos está em alta há alguns anos, e os maiores mercados são Estados Unidos,

Brasil, França, Canadá, Alemanha, Inglaterra, Japão e México. Também nesse segmento a Embraer é destaque, apesar de disputar ferozmente esse mercado com outras indústrias poderosas, principalmente a canadense Bombardier. A Embraer S.A. está desenvolvendo também uma aeronave militar, batizada de KC-390, que substituirá os antigos Hércules C-130, da Força Aérea Brasileira. Para essa aeronave a Embraer S.A. já soma algumas centenas de pedidos e reservas.

<http://www.portalbrasil.net/aviacao_historia.htm> Acesso em: 13/12/2015 (com adaptações).

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Sintaxe

S As vírgulas no trecho “...os maiores mercados são Estados Unidos, Brasil, França, Canadá, Alemanha, Inglaterra,

Japão e México.” separama) aposto explicativo que complementa oração principal.b) palavras de natureza retificativa e explicativa.c) oração subordinada adjetiva explicativa.d) complemento verbal composto por objeto direto.e) termos de mesma função sintática em uma enumeração.

11. Assinale a opção que apresenta explicação correta para a inserção de “que é” antes do segmento grifado no tex-to.

A Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República divulgou recentemente a pesquisa O Brasil que voa – Perfil dos Passageiros, Aeroportos e Rotas do Brasil, o mais completo levantamento sobre transporte aéreo de passageiros do País. Mais de 150 mil passageiros, ouvidos durante 2014 nos 65 aeroportos responsáveis por 98% da movimentação aérea do País, revelaram um perfil inédito do setor.

<http://www.anac.gov.br/Noticia.aspx?ttCD_CHAVE=1957&slCD_ ORIGEM=29>. Acesso em: 13/12/2015 (com adaptações).

a) Prejudica a correção gramatical do período, pois provoca truncamento sintático.b) Transforma o aposto em oração subordinada adjetiva explicativa.c) Altera a oração subordinada explicativa para oração restritiva.d) Transforma o segmento grifado em oração principal do período.e) Corrige erro de estrutura sintática inserido no período.

12. Assinale a opção que apresenta informação correta depreendida do texto. Com a pesquisa O Brasil que voa – Perfil dos Passageiros, Aeroportos e Rotas do Brasil é possível saber

quem são os passageiros, quais as principais rotas que utilizam, quais as rotas que desejam ver implantadas e quais são os municípios influenciados por cada um dos 65 aeroportos.

A pesquisa, feita em parceria com a Empresa de Planejamento e Logística (EPL), confirma que a democratização do transporte aéreo, o mais utilizado hoje pela população, é uma realidade. No ano passado, quase metade dos passageiros (45%) ganhava entre dois e dez salários mínimos – 6,1%, dois; 17,2%, entre dois e cinco; e 21,7%, entre cinco e dez. Enquanto o número de passageiros cresceu 170% entre 2004 e 2014, o preço das passagens caiu 48% no mesmo período.

<http://www.anac.gov.br/Noticia.aspx?ttCD_CHAVE=1957&slCD_ ORIGEM=29>. Acesso em: 13/12/2015> (com adaptações).

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Sintaxe

Sa) A utilização do transporte aéreo é atualmente uma prerrogativa das classes da população que têm alto poder

aquisitivo.b) Os municípios de todas as regiões brasileiras se desenvolvem de forma plena independentemente da influên-

cia de aeroportos.c) O transporte rodoviário ainda é o preferido pelos brasileiros em virtude do menor custo em relação ao trans-

porte aéreo.d) A democratização do transporte aéreo se concretiza pelo acesso da população de baixa ou média renda a esse

serviço.e) Os usuários do transporte aéreo brasileiro são aqueles que pertencem a faixas da população que recebem

mais de dez salários mínimos por mês.

13. Assinale a opção que preenche as lacunas do texto de forma que o torne coeso, coerente e gramaticalmente correto.

A auditoria presencial da Organização de Aviação Civil Internacional (OACI) informou recentemente que a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) alcançou 96,49% __1__ conformidade no Universal Safety Oversight Audit Programme – Continuous Monitoring Approach (USOAP CMA), programa lançado __2__ resposta às preocupações __3__ adequação da vigilância da segurança operacional da aviação civil em todo o mundo. O resultado preliminar obtido __4__ Agência coloca o país __5__ quarto lugar no ranking de segurança operacional da aviação no mundo, ficando atrás __6__ Coreia do Sul, de Cingapura e dos Emirados Árabes Unidos. A nota obtida pela ANAC demonstra o desenvolvimento da Agência, a evolução de sua maturidade institucional e o aprimoramento da segurança operacional da aviação civil no país.

<http://www.anac.gov.br/Noticia.aspx?ttCD_CHAVE=1981&slCD_ ORIGEM=29>. Acesso em: 13/12/2015 (com adaptações).

a) em / por / da / da / no / para ab) por / na / sob / com a / com o / só dac) de / em / sobre a / pela / em / apenas dad) na/ de / na / por essa / de / dee) com a / como / de / sobre a / para o / unicamente de

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Sintaxe

S14. Assinale a opção em que a substituição sugerida provoca erro gramatical e/ou incoerência textual.

Terceiro maior mercado de aviação do mundo, o Brasil deu um salto de 17 posições no ranking de segurança operacional da aviação civil em relação à última auditoria realizada pela Organização de Aviação Civil Internacional (OACI). Em 2009, a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) obteve aprovação de 87,6% e passou a ocupar a 21ª posição nessa avaliação. Hoje está em quarto lugar. O Universal Safety Oversight Audit Programme - Continuous Monitoring Approach (USOAP CMA) tem como objetivo promover a segurança operacional da aviação global por meio de auditorias e missões presenciais regulares nos sistemas de vigilância de segurança em todos os 191 Estados-Membros da OACI. A auditoria foi realizada na sede da ANAC, em Brasília, recentemente. Esses resultados demonstram o empenho dos servidores da Agência na regulação e gerenciamento da segurança operacional. Vale lembrar que a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) também obteve bom desempenho na auditoria do Universal Security Audit Program (USAP), programa similar da OACI direcionado à área de security (segurança contra atos de interferência ilícita), alcançando 97% na avaliação.

<http://www.anac.gov.br/Noticia.aspx?ttCD_CHAVE=1981&slCD_ ORIGEM=29>. Acesso em: 13/12/2015 (com adaptações).

a) “deu um salto” > obteve um avançob) “nessa avaliação” > nesse rankingc) “tem como objetivo” > objetivamd) “empenho” > esforçoe) “desempenho” > resultado

15. Assinale a opção em que a referência coesiva está incorretamente indicada. A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) emitiu, no dia 30 de novembro de 2015, o Certificado de Tipo para a

aeronave MBB-BK117 D-2, comercialmente denominada EC145 T2, fabricada pela Airbus Helicopters Deutschland (AHD). Com a emissão do certificado pela Agência, a aeronave já pode ser comercializada e operada em todo o território brasileiro. O EC145 T2 é o mais novo modelo de helicóptero da família MBB-BK117 e foi originalmente certificado pela Agência Europeia de Segurança para a Aviação Civil (EASA) em abril de 2014. De acordo com a fabricante, o aparelho foi desenvolvido com foco específico nas operações policiais e modelado num trabalho conjunto com pilotos de corporações, visando a atender as necessidades operacionais do segmento.

<http://www.anac.gov.br/Noticia.aspx?ttCD_CHAVE=2017>. Acesso em: 13/12/2015 (com adaptações)

a) “certificado” > “Certificado de Tipo”b) “Agência” > “Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC)”c) “aeronave” > “aeronave MBB-BK117 D-2, comercialmente denominada EC145 T2”d) “fabricante” > “Airbus Helicopters Deutschland (AHD)”e) “segmento” (l. 15) > “trabalho conjunto”

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Sintaxe

S16. Assinale a opção que preenche as lacunas do texto de forma que o torne coeso, coerente e gramaticalmente

correto. Com capacidade __1__ transportar nove passageiros __2__ velocidade de cruzeiro de 150 knots e altitude de 20.000 pés com MTOW de 3.700 kg, a aeronave EC145 T2 é equipada __3__ dois motores turbo-eixo Turbomeca Arriel 2E, cada um deles controlado __4__ sistema de gerenciamento computadorizado (FADEC) duplicado, que entrega __5__ caixa de redução principal uma potência de 490 kW (710 shp). Uma das principais inovações do mo-delo foi a substituição do rotor de cauda convencional __6__ do tipo Fenestron que, entre outras características aerodinâmicas, proporciona considerável redução do nível de ruído na cabine. A nova suíte de aviônicos Helionix, da Airbus Helicopters, vem equipada __7__ piloto automático de quatro eixos e displays com novas funcionalida-des. O processo de certificação da aeronave na ANAC empregou 350 horas e envolveu seis servidores da Agência (coordenador do programa e cinco engenheiros).

<http://www.anac.gov.br/Noticia.aspx?ttCD_CHAVE=2017>. Acesso em: 13/12/2015 (com adaptações).

a) de / de uma / de / num / da / com / nob) para / a uma / com / por um / à / por um / comc) a / com uma / a / com um / para a / com o / dod) em / em uma / por / de um / em / em um / peloe) por / à / em / em / a / a um / de

17. Assinale a opção que apresenta ideia corretamente depreendida do texto.Produzido por Marco Altberg e sua esposa Maiza Figueira de Mello, o documentário “Panair: Uma

história de amor com o Brasil” traz de volta a história glamourosa daquela que foi uma das mais importantes companhias aéreas do Brasil e que desperta saudades em todos aqueles que tiveram a oportunidade de voar em suas aeronaves ou que simplesmente ficavam observando os aviões cruzarem os céus com a tradicional faixa verde, levando as cores do Brasil para o mundo inteiro.

Responsável pela popularização do transporte aéreo no país, a empresa teve suas atividades interrompidas em 1965, num corriqueiro despacho oficial injustificável. Até hoje essa história permanece sem explicações satisfatórias. É uma mancha na história da aviação brasileira, que a justiça ainda não explicou e que ofuscou o brilho dos famosos Constellations, tirou o permanente sorriso do rosto das aeromoças, guardou o impecável uniforme nas gavetas, mas não pôde apagar a estima e a saudade que ficou no coração do brasileiro.

<http://www.areliquia.com.br/Artigos%20Anteriores/58Panair.htm>. Acesso em: 13/12/2015 (com adaptações)

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Sintaxe

Sa) A causa do fechamento da Panair foi o excesso de gastos e a falência inevitável.b) O filme focaliza a história de enriquecimento súbito do empresário que criou a Panair.c) Ficavam admirando os aviões no céu as pessoas que tinham medo de voar no Constellation.d) A interrupção das atividades da Panair ainda não foi plenamente esclarecida pela justiça.e) O filme provoca ressentimento contra a companhia em quem trabalhou na Panair.

18. Leia os trechos a seguir e ordene-os nos parênteses de modo que preservem a coerência e a coesão textual. ( ) Assim surgiu a Panair do Brasil, que possuía 100% do capital americano. O capital nacional só começou a en-

trar na empresa a partir de 1942. ( ) Inicialmente o coronel veio conversar com o governo brasileiro para entrar na concorrência do transporte de malas postais na América do Sul. ( ) A Panair teve origem na empresa Nyrba ─ New York Rio Buenos Aires Lines Inc ─, que chegou ao Brasil através do Coronel Ralph O’ Neil, da Marinha Ame-ricana. ( ) O vôo inaugural se deu em 24 de janeiro de 1930, entre Rio de Janeiro e Fortaleza, com escalas em Campos, Vitória, Caravelas, Ilhéus, Salvador, Aracaju, Maceió, Recife e Natal incluindo o pernoite em Salvador. No total, a viagem durava 34h50 em cada sentido da rota. ( ) Somente em 1930 O’ Neil conseguiu autorização para operar linhas aéreas no Brasil. A crise da bolsa de New York atrapalhou os negócios da Nyrba, que terminou por ser incorporada pela Pan American, um gigante da aviação americana.

<http://www.areliquia.com.br/Artigos%20Anteriores/58Panair.htm>. Acesso em: 13/12/2015 (com adaptações).

A sequência correta obtida é

a) 4, 2, 1, 5, 3b) 2, 1, 3, 4, 5c) 1, 3, 5, 2, 4d) 5, 1, 2, 3, 4e) 5, 4, 2, 3, 1

19. Assinale a opção em que o trecho preenche a lacuna do texto de forma que o torne coeso, coerente e gramati-calmente correto.

O primeiro voo com passageiros da Panair foi feito em 1931, entre as cidades de Belém e Rio de Janeiro. Nesta época, todos os pilotos eram americanos. O primeiro piloto brasileiro foi o Coronel Luis Tenan, que assumiu o comando de uma das aeronaves em 1935. Antes disso, a Panair chegou até a Amazônia e sua atuação naquela região foi fundamental para que o governo levasse alimentos e remédios a pontos quase inatingíveis da selva. ________________________________________ ________________________________________

________________________________________. Para fazer essa travessia, a empresa tinha à disposição os modernos

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182

Sintaxe

SConstellations. O primeiro voo foi realizado em 27 de abril de 1941. O destino era Londres, mas antes houve paradas nas cidades de Recife, Dakar, Lisboa e Paris. Em menos de três anos depois desta viagem inaugural, a Panair já havia realizado mil voos para a Europa, transportando mais de 60 mil passageiros.

<http://www.areliquia.com.br/Artigos%20Anteriores/58Panair.htm>. Acesso em: 13/12/2015 (com adaptações)

a) Mas, nem só de sucesso foi escrita a história da Panair. No início dos anos 50, alguns acidentes sérios começa-ram a causar problemas às companhias aéreas, mas a Panair foi uma das empresas que sofreram acidentes mais graves, com grande número de vítimas fatais.

b) Do dia para a noite quase cinco mil pessoas perderam seus empregos e uma boa parte delas, a razão de viver. O sofrimento foi grande por causa do relacionamento afetuoso entre a diretoria e os empregados, cultivado durante os 35 anos de existência da Panair. Era como se fossem uma grande família.

c) Esses tristes acontecimentos contribuíram para abalar a confiança que o povo brasileiro depositava na Panair, considerada um verdadeiro orgulho nacional. Mas sua imagem não seria afetada ao ponto de “esfriar” o amor que havia entre aqueles aviões, comandantes e comissárias com a nossa gente.

d) Depois de dominar o mercado interno e inaugurar hangares e aeroportos nas principais cidades brasileiras, a Panair volta-se, a partir de 1941, para as rotas internacionais, principalmente cruzando o Atlântico.

e) Foram os aviões da Panair que transportaram a seleção brasileira para as vitoriosas campanhas nas copas de 58 e 62, realizadas respectivamente na Suécia e no Chile.

20. Assinale a opção que apresenta substituição correta para a forma verbal contribuiuNo início da década de 60, trinta anos depois de sua fundação, a Panair já era totalmente nacional. Era

uma época de crise na aviação comercial brasileira, pois todas as companhias apresentavam problemas operacionais e crescentes dívidas para a modernização geral do serviço que prestavam. Uma novidade contribuiu para apertar ainda mais a situação financeira dessas empresas — a inflação. Apesar disso, não foram esses problemas, comuns às concorrentes, que causaram a extinção da Panair.

<http://www.areliquia.com.br/Artigos%20Anteriores/58Panair.htm>. Acesso em: 13/12/2015 (com adaptações).

a) contribuísseb) contribuac) contribuírad) contribuindoe) contribuído

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183

Sintaxe

S

EXERCÍCIO 01:

foram01. viveram02. consertam03. dão04. precisa05. confiam06. dormiram07. compram08. alugam09. buscam10. querem11. ofereceram12. morrem13. vendem14. precisaram15. vivem16. é17. duvide18. ouçam19. esqueça20. referiram21. interessem22. tratem23. trata24. referiram

EXERCÍCIO 02:01. C02. C03. C04. E05. C06. C07. E08. C

GABARITO

09. C10. C11. C12. E13. C14. E15. C16. E17. C18. C19. E20. C21. C22. C23. C24. C25. C

EXERCÍCIO 03:01. ( I ) 02. ( R )03. ( R ) 04. ( I )05. ( I )06. ( R )07. ( I )08. ( R )09. ( R )10. ( I )11. ( R )12. ( I ) 13. ( R )14. ( R )15. ( R )16. ( R )17. ( R )

18. ( R )19. ( I )20. ( R )21. ( I )22. ( R )23. ( I )24. ( I )25. ( I )26. ( R )

QUESTÕES DE PROVAS:01. D02. C03. D04. A05. D06. A07. A08. A09. E10. D11. C12. B13. E14. D15. D16. B17. B18. E19. D20. C21. A22. A23. B24. B25. A

PROVA COMPLETA:01) E02) C03) D04) B05) C06) B07) E08) A09) D10) E11) B12) D13) C 14) C15) E16) B17) D18) A19) D20) C

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Aqui, parceiros de caminhada, encerramos mais uma colheita, cujo plantio iniciou-se ainda na fonética – sujeito simples singular exige alguns verbos sem acento; sujeito simples plural ou sujeito composto exigem alguns verbos com acento –, passou pela morfologia – sobretudo no exaustivo estudo da conjugação verbal – e fundamentou-se, de vez, na regência verbal – com o emprego de verbos acompanhados da partícula “se”.

Além disso, é claro, passamos por pronomes de todo tipo, por preposições, por conjunções e por muitos outros conteúdos estudados. Isso tudo prova, aliás, que, em Língua Portuguesa, cada assunto tem seu momento para ser visto, pois há que se respeitarem sempre os pré-requisitos exigidos pela estrutura de cada um deles.

E assim, calma e pacientemente, haveremos de, muito em breve, chegar ao topo de nossa indispensável e sequencial Escada do Português Lógico.

Lá de cima, sem qualquer sombra de dúvidas, será deslumbrante nosso olhar sobre a planície que se descortinará ante nosso orgulhoso olhar. Veremos, à nossa frente, dezenas de conteúdos-personagens, ou personagens-conteúdos, aplaudindo-nos em pé, orgulhosos de nossa persistência, de nossa curiosidade, de nosso amor pelo símbolo maior de nossa Pátria.

Eu também estarei, então, orgulhoso de tantos quantos tenham seguido meus passos, tenham atendido a meus apelos e me tenham acompanhado em toda a caminhada.

Muitíssimo obrigado e parabéns!

Prof. Ironi Andrade

ÚLTIMAS PALAVRAS

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CONCORDÂNCIANOMINAL

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Olá, meus amigos!

Prossigamos. Agora deslizaremos pelas planuras imensas da concordância nominal. E esse será mais um daqueles momentos meio mágicos em que, parando para pensar, concluímos isto: foi bom, muito bom acompanhar o curso inteiro!

Devemos, por um dever ético-moral, destacar que esse assunto foi muito mal definido na nomenclatura, pois ele não trata, como o título sugere, apenas da concordância do nome – substantivo, adjetivo e advérbio –, mas, sim, da flexão das dez classes gramaticais, separando-as em variáveis e invariáveis.

Devemos dizer, por exemplo, e segundo os cânones da concordância nominal, “Bastantes crianças chegaram”. Mas por que “bastantes” e não “bastante”? Simples. Porque, nesse caso, “bastante” é um legítimo pronome indefinido. E pronomes, nós vimos na morfologia, são variáveis.

Seja como for, longe estará de ser assunto sequer complicado, muito menos difícil. Na dúvida? Bem, na dúvida, lembrem-se de que o Português é lógico, coerente, reflexivo, sequencial. E não hesitem: retornem às classes gramaticais, variáveis e invariáveis.

De resto, confiem: eu lhes haverei de ser um facho luminoso a clarear seus caminhos. E, onde há luz, há vida; onde há vida, há esperança; e, onde há luz, vida e esperança, haverá, certamente, sabedoria.

Sucesso!

Prof. Ironi Andrade

INÍCIO DE CONVERSA

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187

Sintaxe

S

A concordância nominal, já que a concordância verbal ocupou-se da flexão dos verbos – deveria, por lógico, ocupar-se da flexão do substantivo, do adjetivo e do advérbio, que são os nomes, em Língua Portuguesa.

Todavia, essa lógica não perpassou a cabeça dos antigos teóricos do idioma pátrio. Bastará ver que, a partir daqui, nossa tarefa será a de examinar as classes gramaticais e flexioná-las, se variáveis forem, ou deixá-las no masculino singular, se invariáveis se apresentarem.

Ante essa realidade, nada mais lógico do que recordarmos, por exemplo, que tudo aquilo que cerca o substantivo, determinando-o (artigo, pronome e numeral) ou o modificando (adjetivo), é criação e, como tal, há de seguir o criador.

Exemplos:

• O(artigo) meu(pronome) primeiro(numeral) professor sábio(adjetivo) já faleceu. Os meus primeiros professores sábios já faleceram. As minhas primeiras professoras sábias já faleceram.

É interessante recordar, também, que, além dos determinantes, do modificador e do próprio substantivo, o ver-bo igualmente é variável.

Exemplos:

• Ele desmaiou (verbo). Eles desmaiaram (verbo).

Por fim, nunca será demais lembrar que advérbio, preposição, conjunção e interjeição são invariáveis, isto é, não conhecerão passagens de gênero (masculino-feminino) e de número (singular-plural).

Exemplos:

• O bonito (substantivo) fascinou o rapaz bonito (adjetivo) que falava bonito (advérbio). Os bonitos fascinaram os rapazes bonitos que falavam bonito.• Alto lá (interjeição)! Depois, ele disse que (conjunção) era para (preposição) eu desculpá-lo. Alto lá! Depois, eles disseram que era para nós desculparmo-los.

CONCORDÂNCIA NOMINAL

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188

Sintaxe

SExplicado do que trata o assunto e lembradas as classes variáveis e invariáveis, prossigamos agora, destacando,

caso a caso, as situações que, normalmente, oferecem alguma dificuldade.

01. Adjetivo anteposto a dois ou mais substantivos: O adjetivo concordará com o substantivo mais próximo.

Exemplos:

• A mulher apresentava bela face e nariz.• A mulher apresentava belo nariz e face.

02. Adjetivo posposto a dois ou mais substantivos: O adjetivo poderá concordar, facultativamente, com o substantivo mais próximo, ou com todos eles,

prevalecendo o masculino.

Exemplos:

• A mulher apresentava face e nariz belo.• A mulher apresentava face e nariz belos.

03. Adjetivos hifenizados: Quando, por elegância ou por necessidade, usamos adjetivos hifenizados (compostos cuja função é modificar

substantivos), temos de adotar alguns cuidados:a) Apenas o último elemento do composto concordará com o substantivo a que todos se referem;Exemplos:

• Meus olhos são castanho-escuros.• Os tratados luso-brasileiros foram ótimos.• Eu li várias obras técnico-literárias ultimamente.

b) Quando o último elemento for substantivo (laranja, limão, abacate, cinza...) na função adjetiva, todos serão invariáveis; e

Exemplos:

• Minhas camisas são todas verde-limão.• Meus ternos amarelo-laranja são disputadíssimos.

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Sintaxe

Sc) Mesmo nos adjetivos simples, os substantivos, na função adjetiva, serão invariáveis.Exemplos:

• Comprei dez cadeiras azuis e quinze classes cinza.• As dez cadeiras laranja e as quinze classes brancas sumiram.

04. Menos e pseudo: As expressões menos, sempre, e pseudo, como prefixo, serão invariáveis.

Exemplos:

• No espetáculo, hoje, havia menos pessoas (do) que ontem.• As pseudomédicas foram afastadas do trabalho.

05. Alerta:A expressão alerta deverá ser examinada caso a caso:a) como substantivo ou adjetivo, será variável; eExemplos:

• Os alertas (substantivo) foram ouvidos ao longe pela tropa.• Os soldados estavam alertas (adjetivo).

b) como advérbio ou interjeição, será invariável.Exemplos:

• De repente, na rua, todos pararam alerta (advérbio).• Alerta (interjeição), soldados, e à frente!

06. Quite e extra:Essas expressões são variáveis em número, isto é, dependendo de a quem elas se referem (uma ou mais

pessoas, uma ou mais coisas), deverão ser empregadas no singular ou no plural.

Exemplos:

• O associado sempre esteve quite com o clube.• Os associados sempre estiveram quites com o clube.• O horário extra não especificou quais horas extras foram de fato trabalhadas.

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190

Sintaxe

S07. Meio, bastante, só e mesmo:

Essas quatro expressões deverão ser analisadas caso a caso. Afinal, com a mesma frequência elas aparecem na função adverbial (daí, invariáveis) e na função adjetiva ou pronominal (variáveis, então).

Exemplos:

• Bastantes (pronome) meninas, bastante (advérbio) tensas, corriam a esmo.• Meias palavras (adjetivo), meio desconexas (advérbio) estragam tudo.• As meninas só brincavam (advérbio) quando estavam sós (adjetivo).• As meninas foram mesmo ao colégio (advérbio).• As meninas mesmas (adjetivo) organizaram a festa.

Observação:A expressão a sós é invariável.

Exemplos:

• Só, a menina costumava falar a sós.

08. Adjetivos sucedendo ao verbo ser:Os adjetivos que acompanham o verbo ser – por uma mera convenção gramatical – seguem normas de

concordância estranhas:a) Quando o substantivo a que eles se referem vem determinado, eles concordarão em gênero e número com

aquele; e Exemplos:

• A água sempre foi gostosa.• A entrada é expressamente proibida a estranhos.

b) Quando o substantivo a que eles se referem não vem determinado, eles permanecerão invariáveis.Exemplos:

• Água sempre é gostoso.• Entrada é expressamente proibido a estranhos.

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Sintaxe

S09. Anexo, incluso:

Essas expressões, usadas a todo instante e em qualquer situação, são variáveis em gênero e número, isto é, elas concordarão sempre com o substantivo a que se referem.

Exemplos:

• O atestado seguiu anexo (incluso).• Os atestados seguiram anexos (inclusos).• A procuração seguiu anexa (inclusa).• As procurações seguiram anexas (inclusas).

Observação:A expressão “em anexo” é invariável.

Exemplo:

• As procurações seguiram em anexo.

10. Próprio:Esse será variável, concordando com o substantivo a que faz referência.

Exemplo:

• A menina própria organizou a festa e os próprios colegas deram-se apoio.

11. Muito obrigado:Essa expressão é formada por um advérbio (muito) e por um adjetivo (obrigado). Ora, como o advérbio é

invariável e o adjetivo varia, ela concordará, no seu final, com a pessoa que está falando.

Exemplos:

• Muito obrigado, disse ele; muito obrigada, respondeu ela.• Elas só disseram isto: “Muito obrigadas, senhores!”.• Muito obrigado, senhorita. Apenas isso ele conseguiu dizer.

12. Leso:O vocábulo leso funciona, em expressões como leso-patriotismo e lesa-pátria, como autêntico adjetivo e,

assim, será variável, concordando com o substantivo com que se associa.

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192

Sintaxe

SExemplos:

• Crimes lesa-pátria não podem ser tolerados.• Financiamentos leso-patriotismo não se podem admitir.

13. Meio-dia e meia:O vocábulo meio-dia, referindo-se à metade do dia, ficará invariável, indicando o horário das doze horas ou,

então, do almoço. Já a expressão meia, nesse caso, fará referência à metade de uma hora, isto é, usada juntamente com meio-dia, indicará o horário das 12 horas e 30 minutos. Logo, teremos aí meio-dia, mais meia hora: meio-dia e meia.

Exemplos:

• Chegamos ao meio-dia e meia, nem meio minuto após. • Chegamos ao meio-dia e meio minuto, não meia hora após.

14. Junto:O vocábulo junto será variável na condição de adjetivo, isto é, no sentido de um com o outro. Nos demais

sentidos, será advérbio (juntamente) e, como tal, permanecerá invariável.

Exemplos:

• Os alunos suspeitos nunca saíam juntos (um com o outro).• Os professores e os alunos andavam sempre juntos (uns com os outros).• Os professores saíam sempre junto com a diretora.• Junto com a mãe, os filhos pediam esmolas na praça da cidade.

15. Nem um e nenhum:No emprego dessas expressões, precisamos de redobrada atenção:a) nem um é expressão invariável e deve ser usada em sentido quantitativo, significando nem um sequer, nem

um único. Exemplos:

• Nem um aluno foi à escola.• Nem um professor compareceu à reunião?

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193

Sintaxe

Sb) nenhum é pronome – variável, portanto – e deve ser usado em oposição a algum, é a forma negativa de

alguém, como ninguém.Exemplos:

• Essas pessoas não servem para nenhumas coitadinhas.• Nenhuns animais resistiram à enxurrada.

16. Barato e caro:Mostrar-se-á indispensável examinar o caso concreto a fim de ver se esses vocábulos estão sendo usados

como adjetivos (modificadores de substantivos: variáveis) ou como advérbio (modificadores de verbo, adjetivo ou advérbio: invariáveis).

Exemplos:

• A gasolina está cara; aliás, nunca custou tão caro.• A mercadoria, em si, era barata, mas o comerciante cobrou caro.

17. Todo:É necessário ver, no emprego desse vocábulo, a classe a que ele está pertencendo. Como pronome indefinido,

variará em gênero e número; como advérbio, não.

Exemplos:

• Todas (pronome) as crianças chegaram à escola todo (advérbio) sujas.• Os tecidos, todo (advérbio) rasgados, foram todos (pronome) para o lixo.

18. O mais ou o menos possível:No emprego da locução adverbial (mais ou menos possível), há que se cuidar o adjetivo que sempre a

acompanhará, fazendo-o concordar com o respectivo substantivo.

Exemplos:

• Preciso de dois amigos o mais fiéis possível.• Sirvam-se as cervejas o mais geladas possível.• Consuma produtos baratos o mais possível.

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194

Sintaxe

S19. Tal qual:

O emprego correto da expressão tal qual, introdutória de comparações e com o significado de como, assim como, exige que se tomem alguns cuidados:

a) acompanhando verbos de ligação; eEm estruturas frasais construídas com verbos de ligação, essa expressão é variável e seus elementos ligam--se, concordando, assim: tal, como o substantivo anterior, e qual, com o substantivo posterior.

Exemplos:

• O filho é tal qual seu pai.• Os filhos são tais qual seu pai.• O filho é tal quais seus pais.• Os filhos são tais quais seus pais.

b) acompanhando verbos intransitivos ou transitivos.Na companhia de verbos intransitivos ou transitivos, a expressão tal qual adquire características adverbiais e, com significado de tanto quanto, comporta-se de forma invariável.

Exemplos:

• Eu sempre me esforcei tal qual vocês todos.• Nós sempre nos esforçamos tal qual você.• Eles sempre se esforçaram tal qual vocês.

20. Particípios:Verdadeira tragédia gramatical, o emprego dos particípios, em orações reduzidas, tem intrigado todas as

pessoas que se dedicam ao estudo do idioma. Sobretudo quando precedem o substantivo (sujeito), eles vêm sendo, inexplicavelmente, usados como expressões invariáveis (Analisado as causas; Procurado, no local, vestígios...).

Exemplos:

• Analisadas as causas do problema, verificou-se ausência de dolo.• Procurados, nas entranhas do processo, os motivos logo afloraram.

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Sintaxe

S

Levando em conta os vocábulos destacados, marque (C) para as frases corretas e (E) para as incorretas:

01. ( ) Seguem anexas as faturas.02. ( ) Inclusos estão os processos.03. ( ) Seguiu, anexa à carta, o relatório.04. ( ) Anexos ao processo, já tardiamente, seguiram os relatórios.05. ( ) Seguem, em anexo, as faturas.06. ( ) Eles falam bastantes.07. ( ) Eles dizem bastantes bobagens.08. ( ) Ele possui ideias bastante boas.09. ( ) Há bastantes propostas.10. ( ) A obra em si mesma não é tudo.11. ( ) Ela mesma fará a compra.12. ( ) O menino descobriu que estava quites com o clube.13. ( ) Havia, naquele local, menas pessoas.14. ( ) Elas estavam sós.15. ( ) Sós, eles só lembraram o passado.16. ( ) O menino, estando a sós, sentiu-se só.17. ( ) Só, diante de tantas pessoas, eles se sentiram perdidos.18. ( ) Nós temos razões bastantes para embargar a obra.19. ( ) As coisas estão caras, hoje em dia.20. ( ) Aquela decisão custou-me muito cara.21. ( ) Evitemos meias palavras, por favor!22. ( ) Muito obrigada disse ao vizinho a veneranda senhora.23. ( ) Vão anexas ao processo várias fotografias.24. ( ) Paisagens, as mais belas possível, foram contempladas.25. ( ) Elas foram ao supermercado mesmo.26. ( ) Elas mesmas foram ao supermercado.27. ( ) Vai inclusa à carta o meu cartão de visitas.

EXERCÍCIO 01:

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Sintaxe

S28. ( ) Essas pessoas cometeram crimes de leso-pátria.29. ( ) Devemos deixar escrito, sem interpretações dúbias, nossas opiniões.30. ( ) Envio-lhe, anexo, o pedido de envelopes.31. ( ) Elas saíram meio decepcionadas.32. ( ) As professoras retornaram ao meio-dia e meio.33. ( ) O professor corrigiu quando o aluno disse: “Hoje há menas gente”.34. ( ) Tais qual o pai, os filhos são desonestos.35. ( ) Tal quais os filhos, o pai é honestíssimo.36. ( ) Obrigada, senhorita: só isso o marmanjo disse.37. ( ) Vistos os transtornos havidos, a promoção foi suspensa.38. ( ) Júlia não queria vir à minha casa, mas eu a trouxe mesmo contra sua vontade.39. ( ) Escreverei cinco obras técnicas-científicas.40. ( ) Os alunos abaixo-assinados encaminharam ao diretor um abaixo-assinado.41. ( ) Com organização, a papelada anexa ficará menos estragada.42. ( ) Ela chegou meio cansada e muito branca.43. ( ) Maria e Cristina mesmas costuram seus vestidos.44. ( ) Muito obrigadas: só isso elas disseram.45. ( ) É permitido entrada franca a alunos menores.46. ( ) As procurações são instrumentos bastantes para os fins colimados.47. ( ) É necessário, nesses casos, a organização perfeita.48. ( ) Organização, em qualquer situação da vida, é necessário.49. ( ) Os alunos devem permanecer alerta.50. ( ) Queremos bem clara nossa opinião e nossos argumentos.51. ( ) Não acho que seja necessário paciência.52. ( ) Chegada a hora e a ocasião, falaremos.53. ( ) Notei em seu braço tatuagens e cicatriz estranhos.54. ( ) É necessário ocorrência policial nesses casos.55. ( ) Como água pura é gostoso!

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Sintaxe

S

Sublinhe a expressão que preenche corretamente as lacunas:

01) A mulher possui ________ busto e olhos (belo / belos).02) A mulher possui busto e face ________ (volumosa / volumosas).03) A mulher possui busto e mãos ________ (volumosos / volumoso).04) Assinaram-se tratados ________ (luso-franco-brasileiros / lusos-francos-brasileiros).05) Possuíam cabeleiras ________ (castanho-escuras / castanhas-escuras).06) Vestia camisas ________ (verde-limão / verdes-limão / verdes-limões).07) Hoje havia ________ médicas do que ontem (menas / menos). 08) As ________ estavam presentes (pseudo-heroínas / pseudos-heroínas).09) Os jogadores, ________, esperavam o apito inicial (alerta / alertas / alertos).10) O aluno está ________ com suas mensalidades (quite / quites).11) As alunas estão ________ com o clube (quite / quites).12) ________ tristes, as meninas choravam (Meio / Meias).13) ________ meninas saíram cedo da aula (Bastante / Bastantes).14) As meninas sempre se sentiram muito ________ (só / sós).15) ________ palavrões foram ditos no debate (Meio / Meios / Meias).16) Água é ________ (bom / boa).17) A cerveja também é ________ (gostosa / gostoso).18) Seguiram ________ as fotos (em anexo / em anexas). 19) À foto, retornaram ________ as atas (anexas / anexo).20) Elas ________ organizaram a festa (mesmas / mesmo).21) Eles foram ________ à festa (mesmo / mesmos).22) Chegamos ao meio-dia e ________ (meia / meio), nem meio minuto após. 23) Muito _______, disseram eles (obrigado / obrigados).24) O menino sempre foi _______ seus pais (tal qual / tal quais / tais quais).25) Os filhos agiam _______ seus pais (tal qual / tais quais).

EXERCÍCIO 02:

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198

Sintaxe

S

01. (UPF) – Júlia não queria _____ festa. Dei um pulo ______ casa dela e a trouxe, _____ contra a vontade.a) vim na / a / mesmo; b) vim na / na / mesma; c) vir a / a / mesma;d) vir à / à / mesmo;e) vir a / na / mesmo.

02. (URI) – Os professores, ______, gostariam de colaborar com a universidade em atividades ______.a) abaixo assinados / técnica-científicas; b) abaixo assinados / técnicas-científicas; c) abaixo-assinados / técnicas-científicas; d) abaixo-assinados / técnico-científicas;e) abaixo-assinados / técnico científicas.

03. (Unisinos) – É _______ organização para a papelada que segue ________ ficar _______ estragada.a) necessária / anexa / menos; b) necessária / anexo / menas;c) necessária / anexa / menos; d) necessário / anexa / menos;e) necessário / anexo / menas.

04. (PUC) – A frase incorreta, consoante à concordância nominal, é:a) Notei que ele tinha no braço tatuagens e cicatriz estranhos.b) É necessário ocorrência policial para este caso.c) Ela chegou meio cansada, meio branca.d) Hoje é dia de ver sol e lua ocultos.e) Comprei chapéus e bolsas pretos.

05. (Unipampa) – Todas as frases abaixo estão corretas, exceto:a) Maria e Cristina mesmas costuram seus vestidos. b) Muito obrigadas: só isso elas disseram.c) Vamos embora: já é meio-dia e meia. d) Segue anexo a carta a que me referi.e) É permitido entrada franca a estudantes.

QUESTÕES DE PROVAS

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199

Sintaxe

S06. (Ulbra) – Elas _______ buscaram os atestados, enviados _______ ao processo, como provas _______ para aqueles fins.

a) mesmo, anexo, bastante; b) mesmas, anexos, bastantes;c) mesmas, anexo, bastante; d) mesmo, anexos, bastantes;e) mesmas, anexos, bastante.

07. (Fuvest) – Assinale a alternativa incorreta quanto à concordância nominal:a) Ela mesma escreveu a crônica e ela própria a publicou.b) Estou quite com o serviço militar.c) O aniversário aconteceu na casa quinhentos e uma.d) Para quem a entrada é proibida?e) Água pura é bom para tirar a sede.

08. (UFRGS) – Assinale a opção em que há erro quanto à concordância nominal:a) Só os dois enfrentaram a fera.b) Os dois ficaram só diante da fera.c) Os documentos anexos eram falsos.d) Aquelas alunas ficaram meio atordoadas.e) A inteligência, o esforço, a dedicação venceu tudo.

09. (Uni-Santa) – Ela _______ sabia que era _______ atrapalhada e, por isso, não aparecia entre as três ________ colocadas.a) mesmo / meia / melhores; b) mesmo / meia / mais bem; c) mesma / meia / melhores; d) mesma / meio / mais bem;e) mesmo / meio / melhor.

10. (UFSC) – Marque a única frase onde a concordância nominal aparece de maneira inadequada.a) Obrigava sua corpulência a exercício e evolução forçada.b) Obrigava sua corpulência a exercício e evolução forçados.c) Obrigava sua corpulência a exercício e evolução forçadas.d) Obrigava sua corpulência a forçado exercício e evolução.e) Obrigava sua corpulência a forçada evolução e exercício.

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200

Sintaxe

S11. (PUC) A frase em que a concordância nominal está INCORRETA é:

a) As ferramentas que julgo necessárias para você consertar o motor, ei-las nesta caixa; deixo anexa, para seu próprio controle, uma relação delas.

b) É realmente louvável os esforços que vocês empreenderam para nos ajudar, portanto, qualquer que sejam os resultados, agradecemos muito.

c) Questões político-econômicas envolvem amplo debate, logo não considere inaceitáveis algumas indefini-ções referentes a esses pontos.

d) Muitas pesquisas recentes tornaram superadas algumas afirmações sobre a língua e a literatura portuguesas.e) Passadas cerca de duas semanas, foram conhecidos os resultados do concurso que premiou o artista mais

destacado do carnaval e de outras folias cariocas.

12. (FCC) – “Água às refeições é ________ para a saúde. Essa é uma das muitas precauções que _______ tomar, se se quer conservar a silhueta.”a) mau, é precisob) mau, são precisasc) mal, é precisad) má, são precisase) má, é preciso

13. (Cesgranrio) – “Noites pesadas de cheiros e calores amontoados…”. Aponte a opção em que, substituídos os substantivos destacados acima, fica incorreta a concordância de “amontoado”.a) odores e brisas amontoadasb) brisas e odores amontoadasc) nuvens e brisas amontoadasd) nuvens e morros amontoadose) morros e nuvens amontoados

14. (Cesgranrio) – Tendo em vista as regras de concordância nominal, assinale a opção em que a lacuna só pode ser preenchida por um dos termos colocados entre parênteses:a) cabelo e pupila _____ (negros / negras)b) cabeça e corpo _____ (monstruoso / monstruosos)c) calma e serenidade _____ (invejável / invejáveis)d) dentes e garras _____ (afiados / afiadas)e) galhos e tronco _____ (seco / secos)

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201

Sintaxe

S15. (Ibmec) – Assinale a alternativa que preenche de forma adequada e correta as lacunas nas frases abaixo, res-

pectivamente.I- Seguem _____ às cartas minhas poesias para você.II- Polvo e lula _____ serão servidos no jantar.III- Para a matrícula, é _____ a documentação pedida.

a) anexa - frescos – necessáriab) anexas - fresca – necessáriac) anexos - frescos – necessáriosd) anexas - frescas – necessáriae) anexas - fresco - necessária

PROVA COMPLETA:BANCA: FasurgsNível superior

Instrução: As questões 01 a 10 referem-se ao texto abaixo.

Suspiros de fumaça“Parar de fumar é muito fácil. Eu mesmo já parei umas 20 vezes.” Assim dizia meu pai brincando para

minimizar sua maior derrota: nunca conseguiu largar o cigarro. Quando, pela doença, as proibições chegaram, fumava escondido. Anos depois que partiu, minha mãe seguia encontrando maços em esconderijos insólitos.

Meu primeiro contato com o comércio foi comprando cigarros para meu pai. Diligentemente, não aceitava o troco em balas, o acerto justo dignificava a missão. Hoje me lembro dessas incursões com um pingo de culpa, como se nelas houvesse uma névoa de conivência.

Claro, eu era criança. Se é para ter culpa, melhor lembrar dos últimos anos do meu avô materno, quando eu já era adolescente. Outro que levou o cigarro até o fim. Embora a questão seja quem levou quem. Respirando muito mal, os médicos cortaram-lhe o hábito. Mas houve um apelo e uma concessão: três meios cigarros ao dia. Quando estava comigo, roubava no jogo e eu fazia escandalosa vista grossa. Trocávamos olhares e eu esquecia de cortar o cigarro, ou me enganava na difícil matemática que é discernir entre três e quatro.

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202

Sintaxe

SSinto falta do cheiro de tabacaria, de comprar cigarros, mas não sei o que faria com eles. Eu jamais fumei e

meus fumantes se foram. Não descobri se nunca fumei para não desafiar quem derrotou meu pai ou para triunfar onde ele falhou.

Quando minha mulher chegou na minha vida, fumava. Trazia essa familiaridade de um gozo que eu não entendia. O cigarro para Diana era um amigo fiel que pontuava e sublinhava sua vida. Antes disso, depois daquilo, no momento de angústia, nos momentos de alegria, contra a solidão, enfim, arrimo para todas as pausas. Mas minha paciência com o cigarro, e o custo que ele me trouxe, já havia esgotado. Agora, era eu ou ele. Quase perdi! Havia um inimigo na trincheira, minhas memórias, tinha uma queda pelo inimigo. Mas consegui. Depois de anos de luta e com o decisivo apoio da minha tropa de choque, minhas duas filhas, vencemos.

Se existe algo que aprendi com o cigarro é não menosprezar sua força e o preço que os fumantes estão dispostos a pagar. Tingir de morte o seu prazer, como a medicina explica e agora está impresso em qualquer maço, a meu ver, pouco ajuda. Talvez só denote o que ele é, uma tourada com a finitude, desafiando e chamando a morte a cada tragada.

O preço por esse prazer letal é enorme para a saúde pública. Mas o pior, talvez mais doloroso por ser mais próximo, é testemunhar essa escolha entre a fuga solitária do canudinho de fumaça e a nossa companhia. Gostaria que todos os fumantes que amei tivessem preferido a minha companhia ____ dele, _______ preferência sempre terei ciúme. Precisamos ganhar os fumantes de volta para nós.

Adaptado de: CORSO, Mário. Suspiros de fumaça. Zero Hora, 12/06/2014. 01. Assinale a alternativa que propõe o preenchimento correto para as lacunas do último parágrafo na ordem em

que aparecem. a) à – cujab) a – de cujac) à – de cujad) a – cujae) a – por cuja

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203

Sintaxe

S02. Assinale a alternativa que apresenta ideia que se pode depreender da leitura do texto.

a) Com suas brincadeiras, o pai do narrador pretendia aumentar a importância de sua incapacidade de parar de fumar.

b) O narrador considera-se mais culpado por não ter se empenhado contra o vício do avô do que por ter cola-borado com o vício do pai.

c) O vício da mulher do narrador o incomodava por impedi-la de dedicar-se às filhas.d) Na opinião do narrador, o preço alto de um maço de cigarros não é suficiente para desestimular o tabagis-

mo.e) Para o narrador, o mais doloroso é testemunhar a tentativa dos fumantes de livrar-se do vício do cigarro.

03. Assinale a alternativa que apresenta ideia que se pode depreender da leitura do texto.

a) O avô do narrador, mesmo doente, pediu aos médicos para não cortar totalmente o cigarro.b) O narrador, em sua infância, tinha dificuldades com a matemática na escola.c) O narrador fingia não ver seu avô trapacear no jogo de cartas.d) A esposa do narrador passou a fumar depois de conhecê-lo.e) O narrador nunca compreendeu a disposição dos fumantes de gastar quantias significativas de dinheiro

com o seu vício. 04. Ao afirmar que tinha uma queda pelo inimigo (5º parágrafo), o narrador estabelece uma relação entre a luta

que empreendeu contra o vício de sua esposa e a) seu amor por ela.b) seu carinho pelas filhas.c) seu respeito pela autoridade dos médicos.d) sua lembrança do convívio com fumantes na infância.e) sua vontade de experimentar o prazer proporcionado pelo cigarro.

05. Na frase em que se encontra, a expressão pela doença (1º parágrafo) expressa uma ideia de

a) meta.b) percurso.c) causa.d) conclusão.e) concessão.

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204

Sintaxe

S06. Assinale a alternativa que apresenta uma substituição com sentido semelhante ao da palavra conivência (2º

parágrafo), no contexto em que se encontra. a) Crítica.b) Audácia.c) Desaprovação.d) Admiração.e) Cumplicidade.

07. Com a expressão esconderijos insólitos (1º parágrafo), o narrador faz referência aos locais

a) perigosos em que seu pai guardava os cigarros.b) desagradáveis em que seu pai guardava os cigarros.c) representativos em que seu pai guardava os cigarros.d) distantes em que seu pai guardava os cigarros.e) incomuns em que seu pai guardava os cigarros.

08. Assinale a alternativa que apresenta uma ocorrência em que a forma para é uma conjunção adverbial final.

a) para (2ª linha do 4º parágrafo) b) para (2ª linha do 5º parágrafo) c) para (3ª linha do 5º parágrafo) d) para (1ª linha do 7º parágrafo) e) para (4ª linha do 7º parágrafo)

09. Assinale a alternativa que apresenta uma conversão correta dos dois períodos que iniciam o texto para o dis-curso indireto. a) Disse que parar de fumar seria muito fácil e que ele mesmo já parou umas 20 vezes.b) Disse que parar de fumar era muito fácil e que eu mesmo já parara umas 20 vezes.c) Disse que parar de fumar fora muito fácil e que ele mesmo já parou umas 20 vezes.d) Disse que parar de fumar era muito fácil e que ele mesmo já parara umas 20 vezes.e) Disse que parar de fumar é muito fácil e eu mesmo já parei umas 20 vezes.

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205

Sintaxe

S10. Considere as propostas de alteração da pontuação do texto a seguir.

I- Deslocamento da vírgula depois de partiu (3ª linha) para depois de mãe (4ª linha).II- Inserção de uma vírgula depois de jogo (10ª linha).III- Inserção de uma vírgula depois de custo (18ª linha).

Se fossem realizadas, quais preservariam a correção gramatical e o sentido literal dos períodos originais?

a) Apenas I.b) Apenas II.c) Apenas III.d) Apenas I e II.e) Apenas II e III.

Instrução: As questões 11 a 15 referem-se ao texto abaixo. Mais do que combater as teses racistas que são difundidas em muitos países e sociedades que afirmam

serem superiores em relação às outras no que concerne à etnia, devemos voltar nosso olhar para outras vertentes preconceituosas nas sociedades que se consideram avançadas, seja no âmbito tecnológico, ou até mesmo na linguagem e na escrita.

Essa tendência refere-se à superioridade cultural de uma civilização ou grupo em relação a outros que são compreendidos como inferiores e tratados como obsoletos e desvalorizados em todos os seus aspectos culturais.

As sociedades que, durante toda a história da humanidade, foram exploradas, embora perdessem traços culturais, não deixaram de lado suas principais circunscrições que as identificam, assim como seus costumes, crenças e modo de vida próprio. No entanto, as civilizações exploradoras conseguiram desviar o foco dos problemas ocasionado pela exploração, para uma “terrível” imagem dos povos que não se adequaram ao seu estilo de vida, fazendo-nos acreditar que essas civilizações não têm nenhuma relevância cultural no cenário mundial.

Nossas convicções ideológicas pessoais prevalecem muito mais do que qualquer relação social com povos que não pensam como nós pensamos e que fogem de nossos padrões de vida. Somos levados a querer que o outro grupo seja o reflexo ideal do nosso próprio conceito de “sociedade ideal”, caso contrário rotulamos o outro grupo como inferior e irrelevante para o progresso da humanidade.

Ao julgarmos uma cultura em relação à nossa e afirmar sua inferioridade, não devemos partir de valores como avanços tecnológicos e científicos, pois nenhuma civilização é tão “inferior” que não tenha nenhuma característica

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206

Sintaxe

Sespecífica que a nossa ainda não conseguiu desenvolver. Desse modo, se consideramos o diferente como inferior, também podemos cair no mesmo grau de inferioridade, na medida em que o outro grupo nos terá como sendo também inferiores em determinados aspectos.

Adaptado de: LIMA, Fabiano de Albuquerque. Disponível em: <http://www.opovo.com.br/app/jornaldoleitor/noticiasse cundarias/arti-gos/2013/09/17/noticiajornaldoleitorartigos,3131118/a-pretensao-de-uma-superioridadecultural.shtml>. Acessado em 07 jul. 2014.

11. Assinale a alternativa que apresenta uma afirmação correta de acordo com o texto. a) Não é relevante combater o racismo, uma vez que há outras vertentes de preconceito social que devem ser

combatidas.b) Não é possível limitar a discussão em torno das convicções ideológicas pessoais ao combate de teses racis-

tas. c) Não é suficiente combater teses racistas para criticar o olhar preconceituoso de uma sociedade sobre a ou-

tra, uma vez que a questão das diferenças culturais entre os povos é mais ampla.d) Não é adequado vincular a discussão sobre racismo às convicções ideológicas pessoais, uma vez que essas

são mais relevantes.e) Não é necessário vincular o combate ao racismo às convicções ideológicas para avaliar os traços culturais

das civilizações com menor relevância cultural.

12. Quanto à classificação das palavras usadas no texto, é correto afirmar que a) que (3º da 1ª linha) é pronome. b) que (5ª linha) é conjunção. c) que (12ª linha) é substantivo. d) que (1º da 13ª linha) é preposição. e) que (19ª linha) é advérbio.

13. Assinale a alternativa que contém a afirmação correta acerca das palavras preconceituosas (3ª linha), cultural

(11ª linha) e mundial (11ª linha), respectivamente. a) São advérbios derivados de adjetivos.b) São adjetivos derivados de adjetivos.c) São adjetivos derivados de substantivos.d) São substantivos derivados de adjetivos.e) São adjetivos derivados de advérbios.

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207

Sintaxe

S14. Assinale a alternativa que contém a afirmação correta acerca do uso de verbos no texto.

a) perdessem (7ª linha) está flexionado no tempo pretérito imperfeito e no modo subjuntivo.b) adequaram (10ª linha) está flexionado no tempo pretérito imperfeito e no modo indicativo. c) rotulamos (14ª linha) está flexionado no tempo pretérito imperfeito e no modo subjuntivo. d) tenha (17ª linha) está flexionado no tempo pretérito e no modo subjuntivo. e) consideramos (18ª linha) está flexionado no tempo futuro e no modo subjuntivo.

15. A substituição de As sociedades (7ª linha) por A sociedade acarreta a modificação, para fins de concordância,

de quantas outras palavras no seguimento que vai da linha 08 à linha 15? a) Quatro.b) Cinco.c) Seis.d) Sete.e) Oito.

Instrução: As questões 16 a 20 referem-se ao texto abaixo.

Nos últimos vinte anos, é inegável a existência de ____ processo de reestruturação produtiva no mundo do trabalho. Não apenas a questão da economia neoliberal, sustentada em fluxos autorreguladores do capitalismo contemporâneo, das relações trabalhistas, da formação profissional e da ____ de pesquisas aplicadas às indústrias, constitui um fenômeno que contribui para a profusão de problemáticas complexas, relacionadas ao mundo do trabalho e à formação profissional especializada. Tais problemáticas e suas complexidades se estreitam em diferentes âmbitos de relações de modo a ____ local, regional ou globalmente outras lógicas de formação requeridas pelo mundo do trabalho.

Nesse contexto, a formação profissional de base interdisciplinar surge como demanda de expressiva necessidade econômica e política. Desde os anos noventa, a demanda por profissionais com capacidade de integrar conhecimentos dispersos pela hiperespecialização desenvolveu-se em torno da busca da interdisciplinaridade, em diferentes campos do conhecimento.

Essa demanda se justifica pelas transformações ocorridas no mundo do trabalho e, especificamente, pela insuficiência epistemológica que as ciências modernas expressam diante da complexidade do mundo físico, social, político e cultural do homem. Assim, a Sociologia como ciência que estuda objetos do mundo social em

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208

Sintaxe

Ssuas dinâmicas, permanências e mutabilidades, voltar-se-á para a análise das relações entre mundo do trabalho, formação e práticas profissionais específicas. Tanto a Sociologia do Trabalho quanto a Sociologia das Profissões surgem nesse cenário como importantes campos teóricos para a compreensão aprofundada do tema.

Acredito que os estudos sobre o trabalho devem abranger uma variedade de objetos de pesquisa, dando, por isso mesmo, uma amplidão sistemática no que se refere aos complexos modos de relação entre trabalho, formação para o trabalho, profissões e formação profissional.

Adaptado de: SANTOS, Najó Glória dos et al. Formação profissional interdisciplinar. Disponível em: <https://ri.ufs.br/bits-

tream/123456789/503/1/Formacao ProfissionalInterdisciplinar.pdf>. Acessado em: 07 jul. 2014. 16. Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do 1º parágrafo.

a) esponensial – disseminação – expacialisarb) esponencial – dissiminação – expacializarc) exponensial – dessiminação – especializard) exponencial – disseminação – especializare) exponencial – dessiminação – expacialisar

Considere as seguintes afirmações sobre o sentido global do texto.

I- A formação interdisciplinar deve se dar com base na Sociologia, uma vez que é o campo que melhor pode aprofundar o estudo das relações de trabalho.

II- Os estudos sobre o trabalho ampliaram-se em função da dispersão de conhecimentos.III- A formação profissional, alicerçada em fundamentos interdisciplinares, é uma necessidade decorrente do

processo de reestruturação produtiva no mundo do trabalho.

Quais estão corretas, de acordo com o texto?

a) Apenas I.b) Apenas II.c) Apenas III.d) Apenas I e III.e) I, II e III.

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209

Sintaxe

S17. Considere as seguintes afirmações sobre emprego de classe de palavras no texto.

I- inegável (1ª linha) é um adjetivo em função predicativa.II- neoliberal (2ª linha) é um adjetivo em função de adjunto adnominal.III- regional (6ª linha) é um adjetivo em função adverbial.

Quais estão corretas, de acordo com o texto?

a) Apenas I.b) Apenas II.c) Apenas I e III.d) Apenas II e III.e) I, II e III.

18. Quanto à forma verbal voltar-se-á (15ª linha), é correto afirmar que está conjugada

a) na terceira pessoa singular do presente do indicativo.b) na terceira pessoa singular do presente do subjuntivo.c) na terceira pessoa singular do pretérito imperfeito do indicativo.d) na terceira pessoa singular do pretérito do subjuntivo.e) na terceira pessoa singular do futuro do presente do indicativo.

19. Quanto à oração que os estudos sobre o trabalho devem abranger uma variedade de objetos de pesquisa

(último parágrafo), é correto afirmar que é uma a) oração subordinada adverbial causal.b) oração subordinada substantiva subjetiva.c) oração subordinada substantiva completiva nominal.d) oração subordinada substantiva objetiva direta.e) oração subordinada adjetiva restritiva.

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210

Sintaxe

S

EXERCÍCIO 01:

01. C

02. C

03. E

04. C

05. C

06. E

07. C

08. C

09. C

10. C

11. C

12. E

13. E

14. C

15. C

16. C

17. E

18. C

19. C

20. E

21. C

22. C

23. C

24. E

25. C

26. C

27. E

28. E

29. E

30. C

GABARITO

31. C

32. E

33. C

34. C

35. E

36. E

37. C

38. C

39. E

40. E

41. C

42. C

43. C

44. C

45. C

46. C

47. E

48. C

49. E

50. E

51. C

52. E

53. E

54. C

55. C

EXERCÍCIO 02:

01) belo

02) volumosa

03) volumosos

04) luso-franco-brasileiros

05) castanho-escuras

06) verde-limão

07) menos

08) pseudo-heroínas

09) alertas

10) quite

11) quites

12) meio

13) bastantes

14) sós

15) meios

16) bom

17) gostosa

18) em anexo

19) anexas

20) mesmas

21) mesmo

22) meia

23) obrigados

24) tal quais

25) tal qual

QUESTÕES DE PROVAS:

01. D

02. A

03. D

04. A

05. D

06. B

07. C

08. B

09. D

10. C

11. B

12. A

13. B

14. A

15. B

PROVA COMPLETA:

01. C

02. B

03. A

04. D

05. C

06. E

07. E

08. A

09. D

10. B

11. B

12. A

13. C

14. A

15. B

16. D

17. C

18. E

19. D

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Mais uma colheita concluída!

Na morfologia – segunda parte da gramática –, lançamos à terra sementes de enorme potencial germinativo e, delas, nasceram as dez classes gramaticais.

Com o cuidado da mãe que zela com amor infinito por seus filhos, separamos, lá ainda, as variáveis (artigo, pronome, numeral, adjetivo, substantivo e verbo) das invariáveis (advérbio, preposição, conjunção e interjeição).

Nesta aula, teria sido suficiente separar umas, flexionando-as, de outras, inflexíveis. Contudo, o ranço de velhos tratadistas gramaticais fez com que tivéssemos de listar, um a um, dezenas de casos, haja vista um entendimento ultrapassado que ainda reza a cartilha dos literatos, mesmo sendo, alguns deles, de péssima reputação linguística.

Seja como for, o respeito ao idioma pátrio e a satisfação do dever cumprido hão de sobrepujar questões menores e nos encher de felicidade.

Parabéns, parceiros de caminhada!

Prof. Ironi Andrade

ÚLTIMAS PALAVRAS

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VOZES VERBAIS

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Avante, meus amigos!

Mais que pelo número de armas ou de combatentes, a batalha se decide pela intensidade dos combates.

Partindo do pé da Escada, viemos escalando-a, degrau a degrau, e, agora, quase de seu topo, conseguimos bem visualizar a planície que, atrás de nós – os combatentes –, foi-se descortinando. Mais três “Sentido, avançar!”, e chegaremos à vitória final.

Desta feita, trincharemos o conteúdo relativo às vozes verbais. Para tanto, muitas serão as ferramentas que, espalhadas pelos campos de luta, haverão de ser retomadas para formarmos o arsenal de que precisaremos para enfrentar o novo combate.

Na morfologia, buscaremos as classes gramaticais, mormente o verbo em toda a sua extensão. Da sintaxe já vista, necessitaremos da regência verbal e da análise sintática interna. De cada um de nós há de sair a energia indispensável para ir à luta e o otimismo irrefreável para apequenar possíveis dificuldades.

Como na Canção do Expedicionário: “Por mais terras que eu percorra / não permita, Deus, que eu morra / em que eu volte para lá / sem que eu leve por divisa / esse "V" que simboliza / a vitória que virá”.

Sim, avante, que a bandeira já tremula logo aí na frente!

Prof. Ironi Andrade

INÍCIO DE CONVERSA

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214

Sintaxe

S

Incontáveis já foram as vezes em que ofereci meu ombro a estudantes de todos os níveis que, sempre chorosos, buscavam consolo em momentos de mais intensa aflição.

Dentre as situações mais aflitivas esteve, seguramente em grande conta, a “falta de lógica no estudo e na compreensão das vozes verbais”.

Foram sem conta, também, as oportunidades em que, como consolo talvez, tive de ser tomado de paciência verdadeiramente beneditina, recomendando tranquilidade e muito esforço para o domínio da conjugação verbal. E, no mais das vezes, a resposta, infelizmente, foi esta: “Professor, eu não entendo as vozes verbais, e não a conjugação dos verbos”.

Pois bem, explico: não há como separar três assuntos que, conjuntamente, dão estrutura e organizam esse conteúdo: a conjugação verbal (principalmente), a regência verbal e a análise sintática interna. Logo, será indispensável:

a) ter segurança na conjugação verbal;

O primeiro – e infelizmente o mais precário – requisito para compreender as vozes verbais em suas transformações é ter segurança na identificação dos tempos e dos modos verbais. Afinal, para apassivar uma frase, há que se acrescer a ela um verbo auxiliar, sempre no tempo e no modo do verbo transitivo direto ou transitivo direto e indireto já existente.

Em O menino escrevia belos textos, por exemplo, temos a voz ativa, pois o sujeito (menino) é o autor da ação de escrever esses belos textos. A fim de apassivá-la, será indispensável identificar, em escrevia o pretérito imperfeito do indicativo.

Feito isso, acrescentarei o verbo ser no tempo e no modo do verbo escrever, flexionando esse último no particípio: “Belos textos eram (verbo ser no pretérito imperfeito do indicativo) escritos (verbo escrever no particípio) pelo menino”.

Quem não souber identificar tempos e modos, ficará, pois, à mercê da própria sorte.

VOZES VERBAIS

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Sintaxe

Sb) garantir domínio da regência verbal; e

Parece incrível, mas a maioria das pessoas ignora o fato de que somente frases com verbos transitivos diretos ou diretos e indiretos podem ser apassivadas. Quando, numa prova, o examinador retira cinco frases do texto (a, b, c, d, e) e pergunta qual a única que pode ser apassivada, o candidato, sem perda de tempo, terá de se debruçar sobre a regência dos verbos de cada uma delas, sem tentar apassivá-las todas, pois isso lhe roubará um tempo de que ele, naturalmente, não dispõe.

c) estar seguro na análise sintática interna.

As vozes verbais ligam-se, direta e totalmente, a três funções sintáticas que são, por isso mesmo, de domínio obrigatório: sujeito, objeto direto e agente da passiva.

Vejamos: na voz ativa, a frase terá um sujeito agente, um verbo de transitividade direta ou direta e indireta e um objeto direto. Já, na passiva, o objeto direto transformar-se-á em sujeito e este assumirá a posição de agente da passiva.

Logo, ter noções claras sobre essa funcionalidade sintática será condição indispensável para entender, primeiramente, que as vozes verbais não são esse bicho de sete cabeças, como apregoado, e, depois, para se sentir à vontade no trato e no domínio do tema.

Feitas essas observações, é hora de estruturar didaticamente o assunto.

Existem três vozes verbais:

01. AtivaÉ aquela em que o sujeito é agente, isto é, ele pratica a ação expressa pelo verbo.

Exemplos:

• O menino acaricia o gato.• O professor explicava bem a matéria.• O professor motivou os alunos.

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Sintaxe

S02. Passiva

É aquela em que o sujeito é paciente, isto é, ele é o receptor da ação expressa pelo verbo.

Exemplos:

• O gato é acariciado pelo menino.• A matéria era bem explicada pelo professor.• Os alunos foram motivados pelo professor.

03. ReflexivaÉ aquela em que o sujeito, ao mesmo tempo, é agente e paciente, isto é, na medida em que ele pratica

determinada ação, os resultados dessa prática refletem-se sobre ele mesmo.

Exemplos:

• O menino machucou-se.• O preso feriu-se com estiletes.• Apressada, a menina cortou-se com a faca.

Observação: Quando há um só sujeito praticando e sofrendo os efeitos da ação, dá-se simplesmente o nome de voz

reflexiva. Já, quando há dois ou mais sujeitos envolvidos na prática e na recepção de seus resultados, há de se chamar voz reflexiva recíproca.

Exemplos:

• Amantes de longa data, rapaz e rapariga beijaram-se louca e longamente.• Os lutadores, demonstrando educação, cumprimentaram-se antes da luta.• Amanhã nos veremos e, então, conversaremos mais.

Classifique as frases que se seguem a partir desta legenda:A – para frases na voz ativa;B – para frases na voz passiva; eC – para frases na voz reflexiva.

EXERCÍCIO 01:

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Sintaxe

S01. ( ) Bruno machucou-se ao cair do balanço.02. ( ) Bruno machucou o colega de classe.03. ( ) Bruno foi ferido pelo coleguinha de turma.04. ( ) Helena saíra cedo de casa.05. ( ) Helena penteou-se para sair de casa.06. ( ) Helena foi traída pela sorte.07. ( ) A noite caía sobre a gruta.08. ( ) A noite ia sendo consumida pelo novo dia.09. ( ) Sempre, às seis horas, o sol descia no horizonte.10. ( ) Roberto mudou-se para uma casa maior.11. ( ) Numa manhã de inverno, ele ficou prisioneiro do sol.12. ( ) O menino mesmo estava consertando o computador.13. ( ) O computador do menino deveria ter sido consertado pelo técnico.14. ( ) O idoso, apesar da fraqueza, deveria ir andando pelo caminho.15. ( ) Após o banho, a menina penteou-se.16. ( ) O jovem, alheio a tudo, foi andando, andando, andando.17. ( ) Quando viu, o jovem já havia andado, andado, andado e se perdido.18. ( ) As crianças resgataram o cãozinho da correnteza.19. ( ) O cãozinho sempre latia ante estranhos.20. ( ) Durante a refeição, cortei-me com a faca.

Voz passiva analítica e voz passiva sintética

Para indicar que determinado ser sofreu os efeitos de uma ação praticada por alguém, podemos agir de duas formas diferentes.

a) Passiva analítica

É aquela formada a partir de uma locução verbal (verbo auxiliar, mais verbo principal) e cuja passividade revela-se pelo emprego do verbo principal no particípio.

Exemplos:

• Ele era acariciado pelo pai (auxiliar ser, mais principal acariciar).• Ele estava sendo acariciado pelo pai (auxiliares estar e ser, mais principal acariciar).

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Sintaxe

SB) Passiva sintética

É aquela cuja passividade do sujeito, em vez de se traduzir no particípio do verbo principal, revela-se por meio de verbos transitivos diretos ou diretos e indiretos, na terceira pessoa (singular ou plural), seguidos da partícula apassivadora se.

Exemplos:

• Venderam-se duas casas na feira (Duas casas foram vendidas na feira).• Construiu-se um palacete na praia (Um palacete foi construído na praia).

Nos parênteses, escreva PS, para a passiva sintética, e RR, para a reflexiva recíproca:

01. ( ) Professores e alunos cumprimentaram-se no reinício das aula.02. ( ) Cumprimentaram-se os alunos, na fala do professor.03. ( ) Os parlamentares sempre se abraçam nos corredores do parlamento.04. ( ) Venderam-se as duas casas em oferta.05. ( ) Pai e filho encontravam-se sempre no caminho da escola.06. ( ) Consertaram-se muitas joias nos porões do palácio imperial.07. ( ) Pai e mãe beijaram-se para delírio dos filhos.08. ( ) Alugaram-se todas as salas comerciais disponíveis.09. ( ) Cruzavam-se os olhares dos jovens apaixonados.10. ( ) Viram-se muitos jovens apaixonados na região dos jardins.

Transformação

Dadas as necessidades inerentes à comunicação humana, as pessoas, ao falarem ou escreverem, deparam muito frequentemente com a necessidade indeclinável de transformar frases passivas em ativas, e vice-versa.

a) Passagem da ativa para a passiva

Já vimos que a construção das frases na voz ativa, via de regra, é esta: sujeito agente + verbo transitivo direto ou direto e indireto + objeto direto.

EXERCÍCIO 02:

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Sintaxe

SExemplo:

• O rapaz comprou um jegue.– Sujeito agente: rapaz.– Verbo transitivo direto (pretérito perfeito do indicativo): comprou.– Objeto direto: jegue.

A conversão para a voz passiva dá-se assim:• o objeto direto (jegue) transforma-se em sujeito passivo;• acrescenta-se o verbo auxiliar ser no tempo e no modo do verbo já existente (foi);• flexiona-se o verbo principal (comprou) no particípio (comprado); e• transforma-se o sujeito (rapaz) em agente da passiva.

Resultado:

• Um jegue (sujeito) foi (auxiliar) comprado (principal) pelo rapaz (agente da passiva).

b) Passagem da passiva para a ativaA construção, agora, é esta: sujeito paciente + verbo auxiliar + verbo principal (no particípio) + agente da

passiva.

Exemplo:

• O carro era dirigido pelo aluno.– Sujeito paciente: carro.– Verbo auxiliar (pretérito imperfeito do indicativo): era.– Verbo principal (particípio): dirigido.– Agente da passiva: aluno.

A conversão para a voz ativa dá-se assim:• o agente da passiva (aluno) transforma-se em sujeito ativo;• suprime-se o verbo auxiliar (era);• flexiona-se o verbo principal no pretérito imperfeito do indicativo: dirigia; e• transforma-se o sujeito paciente (carro) em objeto direto.

Resultado:

• O aluno (sujeito) dirigia (pretérito imperfeito do indicativo) o carro (objeto direto).

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Sintaxe

Sc) Passagem da passiva sintética para a ativaVerdadeira arapuca em provas de todo tipo, a passagem correta da passiva sintética para a ativa exige que

se considere o fato de que, como na passiva analítica não haverá agente da passiva, o sujeito, na ativa, terá de ser indeterminado (verbo na terceira pessoa do plural).

Exemplo:

• Vendeu-se um carro novo.– Sujeito paciente: carro.– Verbo no pretérito perfeito do indicativo): vendeu.– Partícula apassivadora: se.

A conversão para a voz ativa dá-se assim:• o sujeito paciente (carro) transforma-se objeto direto;• suprime-se a partícula apassivadora (se); e• flexiona-se o verbo para a terceira pessoa do plural do mesmo tempo verbal: venderam.

Resultado:

• Venderam um carro novo.

Se as frases que se seguem estiverem na voz ativa, passe-as para a passiva, e vice-versa:

01) O aluno foi ferido.02) O aluno estava ferindo a galinha.03) Estavam ferindo o aluno.04) O aluno deveria estar lendo o jornal.05) O padre parecia estar rezando a missa.06) Rasgaram-se os livros.07) A água foi escoada.08) Escovaram os dentes.09) Quando eu estiver fazendo o trabalho.10) Se eu fizesse o trabalho.

EXERCÍCIO 03:

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Sintaxe

S

Passe as frases que se seguem para a voz passiva analítica:01. Os professores têm aconselhado os alunos.02. Consertam-se carrinhos de bebês.03. Os professores vinham lendo bons livros.04. Há vários meses, liam-se bons livros.05. Todos os alunos deveriam estar lendo os livros.06. O menino lia um bom livro por semana.07. Bons funcionários tocavam a indústria à frente.08. Na vila, os pescadores tocavam vários projetos.09. Alguém estavam oferecendo livros à escola.10. Sempre estavam oferecendo livros à comunidade.

Passe as frases que se seguem para a voz ativa:01. Alugavam-se casas na praia de Canoinha.02. Dez homens foram ouvidos em Pau Fincado.03. Os livros já deveriam ter sido lidos por todos.04. Leu-se apenas um dos livros emprestados.05. Ofereceu-se um prêmio ao melhor gaiteiro.06. Vendeu-se um terreno urbano.07. Cederam-se dois terrenos ao Instituto.08. Dois terrenos foram comprados pelo Instituto.09. Ouviu-se o diretor do Instituto.10. Falaram-se bobagens na reunião.

EXERCÍCIO 04:

EXERCÍCIO 05:

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Sintaxe

S

01. (FCC) – Transpondo para a voz passiva a oração “O faro dos cães guiava os caçadores”, obtém-se a forma ver-bal:a) guiava-seb) ia guiandoc) guiavamd) eram guiadose) foram guiados

02. (TRT) – “Tudo isso pode ser comprovado por qualquer cidadão”. A forma ativa dessa mesma frase é:a) Qualquer cidadão pode comprovar tudo isso.b) Tudo pode comprovar-se.c) Qualquer cidadão se pode comprovar tudo isso.d) Pode comprovar-se tudo isso.e) Qualquer cidadão pode ter tudo isso comprovado.

03. (TRT) – É exemplo de construção na voz passiva o segmento destacado na seguinte frase:a) Ainda ontem fui tomado de risos ao ler um trechinho de crônica.b) A Solange toma especial cuidado com a escolha dos vocábulos.c) Glorinha e sua filha não partilham do mesmo gosto pelo requinte verbal.d) O enrubescimento da mãe revelou seu desconforto diante da observação da filha.e) Lembro-me de uma visita que recebemos em casa, há muito tempo.

04. (UPM) – Assinale a alternativa em que há agente da passiva.a) Nós seremos julgados pelos nossos atos.b) Olha esta terra toda que se habita dessa gente sem lei, quase infinita.c) Agradeço-lhe pelo livro.d) Ouvi a notícia pelo rádio.e) Por mim, você pode ficar.

QUESTÕES DE PROVAS

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Sintaxe

S05. (TST) – Transpondo-se para a voz passiva a construção "Os ateus despertariam a ira de qualquer fanático", a

forma verbal obtida será:a) seria despertada.b) teria sido despertada.c) despertar-se-á.d) fora despertada.e) teriam despertado.

06. (TRT) – Em outubro de 1967, quando Gilberto Gil e Caetano Veloso apresentaram as canções Domingo no parque e Alegria, Alegria, no Festival da TV Record, logo houve quem percebesse que as duas canções eram influenciadas pela narrativa cinematográfica...

Transpondo-se a primeira das frases em itálico acima para a voz passiva e a segunda para a voz ativa, as formas verbais resultantes serão, respectivamente:a) se apresentaram − influencia.b) foi apresentado − se influenciaram.c) eram apresentadas − influenciou.d) foram apresentadas − influenciava.e) são apresentadas − influenciou.

07. (UFRGS) – "Se as blugatides olvassem trúfides apocolinas, então groncemente predimaríamos os xinfolantes de frelhões." Essa frase é constituída de palavras que, apesar de inventadas, respeitam as regras da Língua Portu-guesa. Se a primeira oração for apassivada, a forma resultante será: a) "se olvasse"b) "fossem olvadas"c) "sejam olvadas"d) "são olvadas"e) "foram olvadas"

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Sintaxe

S08. (URI) – Assinale a opção em que a classificação das frases, relativamente à voz verbal, não está correta:

a) Viam-se os alunos no pátio da escola (voz reflexiva).b) Os alunos feriram-se com estiletes (voz reflexiva).c) Candidataram-se dez alunos ao título de rei (voz passiva sintética).d) Naquele dia, viviam-se muitas emoções (voz passiva sintética).e) Os colegas cumprimentavam-se com emoção (voz reflexiva com reciprocidade).

09. (UCS) – Assinale a opção em que a passagem ativa-passiva ou passiva-ativa não está correta:a) Foram compradas dez folhas de papel. / Compraram dez folhas de papel.b) Alugaram-se duas casas. / Alugaram duas casas.c) Naquele dia, foram analisadas várias provas. / Naquele dia, analisaram-se várias provas.d) Os alunos deviam estar lendo o jornal. / Pelos alunos devia estar sendo lido o jornal.e) Invadiram-se as fábricas. / Invadiram as fábricas.

10. (Ulbra) – A frase "Muitas pessoas discutiam o problema da cólera, no Brasil" pode ser apassivada assim:a) A cólera era discutida por muitas pessoas, no Brasil.b) Muitas pessoas estavam discutindo o problema da cólera, no Brasil.c) O problema da cólera discutiam muitas pessoas, no Brasil.d) Era discutido por muitas pessoas o problema da cólera, no Brasil.e) Discutiram, no Brasil, muito o problema da cólera.

11. (Unisinos) – Observe:I- Discutiram-se entre várias pessoas os problemas da sociedade.II- Viam-se entre várias pessoas vultos importantes da sociedade.III- Vivia-se muito bem entre várias pessoas da sociedade.

Considerando as vozes verbais, a opção correta é:

a) ativa, passiva, reflexiva b) passiva, passiva, ativac) passiva, passiva, passiva d) ativa, reflexiva, reflexivae) ativa, ativa, ativa

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Sintaxe

S12. (UPF) – A única oração que tem condições de ser apassivada é:

a) Os alunos, em reunião secreta, pediam providências ao diretor.b) Os alunos, sempre em reunião, cediam às pressões do diretor.c) Os alunos estão cientes de que a reunião com o diretor é necessária.d) Os alunos assistiam à reunião dos professores com o diretor.e) Todos assistiram ao espetáculo pirotécnico.

13. (UFSC) – "Os alunos estavam sendo observados pelo professor." A locução verbal dessa oração pode ser substi-tuída, na ativa, por:a) estavam observandob) observavam-sec) foram observadosd) estava observandoe) observava

14. (ACAFE) – Na passiva sintética, a forma verbal da frase "Várias experiências foram feitas pelos alunos" fica:a) fizeram b) haviam sido feitasc) fizeram-se d) estavam-se fazendoe) faziam-se

15. (UNISantos) – "Os meninos são detidos pelos fiscais". A construção passiva sintética correta é:a) Detém-se os meninos.b) Detêm-se os meninos.c) Detêm-se aos meninos.d) Detem-se os meninos.e) Detêem-se os meninos.

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Sintaxe

SPROVA COMPLETA:Banca: FundatecNível superior

Instrução: As questões de 01 a 20 referem-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados nas questões.

Anticurriculum01. Leio a notícia em uma tela multimídia instalada no canto de um elevador comercial, de que um02. grande ator de televisão negou-se a fazer o papel principal de uma série que será realizada por03. uma importante produtora americana. Na sala 603, já sentada na cadeira do dentista, penso por04. que não divulgo os trabalhos que não fiz, por que não capitalizo meu anticurriculum. O dentista05. pergunta do que estou rindo, respondo, de boca aberta, das bobagens do pensamento. O primeiro06. convite negado foi o de uma peça de teatro. O autor/diretor era um cara muito legal, mas usava07. um método de direção rígido, polonês. Tínhamos que andar em cena segundo um mapa08. desenhado ___ lápis em uma folha de papel, cada ator tinha sua linha trajetória pontilhada de09. cor diferente. Ficávamos com o mapa na mão sem saber se ríamos ou se chorávamos, o negócio10. era mais complexo que uma ferrovia interestadual. Os atores foram saindo um por um, depois11. de uma semana, saí também. Lembro que recusei a direção de um texto lindo de Federico García12. Lorca, a atriz era ótima, não sei o que me deu, me senti despreparada, baita imaturidade minha,13. saí depois de algumas semanas. Acho que a atriz nunca me perdoou, mas eu e o diretor polonês14. nos tornamos amigos. Essas experiências foram no auge dos meus vinte anos. Clarice,15. interrompo, fale dos trabalhos que você recusou, não dos que você abandonou. Abandonar16. trabalhos não tem o mesmo glamour que recusar trabalhos, muito pelo contrário, depõe contra17. você. E dê nome aos bois, pois assim, no genérico, não tem graça nenhuma. O dentista pergunta18. novamente do que estou rindo, digo, já sentindo todo o lado esquerdo do rosto dormente, das19. intempéries do pensamento. Recusei participar de um seriado da Disney, Desperate Housewives,20. versão América Latina, rodado em Buenos Aires, em 2007. Eu seria uma das donas de casa21. desesperadas, ao lado de nomes consagrados do cinema e da televisão. O convite da TV

LÍNGUA PORTUGUESA

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Sintaxe

S22. responsável pela coprodução da série surgiu no mês em que A Alma Imoral estrearia no horário23. nobre da sala Marília Pera, 450 lugares, do Teatro Leblon, Rio. Se ainda hoje, doze anos em cartaz,24. não sinto nenhum cansaço em fazer a peça, imaginem o fôlego emocional que eu tinha há onze25. anos. Quis conciliar, mas as agendas não batiam. A escolha de não fazer a série envolveu certo26. sofrimento. Tudo contava a favor, mas era como se minha intuição me perguntasse o que seriam27. cinco meses de contrato para fazer um seriado da mítica Disney, diante de um possível e longo28. tempo de aprendizado, de satisfação artística e financeira no teatro, local escolhido para viver.29. Muita gente me achou maluca. Eu poderia remontar a peça, mas não se para o galope de um30. coração impunemente. ___ luz da Alma, fui conservadora? Fui transgressora? Levanto da cadeira31. do dentista. Digo mais sim do que não. Sei que em cada trabalho está a semente do próximo.32. Detesto fruta sem caroço. Em cada fruta, a semente da próxima. Quando uma fruta não tem33. caroço, me pergunto, onde está a continuidade dessa fruta? Quem roubou as sementes que34. estavam aqui? Não compro fruta sem caroço. Em cada trabalho, a semente do próximo. Existem35. “nãos” que trazem em si uma semente, são “nãos” transgressores, da ordem da evolução, que36. abrem muitos caminhos. Um ou outro “não” foi dessa ordem. Um “sim” ___ coragem de37. desbravar oceanos e plantar sementes por aí. Chegar ao caroço é o nosso prazer, e deixá-lo na38. terra é a nossa função. O dentista diz que não devo comer nada por uma hora, e pergunta por39. que fiquei séria de repente. Entro no elevador, de novo a notícia do ator que não fará a série.40. Espero que ele não faça a série por um motivo que espalhe muitas sementes por aí, senão, ele é41. completamente maluco.

(Clarice Niskier – Revista da Cultura – Disponível em www.livrariacultura.com.br – adaptação)

QUESTÃO 01 – Considerando o emprego do acento indicativo de crase, assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas presentes nas linhas 08, 30 e 36.

A) à – À – à.B) a – A – à.C) à – A – a. D) à – À – a. E) a – À – à.

QUESTÃO 02 – Assinale a alternativa na qual o vocábulo “se” tenha sido empregado com a mesma função que no trecho a seguir: “não se para o galope de um coração impunemente” (linhas 29 e 30).

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Sintaxe

SA) Eu não sei se você vem ou não.B) Se você chegar cedo, iremos ao parque.C) O médico diz que se trata de cálculo renal.D) Costuram-se bainhas.E) Ele não me disse se viria cedo.

QUESTÃO 03 – Analise as assertivas a seguir a respeito do texto:

I- A autora começou a refletir sobre compromissos profissionais não cumpridos e na necessidade de divulgá--los.

II- Infere-se, pela opinião expressa no texto, que recusar trabalhos carrega em si certo ar de importância, po-dendo se transformar em algo positivo aos olhos dos outros.

III- A atriz deixa implícito que negar trabalhos é coisa de gente jovem e imatura.

Quais estão corretas?

A) Apenas I.B) Apenas II.C) Apenas III.D) Apenas I e II.E) Apenas II e III.

QUESTÃO 04 – Assinale a alternativa INCORRETA a respeito do texto.

A) Trata-se de uma narrativa que expõe a reflexão de uma pessoa acerca de seu passado profissional.B) A autora do texto é atriz e foi convidada para atuar em um seriado produzido por uma empresa internacional.C) A autora não recebeu críticas quando recusou o convite para atuar num seriado americano.D) A peça “A Alma Imoral” ainda está em cartaz.E) A autora usa a metáfora da “fruta sem caroço” para referir-se a trabalhos que se desdobram em futuros tra-

balhos.

QUESTÃO 05 – Processos referenciais em Língua Portuguesa são mecanismos de retomada e substituição de vocá-bulos a fim de manter a coesão textual. Sendo assim, analise as assertivas a seguir:

I- Na linha 15, em “não dos que você abandonou”, a preposição “de” está contraída com o pronome demons-trativo “os”, cujo referente é o vocábulo “trabalhos” (l. 15).

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229

Sintaxe

SII- Na linha 24, a expressão “a peça” retoma o nome da peça teatral “A Alma Imortal”, linhas 22.III- Na linha 32, na expressão “a semente do próximo”, temos o vocábulo “trabalho” elíptico.

Quais estão corretas?

A) Apenas I.B) Apenas II.C) Apenas I e II.D) Apenas I e III.E) Apenas II e III.

QUESTÃO 06 – Implícitos são informações que não são expressas de forma direta, mas são subentendidas na constru-ção do texto. Assinale a alternativa que NÃO apresenta um implícito do texto.

A) Na linha 07, a partir da construção do texto, infere-se que os poloneses tenham métodos rígidos de direção.B) Na linha 10, pode-se inferir que o mapa de uma ferrovia interestadual seja algo complexo.C) Na linha 15, pressupõe-se que a autora tenha abandonado trabalhos, e não só negado convites.D) Na linha 18, fica implícito que a autora tenha sido anestesiada.E) Nas linhas 24 e 25, a autora deixa implícito que há onze anos tinha menos fôlego emocional do que na atuali-

dade. QUESTÃO 07 – Assinale a alternativa que NÃO apresenta emprego de linguagem figurada.

A) “dê nome aos bois” (l. 17).B) “das intempéries do pensamento” (l. 18 e 19).C) “ao lado de nomes consagrados” (l. 21).D) “A escolha de não fazer a série envolveu certo sofrimento” (l. 25-26).E) “Em cada trabalho, a semente do próximo” (l. 34).

QUESTÃO 08 – Considere o vocábulo “desbravar” (l. 37) e analise as assertivas a seguir:

I- Trata-se de verbo transitivo direto pertencente a primeira conjugação.II- Poderia ser substituído pelo verbo “explorar” sem que isso alterasse o sentido do texto, mas seriam necessá-

rias alterações na frase para que se mantivesse correta a estrutura sintática do período.III- É formado por derivação prefixal com a inserção do prefixo des-.

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230

Sintaxe

S Quais estão corretas?

A) Apenas I.B) Apenas II.C) Apenas III.D) Apenas I e II.E) Apenas I e III.

QUESTÃO 09 – Nas linhas 25 e 26, temos a seguinte estrutura: “A escolha de não fazer a série envolveu certo sofrimen-to”. A correta transposição para a voz passiva é dada em:

A) Certo sofrimento foi envolvido na escolha de não fazer a série.B) Certo sofrimento fora envolvido na escolha de não fazer a série.C) Certo sofrimento envolvia-se escolha de não fazer a série.D) A escolha de não fazer a série envolvia-se certo sofrimento.E) A escolha de não fazer a série envolvera-se certo sofrimento.

QUESTÃO 10 – Analise as seguintes frases retiradas do texto e assinale a alternativa que apresente uma oração subor-dinada substantiva reduzida de infinitivo.

A) “Os atores foram saindo um por um”.B) “já sentindo todo o lado esquerdo do rosto dormente”.C) “Eu poderia remontar a peça”.D) “Chegar ao caroço é o nosso prazer”.E) “O dentista diz que não devo comer nada”.

QUESTÃO 11 – Analise as seguintes frases retiradas do texto e assinale a alternativa na qual o vocábulo “que” esteja empregado como pronome relativo.

A) “de uma série que será realizada”.B) “O negócio era mais complexo que uma ferrovia interestadual”.C) “Lembro que recusei a direção”.D) “Acho que a atriz nunca me perdoou”.E) “Sei que em cada trabalho...”.

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231

Sintaxe

SQUESTÃO 12 – Na linha 26, temos o emprego da conjunção “mas”. Ela poderia ser substituída por __________, que também expressa a ideia de __________, desde que __________ alterações no período.

Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do trecho acima. A) no entanto – adversidade – não se façam.B) no entanto – adversidade – se façam.C) no entanto – complementariedade – não se façam.D) apesar de que – adversidade – não se façam.E) apesar de que – adição – se façam.

QUESTÃO 13 – Considerando o emprego correto dos sinais de pontuação, analise as assertivas a seguir, assinalando V, se verdadeiras, ou F, se falsas.

( ) As vírgulas da linha 03 poderiam ser substituídas por duplo travessão sem prejuízo da correção gramatical do período.

( ) Na linha 19, o termo estrangeiro Desperate Housewives está grafado em itálico por não ser palavra perten-cente à Língua Portuguesa, mas deveria ser grafado entre aspas, estando, portanto, incorreto.

( ) Nas linhas 40 e 41, por tratar-se de algo acerca do qual a autora não tem certeza, poder-se-ia terminar o pe-ríodo com ponto de interrogação sem prejuízo da correção gramatical do período.

A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é: A) V – V – V.B) V – V – F.C) V – F – F.D) F – F – F.E) F – V – V.

QUESTÃO 14 – Considerando as regras de acentuação gráfica em Língua Portuguesa de palavras retiradas do texto, assinale a alternativa na qual a supressão do acento gráfico NÃO originaria palavra existente em Língua Portuguesa e/ou pertencente à classe gramatical diferente daquela da palavra que a originou.

A) notícia.B) série.C) negócio.D) saí.E) experiências.

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232

Sintaxe

SQUESTÃO 15 – Observe a frase a seguir: “O dentista diz que não devo comer nada por uma hora.” Assinale a alterna-tiva que NÃO apresenta pergunta que possa ser respondida por ela.

A) Quando o dentista disse que não devo comer?B) Quem disse que não devo comer nada?C) A quem foi dada a ordem de nada comer?D) Por quanto tempo não posso comer?E) O que não devo comer?

QUESTÃO 16 – Na linha 05, observe a regência do verbo “rir”. Assinale a alternativa cuja forma verbal tenha a mesma regência, desconsiderando o emprego dos artigos.

A) Esqueci ____ chaves em casa.B) Quero muito bem ____ meus amigos.C) Esqueci-me ____ problemas que tinha.D) Informei o acontecimento ____ chefes.E) Trouxe um buquê de flores ____ ela.

QUESTÃO 17 – Analise as seguintes palavras retiradas do texto e assinale a alternativa na qual NÃO haja a ocorrência de dígrafo.

A) Canto.B) Primeiro.C) Pontilhada.D) Chorávamos.E) Transgressora.

QUESTÃO 18 – Analise o período a seguir: “Tudo contava a favor, mas era como se minha intuição me perguntasse o que seriam cinco meses de contrato para fazer um seriado da mítica Disney, diante de um possível e longo tempo de aprendizado, de satisfação artística e financeira no teatro.” Quantas orações o compõem?

A) 3.B) 4.C) 5.D) 6.E) 7.

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233

Sintaxe

SQUESTÃO 19 – Nas linhas 40 e 41, caso substituíssemos os pronomes pessoais “ele” por sua forma plural “eles”, quan-tas outras alterações deveriam ser feitas?

A) 2.B) 3.C) 4.D) 5.E) 6.

QUESTÃO 20 – No trecho: “Entro no elevador, de novo a notícia de que o ator não fará a série”, caso alterássemos a primeira forma verbal, conjugando-a no pretérito imperfeito, como seria a redação mais adequada para o período?

A) Entrara no elevador, de novo a notícia de que o ator não faria a série. B) Entrou no elevador, de novo a notícia de que o ator não faria a série.C) Entraria no elevador, de novo a notícia de que o ator não faria a série.D) Entrava no elevador, de novo a notícia de que o ator não faria a série.E) Entrarei no elevador, de novo a notícia de que o ator não faria a série.

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234

Sintaxe

S

EXERCÍCIO 01:01. C02. A03. B04. A05. C06. B07. A08. B09. A10. C11. B12. A13. B14. A15. C16. A17. A18. A19. A20. C

EXERCÍCIO 02:01. RR02. PS03. RR04. PS05. RR06. PS07. RR08. PS09. RR10. PS

GABARITO

EXEERCÍCIO 03:

01. Feriram o aluno.02. A galinha estava sendo ferida

pelo aluno.03. O aluno estava sendo ferido.04. O jornal deveria estar sendo

lido pelo aluno.

05. A missa parecia estar sendo rezada pelo padre.

06. Rasgaram os livros.07. Escoaram a água.08. Os dentes foram escovados. /

Escovaram-se os dentes.09. Quando o trabalho estiver sen-

do feito por mim.10. Se o trabalho fosse feito por

mim.

EXERCÍCIO 04:01. Os alunos têm sido aconselha-

dos pelos professores.02. Carrinhos de bebês são conser-

tados.03. Bons livros vinham sendo lidos

pelos professores.04. Há vários meses bons livros

eram lidos.05. Os livros deveriam estar sendo

lidos por todos os alunos.06. Um bom livro era lido por sema-

na pelo menino.07. A indústria era tocada à frente

por bons funcionários.08. Na vila, vários projetos eram to-

cados pelos pescadores.09. Livros estavam sendo ofereci-

dos à escola por alguém.10. Sempre estavam sendo ofereci-

dos livros à comunidade.

EXERCÍCIO 05:01. Alugavam casas na praia de Ca-

noinha.02. Em Pau Fincado, ouviram dez

homens.03. Todos já deveriam ter lido os li-

vros.04. Leram apenas um dos livros

emprestados.05. Ofereceram um prêmio ao me-

lhor gaiteiro.06. Venderam um terreno urbano.07. Cederam um terreno ao Institu-

to.08. O Instituto comprou dois terre-

nos.09. Ouviram o diretor do Instituto.10. Falaram bobagens na reunião.

QUESTÕES DE PROVAS:

01) D02) A03) A04) A05) A06) D07) B08) A09) C10) D11) B12) A13) A14) C15) B

PROVA COMPLETA:01) E02) D03) B04) C05) C06) E07) D08) A09) A10) D11) A12) B13) C14) D15) A16) C17) B18) C19) B20) D

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Missão assumida, missão cumprida!

Depois de algumas horas de trabalho (estudos!) bem empreendidas, vencemos mais um assunto sintático-gramatical, as vozes verbais.

Certamente, e mais uma vez, foi possível ver quão importante é dominarem-se os conteúdos que são pré-requisitos para uma assimilação maior, mais completa e extremamente mais fácil de qualquer assunto.

No conteúdo visto, mais não fizemos do que aplicar aquilo que viemos estudando desde que adentramos a morfologia. O domínio sobre a conjugação dos verbos, a segurança em relação à regência verbal e a competência para a aplicação de algumas funções sintáticas, tudo representou um facilitador a mais no estudo que ora se encerra.

E assim, com o coração feliz e a alma em festa, festejemos os passos já vencidos, mas não nos esqueçamos de que há um trecho ainda – não muito longo, é verdade – para ser percorrido.

Por ora, parabéns!

Para o porvir, alento!

Prof. Ironi Andrade

ÚLTIMAS PALAVRAS

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COLOCAÇÃO PRONOMINAL

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Estamos iniciando o penúltimo conteúdo de nosso Curso Completo do Português Lógico.

Convenhamos, esse fato, por si só, já seria motivo para uma enorme comemoração, não é mesmo?

Mas calma, há um motivo ainda mais relevante para que essa comemoração aconteça: pela primeira vez na vida (e não é atrevimento meu supor uma coisa dessas!), você, que me acompanhou desde o início das aulas, terá condições absolutas de entender a Colocação dos Pronomes Oblíquos Átonos.

O que ocorre é muito curioso: neste tema, mais talvez do que em todos os outros, a apropriação de cultura inútil é algo de sarapantar. Decora-se, por exemplo, a lista de partículas atrativas: pronome relativo, conjunção, advérbios, e assim por diante. Todavia, na hora de praticar a colocação pronominal, não se sabe o que sejam pronome relativo, conjunção, advérbios.

Pois bem, espero ter sido claro: você que me acompanhou desde o início do Curso e, por isso mesmo, sabe identificar especialmente classes gramaticais terá, sim, e pela primeira vez na vida, oportunidade tão rara.

Porém, e se a morfologia lhe parecer conteúdo distante, corra para lá e, lá, recapitule as dez classes gramaticais.

À luta, pois!

Prof. Ironi Andrade

INÍCIO DE CONVERSA

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238

Sintaxe

S

É muito curioso o que ocorre em relação à colocação dos pronomes oblíquos átonos.No início de qualquer curso de que o assunto faz parte, o espanto acontece já na exposição dos conteúdos a

serem abordados. Aí, vamos indicando os títulos deles, e os alunos vão caindo numa espantosa indiferença. Para despertá-los, basta dizermos isto: ...a colocação pronominal, aquele assunto que trata da próclise, da mesóclise e da ênclise. Nesse instante, todos ressurgem de uma profunda letargia e cada um exclama por si próprio: “Nunca entendi nada disso!”. E a palidez emoldura o semblante de todos.

Outro momento curioso com que deparamos ocorre na correção de redações. Ante uma colocação equivocada de um pronome oblíquo átono, perguntamos se o aluno conhece os casos de próclise. Ele imediatamente responde: “Sim, sim, professor. É quando aparece, antes do verbo, um pronome relativo, por exemplo”. Aí prosseguimos, perguntando o que é, para ele, um pronome relativo. A resposta, então, além de hilariante, é de todo desanimadora: “Ah, isso eu não sei, professor!”.

Pois bem, a experiência prática diz que, aqui também, faltam requisitos minimamente básicos, e esse é o principal fator impeditivo de uma melhor (ou ao menos mínima!) compreensão do tema.

O domínio desses pré-requisitos facilitadores da assimilação da matéria, todavia, precisa ser competente e sem o ranço da gramática tradicional, que lista pronomes, conjunções, advérbios e demais classes de palavras.

Hoje, por exemplo, é muito fácil surpreender candidatos a provas de concursos, pois eles foram levados a decorar palavras que, em tese, podem atrair os pronomes oblíquos átonos para a posição de próclise. Esqueceu-se, porém, de prevenir esses estudantes de que não existem listas de classes gramaticais. Afinal, nada, em gramática, é; tudo, gramaticalmente, pode ser.

Numa frase como “Este não _____ preocupou _____”, o pronome oblíquo átono me deve ser posto após o verbo, pois o vocábulo não, determinado pelo pronome demonstrativo este, é um legítimo substantivo, e não um advérbio. Ou, então, numa frase como “O nunca ____ revelou ____ aterrador”, se pensarmos que nunca é advérbio de negação, praticaremos a próclise; se, contudo, entendermos que esse nunca é um substantivo, praticaremos – corretamente – a ênclise.

Deixemos a decoreba de lado, pois, e entendamos, com a aplicação dos pré-requisitos já estudados, também esta matéria.

Inicialmente temos de recordar que pronome é palavra variável que acompanha ou substitui o substantivo.

COLOCAÇÃO PRONOMINAL

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239

Sintaxe

SExemplo:

– Aquele homem pediu para eu ler o texto.Depois, impõe-se lembrar que existem vários tipos de pronomes: pessoais, possessivos, demonstrativos, indefi-

nidos, relativos, interrogativos. Dentre todos, interessam, aqui, os pessoais. Os pronomes pessoais, por sua vez, subdividem-se em:a) retos;b) oblíquos; ec) de tratamento.Os pronomes pessoais retos – eu, tu, ele, ela, nós, vós, eles, elas – serão usados como sujeito de uma oração. É

tão errado usá-los como complemento, quanto o é usar os oblíquos como sujeito. Então: pronomes pessoais retos, sujeito; pronomes pessoais oblíquos, complemento. Os pronomes oblíquos átonos – me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes – são aqueles que só têm sentido quan-

do apoiados a um verbo e exercem função de complemento. A partir daqui serão estudadas as posições que os pronomes oblíquos átonos podem assumir em relação a esse

verbo em que eles se apoiam:a) antes: próclise;b) no meio: mesóclise; ec) depois: ênclise.A fim de facilitar a assimilação deste conteúdo, é fundamental lembrarmos que a posição normal dos pronomes

oblíquos átonos é a de ênclise, isto é, em condições normais, os pronomes oblíquos átonos – me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes – devem ser posicionados depois dos verbos.

Isso, por sua vez, nos diz que deveremos ver, daqui por diante, quais motivos atrairão esses pronomes para antes (próclise) ou para o meio (mesóclise) dos verbos.

01. Próclise

É a colocação, por motivo justo, do pronome pessoal oblíquo átono antes do verbo e ocorre quando:a) antes do verbo houver advérbio não virgulado;Exemplos:

• Ontem me acolheram; hoje me expulsam de casa. • Não me afrontem; nunca me subestimem.

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240

Sintaxe

SMas:• Ontem, acolheram-me; hoje, expulsam-me.• Sempre que sincero, um não (substantivo) motiva-me.

b) antes do verbo houver pronome de qualquer espécie;Exemplos:

• Eu (pronome pessoal reto) te previno.• Luta contra quem (pronome relativo) te persegue. • Ninguém (pronome indefinido) me ignorou no evento.• Vossa Excelência (tratamento) se afobou, Senhor Presidente.• Isso (pronome demonstrativo) me inquieta muito.

c) antes do verbo houver conjunção; Exemplos:

• Exijo que (conjunção) me respeitem.• Abraçam-me, mas (conjunção) me criticam também.

d) antes do verbo houver a palavra Deus;Exemplos:

• Deus me socorreu naquele instante.• Somente Deus te ampara sempre.

e) antes do gerúndio aparecer uma preposição;Exemplos:

• Em (preposição) te amando, serei sempre feliz.• Em se falando de vitória, é tudo com o tricolor.

f) antes do infinitivo houver uma preposição;Exemplos:

• Por (preposição) te amar, vivo feliz.• Para (preposição) me auxiliar, todos lutam.

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241

Sintaxe

Sg) a frase for interrogativa; eExemplos:

• O menino se machucou?• Os alunos te ofenderam?

h) a frase for exclamativa.Exemplos:

• Bons ventos te levem, filho!• Prometo-te dar o céu, meu amor.

Observação:

Para verificar a necessidade da prática da próclise, recomendamos estes passos:1º) localização do verbo;2º) identificação da classe gramatical do vocábulo anterior ao verbo; e3º) sendo ele partícula atrativa, pratica-se a próclise.Exemplos:

• Aquele rapaz _____ perseguia _____ ao longo do caminho (me).a) localização do verbo: perseguia;b) classe gramatical do vocábulo anterior ao verbo: substantivo (rapaz); ec) o substantivo é partícula atrativa? Não.

Conclusão: Aquele rapaz perseguia-me ao longo do caminho.

• Aquele rapaz sempre _____ perseguia _____ ao longo do caminho (me).a) localização do verbo: perseguia;b) classe gramatical do vocábulos anterior ao verbo: advérbio (sempre); ec) o advérbio é partícula atrativa? Se não estiver virgulado, sim.

Conclusão: Aquele rapaz sempre me perseguia ao longo do caminho.

02. MesócliseEm não havendo motivo para próclise, deveremos, pela ordem, verificar se há razão para a prática da mesóclise:

colocação, por motivo justo, do pronome pessoal oblíquo átono no meio do verbo.

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242

Sintaxe

SEla ocorre quando o verbo está:

a) no futuro do presente; eExemplos:

• O colega ajudar-te-á acaso sejas leal para com ele.• Se eu souber de dificuldades tuas, ajudar-te-ei.

Mas:• O colega não te ajudará acaso sejas desleal para com ele.• Se não souber de dificuldades tuas, jamais te ajudarei.

b) no futuro do pretérito.Exemplos:

• O colega ajudar-te-ia acaso fosses leal para com ele.• Se eu soubesse de dificuldades tuas, ajudar-te-ia.

Mas:• O colega não te ajudaria acaso fosses desleal para com ele.• Se não soubesse de dificuldades tuas, jamais te ajudaria.

03. Ênclise Em não havendo motivo para próclise, nem para mesóclise, e considerando que a ênclise é a posição natural

do pronome oblíquo átono, restar-nos-á praticá-la em todos os demais casos.

Exemplos:

• O colega ajudou-te sempre que precisaste dele.• Nas ocasiões que que te vi em dificuldades, ajudei-te.

Observações:

1ª) Embora se diga que “o Brasil é o país da próclise”, bom mesmo é dominar o assunto, empregar os pronomes oblíquos átonos corretamente e, com isso, obter melhores notas em redações e impressionar mais na fala.

2ª) Nas locuções verbais (dois, três ou quatro verbos juntos), aplicam-se normalmente as regras acima; e3ª) Verbos no futuro (do presente e do pretérito) e no particípio nunca aceitam ênclise.

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243

Sintaxe

S

Distribua corretamente os pronomes que aparecem entre parênteses:

01. Hoje ____ desculparam ____, mas não ____ disseram ____a verdade (se / me). 02. Hoje, ____ desculparam ____; amanhã, ____ falam ____ a verdade (se / me).03. Homem que ____ preza ____ respeita sua mulher (se).04. Alguns ____ apresentaram ____ otimistas; outros ____ disseram ____ derrotados (se).05. Eu ____ falei ____ a verdade; tu ____ falaste ____ somente mentiras (te / me).06. Isto ____ diz ____ que todos estão enganados (me).07. Aquele ____ traiu ____; este ____ trairá ____: estamos perdidos (te).08. Espero que ____ falem ____ a verdade (me).09. À medida que ____ avança ____ nos estudos, mais ____ aprende ____ (se).10. Deus ____ ajudará ____ nesta empreitada (me).11. Somente Deus ____ poderá ____ ajudar ____ (te). 12. Em ____ pensando ____ em vitória; ____ pensa ____ logo no Grêmio (se). 13. Em ____ falando ____ a verdade; espero que ____ perdoes ____ (te / me).14. Por ____ parecer ____ estranho, ele nunca ____ será ____ interessante (te).15. Para ____ ser ____ sincero, nunca ____ vi ____ antes (te / o).16. O que ____ fará ____ com isso (se)? 17. A quem ____ diriges ____, amigo (te)?18. Bons ventos ____ levem ____ (o)! 19. Que o céu ____ tenha ____ sempre, filho (o). 20. O rapaz ____ equivocou ____ na resposta (se).

01. (UCS) – Assinale a alternativa correta quanto à colocação pronominal:a) Se me tivessem perguntado, teria-lhes respondido.b) Se tivessem me perguntado, lhes teria respondido.c) Se me tivessem perguntado, ter-lhes-ia respondido.d) Se tivessem me perguntado, teria respondido-lhes.e) Se tivessem perguntado-me, lhes teria respondido.

EXERCÍCIO:

QUESTÕES DE PROVAS

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244

Sintaxe

S02. (PUC) – Assinale a alternativa incorreta quanto à colocação pronominal:

a) Nunca se ouviu falar dele. b) Apelidar-te-ei de "formoso".c) Me impuseram severo castigo. d) Largaste-me só e desamparado.e) Apressa-te porque já é dia.

03. (FAURGS) – Assinale a alternativa incorreta quanto à colocação pronominal:a) Já não se levantam mais os pássaros. b) Discordou-se do ponto de vista emitido.c) Sairei, já que não me aceitam como amigo. d) Não quebre-se a palavra empenhada.e) Afugentai-o para longe daqui.

04. (URI) – Indique a colocação correta do pronome pessoal átono:a) Em tratando-se de futebol todos são técnicos. b) Me dando bons jogadores até eu sou bom técnico.c) Pernilongos te perturbem, pesadelos te persigam. d) Eu estava os observar.e) Daria-lhes tudo o que tenho, se pudesse.

05. (Unipampa) – Assinale qual das orações abaixo tem a colocação correta:a) Se estuda-se, aprende-se. b) Júlio, venha imediatamente ou já não encontrar-me-á aqui.c) Não inicia-se frase com pronome oblíquo átono.d) Quando me viu, perturbou-se.e) Sei onde colocaram-no.

06. (Unisinos) – Assinale a alternativa que tem a colocação pronominal mais perfeita:a) Não vejo-a há muito tempo. b) Bons ares tragam-no de volta a nós.c) Se foi, já, o meu amigo inseparável. d) Apenas cobro um bem que se me deve.e) Jamais arrepender-me-ei do que fiz.

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245

Sintaxe

S07. (Acafe) – Assinale a única alternativa em que há erro de colocação pronominal:

a) Deus te acompanhe nesta viagem. b) Estas ordens não se discutem.c) Farei-te o que quiseres. d) Nunca me disse tal coisa.e) Nomearam-no inspetor.

08. (UFSC) – Indique a alternativa em que a colocação do pronome pessoal átono não obedece às normas vigentes:a) Fi-lo e fá-lo-ei sempre que o quiser. b) Dar-lhos-íamos se pedissem.c) Muitas vezes temos prevenido-o do fato. d) Ter-lhe-iam falado a respeito.e) Jamais lhe darei essa informação.

09. (UPF) – Assinale a alternativa em que a colocação pronominal não corresponde ao que preceitua a gramática.a) Há muitas estrelas que nos atraem a atenção.b) Jamais dar-te-ia tantas explicações, se não fosses pessoa de tanto merecimento.c) A este compete, em se tratando do corpo da Pátria, revigorá-lo com o sangue do trabalho.d) Não o realizaria, entretanto, se a árvore não se mantivesse verde sob a neve.e) Eu te prometo o que de mais sagrado te posso oferecer!

10. (USCS) – Aponte a opção correta quanto à colocação pronominal:a) Os livros de que falei-te, já os comprei. b) Em se concluindo a reunião, retiraram-se todos.c) Ninguém retirou-se da sala. d) Se afastarmo-nos do posto, perdê-lo-emos.e) Menino, me faça um favor.

11. (PUC-PR) – Assinale o período em que a colocação do pronome átono pode ser alterada.a) Passe-me o livro, por favor!b) Foi este o artigo que vocês leram e me recomendaram?c) A criancinha veio, mal se equilibrando nos pezinhos.d) Ter-se-ão retirado, quando você chegar.e) Não lhe quero falar sobre o caso.

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Sintaxe

S12. (FCC) – Quando -------- as provas, ----------imediatamente.

a) lhes entregarem – corrijam-asb) lhes entregarem – corrijamc) entregarem-lhes – corrijam-asd) entregarem-lhes – as corrijame) lhes entregarem – corrijam-nas

13. (ENEM) – O uso do pronome átono no início das frases é destacado por um poeta e por um gramático nos tex-tos abaixo.Pronominais Dê-me um cigarroDiz a gramáticaDo professor e do alunoE do mulato sabidoMas o bom negro e o bom brancoDa Nação BrasileiraDizem todos os diasDeixa disso camaradaMe dá um cigarro.

(ANDRADE, Oswald de. Seleção de textos. São Paulo: Nova Cultural, 1988.)

“Iniciar a frase com pronome átono só é lícito na conversação familiar, despreocupada, ou na língua escrita quando se deseja reproduzir a fala dos personagens (...)”.

(CEGALLA. Domingos Paschoal. Novíssima gramática da língua portuguesa. São Paulo: Nacional, 1980.)

Comparando a explicação dada pelos autores sobre essa regra, pode-se afirmar que ambos:

a) Condenam essa regra gramatical.b) Acreditam que apenas os esclarecidos sabem essa regra.c) Criticam a presença de regras na gramática.d) Afirmam que não há regras para uso de pronomes.e) Relativizam essa regra gramatical.

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247

Sintaxe

S14. (UFSM-RS) – Uma revista utilizou em sua capa a seguinte frase, típica da linguagem coloquial: “Me aqueça neste

inverno”.Nessa frase, a colocação pronominal está em desacordo com a norma culta, que estabelece: “É proibido ini-ciar período com pronome oblíquo”.Se forem feitas alterações em sua estrutura, qual estará também em desacordo com a norma culta?

a) Quero que me aqueça neste inverno.b) É preciso que me aqueça neste inverno.c) Quando me aquecerá neste inverno?d) Aquecer-me-á no inverno?e) Não aqueça-me neste inverno.

15. (U.E. Maringá) – O oblíquo “o” coloca-se proclítico nos períodos abaixo, exceto em:a) Deus _____ livre _____ de um tropeço na prova!b) Como _____ achou _____ ontem?c) Não quis o rapaz aqui, _____ mandei _____ embora.d) Talvez _____ encontre _____ na outra sala.e) Em _____ encontrando _____, diga-lhe a verdade.

PROVA COMPLETA:Banca: CesgranrioNível superior

O vício da tecnologia01. Entusiastas de tecnologia passaram a semana com os olhos voltados para uma exposição02. de novidades eletrônicas realizada recentemente nos Estados Unidos. Entre as inovações,03. estavam produtos relacionados a experiências de realidade virtual e à utilização de inteligência04. artificial — que hoje é um dos temas que mais desperta interesse em profissionais da área, tendo05. em vista a ampliação do uso desse tipo de tecnologia nos mais diversos segmentos.06. Mais do que prestar atenção às novidades lançadas no evento, vale refletir sobre o motivo 07. que nos leva a uma ansiedade tão grande para consumir produtos que prometem inovação

LÍNGUA PORTUGUESA

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Sintaxe

S08. tecnológica. Por que tanta gente se dispõe a dormir em filas gigantescas só para ser um dos09. primeiros a comprar um novo modelo de smartphone? Por que nos dispomos a pagar cifras10. astronômicas para comprar aparelhos que não temos sequer certeza de que serão realmente úteis11. em nossas rotinas?12. A teoria de um neurocientista da Universidade de Oxford (Inglaterra) ajuda a explicar 13. essa “corrida desenfreada” por novos gadgets. De modo geral, em nosso processo evolutivo14. como seres humanos, nosso cérebro aprendeu a suprir necessidades básicas para a sobrevivência15. e a perpetuação da espécie, tais como sexo, segurança e status social. 16. Nesse sentido, a compra de uma novidade tecnológica atende a essa última necessidade17. citada: nós nos sentimos melhores e superiores, ainda que momentaneamente, quando surgimos18. em nossos círculos sociais com um produto que quase ninguém ainda possui.19. Foi realizado um estudo de mapeamento cerebral que mostrou que imagens de produtos20. tecnológicos ativavam partes do nosso cérebro idênticas às que são ativadas quando uma pessoa21. muito religiosa se depara com um objeto sagrado. Ou seja, não seria exagero dizer que o vício em22. novidades tecnológicas é quase uma religião para os mais entusiastas.23. O ato de seguir esse impulso cerebral e comprar o mais novo lançamento tecnológico24. dispara em nosso cérebro a liberação de um hormônio chamado dopamina, responsável por nos25. causar sensações de prazer. Ele é liberado quando nosso cérebro identifica algo que represente26. uma recompensa.27. O grande problema é que a busca excessiva por recompensas pode resultar em28. comportamentos impulsivos, que incluem vícios em jogos, apego excessivo a redes sociais e até29. mesmo alcoolismo. No caso do consumo, podemos observar a situação problematizada aqui:30. gasto excessivo de dinheiro em aparelhos eletrônicos que nem sempre trazem novidade. As31. atualizações de modelos de smartphones, por exemplo, na maior parte das vezes apresentam32. poucas mudanças em relação ao modelo anterior, considerando-se seu preço elevado. Em outros33. casos, gasta-se uma quantia absurda em algum aparelho novo que não se sabe se terá tanta34. utilidade prática ou inovadora no cotidiano. 35. No fim das contas, vale um lembrete que pode ajudar a conter os impulsos na hora de 36. comprar um novo smartphone ou alguma novidade de mercado: compare o efeito momentâneo37. da dopamina com o impacto de imaginar como ficarão as faturas do seu cartão de crédito com a38. nova compra.39. O choque ao constatar o rombo em seu orçamento pode ser suficiente para que você40. decida pensar duas vezes a respeito da aquisição.

DANA, S. O Globo. Economia. Rio de Janeiro, 16 jan. 2018. Adaptado.

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Sintaxe

S01. De acordo com o texto, o “vício tecnológico” pode ser explicado por

a) curiosidade de testar produtos que envolvam experiências de realidade virtual e de inteligência artificial.b) dependência de relacionamento virtual que só pode ser obtido pelo acesso a redes sociais.c) necessidade de transformar aparelhos em elementos sagrados pelo excesso de religiosidade.d) prazer produzido pelo status social derivado da utilização de um produto que quase ninguém possui.e) tendência à manifestação de uma personalidade dominada por vícios como jogos de azar e alcoolismo.

02. De acordo com o ordenamento das ideias no texto, observa-se que, depois de explicar a função da dopamina no cérebro, o texto se refere à ideia de quea) as pessoas podem desenvolver comportamentos impulsivos, como o gasto excessivo de dinheiro em apare-

lhos eletrônicos que nem sempre trazem novidade.b) é preciso refletir sobre as causas de tanta gente se dispor a dormir em filas gigantescas só para ser um dos

primeiros a comprar um novo modelo de smartphone.c) o mapeamento cerebral mostra que imagens de produtos tecnológicos ativam as mesmas partes do cére-

bro que um objeto sagrado para pessoas religiosas.d) o nosso cérebro aprendeu a suprir necessidades básicas para a sobrevivência e a perpetuação da espécie,

tais como sexo, segurança e status social.e) os profissionais da área de tecnologia têm demonstrado grande interesse por produtos relacionados a ex-

periências de realidade virtual e à utilização de inteligência artificial.

03. Alguns adjetivos do texto enfatizam a gravidade do “vício da tecnologia”. O grupo em que todas as palavras têm essa função é:a) gigantescas (linha 08), astronômicas (linha 10), desenfreada (linha 13)b) excessiva (linha 27), impulsivos (linha 28), eletrônicos (linha 30)c) absurda (linha 33), inovadora (linha 34), momentâneo (linha 36)d) prática (linha 34), elevado (linha 32), problematizada (linha 29)e) suficiente (linha 39), superiores (linha 17), sagrado (linha 21)

04. A vírgula foi plenamente empregada de acordo com as exigências da norma-padrão da língua portuguesa em:a) A conexão é feita por meio de uma plataforma específica, e os conteúdos, podem ser acessados pelos dis-

positivos móveis dos passageiros.b) O mercado brasileiro de automóveis, ainda é muito grande, porém não é capaz de absorver uma presença

maior de produtos vindos do exterior.

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Sintaxe

Sc) Depois de chegarem às telas dos computadores e celulares, as notícias estarão disponíveis em voos inter-

nacionais.d) Os últimos dados mostram que, muitas economias apresentam crescimento e inflação baixa, fazendo com

que os juros cresçam pouco.e) Pode ser que haja uma grande procura de carros importados, mas as montadoras vão fazer os cálculos e

ver, se a importação vale a pena.

05. De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, o acento grave indicativo da crase deve ser empregado na palavra destacada em:a) Os novos lançamentos de smartphones apresentam, em geral, pequena variação de funções quando com-

parados a versões anteriores.b) Estudantes do ensino médio fizeram uma pesquisa junto a crianças do ensino fundamental para ver como

elas se comportam no ambiente virtual.c) O acesso dos jovens a redes sociais tem causado enormes prejuízos ao seu desempenho escolar, conforme

o depoimento de professores.d) Os consumidores compulsivos sujeitam-se a ficar horas na fila para serem os primeiros que comprarão os

novos lançamentos.e) As pessoas precisam ficar atentas a fatura do cartão de crédito para não serem surpreendidas com valores

muito altos.

06. A ideia a que a expressão destacada se refere está explicitada corretamente entre colchetes em:a) “relacionados a experiências de realidade virtual e à utilização de inteligência artificial — que hoje é um dos

temas que mais desperta interesse em profissionais da área” (linhas 03 e 04) [experiências de realidade virtual]

b) “tendo em vista a ampliação do uso desse tipo de tecnologia nos mais diversos segmentos” (linhas 04 e 05) [inteligência artificial]

c) “a compra de uma novidade tecnológica atende a essa última necessidade citada” (linhas 16 e 17) [segurança]d) “O ato de seguir esse impulso cerebral e comprar o mais novo lançamento tecnológico dispara em nosso

cérebro a liberação de um hormônio chamado dopamina” (linhas 23 e 24) [mapeamento cerebral]e) “Ele é liberado quando nosso cérebro identifica algo que represente uma recompensa.” (linhas 25 e 26)

[impulso cerebral]

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Sintaxe

S07. No trecho “Nesse sentido, a compra de uma novidade tecnológica atende a essa última necessidade citada:

nós nos sentimos melhores e superiores, ainda que momentaneamente, quando surgimos em nossos círculos sociais com um produto que quase ninguém ainda possui.” (linhas 16 a 18), os dois pontos poderiam ser subs-tituídos, sem alterar a relação entre as ideias, pora) masb) parac) emborad) porquee) portanto

08. Segundo as exigências da norma-padrão da língua portuguesa, o pronome destacado foi utilizado na posição correta em:a) Os jornais noticiaram que alguns países mobilizam-se para combater a disseminação de notícias falsas nas

redes sociais. b) Para criar leis eficientes no combate aos boatos, sempre deve-se ter em mente que o problema de divulga-

ção de notícias falsas é grave e muito atual.c) Entre os numerosos usuários da internet, constata-se um sentimento generalizado de reprovação à prática

de divulgação de inverdades.d) Uma nova lei contra as fake news promulgada na Alemanha não aplica-se aos sites e redes sociais com me-

nos de 2 milhões de membros.e) Uma vultosa multa é, muitas vezes, o estímulo mais eficaz para que adote-se a conduta correta em relação

à reputação das celebridades.

09. A concordância do verbo destacado foi realizada de acordo com as exigências da norma-padrão da língua portuguesa em:a) Com a corrida desenfreada pelas versões mais atuais dos smartphones, evidenciou-se atitudes agressivas

e violentas por parte dos usuários.b) Devido à utilização de estratégias de marketing, desenvolveu-se, entre os jovens, a ideia de que a posse de

novos aparelhos eletrônicos é garantia de sucesso.c) É necessário que se envie a todas as escolas do país vídeos educacionais que permitam esclarecer os jovens

sobre o vício da tecnologia.d) É preciso educar as novas gerações para que se reduza os comportamentos compulsivos relacionados ao

uso das novas tecnologias.e) Nos países mais industrializados, comprovou-se os danos psicológicos e o consumismo exagerado causa-

dos pelo vício da tecnologia.

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Sintaxe

S10. Considere a seguinte frase: “Os lançamentos tecnológicos a que o autor se refere podem resultar em compor-

tamentos impulsivos nos consumidores desses produtos”. A utilização da preposição destacada a é obriga-tória para atender às exigências da regência do verbo “referir-se”, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa. É também obrigatório o uso de uma preposição antecedendo o pronome destacado em:a) Os consumidores, ao adquirirem um produto que quase ninguém possui, recém-lançado no mercado, pas-

sam a ter uma sensação de superioridade.b) Muitos aparelhos difundidos no mercado nem sempre trazem novidades que justifiquem seu preço elevado

em relação ao modelo anterior.c) O estudo de mapeamento cerebral que o pesquisador realizou foi importante para mostrar que o vício em

novidades tecnológicas cresce cada vez mais.d) O hormônio chamado dopamina é responsável por causar sensações de prazer que levam as pessoas a se

sentirem recompensadas.e) As pessoas, na maioria das vezes, gastam muito mais do que o seu orçamento permite em aparelhos que

elas não necessitam.

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Sintaxe

S

EXERCÍCIO 01:01. Hoje se desculparam , mas não

me disseram a verdade. 02. Hoje, desculparam-se; amanhã,

falam-me a verdade.03. Homem que se preza respeita

sua mulher.04. Alguns se apresentaram otimis-

tas; outros se disseram derrota-dos.

05. Eu te falei a verdade; tu me fa-laste somente mentiras.

06. Isto me diz que todos estão en-ganados.

07. Aquele te traiu; este te trairá: es-tamos perdidos.

08. Espero que me falem a verdade.09. À medida que se avança nos es-

tudos, mais se aprende.10. Deus me ajudará nesta emprei-

tada.11. Somente Deus te poderá ajudar

/ Somente Deus poderá ajudar--te.

12. Em se pensando em vitória; pensa-se logo no Grêmio.

13. Em te falando a verdade; espero que me perdoes.

14. Por te parecer estranho, ele nunca te será interessante.

15. Para te ser sincero, nunca o vi antes.

16. O que se fará com isso? 17. A quem te diriges, amigo?18. Bons ventos o levem! 19. Que o céu o tenha sempre, filho. 20. O rapaz equivocou-se na res-

posta.

GABARITO

QUESTÕES DE PROVAS:

01) C02) C03) D04) C05) D06) D07) C08) C09) B10) B11) E12) E13) E14) E15) C

PROVA COMPLETA:01. D02. A03. A04. C05. E06. B07. D08. C09. B10. E

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Eu prevenira, já na “conversa inicial”, para o fato de que este assunto era tido como tabu, mas somente para quem tentava entendê-lo sem conhecer os pré-requisitos indispensáveis para tanto.

Ao longo de sua exposição, as razões do alerta ficaram evidentes: não adianta saber que uma determinada classe gramatical funciona como partícula atrativa, sem saber identificá-la.

Agora, neste epílogo, preciso lançar outro alerta: ninguém poderá deixar-se levar por esta falsa informação: “Estamos no Brasil e, no Brasil, pode-se praticar a próclise sempre”. Cuidado, essa é apenas uma parte da verdade.

Quando escrevemos textos, mormente redações do Enem, dos vestibulares e de concursos, por certo não perderemos nota ao praticarmos a próclise em lugar da mesóclise ou da ênclise. Todavia, há que se pensar, nessas horas, em ganhar nota, pois com ela se constroem as vitórias.

Explicando melhor: se, num determinado texto, escrevermos “Os estudantes se apresentarão munidos do necessário material escolar”, os corretores não descontarão nota devido ao deslize no emprego proclítico do “se”. Contudo, e com certeza, se escrevêssemos “Os estudantes apresentar-se-ão munidos do necessário material escolar”, exibiríamos maior cultura gramatical, respeitaríamos mais nosso idioma, impressionaríamos muitíssimo o corretor e, consequência, obteríamos uma nota adicional que não nos foi dada, haja vista a forma quase coloquial com que nos teríamos expressado.

Enfim, em Língua Portuguesa, não existe o mais ou menos: ou é, ou não é! O meio termo será sempre uma paisagem outonal: não anima, não consola, não vai além de meios-tons acinzentados.

E viva o nosso símbolo maior, o Português de Assis, Camões, Pessoa e Saramago!

Prof. Ironi Andrade

ÚLTIMAS PALAVRAS

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PONTUAÇÃO

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Sempre que se começa uma obra e se empreende, nela, o esforço necessário, a persistência indispensável e a coragem exigida, chega-se a bom termo.

De há muito idealizamos a Escada do Português Lógico. Depois disso, testamos nosso método por longas três décadas, amadurecendo ideias que se iam consolidando, retificando teses que julgávamos perfeitas, retomando rumos que considerávamos intocáveis e complementando temas que julgávamos esgotados.

Chegou, pelas tantas, a hora de pensar no futuro do idioma e no legado às próximas gerações. Afinal, tínhamos a convicção de que descobríramos uma forma agradável de estudar o idioma e fácil de assimilar seus conteúdos.

Decidimo-nos, então, pelo lançamento do Curso Completo do Português Lógico, para estudo à distância, e da Primeira Gramática do Português Lógico, para manuseio físico, servindo como material escolar e de pesquisa.

A primeira parte – a virtual – está ficando conclusa agora, haja vista que estamos dando início, neste momento, à montagem da última aula apostilada para ser fornecida junto com duas dezenas de vídeos.

A segunda iniciar-se-á imediatamente, que a maior parte já está pronta, pois foi trabalhada concomitantemente à elaboração da apostila-apoio ao EaD.

É um momento muito especial, pois. Mas ainda nos falta compilar o conteúdo relativo à pontuação, assunto que é uma espécie de praga a empestar o ânimo de tantos quantos pensam em dignificar a Língua de Camões e de Assis.

Para se ter uma ideia mais exata dessa verdadeira calamidade, basta pensar nisto: concentram-se em deslizes de pontuação mais de 50% de todos os erros cometidos na redação de textos de qualquer natureza.

Apoiados na sequência lógica dos conteúdos, iniciada com o estudo dos fonemas, no primeiro degrau de nossa Escada, e estendida até o final da colocação dos pronomes oblíquos átonos, façamos mais uma colheita. Depois disso, sosseguemos nossas consciências com a certeza de um louvável dever cumprido: dedicamos a nosso símbolo maior uma parte significativa de nossa existência.

Salve, Pessoa: de fato, “tudo vale a pena quando a alma não é pequena”!

Prof. Ironi Andrade

INÍCIO DE CONVERSA

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Sintaxe

S

Em princípio, é de se perguntar: por que as pessoas têm tantas dificuldades no emprego correto dos sinais de pontuação?

Ao pararmos, analisarmos a sequência lógica dos conteúdos e refletirmos um pouco, essa inquietação dirime-se por si própria: esse assunto repousa no oitavo degrau de nossa Escada e representa uma espécie de cereja no bolo, pois, após ele, resta apenas o texto, no nono (e último!) lanço da escalada. Vê-se, então, que, para dominar o emprego da vírgula, do ponto e vírgula, dos dois pontos e dos pontos, é necessário um lastro de conhecimentos idiomáticos que poucos detêm.

Para nós, contudo, que trilhamos, par e passo, esse longo percurso, não haverá de ser dificultoso transpor esse último obstáculo a nos separar do cume da montanha do saber linguístico.

A organização didática deste assunto deve-se iniciar pela consciência de que existe uma chamada ordem direta, na oração e no período.

01. Ordem direta na oração

Na oração, a ordem direta supõe esta sequência de funções sintáticas: sujeito-verbo- complementos-adjuntos adverbiais.

Exemplo:

• O menino ofereceu um pirulito ao colega ontem à tarde.

Não é difícil de identificar, aí, a sequência sujeito (menino), verbo (ofereceu), complemento direto (pirulito), complemento indireto (colega) e adjunto adverbial de tempo (ontem à tarde).

Pois bem, nesta, e em todas as outras estruturas frasais em ordem direta, dispensam-se todos os sinais de pontuação intermediária, restando tão somente o emprego dos pontos com que encerramos enunciados (ponto final, ponto de interrogação e ponto de exclamação).

Com essa prática, além de tornarmos a compreensão textual muitíssimo fácil, evitamos os infindáveis erros gramaticais que poluem nossos escritos, achincalham nosso idioma e confundem nossos leitores.

Observe, abaixo, uma sequência de complicadores que resultam da desobediência a essa norma salutarmente simples:

PONTUAÇÃO

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Sintaxe

S• O menino ofereceu um pirulito ao colega ontem à tarde.• Ontem à tarde, o menino ofereceu um pirulito ao colega.• O menino, ontem à tarde, ofereceu um pirulito ao colega.• O menino ofereceu, ontem à tarde, um pirulito ao colega.• O menino ofereceu um pirulito, ontem à tarde, ao colega.

Em nome da clareza, da simplicidade e da correção, privilegiemos, pois, a ordem direta.

02. Ordem direta no período composto

No período composto, a ordem direta é marcada pela presença da oração principal anteposta às orações subordinadas.

Exemplo:

• O menino chegou à escola quando o prédio era aberto.

Ora, é fácil perceber, graças à presença das formas verbais chegou e era, que esse é um período composto, haja vista ser formado por duas orações: O menino chegou à escola / quando o prédio era aberto.

É fácil ver, também, que a primeira oração, de sentido completo, inclusive, é mais importante do que a segun-da, a qual, sem a primeira, sequer tem sentido.

Feitas essas observações, fica notório que o período está em ordem direta e, por isso mesmo, dispensa qual-quer pontuação intermediária.

Ao contrário disso, se escrevermos “Quando o prédio era aberto, o menino chegou à escola”, além de preju-dicar a clareza do enunciado, teremos de usar um sinal intermediário de pontuação, pois a ordem direta do período será quebrada.

03. Sinais de pontuação

Depois de vista a ordem direta da oração e do período, mostra-se necessário, também, destacar a existência de uma hierarquia crescente de importância entre os sinais de pontuação: vírgula, ponto e vírgula, dois pontos e pontos (final, de interrogação e de exclamação). Ora, vista essa ordem, será fácil entender, por exemplo, que ponto e vírgula é sinal para ser usado quando já existir vírgula em um enunciado.

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Sintaxe

SExemplo:

• Numa manhã de sol, o menino foi à escola; seu pai, porém, não saiu de casa.Nesse caso, também, pelas formas verbais foi e saiu, dá para perceber que o período é composto. Percebe-se,

também, que, no interior das orações que o compõem (Numa manhã de sol, o menino foi à escola / seu pai, porém, não saiu de casa.), existem vírgulas. Então, nada mais lógico, para separá-las, do que usar o sinal imediatamente superior à vírgula, que é o ponto e vírgula.

Não se pense, então, que o emprego de um ou de outro sinal de pontuação é algo aleatório, tampouco que se trate de uma liberalidade para ser exercida ao bel-prazer de quem escreve.

A partir daqui, vejamos esses sinais de pontuação justamente na ordem hierárquica que os disciplina e, ao mesmo tempo, os distingue uns dos outros.

3.1. Vírgula

Esse sinal básico de pontuação deve ser empregado para:

a) isolar adjuntos adverbiais deslocados na oração;Exemplos:

• Os alunos dedicaram-se à leitura na manhã de ontem.• Na manhã de ontem, os alunos dedicaram-se à leitura.• Os alunos, na manhã de ontem, dedicaram-se à leitura.• Os alunos dedicaram-se, na manhã de ontem, à leitura.

b) isolar o aposto;Exemplos:

• A Amazônia, região de florestas e rios encantados, é indescritível.• Região de florestas e rios encantados, a Amazônia é indescritível.• É indescritível a Amazônia, região de florestas e rios encantados.

c) isolar o vocativo;Exemplos:

• A Amazônia, brasileiros, deve ser um orgulho para todos nós.• Brasileiros, a Amazônia deve ser um orgulho para todos nós.• A Amazônia deve ser um orgulho para todos nós, brasileiros.

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Sintaxe

Sd) isolar expressões explicativas; Exemplos:

• A gramática, isto é, fonética, morfologia e sintaxe, disciplina o idioma.• Os homens, ou seja, todos os seres inteligentes e mortais, são esquisitos.• Os seres inteligentes, a saber, homens e mulheres, são esquisitos.

e) separar a localidade em relação à data;Exemplos:

• São Paulo, 12 de setembro de 2019.• Rio de Janeiro, 12 de setembro de 2019.• Brasília, Distrito Federal, 12 de setembro de 2019.

f) separar termos de mesma função sintática;Exemplos:

• O avô, a avó, o filho e a filha iam à cidade (sujeitos).• Encontrei o avô, a avó, o filho e a filha na cidade (objetos diretos).• Sempre gostei do avô, da avó, do filho e da filha (objetos indiretos).Observações:

1ª) Não confundir termos de mesma função sintática com elementos de uma enumeração!2ª) Há que se obedecer ao paralelismo na listagem de termos de mesma função sintática!

g) identificar a existência de complemento pleonástico;Exemplos:

• O aluno, encontrei-o passeando na praça (objeto direto pleonástico).• Ao pai, obedeci-lhe sempre (objeto indireto pleonástico).

h) marcar a elipse do verbo;Exemplos:

• Ele gosta de doces; eu, de frutas (elipse do verbo na segunda oração).• Eles preferem baladas; nós, bailões (elipse do verbo na segunda oração).

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Sintaxe

Si) marcar o deslocamento do predicativo;Exemplos:• Os alunos foram ao auditório da escola preocupados.• Preocupados, os alunos foram ao auditório da escola.• Os alunos, preocupados, foram ao auditório da escola.• Os alunos foram, preocupados, ao auditório da escola.

j) marcar o deslocamento de uma conjunção;Exemplos:• O sol castigava; a sombra, porém, dava novo fôlego.• O pai era duro, xingava; a mãe, todavia, era só doçura, amor.

k) separar orações assindéticas;Exemplos:• Todos ouvem, perguntam, respondem, silenciam.• Ele cai, rola, geme, despedaça-se, morre.Observação:Chamam-se orações assindéticas aquelas que, no período composto por coordenação, encadeiam-se sem a

presença de conjunções.

l) separar orações sindéticas;Exemplos:• O aluno estuda bastante, pois seus objetivos são elevados.• O aluno quer ser aprovado, mas estuda muito pouco.Observações:1ª) Chamam-se orações sindéticas aquelas que, no período composto por coordenação, encadeiam-se por

meio de conjunções.2ª) As orações coordenadas aditivas, com a conjunção e, de mesmo sujeito, não se separam:Exemplos:• O menino chegou e logo saiu.• O menino chegou, e todos saíram.• O aluno comporta-se e recebe elogios.• O aluno faz baderna, e todos os colegas são punidos.

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262

Sintaxe

Sm) isolar orações adjetivas explicativas; eExemplos:

• Rio de Janeiro, que reúne praias e morros, é encantadora.• O homem, que se considera racional, age como bicho selvagem.

Observação:

As orações adjetivas explicativas são aquelas que, no período composto por subordinação, realçam, de forma ampla, sem restrições, atributos de um substantivo.

Exemplos:

• O homem, que é mortal, vive temeroso de Deus (explicativa).• O homem que é esforçado triunfa na vida (restritiva).• As provas finais, que estavam dificílimas, confundiram os alunos (explicativa).• As provas que são aplicadas em concursos confundem os candidatos (restritiva).

n) marcar o deslocamento de orações subordinadas.Exemplos:

• Se não chover, irei à festa (oração subordinada, mais oração principal).• Quando anoiteceu, eu estava na estrada (oração subordinada, mais oração principal).• O aluno, ao chegar em casa, reclamou de cansaço (oração subordinada intercalada).

3.2. Ponto e vírgulaPonto e vírgula deve ser empregado para:

a) separar orações já virguladas;Exemplos:

• O pai, nervoso, gritava; a mãe, tranquila, sorria.• Ontem à noite, eu fui ao cinema; hoje, ficarei em casa.

b) separar orações de sentidos opostos; eExemplos:

• Os vencedores divertem-se; os perdedores ficam tristes.• Alguns choravam; outros tantos morriam de rir.

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263

Sintaxe

Sc) separar itens de uma enumeração.Exemplos:

• A gramática divide-se em três partes:a) fonética;b) morfologia; ec) sintaxe.

• Esperam-se três providências:a) escolha do melhor terreno;b) elaboração de um ótimo projeto;c) seleção do melhor material de construção; ed) contratação de um ótimo mestre de obras.

Observações:

1ª) Em louvor à clareza, em vez de ponto e vírgula para separar orações já virguladas ou de sentidos opostos, recomenda-se a redação de dois períodos simples:

Exemplos:

• O pai, nervoso, gritava. A mãe, tranquila, sorria.• Ontem à noite, eu fui ao cinema. Hoje, ficarei em casa.• Os vencedores divertem-se. Os perdedores ficam tristes.• Alguns choravam. Outros tantos morriam de rir.

2ª) Em itens de enumerações citados, depois de dois pontos, na mesma linha, só se emprega ponto e vírgula se algum deles contiver vírgula internamente.

Exemplos:

• A gramática divide-se em três partes: fonética, morfologia e sintaxe.• A gramática divide-se em três partes: fonética, que estuda os sons; morfologia, que estuda a estrutura e a

formação das palavras; e sintaxe, que estuda as funções.• Esperam-se três providências: escolha do melhor terreno, elaboração de um ótimo projeto, seleção do me-

lhor material de construção e contratação de um ótimo mestre de obras.• Esperam-se três providências: escolha do terreno, o melhor possível; elaboração de um projeto, bonito e

funcional; seleção do melhor material de construção, de qualidade e de preço acessível; e contratação de um mestre de obras, que seja trabalhador e competente.

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264

Sintaxe

S3.3. Dois pontosEmpregam-se os dois pontos para introduzir:

a) uma citação;Exemplos:

• Drummond já dissera: “Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas”.• Fernando Pessoa fora brilhante: “Minha Pátria é a Língua Portuguesa”.

b) uma enumeração; eExemplos:

• A gramática divide-se em três partes: fonética, morfologia e sintaxe.• Existem, na gramática, três partes:

a) fonética;b) morfologia; ec) sintaxe.

c) uma explicação.Exemplos:

• Desastre na Espanha: terrorista atacaram o metrô de Madri.• Surpresa na família real: nasce o príncipe John.

Aproveitando algumas curiosidades, exercite a pontuação de forma divertida:

01. O rei condenou um oficial à morte, redigindo esta sentença: “Perdoar impossível, mandá-lo à forca”. Condoída da sorte do moço, a rainha salvou-o com uma simples mudança na posição da vírgula.

Pergunta-se: como ficou a frase da rainha? ____________________________________________________________.

02. Certo governador, comunicando a revolta de sua cidade, indaga um órgão superior: “Devo fazer fogo ou pou-par a cidade?”. A resposta teria sido esta: “Fogo não, poupe a cidade”. O telégrafo, porém, teria deslocado a vírgula, e a resposta teria sido trágica.

EXERCÍCIO 01:

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Sintaxe

S Pergunta-se: como teria ficado a nova frase? __________________________________________________________.

03. Um jornal estadunidense publicou uma carta dirigida a um médico por um cliente seu. Dizia: “Acho-me comple-tamente restabelecido, depois de ter estado quase à morte por haver tomado cinco frascos de seu remédio”. O médico moveu uma ação contra o jornal, que havia esquecido uma vírgula e, com isso, ferido sua reputação.

Pergunta-se: onde o cliente teria usado essa vírgula?______________________________________________________.

04. Procurando ser fiel a seu gênero, empregue uma vírgula na frase que se segue: Se o homem soubesse o valor que tem a mulher rastejaria à sua procura.

Resposta: _____________________________________________________________________________________________

05. Apenas com o uso de sinais de pontuação e sem alterar a posição de nenhuma palavra, dê sentido à frase que se segue:

A menina toma café e sua mãe disse ela traga uma toalha para me secar.

Resposta: _____________________________________________________________________________________________

06. Foi encontrado este testamento: “Deixo meus bens à minha irmã não a meu sobrinho jamais será paga a conta ao alfaiate nada aos pobres”.

Se você fosse desafiado a, apenas com sinais de pontuação, redigir esse testamento de quatro maneiras dife-rentes – sem acrescentar, retirar ou alterar a posição das palavras – para que a irmã, o sobrinho, o alfaiate e os pobres tivessem direito aos bens deixados pelo falecido, como você o pontuaria?

a) Para a irmã: __________________________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________________________

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Sintaxe

Sb) Para o sobrinho: __________________________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________________________

c) Para o alfaiate: __________________________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________________________

d) Para os pobres: __________________________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________________________

Empregue vírgula nas frases que se seguem quando houver razão para fazê-lo:

01. O menino ontem à noite assistiu a um filme de terror.02. O menino aluno de sexto ano foi aprovado com louvor.03. Nós alunos devemos muito a nossos mestres.04. Pela manhã todos os alunos foram à escola.05. A segunda casa isto é a escola seduz os alunos.06. Ao anoitecer todos se recolheram a suas casas.07. Os alunos ao anoitecer foram ao teatro.08. Passo Fundo 13 de setembro de 2019.09. Salvador Bahia 13 de setembro de 2019.10. Em Salvador Bahia todos vivem felizes.11. O aluno gosta de escrever a aluna de ler.12. A reunião marcada para as dez horas foi suspensa.13. Tranquilos os alunos dirigiram-se à biblioteca.14. O aluno julgado estudioso por todos obteve aprovação.

EXERCÍCIO 02:

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Sintaxe

S15. O trem com destino a Uruguaiana partiu às 11 horas.16. Corria gritava caía e às vezes adormecia no pátio.17. O aluno o colega e alguns amigos foram ao cinema.18. Comprei pão queijo mel salame e margarina.19. Ele queria ser aprovado porém não estudava.20. Ele queria ser aprovado nunca porém estudava.21. O gelo que é frio conserva os alimentos.22. O menino que estuda vence na vida.23. O professor esqueceu-se da aula o aluno não.24. O empresário chegou tarde à reunião.25. O empresário sempre atrasado não foi à reunião.26. Acaso queira ser feliz ele deverá crer em si mesmo e em Deus.27. O menino na tarde de ontem foi ao colégio.28. O Brasil terra do ouro e dos escravos é um país rico.29. Filho da rocha ó marinheiro vem!30. O idioma ou seja a língua e suas nuanças é algo muito belo.31. Aos filhos devo-lhes minha vida.32. O pai o filho a mãe e os irmãos seguiam-lhe firmes os passos.33. O otimista distribui esperanças o pessimista desgraças.34. Estudam trabalham divertem-se e a vida passa.35. Angustiados os jovens chegam à adolescência.36. O homem esforça-se o futuro porém não o favorece.37. Ele estuda muito pois seu futuro é grande. 38. Ele trabalha e estuda. 39. Ele chegou e logo saímos.40. A reunião naquele dia não foi realizada.

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Sintaxe

S

01. (CEAP-AP) – Na oração "Aos onze anos, em 1942, seu pai mandou-o para um colégio interno, o Padre Antônio Vieira, em Aracaju.", as vírgulas foram usadas nas expressões destacadas com a seguinte finalidade:a) realçar duas expressões de mesma função sintática.b) enfatizar dois elementos de valor explicativo.c) isolar adjunto adverbial e aposto respectivamente.d) reforçar a melodia da frase.e) separar aposto e vocativo.

02. (UNIG) – "Aristeia, dá um banho rápido nesse menino". Aplica-se com maior acerto a esse texto o seguinte con-ceito sobre a pontuação (uso da vírgula):a) isola o sujeito da oração.b) pôe em realce o substantivo.c) valoriza o ritmo da frase.d) indica a pausa de chamamento.e) separa o aposto do termo modificado.

03. (Cesgranrio) – Assinale a opção em que a vírgula está empregada para separar dois termos que possuem a mesma função na frase:a) “Minhas senhoras, seu Mendonça pintou o diabo enquanto viveu.”b) “Respeitei o engenho do Dr. Magalhães, juiz.”c) “E fui mostrar ao ilustre hóspede a serraria, o descaroçador e o estábulo.”d) “Depois da morte do Mendonça, derrubei a cerca...”e) “Não obstante essa propaganda, as dificuldades surgiram”.

04. (IBGE) – Assinale a opção que apresenta erro de pontuação:a) Sem reforma, social, as desigualdades entre as cidades brasileiras, crescerão sempre...b) No Brasil, a diferença social é motivo de constante preocupação.c) O candidato que chegou atrasado fez um ótimo teste no IBGE.d) Tenho esperanças, pois a situação econômica não demora a mudar.e) Ainda não houve tempo, mas, em breve, as providências serão tomadas.

QUESTÕES DE PROVAS

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Sintaxe

S05. (ABC-SP) – Assinale a alternativa cuja frase está corretamente pontuada:

a) O sol que é uma estrela, é o centro do nosso sistema planetário.b) Ele, modestamente se retirou.c) Você pretende cursar Medicina; ela, Odontologia.d) Confessou-lhe tudo; ciúme, ódio, inveja.e) Estas cidades se constituem, na maior parte de imigrantes alemães.

06. (BB) – “Os textos são bons e entre outras coisas demonstram que há criatividade”. Nesse período, cabem, no máximo:a) 3 vírgulasb) 4 vírgulasc) 2 vírgulasd) 1 vírgulae) 5 vírgulas

07. (CESGRANRIO) – Assinale o texto de pontuação correta:a) Não sei se disse, que, isto se passava, em casa de uma comadre, minha avó.b) Eu tinha, o juízo fraco, e em vão tentava emendar-me: provocava risos, muxoxos, palavrões.c) A estes, porém, o mais que pode acontecer é que se riam deles os outros, sem que este riso os impeça de

conservar as suas roupas e o seu calçado.d) Na civilização e na fraqueza ia para onde me impeliam muito dócil muito leve, como os pedaços da carta de

ABC, triturados soltos no ar.e) Conduziram-me à rua da Conceição, mas só mais tarde notei, que me achava lá, numa sala pequena.

08. (TTN) – Das redações abaixo, assinale a que não está pontuada corretamente:a) Os candidatos, em fila, aguardavam ansiosos o resultado do concurso.b) Em fila, os candidatos aguardavam, ansiosos, o resultado do concurso.c) Ansiosos, os candidatos aguardavam, em fila, o resultado do concurso.d) Os candidatos ansiosos aguardavam o resultado do concurso, em fila.e) Os candidatos, aguardavam ansiosos, em fila, o resultado do concurso.

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Sintaxe

S09. (FCC) – Assinale a letra que corresponde ao período de pontuação correta:

a) Pouco depois, quando chegaram, outras pessoas a reunião ficou mais animada.b) Pouco depois quando chegaram outras pessoas a reunião ficou mais animada.c) Pouco depois, quando chegaram outras pessoas, a reunião ficou mais animada.d) Pouco depois quando chegaram outras pessoas a reunião, ficou mais animada.e) Pouco depois quando chegaram outras pessoas a reunião ficou, mais animada.

10. (FCC) – Assinale a letra que corresponde ao período de pontuação correta:a) Precisando de mim procure-me; ou melhor telefone que eu venho.b) Precisando de mim procure-me, ou, melhor telefone que eu venho.c) Precisando, de mim, procure-me ou melhor, telefone, que eu venho.d) Precisando de mim, procure-me; ou melhor, telefone, que eu venho.e) Precisando, de mim, procure-me ou, melhor telefone que eu venho.

11. (SANTA CASA) – Os períodos abaixo apresentam diferentes pontuações. Assinale a letra que corresponde àque-le de pontuação correta:a) José dos Santos paulista, 23 anos vive no Rio.b) José dos Santos paulista 23 anos, vive no Rio.c) José dos Santos, paulista 23 anos, vive no Rio.d) José dos Santos, paulista 23 anos vive, no Rio.e) José dos Santos, paulista, 23 anos, vive no Rio.

12. (PUC-RS) – A alternativa com pontuação correta é:a) Tenha cuidado, ao parafrasear o que ouvir. Nossa capacidade de retenção é variável e muitas vezes incons-

cientemente, deturpamos o que ouvimos.b) Tenha cuidado ao parafrasear o que ouvir: nossa capacidade de retenção é variável e, muitas vezes, incons-

cientemente, deturpamos o que ouvimos.c) Tenha cuidado, ao parafrasear o que ouvir! Nossa capacidade de retenção é variável e muitas vezes incons-

cientemente, deturpamos o que ouvimos.d) Tenha cuidado ao parafrasear o que ouvir; nossa capacidade de retenção, é variável e - muitas vezes incons-

cientemente, deturpamos o que ouvimos.e) Tenha cuidado, ao parafrasear o que ouvir. Nossa capacidade de retenção é variável - e muitas vezes incons-

cientemente - deturpamos, o que ouvimos.

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Sintaxe

S13. (CESCEM) – Assinale a letra que corresponde ao período de pontuação correta:

a) A propósito, disse Alves, o seu moleque, conhece pouco os deveres da hospitalidade.b) A propósito disse Alves, o seu moleque conhece pouco os deveres da hospitalidade.c) A propósito, disse Alves o seu moleque conhece pouco os deveres da hospitalidade.d) A propósito, disse Alves, o seu moleque conhece pouco os deveres da hospitalidade.e) A propósito, disse Alves, o seu moleque conhece pouco, os deveres da hospitalidade.

14. (F.E. Bauru) – Assinale a alternativa em que há erro de pontuação:a) Era do conhecimento de todos a hora da prova, mas, alguns se atrasaram.b) A hora da prova era do conhecimento de todos; alguns se atrasaram, porém.c) Todos conhecem a hora da prova; não se atrasem, pois.d) Todos conhecem a hora da prova, portanto não se atrasem. e) Como a hora da prova é do conhecimento de todos, não se atrasem.

15. (FCC) – Assinale a letra que corresponde ao período de pontuação correta:a) Hoje, eu daria o mesmo conselho, menos doutrina e, mais análise.b) Hoje, eu daria o mesmo conselho: menos doutrina e mais análise.c) Hoje, eu, daria o mesmo conselho, menos doutrina e mais análise.d) Hoje eu daria o mesmo conselho menos doutrina e mais análise.e) Hoje eu, daria o mesmo conselho: menos doutrina, e, mais análise.

16. (FUVEST) – Assinale a alternativa em que o texto está pontuado corretamente:a) Matias, cônego honorário e pregador efetivo, estava compondo um sermão quando começou o idílio psíquico.b) Matias cônego honorário, e pregador efetivo estava compondo um sermão quando começou o idílio psíquico.c) Matias, cônego honorário e pregador efetivo, estava compondo um sermão, quando começou o idílio psíquico.d) Matias cônego honorário e pregador efetivo, estava compondo um sermão, quando começou, o idílio psí-

quico.e) Matias, cônego honorário e, pregador efetivo, estava compondo um sermão quando começou o idílio psíquico.

17. (FUVEST) – Assinale o período cujo texto está pontuado corretamente:a) Solicitamos aos candidatos que respondam às perguntas a seguir, importantes para efeito de pesquisas re-

lativas aos vestibulares.b) Solicitamos aos candidatos, que respondam, às perguntas a seguir importantes para efeito de pesquisas

relativas aos vestibulares.

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Sintaxe

Sc) Solicitamos aos candidatos, que respondam às perguntas, a seguir importantes para efeito de pesquisas

relativas aos vestibulares.d) Solicitamos, aos candidatos que respondam às perguntas a seguir importantes para efeito de pesquisas re-

lativas aos vestibulares.e) Solicitamos aos candidatos, que respondam às perguntas, a seguir, importantes para efeito de pesquisas

relativas aos vestibulares.

18. (UF SÃO CARLOS) – Assinale a opção correta:a) O fogo, está apagado; defendeu-se a moça; mas, o almoço está pronto.b) O fogo está apagado, defendeu-se a moça. Mas, o almoço, está pronto.c) O fogo está apagado... defendeu-se, a moça; mas o almoço está pronto.d) O fogo está apagado? Defendeu-se a moça. Mas o almoço, está pronto.e) O fogo está apagado - defendeu-se a moça. Mas o almoço está pronto.

19. (PUC) – Observe as frases:I- Ele foi, logo eu não fui;II- O menino, disse ele, não vai;III- Deus, que é Pai, não nos abandona;IV- Saindo ele e os demais, os meninos ficarão sós.

Assinale a afirmativa correta:

a) Em I, há erro de pontuação.b) II e III, as vírgulas podem ser retiradas sem que haja erro.c) Na I, se se mudar a vírgula de posição, muda-se o sentido da frase.d) Na II, faltam dois pontos depois de disse.e) n.d.a

20. (CESGRANRIO) – Assinale a alternativa em que o período está corretamente pontuado:Neste ponto viúva amiga, é natural que lhe perguntes, a propósito da Inglaterra como é que se explica, a vitória eleitoral de Gladstone.a) Neste ponto, viúva amiga, é natural que lhe perguntes, a propósito da Inglaterra, como é que se explica a

vitória eleitoral de Gladstone.b) Neste ponto, viúva amiga é natural que, lhe perguntes a propósito da Inglaterra, como é que se explica a

vitória eleitoral, de Gladstone?

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Sintaxe

Sc) Neste ponto, viúva amiga, é natural, que lhe perguntes a propósito da Inglaterra, como é que, se explica a

vitória eleitoral de Gladstone.d) Neste ponto viúva amiga, é natural que lhe perguntes a propósito da Inglaterra como é, que se explica, a

vitória eleitoral de Gladstone?

21. (FCC) – Assinale a letra que corresponde ao período de pontuação correta:a) Quem foi, que me disse, que o Pedro estava à procura, de uma gramática de alemão?b) Quem foi que, me disse, que o Pedro, estava à procura de uma gramática, de alemão?c) Quem foi que, me disse que o Pedro estava à procura de uma gramática de alemão?d) Quem foi que me disse que o Pedro estava à procura de uma gramática de alemão?e) Quem foi, que me disse que o Pedro, estava à procura de uma gramática, de alemão?

22. (CESCEM) – Assinale a letra que corresponde ao período de pontuação correta:a) A questão, porém, não é de pão, é de manteiga.b) A questão porém, não é de pão é de manteiga.c) A questão, porém, não é de pão é de manteiga.d) A questão porém não é de pão, é de manteiga.e) A questão, porém não é de pão, é de manteiga.

23. (FAU-Santos) – Terminada a aula, o professor Jacinto, dirigindo-se à classe, disse: “Todos deverão trazer dicio-nário na próxima aula.” No texto, as aspas foram usadas:a) para enfatizar a necessidade do dicionário.b) porque a oração entre aspas vem depois dos dois pontos.c) porque os componentes da frase estão em ordem inversa.d) para sugerir que a falta do dicionário será prejudicial aos alunos.e) para iniciar uma citação.

24. (FUND. LUSÍADA) – Assinale a frase de pontuação errada:a) José, venha cá.b) Paulo, o mais moço da família, é o mais esperto.c) Ao acabar as aulas, os alunos se retiraram.d) Os professores, os alunos, o diretor e os funcionários saíram.e) São Paulo 22 de março de 1952.

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Sintaxe

S25. (FMU) – Assinale a alternativa que contenha emprego incorreto da vírgula:

a) Arrumou as malas, saiu, lançou-se na vida.b) Os visados éramos nós, e eles foram violentamente torturados.c) Eu contesto, a justiça que mata.d) Preciso ouvir, disse o velho ao menino, a causa desse ressentimento.e) O período consta de dez orações, porque esse é o número exato de verbos.

PROVA COMPLETA:Banca: CESPENível superior

Texto CG1A1AAA01. Volto hoje às minhas criaturas, aos rudes homens do cangaço, às mulheres, aos sertanejos 02. castigados, às terras tostadas de sol e tintas de sangue, ao mundo fabuloso do meu romance, já03. no meio do caminho.04. Os dias de França me deram uma sensação de pausa, de espanto, de novos contatos sonhados05. desde menino. Vi terras por onde andaram os doze pares de França, os heróis do meu Carlos06. Magno, lido e relido como história de Trancoso. Vi terras do sul, o mar Mediterrâneo, o mar da07. história, o mar dos gregos, dos egípcios, dos fenícios, dos romanos. Mas o nordestino tinha que08. voltar à sua realidade, à realidade maior que a história do mundo, isto é, à história dos seus09. homens, dos cangaceiros brutais, carregados de vida bárbara, de instintos cruéis de uma força,10. porém, que não se extingue nunca, porque é a energia de uma raça de homens mais duros do que11. as pedras dos seus lajedos.12. Volto aos “Cangaceiros” e desde logo tudo o que vi e senti se refugia no fundo da13. sensibilidade, para que a narrativa corra, como em leito de rio que a estiagem secara, mas que as14. águas novas enchem, outra vez, de correntezas. 15. Volto ao terrível Aparício, que mata igual a um flagelo de Deus, ao monstruoso Negro

LÍNGUA PORTUGUESA

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Sintaxe

S16. Vicente, ao triste Bentinho, ao místico Domício, aos umbuzeiros carregados de frutos, aos 17. mandacarus de floração de sangue, aos cantadores de estrada, às mulheres sofredoras, às noites18. de lua, aos tiroteios, ao crime e ao amor, à poesia barbaresca e vigorosa de um povo que é maior19. do que a terra que o criou.20. Volto contente e disposto a tudo. 21. Adeus, doce França. Agora os espinhos me arranham o corpo e as tristezas me cortam a alma.

José Lins do Rego Adeus, doce França Internet: (com adaptações)

QUESTÃO 1 Com relação às ideias do texto CG1A1AAA, assinale a opção correta.

A) O narrador apresenta sua experiência na França como insignificante para o seu ofício.B) Infere-se do texto que a história dos povos da Antiguidade é inferior à história do Nordeste brasileiro.C) O narrador retrata o povo nordestino como um povo duro, insensível, cuja realidade se caracteriza por ex-

periências de angústia e tristeza.D) No último parágrafo do texto, verifica-se um contraste entre as impressões do narrador sobre a vida na

França e a vida no Nordeste brasileiro.E) No texto, apresenta-se uma descrição objetiva da paisagem natural nordestina, que destaca os efeitos noci-

vos do clima seco sobre a natureza.

QUESTÃO 2 No que se refere aos sentidos do texto CG1A1AAA e às suas estruturas linguísticas, é correto inferir que a expressão ‘Cangaceiros’ (linha 12)

A) é usada para designar os heróis de Carlos Magno, que repovoam as memórias do autor, como se lhe fossem próximos, após sua visita à França.

B) faz referência a indivíduos que, para o narrador, aparentam ser, embora não o sejam, cangaceiros, cujos nomes ele lista no antepenúltimo parágrafo do texto.

C) faz referência ao título do romance cujos personagens e ambientes são descritos no primeiro parágrafo.D) é empregada para designar, de modo geral, a atividade dos sertanejos nordestinos à semelhança de nomes

de profissões.E) é utilizada para destacar a importância do cangaço na vida dos homens nordestinos.

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Sintaxe

SQUESTÃO 3Tendo em vista que, no texto CG1A1AAA, algumas expressões têm a função de acrescentar uma explicação ao con-teúdo de outras, assinale a opção em que o primeiro trecho apresentado é uma explicação do segundo.

A) “de novos contatos sonhados desde menino” (linhas 4 e 5 ) — “de pausa” (linha 4).B) “o mar da história, o mar dos gregos, dos egípcios, dos fenícios, dos romanos” (linhas 6 e 7) — “o mar Me-

diterrâneo” (linha 6).C) “à história dos seus homens” (linha 8 e 9) — “a história do mundo” (linha 8).D) “como em leito de rio que a estiagem secara” (linha 13) — “no fundo da sensibilidade” (linhas 12 e 13).E) “que é maior do que a terra que o criou” (linhas 18 e 19) — “à poesia barbaresca e vigorosa” (linha 18).

QUESTÃO 4 A respeito dos recursos coesivos e da coerência do texto CG1A1AAA, assinale a opção correta.

A) As expressões “meu” (linha 5) e “Trancoso” (linha 6) indicam que, em sua infância, o narrador atribuía sen-tido equivocado às histórias de Carlos Magno, por ignorar seu contexto original.

B) O pronome possessivo “seus” (linha 11) refere-se a “mundo” (linha 8).C) O vocábulo “energia” (linha 10) retoma o sentido de “vida bárbara” (linha 9).D) A locução conjuntiva “para que” (linha 13) introduz uma consequência do trecho “desde logo tudo o que vi

e senti se refugia no fundo da sensibilidade” (linhas 12 e 13).E) Por meio da expressão “igual a” (linha 15), compara-se o modo como “Aparício” (linha 15) mata à maneira

como “Deus” (linha 15) pune.

QUESTÃO 5Cada uma das opções a seguir apresenta uma proposta de reescrita do trecho “Agora os espinhos me arranham o corpo e as tristezas me cortam a alma.” (linha 21). Assinale a opção em que a reescrita, além de manter o sentido da informação originalmente apresentada, também preserva a correção gramatical, a coesão e a coerência do texto CG1A1AAA.

A) Meu corpo foi a pouco arranhado por espinhos, e minha alma está dilacerada em tristeza. B) Estou arranhado, espinhos por meu corpo agora; e, ante tristezas cortada minha alma.C) Agora, em mim, arranha-se o corpo com espinhos; corta-se, pois, minha alma de tristezas.D) Agora, pelos espinhos é arranhado meu corpo; pelas tristezas, cortada minha alma.E) O meu corpo, agora arranham-lhe os espinhos; a minha alma, cortam-lhe as tristezas.

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277

Sintaxe

STexto CG1A1BBB 1

01. Xaveco, mulato, brevilíneo de canelas arqueadas, revela imediatamente a sua classe de 02. grande artilheiro: tem fôlego, tem velocidade, tem cada tiro direito ou canhoto — tanto faz —03. que arranca aplausos frenéticos da torcida. Outra grande figura em campo é o goleiro dos04. visitantes. E o jogo vai indo muito bem, bola para lá e para cá, passe, cabeçada, chute a gol,05. gol — não, gol não, passou por cima da trave. O couro vai para Bira, Bira perde para um06. galalau amarelo dos “estrangeiros”, o galalau perde para Zico, Zico passa para Lucas, que07. perde para o capitão dos visitantes, um louro de gorro de meia. Aí Xaveco interfere na raça,08. toma a bola, o louro tranca, Xaveco dá-lhe uma carga, o louro acha ruim, revida, o juiz apita,09. os dois se agarram e por trás chega Bira, que é gordo e violento, e larga um pontapé no terço10. inferior da coluna vertebral do louro. Fecha-se o tempo, o juiz apita, a assistência pula a11. cerca e invade o campo, o pau começa a comer, mormente nas costas dos forasteiros, o juiz12. retira-se e se encosta à cerca, aguardando aparentemente que os ânimos serenem. O jogo13. recomeça.14. O time local perde terreno, o galalau passa a marcar Xaveco, que não dá mais uma dentro. 15. E o diabo do louro tornou-se proprietário do balão, marca um gol de saída, depois o seu16. “secretário”, um crioulinho ligeiro que é uma faísca, marca o segundo tento; e aí Xaveco,17. desesperado (talvez dentro da área penal), atira uma canelada terrível no galalau, derruba-o,18. avança no crioulo, larga-lhe o salto da chuteira por cima do dedão, o crioulo grita, o louro19. acode, Xaveco já completamente louco lhe dá um tapa na cara, o juiz apita, uns gritam foul,20. outros gritam penalty, e um engraçado diz que foi só hands, já que Xaveco apenas meteu a mão21. na lata do loureba.22. O juiz continua apitando, parece que vai mesmo marcar o penalty. E um torcedor local23. puxa o revólver, dizendo que aquele penalty só se for passando por cima de algum cadáver.24. O juiz nessa altura se declara cheio com a partida e larga o apito ali mesmo. Um paredro fala25. que ele será expulso do quadro de árbitros e o juiz dá troco, quadro de árbitros uma ova!26. Mas um dos bandeirinhas voluntários logo se apossa do apito, passa a dirigir o pessoal com27. surpreendente autoridade e, quando se vê, o jogo começa outra vez. Vai macio, vai de valsa,28. é um minueto, até que, consultados os cronômetros, verifica-se que acabou o primeiro half time.

Rachel de Queiroz O amistoso Internet: (com adaptações)

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Sintaxe

SQUESTÃO 6 O narrador do texto CG1A1BBB conta a história com tom subjetivo, demonstrando interesse pelos fatos narrados, o que se constata no trecho

A) “O couro vai para Bira” (linha 5).B) “o juiz apita, a assistência pula a cerca e invade o campo” (linhas 10 e 11).C) “E o diabo do louro tornou-se proprietário do balão, marca um gol de saída” (linha 15). D) “O juiz nessa altura se declara cheio com a partida e larga o apito ali mesmo” (linha 24).E) “Mas um dos bandeirinhas voluntários logo se apossa do apito” (linha 26).

QUESTÃO 7Como elemento coesivo, verifica-se várias vezes, no texto CG1A1BBB, o recurso da substituição lexical, em que uma palavra substitui outra para retomar o mesmo referente. São exemplos desse recurso

A) “tiro” (linha 2) e “passe” (linha 4).B) “visitantes” (linha 4) e “forasteiros” (linha 11).C) “pontapé” (linha 9) e “tento” (linha 16).D) “coluna vertebral” (linha 10) e “costas” (linha 11).E) “terreno” (linha 14) e “área penal” (linha 17).

QUESTÃO 8No texto CG1A1BBB, exprime circunstância de modo a expressão

A) “na raça” (linha 7).B) “talvez” (linha 17).C) “só” (linha 20).D) “logo” (linha 26).E) “nessa altura” (linha 24).

QUESTÃO 9No texto CG1A1BBB, para transmitir a fala de uma personagem, o narrador adota o discurso direto no trecho

A) “o louro acha ruim” (linha 8).B) “um engraçado diz que foi só hands” (linha 20).C) “dizendo que aquele penalty só se for passando por cima de algum cadáver” (linha 23). D) “O juiz nessa altura se declara cheio com a partida” (linha 24).E) “o juiz dá troco, quadro de árbitros uma ova!” (linha 25).

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Sintaxe

SQUESTÃO 10Assinale a opção correta acerca do emprego de vírgulas no texto CG1A1BBB.

A) A vírgula empregada logo após “visitantes” (linha 7) pode ser substituída por travessão, sem prejuízo para a correção gramatical e para o sentido do texto.

B) Caso fosse suprimida a vírgula empregada logo após “comer” (linha 11), seriam preservados a correção gramatical e o sentido do texto.

C) Caso a vírgula empregada após “hands” (linha 20) fosse omitida, seria preservada a correção gramatical, mas haveria prejuízo ao sentido do texto.

D) A vírgula empregada logo após “revólver” (linha 23) poderia ser substituída por ponto e vírgula sem prejuí-zo para a correção gramatical e para o sentido do texto.

E) As vírgulas que isolam o trecho “consultados os cronômetros” (linha 28) são de uso facultativo.

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280

Sintaxe

S

EXERCÍCIO 01:01. Perdoar, impossível mandá-lo

à forca.02. Fogo, não poupe a cidade. 03. Depois da palavra “morte”.04. Homem: Se o homem soubesse

o valor que tem, a mulher ras-tejaria à sua procura.

05. Mulher: Se o homem soubesse o valor que tem a mulher, ras-tejaria à sua procura.

06. A menina toma café e sua. “Mãe, disse ela, traga uma toa-lha para me secar.”

07. As redações coerentes seriam estas:

a) Para a irmã: Deixo meus bens à minha irmã. Não a meu sobrinho. Jamais será paga a conta ao alfaiate. Nada aos pobres.

b) Para o sobrinho: Deixo meus bens à minha irmã? Não. A meu sobrinho. Ja-mais será paga a conta ao alfaiate. Nada aos pobres.

c) Para o alfaiate: Deixo meus bens à minha irmã? Não. A meu sobrinho? Jamais será paga a conta. Ao alfaiate. Nada aos pobres.

d) Para os pobres: Deixo meus bens à minha irmã? Não. A meu sobrinho? Ja-mais será paga a conta. Ao alfaiate? Nada. Aos pobres.

EXERCÍCIO 02:01. O menino, ontem à noite, assis-

tiu a um filme de terror.02. O menino, aluno de sexto ano,

foi aprovado com louvor.03. Nós, alunos, devemos muito a

nossos mestres.04. Pela manhã, todos os alunos

foram à escola.

GABARITO

05. A segunda casa, isto é, a escola, seduz os alunos.

06. Ao anoitecer, todos se recolhe-ram a suas casas.

07. Os alunos, ao anoitecer, foram ao teatro.

08. Passo Fundo, 13 de setembro de 2019.

09. Salvador, Bahia, 13 de setem-bro de 2019.

10. Em Salvador, Bahia, todos vi-vem felizes.

11. O aluno gosta de escrever; a aluna, de ler.

12. A reunião, marcada para as dez horas, foi suspensa.

13. Tranquilos, os alunos dirigi-ram-se à biblioteca.

14. O aluno, julgado estudioso por todos, obteve aprovação.

15. O trem, com destino a Uru-guaiana, partiu às 11 horas.

16. Corria, gritava, caía e, às vezes, adormecia no pátio.

17. O aluno, o colega e alguns ami-gos foram ao cinema.

18. Comprei pão, queijo, mel, sala-me e margarina.

19. Ele queria ser aprovado, porém não estudava.

20. Ele queria ser aprovado; nunca, porém, estudava.

21. O gelo, que é frio, conserva os alimentos.

22. O menino que estuda vence na vida.

23. O professor esqueceu-se da aula; o aluno, não.

24. O empresário chegou tarde à reunião.

25. O empresário, sempre atrasa-do, não foi à reunião.

26. Acaso queira ser feliz, ele deverá crer em si mesmo e em Deus.

27. O menino, na tarde de ontem, foi ao colégio.

28. O Brasil, terra do ouro e dos es-cravos, é um país rico.

29. Filho da rocha, ó marinheiro, vem!

30. O idioma, ou seja, a língua e suas nuanças, é algo muito belo.

31. Aos filhos, devo-lhes minha vida.32. O pai, o filho, a mãe e os irmãos

seguiam-lhe firmes os passos.33. O otimista distribui esperanças;

o pessimista, desgraças.34. Estudam, trabalham, divertem-

-se, e a vida passa.35. Angustiados, os jovens chegam

à adolescência.36. O homem esforça-se; o futuro,

porém, não o favorece.37. Ele estuda muito, pois seu futu-

ro é grande. 38. Ele trabalha e estuda. 39. Ele chegou, e logo saímos.40. A reunião, naquele dia, não foi

realizada.

QUESTÕES DE PROVAS:01. C02. D03. C04. A05. C06. C07. C08. E09. C10. D11. E12. B13. D14. A15. B

16. A17. A18. E19. C20. B21. D22. A23. E24. E25. C

PROVA COMPLETA:01. D02. C03. B04. E05. D06. C07. B08. A09. E10. A

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Salve!

Já se vão décadas desde que planejei uma obra em que eu pudesse explanar, com propriedade e completude, um método revolucionário que idealizei ainda no início de minha vida profissional para o ensino e a aprendizagem da Língua Portuguesa.

Há mais de 45 anos, quando iniciei minhas atividades no campo de Línguas, eu era, a bem da verdade, apaixonado pela Matemática e, mais ainda, pela Metodologia do Ensino da Matemática, disciplina magistralmente bem professorada em minha saudosa Escola Normal Rural Estrela da Manhã, em Estrela, Rio Grande do Sul.

Ao sair de lá, professor formado, passava horas e horas pensando: não será possível desenvolver uma metodologia tão produtiva, sequencial, reflexiva e lógica também para o ensino do Português? Mal eu imaginava ser viável tal intento e, menos ainda, que eu seria o autor de tal façanha.

Ao cabo de uma década de resultados pífios, tentando ensinar nosso idioma “como nos velhos tempos”, rebelei-me contra os métodos tradicionais de ensino, contra o material didático disponível e contra a metodologia, centenária e antididática, de explanar os conteúdos a partir de listas e de regras rígidas, como se o conhecimento fossem bananas para serem encaixotadas.

Foi a partir desse verdadeiro “chute no balde” que meus horizontes se abriram para um mundo mais inteligente, mais amplo, mais alegre e mais feliz de ver a cultura e de exercer, com mais qualidade, meu mister.

Passei a ver, desde então, que, em Língua Portuguesa, nada era e, ao mesmo tempo, tudo poderia vir a ser. Abandonei, com isso, a rigidez das regras gramaticais, das listas disso e daquilo, emergi do lodo intelectual e passei a planar em ares mais amenos, em brisas mais suaves, em altiplanos enormes, que me permitiram ver os conteúdos idiomáticos sequenciais, reflexivos e lógicos.

Confesso: minha vida de professor transformou-se radical e totalmente. Veio, a partir daí, o reconhecimento, a admiração, a quase idolatria, a felicidade docente-discente recíproca.

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Passei a organizar meus próprios materiais didáticos e criei o método matemático-linguístico, desde cedo idealizado, que ponho em prática até hoje e que, com a alma transbordando felicidade, acabo de registrar também por escrito, como um legado ao próprio idioma e às gerações futuras.

Quanto a meus parceiros de viagem, pego-me a pensar: quantos, lá, bem no início, quando tudo parecia distante, trabalhoso e quase irrealizável, imaginavam estar, hoje, concluindo essa magnífica caminhada? Imagino o espanto de alguns, a tranquilidade de outros e, quiçá, até a perplexidade de muitos. Mas, meus companheiros de escalada da Escada do Português Lógico, não é miragem, não. É a realidade de um sonho que ora se concretiza, materializando uma gigantesca aspiração.

Quando, na apresentação de meu Curso Completo, expus sua sequencialidade lógica, afirmando que os fonemas, mínimo do mínimo, eram representados pelas letras, as letras formavam as sílabas, as sílabas formavam os vocábulos, os vocábulos formavam as frases, as frases verbalizadas transformavam-se em orações, as orações formavam os períodos, os períodos formavam os parágrafos e os parágrafos formavam os textos, não se tratava de um devaneio tresloucado ou inconsequente, mas de uma certeza de que “querer, querendo mesmo, é poder”. E aí está a prova.

A todos nós, pois, parabéns: somos vencedores!

Prof. Ironi Andrade