apostila de estágio vi
TRANSCRIPT
APOSTILA DO ESTÁGIO VI
Rayssa Mendonça Vitorino – 9º SEMESTRE
ESTÁGIO VI
1
AV1
ESTÁGIO VI
2
CIRURGIA EXODONTIA COMPLICADA
o Princípios básicos:
Deve permitir livre acesso e boa visibilidade ao local cirúrgico
Deve expor totalmente a lesão
Incisões verticais não devem ser feitas sobre as eminências radiculares, pois devido
ao tecido fino, pode lacerar facilmente na hora da sutura
A base do retalho deve ser do mesmo tamanho (Ou maior) que sua margem livre,
devido ao maior suprimento sanguíneo
As incisões devem abranger o periósteo, já a divulsão deve evitar dilacerações do
mesmo.
o Tipos de retalho:
Retalho semilunar:
Forma de meia-lua com convexidade voltada para a coroa
Abrange apenas um dente
Executado acima da gengiva inserida
Previne recessão gengival
Vantagem
Desenho simples
Desvantagens:
Pouca visibilidade
Impossibilidade de ampliação
Retalho trapezoidal ou retangular (Neuman modificado):
Melhor para cirurgia parendodôntica
Há três incisões:
Uma horizontal (Feita no sulco gengival)
Duas verticais (Relaxantes)
Vantagens:
Excelente acesso cirúrgico
Fácil reposição para sutura
Nenhuma tensão do retalho antes e depois
Excelente suprimento sanguíneo
Cobre qualquer defeito periodontal
Desvantagens:
Ângulos agudos entre as incisões
Elevação inicial difícil (Periósteo aderente)
Leve reabsorção da crista óssea marginal
Retalho triangular (Neuman):
Melhor para região posterior
Há duas incisões:
Uma horizontal (Entre os sulcos)
Uma vertical (Paralela ao longo eixo do dente)
ESTÁGIO VI
3
Vantagens e desvantagens iguais ao do retalho de Neuman modificado
Retalho em concha:
Adaptação entre semi-lunar e trapezoidal
Indicado para dentes com restaurações protéticas em região horizontal
Há três incisões:
Uma horizontal (Na altura da gengiva inserida)
Duas verticais (Relaxantes)
É necessário pelo menos 4mm de gengiva inserida de boa qualidade para
evitar recessão
Desvantagem: Pode deixar cicatriz
Retalho palatino:
Indicado para cirurgias em pré e molares
Incisão intra-sulcular horizontal palatina
Pode-se fazer uma incisão relaxante entre o canino e o 1º pré (Zona neutra)
A extensão deve permitir acesso à patologia
Feixe neurovascular do forame palatino maior será protegido, causando menor
risco de hemorragia
Afastamento adequado com o afastador de minesota ou através de fio de
sutura presa em dente contra-lateral.
ESTÁGIO VI
4
CIRURGIA ACIDENTES E COMPLICAÇÕES
o Cuidados preventivos que devem ser tomados:
Planejamento pré-operatório
Seguir os princípios cirúrgicos básicos
Controlar a força para remoção do dente
Seguir princípios de assepsia, manuseio atraumático dos tecidos, hemostasia e
limpeza da ferida
o Acidentes e complicações:
Lesões de tecidos moles:
Laceração do retalho (Deve suturar)
Falta de planejamento
Manuseio incorreto
Perfuração tecidual pelos instrumentos (Normalmente não sutura)
Perfuração tecidual pela broca (Não suturar)
Abrasão (Não suturar)
Instrumentos rotatórios e afastadores
Fratura radicular
Complicação mais comum
Fatores predisponentes
Raízes longas, curvas e divergentes
Áreas de osso compacto
Prevenção
Técnica aberta
Osteotomia e odontossecção
Fratura de instrumentos
Mais comuns: Agulhas de anestesia, pontas de alavancas e brocas
Causas: Uso incorreto, instrumentos sem manutenção, força excessiva
Deslocamento radicular:
Seio maxilar
Fossa intratemporal
Espaço submandibular
Canal mandibular
Dente perdido na orofaringe:
Estimular o paciente a cuspir ou tossir
Sucção da orofaringe
Verificar se foi deglutido (Acompanhar por 3 a 4 dias) ou se foi para a árvore
respiratória – Encaminhar para o serviço de emergência
Lesões a dentes adjacentes
Fraturas de restaurações
Luxação de dentes vizinhos
Uso inadequado de alavancas
ESTÁGIO VI
5
Conduta: Imobilizar, tirar de oclusão e acompanhar
Extração de dente errado
Conduta: reimplantar, imobilizar e acompanhar
Avisar o profissional que encaminhou o paciente
Lesões a estruturas ósseas
Fraturas do processo alveolar (Geralmente por força excessiva)
Fraturas da tuberosidade maxilar (Complicação grave; Encaminhar para o
CTBMF; Separar o osso do dente, reposicioná-lo e suturar novamente; Tentar
extrair primeiramente a coroa e depois as raízes em outra sessão)
Fraturas de mandíbula (Complicação rara; Deve ser feita uma imobilização
provisória e encaminha para o CTBMF).
Prevenção: Exame clínico e radiográfico
Conduta:
Lesões a estruturas anatômicas adjacentes
Lesões de nervos:
Mais acometidos alveolar inferior, mentoniano, lingual (Difíceis de
recuperação), nasopalatino e bucal (Fácil recuperação)
Cuidados com incisões relaxantes
Tratamento: Expectante, medicamentoso, fisioterápico ou cirúrgico
Luxação da ATM:
Geralmente devido a exo de dentes posteriores
Pode ocorrer devido a máxima abertura bucal além do normal e forças
excessivas aplicadas
Tratamento: Redução imediata, imobilização e medicação
Comunicações bucossinusais
Pode evoluir para uma sinusite crônica ou para uma fístula buco-sinusal
crônica.
Em pequenas comunicações deve suturar o local, pedir para o paciente não
fazer pressões negativas (Sugar com canudo e assuar, por exemplo, essa é a
manobra de Vasalva), prescrever medicação antibiótica e algum
descongestionante nasal.
Em grandes comunicações, fazer preenchimento com retalhos para fechar a
abertura ou utilizar o tecido adiposo, prescrever medicação antibiótica e algum
descongestionante nasal.
Medicação antibiótica para ambos os casos:
Amoxicilina 500mg + Clavulonato de potássio 300mg
Amoxicilina 500mg + Metronidazol 250mg
Amoxicilina 500mg + Clavulonato de potássio 300mg + Metronidazol
250mg
Sangramento pós-operatório:
Pinçamento e ligadura de vasos
Esmagamento de vasos intra-ósseos
Compressão com gaze
Agentes hemostáticos dentro do alvéolo
ESTÁGIO VI
6
Infecção e atraso da cicatrização
Alveolite:
Perda do coágulo, alvéolo vazio com exposição óssea.
Dor intensa a partir do 3º e 4º dia de pós-operatório.
Dor e odor desagradável.
Tratamento:
Anestesia à distância (Ex: Não fazer bloqueio local, mas sim um
regional)
Irrigar com soro fisiológico
Promoção de um novo coágulo através de uma curetagem
Suturar
Fazer curativo com Alveolsan ou Alveolex
ESTÁGIO VI
7
CIRURGIA INFECÇÕES ODONTOGÊNICAS
o Princípios de tratamento:
Avaliação geral do paciente
Avaliar o estado dos mecanismos de defesa do paciente
Doenças não controladas
Doenças que causam supressão
Medicamentos supressores
Avaliar suas limitações profissionais em tratar o paciente (Encaminhar para o
CTBMF)
Infecção de progressão muito rápida
Dificuldade de respiração
Dificuldade de deglutição
Envolvimento dos espaços faciais
Febre elevada
Trismo acentuado
Aparência tóxica
Tratamento cirúrgico da infecção
Remover a causa (Exo) ou executar drenagem
Escolher e prescrever antibióticos apropriados
Quando NÃO usar:
Abcesso crônico bem localizado
Pequenos abcessos vestibulares
Alveolite
Pericoronarite leve
Administrar o antibiótico de maneira apropriada
Terapia de suporte para o paciente
Avaliar frequentemente o paciente
o Razões para o fracasso do tratamento:
Cirurgia inadequada
Comprometimento das defesas do hospedeiro
Presença de corpo estranho
Problemas com os antibióticos
o Outras infecções:
Fístulas
Angina de Ludwing
Complicação por via descendente. Acomete o espaço submentual, submandibulars e sublinguais bilateralmente. Aumento de volume endurecido simétrico e eritematoso na região cervical Febre alta Encaminhar paciente ao serviço médico com extrema urgência, pois se
demorar a ser tratado pode evoluir ao óbito.
ESTÁGIO VI
8
Tratamento: Eliminar a causa; Drenagem rápida; Manter as vias aéreas; Antibiótico EV
Mediastinite de origem odontogênica
Abcesso orbital
ESTÁGIO VI
9
CIRURGIA CIRURGIA PARENDODÔNTICA
o A terapia endodôntica visa o selamento hermético dos canais radiculares impedindo o
intercâmbio de líquidos oriundos dos tecidos perirradiculares ou da cavidade bucal, que poderiam comprometer o sucesso da terapia endodôntica.
o Sucesso do tratamento endodôntico: Eliminação dos conteúdos infectados do sistema de condutos radiculares Obturação do sistema de condutos radiculares Ausência de sintomatologia clínica Ausência de lesão periapical
o As cirurgias parendodônticas permitem solucionar a grande maioria dos quadros clínicos nos quais a conservação de dentes por tratamento feito pela via endodôntica não teve efeito.
o Conceito: “Conjunto de procedimentos que visam resolver complicações decorrentes de um tratamento de canal radicular ou seu insucesso, eliminando a lesão periapical existente e conservando o dente causador”.
o Tratamento ortógrado X Cirurgia Parendodôntica: Tratamento endodôntico convencional – Sucesso de 85 a 95% Retratamento endodôntico – Sucesso de 65 a 80% Cirurgia parendodôntica – Sucesso de 50 a 60% Endodontia convencional + Cirurgia – Sucesso de 95%
o Sequência de tratamento: 1º etapa: Tratamento Endodôntico 2º etapa: Retratamento endodôntico 3º etapa: 2º retratamento endodôntico ou cirurgia parendodôntica
o Indicações: Quando estão esgotadas as possibilidades de retratamento endodôntico pela via
convencional Presença de núcleos volumosos e grandes reabilitações protéticas Perfurações radiculares que não respondem ao tratamento conservador Iatrogenias ou acidentes ocorridos durante o tratamento endodôntico convencional
Presença de instrumentos rotatórios no conduto radicular Perfuração da raiz Falsa via endodôntica Obturação incorreta sem possibilidade de retirar o material Fragilidade dental e trabalhos protéticos Sobreinstrumentação ou sobreobturação Patologia periapical persistente (Deltas apicais)
Dificuldades anatômicas como dilacerações ou canais acessórios não obturados Tratamento de lesões refratárias Fraturas no 1/3 apical, associadas à rarefação óssea Reabsorção apical incontrolável ou com pericementite aguda e desconforto no pós-
operatório endodôntico Cirurgia em casos de anomalias anatômicas
Dens in dente Grande curvatura do ápice Anomalias radiculares Sulcos e invaginações contribuem para doença periodontal Risco de fraturas dentárias
ESTÁGIO VI
10
Extrusão dos ápices através das corticais Condutos acessórios não acessíveis
Cirurgia pela patogenia dentária Conduto obliterado por dentina secundária Ápices muito abertos Canais calcificados Processo patológico persistente
o Contra-indicações: Dentes com doença periodontal avançada, sem suporte ósseo adequado Presença de processo séptico agudo Oclusão traumática Ápices de difícil acesso cirúrgico Raízes curtas Risco de lesar estruturas anatômicas nobres Quando há comprometimento sistêmico Pacientes submetidos a radio ou quimioterapia (Esperar por 5 anos)
o Considerações Importantes: Considerações periodontais:
Cuidado com bolsas periodontais Evitar incisões gengivais Tratamento simultâneo
Considerações protéticas: Cuidado com a margem subgengival Evitar incisões gengivais sulculares
Considerações estéticas: Cicatriz da incisão Tatuagem por amálgama
o Princípios básicos dos retalhos cirúrgicos: Deve permitir livre acesso e boa visibilidade ao local cirúrgico Deve expor por inteiro a lesão patológica sem distender ou rasgar o tecido Deve proporcionar uma margem óssea sólida ao redor da lesão Deve ser feito em tecido sadio para evitar complicações periodontais na cicatrização Incisões verticais não devem ser feitas sobre as eminências radiculares, tecido fino
se rasga muito fácil quando vai suturar A base do retalho deve ser do mesmo tamanho ou mais ampla do que a sua
margem livre, para manutenção do suprimento sanguíneo As incisões devem abranger o periósteo, e a divulsão deve evitar dilacerações do
mesmo O mais atraumático possível. Injúrias que retardam a cicatrização como
esmagamento, dilacerações, danos isquêmicos e reposicionamento incorreto Após o deslocamento do retalho, instalar retratores com cuidado. Edemas e
equimoses resultam de esmagamentos do retalho. Nos casos em que a lesão patológica tenha perfurado a cortical, se unindo ao
periósteo, é necessária a dissecção do tecido com bisturi. Reaproximação precisa dos bordos da ferida. Observar nutrição sanguínea do retalho Osso descoberto leva a reabsorção Suturar retalho sobre osso sadio Buscar cicatrização de 1º intenção Não existe cura na presença de tecido patológico
ESTÁGIO VI
11
Ter cuidado com bolsas periodontais Evitar incisões sulculares Tatuagem por amálgama (É uma das desvantagens de utilizar esse material com
retro-obturador)
o Técnica Cirúrgica: Anestesia Incisão e retalho Descolamento Osteotomia Curetagem apical Apicectomia e preparo da retrocavidade Obturação retrógrada Limpeza, irrigação e remodelamento ósseo Sutura
o Tipos de retalhos: Retalho Semi-lunar (Partsch)
Forma de meia lua Convexidade voltada para coroa do dente Previne recessão gengival (Estético) Feita acima da gengiva inserida Vantagem: Ser feito um desenho simples Desvantagens: Pouca visibilidade da área
Retalho trapezoidal ou retangular (Newmann Modificado) É o mais preferido para C.P. 3 incisões: 1 horizontal (No sulco gengival) + 2 verticais (Dividem as papilas na
distal) Vantagens: Excelente acesso cirúrgico; Cobre qualquer defeito periodontal;
Fácil reposição e sutura Desvantagens: Leve reabsorção; Aderência ao periósteo; Ângulos agudos nas
incisões Retalho triangular (Newmann)
É o preferido das regiões posteriores Incisão é feita um dentes antes do que vai ser operado A incisão horizontal vai ser intra sulcular Vantagens e desvantagens iguais ao trapezoidal
Retalho em concha (Luebke-Ochsenbein ou Wassmund) Adaptação do semi-lunar e trapezoidal Indicado para restaurações protéticas, principalmente em região anterior É feito 1 incisão horizontal (4mm da gengiva inserida para evitar recessão
gengival) e duas relaxantes verticais Desvantagem: Pode deixar cicatriz hipertrófica
Retalho palatino: Feito em 2º e 3º pré e molares Incisão horizontal intra sulcular palatina Forame palatino maior deve ser protegido para evitar hemorragias
o Osteotomia para acesso ao ápice radicular: Radiografias para saber localização dos ápices radiculares Dependendo da extensão da lesão, há um abaulamento da cortical óssea ou mesmo
sua reabsorção Instrumentos afiados ajudarão na localização, porque a cortical estará fina
ESTÁGIO VI
12
Osteotomia: Cinzéis ou alta rotação + broca esférica Refrigeração com soro ou H2O destilada
o Modalidades cirúrgicas: Curetagem periapical:
Ele sendo como forma única de tratamento, é questionável Mais indicado para casos de extravasamento de material em que o dente tem
vitalidade e casos de pericementite apical aguda Deve ser realizado após a curetagem, uma plastia apical, com um cuidadoso
alisamento no ápice radicular Apicectomia:
É uma ressecção da porção apical da raiz A amputação do ápicel radicular elimina a possibilidade de lesões refratárias É feita com brocas de alta, entre 45º a 90º com o longo eixo da raiz Quanto maior a angulação na raiz, maior é quantidade de canalículos
dentinários expostos e, maior a permeabilidade do ápice radicular Deve irrigar bastante com soro fisiológico Indicações: Reabsorções do ápice; Perfurações; Fratura apical com necrose;
Rizogênese incompleta; Curvaturas, calcificações ou variações anatômicas Obturação retrógrada convencional:
Indicado quando não se tem certeza da qualidade do material utilizado após o T.E.C.
O preparo da cavidade lembra a Classe I de dentística Não pode ter menos que 2 a 3mm de profundidade Não execução da técnica, deve irrigar bastante Na inserção do material, recomenda-se secar com cones de papel absorvíveis
estéreis, fazer condensação e brunidura. Tratatamento endodôntico retrógrado:
O insucesso do tratamento endodôntico é condicionado à permanência de microrganismos nos interior do sistema de canais radiculares
Em algumas situações mesmo a apicectomia, retrocavidade e obturação retrógrada, não são suficientes para assegurar a eliminação das bactérias
Assim, o tratamento endodôntico retrógrado é necessário nos casos onde houve a impossibilidade do retratamento endodôntico ou quando não se tem certeza da qualidade do selamento apical
Ele deve abranger a área, desde o vértice do ápice radicular até o ponto onde houve a obstrução do canal radicular, no sentido ápico-coronal
Este passo pode ser executado manualmente com limas convencionais ou através de instrumentos ultra-sônicos
A obturação segue os passos da técnica convencional com o uso de guta-percha
Cirurgia com obturação simultânea e apicectomia
o Cuidados com o Ápice Radicular: A parte apical remanescente deve ser arredondada, eliminando os ângulos com o uso
de micro-limas ou limas periodontais delicadas As bordas da loja óssea são arredondadas com o uso de uma lima para osso com
irrigação e aspiração abundantes A loja cirúrgica é exaustivamente irrigada com solução fisiológica para a remoção de
espículas e fragmentos ósseos
o Reposicionamento do retalho e sutura:
ESTÁGIO VI
13
O retalho deve ser adequadamente reposicionado sobre a loja cirúrgica a fim de evitar recessões gengivais ou retardos no processo de reparo
Uma ligeira compressão com gaze pode ser feita para melhor adaptação dos retalhos e para garantir hemostasia
As suturas podem ser feitas com pontos interrompidos e fio de seda 3-0 ou 4-0 Devem iniciar pelos ângulos, seguir pela incisão horizontal e em seguida as verticais As papilas interdentárias podem ser suturadas com pontos interrompidos
o Materiais para obturação retrógrada: Amálgama de prata (Sem zinco) Cimentos a base de O.Z.E. IRM Guta percha termoplastificada Resinas compostas Cimento de ionômero de vidro Cianocrilato MTA Laser Nd:YAG (Bactericida + Alteração da estrutura dos túbulos dentinários)
o Complicações
o Insucesso na Cirurgia Parendodôntica
ESTÁGIO VI
14
DENTÍSTICA RESTAURAÇÕES EM RESINA COMPOSTA
o Características da Resina Composta:
É um material plástico Indicado para restaurações diretas É semi-permanente
o A Resina Composta tem sua estrutura formada por vários componentes: Matriz orgânica:
Formada pelos monômeros resinosos BIS-GMA, UDMA (Foram os primeiros a serem desenvolvidos, logo, é muito viscoso; Para restauração em dentes posteriores, o ideal é que o material seja mais viscoso, pois ele promove ao material maior resistência e menor contração de polimerização), TEG-DMA (Utilizado para diminuir a viscosidade de outros monômeros como o BIS-GMA; Serve para compensar o alto peso molecular, a capacidade de polimerização e a contração das cadeias quando são ligadas entre si e serve também para controlar a viscosidade), entre outros monômeros.
Essa fase é responsável pelas propriedades negativas das Resinas Compostas devido à contração de polimerização, sorção em água, alto coeficiente de expansão térmica linear e pelo desgaste.
OBS: Foi introduzido no mercado um novo componente orgânico, o silorano, que tem a capacidade de contrair menor de 1% durante a fase de presa do material e isso é uma grande inovação para a Odontologia Restauradora.
Carga inorgânica: Essa fase é formada por partículas de vidro, quartzo e/ou sílica, presente em
diferentes formas e tamanhos. O tipo e a quantidade de partícula inorgânica estão diretamente ligados às
propriedades finais do material. Mesmo sendo componentes inertes são responsáveis pela melhoria das características das resinas.
Agente de união (Silano): As cargas inorgânicas não possuem adesão à matriz orgânica. Por esta razão,
durante o processo de fabricação, as partículas de carga são cobertas por um agente de união, como o silano.
Silano é um material anfótero, pois é uma molécula bifuncional, capaz de unir dois materiais diferentes, tanto a carga inorgânica como a matriz inorgânica.
Sistema acelerador-iniciador: É o mecanismo responsável pela polimerização dos compósitos. Pode ocorrer através de um processo químico (O peróxido de benzoíla é o
iniciador) ou por fotopolimerização (A canforoquinona é o iniciador).
o Fases da polimerização: Fase pré-gel: Fase inicial onde a resina sofre deformação devido a grande
mobilidade que as moléculas apresentam. Tal deformação dissipa as tensões decorrentes da contração.
Ponto gel: Fim do reposicionamento molecular. Fase pós-gel: Onde toda contração é acompanhada de estresse.
o Classificação dos compósitos: Macroparticulada:
Difícil de polir
ESTÁGIO VI
15
Alta rugosidade Favorece ao manchamento Desgaste prematuro Favorece a retenção de placa bacteriana Tamanho das partículas 1 a 5 nanômetros. Maior resistência física, porém elas se desprendem da “massa” da resina e
deixam crateras que promovem depósito de microrganismos. Possui alta rugosidade superficial e péssimo polimento.
Microparticulada: Boa lisura superficial após o polimento Baixa resistência Contra-indicada para dentes posteriores, devido às regiões com cargas
oclusais Indicada para Classe III, IV, V e para cicatrículas e fissuras Tamanho das partículas 0,02 a 0,07 nanômetros. Menores do que as macroparticuladas. Por serem moléculas pequenas e
regulares, elas não resistem aos esforços mastigatórios, assim ela tem baixa resistência mecânica e é indicada para dentes anteriores, pois permite melhor acabamento e polimento quando comparada às macroparticuladas.
Híbrida: Lisura superficial aceitável Alta resistência Indicada tanto para dentes anteriores quanto para posteriores Tamanho das partículas 0,04 a 6 nanômetros. Tem caráter universal, pois é indicada tanto para posterior quanto para
anterior. Microhíbrida:
Lisura superficial aceitável Alta resistência Indicada tanto para dentes anteriores quanto para posteriores Tamanho das partículas 0,04 a 1 nanômetro. Tem caráter universal, pois é indicada tanto para posterior quanto para
anterior, porém tem mais vantagens estéticas quando comparadas às híbridas. Nanoparticulada:
É utilizada uma nova tecnologia, denominada nanotecnologia. Alta resistência Boa lisura superficial É um aglomerado nanomérico, possui melhor contração, é mais fluida, tem
excelente polimento, lisura superficial e manutenção do brilho.
o Outras classificações: Cerômeros:
Poliglass: Foi feita a inclusão de monômeros acrilatos multifuncionais que mostram alto grau de conversão. Na fase inorgânica a incorporação de vários vidros (Ba, Al, B, F, Si e outros).
Cerômeros: Apresenta um sistema de catalizadores que promovem uma polimerização mais homogênea.
Ormocer: Apresenta fase orgânica/inorgânica de polisiloxano cerâmico (SiO4). Segundo o fabricante não apresenta monômeros residuais e contração menor.
Policarbonato:
ESTÁGIO VI
16
Apresenta fase orgânica com BIS-GMA e o PCDMA Resinas inteligentes Viscosidade:
Flow
o Fotoativação: Luz halógena: Os primeiros aparelhos utilizavam a radiação ultravioleta, sendo
substituída pela luza visível (Espectro azul). A vantagem é a maior profundidade de polimerização em um tempo mais curto.
Vantagens da fotoativação: Menor porosidades (Sem incorporação) Maior tempo de trabalho Menor tempo de presa Caracterização das restaurações Menor quantidade de excessos
Deve ser levado em consideração: A profundidade da polimerização O tempo de radiação A intensidade da fonte A distância da ponta emissora A cor do material
Técnicas de fotoativação para a luz halógena: Contínua:
Intensidade constante 800mW/cm2 Potência máxima do aparelho 20 a 40s Não estende a fase pré-gel Gera um maior estresse na interface adesiva
Contínua melhorada: acima de 1000mW/cm2 Escalonada (Step):
Dois tempos (Um de baixa e outro de alta intensidade) Tempos pré-definidos pelo aparelho Gera um menor estresse na interface adesiva
Progressiva: Começa de baixa e vai crescendo a intensidade Tempos pré-definidos pelo aparelho Gera um menor estresse na interface adesiva
Pulsátil: Alterna a baixa e alta intensidade Cada incremento é fotopolimerizado por 5s em baixa potência Banho de luz ao fim da restauração de 1min por face, em potência
máxima Técnica que gera o menor estresse de contração de polimerização e
melhor adaptação marginal Técnica que tem sido mais indicada pela literatura
o Fotoativação a LED e suas características: Apresentam economia de luz Baixa formação de calor Longa durabilidade Intensidade de luz constantes Incompatível com sistemas que utilizam iniciadores como oPPD e a lucerina.
Essas técnicas visam prolongar a fase pré-gel para promover uma melhor acomodação da
resina.
ESTÁGIO VI
17
o Contração de polimerização: Apesar de toda evolução, as resinas contraem até 7% em volume, o que pode gerar
um gap (Fendas). Gerando sensibilidade, manchamento e recidivas. Contração x Módulo de elasticidade do compósito: Quanto maior o módulo de
elasticidade, mais rígido é o material, maior a transmissão das tensões oriundas da contração.
Outro aspecto é o tipo de cavidade, assim foi criado o fator C. Fator C = nº de paredes aderidas
nº de paredes livres Quanto maior o fator C, maior o estresse gerado.
o Alternativas para evitar a contração de polimerização: Técnica incremental: Incrementos inferiores a 2mm Quanto menos contato dos incrementos com as paredes da cavidade é melhor,
porque permite que o material se contraia e não se destaque das paredes.
o Propriedades da Resina Composta: Conteúdo de partículas inorgânicas:
Quanto maior a quantidade de partículas inorgânicas, menor a contração de polimerização, sorção de água e resistência ao desgaste, por outro lado mais difícil será o polimento.
Estabilidade de cor: Maior estabilidade de cor em relação às resinas acrílicas.
Propriedade Mecânica: diretamente relacionado com: Percentual de carga (Fratura friável) Tipo de carga Eficácia do agente de ligação Porosidade do material (Menor a porosidade, maior a resistência. RC são
pouco porosas).
o Grau de conversão: 65 – 68 – 70% dos monômeros se ligam entre si, pois parte do material não se liga
ao outro. Quanto maior o percentual, mais vantajoso, pois ela fica mais rígida passando a ter
mais resistência.
o Quais as principais implicações das contrações de polimerização dos materiais resinosos nos elementos dentários?
Falhas adesivas Microinfiltrações Falta de adaptação Margem de pigmentação Trincas Sensibilidade pós-operatória
o Sensibilidade é o maior problema relatado pelos pacientes submetidos à restauração com RC. Isso ocorre por que:
Não houve uma adequada fotoativação (Acima de 3 cm longe do local a ser fotoativado, cai 90% a quantidade de energia necessária para garantir uma boa conversão dos monômeros em polímeros).
Não houve um adequado controle de evaporação do sistema adesivo. Houve falta de inserção incremental. Erro na escolha do material condizente com a cavidade.
o Há dois materiais com mesmo tamanho de partículas, porém um possui 35% de carga inorgânica e outro com 65%. Qual deles se contrai mais?
ESTÁGIO VI
18
O de 35%, pois possui maior quantidade de matriz orgânica. Entretanto, o de 65% pode ter melhor acabamento e lisura e tem maior fluidez.
o As cores das resinas são classificadas com base em três dimensões: Matiz: É o que distingue uma família de cor de outra. Exemplo: Vermelho de
amarelo, verde de azul. Croma: Característica que descreve a saturação ou intensidade de um determinado
matiz. Nos dentes naturais, o croma é a característica relacionada essencialmente à dentina. O esmalte age como um filtro, atenuando a percepção da cor dentinária. O croma aumenta de forma progressiva na medida em que a espessura de esmalte diminui.
Valor: Representa a luminosidade da cor. É a qualidade pela qual distinguimos uma cor clara de uma cor escura. O valor está relacionado à quantidade de pigmento branco existente. Quanto mais branco o objeto, maior será o valor, pois uma maior quantidade de luz será refletida.
o Efeitos ópticos das resinas: Translucidez e Opacidade: Efeito que mede a quantidade de luz que passa pelo
objeto. Fluorescência: Característica natural da dentina. Sob luz de baixo comprimento de
onda, o dente reflete cor azul claro ou branco intenso. Opalescência: Sob luz de alto comprimento de onda, o esmalte reflete luz cinza
azulado.
o Restaurações em Resinas Compostas para Dentes Anteriores: Cavidades menores Fator C mais favorável Maior influência dos iluminantes Maior exigência estética Confecção de bisel:
Aumento da área de esmalte no ângulo cavo-superficial Proporciona uma melhor estética A extensão deve ser de cerca de 0,5mm do limite de esmalte sadio Apenas na vestibular
o Restaurações em Resinas Compostas para Dentes Posteriores: Desgaste de superfície Contato proximal deficitário Contorno anatômico complexo Sensibilidade pós-operatória Infiltração marginal Técnica sensível Durabilidade questionável A única resina não-indicada para dentes posteriores são as resinas
microparticuladas.
o Uso de cunhas e matrizes: Conferem à cavidade o contorno correto da porção proximal da restauração. Utilizada para não deixar excessos interproximais
o Acabamento e polimento: Pontas diamantadas F e FF Pontas multilaminadas Borrachas abrasivas Discos e lixas Pastas de polimento, discos de feltro e escovas de robinson
ESTÁGIO VI
19
PASSO-A-PASSO DA RESTAURAÇÃO DE RESINA COMPOSTA CLASSE I e V 1. Profilaxia (Com escova de Robinson e pasta profilática) no arco a ser executada a restauração 2. Seleção de cor 3. Anestesia 4. Isolamento absoluto do campo operatório 5. Confecção de preparo cavitário de Classe I com profundidade média (Cerca de 1 ½ diâmetro da ponta diamantada 1014) 6. Realizar o condicionamento do esmalte com ácido fosfórico a 37% por 15 segundos iniciais, seguido do condicionamento
da dentina por 15 segundos. Tempo total do condicionamento no esmalte: 30 segundos; da dentina: 15 segundos. Em seguida lava-se a cavidade com spray água/ar por pelo menos 60 segundos. Seca-se o esmalte com jatos de ar, protegendo a dentina com bolinha de algodão. Absorve-se a umidade da dentina com bolinhas de algodão ou papel filtro sem, no entanto, desidratá-la
7. Aplicação do adesivo e fotoativação por 20 segundos 8. Inserção de resina composta em incrementos de até 2 mm na base de cúspide unindo o menor número de paredes
cincundantes possível (Evita-se o fator C) e fotoativação por 40 segundos cada incremento 9. Nos últimos incrementos observar a escultura da anatomia oclusal do dente em questão 10. Terminada a restauração remove-se o(s) grampo(s), as amarrias, dique de borracha e arco.
PASSO-A-PASSO DA RESTAURAÇÃO DE RESINA COMPOSTA CLASSE II 1. Profilaxia (Com escova de Robinson e pasta profilática) no arco a ser executada a restauração
2. Seleção de cor
3. Anestesia
4. Confecção de preparo cavitário de Classe II com profundidade média (Cerca de 1 ½ diâmetro da ponta diamantada 1014) na oclusal, e na(s) caixa(s) proximal(is) com ponta diamantada 1092. Observar a proteção do dente adjacente com matriz metálica durante o preparo cavitário
5. Com o dente adjacente protegido, realiza-se condicionamento de todo o esmalte com ácido fosfórico a 37% por 15 segundos iniciais, seguido do condicionamento da dentina por mais 15 segundos. Tempo total do condicionamento no esmalte: 30 segundos; Em seguida enxágue com spray água/ar por pelo menos 60 segundos. Seca-se o esmalte com jatos de ar, protegendo a dentina com bolinha de algodão. Absorve-se a umidade da dentina com bolinhas de algodão ou papel filtro sem, no entanto, desidratá-la
6. Aplicação do adesivo e fotoativação por 20 segundos
7. Remoção da proteção metálica dos dentes adjacentes
8. Instalação do sistema matriz/cunha selecionado no dente a ser restaurado (Ex.: Unimatrix; Tofflemire; cunhas translúcidas)
9. Inserção de resina composta em incrementos oblíquos na(s) caixa(s) proximal(is) de até 2 mm e fotoativação por 40 s cada incremento. Após preenchimento da(s) proximal(is), inicia-se a inserção de resina na caixa oclusal na base de cúspide unindo o menor número de paredes cincundantes possível (Evita-se o fator C), e fotoativação por 40 segundos cada incremento
10. Nos últimos incrementos observar a escultura da anatomia oclusal do dente em questão
11. Terminada a restauração remove-se o(s) grampo(s), as amarrias, dique de borracha e arco.
PASSO-A-PASSO DA RESTAURAÇÃO DE RESINA COMPOSTA CLASSE III e IV
1. Profilaxia dos dentes anteriores envolvidos no isolamento
2. Realizar a seleção de cor com o auxílio de escala de cor (Aplicar uma pequena bolinha de resina no terço médio da face vestibular do dente a ser restaurado e fotoativar para checar se realmente a cor esta compatível com o dente a ser restaurado. Em caso de n egativa
repetir a etapa anterior). Isolar os dentes anteriores e proteger o dente vizinho com matriz de aço e cunha de madeira. Confeccionar o preparo utilizando uma ponta diamantada esférica compatível com o tamanho da cavidade e dente a ser restaurado (1013; 1014). Confeccionar bizel sobre o cavo superficial com extensão compatível com o tamanho do preparo (2,0mm) utilizando ponta diamantada
afiladas ou e forma de chama posicionada 45º em relação a vestibular do dente.
3. Posicionar fita de poliéster e cunha de madeira no espaço interproximal para proteger o dente vizinho do condicionamento ácido. Aplicar o ácido nas margens de esmalte, aguardar 15s e aplicar na dentina, aguardar mais 15s e lavar com spray de ar e água. Remover o excesso
de água e secar a cavidade com auxílio de círculos de papel absorvente.
4. Remover a tira de poliéster e recolocar a cunha de madeira para aplicação do primer/adesivo com o auxilio de um microbrush. Leve jato
de ar a distância (evaporação do solvente) e fotoativação por 20s.Recolocar tira de poliéster e aplicar o primeiro incremento de resina reconstituindo o esmalte palatino. Para tanto deve-se aplicar leve pressão com o dedo a tira de poliéster por palatina para uma perfeita adaptação da mesma ao cavo superficial do preparo. Fotoativar por 40s.
5. Aplicar o segundo incremento de resina reconstituindo o esmalte proximal e fotoativar por 40s. Remover a tira de poliéster e cunha de madeira. Aplica o terceiro incremento de resina reconstituindo a dentina lembrando de deixar espaço para o último incremento de resina de esmalte que ira recompor a anatomia vestibular do dente. Neste momento podemos utilizar pincel pêlo de Marta 00 e/ou espát ulas de
silicone (TDV) para acomodar e dar lisura superficial a resina e fotoativar por 40s. Realizar acabamento com tiras de lixa para resina e pontas diamantadas afiladas e em forma de chama de acabamento ultrafino onde e quando necessário.
ESTÁGIO VI
20
DENTÍSTICA PROTEÇÃO DO COMPLEXO DENTINA-POLPA
o Dentina X Polpa:
O conjunto esmalte e dentina é a estrutura responsável pela proteção biológica da polpa.
Ao mesmo tempo estes tecidos se protegem mutuamente. O esmalte é um tecido duro (98% mineral), resistente ao desgaste, impermeável e
bom isolante elétrico. O esmalte protege a dentina que é permeável, pouco resistente ao desgaste e boa
condutora de eletricidade. A dentina, graças à sua resiliência, protege o esmalte que pela sua dureza e alto
grau de mineralização, é extremamente friável. o Dentina:
Tipos de dentina: Dentina primária:
Mais superficial Produzida por odontoblastos Túbulos bem organizados, regulares e paralelos entre si Bem mais permeável
Dentina secundária: Produzida por odontoblastos através de estímulos fisiológicos
(Alimentação, mudanças de temperatura, etc) Responsável pela diminuição da câmera pulpar Túbulos mais tortuosos e de menor densidade em relação a dentina
primária. Dentina terciária:
É produzida através de estímulos patológicos, diante de uma agressão. É menos mineralizada e extremamente porosa Produção rápida gera a dentina reparadora e a lenta gera a reacional É menos mineralizada e extremamente porosa
Existe também a dentina esclerosada, que é associada ao envelhecimento.
o Tecido pulpar: A polpa dentária é um tecido conjuntivo altamente diferenciado, ricamente inervado,
vascularizado e, consequentemente, responsável pela vitalidade do dente. As características da polpa dentária são produzir dentina e alertar, por meio da dor,
qualquer injúria ao elemento dentário. A polpa proporciona nutrição à dentina através dos prolongamentos odontoblásticos. Quando a polpa é sujeita a injúria ou irritações mecânicas, térmicas, químicas ou
bacterianas, desencadeia uma reação efetiva de defesa. Essa reação defensiva é caracterizada pela formação de dentina reparadora (Injúria
menor) ou por uma reação inflamatória (Injúria maior). Sempre que um dente tenha necessidade de ser restaurado é necessário que a
vitalidade pulpar seja preservada por meio de adequada proteção. As proteções do complexo dentinho-pulpar consistem da aplicação de agentes
protetores. Funções da polpa:
Formativa
ESTÁGIO VI
21
Nutritiva Sensorial Defesa
o A permeabilidade dentinária varia: Idade do dente Grau de mineralização dos túbulos Modificações teciduais da dentina Localização na própria dentina Razão entre os túbulos e a dentina intertubular Presença de qualquer substância capaz de alterar a condutividade de fluidos através
dos túbulos o Proteção do complexo dentinho-pulpar:
Idade do paciente, condição pulpar e profundidade da cavidade são aspectos que devem ser considerados ao realizar a proteção.
Existem duas técnicas distintas que podem ser utilizadas na proteção do complexo dentinho-pulpar: Proteções indiretas: Aplicação de agentes seladores, forradores e/ou bases
protetoras nas paredes cavitárias. Manter a vitalidade pulpar Inibir o processo carioso Reduzir a microinfiltração Estimular a formação de dentina reparadora
Proteções diretas: Aplicação de um agente protetor diretamente sobre o tecido pulpar exposto.
Manter a vitalidade pulpar Promover o restabelecimento da polpa Estimular a formação de dentina reparadora
o Um material protetor será considerado ideal se tiver as seguintes características: Ser um bom isolante térmico e elétrico Ser bactericida e bacteriostático Ter adesão à estrutura dentária e melhorar vedamento marginal Estimular a formação de dentina reparadora e/ou reacional Evitar infiltração de elementos tóxicos dos materiais restauradores Produzir analgesia e ser biocompatível
o Agentes protetores utilizados: Vernizes cavitários:
São compostos à base de resina dissolvida em clorofórmio, éter ou acetona O solvente evapora-se rapidamente, deixando uma película forradora que veda
com eficiência a superfície dentinária. Funções de diminuir a infiltração marginal e evitar o escurecimento da
estrutura dentária Hidróxido de cálcio:
Bastante difundidos e muito utilizados Comprovada propriedade de estimular a formação de dentina reparadora e
esclerótica Hemostático Possui pH alcalino, logo neutraliza a acidez da cavidade É biocompatível, bacteriostático e anti-bacteriana Pode ser utilizado nas seguintes formas de apresentação:
ESTÁGIO VI
22
Solução de hidróxido de cálcio:
Solução de hidróxido de cálcio P.A. em água destilada, numa concentração de aproximadamente 0,2%
Conhecido também como água de hidróxido de cálcio.
Atua como hemostático nos casos de exposição pulpar. Hidróxido de cálcio pró-análise (P.A.):
Hidróxido de cálcio em pó.
Utilizado quando ocorre exposição pulpar acidental. Cimentos de hidróxido de cálcio:
Apresentam relativa dureza e resistência mecânica
Apresentam-se em forma de suas pastas, uma base e outra catalisadora
A pasta base é constituída por dióxido de titânio em glicol salicilato, com um pigmento
A pasta catalisadora é composta de hidróxido de cálcio, óxido de zinco em etiltolueno sulfonamida
Propriedades inadequadas: Falta de adesão micromecânica ou química com a dentina; Não co-polimerização com os materiais restauradores resinosos; Elevada solubilidade em meio aquoso; Baixa resistência mecânica; Limitada atividade antibacteriana.
Cimentos dentários: Os cimentos dentários possuem as mais diferentes composições e
comportamentos físicos e biológicos Os mais utilizados em forramentos e proteção são:
Fosfato de zinco:
Não apresenta adesão à estrutura dentária
Altamente solúvel
Pode promover irritação pulpar devido ao seu pH ácido
Bom isolante eletro-térmico Óxido de zinco e eugenol:
Apresenta efeito terapêutico sobre a polpa
Baixa resistência mecânica
Péssima adesividade à estrutura dental
Inibe a polimerização das resinas compostas e adesivos dentinários
Ionômero de vidro:
Adesividade às estruturas dentárias por quelação
Promove a remineralização pela liberação de flúor
Coeficiente de expansão térmica-linear próximo ao da dentina
Biocompatível
Excelente resistência como protetor e/ou forrador
Indicações: Proteção pulpar; Adequação do meio bucal; ART; Restaurações em dentes decíduos e permanentes; Agente cimentante; Selamento de cicatrizes e fissuras.
Adesivos dentinários: Utilizados, em proteção pulpar, como selante cavitário Excelente adesão à estrutura dental Seu monômero residual é irritante à polpa Deve ser utilizado após a aplicação de um ácido fosfórico
ESTÁGIO VI
23
o Cavidades e suas proteções: Cavidades superficiais: Não se aplica nenhum tipo de proteção pulpar, apenas o
material restaurador. Cavidades raras: Não se aplica nenhum tipo de proteção pulpar, apenas o material
restaurador. Cavidades médias: Cavidades com mais de 1mm e menos de 2mm de estrutura
remanescene entre o assoalho e a polpa. Restaurações em resina composta: Adesivo dentinário Restaurações em amálgama: Verniz cavitário
Cavidades profundas: Cavidades com mais de 0,5mm e menos de 1mm de estrutura remanescente entre o assoalho e a polpa. Restaurações em resina composta: CIV e adesivo dentinário Restaurações em amálgama: IRM e verniz cavitário
Cavidades muito profundas: Cavidades com menos de 0,5mm de estrutura remanescente entre o assoalho e a polpa. Restaurações em resina composta: pasta de HCa, CIV e adesivo dentinário Restaurações em amálgama: pasta HCa, IRM e verniz cavitário
Cavidades muito profundas onde a polpa é exposta: Restaurações em resina composta: pó de HCa P.A., CIV e adesivo dentinário Restaurações em amálgama: pó de HCa P.A., IRM e verniz cavitário CAPEAMENTO PULPAR DIRETO
o Tratamento conservador da polpa: Capeamento pulpar direto:
Passo-a-passo: Limpeza com solução de Ca(OH)2 Aplica-se primeiramente o otosporin, logo depois o pó/pasta de
hidróxido de cálcio e depois o cimento de hidróxido de cálcio. Restauração provisória (CIV) ou imediata (Resina/amálgama)
Parâmetros para indicação: Exposição acidental Polpa não contaminada Sangramento que não seja abundante Isolamento absoluto Idade do dente pós-erupção
Capeamento pulpar indireto ou Tratamento expectante: Proteção indireta que consiste na aplicação de materiais com propriedades de
estimular a formação de dentina reacional e/ou esclerótica; Reduzir a microinfiltração; Mantem a vitalidade pulpar; Inativar as bactérias; Bloquear agressões à polpa
A dentina necrótica e a infectada devem ser removidas, preservando a dentina afetada.
O objetivo é promover a recuperação da polpa em fase reversível e remineralizar a dentina.
Utiliza-se cimento de HCa e CIV Evitar o uso de materiais que contenham eugenol, por seu poder de irritação à
polpa. O tratamento restaurador definitivo deverá ser realizado entre 45 e 120 dias
após o tratamento expectante. Remover o cimento temporário e a dentina que não foi remineralizada. Proceder como uma cavidade muito profunda.
ESTÁGIO VI
24
Passo-a-passo: Limpar com solução de Ca(OH)2 Aplicar pó/pasta de Ca(OH)2 Restaurar provisoriamente com CIV Retornar com 45-60 dias Fazer nova abertura, remover toda dentina, proteção pulpar e restaurar
definitivamente. Curetagem pulpar:
Remoção parcial da polpa coronária. Pulpotomia:
Remoção total da polpa coronária.
o Proteção X Base: Proteção ou forramento: Obliteração dos túbulos e isolamento termo-químico-
elétrico do complexo dentino-pulpar. Finas camadas.
Base: “Dentina artificial” em cavidades profundas. Camadas mais espessas.
ESTÁGIO VI
25
DENTÍSTICA PLANO DE TRATAMENTO INTEGRADO
o O diagnóstico é um processo que se inicia quando o paciente adentra o consultório, com sua
queixa principal e jamais se esgota no primeiro contato.
o Avaliação: Dados biográficos Queixa principal História da queixa principal História médica Antecedentes médicos sociais e familiares Revisão dos sistemas Exame físico Exames laboratoriais e de imagem
o Prevenção: Avaliação das condições pré-existentes e conhecimento da história prévia Consequências: Modificação ou não da conduta e ganho de tempo em caso de
urgências e emergências Assistir o paciente globalmente e não somente nas suas áreas enfermas
o Paradigma de promoção de saúde: Controle de atividade de cárie Controle dos fatores etiológicos e determinantes Controle de higiene (Biofilme) Aconselhamento de dieta Aplicação tópica de flúor Monitoramento do paciente
o Como fazer? Identificar Dignosticar Planejar Tratar Manter
o Plano de tratamento individualizado: Urgências:
Dor Estética fundamental Traumatismos Lesões com envolvimento sistêmico
Controle da atividade de doença: Controle da doença periodontal
Orientação ao paciente Remoção de cálculos Remoção de resto residual
Controle da cárie Aplicações de flúor
Cirurgias Endodontias Tratamento restaurador / Protético Reavaliação do paciente e proservação
ESTÁGIO VI
26
DENTÍSTICA CLAREAMENTO DENTAL
o É o tratamento por meio do qual procura-se clarear dentes com alteração de cor, através da utilização de agentes clareadores oxidantes, deixando-os mais claros.
o Técnica que visa clareamento dos dentes através de reações químicas ou mecânicas.
o Etiologia das alterações cromáticas – Tipos de manchas: Fatores extrínsecos: Manchas extrínsecas (Mais fáceis) Fatores intrínsecos: Manchas intrínsecas (Mais difíceis)
o Manchas extrínsecas: Pigmentos que aderem à superfície dental ou à película adquirida (Chá, café, fumo,
bactérias cromogênicas, etc) Depósito ou elaboração de substâncias através de defeitos no esmalte ou dentina,
quando exposta. Fatores causadores:
Acúmulo de placa e tártaro Cárie, manchamento na interface dente/restauração Bebidas e alimentos corantes Cigarro Bactérias cromógenas
Respondem bem a profilaxia com jato abrasivo ou ultra-som.
o Manchas intrínsecas: Quando o pigmento se localiza no íntimo da estrutura dental Tipo:
Congênita: A alteração ocorre no momento da formação do dente. Dentinogênese imperfeita: É uma alteração de desenvolvimento na
estrutura de esmalte e dentina. Amelogênese imperfeita: É uma alteração de desenvolvimento na
estrutura de esmalte e dentina. Os dentes com alteração estrutural e mostram-se opalescentes com uma tonalidade que pode variar do cinza, marrom ou amarelo-marrom; Tratamento: Restaurador.
Hipoplasia do esmalte: É uma redução na espessura ou quantidade de esmalte formado; Tratamento: Microabrasão + restauração; Acomete terço médio.
Fluorose: A alta concentração de flúor causa alteração metabólica nos ameloblastos, que resulta em uma matriz defeituosa e em calcificação inadequada; Tratamento: Clareamento dental (Leve)
Microabrasão (Moderada)
Restaurador (Severa)
Hepatite neonatal Doenças sistêmicas Tetraciclina ou derivados: Quelação do cálcio pela tetraciclina, que se
incorpora ao hidroxiapatita Adquirida:
Icterícia grave Eritroblastose fetal Tetraciclinas: Moléculas do antibiótico são incorporadas na dentina
durante a calcificação do dente. Ocorre entre o 2º trimestre de gravidez até os 8 anos de idade; Tratamento: Grau I - Clareamento
Grau II – Clareamento ou restaurador Grau III - Restaurador
Pré-eruptiva
ESTÁGIO VI
27
Traumatismos: Eritrócitos que penetram nos túbulos dentinários sofrem hemólise, liberando hemoglobina que degradam-se em ferro que combina-se com sulfereto de hidrogênio, formando a coloração escura. Tratamento: Clareamento dental.
Impregnações metálicas Tratamento endodôntico incorreto: Restos necróticos deixados na
câmara pulpar e excessos de cimentos obturadores podem levar ao escurecimento dental. Tratamento: Clareamento dental.
Envelhecimento dental
o Quais os agentes clareadores? Icterícia Hipoplasia Fluorose Eritoblastose Envelhecimento dental Tetraciclina tipo 1 e 2 Traumatismo
o Indicações: Dentes que apresentem coloração amarelada ou escurecida Dentes com manchamentos superficiais (Manchas extrínsecas) Dentes que apresentam manchamentos por tetraciclina grau I e II Alterações cromáticas relacionadas ao envelhecimento dentário, traumatismo dental
ou necrose pulpar Dentes com alteração intrínseca da cor, provocada por sarampo, febre reumática,
porfiria congênita, eritroblastose fetal e escarlatina.
o Classificação: Quanto à condição do dente:
Vital Não vital
Quanto à técnica: Clareamento vital caseiro: Moldeira + Bancada (Over-the-counter) Clareamento vital em consultório Associação caseiro/consultório Clareamento não vital (Mediato e imediato)
o Agentes clareadores: Peróxido de carbamida: Concentrações de 10 a 22% para técnica caseira em dentes
vitais e, 35 a 37% para clareamento em consultório (Vitais). Peróxido de hidrogênio: Concentrações de 1,5 a 7,5% para técnica caseira em
dentes vitais e, 35 a 37% para consultório em dentes vitais e não-vitais. Perborato de sódio: Apresentado na forma de pó e usado em associação com água
ou peróxido de hidrogênio em clareamento de dentes não-vitais.
o Mecanismo de ação dos agentes clareadores de dentes polpados: O dente escurecido possui cadeias moleculares longas e complexas na sua
estrutura o que provoca maior absorção de luz. Os clareadores são agentes oxidantes de baixo peso molecular com a capacidade
de desnaturar proteínas, convertendo os materiais orgânicos em dióxido de carbono e água, removendo ou quebrando os pigmentos em moléculas menores.
Pós-eruptiva
ESTÁGIO VI
28
Peróxido de carbamida 10%
Amônia + CO2: Eleva o pH até 9 Bacteriostático Inibe fermentação de carboidratos Inibe formação do ácido láctico Dá estabilidade ao peróxido de H+
Peróxido de hidrogênio = Agente oxidante (H202) Catalisador = Calor = Deslocamento da reação para a direita Pigmentos escuros = Macromoléculas de peso; Insaturadas Pigmentos claros = Moléculas saturadas Função do Carbopol:
Espessar o material Aumentar a estabilidade do produto Prolongar a liberação do oxigênio
o CLAREAMENTO VITAL CASEIRO: Moldeira transparente com gel em casa Perborato de carbamida (10 a 22%) ou Perborato de hidrogênio (1,5 a 7,5%) Vantagens:
Simples Pouco tempo Barato
Limitações: Depende da colaboração do paciente 2 a 3 semanas o tratamento Gera hipersensibilidade:
Parar por 2 a 3 dias Diminuir quantidade por dente Usar agentes dessensibilizantes com flúor
Gestantes Lactantes
Protocolo: Seleção do caso Registro da cor Moldagem Confecção da moldeira Instruções de uso Consultas de controle
Instrução de uso: Regime de uso Quantidade de gel Higiene oral adequada
Peróxido de hidrogênio Uréia
H2O Oxigênio Nascente CO2 Amônia
Eleva o pH da placa dental Agente ativo
ESTÁGIO VI
29
Ingestão de alimentos Sensibilidade Recomendações por escrito
Controle: Peróxido de Hidrogênio – 1,5 a 7,5%: 30min a 1h por 15 dias Peróxido de Carbamida – 10%: 2 a 8h por 15 dias Peróxido de Carbamida – 16%: 2 a 4h por 15 dias Peróxido de Carbamida – 22%: 1h por 15 dias
o CLAREAMENTO VITAL NO CONSULTÓRIO: Controle:
Peróxido de Carbamida – 35 a 37% Peróxido de Hidrogênio – 35 a 37%
Vantagens: Facilmente encontrados Não depende do paciente Maior controle dos locais de aplicação
Limitações: Hipersensibilidade Precisa de mais tempo Restauração extensa Manchas escuras
Técnica: Seleção do caso Registro da cor Isolamento e proteção Aplicação do produto – Ativação Consultas de reaplicações
Cuidados na técnica
o CLAREAMENTO NÃO-VITAL: Agentes clareadores:
Peróxido de carbamida 37% Perborato de sódio 30% Peróxido de hidrogênio 35%
Técnicas de aplicação: Técnica imediata:
Uso do peróxido de hidrogênio 35%: Idêntica à técnica para dentes vitais
Técnica mediata: Peróxido de carbamida 37% Perborato de sódio + peróxido de hidrogênio 20% Peróxido de hidrogênio 35%
Passo-a-passo técnica mediata: Avaliar qualidade do tratamento endodôntico (Retratar se houver necessidade) Isolamento absoluto Realizar acesso à câmara pulpar e limpar corretamente, removendo o material
obturador entre2-3mm abaixo da junção amelocementária Colocar cimento-base prevenindo qualquer infiltração do clareador em direção
ao canal Realizar um máximo de oito aplicações com intervalo de 4 dias
ESTÁGIO VI
30
ESTÁGIO VI
31
DENTÍSTICA FACETAS DIRETAS
o Recobrimento vestibular, realizada c om materiais diretos (Resinas) e indiretos (Porcelanas / Cerômeros).
o Indicações das facetas: Dentes anteriores com cor e/ou posição alterada (fluorose/ giroversão); Dentes anteriores em que a estética está comprometida pela presença múltiplas
restaurações; Dentes malformados (Lateral conóide; incisivos de Hutchinson, são dentes com
forma de amora); Fechamento de diastemas; Perda da estrutura dental por cárie; Tratamento endodôntico (sem sucesso clareador)
o Contra-indicação das facetas: Comprometimento oclusal (Parafunções / Bruxismo / Topo a topo / Classe III de
Angle); Dentes vestibularizados; Quantidade de remanescente dental (bom remanescente de esmalte); Ausência de esmalte (adequado selamento marginal), porque vai ter
comprometimento de adesão.
o Vantagens X Desvantagens das facetas:
FACETA DIRETA FACETA INDIRETA
Preparo Fácil (Conservador) Difícil
Etapa laboratorial Não Sim
Cimentação Não Sim
Provisório Não Sim
Mascarar fundo Difícil Fácil
Reparo Fácil Difícil
Durabilidade Menor Maior
Custo Menor Maior
Bolhas de ar Maior risco Ausência
Habilidade profissional Maior Técnico em prótese dentária
Tempo de conclusão Menor Maior
Fragilidade Não Sim (Antes da cimentação)
o Normas gerais das facetas: Quantidade de remanescente dental (Bom remanescente de esmalte) Os términos dos preparos devem ser, principalmente, em esmalte (Vai ajudar a
garantir adesão) Os términos dos preparos devem ser em chanfrado (2135) para proporcionar
espessura suficiente dos materiais diretos e indiretos (Deixa uma área levemente arredondada)
A espessura da restauração deve ser mantida uniforme para aumentar a resistência do material (Especímetro é um dispositivo capaz de verificar a medição das faces dos dentes)
Os materiais indiretos não devem ser menores que 0,5mm e nem maior que 2mm para se obter máximo de resistência
Evitar pressão excessiva durante a cimentação da peça prevenindo fratura
ESTÁGIO VI
32
A estrutura dental de suporte deve se apresentar resistente, saudável e livre de cárie.
o Preparo cavitário de facetas – A profundidade do preparo depende de: Grau do escurecimento dental Posição dental no arco Tamanho e forma do dente
o Faceta: Técnica Direta Planejamento:
Tempo para executar a técnica Expectativa do paciente quanto ao resultado estético Durabilidade da restauração Necessidade de algum tipo de cirurgia Análise das restaurações presentes nos dentes a serem facetados Necessidade de colocação de um pino/núcleo Utilização de modelos de estudo, fotografia, imagens computadorizadas Intenção do paciente em clarear os demais dentes.
Etapas prévias do preparo cavitário: Profilaxia (Pasta de pedra pomes e água. Pasta profilática livre de óleo) Seleção da resina composta e da cor (Resina Nano Particulada) Instalação de pino/núcleo e substituição de restaurações deficientes Isolamento relativo do campo + fio retrator Pontas diamantadas: Esféricas, Anelada, Tronco cônica Acabamento: Multilaminadas + F ou FF Etapas do preparo:
Delimitação periférica (Canaleta cervical, formando ângulo de 45° entre a ponta diamantada (p.ex.: 1012) e o dente, penetrando metade da ponta ativa. As proximais também são delimitadas);
Redução vestibular (Pode ser realizada com ponta anelada ou com a tronco cônica. Acompanha a convexidade do dente (CM/MI). Não retira ponto de contato.);
Preparo interproximal (União das canaletas vestibulares com a 2135. Preparo interproximal, sem perda do ponto de contato. “Área estática x área dinâmica”.);
Extensão subgengival (Com fio retrator ultra fino #000, #00, #0, #1.); Acabamento do preparo (Com as pontas diamantadas 2135, 2134 F e
FF. Terminação em forma de chanfro) Bloqueio do fundo escuro do remanescente dental:
Aprofundamento do preparo Técnica de opacificação (Resinas opacas e opacificadores - Mascaramento de
dentes escurecidos e manchados, superfícies metálicas e pinos de carbono.) A cor do dente vem de dentro para fora. Por ex., se for cor A2 devemos
aumentar um croma por dentro; ou seja, usa-se um A3. Características do esmalte e da dentina:
Policromatismo: maior saturação da cor na região onde há maior espessamento dentinário, ou seja, na cervical. Quem dá a cor é a dentina.
Procedimentos adesivos: Cuidados com o remanescente dentinário – grau de mineralização, área do
condicionamento, tipo de adesivo. Podemos até não fazer preparo, e só com o sistema adesivo realizarmos a
restauração.
ESTÁGIO VI
33
Ilusões de óptica - Devemos utilizar esses elementos para alterar a largura e o comprimento do dente:
Textura superficial: são caracterizações superficiais vestibulares do dente para que ocorra reflexão da luz
Elementos verticais: aproximação das cristas verticais (diminuição virtual/ilusória da largura do dente). O oposto é verdadeiro
Elementos horizontais: é a bossa cervical. Com ela para cervical é a sensação do aumento virtual do dente. O oposto é verdadeiro.
Acabamento e polimento: Lâmina número 12 na região cervical Fresas multilaminadas para resinas (douradas e prateadas) Discos Sof-lex 3M Pop-on (da mais granulosa para menos). Tem que usar
toda a sequência com gaze umedecida com água Reanatomização com fresa, e depois o disco azul claro Enamelize ou outras pastas diamantadas. O disco de feltro dá excelente
brilho, mesmo sem pasta.
ESTÁGIO VI
34
DENTÍSTICA FECHAMENTO DE DIASTEMAS
o O diastema mediano anterior é classificado como uma forma de má oclusão e é
caracterizado por um espaço entre os dois dentes do mesmo arco, sendo mais comumente encontrado nos incisivos centrais superiores.
o Causas: Hábito bucal Desequilíbrio muscular Alteração dentária Anomalia dentária
o Classificação: Tamanho Simetria Localização
o Vantagens da restauração direta ou indireta para fechamento de diastemas: Resinas nanoparticuladas possuem uma lisura superficial e manutenção do brilho Radiopacidade Estética Facilidade de manipulação
o Desvantagens da restauração direta ou indireta para fechamento de diastemas: Contração de polimerização Resistência ao desgaste Expansão higroscópica Estabilidade de cor
o No passo-a-passo do fechamento de diastemas, é utilizada a técnica da barreira palatina de
silicone, também chamada de técnica “mock up”, e este é obtido através de um modelo em
gesso com a escultura em cera.
Molda o paciente
Faz o modelo em gesso
Faz o enceramento diagnóstico
Mostra ao paciente (Para aceitação dele ou não)
Se aceitar, confeccionar uma guia
Restaurar diretamente
o Com o uso da guia obtém-se melhor resultado quando o diastema for
médio/grande/generalizado e quando há necessidade de aumentar o tamanho do dente.
o O uso da guia propicia ao profissional e ao paciente discutir e replanejar o caso através do
modelo de gesso encerado.
o Fator de grande relevância é a proporção áurea.
ESTÁGIO VI
35
DENTÍSTICA REANATOMIZAÇÃO DENTAL
o Vantagens da restauração direta ou indireta para reanatomização dental:
Resinas nanoparticuladas possuem uma lisura superficial e manutenção do brilho Radiopacidade Estética Facilidade de manipulação
o Desvantagens da restauração direta ou indireta para reanatomização dental: Contração de polimerização Resistência ao desgaste Expansão higroscópica Estabilidade de cor
o No passo-a-passo do fechamento de diastemas, é utilizada a técnica da barreira palatina de
silicone, também chamada de técnica “mock up”, e este é obtido através de um modelo em
gesso com a escultura em cera.
Molda o paciente
Faz o modelo em gesso
Faz o enceramento diagnóstico
Mostra ao paciente (Para aceitação dele ou não)
Se aceitar, confeccionar uma guia
Restaurar diretamente
o O uso da guia propicia ao profissional e ao paciente discutir e replanejar o caso através do
modelo de gesso encerado.
o Fator de grande relevância é a proporção áurea.
ESTÁGIO VI
36
ENDODONTIA URGÊNCIAS ENDODÔNTICAS
o 85% das emergências em consultório são dores provenientes da polpa ou periápice. o Diagnóstico do problema está relacionado com o tratamento. É imprescindível uma boa
anamnese para poder solucionar o problema. o Há três momentos que o paciente pode sentir dor:
Pré-tratamento endodôntico Flare-ups Pós-tratamento endodôntico
o Ressaltando novamente a realização de uma boa anamnese, pois o paciente pode relatar o mesmo tipo de dor e não sabermos identificar em qual das fases anteriores ele se encontra. Assim, vem à importância dos exames radiográficos e testes de vitalidade pulpar, palpação e percussão.
o Exame clínico: Anamnese:
Queixa principal História pregressa História atual
Exames radiográficos
o Exame físico: Inspeção Percussão: Fazer com um cabo de espelho, mas primeiramente no contralateral.
Paciente que relata dor à mastigação, no teste de percussão o paciente sentirá dor, pois o ligamento periodontal está inflamado.
Palpação: Movimentos circulares, primeiramente no contralateral. o Teste de sensibilidade:
Teste a frio: Deve-se fazer primeiro o isolamento relativo e secar bem o local, para não ter
interferência da saliva na obtenção do resultado no teste. Visto que a saliva tem 36,5ºC.
Fazer primeiro no dente contralateral. Materiais usados: Tetrafluoretano (-23ºC) e Gás carbônico (-78ºC)
DIAGNÓSTICO DOR ESTÍMULO TÉRMICO
Polpa normal Sem dor Resposta normal/Cessa rapidamente.
Pulpite reversível Leve Resposta um pouco mais
intensa/Cessa rapidamente.
Pulpite irreversível Dor espontânea/Esporádica Resposta exacerbada com demora
para cessar.
INFORMAÇÕES SUBJETIVAS História, estímulo, frequência, intensidade, duração, espontaneidade,
localização e característica da dor
+ INFORMAÇÕES OBJETIVAS
Exame visual, percussão, palpação, cáries e restaurações fraturadas,
fraturas, fístulas, restaurações extensas, dentina exposta, doença periodontal
+ AVALIAÇÃO RADIOGRÁFICA
Comprimento do dente, número de raízes e canais, calcificações, lesões, reabsorções
+ TESTES COMPLEMENTARES
Testes térmicos, teste de anestesia, transluminação e biópsia
DIA
GN
ÓS
TIC
O →
PL
AN
O D
E
TR
AT
AM
EN
TO
ESTÁGIO VI
37
Necrose pulpar Ausente/Intensa na percussão Ausência de resposta.
Teste a quente: Teste pouco realizado, porque tem uma resposta tardia, e pode levar a algum
tipo de alteração na polpa, agravando o quadro em que se encontra. Material utilizado: Bastão de guta-percha aquecido. Deve passar vaselina antes para não fixar a guta-percha no elemento dentário.
DIAGNÓSTICO DOR ESTÍMULO TÉRMICO
Polpa normal Sem dor Dor (Resposta tardia). Fibras C em alto
limiar.
Pulpite reversível Leve Dor imediata e pouca duração.
Pulpite irreversível Dor espontânea/Esporádica Dor imediata e longa duração.
Necrose pulpar Ausente/Intensa na percussão Ausência de resposta.
o Exame radiográfico: Presença de alguma patologia Alterações volumétricas e morfológicas da cavidade pulpar Região óssea: Aspectos periapicais e periodontais Dentes com polpa necrótica não estão necessariamente associados a lesões
visíveis Lesões perirradiculares de origem pulpar demonstrarão perda da lâmina dura apical
em associação com a lesão Dentes com pulpite irreversível frequentemente não demonstram alterações
perirradiculares, às vezes um ligeiro espessamento. Se uma lesão está associada a algum dente e não dá para distinguir qual o dente
associado, alterar a angulação horizontal da tomada radiográfica identifica a que dente pertence à lesão.
o Diagnóstico diferencial: Existem lesões de origem endodôntica e outras de origem não-endodônticas, que na
radiografia se assemelham muito. Para diferenciá-las, é necessário fazer teste de vitalidade pulpar. Para ter lesão, a polpa já deve estar necrosada. Assim, com o teste de vitalidade
pulpar, se a polpa estiver viva, significa que a lesão não é de origem endodôntica. Displasia cementária (TVP +) X Osteite condensante (TVP -) Abcesso periodontal (TVP +) X Abcesso endodôntico (TVP -):
Abcesso endodôntico – Presença de fístula – Sinal de doença crônica do periápice
o Origem da dor: Dor odontogênica:
Hipersensibilidade dentinária Pulpite reversívelPulpite irreversível Periodontite apical aguda Abcesso apical agudo
Dor não-odontogênica: Muscular: Dor miofascial – Alterações DTM Bruxismo Apertamento
Outras neuropatias:
ESTÁGIO VI
38
Nefralgia do trigêmeo o Diagnóstico da polpa:
Resposta do processo inflamatório Conhecer anatomia e patologia: Diagnóstico diferencial Saber ouvir o paciente Fazer uma série de perguntas ao paciente Na maioria das vezes os pacientes aliviam a dor com medicação Identificar a etiologia da queixa principal, se a origem é pulpar ou periradicular Associar exame clínico com exames complementares, fechar o diagnóstico e propor
um plano de tratamento adequado O sucesso está relacionado com diagnóstico correto, medicamento correto e com o
tratamento correto. o Controle da dor:
Reduzir número de bactérias Reduzir a pressão do tecido Aliviar a dor/trismo Melhorar a circulação Prevenir a propagação da infecção Acelerar cicatrização Controle da ansiedade Técnicas anestésicas adequadas
Em pulpites: Diminuição do pH tecidual, diminuindo a capacidade do anestésico de passar na bainha nervosa.
o Tratamento emergencial: Não cirúrgico:
Hipersensibilidade dentinária Capeamento pulpar indireto/direto Pulpotomia Pulpectomia parcial Pulpectomia completa
Cirúrgico: Incisão para drenagem Trepanação/Fenestração apical
o DIAGNÓSTICO DA POLPA: Hipersensibilidade dentinária:
Dentina exposta e túbulos dentinários expostos havendo presença de dor Aplicação de dessensibilizantes, fluoreto de sódio, oxalatos de potássio; laser
Nd:YAG Utilização de dentifrícios a base de cloreto e estrôncio denominada Sensodyne
ou Colgate sensitive pro-alívio. Pulpite reversível:
Dor provocada Duração: Momentânea (Desaparece rapidamente com a remoção do estímulo) Percussão: Dor Palpação: Resposta negativa TVP: Reposta positiva e cessa ao remover o estímulo Rx: Normal, mas pode evidenciar restaurações ou pequenas cáries.
ESTÁGIO VI
39
História clínica: Presença de cárie, procedimento odontológico recente, trauma oclusal.
Conduta: Tratamento conservador; Remoção da causa (Dentina exposta, restauração defeituosa, cárie, etc)
Pulpite irreversível: É quando há presença de um agente que está causando dor e ele não é
removido. Assim, ele faz com que a polpa entre em um processo inflamatório e passe a ser irreversível.
Dor espontânea Duração: Contínua, intermitente, dor espontânea de longa duração e que
aumenta quando em decúbito. Percussão: Negativo / Positivo Palpação: Negativo TVP: Positivo(1º fase) / Negativo(2º fase) Rx: Não há alteração, no máximo o periápice com espessamento do ligamento
periodontal. História clínica: Restaurações extensas em cavidades profunas resultantes de
lesões muito próximas da polpa; Capeamento pulpar direto ou indireto, trauma oclusal crônico; Lesões periodontais crônicas, pulpite associada à lesão periapical. Cor alterada. Pode sofrer alteração decorrente da lise do tecido pulpar ou hemorragias intra-pulpares.
Conduta: Tratamento endodôntico. Urgência:
Remoção da polpa coronária Limpeza e irrigação da câmara pulpar Instrumentação do canal mais volumoso (MS é palatino e do MI é o
distal) – 2/3 do canal mais volumoso Medicação intracanal (Colocar hidróxido de cálcio na entrada dos canais
com uma bolinha de algodão) + Restauração provisória. EM CASOS DE QUE HÁ DOR À PERCUSSÃO: Se houver tempo, fazer
instrumentação total da lima #20 a #25. Pulpite irreversível assintomática (Pulpite crônica ulcerativa e hiperplásica):
É assintomático, mas pode vir a sentir dor, devido à compressão. Pólipos pulpares. Sem sintomas característicos. Dor à mastigação, difusa e mal definida. Exposição da cavidade pulpar. Conduta: Tratamento endodôntico. Avaliar casos de rizogênese incompleta, deve-se primeiro estimular a
apicegênese com uma pulpotomia. Remove primeiro a polpa contaminada e depois aplica pasta de hidróxido de cálcio.
Necrose pulpar: Liquefação ou isquêmica (Trauma dental) Assintomático – Dor espontânea ou dor à pressão (Sensação de dente
crescido) TVP: Negativo Cor alterada
ESTÁGIO VI
40
Rx: Periápice normal, com espessamento do ligamento periodontal ou presença de lesão periapical.
Na presença de dor: À percussão: Inflamação das fibras do ligamento periodontal Desequilíbrio entre o organismo e as bactérias: Produção de gases
COMO SE FORMA UMA LESÃO? É decorrente da invasão bacteriana e de suas toxinas via lesão de cárie. Estes chegam a lus do canal e penetram nos túbulos dentinários e se propagam em todos os sistemas de canais radiculares, alcançando assim chegar à região periapical, se formando as periodontites apicais.
Conduta: Tratamento endodôntico. Urgência:
Remoção da polpa coronária Limpeza e irrigação da câmara pulpar Instrumentação do canal mais volumoso – 2/3 do canal Instrumentação do canal mais volumoso – 2 à 3mm aquém do ápice –
se houver tempo Medicação intracanal + restauração provisória
Protocolo – Medicação Sistêmica: Medicação pós-operatória:
Analgésicos:
Dipirona sódica 500 a 800mg ou paracetamol 750mg. Tomar dose inicial ao final dos efeitos da anestesia local por 24h. Persistência da dor, reavaliar se há necessidade de complementação do tratamento endodôntico.
Dipirona sódica, paracetamol/codeína e tramadol são indicados para o controle da dor pós-operatória de grau leve a moderado, isto é, são ativos contra a dor induzida.
Necrose sem envolvimento periapical: Medicação pós-operatória: Analgésicos – Dipirona sódica 500 a 800mg ou paracetamol 750mg.
Necrose com envolvimento periapical: o Opcional: Medicação pré-operatória – Dexametasona 4mg via
oral.
o Medicação pós-operatória: Analgésicos – Dipirona sódica 500
a 800mg ou paracetamol 750mg.
o Não há necessidade do uso de antibióticos.
o DIAGNÓSTICO DO PERIÁPICE: Periodontite Apical Aguda:
Resposta inflamatória aguda limitada ao ligamento periodontal e osso vizinho caracterizada por discreta extrusão dentária e sensibilidade a percussão.
É uma inflamação dolorosa em torno do ápice. Dor intensa e espontânea. Sensação de dente crescido ou extrusão dental. Causas: Evolução da doença pulpar, sobreinstrumentação, sobreobturação,
flare-ups e traumas oclusais. Percussão: Resultado positivo.
ESTÁGIO VI
41
Dor à mastigação. Rx: Presença ou não de espessamento no ligamento periodontal. Persistência do agente agressor, a PAA pode passar a ser um Abcesso Apical
Agudo. Sintomática traumática:
Sensação de dente crescido, dor localizada e permanente. TVP: Positivo Rx: Aumento do espaço pericementário Causa: Trauma, contato prematuro, movimentação ortodôntica. Conduta: Remoção da causa, ajuste oclusal, medicação
analgésica/antiinflamatória Sintomática infecciosa:
Sensação de dente crescido, dor localizada e permanente. TVP: Negativo Rx: Aumento do espaço pericementário; Presença ou não de lesão
perirradicular. Conduta: Tratamento endodôntico (Necrose pulpar) Na urgência: Mesmo procedimento para dentes com necrose pulpar.
Protocolo – Medicação sistêmica: Medicação pós-operatória: Dipirona 500mg ou antiinflamatórios AINES
(Diclofenaco sódico, diclofenaco potássico, nimesulida, etc) ou Costicosteróides (Betametasona e dexametasona)
Contra-indicações dos AINES: Pacientes que tomam anticoagulantes, pois favorecem a
hemorragia.
Pacientes que tomam medicamentos anti-hipertensivos,
pois podem aumentar a pressão arterial.
Podem chegar a competir com os hipoglicemiantes orais.
Pacientes com disfunção hepática.
Corticosteróides: Prescrito em dose única ou por 24h. Causa imunossupressão por 7 dias.
Abcesso Apical Agudo: Acúmulo de secreção purulenta, constituído por neutrófilos e bactérias.
Abcesso Dento Alveolar Agudo: Queixa principal: Dor intensa e espontânea ou não; Edema facial. Inspeção intra-oral: Cárie, restauração, edema e mobilidade. Palpação/Percussão: Resposta positica, dor exacerbada. TVP: Negativo Rx: Ruptura da lâmina dura, rarefação óssea periapical, agudização da lesão
crônica preexistente. Qual melhor tratamento?
Analisar extensão do edema, a severidade da dor, estabelecer uma drenagem e verificar resposta do paciente ao tratamento inicial.
Protocolo – Atendimento de urgência:
ESTÁGIO VI
42
1º etapa: Drenagem com incisão nos tecidos moles. Se necessário, inserir um dreno cirúrgico.
2º etapa: Após 24h da drenagem, deve-se realizar o tratamento endodôntico.
Em casos de inchaço não visível, pode-se fazer uma drenagem via canal, em que a coleção purulenta pode sair de forma espontânea ou após a instrumentação.
Abcesso Dento Alveolar Agudo (Intra-ósseo): Dor severa Inchaço intra-oral: Ausente Edema extra-oral: Ausente Localização: Apical Palpação: Negativo Percussão: Positivo TVP: Negativo Rx: Presença ou não de lesão periapical Protocolo – Atendimento de urgência:
Abertura do acesso coronário
Debridamento do sistema de canais – Inicia com ampliação cervical (ODM + instrumentação + trefinação do forame)
Medicação intracanal e selamento da cavidade
Alívio da oclusão
Medicação analgésica Quando a drenagem via canal fracassa, há necessidade de fazer uma
complementação cirúrgica. Abcesso Dento Alveolar Agudo (Subperióstea):
Dor severa, intensa e pulsátil. Inchaço intra-oral: Presente no fundo de sulco e pouco visível Edema extra-oral: Ausente/Presente (Depende da disseminação da
infecção) Localização: Tecido subperiósteo Palpação/Percussão: Positivos Podem agredir os tecidos moles, formando edema, porém sem pús. Protocolo – Atendimento de urgência:
1º opção: Drenagem cirúrgica com medicação sistêmica e após 24h fazer tratamento endodôntico e medicação sistêmica novamente.
2º opção (Paciente com muita dor): Medicação sistêmica e tratamento endodôntico. Acompanhar e fazer drenagem, caso haja formação de pús.
Protocolo – Drenagem Cirúrgica:
1º sessão (Dose de ataque do antibiótico): Anti-sepsia intra e extra-oral com clorexidina 0,2% e 2%
respectivamente Anestesia regional com infiltrativas para promover
isquemia superficial
ESTÁGIO VI
43
Realizar incisão com bisturi até sentir resistência óssea Deslocar o tecido para ocorrer à drenagem Dependendo da localização e volume, seja necessário um
dreno cirúrgico. Orientação do paciente: Antibiótico + Analgésico,
acompanhando 48h o retorno.
2º sessão: Remover o dreno Verificar melhora do quadro clínico Tratamento endodôntico associado à medicação sistêmica
durante 5 dias.
Abcesso Dento Alveolar Agudo (Submucoso):
Dor severa Inchaço intra-oral: Presente e bem evidente podendo estar localizado ou
difuso. Edema extra-oral: Ausente/Presente (Depende da disseminação da
infecção) Localização: Tecido submucoso Protocolo – Tratamento de urgência:
Anestesia regional com infiltrativas para promover isquemia superficial.
Incisão próxima à gengiva inserida no sentido horizontal no local do ponto de flutuação.
Divulsão da mucosa com pinça hemostática ou descolador.
Dependendo do volume, colocar ou não o dreno cirúrgico e associar com medicação sistêmica.
Drenagem + Tratamento endodôntico Abcessos delimitados não necessitam de antibióticos. EXCETO:
Quando devemos prescrever antibióticos no caso de abcessos delimitados?
Pacientes diabéticos ou com insuficiência renal
Pacientes fazendo uso contínuo de drogas imunossupressoras
Alto risco de endocardite bacteriana
Pode haver complicações, que é quando os sistemas de defesa não estão controlando a infecção:
Trombose do seio cavernoso Abcesso de órbita Abcesso cerebral
Uso racional de antibióticos – Protocolo de Medicação sistêmica – Alterações periapicais:
O uso de antibióticos por via sistêmica, somente é recomendado quando há presença de sinais locais de disseminação do processo infeccioso (Ex: Linfadenite, celulite, trismo, etc) ou
FUNÇÕES DO DRENO: Favorecer a oxigenação tecidual Permite a manutenção da via de drenagem
ESTÁGIO VI
44
sinais e sintomas de ordem sistêmica (Febre, taquicardia, falta de apetite, mal-estar geral, etc).
Indicação da Medicação sistêmica: Abcessos difusos Febre Mal-estar Prostração Pacientes com alterações metabólicas Pacientes imunossuprimidos Previamente ao procedimento de drenagem e como
terapia de manutenção
Se associarmos antibióticos aos antiinflamatórios, provavelmente iremos reduzir o aporte dos antibióticos ao local desejado, pois os antiinflamatórios diminuem a exsudação plasmática.
Para o controle da dor é recomendado o uso da dipirona como analgésico.
Dose de ataque do antibiótico deve ser administrada 30 a 45 minutos antes do início dos procedimentos clínicos.
DEIXAR O DENTE ABERTO OU FECHADO?
Há maior incidência de exacerbação dolorosa quando o dente é deixado aberto.
Critérios para encaminhar o paciente para um serviço especializado:
Infecção de progressão muito rápida (Criança)
Dificuldades de respiração e deglutição
Envolvimento dos espaços faciais
Temperatura corporal elevada (Acima de 38ºC)
Trismo acentuado (Menos de 10mm)
Aparência tóxica Via de drenagem:
A localização do edema e/ou caminho fistuloso ocorre de acordo com cada tipo anatômico de cada ser humano.
Abcesso Dento Alveolar Agudo (Subcutâneo): Casos de Celulite facial Realizar drenagem – Relação entre o sítio de perfuração óssea e a
inserção do músculo Celulite palpável e próxima da pele: Abcesso
Tratamento: Drenagem e medicação sistêmica, podendo ser encaminhado para avaliação médico-hospitalar
Angina de Ludwing:
Dor severa
Inchaço intra-oral presente na região sublingual
Inchaço extra-oral presente na região submandibular
Febre, mal-estar, trismo, dificuldade para respirar, etc. o FLARE-UPS:
Exacerbação aguda após o início ou continuação do tratamento endodôntico.
ESTÁGIO VI
45
Causas: Debridamento inadequado Extrusão de resíduos Sobreinstrumentação e sobreobturação Microbiologia e imunologia Lesão periapical Dor pré-operatória Retratamento
Tratamento: Biopulpectomia:
Checar oclusão e prescrever analgésico e/ou anti-inflamatório Novo debridamento do canal se houve falha no preparo do canal
Necropulpectomia: Sem inchaço
Nova irrigação – Manter a patência do forame
Drenagem via canal
Ajuste oclusal e medicação analgésica/anti-inflamatória Com inchaço (Abcesso agudo)
Nova irrigação – Manter a patência do forame
Drenagem via canal ou intra-bucal
Ajuste oclusal e medicação sistêmica Medidas preventivas:
Não deixar o dente aberto para a drenagem Manutenção da cadeira asséptica Diagnóstico adequado – Identificar o dente correto Identificar se é bio ou necro Identificar se o dente está associado à lesão periapical Determinar o CT Instrumentação total – Técnica de instrumentação correta Ajuste oclusal Prescrição de analgésicos e antibióticos sempre em condições corretas
Dor pós-tratamento endodôntico: Ajuste oclusal é importantíssimo Controle da dor + medicação sistêmica + acompanhamento
Acidente com Solução irrigadora: Diluir o hipoclorito de sódio por meio da irrigação abundante (Via endodôntica)
do dente envolvido, com solução salina normal. Explicar o ocorrido ao paciente, bem como as complicações que irá se seguir. Iniciar o tratamento da resposta inflamatória:
1 ampola de betametasona (4mg/mL) por via intramuscular, para o controle do edema e da hiperalgesia.
1g de amoxicilina (Ou 300mg Clindamicina para os alérgicos), em dose única, para prevenir infecções secundárias.
Nas primeiras 24h, aplicar compressas de gelo de 15 em 15min. No caso de equimoses, aplicar compressas quentes de 15 em 15min
durante 24h.
ESTÁGIO VI
46
Prescrever dipirona 500 a 800mg ou paracetamol 750mg para controle da dor.
Monitorar o paciente.
ESTÁGIO VI
47
ENDODONTIA TRATAMENTO ENDODÔNTICO - DO ACESSO ATÉ A OBTURAÇÃO
TÉCNICA DE CANAIS ACHATADOS
1. Anestesia
2. Remoção TOTAL da cárie e/ou restauração
3. Acesso coronário
Ponto de eleição (broca esférica – 1014, 1016 ou carbide 3)
Forma de contorno/ conveniência – (Broca de ponta inativa – 3082)
4. Isolamento absoluto (Super bonder e monômero de acrílico – obrigatoriamente!)
5. Irrigação com a substância química auxiliar
6. Cateterismo com as limas #10 OU #15 – ATÉ O CPT (Comprimento provisório de trabalho)
CATETERISMO com a lima #10 ou #15 no comprimento CAD-2 a 3mm.
Objetivo: Evitar perder o canal.
Irrigação com substância química auxiliar.
Atenção: Não ir somente até os 2/3 e sim até o CPT para não perder o canal.
Instrumentar (Sem forçar as limas) os 2/3 do canal com limas #15, #20, #25, #30, #35 e entre
elas colocar a #15 (ou#10) até o CPT – Irrigação com substância química auxiliar a cada
troca de lima.
7. Brocas de Largo 2 – Desgaste anti-curvatura (Terminar a forma de conveniência)
Sentir segurança de que está visualizando a entrada dos canais e o sentindo a inclinação do
canal
8. Usar as Gates até os 2/3 ou até antes da Curvatura
Uso das Gates 5
Gates 4
Gates 3
Gates 2
Entre as GG voltar com #15 no CPT.
Irrigação com substância química auxiliar a cada gates.
Cateterismo inical até o CPT
Fazer a 1º fase – Instrumentação até os 2/3 com as limas sem forçar
9. Odontometria: Localizador apical e Técnica de Clark. Depois radiografar.
Depois confima o CT – 1mm aquém do ápice radiográfico.
OBS: A lima que usou na odontometria com localizador será a lima de patência.
10. Encontrar a DA (Lima anatômica inicial) no CT. (Comprimento de trabalho – 1 mm aquém do
forame)
11. Instrumentar três limas acima da DA no comprimento de trabalho (1mm aquém do forame).
Irrigação com substância química auxiliar a cada troca de lima e utilizar a lima de patência
no forame a cada troca de lima. Sempre: Irrigação com substância química auxiliar.
12. Realizar o recuo progressivo até 3 a 4 limas acima. Irrigação com substância química auxiliar a
cada troca de lima e utilizar a lima de patência/memória.
Não esquecer de colocar hipoclorito no tamborel.
13. Colocar a DA na medida da patência – LIMPEZA DO FORAME
ESTÁGIO VI
48
14. Fazer a conometria. Técnica de Clark (Se precisar diferenciar os canais)
15. Uso do EDTA por 3 minutos, com trocas a cada 1 min. Lembre-se de fazer a desinfecção dos
cones de guta-percha (Placa de Petrick)
16. Irrigar com SORO FISIOLÓGICO - Secar o canal com as capilares tips e papel absorvente
17. Obturação
18. Restauração provisória/ definitiva com resina e RX final.
TÉCNICA DE CANAIS MÉDIOS E AMPLOS
- Para canais amplos, não necessita a fase do cateterismo e utiliza-se GG e largo da 5 até a 1!!! - Para canais médios, não necessita a fase do cateterismo e utiliza-se GG e largo da 4 até a 2!!!
ccc
ESTÁGIO VI
49
ENDODONTIA MEDICAÇÃO INTRACANAL
o A medicação intracanal consiste no emprego de medicamentos no interior do canal, onde
deverão permanecer ativos durante todo o período entre as sessões necessária à conclusão do tratamento endodôntico.
o A medicação não substitui o PQC, entretanto é um importante coadjuvante no tratamento endodôntico, cuja função é auxiliar na limpeza e preparo do conduto.
o Desinfecção – Com funções anti-sépticas, durante a realização do tratamento endodôntico multi-sessões.
o Quando não for possível a conclusão do tratamento em uma sessão.
o Manter a vitalidade pulpar nas apicigêneses, estimulando a formação da barreira mineralizada nas apicificações
o Inibir reabsorção radicular externa – Dentes avulsionados por traumatismo.
o O objetivo é eliminar os micro-organismos que sobrevivem ao preparo químico-mecânico, promovendo maior sucesso no tratamento; atuando como barreira físico-químico; reduz a inflamação periapical (Conforto ao paciente, efeito analgésico); neutraliza produtos tóxicos; estimula a reparação por tecido mineralizado; ser de fácil aplicação e remoção; ação prolongada e não manchar as estruturas dentárias.
o Propriedades ideais: Ação anti-séptica eficaz, a curto e longo prazo Não ser irritante aos tecidos Efeito residual Não manchar os tecidos dentais Tem ação ósteo-cemento-dentinogênica Fácil colocação e remoção Barreira contra infiltração coronária
o Medicamentos: Formocresol:
Reage com a proteína e fixa o conteúdo pulpar Forte bactericida São altamente irritante aos tecidos Efeito tóxico e antigênico
Otosporin: Associação de corticoide com antibiótico Aplicado topicamente para controlar a inflamação Não tem efeito em polpa necrótica Pode causar alergia em pacientes alérgicos à penicilina
Iodofórmio: Antibacteriano e antivirótico Manchamento nos dentes Pode causar alergia
PMCC: Altamente irritante Alta volatização Diminui a eficiência com 24h Tóxico
ESTÁGIO VI
50
Indicados para dentes necrosados, canais finos e não-instrumentados, associado ao hidróxido de cálcio
Ca(OH)2: É o mais utilizado Propriedades:
Anti-séptico Curativo prolongado Controla reabsorções Selamento de perfurações Tratamento de dentes com rizogênese incompleta Excelentes propriedades biológicas e bacteriológicas Propriedades físico-químicas inadequadas Controle da exsudação excessiva Mantem a vitalidade pulpar na apicegênese, continuando a formação da
raiz Descontamina o canal e induz a formação do tecido ósteo-cementário-
barreira apical Há veículos que são utilizados para melhorar as suas propriedades:
Aquosos ou solúveis em água (Esses promovem mais efetividade em menos tempo)
Água destilada +
Soro fisiológico +
Anestésicos +-
Metilcelulose - Viscosos: Glicerina, etc Oleosos: Promovem solubilidade e difusão mais lenta da pasta dentro
dos tecidos Associações que são feitas com o Ca(OH)2:
PMCC + Ca(OH)2 – Melhora as propriedades, pois diminui a citotoxicidade do PMCC
Clorexidina + Ca(OH)2 – Promove maior poder antisséptico. Mecanismo de ação:
Contato direto:
Perda da integridade da membrana
Inativação enzimática
Destruição ao DNA Contato indireto:
Faz adsorção ao CO2 Como aplicar?
Manipula a pasta e introduz nos canais radiculares Ca(OH)2 associado a um veículo Sem presa Pode ser reabsorvido lento ou rapidamente, dependendo do veículo
utilizado Utilizado como curativo intracanal e não como cimento obturador
o Protocolo da medicação intracanal: Acesso, ampliação e instrumentação do canal Irrigação abundante Manipulação da pasta (Pó de hidróxido de cálcio + água destilada) Introduzir nos canais com limas, girando no sentindo anti-horário
ESTÁGIO VI
51
Compactar a medicação com cones de papel Remover o excesso e colocar uma bolinha de algodão estéril na câmara pulpar Selamento provisório – CIV ou IRM
ESTÁGIO VI
52
PERIODONTIA URGÊNCIAS EM PERIODONTIA
o Classificação das doenças periodontais:
Doenças periodontais necrosantes GUN PUN
Abcessos do periodonto Abcesso gengival Abcesso periodontal Abcesso pericoronário
Periodontite associada com lesões endodônticas
o Doenças periodontais necrosantes: Podem estar relacionadas à gengivite ou a periodontite Localizadas ou generalizadas Possível envolvimento sistêmico GUN:
Microbiologia Bactérias fusiformes Prevotella intermedia Espiroquetas
Dor e desconforto Necrose gengival Inversão de papilas (Crateras proximais) Sangramento gengival Formação de pseudomembrana (Células epiteliais descamadas) Odor fétido Febre moderada Mal-estar Fatores predisponentes
Stress – Fator psicológico:
Inibição da resposta inflamatória e imunológica
Destruição tecidual
Nutrição para periontopatógenos
Alteração no fluxo e na composição salivar Dieta deficiente – Fator nutricional:
Aumento do risco para a doença periodontal
Diminui a capacidade de cicatrização dos tecidos periodontais Fumo
Alcatrão: Irritante direto
Nicotina: Atividade sistêmica Vasoconstrição – Diminuição da nutrição dos tecidos
periodontais Supressão in vitro da resposta de anticorpos Inibição da função de neutrófilos
Gengivite pré-existente Higiene oral deficiente
Antibióticos sistêmicos: Indicações:
ESTÁGIO VI
53
Resposta mínima a terapia mecânica
Doenças sistêmicas associadas
Febre, mal-estar e prostação
Usados com cautela em pacientes com AIDS devido as infecções fúngicas
Associar antimicóticos (Nistatina) Atendimentos:
Primeira sessão: Remoção dos fatores retentivos de biofilme – Anestesia
tópica, pelotas de algodão, gaze embebidas em soro/clorexidina
Prescrição:
Clorexidina – 0,12%, 15mL, 12/12h
Água oxigendada – 3%, água morna, 1:1
Metronidazol – 250mg, 8/8h, 3 a 5 dias
Metronidazol – 400mg, 12/12h, 3 a 5 dias
Dipirona sódica – 500mg, 4/4h, 1 dia
Paracetamol – 750mg, 6/6h, 1 dia
Segunda sessão: Verificar as condições bucais Orientar higiene e se necessário, repetir raspagem
Terceira sessão: Tratar a gengivite IHB e raspagem Reavaliação Manutenção
Diagnóstico diferencial: Gengivoestomatite herpética primária Gengivite descamativa Penfigóide benigno das membranas mucosas Eritema multiforme exsudativo Gengivite estreptocócica Gengivite gonocócica Sinais e sintomas orais:
Eritema difuso, vesículas acinzentadas ou úlceras
Sensibilidade e dor que interferem com alimentação
Pode ocorrer em qualquer região da cavidade bucal
Presença de vesículas: Edema intra e extracelular com degeneração das células epiteliais
Sinais e sintomas extrabucais:
Irritabilidade
Dor de cabeça
Febre
Mal-estar
Linfadenopatia regional
Leucocitose Curso clínico:
7 a 14 dias
Contagiosa Tratamento:
ESTÁGIO VI
54
Aliviar os sintomas seja local ou sistêmico Prevenir infecção secundária das úlceras (Bochechos com
antissépticos) Hidratação, repouso e alimentação adequada Anti-virais:
Acyclovir 400mg 3x/dia, 5 dias 200mg 5x/dia, 5 dias Para crianças: 15mg 5x/dia, 7 dias
PUN: Infecção caracterizada por necrose dos tecidos gengivais, ligamento
periodontal e osso alveolar HIV Desnutrição Imunossupressão
Características clínicas semelhantes à GUN Perda de inserção associada Pode ser doença necrosante em periodontite pré-existente ou consequência de
episódios frequentes de GUN Formação de sequestros ósseos Tratamento:
Semelhante ao da GUN Evitar cirurgias em indivíduos HIV+ Restabelecer condições anatômicas compatíveis com a manutenção da
saúde periodontal Remoção dos fatores predisponentes Remover sequestros ósseos Antissepsia intrabucal: Digluconato de clorexidina 0,12% bochechar
15mL por 1min, 2x/dia por 7 dias, 30min após a escovação Dipirona sódica: 500mg 4/4h por 1 dia Paracetamol 750mg 6/6h por 1 dia Metronidazol – 250mg, 8/8h, 3 a 5 dias Metronidazol – 400mg, 12/12h, 3 a 5 dias
o Abcessos do periodonto: Abcesso gengival
Infecção purulenta localizada que envolve a gengiva marginal ou a papila interdental
Alteração inflamatória aguda limitada aos tecidos gengivais Ocorre normalmente em uma área livre de doença Sem perda óssea Resposta inflamatória a substâncias estranhas forçadas no sulco gengival
Pipoca, fio dental, fraturas, cerdas de escovas de dente, objetos estranhos, etc
Características clínicas: Edema Vermelhidão Aspecto brilhante Lesão flutuante e com ponto de drenagem Pode incluir hipersensibilidade pulpar
Tratamento:
ESTÁGIO VI
55
Remoção do fator local – Raspagem e curetagem da área Instruções de higiene bucal
Abcesso periodontal Infecção purulenta localizada nos tecidos adjacentes a uma bolsa periodontal
que pode levar a destruição do ligamento periodontal e do osso alveolar Ele pode ser:
Agudo
Sintomático
Sem a presença de fístula Crônico
Assintomático
Presença de fístula – Drenagem via fístula ou bolsa periodontal Características clínicas orais:
Inchaço Sangramento e supuração Edema Vermelhidão Presença de bolsas periodontais Extrusão do dente envolvido Sensibilidade à percussão Dente vital
Sinais e sintomas sistêmicos: Febre Leucocitose Linfadenopatia regional Mal-estar Irritabilidade
Características radiográficas: Semelhante à periodontite
Presença de reabsorção das cristas ósseas interproximais (Horizontal ou vertical)
Aumento do espaço do ligamento periodontal e perda da nitidez da lâmina dura
Tratamento fase aguda: Primeira consulta:
Drenagem
IHB e raspagem
Ajuste oclusal
Medicação Amoxicilina 1g seguido de doses de manutenção de 500g
3x/dia durante 7 dias Clindamicina 600mg seguido de doses de manutenção de
300mg 3x/dia durante 8 dias Azitromicina 1g seguido de doses de manutenção de
500mg 1x/dia durante 4-7 dias
Identificar problemas sistêmicos Segunda consulta:
Melhora nas condições
IHB + raspagem
ESTÁGIO VI
56
Tratamento fase crônica: Tratamento semelhante ao da periodontite
Procedimentos básicos
Procedimentos cirúrgicos
Manutenção Abcesso pericoronário (Pericoronarite)
Infecção purulenta localizada no tecido ao redor da coroa de um dente parcialmente erupcionado
Comumente em terceiros molares Gengiva avermelhada e edemaciada Pode chegar a orofaringe, base da língua e linfonodos Complicações clínicas:
Dificuldade de deglutição Febre Leucocitose Mal-estar
Severidade da pericoronarite e formação de abcessos Aumento nas proporções de bactérias anaeróbias gram -
Sinais e sintomas orais: Capuz pericoronário edemaciado, avermelhado e com sangramento Dores irradiadas ou localizadas Supuração e áreas de ulceração Odor fétido Trismo
Sinais e sintomas sistêmicos: Febre Mal-estar
Tratamento: Fase aguda
Curetagem e irrigação com soro
Bochechos com antissépticos
Medicação sistêmica Miosan 20-40mg/dia, 2 a 4x/dia Dorflex 1 a 2 comprimidos 3 a 4x/dia Amoxicilina 1g seguido de doses de manutenção de 500g
3x/dia durante 7 dias Clindamicina 600mg seguido de doses de manutenção de
300mg 3x/dia durante 8 dias Azitromicina 1g seguido de doses de manutenção de
500mg 1x/dia durante 4-7 dias Fase crônica
Cirurgia periodontal (Cunha distal) ou Exodontia do elemento
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: ABCESSO PERIODONTAL X PERIAPICAL
PERIODONTAL PERIAPICAL
BOLSA PERIODONTAL SIM SIM OU NÃO VITALIDADE PULPAR SIM OU NÃO NÃO
PERDA ÓSSEA LATERAL ÁPICE
ESTÁGIO VI
57
PERIODONTIA PERIODONTIA E ODONTOLOGIA RESTAURADORA: AUMENTO DE COROA
o Espaço biológico é a principal linha de defesa
contra bactérias patogênicas na região entre o dente e o osso.
o Aumento de coroa clínica: Sem invasão do espaço biológico:
Gengivoplastia Gengivectomia
Com invasão do espaço biológico: Aumento de coroa clínica com
osteotomia
o Gengivoplastia: Definição: Procedimento cirúrgico
através do qual a gengiva é corrigida (recontornada), retornando a sua forma e função normais.
Objetivo: Estabelecer contornos gengivais fisiológicos a fim de propiciar ao paciente uma correção estética da hiperplasia inflamatória e um ambiente mais favorável para manutenção da saúde periodontal, através de um adequado controle do biofilme, e uma estética mais satisfatória.
Indicações: Eliminação de margens gengivais espessas Eliminação de fissuras e crateras gengivais superficiais Correção de papilas gengivais deformadas pela GUN Correção de desníveis gengivais de dentes adjacentes (assimetria do sorriso) Eliminação de pigmentações melânicas (melanoplastia)
Contra-indicações: Quando a deformidade gengival estiver relacionada a defeitos do contorno
ósseo subjacente Recessões gengivais Na ausência de gengiva inserida Na presença de processos locais agudos
Vantagens:
Técnica cirúrgica simples
Fácil de ser executada
Pós-operatório confortável
Reparação rápida
Sem invasão do espaço biológico: Contorno gengival irregular Aumento gengival Sem necessidade de osteotomia
Alteração da posição dental: Má posição Giroversão
ESTÁGIO VI
58
Faixa de tecido queratinizado Espessura e largura de gengiva inserida Varia de acordo com a posição do dente na arcada
o Gengivectomia: Definição:
Procedimento cirúrgico que promove remoção do tecido gengival (Que excisa
o tecido gengival e não apenas o recontorna, como o faz a gengivoplastia).
Incisão da parede mole de uma bolsa periodontal patológica, formando um
bizel externo com a superfície exposta à cavidade oral.
Indicações: Eliminação de bolsas gengivais (Pseudobolsas) Eliminação de bolsas supra-ósseas de profundidades semelhantes Eliminação de hiperplasias gengivais (Aparelhos ortodônticos) Eliminação do crescimento gengival droga-induzido e outros tipos de aumento
gengivais Eliminação de crateras gengivais interproximais extensas Aumento de coroa clínica (Quando a coroa anatômica é, de fato, maior que a
cora clínica) Correção do sorriso gengival – somente nos casos de erupção passiva
alterada (Após a erupção dentária as margens gengivais não recuam apicalmente para o nível da JCE, permanecendo na convexidade cervical da coroa, tornando assim a coroa clínica menor do que a coroa anatômica)
Contra-indicações: Eliminação de bolsas supra-ósseas de profundidades diferentes Eliminação de bolsas infra-ósseas Eliminação de bolsas que atingem ou ultrapassam o limite mucogengival (O
que implicaria na remoção completa da gengiva inserida) – técnica c/ bizel interno
Conformação anatômica do palato Sítios com defeitos e crateras ósseas Processos agudos
Técnica:
Assepsia do campo Anestesia Isolamento do campo Marcação da profundidade das bolsas Incisão primária Incisão secundária Excisão do tecido Remoção do tecido de granulação Raspagem e aplainamento radicular Plastia gengival Serra-serra e irrigação com soro fisiológico Proteção da ferida com cimento cirúrgico Manutenção pós-operatória
Gengivectomia com necessidade de osteotomia: Observar presença de protuberâncias ósseas Em casos de gengivectomia em um dente para possibilitar o restabelecimento
do espaço biolófico, observar altura da crista óssea
ESTÁGIO VI
59
Utilização de brocas, limas ósseas e cinzéia
o Aumento de coroa clínica com invasão do espaço biológico: Indicações:
Preparo para prótese Restaurações Fraturas Cárie radicular Endodontia
Técnica: Profundidade de sondagem Primeira incisão: Bizel invertido na distal do elemento e no restante dos dentes,
fazer intra-sulcular Afastamento do retalho Segunda e terceira incisão Osteotomia e osteoplastia
Cinzéis e lima óssea Readaptação do retalho Sutura interdental interrompida Limpeza da ferida cirúrgica Cuidados pós-operatórios:
Bochechos com clorexidina Analgésicos Antiinflamatórios Antibióticos
ESTÁGIO VI
60
PRÓTESE TOTAL DEFINIÇÃO E TIPOS DE PRÓTESE
o Prótese total:
Prótese total é o nome da prótese dentária, que substitui artificialmente os dentes perdidos de toda uma arcada dentária, inferior, superior ou ambas, sendo este o termo utilizado pelos profissionais da odontologia e técnicos em Prótese dentária, sendo eles que confeccionam as próteses a partir de modelos feitos pelos dentistas. Em linguagem popular é conhecida por dentadura.
o Classificações: Quanto à fixação e transmissão dos esforços mastigatórios:
Prótese removível: PT PP
Prótese fixa Quanto ao suporte:
Muco-suportada Dento-suportada Dento-muco-suportada Implanto-suportada
Quanto ao número de dentes: Parcial Total
ESTÁGIO VI
61
PRÓTESE TOTAL EXAME DO PACIENTE
o Anamnese:
Queixa principal Identificação do paciente História médica História buco-dental História protética
o Exame clínico: Exame físico
Extra-oral: Formato do rosto (Seleção dos dentes artificiais) Perfil facial (Orienta a montagem dos dentes) Lábios (Auxilia na montagem estética dos dentes) Abertura bucal Músculo orbicular do lábio Sulcos naso-labial/naso-geniano Filtro-labial Volume – gordo/magro Assimetria facial Linha mediana
Exame intra-oral: Tonicidade muscular Verificar a mucosa Se há presença de rebordo flácido Resiliência da mucosa (Se é muito, pouco ou média)
Resiliência média é a mais favorável Patologias associadas a próteses mal adaptadas
Hiperplasia fibrosa inflamatória – Câmara sucção Hiperplasia papilar inflamatória
Forma do arco Quadrado Triangular Oval
Forma do rebordo Normal
Prognóstico bom
Bom suporte e estabilização Estrangulado
Prognóstico ruim
Indicado cirurgia Alto
Prognóstico bom Baixo
Prognóstico bom Lâmina de faca
Prognóstico ruim
Indicado cirurgia
ESTÁGIO VI
62
IDEAL
Cortical óssea densa
Crista plana e ampla
Vertentes altas
Conjuntivo firme Inclinação do rebordo Superfície do rebordo
Se há espículas ou irregularidades ósseas Inserções musculares Frênulo labial Relação intermaxilar
Classe I Classe II Classe III
Reasorção óssea Forma do palato Língua Tórus palatino ATM Saliva
Quantidade:
Normal
Excessiva: Diminui a retenção, prejudicando a moldagem
Deficiente: Ulceração (Avitaminose, menopausa, idade, diabetes) Qualidade:
Fluida, serosa ou aquosa
Viscosa, espessa ou mucosa Exames complementares:
Exames radiográficos Exames dos modelos
ESTÁGIO VI
63
PRÓTESE TOTAL MOLDAGEM INICIAL
o Objetivos:
Mínima deformação dos tecidos de suporte Extensão correta para a base da prótese Vedamento periférico funcional Contato adequado da base da prótese com o rebordo
o Materiais: Alginato
Fácil manipulação Produz menores deformações aos tecidos de revestimento do rebordo Boa fidelidade de cópia Material de escolha
Godiva Utilizado para muito pouco rebordo Material a base de resina termoplástica Moldar rebordos edentados inferiores severamente reabsorvidos Não afasta musculatura inserida no rebordo Comprime e deforma mais os tecidos que os materiais
o Técnica: Alginato (Indicado em casos de retenções, extrações recentes ou rebordos flácidos),
godiva de alta fusão ou silicone Utilizado moldeira de estoque
Bacia rasa e cabo biangulado Se posiciona sem deformar as inserções musculares
Individualização da moldeira Com cera 7 e testa novamente no paciente para ver se está bem adaptado
Manipulação do alginato Molda o paciente Desinfecção com hipoclorito de sódio a 1% Modelo inicial com gesso pedra tipo III
Vaza o molde com gesso para poder confeccionar os modelos de estudo
ESTÁGIO VI
64
PRÓTESE REMOVÍVEL PRINCÍPIOS BIOMECÂNICOS
ESTÁGIO VI
65
PRÓTESE REMOVÍVEL DELINEADORES
o Trata-se de uma aparelho bastante simples composto uma haste vertical, uma platina, e
pontas acessórias (O modelo mais utilizado). Sobre a platina é fixado o modelo. A platina tem uma conexão universal (Esférica) com a base e isso permite movimentação livre em todos os ângulos, até que se determine qual o melhor eixo de inserção da PPR.
o A haste vertical é fixa no plano horizontal, porém permite movimentos de elevação e abaixamento das pontas acessórias. As pontas acessórias são as seguintes:
Pontas analisadoras – Determinam a trajetória de inserção mais aceitável.
Ponta protetora do grafite – Utilizada para prender e proteger o grafite, quando este estará contornando a superfície dos dentes. Dessa maneira determina-se o equador protético de cada dente segundo o eixo de inserção que foi determinado.
Pontas calibradoras de retenção – Medem ou determinam a quantidade de retenção obtida pelo grampo em determinada área do dente. Podem ser de 0,25, 0,50 e 0,75 mm. Idealmente utilizamos retenção de 0,25 mm (Ou 0,1 polegadas). Servem para determinar em todos os dentes pilares a mesma quantidade de retenção.
o Pontas recortadoras de cera (Facas) – São utilizadas principalmente para preparar os planos-guia de coroas na fase do enceramento.
o Principais funções do delineador: Determinar o eixo de inserção mais favorável para a PPR (Funcional e estético) Demarcar os equadores protéticos dos dentes pilares Localizar e medir as zonas retentivas dos dentes Determinar no modelo de estudo os desgastes prévios necessários de contornos
dentais excessivos (Melhorando a relação entre braço de retenção e de oposição) Determinar planos-guia em múltiplas restaurações fundidas para que haja
paralelismo entre elas. Localizar e preparar encaixes de semi-precisão, bem como de precisão.
o De posse do modelo delineado, pode-se planejar o preparo necessário para a boca, e tendo executado esse preparo, parte para o planejamento da PPR propriamente dita.
ESTÁGIO VI
66
PRÓTESE REMOVÍVEL PLANEJAMENTO
o Classificação do arco parcialmente edêntulo:
Classe I: Desdentado posterior bilateral
Classe II: Desdentado posterior unilateral
Classe III: Espaço protético intercalar
Classe IV: Espaço protético anterior (Linha média)
o Desenho dos apoios oclusais:
“Impedir deslocamento ocluso-gengival da PPR”
“Transmissão da carga mastigatória aos dentes”
Localizam-se, preferencialmente, vizinho ao espaço protético:
Em casos de Classes I e II, ou seja, com extremidade livre, deve ser sempre
pela mesial para evitar alavanca tipo I.
No entanto, existem situações nas quais é necessário distalizá-lo do espaço
protético, por exemplo:
Alguns casos de Classe III e IV.
Em áreas estéticas, quando for usar o grampo MDL modificado.
o Desenho dos grampos de retenção:
Localizados pela vestibular, são eles:
Se a questão não informar sobre o 2º molar antagonista, devemos optar pelo menor braço de alavanca, ou seja,
reabilitar até o 1º molar.
ESTÁGIO VI
67
MDL Modificado – Dentes anteriores, pois é um grampo estético. Ele é
retenção e oposição em um só grampo. Apenas uma pequena ponta ativa
retentiva, aparece por vestibular. Utilizado em Classe III e IV quando o pilar for
dente anterior.
Circunferencial – Dentes posteriores.
Em “T” – Para todos os dentes quando se encontram vizinho ao espaço
protético, em região dentomucossuportada (Classe I e II), pois garantem maior
retenção.
o Desenho de grampos de oposição:
Localizados pela palatina/lingual, são eles:
MDL – Oposição em dentes anteriores, associado com o grampo de retenção
em “T”, em extremidades livres (Classe I e II). Não é necessário colocar Plano-
Guia quando usa o MDL.
Circunferencial – Usado em associação com o grampo de retenção em “T”, em
extremidades livres (Classe I e II) e quando não é em área estética, pois nesse
caso usaria o MDL.
Em anel – Usado quando há apenas dois dentes remanescentes, pois ele é
grampo de estabilização.
o Desenho do conector maior:
Maxila:
Barra ântero-posterior: Usado quando tem muitos dentes remanescentes.
Cobertura total do palato: Usado quando tem poucos dentes remanescentes.
Mandíbula:
Barra lingual: 8mm ou mais de margem gengival
Placa lingual: 5mm de margem gengival
Barra vestibular: Tórus ou dentes lingualizados
o Desenho das selas:
Deve recobrir toda a parte edêntula para evitar movimentação e torque no pilar.
Preenche o espaço protético e serve de base para a fixação dos dentes artificiais,
além de transmitir as forças mastigatórias ao rebordo residual.
A sela é unida ao conector maior.
o Desenho dos conectores menores:
Sempre partem do apoio e se unem ao conector maior.
o Desenho dos retentores indiretos:
Localizam-se, preferencialmente, distante do espaço protético.
Evita o eixo de rotação real nas Classes I e II, pois as Classes III e IV são
dentomucossuportadas.
Deve ser planejado de forma a se localizar a 90º da linha de fulcro e equidistante
dos dentes pilares.
Classe III não precisa de retentor indireto, porque é dentomucossuportada e não tem
eixo de rotação.
Grampo geminado fornece retenção indireta.
o Desenho dos planos guias:
Eles garantem o eixo de inserção e remoção da PPR.
Caso a questão não informe nada, devemos desenhar a BARRA LINGUAL.
- Classe I e II: Estender até o final do rebordo que deseja reabilitar.
- Classe III: Estender até os últimos apoios.
- Classe I e II: Estender um pouco além dos últimos apoios.
- Classe III: Estender até os últimos apoios.
ESTÁGIO VI
68
PRÓTESE FIXA PRINCÍPIOS BIOMECÂNICOS EM PF
o Definição de Preparos Dentários em Prótese Fixa: “Desgaste seletivo de esmalte e/ou
dentina, em quantidades e áreas pré-determinadas, com uma sequência de brocas, com a
finalidade de criar espaço para uma prótese”.
o Preparo:
Desgaste das paredes axiais: O retentor de prótese fixa obrigatoriamente receberá
uma coroa total, logo ele terá que ser desgastado.
Angulação: O preparo deverá ter uma certa angulação, e isso ajudará com que o
preparo receba a prótese.
Localização do término cervical: A localização é muito importante para o preparo.
Ela vai depender do dente que está tratando e da área.
Integridade pulpar: Preparo cavitário muito extenso compromete a polpa e tendo que
fazer uma endodontia e depois colocar o pino. Infelizmente, há casos que não tem
como fugir desse comprometimento pulpar, que são, por exemplo, os dentes
inclinados, girovertido, etc.
Integridade periodontal: Não pode fazer nenhum preparo que vá prejudicar os
tecidos periodontais, para não causar nenhum tipo de trauma ou inflamação.
Espessura do material: É em relação à infra-estrutura: Metálica ou cerâmica.
o Requisitos em que a restauração indireta deve ter:
Devolver função e estética
Deve ser resistente aos esforços mastigatórios
Proteção tanto do periodonto, quanto do complexo dentina-polpa
Prevenção de cáries no término, tendo em vista que ela deve estar adaptada à raiz,
sem perda da integridade marginal, de forma que nessa área não tenha acúmulo de
placa e nem retenção de biofilme.
o Preparo ideal deve obedecer aos três princípios:
Princípios biológicos:
Tecido dental
Periodonto
Polpa
Princípios mecânicos:
Rigidez estrutural
Resistência
Retenção
Princípios estéticos:
Margens do preparo
Espessura porcelana
Anatomia oclusal
o Princípios Biológicos:
Preservação do órgão pulpar:
Preparo cavitário inadequado:
ESTÁGIO VI
69
Se ele for muito extenso, pode atingir a polpa.
Deve ser bem refrigerado.
Deve ser feita em alta rotação.
Velocidade da rotação: Deve ser sempre feito em alta rotação, com
exceção do acabamento; Quanto maior a velocidade da broca, menor a
sua trepidação e menos calor, ou seja, menos injúria à polpa.
Deve levar em consideração o tamanho, forma e que a broca esteja em
condições adequadas, pois ela deve ser nova para facilitar o trabalho e
não esquentar e prejudicar os tecidos. Assim, com ela velha deverá
fazer maior pressão e maior tempo de contato proporcionando injúrias.
Evolução do processo carioso:
Se evoluir, pode atingir a polpa.
Trauma:
Dente escurecido devido a trauma.
É necrosado.
Materiais restauradores
Preservação do periodonto:
Respostas dos tecidos gengivais:
Todo e qualquer procedimento de menor invasão que tenha, há injúrias
ao periodonto. Logo, deve-se buscar uma menor injúria possível.
Contornos das coroas protéticas:
Elas devem ter contorno adequado, pois caso isso não aconteça,
poderá causar cárie, impactação alimentar e injúria ou inflamação ao
periodonto.
Sobrecontorno (Causa acúmulo de placa), normal e subcontorno (Tem
contato direto com a gengiva, então os alimentos passam a causar
trauma na região).
Localização das margens das restaurações:
Restringe-se o preparo até a coroa clínica.
Deve-se usar fio retrator para proteger o periodonto, para afastar o
epitélio e visualizar o limite do sulco.
Supragengival (É o melhor, pois é o menos profundo da margem
gengival), gengival e subgengival (Tem o pior prognóstico, pois tem a
maior e mais intensa resposta inflamatória por invadir o espaço
biológico).
A localização da margem subgengival é um mal necessário, pois em
áreas estéticas como nos dentes superiores anteriores, a margem deve
estar sub e não supragengival. O ideal é que fosse feito supragengival
em todos, porém não haveria estética.
Sulco gengival (0,2 – 0,8mm) + Epitélio juncional (0,9 – 1,5mm) +
Inserção conjuntiva (0,9 – 1,5mm) = Espaço biológico (2,5 – 3mm).
Não pode invadir o espaço biológico porque haverá compressão das
fibras, desencadeando uma isquemia, provocando uma inflamação,
exudato, sangramento, etc.
ESTÁGIO VI
70
Preservação do tecido dentário:
Quantidade de desgaste: Amplo em superfície e raso ou profundo (Menos
extenso, mais profundo).
Deve acompanhar a anatomia do dente.
Deve ser um desgaste homogêneo.
Deve usar fio de aço em dentes vizinhos em que não vai fazer desgastes
neles, para poder desgastar o ponto de contato, mantendo íntegro o elemento
adjacente.
o Princípios Mecânicos:
Retenção:
Conceito: “Propriedade de uma restauração resistir ao deslocamento no
sentido contrário ao eixo de inserção, quando submetida a uma força de
tração.”
Retenção friccional é o tipo de retenção que se encontra na PPF.
Conceito de retenção friccional:
Contato existente entre as superfícies internas da restauração e as
externas do dente preparado.
Deve levar em consideração:
Inclinação das paredes:
Paralelismo x Resistência friccional: A resistência friccional é
diretamente proporcional ao paralelismo entre as paredes.
Quanto mais paralelas elas forem, maior será a resistência
friccional. Porém, se elas estiverem totalmente paralelas entre si,
não irá favorecer a cimentação, pois o cimento não irá escoar e a
coroa ficará alta, então deve-se dá uma leve inclinação ao
preparo.
Terço médio-cervical (Retenção friccional) – 2º a 5º
Terço médio-incisal ou oclusal – 5º a 10º
Em coroas curtas deve-se fazer retenções adicionais, que é a
confecção de sulcos nas paredes axiais.
Largura suficiente do preparo:
Melhor a altura ser igual do que a largura, porém caso isso não
seja possível, é melhor quando a altura é maior do que largura.
Rugosidade da superfície:
Ela deve ter microretenções, pois é capaz de ajudar na retenção
do cimento.
Se a rugosidade for em excesso, irá prejudicar a moldagem (Pois
ela irá rasgar) e não irá ter adaptação da infra-estrutura.
O preparo bem acabado é diferente de um preparo polido: Melhor
o preparo ser bem acabado, do que ser bem polido.
Área de contato:
Quanto maior a área de contato, maior a retenção.
ESTÁGIO VI
71
Estabilidade:
Conceito: “Propriedade de um preparo em prevenir o deslocamento da
restauração quando submetido às forças oblíquas, que podem levar à rotação
da mesma”.
Durante a mastigação irá ter um ponto de fulcro, e fará com que a restauração
se desloque, assim a fim de buscar a estabilidade, irá criar uma área de
resistência ao deslocamento.
Estabilidade:
Relação altura x largura:
Quanto maior a largura em relação à altura, maior o raio de
rotação e menor a área de resistência.
Quanto maior a altura, maior a resistência.
Se a largura for maior do que a altura, não terá resistência
adequada.
Em casos de que a largura é maior do que a altura, pode-se criar
uma retenção adicional, para diminuir o raio de rotação,
consequentemente irá aumentar a área de resistência.
Conicidade do preparo
Integridade do preparo:
Quanto mais tecido sadio tiver, menor a chance desse tecido
fraturar.
Um dente restaurado deve ser avaliado a condição dessa
restauração.
Um dente em que a restauração não está em boas condições,
deve fazer tratamento endodôntico (Sob indicações protéticas) e
após confeccionar núcleo metálico fundido.
Rotação ao redor do eixo:
Em raízes cônicas, para evitar a rotação, deve fazer desgastes
para travar a estrutura.
Quando é feito na raiz, o desgaste é feito por palatina. Já quando
é feito no núcleo, o desgaste é por palatina ou vestibular.
Paralelismo entre os pilares:
É obtido através de desgaste.
Se o dente for inclinado é indicado à confecção de um núcleo.
Rigidez estrutural:
Conceito de resistência: “O preparo deve ser executado de forma a permitir
que a restauração apresente espessura suficiente para resistir aos esforços
mastigatórios”.
Durante o desgaste ou redução tecidual, se desgastar o necessário, irá ter
translucidez na porcelana, a cor dela vai ser adequada e os contornos da
porcelana irão ser normais.
O preparo para metalocerâmica é mais conservador do que para metal-free.
Sobre um preparo para metal-free fazer uma prótese metalocerâmica. Porém
ESTÁGIO VI
72
sobre um preparo para metalocerâmica não pode fazer uma prótese metal-
free, devido à espessura.
Integridade marginal
o Princípios Estéticos:
Margens do preparo:
O subgengival terá mais desgaste de esmalte, maior retenção e mais estética
em relação ao supragengival.
O que causa mais dano ao periodonto, maior chance de falhar e o mais difícil
de moldar é o subgengival.
Em área estética infelizmente o que deve-se fazer é o subgengival, por ser
estético.
Espessura porcelana:
Se a espessura da porcelana for pouca, ela não vai ficar estética.
Se o desgaste for pouco pode fraturar, perfurar a prótese e não vai ser
estético.
Já se a espessura de desgaste for muita, vai causar dor pós-operatória,
chance de necrosar a polpa e causar deslocamento da restauração porque não
tem retenção e nem resistência.
Anatomia oclusal
Forma e simetria:
Face
Gengiva
Lábios
Dentes
ESTÁGIO VI
73
PRÓTESE FIXA PREPARO PARA COROAS METALOCERÂMICAS
o Preparo ideal deve obedecer aos três princípios:
Princípios biológicos:
Tecido dental
Periodonto
Polpa
Princípios mecânicos:
Rigidez estrutural
Resistência
Retenção
Princípios estéticos:
Margens do preparo
Espessura porcelana
Anatomia oclusal
o Preparo ideal deve obedecer aos três princípios:
Princípios biológicos:
Tecido dental
Periodonto
Polpa
Princípios mecânicos:
Rigidez estrutural
Resistência
Retenção
Princípios estéticos:
Margens do preparo
Espessura porcelana
Anatomia oclusal
o Preparo dentário:
Quando preparar?
Quando precisa de espaço para colocar um retentor.
Determinar através de desgaste com pontas diamantadas de forma específica
para receber a restauração protética.
Por que preparar?
Porque deve ter espaço para receber as restaurações.
Oferece a relação do preparo com a restauração.
Quantificação mais precisa do desgaste.
Preservação da estrutura dental, pulpar e gengival.
Deve ter retenção e estabilidade.
Prótese adaptada ao dente suporte.
Término marginal adequado.
Longevidade do tratamento.
ESTÁGIO VI
74
Como preparar?
É feito com pontas de tamanhos e formas específicas para dar o formato
adequado.
Brocas novas
Alta rotação
Bastante irrigação
Noção real da quantidade do desgaste, pois a princípio é desgastado, ou seja,
é feito o preparo apenas de uma metade do dente. Logo, dá para ver a
estrutura íntegra e a outra já desgastada, dando para comparar e perceber se
está rasa ou profunda demais.
Esse preparo de uma metade do dente serve como guia para o desgaste de
todo o dente.
Material restaurador:
Saber qual tipo de material vai usar, pois cada tipo é um desgaste e
espessura diferente:
Coroa metálica: O desgaste é menor.
Coroa metalocerâmica: O desgaste é intermediário.
Coroa metal-free: O desgaste é maior.
Dente / Área a ser preparada:
Tem que saber qual o dente, pois o preparo e o término de um incisivo
não vão ser o mesmo preparo de um molar.
Diâmetro e forma das pontas diamantadas:
Através delas que irá orientar o preparo.
o Terminações cervicais:
Fatores que interferem na escolha das terminações cervicais do preparo:
Fatores locais:
Como está o periodonto, por exemplo, e onde o dente está localizado.
Fatores estéticos:
Aonde tem que colocar a margem.
Material da restauração:
O tipo de material que vai usar.
O término cervical vai depender de dois fatores:
Integridade marginal:
Deve dar integridade marginal, ou seja, uma linha de adaptação
adequada, pois não pode ser um fator causal de iatrogenia, não pode
permitir passagem, nem dar sobrecontorno.
Mesmo estruturas bem adaptadas há microinfiltrações, assim para
barrar isso, deve melhorar o preparo com material cimento-resinosos.
Antes era usado cimento de zinco, porém hoje é usado cimento-
resinoso, pois o cimento de zinco é solúvel em saliva, provocando fenda
marginal, acúmulo de alimento, retenção de placa e cárie. Hoje o
cimento-resinoso não é solúvel em saliva, porém ele não se permite ser
polida para permitir melhor adesão, favorecendo também a retenção de
placa. A vantagem desse material cimento-resinoso é que não sofre
ESTÁGIO VI
75
degradação, não solubiliza, devido à saliva e pode ser usado em metais.
Porém ele é agregante de placa.
Se houver desadaptação marginal, pode ocorrer fendas marginais,
favorecendo entrada de saliva, acúmulo de alimento, retenção de placa
bacteriana e posteriormente presença de cárie.
Adaptação cervical: Deve existir essa adaptação, embora ele não seja total.
o Tipos de Terminação Cervical:
Ombro ou Degrau 90º:
O que é?
Parede axial do preparo forma ângulo de 90º com a parede cervical.
Indicação:
Coroas ocas de porcelana.
Coroas metalocerâmicas com término de porcelana (Não é muito
comum).
Contra-indicação:
Coroas com estrutura metálica.
Características:
Exigência de maior espessura para maior resistência (Causa menos
fratura)
Dificuldade de escoamento do agente cimentante
Desajuste oclusal e cervical
Ombro ou Degrau Biselado:
O que é?
Preparo em ombro com biselamento da aresta cavosuperficial.
Indicação:
Coroas metalocerâmicas com ligas áureas (Ligas de ouro).
Características:
Melhor inserção/adaptação da coroa (Remoção excessiva de estrutura
dentária).
Redução das alterações dimensionais durante queima (Diminui a
desadaptação marginal).
Aumento da resistência funcional
Comprometimento estético
Chanfro ou Côncavo Largo:
O que é?
Parede gengival forma um segmento de circunferência da parede axial
até a terminação propriamente dita.
Indicação:
Coroas de cerâmica pura
Características:
Linha de terminação nítida
Contorno adequado das regiões cervical, vestibular e proximal
Melhor distribuição de tensões
ESTÁGIO VI
76
Menor discrepância marginal e melhor escoamento dos cimentos
Ombro ou Degrau Arredondado:
O que é?
Preparo em ombro, com ângulo áxio-cervical arredondado.
Indicação:
Coroas totalmente cerâmicas.
Características:
Maior desgaste na região cervical (Maior resistência)
Difícil execução para obtenção de uma margem nítida
Diminui a concentração de tensões e facilita o escoamento do cimento
Chanfrado:
O que é?
Junção entre parede axial e gengiva é feita por um segmento de círculo.
Indicações:
Coroas metalocerâmicas com ligas básicas (Não-áureas)
Coroas metaloplásticas
Características:
Espessura adequada para porcelana e metal
Facilidade de adaptação e escoamento do cimento
o Técnica da silhueta (Coroas totais anteriores):
Sulco cervical marginal:
Objetivo:
Delimitar a extensão cervical do preparo.
Broca:
#1014
Método:
Broca inclinada à 45º em relação ao longo eixo de mesial para distal até
o ponto de contato.
Limites: Gengival (Preparos subgengivais) e/ou 1-2mm (Preparos
supragengivais).
Deve seguir a margem da gengiva.
O eixo de referência é o diâmetro da broca.
Profundidade do desgaste: Metade da ponta ativa da broca para metal e
a ponta ativa inteira para metalocerâmicas e metal free.
Sulcos de orientação (Vestibular e linguocervical):
Objetivo:
Orientar a inclinação/profundidade de desgaste nas faces vestibular e 1/3 cervical lingual.
Broca:
Para coroas longas: #3216, #3145 e #4138
Para coroas curtas: #2215 e #2143
Método:
Tanto faz começar por mesial ou distal.
ESTÁGIO VI
77
Face vestibular: Sulco central dividindo a face vestibular em mesial e
distal e um sulco próximo à face proximal, seguindo as inclinações
mésio-cervical e médio-incisal da face; Deve aprofundar toda a broca
(1,2mm).
Face lingual: Dois sulcos no sentido paralelo ao longo eixo do dente;
Deve aprofundar metade do tamanho da broca (0,6mm).
Sulcos de orientação (Incisal):
Objetivo:
Orientar a inclinação/profundidade de desgaste na face incisal
(Resistência e translucidez).
Broca:
Para coroas longas: #3216, #3145 e #4138
Para coroas curtas: #2215 e #2143
Método:
Inclinação de 45º em relação ao longo eixo e dirigidas para a face
lingual (Dentes superiores) e face vestibular (Dentes inferiores).
Deve seguir uma orientação perpendicular ao dentes.
Dois sulcos seguindo a mesma direção dos sulcos vestibulares.
Profundidade de uma broca e meia (1,8mm)
União dos sulcos de orientação:
Objetivo:
Preparar a hemiface do dente através da união dos sulcos de
orientação.
Broca:
Para coroas longas: #3216, #3145 e #4138
Para coroas curtas: #2215 e #2143
Método:
Brocas posicionadas obliquamente aos sulcos de orientação,
respeitando as inclinações dos mesmos.
Estender o desgaste de profundidade de uma broca (1,2mm) até a
metade das faces proximais.
Desgaste proximal:
Objetivo:
Eliminar a convexidade da área proximal, promovendo a separação com
o(s) dente(s) contíguo(s).
Deve remover as áreas de retenção.
Broca:
#3203 (Promove a inclinação de 3º no preparo)
Método:
Proteger o(s) dente(s) vizinho(s) com matriz de aço
Com a broca paralela ao eixo de inserção pretendido, promover o corte
em fatia da proximal do dente, afastando-o cerca de 1mm do(s) dente(s)
vizinho(s).
ESTÁGIO VI
78
“Pulo do gato”: Se iniciarmos o preparo dentário com a eliminação da
convexidade proximal vai causar paralelismo dos preparos e isso facilita
a extensão do preparo para a face proximal e da união dos sulcos de
orientação. (OBS: ESSE PASSO SÓ É FEITO NAS
PRÁTICAS/CLÍNICAS, NÃO DEVE SER CONSIDERADO E NEM
CITADO NA PROVA).
Desgaste lingual:
Objetivo:
Desgastar a concavidade lingual respeitando a anatomia do dente e a
profundidade mínima de desgaste necessário (0,5mm para metal;
1,5mm para metalocerâmicas e metal-free).
Desgaste na área de cíngulo.
Broca:
#3118 (Forma de pêra) e #3168
Método:
Passar a broca paralela ao longo eixo do dente.
Desgastar tendo como referência a metade íntegra do dente, a oclusão
como o antagonista.
“Pulo do gato”: Perfurações-guia palatina – Com a broca #1014 fazer
quatro perfurações na área lingual, aprofundado a broca toda (Para
coroas metalocerâmicas, metal-free ou áreas de maior esforço
mastigatório) ou metade da broca (Para áreas de metal não sujeitas a
esforços mastigatórios). Essa fase serve para orientar o desgaste do
dente, utilizando a mesma broca, evidenciando ainda mais a
racionalidade da sequência do preparo. Isso fornece segurança e
garante um desgaste uniforme.
Preparo da metade íntegra:
Repetir todos os passos anteriores na face oposta em que não tenha feito
preparo ainda (Vestibular ou lingual).
Só não repete a primeira fase (Confecção do sulco cervical marginal), pois ele
já abrange as duas faces.
Preparo subgengival:
Objetivo:
Estender, quando necessário, o preparo subgengivalmente, com 0,5mm
a 1mm.
Broca:
#3216, #2143, #3145, #3097, #3122
Em baixa rotação
Inclinar as paredes de 2º a 5º (Promover a retenção friccional)
Método:
Metalocerâmica: #4138 até 0,3mm intrasucular e #3216 até 0,5mm para
o chanfrado, com metade do diâmetro da broca em contato com o
epitélio sulcular e a outra metade em contato com o dente na parte do
término, sem encostar a broca nas paredes axiais.
ESTÁGIO VI
79
Metal-free: #3097 para definir o limite cervical externo em términos com
ombro arredondado.
Acabamento:
Brocas para acabamento (FF)
Mesma broca utilizada para o desgaste
Brocas multilaminadas
Baixa rotação
Intrumentos manuais:
Recortador de margem gengival
Dicas importantes para não esquecer:
Não é para deixar o preparo polido
É para deixa-lo liso e sem retenção
o Técnica da silhueta (Coroas totais posteriores):
Sulco cervical marginal (Vestibular e lingual):
Objetivo:
Delimitar a extensão cervical do preparo.
Broca:
#1014
Método:
Broca inclinada à 45º em relação ao longo eixo de mesial para distal até
o ponto de contato.
Limites: Gengival (Preparos subgengivais) e/ou 1-2mm (Preparos
supragengivais).
Deve seguir a margem da gengiva.
O eixo de referência é o diâmetro da broca.
Profundidade do desgaste: Metade da ponta ativa da broca para metal e
a ponta ativa inteira para metalocerâmicas e metal free.
Sulcos de orientação (Vestibular, oclusal e lingual):
Objetivo:
Orientar a inclinação/profundidade de desgaste nas faces vestibular e 1/3 cervical lingual.
Broca:
Para coroas longas: #3216, #3145 e #4138
Para coroas curtas: #2215 e #2143
Método:
Tanto faz começar por mesial ou distal.
Face vestibular: Sulco central dividindo a face vestibular em mesial e
distal e um sulco próximo à face proximal, seguindo as inclinações
mésio-cervical e médio-incisal da face; Deve aprofundar toda a broca
(1,2mm). Se desgastar pouco vai prejudicar a estética.
Face lingual: Dois sulcos no sentido paralelo ao longo eixo do dente;
Deve aprofundar metade do tamanho da broca (0,6mm).
Na oclusal deve acompanhar o desenho das cúspides. Se desgastar
pouco vai estar sujeito à fratura.
ESTÁGIO VI
80
Desgaste proximal:
Objetivo:
Eliminar a convexidade da área proximal, promovendo a separação com
o(s) dente(s) contíguo(s).
Deve remover as áreas de retenção.
Broca:
#3203 (Promove a inclinação de 3º no preparo)
Método:
Proteger o(s) dente(s) vizinho(s) com matriz de aço
Com a broca paralela ao eixo de inserção pretendido, promover o corte
em fatia da proximal do dente, afastando-o cerca de 1mm do(s) dente(s)
vizinho(s).
“Pulo do gato”: Se iniciarmos o preparo dentário com a eliminação da
convexidade proximal vai causar paralelismo dos preparos e isso facilita
a extensão do preparo para a face proximal e da união dos sulcos de
orientação. (OBS: ESSE PASSO SÓ É FEITO NAS
PRÁTICAS/CLÍNICAS, NÃO DEVE SER CONSIDERADO E NEM
CITADO NA PROVA).
União dos sulcos de orientação:
Objetivo:
Preparar a hemiface do dente através da união dos sulcos de
orientação.
Broca:
Para coroas longas: #3216, #3145 e #4138
Para coroas curtas: #2215 e #2143
Método:
Brocas posicionadas obliquamente aos sulcos de orientação,
respeitando as inclinações dos mesmos.
Estender o desgaste de profundidade de uma broca (1,2mm) até a
metade das faces proximais.
Preparo da metade íntegra:
Repetir todos os passos anteriores na face oposta em que não tenha feito
preparo ainda (Vestibular ou lingual).
Só não repete a primeira fase (Confecção do sulco cervical marginal), pois ele
já abrange as duas faces.
Preparo subgengival:
Objetivo:
Estender, quando necessário, o preparo subgengivalmente, com 0,5mm
a 1mm.
Broca:
#3216, #2143, #3145, #3097, #3122
Em baixa rotação
Inclinar as paredes de 2º a 5º (Promover a retenção friccional)
Método:
ESTÁGIO VI
81
Metalocerâmica: #4138 até 0,3mm intrasucular e #3216 até 0,5mm para
o chanfrado, com metade do diâmetro da broca em contato com o
epitélio sulcular e a outra metade em contato com o dente na parte do
término, sem encostar a broca nas paredes axiais.
Metal-free: #3097 para definir o limite cervical externo em términos com
ombro arredondado.
Acabamento:
Brocas para acabamento (FF)
Mesma broca utilizada para o desgaste
Brocas multilaminadas
Baixa rotação
Intrumentos manuais:
Recortador de margem gengival
Dicas importantes para não esquecer:
Não é para deixar o preparo polido
É para deixa-lo liso e sem retenção
o Erros comuns dos preparos dentários:
Término irregular
Redução oclusal ou incisal insuficiente
Redução vestibular não uniforme
Redução não acentuada dos dentes
Invasão do espaço biológico
Falta de paralelismo entre os dentes
Invasão do espaço biológico
Falta de paralelismo entre pilares
Paredes divergentes (Áreas retentivas)
ESTÁGIO VI
82
PRÓTESE FIXA RESTAURAÇÕES PROVISÓRIAS
o Conceito de provisório: “É algo estabelecido durante um período, esperando por um
procedimento permanente”.
o Conceito de restaurações provisórias: “São restaurações confeccionadas sobre os dentes
preparados simulando a forma e a função das restaurações definitivas”.
o Restaurações provisórias:
Etapa intermediária de reabilitação, pois depois da confecção do núcleo e do
preparo, inicia-se essa etapa que tem como função proteger o preparo.
Análise do preparo para ver se foi feito de forma correta
Resolver possíveis dúvidas do tratamento
Análise do padrão de higiene do paciente, se ele higieniza bem ou não o
remanescente
Orientação e proteção da cicatrização gengival
o Funções:
Proteção do complexo dentino-pulpar
Proteção do preparo
Manutenção do dente em função
Estabilização da oclusão
Reestabelecimento da fonética
Proteção do tecido periodontal
Auxílio no afastamento gengival
Avaliação do preparo
Restabelecimento da estética
Atender as expectativas
o Características ideais:
Adaptação precisa, pois se não ocorrer, vai ter acúmulo de placa, posteriormente
ocorre infiltração
Possibilidade de conserto e /ou reembasamento
Facilidade de limpeza
Baixo custo
Estética aceitável
Resistência e retenção: Isso está intimamente ligado às características do preparo.
o Coroas provisórias inadequadas:
Se desloca com facilidade
Desadaptação marginal, possivelmente irá ter infiltração
Deficientes ou inadequados
Forma anatômica ruim
Estética insatisfatória
Tecido gengival inflamado, em casos quando não está bem adaptado
o Hipersensibilidade dentinária:
Avaliar:
ESTÁGIO VI
83
Preparo cavitário
Adaptação da coroa provisória
Polimerização (Energia térmica)
Oclusão
Cimento provisório como o eugenol
Necessidade de tratamento endodôntico em casos que não cessa a
hipersensibilidade.
o Restaurações provisórias X Restaurações definitivas:
Forma: Devem ser iguais
Função: Devem ser iguais
Estética: A provisória tem estética desfavorável
o Classificação de acordo com a técnica de confecção:
Técnica direta: Faz tudo na clínica
Técnica indireta: Envolve etapa laboratorial
o Características ideais dos materiais:
Tempo de trabalho adequado
Biocompatibilidade
Estabilidade dimensional
Facilidade de acabamento
Resistência à abrasão
Facilidade de reparo
Compatibilidade química com os agentes cimentantes
Estética aceitável
o Materiais:
Resina acrílica ativada quimicamente:
Vantagens:
Longo tempo de trabalho
Praticidade
Seleção de cor
Desvantagens:
Baixa dureza (Em relação a resina termicamente ativada)
Baixa resistência à abrasão
Pobre estabilidade de cor
Liberação de calor (Reação exotérmica)
Resina acrílica ativada termicamente:
Vantagens:
Melhor resistência à abrasão
Melhor estabilidade de cor
Bom polimento
Desvantagens:
Necessidades de mais passos clínicos
Maior custo
Resina composta
Dentes de estoque
ESTÁGIO VI
84
o TÉCNICA DIRETA:
Passo-a-passo de moldagem prévia:
É feito em elemento restaurado ou íntegro, com bom contato proximal e oclusal
ou substituição de uma coroa com contornos adequados.
Moldagem prévia (Alginato / Silicone)
Confecção do preparo
Lubrificar o preparo com vaselina
Seleção da cor da resina
Manipulação da resina (Pó sobre líquido; Espera chegar à fase plástica)
Colocação da resina no molde
Posicionamento do molde sobre o dente preparado
Remoção do molde após polimerização da resina
Remoção dos excessos de resina
Reembasamento do provisório
Verificar adaptação marginal
Ajuste oclusal
Acabamento e polimento: Pedra pomes + água com escovinha de Robson;
branco-espanha; disco de feltro
Observar:
Adaptação cervical, se não vai haver infiltração marginal
Contatos proximais, pois deve haver esse contato para não deixar a
gengiva descoberta de proteção (Região do col).
Perfil de emergência (É a região que vai sair da gengiva e não pode ser
reto).
Passo-a-passo de Impressão do dente antagonista:
É feito em dentes vitalizados ou desvitalizados com preparo ou núcleo.
Lubrificar o preparo (Isolamento do preparo)
Manipulação da resina acrílica (Fase plástica)
Fazer uma bolinha com a resina
Posicionar a resina acrílica no preparo
Pede para o paciente ocluir em MIH (Impressão do dente antagonista)
Guias de orientação oclusal são as marcas das cúspides
Obtenção do contorno interno
Definição anatômica com a minicut
Reembasamento do provisório
Ajuste oclusal com a minicut
Acabamento e polimento: Pedra pomes + água com escovinha de Robson;
branco-espanha; disco de feltro
Passo-a-passo de uso de dentes de estoque:
Dentes vitalizados ou desvitalizados com preparo ou núcleo.
Principalmente em dentes anteriores.
Seleção do dente de estoque (Cor e tamanho)
Adaptação do dente de estoque
Desgastar por palatina e deixá-lo bem fininho
ESTÁGIO VI
85
Lubrificar o preparo
Acréscimo de resina por lingual/palatino
Reembasamento e ajuste do provisório
Contorno anatômico do provisório
Ajuste oclusal
Acabamento e polimento: Pedra pomes + água com escovinha de Robson;
branco-espanha; disco de feltro
Passo-a-passo do uso de pinos intra-radiculares:
É feito em dentes desvitalizados sem núcleo
Seleciona o fio
Recorte e dobramento do fio
Retenções mecânicas no fio com disco de carborundum (Fazendo retenções
adicionais)
Lubrificar a parte coronária com vaselina
Lubrificar o conduto com gel hidrossolúvel (Não coloca vaselina para não
engordurar o conduto)
Reembasamento do conduto radicular
Seleção e ajuste do dente de estoque
Adaptação do pino no dente de estoque
Reembasamento e ajuste do provisório
Ajuste oclusal
Acabamento e polimento
o TÉCNICA INDIRETA:
É usada a resina termicamente ativada
Vantagens:
Maior durabilidade
Maior resistência
Menor risco de resposta pulpar
Maior lisura superficial
Melhor estética
Desvantagens:
Maior custo
Tempo
Passo-a-passo da técnica indireta:
Preparo
Molda e confecciona modelo de gesso
Enceramento da coroa
Inclusão do enceramento na mufla (É um aparelho que serve para polimerizar
a resina acrílica; A mesma que usa em PT para polimerizar).
Espaço da cera perdida
Aplicação da RAAT (Resina termicamente ativada)
Prensagem
Polimerização da RAAT (Resina termicamente ativada)
Acabamento e polimento
ESTÁGIO VI
86
Reembasamento interno
Ajuste oclusal (Clínico)
o Cimentação temporária:
O agente cimentante deve apresentar:
Baixa solubilidade
Biocompatibilidade
Propriedades mecânicas adequadas
Facilidade de eliminação do excesso
Compatibilidade com o agente de cimentação final
Passo-a-passo:
Limpeza do dente preparado (Usando escova ou taça)
Limpeza da coroa provisória
Isolamento relativo
Manipulação do cimento (São duas bisnagas)
Levar coroa em posição
Pressão digital
Remoção dos excessos
ESTÁGIO VI
87
PRÓTESE FIXA NÚCLEOS INTRA-RADICULARES
o Conceito: “Os retentores são elementos protéticos que buscam retenção intra-radicular ou
intra-coronária para suportar restaurações protéticas totais ou parciais, fixas ou removíveis”.
o Fatores que deixam os dentes tratados endodonticamente mais frágeis:
Perda de estrutura dentária:
Deve haver 100% de resistência na estrutura dentária:
Presença de cristas marginais, aresta transversal e teto da câmara
pulpar (Há 100% de resistência na presença desses três).
Se perder todas essas estruturas, a resistência passa a ser 10%
Redução em até 14% da umidade dentinária remanescente
Uso de substâncias químicas cáusticas e desmineralizantes no tratamento
endodôntico
Perda dos mecanorreceptores da polpa
o Composição dos retentores:
Núcleo: É a parte coronária
Pino: É a parte que fica dentro da raiz
o Núcleo:
Pode está associado ou não a um pino, já que ele é a parte coronária.
Função:
Restaurar o elemento dentário
Reforçar o remanescente coronário em casos que a coroa está muito destruída
Retenção da restauração
Classificação quanto à técnica de confecção:
Direta:
É utilizado em núcleo de preenchimento ou complemento:
Resina composta
Ionômero de vidro
Compômero (Resina composta + Ionômero de vidro)
Indireta:
Metálico fundido:
Ouro tipo III e IV
Prata-paládio
Cobre-alumínio
Níquel-cromo
Cerâmicos:
Injetados
Prensados
Vantagens da utilização da Resina composta:
Módulo de elasticidade próximo à dentina
Adesividade à dentina
Reforço da estrutura remanescente dentária
ESTÁGIO VI
88
Resistência à fratura
Estética
Fácil execução e reparo
Preservação da estrutura dental coronária
Desvantagens da utilização da Resina composta:
Risco de infiltração marginal
Deve ter no mínimo 2mm de remanescente dental
Contração de polimerização (Microtrincas na dentina)
Instabilidade dimensional
Interferência na polimerização quando uso de cimento com eugenol (Deve ter
cuidado com o uso do eugenol, pois ele tem um alto poder alergênico).
Características do Ionômero de Vidro:
Baixa resistência à compressão
Boa adesividade
Tem como vantagem o isolamento térmico, pois dentes não tratados
endodonticamente não sofrem com a mudança de temperatura transmitida
diretamente para a polpa.
Não libera flúor quando em preenchimento.
o Pino:
É a porção intra-radicular ou intra-dentinária do retentor.
Funções:
Retenção do núcleo
Reforço do remanescente radicular
Para usar um pino, o dente deve está tratado endodonticamente.
Usa pino em casos que o remanescente tem menos de 2mm de altura.
Distribuição de força: Núcleo → Pino → Raiz → Ligamento → Osso
Classificação quanto à localização:
Intra-dentinário:
Cimentado
Rosqueado
Por fricção
Intra-radicular:
Metálico fundido
Pré-fabricado – Ex: Fibra de vidro, etc.
Cerâmico
Biológico
Classificação quanto à técnica de confecção:
Direta: É aquela que é feita na própria boca do paciente.
Indireta: É aquela que é feita fora da boca do paciente e deve ser iniciada de
uma moldagem.
Pino intra-radicular – Propriedades desejáveis:
Propriedades físicas semelhantes às da dentina, para não proporcionar fratura.
Adesão à estrutura dental
Ser biocompatível na cavidade oral
ESTÁGIO VI
89
Agir como um amortecedor de impacto, transmitindo pouco estresse ao dente
remanescente, pois não adianta colocar uma prótese que irá causar um
estresse na boca do paciente.
Facilidade técnica e de remoção
Estética
Baixo custo
Radiopacidade
Alta resistência à fratura
Ausência de corrosão
Pino intra-radicular – Metálico fundido:
Classificação das técnicas de preparo:
Direta: É aquela que é feita na própria boca do paciente.
Indireta: É aquela que é feita fora da boca do paciente e deve ser
iniciada de uma moldagem.
Classificação do número de partes:
Corpo único: Esse é o que é abordado.
Bi-partido
Tri-partido
Vantagens:
Pino e núcleo em monobloco
Melhor adaptação geométrica às paredes do canal (Estabilidade e
distribuição de cargas), pois esse pino segue a forma do conduto e é
moldado com resina duralay.
Excelente retenção, superior aos pinos pré-fabricados
Pouca remoção de dentina radicular (Principalmente em canais elípticos
ou cônicos)
Menor risco de perfurações
Alta resistência aos esforços sem deformar ou fraturar
Desvantagens:
Mínimo de duas sessões clínicas (A primeira usa resina acrílica e a
segunda já cimenta o núcleo metálico fundido)
Maior custo laboratorial
Estéticas em coroa metal-free de alta translucidez
Modos de fratura desfavoráveis (Fraturas longitudinais)
Dificuldade de remoção, devido à cimentação
Possibilidade de corrosão
Maior remoção de estrutura dental coronária (Preparo do núcleo)
Alto módulo de elasticidade (10X maior do que a dentina)
Ligas metálicas:
Ouro tipo III e IV: É o mais usado; Apresenta estabilidade dimensional
na fundição; Baixo módulo de elasticidade; É biocompatível; Não sofre
corrosão; Quando tem raízes fragilizadas, ele é o mais indicado para
fazer núcleo estojado.
ESTÁGIO VI
90
Prata-paládio: Propriedades próximas das ligas áureas; Boa alternativa
de menor custo.
Níquel-cromo: Alto módulo de elasticidade; Poder alergênico do níquel.
Cobre-alumínio: Baixo módulo de elasticidade; Corrosão (Coloração da
raiz, fratura e degradação do selamento apical); Uma vez corroído pode
sofrer fratura.
Indicações:
Dentes anteriores e pré-molares sem remanescente que não permitam
um abraçamento cervical de pelo menos 2mm.
Dentes com pouca estrutura coronal em pacientes com parafunção.
Casos de núcleos múltiplos onde se teria maior facilidade de adequar o
paralelismo coronário.
Contra-indicações:
Em pacientes com alta exigência estética, que receberão coroas
cerâmicas sem metal ou cerômeros.
Canais excessivamente amplos, com parede dentinária delgada.
Pino intra-radicular – Pré-fabricados:
Classificação quanto ao tipo de material:
Metálico: Aço inoxidável e titânio (Material biocompatível)
Não-metálico: Fibra de carbono, fibra de quartzo, fibra de vidro,
cerâmico.
Vantagens:
Única sessão clínica
Facilidade de uso
Menor custo
Menor risco de contaminação bacteriana dos canais, justamente porque
tudo é feito em uma única sessão.
Estéticos (Fibra de vidro, de quartzo e cerâmico)
Módulo de elasticidade semelhante à dentina
Modo de fratura favorável, pois o tipo de fratura longitudinal é mais
desvantajoso, entretanto nos pré-fabricados não ocorre esse tipo.
Fácil remoção do interior do conduto
Desvantagens:
União núcleo e pino bastante crítica (Materiais diferentes)
Necessidade de pelo menos 2mm de remanescente cervical
Maior remoção da dentina intra-radicular
Menor adaptação às paredes do conduto
Menor retenção em relação aos núcleos metálicos fundidos
o Biomecânica dos retentores intra-radiculares:
Componentes da distribuição de cargas:
Deve ter pelo menos 2mm de espelho para que ocorra o cintamento (Esse
abraçamento), caso não tenha, não pode usar o pino intra-radicular, deve usar
o metálico fundido.
ESTÁGIO VI
91
Distribuição das cargas inicia na coroa protética e a resultante das forças vai
para a raiz: Coroa protética → Núcleo → Pino e espelho → Raiz
Fatores a considerar para seleção do pino intra-radicular:
Oclusão, pois se ela não tiver estabilizada não pode usar um pino pré-
fabricado, é mais seguro usar um NMF.
Posição do dente no arco:
ANTERIORES POSTERIORES
Recebem cargas axiais, laterais e
oblíquas
Cargas predominantemente axiais
Menor quantidade de tecido dentário
e câmara pulpar pequena
Maior estrutura dentária e câmara
pulpar ampla
Mais de 50% de estrutura (Coroa
unitária) – Não precisa fazer pino, faz
apenas um Núcleo de Resina
Composta, estendendo-se um
prolongamento de 2mm até 3mm
apical a embocadura do canal
Pouca necessidade de pinos intra-
radiculares, pois tem maior quantidade
de remanescente.
Mais de 50% de destruição da coroa
– Deve ser feito um Pino Pré-
fabricado + Núcleo de Resina
Composta
Remanescente de 30% (Coroa
unitária) – Núcleo de Resina Composta
+ Pino pré fabricado
Destruição extensas da coroa, que
não permitem um abraçamento –
Deve ser feito um Pino Pré-fabricado
+ NMF
Remanescente no mínimo de 20% - Se
esse dente for pilar de PPF ou de PPR
– Pino e NMF
Fixação do pino em molares: Dentes
superiores (Raiz palatina é a mais
ampla, logo ela que recebe o pino e as
outras duas raízes recebem apenas
prolongamentos para evitar rotação)
ou Dentes inferiores (Raiz distal é a
mais ampla, logo ela que recebe o pino
e as outras duas raízes recebem
apenas prolongamentos para evitar
rotação)
Remanescente dentário:
Em um dente anterior, será reabilitado com coroa metal-free, paciente
sem parafunção. Ele não necessita usar um NMF, até porque é área
estética, porém ainda deve levar em consideração a quantidade de
remanescente dental.
Configuração, diâmetro e tamanho do canal:
ESTÁGIO VI
92
Se o canal for muito amplo deve ser usado o pino pré-fabricado, pois o
conduto além do pino, recebe também resina, logo deve ter espaço para
abrigar todo esse material.
Se o canal for mais estreito deve ser usado o metálico fundido.
Quanto às características dos pinos, como: Comprimento, diâmetro, formato,
configuração superficial e material.
Possível reversibilidade:
É mais fácil retirar o núcleo metálico fundido, pois ele é um corpo só, já
o pino pré-fabricado ele pode fraturar e ficar o resto do material dentro
do conduto, logo esse último, é de difícil remoção.
Tipo e extensão da prótese a ser realizada:
Se a extensão da reabilitação for grande, deve ser usado o NMF, pois
ele é mais resistente.
Hábitos parafuncionais
Avaliação do tratamento endodôntico e suporte ósseo:
Se o canal for amplo deve usar o pino pré-fabricado, porém caso ele
não seja, deve usar o NFM.
Material da restauração (Estético):
Cerâmica pura + pino = É mais estético.
o Regras do preparo intra-radicular:
Comprimento:
Influencia diretamente na retenção e distribuição das forças
Quanto maior o comprimento, maior área de contato, logo maior retenção
2/3 do comprimento da raiz
Respeitar o 1/3 apical obturado (4mm)
Pelo menos o mesmo comprimento da coroa
Metade do pino deve está circundado de tecido ósseo
Largura:
Influencia diretamente na resistência do pino e raiz
1/3 do diâmetro da raiz
Retenções e desgastes excessivos devem ser corrigidos com Resina
composta
Reforço da estrutura (Fragilidade), pois devem ser preenchido a estrutura para
diminuir a abertura, visto que o conduto deve ser amplo.
Forma:
Segue a anatomia interna da raiz:
Oval: Dificulta a rotação do pino
Circular: Para evitar rotação, deve ser feito canaletas ou travas anti-
rotacionais
Assentamento:
Assentamento deve ser passivo (Bem adaptado às paredes do canal sem
induzir tensões), pois não pode gerar tensões porque pode levar à fratura.
Influencia diretamente na retenção e distribuição de cargas.
ESTÁGIO VI
93
o Confecção do Núcleo Metálico Fundido:
Preparo coronário:
Deve ter no mínimo 1mm de espelho, para garantir distribuição de forças,
abraçamento e assentamento do núcleo.
Remoção de retenções da câmara pulpar, pois deve entrar de forma passiva,
sem retenções.
Preparo do conduto:
Odontometria, pois deve escolher o pino de acordo com o tamanho da raiz
Regra dos 2/3, pois deve deixar 1/3 para o selamento apical
4mm de obturação apical
Deve estar implantado 1/2 na crista óssea
Diâmetro do pino 1/3 da parede.
Se a forma dele for oval não faz nada, porém se ele for circular, deve fazer
canaletas anti-rotacionais
Modelagem do conduto:
Provar o bastão de resina (Pinjet)
Remove o bastão e isola o conduto (Pode ser feito o isolamento com gel
hidrossolúvel, glicerina e etc, sendo aplicado com uma lima).
Manipular resina acrílica (Resina na fase plástica é a ideal)
Aplica monômero no bastão para melhorar a retenção
Inserir o bastão no canal e tentar o adaptar (Ficar inserindo e removendo o
bastão antes de tomar à presa)
Preparar a porção do núcleo:
Com a expulsividade necessária, sem paredes paralelas
Envia para o laboratório
Prova e ajuste no paciente