apostila de jornalismo on-line

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Page 1: Apostila de Jornalismo on-Line

Apostila de jornalismo on-line, novas mídias e tecnologias

Este material foi criado a partir de conceitos expostos em questões de provas de concursos para jornalistas realizados pelas principais bancas organizadoras

como Cespe, Cesgranrio, UFRJ e Fundep. A abordagem é superficial, constituindo-se apenas num resumo que poderá auxiliar os concurseiros em seus estudos e não substitui a leitura de bibliografia específica sobre o tema.

Os códigos comunicacionais das novas mídias têm como principais características suporem uma composição que faz uso de códigos digitais e introduz representações numéricas. O emissor-receptor está fora da massa. “Abandono da marca da manipulação para entrar na ilusão da mediação”. (Pierre Lévy) Multimídia: convergência tecnológica do telefone, computador e televisão, criando um novo meio/veículo como porta de entrada para a mesma base de conteúdos. Consequências das novas tecnologias: • Maior capacidade de transmissão; • Maior escolha para o consumidor; • Conjunto integrado de serviços; • Personalização dos conteúdos e interatividade. Villela, in Caldas (2002), aponta seis tendências para o jornalismo digital do novo milênio, que são: leveza, rapidez, exatidão, visibilidade, multiplicidade e consistência. Segundo Caldas, as exigências do mercado, novas tecnologias e a mudança na estrutura das redações de jornais têm como consequência o incentivo a um conteúdo superficial na abordagem e repetitivo na exploração dos mesmo assuntos. Segundo o autor Bernardo Kucinski, o jornalismo on-line, principalmente o econômico, tem três características essenciais: público de especuladores e instituições financeiras; velocidade em detrimento da precisão, contextualização e interpretação e uso on-line como pauta e não como texto final. Ciberespaço: rede sem centro nem periferia. História do Jornalismo On-line: O primeiro jornal a ter seu conteúdo na internet foi o The New York Times. No Brasil, o Jornal do Brasil lançou seu conteúdo na rede em 1995. O UOL foi o primeiro jornal em tempo real em português na América Latina (1996).

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Webjornalismo: o primeiro tipo foi o transpositivo que consistia na disponibilização on-line do conteúdo idêntico ao impresso como forma de estimular a assinatura das versões impressas. O segundo estilo, chamado de perceptivo, agregava maior número de recursos oferecidos pelas tecnologias da rede. Neste estilo, ainda permanece o molde transpositivo, pois a produção interna do conteúdo de um jornal on-line estava relacionada com os textos produzidos para o jornal impresso, fazendo apenas um reaproveitamento desses. Era usado pela maioria dos sites transmissores de notícias on-line. Já o terceiro estilo é chamado de hipermidiático, sendo o mais recente, porque nele constatamos que alguns jornais usam mais constantemente os recursos hipertextuais, disseminando os recursos multimídias que a rede oferece. Este estilo usa de muita interatividade e como produto de notícias ou opinião é um grande trunfo para ser explorado. Características do Webjornalismo: • Instantaneidade: rapidez na divulgação da informação (proximidade com o rádio); • Interatividade: comunicação baseada na reciprocidade (enquetes, sugestões, fóruns, etc); • Perenidade: sem limitações de tempo e espaço (arquivamento/memória); • Multimidialidade: convergência. • Hipertextualidade: texto fragmentado possibilitando a navegação na rede para o aprofundamento da informação (nós e elos entre os nós = hipertexto e hiperlinks); • Personalização do conteúdo: customização. Técnicas para a escrita on-line: na web, títulos, fotos e chamadas têm maior destaque. A leitura é tipo scaner, por isso as matérias devem ser editadas em bloco e utilizando tabelas, hiperlinks e gráficos. O papel é linear, isto é, a leitura ocorre a partir do canto superior esquerdo, palavra por palavra. Já na Internet ela é não-linear. A não-linearidade da informação exige que o material mostrado na tela do monitor suscite no leitor a confiança de que ele encontrará no site a informação procurada. A leitura on-line é mais vigorosa e, assim, a recomendação é que o texto preparado para a Internet seja cerca de 50% mais curto do que o escrito para papel. Na Web, as frases devem ser curtas e os parágrafos devem ter no máximo cinco ou seis linhas para uma leitura mais fácil e agradável. “As matérias sejam divididas em segmentos de texto que não ultrapassem 100 palavras, de maneira que cada palavra existente no bloco esteja visível na tela do monitor", Kilian (1999: 8). Pirâmide Deitada: A pirâmide invertida, em que a ordem de relevância dos fatos estabelece a forma com que a notícia será apresentada ao leitor, consagrada nos meios impressos onde há limitações de caracteres e espaço, teve sua lógica quebrada com a propagação da informação nos meios eletrônicos. Na web, o leitor passar de um nível de menos informação

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crescente ao de mais informação, observando-se 4 níveis para o tratamento da informação surgindo então uma pirâmide deitada:

O Nível de Unidade Base – o lead – responderá ao essencial: O quê, Quando, Quem e Onde. Este texto inicial pode ser uma notícia de última hora que, dependendo dos desenvolvimentos, pode evoluir ou não para um formato mais elaborado. O Nível de Explicação responde ao Por Quê e ao Como, completando a informação essencial sobre o acontecimento. No Nível de Contextualização é oferecida mais informação – em formato textual, vídeo, som ou infografia animada. O Nível de Exploração, o último, liga a notícia ao arquivo da publicação ou a arquivos externos. Hiperlink: remete o usuário a outra parte do texto. Hipertexto: também chamado de paratexto, constitui o processo básico para outros dispositivos e elementos do jornalismo on-line, tais como intratextualidade, descentralização e multivocalidade; página on-line a que é remetido o leitor dentro de um texto. O termo hipertexto designa uma forma não linear de apresentar a informação textual, a partir de links em imagens ou palavras-chave. Um hipertexto pode conter, além do texto alfabético tradicional, sons, imagens (estáticas ou dinâmicas), animações, gráficos, programas etc, recebendo, nesse caso, o nome de hipermídia. Gatewatching: termo aplicado ao processo de seleção de notícias para o ambiente web. Oposição ao gatekeeping. Necessidade de avaliar as informações, mas sem rejeitá-las pela limitação do espaço. Age como o bibliotecário: vigia X porteiro (gatekeeping). Hipermídia Adaptativa: ergonomia1 adaptativa. Segundo Luiz Antônio Moro Palazzo, a Hipermídia adaptativa, também conhecida como HA, é a área da ciência da computação que se ocupa do estudo e desenvolvimento de sistemas, arquiteturas, métodos e técnicas capazes de promover a adaptação

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de hiperdocumentos e hipermídia às expectativas, necessidades, preferências e desejos de seus usuários. Esses sistemas traçam o perfil de cada usuário e, com isso, têm por objetivo adaptar a apresentação de dados a cada tipo de usuário em particular, podendo, portanto, serem amplamente utilizados como importantes instrumentos na área da educação. Facilidade de interação com a máquina. 1Conjunto dos estudos que têm por objeto a organização do trabalho em função do fim proposto e das condições de adaptação do homem ao seu trabalho.

Website: espaço básico de informação que estrutura uma hierarquia para que todo o conteúdo seja entendido e acessado facilmente. Podem ser comerciais, institucionais e informativos. Os assuntos são interligados de forma horizontal. Navegação por meio de menus. Possuem links e hiperlinks. Portal: conjunto de websites estruturados de forma vertical. Mantém foco nos públicos, para quem cria conteúdos específicos além de enquetes. Minisite: aborda um tema restrito, a exemplo dos conteúdos verticais de um portal. Não possui menus de navegação e tem tempo determinado de vida útil. Destina-se a informar e tem apelo institucional. Hotsite: área de informação criada para lançamento de um evento ou produto, ou uma grande promoção. Este site é dedicado a um tema específico, geralmente com objetivos promocionais, permanecendo on line somente durante um curto período. Tem tempo de vida útil determinado e caracteriza-se pela ausência de menus de navegação. Banner: propagandas em sites da Internet com links para o site do anunciante. Newsletter (boletim de novidade): publicação sobre tema específico destinado a um público determinado. É regular e periódica. Marketing Viral: um viral se caracteriza pela propagação de uma mensagem (seja em forma de vídeo, game, site, etc) “boca-a-boca” na internet, por meio das mídias sociais. Para que a mensagem seja passada adiante de forma natural, aproveitando o potencial de eficiência das redes sociais sem ser intrusivo e sem ferir a imagem da marca em uma ação mal sucedida, utilizam-se técnicas e estratégias como a definição cuidadosa do público-alvo, a determinação eficaz das emoções a serem trabalhadas e pesquisas de ações similares que deram certo. Broadcast (do Inglês transmitir) ou Radiodifusão: é o processo pelo qual se transmite ou difunde determinada informação, tendo como principal

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característica que a mesma informação está sendo enviada para muitos receptores ao mesmo tempo. Podcast: forma de publicação de arquivos de mídia digital (áudio ou vídeo) que o usuário baixa em seu computador, uma forma de transmitir e ao mesmo tempo transferir conteúdo em áudio ou vídeo pela internet via podcasting. Os termos audiocast e videocast também são comumente encontrados. Ao produzir-se um podcast é preciso também preparar o roteiro com todo o conteúdo a ser divulgado. Mídias sociais: tecnologias e práticas on-line para disseminar conteúdos, provocando o compartilhamento de opiniões, ideias, experiências e perspectivas. Entre os diversos formatos para compartilhar textos, imagens áudio e vídeo estão os blogs, wikis, videologs e mashups. Tais tecnologias ampliaram a possibilidade de interatividade, permitindo aos usuários interagir instantaneamente entre si. Blog: é uma abreviação de weblog, registro frequente de informações de qualquer tipo de conteúdo e utilizado para diversos fins. Web 2.0: o termo identifica sites de networking social, ferramentas de comunicação, wikis e etiquetagem eletrônica (tags), baseados na colaboração e que entendem que a natureza da rede é orgânica, social e emergente. Wikis: software colaborativo que permite a edição coletiva de documentos. Mash-ups: agregam conteúdos para criar um novo mais completo, ou seja, são sites ou aplicativos com baixo custo de desenvolvimento, em que o conteúdo surge de baixo para cima (bottom-up) a partir do relacionamento entre participantes (user generated content ou UGT), e que pode combinar as soluções e o conteúdo de mais de um site para produzir uma experiência integrada. Twitter: ferramenta digital considerada como um serviço de micro-blogging gratuito, cujo objetivo é transmitir idéias e que permite aos usuários compartilhar textos de no máximo 140 caracteres. Tumblelog: variante do micro-blog para difusão de conteúdos variados. Tumbcast: envio de conteúdos de vídeo, áudio, fotografias e textos a partir de um dispositivo móvel por meio de mensagens de texto (SMS), WAP e WEB. O Google Documents, popularmente conhecido como Googledocs, utiliza o conceito de Cloud computing, de modo a proporcionar serviços on-line normalmente disponíveis apenas no computador pessoal.

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Intranet: trata-se de uma "versão privada da internet", isto é, rede privada/corporativa para comunicação empresarial que utiliza padrões da web para a divulgação de informação de acesso restrito a funcionários dentro do local de trabalho (rede interna que utiliza um servidor web). Não é preciso estar conectado à Internet para ter acesso aos dados (documentos escritos em HTML) da página corporativa. No entanto, é necessário um número de usuário e senha para a navegação. Oferece vias de acesso à várias páginas, disponibilizadas de forma a facilitar a navegação dos usuários e a comunicação entre funcionários e departamentos, que também é feita por correio eletrônico. A linguagem é simples, mas o redator deve ater-se aos princípios do webwriter para disponibilizar conteúdos de forma objetiva, criativa, na linguagem usada pela instituição, com a correta ortografia e a atento à natureza institucional dos dados. A Intranet garante a agilidade no desempenho das funções profissionais. Jornalismo em base de dados: fundamentado no conceito de Base de Dados reformulado por Manovich (Manovich, 2001), no campo da comunicação, mais do que uma estrutura lógico-matemática, que possibilita a organização, armazenamento e recuperação de informações individualizadas, a Base de Dados aparece para os usuários como uma interface tipificada no espaço navegável que permite explorar, compor, recuperar e interagir com as narrativas. Mineração de Dados (Data Mining): referem-se a processos e programas para extrair novos conhecimentos, nomeadamente detectar padrões, em imensos volumes de dados. Distribued Jornalism (apuração distribuída): divisão da apuração em diversas operações. É um tipo de crowsourcing aplicado ao jornalismo. (terceirização de tarefas ligadas à produção de conhecimento para a coletividade, reunida por rede de computadores.)