apostila historia do brasil

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Profº Marcilio Siqueira [email protected] 1 HISTÓRIA DO BRASIL I – ANTECEDENTES: O SISTEMA FEUDAL O ano de 476 ( século V) é convencionalmente utilizado para demarcar o fim da Idade Antiga e o início da Idade Média. Naquele ano, após longa decadência e sucessivas invasões, o Império Romano foi destruído, por tribos germânicas ( bárbaros) As principais CARACTERÍSTICAS do sistema feudal eram a economia de subsistência, a sociedade estamental, a descentralização política e a cultura teocêntrica. O FEUDO Unidade básica do sistema feudal. Tinha como sede o castelo pertencente ao senhor feudal, era uma grande propriedade agrária formada por terras de cultivo, onde viviam os demais habitantes do feudo. A ECONOMIA era de subsistência, se produzia apenas o necessário para a sobrevivência dos habitantes do feudo. Não havia praticamente comércio ou moeda, as trocas eram de um produto por outro. O TRABALHO baseava-se no regime de servidão. Neste regime não existia trabalho assalariado, os servos eram obrigados a prestar serviços gratuitos e ceder a maior parte da produção ao senhor feudal, recebendo deste, em contrapartida, proteção militar. A SOCIEDADE era estamental. Não existia mobilidade social no sentido ascendente ou descendente. A POLÍTICA era descentralizada. Não existia um poder central. O rei era apenas o primeiro entre os pares, ou seja, o mais prestigioso dos senhores feudais A CULTURA era essencialmente religiosa ou teocêntrica. Grande proprietária de terras, a Igreja católica justificou e santificou as estruturas feudais, exercendo influência dominante sobre as letras, artes, as ciências e a filosofia. II – A CRISE DO FEUDALISMO : Por volta do séc. X cessaram as invasões bárbaras. Houve o restabelecimento de uma relativa paz, o que impulsionou o crescimento demográfico europeu. O crescimento populacional levou à ocupação de áreas ainda não utilizadas para o plantio, como florestas e pântanos. Ao mesmo tempo, os senhores feudais ampliaram as obrigações dos servos, o que levou muitos destes a abandonar as terras em que viviam ou a serem expulsos delas. Por outro lado, a produção de subsistência não atendia mais as necessidades alimentares da população que crescia. Essas populações famintas formavam bandos de miseráveis, que, em grande parte apelavam para o banditismo, o roubo e o saque. Nesta época, o Oriente Próximo, a África do Norte e a península Ibérica estavam sob o domínio dos muçulmanos, adeptos da religião fundada por Maomé, o islamismo. A saída para a crise européia foi organizar expedições militares para combater os muçulmanos (AS CRUZADAS – sec. XI); dessa forma, deslocavam para as terras conquistadas os excedentes populacionais europeus. Uma das principais conseqüências das cruzadas foi a retomada do comércio entre a Europa e o Oriente através do mar Mediterrâneo. O desenvolvimento do comércio, por sua vez, incentivou o renascimento urbano, ou seja, o ressurgimento dos burgos ou cidades que também haviam se despovoado no período anterior. O renascimento comercial e urbano propiciou o surgimento de uma próspera camada de mercadores e artesãos que trabalhavam nos burgos medievais. Esta nova classe ficou conhecida como burguesia. Para os burgueses interessava o surgimento de um poder político forte e centralizado, que protegesse e impulsionasse as atividades comerciais. Era o início dos tempos Modernos e suas transformações econômicas (surgia o capitalismo). A esta mudança de uma economia não lucrativa (feudalismo) para uma capitalista, levou o nome de REVOLUÇÃO COMERCIAL Este é o contexto inicial da formação dos Estados Modernos, que, mediante uma aliança entre burguesia e a realeza, assumem a forma das Monarquias Nacionais

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Prof Marcilio Siqueira

[email protected] DO BRASIL

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I ANTECEDENTES: O SISTEMA FEUDALO ano de 476 ( sculo V) convencionalmente utilizado para demarcar o fim da Idade Antiga e o incio da Idade Mdia. Naquele ano, aps longa decadncia e sucessivas invases, o Imprio Romano foi destrudo, por tribos germnicas ( brbaros) As principais CARACTERSTICAS do sistema feudal eram a economia de subsistncia, a sociedade estamental, a descentralizao poltica e a cultura teocntrica. O FEUDO Unidade bsica do sistema feudal. Tinha como sede o castelo pertencente ao senhor feudal, era uma grande propriedade agrria formada por terras de cultivo, onde viviam os demais habitantes do feudo. A ECONOMIA era de subsistncia, se produzia apenas o necessrio para a sobrevivncia dos habitantes do feudo. No havia praticamente comrcio ou moeda, as trocas eram de um produto por outro. O TRABALHO baseava-se no regime de servido. Neste regime no existia trabalho assalariado, os servos eram obrigados a prestar servios gratuitos e ceder a maior parte da produo ao senhor feudal, recebendo deste, em contrapartida, proteo militar. A SOCIEDADE descendente. era estamental. No existia mobilidade social no sentido ascendente ou

A POLTICA era descentralizada. No existia um poder central. O rei era apenas o primeiro entre os pares, ou seja, o mais prestigioso dos senhores feudais A CULTURA era essencialmente religiosa ou teocntrica. Grande proprietria de terras, a Igreja catlica justificou e santificou as estruturas feudais, exercendo influncia dominante sobre as letras, artes, as cincias e a filosofia.

II A CRISE DO FEUDALISMO :Por volta do sc. X cessaram as invases brbaras. Houve o restabelecimento de uma relativa paz, o que impulsionou o crescimento demogrfico europeu. O crescimento populacional levou ocupao de reas ainda no utilizadas para o plantio, como florestas e pntanos. Ao mesmo tempo, os senhores feudais ampliaram as obrigaes dos servos, o que levou muitos destes a abandonar as terras em que viviam ou a serem expulsos delas. Por outro lado, a produo de subsistncia no atendia mais as necessidades alimentares da populao que crescia. Essas populaes famintas formavam bandos de miserveis, que, em grande parte apelavam para o banditismo, o roubo e o saque. Nesta poca, o Oriente Prximo, a frica do Norte e a pennsula Ibrica estavam sob o domnio dos muulmanos, adeptos da religio fundada por Maom, o islamismo. A sada para a crise europia foi organizar expedies militares para combater os muulmanos (AS CRUZADAS sec. XI); dessa forma, deslocavam para as terras conquistadas os excedentes populacionais europeus. Uma das principais conseqncias das cruzadas foi a retomada do comrcio entre a Europa e o Oriente atravs do mar Mediterrneo. O desenvolvimento do comrcio, por sua vez, incentivou o renascimento urbano, ou seja, o ressurgimento dos burgos ou cidades que tambm haviam se despovoado no perodo anterior. O renascimento comercial e urbano propiciou o surgimento de uma prspera camada de mercadores e artesos que trabalhavam nos burgos medievais. Esta nova classe ficou conhecida como burguesia. Para os burgueses interessava o surgimento de um poder poltico forte e centralizado, que protegesse e impulsionasse as atividades comerciais. Era o incio dos tempos Modernos e suas transformaes econmicas (surgia o capitalismo). A esta mudana de uma economia no lucrativa (feudalismo) para uma capitalista, levou o nome de REVOLUO COMERCIAL Este o contexto inicial da formao dos Estados Modernos, que, mediante uma aliana entre burguesia e a realeza, assumem a forma das Monarquias Nacionais de poder centralizado

III ESTADOS NACIONAIS OU MONARQUIAS NACIONAIS:Muito interessada em ampliar seus negcios e superar as dificuldades para o desenvolvimento do comrcio , a burguesia emergente busca aliana com o rei, o qual tem por objetivo a centralizao poltica e territorial. Para concretizar esta aliana, a burguesia oferece recursos para a formao do aparelho burocrtico, tais como: funcionrios para administrao e legistas para justificar o poder monrquico, e tambm, recrutamento de foras militares e armas de fogo. Assim, os monarcas foram impondo sua autoridade sobre a nobreza feudal, unificando territrios e centralizando o poder, originando, a partir do sculo XV, O estado Moderno.

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POLTICA ECONMICA MERCANTILISMO Princpios: MONOPLIO ( direito exclusivo de exportao) PROTECIONISMO ALFANDEGRIO ( restries a importao) METALISMO ( acmulo de metais preciosos ) BALANA COMERCIAL FAVORVEL ( vender mais que comprar ) COLONIALISMO

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IV - O FEUDALISMO PORTUGUESEm 711, na Alta Idade Mdia, os muulmanos invadiram e conquistaram a maior parte da pennsula Ibrica . A origem de Portugal est ligada a Guerra de Reconquista ( luta pela expulso dos rabes muulmanos da regio ). Durante a Guerra de Reconquista formaram-se 4 reinos: LEO, CASTELA, ARAGO E NAVARRA. Da juno de LEO e CASTELA, originou-se o CONDADO PORTUCALENSE. Portanto, a Guerra de Reconquista trouxe a centralizao do poder para Portugal ( 1139). Surgiu da a Dinastia de BORGONHA.

Esta situao impediu que a descentralizao poltica, se configurasse em Portugal. Neste sentido, o feudalismo portugus nunca assumiu plenamente as caractersticas do feudalismo clssico.

V PORTUGAL E A CRISE DO SCULO XIVFome... Peste Negra ... Guerra dos Cem Anos causaram uma crise que devastou o continente. A Grande Fome - Conseqncia do crescimento demogrfico, das ms colheitas e da alta dos preos dos cereais. A Peste Negra - Foi um surto da peste bubnica que dizimou um tero dos europeus. A Guerra dos Cem Anos - Entre Frana X Inglaterra, devastou a agricultura e desarticulou o comrcio no Ocidente europeu. O perigo das estradas Rota da Champanhe Rota Martima A opo

VI PIONEIRISMO PORTUGUES - FATORESPosio geogrfica estratgica caminho aberto para o Atlntico. Burguesia vida de lucros Principal agente das grandes navegaes. Paz interna Enquanto parte da Europa se envolvia na Guerra dos Cem Anos. Portugal foi o primeiro Estado centralizado Centralizao monrquica

Em 1383, uma crise sucessria dividiu a sociedade portuguesa. De um lado os partidrios de CASTELA, de outro, a burguesia comercial ( que pretendia mudanas), apoiavam D. Joo, Mestre de Avis BATALHA DE ALJUBARROTAEscola de Sagres ... Inveno da Imprensa ... O fascnio pelas ndias

VII - ETAPAS DA EXPANSO - O PRIPLO AFRICANO1415 - Conquista da cidade de CEUTA 1419 - Expedio portuguesa chega ilha da MADEIRA 1431 - Reconhecimento do arquiplago dos AORES 1434 - Gil Eanes ultrapassa o CABO BOJADOR 1488 - Bartolomeu Dias ( Cabo da Boa Esperana ou Cabo das Tormentas ) 1498 - VASCO DA GAMA Chega a Calicute ( ndias ) 1500 Cabral chega ao Brasil

VIII - CHEGADA DE COLOMBO NA AMRICA ( 1492 )

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Enquanto Portugal ampliava seu comrcio nas costas Africana ( Feitorias ), a Espanha lutava para expulsar os Mouros ( expulsos em 1492 ). 1492 - Colombo chega na Amrica ( BULA INTERCOETERA - 1493 ) ( TRATADO DE TORDESILHAS 1494 )

IX - A CHEGADA AO BRASILCasualidade Calmarias; Corrente Martima Intencionalidade Navegadores experientes; Tratado de Tordesilhas; Clculos precisos RELEVANTE contexto scio-econmico-poltico razes do descobrimento est: expanso da burguesia portuguesa no apoio da monarquia portuguesa na busca de mercados fora da Europa

X - O BRASIL PR-COLONIAL ( 1500 - 1530 )Perodo de relativo abandono, os portugueses dedicaram-se ao reconhecimento e a explorao do pau-brasil. Portugal estava voltado para o Oriente, o comrcio com as ndias. O Brasil ficou por alguns anos numa posio secundria.

1501 Expedio Exploradora

Gaspar de Lemos

Nomeou os acidentes geogrficos ( Cabo de S. Roque, Rio So Francisco, baa de Todos os Santos, So Sebastio do Rio de Janeiro).

1503 Expedio Exploradora

Gonalo Coelho

Fundou feitorias( postos de armazenagem de madeira e de carregamento dos navios ) Devido abundncia da madeira entre o Rio G do Norte e o Rio de Janeiro, Portugal estabeleceu o ESTANCO sobre o produto, isto , monoplio sobre a explorao Entre 1502 e 1505, o Brasil foi arrendado para FERNO DE NORONHA, para a explorao ( indiscriminada )do pau-brasil - ESCAMBO. 1516 e de 1526 - Expedies Guarda-Costas Cristvo Jacques

Causa: Visitas sistemticas de corsrios franceses. No entanto, pouco puderam fazer contra os piratas estrangeiros, em virtude da grande extenso do litoral brasileiro.

XI BRASIL COLONIA ( 1530 1822 )A presena de estrangeiros no litoral brasileiro representava uma ameaa a Portugal. O monarca portugus, D. Joo III, chegou a reclamar do contrabando francs ao rei Francisco I, da Frana. Este respondeu: Gostaria muito de ver o testamento de Ado e Eva dividindo as terras do Novo Mundo entre Portugal e Espanha. Diante da insistente investida dos piratas, a Coroa viu-se obrigada a ocupar as novas terras, sob pena de perd-las para outras naes.

1530 Expedio ColonizadoraCausas

Martim Afonso de Souza

ameaa da pirataria francesa; decadncia do comrcio com as ndias. Objetivos combater os franceses, explorar o litoral e colonizar a terra 1532 - Fundao da 1 vila ( So Vicente ) - Depois: Sto. Andre e Sto Amaro

1534 Capitanias Hereditrias

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No dispondo de capital necessrio para a colonizao, D. Joo III resolveu implantar um sistema j experimentado nas ilhas atlnticas da Madeira, Aores e Cabo Verde. AS CAPITANIAS HEREDITRIAS. Sem condies financeiras, D. Joo III tratou de determinar muito mais direitos do que deveres a quem aceitasse participar da aventura da colonizao ADMINISTRAO Carta de doao Carta de doao e Foral cedia terras aos donatrios e o poder jurdico sobre elas; o donatrio tinha a posse hereditria,mas no a propriedade; dava direito de autorizar a pena de morte, escravizar ndios

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Carta Foral ( especificava os detalhes fiscais do sistema): receber a redzima ( 1/10 das rendas que iriam para a Coroa ) receber a vintena( 5% da arrecadao do pau-brasil e pesca) cobrar tributos sobre salinas, moendas e engenhos a renda da terra ( donatrio); sub-solo, mato e mar ( coroa) O fracasso: a falta de recursos e interesse; conflitos com os indgenas falta de terras frteis, distncia da Metrpole criminalidade ( o direito de couto e homizio) Prosperaram So Vicente e Pernambuco

As capitanias possuam alguns traos feudais, na sua estrutura jurdica e poltica, mas na sua base econmica apresentava caractersticas no-feudais. A economia da colnia era determinada pelo comrcio internacional e o trabalho nunca foi predominantemente servil. A produo voltava-se para a exportao e a mo-de-obra era basicamente escravista e exportadora, nem de longe assemelhando-se economia de subsistncia tpica do feudalismo. As demais capitanias ou faliram, ou sequer foram ocupadas por seus donatrios. Por isso a Metrpole criou, em 1548, o Governo Geral, transferindo para este uma parte dos poderes anteriormente pertencentes aos donatrios. Com o passar dos anos, as capitanias foram, paulatinamente, retornando ao governo portugus. Em alguns casos, a Coroa comprou-as; em outros, recebeu-as ou porque morriam os donatrios sem deixar herdeiros ou porque as capitanias eram ocupadas por seus proprietrios. As capitanias pertencentes ao Estado chamavam-se capitanias da Coroa, sendo administradas por um governador, nomeado por um rei. Entre elas incluam-se algumas capitanias nocas, criadas nos sculos XVII e XVIII, como as do GroPar, Minas Gerais, Gois e Mato Grosso. Finalmente, em 1759, a ltima capitania particular ainda existente foi expropriada pelo governo portugus, ento chefiado pelo Marqus de Pombal. Ministro do rei D. Jos.

XII OS GOVERNOS GERAIS 1548Diante do fracasso do sistema de capitanias, a metrpole procurou recorrer centralizao do poder. Criou-se o GOVERNO-GERAL, no para acabar com as capitanias, mas para centralizar sua administrao, pois a autonomia dos donatrios chocava-se com os interesses do estado portugus.

O REGIMENTO

Assinado em 17/12/1548, este documento estabelecia a criao do Governo-geral no Brasil e continha entre outras disposies: O comando e a defesa militar da Colnia ficava a cargo do governador-geral; Os donatrios perderiam os seus poderes judiciais; Estava proibida, de modo geral, a escravido do ndio; O governador geral teria trs auxiliares: Ouvidor-Mor Justia Provedor-Mor Cobrana de impostos Capito-Mor Defesa do territrio

1 TOM DE SOUSA ( 1549 53 )

Trouxe consigo o Regimento A sede do governo-geral foi na Bahia ( Salvador 1 capital da colnia ) Chegaram os primeiros jesutas, liderados por Manuel da Nbrega

Foi criado o 1 bispado no Brasil ( D. Pero Fernandes Sardinha )

2 DUARTE DA COSTA ( 1553 58 ) Trouxe consigo mais colonos e padres jesutas, entre eles: Jos de Anchieta Em 1554, Nbrega e Anchieta fundaram o Colgio de So Paulo Os franceses, que h muitos anos freqentavam o litoral brasileiro fazendo contrabando. Foram os primeiros estrangeiros que tentaram conquistar uma parte da Colnia.Em 1555, invadiram o Rio de Janeiro, liderados por Nicolau Durant de Villegaignon, com apoio dos tamoios Confederao dos Tamoios fundaram a FRANA ANTRTICA. Nesta colnia se estabeleceram os huguenotes ( assim eram chamados os protestantes na Frana) para fugir s perseguies de que eram vtimas. A briga de Duarte da Costa com D. Pero Fernandes Sardinha + a desorganizao do seu governo, acabou sendo substitudo por Mem de S. A ineficincia de Duarte da Costa obrigou o rei de Portugal a nomear outro Governador

3 MEM DE S ( 1558 72 ) Mem de S buscou restabelecer o domnio da colnia Formao das primeiras misses jesuticas para reduzir os conflitos entre colonos X jesutas Dissoluo Confederao dos Tamoios Paz de Iperoig (Ubatuba) apoio de Nbrega e Anchieta Fundao da cidade do Rio de Janeiro ( 1565 ) por Estcio de S 1567 Expulso dos franceses do Rio de Janeiro Importao de escravos para suprir mo-de-obra 1572 morte de Mem de S

Depois de criar os governos-gerais, o rei de Portugal resolveu dividir a administrao do Brasil em dois centros: um ao norte e outro ao sul. AS DIVISES DA COLNIA 1572 a 1578 Objetivos: a) melhorar a fiscalizao do acar; b) preocupao de D. Sebastio, em conquistar o norte Norte D. Lus de Brito de Almeida Salvador ( sede) Sul D. Antonio Salema Rio de Janeiro ( sede )

A REUNIFICAO Loureno da Veiga (capital: Salvador)

Governou de 1578 a 1580

XIII - O DOMNIO ESPANHOL UNIO IBRICA ( 1580 1640 )

INTRODUO: A anexao de Portugal Desde 1556 a Espanha era governada por Felipe II ( 1556-1598 ), membro de uma das mais poderosas dinastias europias: OS HABSBURGOS ou CASA DUSTRIA, que alm da Espanha tinham o controle do Sacro Imprio Romano Germnico, sediado na ustria, com influncia tambm sobre a Alemanha e a Itlia. Nos tempos do reinado de Felipe II, a explorao das minas de prata da Amrica espanhola havia atingido o seu apogeu. Com a entrada da prata do Mxico e do Peru, a Espanha se transformara no sculo XVI na mais poderosa nao europia. Isso levou os historiadores a classificarem o sculo XVI c Omo o sculo da preponderncia espanhola. Tendo em mos recursos abundantes, Felipe II aliou o poderio econmico a uma agressiva poltica internacional, da qual resultou na anexao de Portugal (at ento, reino independente) e a independncia da Holanda ( at ento, possesso espanhola )

Em 1578, D. Sebastio, rei de Portugal, morreu lutando contra os rabes Batalha de Alccer-Quibir. A morte de D. Sebastio, com apenas 24 anos de idade gerou uma grave crise poltica. Isto por que D.

Sebastio no havia deixado descendente para ocupar o trono portugus. De imediato assumiu a coroa seu tio-av, o cardeal D. Henrique, que j contava com sessenta e seis anos de idade. Dois anos depois, em 1580, o cardeal D. Henrique, morreu. Terminava assim a DINASTIA DE AVIS. Surgia a uma questo dinstica. Quem herdaria o trono portugus? Existiam vrios pretendentes ao trono entre eles D. Antonio, que foi proclamado rei. Felipe II (outro pretendente) reagiu duramente. Conquistou Portugal pela fora militar e pelo dinheiro com o qual subornou a classe dominante portuguesa. Por isso, teria dito:Portugal, o herdei, o comprei e o conquistei ( Felipe II ) Assim, por 60 anos, Portugal e por extenso, seu imprio colonial inclusive o Brasil estiveram sob o domnio dos HABSBURGOS (perodo dos Filipes II, III e IV) (O Sebastianismo X Canudos) O JURAMENTO DE TOMAR -1581 ( Portugal seria governado por um vice-rei indicado por ele, Felipe II, mas os cargos pblicos, no Reino e naspossesses ultramarinas, seriam preenchidos com gente da casa, por portugueses. O interesse maior do monarca no eram as rendas e tenas( * ) de Portugal ou do seu imprio colonial, mas manter a to querida integridade poltica da Pennsula Ibrica ).

( * ) - Penso com que se remuneram servios. Exigncias das Cortes portuguesas a Felipe II ( que aceitou ). Este acordo concedia certa autonomia a Portugal, tais como: 1. Comrcio colonial: deveria ser realizado e comandado por navios portugueses. 2. No plano administrativo:deveriam ser mantidos funcionrios portugueses 3. Leis e costumes: respeitados ; Idioma: portugus 4. Existia uma clusula: que impedia as autoridades espanholas a se envolverem nos assuntos da Colnia. NO PLANO INTERNACIONAL: MUITAS MUDANAS Eram os holandeses que controlavam o transporte, a refinao e a distribuio do acar brasileiro. Os Pases Baixos (hoje Holanda, Blgica e pequena parte da Frana) eram dominados pela Espanha, que imps um bloqueio econmico s atividades comerciais da Holanda. Em 1581, proclamaram sua independncia, surgiu a Repblica das Provncias Unidas (Holanda) Em 1602, os holandeses criaram a CIA. DAS NDIAS ORIENTAIS, que se apossou de colnias espanholas no Oriente. Em 1621, os holandeses fundaram a CIA. DAS NDIAS OCIDENTAIS, que objetivava controlar o acar brasileiro. Sendo responsvel pela ocupao do nordeste. A DIVISO DE 1621Em 1621, foi criado o Estado do Maranho, com as capitanias do Maranho e Gro-Par (Maranho, Par e Amazonas atuais). A capital primeiro foi em So Lus e depois em Belm. O restante da Colnia formava o Estado do Brasil (Sede incio: Salvador; depois: Rio de Janeiro).

OS VICE-REIS Em 1640, surgiu no Brasil o ttulo de vice-rei, por causa da Restaurao Portuguesa, porm, esta denominao s foi oficializada em 1720. E foi entregue pela primeira vez ao Marqus de Montalvo, embora o pas no fosse elevado, oficialmente, categoria de vice-reino. At 1714, porm, s para dois governantes foi entregue o ttulo: Marqus de Montalvo e Conde de bidos. Desta data at 1808 (chegada da Famlia Real ao Brasil), todos os nossos governadores gerais(total de 13) receberam, indistintamente, o ttulo de vice-rei. AS CMARAS MUNICIPAISA organizao poltico-administrativo do Brasil tinha um carter central, tendo por base o governo-geral. Entretanto, essa administrao centralizada tinha um poder mais formal (terico) do que prtico. Isto porque na prtica o poder estava descentralizado pelas vilas e municpios, ficando em geral nas mos dos grandes proprietrios. Paralelamente formao das primeiras vilas, tambm foi sendo estruturada uma administrao de mbito local, a cargo das CMARAS MUNICIPAIS. As Cmaras Municipais eram controladas pelos chamados HOMENS BONS, representados pelos grandes proprietrios de terra, de escravos ou de gado.

Assim, as cmaras municipais constituam poderosos rgos da administrao local, controlados pela aristocracia rural da Colnia. Nessa condio, opunham-se ao centralismo administrativo representado pelos rgos da coroa portuguesa.

A RESTAURAO PORTUGUESA 1640A Unio Ibrica terminou em 1640, quando o duque de BRAGANA recuperou o governo de Portugal, e ps fim no domnio espanhol. Ao assumir o trono, recebe o ttulo de D. Joo IV, iniciando assim a DINASTIA DE BRAGANA. Esse episdio da histria portuguesa conhecido como RESTAURAO ou RESTAURAO PORTUGUESA.

O CONSELHO ULTRAMARINO 1642Atendendo aos interesses da classe dominante colonial, as cmaras municipais assumiram posies autonomistas, passando por cima da autoridade dos funcionrios e delegados do rei. O poder de fato superava o poder terico da coroa. Essa situao durou at meados do sculo XVII. Terminado o domnio espanhol ( 1640), Portugal retomou com vigor seus cuidados para com a colnia brasileira. Em julho de 1642, foi criado o CONSELHO ULTRAMARINO. O Conselho Ultramarino tinha como objetivo reduzir o poder e a autoridade das Cmaras Municipais e, em contrapartida, aumentar o poder dos governadores e demais funcionrios do rei. O Conselho Ultramarino passou a nomear os juzes que deveriam presidir as cmaras ( juzes de fora) dos principais municpios, substituindo os juzes ordinrios, eleitos pelos homens bons . Os prprios vereadores passaram a ser diretamente nomeados pelo rei.

XIV A ECONOMIA COLONIALA ESCOLHA PELA CANA-DE-ACAR Considerado um bem precioso alcanava preos altssimos para venda A cana adaptava-se bem ao clima e ao solo brasileiro produto conhecido em toda Europa Portugal j tinha experincia do plantio do produto Ilhas de Aores, Madeira e Cabo Verde. Chegava at a constar em testamentos e inventrios, fazendo parte de heranas O acar se tornou o produto-chave da colonizao brasileira Porm, a Metrpole no podia arcar com o investimento inicial, nem solucionar os problemas de transporte e fretes. Isto porque sua indstria naval e sua marinha estavam em declnio. Estas dificuldades foram sanadas atravs da aliana com os flamengos (ui...afe... que horrrooorrrr!!!), digo: holandeses -, que j distribuam o acar produzido pelos portugueses nas ilhas do Atlntico, desde o sculo XV. Os holandeses interessados em comercializar o produto forneceram emprstimos financeiros para Portugal para investimento inicial - e passaram a cuidar da distribuio do acar, solucionando o problema bsico da colonizao: o mercado Monocultura SISTEMA DE PRODUO COLONIAL PLANTATION Latifndio Escravos Produzir acar no Brasil, esbarrava em vrios problemas. Um deles: o trabalhador. 1) no se podia incentivar imigrao de portugueses e utilizar o trabalho assalariado (porque encarecia ainda mais); 2) Ficava invivel a utilizao da populao indgena. Por outro lado, Portugal tinha acesso desde meados do sculo XV, aos mercados fornecedores de mo-de-obra escrava da frica. O problema do trabalhador foi resolvido, com a transferncia de mo-de-obra relativamente barata para a nova colnia agrcola, sem a qual a colonizao seria invivel. A FUNO ECONMICA DA COLNIA No item Mercantilismo e colonizao so os fundamentos que definem a funo econmica de uma colnia para sua metrpole. Isto , a metrpole adquire na colnia as mercadorias nela produzidas, comercializando-as na Europa. Desta forma, a metrpole no precisa importar produtos de outros pases Assim, a colnia se dedica a produo e a metrpole a comercializao ( atividade mais lucrativa ). Resumindo: Domnio da Metrpole sobre a colnia, define-se pelo Monoplio = PACTO COLONIAL A colnia envia matria-prima para a Metrpole, e esta, envia manufaturados para a colnia.

ATIVIDADES COMPLEMENTARES: * Mandioca (alimento bsico); Pecuria (fora motriz) * Tabaco e Aguardente ( 2 lugar nas exportaes ) * Algodo ( produto secundrio roupa para escravo )

XV AS INVASES ESTRANGEIRAS / EXPANSO TERRITORIALExpulsos do Rio de Janeiro (1567), os franceses passaram a freqentar o litoral nordeste do Brasil, da Paraba ao Maranho, ameaando a posse portuguesa sobre a regio. As autoridades portuguesas resolveram ocupar efetivamente a regio. Expedies militares foram enviadas e, partindo da Bahia e Pernambuco, atacaram os franceses e os ndios aliados, fundando diversas fortalezas, em torno das quais surgiram atuais capitais dos estados nordestinos: Paraba: Frutuoso Barbosa e Diogo Flores Valdez, ocuparam a regio onde fundaram entre 1583 e 1585, fundaram um forte s margens do rio Paraba (origem da atual Joo Pessoa) Rio Grande do Norte: Manuel Mascarenhas Homem, ocupou a regio onde fundou, em 1598, o Forte dos Reis Magos (origem de Natal). Cear: Martim Soares Moreno ocupou-o entre 1607 e 1610, fundando o forte e a igreja de Nossa Senhora do Amparo (origem da cidade de Fortaleza). Franceses no Maranho (1612 1615) Em 1612, a Frana tentou novamente estabelecer uma colnia no Brasil, escolhendo o litoral do Maranho, liderados por Daniel de La Touche, fundou So Lus (capital do Maranho). Dando a nova colnia o nome de Frana Equinocial. Em 1615, foram expulsos por Alexandre de Moura e Jernimo de Albuquerque.Os franceses, casados com ndias, preferiram ficar e fundaram uma colnia que recebeu o nome de GUIANA FRANCESA. Criou-se, ento, a capitania do Marnho, cujo o governo foi entregue a Jernimo de Albuquerque. Ao mesmo tempo iniciou-se a explorao do litoral norte, em direo foz do Amazonas. Neste local em 1616 , Francisco Castelo Branco, fundou o Forte do Prespio, em torno do qual surgiu a cidade de Belm. A invaso holandesa Bahia (1624-15) As causas das invases esto ligadas a acontecimentos polticos e econmicos ocorridos na Europa durante a segunda metade do sculo XVI. Entre estes acontecimentos, destacam-se a queda de Portugal sob o domnio da Espanha e o processo de independncia poltica da Holanda (folhas 5 e 6). A invaso: O local escolhido foi Salvador, regio conhecida pelos holandeses e um porto de fcil acesso. Em 09/05/1624 atacaram a capital da colnia, Salvador. A cidade foi saqueada, o Governador Diogo de Mendona Furtado foi preso e enviado para Amesterd. A resistncia e expulso: Uma grande parte da populao que havia abandonado a cidade, resolveu resistir ao invasor. Liderados por D. Marcos Teixeira, aliando-se a ele: Senhores de engenho, escravos e ndios. Organizaram-se pequenos grupos de 25 a 40 soldados, iniciando-se uma ativa guerrilha, bloqueando o avano para o interior. As tropas holandesas comeavam a sofrer a falta de alimentos e o abastecimento ficava dia-a-dia mais difcil. Praticamente bloqueados em Salvador, sem esperanas de apoderar-se da rea produtora de acar, foram desanimando. Enquanto isso, o rei da Espanha (Felipe IV) enviava a Bahia uma esquadra de 13 mil homens. Em 1 de maio de 1625, os holandeses foram expulsos da Bahia.Devida ameaa representada aos corsrios e piratas, o governo espanhol determinou que navios que transportavam ouro e prata da Amrica para a Espanha no viajassem mais sozinhos, mas agrupados em grandes frotas, que anualmente se dirigiam Espanha. Uma destas tropas foi aprisionada pelos holandeses, dando-lhes um lucro trs vezes maior do que todo o capital das Companhias das ndias.

A invaso holandesa em Pernambuco ( 1630-1654 )

Em FEV/1630, os holandeses atacaram a mais rica capitania da poca, Pernambuco. Olinda foi dominada, o governador MATIAS DE ALBUQUERQUE fugiu para o interior do territrio e fundou o ARRAIAL DO BOM JESUS, foco de resistncia durante 5 anos. Domingos Calabar: passou para o lado holands Com a resistncia portuguesa liquidada o domnio holands cresceu da BAHIA at o MARANHO, formando a Nova Holanda Vitoriosos a Cia. das ndias Ocidentais, passou a organizar sua administrao e MAURCIO DE NASSAU SIEGEN, tornou-se o primeiro governador holands. A administrao de Nassau - Medidas Abriu crdito para os Srs. de Engenho para recuperar canaviais e comprar escravos Criou um Conselho de Escabinos em substituio s Cmaras Municipais Tolerncia Religiosa Urbanizao da cidade de Recife Nova Holanda ( caladas, pontes, saneamento) Artistas, mdicos, astrnomos Jardim Botnico, Zoolgico, observatrio A contradio do domnio holands: A conquista + Estrutura Administrativa + Estrutura Militar = Responsveis pelo DEFICIT ndias Ocidentais Diviso administrativa : Zona Rural domnio lusobrasileiro Zona Urbana Maurcia ( funcionrios ) O capital holands estava empregado na zona rural ( emprstimos )

Cia das

Some-se a estes fatos: Recife

A proibio de catlicos de entrar em Acusao a Nassau de corrupo ( colnia livre ) A reao( Nassau) contra o aumento de impostos volta para

Nassau deixa o cargo (22/5/1644) Europa

A Insurreio Pernambucana ( 1645 1654 )CAUSAS Junta Com a sada de Nassau Pernambuco foi governado por uma Intolerncia Religiosa ... Cobrana de emprstimos... Confisco Em 1640 ( fim da Unio Ibrica) o rei de Portugal ( D. Joo IV- ex-Duque de Bragana ) teve a inteno de recuperar o nordeste brasileiro. S que Portugal no tinha poder econmico, isto porque: A RESTAURAO PORTUGUESA, levou o pas a Guerra contra a Espanha. Este motivo fez com que D. Joo procurasse os holandeses como aliados para defender Portugal contra a Espanha, o governo luso fez um acordo com os flamengos, em troca de apoio militar. Reconhecia-se a posse holandesa sobre o Nordeste, pelo prazo de 10 anos. A Holanda em meio s disputas internacionais ( contra a Espanha) reforou a explorao do Nordeste. Os impostos sobre o acar foram aumentados e o que era mais grave, passaram a ser cobrados, quem no pagasse teria sua propriedade confiscada. BATALHAS Monte das Tabocas ( Olinda foi tomada pelos portugueses ) 1 batalha de Guararapes Os holandeses cercados em Recife 2 batalha de Guararapes foram derrotados 1654 os holandeses se renderam na Campina do Taborda

Conseqncias da expulso HolandesaArrocho no sistema colonial .... Criao do Conselho Ultramarino Submisso ao capital ingls .... Concorrncia do acar das Antilhas

TRABALHO DE PESQUISA ELABORADO PELO PROF. JOO ROCHA Decadncia do acar nordestino

10 10

o Atravs da assinatura da PAZ DE HAIA, a Repblica das Provncias Unidas reconheceu oficialmente o domnio portugus sobre o nordeste brasileiro e Angola. Em troca Portugal teve que pagar uma indenizao de 4 milhes de cruzados para a Companhia das ndias Ocidentais, pelos prejuzos causados. Alm disso, a coroa portuguesa abriu mo de algumas colnias do extremo oriente (Ceilo, Mlaca e Molucas), ocupadas pela Companhia das ndias Orientais.

As invases inglesas:As tentativas inglesas de ataque limitaram-se a saques em portos brasileiros e apresamento de carga de navios que se dirigiam a Europa Edward Fenton ( assaltou o porto de Santos ) Thomas Cavendish ( saqueou a cidade de Santos ) James Lancaster ( saqueou (pilhou) a cidade de Recife)

Nomes

EXPANSO E OCUPAO TERRITORIAL O gado e o serto nordestino:A expanso da atividade pastoril no Nordeste apresentou trs fases distintas: 1. Fase: os animais eram criados dentro da prpria fazenda de acar, pertencendo o rebanho e a lavoura ao mesmo proprietrio. O gado destinava-se alimentao da populao, particularmente dos escravos, ao transporte e movimentao dos engenhos. 2. Fase: Iniciou-se com a separao entre as atividades agrcola e pastoril, quando esta comeou a entrar no interior. Embora separadas as atividades, o proprietrio do gado ainda era o senhor de engenho. Nesta fase o gado fornecia o couro principal matria-prima da regio utilizado na confeco de roupas, calados, telhas e janelas 3. Fase: As atividades separaram-se, o pastoreio foi para o interior, alcanou o rio S. Francisco e, com a descoberta das minas, chegou ao Norte da zona mineradora. Deste modo, a pecuria, serviu de elo entre a economia aucareira e mineradora, fornecendo gado para corte para as minas. Chamado de gado de quintal embrenhava-se nos canaviais antieconmico 1701 - proibio de criar de gado a menos de 10 lguas do litoral 1. Olinda Zonas de irradiao pecuria 2. Bahia em direo ao S. Francisco (Rio dos Currais) da para Pernambuco e Paraba

A pecuria serviu para amenizar as disputas entre as classes dominantes, pois um senhor de engenho falido sempre tinha a possibilidade de se tornar fazendeiro de gado. A pecuria entrou em decadncia com o declnio dos engenhos de acar e das reas de minerao.

Conquista do litoral norte, do Par e do Amazonas:Os franceses, depois de expulsos do Rio de Janeiro, passaram a ocupar regies desabitadas do litoral norte da colnia. Com as ameaas de ocupao, o governo luso-espanhol promoveu expedies para ocupar e defender essas terras ( hoje: Paraba, Rio G. do Norte, Cear e Maranho) Data dessa poca a fundao de vrias fortalezas litorneas que mais tarde viriam a ser importantes cidades: Filipia de Nsa.Sra. das Neves atual Joo Pessoa Forte dos Reis Magos atual Natal ( capital do R.G.Norte) Forte de Nsa. Sra. do Amparo atual Fortaleza (cap. do Cear) Forte do Prespio originou Belm ( atual estado do Par ) AS DROGAS DO SERTO A regio da foz do rio Amazonas era um paraso para os contrabandistas europeus, o que levou os luso-espanhis a povo-la atravs do forte do Prespio. Como os portugueses haviam perdido o comrcio com as ndias passaram a preencher, pelo menos em parte, esse vazio comercial, as drogas do serto ( cravo-do-maranho, canela, castanha-dopar, cacau, urucum, essncias para perfumes, plantas mdicas, resinas etc....

ENTRADAS

Expanso Territorial Alm de Tordesilhas

BANDEIRAS

Expedies Oficiais Dentro doslimites de Tordesilhas Patrocinada por particulares Centro Irradiador: So Vicente Motivo: Fracasso do acar Objetivo: riquezas minerais ultrapassavam os limites

Tipos ou Ciclos do Bandeirantismo:POLO DE IRRADIAO > Capitania de So Vicente. Para entendermos melhor o porqu de So Vicente, s lembrarmos que o Nordeste do Brasil instalou um modelo agro-primrio exportador baseado no acar, bem diferente de So Vicente, que possua um litoral pobre e alagadio, cuja economia estava voltada para a subsistncia e sem condies de sediar a estrutura aucareira . A mais importante fonte de renda era a venda de doce de banana para os espanhis na regio de Iguape. Diante da misria, os vicentinos foram obrigados a copiar os usos e costumes dos indgenas ( incesto, nudez, poligamia...) A alternativa para a sobrevivncia chegou atravs da expanso bandeirante. 1. Ciclo do Ouro de Lavagem = Prospector Nesta fase no se afastaram do litoral Descoberta de ouro de aluvio: So Roque(S.P), Itanham, Iguape, Paranagu, Curitiba e Laguna 2. Ciclo da Caa ao ndio = Apresador Nessa poca (sec. XVII), a Holanda conquistara as principais praas fornecedoras de escravos na frica, anteriormente dominada por Portugal. Por essa razo, o trfico de escravos negros atendia essencialmente o nordeste holands. Da a valorizao da mo-de-obra indgena em outras regies Alvo dos bandeirantes : Redues e Misses ( 1 Priplo interno Raposo Tavares ultrapassou os limites de Tordesilhas) 3. Ciclo do Sertanismo de Contrato Causa: Diminuio do ouro de lavagem Os bandeirantes foram contratados para reprimir a resistncia de ndios e negros aquilombados ( Domingos Jorge Velho ) 4. Ciclo do Ouro e Diamante No final do sc. XVII decadncia da lavoura canavieira A sada para Portugal foi dar cobertura s bandeiras de metais preciosos Com a descoberta do ouro em Mato Grosso, Minas Gerais e Gois efetivaram-se seu povoamento O TRATADO DE METHUEN ( 1703 ) Portugal adquiria da Inglaterra praticamente todos os produtos manufaturados que consumia. Para pagar estas importaes, os portugueses utilizavam o ouro brasileiro, o qual, assim acabou-se acumulando quase todo na Inglaterra. Este acmulo de ouro gerou uma grande disponibilidade de capitais, permitindo burguesia inglesa investir na montagem de um parque industria. Deste modo, o ouro do Brasil foi uma das principais causas monetrias da Revoluo Industrial inglesa. Era o fim do Mercantilismo e incio do capitalismo industrial ( de produo)

MONES

Expedies fluviais com objetivos comerciais. Transportavam mercadorias para vrias regies brasileiras, completando a obra dos bandeirantes.

O avano para o Sul - Causas:Os primeiros limites estabelecidos entre os territrios espanhis e portugueses na Amrica foram criados ainda antes da descoberta do Brasil, pelo Tratado de Tordesilhas. Em termos aproximados, a linha imaginria passava por Belm, ao norte, e Laguna, no sul. At a segunda metade do sculo XVII no surgiram problemas fronteirios. Mesmo no incio daquele sculo quando os portugueses ultrapassaram a Linha de Tordesilhas: ocupando o Maranho, e no sul, com as bandeiras de apresamento, no se verificaram quaisquer choques . Isto, alis, era natural, pois os dois povos ibricos estavam sob um nico governo. Nos 60 anos do domnio castelhano Tordesilhas perdeu o sentido, j que todo o territrio pertencia a Madri. A partir de 1650, surgiram os problemas fronteirios. Portugal ultrapassou e ocupou o territrio que teoricamente seria espanhol, o sul. Foi assim que iniciou as lutas fronteirias, que levaram vrios anos at a assinatura dos tratados de limites.

1. Pecuria Sulina

O extremo sul ficou muito tempo esquecido pelos portugueses. Regio com imensos campos, a base econmica da colonizao foi a pecuria. O negcio principal era o couro ( a carne, a princpio, era invivel para negcio). Com a descoberta de ouro nas Minas Gerais e o nascimento da indstria do charque ( carne-seca ), acabaram-se os desperdcios. O abastecimento s Minas cavalos muares e ovelhas

2. Fundao da Colnia do Sacramento ( 1680 ) Razo Evitar o contrabando do ouro espanhol, vindo de Potos ( Bolvia) Escoamento: pelo rio da Prata at o Atlntico

Os Tratados de LimitesEm 1580 com a unio das Coroas, Portugal e Espanha foram dominadas por um s rei, na prtica os limites de Tordesilhas foram suspensos, abolidos. O resultado disso foi espanhis em terras portuguesas e portugueses em terras espanholas. Em 1640, Portugal separou-se da Espanha e as questes fronteirias (na Amrica) voltaram tona. Principais tratados Lisboa, Utrechet, Madri, El Pardo, Santo Ildefonso e Badajs.

Tratado de Lisboa (1681) A Causa os portugueses fundaram a Colnia do Ssmo. Sacramento ( 1680) com apoio da

O temor Espanhol

Inglaterra, cujo objetivo era conquistar o prspero comrcio uruguaio. que os portugueses controlassem o comrcio da regio e alcanassem Potosi. A Espanha resolveu impedir e atacou a colnia do Sacramento ocupando a colnia. A corte de Lisboa, com apoio da Inglaterra, pressionou a Espanha que restituiu a Colnia (Tratado de Lisboa 1681)

Trinta anos de quase paz envolveu na regio. Portugal envolveu-se na Guerra de Sucesso Espanhola, apoiando o candidato austraco ( Carlos Habsburgo ) ao trono Espanhol. Conseqncia: a Espanha atacou a Colnia do Sacramento Tratado de Utrecht 1713 Portugal X Frana Francesa. 1715 Portugal X Espnha

decidia que o rio Oiapoque seria limite entre Brasil e Guiana a Espanha devolve a Colnia para Portugal.

Aps meio sculo de lutas, pela disputa do local, nenhum dos lados levou vantagem. A soluo surgiu por via diplomtica: TRATADOS DE LIMITES. Tratado de Madri ( 1750 ) Destaque Alexandre de Gusmo UTI POSSIDETIS Garantiu a Portugal a demarcao das fronteiras, semelhantes ao Brasil hoje. Portanto: a Colnia do Sacramento ficaria com a Espanha e Portugal receberia, em troca, os Sete Povos das Misses Quantos aos jesutas ali estabelecidos, poderiam se mudar para o territrio espanhol ( Colnia do Sacramento Uruguai). Como os ndios e os padres se recusaram a deixar a regio ( 7 Povos das Misses), foram atacados por um exrcito LusoEspanhol GUERRA GUARANTICA. Conseqncia desta Guerra Expulso dos jesutas do Brasil(1759) pelo Marqus de Pombal. O Tratado de Madri foi anulado pelo Convnio ( acordo) de EL PARDO 1761 Isto quer dizer: Sacramento continuava de Portugal e 7 Povos das Misses, da Espanha.

Tratado de Santo Ildefonso ( 1777) Este tratado foi prejudicial a Portugal, pois a nao lusa perdia a Colnia do Sacramento e os 7 Povos das Misses ( quase todo o territrio atual do Rio G. do Sul). S que as fronteiras no foram demarcadas, ou seja NO ENTROU EM VIGOR. Aproveitando-se disso e do fato dos espanhis ocuparem territrios na Amaznia, Portugal invadiu e ocupou os 7 Povos das Misses, incorporando-o definitivamente ao Brasil, era a o TRATADO DE BADAJS 1801.

XVI O CICLO DO OURO

A partir da Segunda metade do sculo XVII, a exportao do acar decaiu, perdendo a concorrncia para os holandeses nas Antilhas. A colnia empobrecia rapidamente, e com ela a Metrpole. Como as finanas lusitanas dependiam da explorao colonial, Portugal voltou a se empenhar na descoberta de ouro em terras brasileiras.

Principais descobertas de ouro 1674 Ferno Dias Pais ( bandeirante ) procurou esmeralda e encontrou turmalinas ( pedra de pouco valor ). ( Expedio que deu incio ao desbravamento do interior da colnia. ) ltima dcada do sculo XVII encontrado ouro em MINAS GERAIS 1698 descoberto o metal em Ouro Preto 1700 descoberto ouro em Sabar AS DESAVENAS - Com a descoberta do ouro, a vinda de portugueses para a colnia aumentou muito. Os bandeirantes paulistas passaram a se desentender com os forasteiros portugueses ( GUERRA DOS EMBOABAS ). Os interesses lusos terminaram por prevalecer, e os paulistas, expulsos procuraram novas reas. Da a descoberta de ouro na regio de MATO GROSSO, CUIAB E GOIS Brasil central.

A organizao da explorao de ouro e diamante A Coroa publicou o REGIMENTO Foram criadas as INTENDNCIAS DAS MINAS, que s prestava contas para o Governo de Lisboa. Executava o Regimento e fiscalizava.

Composio da Intendncia:1. SUPERINTENDENTE 1. GUARDA MOR Superviso Geral dos Trabalhos Repartia as Jazidas ... Fiscalizava ... Cobrava o quinto demarcava o terreno dividido em lotes (DATAS) Entregue aos mineradores por sorteio

Todos mineradores deveriam ser inscritos na Intendncia. A descoberta de uma jazida aurfera devia ser obrigatoriamente comunicada. O guarda-mor dirigia-se ao local, ordenando a demarcao do terreno a ser explorado.

O incio da explorao:

A cobrana de impostos:QUINTO 20% do ouro encontrado ( era fcil sonegar ) A FINTA Imposto Adicional ao Quinto Foi extinto devido a sonegao 1725Casas de Fundio Fundir ...quintar ( retirar a parte do rei ) 1735 - Capitao 17 gm de ouro por cabea/escravo ( at 1750 ) 1750 - Permanece o Quinto novas exigncias: Arrecadao mnima 100 arrobas DERRAMA

Conseqncias da Minerao:1. 2. 3. 4. 5. 6.

7. 8.

9. 10. 11.

Desenvolvimento da agricultura e formao de um mercado interno na colnia ( S.P, sul de M.G., R.J., vale do Paraba) Desenvolvimento da pecuria no sul do pas o plo econmico descolou-se do nordeste para o sudeste Transferncia da capital de Salvador para o Rio de Janeiro Calcula-se que 800 mil pessoas vieram de Portugal para a zona mineradora A procura de escravos negros fez com que aumentasse o preo, estabelecendo um surto no trfico negreiro. Milhes de escravos vieram da frica. Sendo Recife, Salvador e Rio de Janeiro centros receptores.Na base da sociedade estavam os escravos. O trabalho mais duro era o da minerao, especialmente quando o ouro do leito dos rios escasseou e teve de ser buscado nas galerias subterrneas A explorao do negro levou-os fuga e luta, formando-se centenas de quilombos em Minas, violentamente combatidos pela elite branca Articulao da regio Mineira com outras reas da Colnia Do Rio de Janeiro ( Bens de Consumo ); Rio G. do Sul ( Gado e Charque ); Regies intermedirias ( Engorda de animas ); Nordeste ( Gado para corte) TUDO ISSO PAGO EM OURO Nascimento de uma sociedade diferenciada ( onde havia mobilidade social ) constituda no s de mineradores, mas de negociantes, advogados, padres, fazendeiros artesos, burocratas, militares No por acaso que ocorreu em Minas uma srie de revoltas e conspiraes contra as autoridades coloniais O Brasil, finalmente, deixara de ser uma colnia ilhada, em que cada capitania estava isolada das demais. A ligao econmica entre as vrias regies comeava a lanar germes de uma futura unidade nacional, cujo centro era a zona mineradora. Cultura: Barroco / Igrejas Aleijadinho O ESGOTAMENTO, gerou: Desconfiana de sonegao de impostos Atritos entre Metrpole X Mineradores (Causa: Inconfidncia Mineira) Empobrecimento ( surgiram as roas para subsistncia) As cidades desapareceram

A ECONOMIA NOS FINS DO SCULO XVIIICom o declnio da minerao na segunda metade do sculo XVIII a agricultura voltou a ocupar um lugar de destaque ( renascimento da agricultura). Vrios acontecimentos internacionais contriburam tambm para esse fenmeno: o crescimento da populao mundial, a Revoluo Industrial e a Revoluo Francesa. Com a Independncia dos EUA, a Inglaterra perdeu um importante fornecedor de algodo para sua indstria txtil e voltou-se para outros fornecedores, beneficiando o Brasil. Com a Revoluo Francesa, as colnias antilhanas da Frana se rebelaram (Haiti), favorecendo a produo aucareira do Brasil. Assim, o renascimento da agricultura, no final do sculo XVIII caracterizou-se pela diversificao da produo

A CRISE DO ANTIGO REGIMEAs ltimas dcadas do sculo XVIII marcada por uma srie de transformaes no mundo ocidental. O ANTIGO REGIME, ou seja, o conjunto de monarquias absolutas, que imperava na Europa, desde o incio do sculo XVI, entrou em crise. Em diversos pases da Europa e mesmo em certas regies da Amrica nasciam idias e atitudes contrrias ao colonialismo mercantilista. Na Europa este sculo marcou um grande movimento cultural denominado ILUMINISMO ( Voltaire, Montesquieu, Diderot, Rosseau ) que condenavam a estrutura absolutista e colonialista. Defendiam a reorganizao a sociedade fundamentada numa lei bsica, a Constituio. O capital acumulado pela burguesia mais inovaes tecnolgicas dos sculos XVII e XVIII, possibilitou o surgimento da REVOLUO INDUSTRIAL, na Inglaterra. Em contraposio ao mercantilismo, surgiu na Inglaterra o LIBERALISMO ECONMICO, teoria que pregava a no-interveno do Estado na economia, a livre concorrncia e o fim do Pacto Colonial.

Portugal sem condies para a industrializao entrou em franca decadncia, isto explica o desmoronamento do sistema colonial.

A CRISE DO SISTEMA COLONIALNo final do sculo XVIII e incio do XIX, quase todas as colnias da Amrica separaram-se de suas metrpoles, obtendo, a independncia. A este processo d-se o nome de CRISE DO SISTEMA COLONIAL. Tal crise foi ocasionada por acontecimentos ocorridos em duas reas diferentes: nas metrpoles e dentro das colnias NAS METRPOLES: A queda do Antigo Regime. Sistema econmico vigente na Europa nos sculos XVI, XVII e XVIII. Tal regime inclua: 1) no plano poltico, o absolutismo; 2) no plano econmico, o mercantilismo e o capitalismo comercial; 3) no plano social, uma sociedade estamental, porm, com o surgimento de uma nova classe social - a burguesia - entre elas. Atravs de um Estado fortemente centralizado esta sociedade heterognea era mantida equilibrada, devido a poltica mercantilista. Assim, a poltica adotada visava enriquecer o estado para fortalec-lo, o que, porm fortaleceu tambm a burguesia. No sculo XVIII, o Antigo Regime entrou em crise devido industrializao (Revoluo Industrial), pois o capitalismo industrial, com produo em grande escala, no admitia barreiras ao consumo, tais como: o monoplio comercial e o trabalho escravo. Por isso a burguesia industrial passou a ver no intervencionismo econmico do Estado no mais um auxilio, mas um entrave ao crescimento da economia, opondo-se assim ao absolutismo e ao mercantilismo. Resumindo: a Revoluo Industrial inglesa, que liquidou o mercantilismo. A Revoluo Francesa, iniciou a derrubada do absolutismo. E a Independncia dos Estados Unidos, mostrou o resultado natural da oposio de interesses entre colnia e metrpole. NAS COLNIAS: Estes acontecimentos nas metrpoles, enfraqueceram o sistema colonial. Este enfraquecimento praticamente inevitvel, pois, conforme se explora uma colnia, a rea ocupada expande-se, a populao cresce e a produo aumenta, fazendo surgir novas camadas sociais, surgindo assim oposies de interesses entre a colnia e a metrpole, as quais se agravam progressivamente.

Algumas destas contradies, existentes desde o incio da colonizao, referiam-se s oposies de interesses entre: ndios X Colonos; Colonos X Jesutas; Escravos X Senhores. A partir do final do sculo XVII, e particularmente durante a minerao, duas outras contradies surgiram e agravaram-se, envolvendo: 1. Consumidores X monoplios metropolitanos; 2. Classe dominante colonial X Metrpole

XVII MANIFESTAES CONTRA A METRPOLE CAUSASCom o fim da Unio Ibrica, a coroa portuguesa ampliou o arrocho administrativo e tributrio sobre o Brasil. Alguns desses movimentos chegaram a propor a separao poltica e transformaes sociais.

REBELIES NATIVISTAS ( no propunham independncia ) Aclamao a Amador Bueno (1641) - SP Rebelio de Beckaman ( 1684 ) MA Guerra dos Emboabas ( 1708 09) MG Guerra dos Mascates ( 1710 14 ) - PE Revolta de Felipe dos Santos ou Vila Rica (1720) MG REBELIES SEPARATISTAS ou COLONIAS ( pr-independncia ) Inconfidncia Mineira ( 1789 ) A Conjura do Rio de Janeiro ( 1794 ) A Conjurao Baiana ( 1798 ) A Insurreio Pernambucana ( 1817 )

NATIVISTAS Aclamao a Amador Bueno ( 1641 SP ) - Causas1. Algumas famlias espanholas estabelecidas em S. Paulo, desejavam incorporar a Capitania aos domnios espanhis de Buenos Aires, com os quais mantinham relaes econmicas, mais do que com Portugal. 2. A coroa portuguesa reprimia a escravido indgena, mo-de-obra essencial para os paulistas 3. 1641 Fim da Unio Ibrica, os paulistas aproveitaram o momento para se desligar de Portugal. Aclamaram Amador Bueno como rei de So Paulo. Com a recusa do aclamado, houve o fim do movimento.

Revolta de Beckman ( 1684 MA )Causa Escassez de mo-de-obra substituda por indgenas, que no Maranho, defrontavam-se com a resistncia dos jesutas Soluo Criao da Cia. de Comrcio do Maranho Responsvel pela venda de trigo, azeite, vinho, bacalhau e importao de 10 mil negros. A Revolta O no cumprimento do prometido, fez com que comerciantes + proprietrios rurais maranhaenses, liderados por Manuel e Toms Beckeman passaram a lutar pela extino da Companhia. O desfecho Toms partiu para Lisboa para informar os abusos da Companhia, foi preso. Manuel Beckaman foi enforcado.

A Guerra dos Emboabas ( 1708-09 MG )Causas 1. Descobrimento dos paulistas, na regio das Minas 2. O fluxo migratrio de aventureiros (Emboabas) 3. A defesa da terra pelos paulistas (se julgavam donos)

O Episdio

O Capo da Traio

A Guerra dos Mascates ( 1710-14 PE )Causas 1. Est na expulso dos holandeses no sculo XVII 2. Luta entre os proprietrios rurais de Olinda X Comerciantes portugueses de Recife

O fato Os comerciantes lusitanos passaram a financiar a produo aucareira Olindense com elevadas taxas de juros e grandes hipotecas. Por outro lado, Recife no tinha fora poltica, isto porque, seus habitantes continuavam dependendo da Cmara de Olinda. Em 1710, os recifenses conseguiram sua emancipao poltica e administrativa. Os olindenses no aceitaram a perda do controle administrativo de Recife, invadiram a cidade.

A revolta de Vila Rica ou Felipe dos Santos ( 1720 MG )Causa Criao das Casas de Fundio Revolta Tributao excessiva Conseqncia Felipe dos Santos foi preso enforcado, esquartejado 1720 - Criao da Capitania de Minas Gerais separada de So Paulo.

MOVIMENTOS SEPARATISTAS Conjurao Mineira ( 1789 1792 )Causa remota 1. O Tratado de Methuen desvantajoso para Portugal

Meados do sculo XVIII, Pombal procurou equilibrar a Balana Comercial Portuguesa e tomou duas medidas: 1. Estmulo a manufatura local Isto diminua a dependncia de Portugal com a Inglaterra. 2. Colocar brasileiros ou portugueses ricos em cargos pblicos Evitar os desvios de ouro. Esta medida criou uma PLUTOCRACIA (governo dos ricos, que reagiu contra a Coroa portuguesa com a queda de Pombal.

Administrao Pombalina: Em meados do sculo XVIII, Portugal era um pas atrasado, em relao s grandes potncias europias. Em 1750, Dom Jos I assumiu o trono portugus. Porm, um marco importante desta ascenso foi seu ministro Sebastio Jos de Carvalho e Melo (futuro Marqus de Pombal 1750-1777). Seu objetivo: reformar a administrao para maior controle da Metrpole. Reformas: 1. Extino do sistema de capitanias hereditrias em 1759 (era o fim do poder dos donatrios); 2. Reunificao Administrativa ficava abolida a diviso administrativa de 1621, quando o Brasil ficou dividido em Estado do Maranho e do Brasil, cada qual com seu prprio governador ; 3. a transferncia da capital Salvador para o Rio de Janeiro (1763); 4. a elevao do estado do Brasil categoria de vice-reino (1762), governado por um vice-rei, subordinado ao Conselho Ultramarino (criado em 1642, com o fim da Unio Ibrica); 5. Expulso dos jesutas da metrpole e de todos os seus domnios (acusao: um Estado dentro do Estado); 6. Criou a Cia. Geral do Comrcio do Gro-Par e Maranho em1755 (para atuar no norte) e a Cia. Geral do Comrcio de Pernambuco e Paraba em 1759 (para atuar no nordeste).

Causas da Inconfidncia Mineira Decadncia da produo do ouro

A cobrana do Quinto (atrasado) Lanada a DERRAMA ( seria desencadeado o movimento com a senha: Hoje o dia do batizado. A elite discordava do Pacto Colonial A influncia do Iluminismo. As idias de Voltaire, Rosseau, Montesquieu, Diderot Independncia dos E.U.A (1776) e Revoluo Francesa (1789)

Plano dos Conjurados Criar uma Repblica (em S. Joo Del Rei; uma nova bandeira; Criar uma Universidade em Vila Rica; Servio Militar obrigatrio No saiu das salas de reunio Denncia: Cel. Joaquim Silvrio dos Reis (devedor dos cofres reais) A figura de Tiradentes

Conjura do Rio de Janeiro ( 1794 )Causa: Est na frase Os reis so uns tiranos atribuda a 10 membros da Sociedade Literria do Rio de Janeiro. A denncia Sustentava que membros dessa sociedade preferiam o regime republicano ao monrquico. O Implicado Mariano Pereira Fonseca ( futuro marqus de Maric) porque possua uma obra do iluminista Rosseau ( considerado subversivo, na poca.) No foi um movimento nem uma Revoluo. Sua importncia histrica reside no temor que a Metrpole tinha das idias liberais.

Conjurao Baiana ( 1798 1792 )Outros nomes: Conjurao dos Alfaiates, Revolta dos Franceses, Conspirao das Argolinhas, Conjurao dos Barbados e Conspirao dos Bzios. Caractersticas : Os participantes pertenciam as camadas pobres da populao. Foi um grito dos explorados, dos oprimidos contra a dominao portuguesa. Fundamentao: Revoluo Francesa Apoio: Loja Manica Cavaleiros da Luz. Divulgao: manuscritos nos postes, muros, praas pblicas O fim: 08/11/1799 Descobertos foram presos e enforcados

AS GUERRAS NAPOLENICASO surgimento do capitalismo industrial na Inglaterra aumentou a competio econmica entre os principais pases europeus, justamente no momento em que cresciam as divergncias polticas entre ingleses e franceses e entre a Frana revolucionria e as monarquias absolutistas da Europa continental. Este conjunto de circunstncia gerou um conflito militar generalizado: AS GUERRAS NAPOLENICAS. Iniciadas na ltima dcada do sculo XVIII e estendendo-se at 1815, estas guerras tiveram profundas consequncias para o processo de independncia da Amrica Latina e particularmente do Brasil. Em 1805, na Batalha de Trafalgar, os ingleses destruram a esquadra francesa, invalidando o plano de Napoleo de desembarcar um grande exrcito na Inglaterra. O Imperador francs resolveu asfixiar economicamente a Gr-Bretanha, decretando, em 1806, o Bloqueio Continental, que proibiu os pases europeus de comerciarem com a Inglaterra. Portugal e Espanha, metrpoles decadentes, encontraram-se num impasse: se aderissem ao Bloqueio, a Inglaterra ocuparia suas colnias; se no aderissem, a Frana ocuparia as metrpoles. A corte espanhola acabou-se rendendo a Napoleo, que ocupou militarmente a Espanha. A Corte portuguesa, ento chefiada pelo prncipe regente D. Joo ( a rainha, DNA. Maria I, estava louca), no resistiu aos franceses, comandados por Junot, mas tambm, no se rendeu: transferiu-se para o Brasil. Estes acontecimentos foram extremamente significativos no processo de independncia do Brasil e demais colnias latino-americanas, pois ocasionaram o desaparecimento do monoplio comercial. Nos itens seguintes, faremos uma anlise mais detalhadas da permanncia de D.Joo VI no Brasil e das consequncias da advindas.

XVIII A VINDA DA FAMLIA REAL PARA AO BRASIL Causas RemotasNa Inglaterra Na Frana Em Portugal

No sc. XVIII, A INGLATERRA substituiu os TEARES MECNICOS movidos vapor por uma indstria txtil. Nesta transformao o algodo tomou o lugar da l. Inicia-se a relao entre a Inglaterra e as vrias reas coloniais, fornecedoras de matria prima. O Brasil tinha excedente em algodo, s que estava submetido ao monoplio comercial portugus. Isto encarecia o produto e reduzia o poder de consumo. Portanto, o monoplio portugus era incompatvel com o desenvolvimento industrial. O desaparecimento do monoplio seria o primeiro passo para a independncia do Brasil. No sc. XVIII, A FRANA (1789) Queda da Bastilha Fim do Antigo Regime.

Fases da Revoluo Francesa : 1. Das Instituies (1789/92) Declarao dos Direitos do Homem 2. Das Antecipaes(1792/94) Perodo da Revoluo Popular 3. Das Consolidaes Era Napolenica ( dividida em 3 etapas ) DIRETRIO, CONSULADO E IMPRIO IMPRIO ( 1804/1815) Guerras de Conquistas (objetivos) 1. Ampliar o mercado consumidor dos produtos franceses 2. Fornecer matria-prima para suas fbricas 3. Diminuir o poder econmico da Inglaterra no continente Europeu. Impossibilitado de dominar militarmente a Inglaterra, dominou o resto da Europa para enfraquecer a BLOQUEIO CONTINENTAL. No sc. XVIII ( incio), PORTUGAL SITUAO CRTICA: Napoleo Inglaterra

1. De um lado, Napoleo exigindo o fechamento dos portos; 2. De outro lado, o Tratado de Methuen (1703), contribuiu para o no desenvolvimento da indstria portuguesa e para aliana poltica e militar entre Portugal e Inglaterra. 3. Fins de 1807 TRATADO DE FONTAINEBLEAU Objetivo Invadir Portugal e dividir suas colnias Em Lisboa ocorreu a notcia que tropas francesas estavam invadindo o norte de Portugal. Houve pnico na corte Fuga para o Brasil A VINDA DA FAMLIA REAL/ PERODO JOANINO ( 1808/21 ) Chegada em Salvador em 28/jan/1808 Brasil sede da Coroa Portuguesa ABERTURA DOS PORTOS Fim do Pacto Colonial

TRABALHO DE PESQUISA ELABORADO PELO PROF. JOO ROCHA OS TRATADOS DE 1810: De Aliana e Amizade e do Tratado de Comrcio e Navegao:

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Ingleses aqui residentes teriam plena liberdade religiosa e seriam julgados, em qualquer caso, por juizes ingleses; O governo portugus comprometia-se a abolir gradualmente o trabalho escravo, e ainda, determinava a proibio da Santa Inquisio no Brasil; Os produtos ingleses pagariam tarifas alfandegrias de 15%, os portugueses 16% enquanto aos demais naes 24% Um porto livre Santa Catarina Chegada no Rio de Janeiro ( 07/MAR/1808 ) POLTICA INTERNA Criao da Imprensa Rgia Academia Real Militar, Biblioteca Pblica, Jardim Botnico, Banco do Brasil, Escola Cirrgica (RJ). Errio Rgio e o Conselho da Fazenda a Dez/1815 O Brasil era elevado 1 categoria de REINO UNIDO, a Portugal e Algarves. ( o Brasil deixava de ser colnia Congresso de Viena ) REVOLUO PERNAMBUCANA DE 1817 Considerada movimento separatista, a Revoluo Pernambucana aconteceu durante a vinda da Famlia Real para o Brasil. Foi o nico movimento que ultrapassou a fase conspirativa, tendo os revoltosos conseguido ocupar Pernambuco por algum tempo e chegaram a formar um Governo Provisrio, com 5 membros representando o exrcito, o clero, o comrcio, a magistratura e a agricultura. As foras portuguesas conseguiram reocupar a regio. Os lideres foram presos e condenados morte. Os fatores principais foram: 1. A Independncia das colnias espanholas da Amrica; 2. O domnio portugus do comrcio, cargos pblicos e exrcito; 3. O Arepago de Itamb e o Seminrio de Olinda idias libertrias 4. Aumento de impostos para manter a Corte no Brasil. POLTICA EXTERNA Ordenou a invaso da Guiana Francesa ( que foi devolvida a Frana em 1817, por de terminao do Congresso de Viena). Em 1818, estendeu as fronteiras brasileiras at a rio da Prata ( atual Montevidu). A regio anexada passou a chamar-se PROVNCIA CISPLATINA, que em 1825, conquistou sua independncia e ganhou o nome atual de Uruguai. A REVOLUO LIBERAL DO PORTO (1820) E A RECOLONIZAO Com a vinda da Famlia Real para o Brasil, a situao de Portugal tornou-se calamitosa. A regncia portuguesa era manipulada pelo militar ingls WILLIAM BERESFORD (tirano). Agravava-se em Portugal a crise econmica, o descontentamento popular, deficit, fome, misria, decadncia do comrcio. Estes fatores, aliados difuso de idias liberais, resultaram na REVOLUO DO PORTO Objetivos: Estabelecer um regime Constitucional Liberal A volta de D. Joo para Portugal Derrubar a Junta Governativa de BERESFORD PARA O BRASIL Exigiam a recolonizao, em outras palavras, exigiam o retorno do PACTO COLONIAL

O PROCESSO DE INDEPENDNCIA 26/ABRIL/1821, A Famlia Real retorna a Portugal e entrega a seu filho D. Pedro a regncia do Brasil. Para as Cortes portuguesas, promover a recolonizao do Brasil, tinha que, obrigatoriamente, enfraquecer a autoridade administrativa de D. Pedro aqui no Brasil e fora-lo a regressar ao pas natal. Para isso, vrios decretos foram criados para anular o poder poltico de D. Pedro. Os brasileiros jamais poderiam permitir a perda da liberdade de comrcio conseguida em 1808 ( Abertura dos Portos) e a autonomia administrativa consolidada em 1815 ( Reino Unido ). Os brasileiros, resolveram ento, se organizar em torno do prncipe D. Pedro, dando-lhe necessrio apoio para que ele desobedecesse s ordens que chegavam de Portugal. Nascia o PARTIDO BRASILEIRO ou PARTIDO DA INDEPENDNCIA, homens de faces polticas diferentes (conservadores e liberais), mais unidos contra um inimigo comum: AS CORTES. CONSERVADORES LIBERAIS Liderados pelos irmos Andrada, pretendiam um governo centralizado, com uma monarquia assessorada por um ministrio. defendiam uma monarquia constitucional, descentralizao administrativa e autonomia nas provncias.

8 mil assinaturas O FICO ( 09/01/1822 ) ( A presena de D. Pedro no Brasil dificultava as pretenses das Cortes portuguesas de RECOLONIZAR o Brasil ) Maio/1822 - O CUMPRA-SE s vigorariam no Brasil as leis das Cortes portuguesas que recebessem o cumpra-se do regente. Maio/1822 recebeu o ttulo de DEFENSOR PERPTUO DO BRASIL. Em junho convocava uma Assemblia Constituinte e Legislativa 07/set/1822 Proclamao da Independncia (Sendo a independncia do Brasil, em boa parte, fruto da influncia inglesa, implicou em compromissos econmicos muito fortes com a Inglaterra) 1/dez/1822 foi aclamado imperador e coroado com o ttulo de D. Pedro I

XIX O BRASIL IMPRIO ( 1822 1889 )O NO RECONHECIMENTO DA INDEPENDNCIA NAS PROVNCIAS Comerciantes portugueses + Governadores + militares controlavam o governo e o comrcio local PAR, MARANHO, PIAU, BAHIA E CISPLATINA Estas provncias revoltaram-se contra a independncia e lutaram para manter os laos com Portugal O episdio da Bahia Os portugueses ocuparam Salvador Soror Joana Anglica foi assassinada Maria Quitria alistou-se nas tropas brasileiras Batalha de Piraj derrota dos portugueses

O RECONHECIMENTO DA INDEPENDNCIA1 pas E.U.A 26/maio/1824 Doutrina Monroe: Amrica p/ os americanos 29/ agosto/1825 Portugal mediante indenizao de 2 milhes de libras 1826 Inglaterra mediante a renovao do Tratado de 1810 e o final da escravido

ASSEMBLIA CONSTITUINTE ( 1823)

Convocada antes da independncia, somente em 3/maio/1823 iniciaram-se os trabalhos do projeto constitucional. Lideres da Assemb. Constituinte os irmos Andrada encarregados da redao do projeto constitucional. O projeto tinha 3 caractersticas bsicas: ANTICOLONIALISTA, ANTIABSOLUTISTA E CLASSISTA ANTICOLONIALISTA firme oposio aos portugueses. O projeto proibia estrangeiros em cargos pblicos. ANTIABSOLUTISTA reduzia os poderes do imperador e valorizava e ampliava os poderes do legislativo CLASSISTA o voto seria CENSITRIO, isto , s votariam ou seriam candidatos aqueles que tivessem um determinado nvel de renda: Para votar para Deputado um rendimento anual o equivalente a 150 alqueires de mandioca. Para votar para senador idem... idem... 250 alqueires Para candidatar-se a esses cargos a renda deveria ser de 500 a 1000 alqueires, respectivamente. Este projeto ficou conhecido como CONSTITUIO DA MANDIOCA

PEDRO DISSOLVE A CONSTITUINTEInsatisfeito com o projeto constitucional que restringia seus poderes, em 12/11/1823, D. Pedro, dissolveu a Assemblia Constituinte. Na noite anterior, cercou a Assemblia e prendeu os irmos Andrada ( NOITE DA AGONIA)

A CONSTITUIO DE 1824

CARACTERSTICAS:

OUTORGADA ao pas no dia 25/maro/1824; Forma de governo: Monrquico hereditrio, Constitucional e Representativo Quatro poderes: Executivo, Legislativo, Judicirio e Moderador Este, exercido pelo imperador, que tinha poderes para escolher, dissolver a Cmara, nomear e demitir ministros) Voto Censitrio s votava que tivesse uma renda acima de 100 mil reis anuais. Religio oficial do Estado era a catlica.

A CONFEDERAO DO EQUADOR 1824 PECausas Fechamento da Assemblia Constituinte ( 1823 ); Carta Outorgada; No aceitao do Presidente da Provncia indicado por D. Pedro.

Objetivo Proclamar uma Repblica Federativa que se chamou Confederao do Equador Apoio Cear, Paraba, Rio Grande do Norte e Piau Fundamento Constituio da Colmbia Conseqncias Aboliram o trfico de escravos ( desagrado: latifundirios ) Violncia entre a opinio pblica X D. Pedro Morte de Frei Caneca A violncia ao movimento evidenciou o absolutismo de D. Pedro, o que gerou desprestgio do imperador.

A INDEPENDNCIA DA PROVNCIA CISPLATINAIncorporada em 1820 ao Brasil, por D. Joo VI Tornou-se independente e, 1828, anexando-se a Argentina D. Pedro declarou Guerra a Argentina Conseqncias Milhares de mortos, empobrecimento do governo, perda do apoio dos grandes

proprietrios a D. Pedro.

A ABDICAO DE D. PEDRO I (1831) CAUSASAutoritarismo do Imperador ... Centralizao do poder Fechamento da Assemblia Constituinte ( 1823 ) A desconfiana de favorecimento a comerciantes portugueses Crise econmica gerada pelas guerras Dvida com o exterior queda das exportaes Falncia do Banco do Brasil O assassinato do jornalista Lbero Badar A noite das Garrafadas A formao do Ministrio dos Marqueses 07/abril/1831 D. Pedro I abdicou em favor de seu filho ( tutelado de Jos Bonifcio)

XX O PERODO REGENCIAL ( 1831 1840 )Perodo conturbado de nossa histria, caracterizado pelas lutas entre RESTAURADORES, EXALTADOS E MODERADOS, assim como pelas rebelies provinciais que colocaram em risco a integridade territorial e poltica do pas, encerrou-se 1840, com o golpe da maioridade e o incio do Segundo Reinado. Partido Moderado Partido Exaltado Partido Restaurador

Trs Grupos Polticos disputavam o Governo Regencial

PARTIDO MODERADO ( Chimangos ) Defendiam: Poder Centralizado; Governo Monrquico ( No Absolutista); voto censitrio Composto : Grandes proprietrios de terras ( S.P, M.G, R.J) Lder : Pe. Diogo Feij PARTIDO EXALTADO ( Farroupilha ) Defendiam : Descentralizao de poder ( poder nas provncias ) Mudana de regime: de Monrquico para Republicano Fim do Poder Moderador Fim do Senado vitalcio Composto : Por profissionais liberais PARTIDO RESTAURADOR ( Caramurus ) Defendiam : a volta de D. Pedro I ao governo do Brasil Com a morte de D. Pedro (1834), este grupo perdeu a finalidade

A EVOLUO DOS PARTIDOS POLTICOS, DESDE O PRIMEIRO AT O SEGUNDO REINADO

PRIMEIRO REINADO (1822-1831)

PERODO REGENCIAL (1831-40)

SEGUNDO REINADO (1840-89)

DIREITA ALA

PARTIDO (CONSERVA DOR) PARTIDO REGRESSISTA (CONSERVADOR) PARTIDO CONSERVAD OR

PARTIDO BRASILEIRO (LIBERAL)

PARTIDO

ALA ESQUERDA

1834 A 1836PARTIDO PROGRESSISTA ( LIBERAL ) PARTIDO LIBERAL

PARTIDO PORTUGUS (ABSOLUTISTA

PARTIDO RESTAURADOR (REACIONRIO)

REGRESSO CONSERVADOR (1836-1840)

AVANO LIBERAL (1831-1836)

AS REGNCIAS: Trina Provisria de abril a junho/1831 Composio: Nicolau Vergueiro, Jos Joaquim de Campos e Francisco de Lima e Silva Anistia poltica Reconduo do Ministrio dos Brasileiros ao poder Junho/1831 ( Nova Lei) de Provisria para Permanente Trina Permanente de 1831 a 1835 ( Partido Conservador ) Francisco de Lima e Silva, Jos da Costa Carvalho e Joo Braulio Muniz MEDIDAS RESTRITIVAS

Os regentes no poderiam dispor do poder Moderador ( esta medida defendia o Parlamento de qualquer investida do Executivo). Criou-se a GUARDA NACIONAL Criada para reprimir Exaltados e Restauradores.Pedro I morriacoube aodo Partidoda Justia, PADRE FEIJ ( fora O comando Ministro Restaurador Em set/1834, D. Fim paralela ao exrcito. Com esse contingente, os fazendeiros formavam milcias particulares e aumentou o poder dos latifundirios. A esta a origem do poder dos I I O ATO AD C ONAL DE 1834 coronis na R epblica Velha ) Chamado de O cdigo da Anarquia representava uma conciliao das Foi aprovado o CDIGO DE PROCESSO CRIMINAL atribua aos . elites municpios ampla autonomia judiciria, os juizes eram eleitos pela populao local ( : que consagrou o arbtrio dos fazendeiros, pois j controlavam as Cmaras MUDANAS Municipais e tinham a fora da Guarda Nacional O poder descentralizava-se.) A Regncia passou a ser Una; unicpio O Rio Neutro;de Janeiro passou a sede do Imprio com a designao de M Foram criadas as Assemblias Legislativas nas Provncias;1834 Realizaram-se eleies para o cargo de regente, sendo eleito o Padre Feij A Regncia Una de Diogo Antonio Feij ( 1835-37) Provncias mais autnomas X Centralizao do poder Oposio acusa-o de INCAPAZ de por ordem no pas Venceu com pequena margem de voto ( forte oposio ) Doente e com fificuldades Renunciou REBELIES Cabanagem ( 1835/40 ) Farroupilha (1835/45 ) Par RS

TRABALHO DE PESQUISA ELABORADO PELO PROF. JOO ROCHA O Regente Interino PEDRO ARAJO LIMA ( Conservador )

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Medidas: 1) anular a descentralizao do pas 2) Movimento: Lema REGRESSO ORDEM (Pregava a volta da Constituio de 1824 ) Surgem 2 partidos polticos: LIBERAIS ( antigo progressista ) CONSERVADORES ( antigo regressista )

Liderados por Pedro de Arajo Lima

Criou novo Ministrio

Ministrio das Capacidades ( que criou a Lei de Interpretao uma investida contra os aspectos liberais do Ato Adicional de 1834 ) Objetivos limitar a autonomia dos municpios promover a centralizao do poder a polcia e a justia ficariam sob o poder central os juizes municipais e delegados seriam nomeados pelo governo da capital do imprio Em contrapartida Os liberais criaram o CLUBE DA MAIORIDADE Objetivo Antecipao da maioridade de D. Pedro Emenda Constitucional que foi aprovada Poltica Rebelies: Balaiada ( 1838/41 Maranho ) Sabinada( 1837/38 Bahia ) Monarquia Parlamentarista 2 Partidos: LIBERAL E CONSERVADOR

REBELIES REGENCIAIS: A CABANAGEM ( Par 1835-40 )O Par era uma provncia a parte, dominada por portugueses, cuja populao pobre tomou conscincia de que a independncia no trouxera transformaes sociais. Com a abdicao de D. Pedro, esse sentimento de frustrao aflorou e as autoridades nomeadas pelo poder regencial foram obrigadas a demitir-se devido a presses populares. Na noite de 6/jan/1835, os CABANOS, populao pobre que vivia em cabanas margem dos rios revoltaram-se, dominando a capital e executando o presidente da provncia e outras autoridades. Para a chefia do governo foi chamado CLEMENTE MALCHER que declarou que ficaria no poder at a maioridade do imperador. Foi acusado de trair os cabanos. Paralelamente, cresceu o prestgio de Francisco Vinagre que executou MALCHER. Porm como seu antecessor, declarou-se fiel ao governo imperial. O governo regencial enviou ao Par uma numerosa fora militar comandada por Manoel Jorge Rodrigues, que assumiu o poder, em Belm, com o apoio de Pedro Francisco Vinagre. O novo presidente, dominava apenas a capital. No interior, os cabanos reagruparam-se e marcharam sobre Belm, tomando a cidade e proclamando a Repblica, liderados por EDUARDO ANGELIM, tornou-se o 3 presidente rebelde. Em abril de 1836, chegou ao Par uma numerosa esquadra, impondo um novo presidente provncia. Aps algum tempo de luta, chegava ao fim um dos mais notveis movimentos populares de nossa histria (40 mil mortos indgenas e negros). Teve carter de guerra civil, porm, no foi um movimento separatista e nem republicano.

TRABALHO DE PESQUISA ELABORADO PELO PROF. JOO ROCHA SABINADA ( Bahia 1837-38 )A Sabinada deve seu nome ao mdico FRANCISCO SABINO DA ROCHA que liderou o movimento restrito camada mdia da populao de Salvador. O motivo da rebelio foi a insatisfao com as autoridades nomeadas pelo governo regencial, excessivamente centralizadoras e despticas e a defesa da autonomia provincial contra o centralismo no extinto pelo Ato Adicional, levando os rebeldes a proclamarem a Repblica Bahiense, em 1837. A represso do governo central, entretanto, foi violenta, e a provncia separatista foi reintegrada.

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BALAIADA ( Maranho 1835-1841) Foi um movimento popular. Seus lderes foram Raimundo Gomes, vaqueiro; Manoel Francisco dos Anjos, fazedor de cestos chamados balaios; e Cosme, lder negrode escravos foragidos. As camadas populares, impulsionadas pelas idias liberais revoltaram-se contra a aristocracia rural local. Os rebeldes chegaram a tomar a cidade de Caxias, no Maranho, e a tentar implantar um governo prprio. Entretanto, devido falta de unidade do movimento, os revoltosos foram controlados pelas foras do governo central. REVOLUO FARROUPILHA ( R.G. do Sul 1835-45 )Ou Guerra dos Farrapos. Seus promotores foram os estancieiros, criadores de gado gacho, classe dominante do Rio Grande do Sul, que pretendiam separar-se politicamente do Brasil. Politicamente lutavam os Farroupilhas ( Republicanos - favorveis a autonomia para as provncias) X Chimangos ( P. Moderado representavam a aristocracia rural favorveis monarquia ). Uma outra causa foi econmica. O principal produto da regio, o charque, comercializado no mercado interno, foi taxado de forma elevada( pelo governo regencial), o que facilitou a concorrncia do charque do Uruguai e da Argentina, privilegiado por baixas taxas alfandegrias. O conflito armado eclodiu em 20/setembro/1835, sob a liderana de BENTO GONALVES. Em fins de 1835, os rebeldes dominaram Porto Alegre um ano mais tarde proclamaram a REPBLICA PIRATINI. BENTO GONALVES tornou-se o primeiro presidente, mas foi preso e conduzido Bahia, fugiu em 1837, retornando ao Rio Grande do Sul, onde reassumiu o comando dos farroupilhas. Em 1839 o italiano GIUSEPPE GARIBALDI e DAVI CANABARRO chefiaram expedies militares que resultaram na conquista de Santa Catarina, proclamando ali a REPBLICA JULIANA. Em 1840, D. Pedro II assumiu o trono e, com inteno de estabilizar politicamente o pas. O acordo s aconteceu em 1845, entre DAVI CANABARRO e CAXIAS. As concesses oficiais satisfizeram os revoltosos, que foram anistiados. Os soldados e oficiais farroupilhas acabaram incorporados ao exrcito imperial, as terras confiscadas foram devolvidas. Superava-se assim a longa guerra civil, que durara dez anos.

XXI O SEGUNDO REINADO ( 1840 1889 )

Causas Regncias em carter provisrio ( at a maioridade do Imperador ) O excesso do poder regencial A descentralizao do poder nas provncias As revoltas nas provncias, ameaavam o poder regencial Ameaa de dividir o pas ( Moderados NECESSRIO DETER O CARRO DA REVOLUO

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O Golpe da Maioridade Golpe poltico dos liberais durante a Regncia Conservadora de Arajo de Lima. Responsveis pelo golpe: Os irmos Andradas ( Antonio Carlos, Martim Francisco e Jos Bonifcio) e os irmos Cavalcantes Julho/1840 Foi dado o Golpe da Maioridade O golpe agradou Liberais e Conservadores( latifundirios) A quem interessava: a) o fim das revoltas provinciais b) o fim das lutas polticas c) um governo que garantisse a estabilidade no pas A poltica INTERNA do Segundo Reinado As ltimas rebelies provinciais foram debeladas: Balaiada e Farroupilha Nomeao do 1 Ministrio ( composto por Liberais ) Ministrio dos irmos. Este Ministrio defrontava-se com uma Cmara de maioria Conservadora, que impedia o funcionamento do Executivo. Houve a dissoluo da Cmara e convocao de novas eleies, em 1840. Eleies do Cacete Liberais e Conservadores * no apresentavam diferenas polticas * defendiam os grandes proprietrios * defendiam o voto censitrio * ambos disputavam as eleies da Cmara foravam

Os liberais foram acusados de fraude. O voto no era secreto ( capangas eleitores)

Diante dos flagrantes indcios de fraude, D. Pedro dissolveu a Cmara e convocou novas eleies. Prejudicados em seus interesses, OS LIBERAIS paulistas e mineiros revoltaram-se contra o governo. A Revolta Liberal de 1842 Causa Dissoluo da Cmara dos Deputados Lder: Pe. Diogo Antonio Feij (ex- regente) Foram derrotados por Lus Alves de Lima e Silva ( Duque de Caxias) O Parlamentarismo ( s avessas) PARLAMENTARISMO Sistema de governo onde o Poder Legislativo tem fora efetiva no comando da nao. Na Inglaterra onde surgiu, os cidados elegem os Parlamentares, estes, escolhem o Primeiro- Ministro ( Chefe do Poder Executivo ) Em 1847 no Brasil, foi criado o cargo de Presidente de Conselho de Ministros, que tinha as funes de 1 Ministro, encarregado de organizar o Gabinete do Governo. Funcionava deste Modo: realizada as eleies, D. Pedro nomeava um destacado poltico do partido vencedor; O 1 Ministro formava seu Gabinete de Governo Organizado o Gabinete, apresentava a Cmara Aprova: passava exercer suas funes de Governo

a) b) c) d)

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e) No caso de no aceitao Cabia a D. Pedro II, titular do Poder Moderador, demitir o Gabinete ou Dissolver a Cmara, convocando novas eleies. Revoluo Praieira Pe ( 1848-1850 ) ltima rebelio do II Reinado Recebeu este nome porque a sede dos revoltosos, Dirio Novo, localizava-se a rua da Praia. Causas: Os Cavalcantes dominavam 1/3 dos engenhos e a poltica de Pernambuco O comrcio nas mos dos portugueses Explorao econmica e injustia social, em Pernambuco O Plano dos Revolucionrios - O MANIFESTO AO MUNDO Proclamao da Repblica; abolio da escravatura; nacionalizao do Comrcio; garantia de Trabalho; liberdade nas provncias; fim do poder Moderador. Sem recursos militares Fim do ciclo de revoltas

Situao Econmica do Imprio No sculo XIX, dois fatos marcaram a transformao de nossa economia: 1. DE NATUREZA GEOGRFICA o eixo econmico das velhas regies agrcolas do norte e nordeste se deslocaram para as reas do centro-sul. 2. DECADNCIA da cana-de-acar, algodo e tabaco e o desenvolvimento do caf. O Brasil era praticamente o nico grande produtor mundial de caf. Surgiram os grandes proprietrios de caf agrupados em dois setores bsicos: a) SETOR TRADICIONAL: Situados na Baiaxada Fluminense e no Vale do Paraba A produo dependia da mo-de-obra escrava b) SETOR MODERNO: situado ao longo do oeste de S. Paulo ( Ribeiro Preto - trabalho assalariado imigrante )

OS PRIMEIROS IMIGRANTESOs imigrantes chegaram no Brasil entre 1847 e 1857. Esses imigrantes foram contratados no SISTEMA DE PARCERIA: davam ao proprietrio uma parte de colheita e ficavam com outra parte. No entanto, eram enganados e muito explorados pelo fazendeiros. Trabalhavam de sol a sol e eram tratados como escravos. A conseqncia foi o completo fracasso do sistema de parceria. Incentivo a Indstria no Brasil Duas medidas importantes colaboraram para incentivar as atividades industriais: 1. a extino do trfico negreiro, em 1850, que liberou grande soma de dinheiro, antes destinada compra de escravos. 2. A Tarifa Alves Branco, que estabelecia: a) Os produtos importados pagariam 60% de imposto sobre seu valor, caso no Brasil tivesse similar. b) No havendo similar, o artigo importado pagaria 30%. Irineu Evangelista de Souza ( o Baro de Mau )

Responsvel por vrios empreendimentos no Brasil: Fundou empresas de construo de navio a vapor, de fundio de ferro; Construiu a primeira estrada de ferro ( Guanabara a Petrpolis ) Instalou uma rede telegrfica ( + ou 1000 Km ) principais provncias Instalou um cabo submarino intercontinental ( Brasil / Europa ) Construiu a Companhia de iluminao a Gs, no Rio de Janeiro. * QUESTO CHRISTIE * QUESTO PLATINA * GUERRA DO PARAGUAI

A poltica EXTERNA do Segundo Reinado

A QUESTO CHRISTIE Duas pequenas questes envolvendo William Christie ( Embaixador Ingls) Conseqncia: Rompimento diplomtico com a Inglaterra. Razes: 1) o naufrgio (1861) do navio Prncipe de Gales, na costa do Rio Grande do Sul indenizao de 3.200 libras 2) Priso de 2 oficiais ingleses, no Rio de Janeiro D. Pedro II recusou-se em atender as exigncias de Christie Em represlia: 3 navios da marinha brasileira foram aprisionados, pelos ingleses, em nosso litoral. Houve revolta da populao Leopoldo I, rei da Blgica, foi favorvel ao Brasil, cabendo a Inglaterra desculpar-se por ofender a nao brasileira. A recusa dos ingleses, levou D. Pedro II a romper relaes diplomticas com a Inglaterra. As relaes diplomticas entre os dois pases somente foram reatadas em 1865, quando o governo ingls apresentou desculpas oficiais a D. Pedro II. Em 1865, foram reatadas as relaes diplomticas em Uruguaiana. O governo ingls pediu desculpas, preocupado com o crescimento do Paraguai, na Amrica do Sul. A QUESTO PLATINA reas de fronteiras entre Brasil, Argentina e Paraguai ( REGIO PLATINA ) O Brasil tinha interesse na regio nico caminho para o Mato Grosso Tentava impedir que os Uruguaios atacassem as fazendas gachas Impedir que a Argentina anexasse o Uruguai Para assegurar seus interesses, o Brasil interveio militarmente no Uruguai e Argentina. A interveno contra Oribe e Rosas ( 1850-52 ) Em 1828 o Uruguai se torna uma Repblica. Surgem 2 partidos polticos diferentes: BLANCOS (ORIBE) criadores de gado competiam com o R.G. do Sul (mercado) ligados ao ditador argentino (ROSAS) Comerciantes de Montevidu Lder: Frutuoso Rivera ligados aos brasileiros Foi eleito:

COLORADO(RIVERA)

1828

Primeira eleio no Uruguai

TRABALHO DE PESQUISA ELABORADO PELO PROF. JOO ROCHA Frutuoso Rivera ( Colorado) ligado aos brasileiros 1834 novas eleies a situao se inverteu Oribe ( Blancos ) foi para o poder uniu-se a Rosas, da Argentina, que pretendia anexar o Uruguai Da unio entre Oribe e Rosas nasceu uma linha poltica que contrariava os interesses do Brasil na regio. O Brasil resolveu intervir militarmente na regio platina Aliou-se com Frutuoso Rivera ( Colorado) Na luta contra Oribe, este foi afastado do poder ( 1851) Rosas, da Argentina, entra em ao e apoia Oribe(Blanco Objetivo de Rosas: anexar o Uruguai a Argentina No entanto, duas provncias argentinas, ENTRE RIOS organizaram uma revolta contra Rosas. e CORRIENTES,

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Aproveitando-se da ocasio, o Brasil deu apoio as duas provncias que eram comandadas pelo Gal. argentino Urquiza e invadiram a Argentina. Conseqncias: 1) 2) 3) 4)

Oribe, do Uruguai, foi derrotado por Caxias; Rosas, da Argentina, foi derrotado por Urquiza, com ajuda de tropas brasileiras; Depois da vitria, Urquiza foi conduzido ao poder da Argentina; No Uruguai e Argentina os governos foram favorveis aos interesses de brasileiros e ingleses 5) Foi liberada a navegao comercial A luta contra Aguirre (1864-65) luta poltica entre BLANCOS e continuavam continuou intensa A As fronteiras do Rio Grande do Sul,COLORADOSser desrespeitadas ao longo da dcada deenviou um emissriodoMontevidu para solucionar o caso O Brasil 1850. Fazendeiros a Brasil permaneceram brigando violentamente com uruguaios pertencentes aosATANSIO AGUIRRE, no deu ateno ao pedido. O presidente do Uruguai, BLANCOS. O governo brasileiro declarou guerra ao Uruguai e, novamente, procurou aliar-se ao Partido Colorado, agora liderado por VENNCIO FLORES. Em 1865, com auxlio das tropas brasileiras, VENNCIO FLORES derrotou AGUIRRE e assumiu o governo do Uruguai. A situao se agravou, AGUIRRE tinha um forte aliado: FRANCISCO SOLANO LOPES, do Paraguai. A Guerra do Paraguai ( 1865-1870) Para o Brasil, o episdio que deu incio ao conflito foi o aprisionamento pelo governo paraguaio, em novembro de 1864, do navio brasileiro MARQUS DE OLINDA, que navegava prximo a Assuno, com, destino ao Mato Grosso. O aprisionamento do navio brasileiro foi a reao do Paraguai contra a invaso brasileira do Uruguai e a deposio do presidente Aguirre, que era apoiado por Solano Lopes.

1 Presidente: JOS GASPAR DE FRANCIA ( 1811-40) 1811: tornou-se independente O Paraguai um pas continental Nao auto-suficiente que sobrevivia sem recorrer a capital estrangeiro O Paraguai era uma exceo na Amrica Latina. Francia foi sucedido por ANTONIO CALOS LOPES, que: Incentivou a criao de indstrias Aperfeioamento das comunicaes Contratou tcnicos estrangeiros Adquiriu mquinas, navios... Em 1862, Solano Lopes ( seu filho), tornou-se Presidente:

TRABALHO DE PESQUISA ELABORADO PELO PROF. JOO 31 ROCHA 31 O Paranguai era livre da explorao do capitalismo internacional Possua indstrias de fundio de ferro, armas, plvora, tecidos, louas, tintas, papel. Telgrafo, ferrovias, superavit, todo comrcio controlado pelo governo. O desagrado da Inglaterra: Deixava de lucrar com suas exportaes O Brasil no apoiava a poltica paraguaia, pois pretendia navegar livremente pelos seus rios. A trplice Aliana: Percebendo que o Paraguai no se enquadrava no esquema pretendido, a Inglaterra financiou o Brasil, a Argentina e o Uruguai para lutar contra o Paraguai. Foi o mais longo e sangrento conflito armado j ocorrido na Amrica do Sul Na verdade, os paraguaios no foram derrotados, foram massacrados

Conseqncia da Guerra do Paraguai: O quase extermnio da sua populao ( de 900 mil para 200 mil habitantes) A indstria paraguaia foi destruda Os ingleses entraram no mercado paraguaio, concedendo emprstimos ( a um pas que antes no tinha dvidas) Paraguai tornou-se um paraso de produtos estrangeiros. A misria tornou-se uma herana para a maioria da populao. Para o Brasil: Aumento da dvida externa; Crise financeira; domnio ingls no setor de seguros Crescimento do Exrcito brasileiro em importncia poltica. Durante a Guerra, o Brasil teve que assinar com a Bolvia o apressado Tratado de La Paz (1867), por meio do qual entregvamos o Acre ao ditador Melgarejo, para evitar que este ajudasse Solano Lopes.

O DECLNIO DA MONARQUIA CAUSAS A Guerra do Paraguai e a influncia dos oficiais brasileiros A abolio da escravatura As transformaes sociais e econmicas do sculo XIX A fundao do Partido Republicano As questes religiosas e militares A abolio da escravatura - Origens: A Inglaterra, no sculo XIX, tornou-se a principal defensora da abolio da escravido. Em 1845, a Inglaterra tomou uma atitude ousada. Aprovou uma lei conhecida como BILL ABERDEEN, que permitia a marinha inglesa aprisionar navios negreiros em qualquer parte do mundo e punir os traficantes junto a tribunais ingleses. Meados do sculo XIX Primeiras leis antiescravistas: Lei Eusbio de Queirs (1850) Extinguia o trfico de escravos no Brasil.

TRABALHO DE PESQUISA ELABORADO PELO PROF. JOO 32 ROCHA 32 Lei Ventre Livre ou Visconde do Rio Branco (1871): Os filhos de escravos seriam livres, devendo o proprietrio cri-los at os 8 anos LEI DO VENTRE LIVRE Pargrafo 1 - Os ditos menores ficaro em poder e sob autoridade dos senhores das mes, os quais tero a obrigao de cri-los at a idade de oito anos completos. Pargrafo 2 - Chegando o filho da escrava a esta idade, o senhor da me ter a opo de receber do Estado indenizao de 600$000 ou de utilizar-se dos servios do menor at a idade de 21 anos completos. Lei dos Sexagenrios ou Saraiva de Cotegipe ( 1885) Apelidada de Gargalhada Nacional. Os escravos seriam livres com mais de 65 anos. Lei urea 13/5/1888 Declarava extinta a escravido no Brasil

Transformaes sociais e econmicas: Metade do sculo XIX, surgiram novas indstrias, novos investimentos, ampliao dos meios de transportes, organismo financeiro ( Bancos) cresciam no pas. Surgiram grupos sociais ligados s indstrias que reivindicavam diminuio das importaes e participao das decises polticas. No final do sculo XIX, duas faces polticas divergentes apareciam no pas: 1. Proprietrios de terras ( cana-de-acar ) e da lavoura cafeeira, que defendiam o trabalho escravo. 2. Fazendeiros do Oeste paulista ( empresrios) mo-de-obra assalariada. Objetivos a) tirar o controle poltico das mos dos Srs. de escravos b) fim do imprio ( apoiavam o P. Republicano) A Fundao do Partido Republicano A princpio: Clubes Republicanos Em 1870, foi lanado o MANIFESTO REPUBLICANO, que protestava: a) Contra a escravido; a falta de igualdade social b) O Partido Moderador; as ligaes da Igreja com o Estado c) O Senado vitalcio Em 1873, na CONVENO DE ITU, foi fundado o PARTIDO REPUBLICANO PAULISTA ( PRP ) apoiado por cafeicultores. Contaram com adeptos no Rio de Janeiro, em Minas Gerais e Rio G. do Sul. A Questo Religiosa Na Constituio de 1824, constava que a Igreja catlica era uma instituio submetida ao estado. Isto significa que nenhuma ordem do papa poderia vigorar no Brasil sem que fosse aprovada pelo imperador. Em 1872, D. Vidal e D. Macedo, bispos de Olinda e de Belm, respectivamente, resolveram seguir ordens do papa, punindo irmandades religiosas que apoiavam os maons. D. Pedro II, influenciado pela maonaria decidiu intervir na questo, solicitando aos bispos que suspendessem as punies. Estes recusaram e foram condenados a quatro anos de priso. A Questo Militar Durante o Imprio havia sido aprovado o projeto, pelo qual as famlias dos militares mortos ou mutilados na Guerra do Paraguai recebiam uma penso. A guerra terminara em 1870, e em 1883 o montepio no estava sendo pago. Sena Madureira ( tenente-coronel) aps fazer veementes acusaes ao governo, foi punido.

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XXII - A REPBLICA ( 1889 1930 )REPBLICA DA ESPADA (1889-1894) controlada por militares Divide-se em REPBLICA OLIGRQUICA (1894-30) domnio dos fazendeiros de caf O Golpe Liderados por Benjamin Constant, os oficiais do exrcito deram o golpe que recebeu apoio dos republicanos civis: Deodoro da Fonseca ( lder do movimento ), Quintino Bocaiuva, Rui Barbosa etc... Liderados por