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APOSTILA TV
NARRATIVA
Um projeto audiovisual pode ser definido basicamente como documentário e ficção.
Dentro dessas definições encontraríamos os gêneros da comédia e do drama e subdivisões como:
o docudrama, o suspense, a reportagem, animação, o romance, aventura, etc.
Ficção – trabalha a partir do real somado ao imaginário de cada autor
Documentário – Em fase de mutação, e ainda tem por base o registro do mundo real.
Experimental – Abordagem que se pretende livre das regras clássicas como a utilização de
angulações e enquadramentos “não usuais”.
O audiovisual comunica, ele é uma linguagem. Se na escrita os autores utilizam as palavras,
frases, parágrafos, acentos e pontuações, no audiovisual também têm elementos que organizam a “fala”.
Assim, os elementos básicos da linguagem audiovisual são: o enquadramento, o plano, os movimentos
de câmera e a montagem.
Ambiente, enquadramento e planos.
Ambiente: A escolha do ambiente para a gravação das entradas depende da matéria. O cenário
deve ser sempre o ambiente onde o qual se desenrola a ação. Na falta de outro, pode-se escolher um
ambiente neutro. Não se deve perder de vista o interesse jornalístico do ambiente.
Enquadramento: Refere-se onde e como posicionar a câmera durante as gravações. Determinar
o enquadramento significa pensar sobre qual área vai aparecer na cena e qual o ponto de vista mais
indicado para que a ação seja registrada.
Plano: Imagem entre dois cortes – tempo de duração entre ligar e desligar o “rec” a cada vez.
Usado pelo diretor para descrever como será dirigido o filme.
ALGUNS APONTAMENTOS RELATIVOS AOS PLANOS
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Apesar da descrição sucinta de cada plano, os limites referidos nunca são rígidos. Cada caso é um caso,
se determinado plano (feito de acordo com as regras apontadas) é
indicado para determinada cena, isso não significa que esse mesmo plano resulte na
cena seguinte.
Nota: Filmar é contar e/ou registrar uma história, não é apontar a câmara e carregar no botão.
Os planos de ambiente podem ser:
PG – Plano Geral
PC – Plano Conjunto
Os planos de ação podem ser:
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PI – Plano Inteiro – da cabeça aos pés PA – Plano Americano – joelho para cima
PM - Plano Médio – cintura para cima
Os planos de expressão podem ser:
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PP – Primeiro Plano – busto para cima Close – rosto mais fechado
PD – Plano de Detalhe – parte do corpo ou objeto
O enquadramento pode reforçar sentimentos e intenções da cena.
Por exemplo: a câmera em posição elevada (voltada para baixo – PLONGÉE) pode ser usada para
enfatizar a inferioridade de um personagem enquanto que a câmera baixa (voltada para cima CONTRA
PLONGÉE) pode mostrar o contrário.
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Plongée contra Plongée
Alguns movimentos de câmera
Traviling Tilt
PAN – Panorâmica
Montagem - É a maior característica do audiovisual. Só existe nesta linguagem. É o resultado da
sequência de diferentes planos. A união dos planos é maior do que a soma das características de cada
um deles, ou seja, a montagem proporciona ainda mais significados para o vídeo.
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VIDEORREPORTAGEM
O que é Videorreportagem?
Ao longo das últimas duas décadas no Brasil, o termo ganhou grande visibilidade dentro e fora do
campo da comunicação para se referir a um modo de específico – solitário – de fazer reportagens. Ou
seja, quando uma reportagem audiovisual é elaborada em todas as suas etapas, desde a captação de
imagens e som, da definição e elaboração da pauta, apuração de informações, realização de entrevistas
até a edição final, por apenas uma pessoa, um repórter (jornalista ou não jornalista), dispensando a
presença de um corpo de profissionais.
A PRODUÇÃO
É importante lembrar que um trabalho audiovisual seja ele de TV ou cinema não é feito por esse
ou aquele técnico, mas sim pelo conjunto de pessoas envolvidas na sua realização. Uma equipe técnica,
são todos aqueles que estão ligados diretamente à filmagem, deve ser como relógio em que as peças
funcionam como uma só, sendo cada uma necessária individualmente. Nesse caso, as peças têm caráter
e personalidade próprios. O número de componentes de uma equipe de filmagem varia de acordo com
suas necessidades, com o orçamento etc. Uma novela irá precisar de muito mais pessoas do que uma
videorreportagem, por exemplo.
Antes de ir ao ar, um telejornal passa por várias etapas. Dentro de uma emissora grande tudo
começa, em muitos casos, com uma reunião de pauta entre as chefias, o pauteiro e o editor-chefe. Ali se
traça o perfil do que será veiculado. Cada responsável por setores do jornal (isso em emissoras grandes)
expõe o que pretende noticiar. Tudo vai de acordo com o tamanho do jornal, as condições de cada
emissora e a linha editorial. Porém, em uma videorreportagem a pauta é decidida entre a dupla e quando
se trata de uma TV comunitária é entre equipe.
Independente do número de pessoas participantes da equipe, há etapas de trabalho que sempre
precisará existir para se realizar um bom trabalho.
Roteiro/pauta – Sempre teremos que ter um roteiro ou pauta, dependendo do trabalho. O roteiro é
um guia para a equipe executar a filmagem. Sem algum roteiro na mão a equipe fica perdida. Cada um
vai entender de um jeito. Lembre-se, as palavras voam, a escrita fica. Ao chegar no final do trabalho é
raro o resultado ser igual ao roteiro inicial.
Produção – É responsável pela organização da filmagem. Controla os custos, pesquisa fontes,
entra em contato com apoiadores, entrevistados, atores, auxilia na comunicação entre a equipe,
autorização de imagem, contrato com equipe etc. (É responsável por dar corda o relógio para que
funcione) sem a produção o trabalho não existirá.
Direção – É responsável pela parte artística e visual. É quem decide os enquadramentos, planos,
ritmo, ambientação, clima e contexto dramático dos atores. Ser diretor de uma produção é ser líder. É
respeitar as opiniões, saber ouvir e falar. Ter confiança e saber que não fará nada sozinho(a).
Fotografia e som – Responsável pela qualidade da imagem e do som. Verifica o foco, escolhe o
melhor ângulo, enquadramento, realiza os movimentos e planos que muitas vezes são feitos juntos ao
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diretor, clima dramático em termos de iluminação. Confere se o som está em um volume regular. Não
pode estourar nem ficar muito baixo. Verifica o som ambiente como cachorro latindo, caminhão passando
etc. Responsável pela limpeza e conservação do equipamento, assim como materiais necessários que ao
dar falta de algum passa para a produção providenciar. A equipe de fotografia tem que sempre saber se
as baterias estão carregadas, se há fitas para gravação, fita crepe etc. O check list é muito importante
junto com a produção.
Arte – Responsável pelo figurino, cenário, maquiagem e cabelo. Constrói e/ou decora cenário,
procura locação junto com a produção conforme o que a direção pedir, providencia objetos para compor o
clima do ambiente. Se for gravar em um quarto de menina, a equipe de arte é responsável por deixar ou
arrumar um quarto que reconheça ser de menina, ou fazer um cenário para um telejornal, por exemplo.
Montagem/edição – Responsável pela montagem das imagens e do som da filmagem. É
responsável pela unidade narrativa do filme, assim como pelo ritmo das cenas editadas. Na equipe de
edição também está a trilha sonora que pode tanto ser feita quanto pesquisada.
Etapas básicas de uma produção audiovisual:
Preparação – É nessa fase que revemos o roteiro/pauta. Fazemos um levantamento minucioso de
tudo que será necessário que realizar o roteiro/pauta, cronograma, análise técnica, equipe, pesquisa etc.
A pesquisa nessa fase é muito importante para ter certeza do que estará fazendo.
Pré-Produção – Nessa fase que entra em contato com atores, entrevistados, agendamento,
compras de materiais necessários, checagem e teste de todo o equipamento, ensaio com atores quando
necessário, fechar com locação, verificar alimentação para equipe, construção de cenário, figurino etc.
Produção/filmagem – É o dia da filmagem. Antes de sair para qualquer gravação conferir todos os
equipamentos e materiais, autorização de imagem, dois dias antes confirmar a presença de toda equipe,
horário e dia. Anotar nomes e função para colocar nos créditos. Deixar o local que usar para gravação
sempre limpo, igual ou melhor do que foi encontrado, nunca pior.
Pós produção/Finalização – Devolver tudo que pegou emprestado. Escrever carta de
agradecimento. Organizar nomes de apoiadores, agradecimentos, entrevistados, atores, equipe técnica
para colocar nos créditos. Decupar as melhores imagens (seleção das imagens), edição, fazer trilha ou
pesquisar, edição de som, colocar efeitos visuais etc.
Pesquisa
Pesquisa é um fator essencial para uma boa reportagem de televisão. A pesquisa/produção tem
que garantir que o repórter tenha noção do assunto que será trabalhado na matéria e que junto com a
equipe, esteja no lugar certo e na hora certa. O repórter tem que fazer a sua produção. Ele pode procu-
rar mais dados sobre o assunto, mais pessoas para entrevistar. Ou seja, todas as informações de apoio
são sempre bem-vindas na matéria. Além dos dados levantados pelo produtor, o repórter também tem
que fazer sua checagem e produção. E, às vezes, isso pode acontecer no próprio local, um pouco antes
ou durante a matéria. Uma produção bem feita induz a uma matéria completa, “redondinha”, como diz a
“gíria” das redações. A produção orienta todo encaminhamento da matéria – entrevista, texto e também a
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coleta de imagens.
Pauta
A Pauta é a orientação que os repórteres recebem descrevendo que tipo de reportagem será feita,
com quem deverão falar, onde e como. A pauta não necessariamente é escrita e nem sempre é
premeditada. Um acidente de carro, por exemplo, só vira pauta na hora em que acontece. A pauta é
elaborada, nos dias de hoje, por editores e sub-editores; no passado, existia o pauteiro. O ainda mais
recentemente pelo próprio repórter e /ou cinegrafista. (fonte:Wikipédia)
Em televisão, deve-se levar em conta o fator da imagem. O assunto também é pautado se render
boas imagens, apesar de não ter “gancho”. Não dá para imaginar uma reportagem para TV sem boas
imagens.
A pauta deve conter:
- proposta (o que, quem, quando, como, onde e por quê);
- as principais informações ( de forma sucinta ) sobre o assunto – pesquisadas pelos produtores
– para subsidiar o repórter;
- material de apoio anexo para o repórter;
- o enfoque ( como o assunto será abordado/conduzido na reportagem);
- entrevistados/fontes que devem ser ouvidos;
- dados sobre os entrevistados (endereço e telefone);
- sugestão de perguntas;
- sugestão de imagens;
Matéria – termo jornalístico que denomina uma reportagem, que consiste em colher e passar as
informações por meio de imagens, entrevistas e relatos do próprio repórter, que testemunhou o fato.
Matéria factual ou quente – assunto do dia-a-dia e muitas vezes não é previsto na pauta. Isso
mostra o imediatismo da TV.
Matéria fria – mostra assuntos que podem ser usados em qualquer dia sem perder a validade ou
atualidade. Por exemplo: moda, modalidades de esportes, artes, entre outras. Essa também é chamada
matéria de gaveta, ou seja, pode ser feita num dia e usada em outro qualquer.
Roteiro para a Pauta:
1) Escolher o tema principal
2) Pensar o tipo de matéria que deve ser feita
3) Olhar todos os aspectos necessários que devem ser abordados
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4) Ver locais para fazer a matéria
5) Pessoas que devem ser entrevistas
EXEMPLO DE PAUTA
IDENTIFICAÇÃO:
Produção: Repórter:
Cinegrafista:
Horário: 13h às 17h Dia: 04/07
Local:
P R O P O S T A :
INFORMAÇÕES:
SUGESTÃO DE PERGUNTAS:
ENCAMINHAMENTO SUGESTÃO DE IMAGEM - PRÉ ROTEIRO:
MARCAÇÕES:
O B S E R V A Ç Õ E S: :
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DICAS
A equipe de reportagem deve optar sempre pelos planos que vão encaixar na história. Para isso é
fundamental o trabalho de equipe e um perfeito conhecimento das razões pela qual estão a fazer
aquele trabalho. Uma boa preparação para o trabalho é fundamental para que exista um
bom trabalho de equipe.
Em todas as gravações, externas ou de estúdio, o(a) cinegrafista tem que fazer, obrigatoriamente,
imagens ou takes de apoio ou de corte. Eles são usados nas edições para que entre outras coisas, cobrir
"pulos" de imagens.
Ex: Numa entrevista muito longa que se faz necessário cortar falas.
Se precisar tirar o meio da fala para juntar início e fim, a "colagem", das partes gera um pulo de
imagem – aqui são fundamentais os takes de apoio, conhecidos também por “inserts”.
Microfone – Outro procedimento técnico básico e muito importante é o uso correto do microfone.
* Os microfones de lapela são usados para entrevistas, principalmente em interiores.
*Nas entrevistas, o repórter deve sempre colocar o microfone numa posição que permita ao câme-
ra fazer o enquadramento adequado.
*As reportagens de rua são feitas, na maioria das vezes, com microfone de mão.
Existem vários modelos de microfones, cada um para um objetivo determinado, como:
*Os omnidirecionais - extremamente sensíveis aos sons de todas as direções.
*Os microfones direcionais - Entre eles há o microfone de lapela usado em estúdio e em entrevis-
tas em locais com muitos ruídos externos.
Usamos com mais freqüência o microfone direcional cardióide, sensível aos sons que incidem na
sua parte frontal.
Luz - Na videorreportagem, as necessidades de luz são básicas, mas devem atender ao principio
básico do triangulo de luz, mesmo quando utilizando luz natural. Nunca coloque o entrevistado na frente
de uma luz (janela), por exemplo, pois consequentemente o fundo estará claro e o rosto da pessoa mais
escuro. Faça ao contrario, coloque a pessoa de frente ou ao lado da janela assim você aproveita a luz no
rosto da pessoa.
A luz principal - iluminação chave (ou luz dura);
A contraluz – iluminação auxiliar ;
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A luz atenuante. Suaviza a luz principal. (ou luz fria)
Na reportagem de externa, costuma-se usa o equipamento sun- gun - luz de mão a bateria
ABERTURAS, PASSAGENS E FECHOS
É recomendado que o jornalista não apareça em plano próximo em qualquer destas situações
devendo usar o plano médio. A posição do jornalista deve ser ligeiramente diagonal, com o cenário do
fundo. O telespectador fica, desta forma, com um enquadramento mais agradável.
Ao usar as passagens, o jornalista nunca deve ficar no centro da imagem, e sim num dos lados,
para que o ponto de fuga seja aproveitado, valorizando a informação visual. Nesses tipos de imagens o
limite é sempre a cintura. Porém, caso seja necessário, pode-se usar o plano inteiro, sendo este fechado
até se atingir a zona da cintura. Para esses tipos de imagens serem utilizadas e bem feitas o trabalho de
equipe é fundamental. Assim, o conjunto do ambiente e do jornalista saem reforçados.
Os movimentos de câmara e do jornalista devem ser treinados para que exista sincronização.
As passagens, aberturas e encerramentos não devem ser iguais. O jornalista deve ter todas as condições
para uma boa imagem e a equipe por trás da câmera deve orientar o jornalista, de modo que, os
enquadramentos estejam bons para assistir. Esse tipo de plano deve reforçar o trabalho da equipe e a
qualidade do trabalho e não o contrário.
É sempre bom se colocar no lugar de quem está assistindo. O que quer ver... O que é importante
para informar melhor e mais completo.
A postura do jornalista é muito importante em uma entrevista, tem que demonstrar confiança. Não
tem como um jornalista está curvado, com sono, apoiado no muro ou no balcão. A postura representa a
certeza da informação que está transmitida.
CUIDADOS COM ENQUADRAMENTOS NA VIDEORREPORTAGEM
A IMAGEM EGÍPCIA (lateral)
Um erro habitual é quando o entrevistado fica de lado para a câmara. Ao ficar de lado metade do visor
fica vazio. É uma imagem pobre e errada que nada diz ao telespectador.
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Este erro tem uma solução extremamente fácil, o jornalista coloca-se sempre ao lado da câmara
de filmar. O entrevistado surge bem enquadrado na imagem já que olha para os olhos do jornalista. Desta
forma o telespectador pode observar as expressões do entrevistado, detalhes que acabam por reforçar a
ligação entre o entrevistado e o telespectador.
IMAGENS em Plongée
O olhar da pessoa deve estar sempre ao nível da objetiva. Na reportagem deve se evitar filmar um
convidado ou jornalista de cima para baixo (plongée) ou ao contrário de baixo para cima (contraplongée).
No caso de alguém filmado de cima para baixo estamos a dar uma imagem do convidado de ser alguém
diminuído. Se o convidado for filmado de baixo para cima estamos também a dar imagem de poder.
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MONTAGEM/EDIÇÃO
Você verá apenas as partes técnicas de como iniciar o programa e os primeiros passos.
Todas as descrições estão voltadas para o Programa: Final Cut Pro – atenção esse programa
existe apenas para computador com sistema MAC. Apesar disso, todos os programas de edição possuem
seus itens parecidos. Se você aprender a editar em um será fácil aprender em qualquer outro.
1) INICIAÇÃO
Sem segredos. Clicar uma vez no Ícone FINAL CUT .
Ao abrir o programa, você encontrará seis itens:
Browser: estarão os clipes capturados, sequências, músicas etc.
Viewer: janela a qual você assiste aos arquivos que estão no Browser.
Canvas: janela na qual possa assistir as imagens que estão na Timeline.
Timeline: pistas de imagem e som onde efetivamente você editará o filme.
Audio Meters: o qual pode-se ver o “volume do som”.
Tool Palette: são as ferramentas utilizadas para a edição.
IMPORTANTE: Se algum destes itens sumirem, não se desesperem, no alto da tela existe o botão
WINDOW e nele estes os seis itens.
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2) COMEÇANDO O TRABALHO
Primeiro passo, clique em FILE, depois, NEW PROJECT, SAVE PROJECT AS... escolha o local
onde você irá salvar o seu Projeto. Dê preferência abra uma pasta com sua identificação para que guarde
todos os seus arquivos.
Segundo passo, importante é saber ONDE os arquivos a serem capturados estão – para que
depois de completo o trabalho estes sejam deletados ou transferidos para outro HD.
Clique no botão no alto FINAL CUT PRO, depois, SYSTEM SETTINGS. Aparecerá um retângulo e
nele o principal é a pasta SCRATCH DISKS.
Serão quatro lugares que terá que alterar, scratchs disks, autosaves, waveforms e thumbnail.
Aperte o botão SET... nos quatro. Lembre-se, uma vez que os arquivos estiverem salvos nas pastas não
poderão ser apagados “sem querer”.
3) CAPTURA ANALÓGICA
Conexão com o cabo Firewire ligado na câmera.
Entre em FILE, depois, LOG AND CAPTURE. Ou o atalho COMMAND + 8. Quanto mais atalhos
souber, melhor.
Abrirá uma janela com uma tela com imagens do que está na fita. Embaixo da tela há comandos
como de um controle remoto de um aparelho de DVD, não precisa mexer mais na câmera, tudo por meio
do programa. Atalhos:
ESPAÇO = Play / Pause
K = Stop
L = “Para Frente”
J = “Para Trás”
No ponto o qual quer capturar a imagem e o som, sempre os dois juntos, existe o botão NOW, no
canto inferior direito da janela. A captura só iniciará se o Play estiver rolando. Para parar a captura aperte
o ESC do teclado.
O arquivo capturado irá para a pasta onde você o selecionou no item 2.
4) CAPTURA DIGITAL
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Para câmeras digitais com HD interno ou cartão SD (ou similar) há outro tipo de captura.
Entre em FILE, depois, LOG AND TRANSFER, abrirá uma janela, nela os arquivos da câmera.
Abrirá no canto superior esquerdo uma imagem com uma “pasta” e um sinal de mais (+), ali os arquivos
da câmera ou cartão serão abertos. Abaixo cada clipe aparecerá. Para converte-los arraste os clipes para
onde está escrito DRAG MEDIA HERE, a conversão acontecerá automaticamente.
5) EDITANDO FINALMENTE
O arquivo capturado estará no Browser, clique duas vezes e ele abrirá no Viewer. Se você pode
arrastá-lo tanto do Viewer quanto o arquivo do Browser para a Timeline. A diferença para o Viewer, é que
nele, pode-se escolher melhor quais partes do clipe irão para a Timeline. Apertando no teclado o “I” para
o início da parte desejada e o “O” para o final. Um trecho será selecionado e então arraste-o para a
Timeline.
A Timeline é dividida em IMAGEM e SOM. Cada uma delas com 99 pistas que podem ser
utilizadas. Quando colocar o clipe nela, aparecerá o um item em Imagem e dois em som, o som é estéreo.
Os atalhos para ferramentas básicas para serem utilizadas:
A = Seta
B = Blade ou Lâmina
T = Ferramenta de Seleção
P = Pen
Z = Zoom
Todas elas estão no Tool Palette. Para usar o Play, Pause etc. são os mesmos comando usados
na Captura.
Para utilizar a Pen tool é necessário ativar o botão Toggle Clip Overlays, o terceiro no canto
inferior esquerdo ou o atalho ALT + W. Aparecerá linhas dentro dos clipes, preta para a imagem e
vermelha para o som. Com o Pen tool, você colocará pontos nestas linhas para fazer o Fade In ou Fade
Out na imagem e/ou no som.
Para a imagem aparece a que está por cima em uma ordem vertical de cima para baixo, já com
o som é diferente, se houver 10 pistas com clipes de sons todos eles se ouvirá ao mesmo tempo.
Encadeando uma imagem após a outra de acordo com a ideia ou roteiro é a Montagem e Edição
do filme.
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Esse é um programa de edição Não-Linear, ou seja, pode-se mover os clipes e tirá-los da ordem
como desejar, movendo os clipes para frente ou para trás. Ainda podendo Copiá-los (atalho COMMAND +
C), Recortá-los (atalho COMMAND + X) e/ou Colá-los (atalho COMMAND + V) ou os mesmos comandos
em EDIT. Pense que funcionam como no WORD com as palavras.
6) EFEITOS
Os Efeitos de Transição, ou seja, de uma imagem para outra, na linguagem cinematográfica é
usado com mais freqüência o CORTE SECO, a FUSÃO e o FADE IN/FADE OUT. Quando se abusa de
efeitos, a linguagem se torna algo como vídeos de festas de aniversários ou casamentos.
Para usar os efeitos do Filters, é preciso arrastá-lo para dentro do clipe, selecione o efeito
desejado, arraste para o clipe na Timeline ou para o clipe no Viewer. Para regular o efeito dentro do
Viewer do clipe, mexa em FILTERS.
7) FINALIZAR
Com o filme pronto, agora é hora de exportá-lo para transformá-lo em DVD.
É um processo simples, depois do vídeo “renderizado”, clique em FILE, depois em EXPORT e
então em USING QUICKTIME CONVERSION. Abrirá uma janela. Escolha o local para salvar. O formato
DV Stream e salve. Transformará em um arquivo do Quicktime e com ele você o transformará em DVD
usando o iDVD ou outro programa.
TV COMUNITÁRIA
Até hoje é difícil achar a melhor maneira de se fazer comunicação comunitária. São diversos
autores e diversos significados.
Em 2010 pela primeira vez a sociedade civil conseguiu se organizar na discussão da
democratização da Comunicação, a Conferencia Nacional de Comunicação – CONFECOM.
Na CONFECOM foram levantados diversos eixos da Luta pela Comunicação Comunitária.
Pesquisem “CADERNO DE PROPOSTAS - 5º GT - Eixo 2 (Meios de Distribuição): Rádios e TVs
Comunitárias”.
Hoje, diversos meios de comunicação se rotulam comunitário, mas na verdade não passam de
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veículos comerciais. Muitos nem se preocupam em saber o real conceito e significado deste tipo de mídia.
A Comunicação comunitária para muitos, erroneamente, parece ser uma comunicação feita
somente para pessoas de baixa renda. Mas na verdade significa:
O canal de expressão de uma comunidade independente do
seu nível socioeconômico e território, por meio dos qual os próprios
indivíduos possam manifestar seus interesses comuns e suas
necessidades mais urgentes. De ser um instrumento de prestação de
serviços e formação do cidadão, sempre com a preocupação de estar
em sintonia com os temas da realidade local
(DELIBERADOR; VIEIRA, 2005, p.8).
A TV Comunitária direciona seu trabalho e suas matérias também para o entretenimento. A ideia
não é só mostrar que a comunidade é feita apenas de problemas. Mas sim, de outras coisas que vão muito
além disso, como por exemplo: músicos, artistas, esportistas, escritores e tantos outros talentos.
A maioria das TV Comunitárias, sérias, seguem as características ditas pela pesquisadora
Peruzzo:
“Processos de comunicação baseados em princípios públicos,
tais como não ter fins lucrativos, propiciar a participação ativa da
população, ter propriedade coletiva e difundir conteúdos com a
finalidade de educação, cultura e ampliação da cidadania”.
No Brasil, essa pratica vem crescendo a cada dia e por diversos meios. Atualmente, segundo Pe-
ruzzo, podemos encontrar:
Canal Comunitário da TV a Cabo
A televisão a Cabo é um dos sistemas de transmissão das chamadas TV por Assinatura, ou TVs Pagas.
A Lei 8.977 de 6 de janeiro de 1995, regulamentada pelo Decreto-Lei 2.206 de 14 de abril de 1997, esta-
belece a obrigatoriedade das operadoras de TV a Cabo, beneficiárias da concessão de canais para, na
sua área de prestação de serviços, disponibilizar seis canais básicos de utilização gratuita, no sentido dos
canais de acesso público, como denominados nos Estados Unidos. Pelo Artigo 23 são três canais legisla-
tivos (destinados ao Senado Federal, Câmara dos Deputados e Assembléias Legislativas/Câmaras de
Vereadores). Um canal universitário (para uso partilhado das universidades sediadas na área de presta-
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ção do serviço), um educativo–cultural (reservado para uso dos órgãos que tratam de educação e cultura
do governo federal, governos estaduais e municipais) e um comunitário (aberto para utilização livre por
entidades não governamentais e sem fins lucrativos).
Os referidos canais estão em funcionamento ou em fase de implantação em várias cidades brasileiras
que recebem sinais via cabo. Representam um avanço no sentido da democratização dos meios de co-
municação de massa no Brasil, apesar das limitações impostas pelo sistema cabo.
Os canais gratuitos se institucionalizaram em decorrência das negociações ocorridas entre várias forças
que controlam os meios de comunicação de massa no Brasil (Governo e empresas de comunicação),
parlamentares e entidades da sociedade civil, entre elas o Fórum Nacional pela Democratização da Co-
municação.
No caso específico dos canais comunitários, apesar da Lei ser de janeiro de 1995, só no segundo semes-
tre de 1996 eles começaram a surgir. Tal ocorrência se explica pelo fato da Lei ter, em certa medida, se
antecipado às reais condições de utilização de um canal de televisão por parte das organizações sociais
e comunitárias. Em outras palavras, as organizações do terceiro setor não estavam preparadas para as-
sumirem de uma hora para outra a gestão e operacionalização de um canal de televisão, nem tinham re-
cursos financeiros para tanto. Porém aos poucos as entidades começaram a se articular para discutir a
questão e encontrar formas de utilizar o canal, pois seria inadmissível deixar de ocupar tal espaço televi-
sivo. Afinal, o poder de dispor de um canal de TV, no Brasil, até então sempre esteve restrito aos empre-
sários e ao governo, aspecto bastante criticado pelas forças progressistas nas últimas décadas.
Os canais comunitários na televisão a cabo se diferenciam totalmente das outras experiências. Suas prin-
cipais características são:
São canais televisivos, de fato. Têm o potencial de entrar na casa dos assinantes das TVs a
cabo.
Sua operacionalização está garantida em lei.
Os canais são estruturados e gerenciados por Associações de Usuários formalmente constituí-
das e regidas por estatuto e regimento próprio.
São espaço de acesso gratuito, destinado a todas as entidades não governamentais e sem fins
lucrativos, sem a tutela do Estado ou da grande mídia.
O espaço da programação, planejamento e gestão é aberto.
O espaço da grade de programação é ocupado por um conjunto de entidades, dividindo-o entre
as associadas que queiram transmitir seus programas.
Sua gestão é coletiva com mandato temporário.
Propriedade coletiva.
As entidades participantes são amplamente diferenciadas entre si, tendo em comum o fato de
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serem não governamentais e sem fins lucrativos.
A programação é pluralista e eclética.
O conjunto da programação tem como objetivo central contribuir para a educação, cultura e de-
senvolvimento comunitário.
Buscam a auto - sustentação financeira através de contribuições das associadas, patrocínios e,
eventualmente, prestação de serviços.
Estão voltadas uma audiência ampla e heterogênea.
São meios para canalização e expressão dos resultados da mobilização das pessoas no exercí-
cio da cidadania.
Concretizam a democratização da televisão, um dos meios de comunicação de massa da maior
importância no país.
Não têm interesses comerciais.
TV Comunitária pelo sistema UHF:
Transmitem pelo sistema UHF (Ultra High Frequency), exemplo a Tv Aparecida, MTV, Canção Nova,
entre outras. São “repetidoras não simultâneas” de televisões educativas. Funcionam em nível local. No
caso do canal comunitário, na prática, ele poderá caracterizar-se como canal de acesso público, cativa,
mediante convênio. São chamadas de Comunitárias, mas de fato são TVs locais educativas. Trata-se de
um sistema que outorga permissão de uso (não concessão) e está sob a égide da Secretaria Nacional de
Comunicações, mediante avaliação de projeto de viabilidade técnica apresentado pela instituição
interessada. São canais preferencialmente destinados a Prefeituras, Universidades e Fundações.
É permitido que 15% da programação seja produzida localmente. Nesse espaço são inseridos programas,
em geral chamados de “comunitários” e apoio cultural local, porém, na maioria, a programação local é
exibida depois das 22 horas e utilizam apenas 3 a 4 horas por semana. Esses programas locais
geralmente são reportagens com foco local como saúde, educação, lazer etc.
Como nas TVs Educativas, não é permito a inserção de comerciais, mas apenas apoio cultural, na forma
de propaganda institucional. Mas isso é desrrespeitado em praticamente todas com o argumento de que
não tem como realizar produções mais sofisticadas com os recursos arrecadados. Cada estado brasileiro
tem um canal de televisão educativa, sediado nas capitais, pertencente ao Governo Estadual. Os canais
educativos que tem obtido uma maior expressividade em nível nacional são a TV Cultura de São Paulo e
a TV Educativa do Rio de Janeiro.
São TVs como a Metropolina (Sorocaba-SP), TV Beira Rio (Piracicaba-SP), TV Buzios (Buzios-RJ), TV
Educativa de Barretos (Barretos-SP) e TV Guarapari (Guarapari-ES). Algumas Universidades também
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procuram ocupar tal espaço, como é o caso da Universidade de Caxias do Sul, que em dezembro de
1994 assinou convênio com a Televisão Educativa do Estado do Rio Grande do Sul para retransmissão
pelo canal 47/UHF.
Algumas das principais características das televisões comunitárias em UHF são:
• Os programas produzidos localmente são limitados a 15% do tempo da programação.
• Diversidade de padrões de atuação e de programação dependendo de seus vínculos que podem
ser ao poder público local, Fundações ou Universidades.
• Gestão burocrática convencional.
• Propriedade privada.
• Podem sofrer interferências de interesses políticos partidários ou comerciais, comprometendo
sua linha de atuação comunitária.
• Retransmissão de programas educativos e culturais de TVs abertas (educativas).
• Não permite publicidade comercial, mas apenas patrocínios na forma de apoio cultural.
• Audiência local heterogênea.
• Canais locais constituídos legalmente.
TV Livre transmissões em (VHF)
São transmissões televisivas na freqüência VHF (Very High Frequency), a mesma que das TVs abertas
como SBT, Globo, Record, entre outras. Com aproximadamente 150 watts, atingem comunidades espe-
cíficas. Não está regulamentada em lei, portanto são transmissões clandestinas. Entram no ar em caráter
ocasional, até pelos riscos decorrentes de sua ilegalidade.
Na mesma época em que estavam surgindo várias emissoras de rádio livres (meados da década de
1980), também chamadas de piratas ou de clandestinas, pretendeu-se colocar no ar também uma TV Li-
vre (ou pirata) na freqüência VHF.
O objetivo básico dos protagonistas da TV Livre era criticar a obsolescência da lei de telecomunicações e
forçar mudanças na legislação de modo que fossem permitidas transmissões locais e comunitárias.
A primeira transmissão televisiva “pirata”, em VHS, veio a ocorrer, aproximadamente, um ano depois. No
dia 27 de setembro de 1986 entrou no ar a TV Cubo, às 18:45 h., pelo canal 3, na região do Butantã,
zona sul da cidade de São Paulo. Antes de começar o programa a TV Cubo fez uma interferência no som
dos canais 2 (TV Cultura) e 4 (SBT) anunciando o seguinte: “tele -humanos em geral, boa noite. Pedimos
desculpas mas estamos invadindo o ar de seu lar. Pedimos que sigam atentamente as nossas instruções.
Está entrando no ar a TV Cubo. Mude para o canal 3 para você sacar que apesar da poluição há muita
2
vida no ar” (Serva, 1986, p.27).
Em seguida foi emitido um programa de 13 minutos (e logo a seguir reprisado); um telejornal não conven-
cional com sátiras e uma enquete de rua que perguntava “se você tivesse que chutar alguém, quem você
chutaria?” (Serva, 1986, p.27).
A aparelhagem da TV Cubo, alcançava 1,5 km, e era composta de 1 antena transmissora direcional, 1
booster WCT4, 1 amplificador de sinal WADT e 1 videocassete. A TV Cubo foi protagonizada pelas mes-
mas pessoas que criaram a Rádio Xilik, que transmitiu do bairro Perdizes, em São Paulo, capital.
Entre suas principais características estão:
• Participam do espectro televisivo da TV aberta.
• Suas transmissões são ocasionais, à revelia da lei.
• Simbolizam um protesto contra o sistema de concessão de canais de televisão e inexistência de
canais de baixa potência.
• Procuram democratizar técnicas de produção e transmissão audiovisuais.
• Atinge um público local de amplitude restrita a aproximadamente 1,5 quilômetros.
• Programação alternativa a dos canais convencionais, podendo tanto ser de cunho irreverente,
como educativo e cultural.
• Gestão a cargo de grupos autônomos sem mecanismos de representação de instituições locais.
Atualmente está tramitando no Congresso Nacional o Projeto de Lei nº 2.701/97 do deputado Fernando
Ferro (PT-PE) que regulamenta as atividades da televisão comunitária. O Sistema de TV comunitário vai
utilizar a faixa de operação de emissoras de televisão captadas normalmente, TVs abertas. Isto é, não há
necessidade do cidadão assinar TV para captá-la.
TV DE RUA
São realizações audiovisuais produzidas com a participação da população e transmitidas em espaços
públicos abertos (praças e ruas) ou fechados (postos de saúde, creches, escolas, centros comunitários,
associação de bairro, sindicato, ginásios esportivos, hospitais etc.) destinados a recepção coletiva. Como
a TV Favela, em Belo Horizonte, a TV Morrinho no Rio de Janeiro, o Mascate Cineclube e Cine
Campinho em São Paulo, entre outras.
Trata-se de uma espécie de TV móvel, mais exatamente de vídeo móvel. Com um aparelho de DVD/blu
ray, um telão (ou monitor de TV), amplificador de som e microfone sobre um meio de transporte (cami-
nhão ou Kombi), exibem-se produções em vídeo em diferentes locais públicos. O veículo é estacionado
2
em algum espaço público de grande circulação de pessoas e a população local convidada a assistir e de-
bater as exibições. Por vezes a exibição ocorre em salões de entidades sociais.
Um outro aspecto é a exibição itinerante. Ou seja, dentro de determinada programação percorrem-se
alguns locais previamente escolhidos para exibição a do audiovisual e debates.
A parte técnica de elaboração de roteiros, gravação e edição normalmente é feita por uma equipe de pro-
dução vinculada a alguma entidade. Pode ser uma ONG-Organização Não Governamental, Igreja, Uni-
versidade, Sindicato etc. No entanto, na maioria desses projetos tem-se como estratégia a participação
direta da população local no processo de produção de mensagem. Viabiliza-se a participação das pesso-
as nas várias etapas do processo de elaboração de um audiovisual, tais como: na definição da temática
do vídeo, na idealização do roteiro, na edição, no desempenho de papel de ator, de cantor, de emissor de
informações (depoimentos, entrevistas) etc. Em outros casos a equipe, após estudo sobre as temáticas
demandadas pela população local, grava (audio + imagens) debates ou depoimentos das pessoas e em
seguida exibe a gravação provoca a discussão do assunto. Há também a sistemática de abrir-se o debate
após a exibição de algum programa para que as pessoas possam falar sobre o que tinham visto, e em
seguida o exibe. Trata-se da técnica chamada de “Câmera Aberta”.
A TV comunitária nos moldes da TV de Rua tem propósitos educativos e culturais. Surge em um contexto
de efervescência dos movimentos sociais em que se busca a utilização do vídeo como meio facilitador do
processo de tomada de consciência e mobilização de segmentos sociais excluídos.
As principais características da TV de Rua são:
• Não são canais de televisão, mas produções em vídeo que utilizam o suporte televisivo (monitor,
aparelho de DVD/blu ray/videocassete e telão) para transmissão e recepção.
• Programas transmitidos em espaços públicos, e eventualmente, em canais educativos tradicio-
nais de TV Educativa.
• Exibição é itinerante
• Momento de recepção é coletivo.
• Participação popular nas várias fases do processo de produção do audiovisual.
• Ligado e dependente de entidades de cunho social, sendo autônomas quanto ao direcionamento
a seguir.
• Sustentabilidade vinculada a financiamento de projetos ou parcerias institucionalizadas.
• Inovação de linguagem em relação a televisão tradicional, com bastante uso do humor, música e
expressões populares.
• Não precisa de concessão/permissão de canal.
• Objetiva democratizar / desmistificar a televisão e suas técnicas de produção.
2
• Voltada a segmentos excluídos da população.
• Tem finalidades essencialmente educativas, culturais e de desenvolvimento comunitário local.
• Não tem fins comerciais.
• Trabalha a partir e com as temáticas, preocupações, realidades e valores de cada lugar
• Incentiva a criatividade popular.
• Contribui para o resgate de identidades culturais.
TV COMUNITÁRIA WEB
Durante a maior parte do século 20, as únicas maneiras de assistir à televisão eram através de
transmissões aéreas e sinais via cabo. Nas transmissões aéreas, as ondas de rádio são captadas por e
transformadas em imagens e sons no seu aparelho de TV. Com a TV a cabo, os fios se conectam a um
codificador ou a sua própria TV. Esses fios correm de sua casa para a estação de TV a cabo mais
próxima, que age como uma grande antena. Além de algumas poucas opções como TV via satélite, a
transmissão e o cabo eram (e ainda são) os principais meios de captar os sinais de TV.
A TV via Internet, em termos simples, é vídeo e áudio oferecidos através de uma conexão de Internet. Ela
também é conhecida como televisão de protocolo da Internet, ou IPTV. Você pode assistir a TV via
Internet no monitor de um computador, na tela de uma televisão (através de um decodificador) ou de um
dispositivo móvel como um telefone celular ou um iPod.
É quase o mesmo que sintonizar uma televisão por meio de uma antena ou uma série de fios de cabo: a
diferença é que as informações são enviadas via Internet como dados. Ao mesmo tempo, você pode
encontrar ainda mais variedade na TV via Internet do que na TV a cabo. Além de muitos dos mesmos
programas que você encontra nas grandes redes, muitos sites da Web oferecem programas produzidos
independentemente voltados para pessoas com interesses específicos. Se você deseja assistir a um
programa sobre cozinha vegetariana, por exemplo, provavelmente pode encontrá-lo mais facilmente na
Internet do que na TV regular.
A TV via Internet é relativamente nova. Existem diversas formas de obtê-la, a qualidade, o conteúdo e os
custos podem variar muito. Os programas podem ter materiais com alta qualidade, produzidos
profissionalmente, ao algo como “Felipe Neto”, que mesmo no início não tendo nada de profissional se
destacou no youtube, fazendo desabafos apenas com uma filmadora e edição. O importante é a
criatividade.
Já existem diversas web TVs comunitárias, entre elas podemos encontrar:
http://www.tvcomsantos.com/portal/home.htm, o canal oito
http://www.canaloito.org/ ambas que utilizam tanto como TV a cabo quanto como TV web, a “TV
2
em Movimento”, TV comunitária de Brasília que virou pontão de cultura, reconhecido pelo MiNC,
http://pontaotvcomdf.com.br/site/ , entre outras.
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http://rhizome.org/art/ – Site pioneiro que reúne inúmeros trabalhos e artistas de web art
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http://www.sketchup.com/ – Programa gratuito da Google para desenhar cenários e objetos em 3d.
http://www.sindcine.com.br – sindicato de cinema tem a tabela completa do piso dos
profissionais
http://www.radialistasp.org.br/ - sindicato dos radialistas tem o Manuel do radialista explica
todas a funções e direitos de quem trabalho no audivisual.
http://www.kinoforum.org/ - trás lista de festivais de cinema/vídeo
http://www.telaviva.com.br/ - informações sobre tudo de televisão
http://www.fazendovideo.com.br – dicas sobre equipamentos, serviços e festivais.
http://www.portaldocinegrafista.com.br – especialmente para cinegrafistas
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http://www.youtube.com/watch?v=WunrFcxfaAI
http://www.youtube.com/watch?v=sFfdUKQuoTw&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=BOF3tET5dUU&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=5QJ4gvigU-g&feature=related
http://www.bocc.uff.br/pag/peruzzo-cicilia-tv-comunitaria.pdf
http://vidasupimpa.blogspot.com/2008/06/primeira-pauta-de-
telejornalismo_22.html
http://pt.scribd.com/doc/34008608/Modelo-de-producao-de-reportagem-
2
para-TV
ANEXOS
MODELO DE AUTORIZAÇAO DE IMAGEM E SOM
Eu, abaixo assinado e identificado, autorizo o uso de minha imagem, som da minha voz para
compor o curta-metragem (nome do vídeo) que venha a ser produzido pelo ( nome do projeto) da
OSCIP Jardim Miriam Arte Clube e Centro Cultura da Espanha de São Paulo.
2
A presente autorização abrange os usos acima indicados tanto em mídia impressa (livros,
catálogos, revista, jornal, entre outros) como também em mídia eletrônica (programas de rádio, podcasts,
vídeos e filmes para televisão aberta e/ou fechada, documentários para cinema ou televisão, entre
outros), Internet, Banco de Dados Informatizado Multimídia, “home video”, DVD (“digital video disc”),
suportes de computação gráfica em geral e/ou quaisquer meios que existam ou venham a existir, sem
qualquer ônus ao (nome do projeto) ou terceiros por essa expressamente autorizados, que poderão
utilizá-los em todo e qualquer território nacional e no exterior o material integral ou editada da maneira
que lhe convir.
Por esta ser a expressão da minha vontade declaro que autorizo o uso acima descrito sem que
nada haja a ser reclamado a título de direitos conexos a minha imagem ou som de voz, ou a qualquer
outro, e assino a presente autorização.
São Paulo, ____ de __________ de .
___________________________________________
Assinatura
Nome:
Endereço:
Cidade:
RG Nº:
Telefone para contato: email:
Nome do Representante Legal (se menor):
MODELO DE ROTEIRO
FICÇÃO
ROTEIRO SOGRA MALDITA
Roteirista: Thais Scabio
SEQ.1 - SALA - NOITENuma sala de classe média paulista, móveis clássicos, lembrando cenário de novela da globo.CLARICE, jovem por volta das 20 anos, magrinha, branca de cabelos pretos, vestido tubinho está abraça-
2
da com JOTA no sofá assistindo um filme qualquer.SRA.MONICA, mãe de Clarice, senhora por voltas dos 55 anos, branca, forte, cabelos curtos, senta no sofá ao lado com uma taça de vinho na mão. Degusta o vinho. MONICA O Jantar está pronto quando quiserem podemos servir. CLARICE Uhhh que delícia, estou morrendo de fome. Jota você vai adorar o tempero da mamãe. Tempero de comida mineira. JOTA Adoro comida caseira, ainda mais quando come aqui e morre em casa. Ele da gargalhada e elas apenas sorriem da piada sem graça. MONICA (com meio sorriso) Piadista esse que você arrumou desta vez, né? JOTA Desculpe Sr.Mônica mas não podia perder essa. Tenho o mesmo humor do meu pai. Ele adora fazer piadinha de tudo. MONICA Gosto de um bom humor. Alegra o jantar. Vamos? SEQ.2 - COPA - NOITE Mesa cumprida no centro. No centro panelas de barro com carne com madioca. Decoração estilo restau-rante mineiro.Jota, Clarice e Mônica sentados. Eles brindam. MONICA Pode deixar que sirvo vocês, os talheres estão quentes. Experimente primeiro este, após o vinho o sabor ressalta. Ela serve jota com a comida da panela do meio e depois serve diferente para Clarice. JOTA Nossa que delícia! Realmente é muito boa. MONICA Coma à vontade. Com certeza você não vai morrer em casa.
2
Som de Jota caindo na mesa. CLARICE Mãe! Outra vez? Jota ao fundo caido com a cara no prato. SEQ.3 – corredor. - NOITE As duas arrastam o corpo no corredor, o rosto de Jota esta queimado, parecendo acido.Arrastam até uma porta embaixo de uma escada. Abrem a porta e o jogam dentro. Clarice encosta a porta e sai. SEQ.4 – sala pequena - NOITE Porta abre lentamente, imagem aproxima da sala. Som de talheres. OFF CLARICE Puxa, este tinha bom humor. Ele parecia legal. Uma cabeça de caveira, alguns corpos se decompondo de homens e uma mulher e o corpo de JOTA por cima. OFF MONICAQuer mais vinho, Clarice?
FIM.
DOCUMENTÁRIO
PRÉ- ROTEIRO DO DOCUMENTÁRIO IMAGEM MULHER
Roteirista: Mariana Barioni
SEQUÊNCIA 1 – ABERTURA – INTRODUÇAO
-Imagens de publicidade (imagens de arquivo + nossa atriz nos nossos comerciais) de mulheres
no cotidiano , propaganda de margarina, chuveiro, cerveja, etc. Pouco a pouco começa a acelerar o ritmo
de montagem das imagens e começa a intercalar com imagens de nossas mulheres reais – Sandra,
Norma e Cláudia - em seus cotidianos (acordando, tomando café, lavando louça) a sequência acaba com
uma delas apagando a luz do se quarto, do abajur do que seja.
2
- nome do filme- IMAGEM MULHER
SEQUENCIA 2 – APRESENTAÇÃO PERSONAGENS- APRESENTAÇÃO TEMAS
Acende a luz. Vemos uma personagem acordando. Em seguida vemos em cada uma delas, como
é a maneira que acordam e se preparam.
Nossas personagens: Sandra, Norma e Cláudia acordam e se preparam para o dia.
Uma toma café, outra toma banho, outra sai sem comer, etc.
Se apresentam falando seus nomes.
SEQUENCIA 3 – DESENVOLVIMENTO
Seguimos com nossas personagens para seus trabalhos. Seguimos desenvolvendo os temas,
aprofundando mais no tema da violência e no tema da imagem da mulher.
ora por locução em off, ora vemos as entrevistas.
Acompanhamos o dia todos de nossas personagens, fazemos o paralelo com o dia-a-dia da nossa
atriz com diversas participações (ela no trabalho, ela almoçando, ela no carro etc) Aqui ilustramos bem a
diferença que há entre o ideal e o real.
SEQUENCIA 4 – CLIMAX
Nossas personagens se encontram
Discutem o que vão fazer para montar uma propaganda que elas acham que seja mais real, que
condiz mais com a realidade delas.
SEQUENCIA 5 – FINAL- CONCLUSÃO
Sandra, Claúdia, Norma fazendo o comercial. Comercial pronto.
MODELO DE PAUTA
IDENTIFICAÇÃO:
Produtora: Repórter:
Cinegrafista:
Horário: Dia:
Local:
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PROPOSTA:
INFORMAÇÕES:
SUGESTÃO DE PERGUNTAS:
ENCAMINHAMENTO-PRÉ-ROTEIRO:
MARCAÇÕES
OBSERVAÇÕES:
TV COMUNIDADE EM AÇÃO – ROTEIRO DE TV
Programa: Assunto: Editor:
Data: Tempo:
VIDEO ÁUDIO
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