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APOSTILAS (ENEM) VOLUME COMPLETO
Exame Nacional de Ensino Médio (ENEM) 4 VOLUMES
APOSTILAS IMPRESSAS E DIGITAIS
Questão 1
(FUVEST) Ele _______ a seca e _______ a casa de mantimentos.
a) preveu - proveu;
b) prevera - provira;
c) previra - proviera;
d) preveu - provera;
e) previu - proveu.
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Questão 2
(FATEC-SP) Assinale a alternativa em que a transformação do período I no período II foi
feita INCORRETAMENTE:
a) I - Proponho as soluções, vocês as analisam.
II - Se propuser as soluções, vocês as analisarão.
b) I - Vejo os problemas e não quero resolvê-los.
II - Se vir os problemas, não quererei resolvê-los.
c) I - Requeiro as minhas férias e viajo logo.
II - Se requiser as minha férias, viajarei logo.
d) I - Cabe-me apenas reclamar e reclamo.
II - Se me couber apenas reclamar, reclamarei.
e) I - Intervenho na discussão e termino logo com tudo.
II - Se intervier na discussão, terminarei logo com tudo.
Questão 3
(UFSE) Quando todos se _______ confiantes e se ________ a trabalhar, mesmo que forças
adversas tenham _______, tudo se resolverá.
a) manterem - dispuserem - intervido;
b) mantiverem - disporem - intervindo;
c) manterem - disporem - intervido;
d) mantiverem - dispuserem - intervindo;
e) manterem - dispuserem - intervindo.
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Questão 4
(UFMA) Assinale a alternativa que completa correta e respectivamente o período: "A
polícia _______ no roubo e _______ o ladrão".
a) interveio, deteu;
b) interveio, deteve;
c) interviu, deteu;
d) interveu, deteve;
e) interviu, deteve.
Questão 5
(UFPI) Assinale a alternativa em que a forma verbal foi empregada CORRETAMENTE.
a) O juiz interviu na briga entre os jogadores.
b) Se ele ver a situação com clareza, apoiar-nos-á.
c) Se ele reaver o dinheiro, pagará as contas.
d) Quando ele manter a palavra, fecharemos o acordo.
e) Se eu requerer as minhas férias, viajarei logo.
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Questão 6
(UFSM) Quando ________ que estás só, não ________ a solidão; antes, ________ o que
ela te possa oferecer.
a) vires, tema, aproveita;
b) veres, temas, aproveitas;
c) vires, temas, aproveita;
d) veres, temes, aproveites;
e) vires, tema, aproveite.
Questão 7
(UCPEL) Assinale opção onde os tratamentos da frase não são uniformizados na pessoa
indicada:
a) Tu: Vai em paz e não receies perigos.
b) Você: Vá em paz e não receie perigos.
c) Nós: Vamos em paz e não receemos perigos.
d) Vós: Ide em paz e não receeis perigos.
e) V. Exas.: Ide em paz e não receiem perigos.
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Questão 8
(CEFET-MG) Há período composto em:
a) "Ao lado da dissertação, deveria restaurar-se também o prestígio da tabuada.
b) "...o mesmo não se pode dizer de outros engenhos."
c) "Temos aí reproduzido, com a máxima fidelidade, o diálogo."
d) "Aí, então, podem contar comigo para aplaudir a máquina."
e) "A ojeriza pelo idioma nacional já estava ultrapassando os limites toleráveis."
Questão 9
(UFU) Na frase "Argumentei que não é justo que o padeiro ganhe festas" as orações
sublinhadas, introduzidas por "que" são, respectivamente:
a) ambas subordinadas substantivas objetivas diretas.
b) ambas subordinadas substantivas subjetivas.
c) subordinada substantiva objetiva direta e subordinada substantiva subjetiva.
d) subordinada substantiva objetiva direta e coordenada assindética.
e) subordinada substantiva objetiva direta e subordinada substantiva predicativa.
Questão 10
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(ITA) Assinale a opção em que ocorre oração subordinada adjetiva:
a) Deixe que eu datilografo a carta para o ministro.
b) Desapareça, que os policiais vêm chegando.
c) Meu sonho sempre foi que meu filho fosse engenheiro.
d) Não ligue às pessoas que zombam de você.
e) Supõe-se que ele tenha fugido de madrugada.
Questão 11
(UFPA) A oração assinalada tem valor de adjetivo em:
a) "Não sei por que há de a gente desenhar objetivamente as coisas".
b) "Para isso já existe a fotografia, com a qual jamais poderemos competir..."
c) "Se tivesse o dom da pintura, eu seria um pintor lírico".
d) "E se me dispusesse a pintar Euridice, talvez viesse a surgir na tela um hastil, o arco
tendido da lua..."
e) "É tudo isso e outras coisas que só os anjos e os demônios saberão."
Questão 12
(FUVEST) Ao dia seguinte, o vigia solitário recolocou a tabuleta? "Precisam-se de
operários", enquanto o construtor, de braços cruzados, amaldiçoava a chuva que devia estar
caindo no Nordeste. (ANÍBAL MACHADO, cadernos de João)
No texto acima, as orações cujos núcleos verbais são "recolocou", "amaldiçoava" e "devia
estar caindo" são, respectivamente:
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a) principal, subordinada adverbial e subordinada adjetiva.
b) subordinada adverbial, subordinada adverbial e subordinada substantiva.
c) coordenada, coordenada e subordinada adjetiva.
d) principal, subordinada adverbial e subordinada substantiva.
e) principal, coordenada adverbial e subordinada substantiva.
Questão 13
(UFPB) A oração sublinhada do período, "Essa mãe Angélica era mansa e terna como uma
menina de internato; o retrato dela foi pintado com as cores da imaginação." convertida em
oração adjetiva, equivale a:
a) em cujo retrato foi pintado...
b) cujo retrato dela foi pintado...
c) no cujo retrato foi pintado...
d) cujo retrato foi pintado...
e) cujo o retrato foi pintado...
Questão 14
(UFV) Assinale a alternativa em que a oração grifada não é temporal:
a) "A situação do Mendonça, ao passo que se tornara mais clara, estava mais difícil que
antes."
b) "Mal o sol fugia, começavam as toadas das canções."
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c) "Porém já cinco sóis eram passados que dali nos partíramos."
d) "Ele me reconheceu apenas lhe dirigi a palavra."
e) "Nem bem sentou-se no banco, o moço ergueu-se rápido."
Questão 15
(UECE) Em "...puxou a mão ferida com um repelão que me machucou o lábio", a oração
grifada é:
a) substantiva objetiva direta
b) adverbial temporal
c) adverbial concessiva
d) adjetiva restritiva
e) N.D.R.
Questão 16
(UNI-RIO) No período "....nem seria preciso abaixar-lhe a maxila teimosa, para espiar os
cantos dos dentes...", temos uma circunstância de:
a) lugar
b) condição
c) proporção
d) concessão
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e) fim
Questão 17
(UEBA) "E, por mais que forcejasse, não se convencia de que o soldado amarelo fosse
Governo."
A oração destacada no período acima classifica-se como:
a) coordenada sindética conclusiva.
b) subordinada adverbial concessiva.
c) subordinada substantiva objetiva direta.
d) subordinada adverbial comparativa.
e) subordinada adverbial consecutiva.
Questão 18
(FUVEST) "(Tim) foi um técnico de sucesso mas nunca conseguiu uma reputação no
campo à altura da sua reputação de vestiário."
Começando a frase por "Nunca conseguiu uma reputação no campo à altura da sua
reputação de vestiário", para manter a mesma relação lógica expressa na frase dada
inicialmente, deve-se continuar com:
a) enquanto foi...
b) na medida em que foi...
c) ainda que tenha sido...
d) desde que fosse...
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e) porquanto era...
Questão 19
(VUNESP) Leia atentamente o seguinte texto:
"É a vaidade, Fábio, nesta vida
Rosa, que da manhã lisonjeada
Púrpuras mil, com ambição dourada
Airosa rompe, arrasta presumida."
Esses versos de Gregório de Matos:
a) descrevem de forma elogiosa a vaidade.
b) moralizam sobre a vaidade da vida terrena.
c) condenam a vaidade da rosa.
d) elogiam a beleza da natureza.
e) mostram o desencanto do poeta com a vaidade da rosa.
Questão 20
(VUNESP)
Ardor em firme coração nascido;
Pranto por belos olhos derramado;
Incêndio em mares de água disfarçado;
Rio de neve em fogo convertido:
Tu, que em um peito abrasas escondido;
Tu, que em um rosto corres desatado;
Quando fogo, em cristais aprisionados;
Quando cristal em chamas derretido.
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O texto pertence a Gregório de Matos e apresenta todas as características seguintes:
a) trocadilhos, predomínio de metonímias e de símiles, a dualidade temática da
sensualidade e do refreamento, antíteses claras dispostas em ordem indireta.
b) sintaxe segundo a ordem lógica do Classicismo que o autor buscava imitar, predomínio
das metáforas e das antíteses, temática de fugacidade do tempo e da vida.
c) dualidade temática da sensualidade e do refreamento, construção sintática por simetrias
sucessivas, predomínio figurativo das metáforas e pares antitéticos que tendem para o
paradoxo.
d) temática naturalista, assimetria total de construção, ordem direta predominando sobre a
inversa, imagens que prenunciam o Romantismo.
e) versificação clássica, temática neoclássica, sintaxe preciosista evidente no uso das
sínquises, dos anacolutos e das alegorias, construção assimétrica.
Questão 21
(MACKENZIE) Ao Barroco brasileiro, pertencem:
a) Camões e Gil Vicente.
b) Manoel B. de Oliveira e Gregório de Matos.
c) Sóror Mariano Alconforado e Gregório de Matos.
d) Candavo e Camões.
e) Gil Vicente e Manoel B. de Oliveira.
Questão 22
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(OBJETIVO-SP) Ele é considerado um dos três maiores sonetistas da língua portuguesa, ao
lado de Camões e de Antero de Quental. Sua poesia lírica, extremamente pessoal, é
marcada por um rebelde libertarismo emocional, às vezes violente, às vezes calmo. Sua
vasta obra poética apresenta dois aspectos fundamentais: o satírico e o lírico; mas é o lírico
que o poeta se realiza plenamente e fica famoso. Foi, sem dúvida, o maior poeta do século
XVIII português. Seu pseudônimo arcádio é Elmano Sadino. Trata-se de:
a) Cruz e Silva
b) Domingos Caldas Barbosa
c) Filinto Elíseo
d) Almeida Garret
e) Bocage
Questão 23
(FATEC-SP) Sobre o Arcadismo brasileiro só não se pode afirmar que:
a) tem suas fontes nos antigos grandes autores gregos e latinos, dos quais imita os motivos
e formas.
b) teve em Cláudio Manuel da Costa o representante que, de forma original, recusou a
motivação bucólica e os modelos camonianos da lírica amorosa.
c) nos legou os poemas de feição épica Caramuru (de Frei José de Santa Rita Durão) e O
Uraguai ( de Basílio da Gama), no qual se reconhece qualidade literária destacada em
relação ao primeiro.
d) norteou, em termos dos valores estéticos básicos, a produção dos versos de Marília de
Dirceu, obra que celebrizou Tomás Antônio Gonzaga e que destaca a originalidade de
estilo e de tratamento local dos temas pelo autor.
e) apresentou uma corrente de conotação ideológica, envolvida com as questões sociais do
seu tempo, com a crítica aos abusos de poder da Coroa Portuguesa.
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Questão 24
(UFPA) A pastora Marília, conforme nos é apresentada nas liras de Tomás Antônio
Gonzaga, carece de unidade de enfoques; por isso é muito difícil precisar, por exemplo, seu
tipo físico. Esta impressão da pastora:
a) é suficiente para seu autor ser apontado como pré-romântico.
b) é fundamental para situar o leitor dentro do drama amoroso do auto.
c) reflete o caráter genérico e impessoal que a poesia neoclássica deveria assumir.
d) é responsável pela atmosfera de mistério, essencial para a poesia neoclássica.
e) mostra a intenção do autor em não revelar o objeto do seu amor.
Questão 25
(VUNESP) Há no Arcadismo brasileiro uma obra satírica de forma epistolar que suscitou
dúvidas de autoria durante mais de um século. Assinale abaixo a alternativa que apresente o
nome correto dessa obra e seu autor mais provável:
a) O Reino da estupidez e Francisco de Melo Franco
b) Viola de Lereno e Domingos Caldas Barbosa
c) O desertor e Manuel Inácio da Silva Alvarenga
d) Cartas chilenas e Tomás Antônio Gonzaga
e) Os Bruzundangas e Lima Barreto
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Questão 26
(UFPE) "Tanto a busca da simplicidade formal quanto a da clareza e eficácia das idéias se
ligam ao grande valor dado à natureza, como base da harmonia e da sabedoria. Daí o apreço
pela convenção pastoral, isto é, pelo gêneros bucólicos que visam representar a inocência e
a sadia rusticidade pelos costumes rurais, sobretudo dos pastores."
(A. Cândido e A. Castello)
Esse texto relaciona-se a um determinado estilo literário. Assinale então o autor que não
pertence ao estilo em questão:
a) Tomás Antônio Gonzaga
b) Cláudio M. da Costa
c) Santa Rita Durão
d) Manuel Botelho de Oliveira
e) Basílio da Gama
Questão 27
(UNESP)
"Quem vê girar a serpe da irmã no casto seio
Pasma, e de ira e temor ao mesmo tempo cheio
Resolve, espera, teme, vacila, gela e cora,
Consulta o seu amor e o seu dever ignora.
Voa a frapada seta da mão, que não se engana;
Mas aí, que já não vives, ó mísera indiana!".
Nestes versos de Silva Alvarenga, poeta árcade e ilustrado, faz-se alusão ao episódio de
uma obra em que a heroína morre. Assinale a alternativa correta em que se mencionam o
nome da heroína (1), o título da obra (2) e o nome do autor (3):
a) (1) Moema; (2) Caramuru; (3) Santa Rita Durão
b) (1) Marabá; (2) Marabá; (3) Gonçalves Dias
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c) (1) Lindóia; (2) O Uruguai; (3) Basílio da Gama
d) (1) Iracema; (2) Iracema; (3) José de Alencar
e) (1) Marília; (2) Marília de Dirceu; (3) Tomás A. Gonzaga
Questão 28
(FATEC-SP)
"Triste Bahia! Ó quão desemelhante
Estás e estou do nosso antigo estado!
Pobre te vejo a ti, tu a mim empenhado,
Rica te vi eu já, tu a mim abundante
A ti trocou-te a máquina mercante
Que em tua larga barra tem entrado
A mim foi-me trocando, e tem trocado,
Tanto negócio e tanto negociante."
Nestas estrofes, Gregório de Matos dirigi-se à "cidade da Bahia" e considera os efeitos da
passagem do tempo na relação entre ambos. No presente, tal relação é expressa por uma:
a) Identidade de estados, como conseqüências da exploração econômica sofrida tanto no
plano coletivo quanto no individual.
b) identidade de estados, como conseqüência de um processo de transações econômicas que
acabaram por beneficiar tanto a cidade quanto o poeta.
c) dessemelhança de estados, resultante da incompatibilidade de interesses entre os
negócios do poeta, no plano geral.
d) dessemelhança de estados, resultante das trocas comerciais que degradam o nível de vida
da cidade sem ter afetado a condição social do poeta.
e) oposição de estados, já que os negócios levaram o poeta à abastança ao mesmo tempo
em que a vida empobrecia pela ação da "máquina mercante".
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Questão 29
(PUC-SP) Pode-se afirmar que Marília de Dirceu e as Cartas chilenas são,
respectivamente:
a) altas expressões do lirismo amoroso e da sátira política, na literatura do século XVIII.
b) exemplos da poesia biográfica e da literatura epistolar cultivadas no século XVIII.
c) exemplos do lirismo amoroso e da poesia de combate, cultivados sobretudo pelos poetas
românticos da chamada "terceira geração".
d) altas expressões do lirismo e da sátira da nossa poesia barroca.
e) expressões menores da prosa e da poesia de nosso Arcadismo, cultivadas no interior das
Academias.
Questão 30
(UNESP)
"A adesão às novidades gongóricas e conceptistas processa-se temática e formalmente.
Num caso e noutro deve-se ponderar a relevância de sua estada em Portugal, onde
permaneceu cerca de quarenta anos, decerto em contacto com as obras dos quinhentistas
locais, sobretudo Camões, e dos espanhóis contemporâneos, sobretudo Quevedo e
Gôngora."
O poeta a que se faz alusão no texto é:
a) Cláudio Manuel da Costa;
b) Tomás Antônio Gonzaga;
c) Gonçalves Dias;
d) Gregório de Matos.
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e) N.D.R.
Questão 31
(CEFET-MG) Assinale a alternativa que melhor indica os valores da estética árcade:
a) natureza, simplicidade, pastoralismo
b) equilíbrio, natureza, filosofia
c) pastoralismo, sonoridade, natureza
d) bucolismo, pastoralismo, ilogismo
e) pastoralismo, ilogismo, subjetivismo
Questão 32
(CEFET-MG) A alternativa que apresenta o autor da obra "Marília de Dirceu", é:
a) Alvarenga Peixoto
b) Tomás Antônio Gonzaga
c) Cláudio Manoel da Costa
d) Dirceu Palmireno
e) Gregório de Matos
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Questão 33
(UFRN)
Os teus olhos espalham luz divina,
a quem a luz do sol em vão se atreve;
papoila ou rosa delicada e fina,
te cobre as faces que são cor da neve.
Os teus cabelos são uns fios d'ouro;
teu lindo corpo bálsamos vapora.
Ah! Não, não fez o céu, gentil pastora,
para glória de Amor igual tesouro.
Graças, Marília bela,
graças à minha estrela!
Baseados no poema acima, podemos afirmar que pertence à escola literária que se
caracteriza pela;
a) observação objetiva da natureza
b) exaltação da vida bucólica
c) adoção do verso livre
d) transformação da natureza para dela ser espectador que se satisfaz em contemplar o
mundo.
e) poesia não descritiva, nem narrativa, mas sugestiva e musical.
Questão 34
(PUC-CAMP) Assinale a alternativa em que se faz corretamente a transformação da
seguinte frase: "Os órgãos monarquistas transcreveram a resposta do ministro à Câmara".
a) A Câmara teve transcrita a resposta do ministro pelos órgãos monarquistas.
b) Transcreveu-se nos órgãos monarquistas a resposta do ministro à Câmara.
c) A resposta do ministro à Câmara foi transcrita pelo órgãos monarquistas.
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d) O ministro transcreveu sua resposta à Câmara nos órgãos monarquistas.
e) Os órgãos monarquistas tinham transcrito a resposta do ministro a Câmara.
Questão 35
(UFRGS) Considere as afirmações abaixo.
I - A obra de Gregório de Matos centrava-se em dois pólos temáticos, a religião e a vida
amorosa, que se concretizam, na sua poesia, no conflito entre o pecado e o prazer.
II - Para concretizar esses conflitos, Gregório de Matos fez uso freqüente de figuras
retóricas como antíteses e paradoxos.
III - A crítica social que se pode encontrar nos poemas de Gregório de Matos dirigi-se
principalmente aos homens públicos da Bahia do século XVII.
Quais são as corretas?
a) Apenas I;
b) Apenas II;
c) Apenas I e II;
d) Apenas I e III;
e) I, II e III;
Questão 36
(UFRGS) Com relação ao Barroco brasileiro, assinale a alternativa INCORRETA.
a) Os Sermões do padre Antônio Vieira, elaborados numa linguagem conceptista, refletiram
as preocupações do autor com problemas brasileiros da época, por exemplo a escravidão.
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b) Os conflitos éticos vividos pelo homem do Barroco correspondem, na forma literária, ao
uso exagerado de paradoxos e inversões sintáticas.
c) A poesia barroca foi a confirmação, no plano estético, dos preceitos renascentistas de
harmonia e equilíbrio, vigentes na Europa no século XVI, que chegaram ao Brasil no
século XVIII, adaptados, então à realidade nacional.
d) Um dos temas principais do Barroco é a efemeridade da vida, questão que foi tratada no
dilema de viver o momento presente e, ao mesmo tempo, preocupar-se com a vida eterna.
e) A escultura barroca teve no Brasil o nome de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho,
que no século XVIII, elaborou uma arte de tema religioso com traços nacionais e
populares, numa mescla representativa do Barroco.
Questão 37
(PUC-CAMP)
Que falta nesta cidade? Verdade.
Que mais por sua desonra? Honra.
Falta mais que se lhe ponha? Vergonha
- 1 O demo a viver se exponha,
- 2 Por mais que a fama a exalta
- 3 Numa cidade onde falta
- 4 Verdade, honra, vergonha.
Pode-se reconhecer nos versos acima, de Gregório de Mato:
a) O caráter de jogo verbal próprio do estilo barroco, a serviço de uma crítica, em tom de
sátira, do perfil moral da cidade da Bahia.
b) O caráter do jogo verbal próprio da poesia religiosa do século XVI, sustentado em
piedosa lamentação pela falta de fé do gentio.
c) O estilo pedagógico da poesia neoclássica, por meio da qual o poeta se investe das
funções de um autêntico moralizador.
d) O caráter de jogo verbal próprio do estilo barroco, a serviço da expressão lírica do
arrependimento do poeta pecador.
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e) O estilo pedagógico da poesia neoclássica, sustentado em tom lírico as reflexões do
poeta sobre o perfil moral da cidade da Bahia.
Questão 38
(FESP) Analise a questão seguinte quanto ao emprego do infinito. Assinale as afirmativas
verdadeiras e as afirmativas falsas.
a)
"Gosto de sentir a minha língua roçar a língua de Luís de Camões." Caetano Veloso -
locução adverbial.
b)
"Caminhar! Caminhar! ... O deserto primeiro o mar depois ..."Olavo Bilac
- equivale a um imperativo
c) "Achei notável usarem os dois uma prosa fofa."
Graciliano Ramos
- possui sujeito próprio
d)
"Em vez de aborrecerem o mal, aborrecem a luz."
Antônio Vieira
- realça o agente da ação verbal
e) "As montanhas parecia fugir à nossa aproximação."
- verbo parecer diante de infinito, nenhum se flexiona
Questão 39
(UNICAP) Esta questão refere-se à pontuação. Assinale as afirmativas verdadeiras e as
afirmativas falsas.
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a) Em uma de suas matérias (JC - 23.03.94), Gilberto Dimenstein viola uma das regras
básicas de pontuação - não se separa o sujeito do seu predicado com vírgula: "Mesmo seus
maiores inimigos, reconhecem (nele) certas qualidades..."
b) "As orações subordinadas substantivas apositivas devem ser separadas da principal por
vírgula ou dois pontos".
c) No período "O Brasil que é o país do futebol é também um país onde se cometem muitas
injustiças sociais", as vírgulas não são necessárias, pois a oração adjetiva é restritiva.
d) "O ponto-e-vírgula deve ser usado entre orações coordenadas que já apresentam
vírgulas". Por exemplo: Na realidade, apenas 39% das crianças, matriculadas no primeiro
grau, concluem a quinta série; segundo dados do Ministério da Educação.
e) "O próprio ministro da Educação, Murílio Hingel admite que nosso ensino básico é
vexaminoso," - A vírgula que isolaria o aposto antes do verbo não foi usada. Há, portanto,
um erro de pontuação no período.
Questão 40
(UFPE) Observe: "Agrava-o a postura normalmente abatida..." Assinale as afirmativas
verdadeiras e as afirmativas falsas.
a) O uso da ênclise não se justifica pela norma padrão.
b) Usou-se a ênclise porque o verbo admite partícula atrativa.
c) A colocação dos pronomes oblíquos átonos constitui um capítulo à parte da sintaxe de
colocação está ligada à harmonia da frase.
d) Não se inicia a frase com pronome oblíquo átono.
e) A oração acima procede porque se usa ênclise com o infinito impessoal.
Questão 41
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(UFPE) Assinale as afirmativas verdadeiras e as afirmativas falsas.
a) A poesia barroca é marcada pela audácia e pelo dinamismo.
b) Por suas características, a literatura barroca contribui para o enriquecimento da língua
literária
c) Gozar a vida: eis um dos temas da Literatura Barroca
d) A poesia de Gregório de Matos se caracteriza pela clareza e simplicidade
e) O poeta barroco se serve freqüentemente de versos sem rima e com métrica irregular
Questão 42
(UFPE) Assinale as afirmativas verdadeiras e as afirmativas falsas.
a) O arcadismo tem como um dos traços principais a inspiração clássica
b) A natureza é a base da sabedoria para os árcades
c) O Arcadismo Brasileiro se caracteriza por sua forte religiosidade
d) Tomás Antônio Gonzaga nos deixou uma poesia marcada pela pobreza de expressão e
pela banalidade
e) O melhor da produção dos árcades brasileiros está no teatro
Questão 43
(UFPE) Assinale as afirmativas verdadeiras e as afirmativas falsas.
a) A maior parte da lírica de Tomás Antônio Gonzaga é composta por poemas de difícil
compreensão.
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b) Com a literatura dos árcades surge na poesia a exaltação da paisagem brasileira e temas
como a família.
c) Pastores e pastoras numa paisagem bucólica, este é um dos elementos da literatura
arcádica brasileira.
d) Vários poetas pertencentes ao Arcadismo brasileiro foram presos por escreverem
romances com assuntos políticos.
e) O Arcadismo brasileiro não nos deixou poemas épicos, estando sua produção limitada à
poesia lírica.
Questão 44
(UFPE) Assinale as afirmativas verdadeiras e as afirmativas falsas.
a) Gregório Bezerra foi chamado "O boca de inferno" e, por sua poesia irreverente, expulso
de salvador.
b) Os poetas barrocos brasileiros nos deixaram uma obra inteiramente original, que em
nada lembra a inspiração dos poetas portugueses da época.
c) Um estilo marcado pela clareza e precisão: eis a principal característica da poesia barroca
no Brasil.
d) Anchieta escreveu poemas de inspiração barroca para caracterizar os índios, como o
célebre soneto "A Cristo crucificado".
e) A poesia barroca brasileira exprime a tragédia do homem dividido entre as aspirações
espirituais e os desejos carnais.
Questão 45
(FESP) Observe os tempos verbais destacados nas frases abaixo com seus respectivos
significados. Assinale as afirmativas verdadeiras e as afirmativas falsas.
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a)
"Talvez tenha acabado o verão."
- exprime processo hipoteticamente terminado no momento em que se fala ou escreve;
b)
Eu iria à aula, se não chovesse.
- enuncia um fato que se há de realizar;
c) "Talvez telefone outro dia, e volte..."
- exprimem processos possíveis num futuro próximo;
d) Nesse momento penso em vocês, colegas.
- indica um fato atual, permanente;
e)
"Assinei as cartas e meti-as nos envelopes."
- exprimem um processo concluído, um fato realizado completamente.
Questão 46
(UFPE) Observe:
"Descoberta em 1500, no século que, em Portugal, dominava o Classicismo, o Brasil, por
muitas causas, não teve condições de dar início à colonização e ao processo cultural.
Entre as raras manifestações literárias do século destaca-se o teatro jesuítico.
A obra de colonização do Brasil, iniciada propriamente por Martim Afonso em 1530, já
pelos inconvenientes do sistema, já por outros motivos fáceis de entender, mais dificultoso
se tornaria, não fosse a colaboração oportuna e decisiva dos jesuítas."
(Faraco e Moura, em Língua e Literatura)
A partir de então, surgem dois movimentos que ainda não podem ser considerados literatura
propriamente brasileira.
Assinale as afirmativas verdadeiras e as afirmativas falsas.
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a) O Barroco é o primeiro grande período artístico no Brasil. Nas artes plásticas há
destaque para a figura do Aleijadinho; na Literatura, para o poeta Gregório de Matos
Guerra.
b) O Neoclassicismo, movimento estético propenso a um retorno aos ideais espirituais e
artísticos do Renascimento, corresponde a uma tendência contrária ao barroquismo.
c) No texto barroco, a linguagem é retorcida, com bastantes jogos verbais, enfatizando a
prolixidade e o estilo confuso.
d) No texto neoclássico, a linguagem é racional, as imagens são conhecidas e repetidas
(chavões, lugares-comuns).
e) No barroco, tanto quanto no Neoclassicismo, os poetas abordaram aspectos como
dúvida, angústia e tédio, sob forma de um sentimentalismo lacrimoso.
Questão 47
(FESP) Leia atentamente.
I - "Gostei tanto dos curtas-metragens quanto dos longas-metragens."
II - "Os peles-vermelhas receberam os caras-pálidas montados nuns puros-sangues."
III - "Dois sem-vergonhas colocaram terra nos arrozes-doces."
IV - "Os beija-flores são apenas obras-primas da natureza."
O plural dos compostos acima está corretamente formado:
a) somente em I e II;
b) somente em I, III e IV;
c) somente em I e III;
d) somente em II e IV;
e) em todos.
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Questão 48
(UFPE) Assinale a alternativa que não apresenta desvio quanto à sintaxe de colocação do
pronome oblíquo átono.
a) "Ah, quem és? Lhe pergunto, arrepiado".
(Bocage)
b) "Te enganas, Cirene, pois até esse monte se sente abrasar...."
(Antônio José)
c) "Suma-se, moleque".
(José Lins do Rego)
d) "Dessa vez, me decidi. Vou viajar nessa máquina."
(Jorge Amado)
e) "Morto depois Afonso, lhe sucede Sancho II."
(Camões)
Questão 49
(UFPE) Observe os fragmentos (Carta ao Prefeito, de Rubem Braga, com adaptações).
Assinale o par de frases cujos verbos estejam atendendo ao tratamento da 2a pessoa do
plural.
a)
- Sou um destes estranhos animais com "habitat" no Rio de Janeiro.
- O carioca é, antes de tudo, um forte.
b)
- Ouvi-me, pois, com o devido respeito.
- Prometestes, senhor, acabar em 30 dias com as inundações do Rio de Janeiro.
c) "... para agradecer a providência que vossa administração tomou nestas últimas quatro
noites.
- Embora vós administreis à maneira Suiça...
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d)
Para dizer isto, escrevo a Vossa Excelência...
- Não sei se a fizeste adquirir na Suiça para vosso uso permanente...
e)
- Sabeis que (...) o ar dos escapamentos abertos...
É que atacaste, senhor, o mal pela raiz.
Questão 50
(UFPE) Assinale a alternativa em que a forma verbal esteja de acordo com a norma-padrão.
a) Presentei com amor!
b) O Governador pediu que o Secretário intervisse na liberação dos recursos.
c) Saborei os nossos petiscos.
d) Se o treinador vir o nível dos atletas, com certeza não irá aceitá-los.
e) As crianças entreteram-se com o espetáculo de danças.
Questão 51
(UFPE) Questão referente à poesia barroca, enfocando o Cultismo (tendência ao emprego
de figura refinadas) e ao Conceptismo (tendência à especulação aguda de idéias). Assinale
as afirmativas verdadeiras e as afirmativas falsas.
a) "Explora as imagens visuais, especialmente as eróticas ou as coloridas". (Cultismo)
b) "Explora a idéia, o conceito, mais do que a palavra ou a imagem". (Conceptismo)
c) "Desenvolve o prazer intelectualista de sempre encontrar novas sutilidades do pensar".
(Cultismo)
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d) "Trabalha com analogias e comparações, dá origem a um metaforismo que mescla
atributos da natureza ou da mitologia com os predicados humanos", (Conceptismo)
e) "Aprecia prioritariamente o belo. Seu horror ao feio é entendido sob a forma do impacto
infalível do tempo". (Cultismo)
Questão 52
(UFPE) Questão referente ao estilo do poeta barroco Gregório de Matos. Assinale as
afirmativas verdadeiras e as afirmativas falsas.
"Senhora Dona Bahia,
nobre e opulenta cidade,
madrasta dos naturais,
e dos estrangeiros madre;
Dizei-me por vida vossa
em que fundais o ditame
de exaltar os que aqui vêm,
e abater os que aqui nascem?"
a) A Bahia passa a ser, para o poeta, o interlocutor silencioso.
b) O tom usado pelo autor é de revolta e de ressentimento.
c) No verso 3, "madrasta dos naturais" significa dizer "severa para os que nascem na
Bahia".
d) No verso 4, "e dos estrangeiros madre" significa dizer que a Bahia é "mãe para os
estrangeiros".
e) No verso 5, "em que fundais o ditame" é o mesmo que perguntar: "em que princípio você
se baseia, Bahia?".
Questão 53
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(FESP) Questão referente à conjugação verbal. Assinale as afirmativas verdadeiras e as
afirmativas falsas.
a) "O meu protesto se deteu nos cargos de auxiliar administrativo." (Seção cartas - JC -
08.10.93)
b) "Ele interveio quatro ou cinco vezes, salvando seu time de forma soberba". (JC -
27.10.93)
c) "... cuidado, leitor. Não se deixa enganar."
d) Apesar das desesperadas tentativas, o conhecido político não reouve sua credibilidade
entre seus eleitores.
e) Aquele deputado suponhava que suas falcatruas jamais seriam descobertas.
Questão 54
(UFPE) Observando os fragmentos abaixo, da obra "AMAR, VERBO INTRANSITIVO",
assinale a alternativa em que o emprego do pronome oblíquo atende à norma padrão.
a) "Disse vinte e um porque me lembrei da filharada".
b) "Lhe dá mesmo certa honestidade intelectual".
c) "Segurava com doçura, se rindo".
d) "Ele falou que quando eu fizer 21 anos me dá uma fazenda pra mim".
e) "Se ergueu violento".
Questão 55
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(UFPE) Observe: "Mas, vagarosamente, como uma nódoa oleosa que se alastra sem pressa,
a desconfiança tomou conta do desgraçado do Inácio."
(Lucilo Varejão, em Romances Olindenses)
Assinale a alternativa em que a conjunção como estabelece a mesma relação de sentido que
na frase sublinhada.
a) E veja como vai abordar a menina!
(Lucilo Varejão)
b) Como ia dizendo, o seu raciocínio está certo.
(Carlos Oliveira)
c) Como intérmina composição ferroviária, os dias foram passando, um engatado na cauda
do outro.
(Lucilo Varejão)
d) Como as pernas trôpegas exigiam repouso, descia pouco à cidade.
(Graciliano Ramos)
e) E como aceitasse a desilusão que sentia vir-lhe ao encontro, teimou em saber o que se
passava.
(Lucilo Varejão)
Questão 56
(UFPE) Assinale a alternativa que apresenta a fala da personagem 1, com tratamento
alterado para a segunda pessoa do singular.
a) Sê corajoso. Mesmo que não sejas, finges que sois...
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b) Sede corajoso! Mesmo que não sejais, fingis que és...
c) Sede corajosos! Mesmo que não sejas, finjas que sois...
d) Sê corajoso! Mesmo que não sejas, finge que és...
e) Sejais corajosos! Mesmo que não sejam, finjam que és...
Questão 57
(UFPE) Observe a redação utilizada nas transcrições que se seguem:
1. "Primeiramente ele cria as condições para ser lançado candidato. Se ver que tem chance,
vai em frente."
(JC - 17.09.93) 2. "Copiadora reproduz fotos coloridas e dar cor a todos originais em preto e branco."
(DP - 21.06.93) 3. "Segundo ele, os seqüestradores só lhe alimentaram com frutas e água..."
(JC - 20.10.93) 4. "O Projeto (...) já consolidou-se como o local preferido dos admiradores da dança de
salão."
(DP - 25.10.93)
Foram usadas estruturas que ferem as normas gramaticais nos itens:
a) 1, 2
b) 2, 3
c) 3, 4
d) 2, 3, 4
e) 1, 2, 3, 4
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Questão 58
(UFPE)
"É bom, minha Marília, é bom ser dono
De um rebanho, que cubra monte e prado;
Porém, gentil Pastora, o teu agrado;
Vale mais que um rebanho, e mais que um trono
Graças, Marília bela,
Graças à minha Estrela."
Tomas A. Gonzaga
No poema acima, as marcas do Arcadismo são. Assinale as afirmativas verdadeiras e as
falsas.
a) Tema da vida pastoril no contato com a natureza idealizada.
b) Ideal de vida simples retratado através de uma linguagem despojada. Inversões e
paradoxos, próprios do Barroco, caem em desuso.
c) Percepção do mundo terreno como efêmero e vão, o que resulta no sentimento de
nulidade diante do poder divino.
d) Descrição de um episódio pastoril num ambiente de harmonia, onde inexistem conflitos.
e) Tom épico, relatando grandes feitos heróicos.
Questão 59
(FESP) Questão referente ao Arcadismo. Assinale as afirmativas verdadeiras e as falsas.
a) Os árcades buscavam a simplicidade da linguagem.
b) Uma das características do Arcadismo é o pastoralismo.
c) Tem suas fontes nos antigos grandes autores gregos e latinos.
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d) O Arcadismo tem espírito nitidamente reformista, pretendendo reformular as atitudes
sociais e os hábitos.
e) Todo o rebuscamento que aflora na arte arcádica é reflexo do dilema do conflito entre o
terreno e o celestial.
Questão 60
(UFPE) O barroco é o primeiro movimento literário a ter repercussão no Brasil. Qual das
características abaixo não lhe é própria?
a) Uso de metáforas.
b) Tema da fugacidade da vida.
c) Jogo de contrastes.
d) Seqüência cumulativa concluída com um termo síntese.
e) Descrição da vida campestre.
Questão 61
(UFPE) A forma reduzida de infinitivo pode ser substituída por uma oração desenvolvida
(iniciada por que) nas seguintes frases. Assinale as afirmativas verdadeiras e as falsas.
a) Será necessário investirmos mais em ciência e tecnologia.
b) Sociedades prósperas são aquelas capazes de se educarem permanentemente.
c) Educar é muito mais que isso.
d) Não basta alfabetizar.
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e) Parodiando o velho dilema para saber se os países são ricos [...].
Questão 62
(PUC-RJ)
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30
A Revista Ciência Hoje (volume 16, no. 94, set/out de
1993) promoveu e publicou um debate sobre a causa e a cura
das doenças mentais, do qual participaram profissionais
ligados à psicanálise, à psiquiatria e à psicofarmacologia.
Reproduzimos abaixo a resposta de alguns dos partici-
pantes à pergunta "Há cura para doenças mentais?"
Jurandir Freire (psicanalista): "A cura, entendida
como restabelecimento de um equilíbrio prévio, é uma defi-
nição médica, e isso não existe na psiquiatria. A pessoa pode
ter uma experiência psicopatológica e sair dela desejando
um equilíbrio diferente do que tinha antes. Normalmente, o
que entendo por cura? É a abolição dos sintomas que vêm
fazendo a pessoa sofrer e, em seguida, a identificação com
os próprios ideais, os propósitos de vida ou a busca de
equilíbrio e a satisfação efetiva. Nesse aspecto, há códigos
psíquicos que são mais complicados de se atingirem;
outros, pouco menos. A resposta é sempre singularizada.
Quanto à promessa do que podemos fazer, posso ser
taxativo. A gente melhora bastante o sofrimento das pessoas
que estão atingidas mentalmente. Com o arsenal que temos
em neuroclínica, no plano institucional-hospitalar, no atendi-
mento individualizado, conseguimos muitas vezes favorecer
a pessoa".
Joel Birman (psicanalista): "Na psicanálise a cura é
problemática por causa dessa idéia de restauração do
estado anterior ao acontecimento. No estado de perturba-
ção, o sujeito perde sua capacidade de produção de normas,
tanto biológicas quanto psíquicas. A função do tratamento
nas perturbações psíquicas é restaurar uma certa
plasticidade do sujeito, para que ele tenha novamente a
possibilidade de novas produções normativas. Tentamos
fazer com que ele se torne mais elástico, com maior capaci-
dade de superação dos obstáculos que se impõem, tanto em
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35
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nível social quanto pessoal."
Marcio Versiani (psiquiatra): "A `cura', o restitutio ad
integrum, na medicina como um todo, apesar de todo o
progresso atual, ainda é rara. Isso é particularmente válido
para as doenças crônicas, e a maioria dos transtornos
mentais se enquadram nessa categoria. Contudo, se consi-
derarmos que, até a década de 70, a maior parte dos transtor-
nos mentais resultava em importantes graus de permanente
incapacitação - e isso não é mais verdade - , há motivo
para otimismo. Nas depressões e nas diferentes formas de
ansiedade, o avanço foi maior. Com o lítio e os
antidepressores, obtêm-se remissões em dois terços dos
casos. No terço restante, há graus variáveis de melhora. Na
esquizofrenia, o quadro, infelizmente, é mais sombrio -
diferentes níveis de melhora sim, mas raramente a recupe-
ração total. Essas `curas' ou graus de melhora significativos
têm sido obtidos graças à inserção da psiquiatria no mo-
delo médico moderno. Resultados de pesquisa com nú-
meros representativos de pacientes e metodologia adequa-
da (escalas operacionais de avaliação, entrevistas, diagnós-
ticos computadorizados, métodos duplo-cego com controle
de placebo etc.) têm permitido e corroborado esses avanços
terapêuticos."
Assinale a afirmação correta sobre o período abaixo:
"Contudo, se considerarmos que, até a década de 70, a maior parte dos transtornos mentais
resultava em importantes graus de permanente incapacitação — e isto não é mais verdade
—, há motivo para otimismo." (texto 3, l. 39-43).
a) O período contém uma oração adverbial de tempo.
b) O período contém uma oração objetiva indireta.
c) O período contém uma oração objetiva direta.
d) A oração principal do período é "e isto não é mais verdade".
e) O período contém ao todo 5 orações.
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Questão 63
(PUC-RJ) Assinale a opção em que a oração sublinhada é uma oração adverbial com valor
de conseqüência.
a) A psiquiatria tem repensado a noção de cura, sem que obtenha resultados mais eficazes.
b) A psiquiatria tem repensado a noção de cura, para obter resultados mais eficazes.
c) A psiquiatria tem repensado a noção de cura, obtendo, assim, resultados mais eficazes.
d) Como a psiquiatria tem repensado a noção de cura, tem obtido melhores resultados.
e) Sempre que a psiquiatria repensa a noção de cura, obtém resultados mais eficazes.
Questão 64
(UFPE) Das frases abaixo, todas da imprensa, assinale a única que não fere a norma
padrão:
a) Ninguém sabia aonde ele estava;
b) O governo do Ceará interviu na greve;
c) Logo o taxaram de ladrão;
d) Ela era meio louca e não aceitou o conselho;
e) A questão não tem nada haver com ele;
Questão 65
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(UFPB) Na poesia arcádica ou neoclássica, NÃO se encontra
a) a influência das idéias iluministas.
b) a valorização do campo em detrimento da cidade.
c) a ênfase na interpretação subjetiva da realidade.
d) o retorno aos ideais greco-latinos.
e) a adoção de pseudônimos pelos poetas, que se figuravam pastores.
Questão 66
(UFPA) O Arcadismo é um estilo de época que pode ser definido, segundo o que determina
a seguinte afirmação:
a) Nesse período o homem é regido pelas leis físico-químicas, pela hereditariedade e pelo
meio social
b) A poesia dessa época dá ênfase ao poder de vidência do artista
c) Destaca-se nessa fase certo gosto pelo equilíbrio, pela simplicidade e pela harmonia, a
partir dos modelos clássicos antigos
d) Há nessa Escola literária uma tendência à valorização do humor, com vistas a afugentar
as circunstâncias desagradáveis da vida
e) Enfatiza-se na criação poética, desse momento, a utilização do valor sugestivo da música
Questão 67
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(UFPA)
"Nasce o sol, e não dura mais que um dia,
Depois da luz se segue a noite escura,
Em tristes sombras morre a formosura,
Em contínuas tristezas a alegria.
Porém se acaba o Sol, por que nascia?
Se é tão formosa a Luz, por que não dura?
Como a beleza assim se transfigura?
Como o gosto da pena assim se fia?"
(Gregório de Matos Guerra)
Dentre as características do Barroco, abaixo relacionadas, há uma que se ajusta, sem
dúvida, aos versos de Gregório de Matos Guerra, acima transcritos:
a) o culto do sentimento de solidão;
b) a presença de misticismo exaltado;
c) o exagero do patético;
d) o uso da técnica do paralelismo;
e) a ênfase à visão do sobrenatural;
Questão 68
(UFMG) No "Sermão pelo bom sucesso das armas de Portugal contra as da Holanda", o
Padre Vieira argumenta com Deus, para convencê-Lo a ajudar os portugueses na guerra
contra os holandeses. Um dos argumentos utilizados é o de que
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a) Ele deveria empenhar-Se em perdoar aos portugueses os seus pecados, pois isso Lhe
aumentaria a glória.
b) Ele deveria ajudar os portugueses, porque, se as armas da Holanda invadissem a cidade,
os holandeses profanariam a Arca do Testamento.
c) Ele, que tirou dos portugueses o seu rei, D. Sebastião, deveria agora compensá-los,
ajudando-os na luta contra os holandeses.
d) Ele deveria ajudar os portugueses, pois, com o milagre da vitória destes sobre os
holandeses, todos os gentios se converteriam ao Cristianismo.
Questão 69
(UFMG)
Leia o soneto que se segue, de Cláudio Manuel da Costa.
Pastores, que levais ao monte o gado,
Vede lá como andais por essa serra;
Que para dar contágio a toda a terra,
Basta ver-se o meu rosto magoado:
Eu ando (vós me vedes) tão pesado;
E a pastora infiel, que me faz guerra,
É a mesma, que em seu semblante encerra
A causa de um martírio tão cansado.
Se a quereis conhecer, vinde comigo,
Vereis a formosura, que eu adoro;
Mas não; tanto não sou vosso inimigo:
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Deixai, não a vejais; eu vo-lo imploro;
Que se seguir quiserdes, o que eu sigo,
Chorareis, ó pastores, o que eu choro.
Todas as alternativas contêm afirmações corretas sobre esse soneto, EXCETO
a) O poema opõe um estilo de vida simples a um estilo de vida dissimulado.
b) A palavra "guerra" enfatiza a recusa da pastora a corresponder aos afetos do poeta.
c) O sentido da visão é o predominante em todas as estrofes do poema.
d) A expressão "para dar contágio a toda a terra" revela a intensidade do sofrimento do
pastor.
Questão 70
(ANHEMBI) A literatura brasileira apresenta um Período Literário que se caracteriza pelo
uso de oposições de idéias, sendo Gregório de Matos o representante perfeito de tal
movimento. Trata-se do:
a) Barroco.
b) Romantismo.
c) Arcadismo.
d) Simbolismo.
e) Modernismo.
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Questão 71
(ANHEMBI) Moradores não sabem porque estão sem TV
Desde terça-feira, os quase 6,5 mil moradores de Pinhalzinho, estão dormindo mais cedo,
dedicando mais
tempo às atividades domésticas, conversando diariamente com os vizinhos e fazendo
longos passeios na
praça central. O motivo único é a falta de imagem nas TVs e falta de opção de lazer, num
local onde não
existe nenhuma sala de cinema.
A torre de transmissão da cidade foi lacrada pela Polícia Federal na terça-feira, por não ter
autorização do
Ministério da Infra-estrutura para a transmissão das emissoras. O equipamento só será
liberado depois de
julgado o processo instaurado contra a Prefeitura. A maioria da população ainda não sabe
porque está sem
TV.
"A cidade é muito pequena. Nosso lazer é a televisão", afirmou a professora Maria
Aparecida Fornari, 32.
"Deus me livre, não dá para agüentar nem mais uma semana", disse. Roberto Aparecido
Zeni, 37, reclama e
diz que "televisão também é cultura".
A aposentada Adair Ferreira Torriceli, 77, culpa todos os políticos. Sem televisão, ela faz
tapetes com
retalhos de pano. O vendedor Paulo Roberto Ameri, 30, disse que viu dez fitas de vídeos
entre terça e
sexta-feira.
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(Folha de São Paulo, 8/9/92).
Na passagem do texto "num local onde não existe nenhuma sala de cinema", o emprego do
relativo grifado está correto, pois está indicando lugar.
Observe atentamente as frases abaixo:
1. "Aonde você mora / Aonde você foi morar? " (Cidade Negra)
2. "Moro aonde não mora ninguém". (Agepê)
3. Da onde eu vim, a vida era de uma monotonia ímpar. Não havia televisão.
4. Aonde eu for não importa, desde que seja onde estiveres.
Assinale a alternativa em que o emprego de onde, aonde ou donde esteja de acordo com a
variante culta da linguagem:
a) Somente a 1 é correta.
b) A 1 e a 4 são corretas.
c) Somente a 4 é correta.
d) A 2 e a 3 são corretas.
e) Somente a 3 é correta.
Questão 72
(PUC-PR) Se passarmos a palavra sublinhada de cada frase abaixo para o singular:
1. Novos programas oferecem viagens à fronteira do espaço e às profundezas do oceano.
2. Os presos podem receber suas mulheres... enquanto seus companheiros respeitam
religiosamente o encontro dos "pombinhos".
3. Os detentos pagam dívidas em maços de cigarros, freqüentam igrejas...
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4. As paredes da casa de detenção, como se pode supor, têm ouvidos.
5. Os presos encontram diversas maneiras de driblar o baixo-astral que reina na casa da
detenção.
Devem ser modificadas, além da sublinhada, para que se faça a concordândia (nominal e
verbal) de forma correta:
I - na frase 1, mais duas palavras.
II - na frase 2, mais quatro palavras.
III - na frase 3, mais cinco palavras.
IV - na frase 4, mais três palavras.
V - na frase 5, mais duas palavras.
Estão corretas:
a) apenas I, II e V.
b) apenas I, II, III e V.
c) apenas I, II, IV e V.
d) apenas II, III, IV e V.
e) todas.
Questão 73
(PUC-RS)
01Todo mundo tem (ou conhece
02alguém que tem) um Tamagotchi. O
03animal de estimação eletrônico virou
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04mania. Habitante de um miniaparelho,
05misto de chaveiro e computador, o bicho é
06na verdade um ser inexistente. Só o que
07 se tem dele são sinais: de fome, sono,
08carência afetiva. Apertando botõezinhos, é
09possível saciar-lhe as necessidades e os
10 desejos. Na tela minúscula, surge então
11um sorriso, indicando que o mascote está
12 feliz. O dono, sempre uma criança (de
13qualquer idade), sente-se grandioso,
14provedor de carinho e cuidado. Pensa que
15 cuida do bicho – mas é o bicho quem
16cuida dele (e de suas ansiedades).
17O novo brinquedo é a síntese da
18 nossa era, que é mediada e ordenada por
19 telas luminosas. Não apenas a microtela
20do bichinho, mas a tela do computador, do
21painel eletrônico do automóvel, das linhas
22verdes de monitoramento cardíaco. Tudo
23 se organiza como um complexo indivisível,
24um Tamagotchi planetário. O caixa
25 eletrônico avisa que a conta está no
26vermelho: é preciso um depósito para que ela
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27fique contente. A televisão não pára
28de insistir: é Dia dos Pais, ai de quem se
29esquecer do presente. A tela do telefone
30celular dá conta de que a pilha está fraca.
31No monitor do micro, pisca a mensagem
32não lida.
33Do outro lado das telas que
34 comandam o dia-a-dia de qualquer um,
35outros milhões de uns quaisquer. Um
36parente, um chefe, um amigo, um cliente,
37um desconhecido... a(s) namorada(s).
38Todos virtualizados. Além das contas a
39pagar e dos recados inúteis, também as
40demandas emocionais navegam pela teia
41 eletrônica. E a isto se reduz o
42relacionamento humano: a uma troca de
43estímulos digitalizados e respostas idem.
(Adaptado de: BUCCI, Eugênio. Veja, 13 de agosto de 1997, p.16.)
Numa conversação informal, um falante despreocupado com a norma culta do idioma
possivelmente omitiria a preposição destacada na frase
a) "O animal de estimação eletrônico virou mania." (linhas 02 a 04).
b) "misto de chaveiro e computador, o bicho é na verdade um ser inexistente." (linhas 05 e
06).
c) "A televisão não pára de insistir: é Dia dos Pais" (linhas 27 e 28).
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d) "A tela do telefone celular dá conta de que a pilha está fraca." (linha 29 e 30).
e) "Do outro lado das telas (...) outros milhões de uns quaisquer." (linhas 33 a 35).
Questão 74
(PUC-RS)
01 Num país como o Brasil, onde a
02 pobreza faz com que a televisão seja a
03 principal fonte de informação e
04 entretenimento, ela desempenha um papel
05 fundamental na vida de milhões e milhões
06 de pessoas. A televisão não é um espelho
07 neutro, objetivo, do que se passa na
08 sociedade. Ela também contribui para
09 divulgar modelos de comportamento,
10 orientar atitudes e impor padrões de
11 moralidade. Novelas, noticiários, filmes,
12 programas humorísticos entram nas casas
13 e seus personagens, conflitos e problemas
14 passam a fazer parte da vida das pessoas.
15 É um poder formidável que, exercido com
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16 sabedoria, além de divertir e entreter,
17 serviria para melhorar o país.
18 O passado já ensinou que a censura
19 não é, nem de longe, a maneira mais
20 adequada de se ter uma programação
21 melhor. A censura serviu tão-somente para
22 desinformar a população, acobertar crimes
23 e manter no poder políticos que chegaram
24 a ele sem ter sido eleitos. A boa televisão
25 só pode existir com liberdade. Entretanto,
26 nos últimos tempos, diversas vozes vêm
27 protestando contra os excessos cometidos
28 pelas emissoras de televisão. Não é
29 preciso ser um extremista puritano para
30 perceber que, muitas vezes, cenas de
31 violência gratuita, erotismo e grotesca
32 vulgaridade são mostradas em profusão,
33 bem cedo na noite. A alternativa do
34 telespectador pode ser a de mudar de
35 canal, mas quando a concorrência entre as
36 emissoras se acirra, o nível mais baixo
37 costuma se tornar norma. Se a censura
38 não é o caminho, o que fazer diante
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39 da apelação?
(Veja, Carta ao leitor, 10 de fevereiro de 1993, p.17.)
A idéia de processo __________, presente na forma verbal "vêm protestando" (linhas 26 e
27), seria mantida caso esta fosse substituída por __________ .
a) não concluído / " têm protestado"
b) concluído / "protestaram"
c) descontínuo / "protestavam"
d) anterior / "tinham protestado"
e) posterior / "teriam protestado"
Questão 75
(UFPB) Das características abaixo:
I. Distanciamento com vistas ao enfoque objetivo do real.
II. Uso da antítese, do paradoxo e da ordem inversa.
III. Jogo de palavras e de idéias como recurso expressivo.
aplica(m)-se ao Barroco
a) apenas I.
b) apenas II.
c) apenas III.
d) I e II.
e) II e III.
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Questão 76
(PUC-MG) A QUESTÃO APRESENTA TRECHOS DE TEXTOS QUE PERTENCEM A
DETERMINADO ESTILO DE ÉPOCA. RELACIONE CADA TRECHO AO SEU
RESPECTIVO ESTILO, DE ACORDO COM AS INFORMAÇÕES CONTIDAS NAS
ALTERNATIVAS A SEGUIR.
"Que és terra, homem, e em terra hás de tornar-te,
Te lembra hoje Deus por sua igreja;
De pó te fez espelho, em que se veja
A vil matéria, de que quis formar-te."
a) Barroco:
homem barroco é angustiado, vive entre religiosidade e paganismo, espírito e matéria,
perdão e pecado. As obras refletem tal dualismo, permeado pela instabilidade das coisas.
b) Arcadismo:
Em oposição ao Barroco, esse estilo procura atingir o ideal de simplicidade. Os árcades
buscam na natureza o ideal de uma vida simples, bucólica, pastoril.
c) Romantismo:
A arte romântica valoriza o folclórico, o nacional, que se manifesta pela exaltação da
natureza pátria, pelo retorno ao passado histórico e pela criação do herói nacional.
d) Parnasianismo:
A poesia é descritiva, com exatidão e economia de imagens e metáforas.
e) Modernismo:
Original e polêmico, o nacionalismo nele se manifesta pela busca de uma língua brasileira e
informal, pelas paródias e pela valorização do índio verdadeiramente brasileiro.
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Questão 77
(PUC-MG) A QUESTÃO APRESENTA TRECHOS DE TEXTOS QUE PERTENCEM A
DETERMINADO ESTILO DE ÉPOCA. RELACIONE CADA TRECHO AO SEU
RESPECTIVO ESTILO, DE ACORDO COM AS INFORMAÇÕES CONTIDAS NAS
ALTERNATIVAS A SEGUIR.
"Sou pastor, não te nego; os meus montados
São esses, que aí vês; vivo contente
Ao trazer entre a relva florescente
A doce companhia dos meus gados."
a) Barroco:
homem barroco é angustiado, vive entre religiosidade e paganismo, espírito e matéria,
perdão e pecado. As obras refletem tal dualismo, permeado pela instabilidade das coisas.
b) Arcadismo:
Em oposição ao Barroco, esse estilo procura atingir o ideal de simplicidade. Os árcades
buscam na natureza o ideal de uma vida simples, bucólica, pastoril.
c) Romantismo:
A arte romântica valoriza o folclórico, o nacional, que se manifesta pela exaltação da
natureza pátria, pelo retorno ao passado histórico e pela criação do herói nacional.
d) Parnasianismo:
A poesia é descritiva, com exatidão e economia de imagens e metáforas.
e) Modernismo:
Original e polêmico, o nacionalismo nele se manifesta pela busca de uma língua brasileira e
informal, pelas paródias e pela valorização do índio verdadeiramente brasileiro.
Questão 78
(UFPA) erro de português
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Quando o português chegou
Debaixo de uma bruta chuva
Vestiu o índio
Que pena!
Fosse uma manhã de sol
O índio tinha despido
O português
(Andrade, Oswald de. erro de português. In: Poesias Reunidas. Rio de Janeiro, Civilização
Brasileira, 1978.)
Das afirmações propostas abaixo, a correta é
a) Apesar da reduzida pontuação, podem-se identificar na estrutura do texto três períodos
simples.
b) Ocorre frase nominal no último verso.
c) Há somente uma oração subordinada no texto, a saber: Quando o português chegou
debaixo de uma bruta chuva.
d) A ordenação das orações no período Quando o português chegou debaixo de uma bruta
chuva / vestiu o índio obedece à ordem direta.
e) A oração O índio tinha despido o português, em um nível mais elaborado de linguagem,
poderia ter sido assim escrita: O índio teria despido o português.
Questão 79
(UFPA) erro de português
Quando o português chegou
Debaixo de uma bruta chuva
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Vestiu o índio
Que pena!
Fosse uma manhã de sol
O índio tinha despido
O português
(Andrade, Oswald de. erro de português. In: Poesias Reunidas. Rio de Janeiro, Civilização
Brasileira, 1978.)
A opção correta de reescrever a frase "Fosse uma manhã de sol / o índio tinha despido o
português", sem alterar o sentido que apresenta no texto, está na alternativa
a) Mesmo que fosse uma manhã de sol
índio tinha despido o português
b) Posto que fosse uma manhã de sol
o índio tinha despido o português
c) Ainda que fosse uma manhã de sol
o índio tinha despido o português
d) Caso fosse uma manhã de sol
o índio tinha despido o português
e) Fosse uma manhã de sol
nem o índio tinha despido o português
Questão 80
(UERJ) TEXTO I
01 Falo a ti – doce virgem dos meus sonhos,
02 Visão dourada dum cismar tão puro,
03 Que sorrias por noites de vigília
04 Entre as rosas gentis do meu futuro.
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05 Tu m’inspiraste, oh musa do silêncio,
06 Mimosa flor da lânguida saudade!
07 Por ti correu meu estro ardente e louco
08 Nos verdores febris da mocidade.
09 Tu, que foste a vestal dos sonhos d’ouro,
10 O anjo-tutelar dos meus anelos,
11 Estende sobre mim as asas brancas...
12 Desenrola os anéis dos teus cabelos!
(20/08/1859)
(ABREU, Casimiro. Obras. Rio de Janeiro: MEC, 1955, p. 49-50.)
TEXTO II
01 Sempre que se agita esta questão das reivindicações femininas, escovam-se os velhos
02 chavões, e, com um grande ar de importância, os filósofos decidem sem apelação que a
mulher
03 não pode ser mais do que o anjo do lar, a vestal encarregada de vigiar o fogo sagrado, a
04 depositária das tradições da família... e das chaves da despensa. Todo esse dispêndio de
palavras
05 inúteis serve apenas para encobrir a fealdade da única razão séria que podemos
apresentar
06 contra as pretensões das mulheres: o nosso egoísmo, o receio que temos de que nos
despojem
07 das nossas prerrogativas seculares – o medo de perder as posições, as regalias, as honras
que o
08 preconceito bárbaro confiou exclusivamente ao nosso século. Compreende-se: quem se
habituou
09 a empunhar o bastão do comando não se resigna facilmente a passá-lo a outras mãos: é
mais
10 fácil deixar a vida do que deixar o poder.
(18/08/1901)
(BILAC, Olavo. Vossa Insolência. São Paulo: Cia. das Letras, 1997, p. 313)
TEXTO III
01 O mal de Isaías é ser ambíguo. Ser e não-ser. Não é índio, nem cristão. Não é homem,
02 nem deixa de ser, coitado. Ser dois é não ser nenhum. Mas está acima de suas forças. Ele
não
03 pode deixar de participar de um nós comigo que é excludente dos mairuns e que quase
me
04 ofende. Também não pode sentir consigo mesmo que ele é apenas um mairum entre os
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outros. O
05 pobre não pára de escarafunchar a cuca, se aclarando e se confundindo cada vez mais.
Este
06 casamento com Inimá. Será que ele gosta dela? (...)
07 Outro dia fiquei muito tempo atrás dele, no pátio, confundida com toda gente que se
junta
08 ali, na hora do pôr do sol, para comer e conversar. Vi bem que ele não falava com
ninguém e que
09 ninguém falava com ele. Nem Inimá. Ouvi depois, ouvi bem que ele murmurava
sozinho. Cheguei
10 mais perto e ouvi melhor; era uma ladainha em latim, como as de meu pai:
11 Tra-lá-lá, ora pro nobis
12 Tre-lé-lé, ora pro nobis
13 Vamos ver se, agora de noite, nesse balanço de rede, eu me esqueço dos outros para
14 pensar em mim. Preciso me concentrar no meu problema. Tentei pensar o dia inteiro,
sem
15 conseguir. Há dias que é assim. Até parece que já não sou capaz. Será a gravidez que me
deixa
16 lânguida? De onde virá essa lassidão? Estou grávida e não sei de quem. Vou parir aqui
entre os
17 mairuns, este é o problema. Se problema existe, porque isto bem pode ser uma solução.
Com
18 um filho crescendo mairum eu não me integraria mais nesse mundo que eu quero fazer
meu? Ser
19 a mãe de fulaninho não será para mim como para um homem ser o pai de fulano? Os
homens
20 aqui mudam de nome quando têm um filho homem. Maxihú é o pai de Maxi. Teró por
muito
21 tempo foi Jaguarhú. Eu seria Iuicuihí se minha filha se chamasse Iuicui? Ou Mairahú se
meu filho
22 pudesse chamar-se Maíra? Será que pode? Melhor é que seja menina: Iuicui.
(RIBEIRO, Darcy. Maíra. Rio de Janeiro: Record, 1990, p. 372-3.)
"Melhor é que seja menina" (texto III – linha c)
A palavra sublinhada introduz uma oração substantiva, não podendo ser analisada como
pronome relativo. Um dos trechos abaixo, porém, contém exemplo de um "que" relativo.
Esse exemplo está indicado em:
a) "dum cismar tão puro, que sorrias por noites de vigília" (texto I – versos 2 e 3)
b) "Sempre que se agita esta questão das reivindicações femininas" (texto II – linha 1)
c) "a única razão séria que podemos apresentar contra as pretensões" (texto II – linhas 5 e
6)
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d) "Até parece que já não sou capaz" (texto III – linha 15)
Questão 81
(UERJ) TEXTO III
LADAINHA I
01 Por se tratar de uma ilha deram-lhe o nome
02 de ilha de Vera Cruz.
03 Ilha cheia de graça
04 Ilha cheia de pássaros
05 Ilha cheia de luz.
06 Ilha verde onde havia
07 mulheres morenas e nuas
08 anhangás a sonhar com histórias de luas
09 e cantos bárbaros de pajés em poracés batendo os pés.
10 Depois mudaram-lhe o nome
11 pra terra de Santa Cruz.
12 Terra cheia de graça
13 Terra cheia de pássaros
14 Terra cheia de luz.
15 A grande Terra girassol onde havia guerreiros de tanga e onças ruivas deitadas à sombra
das árvores mosqueadas de sol.
16 Mas como houvesse, em abundância,
17 certa madeira cor de sangue cor de brasa
18 e como o fogo da manhã selvagem
19 fosse um brasido no carvão noturno da paisagem,
20 e como a Terra fosse de árvores vermelhas
21 e se houvesse mostrado assaz gentil,
22 deram-lhe o nome de Brasil.
23 Brasil cheio de graça
24 Brasil cheio de pássaros
25 Brasil cheio de luz.
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(Ricardo, Cassiano. Seleta em prosa e verso. Rio de Janeiro: José Olympio, 1975.)
"Por se tratar de uma ilha deram-lhe o nome
de ilha de Vera Cruz." (texto III - versos 1 e 2)
A oração sublinhada introduz uma circunstância de:
a) causa
b) condição
c) concessão
d) comparação
Questão 82
(UERJ) TEXTO III
LADAINHA I
01 Por se tratar de uma ilha deram-lhe o nome
02 de ilha de Vera Cruz.
03 Ilha cheia de graça
04 Ilha cheia de pássaros
05 Ilha cheia de luz.
06 Ilha verde onde havia
07 mulheres morenas e nuas
08 anhangás a sonhar com histórias de luas
09 e cantos bárbaros de pajés em poracés batendo os pés.
10 Depois mudaram-lhe o nome
11 pra terra de Santa Cruz.
12 Terra cheia de graça
13 Terra cheia de pássaros
14 Terra cheia de luz.
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15 A grande Terra girassol onde havia guerreiros de tanga e onças ruivas deitadas à sombra
das árvores mosqueadas de sol.
16 Mas como houvesse, em abundância,
17 certa madeira cor de sangue cor de brasa
18 e como o fogo da manhã selvagem
19 fosse um brasido no carvão noturno da paisagem,
20 e como a Terra fosse de árvores vermelhas
21 e se houvesse mostrado assaz gentil,
22 deram-lhe o nome de Brasil.
23 Brasil cheio de graça
24 Brasil cheio de pássaros
25 Brasil cheio de luz.
(Ricardo, Cassiano. Seleta em prosa e verso. Rio de Janeiro: José Olympio, 1975.)
" ... e como a Terra fosse de árvores vermelhas
e se houvesse mostrado assaz gentil,
deram-lhe o nome de Brasil." (texto III - versos 20 a c)
O valor morfossintático da palavra "se" na penúltima estrofe está repetido em:
a) "Rosas te brotarão da boca, se cantares!" (Olavo Bilac)
b) "Vou expor-te um plano; quero saber se o aprovas." (Artur Azevedo)
c) "Todas as palavras são inúteis, desde que se olha para o céu." (Cecília Meireles)
d) "Cada um deles se incumbia de fazer porção de requerimentos." (Mário Palmério)
Questão 83
(UERJ) TEXTO I
01 Escreverei minhas Memórias, fato mais freqüentemente do que se pensa observado no
mundo
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02 industrial, artístico, científico e sobretudo no mundo político, onde muita gente boa se
faz elogiar e
03 aplaudir em brilhantes artigos biográficos tão espontâneos, como os ramalhetes e as
coroas de flores
04 que as atrizes compram para que lhos atirem na cena os comparsas comissionados.
05 Eu reputo esta prática muito justa e muito natural; porque não compreendo amor e ainda
amor
06 apaixonado mais justificável do que aquele que sentimos pela nossa própria pessoa.
07 O amor do eu é e sempre será a pedra angular da sociedade humana, o regulador dos
sentimentos,
08 o móvel das ações, e o farol do futuro: do amor do eu nasce o amor do lar doméstico,
deste o amor do
09 município, deste o amor da província, deste o amor da nação, anéis de uma cadeia de
amores que os
10 tolos julgam que sentem e tomam ao sério, e que certos maganões envernizam,
mistificando a
11 humanidade para simular abnegação e virtudes que não têm no coração e que eu com a
minha
12 exemplar franqueza simplifico, reduzindo todos à sua expressão original e verdadeira, e
dizendo, lar,
13 município, província, nação, têm a flama dos amores que lhes dispenso nos reflexos do
amor em que
14 me abraso por mim mesmo: todos eles são o amor do eu e nada mais. A diferença está
em simples
15 nuanças determinadas pela maior ou menor proporção dos interesses e das
conveniências materiais
16 do apaixonado adorador de si mesmo.
(Macedo, Joaquim Manuel de. Memórias do sobrinho de meu tio. São Paulo:
Companhia das Letras, 1995.)
TEXTO II
01 Já dois anos se passaram longe da pátria. Dois anos! Diria dois séculos. E durante este
tempo
02 tenho contado os dias e as horas pelas bagas do pranto que tenho chorado. Tenha
embora Lisboa os
03 seus mil e um atrativos, ó eu quero a minha terra; quero respirar o ar natal (...). Nada há
que valha a
04 terra natal. Tirai o índio do seu ninho e apresentai-o d’improviso em Paris: será por um
momento
05 fascinado diante dessas ruas, desses templos, desses mármores; mas depois falam-lhe ao
coração as
06 lembranças da pátria, e trocará de bom grado ruas, praças, templos, mármores, pelos
campos de sua
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07 terra, pela sua choupana na encosta do monte, pelos murmúrios das florestas, pelo correr
dos seus
08 rios. Arrancai a planta dos climas tropicais e plantai-a na Europa: ela tentará reverdecer,
mas cedo
09 pende e murcha, porque lhe falta o ar natal, o ar que lhe dá vida e vigor. Como o índio,
prefiro a
10 Portugal e ao mundo inteiro, o meu Brasil, rico, majestoso, poético, sublime. Como a
planta dos
11 trópicos, os climas da Europa enfezam-me a existência, que sinto fugir no meio dos
tormentos da
12 saudade.
(Abreu, Casimiro de. Obras de Casimiro de Abreu. Rio de Janeiro: MEC, 1955.)
TEXTO III
LADAINHA I
01 Por se tratar de uma ilha deram-lhe o nome
02 de ilha de Vera Cruz.
03 Ilha cheia de graça
04 Ilha cheia de pássaros
05 Ilha cheia de luz.
06 Ilha verde onde havia
07 mulheres morenas e nuas
08 anhangás a sonhar com histórias de luas
09 e cantos bárbaros de pajés em poracés batendo os pés.
10 Depois mudaram-lhe o nome
11 pra terra de Santa Cruz.
12 Terra cheia de graça
13 Terra cheia de pássaros
14 Terra cheia de luz.
15 A grande Terra girassol onde havia guerreiros de tanga e onças ruivas deitadas à sombra
das árvores mosqueadas de sol.
16 Mas como houvesse, em abundância,
17 certa madeira cor de sangue cor de brasa
18 e como o fogo da manhã selvagem
19 fosse um brasido no carvão noturno da paisagem,
20 e como a Terra fosse de árvores vermelhas
21 e se houvesse mostrado assaz gentil,
22 deram-lhe o nome de Brasil.
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23 Brasil cheio de graça
24 Brasil cheio de pássaros
25 Brasil cheio de luz.
(Ricardo, Cassiano. Seleta em prosa e verso. Rio de Janeiro: José Olympio, 1975.)
Nos trechos abaixo, está sublinhado um sintagma formado de substantivo e adjetivo.
A única alternativa em que a inversão das duas palavras também poderia inverter sua classe
gramatical é:
a) "... reduzindo todos à sua expressão original ..." (texto I – linha 12)
b) "... conveniências materiais do apaixonado adorador de si mesmo." (texto I - linhas 15 e
16)
c) "Arrancai a planta dos climas tropicais e plantai-a na Europa ..." (texto II - linha 8)
d) "... a sonhar com histórias de luas e cantos bárbaros de pajés ..." (texto III - versos 8 e
9)
Questão 84
(UFRRJ) TEXTO
Os Sertões
Canudos não se rendeu. Exemplo único em toda a História, resistiu até o esgotamento
completo. Expugnado palmo a palmo, na precisão integral do termo, caiu no dia 5, ao
entardecer, quando caíram, os seus últimos defensores, que todos morreram. Eram quatro
apenas: um velho, dois homens feitos e uma criança, na frente dos quais rugiam
raivosamente cinco mil soldados.
Forremo-nos à tarefa de descrever os seus últimos momentos. Nem poderíamos fazê-lo.
Esta página, imaginamo-la sempre profundamente emocionante e trágica; mas cerramo-la
vacilante e sem brilhos.
Vimos como quem vinga uma montanha altíssima. No alto, a par de uma perspectiva maior,
a vertigem…
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Ademais não desafiaria a incredulidade do futuro a narrativa de pormenores em que se
amostrassem mulheres precipitando-se nas fogueiras dos próprios lares, abraçadas aos
filhos pequeninos?…
E de que modo comentaríamos, com a só fragilidade da palavra humana, o fato singular de
não aparecerem mais, desde a manhã de 3, os prisioneiros válidos colhidos na véspera, e
entre eles aquele Antônio Beatinho que se nos entregara, confiante - e a quem devemos
preciosos esclarecimentos sobre esta fase obscura da nossa História?
Caiu o arraial a 5. No dia 6 acabaram de o destruir desmanchando-lhe as casas, 5200,
cuidadosamente contadas.
(In: CUNHA, Euclides da. Os Sertões. São Paulo. Cultrix / INL, 1975.p.393. 2a ed.)
Vocabulário
Forrar-se - esquivar-se; livrar-se.Vingar - atingir; galgar; alcançar a.
Tem o mesmo valor semântico do pronome "lhe", em "desmanchando-lhe as casas" (l.
18), o pronome sublinhado em
a) Durante a missa aconteceu-lhe um imprevisto.
b) Como estava atrasado, emprestei-lhe o carro.
c) Para ajudá-lo, comprei-lhe a rifa.
d) A comissão julgadora concedeu-lhe o prêmio máximo.
e) Ao perceber o engano, o homem pediu-lhe desculpas.
Questão 85
(UFRRJ) Na frase "Forremo-nos à tarefa de descrever os seus últimos momentos.", o
acento grave se justifica porque "a tarefa" é
a) sujeito e, portanto, é precedido de preposição.
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b) objeto direto e, portanto, não é antecedido de preposição.
c) objeto indireto e, portanto, é antecedido de preposição.
d) complemento nominal, antecedido de preposição.
e) complemento verbal, seguido de preposição.
Questão 86
(UFRRJ) TEXTO
Lira XXX
Junto a uma clara fonte
a mãe do Amor se sentou;
encostou na mão o rosto,
no leve sono pegou.
Cupido, que a viu de longe,
contente ao lugar correu;
cuidando que era Marília,
na face um beijo lhe deu.
Acorda Vênus irada:
Amor a conhece; e então,
da ousadia que teve
assim lhe pede perdão:
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- Foi fácil, ó mãe formosa,
foi fácil o engano meu;
que o semblante de Marília
é todo o semblante teu.
(In: GONZAGA, Tomás Antônio. Marília de Dirceu. Rio de Janeiro, Edições de Ouro,
[s/d].p.86-87.)
A reação de Vênus, descrita no poema, se deve ao fato de ter sido
a) confundida por Cupido.
b) acordada por Amor.
c) reconhecida por Amor.
d) identificada por Cupido.
e) comparada com Marília.
Questão 87
(UFRRJ) TEXTO
Lira XXX
Junto a uma clara fonte
a mãe do Amor se sentou;
encostou na mão o rosto,
no leve sono pegou.
Cupido, que a viu de longe,
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contente ao lugar correu;
cuidando que era Marília,
na face um beijo lhe deu.
Acorda Vênus irada:
Amor a conhece; e então,
da ousadia que teve
assim lhe pede perdão:
- Foi fácil, ó mãe formosa,
foi fácil o engano meu;
que o semblante de Marília
é todo o semblante teu.
(In: GONZAGA, Tomás Antônio. Marília de Dirceu. Rio de Janeiro, Edições de Ouro,
[s/d].p.86-87.)
No texto, o engano de Cupido pode ser antevisto em
a) "Cupido, que a viu de longe,"
b) "cuidando que era Marília,"
c) "Junto a uma clara fonte"
d) "e então, da ousadia que teve"
e) "Amor a conhece"
Questão 88
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(UFRRJ) Nos versos
"cuidando que era Marília
"da ousadia que teve
assim lhe pede perdão"
"que o semblante de Marília
é todo o semblante teu."
A classe gramatical das palavras sublinhadas é, respectivamente,
a) pronome relativo - pronome relativo - conjunção integrante.
b) conjunção integrante - pronome relativo - conjunção explicativa.
c) conjunção explicativa - pronome relativo - conjunção integrante.
d) conjunção integrante - pronome relativo - conjunção integrante.
e) conjunção integrante - conjunção integrante - conjunção explicativa.
Questão 89
(UFRRJ) A preocupação com a forma poética é evidente no texto. Isto pode ser
comprovado porque
a) há uma nítida utilização da métrica e da rima.
b) há frases escritas na ordem inversa.
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c) algumas palavras são grafadas com letra maiúscula.
d) os personagens são envolvidos pela beleza e pelo amor.
e) a última estrofe é marcada pelo vocativo.
Questão 90
(UFRRJ) TEXTO
CORRIDINHO
01 O amor quer abraçar e não pode.
02 A multidão em volta,
03 com seus olhos cediços,
04 põe caco de vidro no muro
05 para o amor desistir.
06 O amor usa o correio,
07 o correio trapaceia,
08 a carta não chega,
09 o amor fica sem saber se é ou não é.
10 O amor pega o cavalo,
11 desembarca do trem,
12 chega na porta cansado
13 de tanto caminhar a pé.
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14 Fala a palavra açucena,
15 pede água, bebe café,
16 dorme na sua presença,
17 chupa bala de hortelã.
18 Tudo manha, truque, engenho:
19 É descuidar, o amor te pega,
20 te come, te molha todo.
21 Mas água o amor não é.
PRADO, Adélia. O coração disparado. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1977.
A oração que apresenta a idéia de causalidade é
a) "para o amor desistir."(v.5)
b) "...sem saber..."(v.9)
c) "desembarca do trem,"(v.b)
d) "de tanto caminhar a pé."(v.13)
e) "Mas água o amor não é."(v.21)
Questão 91
(UFRRJ) "... digo o que me pareceu..." Quanto à função sintática os termos sublinhados
são, respectivamente:
a) objeto direto - objeto direto - objeto direto .
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b) objeto direto – sujeito – objeto indireto.
c) sujeito – sujeito – complemento nominal.
d) objeto indireto – sujeito – objeto indireto.
e) adjunto adnominal – objeto indireto – objeto direto.
Questão 92
(UFRRJ) TEXTO
Falando em leitura...
1 Falando em leitura, podemos ter em mente alguém lendo jornal, revista, folheto, mas o
mais comum é
02 pensarmos em leitura de livros. E quando se diz que uma pessoa gosta de ler, "vive
lendo", talvez seja rato de
03 biblioteca ou consumidor de romances, histórias em quadrinhos, fotonovelas. (...) Sem
dúvida, o ato de ler é
04 usualmente relacionado com a escrita, e o leitor visto como decodificador da letra.
Bastará porém decifrar
05 palavras para acontecer a leitura? Como explicaríamos as expressões de uso corrente
"fazer a leitura"de um
06 gesto, de uma situação; "ler o olhar de alguém", "ler o tempo"; "ler o espaço", indicando
que o ato de ler vai
07 além da escrita?
08 Se alguém na rua me dá um encontrão, minha reação pode ser de mero desagrado, diante
de uma batida
09 casual, ou de franca defesa, diante de um empurrão proposital. Minha resposta a esse
incidente revela meu modo
10 de lê-lo. Outra coisa: às vezes passamos anos vendo objetos comuns, um vaso, um
cinzeiro, sem jamais tê-los de
11 fato enxergado; limitamo-los à sua função decorativa ou utilitária. Um dia, por motivos
os mais diversos, nos
12 encontramos diante de um deles como se fosse algo totalmente novo. O formato, a cor, a
figura que representa,
13 seu conteúdo passam a ter sentido, melhor, a fazer sentido para nós.
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14 Só então se estabeleceu uma ligação efetiva entre nós e esse objeto. E consideramos sua
beleza ou feiúra, o
15 ridículo ou adequação ao ambiente em que se encontra, o material e as partes que o
compõem. (...)
16 (...) Será assim também que acontece com a leitura de um texto escrito?
17 Com freqüência nos contentamos, por economia ou preguiça, em ler superficilamente,
"passar os olhos",
18 como se diz. Não acrescentamos ao ato de ler algo mais de nós além do gesto mecânico
de decifrar os sinais.
19 Sobretudo se esses sinais não se ligam de imediato a uma experiência, uma fantasia,
uma necessidade nossa.
20 Reagimos assim ao que não nos interessa no momento. Um discurso político, uma
conversa, uma língua
21 estrangeira, uma aula expositiva, um quadro, uma peça musical, um livro. Sentimo-nos
isolados do processo de
22 comunicação que essas mensagens instauram – desligados. E a tendência natural é
ignorá-las ou rejeitá-las como
23 nada tendo a ver com a gente. Se o texto é visual, ficamos cegos a ele, ainda que nossos
olhos continuem a fixar
24 os sinais gráficos, as imagens. Se é sonoro, surdos. Quer dizer: não o lemos, não o
compreendemos, impossível
25 dar-lhe sentido porque ele diz muito pouco ou nada para nós.
26 Por essas razões, ao começarmos a pensar a questão da leitura, fica um mote que
agradeço a Paulo Freire:
27 "a leitura do mundo precede sempre a leitura da palavra e a leitura desta implica a
continuidade da leitura daquele".
MARTINS, Maria Helena. O que é leitura. São Paulo, Ática. p.7 - 10.
"Outra coisa: às vezes passamos anos vendo objetos comuns, um vaso, um cinzeiro, sem
jamais tê-los de fato enxergado; limitamo- los à sua função decorativa ou utilitária." (l. 10-
b)
Em relação às ocorrências do pronome pessoal oblíquo los, destacadas no fragmento acima,
é correto afirmar que, do ponto de vista sintático,
a) em ambas as ocorrências o pronome exerce a função de objeto indireto.
b) na primeira ocorrência o pronome exerce a função de objeto direto e na segunda, de
objeto indireto.
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c) na primeira ocorrência o pronome exerce a função de objeto indireto e na segunda, de
sujeito.
d) em ambas as ocorrências o pronome exerce a função de objeto direto.
e) na primeira ocorrência o pronome exerce a função de sujeito e na segunda, de objeto
direto.
Questão 93
(UFRRJ) TEXTO
BIBLIOTECA VERDE
01 Papai, me compra a Biblioteca Internacional de Obras Célebres.
02 São só 24 volumes encadernados
03 em percalina verde.
04 Meu filho, é livro demais para uma criança.
05 Compra assim mesmo, pai, eu cresço logo.
06 Quando crescer eu compro. Agora não.
07 Papai, me compra agora. É em percalina verde,
08 só 24 volumes. Compra, compra, compra.
09 Fica quieto, menino, eu vou comprar.
...............................................................................................
10 Chega cheirando a papel novo, mata
11 de pinheiros toda verde. Sou
12 o mais rico menino destas redondezas.
13 ( Orgulho, não; inveja de mim mesmo. )
14 Ninguém mais aqui possui a coleção
15 das Obras Célebres. Tenho de ler tudo.
16 Antes de ler, que bom passar a mão
17 no som da percalina, esse cristal
18 de fluida transparência: verde, verde.
19 Amanhã começo a ler. Agora não.
...............................................................................................
20 Mas leio, leio. Em filosofias
21 tropeço e caio, cavalgo de novo
22 meu verde livro, em cavalarias
23 me perco, medievo; em contos, poemas
24 me vejo viver. Como te devoro,
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25 verde pastagem. Ou antes carruagem
26 de fugir de mim e me trazer de volta
27 à casa a qualquer hora num fechar
28 de páginas?
29 Tudo que sei é que ela que me ensina.
30 O que saberei, o que não saberei
31 nunca,
32 está na Biblioteca em verde murmúrio
33 de flauta-percalina eternamente.
ANDRADE, Carlos Drummond de. Reunião . Rio de Janeiro, José Olympio, 1983.
p.672-673.
Recurso gramatical utilizado pelo autor para reproduzir um diálogo pode ser demonstrado
através
a) do emprego de verbos irregulares.
b) das construções com uso de vocativos.
c) da predominância de orações coordenadas.
d) do emprego de verbos no modo imperativo.
e) do uso do pronome oblíquo na primeira pessoa do singular.
Questão 94
(UFRRJ) TEXTO
BIBLIOTECA VERDE
01 Papai, me compra a Biblioteca Internacional de Obras Célebres.
02 São só 24 volumes encadernados
03 em percalina verde.
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04 Meu filho, é livro demais para uma criança.
05 Compra assim mesmo, pai, eu cresço logo.
06 Quando crescer eu compro. Agora não.
07 Papai, me compra agora. É em percalina verde,
08 só 24 volumes. Compra, compra, compra.
09 Fica quieto, menino, eu vou comprar.
...............................................................................................
10 Chega cheirando a papel novo, mata
11 de pinheiros toda verde. Sou
12 o mais rico menino destas redondezas.
13 ( Orgulho, não; inveja de mim mesmo. )
14 Ninguém mais aqui possui a coleção
15 das Obras Célebres. Tenho de ler tudo.
16 Antes de ler, que bom passar a mão
17 no som da percalina, esse cristal
18 de fluida transparência: verde, verde.
19 Amanhã começo a ler. Agora não.
...............................................................................................
20 Mas leio, leio. Em filosofias
21 tropeço e caio, cavalgo de novo
22 meu verde livro, em cavalarias
23 me perco, medievo; em contos, poemas
24 me vejo viver. Como te devoro,
25 verde pastagem. Ou antes carruagem
26 de fugir de mim e me trazer de volta
27 à casa a qualquer hora num fechar
28 de páginas?
29 Tudo que sei é que ela que me ensina.
30 O que saberei, o que não saberei
31 nunca,
32 está na Biblioteca em verde murmúrio
33 de flauta-percalina eternamente.
ANDRADE, Carlos Drummond de. Reunião . Rio de Janeiro, José Olympio, 1983.
p.672-673.
"(...). Tenho de ler tudo." (v. 15)
"Mas leio, leio. Em filosofias / tropeço e caio, cavalgo de novo" (v. 20/21)
Os empregos do verbo ler nos versos acima permite classificá-los, respectivamente, como:
a) transitivo direto e intransitivo.
b) transitivo direto e transitivo indireto.
c) transitivo indireto e verbo de ligação.
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d) intransitivo e transitivo indireto.
e) verbo de ligação e transitivo direto.
Questão 95
(UFRRJ) TEXTO
BIBLIOTECA VERDE
01 Papai, me compra a Biblioteca Internacional de Obras Célebres.
02 São só 24 volumes encadernados
03 em percalina verde.
04 Meu filho, é livro demais para uma criança.
05 Compra assim mesmo, pai, eu cresço logo.
06 Quando crescer eu compro. Agora não.
07 Papai, me compra agora. É em percalina verde,
08 só 24 volumes. Compra, compra, compra.
09 Fica quieto, menino, eu vou comprar.
...............................................................................................
10 Chega cheirando a papel novo, mata
11 de pinheiros toda verde. Sou
12 o mais rico menino destas redondezas.
13 ( Orgulho, não; inveja de mim mesmo. )
14 Ninguém mais aqui possui a coleção
15 das Obras Célebres. Tenho de ler tudo.
16 Antes de ler, que bom passar a mão
17 no som da percalina, esse cristal
18 de fluida transparência: verde, verde.
19 Amanhã começo a ler. Agora não.
...............................................................................................
20 Mas leio, leio. Em filosofias
21 tropeço e caio, cavalgo de novo
22 meu verde livro, em cavalarias
23 me perco, medievo; em contos, poemas
24 me vejo viver. Como te devoro,
25 verde pastagem. Ou antes carruagem
26 de fugir de mim e me trazer de volta
27 à casa a qualquer hora num fechar
28 de páginas?
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29 Tudo que sei é que ela que me ensina.
30 O que saberei, o que não saberei
31 nunca,
32 está na Biblioteca em verde murmúrio
33 de flauta-percalina eternamente.
ANDRADE, Carlos Drummond de. Reunião . Rio de Janeiro, José Olympio, 1983.
p.672-673.
"de fugir de mim e me trazer de volta
à casa a qualquer hora num fechar
de páginas?" ( v. 26-28 )
Nos versos acima, a presença do acento grave revela respeito às regras de
a) colocação pronominal.
b) regência verbal.
c) concordância verbal.
d) concordância nominal.
e) regência nominal.
Questão 96
(UFSCAR) O cajueiro já devia ser velho quando nasci. Ele vive nas mais antigas
recordações de minha infância: belo, imenso, no alto do morro, atrás de casa. Agora vem
uma carta dizendo que ele caiu.
Eu me lembro do outro cajueiro que era menor, e morreu há muito mais tempo. Eu me
lembro dos pés de pinha, do cajá-manga, da grande touceira de espadas-de-são-jorge (que
nós chamávamos simplesmente "tala") e da alta saboneteira que era nossa alegria e a
cobiça de toda a meninada do bairro, porque fornecia centenas de bolas pretas para o
jogo de gude. Lembro-me da tamareira, e de tantos arbustos e folhagens coloridas,
lembro-me da parreira que cobria o caramanchão, e dos canteiros de flores humildes,
"beijos", violetas. Tudo sumira; mas o grande pé de fruta- pão ao lado de casa e o imenso
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cajueiro lá no alto eram como árvores sagradas protegendo a família. Cada menino que ia
crescendo ia aprendendo o jeito de seu tronco, a cica de seu fruto, o lugar melhor para
apoiar o pé e subir pelo cajueiro acima, ver de lá o telhado das casas do outro lado e os
morros além, sentir o leve balanceio na brisa da tarde.
(Rubem Braga: Cajueiro. In: O Verão e as Mulheres. 5ª ed. Rio de Janeiro:
Record, 1991, p. 84-5.)
Há no texto orações reduzidas de gerúndio e de infinitivo. Assinale a alternativa em que a
forma verbal da oração reduzida está desenvolvida corretamente, entre parênteses.
a) ... protegendo a família (que protegiam a família).
b) ... para apoiar o pé ... (porque apoiaria o pé).
c) ... e subir pelo cajueiro acima ... (e que subiria pelo cajueiro acima).
d) ... ver de lá o telhado das casas do outro lado e os morros além ... (para que veja de lá o
telhado das casas do outro lado e os morros além).
e) ... sentir o leve balanceio da brisa da tarde (quando sentisse o leve balanceio da brisa
da tarde).
Questão 97
(UFSCAR) Tu amarás outras mulheres
E tu me esquecerás!
É tão cruel, mas é a vida. E no entretanto
Alguma coisa em ti pertence-me!
Em mim alguma coisa és tu.
O lado espiritual do nosso amor
Nos marcou para sempre.
Oh, vem em pensamento nos meus braços!
Que eu te afeiçoe e acaricie...
(Manuel Bandeira: A Vigília de Hero. In: O Ritmo Dissoluto. Poesia Completa e Prosa.
2a. ed. Rio de Janeiro: José Aguilar, l967, p. 224.)
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Manuel Bandeira usa, no poema, os pronomes pessoais com muitas variações. O pronome
pessoal de primeira pessoa do singular, por exemplo, está empregado na sua forma reta e
nas formas oblíquas (eu, me, mim). O mesmo acontece com o pronome pessoal de
a) segunda pessoa do singular.
b) terceira pessoa do singular.
c) primeira pessoa do plural.
d) segunda pessoa do plural.
e) terceira pessoa do plural.
Questão 98
(UFSCAR) Tu amarás outras mulheres
E tu me esquecerás!
É tão cruel, mas é a vida. E no entretanto
Alguma coisa em ti pertence-me!
Em mim alguma coisa és tu.
O lado espiritual do nosso amor
Nos marcou para sempre.
Oh, vem em pensamento nos meus braços!
Que eu te afeiçoe e acaricie...
(Manuel Bandeira: A Vigília de Hero. In: O Ritmo Dissoluto. Poesia Completa e Prosa.
2a. ed. Rio de Janeiro: José Aguilar, l967, p. 224.)
Há dois pronomes que exercem no texto mais de uma função sintática; um dos dois,
entretanto, admite uma análise diferente que elimina essa duplicidade funcio-nal. Desse
modo, a única forma pronominal que exerce mais de uma função sintática, sem
ambigüidade, é:
a) tu.
b) eu.
c) me.
d) nos.
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e) te.
Gabarito: 1-e 2-c 3-d 4-b 5-e 6-c 7-e 8-d 9-c 10-d 11-e 12-a 13-d 14-a 15-d 16-e 17-b 18-c 19-b 20-a
21-b 22-e 23-b 24-c 25-d 26-d 27-a 28-a 29-a 30-d 31-a 32-b 33-b 34-c 35-c 36-c 37-a 38-
vvvvf 39-vvffv 40-ffvvf 41-vvvff 42-vvfff 43-fvvff 44-ffffv 45-vfvvv 46-vvvvv 47-e 48-c
49-b 50-d 51-vvffv 52-vvvvv 53-fvfvf 54-a 55-c 56-d 57-e 58-vvfvf 59-vvvvf 60-e 61-
vffvv 62-c 63-c 64-d 65-c 66-c 67-d 68-a 69-a 70-a 71-c 72-a 73-d 74-a 75-e 76-a 77-b 78-
e 79-d 80-c 81-a 82-d 83-b 84-c 85-c 86-a 87-b 88-b 89-a 90-d 91-b 92-d 93-b 94-a 95-e
96-a 97-a 98-c