aprenda a calcular seu frete€¦ · o e-book aprenda a calcular seu frete está dividido em cinco...
TRANSCRIPT
APRENDA A CALCULAR SEU FRETE
Saiba como evitar que custos ocultos assassinem os ganhos da sua transportadora
Ficamos muito felizes pelo seu interesse em nosso e-book!
O cenário econômico está muito duro, o que faz com que em-presários acabem trabalhando muitas vezes abaixo do custo. Porém, mesmo com esta situação que, esperamos ser passa-geira, é preciso ter consciência dos seus custos.
Ter uma visão completa do que acontece nos números da empresa pode te guiar para encontrar mais facilmente uma solução. Por isso, nesta parceria entre o Frete com Lucro e a Truckpad, nós trouxemos tudo o que você precisa saber para fazer o cálculo de fretes sem erros.
Que bom que você está aqui :)
Existem diversas metodologias que propõem a ajudar empresas a calcular o frete. Algumas consideram que o cálculo deve ser feito por horas efetivas de prestação de serviços, por exemplo, enquanto outras optam por fazer essa conta em cima de quilo-metragem, como foi a nossa escolha para este eBook.
Todas elas estão certas, e cabe a você entender o que mais se aplica à realidade da sua empresa. O importante é que você saiba o que deve ser levado em conta na hora de dar um orça-mento para o cliente. Nisso todas as metodologias concordam, e é o que buscamos apresentar aqui.
Não deixe de fazer seus cálculos, e não pense que não existe uma solução pronta, como uma receita de bolo. Esse guia é apenas o início do caminho para realizar um trabalho de forma profissional e rentável.
Desejamos muito sucesso na sua jornada!
Dicas para ler este e-book!
Este guia foi feito em formato de PDF interativo, o que significa que, além do texto, você também vai en-contrar mais alguns recursos, que explicaremos a seguir:
Esses ícones pequenos do Facebook, Twitter e Google+ no canto direito superior de todas as páginas servem para compartilhar o material em suas redes sociais favoritas.
Então, se você gostar do conteúdo, pode com-partilhar facilmente com seus colegas de traba-lho e amigos.
O e-book Aprenda a calcular seu frete está dividido em cinco capítulos.
No Sumário, você pode clicar no título de cada capítulo para ir diretamente para a parte do guia que deseja ler ou seguir a leitura na ordem em que estruturamos.
E quando o texto estiver assim, quer dizer que ele é um link para uma página online externa onde você encontrará mais detalhes sobre aquele assunto. Você pode continuar a leitura ou clicar em cima da palavra marcada para saber mais antes de seguir em frente.
AD VALOREM
ROUBO
GENERALIDADES
OREM
Linknk
Ícones utilizados neste e-book
Para guiá-lo ao longo do cami-nho e apontar as informações importantes que você realmente precisa saber, deixamos ícones em algumas páginas.
DICA Esse ícone contém dicas e tru-ques, que você poderá usar na sua busca por vendas.
Se você não tomar cuidado com o conselho próximo a esses ícones, a situação pode complicar para o seu lado, então cuidado!
Lembre-se desses pontos impor-tantes de informação, e você será um profissional melhor nos seus resultados.
Esse ícone aponta sábios dizeres que você pode levar junto da sua jornada para fazer o cálculo de fre-tes da melhor forma possível.PÉR
OLA
DE SABEDORIA
SUM
ÁR
IO
INTRODUÇÃO7
PESO11
13CUSTOS VARIÁVEIS
28CUSTOS FIXOS DIRETOS
34CUSTOS FIXOS INDIRETOS
AD VALOREM43
ROUBO49
GENERALIDADES52
LUCRO56
CONCLUSÃO64
7
intr
od
uç
ão
CALCULAR O FRETE É A ÚNICA OPÇÃOA primeira coisa que você precisa saber sobre cálculo de fretes é: não importa se o mercado está em baixa e a concorrência está alta, se você não sabe exatamente quanto custa manter a sua frota na estrada, você corre sérios riscos de quebrar a sua transportadora.
De nada adianta procurar ter caminhões novos, treinar a sua equipe e prestar o melhor serviço se o preço que você está cobrando pelos serviços não consegue pagar totalmente a conta. Você, assim como nós, sabe que a crise está aí, e é pre-ciso muitas vezes se sujeitar a pegar fretes por valores que antes não aceitaria.
O problema é que, talvez você pense que estes fretes estão dando ao menos um pouco de lucro, mas e se você descobrir que, na verdade, você está no prejuízo?
A estratégia correta que você deve utilizar é a de atender da melhor forma possí-vel os seus clientes, mas para isso você precisa em primeiro lugar ter algum lucro com a operação. As empresas contratantes tendem a dar preferência pelos melho-res custos x benefícios, e não apenas para o mais barato.
8
intr
od
uç
ão
O QUE É PRECISO PARA CALCULAR?Para que você consiga fazer o cálculo de um frete, é preciso ter algumas informa-ções na sua mão. Essas informações dividem-se em dois grupos:
DICA Clique no quadro e vá dire- tamente onde você quer ler a respeito.
As informações do seu cliente você só terá quando ele te pedir para co-tar um novo frete.
INFORMAÇÕES DO SEU NEGÓCIO
INFORMAÇÕES DO SEU CLIENTE
9
O Q
UE
É PR
ECIS
OINFORMAÇÕES DO SEU NEGÓCIOOs custos abaixo precisam estar na palma da sua mão, assim como a evolução deles mês a mês.
CUSTOS FIXOS INDIRETOS
CUSTOS FIXOS DIRETOS
CUSTOS VARIÁVEIS
Clique nos quadrados e vá diretamente onde você quer ler a respeito.
DICA
10
COM
EÇA
ND
O O
CÁ
LCU
LO POR ONDE COMEÇAR?Existem 5 etapas a serem seguidas para fazer o cálcu-lo do frete, e cada uma delas é fundamental para que você tenha segurança no preço a cobrar do cliente.
DICA Na sequência do e-book, cada página terá uma marcação com uma das etapas acima. Com isso, você saberá exatamente em que etapa do cálculo você está.
AD VALOREM LUCRO
GENE-RALIDADESROUBO
11
AD VALOREM LUCRO
GENE-RALIDADESROUBO
AS 5 ETAPAS DO CÁLCULO DE FRETE
12
COM
EÇA
ND
O O
CÁ
LCU
LO COMPOSIÇÃO DO FRETE-PESO
Administração do negócio Veículo na estrada
CUSTOS DIRETOSCUSTOS INDIRETOS
CUSTOS VARIÁVEIS
CUSTOS FIXOS
13
CU
STO
S VA
RIÁ
VEI
S O CUSTO MAIS IMPORTANTECusto variável é definitivamente a conta que vai determinar o suces-so ou o fracasso do seu negócio de transporte rodoviário de cargas.
E, ainda assim, mesmo tendo cons-ciência desta importância, muitos donos de transportadoras e cami-nhoneiros autônomos não prestam a devida atenção nesse custo.
Se você está no time dos que prestam atenção nos custos variá-veis, saiba que está agindo como
alguém que quer vencer, mas não se sinta parabenizado por enquanto.
Precisamos entender juntos aqui se o que você está fazendo está certo e se está te trazendo as leituras corretas para enxergar possibilidade de econo-mia e cobrança do preço justo do frete.
Agora, se você ainda não tem uma ideia exata de como fazer este cálcu-lo, não se preocupe, pois hoje você sairá daqui com a certeza de como se deve calcular o custo variável.
14
Todo veículo de transporte tem cus-tos variáveis, independentemente de você ser um caminhoneiro autô-nomo ou dirigir uma transportadora.
É importante citar aqui que es-tes custos variam de acordo com o quanto sua frota roda, apesar de isso parecer algo óbvio.
Os custos variáveis que um veículo pode ter são os seguintes:
• Combustível: diesel, gasolina ou álcool
• Arla 32
• Pneus
• Manutenção do veículo
• Lubrificantes
• Lavagens e graxas
TIPOS DE CUSTO VARIÁVEL
CU
STO
S VA
RIÁ
VEI
S
15
Se conhecer quais são os custos variá-veis do seu negócio de transportes é importante, saber qual valor eles re-presentam por cada km rodado do seu veículo é fundamental.
É com base nesse cálculo que você po-derá cobrar adequadamente seu frete por cada viagem, apenas sabendo a dis-tância correta de ida e volta.
É claro que o cálculo de fretes não é fei-to somente com o custo variável, mas sem dúvida é a parte mais importante devido à representatividade nos custos totais.
Mas como fazer este cálculo?
Cada item do custo variável tem uma for-ma de gasto diferente, e por isso você precisa olhar para cada um e calcular.
Vamos ver como fazer isso a seguir.
CUSTO POR KM RODADO - CONCEITO
CU
STO
S VA
RIÁ
VEI
S
16
CU
STO
S VA
RIÁ
VEI
S
Os insumos dos custos variáveis têm um tempo para serem con-sumidos, e para que você consiga fazer o cálculo mais próximo possível da realidade, considere esta tabela abaixo, na hora de medir o gasto em R$.
FREQUÊNCIA DE GASTOS
Para cada insumo do quadro ao lado, você precisará me-dir quantos km o veículo rodou.
Custo variável Frequência ideal
Combustível
Arla 32
Pneus
Manutenção
Lubrificantes
Lavagens e graxas
30 dias
30 dias
Vida útil do pneu (com recapagens)
12 meses
Intervalo entre uma troca e outra (considerando os litros usados para completar o óleo)
30 dias
17
Como vou calcular cada pneu se faço rodízio no caminhão?
Pegue o máximo de pneus possíveis que você comprou juntos, mas não precisa necessaria-mente ser todos. O objetivo é você ter uma ideia estimada do gasto com pneus por km ro-dado. Com essa média em mãos, você poderá multiplicar pelo número de pneus no veículo.
A média de consumo de combustível do ca-minhão varia dependendo se está carregado ou vazio!
Exatamente, é por isso que a sugestão é pegar um período de 30 dias, pois assim a média geral ficará muito próxima da realidade, considerando que neste período o caminhão provavelmente rodou carregado e também vazio.
DÚVIDAS COMUNSC
UST
OS
VAR
IÁV
EIS Posso ficar um ano com o caminhão sem
quebrar e, de repente, precisar fazer o motor.
Aconselhamos considerar 12 meses do veículo como uma estimativa, mas você pode pegar um período maior, olhando para os gastos do veículo. Porém, você deve saber que o número final sempre será uma estimativa.
Como faço com as remontas de óleo lubrificante?
Considere em R$ o gasto efetivo com as trocas + as remontas e divida (dentro do período) pelo número de km rodados.
18
CU
STO
S VA
RIÁ
VEI
S Vamos supor que você tenha uma carreta (cavalo mecânico com 2 eixos e um semi-reboque de 3 eixos).
Você calculou cada custo variável, de acordo com o tempo ou situação necessária, e os resultados ficaram da seguinte forma:
EXEMPLO PRÁTICO
19
CU
STO
S VA
RIÁ
VEI
S Seu veículo rodou um total de 10,5 mil km por efetivamente 15 dias do mês, o que deu uma média de 700 km por dia.
O custo total com combustível neste período foi de R$ 13.430,23 (de acordo com as notas fiscais do posto), ou seja, 4.038 litros de óleo diesel.
Agora que você tem a distância percorrida e a quantidade de litros de óleo diesel gastos, já dá para calcular a média do veí-culo e também o custo por km rodado.
• 10,5 mil km divididos por 4.038 litros de diesel = 2,60 km por litro de óleo
• Valor do litro de óleo diesel (R$ 2,75)* divididos pela mé-dia do veículo (2,60) = R$ 1,06
Ou seja, para cada km rodado por este veículo, existe um custo com combustível de R$ 1,06.
COMBUSTÍVEL
Você deve sempre re-fazer o cálculo quan-do houver variação no preço do combustível na bomba.
*
20
CU
STO
S VA
RIÁ
VEI
S No caso do Arla 32 vamos considerar um consumo de R$ 403,85, por um total de 200 litros gastos durante os 30 dias.
Ou seja, se o veículo rodou 10,5 mil km no mês, nós temos:
• 10,5 mil km divididos por 200 litros = 52,5 km por litro de Arla 32
• Valor do litro do Arla 32 (R$ 2,00) divididos pela mé-dia do veículo (52,5) = R$ 0,038.
Ou seja, para cada km rodado por este veículo, existe um custo com Arla 32 de R$ 0,038.
ARLA 32
Você deve sempre re-fazer o cálculo quan-do houver variação no preço deste insumo.
21
CU
STO
S VA
RIÁ
VEI
S Quando o assunto são os custos variáveis com pneus, você precisará de um tempo bem maior que 30 dias para o cálculo exato.
O ideal é trabalhar com toda a vida útil do pneu, conforme citamos na tabela.
Vamos considerar neste exemplo, que você comprou para o seu veículo todos os pneus novos, e após 12 meses você chegou nos seguintes números:
Aquisição ao todo de 22 pneus (4 sobressalentes): R$ 33.000,00
PNEUSTotal de 28 recapagens ou recau-chutagem: R$ 12.880,00
Quantidade de km rodados pelo veí-culo nos 12 meses: 126.000 km
Com isso nós temos:
• R$ 33.000,00 + R$ 12.880,00 = R$ 45.880,00
• R$ 45.870,00 divididos por 126.000 km = R$ 0,364
Ou seja, para cada km rodado pelo seu veículo durante este período você gas-tou R$ 0,36 com pneus.
22
CU
STO
S VA
RIÁ
VEI
S É comum algumas empresas utilizarem um percentual padrão sobre o valor do veículo para chegar num gasto com manutenção.
Porém, nós preferimos usar o valor real gas-to, pois reflete exatamente a situação do seu veículo.
Sugerimos que você pegue os gastos dos últimos 12 meses e divida pela quilometra-gem rodada pelo veículo.
Em nosso exemplo, vamos considerar um gasto de R$ 25 mil com manutenção, divi-dindo-se pelos 126.000 km rodados.
• R$ 25 mil divididos por 126.000 km = R$ 0,198
MANUTENÇÃO
23
CU
STO
S VA
RIÁ
VEI
S No caso do óleo lubrificante é interessan-te você observar quanto gastou entre uma troca e outra, considerando também as re-montas de óleo.
Em nosso exemplo, vamos considerar que foram gastos:
R$ 438,75 por 45 litros de óleo;
Troca após 30.000 km rodados;
R$ 146,25 como adicional de 15 litros em remonta de óleo.
Com isso nós temos:
• R$ 438,75 + 146,25 divididos por 30.000 km = R$ 0,0195 (ou R$ 0,02 para facilitar).
LUBRIFICANTES
24
CU
STO
S VA
RIÁ
VEI
S Para as lavagens e graxas vamos considerar um valor de R$ 180,00 para cada 12.000 km rodados.
O ideal é que você pegue valor exato gasto com as lavagens e graxas, e divida pela km rodada do caminhão.
Neste caso de exemplo temos:
• R$ 180,00 divididos por 12.000 km = R$ 0,015
LAVAGENS E GRAXAS
25
CU
STO
S VA
RIÁ
VEI
S Agora vamos entender quanto este cami-nhão tem de gasto por km rodado:
CUSTO POR KM RODADO - CÁLCULO
No caso do exemplo deste cavalo + car-reta, para cada km rodado, o dono gastará de custo variável R$ 1,70.
E você, entendeu o cálculo? Que tal replicar agora para a sua realidade?
Custo variável Custo por km rodado Percentual
Combustível
Arla 32
Pneus
Manutenção
Lubrificantes
Lavagens e graxas
Total
R$1,06
R$0,04
R$0,36
R$0,20
R$0,02
R$0,02
R$1,70
62,5%
2,2,%
21,5%
11,7%
1,2%
0,9%
100%
26
CU
STO
S VA
RIÁ
VEI
SITENS QUE COMPÕEM O CUSTO VARIÁVEL
DICA Sempre tenha uma tabela de custo variável por km rodado por veículo na sua empresa. Isso garante que você está repassando os valores corretos nos fretes.
Diesel
Arla 32
Pneus
Manutençãodo veículo
Calculadospela distânciaem km
Lavagens e graxas
27
CU
STO
S FI
XOS
DIRETOS OU INDIRETOS?Agora que você viu todos os custos variáveis, é hora de falarmos dos custos fixos de uma transportadora.
Como o próprio nome diz, esses custos acontecem to-dos os meses, são fixos, e você não tem como escapar.
Porém, para facilitar o entendimento, nós vamos clas-sificar estes custos em diretos e indiretos.
A seguir, você irá entender no detalhe como funciona cada um deles.
Além das empresas, os caminhoneiros autô-nomos também têm custos diretos e indiretos. A diferença maior está nos indiretos, que são maiores em uma transportadora.
28
CU
STO
S FI
XOS
DIR
ETO
S
CUSTOS LIGADOS AO VEÍCULOOs custos fixos diretos são aqueles ligados di-retamente ao veículo, e que não variam a cada km rodado, mas sim em função do tempo.
Ou seja, todos os custos que sua transporta-dora paga mensal ou anualmente por cada caminhão pertencem aos custos fixos diretos.
Mesmo que você compre um veículo e deixe-o parado durante um ano inteiro, ainda assim precisará arcar com estes custos fixos diretos.
Por outro lado, se você conseguir tirar o máximo de proveito do seu veículo, o custo fixo também não irá alterar, o que significa aumentar a sua rentabilidade.
Para resumir o conceito, custos fixos di-retos são aqueles gastos que você terá de qualquer jeito, não adianta chorar.
Ao invés disso, o que você precisa fazer é ter estes custos em mente sempre, e tentar buscar o máximo de produção do seu veículo ou sua frota.
29
CU
STO
S FI
XOS
DIR
ETO
S
CUSTOS FIXOS DE UM VEÍCULOVamos relacionar aqui todos os custos fixos de cada veículo e falar sobre cada um deles, pois é muito importante que você conheça os motivos de eles existirem, além de saber por que não pode deixar de inseri-los no cálculo de frete. Os custos fixos são:
• Depreciação de veículos
• Remuneração de capital
• Licenciamento, IPVA e Seguro Obrigatório
• Seguro do Casco do Veículo
Conforme falamos anteriormente, estes custos existem em todos os veículos. Mesmo que você não quei-ra inseri-los no cálculo de fretes, você irá pagar por eles.
Alguns transportadores não consi-deram alguns destes custos, chama-do de ocultos e depois acabam so-frendo as consequências na hora de renovar a frota.
30
DEPRECIAÇÃO DE VEÍCULOSTodo veículo, após anos de uso, perde valor. É algo natural e você sabe que precisará trocá-lo por um mais novo em algum momento.
Se você comprou, por exemplo, um caminhão por R$ 300 mil há 5 anos atrás e agora quer trocá-lo, mas ele vale apenas R$ 180 mil, como você irá fazer para compensar os R$ 120 mil que depreciaram?
Este é o grande motivo de você precisar incluir nos seus custos fixos um valor de depreciação,
CU
STO
S FI
XOS
DIR
ETO
S
pois este valor é a sua reserva mensal para a compra de um novo caminhão no futuro.
Se você quiser saber em detalhes como funciona a depreciação de veículos, e como fazer este cálculo, clique no link abaixo e leia um artigo que escrevemos sobre o tema.
Depreciação de veículos: descubra 7 fatos importantes que vão te fazer repensar este custo!
31
REMUNERAÇÃO DE CAPITALVamos utilizar o exemplo do caminhão com-prado por R$ 300 mil, como citamos na página anterior. A verdade é que você comprou o cami-nhão, mas poderia ter feito qualquer outra coisa com esse dinheiro. Você poderia:
• Deixar esse dinheiro rendendo juros no banco
• Investir em um outro negócio
• Investir em um imóvel e receber aluguel
Todas essas outras hipóteses são chamadas de custo de oportunidade, ou seja, quanto você
CU
STO
S FI
XOS
DIR
ETO
S
deixou de receber em outra atividade re-munerada, que poderia te render lucros.
Se existia uma outra oportunidade de usar o dinheiro, mas ele foi aplicado no cami-nhão, então é justo que esta remuneração de capital seja incluída nos custos fixos.
Se o veículo que você está cal-culando é financiado, então você pode considerar os juros do financiamento como sendo a remuneração de capital.
DICA
32
LICENCIAMENTO, IPVA E SEGURO OBRIGATÓRIOEssas são obrigações legais você não tem como fugir, se quiser estar dentro da lei, é claro. São valores gastos uma vez por ano e não se alte-ram se o seu veículo rodar ou não.
Além do licenciamento, IPVA e seguro obrigató-rio, no caso do transporte rodoviário de cargas você também tem gastos com:
• Taxa de vistoria do tacógrafo
• Despachante, se você terceiriza estes serviços
• Registros em órgãos reguladores
CU
STO
S FI
XOS
DIR
ETO
S
33
SEGURO DO CASCO DO VEÍCULOO seguro do veículo não é obrigatório, mas é muito importante especialmente se você tem uma frota pequena, ou apenas um caminhão.
Trabalhando com uma seguradora, você garan-te que não terá surpresas com eventuais aci-dentes ou roubos.
Agora, se você tem uma frota grande de veículos, talvez o interessante seja criar um fundo de re-serva interno. Assim, os valores que você paga-ria para a seguradora podem ser guardados mês a mês para cobrir quaisquer eventualidades.
CU
STO
S FI
XOS
DIR
ETO
S
Não estamos falando aqui do se-guro de acidentes RCTR-C, nem do seguro de roubo RCF-DC, e sim do seguro do veículo em si.
34
CUSTOS NÃO LIGADOS AO VEÍCULOCustos indiretos são aqueles que não estão li-gados diretamente ao veículo, mas sim à ope-ração de transportes. Estão relacionados com o tempo, assim como os custos fixos do veículo.
Três grupos de contas formam o custo indireto:
• Despesas administrativas
• Despesas de viagens
• Impostos
Vamos falar sobre cada uma delas nas próxi-mas páginas.
CU
STO
S FI
XOS
IND
IRET
OS
Toda transportadora tem estes custos, mas por não saberem muitas vezes onde colocá-los no cálculo acabam deixando de considerar.
35
DESPESAS ADMINISTRATIVAS Podemos considerar as seguintes despesas adminis-trativas em uma transportadora de cargas:
• Salários do pessoal da administração + encargos sociais
• Pró-labore (salário do dono da empresa)
• Aluguéis
• Água e energia elétrica
• Telefonia e internet
• Serviços de terceiros (contador, advogado, consultor)
CU
STO
S FI
XOS
IND
IRET
OS
Toda transportadora tem estes custos, mas por não saberem muitas vezes onde colocá-los no cálculo acabam deixando de considerar.
• Depreciação de máquinas, equi-pamentos, móveis e utensílios
• Outros custos:
• Material de escritório
• Uniformes
• Refeições dentro da empresa
36
DESPESAS DE VIAGENS
Dentre as principais despesas de viagem que você pode ter estão:
Refeições
Ao longo do dia o motorista fará ao menos duas refeições, podendo ser três ou quatro. E o custo destas refeições, sendo feitas no restaurante ou na própria cozinha do cami-nhão, precisam ser contemplados.
Chapa
Sempre que você precisar de um chapa, terá que embutir este custo no frete, correto?
CU
STO
S FI
XOS
IND
IRET
OS
Pois este valor é considerado uma despesa de viagem, dentro dos custos indiretos.
Pedágios
O valor gasto com pedágios é considerado uma despesa indireta de viagem, e você precisa cal-cular junto no custo caso o embarcador não te reembolse.
Borracharia
É muito comum ter gastos com borracharia na estrada, e estes custos precisam ser considera-dos também, afinal saíram do bolso da empresa.
37
IMPOSTOS
Os impostos são considerados um custo fixo indireto, mesmo que possam variar de acordo com o faturamento.
Isto acontece porque pode ser difícil mensu-rar um percentual variável sobre as vendas.
Para saber ao certo o valor mensal gasto com impostos você precisa olhar este custo nos meses anteriores de operação ou caso ainda vá abrir a sua transportadora, poderá estimar junto a um contador.
CU
STO
S FI
XOS
IND
IRET
OS
O valor gasto com impostos vai de-pender do regime tributário escolhi-do para sua empresa (Simples, lucro presumido ou lucro real).
38
CUSTO POR MÊS E DIA DO VEÍCULOAgora que você já sabe quais são os custos fixos de um veículo, vamos entender como é possível medir exatamente estes custos por mês e por dia.
Ter os valores de cada veículo, especialmente por dia, é muito importante na hora de calcular o fre-te, pois significa o uso de tempo deste caminhão.
A regra é simples, basta você pegar todos os cus-tos fixos (diretos e indiretos), e calcular o valor mensal de cada um.
Quando o custo for anual, divida por 12 meses, e quando for diário, multiplique pelo número de dias que o veículo trabalha (normalmente 22 dias).
CU
STO
S FI
XOS
IND
IRET
OS
Você precisa ter todos os custos fi-xos no mesmo tempo (mês ou dia), porque do contrário o cálculo não dará certo.
39C
UST
O M
ENSA
L
CU
STO
PO
R D
IA CU
STO
DIR
ETO
CU
STO
IND
IRET
O
KM
RO
DA
DO
CU
STO
PO
R K
M
CU
STO
S
VAR
IÁV
EIS • Diesel
• Manutenção do veículo
• Arla 32
• Lubrificantes
• Lavagens e graxas
• Pneus
CU
STO
S
FIXO
S
• Depreciação
• Remuneração de capital
• Licenciamento
• IPVA
• Seguro do veículo
• Salário + Encargos do motorista
• Seguro Obrigatório
TODOS OS CUSTOS QUE COMPÕEM O FRETE-PESO
• Despesas Administrativas
• Impostos
• Despesas de viagens
40
Neste exemplo estão relacionados todos os custos (diretos) que um Ford Cargo 1119 terá ao fazer uma viagem de Curiti-ba para o Rio de Janeiro.
EXEMPLO PRÁTICO
• Frete de CWB-RJ
• Distância: 843 km
• 2 dias de viagem
• Peso carga: 5 ton
• NF: R$ 55.000,00
Ford Cargo 1119 - 2015
Gastos
Depreciação
Remuneração de capital
Gastos com motorista
IPVA , Licenciamento, Se-guro Obrigatório e Outros
Seguro do Casco
Total dos custos fixos diretos (por mês)
Dias úteis no mês
CUSTO POR DIA
2 DIAS DE VIAGEM
CUSTOS
Combustível
Arla 32
Manutenção do veículo
Pneus, câmaras, recau-chutagem ou recapagem
Lubrificantes
Lavagens no veículo
CUSTO POR KM
VIAGEM DE 843 KM
Mensal
R$ 1.159,08
R$ 1189,55
R$ 2900,00
R$119,17
R$ 0,00
R$ 5.367,80
22
R$243,99
R$487,98
KM
R$ 0,48
R$ 0,03
R$ 0,06
R$ 0,11
R$ 0,05
R$ 0,01
R$0,74
R$622,52
CUSTOS FIXOS CUSTOS VARIÁVEIS
Aqui só estamos considerando a viagem de ida.
CUSTO DIRETO (FIXOS + VARIÁVEIS)
= R$ 1.110,50
PESO
41
Somando os custos diretos + os indiretos, chegamos no valor total do Frete-peso.
Os demais custos deste exemplo se-rão vistos a seguir.
Custos Diretos
Custo Total
Custos Indiretos
Viagem CWB-RJ
2 dias de viagem: R$ 487,98
843 km: R$ 619,61
Viagem CWB-RJ
2 dias de viagem:
Despesas ADM: R$ 130,90
Impostos: R$ 75,28
Diárias de Viagem: R$ 50,00
R$ 1.110,50 R$ 1.366,68R$ 256,18
FRETE
+ =
42
O Q
UE
É PR
ECIS
OINFORMAÇÕES DO SEU CLIENTEAgora que você já sabe exatamente os custos do seu negócio, chegou a hora de incluir dados fornecidos pelo seu cliente, para a composição do frete.
Clique nos quadrados e vá diretamente onde você quer ler a respeito.
DICA
ROUBOAD VALOREM
GENE-RALIDADES
43
AS 5 ETAPAS DO CÁLCULO DE FRETE
AD VALOREM
LUCROGENE-RALIDADESROUBO
44AD VALOREM
ad
va
lor
emAD VALOREM (FRETE VALOR)Também conhecido como Frete Valor, este cus-to representa uma cobertura pelos riscos que o transportador pode correr para transportar uma carga.
O cálculo do Ad Valorem precisa englobar to-das as variáveis que envolvem esse risco, afinal muitas vezes somente o custo de uma carga, se avariada, perdida ou roubada, pode quebrar uma empresa inteira.
Pense que, se você é um transportador, precisa estar seguro para exercer essa função, para que o lucro alcançado no final do mês seja realmente lucro, e não disponibilizado para custos não previstos.
E para que você consiga cobrar a taxa correta do Ad Valorem é preciso que você mergulhe fundo em todos os ris-cos relativos à atividade de transporte de uma carga.
45AD VALOREM
ad
va
lor
emAD VALOREM (FRETE VALOR)O transportador rodoviário de cargas tem total responsabilidade pela integridade da mercadoria que está transportando, ou seja, problemas de qualquer natureza que podem ocorrer no trajeto recairão sobre o emissor do conhecimento de transporte.
É por este motivo que a empresa de transpor-tes precisa se garantir dessa responsabilida-de, e com isso fatalmente terá alguns custos.
Veja a relação completa de seguros:
RCTR-C
Responsabilidade Civil sobre o Transporte Rodoviário de Cargas: conhecido como segu-ro de acidentes, este seguro é obrigatório ao transportador.
RCF-DC
Responsabilidade Civil Facultativa do Trans-portador Rodoviário por Desaparecimento de Carga: conhecido como seguro de roubos, este seguro é facultativo, ou seja, o transpor-tador pode ou não contratá-lo.
46AD VALOREM
ad
va
lor
emINDENIZAÇÕES DE MERCADORIAS
Nem tudo é coberto pelos seguros, e o transportador poderá encarar uma série de situações em que o prejuízo sairá do seu bolso, dentre elas podemos destacar:
• Avarias de manuseio, ou violações nas mercadorias
• Extravios de produtos dentro da carga
• Greves e motins
• Atos de vandalismo
• Furtos simples
• Roubos no depósito
• Água de chuva molhando a mercadoria
Não se pode esquecer ainda que muitos transportadores precisam usar recursos para aumentar a proteção da carga, através de:
• Lonas
• Trava-cargas
• Calços
• Cantoneiras
• Protetores
47AD VALOREM
ad
va
lor
emTAXA A SER COBRADAQuanto maior a distância entre a origem e o destino da carga, maior é o tempo na es-trada, e maior é o risco de algo acontecer.
Foi pensando nisso que a NTC – Associação Nacional de Transporte de Carga, estabele-ceu as alíquotas ao lado, como uma forma de facilitar este cálculo.
As taxas da tabela ao lado precisam ser cobradas sobre o valor total da nota fiscal do embarcador (nota dos produtos que serão transportados).
DISTÂNCIA (KM)
1 a 250 km
251 a 500 km
501 a 1.000 km
1.001 a 1.500 km
1.501 a 2.000 km
2.001 a 2.600 km
2.601 a 3.000 km
3.001 a 3.400 km
Acima de 3.400 km
Coleta e entrega
ALÍQUOTA (%)
0,30%
0,40%
0,60%
0,70%
0,80%
0,90%
1,00%
1,10%
1,20%
0,15%
48
No mesmo exemplo do Ford Cargo 1119 indo de Curitiba para o Rio de Janeiro, será incluído no valor do frete o valor de R$ 330,00 como taxa de Ad Valorem.
EXEMPLO PRÁTICOAD VALOREM
• Frete de CWB-RJ
• Distância: 843 km
• 2 dias de viagem
• Peso carga: 5 ton
• NF: R$ 55.000,00
Ford Cargo 1119 - 2015
• Valor na nota fiscal do cliente: R$ 55.000,00
• Taxa Ad Valorem pela distância: 0,60%
• R$ 55.000,00 x 0,60% = R$ 330,00
AD VALOREM
49
AS 5 ETAPAS DO CÁLCULO DE FRETE
AD VALOREM LUCRO
GENE-RALIDADES
ROUBO
50 ROUBO
RIS
CO D
E RO
UBO
GERENCIAMENTO DE RISCONo cálculo do Ad Valorem, nós já inserimos os custos com o seguro de roubo RCF-DC, porém o constante aumento de roubo de cargas no Brasil fez surgir um novo item na tabela de fretes.
São os custos com gerenciamento de risco, que vão desde o monitoramento por uma central especializada até os menores gastos que a transportadora pode ter para evitar este prejuízo.
Abreviado de GRIS, o Gerenciamento de Risco é um custo muito importan-te e de extrema necessidade quando você transporta cargas valorizadas.
O maior dos motivos é a exigência de seguradoras, mas nada impede que você faça a contratação deste serviço visando a própria segurança do veí-culo e motorista.
51
EXEMPLO PRÁTICOROUBO
No mesmo exemplo do Ford Cargo 1119 indo de Curitiba para o Rio de Janeiro, será incluído no valor do frete o valor de R$ 165,00 como taxa de geren-ciamento de risco.
• Frete de CWB-RJ
• Distância: 843 km
• 2 dias de viagem
• Peso carga: 5 ton
• NF: R$ 55.000,00
Ford Cargo 1119 - 2015
• Valor na nota fiscal do cliente: R$55.000,00
• Taxa de GRIS referência: 0,30%
• R$ 55.000,00 x 0,30% = R$ 165,00
ROUBO
52
AS 5 ETAPAS DO CÁLCULO DE FRETE
AD VALOREM LUCRO
GENE-RALIDADES
ROUBO
53AD VALOREMGENE-RALIDADES
GEN
ERA
LID
AD
ES POR QUE COBRAR POR GENERALIDADES?Quando o assunto é o cálculo de fretes, você tem ideia do que são as generalidades?
Você sabia que pode ter a oportunidade de cobrar um valor a mais (no frete) por aque-le serviço adicional, que normalmente pas-sava batido?
O cálculo de fretes é um tema amplo, que envolve uma série de peculiaridades, e fa-talmente muitas delas precisam ser vistas em separado.
Mesmo que você esteja pensando ago-ra na crise e na concorrência, saiba que sempre é possível negociar, e o princí-pio básico disso é saber que você não está inventando nenhuma tarifa.
As taxas de generalidades são usadas no mercado pelo simples fato de que realmente estes custos existem em uma transportadora, e precisam ser repassa-dos aos clientes.
54AD VALOREMGENE-RALIDADES
GEN
ERA
LID
AD
ES FINALIDADEAs generalidades ficam no fim da com-posição da tarifa de frete porque buscam “fechar” os buracos que não puderam ser preenchidos pelo restante do cálculo.
A finalidade destas taxas é de:
• Cobrir riscos anormais na operação de transporte
• Alinhar custos por função de tempo que não foram previstos
• Equalizar custos com alterações não previstas na rota
• Bancar alguns serviços de documentação
• Reembolsar tributos específicos
Todos estes custos não podem ser pre-vistos na composição do frete-peso, e variam a cada viagem, por isso precisam ser calculados em cima de cada situação.
55AD VALOREMGENE-RALIDADES
GEN
ERA
LID
AD
ES TIPOS DE GENERALIDADESVamos ver agora os 7 tipos de generalida-des mais comuns no transporte rodoviário:
1. Cubagem
2. Devolução de Mercadorias
3. Estadia do veículo
4. TDE (Taxa de Dificuldade de Entrega)
5. TRT (Taxa de Restrição de Trânsito)
6. TFD (Taxa de Fiel Depositário)
7. Escolta Armada
Para conhecer estas e outras 21 generalida-des, além de 30 tipos-de serviços adicionais, clique aqui.
DICA
56
AS 5 ETAPAS DO CÁLCULO DE FRETE
AD VALOREM
LUCROGENE-RALIDADESROUBO
57 LUCRO
luc
ro
CÁLCULO DO LUCRO SOBRE O FRETEChegamos na última etapa do cálculo de frete, a qual conside-ramos a mais importante.
Afinal, toda empresa vive de rentabilidade, e é só com ela que é possível crescer, gerar empregos e ser feliz com o seu negócio.
Porém, o lucro é um tabu entre os transportadores rodoviários de carga, muitos se perguntam qual deveria ser o percentual ideal e se de fato estão atingindo o número.
É normal pensarmos numa margem de lucro objetiva e colocar-mos esta margem sobre os custos. Mas o que vamos descrever aqui não é uma margem de lucro em cima do custo, e sim por dentro (lucro líquido).
A margem de lucro colo-cada em cima dos custos é chamada de mark-up, ou margem bruta.
PÉRO
LA D
E SABEDORIA
58 LUCRO
luc
roEXEMPLO PRÁTICO
Vamos retomar o nosso exemplo prático, que poderá resumir tudo o que vimos até agora, e também expli-car a margem de lucro líquido exata.
• Frete de CWB-RJ
• Distância: 843 km
• 2 dias de viagem
• Peso carga: 5 ton
• NF: R$ 55.000,00
Ford Cargo 1119 - 2015
Margem de lucro líquido desejada
15%
LUCRO
59 LUCRO
luc
roEXEMPLO PRÁTICO EXPLICANDO O CONCEITOAntes de falar do cálculo, vamos explorar um pouco melhor o concei-to da margem de lucro líquido, para que você não fique com dúvidas.
Imagine que você pegue um frete e que todos os custos somados sejam de R$ 1 mil.
Se você quiser ganhar 15% em cima, talvez pense em multiplicar R$ 1 mil + 15% = R$ 1.150, correto?
O problema é que se você tirar R$ 150 de R$ 1.150 não dá os 15%.
• R$ 150 divididos por R$ 1.150 = 13,04%
Ou seja, se você quiser realmente ter 15% de lucro líquido, então precisa fazer o cálculo por dentro.
Vamos ver como logo a seguir.
60 LUCRO
luc
roEXEMPLO PRÁTICO CÁLCULO POR DENTROAgora sim, para que você chegue nos 15% de lucro líquido, faça o seguinte.
1. Pegue os R$ 1 mil de custo
2. Divida pelo que falta pra chegar nos 100%, ou seja, divida por 85%, tirando a margem de lucro (15%)
3. R$ 1 mil de custo divididos por 85% = R$ 1.176,47
Nesse caso, sim, você terá uma margem de lucro líquido de 15%
R$ 1.176,47 * 15% = 176,47
DICA O cálculo parece difícil, mas na verdade é bem simples. Caso não tenha entendido releia e refaça o cálculo algumas vezes, e você certamente entenderá.
61 LUCRO
luc
roEXEMPLO PRÁTICO
Partindo para um exemplo mais prático, vamos pegar o do Ford 1119:
• Frete-peso: R$ 1.366,68
• Ad valorem: R$ 330,00
• Gerenciamento de Risco: R$ 165,00
• Generalidades: R$ 0,00
O objetivo é ter lucro sobre a operação, e não sobre taxas adicionais como Ad Valorem, GRIS e Generali-dades, por isso o cálculo da margem de lucro deve ser feito apenas sobre o frete-peso:
• R$ 1.366,68 / (100%-15%) = R$ 1.607,86
• Frete de CWB-RJ
• Distância: 843 km
• 2 dias de viagem
• Peso carga: 5 ton
• NF: R$ 55.000,00
Ford Cargo 1119 - 2015
62 LUCRO
luc
roEXEMPLO PRÁTICO
• Os 15% são da margem de lucro desejada
• Os R$ 1.607,86 correspondem ao frete-peso + a margem de lucro
Se subtrairmos dos R$ 1.607,86 o valor do frete-pe-so temos a margem de lucro.
• R$ 1.607,86 – R$ 1.366,68 = R$ 241,18
R$ 241,18 correspondem exatamente aos 15% de margem de lucro líquido desejados.
Por fim, para fechar o cálculo do frete, veja na próxima página todos os custos + a margem de lucro líquido.
O resultado final é o preço que deverá ser cobrado do cliente pelo frete.
63
AS 5 ETAPAS DO CÁLCULO DE FRETE
R$ 1.366,68
R$ 330,00
R$ 165,00
R$ 0,00
R$ 241,18
=R$ 2.102,86
• Frete de CWB-RJ
• Distância: 843 km
• 2 dias de viagem
• Peso carga: 5 ton
• NF: R$ 55.000,00
Ford Cargo 1119 - 2015
AD VALOREM LUCRO
GENE-RALIDADESROUBO
64
CÁLCULO DE FRETES PODE SER SIMPLESChegamos ao final do e-book, e acreditamos que agora você sabe que fazer o cálculo de fretes pode ser algo bem simples, desde que enten-da os conceitos.
Para facilitar ainda mais o dia a dia, aproveite para montar uma tabela de fretes na sua transportadora, com as seguintes informações:
• Custo por dia de cada veículo (custos fixos diretos e indiretos)
• Custo por km rodado de cada veículo (custos variáveis)
• Tabela de taxas de Ad Valorem + GRIS
• Tabela de valores por tipo de generalidade
• Margem objetiva de lucro líquido
De posse destas informações, você poderá facilmente fazer uma cotação em minutos para os seus clientes.
CON
CLU
SÃO
Use uma planilha no Excel e automatize os seus cálculos.
DICA
Ed Trevisan escreve artigos gratuitos para o transportador rodoviário de cargas, e quer te fazer um convite.
Juntamente com Thiago Rodrigues, desenvolveu um método que vai tra-zer lucro no seu negócio em 90 dias.
CLIQUE E SAIBA MAIS!
A TruckPad é um marketplace que conecta empresas a cami-nhoneiros autônomos usuários do aplicativo TruckPad.
Localize, contrate e gerencie motoristas diretamente, otimi-zando o tempo e custo de trans-porte do seu negócio.
Clique aqui e solicite o cadastro da sua empresa
gratuitamente