apresentação 2art. hsa final

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Escola Superior de Tecnologias da Saúde de Lisboa Unidade Curricular: HSA Docente: Vitor Manteigas 2 de Abril de 2009 Discentes: Diana Mendes Liliana Duarte Liliana Sousa Patrícia Pereira Epidemiología y factores de riesgo asociados al botulismo de los alimentos y al botulismo infantil: ¿ Dónde y cuándo? Mariela Tornese, M. Laura Rossi, Florencia Coca, Cecilia Cricelli y Alcides Troncoso

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Page 1: ApresentaçãO 2art. Hsa   Final

Escola Superior de Tecnologias da Saúde de LisboaUnidade Curricular: HSA

Docente: Vitor Manteigas

2 de Abril de 2009

Discentes:Diana MendesLiliana DuarteLiliana SousaPatrícia Pereira

Epidemiología y factores de riesgo asociados al botulismo

de los alimentos y al botulismo infantil: ¿ Dónde y cuándo?

Mariela Tornese, M. Laura Rossi, Florencia Coca, Cecilia Cricelli y Alcides Troncoso

Page 2: ApresentaçãO 2art. Hsa   Final

Bloqueiam as placas neuro-musculares

Impedem a estimulação das fibras motoras

Paralisação dos nervos cranianos

Pode haver paralisação dos músculos da respiração

BOTULISMO

Doença paralisante

Neurotoxinas secretadas por uma bactéria

Clostridium

botulinum

Botulismo vs Clostridium botulinum

Sintomas• náuseas• vómitos• dor abdominal• diarreia

Diminuição da secreção salivar e secura da mucosa bucal

Page 3: ApresentaçãO 2art. Hsa   Final

Botulismo

Casos mais graves

• apoio meticuloso de unidades de cuidados intensivos

• ventilação mecânica

Casos menos graves

• antitoxina trivalente (anti A, B e E) equina•pode deter a progressão da paralisação e reduz a duração da doença

TERAPIAFonte:http://www.blogoteca.com/upload/bit/arti/30-274-a-doutor.jpg

Page 4: ApresentaçãO 2art. Hsa   Final

Clostridium botulinumCRESCIMENTO Condições favoráveis

Atmosfera anaeróbia

Nutrientes

Temperatura apropriada

Disponibilidade de água

Ambiente muito pouco ácido

Ambiente sem inibidores de crescimento

Fonte:http://www.cnpab.embrapa.br/educacao/baby/bacteria.gif

Page 5: ApresentaçãO 2art. Hsa   Final

Clostridium botulinum ph e AwpH

< 4,6 inibição da toxina letal causadora de Botulismo

> 4,6 alimentos com baixa acidez Perigosos

Elevado risco de contaminação com a bactéria causadora de Botulismo

Aw

< 0,93 impede o crescimento de C. botulinum

> 0,93 Carnes, frutas e vegetais frescos

Requerem refrigeração (< 4ºC) a fim de inibir a produção de toxinas de C. botulinum

Diminuição do Aw

Desidratação dos alimentos através da pulverização ou congelação

Adição de sal ou açúcar a fim de se atingir o equilíbrio osmótico, com a sua agregação às moléculas de água

Page 6: ApresentaçãO 2art. Hsa   Final

No entanto, o acondicionamento de alimentos em recipientes fechados e a fermentação de alguns alimentos são, particularmente, propícios ao desenvolvimento de condições anaeróbias que permitem a germinação de esporos de C. botulinum

“Devido a que a distribuição de grandes volumes de alimentos contaminados pode afectar muitas pessoas, deve estabelecer-se uma constante vigilância epidemiológica e cada caso de Botulismo deve ser tratado como uma emergência de saúde pública. O Botulismo tem sido desenvolvido, em alguns países, como uma arma biológica e pode ser difundido como uma contaminação intencional de comida ou através de aerossóis” Arnon S, Schechter R, Inglesby T V, Henderson D A, Bartlett JG, Ascher M S, et al. Botulism toxin as a biological weapon: medical and public health management. JAMA 2001; 285: 1059-70

Page 7: ApresentaçãO 2art. Hsa   Final

Epidemiologia de surtos de BotulismoEUA (1990-2000)

160 surtos263 doentes

26% assistência respiratória5% mortes

50% forma caseira(sopas, salsa de tomate, alho em azeite, salsichas

caseiras…)

Texas (1993)

17 pessoas afectadas

Salsa skordalia(salsa com papas envolta em papel de alumínio e deixadas à temperatura ambiente por vários dias)

Restaurantes e forma caseira

Page 8: ApresentaçãO 2art. Hsa   Final

Georgia, 1993

• 8 pessoas afectadas

• Ingestão de um molho de queijo embalado, não sujeito a refrigeração

Comidas caseiras em ambiente de anaerobiose

Más práticas de manipulação dos alimentos

Germinação e crescimento de

C. botulinum

Page 9: ApresentaçãO 2art. Hsa   Final

New Jersey, 1992

• surto derivado do consumo mohola (peixe tradicional egípcio curado com sal)

• primeiro surto associado a peixe comercializado, incorrectamente manipulado

Havai, 1990

3 casos de botulismo tipo B

Por um peixe palani

Peixe comprado num estabelecimento de venda a retalho

Ingestão dos intestinos de peixe pouco cozidos

Proibição da venda de peixe com vísceras

Page 10: ApresentaçãO 2art. Hsa   Final

Oregon, 1997

• botulismo tipo B

• 1 pessoa afectada

• causado por um burrito adquirido num posto de venda de rua

Califórnia, 1994

1 pessoa afectada

Molho de feijão conservado incorrectamente

A instrução “Conservar refrigerado” estava impressa na

embalagem

2 pessoas afectadas

Pacote de sopa de amêijoas

Etiqueta com instruções para refrigerar

Embalagem conservada à temperatura ambiente durante várias semanas

Paciente ingeriu a sopa, apesar do cheiro e sabor desagradáveis

Surto de botulismo

tipo A

Page 11: ApresentaçãO 2art. Hsa   Final

Alasca 1990 a 2000 91 casos de botulismo

Diminuição da taxa de mortalidade Aumento da incidência da doençaporém

• 1961 – 50%• 1967 a 1974 – 9%• 1990 a 2000 – 3%

http://www.supertravelnet.com/map/2/280_9002_5%7C11004282,11004286,11004306,20027457,11004315,11004281,11004323,11004307.jpg

Page 12: ApresentaçãO 2art. Hsa   Final

Surtos associados à ingestão

• Cauda de castor

• Barbatana e óleo de foca

• Peixe branco

• Ovas de peixe

88% dos casos de botulismo Toxina tipo E

Causados por

Exclusivamente associada à ingestão de animais aquáticos

http://img367.imageshack.us/img367/5764/babyseal1024thumbnailof8.jpg

Page 13: ApresentaçãO 2art. Hsa   Final

McLaughlin J. et al

Descrevem um surto de botulismo tipo E associado à ingestão de baleias encalhadas

Residentes da aldeia Yupik encontram um esqueleto de

uma baleia

Recolhem a cauda, cortam em pedaços e colocam-nos em

sacos de plástico

As porções são congeladas e divididas por amigos e

familiares

14 esquimós comeram muktuk (pele e gordura localizada debaixo da pele da

baleia)

8 (57%) tinham a doença

Todas as amostras de alimentos analisadas foram positivas para o tipo E

da toxina botulínica

12 de Julho de 2002 13 a 15 de Julho de 2002

Page 14: ApresentaçãO 2art. Hsa   Final

Botulismo na ArgentinaImportante problema de saúde pública

1992

• Primeiro surto de botulismo reportado em Mendoza

• Espargos em conserva caseira

Principais causas dos surtos Vegetais e carnes incorrectamente embalados e

conservados de forma caseira

Buenos Aires, Janeiro de 1998 Consumo de matambre

11 condutores de autocarro afectados

9 (82%) desenvolveram a doençaFoi detectada a

neurotoxina tipo A

Page 15: ApresentaçãO 2art. Hsa   Final

Botulismo Infantil na ArgentinaToxinfecção produzida pela

germinação de Clostridium botulinum no intestino da criança

Esporos são ingeridos por via digestiva através de objectos, ou menos

frequentemente, alimentos contaminados

1982

- Mendoza- Buenos

Aires

Fonte: http://www.klickeducacao.com.br/Klick_Portal/Enciclopedia/images/Bo/3878/1416.jpg

Argentina

Page 16: ApresentaçãO 2art. Hsa   Final

MendozaBuenos AiresRio NegroChubutLa PampaCórdobaSan JuanTierra del FuegoMisionesSaltaSanta FeTucumán

2000

275 casos

Page 17: ApresentaçãO 2art. Hsa   Final

Mendoza

Entre 2 semanas e 6 meses

Média de 10 semanas

Mendoza foi a província com mais casos de botulismo infantil.

Em todos os casos se tratou de neurotoxina tipo A, coerente com o tipo predominante na Argentina.

Idade

- Crianças alimentadas a peixe

- Residentes em meios rurais

- Pouca chuva

- Ventos frequentes

Facilita a carga e disseminação de esporos

Maior probabilidade de acesso ao tracto digestivo

Page 18: ApresentaçãO 2art. Hsa   Final

Transmissão de botulismo infantil pelo consumo de alimentos

Apenas foram identificados esporos no mel e xarope de milho

227 amostras de mel Esporos em 8 delas (3,5%)

Outra fonte de botulismo infantil são as infusões caseiras

9 casos ocorridos em San Luis Em 7 deles haviam sido administradas infusoes de ervas

Estudo de 100 amostras de plantas medicinais

C. Botulinum tipo A em quatro delas

Page 19: ApresentaçãO 2art. Hsa   Final

ChileDS nº 158 de MINSAL

Botulismo é uma doença de notificação obrigatória

Botulismo infantil como síndrome de morte súbita?

Amostras clínicas e alimentares analisadas no Laboratório de Saúde Pública

Page 20: ApresentaçãO 2art. Hsa   Final

Discussão

Botulismo continue a afectar a saúde humana

no futuro

Métodos tradicionais de

preparar alimentos

Novas embalagens dos

alimentos

Novas preferências alimentares

Novas técnicas de preparação de

comida que permitem o

crescimento da bactéria

Page 21: ApresentaçãO 2art. Hsa   Final

AlascaProblema antigo agravado nas últimas décadas devido a alterações nas práticas

tradicionais (ex.: inclusão de embalagens plásticas ou de vidro para fermentação)

Clostridium botulinum

Condições necessárias para germinação e produção da toxina:

pH > 4,6 (pouca acidez)

Elevada actividade da água

Ausência de

conservantes

Temperatura

anaeróbica

Em vários casos esporádicos de botulismo alimentar não foi possível identificar a fonte alimentícia contaminada. Este “fracasso” em determinar a causa da

patologia pode indicar uma má classificação destes casos.

Page 22: ApresentaçãO 2art. Hsa   Final

Surto de botulismo tipo E afectou 8 a 14 nativos

Devido ao consumo muktuk

A doença foi rapidamente diagnosticada e tratada

Tem havido uma redução na mortalidade por botulismo no Alasca, devido a vários factores, tais como:

1. Esforços na Saúde Pública que permitiram educar a população e os médicos sobre a prevenção, sinais, sintomas e necessidade de tratamento imediato do botulismo;

2. A urgência de evacuação dos doentes aos modernos hospitais rurais regionais, geralmente em pequenos aviões (é uma prática comum);

3. A armazenação da anti-toxina trivalente do botulismo (anti A, B e E) na maioria dos hospitais rurais, para que esteja sempre disponível para o tratamento, quando clinicamente indicado.

mas

: Fonte:http://oglobo.globo.com/fotos/2007/08/17/17_MHG_alascaadriane%20henriques4.jpg

Page 23: ApresentaçãO 2art. Hsa   Final

Toxina tipo E 85% dos casos de botulismo no Alasca devido

Tradicionais alimentos nativos, incluindo:- cabeça do salmão- gordura de baleia- pele e óleo de foca- ovas de peixes

São produzidos por fermentação sob condições favoráveis à germinação e crescimento de neurotoxina do tipo E de C. botulinum

Comer gordura de baleia, que é a tradição, é o maior foco desta epidemia, uma vez que a gordura armazenada em sacos de plástico hermeticamente fechados pode criar um ambiente anaeróbio, sendo um perigo para a saúde desta população

Por isso, deve-se investir num esforço considerável para incentivar o consumo de alimentos tradicionais entre os nativos do Alasca, promovendo métodos mais seguros para armazenar e preparar alimentos de forma a evitar o botulismo

responsável

Page 24: ApresentaçãO 2art. Hsa   Final

ConclusãoPara reduzir a probabilidade de botulismo alimentar, é importante notar que o desenvolvimento e o crescimento de C. botulinum ocorre apenas em condições que incluem um ambiente anaeróbio, baixo em sais e ácidos e à temperatura ambiente

A prevenção pode ser acentuada estabelecendo múltiplas barreiras à germinação de esporos

acidificação e a redução da actividade de água, em todos os alimentos comercialmente embalados com baixos níveis de oxigénio

Previne-se a germinação dos esporos com:- baixo pH (< 4,5)- refrigeração (< 4 ºC)- baixa actividade de água (Aw = 0,93 ou

menos) - atmosfera aeróbia

O consumidor, o manipulador ou o fornecedor de alimentos pode controlar o crescimento de patogenias, limitando uma ou mais das condições para o crescimento de C. botulinum

tais como

Page 25: ApresentaçãO 2art. Hsa   Final

Fim