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12/05/23 1www.nilson.pro.br
ONTOLOGIA
Procura responder “o que é a
realidade” (Hughes, 1980).
Qual é a forma e a natureza da
realidade e o que pode ser
conhecido sobre ela (Laverty, 2003).
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EPISTEMOLOGIA
Procura responder “de que forma a realidade pode ser conhecida”
(Hughes, 1980).
Qual é a natureza da relação entre quem conhece e o que pode
ser conhecido (Laverty, 2003).
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METODOLOGIA
Procura responder “como o investigador pode proceder
para encontrar o que ele acredita que pode
conhecer” (Laverty, 2003).
Refere-se às suposições fundamentais e
características de uma abordagem científica (van
Manen, 1990)12/05/23 4www.nilson.pro.br
“A verdade científica é sempre um
paradoxo, se julgada pela experiência
cotidiana, que apenas capta a aparência efêmera das
coisas.” (Karl Marx)
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“Teorias científicas
descrevem a natureza em termos de analogias
retiradas de tipos
familiares de experiência.”
(Mary
Hesse)12/05/23 6www.nilson.pro.br
Gardner afirma que quando ensinamos, ensinamos o que é
Verdadeiro, uma Racionalidade, o que é Bom, uma Ética e o
que é Belo, uma Estética.
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ONTOLOGIA, EPISTEMOLOGIA e METODOLOGIA
Os problemas ontológicos, epistemológicos e metodológicos não são isolados entre si (Morgan
e Smircich, 1980).
Afirmações a respeito do que existe no mundo (ontologia) levantam
questões relativas à possibilidade de se conhecer o que existe
(epistemologia) e dos procedimentos para adquirir o conhecimento (metodologia).12/05/23 8www.nilson.pro.br
“A ignorância é a m
aldição divina, o conhecim
ento é a asa que nos leva para o céu” (SH
AK
ESPEAR
E)
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Hoje, a Bela, a Estética, jaz escrava da Fera, a Racionalidade
12/05/23 10www.nilson.pro.br
O segredo para se reencantar o mundo, é simples ...
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Precisamos libertar aBela da Fera
12/05/23 12www.nilson.pro.br
No passado não havia distinção entre:
Arte
Conhecimento Filosófico
Conhecimento Científico
Conhecimento Religioso
Ex.: certas cerimônias indígenas atuais, nas quais todos esses elementos são integrados.
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Desaparece sob a influência do paradigma Desaparece sob a influência do paradigma newtoniano-cartesiano. A fera subjuga a bela:newtoniano-cartesiano. A fera subjuga a bela:
Visão mecanicista de mundo
Predomínio de racionalismo científico
Conhecimento fragmentado em disciplinas12/05/23 14www.nilson.pro.br
“Só Euclides julgou óbvia a beleza....”Edna St. Vincent Millay, Soneto 12/05/23 15www.nilson.pro.br
PR
OP
OM
OS
A E
PIS
TEM
OLO
GIA
DA
BE
LEZA
12/05/23 16www.nilson.pro.br
Os psicólogos consideram as
emoções atividades do inconsciente, de
modo que a experiência estética é o ressuscitamento
de emoções subliminares e a
beleza é o poder de evocar emoções.
(HUNTLEY, 1985)
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Platão, no Symposium, onde estaria fazendo a vez de uma
mulher de Mantinea, num diálogo reportado por Sócrates (Apud HUNTLEY, 1985), teria dito ...”(o homem) que orientar
seus pensamentos para exemplos de beleza na
sucessão própria e regular terá subitamente a revelação, ao aproximar-se do final de sua iniciação, de uma beleza cuja natureza é verdadeiramente maravilhosa, o objetivo final, Sócrates, de seus esforços
anteriores.12/05/23 18www.nilson.pro.br
Esta beleza é, antes de tudo, externa; nem começa nem acaba; depois, ela não é parcialmente bela e parcialmente feia, nem bela num
momento e feia noutro... Ele a verá
como absoluta, existindo sozinha consigo mesma,
única, externa, e a todas as outras
coisas belas como partes integrantes
dela...12/05/23 19www.nilson.pro.br
Esta, acima de todas as outras, meu
caro Sócrates, é a região onde a
vida do homem deve ser passada,
na contemplação
da beleza absoluta”.
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A humanidade em todos os tempos, e em todos os lugares, sempre perseguiu o " belo".
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No folclore de cada povo isso se evidencia com as danças, artesanatos e na gastronomia pela maneira peculiar de organizar um prato antes de levá-lo a mesa.
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O útil e o necessário muitas vezes perde espaço para uma flor.
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A experiência estética sobrevém quando algum elemento material ou mental, ao qual por esse motivo atribuímos “beleza”, estimula a emoção de prazer.
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Segundo Paul MacLean, o cérebro está organizado em
três camadas – Cérebro Reptiliano –
assento das emoções primitivas e egoístas;
Cérebro Mamífero Primitivo – dedicado às
emoções gentis, sociais; e Cérebro
Mamífero Moderno – abriga o intelecto.
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“A beleza é um elemento proeminente na inteireza
abstrata visada pela matemática mais avançada; é o objetivo do físico enquanto procura construir a ordem do
universo; ao menos deveria ser a inspiração de todo
estudo da vida...Levanta para nós a questão da
profundidade e alcance de nossa consciência. Daí a
necessidade da oração do poeta para que mais respeito
em nós encontre”.John Oman em The Natural and
the Supernatural 12/05/23 26www.nilson.pro.br
• Fase de fragmentação multi e pluridisciplinar
1. Nível do Ser:
Separação entre sujeito e objeto
Separação entre conhecedor, conhecimento e conhecido
12/05/23 27www.nilson.pro.br
Fase de fragmentação multi e pluridisciplinar
2. Nível do Sujeito
Razão
Intuição
Sensação
Sentimento
Separam-se por um processo de condicionamento
e educação12/05/23 28www.nilson.pro.br
Homo sapiens o que conhece
Pensador
Homo faber o que faz
Transformador da natureza12/05/23 29www.nilson.pro.br
3. Nível do Conhecimento:
Conhecimento Puro (conhecimento pelo conhecimento)
Conhecimento de métodos e técnicas de ação (tecnologia)12/05/23 30www.nilson.pro.br
4. Nível do Objeto Conhecido:
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Matéria (sólida, líquida, gasosa, etc.)
Vida (vegetal, animal e humana)
Programação (informações identificadas com matéria e vida)
Observação: segundo a física quântica, tudo indica que essas sejam três manifestações da mesma energia.
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Fase interdisciplinarFase interdisciplinar
• Movida pela força holística Movida pela força holística
Tende a reunir, em conjuntos abrangentes, o que Tende a reunir, em conjuntos abrangentes, o que a mente humana dissociou.a mente humana dissociou.
Nasceu da iNasceu da ingovernabilidadengovernabilidade do número do número excessivo de disciplinas. excessivo de disciplinas.
Manifesta-se no esforço de correlacionar as Manifesta-se no esforço de correlacionar as disciplinas.disciplinas. 12/05/23 33www.nilson.pro.br
Parece mais freqüente em aplicações
tecnologias industriais e comerciais (pressão dos
mercados) do que no meio acadêmico.
Cada vez mais, dá origem a novas
disciplinas (biologia + física = biofísica).
Vocabulário característico: universal , global, rede, sistêmico, transnacional, metassistema [...].
Observação – Seus protagonistas descobrem que todas as disciplinas são INTER-RELACIONADAS.12/05/23 34www.nilson.pro.br
•Fase transdisciplinarFase transdisciplinar
Primeira vez em o termo Primeira vez em o termo transdisciplinartransdisciplinar foi foi empregado: por Jean Piaget (1970): empregado: por Jean Piaget (1970):
Segundo autor a utilizar o termo: Erich Jantsch Segundo autor a utilizar o termo: Erich Jantsch (1972):(1972):
12/05/23 35www.nilson.pro.br
Edgar Morin (1980): fala em transdisciplinaridade Edgar Morin (1980): fala em transdisciplinaridade antiga e nova.antiga e nova.
A Ciência jamais seria a ciência se não fosse a A Ciência jamais seria a ciência se não fosse a transdisciplinaridadetransdisciplinaridade..
Observação - A ciência transdisciplinar se Observação - A ciência transdisciplinar se desenvolve a partir das comunicações entre as desenvolve a partir das comunicações entre as
ciências.ciências.12/05/23 36www.nilson.pro.br
• Transdisciplinaridade Transdisciplinaridade GeralGeral::
Definida na Declaração de Veneza, da Unesco Definida na Declaração de Veneza, da Unesco (1987)(1987)
Comum Comum entreentre ciência, filosofia, arte e tradição, ciência, filosofia, arte e tradição, que inclui as tradições espirituais.que inclui as tradições espirituais.
Leva à visão holística por meio de abordagem Leva à visão holística por meio de abordagem também holística, desde que praticada.também holística, desde que praticada.
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•Transdisciplinaridade Transdisciplinaridade EspecialEspecial::
Comum a várias disciplinas Comum a várias disciplinas dentrodentro das ciências, das ciências, das filosofias, das artes ou das tradições das filosofias, das artes ou das tradições
espirituais. espirituais.
Ex.: entre cristianismo e hinduismo, biologia e Ex.: entre cristianismo e hinduismo, biologia e física, etc.física, etc.
12/05/23 38www.nilson.pro.br
Dis
Trans Inter
Pluri
Multi
CONHE-CIMEN-
TO
12/05/23 39www.nilson.pro.br
Hoje, já se fala em uma 6a. Fase, a
Fase holística:
• É uma volta a primeira fase – a fase predisciplinar, enriquecida pelos últimos estágios da ciência
moderna.
• Mobiliza as funções ligadas ao cérebro direto e esquerdo e sua sinergia.
• Busca equilíbrio entre as quatro funções psíquicas de Jung (sensação, sentimento, razão e intuição).
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O QUE É ENTENDIDO POR O QUE É ENTENDIDO POR DISCIPLINA?DISCIPLINA?
““Constitui um corpo específico de conhecimento Constitui um corpo específico de conhecimento ensinável, com seus próprios antecedentes de ensinável, com seus próprios antecedentes de
educação, treinamento, procedimentos, educação, treinamento, procedimentos, métodos e áreas de conteúdo”. métodos e áreas de conteúdo”.
(Juntsch, (Juntsch, apudapud CHAVES, 1988, p. 5). CHAVES, 1988, p. 5).
““É um tipo de saber específico e possui um objeto É um tipo de saber específico e possui um objeto determinado e específico, bem como determinado e específico, bem como
conhecimentos e saberes relativos a esse conhecimentos e saberes relativos a esse objeto e métodos próprios (MAHEU, 2000)objeto e métodos próprios (MAHEU, 2000)12/05/23 41www.nilson.pro.br
OS CAMINHOS DEOS CAMINHOS DEMULTI, PLURI, INTER E TRANSDISCIPLINARIDADEMULTI, PLURI, INTER E TRANSDISCIPLINARIDADE
JUSTIFICATIVA: “A linguagem disciplinar [...] não JUSTIFICATIVA: “A linguagem disciplinar [...] não deu conta de provocar a interação entre os deu conta de provocar a interação entre os
conhecimentos das várias disciplinas criadas conhecimentos das várias disciplinas criadas pela ciência moderna.” (BARBOSA, 2001)pela ciência moderna.” (BARBOSA, 2001)12/05/23 42www.nilson.pro.br
MULTIDISCIPLINARIDADE:
• Estuda um tópico de pesquisa, a partir de diversas disciplinas, simultaneamente.
• Extravasa as fronteiras disciplinares, mas a meta permanece limitada à estrutura da pesquisa
disciplinar.12/05/23 43www.nilson.pro.br
Ex.: a) Um quadro de Giotto pode ser estudado dentro da história da arte, da história da religião,
da história Européia, e da geometria. b) A filosofia marxista pode ser estudada com
uma visão para mesclar a psicologia com física, economia, psicanálise ou literatura.
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Ocorre quando “para a solução de um problema, torna-se necessário obter informação de duas ou mais ciências ou setores do conhecimento, sem que as disciplinas envolvidas no processo
sejam elas mesmas modificadas ou enriquecidas” (Piaget apud CHAVES, 1988, p. 5).
12/05/23 45www.nilson.pro.br
PLURIDISCIPLINARIDADE:
A diferença entre multi para pluri é ‘quase’ nula:
Multi = conjunto de disciplinas trabalhadas simultaneamente, sem relações explícitas.
Pluri = justaposição de várias disciplinas no mesmo nível hierárquico, cujas relações
são aparentes.12/05/23 46www.nilson.pro.br
Ex.: Trabalhos de ecologia, especificamente para o estudo da biocenose, necessitam de várias
disciplinas, como fisiologia vegetal, botânica, zoologia e meteorologia.
“Ocorre quando se verifica convergência dos recursos de várias fontes do conhecimento para o estudo específico de determinado fenômeno”
(KORTE, 2000, p. 28).
12/05/23 47www.nilson.pro.br
INTERDISCIPLINARIDADE:
• Transfere métodos de uma disciplina para outra.
• É o resultado da articulação entre duas ou mais disciplinas com objetivos pedagógicos comuns.
Divide-se em:
1. grau epistemológico: os métodos da física nuclear são transferidos para a medicina e isso
leva para o aparecimento de novos tratamentos para o câncer;
2. grau de aplicação: transfere métodos da lógica formal a área de lei geral gerar alguma análise
interessante da epistemologia da lei;12/05/23 48www.nilson.pro.br
INTERDISCIPLINARIDADE:
3. grau de geração de novas disciplinas: por exemplo, dos métodos da física transferidos
para biologia, nasce a biofísica; e da transferência de métodos computacionais para
a arte, a arte computacional é gerada.
• Extravasa as disciplinas, mas sua meta ainda permanece dentro da estrutura da pesquisa
disciplinar.
12/05/23 49www.nilson.pro.br
Designa “o nível em que a interação entre váriasdisciplinas ou setores heterogêneos de uma mesma
ciência conduz a interações reais, a uma certa reciprocidade no intercâmbio levando a um
enriquecimento mútuo”. (Piaget, apud CHAVES, 1988, p. 5).12/05/23 50www.nilson.pro.br
TRANSDISCIPLINARIDADE:
• Refere-se à dinâmica engendrada pela ação simultânea de diversos níveis de realidade.
Está entre as disciplinas, através de diferentes disciplinas e além de todas as disciplinas.
• É alimentada pela pesquisa disciplinar e seus pilares são três: a) múltiplos níveis de
realidade, b) lógica do meio incluída e c) complexidade.
• A meta - o entendimento do mundo atual - não pode ser realizada em uma estrutura de
pesquisa disciplinar, por isso há que extravasar fronteiras.
12/05/23 51www.nilson.pro.br
• É uma forma de auto-transformação orientada para o auto-conhecimento, para a unidade do conhecimento e para a criação de uma nova
arte de viver em sociedade.• É globalmente aberta; reconcilia ciências
exatas, humanas, arte, literatura, poesia, experiência anterior.
O conceito envolve “não só as interações ou reciprocidade entre projetos especializados de
pesquisa, mas a colocação dessas relações dentro de um sistema total, sem quaisquer limites
rígidos entre as disciplinas”.(Piaget, apud CHAVES, 1988, p. 5).
12/05/23 52www.nilson.pro.br
SAÚDE NATURAL, BELEZA, ARTE E LAZER
12/05/23 53www.nilson.pro.br
“De todos esses globos, que contemplas,Não há nenhum, nem mesmo o menor,Que em seu giro não cante como um anjo,
Em perpétua, em uníssona harmoniaCom os próprios querubins de olhos ingênuos!”Shakespeare, em O Mercador de Veneza 12/05/23 54www.nilson.pro.br
“É simplesmente por ser redonda e rosada que a
rosa me causa mais satisfação que o ouro com o qual poderia
prover as necessidades da vida ou proporcionar-me
um certo número de escravos. De algum
modo, sentimos que por meio da rosa chega aos
nossos corações a linguagem do amor e o sentimento de uma linda
mulher”.
12/05/23 55www.nilson.pro.br
“Esta psique, infinitamente antiga, é a base de nossa mente, assim
como a estrutura do nosso corpo se fundamenta no molde
anatômico dos mamíferos em geral. O olho treinado do
anatomista ou do biólogo encontra nos nossos corpos muitos traços
deste molde original. O pesquisador experiente da mente humana também pode verificar as
analogias existentes entre as imagens oníricas do homem moderno e as expressões da mente primitiva, as imagens coletivas e os seus motivos
mitológicos”. Carl Gustav Jung, em O Homem e Seus Símbolos.
12/05/23 56www.nilson.pro.br
“...senão para contemplar a beleza da harmonia, não valeria a pena dedicar-se à ciência.”
Henri Poincaré12/05/23 57www.nilson.pro.br
O PRAZER DA BELEZA
“A beleza é a verdade, a verdade é a beleza, e é tudo que sabes de fato, e tudo que precisas saber”
Keats, em sua Ode sobre um Túmulo Grego 12/05/23 58www.nilson.pro.br
A finalidade suprema da beleza diante da psique humana é de servir de estímulo à atividade
criadora, que é uma das satisfações mentais terminais do homem. Keats, nesta expressão,
sugere que a sensação de beleza pode produzir um fermento mental que serve de guia para a verdade, como o queriam Sócrates e Platão.
12/05/23 59www.nilson.pro.br
Segundo HUNTLEY (1985), a fonte máxima de sensibilidade estética às várias manifestações de beleza deve ser buscada no inconsciente ou
no inconsciente coletivo, onde o homem é legatário de várias eras.
12/05/23 60www.nilson.pro.br
As experiências de todas as gerações de ancestrais de um homem, repetidas milhões de vezes e registradas como estruturas de memória no
cérebro, são gravadas cada vez mais profundamente à medida que são transmitidas de geração para geração através dos séculos.
12/05/23 61www.nilson.pro.br
São nas experiências emocionalmente carregadas de milhares de gerações de nossos ancestrais é que devemos procurar a fim de descobrir as fontes
do prazer estético na arte, na música, na poesia, na matemática e em outras formas de arte.
12/05/23 62www.nilson.pro.br
O desconhecido sempre é inquietante, mas qualquer forma de arte que corra suavemente nos trilhos da memória deixa a mente em paz em um ambiente bem familiar. 12/05/23 63www.nilson.pro.br
“Ó flor das fendas da parede, Te arranco das fendas,Te sustento aqui, raiz e tudo, em minha mão,Pequena flor – mas se eu pudesse compreenderO que tu és, raiz e tudo, tudo por tudo,Eu saberia o que é Deus e o que é o Homem.”Alfred Tennyson
12/05/23 64www.nilson.pro.br
Para Platão, há uma realidade superior e eterna no plano
da verdadee a filosofia e a ciência podem
ajudar a conhecer mais,mesmo que sua essência
continue inacessível.
CETICISMO – não se preocupa com a verdade.
RELATIVISMO – não existe uma única verdade
O conhecimento será tanto mais verdadeiro
quanto mais conseguir integrar todas as áreas de interesse.
12/05/23 65www.nilson.pro.br
EMPIRISMOParte de pressuposições e
afirma que se conhece apenas aquilo que se
experimenta com os sentidos, e que a mente
serve somente para ajudá-los. Entretanto, os
sentimentos não são base segura para o
conhecimento, e por vezes nos levam a tomar
decisões equivocadas.
12/05/23 66www.nilson.pro.br
EXPERIMENTALISMOÉ um método experimental
sem dar primazia aos sentidos. É comandado pela razão e pressupõe
algum tipo de teoria para a condução das
experiências. As experiências devem ser
reprodutíveis, generalizáveis e permitir predições daquilo que ainda não foi testado.
12/05/23 67www.nilson.pro.br
DEC
IFRA
ND
O M
ENSA
GEN
S C
IFRA
DA
S
12/05/23 68www.nilson.pro.br
• “O livro da natureza está escrito em caracteres matemáticos” (Galileu).
• Galileu, Torricelli e Stahl apreenderam que a razão só pode compreender aquilo que ela mesmo
produz de acordo com um plano que ela mesmo elaborou. A razão não pode deixar-se arrastar pela
natureza. Ao contrário, é ela que deve mostrar o caminho (...), obrigando a natureza a dar resposta
às questões que ela mesmo propôs. (Kant)12/05/23 69www.nilson.pro.br
O astrônomo Johannes Kepler, autor de três
importantes leis sobre o movimento
dos planetas, gastou anos procurando
relações matemáticas entre as órbitas dos astros celestes. Ele
viu música no espaço: “Os
movimentos celestes nada mais são que
uma canção contínua para várias vozes, percebidas pelo
intelecto e não pelo ouvido (...)”.
12/05/23 70www.nilson.pro.br
Pitágoras (“o quadrado da hipotenusa é igual à soma dos quadrados dos catetos”) e seus seguidores também
acreditavam que, para entender a natureza,
era necessário contemplá-la em busca de relações numéricas. Os pitagóricos também
acreditavam que as relações numéricas se
encontravam representadas na
música.12/05/23 71www.nilson.pro.br
Kepler chegou mesmo a representar os planetas por Kepler chegou mesmo a representar os planetas por meio de notas musicais. Com Kepler, a meio de notas musicais. Com Kepler, a
matemática se transforma na chave para se ouvir matemática se transforma na chave para se ouvir a harmonia inaudível dos planetas. Ela é o a harmonia inaudível dos planetas. Ela é o
segredo que abre o cofre. Trata-se de um artifício segredo que abre o cofre. Trata-se de um artifício que o cientista lança mão a fim de obrigar a que o cientista lança mão a fim de obrigar a
natureza a cantar em voz alta.natureza a cantar em voz alta.12/05/23 72www.nilson.pro.br
As notas se relacionam cada uma de um jeito diferente que nem as relações humanas.Cada uma
tem sua peculiaridade.
Quando falamos em uníssono esta é a
menor distância que o nosso ouvido
percebe.
12/05/23 73www.nilson.pro.br
O mais agradável destes intervalos é o que corresponde a sexta maior, que corresponde ao
retângulo áureo. Pois, a nota sexta maior no
caso a nota LÁ na escala é a que chega
mais próxima do que corresponde
1,618.12/05/23 74www.nilson.pro.br
Compreendermos melhor a teoria da apreciação da beleza na matemática se
compararmos com a música. A música é
superior a linguagem do inconsciente. Na música o
inconsciente manifesta-se. Antigas memórias,
emocionalmente absorvidas, são
despertadas pela melodia e harmonia e isto está
relacionado com as características da música.
12/05/23 75www.nilson.pro.br
Já havia sido percebida pelos gregos antigos a
medida de satisfação maior pelos
retângulos áureos que por retângulos
de proporções diferentes e que a
sexta maior constituía a melhor
harmonia por possuir aproximadamente o
mesmo do retângulo áureo.12/05/23 76www.nilson.pro.br
Kepler foi um dos últimos pensadores medievais. Kepler foi um dos últimos pensadores medievais. Para ele, Deus compôs uma melodia e a colocou, Para ele, Deus compôs uma melodia e a colocou,
cifrada, nos céus. É o primeiro a decifrar o código, cifrada, nos céus. É o primeiro a decifrar o código, a abrir o cofre, descobrir o segredo, o primeiro a a abrir o cofre, descobrir o segredo, o primeiro a ouvir o que Deus diz, por meio de sua melodia: ouvir o que Deus diz, por meio de sua melodia: pura harmonia, pura música. Se sua visão da pura harmonia, pura música. Se sua visão da
ciência tivesse triunfado, hoje os cientistas seriam ciência tivesse triunfado, hoje os cientistas seriam místicos contemplativos, andando na companhia místicos contemplativos, andando na companhia
de teólogos e músicos.de teólogos e músicos.12/05/23 77www.nilson.pro.br
A ciência moderna tem a ver com máquinas, A ciência moderna tem a ver com máquinas, técnicas, manipulações. A matemática não técnicas, manipulações. A matemática não
conduz à harmonia musical. Devemos isso a conduz à harmonia musical. Devemos isso a Galileu.Galileu.12/05/23 78www.nilson.pro.br
Ao buscar explicações teleológicas para a natureza, Ao buscar explicações teleológicas para a natureza, acabava-se chegando sempre a um mesmo acabava-se chegando sempre a um mesmo
resultado: o universo é produto da criação divina. resultado: o universo é produto da criação divina. Ao se fazer perguntas teleológicas à natureza, as Ao se fazer perguntas teleológicas à natureza, as respostas obtidas serviam para dar sentido à vida respostas obtidas serviam para dar sentido à vida das pessoas - mas elas não podiam ser testadas das pessoas - mas elas não podiam ser testadas
ou corrigidas.ou corrigidas.12/05/23 79www.nilson.pro.br
Galileu revoluciona a ciência ao afirmar que o Galileu revoluciona a ciência ao afirmar que o universo não tem um sentido humano. No mundo universo não tem um sentido humano. No mundo dos números, não se pode mais fazer perguntas dos números, não se pode mais fazer perguntas
sobre a finalidade do universosobre a finalidade do universo..12/05/23 80www.nilson.pro.br
A ciência moderna se caracteriza pelo abandono da categoria substância, que é substituída pela categoria função. O que importa não é o que as
coisas são, mas como elas se comportam.12/05/23 81www.nilson.pro.br
Na Grécia antiga, várias urnas, estátuas e prédios seguiam as proporções áureas, como é o caso do Partenon, que foi construído por volta de 430 a..C. e, como se pode analisar pela figura abaixo,
sua estrutura se aproxima do retângulo áureo. A letra grega phi foi dada ao valor 1,618... em homenagem a Phídias que, embora não
fosse o arquiteto do Partenon, era o Diretor artístico, a quem se submetiam todos os participantes da obra.
12/05/23 82www.nilson.pro.br
Leonardo da Vinci conheceu a divina proporção ao fazer as ilustrações do tratado do Frei Luca Paccioli, padroeiro dos Contabilistas, que escreveu um livro a respeito da proporção áurea, tendo, então, utilizado em suas obras, como A Última Ceia, Monalisa, Anunciação e outras.
12/05/23 83www.nilson.pro.br
Platão reconheceu que a música exprime vivamente a emoção humana. É, por excelência, a linguagem do inconsciente.
12/05/23 84www.nilson.pro.br
Vivemos mergulhados em um oceano de sons. Em todo
lugar, a qualquer hora, convivemos
com a música, sem nos darmos
conta disso. A música faz parte
da nossa vida, muitas vezes
funcionando como estímulo a
comportamentos, provocando
reações inclusive fisiológicas.12/05/23 85www.nilson.pro.br
Para LEINIG (1977) os efeitos
fisiológicos da música se
englobam sob a categoria de
reações sensoriais, hormonais e
fisiomotoras, entre elas, a mudanças no metabolismo,
liberação de adrenalina,
aumento do limiar de vários estímulos
sensoriais. 12/05/23 86www.nilson.pro.br
Essas reações provocadas pela música
podem se dar em diferentes
graus dependendo
do caráter das diversas
músicas, do ambiente, do
estado de ânimo do
ouvinte, além do gosto e do conhecimento
musical.12/05/23 87www.nilson.pro.br
A música pode provocar no indivíduo a comunicação, a
identificação, a expressão pessoal e conduzi-lo ao
conhecimento de si mesmo. Por estes fatores, ela vem sendo utilizada, ao longo dos tempos, por profissionais de diversas
áreas com as mais diversas funções.
12/05/23 88www.nilson.pro.br
Conforme Jung observa: “O homem que fala com imagens
primordiais fala com mil línguas...Eis o segredo da
verdadeira arte”. A expressão musical pode estimular
experiências antigas, como ansiedade, pranto, excitação, santuário. Isto ocorre quando estas experiências da carga emocional universal vão de
encontro com o nosso inconsciente profundo para mente superficial, por isso a
música difere das outras artes, pois ela é mais precisa e poderosa para efetivar esta
transferência.12/05/23 89www.nilson.pro.br
"O nome semiótica vem da raiz grega semeion, que quer dizer signo“.
12/05/23 90www.nilson.pro.br
A ciência é relativamente nova e teve como maiores
expoentes o americano Charles S. Peirce e o suíço Ferdinand de
Saussure. Os problemas concernentes à semiótica,
também chamada semiologia (apesar de
muitos teóricos diferenciarem os dois
termos), podem retroceder a pensadores
como Platão e Santo Agostinho, por exemplo. 12/05/23 91www.nilson.pro.br
Somente no início do século XX com os trabalhos paralelos de Ferdinand de Saussure e C. S. Peirce, começa a adquirir estatuto de ciência e autonomia.
Às vezes a semiótica é considerada parte da lingüística, e às vezes o inverso. 12/05/23 92www.nilson.pro.br
A semiótica propriamente dita teve seu início com filósofos como o
inglês John Locke (1632-1704) que, no seu Essay on human
understanding, de 1690, postulou uma "doutrina dos signos" com o
nome de Semeiotiké.
O termo também é mencionado por Johann Heinrich Lambert (1728-1777) que, em 1764, foi um dos
primeiros filósofos a escrever um tratado específico intitulado
Semiotik. 12/05/23 93www.nilson.pro.br
PESCA
DO
RES E A
NZÓ
IS
12/05/23 94www.nilson.pro.br
“Teorias são redes; somente aqueles que as lançam
pescarão alguma coisa”. Karl Popper
Cientistas pertencem ao mesmo ‘clube’ dos caçadores,
pescadores e detetives.
Teorias são enunciados acerca do comportamento dos objetos de interesse do
cientista.
12/05/23 95www.nilson.pro.br
Um cientista é uma pessoa que sabe usar as Um cientista é uma pessoa que sabe usar as redes teóricas para apanhar as entidades que redes teóricas para apanhar as entidades que
lhe interessam.lhe interessam.
A ciência tem a ver com a A ciência tem a ver com a regularidaderegularidade dos dos hábitos da caça. Ela não se interessa pela hábitos da caça. Ela não se interessa pela
diferença, mais pelo diferença, mais pelo comumcomum..12/05/23 96www.nilson.pro.br
A lei é o comum. Por ser comum, é também
universal (nas ciências, leis são os enunciados da rotina
dos objetos).Na ciência, porém, a
analogia da rede deixa a desejar (o
cientista necessita de resultados precisos e
específicos).
Anzóis são mais precisos:
dependendo do peixe que você
espera pegar, usa anzóis grandes ou
pequenos.
12/05/23 97www.nilson.pro.br
Devemos tomar cuidado com a arrogância do pescador que, com um peixinho na mão, pretende haver
desvendado o mistério da lagoa escura...
12/05/23 98www.nilson.pro.br
“O que está em jogo não é a transmissão
daquilo que se inventa, mas antes a
transmissão do poder de inventar.”
Juan David Nasio
12/05/23 99www.nilson.pro.br
“O termo ‘método’, que significa literalmente
‘seguindo um caminho’ (do grego méta, ‘junto’, ‘em
companhia’, e hodós, ‘caminho’),
refere-se à especificação dos passos que devem ser tomados, em
certa ordem, a fim de se alcançar
determinado fim”
12/05/23 100www.nilson.pro.br
Gauss, na afirmação acima, está declarando:
“Cheguei lá sem seguir caminho
algum, premeditadamente.
Estou pensando para ver se descubro o método...”
12/05/23 101www.nilson.pro.br
Descobrimos que não existe uma única regra, por Descobrimos que não existe uma única regra, por mais plausível que pareça, por mais alicerçada mais plausível que pareça, por mais alicerçada
sobre a epistemologia, que não seja sobre a epistemologia, que não seja desrespeitada numa ou noutra ocasião.” (Paul desrespeitada numa ou noutra ocasião.” (Paul
Feyerabend, Contra el método, p. 15).Feyerabend, Contra el método, p. 15).12/05/23 102www.nilson.pro.br
Se Gauss está correto, é possível pensar que os Se Gauss está correto, é possível pensar que os inovadores chegam a suas idéias por meio de inovadores chegam a suas idéias por meio de
saltos, só então parando para descobrir o saltos, só então parando para descobrir o caminho, que deverá posteriormente ser caminho, que deverá posteriormente ser
ensinado aos mais medíocres, destituídos de ensinado aos mais medíocres, destituídos de asas. – Função do insight.asas. – Função do insight.
12/05/23 103www.nilson.pro.br
Kant, Comte, Freud, Marx, todos eles acreditam no advento de uma ciência livre de emoções. Kant denunciava as paixões como “cancros da razão pura”. Comte falava
sobre os três estágios do pensamento, o mais primitivo, habitado por mágicos e sacerdotes e representado pela
imaginação, enquanto o último era constituído de cientistas, sábios o bastante para amordaçar a
imaginação.
Freud caminha na mesma procissão e saúda o pensamento científico como o que definitivamente abandonou as fantasias e se ajustou à realidade. Enquanto isso, no marxismo, a ciência devora antropofagicamente sua
própria mãe, a ideologia.12/05/23 104www.nilson.pro.br
“A ciência, por mais pura que seja, é o produto de seres humanos engajados na fascinante aventura de
viver suas vidas pessoais” (Frederick Perls, et al., Gestal Therapy, p. 24).12/05/23 105www.nilson.pro.br
O QUE É FENOMENOLOGIA?O QUE É FENOMENOLOGIA?
• É o estudo da experiência vivida (van Manen, É o estudo da experiência vivida (van Manen, 1990).1990).
• Experiência vivida é o que experimentamos de Experiência vivida é o que experimentamos de forma pré-reflexiva (Laverty, 2003; van Manen forma pré-reflexiva (Laverty, 2003; van Manen
1990).1990).
• Qualquer coisa que se apresente à Qualquer coisa que se apresente à consciência é potencialmente de interesse da consciência é potencialmente de interesse da
fenomenologia, seja um objeto real ou fenomenologia, seja um objeto real ou imaginário, empiricamente mensurável ou imaginário, empiricamente mensurável ou subjetivamente sentido (van Manen, 1990).subjetivamente sentido (van Manen, 1990).
12/05/23 106www.nilson.pro.br
Fenomenologia de Husserl
12/05/23 107www.nilson.pro.br
HUSSERL (1859-1938)
Edmund Husserl é considerado o pai da fenomenologia.Fez
doutorado em matemática teórica antes de iniciar seus estudos em filosofia.Criticou
a psicologia como uma ciência que está indo na direção errada ao tentar aplicar os métodos das
ciências naturais às questões humanas.
(Laverty, 2003).12/05/23 108www.nilson.pro.br
• A análise fenomenológica de Husserl dá ênfase ao fenômeno, ao que é dado imediato, à coisa que aparece diante da consciência (Padovani, 1990).
• No dado está contida a sua essência (Padovani, 1990).
12/05/23 109www.nilson.pro.br
O papel da fenomenologia é conhecer e descrever
o mundo das essências, “a qual faz uma coisa o que ela é, e sem a qual não seria o que é” (van Manen,
1990).
As essências são os objetos de estudo da
fenomenologia, enquanto que os fatos
são os objetos da psicologia (Padovani,
1990).12/05/23 110www.nilson.pro.br
• Duas técnicas são fundamentais na fenomenologia de Husserl: a intencionalidade e a “epoché”.
• A compreensão de um fenômeno é, de acordo com Husserl, um processo intencional.
• Através da intencionalidade, a mente é direcionada para o objeto de estudo (Laverty, 2003). 12/05/23 111www.nilson.pro.br
A consciência funde-se com o objeto para o qual está intencionado, não podendo jamais ser separado
daquele objeto (LeVasseur, 2003).
É da natureza do ser-humano estar com a consciência sempre direcionada para alguma coisa que não a si
mesma.
Sendo a consciência sempre intencional e indivisível de seu objeto, ela não pode ser uma coisa que subsiste
independentemente, como no cartesianismo (LeVasseur, 2003).12/05/23 112www.nilson.pro.br
Praticar a “epoché” é colocar em suspensão todas as crenças prévias, uma redução de quaisquer teoria e
explicação apriorística (Garnica, 1997).
“Epoché”, suspensão e redução fenomenológicas são tidas como sinônimos.
Husserl propôs que é necessário “suspender” as pressuposições pessoais para ter contato com a
essência do fenômeno (Laverty, 2003).
12/05/23 113www.nilson.pro.br
Husserl via no seu método uma forma de alcançar o Husserl via no seu método uma forma de alcançar o verdadeiro significado das coisas: “ver as coisas verdadeiro significado das coisas: “ver as coisas
como elas são”. como elas são”.
Julgou ter descoberto a verdadeira natureza do Julgou ter descoberto a verdadeira natureza do conhecimento da realidade e dos conceitos conhecimento da realidade e dos conceitos
universais (Padovani, 1990).universais (Padovani, 1990).
A fenomenologia de Husserl é denominada A fenomenologia de Husserl é denominada Fenomenologia Transcendental.Fenomenologia Transcendental.
12/05/23 114www.nilson.pro.br
Fenomenologia de Heidegger
12/05/23 115www.nilson.pro.br
HEIDEGGER (1889-1976)
Formação inicial em teologia católica. Heidegger trabalhou com Husserl, que o treinou nos processos de redução
fenomenológica e intencionalidade (Laverty,
2003). Contudo, Heidegger decidiu seguir um caminho alternativo ao de Husserl. A forma como a exploração da experiência vivida é realizada
diferencia o trabalho de Husserl e Heidegger (Laverty,
2003).
12/05/23 116www.nilson.pro.br
Heidegger rejeitava a idéia de que nós somos seres observadores separados do mundo
dos objetos que queremos conhecer.
Pelo contrário, nós somos inseparáveis de um mundo em existência (Draucker, 1999).
12/05/23 117www.nilson.pro.br
• Para Heidegger, não é a essência que dá significado à existência, mas o contrário (Padovani, 1990).
• Heidegger argumenta que o humano “sendo-no mundo” está sempre buscando significados para suas experiências.
• A filosofia deve desvendar a existência, determinar a essência do “estar-no-mundo”.12/05/23 118www.nilson.pro.br
12/05/23 119www.nilson.pro.br
12/05/23 120www.nilson.pro.br
12/05/23 121www.nilson.pro.br
One thing I have learned in a long life
— that all our science, measured against reality, is
primitive and childlike.
Albert Einstein
12/05/23 122www.nilson.pro.br
O nosso sentimento de belo, prazeroso,
agradável possui clara ressonância explícita com a métrica áurea. Outros padrões ou
regularidades nos fazem perguntar como Braille a Lavoisier sobre o artesão por detrás do artesanato.
12/05/23 123www.nilson.pro.br
“... Diotima: – Eu te direi Sócrates, embora a explicação seja longa:‘... Quando nasceu Afrodite banqueteavam-se os deuses e entre os demais se encontravam também o filho
de Prudência, Poros, (o recurso), Embriagado com o néctar adormece nos jardins
de Zeus; ... Pênia (a pobreza), a miséria ficou na porta,
procurando as sobras do festim. Barrada na entrada, por nada ter para oferecer, a
sem Recursos12/05/23 124www.nilson.pro.br
Pênia vê Poros adormecido, deita-se ao seu lado, enlaça-o
e concebe com o amor (Eros), gerando
Afrodite. Eis seu natalício : ao mesmo tempo, que por sua natureza amante do
belo, porque também Afrodite é bela e por ser filha de Poros (o
Recurso) e de Pênia (a pobreza, que tudo falta). ... foi essa a
condição em que ficou o amor:12/05/23 125www.nilson.pro.br
Primeiramente o Amor é sempre pobre, é duro, seco, descalço e sem lar, sempre por terra e sem forro,
deitando e ao desabrigo, as portas e ao caminho, tendo da natureza da mãe a falta, a carência.
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Segundo o pai, é insidioso com o que é belo e bom corajoso, decidido e enérgico caçador terrível sempre a tecer maquinações ávido de sabedoria e cheio de recursos, a filosofar por toda a vida temível mago, feiticeiro, sofista e nem imortal é a sua natureza e nem mortal e no mesmo dia, ora ele germina e vive, ora morre e de novo ressuscita...
12/05/23 127www.nilson.pro.br
Graças a natureza do pai é que consegue sempre escapar de modo que nem empobrece o amor nem enriquece assim como está no meio da sabedoria e da ignorância’. ... Sócrates: ‘ – do que me diz Diotima, estou convencido... ... Afirmo que todo homem deve honrar o amor, e que eu próprio prezo o que lhes concerne e particularmente cultivo e aos outros exorto e agora e sempre elogio a excelência do amor.”12/05/23 128www.nilson.pro.br
E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor
TAMBÉMe a outra metade
12/05/23 129www.nilson.pro.br
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BARBOSA, Laura Monte Serrat. 2001. O manifesto da transdisciplinaridade. Disponível em <www.psicopedagogia.pro.br/Ambito_da_Sociedade/Resenhas/Transdisciplinaridade/transdisciplinaridade.html>. Acesso em 15 nov. 2005.
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PRINCIPAIS REFERÊNCIAIS TEÓRICOS
12/05/23 131www.nilson.pro.br
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• ALVES, Rubem. Filosofia da Ciência – Introdução ao jogo e as suas regras. São Paulo : Loyola, 2005
• COMTE, Augusto. Discurso sobre o espírito positivo. São Paulo : Escala, 2005
• DESCARTES, René. Discurso do método. São Paulo : Escala, 2005
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OUTRAS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• Sítio de pesquisa sobre filosofia, epistemologia, etc.:
• http://www.criticanarede.com
12/05/23 133www.nilson.pro.br