apresentação para profissionais de saúde sobre uso da penicilina
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Apresentação Teatro Nair Belo, Limeira /SP . Ézio José Campos Filho Dirigida à profissionais médicos e enfermeiros da saúde pública da região. 07/08/2014.TRANSCRIPT
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Alergia a Penicilina
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Alguns dados sobre Sífilis
Em Limeira – SP no ano de 2013
• Adquirida- 53 casos
• Gestante- 19 casos
• Congênita 13 casos
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Região de Piracicaba – SP
• Adquirida- 194• Gestante – 48• Congênita 22
Até 30/06 de 2013
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Breve História da Penicilina
• A Penicilina foi descoberta em 1928 por Alexander Fleming quando saiu de férias e esqueceu algumas placas com culturas de micro organismos em seu laboratório. Quando voltou, reparou que uma das suas culturas de Staphilococcus havia sido contaminada por um bolor.
• Já se preparava para descartar todo o material quando reparou que ao redor das colônias do bolor não havia colônias de bactérias. Fazendo posteriormente um estudo mais detalhado descobriu que o bolor era do gênero Penicillium, e que ele produzia uma substância capaz de inibir o crescimento de colônias bacterianas.
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• Os experimentos com o fungo continuaram até que após uma década, os pesquisadores H. Florey e E. Chain da Universidade de Oxford, empenharam-se na investigação da Penicilina como agente terapêutico sistêmico. Em 1940, esses pesquisadores constataram que a Penicilina bruta disponível produzia efeitos terapêuticos notáveis quando administrada via parenteral em animais experimentalmente infectados com estreptococos.
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• Em 1941, Abraham e seus colaboradores publicaram os primeiros resultados clínicos terapêuticos de vários pacientes gravemente enfermos por infecções refratárias a todas as outras terapias da época.
• Em virtude do grande sucesso no uso da Penicilina nas práticas médicas, foi necessário produzi-la em larga escala. Durante a Segunda Guerra a Penicilina foi produzida para atender os combatentes feridos e salvou milhares de vidas.
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• A partir daí ela foi introduzida na sociedade civil e foi responsável por inúmeras curas de pacientes com Meningite, Pneumonia, Sífilis, Difteria, e outras doenças que levavam a morte.
• Em 1950 a produção de Penicilina passa pela marca de duzentos trilhões de unidades principalmente pela evolução dos métodos de extração do princípio ativo dos fungos, mas tem valores elevados por dose.
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• Em 1976 o pesquisador Beecham descobriu um intermediário biossintético, o ácido 6 - amino penicilânico.
• Com isso, a obtenção da penicilina passou a ser semi sintética, o que reduziu significativamente o custo de comercialização.
• Nos dias atuais a Penicilina ainda é usada, embora muitos microrganismos tenham desenvolvido resistência a esse antibiótico, ela é empregada em Faringoamigdalites estreptocócicas, na Sífilis, na Febre Reumática e outras doenças.
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Estrutura química da Penicilina
Anel tiazolúrico (A) ligado a um anel B-lactâmico (B) ao qual se fixa uma cadeia lateral (R).
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• A cadeia lateral determina as características farmacológicas das Penicilinas. A Penicilina G (benzilpenicilina), onde o R = benzil é a que apresenta maior atividade antimicrobiana, sendo a única Penicilina natural utilizada clinicamente nos dias atuais.
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• É importante destacar o risco causado pelo uso indiscriminado de antibióticos, o que tem relação direta com a formação do cidadão consciente e responsável com seus hábitos.
• O uso abusivo, errôneo, e a interrupção precoce do tratamento por conta própria é um problema de saúde pública, pode causar resistência bacteriana e também contribui para aumento de casos de intoxicação (automedicação).
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• Com base nesses problemas, a ANVISA, através da RDC 44/10 determinou que os antibióticos vendidos nas farmácias e drogarias do país só poderão ser entregues ao consumidor mediante receita de controle especial em duas vias. A segunda via deve ficar retida no estabelecimento farmacêutico, e a primeira deve ser devolvida ao paciente com carimbo para comprovar o atendimento.
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Aplicação da Penicilina
• A via de administração da Penicilina é intramuscular profunda, e é indicada a aplicação nos músculos da região glútea, por ser medicamento pouco solúvel que determina lenta absorção, necessita assim de uma musculatura maior. Mesmo assim, por conta do volume e da natureza dos cristais do medicamento, a aplicação causa intensa dor local com irradiação ou não.
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• O preparo da suspensão deve ser feito injetando 04 ml de água para injetáveis no frasco ampola contendo o pó e agitar durante um minuto. Aspira-se a suspensão, troca-se a agulha e procede-se a aplicação de modo lento e contínuo para evitar entupimentos.
• O paciente deve permanecer no mínimo 30 minutos na unidade para monitorar possível reação à Penicilina.
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Tipos de Reações
• As reações que podem ocorrer durante e após uma aplicação de Penicilina são: adversas e alérgicas.
• As adversas podem ser: hematomas, edema local, formação de abscessos, lesões vasculares e nervosas, como também fibroses e necroses. Pode ocorrer perda da função dos músculos e dos nervos.
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• As reações alérgicas merecem destaque, mas é preciso avaliar com cuidado. Muitas vezes, os relatos são exagerados caracterizados por ansiedade, medo, sudorese, associados à dor ou a possibilidade de sensação dolorosa frente à administração de quaisquer medicamentos parenterais ou outros procedimentos médicos. Estes episódios são corriqueira e erroneamente interpretados como reações alérgicas, principalmente pela população em geral.
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Reações de hipersensibilidade podem ser:• Imediatas- urticária, prurido, rubor, edema
laríngeo, arritmia cardíaca e choque.• Aceleradas- urticária ou angioedema, edema
laríngeo, e menos freqüente hipotensão.• Tardias- erupções cutâneas, febre, anemia
hemolítica, nefrite.
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• Estudos demonstram que as reações alérgicas consideradas moderadas, associadas à Penicilina, são pouco frequentes e ocorrem em 1 a 4 para cada 10.000 tratamentos e as raras reações anafiláticas fatais, em 1 a 2 para cada 100.000 tratamentos.
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Referências Bibliográficas
• Goodman e Gilman, 2010• Agência Nacional de Vigilância Sanitária• Sociedade Brasileira de Química• Tudo sobre plantas. A descoberta da Penicilina• Desmentindo verdades. B. S. Alexander Fleming• Ministério da Saúde. Portaria 3161 de 27/12/2011• Levine e Redmond. Ministério da Saúde 1999• Rev. Bras. Alerg. Imunopatologia: alergia à penicilina conduta
alergológica• Sociedade Bras. Alergia e Imunologia• Boletim Epidemiológico CRT DST/AIDS Nº1 2013• SINAN
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