apresentação do powerpoint · 2019-11-07 · paraÍba pb: 64 paranÁ –pr: 428 pernambuco pe:...
TRANSCRIPT
apresentação
Calprotectina Fecal para Diagnóstico e
Monitoramento da Doença Inflamatória Intestinal
(Doença de Crohn ou Retocolite Ulcerativa)
Considerado exame invasivo, com custos elevados, riscos relacionados ao procedimento anestésico, sangramento e perfuração intestinal. Soma-se a isto a dificuldade de acesso ao exame.
PROPOSTA DE ATUALIZAÇÃO DO ROL
Nome da tecnologia: Calprotectina fecal
Indicação de uso: Diagnóstico de pacientes com suspeita clínica de doença de Crohn (DC) ou retocolite ulcerativa (RCU) e monitoramento dos pacientes com DC ou RCU já diagnosticadas, requerendo monitoramento da atividade da doença.
Motivação:
Calprotectina fecal:
proteína que pode ser utilizada como marcador da inflamação
Colonoscopia é o padrão ouro no diagnóstico e acompanhamento de pacientes com doenças inflamatórias intestinais (DII).
Diretrizes de tratamento indicam a sua utilização no diagnóstico e
acompanhamento de DII, de forma menos invasiva, mais prática, com menor custo e
maior aceitação
A medida da calprotectinafecal pode reduzir o número de
colonoscopias na suspeita clínica de DII ou com DII
requerendo monitoramento da atividade da doença
Uma amostra de material fecal simples é suficiente para a
realização do exame
DESCRIÇÃO DO PROBLEMA DE SAÚDE
DII: inflamações intestinais crônicas autoimunes que apresentam diversos cursos clínicos.
As principais DII são a retocolite ulcerativa (RCU) e a doença de Crohn (DC)
Os principais sintomas são digestivos, como diarreia, vômito, dor abdominal e presença de sangue nas fezes
Nos períodos de recidivas, os pacientes sofrem
substancialmente devido ao surgimento de morbidades, além da necessidade de tratamentos
intensivos, investigações invasivas e procedimentos cirúrgicos
O curso da doença prejudica a qualidade de vida relacionada à saúde dos pacientes, levando a
quadros de ansiedade e depressão devido a
hospitalizações frequentes e incapacidades proporcionadas
pela progressão da doença
POPULAÇÃO ALVO
Diagnóstico: pacientes com suspeita clínica de doença de Crohn (DC) ou retocolite ulcerativa
(RCU).
Monitoramento: pacientes com DC ou RCU já diagnosticadas, requerendo monitoramento da
atividade da doença.
TECNOLOGIA DE SAÚDE EM PROPOSIÇÃO
Calprotectina fecal
Código do procedimento em tabela profissional (CBHPM): 4.03.23.98-6
Fluorenzimoimunoensaio para a
determinação da calprotectina
para diagnóstico in vitro.
EliA™ Calprotectin 2 deve ser
utilizado no equipamento Phadia
250 ou Phadia 2500/5000.
• A calprotectina é uma proteína
encontrada no citosol de algumas
células, principalmente neutrófilos, que
ligada ao cálcio se torna um composto
estável não decomposto nos intestinos.
• Na DII, o número aumentado de
neutrófilos no intestino leva a um
consequente aumento dos níveis de
calprotectina.
• É resistente à degradação metabólica
pelas bactérias intestinais e pode ser
encontrada nas fezes se mantendo
estável por sete dias em temperatura
ambiente.
• Uma amostra de material fecal simples é
suficiente para a realização do exame.
SEGURANÇA DA TECNOLOGIA
Não há relatos de problemas
relacionados à segurança do teste.
Necessidade de um novo teste
diagnóstico visando reduzir o número de
colonoscopias
BENEFÍCIOS/GANHOS DA TECNOLOGIA EM COMPARAÇÃO A
TECNOLOGIAS JÁ DISPONÍVEIS NO ROL PARA A MESMA INDICAÇÃO
Calprotectina fecal
Limitações:
• exame invasivo, com custos elevados, riscos relacionados ao procedimento anestésico, sangramento e perfuração intestinal;
• Nem sempre é bem aceita pelos pacientes;
• Há dificuldade de acesso ao exame, mesmo no cenário da saúde suplementar
As DII não apresentam sinais e sintomas patognomônicosO diagnóstico é feito com base nos achados de sintomas clínicos, exames
de imagem (endoscópicos e radiológicos) e histopatológicos
Colonoscopia:
padrão ouro para diagnóstico e avaliação da gravidade,
extensão e distribuição das DII. Junto com exame
histopatológico, permite a diferenciação de RCU e DC.
Revisão da literatura
QUESTÃO ESTRUTURADA NO FORMATO PICO
Pergunta: A utilização de calprotectina fecal possui acurácia comprovada e é capaz de reduzir
o número de colonoscopias em indivíduos com suspeita clínica de DII ou com DII requerendo
monitoramento da atividade da doença?
P – População
Pacientes com suspeita de DII com base na avaliação clínica e pacientes
com diagnóstico confirmado de DII requerendo monitoramento da
atividade da doença
I – Teste índice Calprotectina fecal
C – Padrão de
referênciaColonoscopia
O – DesfechosAcurácia do teste
Redução no número de colonoscopias
Desenho de
Estudo
Metanálises, revisões sistemáticas, estudos de acurácia, ensaios clínicos,
estudos observacionais
EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS
Foram incluídos 7 estudos na revisão, sendo 3 revisões sistemáticas com indivíduos de qualquer faixa etária, 3 revisões sistemáticas incluindo adultos e 1 revisão sistemática incluindo crianças e adolescentes (4 a 18 anos).
Autor, data Desenho População Principais resultados Nível evidência*
Boon et al
2015
Revisão
sistemática
Pacientes de qualquer faixa etária
com diagnóstico de DII; avaliados
por colonoscopia
Sensibilidade: 51,6% - 100%
Especificidade: 6,7% - 100%
VPP: 6,6% - 100%
VPN: 38% - 100%
Nível 1
Mosli et al
2015
Revisão
sistemática
com meta-
análise
Qualquer faixa etária; diagnóstico
prévio de DC ou RCU e sintomas
de doença ativa; avaliados por
colonoscopia
Sensibilidade: DII 0,88 (IC95% 0,84-0,90);
RCU 0,88 (IC95% 0,84-0,92);
DC 0,87 (IC95% 0,82-0,91).
Especificidade: DII 0,73 (IC95% 0,66-0,79);
RCU 0,79 (IC95% 0,68-0,87);
DC 0,67 (IC95% 0,58-0,75).
Nível 1
van Rheenen
2010
Revisão
sistemática
com meta-
análise
Pacientes com suspeita de DII;
avaliados por colonoscopia
Sensibilidade: Adultos 0,93 (IC95%0,85-0,97);
Crianças e adolescentes 0,92 (IC95%0,84-0,96).
Especificidade: Adultos 0,96 (IC95%0,79-0,99);
Crianças e adolescentes 0,76 (IC95%0,62-0,86).
Nível 1
Heida et al
2017
Revisão
sistemática
com meta-
análise
Adultos com diagnóstico de DII;
pelo menos duas medidas
consecutivas de CF; avaliados por
colonoscopia
Verdadeiros positivos: 13%-40%
Verdadeiros negativos: 20%-63%
Falsos positivos: 4%-30%
Falsos negativos: 4%-16%
Nível 1
*Oxford Centre for Evidence-Based Medicine 2011 Levels of Evidence para Estudo Diagnóstico
EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS
Autor, data Desenho População Principais resultados Nível evidência*
Qiu et al 2015
Revisão
sistemática com
meta-análise
Adultos com DC tratada
cirurgicamente; avaliados por
colonoscopia
Sensibilidade: 0,82 (IC95%0,73-0,89)
Especificidade: 0,61 (IC95%0,51-0,71)Nível 1
Lin et al 2014
Revisão
sistemática com
meta-análise
Adultos com DII; avaliados por
colonoscopia
Sensibilidade:
DII 0,85 (IC95% 0,82-0,87);
CU 0,88 (IC95% 0,85-0,91);
DC 0,81 (IC95% 0,77-0,84).
Especificidade:
DII 0,81 (IC95% 0,77-0,84);
CU 0,82 (IC95% 0,77-0,86);
DC 0,81 (IC95% 0,76-0,86).
Nível 1
Holtman et al 2016 Revisão
sistemática
Crianças (4 a 18 anos) com
sintomas gastrointestinais
sugestivos de DII; avaliados por
colonoscopia
Sensibilidade: 0,99 (IC95% 0,92-1,00);
Especificidade: 0,65 (IC95% 0,54-0,74)Nível 1
*Oxford Centre for Evidence-Based Medicine 2011 Levels of Evidence para Estudo Diagnóstico
Avaliação econômica
Avaliação econômica
Horizonte de tempo:
Parâmetros gerais
População-alvo: Comparador:
1. Calprotectina Fecal.
2. Colonoscopia.
Pacientes com suspeita de DII com base na avaliação clínica e pacientes com diagnóstico
confirmado de DII, RCU ou DC, requerendo monitoramento da atividade da doença.
Diagnóstico e acompanhamento
Tipo de modelo:
1 anoCusto-benefício (custo)
Avaliação econômica
Desenho do modelo econômico
Avaliação econômica
Resultados: custo incremental
Desfechos Calprotectina Diagnóstico padrão Incremental
Custo Total R$2.349,40 R$3.021,25 -R$671,85
Calprotectina fecal Diag. R$590,67 - R$590,67
Colonoscopia Diag. R$979,04 R$1.302,26 -R$323,22
Calprotectina fecal Mon. R$779,69 - R$779,69
Colonoscopia Mon. - R$1.718,99 -R$1.718,99
Colonoscopias para diagnóstico 75,18% 100,00% -24,82%
Impacto orçamentário
Impacto orçamentário
População elegível: funil de pacientes
Parâmetros 2018 Referência
População coberta pelo SSS 47.118.974 ANS jun/2018
Prevalência de DII 37,20/100.00 hab. Lima et al., 2018
Incidência de DII 7,70/100.000 hab. Lima et al., 2018
População elegível 17.999 Calculado
Novos pacientes 3.654 Calculado
Impacto orçamentário
Resultados
Ano Cenário referência Cenário projetado Incremento
2020 R$42.271.629 R$22.774.478 -R$19.497.152
2021 R$48.665.999 R$25.697.938 -R$22.968.062
2022 R$55.098.073 R$28.637.548 -R$26.460.525
2023 R$61.566.189 R$31.592.558 -R$29.973.631
2024 R$68.068.631 R$34.562.171 -R$33.506.459
Total R$275.670.521 R$143.264.693 -R$132.405.829
Capacidade instalada e DUT
CAPACIDADE INSTALADA
Tipos de estabelecimentos de saúde que possuem a estrutura física e/ou a habilitação necessário para
execução do procedimento: Laboratórios de análises clínicas e de medicina diagnóstica.
PARÁ – PA: 484
PARAÍBA – PB: 588
PARANÁ – PR: 2.222
PERNAMBUCO – PE: 730
PIAUÍ – PI: 436
RIO DE JANEIRO – RJ: 2.090
RIO GRANDE DO NORTE – RN: 339
RIO GRANDE DO SUL – RS: 2.515
RONDÔNIA – RO: 308
RORAIMA – RR: 29
SANTA CATARINA – SC: 1.339
SÃO PAULO – SP: 4.598
SERGIPE – SE: 168
TOCANTINS – TO: 244
Fontes: Ministério da Saúde - Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde do Brasil – CNES (http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?cnes/cnv/estabbr.def);TabNet – Técnico e auxiliar de laboratório que não atendem pelo SUS em fevereiro de 2019 (http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?cnes/cnv/prid02br.def).
ACRE – AC: 59
ALAGOAS – AL: 246
AMAPÁ – AP: 55
AMAZONAS – AM: 132
BAHIA – BA: 1.283
CEARÁ – CE: 439
DISTRITO FEDERAL – DF: 248
ESPÍRITO SANTO – ES: 686
GOIÁS – GO: 1.069
MARANHÃO – MA: 494
MATO GROSSO – MT: 627
MATO GROSSO DO SUL – MS: 418
MINAS GERAIS – MG: 3.555
ACRE – AC: 45
ALAGOAS – AL: 168
AMAPÁ – AP: 22
AMAZONAS – AM: 187
BAHIA – BA: 606
CEARÁ – CE: 276
DISTRITO FEDERAL – DF: 690
ESPÍRITO SANTO – ES: 602
GOIÁS – GO: 295
MARANHÃO – MA: 150
MATO GROSSO – MT: 219
MATO GROSSO DO SUL – MS: 95
MINAS GERAIS – MG: 1.724
PARÁ – PA: 139
PARAÍBA – PB: 64
PARANÁ – PR: 428
PERNAMBUCO – PE: 512
PIAUÍ – PI: 51
RIO DE JANEIRO – RJ: 1.776
RIO GRANDE DO NORTE – RN: 129
RIO GRANDE DO SUL – RS: 498
RONDÔNIA – RO: 74
RORAIMA – RR: 31
SANTA CATARINA – SC: 310
SÃO PAULO – SP: 3.177
SERGIPE – SE: 70
TOCANTINS – TO: 56
Número de laboratórios de análises clínicas
e de medicina diagnóstica:
Número de técnicos e auxiliares de
laboratório:
PROPOSTA DE DIRETRIZ DE UTILIZAÇÃO (DUT)
Medida da calprotectina fecal
Cobertura obrigatória nos casos de diagnóstico diferencial das dores
abdominais crônicas recorrentes, diagnóstico diferencial das
diarreias crônicas, monitoramento da doença de Crohn e retocolite
ulcerativa e diagnóstico diferencial da síndrome do intestino irritável.
obrigado!