D I S C I P L I N A D E S E M I O L O G I A

U N I V E R S I D A D E D E M O G I D A S C R U Z E S

FA C U L D A D E D E M E D I C I N A

A U L A 0 9

N Á U S E A E V Ô M I T O

PORTO, Celmo Celeno. Semiologia

Médica. 7ª. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014, 1413 p.

A N AT O M I A ♠ F I S I O L O G I A

PAT O L O G I A

“Diga-me e eu esquecerei. Ensina-me e eu me

lembro. Envolva-me e eu aprendo”. (Benjamin Franklin)

h t t p : / /www.pau lode ta r so l i be ra l esso . c om

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CONCEITO6 / 39

Vômi to

ESTÔMAGO

SINTOMA

INTESTINO

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CONCEITO7 / 39

V Ô M I TO

Do la t im, vomi tã re t ra ta -se de

substânc ia cont ida no es tômago ou nos in tes t inos

e que vem a ser expe l ida pe la boca.

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CONCEITO8 / 39

Náusea

SINTOMAS SÍNDROME SINAIS

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CONCEITO9 / 39

N Á U S E A

É uma s índrome, um con jun to de s in tomas e de s ina is ,

que pode ou não preceder o vômi to . En t re os p r inc ipa is

componentes avu l tam-se o mal -es tar ep igás t r ico , o

mal -es ta r fa r íngeo, a b rad icard ia , a pa l idez cu tânea, a

sudorese marcante e a repu lsa a l imentar.

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ETIOLOGIA10 / 39

Causas

MISTA

DIGESTIVA

EXTRA

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ETIOLOGIA11 / 39

C A U S A S

As náuseas e os vômi tos podem apresentar causas

de na tureza ext ra d iges t iva , de na tureza d iges t iva ou

de na tureza mis ta fund indo àque las com es tas .

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ETIOLOGIA12 / 39

Causas ext ra d iges t ivas

MENINGITEENXAQUECA LIQUOR NEO EDEMA

NEFROLITÍASELABIRINTO IAM INTOXICAÇÃOINFECÇÃO

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ETIOLOGIA13 /39

C A U S A S E X T R A D I G E S T I VA S

Fatores exte rnos ao s is tema d iges t ivo podem dar

causa às náuseas e aos vômi tos . Sobressaem -se as

afecções cent ra is (enxaqueca, men ing i te , neop las ia e

sangramento) , as lab i r in topat ias , o in fa r to miocárd ico ,

a l i t íase rena l , as in fecções e as in tox icações.

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Causas d iges t ivas

ESTASEVARIZ LACERAÇÃO GASTRITE

ÚLCERAÚLCERA NEO OBSTRUÇÃO

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ETIOLOGIA15 / 39

C A U S A S D I G E S T I VA S

Fatores in te rnos ao s is tema d iges t ivo podem dar causa

a náuseas e vômi tos , qua is se jam a es tase gás t r ica , a

gast r i te , a ú lcera pépt ica , a neop las ia gás t r ica , a var iz

esofág ica , a laceração eso fagogást r ica , a ú lcera

duodena l e a obs t rução in tes t ina l a l ta .

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CARACTERES SEMIOLÓGICOS16 / 39

Quin te to

NÁUSEA COR

HORÁRIOCONTEÚDO REFEIÇÃO

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CARACTERES SEMIOLÓGICOS17 / 39

V Ô M I TO

São carac te res semio lóg icos a serem inves t igados a

náusea (p recede ou não) , o conteúdo (suco gás t r ico ,

a l imento , b i le , sangue, fezes) , a cor (c la ro ,

esverdeado, avermelhado, enegrec ido) , o horár io

(momento do d ia ou da no i te ) e a re lação com a

inges ta a l imentar (p resente ou ausente) .

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Náusea

ANTECEDE INEXISTE

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CARACTERES SEMIOLÓGICOS19 / 39

N Á U S E A P R E C E D E N T E

Se a náusea precede o vômi to , o pac ien te exper imenta

um mal -es tar e vomi ta ; o que ocor re na ausênc ia de

encefa lopat ia , ta l qua l na in tox icação a lcoó l ica . Do

cont rá r io , o vômi to se dá inesperadamente , sem av iso

p rév io , em ja to ; o que se cons ta ta nas encefa lopat ias ,

como men ing i te , neop las ia , sangramento ou edema.

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Coloração

BILE

SUCO

SANGUE

FEZES

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C O L O R A Ç Ã O D O V Ô M I TO

O esverdeado a lude o vômi to b i l ioso , t íp ico

da obs t rução d iges t iva a l ta (ex. hérn ia duodena l ) .

O avermelhado ind ica o sangu ino len to , da lesão

à montan te do ângu lo de Tre i tz (ex. ú lcera pépt ica) .

O enegrec ido sugere o feca ló ide , especí f i co da

obs t rução in tes t ina l ba ixa (ex. vo lvo de s igmoide) .

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CARACTERES SEMIOLÓGICOS22 / 39

Suco gás t r i co puro

EXTRA AMARELO DIGESTIVAS

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CARACTERES SEMIOLÓGICOS23 / 39

S U C O G Á S T R I C O P U R O

O suco gás t r ico puro , por vezes com pouca b i le e

a lgum a l imento recentemente inger ido , cos tuma

ocor re r no vômi to de causa ext ra d iges t iva . Quando

quem a e le dá causa é o apare lho d iges t ivo , conota ,

gera lmente , gas t r i te e ú lcera pépt ica ou duodena l ,

sendo comum fazer -se acompanhar de c r ise do lo rosa .

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CARACTERES SEMIOLÓGICOS24 / 39

Al imentos an t igos

ESTASE AMARELO ESTASE

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CARACTERES SEMIOLÓGICOS25 / 39

A L I M E N TO S

A presença, no vômi to , de a l imentos inger idos há

vár ias horas faz -nos pensar em es tase gás t r ica , es tado

em que o f luxo normal de um l íqu ido corpóreo para ,

no caso , o f luxo do conteúdo do t ra to d iges t ivo .

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CARACTERES SEMIOLÓGICOS26 / 39

Vômi to sangu ino len to

SANGRAMENTO ▲ VERMELHO SANGRAMENTO ▲

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CARACTERES SEMIOLÓGICOS27 / 39

V Ô M I TO S A N G U I N O L E N TO

Hematêmese é o vômi to com sangue. Ocor re na

hemorrag ia d iges t iva a l ta , quando a sede do

sangramento es tá en t re a boca e o ângu lo de Tre i tz , na

t rans ição duodeno je juna l . São causas as var izes

eso fág icas , as in f lamações agudas, as ú lceras , as

neop las ias e as lacerações (S . Ma l lo ry Weiss) .

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CARACTERES SEMIOLÓGICOS28 / 39

Vômi to b i l ioso

OBSTRUÇÃO ▲ VERDE OBSTRUÇÃO ▲

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CARACTERES SEMIOLÓGICOS29 / 39

V Ô M I TO B I L I O S O

O vômi to b i l ioso , enquanto r ico em b i le , apresenta -se

esverdeado. Or ig ina -se da obs t rução in tes t ina l a l ta .

Dá- lhe causa a hérn ia (es t rangu lamento) , o vo lvo

( to rção) , a in tussuscepção ( invag inação ) , a aderênc ia

(es t rangu lamento) , a neop las ia ( in t ra lumina l ou ext ra )

e a verminose (bo lo de áscar is lumbr ico ides ) .

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CARACTERES SEMIOLÓGICOS30 / 39

Vômi to feca ló ide

OBSTRUÇÃO ▼ NEGRO OBSTRUÇÃO ▼

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CARACTERES SEMIOLÓGICOS31 / 39

V Ô M I TO F E C A L Ó I D E

As a fecções do in tes t ino g rosso ra ramente

desencade iam náuseas e vômi tos . O có lon i r r i táve l ,

durante a c r ise do lo rosa, pode acar re ta r náusea. A

oc lusão in tes t ina l ba ixa , pouco impor tando aqu i lo que

l he dá causa, pode imp l icar em vômi to com fezes .

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CARACTERES SEMIOLÓGICOS32 / 39

Horár io

MATUTINO VESPERTINO NOTURNO

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CARACTERES SEMIOLÓGICOS33 / 39

H O R Á R I O

O vômi to pode ocor re r de manhã, a ta rde ou a no i te ,

c lass i f i cando -se como matu t ino , vesper t ino ou no turno .

Medi temos como exemplo , a lguém que sa i de casa as

pressas , de “es tômago vaz io ” (matu t ino) , no a lmoço

“engo le a comida” em dez minu tos (vesper t ino) e a

no i te “enche a cara” no barz inho da esqu ina (no turno) .

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CARACTERES SEMIOLÓGICOS34 / 39

Al imentação

INEXISTE RELAÇÃO EXISTE

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CARACTERES SEMIOLÓGICOS35 / 39

H O R Á R I O

O vômi to desvenc i lhado da re fe ição sugere que o que

l he dá causa é fa to r ext ra d iges t ivo , como por exemplo

uma enxaqueca ou uma l i t íase rena l . Em sent ido

con t rá r io , o vômi to que tem na re fe ição o seu fa to r

desencadeante ins inua a causa d iges t iva , ta l qua l a

gas t r i te , a ú lcera pépt ica ou a es tase gás t r ica .

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PLANEJAMENTO TERAPÊUTICO36 / 39

Remover fa to r causa l

ANTIEMÉTICOS DIETA MEDICAMENTOS

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PLANEJAMENTO TERAPÊUTICO37 / 39

R E M O V E R FATO R C A U S A L

A h id ra tação deve ser de 3 l i t ros por d ia . A d ie ta migra :

parentera l , en tera l e o ra l ( f rac ionada vár ias vezes ao

d ia ) . Os an t iemét icos são o d imen idra to , a mec l iz ina , a

metoc lopramida e a ondanset rona . Os sedat ivos são a

levomepromaz ina e o d iazepam. E os g l i cocor t ico ides

são a p red in isona e a met i lp red in iso lona . Combinamos.

PAULO DE TARSO

S I S T E M A V E N O S O

CONCLUSÃO38 / 39

INTRODUÇÃO

GÊNESE

PATOLOGIACARACTERES

CONCEITO

F I M