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Transição Demográfica no Brasil:
Aumento da Expectativa de Vida da População
Retirado de: Simões (2016)
Transição Demográfica no Brasil:
Inversão da Pirâmide Etária
Retirado de: Simões (2016)
A partir de 2030:
+60 anos 0-14 anos
Envelhecimento
da População
Carga das Doenças Crônicas NãoTransmissíveis no Brasil
Principais Causas de
Anos de Vida Perdidos Precocemente (DALYs)
Anos de Vida Perdidos Precocemente por
Morte ou Incapacidade (DALYs)
Adaptado de: GBD 2016 Brazil Collaborators (2018)
D. transmissíveis, parasitárias, maternas, perinatais e nutricionais
An
os / 1
00
.00
0 h
ab
.
D. crônicas não transmissíveis
Injúrias (causas externas)
DCNT
VS
DTPMPN
Anos / 1
00.0
00 h
ab.
An
os / 1
00
.00
0 h
ab
.
Principais Causas de
Anos de Vida Perdidos Precocemente (YLL)
D. transmissíveis, parasitárias, maternas, perinatais e nutricionais
D. crônicas não transmissíveis
Injúrias (causas externas)
Causas de Anos de Vida Perdidos
Precocemente por Morte (YYL)
D. Transmissíveis
Principais Agravos Principais Agravos
Adaptado de: GBD 2016 Brazil Collaborators (2018)
1990 2016
1. Doenças diarréicas 1. Doença isquêmica do Coração
2. Infecções de trato respiratório inferior 2. Violência interpessoal
3. Nascimento pré-termo 3. Injúrias relacionadas ao trânsito
4. Doença isquêmica do Coração 4. AVC
5. Injúrias relacionadas ao trânsito 5. Infecções de trato respiratório inferior
6. Violência interpessoal 6. Anomalias congênitas
7. Anomalias congênitas 7. Diabetes
8. AVC 8. DPOC
9. Encefalopatia neonatal 9. Alzheimer
10.Desnutrição protéico-calórica 10. Nascimento pré-termo
11. Sepse neonatal 11. Doença renal crônica
12. DPOC 12. HIV/AIDS
13. Meningite 13. Câncer de pulmão
14. Afogamento 14. Danos auto-inflingidos
15. Diabetes 15. Cirrose / Hepatite C
D. Maternas
D. Perinatais
Desnutrição
DCNT
Injúrias
DCNT
Injúrias
1º DCV
2º Câncer
• Obesidade: 20,8% ~ 26,6 milhões brasileiros adultos
Mulheres: 24,3 % (95% CI 23.5,25.1)
Homens: 16,8 % (95% CI 16.0,17.6)
Prevalência de obesidade no Brasil.
Pesquisa Nacional de Saúde, 2013 e obesidade no Brasil.
Pesquisa Nacional de Saúde, 2013
Tendência secular na prevalência de obesidade no Brasil de 1975 a 2013
%
Fontes: Inquéritos antropométricos nacionais do IBGE 1975, 1989, 2003, 2009 e 2013
0.67% ao ano
Tendência de Evolução
dos Fatores de Risco para DCV
11,8%
13,3%13,7%
14,3%15,1%
16,0%
17,4% 17,5%17,9%
18,9% 18,9% 18,9%
0,0%
2,5%
5,0%
7,5%
10,0%
12,5%
15,0%
17,5%
20,0%
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Obesidade
(IMC > 30 kg/m2)
Fonte: VIGITEL Brasil 2017
1.14% ao ano
Tendência de Evolução
dos Fatores de Risco para DCV
Excesso de peso
(IMC > 25 kg/m2)
42,6% 43,4%44,9% 45,9%
48,2% 48,8%51,0% 50,8%
52,5%53,9% 53,8% 54,0%
0,0%
5,0%
10,0%
15,0%
20,0%
25,0%
30,0%
35,0%
40,0%
45,0%
50,0%
55,0%
60,0%
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Fonte: VIGITEL Brasil 2017
DislipidemiaHipertensão
Obesidade
Diabetes
Doenças cardiovasculares, acidente vascular
cerebral, certos tipos de câncer, doenças da vesícula
biliar, osteoartrite, gota e doenças pulmonares................
WHO, 2000; WHO, 2009
Impacto sobre a saúde e as condições de
vida
11,8
13,313,7
14,3
15,1
16,0
17,4 17,517,9
18,9 18,9
10
15
20
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Fonte: VIGITEL – Brasil http://portal.saude.gov.br/
5,5
5,8
6,2 6,3
6,8
6,3
7,4
6,9
8,0
7,4
8,9
4
5
6
7
8
9
10
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
OBESIDADE
+ 0,73 pontos percentuais /ano DIABETES
+ 0,28 pontos percentuais/ ano
O Papel da Alimentação na Cargadas Doenças Crônicas NãoTransmissíveis (DCNT)
Tendências de consumo alimentar no Brasil
POF 2002 – 2003 e 2008-2009.
Cenário alimentar no Brasil
Prevalências de Práticas Alimentares
Saudáveis Relacionadas às DCNT
Adaptado de: Jaime et al, 2015
Dados da PNS, 2013
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80%
Consumo regular de feijão(5 + vezes / semana)
Consumo regular de FLV(5 + vezes / dia)
Consumo regular de peixe(1 + vez / semana)
Consumo de
Alimentos IN /MP
Prevalências de Práticas Alimentares
Não-Saudáveis Relacionadas às DCNT
Adaptado de: Claro et al, 2015
Dados da PNS, 2013
0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40%
Consumo regular de doces(5 + vezes / semana)
Consumo regular derefrigerantes / bebidas adoçadas
5 + vezes / semana)
Consumo de carnescom excesso de gordura
Consumo de
“ultraprocessados”
69,5%9,0%
21,5%
Prevalências de Práticas Alimentares
Não-Saudáveis Relacionadas às DCNT
Adaptado de: Louzada et al, 2015
Participação de Cada Grupo de Alimentos,
sobre o Consumo Energético Total Médio da População Brasileira
Alimentos in natura e
minimamente processadosAlimentos
“ultraprocessados”
Densidade energética (kcal/g)
Contribuição para Ingestão de
Açúcares Livres
Gorduras Totais
Contribuição Gorduras Sat.
Contribuição Gord. Trans
Densidade energética (kcal/g)
Densidade de fibras (g/1.000 kcal
Evidências sobre Consumo de Ultraprocessados X DCNT
Louzada et al, 2015; Rauber et al. 2018; Canella et al. 2014; Jull et al. 2018;
Louzada et al. 2015; Rauber et al. 2014, Fiolet et al 2018
Consumo de
“ultraprocessados” Prevalências de sobrepeso e obesidade
Pior perfil nutricional da dieta
Risco de desenvolvimento de câncer
Pior perfil lipídico de crianças
Evidências sobre Consumo de Ultraprocessados X DCNT
Nasreddine et al. 2017
Alimentação baseada em
In natura e
Min. Processados
Louzada et al, 2015; Rauber et al. 2018; Canella et al. 2014; Jull et al. 2018;
Louzada et al. 2015; Rauber et al. 2014, Fiolet et al 2018
Por outro lado...
Consumo de
“ultraprocessados” Prevalências de sobrepeso e obesidade
Pior perfil nutricional da dieta
Risco de desenvolvimento de câncer
Pior perfil lipídico de crianças
Níveis de HDL-C em adultos
Prevalências de síndrome metabólica
Prevalências de síndrome hiperglicemia
Ações de alimentação e nutriçãono Sistema Único de Saúde
Organização da Atenção Nutricional
➢ Diretriz central da PNAN
➢ Articulada na RAS
➢ Parte do cuidado integral à saúde
Política Nacional de Alimentação e Nutrição
Ações de alimentação e nutriçãono Sistema Único de Saúde
➢ Compreende ações de:• Promoção• Proteção• Prevenção• Diagnóstico e
tratamento de agravos
Política Nacional de Alimentação e Nutrição
Orientadas pelo
conceito de
Alimentação
Adequada e
Saudável
Ações de alimentação e nutriçãono Sistema Único de Saúde
Alimentação Adequada e Saudávelna Atenção Nutricional no SUS
Promoção da Alimentação Adequada e Saudável
➢ Ações intersetoriais voltadas ao coletivo, aos indivíduos e aos ambientes
➢ Produção de autonomia
➢ Contribuir para a redução da prevalência do sobrepeso e obesidade, DCNT e outros agravos
• Educação alimentar e nutricional• Regulação da rotulagem • Oferta de alimentos saudáveis...
Exemplos
Conceito de Alimentação
Adequada e Saudável
Alimentação Adequada e Saudável
➢ Necessidades de cada fase do curso davida e presença de necessidadesalimentares especiais
➢ Cultura alimentar e dimensões degênero, raça e etnia
➢ Acesso físico e financeiro à alimentação
➢ Harmonia em termos dequantidade equalidade
➢ Práticas produtivas adequadas esustentáveis
➢ Quantidades mínimas de contaminantesfísicos, químicos e biológicos
Sociocultural
Biológico
Ambiental
Envolve diferentes dimensões Deve levar em conta
O Guia Alimentar para a PopulaçãoBrasileira:
ferramenta de apoio para ações de alimentação e
nutrição no SUS
Guia Alimentar para a População Brasileira
Disponível no site do DAB
➢ Recomendações para uma alimentaçãoadequada e saudável voltadas àpopulação brasileira
➢ Linguagem simples e de fácilcompreensão
➢ Não é exclusivo do nutricionista: pode serutilizado por profissionais da saúde dediferentes formações
2014
PARA A ALMAPARA O PLANETA
PARA O CORPO
Alimentação
baseada em
alimentos em
refeições
Preservação e proteção da água, do
solo, do ar, da biodiversidade e da
terra.Diminuição da
emissão de poluentes, do uso de recursos naturais, do
desperdício e da produção de lixo
PARA A ALMA
PARA O PLANETA
PARA O CORPO
Recursos naturais e biodiversidade
Menor emissão de poluentes
DesperdícioProdução de
resíduos
Peso saudávelMenos deficiências de
nutrientesMenos DCNT
Vida mais longa e com qualidade
Prazer ao comerDiversidade cultural
PertencimentoAutonomia
Abordagem ampliada de Guia Alimentar
1. Alimentação é mais que ingestão de nutrientes
2. Recomendações sobre alimentação devem estar em sintonia com seutempo
3. Alimentação adequada e saudável deriva de sistema alimentar socialmentee ambientalmente sustentável
4. Diferentes saberes geram o conhecimento para a formulação de guiasalimentares
5. Guias alimentares ampliam a autonomia nas escolhas alimentares
PRINCÍPIOS
Guia Alimentar para a População Brasileira
RECOMENDAÇÕES
Escolha dos alimentos
Dos alimentos às refeições
O ato de comer e a comensalidadeCapítulo 2
Capítulo 4
Capítulo 3
Guia Alimentar para a População Brasileira
Escolha dos alimentos
Recomendações baseadas na extensão e no propósito do processamento dos alimentos
Classificação NOVA
Guia Alimentar para a População Brasileira
Moubarac J-C, Parra D. Cannon G, Monteiro C. Food classification systems based on food processing. Curr Obes Rep 2014 3: 256-273
Grupos de alimentos da NOVA Exemplos
Alimentos in natura ou minimamenteprocessados
Ingredientes culinários(óleos, gorduras, sal e açúcar)
Alimentos processados
Alimentos ultraprocessados
Grupos de alimentos da NOVA
Grupos de alimentos da NOVA
“Alimentos ultraprocessados são formulações industriais feitasinteiramente ou majoritariamente de substâncias extraídas de alimentos(óleos, gorduras, açúcar, amido, proteínas), derivadas de constituintes dealimentos (gorduras hidrogenadas, amido modificado) ou sintetizadas emlaboratório com base em matérias orgânicas (corantes, aromatizantes,realçadores de sabor e vários tipos de aditivos usados para dotar osprodutos de propriedades sensoriais atraentes).”
Faça de alimentos in natura ou minimamente processados a base de sua alimentação.
....................
Utilize óleos, gorduras, sal e açúcar em pequenas quantidades ao temperar e cozinhar alimentos e criar preparações culinárias.
....................
Limite o uso de alimentos processados, consumindo-os, em pequenas quantidades, como ingredientes de preparações culinárias ou como parte de refeições baseadas em alimentos in
natura ou minimamente processados.
....................
Evite alimentos ultraprocessados.
REGRA DE OURO:Prefira sempre alimentos in natura ou minimamente processados e preparações
culinárias a alimentos ultraprocessados
Escolha dos alimentos
Guia Alimentar para a População Brasileira
Guia Alimentar para a População Brasileira
• Exemplos de refeições saudáveis e equilibradas para café damanhã, almoço e jantar
• Baseados em refeições consumidas pela parcela da populaçãobrasileira que ainda mantém os alimentos in natura eminimamente processados como a base de sua alimentação
Dos alimentos às refeições
Guia Alimentar para a População Brasileira
• Comer com regularidade e com atenção
• Comer em ambientes apropriados
• Comer em companhia
O ato de comer e a comensalidade
Guia Alimentar para a População Brasileira
Guia Alimentar para a População
Brasileira como instrumento para
prevenção das DCNT
Guia Alimentar para a População Brasileira como
instrumento para a prevenção das DCNT
Guia pode ser utilizado em combinação com outros materiais
“Embora o foco deste material seja a promoção da saúde e a prevenção de
enfermidades, suas recomendações poderão ser úteis a todos aqueles que
padeçam de doenças específicas. Neste caso, é imprescindível que
nutricionistas adaptem as recomendações às condições específicas de cada
pessoa, apoiando profissionais de saúde na organização da atenção nutricional.”
Brasil. Guia Alimentar para a População Brasileira. 2014. Página 11.
Guia Alimentar para a População Brasileira comoinstrumento para a prevenção das DCNT
➢ Material publicado em 2018 pelo Ministério da Saúde
➢ Objetivo de oferecer subsídios aos profissionais de saúde, sobretudo da AB, para orientação da alimentação de indivíduos portadores de DCV e/ou seus fatores de risco
➢ Utiliza estratégia lúdica de orientação
Implementação do Guia naAtenção Básica: desenvolvimento
de tecnologias
Implementação do Guia na Atenção Básica: ferramentas já existentes
Implementação do Guia na Atenção Básica: tecnologias em desenvolvimento
➢ Oficina educativa sobre o Guia voltada para profissionais do NASF
➢ 4 escalas de mensuração – profissionais de saúde e usuários:
• Conhecimento de sobre as recomendações do Guia
• Auto eficácia e eficácia coletiva para o desenvolvimento de ações de A&N
• Prática profissional relacionada ao Guia (escala de observação)
• Avaliação do status da alimentação segundo as recomendações do Guia (folder “Como está sua alimentação”)
➢ Vídeos de divulgação das recomendações do Guia
Parceria entre o NUPENS/USP e a CGAN/MS
Público:
Profissionais
da saúde
Público:
Usuários
Referências
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos não Transmissíveis e Promoção
da Saúde. Vigitel Brasil 2017: vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico : estimativas sobre frequência
e distribuição sociodemográfica de fatores de risco e proteção para doenças crônicas nas capitais dos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal
em 2017 / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos não Transmissíveis e
Promoção da Saúde. – Brasília: Ministério da Saúde, 2018. 130.: il. Disponível em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/vigitel_brasil_2017_vigilancia_fatores_ risco.pdf
Claro, Rafael Moreira, Santos, Maria Aline Siqueira, Oliveira, Tais Porto, Pereira, Cimar Azeredo, Szwarcwald, Célia Landmann, & Malta, Deborah
Carvalho. (2015). Consumo de alimentos não saudáveis relacionados a doenças crônicas não transmissíveis no Brasil: Pesquisa Nacional de
Saúde, 2013. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 24(2), 257-265.
GBD 2016 Brazil Collaborators. Burden of disease in Brazil, 1990-2016: a systematic subnational analysis for the Global Burden of Disease Study
2016. Lancet. 2018 Jul 19. Disponível em:
Jaime, Patricia Constante, Stopa, Sheila Rizzato, Oliveira, Taís Porto, Vieira, Maria Lúcia, Szwarcwald, Célia Landmann, & Malta, Deborah Carvalho.
(2015). Prevalência e distribuição sociodemográfica de marcadores de alimentação saudável, Pesquisa Nacional de Saúde, Brasil 2013.
Epidemiologia e Serviços de Saúde, 24(2), 267-276.
Louzada, Maria Laura da Costa, Martins, Ana Paula Bortoletto, Canella, Daniela Silva, Baraldi, Larissa Galastri, Levy, Renata Bertazzi, Claro, Rafael
Moreira, Moubarac, Jean-Claude, Cannon, Geoffrey, & Monteiro, Carlos Augusto. (2015). Alimentos ultraprocessados e perfil nutricional da dieta
no Brasil. Revista de Saúde Pública, 49, 38. Epub July 10, 2015.
Simões, Celso Cardoso da Silva. Relações entre as alterações históricas na dinâmica demográfica brasileira e os impactos decorrentes do processo
de envelhecimento da população / Celso Cardoso da Silva Simões. - Rio de Janeiro : IBGE, Coordenação de População e Indicadores Sociais,
2016. 119 p.