arquitectura paisagista - catarina ferreira

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Portfolio Arquitetura Paisagista Faculdade de Ciências • Universidade do Porto • Portugal Catarina Isabel da Silva Ferreira //

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Page 1: Arquitectura Paisagista - Catarina Ferreira

Portfolio Arquitetura Paisagista Faculdade de Ciências • Universidade do Porto • Portugal

Catarina Isabel da Silva Ferreira //

Page 2: Arquitectura Paisagista - Catarina Ferreira

////Catarina Ferreira 91 109 39 62

[email protected]

Page 3: Arquitectura Paisagista - Catarina Ferreira

//// Portfolio

Índice //

Parque da LevadaParque Eco-Agrícola

Jardim Terapêuticola

Cidade dos Vazios

Parque Urbano - Aveiro

Políticas da Paisagem

Ordenamento do Território

Corredores VerdesParque Urbano - Quires

FCUP Campus - Gestão

- workshop - Recuperação de Áreas Ardidas - desenho - posters

Lice

ncia

tura

Mes

trad

o

2008/2009 2009/2010 2010/2011

2011/2012

2012/2013

Page 4: Arquitectura Paisagista - Catarina Ferreira

//Catarina Ferreira [email protected]

91 109 39 62

Page 5: Arquitectura Paisagista - Catarina Ferreira

// //Workshop “MASTERCLASS - Public Speaking” - organizado pela Sociedade de Debates da Universidade do Porto (SdUP) ( FCUP, Porto 2012) FAPFORM 2012 - Formação para Dirigentes Associativos, organizado pela Federação Académica do Porto (Covilhã 2012)

Música Fotografia Design Gráfico SIG Comunicação e ImagemLeituraViajarDesporto

Congresso da Associação Portuguesa de Arquitectos Paisagistas sobre “Paisagem e Território” (Lisboa 2011)

Escola Secundária de Jacome Ratton - Tomar [Ciências e Tecnologias ]

Inglês First Certificate (Cambridge University)

Alemão A1.1 e Espanhol A1.1 e A1.2 Faculdade de Letras da Universidade do Porto

Faculdade de Ciências da Universidade do Porto [Arquitectura Paisagista]

Licenciatura e Mestrado

DinamismoOrganização de Equipas

ComunicaçãoWorkshop de Arquitectura Paisagista organizado pela Universidade de Tras-os-Montes e Alto Douro sobre Recuperação de Áreas Ardidas (Vila Real 2011)

Participação na 8ª edição do “Prémio Jornal Arquitecturas / Vibeiras Jovem Arquitecto Paisagista” na categoria de estudante com o projecto “Jardim Terapêutico - Boavista”

“As Gentes da Proto-história Ocidental e os seus Santos Patriarcas” pelo Arq.Paisagista

Competências Informáticas

Outros Interesses

AutoCAD Civil 3D Adobe CS6Adobe Photoshop Adobe Illustrator Adobe Indesign Google Sketchup PRO Maxwell Render Corel Paintshop PRO ArcGIS 10 Windows OS Internet Microsoft Office

Participações

05

Educação

Competências linguísticas

Competências sociais

Page 6: Arquitectura Paisagista - Catarina Ferreira

Levada Parque Ribeirinho [ PORTO // RIOTINTO ]

O objetivo desta proposta é minimizar e mitigar o impacto ambiental e visual da área de intervenção e sua envolvente, bem como a integração de es-truturas na paisagem através da aplicação de téc-nicas adequadas. Com este projeto, inspirado nas linhas marcantes do espaço como a linha de metro, desenhou-se um espaço mais coeso, mais aces-sível, interligando um conjunto de espaços abertos, modernos, combinando áreas de produção, rec-reio e envolvente. Outra decisao projetual foi o de-sentubamento do Rio Tinto que o devolve à cidade.

• Projecto - Impacte e Recuperação da Paisagem• Professora Isabel Silva

Page 7: Arquitectura Paisagista - Catarina Ferreira

//07

• PLANO GERAL• NORTE

Page 8: Arquitectura Paisagista - Catarina Ferreira
Page 9: Arquitectura Paisagista - Catarina Ferreira

//09

VISTA A PARA A CLAREIRA DE RECREIO JUNTO ÀS LINHAS DE ÁGUA

Page 10: Arquitectura Paisagista - Catarina Ferreira

VISTA PARA O TALUDE

Page 11: Arquitectura Paisagista - Catarina Ferreira

//11

VISTA PARA OS CAMPOS AGRÍCOLAS PROPOSTOS

Page 12: Arquitectura Paisagista - Catarina Ferreira

Após a consolidação dos conteúdos botânicos abordados nesta disci-plina, exerceu-se a sua aplicabilidade neste seguinte projecto. O “Jar-dim Terapêutico”, procurando responder às exigências e condições do espaço localizado na Boavista identificando uma clínica de apoio geriátrico e uma espaço público de convívio. O conceito desenvolvido basou-se na prática da terapêutica geriátrica, tendo em conta a tera-pia da remnisciência através de objectos (linha férrea) e da vegetação (explorando a cor, textura, altura e sazonalidade). Procurou-se tam-bém que este projecto desempenhasse uma boa função de acessii-lidade a todas as faixas etárias, inclusivamente deficientes visuais.No fundo ao explorar a vegetação, explorou-se a função desta para as necessidades evidenciadas.

7

JardimTerapêutico [ PORTO // BOAVISTA ] • Prof. Jorge Barbosa e Prof. Gonçalo Andrade • Projecto - Vegetação em Espaço Urbano

• PLANO GERAL• NORTE

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//13

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Page 15: Arquitectura Paisagista - Catarina Ferreira

//15

Page 16: Arquitectura Paisagista - Catarina Ferreira

A área de intervenção é uma área expectante sem fun-ção aparente que desqualifica a urbanização adjacente. A oportunidade neste projecto é trazer para o terreno - funções, estética, e integração com a malha urbana e isto resultar numa composição paisgistica funcional e esttética que encontre a harmonia entre o ambiente e o ecológico com o enquadramento social da área envol-vente. O desenho do Parque de Quires é feito por linhas biomórficas que estimulam sensorialmente os utilizadores.

QuiresParque Urbano [ MAIA // LIDADOR ]• Prof. José Lameiras e Prof. Gonçalo Andrade• Projecto Espaços Exteriores II

Page 17: Arquitectura Paisagista - Catarina Ferreira

O termo “sustentabilidade” neste projecto é baseado na gestão da água: o sistema WADI desenvolve um papel muito importante para a acumulação/retenção de água, que pro-gressivamente se inflitra nas camadas mais inferiores do solo, potenciando melhorias na qualidade do solo; cri-ando zonas micro-climáticas atraindo mais biodiversidade.

• PLANO GERAL• NORTE

A

A’ //17

Page 18: Arquitectura Paisagista - Catarina Ferreira

• ANTES

Page 19: Arquitectura Paisagista - Catarina Ferreira

• DEPOIS

• ANTES A’

CORTE

A//19

Page 20: Arquitectura Paisagista - Catarina Ferreira

Projecto seleccionado para submissão ao de concurso de faculdades na Bienal Europeia da Paisagem - Barcelona

Lourinha Parque Eco-Agrícola[ PORTO // RIOTINTO ] • Professor Paulo Parques • Projecto Espaço Público

Page 21: Arquitectura Paisagista - Catarina Ferreira

84.35

Janeiro 2012Escala 1/1000

N

01

curvas de nível propostas

limite de intervenção

entradas para o parque

linha de água

linha do metro

talhões agrícolas

complexo multiusosmercado e cenro de interpretação ambientalestacionamento

escola básica

estádio desportivo

pavimento em estrado de madeira de 'pinho tratado'

pavimento pedonal e automóvel em asfalto betuminoso

ESTRUTURAS | EQUIPAMENTO E MOBILIÁRIO EXTERIOR

PAVIMENTOS

MODELAÇÃO E ALTIMETRIA

ZONAMENTO

rampa de acesso pedonal em estrado de madeira de 'pinho tratado'

compostor tipo “Almoverde Ecologia” ou equivalente

aparcador de bicicletas tipo “CityDesign” ou equivalente

banco de betão

poste de iluminação

banco de jardim tipo “CityDesign” ou equivalente

VEGETAÇÃO

C

B

A

B

AB

CD

parque de merendas

zona húmida

zona seca

E

F

G

FG

E

D

B

COBERTURA DO SOLO

estrato arbóreo proposto estrato arbóreo proposto para sebes

estrato arbustivo proposto

estrato sub-arbustivo e de revestimento herbáceo vivaz proposto

prado regado e cortado para recreio activo (e eventual pastoreio)

prado médio de sequeiro em crescimento semi-controlado

cobertura do solo em “mulch# tipo microplaquetas de madeira com traço de areia

ponto cotado

80.50

100.0098.00

96.00

94.00

92.00

90.00

88.00

86.00

84.00

82.00

80.00

80.00

79.00

78.00

79.00

87.00

85.00

83.00

81.00

76.00

77.00

80.50//21

• PLANO GERAL• NORTE

Page 22: Arquitectura Paisagista - Catarina Ferreira
Page 23: Arquitectura Paisagista - Catarina Ferreira

O parque da Lourinhã é um espaço que surge em uma área ru-ral, com tradição, mas ao mesmo tempo em uma zona que tem sido influenciada pela modernização e pressão humana da ci-dade. O conceito é fazer Lourinha um espaço que pode com-binar o prazer com a produtividade ea biodiversidade e onde a intervenção do usuário é a gestão adequada do espaço.É um projeto de dois fases, a primeira parte foi fei-to o desenho de toda a área e na segunda parte foi fei-ta toda a construção e os planos de pormenor da zona sul. //23

Page 24: Arquitectura Paisagista - Catarina Ferreira

A par da projecção de um projecto, acresce a necessidade deste ser sustentável com metdologias próprias de gestão e manutenção do seu sistema vivo em constante dinâmica. A aprendizagem sobre como o Homem interage no meio, foi praticada e experimentada através de vários esquemas que incluem as escalas dos estratos de vegetação, do edificado e a do Homem. Deste modo, é perceptível o nível de conforto humano, e também se extraem ilações sobre qual o regime de gestão a aplicar de acordo com o sistema vegetal em questão.

FCUP Campus Universitário[ PORTO // CAMPOALEGRE ] • Professor Paulo Parques • Gestão Espaços Exteriores

Page 25: Arquitectura Paisagista - Catarina Ferreira

//25

Page 26: Arquitectura Paisagista - Catarina Ferreira

• PLANO GERAL• NORTE

Page 27: Arquitectura Paisagista - Catarina Ferreira

Para a reestruturação o espaço exterior dos departamentos FC1, FC2 e FC3 da Faculdade de Ciências, foi necessário o levantamento dos elementos ex-istentes no espaço, desde todos os estratos vegetais, aos postes de ilumi-nação, pavimentos, etc. O orçamento estipulado foi respeitado, conseguindo desta maneira reorganizar espaços com maiores indices de prioridade (zonas com maior fluxos de estudantes p.exemplo), melhorando zonas de estadia (zo-nas de bar) e promovendo a biodiversidade (Mata esparsa nas traseiras dos departamentos). O desenho da vegetação conciliado com as tipologias de gestão foi inspirado em volumes e texturas dos maciços, das trepadeiras, pra-dos, revestimentos herbáceos, jogos de “corte e não-corte” da vegetação, etc. //27

Page 28: Arquitectura Paisagista - Catarina Ferreira

Sistemas de Informação geográfica aplicados ao orde-namento do territórioOs principais objectivos foram: consolidar a prática do ordenamento do território enfatizando as linhas ori-entadoras para a distribuição espacial de actividades económicas compatíveis com os princípios do de-senvolvimento sustentável e compatíveis com o ac-tual quadro legal dos instrumentos de Ordenamento do Território, em especial o Plano Director Municipal.

Bacia HidrográficaRio Tinto e Rio Torto Estratégias de Ordenamento[ PORTO // GONDOMAR // VALONGO // MAIA ]

• Prof. Maria José Curado e Prof. José Miguel Lameiras • Ordenamento do Território I

Page 29: Arquitectura Paisagista - Catarina Ferreira

ANÁLISE1ª Etapa

biofísica• Geologia • Hipsometria• Declives • Hidrografia • Solos • Flora e fauna

antrópica • Uso de solo • Ocupação do solo • Rede viária• Património (Cultural e Natural) • Demografia• Edificado • Serviços

• Plano Director Municipal • REN (Reserva Ecológica Nacional) • RAN (Reserva Agrícola Nacional)

instrumentos de planeamento //29

Page 30: Arquitectura Paisagista - Catarina Ferreira

SÍNTESE 2ª Etapa

UNIDADES DA PAISAGEMUNIDADES BIOFÍSICASAPTIDÃO FLORESTAL

APTIDÃO AGRÍCOLA RISCO DE INCÊNDIO RISCO DE CHEIAS

Page 31: Arquitectura Paisagista - Catarina Ferreira

PROPOSTA3ª Etapa

ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO PROTEGENDO O TERRITÓRIO

PROTEGENDO OS RECURSOS NATURAIS

ESTRUTURA ECOLÓGICAESTRUTURANDO O TERRITÓRIO//31

Page 32: Arquitectura Paisagista - Catarina Ferreira

Conectando Espaços

Porto e Rio Tinto são duas cidades que têm vindo a perder a sua permeabilidade ao longo do tempo a par da sua expansão urbana e industrial. O objectivo do trabalho foi identificar diferentes tipologias de espaços verdes nestas cidades e ligá-las pelas suas continuidades através de propostas, como:- parque- ruas arborizadas- pocket garden

Aplicação Material Vegetal Corredores Verdes [ Porto // Rio Tinto ]• Professores Paulo F. Marques e Claúdia Fernandes

Page 33: Arquitectura Paisagista - Catarina Ferreira

SOLO + RECURSOS NATURAIS + REDE + INTERAÇÕES SOCIAIS

MOBILIDADE +SERVIÇOS ECOLÓGICOS + PATRIMÓNIO + ESPAÇOS VERDES //33

Page 34: Arquitectura Paisagista - Catarina Ferreira

43

TIPOLOGIAS DE VEGETAÇÃOGALERIA RIPÍCOLA

RUAS E ÁREA ENVOLVENTE

EUCALIPTAL

44

PARQUE CONCEPTUALUSO DE SOLO INTELIGENTE

Page 35: Arquitectura Paisagista - Catarina Ferreira

SOLUÇÃO DE ARRUAMENTODRENAGEM DE ÁGUAS SUPERFICIAIS //35

Page 36: Arquitectura Paisagista - Catarina Ferreira

Políticas da PaisagemUnião Europeia

Hoje em dia, a paisagem portuguesa – bem como a europeia – é basicamente humanizada quer no seu desenho quer na sua gestão. Desde que Portugal se tornou parte da União Europeia, fazemos parte de um território único sob um conjunto de políti-cas espaciais – Serão estas que fazem e mudam a paisagem? Quais são as políticas centrais responsáveis pela paisagem? Estas são algumas das perguntas que precederam a um trabalho teórico sobre “ Políticas da Paisagem” inspirado pela Con-venção Europeia da Paisagem, olhando para a Agenda Territorial da EU 2020. Como caso de estudo, estudou-se também pais-agem cultural da Região do Alto Douro Vinhateiro para explorar o impacto das políticas da paisagem durantes os últimos 40 anos.

Page 37: Arquitectura Paisagista - Catarina Ferreira

[01] Introdução e Argumento

[02] A União Europeia: Políticas Regionais e Ambientais

- Breve História

- Tratados e Funcionamento da UE

- Políticas Regionais e Ambientais

- Políticas de Desenvolvimento Territorial e a Agenda Territorial 2020

[03] Biodiversidade and Política da Conservação da Natureza

- O que é a Biodiversidade?

- A Política EU para a Biodiversidade e Conservação e a sua Transposição para a Lei Portuguesa

- Por que a Política da Biodiversidade e Conservação da Natureza é uma Política da Paisagem?

[04] A Política Agrícola Comum /PAC - O que é?

- Principais Reformas e cenários para 2020

- Por que a PAC é uma Política da Paisagem?

[05] Conclusões

Índice

//37

Page 38: Arquitectura Paisagista - Catarina Ferreira

Cidade dos VaziosGestão da Paisagem [ Aveiro // ]• Prof. Maria José Curado

A pensar numa nova integração da malha urbana em Aveiro, a propos-ta para a urbanização da cidade dos vazios centra-se na interligação de áreas habitacionais (como os bairros), os serviços (estação ferroviária) a área urbana consolidada (centro de Aveiro), etc. No começo do desenho centrou-se em duas vertentes: estrutura viária e estrutura verde. Estes com-ponentes, permitem desenhar a leitura do espaço em que se prevêem tipo-logias de mobilidade que vão conferindo carácter a determinadas áreas. A proposta visa também distribuir de forma lógica topologias habitacionais, serviços e outros para responder aos desafios actuais da cidade de Aveiro.

Page 39: Arquitectura Paisagista - Catarina Ferreira

//39

Page 40: Arquitectura Paisagista - Catarina Ferreira

Parque UrbanoQualificação Urbana[ Aveiro // ]• Prof. Maria José Curado

O Parque Urbano de Aveiro, é uma proposta para uma área expectante e agrícola, cuja envolvente está de-sprovida de qualidade visual e cénica. Limitações ao nível do desenho são impostas devido à atual conjuntura só-cio-económica, optando-se por projectar faseadamente, correspondendo o seguinte plano geral à fase 2 - onde ainda se encontram os campos agrícolas existentes, sendo os que não estão representanto expropriados.A intenção deste projecto é procurar que o parque seja um local amenizador do ambiente da cidade, uma transição en-tre o rural e o urbano e sobretudo que seja um local que sirva de elo ligante a toda a estrutura verde da cidade, fa-zendo aberturas no seu sistema que pocurem “veias” na malha urbana que liguem o parque a outros espaços verdes.

Reestruturação transversal das ruasExemplo

Page 41: Arquitectura Paisagista - Catarina Ferreira

//41

• PLANO GERAL• NORTE

Page 42: Arquitectura Paisagista - Catarina Ferreira

WS.

UTAD

//

2011

Page 43: Arquitectura Paisagista - Catarina Ferreira

//43

Recuperação de áreas ardidas

uma oportunidadepara desenhar a paisagem

Page 44: Arquitectura Paisagista - Catarina Ferreira

01 análise

Durante a participação neste workshop organizado pela UTAD, foi essencial a compreensão dos conceitos que abragem a gestão e manutenção da floresta portugue-sa, assimilação de padrões botânicos, compreensão de causas e efeitos dos incêndios em determinadas regiões do país (tendo em conta o seu relevo, precipitação, tem-peratura, etc.), bem como a reflexão sobre cartas de análise acerca da região de Ribeira de Pena. Após esta análise, realizou-se uma síntese de toda a informação.

Page 45: Arquitectura Paisagista - Catarina Ferreira

//45

02 proposta

O facto de os grupos serem multidisciplinares (Arq.Pais-agista e Eng.Florestal) permitiu uma discussão mais ab-erta sobre a resolução de problemas existentes e sobre o desenho mais sustentável possível para a região, re-spondendo às exigências enquanto zona vulnerável a in-cêndios, através de metodologias de combate ao fogo, e com o ordenamento do território mais adequado às ativi-dades humanas, respitando e protegendo o território.

Page 46: Arquitectura Paisagista - Catarina Ferreira

Competências de observação, conhecimentos no acto de desenhar e de-senhar no acto de conhecer. Valores sensitivos e aspetos estéticos foram desenvolvidos e apreendidos durantes estes trabalhos sob a disciplina de Desenho leccionada na Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto , entre os demais estudantes de Arquitetura e Arquitetura Paisagista.

Desenho

Page 47: Arquitectura Paisagista - Catarina Ferreira

//47

Page 48: Arquitectura Paisagista - Catarina Ferreira

bairro santiago

bairro do liceu

bairro da forca

cidade consolidada

área urbanadispersa

Mestrado em Arquitectura Paisagista Projecto QUALIFICAÇÃO URBANA

2012

/ 201

3

CATARINA ISABEL SILVA FERREIRA PROF. TERESA MARQUES

qualificar

E S T R U T U R A V E R D EC I R C U L A Ç Ã O

mata esparsaruas arborizadas

clareirasebes arbustivas

corredores ecológicos

percurso pedonalpercurso ciclável

circulação automóvel

HORTAS URBANASaluguer de terrenos dedicadosà agricultura biológica

CAMPOS AGRÍCOLASsalvaguarda dos campos agrícolasprivados em sistema de gestão e manutenção pelos proprietários.

CAMPOS AGRÍCOLAS

REQUALIFICAÇÃO

ENQUADRAMENTO

manutenção dos campos agrícolas privados nas fase 1 e 2

início da requalificação urbana em terrenos urbanos sem uso aparentecom efeitos diretos na leitura eintegração do parque

futura expropriação destes terrenos para efeitos de enquadramento e extensão do parque

E S TA C I O N A M E N T O

: : : E S T R AT É G I A S P R O J E T U A I SF A S E 0 1 F A S E 0 2 F A S E 0 3

A

C

D

LEGENDAA - GALITOSB - FABIO LUCCIC - CENTRO CULTURAL CONGRESSOSD - BAIRRO DA FORCA

B

simplificarreativarempreendersustentarcrescermelhorarinvestirdesenvolverviver

parquea v e i r ou r b a n o

plano geral1:2000N fase 2

C A M P O S A G R Í C O L A S

C L A R E I R A AT I V A

parque de estacionamento automóvel e de aparcamentode bicicletas - apoio àmobilidade no parque

com vista à promoção de segurança no parque, são criadas praças pavimentadas que asseguram ascondições visuais preferenciais para o atravessamento de massas. é tambémnestas praças que serão aglomeradosmaiores fluxos de visitantes, potenciando o convivio e eventuais atividades ao ar livre

continuidade da clareira ATIVA desenhada, dedicada ao recreio e ao desempenho de atividades relacionadas com o núcleo empresarial como:

feiras de emprego ao ar livre, mostra de empresas, etc.

nesta fase (2), são salvaguardados os campos agrícolas apontados, por constituirem ainda um espaço bastantepermeável e adaptáveis às intenções projetuais futuras.

na 3ª fase estes irão evoluir para uma continua leitura daclareira já desenhada com a inclusão de núcleos arbóreose arbustivos que poderão delinear uma mata esparsa em

forma de parque de merendas.

clareira linear com vista ao recreio ativo, tirando partidoda sua boa exposição solar e integração com as

entradas marcadas no parqueprado cortado com modelações de terreno de modo

a potenciar uma melhor vivência do espaço aberto

infra-estrutura de apoio à manutenção do parque : como?- recuperação de investimento do parque- empresas privadas “mecenas” - contrapartidas com publicidade- ações de teambuilding- workshops de agricultura

o parque estende-se àcidade de Aveiro atravésde ligações ecológicasnuma ótica de continuumnaturale, desenhando percursos que qualificam a urbee permitem o usufruto do espaço verde público, mantendo umamobilidade diversa e com qualidadevisual. a preocupação com adiversidade biológica na cidadeé patente nesta segunda fase que pretende alcançar uma amenidade ambiental nesteespaço fazendo a transiçãoentre duas realidades territoriais: a cidade e o campo

L I G A Ç Õ E S E C O L Ó G I C A S

P R A Ç A S D E R E C E Ç Ã O

N Ú C L E O E M P R E S A R I A L

C L A R E I R A P R O AT I V A

p a r a q u e m ?

pa

ra q

?

POST

ERS/

/

Page 49: Arquitectura Paisagista - Catarina Ferreira

Mestrado em Arquitectura Paisagista Projecto - GESTÃO DA PAISAGEM

2012

/ 201

3

CATARINA ISABEL SILVA FERREIRA PROFESSORA MARIA JOSÉ CURADO

BAIRRO DA FORCA

BAIRRO DA ESGUEIRA

EN 109

AV. DR.VASCO BRANCO

LIN

HA

FERR

OVI

ÁRIA

DO

NO

RTE

AV. DA GRANJA

AV. DR. LOURENÇO PEIXINHO

LINHA FERROVIÁRIA DO VOUGUINHA

CENTRO URBANO CONSOLIDADO

ESCOLA

ESTAÇÃO RODOVIÁRIA

IPAM

ESTAÇÃO FERROVIÁRIA

CIDADE DOS VAZIOSAV E I R O2 0 1 2

PLANO DE URBANIZAÇÃO

desenvolvimentos u st e nt áv e l

estrutura verdequalidade de vida

av. dr. vasco branco - via principal

RUA - via TERCIÁRIA

biblioteca HABITAÇÃO COLETIVA ESPAÇO VERDE PÚBLICO ESPAÇO VERDE PÚBLICOESPAÇO CANAL15m

rede viária

diversidadegestão

pa i s a g e m

transição

economiaalternativa

co

nc

eito

APLICAÇÃO DA PORTARIA N.º216-B/2008

PERFIS EXEMPLIFICATIVOS

PLANO GERAL 1: 2000 norte

pólo de desenvolvimento económico localizado estratégicamente em pontos de fácil acesso, como a EN 109 e a proximidade com outros transportes públicos: comboio e autocarros.

complementar com o centro de exposição de negócios integrado num espaço verde de grande expressão

atração comercial polarizadora de atividades ruraismeio para o incentivo à continuidade de actividade agrícola na região

medida indireta com efeito na gestão da paisagem

atração comercial polarizadora de fluxos do centro urbano de aveiroavenida projetada com ambições de conforto visual, sem estacionamen-to associado suportado por rede ciclável

áreas de apoio à ocupação urbana de habitação unifamiliar e multifamiliarespaço público que possibilita uma melhor vivência da cidade

otimização direccionada aos habitantes pelo desenvolvimento de competências plataforma de apoio e receção a eventuais utilizadores da estação de comboioparque de merendas, campo desportivo, mais de 300 lugares de estacionamentoespaço público de receção por excelência

núcleo habitacional de lotes unifamiliares com moradias de elevada qualidade de construção

cluster funciona como método de desenho de baixa densidade dentro da integração urbana do espaço de intervenção

30m 7.0M 9.0M1.5M2.0M 1.5M 2.0M 25m 15m

HABITAÇÃO COLETIVA 15m4.0m4.0m 1.5m 1.5m 1.5m 1.5m7.0m

HABITAÇÃO COLETIVA 15m

7.0M

ESPAÇO VERDE E DE UTILIZAÇÃO COLETIVA

+ EQUIPAMENTO

HABITAÇÃO COLETIVA (PISOS 2,3,4) +

COMÉRCIO (PISO 0) +

SERVIÇOS (PISO 1)

HABITAÇÃO COLETIVA (PISOS 1 E 2)

+ BIBLIOTECA (PISO 0)

LOTEAMENTO UNIFAMILIAR 6 MORADIAS GEMINADAS

Page 50: Arquitectura Paisagista - Catarina Ferreira

02

estaca de aço (2/2.5m)

muro de suporte vivo tipo “cribwall”

troncos

nível médio de estiagem

nível das águas em situação de cheiavegetação emersa/submersa

substrato original

RIO TINTO, GONDOMARDESTE MODO, A ÁREA DE INTERVENÇÃO TORNOU-SE COESA, MAIS ACESSÍVEL E COM UM TOQUE DE MODERNI-DADE ASSOCIADA À FUNCIONALIDADE DO ESPAÇO. RES-PEITANDO A OPINIÃO DOS HABITANTES E UTILIZADORES, FORAM PROJECTADAS SOLUÇÕES TÉCNICAS QUE VISAM MELHORAR A QUALIDADE AMBIENTAL DO ESPAÇO, DAS QUAIS SE DESTACAM O DESENTUBAMENTO DO RIO TINTO, A DESPOLUIÇÃO DOS CURSOS DE ÁGUA ATRAVÉS DA BACIA DE RETENÇÃO E RENATURALIZAÇÃO E REFLO-RESTAÇÃO DAS MARGENS ENTRE OUTRAS MEDIDAS QUE TENTAM RECUPERAR A QUALIDADE VISUAL DESEJADA.

PARQUE DA LEVADAQ U A L I D A D E V I S U A L

R E C U P E R A Ç Ã O

R I O

R E C R E I O

M E T R O

PA I S A G E M

.. .. .

Proposta de recuperação paisagística (Levada, Gondomar) Prof. Isabel Silva

Mestrado em Arquitectura Paisagista Projecto - Impacte e Recuperação da Paisagem

2011

/ 201

2

Proposta de recuperação paisagística (Levada, Gondomar) Prof. Isabel Silva

legen

da:

0,50

0,50

1,20

terra vegetalsubstrato original

solo compactadomassame de assentamento em betão

pedra em granito de dimensões variáveisargamassa de preenchimento

tubo de drenagemárea de drenagem em gravilha

conceito

FACHINA DE SOPÉ DE MARGEM BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

esc. 1:2000NORTE

infra-estrutura elétrica com vegetação trepadeira

SOLUÇÃO PARA A REDUÇÃO DO IMPACTO NEGATIVO

DEFLETOR DE TRONCOS

TÉCNICAS DE BIOENGENHARIACORREÇÃO DO TALUDEmuro de alvenaria de pedra

TÉCNICAS DE BIOENGENHARIAMUROS EM PEDRA SECA PLANTADOS COM VEGETAÇÃO

AMORIM, Luís. «Intervenções em Linhas de Água – contribuição para uma solução mais sustentável». CCDRNFERNANDES, João Paulo. «Engenharia Natural na Restauração e Reabilitação de Linhas de Água». Universidade de Évora, s/dMARTINHO, P.; SILVA, V.; FREITAS, A.; TELES R.; SOUSA, R.; RIBEIRO, A. «Contributo das Técnicas de Engenharia Natural na Recuperação de Ecossistemas». Castro Verde, 2006OLIVEIRA, Daniel. «Metodologia de Reabilitação Fluvial Integrada». UTAD: Dissertação apresentada para obtenção do Grau de Mestre em Tecnologia Ambiental, 2006PEREIRA, Anabela Henriques. «Guia Requalificação e Limpeza de Linhas de Água». Lisboa: Instituto da Água, 2001United States Department of Agriculture. «Stream Corridor Restoration – principles, processes and practices». 2001

A

A

B

AÇUDE GALGÁVEL

TÉCNICAS DE BIOENGENHARIA

BACIA DE RETENÇÃO

CLAREIRA

RECUPERAÇÃO DA PAISAGEM

VEGETAÇÃO

TALUDE

HORTAS

B

1

1’

1-1’

2-2’

2 2’

A

LI NHA A

/ / CONCEITO

LINEARIDADE

HARMONIA COM ENVOLVENTE

ESPAÇO DE LAZER

CIDADE & CAMPO

HORTAS PRO DUÇÃO

CONTINUUM NATURALE

PARQUE DE MERENDAS

BIODIVERSIDADE NA CIDADE DESPO RTO

SOLUÇÕES

c o n c e i t o

talhões agrícolas/hortas

prado

vegetação ripícola

vegetação arbórea

clareira relvada

ribeira da castanheirario tinto desentubado

clareira de apoio à escola

IMPACTO VISUAL NEGATIVOINFRA-ESTRUTURAS ELÉCTRICAS

DESCARACTERIZAÇÃO DA ZONA RIBEIRINHA

INSTABILIDADE DO TALUDE

OCUPAÇÃO INSUSTENTÁVEL DAS MARGENSRIO TINTO ENTUBADO

BAIXA QUALIDADE VISUAL DA RIBª DA CASTANHEIRA E DO RIO TINTO

PROVÁVEL CONTAMINAÇÃO DA ÁGUAFRACA EXPRESSÃO DA GALERIA RIPÍCOLA

86.0% DOS ENTREVISTADOS NÃO GOSTAM DA RIBª DA CASTANHEIRA

87.0% DOS ENTREVISTADOS GOSTARIAM QUE O RIO FOSSE DESENTUBADO

NINGUÉM GOSTA DA OCUPAÇÃO DAS MARGENS53% GOSTARIA DE VER ÁRVORES E ARBUSTOS GERIDOS

E PERCURSOS PEDONAIS NAS MARGENS83.0% DOS INQUIRIDOS CONSIDERA QUE A ÁGUA DO RIO

TINTO ESTÁ POLUÍDA

IMPACTE VISUAL NEGATIVOPERTURBAÇÃO VISUAL

ALTERAÇÃO DE ESCALA

IMPACTE VISUAL NEGATIVOPERTURBAÇÃO VISUAL

SITUADA EM LEITO DE CHEIA

EROSÃOESCASSES DE VEGETAÇÃO

EXCEDE INCLINAÇÃO 1:2

85% DOS ENTREVISTADOS COSTUMAM REPARAR NAS INFRA-ESTRUTURAS ELÉCTRICAS

22.7% SOLUCIONARIAM O PROBLEMA COM O SEU ENTER-RAMENTO OU 27.3% SOLUCUIONARIAMREVESTINDO COM

MATERIAIS CARACTERÍSTICOS DA REGIÃO

50% DOS ENTREVISTADOS ACHAM IMPORTANTE A PRE-SENÇA DAS HORTAS

87.5% DOS ENTREVISTADOS GOSTARIAM DE TER UM PAS-SEIO AO LONGO DO RIO

MÁ LOCALIZAÇÃO DA INDÚSTRIA

47% DOS ENTREVISTADOS CONCORDAM QUE A INDÚSTRIA SEJA RELOCALIZADA

INADEQUEAÇÃO PELA ESCALAPRESENÇA ESSENCIAL NA DINÂMICA

DA POPULAÇÃO NA REGIÃO

IMPACTO VISUAL NEGATIVOPARQUE NASCENTE

44.0% DOS ENTREVISTA-DOS ACHAM QUE AS TORRES E O PARQUE NASCENTE NÃO SÃO ADEQUADOS AO LOCAL PELA SUA FALTA DE ESCALA

COM A ENVOLVENTE + 50.0% DOS INQUIRIDOS SOLUCIONARIAM O PROB-LEMA ATRAVÉS DA APLI-CAÇÃO DA VEGETAÇÃO NOS

EDIFÍCIOS

análiselevantamento fotográficomaquete digitalbiofísicaantrópica - ocupação/uso do solo - evolução histórica/paisageminstrumentos de OTdemografia e fluxos

qualidade visual- escala- perturbação visual- diversidade visual- valor cénico- ordem da paisagem-etc.

inquéritos ao público- questionários- simulações

método especialista método psico-físico

centro de saúde

Quinta das Freiras

“Torres”

Ribª castanheira

Metro

Rio Tintoentubado

Parque Nascente

igreja matriz de Rio Tinto

junta de freguesia

escola

indústria em leito de cheia

infra-estruturas elétricas

01

paragemde autocarro

moinho

zona agrícola/hortaszona florestallogradourosincultosárea expectante

ribª castanheirario tintorio tintoentubado

indústria

legenda:

DIAG

RAM

AAN

ÁLIS

E

RECUPERAÇÃO DA PAISAGEM

IMPACTEE

A ZONA DE INTERVENÇÃO LOCALIZA-SE NO CORAÇÃO DE RIO TINTO, NUMA ZONA FORTEMENTE MARCADA PELA PRESENÇA DE ELEMEN-TOS HISTÓRICOS E NOTAVELMENTE INFLUENCIADA PELA EVOLUÇÃO SÓCIO-ECONÓMICA DA FREGUESIA TÃO MARCADA PELA PRESENÇA DO CENTRO COMERCIAL “PARQUE NASCENTE”, METRO DO PORTO E OUTRAS INFRA-ESTRUTURAS ELÉTRICAS QUE RETIRAM A ESCALA DA ÁREA. A PRESENÇA DE INDÚSTRIAS CONTRASTA COM OS PEQUENOS CAMPOS AGRÍCOLAS DE SUBSISTÊNCIA E OS BLOCOS HABITACIONAIS COM AS CASAS UNIFAMILIARES E MOINHOS - CENÁRIOS ESTES QUE RESULTAM NUM CONFLITO DE INTERESSES E NECESSIDADES, ONDE O VER-DADEIRO CARÁCTER DO RIO QUE DEU NOME À CIDADE FOI ESQUECIDO AO SER ENTUBADO. COM O OBJETIVO DE CRIAR HARMONIA ENTRE ELEMENTOS TÃO HETEROGÉNEOS E DE CONCILIAR A CIDADE COM A IDENTIDADE RURAL FOI PROPOSTO O PARQUE LEVADA.

Mestrado em Arquitectura Paisagista Projecto - Impacte e Recuperação da Paisagem

2011

/ 201

2

Proposta de recuperação paisagística (Levada, Gondomar) Prof. Isabel Silva

Mestrado em Arquitectura Paisagista

Proposta de recuperação paisagística (Levada, Gondomar) Prof. Isabel Silva

A V A L I A Ç Ã O D A Q U A L I D A D E V I S U A L

C A R Á C T E R PA I S A G E MP O L U I Ç Ã O

...

RIO TINTO, GONDOMARPARQUE DA LEVADA..

PROBLEMAS

metodologia

localização

Page 51: Arquitectura Paisagista - Catarina Ferreira

84.35

C

B

A

B

F

G

E

D

B

3555555535535353535353535353535

80.50

100.0098.00

96.00

94.00

92.00

90.00

88.00

86.00

84.00

82.00

80.00

80.00

79.00

78.00

79.00

87.00

85.00

83.00

81.00

76.00

77.00

parque eco agrícolalourinha

Mestrado em Arquitectura Paisagista Projecto de Espaço Público

2011

/ 201

2

Catarina Isabel da Silva Ferreira Docente : Paulo Farinha Marques

Localizado na freguesia de Rio Tinto, na Quinta da Lourinha, o Parque Eco-Agrícola proposto neste projecto tem como programa transfor-mar este espaço num ambiente comunitário, de produção, de estimulação ecológica e de valorização ambiental. Tem também como premissas a mitigação da presença fragmenta-dora da linha do metro, a gestão sustentável e responsável, a integração na malha urbana, etc.

1/2 norte

escala 1/1000

limite de intervenção

entradas para o parque

linha de águalinha do metrotalhões agrícolas

complexo multiusosmercado e cenro de interpretação ambiental

estacionamento

escola básica

estádio desportivo

ZONAMENTO

ABCD

parque de merendaszona húmidazona seca

EFG

C

curvas de nível propostas

ponto cotado80.50

VEGETAÇÃOestrato arbóreo proposto estrato arbóreo proposto para sebes

estrato arbustivo proposto

estrato sub-arbustivo e de revestimento herbáceo vivaz proposto

prado regado e cortado para recreio activo (e eventual pastoreio)

prado médio de sequeiro em crescimento semi-controlado

pavimento em estrado de madeira de 'pinho tratado'

pavimento pedonal e automóvel em asfalto betuminoso

PAVIMENTOS

Page 52: Arquitectura Paisagista - Catarina Ferreira

Mestrado em Arquitectura Paisagista Projecto - Paisagens Culturais

2011

/ 201

2

Catarina Ferreira | Daniel Oliveira | Iolanda Araújo | José Costa Prof. Teresa Marques

EVOLUÇÃO DO LUGAR

CARTA TELLES FERREIRAFOTO AÉREA 1939

LEVANTAMENTO B.BARREIROS 1940

2007

1892

1899

1901

1902traçado regular

jardins formais

hortas/produção

aleração da rua do

campo alegre

ampliação da casa

cavalariças

vedação e portões

concluídos

terraçoescadas e marquise

morre Pedro

Araújo

traçado irregular

estruturas ferro e vidro

incêndio Faculdade

de Ciências

temporal

imóvel interesse municipal

(PDM Porto)

intervenção

AP F.C.Cabral

inauguração

prémio João

Almada

tendalevantamento Arq.Paisagista

F.Caldeira Cabralmorre Jacintho de Mattos1918

1922

1939

19481978

19741982

1983

1986

1989

1990

2002

perdeu a relação com os diver-sos estratos vegetativos

perda de escala, de abertura e eixos visu-ais devido à actual altura da vegetação

entrada e saída de automóveis que degradam o pavimento

impacto negativo da tenda

vandalismo no exterior dos muros

presença de vegetação infestante

desordem na plantação

Localizada na Rua do Campo Alegre, no Porto, a Casa Primo Madeira insere-se no século 19 no núcleo rural de quintas do Campo Alegre pert-ences a famílias de elite como Andresen e Burmester. Sendo uma pro-priedade privada, da família Araújo, marcada pelos seus muros altos, ela acompanha uma evolução do carácter desde o mais agrícola com pomares e talhões hortícolas (carta Telles Ferreira de 1892), até ao jardim de recreio com espécies exóticas, estufas e estufins, simbólica de um período de estímulo ao conhecimento científico e do progresso carac-terístico dos finais do século 19 e inicios do século 20, passando pelo pro-prietário Primo Madeira (uma personalidade da indústria) até hoje ao Círculo Universitário do Porto - sendo este um estabelecimento de prestígio e de renome pelos seus eventos e serviços prestados.

RUA DO CAMPO ALEGRE

CASA PRIMO MADEIRAPORTOJARDINS HISTÓRICOSPROJETO PAISAGENS CULTURAIS

METODOLOGIAANÁLISE

levantamentoinvestigação

históriafatores

avaliaçãocarácter

crítica estudo préviorecuperação

SÍNTESEPROPOSTA

VALOR DO LUGAR

LEGENDA

VEGETAÇÃO

ESTRUTURANTE

MEDIDAS

DE INTERVENÇÃO

ESTRUTURAS

VEGETAÇÃO REMOVID

A

E/OU A TRANSPLANTAR

ALTERAÇÃO DO TRAÇADO

AMEAÇAS

INSPIRAÇÃO

intervenção do arquiteto paisagista

Francisco C.Cabral

respeito pelo carácter do lugar

introdução de espécies de

baixa manutençãopresença de vestigíos da sua intervenção

SIMULAÇÕES

estrato arbóreo

estrato arbustivoestrato herbáceorelvadosebes de buxos

pavimento em saibro

elementos de água

pavimento em calçada

1 2

7

6

8

tenda

roseiral

caramanchão

estufa

casa

cocheiras

1

2

4

5

6

7 lago

8 poço

9 escultura

3

1

2 4

5

6

7

8

9

3

ESCALA 1:400

NORTETRASEIRAS DAS COCHEIRAS

CLAREIRA RELVADA E POÇO

LAGO MUROS

LIMPEZA DOS MUROS PINTURA NO EXTERIOR

REBOCO CAPEAMENTO

Camellia japonica

Buxus sempervirens

Platanus hispanica Liriodendron tulipifera

Acanthus mollis

Fatsia japonica

Rhododendron indicaForsythia intermedia

Rhododendron ponticum

REFORÇO DA CAMADA DE DESGASTE

CONDICIONAR EN-TRADA DE VEÍCULOS RECUPERAÇÃO DE

LANCIS

APROVEITAMENTO DO DESENHO DE REGA

SUBSTITUIÇÃO DE EL-EMENTOS DE REGA

(CAIXAS, BICOS, ETC.)

ENTERRO DAS CAIXAS DE ILUMI-NAÇÃO OU NOVA

LOCALIZAÇÃO CEN-TRALIZADA

LIMPEZA DA PEDRA DO LAGO

PAVIMENTOSILUMINAÇÃO REGA

ROSEIRAL E TENDA

LAGO

Mestrado em Arquitectura Paisagista Políticas de Paisagem

2011

/ 201

2

Catarina Ferreira | Daniel Oliveira | Iolanda Araújo | José Costa Docente : Teresa Andresen

AS POLÍTICAS DESENHAM PAISAGEMALTO DOURO VINHATEIRO

A área de intervenção está inserida no Alto Douro Vinhateiro, que por sua vez faz parte da Região Demarcada do Douro - a mais antiga região vitícola de-marcada e regulamentada do mundo. A RDD pode ser subdividida em Baixo Corgo, Cima Corgo e Douro Superior, sendo que a área de estudo situa-se numa zona de transição entre o Baixo Corgo e o Cima Corgo, com ainda forte influência atlântica e com predominancia de Quercus pyrenaica na sua flora e presença de oliveiras, amendoeiras, cerejeiras e pessegueiros.A grande alteração no elemento estruturante desta área - o rio Douro - deu-se em 1973, com a construção da barragem do Bagaúste, ainda em funciona-mento. Na encosta podem-se observar propriedades e edifícios intimamente ligados à actividade vitivinícola.

xxxxistos e grauvaquesxxxxgranitoxxxxx

0-8%9-15%16-20%21-30%>31%

norteestesuloeste

curva de nível(100 em 100m)

[750-800]m[700-750[m[650-700[m[600-650[m[550-600[m[500-550[m[450-500[m[400-450[m[350-400[m[300-350[m[250-300[m[200-250[m[150-200[m[100-150[m[0-100[m

laranjalmatasmatosolivalpovoamentos florestaisoutras culturas

70-75%76-80%

2101-2200 horas2201-2300 horas2301-2400 horas2401-2500 horas2501-2600 horas2601-2700 horas

A ousadia de cultivar vinha em declives tão acentuados, numa região climateri-camente hostil, com escassez de água e solo foi um desafio que esta região superou. Dos ataques da filoxera à construção da barragem foram muitas as alter-ações que foram criando o carácter único da paisagem desta área, resul-tado do contorno das dificuldades vividas ao longo dos tempos.

vinhasamendoaláreas sociaisculturas de regadiogaleria ripícola

construídos entre finais do século XIX e anos 30 (socalcos com paredes sólidas, altas e rec-tilíneas, com quatro ou mais fiadas de vinha).

BAIXO CORGO

CIMA CORGO

DOURO SUPERIOR

CARÁCTER DA PAISAGEM

ANÁLISE BIOFÍSICAHIDROGRAFIA

PATRIMÓNIO

ALTIMETRIA E HIPSOMETRIA

USO DO SOLODEMOGRAFIA

DECLIVESEXPOSIÇÃO SOLAR

EDIFICADOACTIVIDADES ECONÓMICAS

GEOLOGIA E SOLOSOCUPAÇÃO DO SOLO

CLIMATEMPERATURA E PRECIPITAÇÃO

INSOLAÇÃO

ANÁLISE ANTRÓPICA

OCUPAÇÃO DO SOLO

REDE ViÁRIA HUMIDADE INSOLAÇÃO

07

08 09 10

05

04

03

02

01

01carácter da

paisagem

carácter da

00

06 GEOLOGIA EXPOSIÇÃO SOLAR

HIPSOMETRIA

DECLIVES

ALTIMETRIA

HIDROGRAFIA

LIMITES ADMINISTRATIVOS

LIMITE DE INTERVENÇÃO

paisagem

rio

encosta

socalcos

vinha

vinho

vinho

patamares

Douro

rio corgo

rio pinhão

rio douro

DESAFIO AUTÊNTICO

HISTÓRIA NA PAISAGEM

feitos na década de 70 e 80 sobre mortórios e terraços pré-filoxera. A construção de pata-mares envolveu uma vasta modelação de ter-reno e destruição de muros, passando a existir taludes com uma plataforma horizontal com capacidade para suportar dois bardos de vin-ha e com maior aptidão para a mecanização.

A área de estudo é um importante documento histórico que re-trata a mudança da paisagem mediante certos períodos de tem-po. Um marco importantíssimo na evolução desta paisagem foi o ataque da filoxera. Em proliferação deste insecto no último ter-ço do século XIX provocou uma doença que danificou as raízes das videiras, chegando mesmo a consumar vastas áreas de vinha. Assim, actualmente é possível observar e distinguir as difer-entes armações de terreno de cultivo tendo esse marco como referência. Poucos são os socalcos pré-filoxéricos, e, actual-mente, a grande parte deles são considerados mortórios (vin-ha morta) ocupados por vegetação espontânea. Na área de intervenção predominam os socalcos pós-filoxéricos e os pata-mares. Existem ainda algumas zonas cultivadas com vinha ao alto.

PATAMARES

SOCALCOS PRÉ-FILOXÉRICOS

Page 53: Arquitectura Paisagista - Catarina Ferreira

Políticas de Paisagem

2011

/ 201

2

Catarina Ferreira | Daniel Oliveira | Iolanda Araújo | José Costa Docente : Teresa Andresen

AS POLÍTICAS DESENHAM PAISAGEMALTO DOURO VINHATEIRO

03o novo

paradigma

PROPOSTA

BAIXO CORGO

CIMA CORGODOURO SUPERIORcarácter da

LIMITE DE INTERVENÇÃO

paisagem

rio socalcos

vinha

vinho

vinhopatamares

Douro

filoxeraPDRITM

‘70 ‘80 ‘80

‘90 2009 2009

PRÉ -F PÓS -F

-+_ importância histórica no país e no mundo pelo seu carácter e produto únicos (vinho do Porto)_ grande parte da paisagem foi modificada pelo PDRITM e por isso há aptidão para mecanização das culturas da vinha_ vinhas ao alto proporcionam uma maior eficá-cia nos tratamentos e manutenção, aumentam a densidade de plantação , e previnem a propa-gação de doenças dado que o arejamento das videiras é melhor conseguido_ a introdução de micropatamares reduziu a erosão dos solos nesses locais

PRÉMIO BESBIODIVERSIDADE

da chuva ao longo do patamar sem haver erosão. Nas entrelinhas das videiras é feito relvamento semeado temporário, deste modo o revestimen-to herbáceo substitui a vinha em repouso vegetativo (entre Nov. e Março) e depois é removido para não competir com a vinha. O talude é revestido com ervas autóctones espontâneas que crescem e secam naturalmente, e que,no fim da Primavera, são controladas mecânicamente (limpa-bermas). Não são utilizados herbicidas , é feito um controlo das castas plantadas e nas bordaduras são plantadas oliveiras que buscam fazer a divisão tradicional dos terrenos do Douro.Nos taludes marginais e nas encostas com mais de 50% de declive, bem como noutras zonas consideradas desfavoráveis para a cultu-ra da vinha, é feita a conservação da floresta e do mato mediterrânico. Este modelo garante uma manutenção mais fácil e um menor impacto na paisagem.

Com o objectivo de superar o desastre ecológico desencadeado pelo PDRITM, a empresa “Fonseca” decidiu imple-mentar em 2002 um inovador modelo de vinha na sua exploração. Valeu-lhe o Prémio BES Biodiversidade em 2009.Consiste na plantação de uma linha de videiras em patamares estreitos (2,3m de largura) com talude em terra (1,5m). Tem declive longitudinal de 3% (feito a partir da tecnologia laser) para facilitar a infiltração e o escoamento

Forças visuais: conceito de forças visuais é baseado na prem-issa de que, quando observamos uma paisagem, os nos-sos olhos seguem os vales (verde) de forma ascendente e as linhas de cumeada (vermelho) de forma descendente.

PROPOSTA

VISUALIZAÇÃO DA PROPOSTA

EXISTENTE

EXISTENTE

PROPOSTA 1

PROPOSTA 2

VISUALIZAÇÃO DA PROPOSTA 2

VISUALIZAÇÃO 03VISUALIZAÇÃO 01 VISUALIZAÇÃO 02

LEGENDA

valescumeada

patamares | PDRITM

plataformas pós-filoxéricas

socalcos pré-filoxéricos (olival)

CENÁRIO EXISTENTE CENÁRIO PROPOSTO

micropatamares

prémio BES Biodiversidade

olival ou

galeria ripícola galeria ripícola

matos

vinha ao alto | PDRITM

matos

vinha ao alto | PDRITM

PROPOSTA

VISUALIZAÇÃO DA PROPOSTA

EXISTENTE

EXISTENTE

EXISTENTE

EXISTENTE

_ declives acentuados_ erosão do solo (provocada essencial-mente pelas vinhas ao alto e patamares do PDRITM)_ excedentes de produção_ paisagem que perdeu grande parte do património pela ação do PDRITM_os taludes dos patamares do PDRITM necessitam de constante limpeza e ma-nutenção

O território do Douro é um exemplo extraordinário de Viticultura de Montanha, em que cerca de 28 mil hectares de vinha (62% da área vitícola da região) cobrem encostas com declives superiores a 30%. Actualmente, no ADV, é interdita a destruição de valores vernacu-lares (muros, edifícios, calçadas, núcleos de vegetação arbórea, galerias ripícolas), obstrução das linhas de água e alteração da morfolo-gia das margens dos cursos de água, no entanto essa proibição nem sempre existiu o que levou, principalmente na década de 80 a que muitos desses valores fossem destruídos ao abrigo das replantações e novas plantações do PDRITM - Programa de Desenvolvimento Rural Integrado de Trás-os-Montes. Este programa que visava aumentar a quantidade e qualidade das culturas de vinha no Douro veio a revelar-se com grande impacto negativo a nível ecológico e paisagístico.Desde a crise da filoxera, em meados do séc. XIX até início do séc. XX, aos programas governamentais de recuperação das vinhas, muitos foram os modelos de plantação e armação do terreno que desenharam a paisagem singular da RDD que hoje pode ser observada.Actualmente estão a ser desenvolvidas novas estratégias para melhorar esta paisagem, e inclusivamente já foram feitas experiências de sucesso de plantação de leguminosas nas entrelinhas da vinha, revestimentos herbáceos e consiliação com pomares e olivais, nomeada-mente nas bordaduras de modo a recuperar a tradicional forma de repartição dos terrenos do Douro.

OPORTUNIDADES CONSTRANGIMENTOS

matos

Mestrado em Arquitetura Paisagista

PATAMARES DE GRANDES PLATAFORMAS

PATAMARES PDRITM

VINHA AO ALTO PDRITM

MICROPATAMARES MODELO PRÉMIO BESBIODIVERSIDADE

MODELO PRÉMIO BESBIODIVERSIDADE

Mestrado em Arquitectura Paisagista Políticas de Paisagem

2011

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2

Catarina Ferreira | Daniel Oliveira | Iolanda Araújo | José Costa Docente : Teresa Andresen

AS POLÍTICAS DESENHAM PAISAGEMALTO DOURO VINHATEIRO

O território do Douro é um exemplo extraordinário de Viticultura de Montanha, em que cerca de 28 mil hectares de vinha (62% da área vitícola da região) cobrem encostas com declives superiores a 30%. Actualmente, no ADV, é interdita a destruição de valores vernaculares (muros, edifícios, calçadas, núcleos de vegetação arbórea, galerias ripícolas), obstrução das linhas de água e alteração da morfologia das margens dos cursos de água, no entanto essa proibição nem sempre existiu o que levou, principalmente na década de 80 a que muitos desses valores fossem destruídos ao abrigo das replantações e novas plantações do PDRITM - Programa de Desen-volvimento Rural Integrado de Trás-os-Montes. Este programa que visava aumentar a quantidade e qualidade das culturas de vinha no Douro veio a revelar-se com grande impacto negativo a nível ecológico e paisagístico.Desde a crise da filoxera, em meados do séc. XIX até início do séc. XX, aos programas governamentais de recu-peração das vinhas, muitos foram os modelos de plantação e armação do terreno que desenharam a paisagem singular da RDD que hoje pode ser observada.Actualmente estão a ser desenvolvidas novas estratégias para melhorar esta paisagem, e inclusivamente já foram feitas experiências de sucesso de plantação de leguminosas nas entrelinhas da vinha, revestimentos her-báceos e consiliação com pomares e olivais, nomeadamente nas bordaduras de modo a recuperar a tradicional forma de repartição dos terrenos do Douro.

02o PDRITM e o desenho da paisagem

Estreitos socalcos ou geios construídos segundo as curvas de nível com muros de pedra posta (xisto) com buracos que as-seguram a drenagem, denominados por pilheiros. Este modelo de armação do terreno contém poucas linhas de plantação e os acessos são feitos através de escadas embutidas e rampas. Densidade de plantação: 3000-3500 plantas/ha.Depois da filoxera uma parte foi replantada com videiras enxer-tadas e outra foi abandonada, constituindo os mortórios.

SOCALCOSPRÉ-FILOXERA

Plataformas inclinadas com várias linhas de plan-tação e muros altos de pedra posta (xisto) com acessos caiados para fa-cilitar a localização das escadas e rampas. Este modelo segue a orien-tação das curvas de nível. Densidade de plantação: 5000 plantas/ha.

PLATAFORMAS PÓS-FILOXERA

PATAMARES DE GRANDES PLATA-FORMAS

Surgiram na década de 90.Este modelo propõe a construção de mi-cropatamares entre muros com uma lin-ha de plantação/cada.Com programas comunitários de apoio à reestruturação da vitícola, como o Pro-grama Operacional e PAMAF, o Douro re-converteu 4700 hectares para este tipo de armação de terreno.

MICROPATAMARES

PDRITM

PRÉMIO BES - BIODIVERSIDADE // 2009

Armação utilizada em declives su-periores a 40%. Este modelo apre-senta limitações à mecanização e contribui consid-eravelmente para a erosão dos so-los.Densidade de plantação: 4000 plantas/ha.

VINHA AO ALTOPDRITM

Executados sobre mortórios, terraços pré-filoxera e em novas plantações (déc. 80). A construção de patamares envolveu uma vasta modelação de terreno e destruição de muros, passando a existir taludes (2,4m) com uma plataforma horizontal (3,6m) com capacidade para supor-tar duas linhas de plantação e com maior aptidão para a mecanização.O controlo é feito quimicamente através de herbicidas de acção residual.Mais tarde verificou-se erosão dos solos e heterogeneidade no de-senvolvimento vegetativo da linha exterior e interior do patamar. Densidade de plantação: 3000-3500 plantas/ha.

PATAMARES | PDRITM

Na década de 80, o PDRITM teve como objectivos o aumento da produção (quantidade de terrenos cultivados com vinha), e da qualidade. Assim, foram implementados novos sis-temas de armação do terreno com menores densidades de plantação que permitiram a motorização das culturas, reduzindo a quantidade de trabalho e os custos de produção e selecionadas 8 castas que permitissem um aumento da qualidade dos mostos produzi-dos1. Foi imposto o requesito de cada plantação ter área mínima de 3ha e máxima de 10ha por associação de produtores com parcelas adjacentes. Este facto levou a um conjunto de transacções de terras pelas 3 sub-regiões da RDD (a procura de terra iniciou-se em 1982 e intensificou-se em 1985), sendo que a maioria dos terrenos transacionados dizia respeito a terrenos incultos cobertos de matos (terrenos de 3$50/m2 atingiram preços de 100$00/m2). Foram criados 2500ha de novas vinhas.As candidaturas às acções do PDRITM e respectivo financiamento deviam ser apresentados ao CEVD (Centro de Estudos Vitivinícolas do Douro) tutelado pelo MAFA (Ministério da Agri-cultura, Florestas e Alimentação).O financiamento das acções foi regulamentado pelo Despacho MFP nº55/83-IX que incluíu a taxa de juro anual líquida a cobrar aos beneficiários.Em 1985, a Portaria nº863/85, de 14 de Novembro, levou à recuperação e replantação de 1000 hectares de vinha. O período de maior intensidade de execução do PDRITM coincidiu com a adesão de Portugal à CEE e o acesso aos fundos comunitários o que levou aos pro-prietários investissem nos seus campos através da restruturação das vinhas mais antigas e plantassem em maiores áreas. Pelas vantagens que o PDRITM trouxe aos viticultores, estes começaram a engarrafar com uma marca própria e as adegas cooperativas renovaram os seus equipamentos, técnicas de vinificação e de comercialização, oferencendo vinhos de qualidade reconhecida e consequente aumento da exportação.

1 - castas tintas (Touriga nacional, Touriga Franca, Tinta Roriz, Tinta Barroca, Tinto Cão) e brancas (Vios-inho, Rabigato e Arinto).

Cada patamar possui várias linhas de plantação. Neste modelo os taludes são muito altos (superiores a 4 metros), o que pro-voca grande instabilidade nas encostas, tanto a nível de erosão dos solos como de heterogeneidade no desenvolvimento vege-tativo da vinha, uma vez que existe frequentemente movimen-tação de terras cascalhentas e pobres.Densidade de plantação: 3000 plantas/ha.

Com o objectivo de superar o desastre ecológico desencadeado pelo PDRITM, a empresa “Fonseca” decidiu implementar em 2002 um inovador modelo de vinha na sua exploração. Valeu-lhe o Prémio BES - Biodiversidade em 2009.Consiste na plantação de uma linha de videiras em patama-res estreitos (2,3m de largura) com talude em terra (1,5m). Tem declive longitudinal de 3% (feito a partir da tecnologia laser) para facilitar a infiltração e o escoamento da chuva ao longo do patamar sem haver erosão.Nas entrelinhas das videiras é feito relvamento semeado temporário, deste modo o revestimento herbáceo substitui a vinha em repouso vegetativo (entre Nov. e Março) e depois é removido para não competir com a vinha. O talude é reves-tido com ervas autóctones espontâneas que crescem e secam naturalmente, e que,no fim da Primavera, são controladas mecânicamente (limpa-bermas). Não são utilizados herbicidas , é feito um contro-lo das castas plantadas e nas bordaduras são plantadas olivei-ras que buscam fazer a divisão tradicional dos terrenos do Douro.Nos taludes marginais e nas encostas com mais de 50% de declive, bem como noutras zonas consideradas desfavoráveis para a cultu-ra da vinha, é feita a conservação da floresta e do mato mediterrânico. Este modelo garante uma manutenção mais fácil e um menor impacto na paisagem.

Primavera à vindima repouso vegetativo

meter a plantação da vinha à necessidade de autorização prévia bem como os proprietários passaram a ser obrigados e declarar as suas col-heitas mediante determinadas datas limite. As licenças de plantação pas-saram a vigorar no prazo de 3 anos após as suas conclusões.

Na década de 70, a Lei nº 48/79 impôs as primeiras condições ao plantio da vinha. As-sim, Portugal tornou-se o primeiro país a sub-

DESENHO DA PAISAGEM

‘70

‘80

‘80

‘90

BAIXO CORGOfuturo

CIMA CORGOfuturo

DOURO SUPERIORfuturo

Page 54: Arquitectura Paisagista - Catarina Ferreira

Catarina Isabel da Silva Ferreira 91 109 39 62 [email protected] //