arquitetura sustentável e construções bioclimáticas
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5/24/2018 Arquitetura Sustentvel e Construes Bioclimticas
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ETEC ARISTTELES FERREIRA
TCNICO DE EDIFICAES
DURVAL AUGUSTO R R S G AFFONSO
JOS CARLOS SOARES MALTA
LEANDRO RIBEIRO ROBE
LUCIENE CRISTINA MELLO
MICHAEL DAVIS MONTANI
MOACIR OLIVEIRA DA SILVA
ARQUITETURA SUSTENTVEL E CONSTRUES BIOCLIMTICAS
SANTOS - SP
JUNHO/ 2013
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DURVAL AUGUSTO R R S G AFFONSO
JOS CARLOS SOARES MALTA
LEANDRO RIBEIRO ROBE
LUCIENE CRISTINA MELLO
MICHAEL DAVIS MONTANI
MOACIR OLIVEIRA DA SILVA
ARQUITETURA SUSTENTVEL E CONSTRUES BIOCLIMTICAS
Trabalho de Concluso de Curso apresentado ETECAristteles Ferreira, do Centro Estadual de Educao
Tecnolgica Paula Souza, sob a orientao dos
Professores Engenheiro Marcio e Arquiteto Hamilton.
SANTOS - SP
JUNHO/2013
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DURVAL AUGUSTO R R S G AFFONSOJOS CARLOS SOARES MALTA
LEANDRO RIBEIRO ROBE
LUCIENE CRISTINA MELLO
MICHAEL DAVIS MONTANI
MOACIR OLIVEIRA DA SILVA
ARQUITETURA SUSTENTVEL E CONSTRUES BIOCLIMTICAS
Aprovado em:______/_______/______
Conceito: ____________________________________
_________________________Banca de Aprovao_________________________
Presidente da Banca
Professor ________________________________
ETEC ARISTTELES FERREIRA
Orientador
_______________________________________________________
Professor ________________________________
ETEC ARISTTELES FERREIRA
________________________________________________________
Professor ________________________________
ETEC ARISTTELES FERREIRA
SANTOS-SP
2013
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Autorizo a reproduo e divulgao total ou parcial deste trabalho, por qualquermeio convencional ou eletrnico para fins de estudo e pesquisa, desde quecitada fonte.
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Ns devemos ser a mudana que queremos
ver no mundo. Mahatma Gandhi
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AGRADECIMENTOS
Agradecemos a Deus, por deixarmoscelebrar a todo o dia o milagre da vida.
Aos nossos amigos, que ao longo dosltimos 520 dias fizeram parte de nossasvidas, deixando o conforto de seus lares e ocarinho de suas famlias para buscar maisconhecimento e aprimoramento.
Aos nossos professores eorientadores que tambm participaramdiretamente de nossa formao e dodesenvolvimento deste trabalho acadmico.
Aos nossos pais, que nos deram oNorte de nossas vidas, sendo nossosprimeiro e verdadeiros professores.
Aos maridos, namorados, noivos efilhos que com pacincia compreenderam a
necessidade de nossa ausncia por quatroshoras por dias, cinco dias por semanadurante esses trs semestres.
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RESUMO
Arquitetura Sustentvel e Construo Bioclimtica so conceitos modernos que
levam em conta a harmonia entre a obra final, o seu processo de construo e o meio
ambiente.
Uma edificao concebida de acordo com os princpios de Arquitetura
Bioclimtica um edifcio desenvolvido numa lgica de sustentabilidade, em todas as
suas fases: desde a fase de projeto, concepo, utilizao e fim de uso. Est
enquadrado num ciclo de vida, d resposta s suas necessidades programticas, est
adaptado s caractersticas ambientais locais, energeticamente eficiente,
alcanando facilmente os nveis de conforto com um baixo consumo de energia.
Deste modo, cada edifcio possui assim uma identidade prpria.
A adaptao s caractersticas ambientais locais fundamental, sendo o Sol
um dos principais elementos a considerar uma vez que ser a fonte de energia
O clima, a orientao solar, vento, umidade, temperatura, radiao, altitude, as
caractersticas do terreno, a sua topografia, a vegetao, os seus recursos, a
existncia ou no de edificaes nas proximidades, entre outros fatores, so
contabilizados de modo a otimizar as solues e tirar partido das suas
potencialidades.
A escolha do sistema construtivos e os materiais escolhidos devem ser
criteriosamente selecionados de modo a que sejam amigos do ambiente, com pouca
energia incorporada
Palavras chaves: sustentabilidade, bioclimtico, reciclagem, conscincia
ecolgica e reaproveitamento.
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SUMRIO1 INTRODUO ........................................................................................................................................ 10
2 CONDIES GEOGRFICAS DA CIDADE DE SANTOS ............................................................................. 12
3 PRINCPIOS DA ARQUITETURA BIOCLIMTICA E CONSTRUES SUSTENTVEIS ................................. 15
4 ARQUITETURA BIOCLIMTICA............................................................................................................... 20
4.1 Orientao Solar ................................................................................................................................. 20
4.2 Iluminao natural ............................................................................................................................. 21
4.3 Climatizao Passiva - Estratgias de arrefecimento passivo ............................................................ 23
4.4 Elementos da Construo - Paredes .................................................................................................. 24
4.4.1 Parede exterior simples........................................................................................................... 24
4.4.2 Parede exterior dupla .............................................................................................................. 25
4.5 Elementos da construo - Pavimentos ............................................................................................. 26
4.5.1 Lajes em contato com o solo ................................................................................................... 26
4.5.2 Lajes intermdias .................................................................................................................... 27
4.5.3 Laje de cobertura .................................................................................................................... 27
4.6 Elementos da construo - Coberturas .............................................................................................. 284.6.1 Coberturas Planas ................................................................................................................... 28
4.6.2 Cobertura Inclinada ................................................................................................................. 29
4.6.3 Cobertura Ajardinada .............................................................................................................. 29
4.7 Elementos da construo - Envidraados .......................................................................................... 30
4.7.1 Vidros insulados (duplos) ........................................................................................................ 31
4.8 Elementos da construo - Elementos ajardinados ........................................................................... 31
4.9 Elementos da construo - Isolamento Trmico ................................................................................ 33
4.9.1 Aglomerado de Cortia ............................................................................................................ 33
4.9.2 Espuma de Poliuretano ........................................................................................................... 34
4.9.3 L de Rocha ............................................................................................................................. 34
4.9.4 L de Vidro............................................................................................................................... 34
4.9.5 Poliestireno Expandido ............................................................................................................ 35
4.9.6 Poliestireno Extrudido ............................................................................................................. 35
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4.10 Elementos da construo - Revestimentos ...................................................................................... 35
4.10.1 Revestimentos de Paredes .................................................................................................... 35
4.10.1.1 Materiais Cermicos ........................................................................................................... 35
4.10.1.2 Gesso Acartonado .............................................................................................................. 36
4.10.1.3 Ecotop .............................................................................................................................. 38
4.10.2 Revestimentos de Coberturas ............................................................................................... 39
4.10.2.1 Telhas Cermicas ................................................................................................................ 39
4.10.2.2 Telhas Onduline .................................................................................................................. 39
4.10.3 Revestimentos de Pavimento................................................................................................ 40
4.10.3.1 Madeira .............................................................................................................................. 40
4.11 Elementos da construo - Reboco .................................................................................................. 40
4.11.1 Estuque de Gesso .................................................................................................................. 40
4.11.2 Reboco Monocamada ........................................................................................................... 41
4.11.3 Reboco Tradicional ................................................................................................................ 41
4.12 Elementos da construo - Estrutura ............................................................................................... 41
4.12.1 Beto Armado ....................................................................................................................... 41
4.12.2 Beto Leve ............................................................................................................................. 42
4.12.3 Madeira ................................................................................................................................. 42
4.12.4 Perfis Metlicos ..................................................................................................................... 42
4.13 Elementos da construo - Impermeabilizao ............................................................................... 43
4.13.1 Emulses Betuminosas .......................................................................................................... 43
4.13.2 Membranas Betuminosas ..................................................................................................... 43
4.14 Elementos da construo - Tintas .................................................................................................... 44
4.15 Elementos da construoPisograma ............................................................................................ 46
4.16 Elementos da construobloco drenante .................................................................................... 46
4.17 Elementos da construopiso laminado ...................................................................................... 47
4.18 Elementos da construomadeira plstica .................................................................................. 50
5. ECOTIJOLOTIJOLO DE SOLO CIMENTO ............................................................................................. 51
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6. REAPROVEITAMENTO DE GUAS ......................................................................................................... 56
6.1 gua da Chuva .................................................................................................................................... 56
6.2 Torneiras ............................................................................................................................................ 58
6.3 Reduo do consumo de gua nas torneiras ..................................................................................... 58
6.4 Chuveiro ............................................................................................................................................. 60
6.6 Mquinas de lavar .............................................................................................................................. 61
6.6.1 Mquinas de lavar roupa......................................................................................................... 61
6.6.2 Mquinas de lavar loua ......................................................................................................... 63
6.7 ExteriorGaragens e quintais ........................................................................................................... 64
6.7.1 Limpeza de pavimentos ........................................................................................................... 64
6.7.2 ExteriorConselhos ................................................................................................................ 65
6.8. Sistema de Captao de gua de Chuva ........................................................................................... 66
7. TRATAMENTO DE ESGOTO PRIMRIO - BIODIGESTOR AQUALIMP ..................................................... 69
8 AQUECEDOR SOLAR DE GUA............................................................................................................... 70
9 ELTRICA ................................................................................................................................................ 73
10 MURO VERDE ...................................................................................................................................... 8211 RESDUOS GERADOS PELA CONSTRUO CIVIL .................................................................................. 83
12 ESCRITRIO EXPERIMENTALMEMORIAL DESCRITIVO ..................................................................... 86
13 CONCLUSO ........................................................................................................................................ 89
14 BIBLIOGRAFIA ...................................................................................................................................... 90
15 ANEXOS ............................................................................................................................................... 91
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1 INTRODUO
Com o crescimento da populao e o aumento das exigncias no mbito do
conforto a implantao de solues sustentveis torna-se cada vez mais inevitvel.
Falar de sustentabilidade, solues seguras, inteligentes e verdes so o foco
principal desenvolvido ao longo desse trabalho.
Levando-se em conta que Santos tem um potencial econmico voltado
principalmente para o porto, turismo, agora com a descoberta feita pela Petrobras, em
2007, de petrleo de boa qualidade a 180 quilmetros da costa e 7 mil metros deprofundidade, logo abaixo de uma espessa camada de sal o Pr-Sal, surgem
corporaes da construo civil que viram na cidade uma grande oportunidade de
implementar empreendimentos imobilirios voltados para residncia de alto padro e
escritrios.
A construo civil um importante setor econmico do pas e desperta grande
desenvolvimento socioeconmico.
A arquitetura bioclimtica se define como o projeto e construo de umaedificao, baseando-se no contexto climtico no qual a mesma se insere,
acrescentando significativa melhora nas condies de conforto, economia de recursos
e ecofuncionalidade. Atravs do estudo das condies climticas locais, os projetos
visam oferecer conforto trmico, acstico e lumnico, em todas as estaes do ano.
Tambm buscam minimizar os impactos da construo civil no meio ambiente.
No conceito clssico de arquitetura, a trade de Vitruvius (arquiteto grego 70 aC
a 15 aC) indica utilitas, fermitas, venustas que, na traduo literal, significa
funcionalidade, estrutura e beleza. Com um projeto bem elaborado possvel unir
essa trade aos modernos conceitos da arquitetura bioclimtica.
Muitas tecnologias j so economicamente viveis, visto que apesar de
representarem um investimento inicial elevado, tem custo operacional praticamente
nulo (por exemplo: um aquecedor de gua eltrico, com certeza mais barato que um
painel solar, mas a eletricidade consumida ser um custo para o consumidor por toda
a vida til do aparelho enquanto que o sol utilizado pelo painel uma energia
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absolutamente gratuita e disponvel sem preocupaes para a humanidade pelos
prximos milhes de anos).
Em meio a essa floresta de concreto que vem crescendo na cidade surgem
algumas questes: Como amenizar o impacto ambiental decorrente da construo
civil? Como amenizar o desperdcio de material reduzindo ento os custos? Como
conseguir implantar a ideia de arquitetura sustentvel e construo bioclimtica?
Por fim, apresentaremos um modelo de escritrio que servir como showroom
de produtos, tcnicas executivas e mecanismos relacionados com arquitetura
sustentvel e construo bioclimtica, onde o cliente poder examinar e escolher o
que mais se enquadra s suas necessidades.
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2 CONDIES GEOGRFICAS DA CIDADE DE SANTOS
Santos est localizada no litoral do Estado de So Paulo, sede a Regio
Metropolitana da Baixada Santista, sob o Trpico de Capricrnio, a 23"56"27" de
latitude sul e 45"19"48" a oeste do Meridiano de Greenwitch, uma cidade de
caractersticas econmicas voltadas para o porto e para o turismo.
O Municpio estende-se por uma rea de 271 km, sendo 39,4 Km na parte
insular e 231,6 Km na parte continental (dados da AGEM).
Est limitada ao norte por Santo Andr e Moji das Cruzes; ao sul pelo Oceano
Atlntico e Ilha de Santo Amaro (Guaruj); a leste por Bertioga e a oeste por Cubato
e So Vicente.
Possuindo uma economia crescente a 17 cidade mais rica do pais (PIB
2010), com produto interno bruto de R$27.616.035.000,00 (IBGE/2008).
A rea insular encontra-se na Ilha de So Vicente, cujo territrio esta dividido
com o municpio de So Vicente possuindo 39,4 km, densamente urbanizada
abrigando a totalidade dos habitantes da cidade. Uma rea plana com altitudes que
raramente ultrapassam os 20 metros acima do nvel do mar, com morros isolados,
localizados na parte central da ilhas, cuja altitude no ultrapassa os 200 metros acima
do nvel do mar.
Por estar extremamente povoada e em processo de impermeabilizao do
solo, no h quase vegetao nativa, e apenas os morros e a regio norte da ilha
(Alemoa, Chico de Paula e Sabo) ainda vemos resqucios de Mata Atlntica e
manguezais.
Antes da ocupao urbana, que ocorreu em meados das dcadas de 40 e 50, aparte insular da ilha era ocupada por chcaras com vastos terrenos alagados cobertos
de manguezais, Mata Atlntica e vegetao rasteira.
Depois de ocupar quase todos os espaos em direo s praias, Santos
passou a se expandir no sentido contrrio, nos dois lados da Avenida Nossa Senhora
de Ftima, em direo divisa com So Vicente.
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Diante da carncia de imveis para a construo civil, a regio da Zona
Noroeste uma das opes para novos projetos habitacionais, que no se restringem
s camadas mais pobres da populao.
No comeo, a Zona Noroeste era um imenso manguezal, cortado por rios que
invadiam as casas em dias de chuva ou mar alta. A paisagem era bem diferente da
atual. Nas extensas faixas de mangue, alagadios e terras arenosas, os bananais
dominavam, espalhando-se em uma exuberante vegetao tropical.
A rea continental com 231,6 km, representa a maior parte do municpio,
sendo que 70% desse trecho classificada como rea de proteo ambiental estando
nos limites do Parque Estadual da Serra do Mar, possuindo grande rea de Mata
Atlntica.
Parte do Canal de Bertioga corta essa regio, onde existe grande extenso de
manguezais ao longo dos rios Diana, Sandi, Iriri e Quilombo.
Nessa regio a ocupao e na sua maioria voltada para as atividades rurais
rudimentar que ocupam a mata de jundu, composta de palmitais e palmeiras locais.
Esse tipo de mata esta sendo seriamente degradada por esse tipo de ocupao.
Santos apresenta clima litorneo de transio. Registra temperaturas extremasde 42 e mnimas inferiores a 10, sendo a temperatura mdia de 24, com ndice
pluviomtrico elevado, prevalecendo o clima quente e mido, tipicamente tropical
atlntico.
Com isso a vegetao de Mata Atlntica com reas de restinga e manguezais
predominante, temperatura mdia anual de 24 C, ndice pluviomtrico de 1800 mm
por ano.
Os veres so quentes e midos com ndice pluviomtrico mdio acima de 270mm no ms de janeiro enquanto os invernos possuem temperaturas amenas e menos
incidncia de chuvas (70 mm em agosto). Primavera e outono se caracteriza como
estaes de transio com ndices pluviomtricos anuais de 3207 mm.
No vero a constante penetrao de frentes frias (fenmeno comum nesse
perodo) trazem chuvas que amenizam as temperaturas altas que normalmente
chegam a 35 C. J no inverno a incidncia de ventos provenientes do noroeste
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(precedendo as frentes frias) elevam as temperaturas at 30 C, os chamados
veranicos.
Em janeiro a mdia de temperaturas mnimas de 23 C e as mximas 35 C.
Em julho a mdia mnima de 17 C e a mxima 24 C.
No vero a incidncia de ventos noroeste elevam as temperaturas at a casa
de 40 C. No inverno a penetrao de massas de ar polar provenientes do sul do pais
fazem os termmetros cariem para 10 C. A temperatura mnima registrada em
Santos foi em meados de agosto de 1955 chegando 4,3 C. J a temperatura mxima
foi de 41,8 C em janeiro de 1915. O maior ndice pluviomtrico registrado foi de 368,8
mm em junho de 1947.
A cidade de Santos tem um dos solos mais difceis (areia e granito nas regies
baixas (praias) e rochas cristalinas e granito nas regies altas) no pas para a
construo levando-se em conta as fundaes de suas edificaes, por possuir uma
caractersticas litornea e pelo fato das construes estar em parte em terrenos de
manguezais. Com isso, os prdios na orla da praia sofreram recalques diferenciais,
chegando at mesmo a serem atrao tursticas uma vez que com uma simples
observao, ao longo da orla da praia, podemos avistar quase 90 prdios tortos.A partir de fins da dcada de 1950, os prdios cada vez mais altos e juntos
alteraram at o clima - e se alteraram eles prprios, em muitos casos, inclinando-se
por causa das fundaes insuficientemente profundas - obrigando a uma reviso da
infraestrutura urbana, que ameaou entrar em colapso com essa verticalizao.
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3 PRINCPIOS DA ARQUITETURA BIOCLIMTICA E CONSTRUESSUSTENTVEIS
Uma edificao concebida de acordo com os princpios de Arquitetura
Bioclimtica um edifcio desenvolvido numa lgica de sustentabilidade, e em todas
as suas fases (desde a fase de projeto, concepo, utilizao e fim de uso). Est
enquadrado num ciclo de vida, d resposta s suas necessidades programticas, est
adaptado s caractersticas ambientais locais, energeticamente eficiente,
alcanando facilmente os nveis de conforto com um baixo consumo de energia.
Deste modo, cada edifcio possui assim uma identidade prpria.Os princpios de Arquitetura Bioclimtica no so mais do que o
enquadramento do edifcio sua realidade local facilmente se depreende que no
so, por estes motivos, princpios rgidos. So antes princpios flexveis de modo a
alcanar o equilbrio pretendido entre os vrios elementos a considerar em todo o
processo.
A adaptao s caractersticas ambientais locais fundamental, sendo o Sol
um dos principais elementos a considerar uma vez que ser a fonte de energia querem termos trmicos, quer em termos de iluminao presente em todo o processo e
que, com o seu devido aproveitamento, ser a pea chave para alcanar o conforto
interior com medidas passivas (sem consumo de energia). Conhecer o local para
onde se vai projetar assume assim uma importncia vital de modo a fazer as
melhores opes.
O local onde o edifcio se insere, bem como as suas caractersticas, so
tambm fatores determinantes para o seu desempenho energtico e,
consequentemente, para o conforto interior dos seus utilizadores. O clima, a
orientao solar, vento, umidade, temperatura, radiao, altitude, as caractersticas do
terreno, a sua topografia, a vegetao, os seus recursos, a existncia ou no de
edificaes nas proximidades, entre outros fatores, so contabilizados de modo a
otimizar as solues e tirar partido das suas potencialidades. Existem muitas variveis
ao longo de todo o processo.
A escolha do sistema construtivo deve considerar os elementos acima referidos
de modo a dar uma resposta eficiente ao programa pretendido de forma adequada,
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com um bom desempenho ambiental e energtico, onde as perdas e os ganhos se
compensam.
Os materiais escolhidos devem ser criteriosamente selecionados de modo a
que sejam amigos do ambiente, com pouca energia incorporada.
Assim, fundamental orientar convenientemente o edifcio, fazer o seu
isolamento de modo eficiente (preferencialmente pelo lado exterior e de modo
contnuo) para atenuar as trocas trmicas entre interior e exterior. As superfcies
envidraadas devem ser corretamente dimensionadas (no s em relao
orientao solar para fazer o aproveitamento dos ganhos trmicos mas tambm
de acordo com as necessidades de iluminao para cada diviso) e protegidas. A sua
proteo pode ser feita com recurso a dispositivos mveis ou dispositivos fixos (por
exemplo, palas) desde que adequados para que o produto final resulte
energeticamente eficiente e o conforto no seu interior seja alcanado.
Ser tambm vantajoso desenvolver estratgias passivas para alcanar o
conforto interior j que contribuir para o bom desempenho energtico do edifcio.
Estas estratgias/sistemas passivos sem consumo de energia tiram partido das
caractersticas climticas. Vo desde o controle da radiao solar (facilitando osganhos ou perdas trmicas), tirando partindo da inrcia trmica do edifcio (atraso e
amortecimento) promovendo o isolamento trmico de toda a envolvente construda
paredes, pavimentos e coberturas minimizando assim as trocas trmicas entre o
ambiente interior e exterior, at seleo de superfcies envidraadas eficientes
(apostando no vidro duplo e caixilhos com bom desempenho energtico) e ao seu
sombreamento adequado.
Nem sempre os sistemas passivos conseguem dar resposta a todas asnecessidades de energia. Se houver necessidade de recorrer a sistemas ativos, estes
devero recorrer a fontes de energia renovveis.
A vegetao existente tambm relevante. A existncia de rvores de folha
caduca benfica na medida em que, no Vero, a sua copa protege as superfcies
envidraadas da incidncia direta da radiao solar e refresca o ambiente, e, no
Inverno, com a queda das suas folhas permite a entrada dos raios solares,
traduzindo-se em ganhos trmicos que contribuem para o conforto interior.
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Uma edificao construda de acordo com estes princpios no
necessariamente mais dispendiosa: poder inicialmente representar um investimento
maior mas que ser recuperado ao longo da sua vida til. As suas necessidades de
energia sero reduzidas e, uma vez que o conforto no seu interior ser facilmente
alcanado, a necessidade de recorrer a aparelhos de climatizao (de que exemplo
o ar condicionado) ser menor, poupando assim na fatura energtica mensal e
contribuindo para que a quantidade de emisses de gases de efeito de estufa para o
ambiente seja menor.
Para que todo o sistema funcione, importante que os utilizadores saibam tirar
partido de todos os mecanismos existentes e os utilizem corretamente. O seu
comportamento, os padres de ocupao, a forma como o aquecimento/arrefecimento
dos espaos feito, o aproveitamento da gua, os mecanismos de ventilao, o tipo
de iluminao, iro influenciar o desempenho energtico do edifcio e contribuir para o
conforto hidrotrmico.
O conceito de Arquitetura Construo Bioclimtica to amplo que leva em
conta o tratamento e reutilizao dos resduos gerados pela obra, coleta de guas
pluviais, utilizao de revestimento piso/cermico que priorizem o conforto trmico eacstico feitos com materiais reciclados ou retirados do entorno da obra, telhados
verdes. Todo o mobilirio e acessrio da edificao tambm prima por esse conceito
e at mesmo a mudana do estilo de vida dos futuros moradores/usurios deve ser
trabalhada.
So muitas as empresas no Brasil e no mundo que esto preocupadas com
esse conceito que integra meio ambiente, equilbrio e conforto dos usurios e se
preocupam em pesquisas que desenvolvem matrias primas, tecnologias e conceitoscada vez mais modernas.
Vemos o conceito da bioconstruo sendo utilizado quando, h mais de dez mil
anos, o homem manipulava o barro da beira dos rios ou talhar blocos de pedras e
empilha-las para fazer seus primeiros abrigos.
A utilizao de terra para construo de edificaes utilizada por metade da
populao do mundo assumindo diversas formas, resistindo ao tempo e ao uso, como
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por exemplo o adobe, cob, taipas e fado de palha. tambm o principal material para
a construo civil em diversos pases.
Pelo mundo temos como exemplo os templos peruanos feitos de tijolos adobe,
as casas da regio de Devon na Inglaterra onde vemos a utilizao tradicional de
construes de cob.
No Brasil a construo com barro difundida principalmente na regio norte e
nordeste do pais. Nesse tipo de construo no se observa os cuidados necessrios
para uma utilizao duradoura podendo sofrer com a deteriorizao do material. Mas
nas cidades mineira de Ouro Preto e Mariana ou a cidade de Pirenpolis em Gois
podemos ver a durabilidade da construo com terra.
No campo tecnolgico vemos todo dia surgir produtos inovadores que trazem
solues imprescindveis com produtos inovadores, ecologicamente modernos sem
dispensar conforto e beleza.
Exemplificando essa situao temos as mantas desenvolvidas para aplicao
entre lajes onde o foco a absoro de rudos e vibrao. O produto tem como base
microfibras de elastmero (raspas de borracha de pneus e no gros). Sua densidade
superior a 600 kg/m, super flexvel, se adequando a qualquer tipo e tamanho derea proporciona infinitas aplicaes na dimenso 6 m x 1m e nas espessuras de 6
mm, 8 mm e 10 mm.
Os produtos derivados de microfibras de elastmero tambm so usados em
preenchimento de perfis e estruturas de janelas e portas (isolamento acstico) ou
como placas para preenchimento dos montantes de drywall, substituindo materiais
como a l, de fcil aplicao, no sendo prejudicial a sade de quem aplica pois h
ausncia de partculas flutuantes. Ainda quando ao conforto acstico o materialtambm pode ser usado no revestimento de tubos de PVC, prumadas, sadas e
entradas de reservatrios de gua, etc., para reduzir rudos e vibraes.
As paredes, forros, revestimento internos, externos e mobilirios integrados ao
sistema drywall assumem um grande espectro do mercado de construo civil no que
se diz em: rapidez na execuo e produtividade da obra, leveza e alvio de carga
estrutural, baixa gerao de resduos, aceita qualquer tipo de revestimento, pintura e
com fcil manuteno, excelente isolante trmico e acstico.
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Essas chapas cimentcias so basicamente painis autoclavados de cimento
onde a funcionalidade e resistncia so um dos seus atributos. Seu emprego na obra
pode gerar uma economia de at 70% no cronograma da obra, gerando ganho
financeiro, pois visa a construo racionalizada e seca.
Muitas vezes a economia na obra vem com o emprego de material que venha
otimizar o trabalho como um todo. Temos ento o emprego de lajes mistas
nervuradas fabricado em ao estrutural galvanizado, reduzindo assim o consume de
ao da laje (armaduras positivas), bem como a mo de obra empregada.
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4 ARQUITETURA BIOCLIMTICA
4.1 Orientao Solar
Em anncios de imveis, muitos vendedores utilizam a expresso face Norte
como argumento de venda, sendo que alguns apartamentos com essa orientao
solar chegam a ser 5% mais caros em comparao aos outros imveis com diferentes
posies (fonte:http://www.sylviolindenberg.com.br/).
A orientao solar de um edifcio muito importante para que se possa fazer
um aproveitamento da energia solar, contribuindo assim para o bom desempenhoenergtico de um edifcio.
D acordo com a sua situao geogrfica dos pases europeus, o quadrante
Sul aquele que recebe maior radiao solar ao longo do dia. Este ser portanto a
orientao privilegiada para fazer o aproveitamento dos ganhos solares nessa regio.
Por oposio, o quadrante Norte ser aquele que menor quantidade de
radiao solar direta recebe, chegando mesmo a no receber radiao. Nesta
orientao iro assim verificar-se perdas trmicas.A Nascente verificam-se a radiao solar direta ao longo do perodo da manh,
contrariamente a Poente que s receber radiao solar direta no perodo da tarde.
Tendo esta informao como ponto de partida, devem ser desenvolvidas
estratgias para fazer o adequado aproveitamento da energia solar, em termos
trmicos como em termos de iluminao, reduzindo assim as necessidades
energticas da habitao.
No Hemisfrio Sul, a orientao Norte apresenta algumas vantagens, pois aorientao que permite maior incidncia de raios solares quando realmente
desejamos, ou seja, no inverno.
Isso acontece devido variao dos ngulos que o sol forma com a superfcie
da Terra durante as diferentes pocas do ano. No inverno, o sol forma um ngulo
pequeno em relao superfcie da Terra. Sendo assim, as fachadas voltadas para o
Norte ficam banhadas de sol durante quase o dia todo.
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J nos meses de dezembro a janeiro, os cmodos com face Norte tm sol
das 9h s 15h, aproximadamente. Fica evitado o sol da final da tarde, proporcionando
mais conforto trmico aos dormitrios durante a noite. Isso porque o ngulo que o sol
forma com a superfcie da Terra durante o vero maior. Portanto, ao meio-dia, o sol
est a pino, incidindo com fora nas coberturas dos edifcios.
Na hora de construir uma casa analisar a posio solar pode ser fundamental
para um melhor conforto trmico. Salas de jantar, dormitrios, gabinetes de trabalho,
considerados os principais cmodos de uma edificao, devem ter aberturas para as
orientaes Norte, Nordeste e Leste.
A orientao Sul costuma ser problemtica, pois no recebe sol durante o
inverno e, no vero, os raios incidem somente nas primeiras horas da manh e nas
ltimas horas da tarde. Escolha voltar para esse direo apenas cmodos
secundrios ou de permanncia transitria, como escadas, depsitos, garagem, etc. A
falta de iluminao ainda podem ser causadores de problemas nos ambientes como
umidade e mofo.
A orientao Sudeste pode ser boa para reas de servio.
A orientao Leste e Oeste apresentam caractersticas parecidas em relao incidncia dos raios solares, mas em horrios diferentes do dia. A fachada voltada
para o Leste recebem sol pela manh. J a fachada direcionada para o Oeste, o sol
bate tarde.
Ambientes voltados para o Oeste, costumam ser mais quentes, j que o sol da
tarde mais intenso e deixa o imvel com temperaturas mais altas noite.
4.2 Iluminao natural
Essencial para a vida na Terra, a luz um fator importante quando se pensa
em construir uma casa de forma sustentvel. Seja para garantir uma iluminao
adequada, poupar energia eltrica ou tornar o ambiente mais agradvel, a luz natural
deve ser planejada e aplicada em todos os cmodos.
A avaliao da iluminao de um ambiente pode ser vista por dois aspectos:
quantitativo que leva em considerao os nveis mnimos de iluminao para que os
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usurios de determinado ambiente possam desenvolver suas atividades com
segurana e produtividade; qualitativo que pondera como estas atividades podem ser
realizadas com conforto visual e bem-estar, evitando doenas visuais, fadiga e
depresso.
A luz natural mais confortvel para o olho humano comparativamente luz
artificial, sendo por isso vantajoso o seu aproveitamento sempre que possvel. A luz
artificial deve ser utilizada como complemento utilizao da luz natural.
Utilizao de cores claras nas superfcies ajuda reflexo da luz natural.
A energia eltrica usada em edifcios corresponde a 45% do consumo total de
energia eltrica do Brasil. O setor residencial responsvel, pela metade deste
consumo de energia eltrica, sendo a outra metade dividida entre os setores
comercial e pblico. (fonte: sitehttp://www.ecodesenvolvimento.org).
Sendo assim, substituir as lmpadas incandescentes por lmpadas de led ou
pela iluminao natural uma excelente alternativa para reduzir a conta de luz.
Para construir uma edificao abusando da iluminao natural, antes de
qualquer coisa, necessrio uma avaliao do clima local levando em conta: o tipo de
cu, a nebulosidade, o percurso do sol e fatores que influenciam a disponibilidade luznatural durante o ano.
Quando atingidos os nveis satisfatrios de iluminao, podemos estabelecer
estratgias de sombreamento e integrao dos sistemas de iluminao natural com
os de iluminao artificial, utilizando controles, manuais ou automticos, de forma a
otimizar a iluminao e economizar energia.
Mais do que uma questo de economia de energia, o uso da iluminao natural
est diretamente ligado sade, bem-estar e produtividade dos ocupantes daedificao.
Nos pases do Norte europeu, onde os invernos so longos e com dias curtos,
foi identificada uma sndrome de depresso associada ausncia prolongada de luz
natural. Isso acontece porque os seres humanos dependem da exposio luz
natural para ativar uma srie de funes fisiolgicas. A ao da luz natural acelera os
ciclos circadianos do corpo (ciclo relacionados relgio biolgico do corpo) e faz com
que ele coincidam com o ciclo dirio de 24h.
http://www.ecodesenvolvimento.org/http://www.ecodesenvolvimento.org/http://www.ecodesenvolvimento.org/http://www.ecodesenvolvimento.org/ -
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Por isso, as pessoas que vivem diariamente em ambientes climatizados e
iluminados artificialmente sentem, em algum grau, mudanas sazonais no seu humor
ou comportamento, tambm conhecido como Desordem Emocional Sazonal
(Seasonal Affective DisorderSAD).
4.3 Climatizao Passiva - Estratgias de arrefecimento passivo
semelhana do referido para as estratgias de aquecimento passivo, tambm
as estratgias de arrefecimento passivo no recorrem a meios ativos de climatizao
(com consumo de energia) para alcanar o conforto no interior.
A orientao solar tambm aqui um fator determinante para o
desenvolvimento destas estratgias que se baseiam principalmente na ventilao
natural e no controle da radiao solar direta das superfcies envidraadas (quer
sejam com recurso a elementos fixospalas, por exemploou dispositivos mveis
de que so exemplo as persianas), embora existam outros meios passivos de fazer o
arrefecimento.
A ventilao natural acontece quando se verificam diferenas de pressoatmosfrica entre o interior e o exterior, ou seja, o ar frio mais pesado tem tendncia
para baixar, enquanto o ar quente, por ser mais leve tem tendncia para subir,
provocando assim a renovao do ar entre o interior e o exterior.
O arrefecimento passivo pode ainda ser feito por outros meios de que so
exemplo o arrefecimento pelo solo, arrefecimento evaporativo e arrefecimento
radiativo.
Existem ainda outros aspectos que iro influenciar o arrefecimento naturalcomo por exemplo a desempenho energtico dos caixilhos, bem como o tipo de vidro
existente, o tipo e utilizao de proteo dos vos, a existncia de vegetao, a
presena de gua, a utilizao de cores claras nas superfcies (por absorverem
menos radiao).
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4.4 Elementos da Construo - Paredes
As paredes exteriores, enquanto mediadoras entre o exterior e o interior deuma habitao, devem ser elementos da construo resistentes aos vrios esforos e
aes a que se encontram sujeitas e durveis, alm de cumprirem a sua funo
esttica (integrao na paisagem envolvente e conjunto edificado).
Existem vrios tipos de parede exterior, no s quanto s camadas que a
compem mas, tambm quanto ao tipo de materiais utilizados para a sua
composio. Em qualquer uma delas importante fazer o seu isolamento trmico
para que resultem eficientes e minimizem as trocas trmicas entre o interior e oexterior, mantendo o conforto no interior.
4.4.1 Parede exterior simples
A parede exterior simples composta apenas por um pano de parede ao qual
fixo uma camada de isolamento trmico pelo seu lado exterior, que posteriormente
receber um acabamento final. Para que este acabamento oferea maior resistncia
s acepes mecnicas e climticas, o revestimento composto por armadura.
Quando bem dimensionada e elaborada segundo as regras da boa arte,
apresentam um melhor desempenho trmico comparativamente s paredes exteriores
duplas, uma vez que o isolamento trmico aplicado de modo contnuo e pelo lado
exterior.
Este sistema responde assim s crescentes preocupaes ambientais e com o
consumo de energia dos edifcios, uma vez que isola igualmente todo o edifcio,evitando assim a formao de pontes trmicas, reduzindo a formao de
condensaes. Por outro lado, minimiza as trocas trmicas entre o interior e o exterior
de forma mais eficiente.
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4.4.2 Parede exterior dupla
Em alguns pases as paredes exteriores mais comuns so as paredes duplas.
um sistema amplamente divulgado composto por dois panos de alvenaria, um
exterior e outro interior, paralelos (sem contato entre eles), formando
preferencialmente entre si um espao de aronde se far a recolhimento de eventual
acumulo de gua e onde se dever colocar o isolamento trmico, preenchendo
parcialmente a caixa de ar.
Os dois panos de alvenaria podem ser compostos por vrios tipos de materiais,
como o tijolo de barro vermelho (macio, com furao horizontal ou vertical), blocosde beto leve, blocos de beto celular, ecotijolo, entre outros.
O espao de ar entre os dois panos de alvenaria, a que chamamos caixa de ar,
deve ser ventilado. Para permitir que a ventilao da caixa de ar seja possvel devem
existir, em cada piso e no pano de parede exterior, dois orifcios um na parte
superior e outro na base, que permitir a drenagem de possveis guas, resultado de
algumas condensaes. Deve possuir, na sua base, uma canaleta com declive
suficiente de modo a possibilitar a recolha da gua atravs do sistema de drenagem.A caixa de ar pode estar parcialmente preenchida com isolamento trmico,
colocado preferencialmente junto ao pano de parede interior. fundamental que a
parede possua isolamento trmico, e que este esteja corretamente dimensionado de
acordo com as necessidades energticas. Pode ser feito com o recurso de vrios
materiais como, por exemplo, espuma expansiva.
O isolamento trmico deve ainda ser colocado de forma a evitar a formao de
pontes trmicas zonas sensveis da construo que, por oferecerem uma menorresistncia trmica, iro permitir a formao de condensaes que iro originar o
desenvolvimento de bolores, acumulao de fungos e bactrias que,
consequentemente, comprometem a qualidade do ar interior e durabilidade dos vrios
elementos da construo. Geralmente, estas ocorrem em vigas e pilares.
Os materiais disponveis no mercado para fazer o revestimento exterior de
paredes exteriores duplas so de vrios tipos. Aqueles usados com maior frequncia
so os elementos descontnuos (por exemplo, elementos de ardsia) ou
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revestimentos com materiais ligantes, hidrulicos ou sintticos. Qualquer um deles
deve ser permevel ao vapor de gua, para permitir que o suporte respire evitando
condensaes no interior da parede mas, impermevel gua.
4.5 Elementos da construo - Pavimentos
O pavimento deve ser sempre adequado ao tipo de utilizao para o qual
projetado para que possa dar uma resposta adequada s solicitaes,
nomeadamente quanto s cargas a que est sujeito e ao desgaste prprio da sua
utilizao.
4.5.1 Lajes em contato com o solo
Uma laje ao nvel do solo est sujeita a aes diferentes de uma laje intermdia
numa construo ou at mesmo de uma laje de cobertura os cuidados com estas
sero por isso diferentes.Assim, as cargas estruturais a que estar sujeito sero menores uma vez que
estas no sero descarregadas na estrutura mas sim diretamente no solo. Por outro
lado necessrio ter um cuidado especial ao isolamento trmico e
impermeabilizao.
O isolamento trmico destes pavimentos igualmente importante. Uma vez
que parte da envolvente construda do edifcio, deve estar devidamente isolado para
minimizar as trocas trmicas do edifcio em contato com o solo, tornando assim o
interior mais confortvel.
Por estar em contato com o solo, est particularmente sujeito presente de
gua no terreno, requerendo por isso a existncia de elementos que faam a
drenagem das guas e elementos que o impermeabilizem, impedindo o contato entre
a laje de pavimento e a umidade presente no terreno.
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4.5.2 Lajes intermdias
As lajes intermdias fazem a diviso em altura dos pisos, suportando as suas
cargas inerentes. Existem inmeras solues construtivas para estes elementos, bem
como para os seus revestimentos, que iro proteger o suporte e contribuir para o
conforto interior.
Num edifcio, as suas exigncias sero diferentes em relao s referidas para
os pavimentos ao nvel do solo e para as lajes de cobertura as exigncias de
impermeabilizao e de isolamento trmico no sero to grandes como naqueles
casos mas podem ser incorporados como complemento. Podem ainda possuirisolamento acstico, sistemas de aquecimento, entre outros.
Os pontos de ligao entre a laje e as paredes so extremamente importantes
dado que podem originar pontes trmicas que iro comprometer o conforto no interior,
e comprometer a durabilidade dos elementos. Assim, conveniente que estes
elementos estejam corretamente isolados pelo exterior o que ser mais simples e
eficiente no caso das paredes simples com isolamento trmico pelo exterior, ao
contrrio de uma parede dupla.
4.5.3 Laje de cobertura
As coberturas so elementos que, devido sua posio na construo, esto
particularmente sujeitas s aes do vento, presena de gua e radiao solar direta.
Assim, fundamental que estas se encontrem devidamente impermeabilizadas e
termicamente isoladas. Deste modo, as grandes variaes trmicas sero
minimizadas, contribuindo assim para o aumento do conforto no interior.
Tratando-se de uma cobertura plana, e dependendo do tipo de utilizao (no
acessvel, acessvel a pessoas, acessvel a veculos, ajardinada), assim dever ser
selecionado o tipo de revestimento, no esquecendo a sua impermeabilizao e
drenagens para que sejam garantidas todas as exigncias funcionais.
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4.6 Elementos da construo - Coberturas
As coberturas devem responder a algumas exigncias funcionais. Entre elas,devem responder s exigncias de segurana (seja estrutural, contra risco de
incndio ou decorrentes do prprio uso corrente da habitao), exigncias de
agitabilidade (falamos de estanqueidade, conforto hidrotrmico, acstico, visual, etc.)
e exigncias de economia (quer em termos de custos e de durabilidade).
Devido sua localizao na construo, esto sujeitas a inmeras aes ao
longo do dia, e do ano. Entre essas aes podemos salientar a radiao solar
recebida, a ao do vento e a presena da gua, com isso fundamental que estasse encontrem devidamente impermeabilizadas e termicamente isoladas. Deste modo,
evitar-se- o sobreaquecimento no Vero e as perdas trmicas sero minimizadas no
Inverno.
Estas podem ser coberturas planas no acessveis, acessveis a pessoas
(terraos), ou acessveis a veculos , coberturas inclinadas (que normalmente
chamamos telhados), ou coberturas verdes/ ajardinadas.
4.6.1 Coberturas Planas
As coberturas planas so caracterizadas por serem praticamente planas (a sua
inclinao praticamente inexistente, apenas a suficiente para fazer o escoamento
das guas) e, regra geral, compostas por cinco elementos. A ordem de colocao de
alguns elementos pode variar de acordo com o tipo de cobertura plana tradicional
ou invertidae com o seu uso final.Numa cobertura plana tradicional, esses elementos sero colocados na
seguinte ordem: estrutura de suporte, camada de forma (que ir formar a pendente
necessria para correto escoamento das guas), isolamento trmico,
impermeabilizao e camada de proteo que ir variar de acordo com o tipo de
utilizao (por exemplo, o tipo de proteo ser diferente se for acessvel apenas a
pessoas ou se for acessvel a veculos).
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Na soluo de cobertura plana invertida, a ordem de colocao dos vrios
elementos ser diferente da soluo de cobertura plana tradicional o isolamento
trmico colocado sobre a camada de impermeabilizao.
4.6.2 Cobertura Inclinada
Este tipo de coberturas habitualmente revestido com telhas cermicas. So
coberturas onde a estanqueidade estar garantida pela inclinao da cobertura e pelo
seu revestimento.
O seu isolamento trmico pode estar colocado em vrios locais/posies. Pode
ser colocado pelo lado inferior do revestimento da cobertura (sejam telhas cermicas
ou outras, placas, chapas metlicas, entre outros), sob a estrutura de suporte (que
tambm pode ser de vrios materiais como, por exemplo, estrutura metlica ou
estrutura de madeira) ou mesmo sobre a laje de esteira (neste caso depender do
tipo de uso a dar ao desvo, ou mesmo da existncia de laje de esteira).
4.6.3 Cobertura Ajardinada
As coberturas ajardinadas so uma opo interessante, desde que bem
executadas, uma vez que contribuem para o conforto no interior da habitao, para
alm de influenciar positivamente o microclima urbano. So ainda pouco comuns no
nosso pas.
Sendo um tipo de cobertura muito especifica necessrio ter especial ateno impermeabilizao j que a presena da gua constante devido existncia de
terra e plantas. A camada drenante dever por isso ser constituda por um elemento
filtrante permevel gua mas capaz de reter os elementos vegetais mais finos.
Nos exemplos acima referidos, o isolamento trmico pode ainda ser colocado
pelo lado interior da diviso, embora seja menos eficiente do que aquele que
colocado pelo lado exterior. Pelo lado interior, este pode ser colocado entre a
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estrutura resistente e o teto falso (seja em camada ou mesmo como revestimento
aderente estrutura).
4.7 Elementos da construo - Envidraados
As superfcies envidraadas adquirem uma especial importncia uma vez que
contribuem significativamente para o conforto no interior da habitao. Devem ser
estanques gua, permeveis ao ar e resistentes ao do vento.
De acordo com as suas caractersticas e orientao solar poder ser feito ou
no o aproveitamento passivo da radiao solar. O tipo de caixilho, tipo de vidro e o
tipo de sombreamento iro permitir maiores ou menores trocas trmicas entre o
interior e o exterior.
Assim, os vidros devem ser duplos e os caixilhos devem ser eficientes. Existem
no mercado vrias opes quanto ao tipo de material de caixilho madeira, alumnio,
PVC e devendo optar-se por aqueles que sejam mais amigos do ambiente e com
melhor desempenho energtico.
Deve ser dada tambm especial ateno sua proteo o sombreamento
deve ser feito de forma eficiente e, sempre que possvel, pelo lado exterior e interior
(caso no seja possvel, preferencialmente pelo lado exterior). Exteriormente, pode
ser feita atravs de elementos fixos na fachada, de que so exemplo as palas, ou por
dispositivos mveis (por exemplo, persianas). Pelo lado interior, usual, e eficiente, o
uso de persianas ou cortinados de tecido.
Caso se usem persianas importante verificar se a caixa de afixao da
mesma se encontra isolada adequadamente para que se evitem as infiltraes de arindesejadas que se tornam incomodas e aumentam o desconforto no interior.
tambm importante que se encontre devidamente impermeabilizada para que este
no seja um ponto de entrada de gua.
Por estes motivos fundamental que estes elementos sejam de qualidade e
devidamente utilizados para que se consiga tirar partido do seu comportamento e
assim alcanar o conforto no interior da habitao.
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4.7.1 Vidros insulados (duplos)
O vidro Insulado insupervel quando a inteno aproveitar ao mximo a luz
natural, com bloqueio do calor proveniente da radiao solar. Tambm proporciona
grande conforto acstico, com maior bloqueio do som.
O vidro duplo tambm denominado insulado. Na verdade, trata-se de um
sistema de duplo envidraamento, com o benefcio da camada interna de ar
desidratado.
O sistema de duplo envidraamento permite combinar vidros idnticos ou com
propriedades diferentes, aproveitando as caractersticas de cada um, como, porexemplo, a resistncia dos vidros temperados com a proteo trmica e acstica e a
segurana dos laminados de controle solar, podendo ser utilizado em diversas
aplicaes tais como: construo civil, cobertura, estdio de gravao, fachada,
hospital, portas, janelas e refrigerao.
O conjunto garantido pela dupla selagem: a primeira, para no haver troca
gasosa; a segunda, para garantir a estabilidade do conjunto.
Internamente ao perfil de alumnio, h um hidrossecante, que garante acompleta ausncia de vapor dgua, impedindo seu embaamento.Este sistema faz
com que o vidro duplo seja timo isolante trmico e acstico.
4.8 Elementos da construo - Elementos ajardinados
As coberturas e fachadas ajardinadas esto sendo mais aplicadas nos
edifcios, pois permitem trazer a natureza, integrando a vegetao, para os espaosonde, atualmente, passamos mais tempo. Com a implementao desta medida
podemos simplesmente criar reas privadas ou pblicas de socializao e recreio ou
mesmo criar espaos para horticultura ou agricultura.
As coberturas e fachadas ajardinadas proporcionam tambm vrios benefcios
para os edifcios e para o meio urbano:
Melhoram o isolamento trmico e acstico dos edifcios, contribuindo para
reduzir o consumo energtico;
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Protegem as estruturas dos edifcios, contribuindo para um aumento do tempo
de vida dos sistemas de impermeabilizao;
Ajudam a reduzir a poluio sonora e contribuem para a melhoria da qualidade
do ar;
Contribuem para a reduo do efeito ilha de calor das cidades;
Contribuem para reter a gua da chuva, reduzindo o fluxo que encaminhado
para os coletores de guas pluviais, ajudando a diminuir o risco de inundaes;
Retardam, em caso de incndio, a propagao do fogo na cobertura.
No caso das coberturas, existem trs tipos de telhados ajardinados:
Intensivos: So concebidos para neles se instalar um jardim ou uma plantao
para uso humano (incluindo agrcola) devendo estar dimensionados para
suportar a carga a que ficam sujeitos, dada a espessura de solo. Requerem
instalao de sistema de rega por profissionais e manuteno regular. J
existem restaurantes com hortas no telhado. Neste tipo de cobertura com
vegetao intensiva podem ser construdos lagos com diversas formas e
tamanhos. Um lago oferece um elemento visual extra, constitui uma fonte de
gua para os pssaros se saciarem e so um habitat natural para os peixes.
Extensivos: Ncleos naturais que replicam espaos geolgicos utilizando
plantas resistentes seca e com pouca necessidade de irrigao. So bastante
leves e dispensam estruturas complexas para sua construo. A colocao
deste gnero de coberturas e os seus custos de manuteno so residuais. O
tipo de plantas selecionadas mais natural e autossuficiente, geralmente
adaptando-se a espessuras de solo ou de substrato pequenas. Quando
comparado com o intensivo, este sistema permite redues no peso global dosistema e encarado normalmente como uma soluo ligeira de coberturas
ajardinadas, podendo inclusive ser um espao no visitvel.
Semi-intensivas: este um sistema intermdio entre os sistemas anteriores em
que se tem um espao visitvel, mas em que se tem uma soluo de meio-
termo entre o sistema extensivo que no requer manuteno (ou esta
residual) e o sistema intensivo que requer um acompanhamento permanente.
So utilizados perfis de substrato superiores aos do sistema extensivo, que
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permitem a escolha de varias espcies a serem utilizadas, mas que tambm
representam uma maior manuteno e maior custo que o sistema extensivo.
No caso das fachadas, estas podem funcionar como espaos verdes, com
todas as vantagens, exceto a possibilidade de utilizao do espao.
Devido ao peso que estas componentes podem ter, a sua aplicao em
edifcios j existentes deve ser devidamente avaliada para no introduzir problemas
na estrutura do mesmo, uma vez que este no foi projetado tendo em conta essa
aplicao.
4.9 Elementos da construo - Isolamento Trmico
O isolamento trmico adequado determinante para minimizar as trocas
trmicas excessivas entre o interior e o exterior de um edifcio evita perdas de calor
na estao fria e o sobreaquecimento interior na estao quente. O material de
isolamento dever assim apresentar um baixo ndice de condutibilidade trmica
(U-value) e baixa energia incorporada.
4.9.1 Aglomerado de Cortia
O aglomerado de cortia expandida, deriva de uma matria-prima totalmente
natural e renovvel - a cortia, cuja extrao da rvore se enquadra no seu ciclo de
vida. Tem origem na rvore de sobreiro, que sobrevive sem herbicidas qumicos,
fertilizantes ou irrigao. ainda a nica rvore que se regenera aps a poda
processo de obteno da cortia virgem. Assim, a cultura do sobreiro no implica a
dilapidao ou a degradao do ambiente, no apresenta aspectos ambientais
negativos associados a outras culturas florestais destinadas a transformaes
industriais, contribui para a fixao de uma fauna natural variada e apoia diversas
atividades de pastoreia, cinegticas e outras.
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4.9.2 Espuma de Poliuretano
O poliuretano pertence classe dos polmeros. A sua matria-prima o
petrleo. O petrleo formado por uma complexa mistura de compostos que quando
possuem diferentes temperaturas de ebulio, possvel separ-los atravs de um
processo conhecido como destilao ou craqueamento.
Obtm-se o poliuretano a partir do dissocianato de parafileno e do etilnoglicol.
Para se obter a espuma, expandido a quente por meio de injeo de gases,
formando a espuma cuja dureza pode ser controlada conforme o uso que se lhe quer
dar.
4.9.3 L de Rocha
A l de rocha provm de fibras minerais de rochas vulcnicas, entre elas o
basalto e o calcrio. Esta fibra procedente de depsitos vulcnicos, era j utilizada
pelos nativos das ilhas havaianas na cobertura de suas moradias para proteg-los do
frio e do calor.
Fibra natural de rocha vulcnica, apresentada em forma de placa ou manta.
Totalmente imune ao do fogo e com excelentes propriedades de isolamento
trmico e acstico.
4.9.4 L de Vidro
A origem da l de vidro provm de uma substncia lquida inorgnica obtida
atravs de um composto bsico de vrios elementos: a slica, em forma de areia, que
assume o papel de vitrificante, o carbonato de sdio, sulfato de sdio e potssio, para
que a temperatura de fuso seja mais baixa, e o carbonato de clcio e magnsio,
como estabilizantes para conferirem a este material uma elevada resistncia
umidade.
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4.9.5 Poliestireno Expandido
O poliestireno expandido, mais conhecido por EPS, um produto sinttico
proveniente do petrleo e deriva da natureza, tal como o vidro, a cermica e os
metais. A matria-prima deste material o poliestireno (PS) expansvel, um polmero
de estireno que contm um agente expansor e obtido, a partir do petrleo, por meio
de diversas transformaes qumicas.
4.9.6 Poliestireno Extrudido
O poliestireno extrudido, tambm conhecido por XPS, um produto sinttico
proveniente do petrleo e deriva da natureza, tal como o vidro, a cermica e os
metais. A matria-prima deste material o poliestireno, um polmero de estireno, que
extrudido e passa de um estado slido a um estado fundido, que depois arrefece e
volta a um estado slido.
4.10 Elementos da construo - Revestimentos
4.10.1 Revestimentos de Paredes
4.10.1.1 Materiais Cermicos
O revestimento cermico vem sendo usado desde a antiguidade para revestir
pisos e paredes. Naquela poca era utilizado apenas pela nobreza, que decorados
preciosamente pelos arteses ceramistas e tinham como destino as paredes dos
grandes palcios e construes nobres.
A popularidade veio em meados do sculo XX, quando a produo em larga
escala tornou o revestimento cermico acessvel a bolsos menos abastados.
A cermica pode ser feita em argila pura de massa vermelha, ou de uma
mistura com cerca de nove minerais de tonalidade clara ou branca. No Brasil, a
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abundncia dessa matria prima, argila, estimulou o crescimento desse mercado
recheado de opes, com caractersticas especficas para se adaptar ou compor
diferentes ambientes.
Atualmente existe uma variedade de produtos cermicos para atender aos
mais variados tipos de ambientes como: reas comerciais ou industriais, residncias,
fachadas e piscinas, mantendo as caractersticas contemporneas de durabilidade
aliada beleza esttica.
Tambm encontramos peas produzidas com uma tecnologia de ponta, com
processo produtivo sustentvel. A linha de produo opera com 100% de gs natural.
Atravs da queima desse combustvel, produzida energia limpa (trmica e eltrica),
dentro da prpria fbrica, que autossuficiente nesse quesito.
A gua e todos os resduos provenientes do processo fabril so coletados e
reciclados. S de gua so mais de 2 mil litros recuperados por hora. Atualmente, a
Biancogres possui o mais moderno e sustentvel parque fabril de porcellanatos e
revestimentos cermicos do Brasil.
Recentemente, foi apontada como a indstria de maior destaque no ano no
setor, para os empresrios das grandes revendas. O dado foi apurado pelo Ibope eAnamacoAssociao Nacional dos Comerciantes de Material de Construo, para a
seleo dos vencedores da 19 edio do prmio homnimo.
4.10.1.2 Gesso Acartonado
Os gessos acartonados tem se popularizado no Brasil na ltima dcada pela
agilidade de instalao e limpeza durante os trabalhos. Seu uso mais comum em
ambientes comerciais, principalmente shoppings, mas em residncias tambm so
uma tima soluo. So tambm mais conhecidas por Paredes de Drywall. As
Paredes de Drywall so formadas de placas gesso acartonado que so constitudas
de um ncleo de gesso natural (CaSO4.2H2O) e aditivos, revestidas com duas
lminas de carto duplex. O gesso proporciona a resistncia a compresso e o
carto, resistncia a trao. A unio destes dois elementos torna a placa muito
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resistente. Variam conforme o tipo de placa, tipo de borda, espessura, dimenso e
peso.
O gesso acartonado vem sendo largamente utilizado naconstruo civil em:
paredes, substituindo as de alvenaria; criao de paredes divisrias; criao
de painis; execuo de projetos de forro (teto rebaixado e sancas), que
consequentemente esto ligados a execuo de projetos luminotcnicos.
Alm de todas estas formas de utilizao, o gesso acartonado tambm permite
receber pregos e parafusos, podendo ser cortado, inclusive em formas curvas.
O gesso acartonado traz muitas vantagens tanto para construir, reformar, como
paradecorar:
Durante a obra vemos que possvel reduzir o custo com a sua utilizao;
um material leve, rpido e fcil de ser instalado;
Adaptvel a diversos tipos estrutura: ao, concreto oumadeira;
Permite a reduo de cargas nas fundaes e estruturas: quando utilizado
como paredes e forros;
Permite instalaes eltricas, hidrulicas e de telefone no interior das paredes;
Permite que o interior das paredes receba isolantes trmicos e acsticos;
Possibilita a criao e execuo de projetos ousados;
Aceita sobre sua superfcie outros materiais de revestimento: cermica,
pastilha de vidro, papel de parede, tecidos, tinta acrlica, tinta PVA e texturas;
Elevada resistncia ao fogo;
Apresenta bom desempenho trmico e acstico (equivalente ao de uma parede
de alvenaria de meio tijolo).
Para a escolha do gesso acartonado mais adequado a obra eleva-se em conta
a necessidade de uso:
Chapa Standard - ST (cor cinza) = para uso geral, utilizada em paredes, tetos
e revestimentos de reas secas. (Indicada para ambientes internos, no deve
ficar exposta ao relento e ao do tempo).
Chapa Resistente Umidade - RU (cor verde) = utilizada em reas molhadas,
como: banheiros, cozinhas, reas de servios e lavanderias. (As chapas de
gesso apresentam silicone na composio, o que trar maior resistncia
http://www.cliquearquitetura.com.br/portal/dicas/view/o-engenheiro-civil/40http://www.cliquearquitetura.com.br/portal/dicas/categoria/como-decorar/107http://www.cliquearquitetura.com.br/portal/dicas/categoria/madeiras/77http://www.cliquearquitetura.com.br/portal/dicas/categoria/madeiras/77http://www.cliquearquitetura.com.br/portal/dicas/categoria/como-decorar/107http://www.cliquearquitetura.com.br/portal/dicas/view/o-engenheiro-civil/40 -
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umidade. Mas as chapas no podem entrar em contato com a gua, pois
infiltraes danificaro o gesso).
Chapa Resistente ao Fogo - RF (cor rosa) = utilizada em sadas de
emergncia e em reas enclausuradas, como: escadas e corredores. (O gesso
um material que naturalmente resiste ao fogo e para garantir mais
eficincia, as chapas RF apresentam na composio retardantes de chama).
Chapa para reas Externas - Chapa Cimentcia = conhecida como Drywall
Externo. (A juno das placas deve ser feita com material compatvel, isto ,
que seja resistente umidade e chuva. Desta forma, nunca utilizar juntas de
uso interno para reas externas).
Chapa de Alta Dureza
Chapa Flexvel - para obter superfcies curvas
Chapa Perfurada - para absoro acstica
As chapas Standart ou RU, mesmo que recebam boas camadas de
impermeabilizao, no devem ser utilizadas em reas externas. A durabilidade ser
reduzida e exigir muita manuteno.
As paredes de gesso acartonado perdem um pouco da resistncia quando
submetidas a altas temperaturas (fogo) e para sustentar sobrecargas maiores de10kg,
necessrio fazer a fixao no perfil metlico.
No so resistentes as pragas como por exemplo traas.
4.10.1.3 Ecotop
A Ecotop desenvolveu um sistema de reaproveitamento das aparas dos
tubos plsticos de pasta de dente com a finalidade de produzir chapas, telhas e
cumeeiras.
A consciente da necessidade do reaproveitamento de materiais, cumpre seu
papel de uma forma ecologicamente correta, transformando resduos fabris em
produtos de alta qualidade.
Produto utilizados 100% de materiais reciclados de difcil degradao
ambiental (plstico e alumnio)
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Caractersticas: impermevel, isolante trmico e acstico, no propaga
chamas, altamente resistente a agentes qumicos e suporta at 130Kg por m3, alta
durabilidade, fcil de limpar, excelente isolamento trmico e acstico, imune a pragas.
No apodrece. Resistente umidade sendo indicado para revestimento em reas
molhas.
4.10.2 Revestimentos de Coberturas
4.10.2.1 Telhas Cermicas
Como primeiro material de contato com o exterior, as telhas devem garantir a
segurana das residncias contra a ao do vento, poeira, rudos, sol, chuva, granizo
e outras intempries. Por isso, telhas de qualidade so fundamentais.
A telha cermica, uma das mais antigas e acessveis opes de telha
disponveis, ainda uma opo muito popular, adequando-se muito bem ao clima
tropical e oferecendo uma tima relao de custo-benefcio.
oferecida em uma variedade de formas, que variam quanto ao tipo deencaixe, rendimento por m, inclinao exigida dos panos do telhado, proporcionando
assim uma considervel variedade de alternativas arquitetnicas possveis com o uso
do material.
As telhas devem apresentar um som metlico, parecido ao de um sino, quando
suspensas por uma extremidade e devidamente percutidas (suavemente com cabo do
martelo).
Possuem como principais caractersticas a de isolamento trmico e acstico,
difuso do vapor, resistncia ao fogo
4.10.2.2 Telhas Onduline
A telha Onduline a escolha certa para quem procura economia e qualidade
na hora de fazer a cobertura de sua obra ou reforma. Bonita, leve, prtica de instalar e
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muito resistente a telha Onduline pode ser usada em diversos tipos de telhados, como
casas, edificaes, quiosques, galpes, abrigos para carros e etc.
De ondulao regular, essa telha possui resistentes ao dos raios UV. E ela
tambm aceita pintura, deixando a cobertura da casa com a sua cara.
Feita a partir de fibras vegetais recicladas e impermeabilizada atravs de
processos inovadores e de alta tecnologia, a telha Onduline ecologicamente correta.
Perfeita para quem deseja cobrir sua casa de respeito ao meio ambiente e processos
produtivos sustentvel.
4.10.3 Revestimentos de Pavimento
4.10.3.1 Madeira
A madeira provm de sistemas de reflorestamento certificadas. Para que se
faa um uso adequado da madeira enquanto recurso renovvel, somente se deve
cortar o volume de madeira que a massa florestal produziu num ano e de seguida
replantar-se a mesma quantidade de novas rvores. Deve ainda atender-se ao fato deque a madeira um elemento 100% natural, que s precisa de um solo adequado,
gua e sol para se desenvolver.
4.11 Elementos da construo - Reboco
4.11.1 Estuque de Gesso
Estuque umaargamassa resultante da adio degesso,gua ecal, usada
como um aditivo retardador de uma secagem demasiadamente rpida. O uso do
estuque como revestimento decorativo ou material de modelao milenar na
civilizaomediterrnea.
Estuque um forro (pode ser tambm um revestimento) onde se faz, primeiro,
uma estrutura de madeira, quadriculada e nela se prende uma tela chamada
"deploy". Aps a colocao da tela, se aplica a argamassa. Construes antigas
http://pt.wikipedia.org/wiki/Argamassahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Gessohttp://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81guahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Calhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Mediterr%C3%A2neahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Mediterr%C3%A2neahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Calhttp://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81guahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Gessohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Argamassa -
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apresentavam muito estuque. Semelhante a isso, o isolamento trmico de cmaras
frigorficas, s que, por baixo desse revestimento semelhante ao estuque, so
colocadas placas de poliuretano expandido (ou isopor,em menor escala) e o
acabamento final feito com cimento queimado, sem cal, ou com a aplicao de
chapas de ao inoxidvel.
4.11.2 Reboco Monocamada
O reboco monomassa uma argamassa de revestimento pr-fabricada base
de cimento branco, agregados incorporados de granulomtrica controlada (cargas
siliciosas e calcrias) e adjuvantes (pigmentos minerais, retentores de gua,
hidrfugos, indutores de ar e fibras).
4.11.3 Reboco Tradicional
O reboco tradicional formado basicamente por cal e areia, s quais, sepodem adicionar outras matrias, como o cimento e adjuvantes dependendo do fim a
que se destina. Na origem da cal est o calcrio. A areia por sua vez deriva de rochas
e so geralmente silicosas. A concentrao da areia detrtica feita sob a ao de
diversos agentes geolgicos, envolvendo fatores meteorolgicos, transporte, aes
mecnicas, etc. Condies excepcionais do origem a areias vulcnicas.
4.12 Elementos da construo - Estrutura
4.12.1 Beto Armado
O beto descende de aglutinao de inertes que derivam da natureza. As
matrias-primas mais significativas so o calcrio, a maga e a argila, extrados de
pedreiras onde a lavra processo de extrao, desenvolvida a cu aberto, atravs
do desmonte de rocha por explosivo.
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4.12.2 Beto Leve
O beto descende de aglutinao de inertes que derivam da natureza. As
matrias-primas mais significativas so o calcrio, a maga e a argila, extrados de
pedreiras onde a lavra processo de extrao, desenvolvida a cu aberto, atravs
do desmonte de rocha por explosivo.
4.12.3 Madeira
A madeira provm da floresta. Para que se faa um uso adequado da madeira
enquanto recurso renovvel, somente se deve cortar o volume de madeira que a
massa florestal produziu num ano e de seguida replantar-se a mesma quantidade de
novas rvores. Deve ainda atender-se ao fato de que a madeira um elemento 100%
natural, que s precisa de um solo adequado, gua e sol para se desenvolver.
4.12.4 Perfis Metlicos
Na natureza, os metais no se apresentam da mesma forma como so vistos
no dia-a-dia. So extrados da natureza sob a forma de minrio de ferro que esto
distribudos de forma irregular pela crosta do planeta. No comum encontr-los em
estado natural, puros. Em geral so encontrados juntos a outros elementos, nos
minerais, e com grande quantidade de impurezas. O minrio de ferro extrado
depois, passado para o estgio de ferro-gusa, atravs de processos de transformao
e usado na forma de lingotes. Adicionando-se carbono d-se origem a vrias formas
de ao.
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4.13 Elementos da construo - Impermeabilizao
4.13.1 Emulses Betuminosas
Designa-se por emulso betuminosa uma emulso cujas fases so gua e
betume asfltico ou alcatro. Conforme a sua maior ou menor estabilidade, dir-se-
de rotura lenta, mdia ou rpida. Em termos de impermeabilizao, utilizam-se para a
execuo in loco de revestimento de impermeabilizao complementar, como
protetores de outras camadas do sistema e para impregnao e preparao das
superfcies. Estas emulses podem tambm conter aditivos ou cargas, a fim de
melhorar algumas das suas propriedades. Face ao anteriormente referido podemos
muito resumidamente apontar algumas das vantagens da utilizao de emulses
betuminosas, das quais se destacam a no contaminao do ambiente, a
versatilidade da sua formulao e a economia da sua aplicao.
4.13.2 Membranas Betuminosas
As membranas destinam-se a ser aplicadas na impermeabilizao de
coberturas, constituindo sistemas de camada nica. As membranas, de cor preta, so
constitudas por betumes-polmeros contendo resinas polipropilnicas com base em
polipropileno atctico (APP) e integrando armaduras no-tecidas de polister ou de
fibras de vidro. Estas membranas so acabadas na face inferior com uma folha de
polietileno e na face superior com uma folha de plstico ou com areia fina. As
membranas betuminosas podem ser aplicadas em superfcie corrente, em sistemas
independentes, semi-independentes ou aderentes. A escolha de uma destas solues
funo da natureza do material do suporte e da pendente da cobertura. Esta
soluo s deve ser aplicada e, coberturas em terrao no utilizveis. Refira-se ainda
que, sob o ponto de vista de reao ao fogo, todos os sistemas pertencem classe
de reao ao fogo M0 (no-combustvel) quando sob proteo pesada.
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4.14 Elementos da construo - Tintas
As tintas ecologicamente corretas levam em conta a escolha da matria primautilizada na sua fabricao at a transformao da terra em tinta e, no caso de
descarte, a tinta acaba voltando a ser terra, completando assim o ciclo de vida do
material reciclvel e sustentvel.
Alm da qualidade do produto as tintas sustentveis trazem aos ambientes um
cheiro bem mais fraco, menos agressivo para as pessoas que ficam em contato direto
com a tinta e tambm ao meio ambiente, uma vez que no possuem ingredientes
volteis.Prefira tintas ltex base de gua, terra ou pigmentos minerais, menos
agressivas sade e ao ambiente do que aquelas que usam solvente.
Argamassas pigmentadas e tintas base de cal so boas opes porque
duram mais e no contm biocidas txicos.
Verifique a durabilidade e o rendimento. Consumindo menos, voc tambm
diminuir os impactos ambientais.
Tambm encontramos a tinta de silicato que utiliza como ligante o silicato depotssio, conhecido como vidro lquido, em conjunto com cargas minerais e
pigmentos inorgnicos. Este silicato petrifica-se em contato com a base, reagindo
qumica e fisicamente com os aglomerantes, as areias e pedras constituintes das
argamassas e dos concretos.
Suas vantagens tcnicas, econmicas e ecolgicas so demonstradas a
seguir:
Composio: uma tinta cujos componentes minerais, amplamente disponveis
na natureza, totalizam mais de 95% do seu peso, tais como gua, silicato de
potssio, quartzo, calcrio, pigmentos inorgnicos e modificadores reolgicos,
e, no mximo, 5% entre dispersantes, polmeros e hidrorrepelentes;
Fixao: seu princpio de fixao ocorre atravs de um processo chamado
silicificao ou petrificao.A tinta penetra na base, com variao de 2mm ou
mais, dependendo da absoro. Inicia-se uma reao fsico-qumica de seus
compostos com os da base durante a cura da tinta. Este processo evita a
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formao de um filme que facilmente provoca fissuras, podendo descascar ou
formar bolhas;
Permeabilidade: a estrutura cristalina da tinta de silicato permite manter a alta
permeabilidade ao vapor entre a atmosfera e o reboco, deixa a superfcie
sempre seca e evita proliferao de fungos, algas, bolores, o acmulo de
sujeiras e a formao de bolhas na tinta. Estas caractersticas propiciam
ambientes mais saudveis;
Resistncia a fungos e algas: a permeabilidade ao vapor aliada hidro-
repelncia da tinta de silicato, que mantm a superfcie livre de umidade e
condensao, e seu carter altamente alcalino, que combate os esporos,
impedem a formao de um ambiente propcio para a instalao de fungos e
algas;
Incombustibilidade: as tintas de silicato, diferentemente das acrlicas, no
queimam. Em caso de incndio, evitam a emisso de gases txicos que
sufocam e podem provocar a morte, alm de aumentar a proteo do reboco
contra os danos causados pelas chamas;
Controle de Temperatura: a estrutura microcristalina da tinta MINERALI reflete a
luz e o calor com maior intensidade, visando ao conforto trmico dentro das
edificaes. Em climas quentes, essa caracterstica reduz o estresse sobre o
reboco, evitando possveis danos;
Durabilidade: em virtude de sua composio mineral, a tinta tem alta resistncia
contra poluio, sujeiras e chuvas cidas, protegendo-a dos gases agressivos
da atmosfera. A utilizao de pigmentos inorgnicos proporciona maior
durabilidade da cor, mesmo em climas severos ou sob incidncia de luz solardireta (resistente UV). O uso de corantes orgnicos somente recomendado
para ambientes internos;
Ecolgica: matrias-primas naturais formam a base das tintas de silicato,
encontradas em abundncia na crosta terrestre. O processo de obteno
provoca baixo impacto ambiental. No se utilizam solventes ou produtos
nocivos ao meio ambiente, desde a produo at a aplicao, nem no
descarte das embalagens. Sua longa durabilidade reduz o nmero de
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repinturas, diminuindo a retirada de matrias-primas da natureza.
4.15 Elementos da construoPisograma
O pavimento ecolgico, permevel e drenante equivale a um sistema
sustentvel de drenagem, um sistema de escoamento no qual a estrutura que suporta
este pavimento tem grande importncia.
O pavimento permevel e drenante, feito com as peas de pisograma
(vazadas), possui tambm espaos livres em sua estrutura, por onde escorre a gua,
que primeiro atravessa a camada superficial formada pelos blocos pr-moldados de
concreto e pela grama, depois suas camadas inferiores de sustentao (brita,
pedrisco, areia), at chegar ao solo, e mais tarde ao lenol fretico.
Portanto, deve-se atentar para o projeto (com dimensionamento mecnico e
hidrulico, distncia do lenol fretico, tipo de solo e seus coeficientes, precipitao
na regio, risco de contaminao da gua, solicitao de trfego e cargas, etc.) e para
a execuo das camadas de base, sub-base, tubulao de drenagem (se necessrio),
e subleito, ou seja, para o sistema de drenagem como um todo.
No pode ser comparado a outro pavimentoqualquer, e deve ser executado
por empresas especializadas em pavimentao, ainda com respaldo na ABCP
(Associao Brasileira de Cimento Portland).
Alternativa sustentvel e tendncia mundial na gesto da drenagem urbana
com um coeficiente de permeabilidade de 100% e resistncia de 35 MPa (solicitao
de trfego de veculos leves e de caminhes de at 2 eixos).
4.16 Elementos da construobloco drenante
Pisos permeveis, os blocos drenantes de concreto para pavimento
intertravados so feitos de concreto poroso, atravs do qual a gua drenada. Da
serem chamados tambm de pavimentos permeveis.
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So os pisos mais ecolgicos atualmente no mercado, o que contribui para um
ambiente mais sustentvel eecologicamente correto, reduzindo 100% das enxurradas
e ajudando ainda a combater enchentes e inundaes.
Mas fundamental que estes tipos de pavimentos permeveis sejam objetos
de projetos executivos de engenharia e elaborados por empresas especializadas, pois
devem considerar o nvel do lenol fretico e as condies de suporte e
permeabilidade do solo, entre outros.
Unem beleza e funcionalidade. So ideais para aplicao em ambientes
externos. Podem ser usados em espaos pblicos ou privados, como caladas
ecolgicas, praas, ptios de estacionamento de veculos, ruas, passeios , ent