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O Leitor, certamente, encontrará diversos motivos de interesse
nesta obra polifónica. De facto, o presente livro, surgindo após a
realização de um Colóquio Internacional na Universidade do Al-
garve, em janeiro de 2013, dedicado à temática das relações
entre arte e ciência, reúne um considerável número de autores
(Professores, Investigadores, Artistas, etc.), cujos textos versam
sobre as múltiplas abordagens possíveis das relações entre as
artes e as ciências, em distintos momentos e contextos históri-
cos, colocando em diálogo áreas tão diversas como a matemá-
tica, a física, a biologia, a literatura, o cinema, o teatro, a pintura,
a história da cultura, a história das ciências, a medicina, a arqui-
tetura, a didática das ciências, a filosofia, etc. Claro que a natu-
reza de tais diálogos é muito diferenciada, consoante o tipo de
abordagem realizado por cada autor. O Leitor selecionará
aquele(s) com que mais se identifique, de acordo com os seus
interesses científicos, culturais, artísticos, profissionais. A distri-
buição dos textos na obra procurou, intencionalmente, sugerir a
ideia de miscelânea de vários saberes, evitando-se a tradicional
e cómoda arrumação por áreas de especialidade, por temas ou
assuntos. A surpresa poderá incentivar o interesse e o espírito de
descoberta do Leitor que, assim, poderá usufruir deste livro co-
letivo em tempos e espaços de leitura por si próprio decididos.
www.ruigracio.com
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Grácio Editor Grácio Editor
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C O O R D E N A Ç Ã O : J O Ã O C A R L O S C A R VA L H O
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ARTE E CIÊNCIAS EM DIÁLOGO
Grácio Editor
João Carlos Carvalho(Coordenação)
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FiCha téCniCa
título: arte e Ciências em Diálogo
Organização: João Carlos Carvalho
Capa: Frederico Silva | Grácio Editor
Design gráfico: Grácio Editor
1ª Edição: Outubro de 2013
iSBn: 978-989-8377-51-0
© Grácio Editoravenida Emídio navarro, 93, 2.º, Sala E3000-151 COiMBRatelef.: 239 091 658e-mail: [email protected]ítio: www.ruigracio.com
Reservados todos os direitos
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Em memória do colega e amigo, Professor Doutor António Rosa Mendes
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ÍNDICE
Discurso da Sessão de abertura.........................................................................13João Carlos Carvalho (Coordenador do Colóquio)
aprofundar competências..................................................................................16Macário Correia (Presidente da Câmara Municipal de Faro)
Discurso da Sessão de abertura.........................................................................17José Eduardo Franco (Director do CLEPUL)
Ciência e arte (Literária): vasos comunicantes...................................................19João Carlos Carvalho
Einstein, a Ciência e arte....................................................................................27Carlos Fiolhais
antiaristotelismo e representação da (a)ciência dos Jesuítas na cultura portuguesa no tempo de Pombal .....................................................35Paula Carreira e José Eduardo Franco
Entre o fantasma e o cadáver: apontamentos sobre a investigação em artes ...49Mirian tavares
Modelos e Estruturas Biológicas aplicadas à Composição Musical e arte Computacional ........................................................................................53Jaime Reis e Paulo J. Martel
transversalidades ...............................................................................................61annabela Rita
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a Somatopoesia de Caio Meira ..........................................................................70alberto Pucheu
Do laboratório da escrita à escrita de laboratório: reflexões sobre genética textual, ciência e literatura.........................................81Sandra Boto
Júlio Verne e o romance de aventuras do séc. XiX no cinema de hollywood das décadas de 1950 e 1960 .....................................89Jorge Carrega
Refletindo sobre a sociocultura no quotidiano, focagem antropológica ...........97Carlos M. F. Rodrigues
Fernando Pessoa, a arte e a nostalgia de encantamento ................................107Dionísio Vila Maior
aproximações arte e ciência na Fábrica Centro Ciência Viva de aveiro ...........116Dulce Ferreira, Sofia teixeira, Marta Condesso
a “gaia ciência” de nietzsche no cinema de Julio Bressane.............................120Fabio Camarneiro
Paisagem – uma possível relação entre estética e ecologia.............................126Jacinta Fernandes e Gabriela Gonçalves
arte como expressão: Oficinas terapêuticas no CaPS Escola...........................135Rebecca Corrêa e Silva e izamir Duarte de Farias
O ideal andrógino na literatura: uma leitura de A room of one’s own, de Virginia Woolf...................................143Letícia de Souza Gonçalves
Ciência no teatro: na transição para a ciência moderna ..................................152Mário Montenegro
Labirintos estatísticos: os números e as letras do macaco infinito ..................161artur henrique Ribeiro Gonçalves e antónio Manuel da Conceição Guerreiro
hipertextualidade poética e pós-modernidade ...............................................172Maria do Carmo Pinheiro e Silva Cardoso Mendes
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Utilização da realização de imagens animadas em função do ensino das ciências físicas e naturais ........................................180ana Cristina Coelho e Marina Estela Graça
Georges Bataille e Roland Barthes: a imagem-valor e o «sentido obtuso» .....189José Paulo Pereira
Repensar a Conservação e Divulgação do Cancioneiro da tradição Oral Portuguesa ............................................................................202Lina Santos Mendonça
a utilização do conhecimento científico para produção de textos ficcionais criativos no ambiente escolar...........................................209Luiz henrique Barbosa
Matemática e arte – aplicações didácticas ......................................................215M. G. Marques e M. Pires
a Física ao serviço do drama pessoano............................................................224Luísa Monteiro
as descobertas na ciência como base de inspiração artística. análise dos contributos de Salvador Dali .........................................................232Saul neves de Jesus
Por uma abordagem intuitiva do ser: a convergência da crítica à ciência de henri Bergson e o fazer poético de Saint-John Perse ...................241Vanessa de Oliveira temporal
Médicos e Monstros nas narrativas Fantásticas e de Ficção Científica............248ana alexandra Seabra de Carvalho
notas Sobre a Pesquisa em artes Cênicas: Estrutura e Singularidade .............260Rejane Kasting arruda
antropologia e cinema em diálogo ..................................................................265Maria Fátima nunes
Biological motion: a quantification tool for actors? a brief experiment and commentary ...............................................................275Samuel Meyler, tiago Porteiro e Zachary Mainen
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Reflections toward a Phenomenological and Methodological interconnectedness of Science and art............................................................281Graça P. Corrêa
Fluxo e Sentimento de Si: o paradoxo da experiência da presença em cena...286alexandre Pieroni Calado
Um Rosto para a história .................................................................................294Cláudia Ferreira
Os Pilares da Ponte S. João...............................................................................305Marília Pires e Manuel alegre
Dramaturgia e Lobotomia ................................................................................311armando nascimento Rosa
Silenciamento do cérebro: Em viagem para Belle Revede armando nascimento Rosa.........................................................................321tatjana Manojlović
arte, literatura e matemática: cumplicidades de uma relação a três ..............327adérito araújo, Carlos augusto Ribeiro e ana Paula Guimarães
Desenhar com funções – Um desafio pedagógico ...........................................335M. G. Marques e M. Pires
De novorum operum aedificationibus: um tratado técnico-científico?............344alexandra de Brito Mariano
Encontros: arte como arqueologia, arqueologia como arte ...........................355Sara navarro
O conto para crianças – uma ponte pedagógica entre a razão e a imaginação ...........................................................................361Olga Fonseca e ana Cristina Coelho
neuroarte Entrevista pela Semiótica para Leituras intersubjetivas: ação Mental, tipos de atenção e tomada de Decisão.....................................369ana Maria Guimarães Jorge
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a questão do método na pesquisa sobre Cinema Documentário....................380Claudia R. adrianzen Lapouble e Carlos alberto de Carvalho
Entre a pintura e a prosa: o impressionismo literário no Brasil oitocentista ...390Franco Baptista Sandanello
a criação da «terceira coisa»: um exemplo do efeito placebo na arte do ator.....401antónio Branco
arte e ciência dialogam: em que línguas?........................................................410Manuel Célio Conceição
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DISCuRSO DA SESSãO DE AbERTuRA
João Carlos Carvalho
Magnífico Reitor da Universidade do algarve,Ex.mo Senhor Presidente da Câmara Municipal de Faro,Exmos. Senhores Representantes das quatro entidades organizadorasdo Colóquio Internacional Artes e Ciências em Diálogo: Fundação parao Desenvolvimento da Universidade do algarve, CLEPUL, CiaC e CBME,Exmos. Senhoras e Senhores,
O tempo é um bem escasso, mas não poso deixar de aproveitar a ocasiãopara vos dirigir algumas palavras na abertura do Colóquio internacional Artes eCiências em Diálogo, na qualidade de coordenador. E as primeiras serão para agra-decer a presença, que muito nos honra, do Sr. Reitor da Universidade do algarve,Prof. Doutor João Guerreiro, e do Sr. Presidente da Câmara Municipal de Faro, En-genheiro Macário Correia. a Universidade da Região algarvia e a Cidade de Faroacolhem todos os participantes (oradores e público) – a quem aproveito para sau-dar e dar as boas vindas – durante dois dias, hoje e amanhã, em que, sob diversospontos de vista, se abordarão as relações que se podem estabelecer entre as di-ferentes artes e as diferentes Ciências, duas componentes essenciais numa insti-tuição como a universitária. a Universidade é, por definição, o lugar de uma amplapluralidade dos saberes teóricos, teórico-práticos e prático-laboratoriais. Esqueceresta essência da instituição universitária é subverter a sua causa. Mas a universi-dade dinâmica é aquela que percebe que o acantonamento dos saberes pode con-tribuir para a sua cristalização e, se é certo que a hiper-especialização é umacondição dos nossos tempos, perder a visão integrada de conjunto pode revelar-seum erro monumental.
há alguns anos tive a oportunidade de criar na minha Universidade uma dis-ciplina de Estudos sobre Arte e Ciência, animado de algum modo pelo lado pro-metedor do espírito de Bolonha, em que estudantes de diferentes áreas eformações poderiam estabelecer pontes interessantes e inovadoras, desenvol-vendo estudos interdisciplinares que se poderiam traduzir até numa mais-valiapara o mercado de trabalho. Devo dizer que a experiência tem sido desafiadora emotivadora, embora se possa ainda ir mais além, assim mais estudantes de maislicenciaturas o desejem. Vem desde esse primeiro momento da criação dessa ca-deira a vontade, o desejo, de organizar um colóquio como este que, no entanto,só agora foi possível.
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